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UNIVERSIDADE TU/UTI 00 PARANA CRISTIANO PINHATTI DOENCA DE GUMBORO CURIT/BA Maio/200S

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UNIVERSIDADE TU/UTI 00 PARANA

CRISTIANO PINHATTI

DOENCA DE GUMBORO

CURIT/BA

Maio/200S

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CRISTIANO PINHATTI

DOENCA DE GUMBORO

Revisao de Literatura, apresentado ao CUrsode Medicina Veterinaria da Universidade Tuiutido Parana,<:;omo parte das exigencias paraobtencyao de Titulo de Medico Veterinario.Professor: Sebastiao Aparecido Borges

CURITIBA

Maio/2005

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Agradecimentos

Agrade90 primeiramente a Deus.Aos meus Pais, pelo apoio e oportunidadesproporcionadas.A Giovana pelo apoio e compreensao nashoras dificeis.Ao meu irmao Marcelo pelo apoio e a Gabriela.A Empresa Da Granja, ao Dr. Ocimar, Dr.Sebastiao, pela orienla98o, a Rose pelapaciencia.E a todos que colaboraram direta ouindiretamente.

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SUMARIO

RESUMO i1. INTROOuc;:Ao 012. OBJETIVO 023. OOENC;:A OE GUMBORO ••.................................................................... 033.1. Caracteristicas 033.2. Novas Mutac;oes 033.3. Classificac;ao Molecular 043.4. Distribuif;ao Grogritfica 043.5. Importancia Economica 053.6. Agente Etiologico 063.7. Caracteristicas Epidemiol6gicas do VOIB 063.8. Persistencia do Virus e Fatores Predisponentes do VOIB 073.9. Persistencia/Sensibilidade do VOIB as Condil;;6es do Meio

Ambiente, ao calor e aos OeSinfetantes Usuais 083.10. Hospedeiros 083.11. Suscetibilidade 083.12. Historia Natural da Doen~a 093.13. Materiais que devem ser Remetidos ao Laboratorio 093.14. Oiagn6stico 103.15. Diagnostico Epidemiologico 103.16. Diagnostico CHnico 103.17. Diagnostico Anatomopatologico 113.18. Diagnostico Laboratorial 123.19. Diagnostico Diferencial.................................................................. 133.20. Tratamento 133.21. Cadeia Epidemiologica 134. OOENC;:A INFECCIOSA OA BOLSA (OIB) E OS OESAFIOS

PARA 0 SECULO XXI........................................................................ 18REFERENCIA 19

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RESUMO

o Brasil vern ocupando lugar de destaque no cenaria avicola mundial, setor

altamente competitiv~ cnde 0 custo de produ~o tem side determinante para 0

crescimento das empresas. Este fato esta levando as profissionais a manter urn alto

nivel sanitario de seus planteis para poder usufruir a maxima performance das aves,

melhorando a rentabilidade do produto final.

Neste contexto a Doenr;8 de Gumboro esta preocupando as sanitaristas,

devido aos prejuizos economicos causados, sendo estes relacionados com 0 alto

indice de mortalidade das aves, aumento no 9a5to de medicamentos, queda na

produtividade dos lotes e aumento na condenactao no abatedoura.

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1.INTRODUCAo

A Doen9a de Gumboro, foi inicialmente descrita em 1962, par Cosgrove,

pr6ximo a urna localidade chamada GumboroJDelawane/EUA, e foi caracterizada par

depressao, anorexia, diarreia muc6ide, alta morbidade e mortalidade. Fai

denominada de nefrose aviaria, 5ubstitufda par Doenc;a de Gumboro e atualmente econhecida como Ooenya [nfecciesa da Bolsa de Fabricio - (OIB). As fesces

detectadas sao de natureza hemorragica, nos musculos das pernas, coxas e pr6

ventriculo, e a bolsa de Fabricio apresenta-se edematosa e aumentada de volume

e/au hemorragica.

Nas decadas de 80, foram isoladas variantes do virus na Peninsula de

Delmanva, EUA, e surgiu a hip6tese de que as vacinas comerciais, preparadas a

partir da cepa classica, naa estariam protegendo canvenientemente contra essas

variantes. Fai verificada tambem que essas variantes apresentavam apenas 30% de

rera.yao antigemicas com a cepa classica e que aves vacinadas com vacina camercial

nao estavam prategidas contra cepa variante de maiar patogenicidade sem causar

elevada mortalidade. Essa decada marca tambem a hist6ria da imuniza~a ativa

contra a DIB pelo emprego de vacinas inativadas com adjuvante oleoso para

estimular niveis erevados e uniformes de anticorpos em planteis de matrizes.

Passou·se a dispensar a vacina~o de pintos de 1 (um) dia face aos elevados niveis

de anticorpos maternos. Posteriormente, foj observada que a imunidade materna

nao se alterava diante de cepas atenuadas, mas sim diante de cepas

~intermediarias~ .

No Brasil ate meados da decada de 90 a doenc;a era predominantemente

sub·clinica sendo observada atrafia da Bursa e problemas secundarios decarrentes

a imunossupressaa. As vacinas cornerciais existentes no mercado conferiam

prote'tao satisfatoria.

Em 1996 foi detectado, no Brasil, pela tecn;ca de bialogia molecular, RT -

peR IKUTA (1998), cepas com caracteristicas moleculares distintas das cepas

classicas e das variantes americanas, sendo denominadas "variantes brasileiras». A

partir de julho de 1997 (ISHIZUKA, 1999) a forma muito virulenta da doen<;a de

Gumboro (vv lBOV) fai diagnosticada no Brasil acometendo aves de postura e de

corte, sendo 0 virus classificado como grupo molecular G11 (IKUTA., 1998).

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2.0BJETIVO

o objetivo deste estudo e demonstrar as caracteristicas da Ooenc;:a de

Gumboro, bern como as principals formas de contrale e prevenc;ao.

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3. DOENCA DE GUMBORO

3.1.Caracteristicas

Segundo HITCHNER ( 1978) numerosos esludos provaram que 0 agenle eurn virus, E urna doenya altarnente contagiosa das aves, causadas par urn virus que

acamete principalmente a 80lsa de Fabricio de aves jovens. E atualmente

denominada Doen,a Infecciosa da Solsa - DIS. SCHWARTZ (1974) descreve que e

urna doen<;8 caracterizada par leves sintomas respiratorios, fezes aquosas brancas,

grave depressao e morte.

Celulas do tecido linfoide da bolsa, do tipo "8", sao as primeiras a serem

afetadas SIMON et. aI., (2000). De acordo com a virulemcia e patogenicidade, a

doen<;8 pode causar urna severa lesao au lesao mais leve da Bursa, podendo induzir

a urna imunossupressao e mortalidade das aves BOllS et. al. ,( 2003)

3.2. Novas Mutal;oes

Segundo SIMON el. aI., (2000), os virus de campo. pression ados com 0

grau de imunizay8o, comeyaram a sofrer muta96es e apresentar variayao

antigenica, mesmo pertencendo ao sorotipo 1. Em 1985, foram desenvolvidas e

empregadas vacinas vivas e inativadas contra as diferentes variantes antigenicas.

Na Europa, foi descrito pioneiramente em 1987 (Inglaterra) 0 isolamento de uma

cepa alta mente virulenta apresentando mortalidade na ordem de 70% em planb.~is de

postura de 3 a 16 semanas de idade. Em Hnhagem de matrizes de 3 a 7 semanas de

idade, a mortalidade era de aproximadamente 30% SIMON et. aI., (2000)

Em 1998, a cepa disseminou-se rapidamente na Holanda, Belgica,

Alemanha Ocidental e Norte da Franya e logo em seguida na Africa do Sui e Israel.

Em 19a9, foi relatada uma epidemia no Sudeste Asiatico causada por uma cepa

caracterizada como muito violenta e pertencente ao serotipo 1. No Brasil, a Doenya

Infecciosa da 80lsa - 018 tem side endernica. Foram relatados casos rna is severos

em fins de 1995. na regiao de Jaculinga-MG SIMON el.ol.,( 2000)

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ISHIZUKA (1999) relata que a partir de julho de 1997 a forma muito virulenta

da doen98 (wIBDV) foi diagnosticado no Brasil, acometendo aves de postura e de

corte, sendo a virus classificado como grupo molecular G11.

SIMON et. aI., (2000), descrevem ainda que as aves mais acometidas com

cepa identificada "muito virulenta", sao aquelas com ida de entre 25 e 35 dias, e a

mortalidade observada entre 7 e 10 dias apas a infec~o. A mortalidade media varia

de 5 a 20% em frangos de corte e de 15 a 50% em poedeiras. Pintinhos afetados

manifestam penas arrepiadas, prostrayao, diarreia e morte. As caracteristicas 80

exams pas mortem sao semelhantes as ja descritas em Qutros paises acometidos

pela cepa multo virulenta tais como: bursa aumentada de volume, intenso edema

gelatin050, de aspecto cozido e presen~a de exsudato mucopurulento ou

sangu;nolento, regularmente presente hemorrag;a e petequias no tecido muscular,

desidrata~o da carca~a e hiperplasia nos rins.

Segundo BUTCHER et. al., (1995), "as variedades nao causam a doeno;a

clinica normal, mas induz uma severa imunossupressao, essas variantes nao sao de

diferentes sorotipos, mas sao antigenicamente diferentes suficiente para causar

problemas.

3.3. Classifica~ao Molecular

Empregando a classifiGa,"o pela tecnica de Biologia Molecular (RT - PCR)

realizada pela simbios Biotecnologia (lKUTA, 1997), as virus de Gumboro estao

classificados da seguinte forma:

- Grupos moleculares - G1 e G2 - variante USA:

- Grupos moleculares - G3, G4, G5, G6, G9 - cepas classicas (grupos onde

estao classificadas as vacinas utilizadas no Brasil);

- Grupo molecular G11 - cepas classicas, patotipo wIBDV;

- Grupes moleculares - G15 e G16 -variantes de campo presentes no Brasil.

3.4. Oistribuic;ao Geogrtlfica

SCHWARTZ (1974) relata que foi registrada a doen,a nos Estados Unidos e

Australia e provavelmente existe em outros paises.

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BAINS (1979) e HITCHNER (1978), descrevem que foi identificada na

maioria das tlreas do mundo de prodU(;ao avicola.

Segundo SIMON et. aI., (2000), 0 sorotipo 1 apresenta distribui~o

geografica cosmopolita e portanto, presente na maio ria dos plante is comerciais. A

incidencia e alta, significando que 0 numero de casas novos e sempre muito alto,

principal mente naquelas cria90es nas quais a exposir;ao 80 risco de infe~ao e alta.

Nas cria90es au areas cnde a vacinar;ao e praticada corretamente (esquema e dose

da vacina) as sinais clioicos sao raros au a infecyao pode ser modificada pela

imunidade matema, au causada par variantes que causam severa imunossupressao

em ausencia au manifesta<;ao da doen<,(8. A cepa isolada na Holanda, em 1989, foi

responsavel pelos surtos graves com alta mortalidade e tern sido descrita em

diferentes paises. 0 sorotipo tern tambem ampla distribui~ao geografica, porem

ainda nao foi descrito no Brasil. Ocorre em pintinhos, perus e patos e nao tem sido

demanstrada a sua patogenicidade au capacidade de imunossupressao.

3.5. Importancia Economica

Segundo LEFFER (2004), a doen~a de Gumboro esta preocupando os

sanitaristas, devido aos prejuizos economicos causados, sendo estes relacionados

com 0 alto in dice de mortafidade das aves, aumento no gasto de medicamentos,

queda na produtividade dos lotes e aumento na condenaC;8o de abate. Causa

perdas econ6micas pois a doenya induz a imunossupressao, descreve BOllS et.

al.,( 2003).

GIAMBRONE (1986), afinma que infec~oes precoces de IBDV sub·<:Iinicas

tem resultado nurn grande aumento da doenya respirat6ria na industria de fran90 de

corte. A condena9aO por aerosaculite tern aumentado em muitas companhias neste

periodo e alguns planteis individuals chegam a apresentar uma condenayao de ate

45%.

SIMON et. al.,( 2000) descreve que as perdas economicas sao decorrentes:

1. Do elevado numero de aves doentes em urn mesmo surto (alta

patagenicidade) e da e/evada rnortalidade (alta viruJencia). Existem

descri90es de mortal idade varian do de 80 a 100% e sao conhecidas como

variantes patol6gicas.

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2. Da severa e prolongada imunossupressao, que e a mais importante

manifesta~ao da Doen~a Infecciosa da Solsa - DIS em pintinhos afetados nos

primeiros dias de vida, as sequelas de imunossupressao sao a dermatite

gangrenosa, infecc;ao por E. coli e falhas na vacinac;:ao. Portanto, a doen~a

sub-clinica e mais importante que a manifestac;ao clinica, pelos danos mais

intensos que causa, que sao conhecidas como variantes antigenicas.

3.6. Agente Etiol6gico

Segundo HELLMUT (1994). e urn pequeno virus, nao possui capsula.

Consiste de uma molecula de RNA de fita dupla da familia Birnaviridae BUTCHER

(1995).

SIMON et. aI., (2000), descrevem que existem 2 sorotipos. 0 primeiro

sorotipo 1, infecta principa/mente galinhas e raramente perus, e 0 responsavel pela

OIB. 0 outro sorotipo - sorotipo 2 - foi primeiramente descrito em perus e em

seguida, em galinhas. E menes virulento que 0 outro eu ate avirulento, tanto para

perus como para galinhas.

o sorotipo 2 e menos patogenico que 0 sorotipo 1, ISHIZUKA (1999).

3.7. Caracteristicas Epidemiol6gicas do VOIS

LEFFER (2004), relata que 0 Brasil convive com a forma aguda, causando

mortalidade de ate 30% em frangos de corte e 90% em postura comercial. A

morbidade pode alcanc;ar 100%, descreve RAHMAN et. aI., (1996)

HITCHNER, (1970), afirma que a mortalidade come~a a aparecer no 3° dia

pes infe~ao, atinge valor maximo entre 5 a 7 dias, quando passa a deelinar.

Segundo SIMON et. aI., (2000) a infectividade e elevada pois pequenas

doses do virus sao suficientes para a infec~ao na ave. Em planteis totaimente

suscetiveis, a morn/dade pode atingir valor igual a 100%, plantaJs parcialmente

imunizados a morbidade e baixa, e plante is bern vacinados a morbidade e quase

nula. A virulfmcia varia com a cepa, a virulencia da cepa padrao e baixa, podendo

ser avaliada pela intensidade dos sinais C/inicos, cura espontanea e baixa

mortalidade. A virulencia e maior quando a infecyao ocorre entre 1 dia e 2 semanas

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de vida, devido aos agravos sabre a sistema imune, que tornam as aves mais

suscetiveis a infecctao por diferentes agentes da doenga e menos capazes de

responder as vacinact0es.

As proteinas estruturais do vOle sao identificados com VP, VP2 e VPS.

Ainda nao se conhece a funyao da recem descoberta proteina VPS. as cepas ou tipo

de cada sorotipo sao resultados da muta930 genetica,que ocorre nos aminoacidos

localizados principalmente na proteina maior "VP2", responsavel pela resposta

imune protetora conta Doenya lnfecciosa da Bolsa - DIS SIMON et. aI., (2000)

3.8. Persistencia do Virus e Fatores Predisponentes do vOla

Segundo SCHWARTZ (1974) descreve que a persistencia do virus ocorre

devido a erro de medidas de sanidade entre lotes.

LEFFER (2004) cita alguns fatores como:

Intervalos entre lotes;

Manejo de cama neutralizada;

Presencta de anima is, pessoas e veicuios entre granjas;

Manejo de desinfecl)iio das granjas;

Controle de insetos e roedores;

CondiyBes de manejo e ambiemcia das matrizes;

Nutriyao das matrizes (micotoxinas e niveis nutricionais marginais);

QuaJidade da agua;

Qualidade de vacinayao;

Programa vacinal inadequado ao desafio;

Temperatura;

Cepas vacinais utilizadas.

SIMON et. al.,( 2000) relatam que as possiveis fonmas de persistencia sao:

Pela infecgao de outras especies de aves, como perus e patos;

Pela muta9ao genetica, que ocorre quando a imunidade da ave

elou da populayao nao 13 total;Pelo reaproveitamento constante da cama uWizada;

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Pera con stante existencia de aves suscetiveis no plante!.

decorrente da irregularidade do esquema de vacinac;;ao

3.9. Resistencia/Sensibilidade do VDIB as condic;oes do Meio Ambiente, ao

calor e aos Desinfetantes Usuais

LANDGRAF et. al., (1967), afirmaram que 0 virus nao sobreviveu a 70' C

durante 30 minutos mas, cloramina 0,5% matou a virus apes 10 minutos de

exposi<;lio. Formoldeido demonstrou ter efeito no virus, SCHWARTZ (1971). Como

tambem, composto a base de fenol BUTCHER (1995).

BENTON et. aI., (1967), estududaram as propriedades fisioquimicas do virus

e achou a resistencia do virus para 0 ster e c/orof6rmio. Em pH12 0 virus nao

sobrevive, porem com pH12 ele sobrevive, e continua viavel depois de 56° C durante

5 horas.

Segundo VAN DER WIJGAARD et, aI" (2001), 0 virus pode permanecer

viavel nas instala~oes avicolas por 122 dias e 55 dias na agua e ra\=ao.

SIMON et. aI., (2000) relataram que 0 vinus pode ser destnuido em 10

minutes per um desinfetante chamade cloramina a 0,5% de concentra\=ao.

3.10. Hospedeiros

Segundo HITCHER (1978) as galinhas sao a unica especie com infecc;ao

relatada, e (BAINS. 1979) cita que a doenc;a 56 ocorreu em galinhas.

SIMON et. al., (2000) relatam que as galinhas sao os hospedeiros naturais

do VDIB, atualmente perus, patos e pintinhos de avestruzes sao encontrados

natural mente infectados.

LEFFER (2004) descreve que 0 sorotipo 1 infecta principalmente pintinhos e

raramente perus e 0 sorotipo 2 infecta perus e galinhas.

3.11. Suscetibilidade

Segundo BAINS (1979) e SCHWARTZ (1974) a maior suscetibilidade e

entre 2 a 12 semanas,porem HITCHNER (1978) e LEFFER (2004) descrevem que a

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maior suseetibilidade e entre 3 e 6 semanas. Porem desafios na 28 semana tern sido

relatados LEFFER (2004).

Segundo SIMON st. al .•( 2000), todas as ra<;as sao igualmente suscetiveis.

linhagens pesadas e leves apresentam igual suseetibilidade, porem existem

controversas. BAINS, (1979) relata que linhagens leves sao mais suseetiveis que

linhagens pesadas. E HITCHNER ( 1978). concorda com BAINS (1979).

3.12. Historia Natural da Ooenc;a

Segundo SIMON et. aI., (2000) a porta de entrada mais comum do VOIB e a

mucosa oral e, excepciona/mente,as vias respirat6rias ou ocular. Ao alcanc;ar a

corrente sanguinea, 0 virus infeeta outros teeidos, ineluindo a bursa. A viremia

prossegue e 0 virus infecta outros 6rg80s como 0 ba\Xl, a glandula de Harder e 0

timo. as /inf6citos B e seus precursores parecem ser as principais celulas alvo.

RAUTENSCHLEIN st. al., (2001). relatam que as calulas linfoides da Bursa

de Fabrieio sao destruidas e neerosadas, mas 0 virus nao apresenta tropismo

especifico para a bursa, podendo infeetar celulas do bac;o, timo tonsilas cecais e

glandula de Harder, SIMON et. al., (2000) afirmam que enquante esses tecidos se

reeuperam, a bursa se atrefia, BUTCHER (1995). As eonseqGeneias previsiveis

dessa infecC;aosao mais evidentes em pintos porque a capacidade de produc;ao de

anticorpos (Ac) reduzida, principalmente de natureza IgG. Pintos

imunossuprimidos pelo VOl8 alem da capacidade imune reduzida tornam-se mais

suseetiveis a infeec;oes pelo virus de hepatite p~r corpusculo de inclusao, cocidiose,

Ooenc;a de Marek, Leucose aviaria, Laringotraqueite infeeciosa, bronquite infecciosa,

anemia infecciosa, reovirus aviario, anemia aplastica hemorragica, dermatite

gangrenosa, salmonelese e coJibaciJose,descrevem SIMON et. al.,( 2000).

3.13. Materiais que devem ser Remetidos ao Laboratorio

Segundo SIMON et. at.. (2000). para fins de diagnostico direto, deve-se

enviar aves mortas em con sequencia da doenya ou aves vivas, desde que

grave mente afetadas. Para isolamento viral, os 6rgaos, a bursa e 0 ba<;o, sao

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acondicionados em gelo. Para fins de diagn6stico indireto, enviar amostras de

sangue sem anticoagulante au soro sanguineo.

3.14.0iagn6stico

o diagn6stico, conhecimento ou determina9~10 de urna doenya pel os seus

sinais cHnicos €I muito jmportante para que OCOrTa 0 adequado controle em urn

determinado plantel OU area geografica. Especialmente a DoenQa Infecciosa da

Bolsa - 018, em que animais infectados podem nao apresentar sinais clinicos tipicos

ou aparentes, e indispensavel a realiza~o de anidises anatomopatol6gicas,

laboratoriais e epidemiol6gicas da doenQa, para urn diagn6stico diferencial de Qutras

enfermidades.

3.15. Diagnostico Epidemiol6gico

E realizado com base nas evidencias, como antecedentes, sinais cHnicos,

morbidade, mortalidade, idade das aves acometidas e manejo sanitaria. adiagnostico epidemiologico e reaJizado a partir da cadeia epidemiologica da Ooenc;a

Infecciosa da Bolsa - OIB, bern como do levantamento e estudo de todos os dados

de sua ocorrencia em um determinado plantel au regi:io geogratica, avaJiando-os

gradativa e quantitativamente do ponto de vista sanitaria (levantamento e analise de

coeficientes como: mortalidade, letalidade e morbidade).

Sua importancia e possibilitar a adoc;ao rapida de me did as de controle a tim

de se ellitar prejuizos em determinado plantel de aves.

3.16. Oiagn6stico Clinico

Segundo SIMON et. al., (2000), apos urn periodo de incubac;ao

extrema mente curto, de 2 a 3 dias, os s;ntomas observados sao:

Na forma aquda ou classica: ocorre em aves entre 3 e 6 semanas de

idade, apresentando slnais cHnicos como: depressao, diarreia branca

aquosa, cloaca Usuja", anorexia, penas eriqadas, letargia e morte

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II

subila, SCHWARTZ, (1979) descreve que um sinal tipico e a ave

dormir sentada com 0 bieD apontado para 0 chao.

Na forma sub-clinica: as sinais clinicos sao moderados, manifestando-

S9 com quadro de retardo do crescimento associado a Qutras doenyas

e diminui9ao na capacidade de resposta a vacinas. LEFFER (2004)

relata que em aves jovens ate a 311 semana de vida, observa-s9 na

malaria dos casas, atrofia da bursa enquanto que externamente as

aves podem apresentar-se norma is.

3.17. Diagnostico Anatomopatologico

Segundo RAHMAN (2003) petequias sao as primeiras lesoes observadas na

musculatura das pernas, cexas e ocasionalmente na mucosa do proventriculo. Hi:!

aumento de muco no intestino, do volume hepatica com infartos perifericos e

esplenomegalia ocasional, descrevem SIMON at, al.,( 2000).

HELLMUT. (1994), descreve que em algumas aves, os rins podem aparecer

aumentados de volume e conter depositos de uratos provavelmente resultado de

bloqueio dos ureteres por urna severa inflamaq.ao da bursa.

Segundo BAINS, (1979), a bursa esta aumentada de volume dey/do ao

edema e a hiperplasia (3 dias p6s infec,:(ao), com urna camada gelatjnosa amarelada

(transudato amarelado) e estrias longitudinais salientes (3 a 6 dias pos-infecyao) que

evoluem para uma degeneray80 do teeido !infoide da bolsa e total reduyao do

volume bursal (10 a 12 dias p6s-infe""ao).

SIMON et. aI., (2000) descrevem que pode-s9 visualizar hemorragia na

superficie intema e serosa da bursa. Na analise histol6gieB, a lesac C8rBcteriza·se

por urna extensa destruiyao das ceJulas linf6ides S, nas quais a arquitetura falicular

da balsa pode ser romplda pel a degenera9ao e rompimento dos linf6ides,

inicialmente na medula e depois em todo 0 foliculo.

SIMON et. at, (2000), descrevem ainda que outros orgo3.os linf6ides (timo,

bayo, tonsil as secais, glandula de Harder) podem apresentar diferentes graus de

necrose das celulas linfoides. Existem cepas variantes do virus, como as dos grupos

moleculares 1 e 2 (EVA) e dos grupos moleculares 15 e 16 (Brasil) - classifica«"o de

(IKUTA et. al., 1998) - que nao provocam slntomatologia clinica como as cepas

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classicas, e apos 3 a 4 dias da infecc;ao as balsas ja se apresentam atrofiadas,sem

passar pela fase de edema gelatin050, microscopicamente as 185065 sao identicas.

3.18. Oiagnostico Laboratorial

o diagn6stico laboratorial e functamentado em resultados de provas

laboratoriais e e, geralmente, tatar de conflrmaqao diagnostica. Pode ser direto,

atraves do isolamento do antigen a viral obtido do tecido bursal infectado, ou indireto,

pela analise e sorologia das aves para detec~o de anticorpos contra 0 virus da 018.

Segundo SIMON et. al., (2000). 0 isolamento viral e feito em membrana

corion aiantoide de evos embrionados de 10 a 11 dias, ou em cultivo celular a partir

do ba90 e bursa de aves mortas OU sacrificadas na fase aguda. 0 isolamento,

segue-se a identificac;ao e tipificayao do virus. Em algumas circunstanc;as, e

necessario identificar 0 sorotipo e eventual mente identificar a variante, quando

indicado.a tipificac;.ao viral e realizada por estudos em aves vivas au par provas

laboratoriais. A prova em aves vivas consiste na inoculaqao da amostra

"desconhecidaa em aves livres de anticorpos e depois desafiadas com virus

previa mente tipificado. Se as aves farem protegidas contra virus previamente

tipificado, pode-se assumir que a amostra udesconhecidan e imunol6gicamente

semelhante a virus tipificado.

BOltS et. aI., (2003), descrevem que existem outras provas laboratoriais,

como a microscopia eletronica, imunoperoxidase e de anticorpos fluorescentes que

empregam anticarpos monoclonais, mas nenhuma e util para diferenciac;.ao de

sarotipos ou subtipos.

Segundo SIMON et. al., (2000). a prova de peR (reac;ao em cadeia

polimerase) para tipificac;.ao de virus e a prova de Restriyao de enzima pela peR de

transcriptase reversa, permitem diferenciar cepas de virus. A deteq:.ao de anticorpos

para 0 VOIS pode ser feita par virus neutralizac;ao, ELISA ou testes de precipita980,

que podem ser usados mesma nos casos em que a imunidade adquirida

passivamente se encontra abaixo dos nlveis defectiveis.

RAHMAN (2003), descreve que diagnosticas laboratoriais como virus

neutraliza98o, precipitaC;8a em gel de Agar e teste de ELISA, sao praticadas no

mundo inteiro.

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3.19. Diagnostico Diferencial

JAKOWSKI et. aI., (1969) reportou alrofia da bursa em urn experimento

inoculando a virus de Marek, a a!rofia fa; observada 12 dias apos a inocular;BO, mas

a res posta histologiea foi muito diferente da encontrada na doenc;a de Gumboro.

SCHWARTZ (1974). descreve bronquile infecciosa e leucose com lesoes na

bolsa.

Para SIMON et. aI., (2000), quando da fase inieial, a Ooen'r8 Infecciosa da

Bolsa - DIS com inicio abrupto,alta morbidade, penas arrepiadas e diarreia, pade ser

confundida com cocci idose aguda. Aves mortas podem apresentar nefrose, que

pode eslar presente em muitas outras patologias e nao e patognomonico da 018. A

restric;ao de agua e acompanhada de alterac;oes renais e ocasionalmente a bursa

apresenta-se com coloraC;Bo acinzentada e atrefiada. Na sind rome hemerragia

(provavelmente anemia infecciosa), he. hemorragia muscular e de mucosa na junc;ao

proventicule e moela, e ausencia de alteravao da bursa.

3.20. Tratamento

Segundo SIMON et. aI., (2000), nao existe tratamento terapeutico ou de

suporte que possa alterar 0 curso da 018, que tern evolu9BO muito rapida para cura.

BAINS (1979), descreve que nao existe tratamento, porem para doen,as

secundarias, podem ser prescritos tratamentos.

SCHWARTZ (1974) descreve que nao existe tratamento especffico poram,

urn tratarnento com vitaminas e eletr61itos e util. Os estimulantes da sede (vitaminas

~C" e potassio) parecem encurtar 0 curse da doenQa.

3.21. Cadeia Epidemiologica

FONTES DE INFECcAo: urn organismo vertebrado que alberga 0 virus e 0

elimina para 0 meio exterior.

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Segundo SIMON et. aI., (2000) as modalidades de fontes de infeCl'ao sao:

• DOENTES

ocenle tipico: aquele que alberga 0 VOIB em seu organismo na presenc;a

de sinais clinicos caracteristicos da Doenya Infecciosa da Bolsa - DIS -

pintos entre 3-6 semanas de idade,

Ocenle atipjco: aquele que alberga 0 VOIB em seu organismo na

presenya de sinais cHnices atipicos da Doenc;a Infecciosa da Bolsa - DIB,

em decorremcia da manifestayao benigna da doenc;a no hospedeiro -

pintos com alta imunidade matema e galinhas que se infectaram com

rna is de 6 semanas de idade,

• PORTADOR

Portador em incubacao: aquele que alberga 0 VDIB em seu organismo e

que ainda naD manifesta as sinais clinicos da Doenc;:a Infecciosa da

Bolsa - 018, mas ira manifestar, ap6s superado 0 periodo de incubac;ao -

pintos e adultos (eeem infectadas (galinhas).

Portador sao: aquele que alberga 0 VOIS em seu organismo na ausencia

permanente de sinais clinicos da Ooenya Infecciosa da 80lsa - DIS -

pintos com alta imunidade materna e ga!inhas que se infectaram commais de 65 semanas de vida.

Portador convalescente: aquele que alberga 0 VOIB em seu organismo e

que nao ma;s rnanffesta os s;na;s clinicos da doen~a porque fo; curado -

nao ocorre na Doen93 de Gumboro.

RESERVATORIOS: sao animais vertebrados nao pertencentes a especie

animal principal na qual 0 virus da Doen~ Infecciosa da 80lsa - 018 se insta!a.

Nesse caso, estao as outras aves domeslicas (patos e perus) e silvestres

(avestruzes), e roedores que eventualmente poderao albergar 0 VOIB e transmitir as

galinhas. A Literatura tambem cila a importancia do ~cascudinho" dos galp6es de

frangos de corte - Alphiiabius diaperinus - como irnportante reservat6rio no cicio da

Doen~a Infecciosa da Bolsa - DIB.

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VIAS DE ELiMINACAO: BUTCHER et. al .. (1995) deserevem que a uniea via

de elimina~o natural do virus da 018 e representada pelas fezes. 0 virus eexcretacto pelas fezes durante 10-14 dias.

VIAS DE TRANSMISSAO: SIMON et. al., (2000) deserevem que embora

naD muito estuctado, saba-se que a transmissao ocorre pelo cantata com aves

infectadas e fcntes contaminadas, nao ha evidencias de transmissao pelo ovo, e naD

ha dete~ao de galinhas portadoras do virus.

PORTA DE ENTRADA: segundo SIMON et. at., (2000), a mais eomum e a

mucosa do spare/ho digestiv~. Contudo, nos casas de ambiente muito contaminado,

densamente povoado e seeD, pode haver a formac;:ao de poeiras e

conseqOenlemente a virus poderc~ penetrar par via conjuntival au respiratoria.

SUSCEPTivEIS: segundo SCHWARTZ (1974), somente galinhas, patos e

perus sao, ate 0 presente momento, relatados como suscepliveis ao virus da

Doenya Infecciosa da 801sa - 018.

PROFILAXIA: a profilaxia da Doen9a Infecciosa da Bolsa - DIB emprega de

meies para a prevenrrao e controle da ocorrencia ou da disseminac;ao dessa doenc;a,

deve estar necessariamente ligada a sua cadeia epidemiologica, ou seja, aplicada

as tontes de infecc;ao, a transmissao da doenc;a e aos susceptiveis.

MEDIDAS ESPECiFICAS DE PROFILAXIA (imuniza9iio):

a) Imunizacao passiva

Segundo HITCHNER (1978), a imuniza9iio mais importante e aquela

transferida da mae para os pintinhos, que e capaz de proteger contra infeC90es

imunossupressoras precoces.

SIMON et. al., (2000) deserevem que os antieorpos sao elaborados pela

galinha em consequencia de infecyao natural ou de vacinayao.

Segundo HITCHNER (1978) quanto melhor for a vaeina9iio da galinha,

maiores serao os titulos de anticorpos que os pintinhos receberao passivamente,

refletindo na uniformidade da imunidade populacional.

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Segundo SIMON et. aI., (2000) a imunidade passiva de pintinhos ooundos

de reprodutoras vacinadas perdura par 1 a 3 semanas, e se tiverem recebido dose

de refo~o com vacina em adjuvante 01e050, a imunidade passiva podera estender-

se par 4 a 5 semanas.

b) Imunizacao Ativa

Segundo SIMON et. aI., (2000), a vaeina9iio e 0 procedimento profilatieo

mais recomendado e pratico, embora nao se deva desprezar rnedidas de

biosseguran~. Ambas atuam complementarmente para a efetiva preven~o da

00en<;;8 Infeceiosa da Balsa - 018.

BOllS et. al., (2003), deserevem que a imuniza<;ao de reprodutoras tem

como objetivo a transferencia de imunidade passiva aos pintinhos, e a imunizayao

de pintinhos com anticorpos maternO$ e recomendada pela grande maioria dos

fabricantes de vacina, independentemente do nivel desses anticorpos, urna vez que

a objetivo com esse procedimento e a coloniza98o do teeido linf6ide dessas aves

com virus vacinal, antes da infec~o pelo virus de campo.

RIFUUAOI (1981), em sua tese de doutorado, realizou trabalhos avaliando a

capacidade do virus vaGinal e de campo. 0 resultado mostrou que ambos as virus,

vacinal e de campo, administrados no primeiro dia de idade, tiveram a capacidade

de se replicar nos tecidos linf6ides, ja no 3° dia de idade,em aves com niveis de

anticorpos maternos de 1:654 sendo detectados par imunofluorescencia.

Trabalhos realizados por KNOBLICH et. al.,( 2000}, investigaram 0 efeito da

vaeina~o de pintos de 1 dia, utilizando as vacinas de Gumboro e Marek

isoladamente e assoeiadas, sabre as niveis de antieorpos maternos. Os achados

neste estudo sugerem que a usa da vacina de Marek associada a Gumboro foi

respons3vel pera menor queda dos anticorpos maternos especifieos para Gumboro e

melhor rela~ao de tamanho de bursas.

Um estudo apresentado por JOHN Me CARTY( 2003) na Conven9iio Anual

da Associayao Americana de Patologia Aviaria demonstrou a efeito da vaeina~ao Win

ova" na bursa em pintos camereiais cam altos titulos de imunidade materna. 0

resultado demonstrou que 0 virus vacinal tem a capacidade de colonizar a bursa

mesmo em presenya de altos Htulos de imunidade matema, sendo detectado sua

presen~a par RX-PCR a partir do 3° diade idade.

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PROGRAMA VACINAL SUGERIDO

Segundo LUKENT (1994),0 programa vaGinal sugerido e:

• Programa 1 - Regi6es Foco

_ 1II dose - imcubat6rio-Gumboro cepa intermediaria

- 2' dose - cepa forte (7 a 12dias de idade)

- 3' dose - cepa forte (14 a 20 dias de ida de)

• Programa 2 Regi6es Peri-focais

- 111 dose -lncubat6rio - Gumboro cepa intermediaria

- 211dose- cepa intermediaria (7 a 12 dias de idade)

- 3' dose - cepa forte (14 a 20 dias de ida de)

• Programa 3 - Regi6es de baixo desafio

_ 1adose - incubatorio - Gumboro cepa intermediaria

- 2' dose - cepa intermediaria (1 a 12 dias de idade)

3a dose - cepa intermediaria (14 a 20 dias de idade)

MODALIDADES DE MONITORIA DISPONivEL

SIMON et. al., (2000), descrevem;

- 80rologia das reprodutoras;

- 80rologia dos planteis;

- Necropsia de pintinhos selecionado5 ao acaso (monitoria da balsa);

- Observay8o durante a linha de abate;

- indicadores de saude (status sanitaria);

- Indicadores de produtividade.

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4. 00EN9A INFECCIOSA OA BOlSA (OIB) E OS OESAFIOS

PARA 0 SECUlO XXI

SIMON et. at, (2000), de5crevem:

Aplic8930 do aprendizado acumulado nas decadas anteriores no que

diz respeito ao delineamento de programas de controle mais eficazes.

Provavel reconhecimento do sorotipo 2 como patogemico para perus e

outras especies e conseqOentemente desenvolvimento de vacinas.

Utilizar;ao de tecnicas apoiadas em biotecnologia (engenharia

genetica) para 0 estabelecimento de diagn6sticos mais precisos.

Desenvolvimento de vacinas recombinantes.

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BUTCHER, G.D.; MILES, RD. 1995. Infectious bursal disease (gumboro) incommercial broilers. IFAS EXTENSION

GIAMBRONE, J.J .. 2001. EI virus de la enfermidad de gumboro i um viejoenemigo que nuevamente cambia su cara. Worldo Poultry, Oct, 4-6 p.

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IKUTA, N.. 2001, Diagnostico molecular do virus da doen~a de gumboro,Anais \I Simposio da Doen9a de Gumboro, 93-101 p.

ISHIZUKA, M.M. 1999. Epidemiologia e profilaxia da infec~ao pelo virus dadoen~a da bursa/doen~a de gumboro em frangos de corte e poedeirascomerciais. Manual elaborado por BIORET, COOPERS, FORT DODGE,INTERVET e MERIAL 31 O.

KNOBLlCH, HV; SOMMER, S.E. e JACKWOOD, D.J. 2000, Antibody titers toinfectious bursal disease virus in broiler chicks after vaccination at one day of agewith infectious bursal disease virus and marek's disease virus. Avian disease.44874-88 p.

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RAHMAN,MA 2003. Measuning the frquency of gumboro disease in poultrybase on sample submission from different farms and diagnostic protocolused in central disease investigation laboratory dhaka, Bangaladesh.Pakistan Journal of Biological Sciences 6.

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CRISTIANO PINHATTI

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RELATORIO DE ESTAGIO

Relat6rio de Esmgio Curricular Obrigatorio,realizado Empresa "Oa Granja",apresentado ao Curso de Medlcina Veterinariada Universidade Tuiuti do Parana,como partedas exigencias para obten~o de Titulo deMedico Veterinario.Professor: Sebastiao Aparecido Borges

CURITIBA

Maio/2005

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rII

SUMARIO

1. INTROOuCAo 012. ENFERMIDADE DAS AVES 022.1. DOENCAS VIRAIS 022.1.1. Pneumovirose Aviaria 022.1.2. Encefalornielite Aviciria 032.1.3. Influenza Aviaria 052.1.4. Doen9a de Newcastle 072.1.5. Bronquite Infecciosa 092.1.6. Bouba Aviaria 112.1.7. Sind rome da Queda de Postura 142.1.8. Doen9a de Marek 152.1.9. Doen9a de Gumboro 182.2. DOENCAS BACTERIANAS 212.2.1. Sa 1mone loses Aviarias 212.2.2. C61era Aviaria 232.2.3. Colibacilose Aviaria 252.2.4. Coriza Infecciosa 262.3. MICOPLASMOSES 282.3.1. Doen~a Cronica Respiratoria 282.4. DOENCAS PARASITARIAS 312.4.1. Coccidiose 312.5. DOENCAS METAB6L1CAS 342.5.1. Ascile ou Morte Subila 342.6. DOENCAS MIC6TICAS .........................•............................................ 372.6.1. Micotoxicoses 372.6.2. Aspergilose 403. POSSiVEIS DIAGN6STICOS CLiNICOS 424. LABORAT6RIO DE MICROBIOLOGIA DE ALiMENTOS 444.1. Materiais a serem Analisados 444.2. Analises Realizadas 444.3. Padroes Microbiol6gicos 485. LABORAT6RIO DE ORNIPATOLOGIA .........•...................................... 496. BIBLIOGRAFIA 537. ANEXOS 54

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1. INTRODUCAO

o estagio curricular obrigat6rio foi realizado na empresa Da Granja, que

situa-s8 no Municipio da Lapa-PR.

A empresa atua no setor de abate, frigorificac;ao, industrializa9~10 e

comercializaC;8o de aves e suinos, contando com urn sistema de integrac;ao. A Da

Granja e responsavel pela produ9ao de 20.000 ton/mes, estando entre as oito

maiores empresas do pais. Com abrangencia nacional em sua logistica de

distribuiyao. atends a mais de 25.000 clientes em todo 0 Territ6rio nacional. Atua

tambem no mercado externa, exportando seus produtos para mais de 20 paises. A

empresa, em sua estrutura, conta com 3 abatedouros, 2 fabricas de processamentos

(embutidos/supergelados), 4 incubat6rios, 3 fabricas de rac;ao, 1.165 criadores

integrados e 6 filiais de venda no Brasil.

Sob a supervisao do Medico Veterinario OCIMAR VIEIRA DE LIMA,

acompanhei e realizei atividades em laborat6rio de microbiologia de alimentos e

laboratorio de omitopatologia.

o laborat6rio atua como suporte para as atividades realizadas a campo, a

fim de tornar mais preciso 0 diagnostico e soluctao frente a patologias, atraves de

necropsias, coleta de materiais, exames bacteriologicos, sorologicos e micologicos.

Realizei tambem visitas a campo, com 0 mesmo supervisor, em atendimento

a solicitaQ5es de integrados, bern como para verificac;ao da sanidade do plante!.

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2. ENFERMIDADE DAS AVES

2.1. DOENCAS VIRAIS

2.1.1. Pneumovirose Aviaria

Introdu~ao

o Pneumovirus Aviario e uma doenc;a viral que, em frangos de corte sao

observados secrec;ao nasal, depressao e edema subcutaneo, em matrizes e

poedeiras leva a urn quadro respirat6rio com edema facial e submandibular,

presen9a de sinais nervosQs, queda na produ<;8o e qualidade dos avos.

Etiologia

o virus do pneumovirose aviaria - PVA, pertence a familia paramxxovimidae,

sub-familia pneumoviminae, genera pneumovirus.

Hospedeiros

o pneumovirose aviaria - PVA infecta principalmente perus, matrizes e

frangos de corte, mas poedeiras tambem sao suspeitas.

Transmissao

Ocorre de forma horizontal, por via aerea, atraves do cantata de aves

doentes com sadias,

Sinais CHnicos

Pode apresentar de forma aguda ou sub-clinica. Em frangos de corte

afetados, os sinais aparecem entre 3 e 5 semanas de idade, com curso de 2 a 3

semanas.

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III

Os sinais cHnicos observados em (rangos de corte sao: sonolencia e

depressao, anorexia, conjuntivite, queda na ingestao de alimentos, secrectao nasal,

lacrimejamento e, em alguns casas presenya de espirros e tosse. Com a progressao

do quadro observa-se conjuntivite seguida de edema facial ao redor dos olhos

estendendo-se par toda a cabe«;;a.

As matrizes sao afetadas principal mente no inicio do pica de postura,

podendo estender-se ate 0 final da produc;ao. Inicialmente sao observadas apatia,

sonolencia, inicio de coriza nasal e conjuntivite e edema uni au bilateral da face.

Os sintomas nervosos sao observados entre 24 a 48 haras apes a

observac;;ao dos primeiros sinais clinicos, caracterizados par opistotono e torcicolo.

Diagnostico

o diagnostico e feito atraves de uma analise laboratorial.

Preven!tao

A profilaxia se baseia no uso de vacinas, atenuadas em aves jovens e

inativadas em matrizes e poedeiras antes do inicio da postura.

2.1.2. Encefalomielite Aviaria

Introduc;ao

A Encefalomielite aviaria e uma doenlta viral que afeta primeiramente aves

jovens. E caracterizada pela presenya de ataxia e tremores, especialmente na

cabeya e pescoyo.

Etiologia

o virus da encefalomielite pertence a familia Picornaviridae, genero

picornavirus. Todos os isolados de campos sao enterotropicos,apresentando a

capacidade de infectar as aves via oral e serem eliminados pelas fezes. Algumas

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cepas tend em a serem mais neutotr6picas que outras, estando 0 grau de

neurotropismo associ ado a patogenicidade do virus.

Hospedeiros

A encefalomielite afeta basicamente a galinha, faisoes, codoma e perus,

sendo que as aves jovens sao mais sensiveis a apresentayao de sinais clinicos.

Transmissao

Em condi90es naturais ocorre a transmissao via oral, atraves de material

contaminado por fezes. Ocorre ainda, a transmissao vertical, ou seja, da matriz para

o pintinho atraves do ovo, sendo que esse tipo de transmissao e muito importante na

disseminaQao do virus, havendo uma prOPOr9ao variavel de pintinhos contaminados

quando provenientes de lotes de matrizes que apresentam a doen9a.

Sinais Clinicos

Os surtos naturais de encefalomielite normalmente aparecem entre 1 a 2

semanas de idade,embora as aves possam apresentar sinais clinicos desde 0

momenta da eclos80. As aves apresentam inicialmente ataxia progressiva, seguida

de incoordenaQao e tremores da cabeQa e pescoQo. A morbi dade (numero de aves

doentes/total de aves no lote) normal mente e de 40% e a mor1alidade (numero de

aves mortas/total de aves no lote) normalmente e de 25%, mas pode exceder 50%.

Ap6s 3 a 4 semanas as aves adquirem resistencia e nao desenvolvem sinais clinicos

ap6s a infecc;:ao. Aves que se infectam durante a produc;:ao apresentam uma queda

temporaria de Produ9c30 (postura) que pode variar de 5 a 10%, mas nao

desenvolvem sinais neurol6gicos.

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Lesoes Macroscopicas

As (micas lesoes macrosc6picas observadas sao areas de colorayao

esbranquj~ada na camada muscular do proventrieulo, mas nem sempre estao

presentes alem de serem diffeeis de serem visualizadas.

Diagn6stico

o diagn6stico e feito atraves da analise do historico, sinais clinicos, les6es

microscopicas, sorologia e isolamento viral.

Prevem;ao

A profilaxia de encefalomielite se baseia fundamental mente na vacinayao de

matrizes antes da maturidade sexual, uWizando-se vacina com virus vivo,

patogemico, via agua ou na membrana da asa. Essa vacina ira proteger as aves

durante a produC;:8o e os pintinhos, atraves da transferencia de irnunidade passiva,

ate por volta de 8-10 semanas de idade.

2.1.3. Influenza Aviaria

Introdu~ao

A Influenza aviaria e urna enfermidade viral que afeta galinhas e perus,

earaeterizada pelo comprometimento do aparelho respirat6rio.

Etiologia

o virus da influenza aviaria tipo A com varies subtipes.

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Hospedeiros

A influenza afeta basicamente a galinha, perus e muitas aves silvestres. As

aves aquaticas sao importantes reservatorios.

Transmissao

Em condi90es natura is ocorre a transmissao via oral, atraves de material

contaminado.

Sinais Clinicos

Estertores, secrec;ao nasal e ocular sao sintomas comuns na influenza

aviaria. As formas altamente virulentas provocam cianose e edema de crista e

barbelas, diarreias e um aumento da mortalidade.

Les6es Macrosc6picas

Les6es congestivas e hemorragicas podem ocorrer na crista (figura 1),

barbela e pes. InflamaC;8o do trato respirat6rio, inc!uindo placas brancas caseosas

sobre 0 cora980 e pulmoes, podem ser observadas. Hemorragias no proventriculo e

no pericardio tambem podem ocorrer.

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Figura 1 - Crista da ave com cianose e inflama~ao

Oiagnostico

o isolamento do virus e detec~ao de anticorpos no sangue, sao definitivos

para e diagnostico. A hist6ria e sintomas clinicos sao muito uteis na forma vimlanta.

Prevenc;ao

o vazio sanitario e a eliminac;ao das aves mertas, sao as medidas mais

indicadas, ja que nao existe tratamento indicado. Vacinas mortas podem ser usadas

em algumas situar;oes para controlar a difusao da enferrnidade.

2.1.4. Doenc;a de Newcastle

Introduc;ao

Ooen~a viral das aves que se caracteriza por uma grande varia~ao na sua

forma clinica, podendo se manifestar como uma daenc;;a superaguda, com sinais no

sistema digestiv~, nervoso e respirat6rio, com alta morbidade e mortalidade, au

ainda como urna doenya respirat6ria com baixa morbi dade e rnortalidade.

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Etiologia

o agente etiol6g;co da doenQa de Newcastle e urn virus da familia

Paramyxoviridae, genero paramyxovirus. De acordo com sua patogenicidade,esse

virus e denominado velogenico (cepas altamente patogenicas), mesogenico (cepas

de patogenicidade moderada) e lentogenico (cepas com baixa patogenicidade)

Hospedeiros

A infecc;ao pelo virus da doenc;a de Newcastle ja for demonstrada em 246

especies de 27 em 50 ordens de aves. As especies mais resistentes sao as aves

aquaticas.

Transmissao

E transmitida pela via horizontal, atraves da inge5t80 de material

contaminada par fezes au secrey6es respirat6rias au pela inalac;ao de particulas

virais em suspensao.

5inais Clinicos

as sinais clinicos sao muito variaveis. Em infec¢es por cepas velogenicas

ocorre uma alta morbidade e mortalidade, presenc;a de sinais sugestivos, como

diarreia com presenc;a de fezes esverdeadas, sinais respiratorio como secreC;ao

ocular, nasal, espifTos e dificuldade respiratoria e sinais neurologicos, como

torcicolo, opistotono e paralisia das asas e pernas. Pode haver ainda, com cepas

velogenicas, problemas reprodutores, como queda ou parada brusca de postura e

problemas na casca dos ovos. Esses sinais podem aparecer isolados ou associados.

As cepas mesogenicas podem causar sinais neurologicos, respiratorios e

reprodutores, as vezes com alta mortalidade em aves jovens, e as cepas

lentogenicas causarn uma infeatao respirat6ria leve, que s6 produz mortalidade na

presenc;a de infecc;oes secundckias.

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Lesoes Macroscopicas

As les6es macrosc6picas tambem variam de acordo com a cepa envolvida

no sulio. Pode haver lesoes hemarragicas no trato gastrintestinal, principalmente

proventricuJo, ceco e intestino delgado.no trato respirat6rio verifica-se desde uma

hiperemia da traqueia ate les6es hemorragicas. Nos casos aereos pode haver

espessamento e presentta de exsudato catarral au caseoso. Nao existem les6es

macroscopicas no sistema nervoso central.

Diagnostico

8aseia-se no historico, analise de les6es macrosc6picas, sinais clinicos,

sorologia e principalmente no isolamento e identificaC;:8o viral.

Preven~ao

Para vacinaC;:80 contra a doenc;:a de Newcastle sao utllizadas cepas vivas,

lentogenicas via agua de bebida, nasal, aerosol au ocular. Antes da produc;:ao, as

reprodutoras e poedeiras comerciais recebem urn aplicaC;:8o de vacina com virus

inativado via intramuscular.

2.1.5. Bronquite Infecciosa

Introdu~ao

Doenl(a viral altamente contagiasa, que se caracteriza pela apresenta<;ao de

sinais clinicos respirat6rios, como ronqueira, corrimento nasal, espirros e dificuldade

respirat6ria.

Etiologia

o virus da bronquite infecciosa pertence a familia Coronaviridae, genera

corona virus.

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Hospedeiros

A galinha e considerada como a (lnica especie de ave susceptivel a

bronquite infeceiosa, mas 0 virus iii foi isolado de faisoes com problemas

respiratortos.

Transmissao

Oeorre uma rapida disseminac;:ao do virus entre urn late. Oeorre elimina<;ao

de part/Gulas virais pelas fezes e secre<;6es respiratorias, as aves S8 infectam

atraves dessas particulas em suspensao no ambiente.

Sinais Clinicos

Ocorrem sinais respirat6rios como espirros, coni menta nasal e dificuldade

respiratoria. 5e a enfermidade for causada par uma cepa nefrotoxica pode haver

lesao renal e presenc;a de fezes liqueteitas. Aves em produc;ao, quando infectadas,

podem apresentar queda de postura problemas na casa dos avos (Figura 2),

assocjados au nao a sintomas respiratorios. Morbidade geralmente e de 100%, mas

a mortalidade e muito variavel, podendo chegar a 25% em aves jovens, em aves

adultas nao hi! mortalidade.

Figura 2 - Ovos anormais devido a Bronquite Infecciosa

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Lesoes Macrosc6picas

As lesoes se caracterizam par traqueia hiperemica com presen9<3 de

exsudato serosa, catarraJ au cassoso na traqueia, sacos aareas opacos au com

exsudato caseoso e em alguns casas areas acinzentadas no pulmao. Cepas

nefrot6xicas podem causar nefrite intersticial, com aumento de volume do rim, que

S8 apresenta ajnda com uma coJoraq8o 8sbranquiqada e em alguns casas com

urolitos distendendo as ureteres.

Diagnostico

8aseia-se no hist6rica, sinais clinicos, lesoes macroscopicas, 50rologia e

principal mente no isola menta e identificay80 viral.

Prevenc;ao

Na prevenyao da bronquite infecciosa eo utilizada uma vacina com virus vivo

atenuado via agua de bebida, nasal, ocular au aerosol. Antes da produ~ao as

poedeiras comerciais e matrizes sao vacinadas com virus inativado via

intramuscular.

2.1.6. Souba Aviaria

Introdu~ao

A bouba aviaria e um doen«a infecciosa das aves que S9 caracteriza pelo

desenvolvimento de les6es proliferativas na pele e/au membranas mucosas da

traqueia, cavidade oral e esofago.

Etiologia

E causada por um virus da familia Poxiviridae, genero avipoxvirus.

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Hospedeiros

A bouba aviaria ja foi relatada em aproximadamente 60 especies de aves,

representando porvelta de 20 familias.

Transmissao

o virus da bouba infecta as aves atraves de les6es na pele, principalmente

pela pleada de insetos que sao vetores bio/6gicos do virus. Em urn ambiente

contaminado, particulas virais em suspensao, provenientes de penas e escaras

secas pod em iniciar a infecyao por via respirat6ria ou atraves de soluc;oes de

continuidade na pele. Na mucosa oral e respirat6ria nao e necessaria a existencia de

fesces para a penetrac;ao do virus. Doze especies de dipteros sao conhecidos como

vetores do virus da bouba aviaria. Assim como 0 cle8ro Dermanyssus gallinae.

Sinais Clinicos

Existem duas formas clinicas, a cut~nea e a difterica, que podem ocorrer

isoladas ou associadas. Na forma cutanea, observam-se /esoes nodulares na crista

(Figura 3), barbela, palpebras e areas desprovidas de penas.na forma difterica,

verifica-se a presenc;;a de sinais respirat6rios quando a traqueia for afetada. Ocorre

ainda queda na postura. Morbidade e morta/idade sao muito variaveis, dependendo

da virulemcia do virus envolvido. Na presenya de cepas alta mente vitulentas, pade

haver mortalidade de ate 50% das aves.

Lesoes Macrosc6picas

As les6es caracteristicas da forma cutanea sao nodulos semelhantes a

verrugas que podem coalescer, em areas desprovidas de penas. Pode haver a

forma<;:ao de escaras. Na forma difterica, observarn-se inicialmente n6dulos brancos

nas membranas mucosas da cavidade oral (Figura 4), esofago e traqueia, que

aumentam de tamanho, coa/escem e ficam amare/ados, fonnando membranas

diftericas. Se essas membranas sao removidas ocorre sangramento.

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Figura 3 - UVerrugas" afetandoa crista de urn galo

Diagnostico

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Figura 4 - N6dulos afetando a

cavidade bucal

o diagn6stico geralmente e feito pela analise do historico, les6es

macroscopicas e microsc6picas.

Prevenc;ao

Na prevenyao da bouba aviaria e utWzada vacina com virus vivo atenuado,

aplicada na membrana da asa.

2.1.7.Sindrome da Queda de Postura

Introduc;ao

A Sindrome da Queda de Postura (EDS-76) se caracteriza pela prodUl;ao de

ovos com problemas na casca ou sem casca, em aves aparentemente normais.

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Etiologia

o virus da Sindrome da Queda de Postura e urn membro da familia

Adenoviridae, genera adenovirus.

Hospedeiros

Os hospedeiros naturais do virus da Sindrome da Queda de Postura (EDS)(

sao provavelmente patos e gan50s, mas a doenc;:a tern sido relatada em aves de

postura comercial.

Transmissao

Pode ser transmitida via vertical, atraves da contaminaC;:8o do ova no Qviduto

e via horizontal, pelo cantato com material contaminado com virus presente na casca

de ovos e secrec;:ao uterina presentes nas fezes de aves doentes.

Sinais CHnicos

o primeiro sinal observado e a perda de colora<;ao da casca em OVOS

pigmentados, seguida pela produyao de ovos com casca fina, rugosa e avos sem

casca. A queda de postura pode chegar a 40%.

LesOes Macroscopicas

Lesoes como atrofia de oviduto e ovarios ja foram relatadas, mas nao estao

presentes em todos os casos.

Diagnostico

E feito atraves da observayao de sinais clinicos, sorologia e isolamento e

identifica9ao viral.

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Prevengao

Na prevem;ao da Sindrome da Queda de Postura (EDS) utiliza-se uma

vacina com virus inativado antes das aves entrarem em produyao, via intramuscular.

2.1.8. Doen~a de Marek

Introdu~ao

A doenc;a de Marek e uma doenc;a neaplasica, de etiologia viral, que se

caracteriza pela infiltraqao de celulas mononucleares em nervos perifericos,

gbnadas, varias visceras, iris, musculos e na pele.

Etiologia

E causada por um herpesvirus tipo B. de acordo com sua patogenicidade

pade ser classificado em:

Sorotipo 1 - Virus patogenicos que quando atenuados podem ser utilizados como

vacina (Cepa Rispens)

Sorotipo 2 - Virus apatogenicos, podem ser utilizados como vacina (Cepa S8-1)

Sorotipo 3 - Virus apatogenicos, iso/ados de perus. Podem ser utilizados como

vacina (cepa HVT).

Hospedeiros

o hospedeiro natural mais importante da doen~a de Marek e a galinha.

Existem evidencias de que a doenya natural possa ocorrer em outras especies de

aves.

Transmissao

Pede ocerrer transmissae per contado direta entre as aves au cantata

indireto com material contaminado, sendo que a porta de entrada do virus na ave e a

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via respirat6ria. 0 virus se encontra em celulas epileliais da pele que se descamam

au se destacam junta mente com as penas e servem de fonte de contamina<;:ao do

ambiente. Nessas condi<;:oes, a virus e altamente resistente, conservando sua

infectividade par varios meses.

Sinais Clinicos

A doen<;:a de Marek pode surgir em surtos agudos, com algumas aves

morrendo sem sintomatologia e outras apresentando depressao severa antes da

morte. Em alguns casas, as aves desenvolvem paresia que posteriormente evelui

para paralisia uni e bilateral das asas e pemas. 0 envolvimento do nerva vago pade

levar a paralisia e impactayao do papa. A doen<;:a clinica pade ocorrer entre 3 e 4

semanas de idade, mas e mars comum entre 12 e 30 semanas. Apes a utiliza.yao de

vacinac;:ao, a doenc;a de Marek tern surgido como surtos esporadicos com

mortalidade por volta de 5% ou menos.

Lesoes Macrosc6picas

Em nervos perifericos ocorre espessamento, perda de estriavoes

Iransversais, co!oravao acinzentada ou amarelada e aparencia edematosa. Tumores

linf6ides pod em ser encontrados em um ou mais 6r9aos e se caracterizam por

aumento difuso ou nodular desses 6rg30s, que apresentam ainda co!orac;.ao

acinzentada. Lesoes e tumores ma pele (Figura 5) aparecem como nodulos de

coJorac;ao esbranquivada, principalmente nos foliculos das penas, que podem

coalescer e formar crostas. No globo ocular das aves observa-se, em alguns casas,

descoloray8o e deformay8o da iris. A bursa de Fabricius apresenta-se atrofiada ou

com espessamento difuso da parede.

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Figura 5 - Tumares nos foliculos das penas

Diagnostico

o diagn6stico da doenya de Marek sae baseia na analise cuidadosa dos

sinais cHnicos, lesEies macro e microsc6picas, 50(010gia viral e outros testes

laboratoriais como detec~o de antigeno viral em tecidos infectados.

Preven<;ao

o principal procedimento utilizado na prevenctao da doen9a de Marek e a

vacina<;ao de pintos de 1 dia via subcutanea, com vacina com virus atenuado do

sorotipo 1, au vacina com virus vivos nao atenuados dos sorotipos 2 e 3. Pode haver

associayao entre diferentes sorotipos.

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2.1.9. Doen~a de Gumboro

Introdu~ao

A doenlta de Gumboro e uma enfermidade de curso agudo, altarnente

contagiosa que tern como alva principal 0 tecido !infolde das aves, principalmente a

bursa de Fabricius.

Etiologia

E causada per um virus do genera birnavirus de familia Birnaviridae. Esse

agente Apresenta uma alta resistencia as condicr6es ambientais, persistindo por

varios meses no ambiente sem aJtera9ao em sua infecciosidade.

Hospedeiros

o virus da doenc;a de Gumboro afeta samente a galinha, sendo que as aves

mais susceptiveis S9 encontram entre 3 a 6 semanas de idade. Aves com menes de

3 semanas nao apresentam sinais clinicos, samente uma imunossupressao severa e

prolongada. Apos a atrofia da bursa de Fabricius, proximo a maturidade sexual, as

aves se tamam resistentes a infecyao par esse agente.

Sinais Clinicos

As aves apresentam as seguintes sinais clinicos: prostra~ao, algumas bicam

a regiao da cloaca e diarreia profusa com fezes esbranqui9adas. Esses sinais

ocorrem em aves sem nenhuma imunidade. Atualmente, na maioria dos casos de

campo, 0 que se observa e uma queda nos parametres zootecnicos, como ganho e

peso e conversao alimentar e a presen93 de infea;:6es secundarias, como a

colibacilose, devido it imunossupressao provocada pelo virus da doenya de

Gumboro. A doen~a clinica em aves totalmente susceptlveis pode levar a uma

morbidade de 100% e mortalidade de ate 20-30%.

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Lesoes Macroscopicas

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Aves que apresentam a doen<;:a clinica desenvolvem desidratayao, com a

musculatura peltoral apresentando colorac;ao mais escura. Hemorragias lineares

podem ser visuaHzadas na musculatura da coxa e peitoral (Figura 6). Ocorre um

aumento de muco no intestino e na fase terminal da doenya, a rim pode se

apresentar aumentado de volume e de colorac;ao esbranquiyada, devido adesidratayao. A bursa de Fabricius no inicio da infecyao apresenta aumento de

volume, com exsudato gelatinoso cobrindo a superticie serosa; na mucosa pode

haver hemorrag;a discreta au prafusa (Figura 7); pode ser encontrado ainda, urn

exsudato caseoso, decor amarelada, preenchendo a luz desse orgao. Em uma fase

posterior da doenya (5 a 6 dias apos a infecyao) e em aves infectadas com menos

de 21 d;as de idade, abserva-se apenas a atrofia da bursa, sem a presenc;a de

edema, hemorragia e aumento de volume.

Figura 6 - Hemorragias na musculatura

da coxa e aumento de volume

da Boisa de Fabricius

Diagnostico

Figura 7 - Bolsa de Fabricius

Hemorr.agica

Pode ser feito 0 diagnostico atraves de analise de les6es

macroscopicas, histologia (na fase aguda), isolamento e identificayao do virus.

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Prevem;ao

Na preven~o da doenc;a de Gramboro e utilizada uma vacina com virus vivo

atenuado, aplicado na agua de bebida. Antes da produ~ao e utilizada, nas matrizes,

uma vacina com virus inativado, via intramuscular.

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2.2. DOENCAS BACTERIANAS

2.2.1. Salmoneloses Aviarias

Introdu~ao

o termo Sal mane loses Aviarias designa urn grande grupo de doen<;as

agudas ou cranicas das aves causadas por um ou mais membros de bacterias do

genera Salmonella.

Etiologia

As salmoneloses aviarias podem ser divididas em tres doenc;:as distintes:

PuJorose = causada pel a Safmoneffa pul/arum

Tifo aviano - causada pela Salmonella gallina rum

Paratifo aviario - causada por varias bacterias moveis, sem especificidade par

especie, do genera Salmonel/a, Entre as rna is conhecidas estao a S.

typhimurium e S. entenritidis.

Hospedeiros

A S. pi/lorum afeta principalmente a galinha e perus. A S. ga/inarum promove

doenc;:a cHnica na galinha, havendo ainda relatos de infecyao em faisoes, perus,

cadarnas e payees. Ja a paratifo aviaria acorre em varias especies de aves e

mamiferas, nao havenda especificidade par especie em Salmonel/as responsaveis

por essa enfermidade, sendo que as mesmas sao responsave;s par surtas de t6xica-

infecc;6es no homem ap6s 0 consumo de alimentos contaminados.

Transmissao

A transmissao da pulorose e lifo aviario ocorre por via vertical, com a

nascimenta de pintinhos infectados e por via horizontal, atraves do cantata com

varios materiais contaminados par bacterias presentes nas fezes. A principal forma

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de transmissao do paratifo aviario e a horizontal, atraves da ingestao de ra~ao au

agua contaminada par bacterias presentes em fezes au mesma ap6s 0 cantata com

qualquer material contaminado.

Sinais CHnicos

Os sinais sao praticamente as mesmas nas tres enfermidades. As aves

podem apresentar sintomas logo ap6s a eclosao, como tristeza e diarreja

esbranquictada com acumulo de fezes na regiao da cloaca. Dependendo do grau de

contaminac;;ao pade haver uma alta mortalidade. Em aves adultas, ocorre morte

subita e esporadica, em a/guns casas com alta mortalidade, em aves com tifo avlario

e mais raramente com paratifo e pulorose, que attngem rnais aves jovens.

Lesoes Macroscopicas

As les6es macrosc6picas sao multo semelhantes nas tres doen«as e se

caracterizam basicamente pela presenya de pontes brancos, representando

necrose, no figado, aumento de volume no fig ado, ba«o e rins, focos de necrose

acinzentados no cora<tao e pulmao, pericardite, ooforite com presen«8 de ovulos

murchos, necroticos ou hemerragices e inflama<;;ao catarrat nos intestines.

Diagnostico

o diagnostico se baseia na observa~e de sinais clinicos, les6es

macroscopicas e principatmente no isolamento e identifica~o do agente.

PreveOl;ao

Na preven<tao da pulorose e tifo aviario e utilizado um teste sorol6gico para

detec<tao de aves portadoras cronicas da S. pullorum e S. gaflinarum. Esse teste e a

hemaglutina<;3o com sangue total e e realizado em todo lote de matrizes antes da

maturidade sexual. Lotes contaminados devem ser descartados.nao existe ainda

nenhuma medida realmente efetiva na preven<tao do paratifo aviario. Tem se

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utilizado a exclusao competitiva ap6s 0 tratamento com antibi6ticos em aves

contaminadas, sem resultados consistemes.

2.2.2. Colera Aviaria

Introdu~ao

A colera aviaria e urna doen~a bacteriana caracterizada por urn quadro de

septicemia infecciosa aguda, abscessos cronicos nas articulay6es e alta

mortaJidade.

Etiologia

A colera aviinia e causada pela bacteria Pausterella multocida.

Hospedeiros

A maiaria das especies aviarias sao susceptiveis a c61era aviaria, e a

maloria dos mamiferos sao portadores do microorganismo.

Sinais Clinicos

A c61era aviaria predominantemente afeta aves com oito semanas de idade

au mais, na forma aguda. As aves mostram septicemias e pade haver urn imediato

aumento da mortaJidade. Pode-se observar tambem depressao, danose da cabeya,

secre9iio nasal, estertores, diarreia e inflama<;:ao das articula<;:oes, tendoes e

barbelas. Uma diminui<;aa da produ<;ao de avos pode acorrer em peedeiras. Aves

com infecyoes cronicas desenvelvem abscesses nas articulac;oes e barbelas (figura

8).

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Figura 8 - 8arbela aumentada de volume

Lesoes Macrosc6picas

As les6es macrosc6picas observadas incluem enterites e abscessos nas

articula~6es, tend6es e barbeJas das aves. Os perus freqOentemente apresentam

uma pneumonia frbrinosa.

Diagnostico

as sintomas e uma historia de alta mortalidade, conjuntamente com as

achados de necropsia, sao utilizados para a diagn6stico. 0 isolamento da

Pasteurefla muftocida e definitivo.

Prevenc;ao

Evitar 0 cantata dos lotes comerciais com sui nos, controle de roedores,

gatos e animais selvagens eaves silvestres. Retirar e e/iminar as aves mortas do

gaJpao. A vacinaC;:3o de galinhas e perus reprodutores e lotes comerciais de perus.

Altas doses de alguns antimicrobianos tais como as tetraciclinas e sulfonamidas sao

usados para reduzk a mortalidade.

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2.2.3. Colibacilose Aviaria

Introduc;ao

o termo colibaciJose aviaria engloba uma serie de enfermidades de carater

agudo ou cr6nico, com grande variacrae na forma clinica, morbidade e mertalidade.

Etiologia

E causada per uma enterobacteria presente normalmente no trato

gastrintestinal das aves, a Escllerechia coli.

Hospedeiros

Varias especies de aves sao sensiveis a infeccrao pela E. coli. Cepas

aviarias nac t~m importancia no que se refere a saude publica.

Transmissao

A Eco/i, como um habitante normal do trato digestivo das aves, esta

presente em todas as granjas, s6 que nem lodas as cepas presentes sao.

patagenicas para as aves. Na presencra de condi<roes predisponentes, como

imunossupressao, reac;oes vacinais, estresse ambiental e doenc;as respirat6rias, a

ave que em condi¢es normais eliminaria a bacteria que normalmente se encontra

no ambiente do gafpao e e inalada, nao consegue eliminar a bacteria do trata

respirat6rio e a mesma adere ao epitelio, se multiplica e promove a doenc;a.

Sinais CHnicos

A principal forma clinica da colibacilose aviaria e a infeCC;ao no trato

respirat6rio, que evofui para uma aerosacu/ite, pericardite e perihepatite, que sao

responsaveis por condenac;ao da carcac;a ao nivel de abatedouro, gastos com

medica mente e queda no ganho de peso. As aves irao apresentar dificuldade

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respirat6ria, espirros, ronqueira e dependendo da virulencia da cepa envolvida e do

fator predisponente, pode haver uma alta mortalidade.

Lesoes Macrosc6picas

As les6es encontradas na infecqElo respirat6ria sao a presenya de urn

eX5udato fibrino·purulento. amarelado, recobrindo 0 figado, sacos aereos e 0

pericardia. Pode haver envolvimento do pulmao com focos acinzentados au areas

congestas evidenciando uma pneumonia. As les6es nos sacos aereos, figado e

pericardia sao responsaveis pela condenaqao total de carcaqas a nivel de

abatedouro.

Diagn6stico

o diagn6stico e feito pela analise das les5es macrosc6picas, isolamento e

identificaqclo do agente, com determina9ao de sua patogenicidade.

Prevenc;ao

A prevenqao da colibacilose aviaria se baseia no controle de seus fatores

predisponentes.

2.2.4. Coriza Infecciosa

IntrodUl;ao

A coriza infecciosa e uma enfermidade que se caracteriza pela presen9a de

sinais cHnicos no trato respirat6rio, como coriza e edema facial.

Etiologia

o agente responsavel por e55a enfermidade e 0 Haemophylus

paragallinarum, conhecido anteriormente como H. gaflinarum.

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Hospedeiros

o hospedeiro natural do H. paragaflinarum e a galinha. A coriza jtt foi

diagnosticada em fa;soes, galinha d'angoJa e codornas.

Transmissao

A dissemina<;:ao do H. paragallinarum ocorre atraves de secrec;:ao nasal au

oral, principalmente por contaminayao de agua de bebidas e aerosOis. As aves, apas

a cura da doenc;a, permanecem como portadoras cronicas do agente.

5inais Clinicos

as sinais cHnices mais evidentes sao corrimenta serosa a mucosa na

cavidade nasal, edema facial e conjuntivite (Figura 9). Pode haver aumento de

voluma nas barbelas, principaJmente em machos. A infecc;.3o no trato respirat6rio

inferior pade provocar ronqueira. Em poedeiras oeOrTe queda na postura. A

mortalidade geralmente e baixa.

Les6es Macrosc6picas

o H. paragallinarum produz uma infla<;ao catarral aguda das membranas

mucosas da cavidade nasal, seios infraorbitanos e conjuntiva. Infec<;oes secundarias

promovem destruic;.ao do globo ocular e forma<;ao de exsudato caseoso nos seis

infraorbitarios (Figura 10). No tecido subcutaneo da face ocorre a formac;ao de

edema. Raramente pade ocarrer a aerosaculite.

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Figura 9 - Edema facial

e conjuntivite

Diagnostico

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Figura 10 - Esxudato caseoso nos selos

infraorbitarios

Os sinais clinicos e les6es sao multo sugestivos de coriza infecciosa, mas adiagnostico deve ser confirmado atraves do iso/amento e identifica~o do agente.

Prevem;ao

A prevem;8o e feita atraves da utiliza~ao de bacterina (vacina com bateria

inativada) par via intramuscular.

2.3. MICOPLASMOSES

2.3.1. Doen~a Cronica Respiratoria

Introdu~ao

A doen~a cronica respirat6ria (OCR) se caracteriza pala presenva de doen~a

respirat6ria com desenvolvimento /ento de sinais c/inicos e curso cranico, com sinais

respirat6rios como ronqueira, corrimento nasal e dispneia.

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Etiologia

A Doen~ Cr6nica Respirat6ria - OCR e causada par urn agente da familia

Mycoplasmataeeae, 0 Mycoplasma gallisepficum.

Hospedeiros

Ocorre naturalmente em galinhas e perus. No entanto, infee<;:oes naturais

tem sido relatadas em fal50es, perdizes e codornas.

Transmissao

Na Doenc;a Croniea Respirat6ria - OCR pade ocorrer a transmissao vertical,

cnde 0 pintinho ja nasee contaminado e a transmissao horizontal, atrav9S da

inala~o do agente presente em suspensao no galpao e de aerosois formados com

secrey80 respirat6ria de aves doentes. As aves uma vez contaminadas permanecem

como portadoras cr6nicas do M. gaJ/isepticum.

Sinais Clinicos

05 sinais se caracterizam par ronqueira, corrimento nasal e queda de

postura em aves em produyao. Ocorre queda no consumo de rayao e no ganho de

peso. A infecyao resplrat6ria e mais severa em aves com 4 a 8 semanas. Em perus

ocorre com frequemcia sinusite, com inchayo de seios infraorbitarios. A morbldade

nos lotes afetados geralmente e alta, podendo chegar a 100%; a mortalidade

geralmente e baixa, mas pode aumentar na presenya de infecyOes secundarias,

principalmente par E. coli.

Lesoes Macroscopicas

Sao observadas /es6es como presenya de exsudato catarral na cavidade

nasal e seios infraomitarios, traqueia, bronquios e sacos aereos. Nos sacos aereos

pode haver a forma~o de exsudato caseoso, ou somente e observada uma

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opacidade dos mesmas. A infeccrao pode ser complicada com a E. coli, ocasionando

aerosaculite (Figura 11), pericardite e perihepatite fibrinopurulentas, com

condenayao de carcac;as a nivel de abatedouros.

Figura 11 - Aerosaculite devido a micoplasmose

Oiagnostico

o diagn6stico definitivQ 56 pode ser realizado apes 0 isolamento e

identificac;ao do M. gallisepticum au ap6s sua detecc;ao em tecidos infectados.

Prevent;:ao

A detea;:ao de aves portadoras cranieas do M. gallisepticum e feita com a

utiliz3C;BOde urn teste sorol6gico, a soroaglulinayao rapida, em matrizes antes da

maturidade sexual.os lotes comprovadamente positiv~s devem sar descartados. Em

lotes que nac sao descartados, principal mente poedeiras comerciais, pode-sa utilizar

uma vaeina com 0 agente vivo ou inalivado, durante a reeria, para minimizar a queda

de postura.

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2.4. DDENCAS PARASITARIAS

2.4.1. Coccidiose

Introduc;ao

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A cocci diose e uma doenya parasitaria que afeta 0 sistema digestiv~ e S8

caracteriza por grandes perdas economicas com queda de ganho de peso, piar

conversao alimentar, ga5t05 com medicamentos, vacinas e mortalidade.

Etiologia

E causada por varias especies de protozoarios do genera Eimeria, cada

uma com especificidade por determinada localiza98o no intestino:

E. acervulina - duodena (Figura 12)

E mivati - duodena

E. praecox-duodena (Figura 13)

E. hagani duodena

E. mitis - jejuna e ileo

E. maxima - jejuna e ilea (Figura 14) E. necatrix -jejuna e ileo (Figura 15)

E. tenella - ceca (Figura 16) E. brunetti - final do ilea e reta (Figura 17)

Figura 12 Figura 13

~/

Figura 14

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J. .,. ·ufru

Figura 15

Hospedeiros

12

Figura 17

As especies de Eimeria citadas sao parasitas somente da galinha. Outras

especies de aves tambem sao parasitadas por esse coccidio, mas por especies

distintas.

Transmissao

Figura 16

Ocorre atraves da ingestao de oocistos esporulados presentes no ambiente.

Esses oocistos sao eliminadas em grande quantidade nas fazes, e na presenya de

condi90es idea is de temperatura, umidade e oxigenayao sofrem esporulagao e se

tornam infectantes.

Sinais Clinicos

Nao existem sinais especificos da coccidiosa. As aves se apresentam

apaticas, com diarreia e presenya de fezes mucoides ou sanguinolentas, como na

infecyao par E. lenel/a. Observa-se ainda, desuniformidade no late afetado, com

queda no consumo de rayao e uma pior conversao alimentar. A mortalidade e muito

variavel, podendo ser alta em aves totalmente susceptiveis expostas a especies

alta mente patogenicas como E. tenella e E. necatrix.

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Les6es Macroscopicas

As lesoes macrosc6picas variam de acordo com as especies envolvida.

Pode haver espessamento da mucosa com presenc;a de pontes brancos na mesma

(E. acervalina, mivall), samente hiperemia na mucosa com presenC;8 de muco (E.

praecox,E. mitis, E. hagam), dilatayao da alya intestinal com presenl):3 de muco

alaranjado e hiperemia da mucosa (E. maxima), dilataqao severa das algas

intestinais com presen«8 de hemorragia e muce na luz intestinal, peh~quias na

serosa e mucosa do intestino (E. necatrix), hemorragia no ceco (E. lenella) e

espessamento da mucosa, petequias e em alguns casas necrose de coagulaqao na

mucosa intestinal (E.brunetti).

Diagnostico

o diagn6stico e realizado atraves da observa<;:ao de les6es macrosc6picas e

detecc;ao de estagios ou ooeistos em raspados intestinais, com identificat;tao da

espeeie.

Prevenc;ao

A preven9ao da eoccidiosa e feita prineipalmente pela adiyao de

eoeeidiostaticos na ra~o de frangos de corte, de matrizes durante a fase de cria e

recria e de poedeiras criadas em piso, tambem na fase da cria e reeria. Po de ser

utilizadas ainda, vaeina com eepas de Eimeria vivas, que tern oferecido melhores

resultados quando utilizadas em matrizes.

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2.5. DOENCAS METASOLICAS

2.5.1. Ascite au Morte Slibita

Introdu~ao

Ascite e uma enfermidade causada par urn acumulo de liquido na cavidade

abdominal. A morte subita e uma doenc;a metab61ica caracterizada par uma

susceptibilidade extrinseca dos frangos de corte a hipoxemia. Sao enfermidades de

causas multiplas em que fatares como grandes altitudes, problemas respirat6rios,

ma venWalfao e genetica, comprometem a fi510109ia normal das aves.

Etiologia

Quando as pulmoes sao afetados par falta de Qxigenio, infe~5es, po,amenia, etc, existe uma diminuiyao na passagem de sangue neste 6r9ao. A corayao

precisa entao trabalhar mais forte, e sa a masma nao puder manter seu rltmo, ocorre

urn aumento abdominal. Na morte slibita, com 0 aumento da pressao arterial, hi!

dilata~o do ventriculo direito, fibrila9ao auricular au ventricular e morte do animal

(Figura 18).

Hospedeiros

Todas as aves sao susceptiveis, contudo, as aves de crescimento n3pido e

mais pesadas sao rna is susceptiveis.

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MORTE SUBITA OU ASCITE

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Genetiea, Alta Densidade,Nutricional. Alimento

Peletizado. Born Manejo.Ambiente adequado

Frio, Atividade. Dieta.Ingredientes que requeremmais aporte de Oxigeniopara seu Metabolismo

Capacidade Vascular diminuida. Obstrw;:aoVascular. Hipertensao. Vasoconstri~o

Aumento da PressaoPulmonar

Figura 18 - Etiologia da Ascite e Marte Subita

Edema Pulmonar r-----

Marte SUbita

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Sinais e Sintomas

o 5intoma rnais significativo da ascite e a mortalidade excess iva. As aves

com aeumula de liquido na cavidade abdominal tern dificuldade para se moverem e

respirar. 0 abdomen geralmente se encontra dilatado e com acumulo de liquido

amarelo (Figura 19. na marte subita, as lotes de frango aparentemente sadios, de

born desenvolvimento e machos, sao as que apresentam maior incidfmcia de

mortalidade, registrando urn picD de ocorrencia de morte entre a segunda e quarta

semana de vida das aves.

Figura 19 - Acurnulo de liquido na cavidade abdominal

Lesoes Macrosc6picas

As les5es incluem congestao pulmonar, hidropericardio, hipertrofia cardiaca,

hepatomegalfa e ascite.

Diagnostico

o diagn6stico e baseado nos sintomas e nas lesc5es. as problemas

respiratorios e de manejo das aves tambem ajudam a estabelecer a diagnostico.

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Preven~ao

A prevenv.3o e 0 controle da ascite exige uma ventila9ao apropriada para

evitar po, amonia e manter uma temperatura adequada no galpao. Urn programa

apropriado de vacinagao para diminuir 0 "stress" e tambem uma seleC;03ogenetica

apropriada para melhorar a capacidade respirat6ria em relac;ao ao peso da ave. Em

caso do aparecimento de problemas respiratorios, as aves devem ser medicadas.

Reduzir a velocidade de cresci menta das aves para permitir urn desenvolvimento

adequado do sistema respirat6rio e adequada oxigenac;:.3o sanguinea

2.6. DOENCAS MICOTICAS

2.6.1. Micotoxicoses

Introduc;ao

Micotoxicose e uma enfermidade de galinhas e perus, causada par toxinas

produzidas par fungos que crescem em graos utilizados em rar;6es, caracterizada

per uma grande variedade de sintomas.

Etiologia

As micotoxicoses podem ser causadas por uma das muitas toxinas

produzidas pelos fungos presentes nos graos, dentre os quais podemos destacar

Aspergillus sp, Fusaarium sp e Penicillium sp. Aflatoxina e a toxina T-2, produzidas

por Aspergillus flavus e Fusarium sp, respectivamente, sao os mais comuns.

Hospedeiros

Todas as aves e mamfferos sao susceptfveis aos efeitos das micotoxinas.

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Sinais e Sintomas

AS sintomas das micotoxicoses incluem a redu9ao do cresci mento, da

pigmenta gao, da produg8o de avos e de urn aumento da mortalidade de pintos na

fase inicial. 0 aumento das necessidades nutricionais pode afetar 0 crescimento e

produgao. As micotoxinas podem diminuir a fungao imunol6gica e aumentar a

susceptibilidade a outras enfermidades.

Micotoxicoses em aves: Efeitos no metabolismo

As;ao local nospontes de transito

Figura 20 - Mocitoxicoses: Efeitos no metabolismo

Lesoes Macroscopicas

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Hemorragias podem ocorrer em todo 0 corpo. Figados aumentados de

volume e descoloridos, ascites, edema e hidropericardio. Les5es na boca sao

comuns com aflatoxina T2 (Figura 21).

Figura 21 - Les6es bucais causadas par T2

Diagnostico

o diagn6stico e baseado nos sintomas e nas lesoes. Hist6rico de col he ita e

armazenamento de graos de forma inadequada.

Prevent;ao

Adquirir griios de boa qualidade (Figura 22) e analisar a presen,a de fungos

e toxinas nos graDs. Armazenar e manejar as graos de forma adequada para

prevenir a crescimento de fungos nos alimentos. Fazer limpeza nos silos e

comedouros freqOentemente.

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Figura 22 - Graos de ma qualidade

2.6.2. Aspergilose

Introduc;ao

Aspergilose €I urna enfermidades micoticas, caracterizadas pela presen~a de

nodulos no sistema respirat6rio causando dificuldades respiratorias, mortalidade

variilvel e aves com desenvolvimento prejudicado, podendo desenvolver-se ainda

uma condicao de septicemia e intoxicacao.

Etiologia

A aspergilose €I causada por exposict80 da ave a esporos de Aspergillus sp

quando estes penetram na casca dos avos ou sao inaladas no momento da eclosao,

alojamento ou crial)ilo.

Hospedeiros

As galinhas, perus e maioria das aves silvestres.

Sinais e Sintomas

A aspergilose normal mente oecrre em aves com manos de 3 semanas de

idade, fazendo com que as mesmas respirem com dificuldade. A enfermidade pode

tambem afetar perus adultos, principal mente reprodutoras. A mortalidade pode ser

alta em aves jovens.

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Lesoes Macroscopicas

Pequenos nodules de cor amarelada (Figura 23). podem ser encontrados

nos pulmoes e vias aereas superiores.

Figura 23 - Nodulos de cor amarela crescendo sob as sacas aereos

Diagnoslico

Os sintomas clinicos e as nodulos classicos sao bans indicativos,porem a

isolamento do fungo e a prova definitiva.

Prevenc;ao

Incubar avos limpos, livres de rachaduras, evitar camas sujas, de casca de

arroz muito fina e as camas de casca de amendoirn. Manter um ambiente limpo no1..- •••....:__ •.•..,. I"'arm:lr~ rtP. eclosa.o.

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3. Casos Clinicos

Pneumovirose Aviaria (Sindrome da Cabec;a lnchada)

No laboratorio foram feitas necropsias em 5 matrizes que apresentavam as

seguintes sinais clinicos: apatia, conjuntivite e edema bilateral, alem de apresentar

opistotono e torcicolo.

Na necropsia apresentaram as seguintes Jesoes:

- com a remor;ao do tecido nas regi6es edemaciadas nacaber;a, foi

observado urn conteudo amarelado no subcutaneo;

- fcram observados sinusite, aerossaculite purulenta, material casease na

glandula lacrimal r otite externa e intema.

Bouba Aviaria

No laborat6rio fcram feitas necropsias em 3 matrizes que apresentavam as

seguintes sinais cHnicos: lesces nodulares na crista e barbela.

Na necropsia apresentaram as seguintes les6es:

- placas sobressalentes cor amarelada na boca.

Coccidiose

Atraves do programa de monitoria a ser desctito na pag. 49 foram

encontradas as seguintes les6es:

- les6es estriadas transversais e esbranquivadas na mucosa do duodeno,

caracterizando eimeria acervulina;

- enterite hemornf:lgica no jejuno e ileo, caracterizando eimeria maxima;

- sangramento e espessamento da parede cecal, caracterizando eimeria

tenella.

Ascite ou Morte Sub ita

Em visita a uma granja de frango de corte com 4 semanas de ida de, manejo

dentro dos padroes, estava ocorrendo mortalidade alta, apresentando os seguintes

sinais: dificuldade de locomovao e respiravao, abdomen dilatado e morte repentina.

Na necropsia observou-se as seguintes lesoes: ascite, hipertrofia cardiaca.

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Asperailose

No laboratorio foram feitas necropsias em pintos com 2 dias de idade, de

incubatorio que nao pertencia a empresa, e apresentavam as seguintes sinais

cHnicos: dificuldade de respiraQ8.o e alta mortalidade no late.

Na necropsia foram encontradas as seguintes les5es: n6dulos de cor

amarelada nos pulm6es. Retirados esses nodulos para isolamento em cultura de

Agar saboream, constatou-se formay8.o de colonias de aspergilos.

Gumboro

Em visita a uma granja de Frangos de corte com aproximadamente 4

semanas de idade, ande estava ocorrendo uma mortaJidade em toma de 20%,

apesar de a granja estar em condi90es e manejo normais, as animais apresentavam

as seguintes sinais clinicos: diarreia branca aquosa, depressao, penas eriyadas.

Na necropsia foram encontradas as seguintes lesoes:

- petequias na musculatura das pemas e coxas;

- rins aumentados de volume;

- bursa de fabricius apresentando aumento de volume com exsudato

gelatinoso cobrindo a superficie serosa.

As medidas tomadas foram:

- verificayao se 0 manejo estava correto;

- nao tem tratamento a doenya;

- investigayao nas granjas pr6ximas.

Bronquite Infecciosa:

No laborat6rio foram feitas necropsias em 5 Frangos oriundos de urn lote emque 0 teste de ELISA apresentava desafio para a doen9a, e apresentavam os

seguintes sinais clinicos: ronqueira, corrimento nasal e espirros e dificuldade

respirat6ria.

Na necropsia apresentaram as seguintes lesoes:

- presen9a de exsudato catarral na traqueia, sacos aereos opacos e areas

acinzentadas no pulmao.

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4. LABORATORIO DE MICROBIOLOGIA DE ALiMENTOS

Neste setor sao realizadas as analises de alimentos produzidos no

abatedouro, produtos industrializados e materia prima para industria. Estes materiais

sao coletados pela equips de controle de qualidade.

4.1. Materiais a serem analisados

- abatedouro - frangos, cortes do mercado interno, cortes para exportac;ao, miudas;

- agua do pre-chiller, chiller e escaldadeiras;

- swabs de superficie da sala de desossa.

- Industria - Nuggets

- hamburguer

-C.M.S.

4.2. Analises Realizadas

As analises diana realizadas pelo Laborat6rio objetivam a detec980 de:

- Contagem padrao (anaer6bicos au facultativDs au mesofilos)

- Clostridium (anaer6bicos sulfito redutores)

- Slaphilococcus avreus

- Fungos e leveduras

- Salmonella

- Coliformes totais e fecais

o Analise para contagem padrao em pia cas

A contagem padrao em placas e utilizada como indicador da qualidade

higienica dos a!imentos, fomecendo tambem uma ideia do tempo de vida uti! do

alimento.

- Tecnica de analise: pesar 25 9 da amostra, adicionar 225 ml de soluyao

agua peptonada tamponada 0,1%, co!oca-se 1 m! em uma p!aca esteri!, adicionando

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em seguida 15 ml de Agar PCA fundido e resfriado, coloca-se na estufa a 37°C/48

horas, apes faz contagem de colonias formadas na placa.

(Manual Da Granja)

o Analise para clostridium

Os clostridios sao bacterias esporuladas, por isso estao amplamente

distribufdas no meio ambiente e podem ser encontradas em varios alimentos. A

intoxica~ao par C. perfriugens causa diarreia, nauseas e dores de cabe~a.

Tecnica de analise: pesar 25 g da amostra, adicionar 225 ml de soluyao

agua peptonada tamponada a 0,1%, coloca-se 0,1 ml em uma placa contendo

aproximadamente 10 ml de Agar SPS ja solidificado, feito isso,espalha-se a cultivo

com alga de Drigalski colocando em seguida uma segunda camada do mesmo Agar,

coloca-se a placa dentro de uma jarra de anaerobiase (vela acesa para queima do

ar), e leva-se a uma estufa a 44°C durante 48 horas.

A leitura e feita observando colonias negras. Para confirma~ao faz-se

colorayao de gram.

o Analise para Staphilococcus aureus

o habitat natural do Staphifococcus aureus e a cavidade nasal, garganta e

trato intestinal de seres humanos e animais, sua presen9a nos alimentos indica

contaminayao a partir da pele, boca e fossas nasais dos manipuladores de

alimentos, bern como a limpeza inadequada dos equipamentos. A intoxicayao por S.

aureus provoca sintomas de nausea, vomitos, diarreia, contra90es abdominais e

cefaleia.

Tecnica de analise - pesar 25 g da amostra, adicionar 225 ml de soluyao

agua peptonada tamponada 0,1%, coloca-se 0,1 ml da amostra em uma placa

contendo aproximadamente 15 ml de Agar Baird Parker ja solidificado, espalhando-

se a seguir a cultura com a ajuda da alQ8 de Drigalski, apes colocar as placas em

estuda a 37°C/48 horas, a leltura e realizada observando colonias negras, marrons

ou cinzas, com halo, e faz a contagem de colonias formadas na placa. Para

confirma~ao, realiza-se 0 teste de coagulase.

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o Analise de fungos e leveduras

A presen\=a em grande quantidade nos alimentos, de fungos e leveduras,

fornece informalfoes sabre condi95es higiemicas insatisfat6rias de equipamentos,

falhas no processamento e/au estocagem e materia prima excessivamente

contaminada.

Tecnica de analise - pesar 25 9 da amostra, adicionar 225 ml de solu9ao

agua peptonada tamponada 0,1%, coloca-se 0,1 ml da amostra para a placa com

Agar 8atata Glicose solidificacto, espalha sobre a meio com alva de Drigalski, leva-s8

a estufa par cinco dias a 2-2SoC. a Jeitura e feita com cinco dias de incubaqao ande

eontam-S8 quantas colonias de fungos e quantas de leveduras cresceram. 0 valor

encontrado e multiplicado pelo fator de dilui9ao correspondente, determinando a

quantidade de unidade formadora de co!6nias para gramada amostra (UFC/g).

o Analise para Salmonella

As salmonellas sao muito difundidas no meio ambiente, mas a seu habitat

natural e 0 trato intestinal de animais e seres humanos. Com isto, esta analise e de

suma imporlancia nos alimentos de origem animal.

Todas as especies de salmonella sao patogenicas para 0 homem, causando

quadros de gastrenterite, febre e septicemia.

Tecnica de analise - pesar 24 9 do produto a ser analisado e pre enriquece

em agua peptonada tampon ada 1%, deixa em temperatura de 42°C durante 18/24 h.

Apos este tempo a amostra e enriquecida em caldo selenido e rapaporte na

proporyao de 1 ml da cultura/9 ml de cada calda de enriquecimento. Leva-se

nova mente a estufa a 42°C durante 18/24 horas, tindo este tempo, estria-se a caldo

selenito e 0 calda rapaparte em Agar XLD e verde brilhante, deixa na estuta a 37°C

durante 24 h, fazendo a leitura em seguida:

- Agar verde brilhante: colonias rosas

- Agar XLD: colonias negras

- Colonias suspeitas, ;solar em tuba inclinado de Agar nutriente e taz

sorol09ia da massa bacteriana para confirmar a resultado.

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o Analise para colifonnes totais e fecais

o indice de coliformes totals avaha as condic;oes higienicas dos alimentos,

cnde urna contagem multo e/evada caracteriza urna Iimpeza e sanifica9ao deficiente,

tento de equipamentos como de pessoal, tratamentos termicos ineficientes,

contaminay8o pos-processmaneto ou multiplic8C;80 durante estocagem. 0 indice

eJevado de coliformes fecais indica condiyijes higienicas sanitarias deficientes, ja

que este grupo e constituido exclusivamente de microorganismos entericos. Alguns

sorotipos de Escherichia coli sao responsaveis par gastrenterites.

Tecnica de analise - pesar 25 9 da amostra, adicionar 225 ml de soluyao

agua peptonada tamponada 0,1%, adicionar 1 ml em dez tubas de caJda cauril

sulfato triptose contendo 10 ml, incubar os tubos a 35°C por 24 horas e observar se

ha crescimento com produqao de gas, em caso positiv~ {crescimento e produ<;8o de

9aS) passar aos itens subseqOentes. Em caso negativ~, reincubar ate completar 48

horas e repetir a leitura.

- Leitura

- contagem de coliformes totais

Tomar todos os tubos de Lst com produc;ao de gas e transferir uma al9ada

bern carregada de cada cultura para tubos de caJdo verde brilhante bile 21 Jactose,

incubar a 35°C por 24-48 h e observar se ha crescimento com produ9ao de gas.

Anotar 0 numero de tubos de V3 com gas, confirmativo da presenc;a de coliformes

totais e determinar 0 numero mais provavel (NMP/g ou mJ em uma tabela de NMP

apropriada as diluic;6es.

- contagem de coliformes fecais

Tomar todos os tubos de Lst com produgao de gas e transferir uma algada

bern carregada de cada cultura para tubos de Caldo Ecoli (EC). Incubar em banho-

maria a 45,5°C (maioria dos alimentos) ou 44,5°C (agua, mariscos, peixes e

derivados de peixes) por 24 horas e observar se ha crescimento com prodw;ao de

gas, confirmativo da presen9a de coJiformes fecais e determinar 0 numero mais

provovel (NMP)/g ou ml em uma tabela de NMP apropriada as dilui90es.

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4.3. Padfoes Microbiologicos

A empresa segue padroes microbiol6gicos da Associa90es Brasileira das

fndustrias de Alimenta((8o.

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5. LABORATORIO DE ORNIPATOLOGIA

Neste setor sao realizadas monotorias para:

- Coccidiose

- Salmonelose

- Microplasmose

- Teste de ELISA (gumboro, newcaslle, bronquile)

- Monitoria do incubatorio

- Necropsia de aves suspeitas

- Monitoria de Coccidiose

Atraves do programa de monitoria, consegue-se avaliar a efici€mcia das

drogas que estao sendo utilizadas, bern como identificar regi6es cnde a desafio de

coccidiose e maior.

o programa de monitoria reaUza-s8 atraves de necropsias em aves no final

da fase inicial e no final da fase de engorda, sendo:

>- Cinco aves de cada late, com idade entre 18-24 dias sao enviadas ao

laborat6rio para escore das lesOes. Sao escolhidos tres lotes de cada regiao

para a remessa das aves. As aves sao escolhidas ao aeaso e deveraorepresentar 0 lote, nao podendo ser aves refugo.

"> No final da engorda, aves com 30-34 dias, sao necropsiadas na propria granja

pelos tecnicos responsaveis, com os mesmos criterios do item anterior.

)0-- A cada semana faz-se uma tabulac;ao dos escores das fesoes conforme da

idade das aves.

}.- A avaliac;ao dos resultados e felta atraves de analises dos escores das

lesoes, afem de condic;oes de manejo das granjas de toda a integrac;ao.

- Monitoria de Salmonella

o objetivo da monitoraqao para Salmonella e a manutenqao de aves livres

para se abter uma alta produtividade e tambem proporcianar aos consumidores a

fornecimento de produtos de alta qualidade.

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Para 0 monitoramento da Salmonella sao feitos controres em varias fases da

criac;ao, sendo que estes controles sao realizados atraves de exames

bacteriol6gicos e sorol6gicos nas granjas de matrizes.

>- Seguintes exames:

- swab de cama

- swab de arrasto

- avos bicados

- meconic

- soroaglutina~ao rapida

). Erradica<;;ao da Salmonelose

Com a confirmaC;3o e tipifica\fao da Salmonella,sao tamadas as seguintes

atitudes:

- Salmonella gallinarum au Salmonella pufmonarun - elimina-se todo 0 plantel

- Monitoria para Micoplasmose

A dete~ao de aves portadoras de micoplasma e feita com a utiliz8yao de

urn teste sorol6gico, a soroaglutinac;ao rapida, feito em matrizes.

A monitoria e feita para microplasma galJisepticum e synoviae, conforme

descrito abaixo:

Tabela do programa de monitoria de Micoplasmose:

IDADE I PROCEDIMENTOS12 sem SAR no minima 300 amostras de sora par nucleo (Mg)

SAR em 100 amostras de soros oor nucleo (Ms'25 sem SAR no minima 150 amostras de sores par nucleo (Mg)

SAR 100 amostras de soros par nueleo (Ms)37 sem SAR no minimo 150 amostras de sores por nucleo (Mg)

SAR em 100 amostras de soros por nucteo (Ms)49 Sem SAR no MINIMO 150 amostras por nueleo (Mg)

SAR em 100 amostras de soros por nueleo· (Ms)61 sem SAR no minima 150 amastras de sams par nueleo (Mg)

SAR em 100 amostras de soros por nueleo (Ms)Os lotes comprovadamente POSltlVOS sao descartados.

- Testes de ELISA

E realizado no laborat6rio 0 teste para as seguintes doen~s:

- newcastle

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- bronquite infecciosa

- gumboro

o ELISA utilizado no Laborat6rio e 0 ELISA indireto para detec9ao de

anticorpos. Nessa tipo de teste, sao usados microplacas de plasticos especiais com

96 orificios, absorvidas com antigenos especificos nas paredes dos orificios.

Ao adicionar 0 soro previamente diluido, ele se une ao antigeno presente no

orificio da microplaca, formando a complexo antigeno - anticorpo, permanecendo

aderido a placa mesmas ap6s lav8\=2o. Quando a amostra do soro naD contem

anticorpos especificos, esse e eliminado durante a lavagem. Ap6s a etapa de

lavagern, adiciona-se a conjugado, que €I uma antiglobulina (anti-especie) ligada a

uma enzima.

Ao adicionar 0 conjugado, ele se une ao complexo antigeno - anticorpo. Em

caso de sor~ negativ~, 0 conjugado nao se une ao comp!exo antigeno - anticorpo,

pois este nao existe, por esse motivo e eliminado na lavagem.

Ao complexo antigeno - anticorpo - conjugado e adicionado urn substrato

cromogenico, substancia esia que reage com a enzima presente no conjugado

dando origem a um produto que produz cor. A intensidade da cor dependera da

quantidade de anticerpos presentes no soro, sendo a cor mais intensa quanto maior

for a quantidade de anticorpos, au seja maior a numera de camplexo antigena -

anticarpa - conjugada, que reag;r com a substrata.

A intensidade decor e detectada per urn espectrofametro, que converte a

densidade 6tica au a porcentagem de transmissao da luz em uma esca\a

quantitativa que conhecemos como titulo.

o resultado do teste e muito uti! para determinar 0 perfil soro!ogico de uma

populac;:ao avicola, bom como para monitorac;:ao das doenc;:as.

- Monitoria do incubatorio

Sao enviadas placas de Agar saboreau eAgar nutriente para controle de

fungos e bacterias presentes, que servirao de base para 0 estabelecimento de um

programa higienico de incuba98o.

- Necropsias de aves suspeitas

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Aves suspeitas sao necropsiadas no laboratorio para diagnostico.

Foram encontradas as seguintes doenyas;

- Gumboro- Pneumovirus

- AspergHose

- Coccidiose

- Souba Aviaria

- Ascite au Marte Subita

- Sronquite Infecciosa

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6. BIBLIOGRAFIA

- BERCHIERI Jr, A, Doen~as das Aves. Campinas-SP, 2000

- SILVA, NEUSELY, et al. Manual de Metodos de Analise Microbiol6gica paraalimentos. Campinas:H.A.lNucleo de Microbiologia, 2001. 317 p.

- SILVA, NEUSELY, et al. Manual de Metodos de Analise Microbiol6gica daAgua. Campinas.

- Manual uDa Granja"

- Manual de Metodos Microbiol6gicos para Alimentos. Coordena9iio Geral deLabort6rio Anial. 1991/1992 - 2' revisiio. 136 p.

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7. ANEXOS

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ANEXOI

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AvicOLA

NORMAS TECNICAS PARA 0 CONTROlE E A CERTIFICACAO DE NUClEOS EESTABElECIMENTOS AviCOLAS COMO

LlVRES - S.gallinarum. S. pol/arumLlVRES au CONTROlADOS - S.enteretidis, S. typhimurium

8aseado na Instruc;ao Normativa n° 78, de 3 de novembro de 2003

I--- Idade

01 a 05 dias

01 Mpoor de dois SWABS de arrasto par galpao do nuc\eoSAR em 100 amostras de soros par nucleo

12sem.

25 sem.MecOnio de 200 aves (quatro ·pool" de 50 ml)Ovos Bicados minima de 150 avos bicados nao nascidos (dez "pOOr de15 avos)

37 sem.01 ~pool· de dois SWABS de arrasto par galpao do nucleoOvos Bicados urn ~pool" de 20 DvosMecOnio um ·pool" de 50mL(~olhidOS no incubatori.c?)

49 sem.01 ~poor de dois SWABS de arras de galpao do nueleoOvos Bicados um ·pool" de 20 DvosMecOnio urn ·pool" de 50 m[ (colhidos no incubat6rio}

61 sem.01 ·pool" de dois SWABS de arrasto par galpao do nucleoQvos Bicados um ~poo'· de 20 OvosMecOnio urn ~poo/· de 50 ml (co/hidos no incubatorio)

NORMAS TECNICAS PARA 0 CONTROlE E A CERTIFICACAO DE NUClEOS EESTABElECIMENTOS AviCOLAS PARA MICOPlASMOSE AVIARIA

(M.gallisepticum, M.synoviae e M.melleagridis)

8aseado na Instrw;ao Normativa nO44, de 23 de agosto de 2001

Idade Monitoramento Sanit~rio dos Plantl!is--

12 sem.SAR no minimo 300 amostras de soras par nueleo (Mg)SAR em 100 amos1ras de soros par nueleo (M~)·

25 sem.SAR no minima 150 amostras de soras por nuclea (Mg)SAR em 100 amostras de saras por nuelea (Ms)

37 sem.SAR no minima 150 amostras de soras par ndeleo (Mg)SAR em 100 amostras de saras par nueleo (MS)

49 sem.SAR no minima 150 amostras de soras por nucleo (Mg)SAR em 100 amostras de soras ear nlle/eo (Ms)

61 sem.SAR no minima 150 amostras de soras par nueleo (Mg)SAR em 100 amastras de soras par nucleo (Ms)