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CASO CLÍNICO…..
SILVIA KANGUSSU RIOS
ME2 - HFL
ANAMNESE
ID:
M.S.A. , masculino, 7 anos, natural do Rio de Janeiro, estudante.
HDA:
Apnéia obstrutiva do sono e dificuldade de engolir. (Amígdala grau IV).
HPP:
Doença de Von Willebrand diagnósticada apósexame pré operatórios alterados.
CIRURGIA PROPOSTA:
Adenoamigdalectomia
AMÍGDALA GRAU 4
ANAMNESE
ID:
M.S.A. , masculino, 7 anos, natural do Rio de Janeiro, estudante.
HDA:
Apnéia obstrutiva do sono e dificuldade de engolir. (Amígdala grau IV).
HPP:
Doença de Von Willebrand diagnosticada apósexame pré operatórios alterados.
CIRURGIA PROPOSTA:
Adenoamigdalectomia
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
Equimose em traumas leves
No pré operatório: PTT alargado
Encaminhado ao hemorio para investigação:
No HEMORIO:
Tempo de sangramento alargado,
Cofator de ristocetina baixo,
Fator de Von Willebrand limítrofe.
Dosagem de outros fatores normais.
DIAGNÓSTICO: DOENÇA DE VON WILLEBRAND
EXAME FÍSICO
BEG, LOTE. HIDRATADO E CORADO
Peso = 37 kg
ACV= RCR, 2T. BNF
AR= MVUA sem RA
Abdome e MMII: sem alterações
Sem história recentes de IVAS e de sangramentos.
EXAMES PRÉ OPERTÁRIOS
Hb = 12
Hto= 36.1
Plaquetas= 466.000
TAP=13s
INR= 1.2
PTT= 38.5s (n= 25-35s)
Tipagem sanguínea : A +
NO CENTRO CIRÚRGICO…
Peso= 37Kg
Monitorização + indução com sevoflurane até plano
anestésico.
Venóclise jelco 20 MSE + fentanil 125mcg + cisatracúrio 5mg
– IOT com tubo 5,5 com cuff sem intercorrências.
30 minutos antes da cirurgia : Desmopressina 1 puff (150mcg)
intranasal.
No início da cirurgia: Fator VIII 1500u
PER-OPERATÓRIO
Manutenção : Sevoflurane + dose adiconal de
fentanil 125mcg e clonidina 75mcg.
Analgesia :dipirona 1,5g + nubain 4 mg IV.
Tempo cirúrgico : 45 minutos.
Sangramento dentro da normalidade para a cirurgia
realizada.
Extubação sem intercorrências.
PÓS OPERATÓRIO
Paciente permaneceu na RPA por 30 minutos e foi
encaminhado ao CTI pediátrico para vigilância.
Fez fator VIII 750u por 24/24h por 2 dias.
Recebeu alta hospitalar após 4 dias da cirurgia
Família instruída da necessidade de vigilância
intensa até 14 dias após a cirurgia.
HEMOSTASIA
HEMOSTASIA
Hemostasia primária
Hemostasia secundária
Terceira fase
HEMOSTASIA PRIMÁRIA
Gatilho: Lesão endotelial
Objetivo: Tampão plaquetário
Principais exames: Contagem de plaquetas
e tempo de sangramento
HEMOSTASIA PRIMÁRIA
Três etapas:
Adesão
Ativação
Agregação
Plaqueta(GP Ia/IIa) – colágeno
Plaqueta (GP VI) – colágeno
Plaqueta (GP Ib) – FvWB - colágeno
Degranulação – ADP, TxA2…
Glicoproteína IIb/IIIa
Fibrinogênio
HEMOSTASIA PRIMÁRIA
AAS
AINE
BLOQUEADORES DO RECEPTOR ADP
(Ticlopidina, clopidogrel)
ANTAGONISTAS DO GP IIb/IIIa
(Abciximab, Tirofiban, Eptifibatide)
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
GATILHO :Cargas negativas e Fator tecidual
OBJETIVO: Estabilização do tampão plaquetário
Fatores vitamina K dependentes
VIA INTRÍNSECA
ATIVAÇÃO VIA REDE
DO FATOR X COMUM DE
VIA EXTRÍNSECA FIBRINA
CASCATA DA COAGULAÇÃO
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
VIA INTRÍNSECA
VIII, IX, XI, FvWB
PTTa
VIA EXTRÍNSECA
VII
TAP ou INR
VIA COMUM
X, V, PROTROMBINA e FIBRINOGÊNIO
TAP e PTTa
HEMORRAGIA SECUNDÁRIA
WARFARIN
INIBE A gama-carboxilase
II, VII, IX e X
Via extrínseca Via intrínseca
Via comum
TERCEIRA FASE
Exercida por fatores fibrinolíticos que irão modular
a resposta coagulante.
Remoção dos fatores ativados pelo sistema
reticuloendotelial do fígado
Hemodiluição dos fatores de coagulação
Mecanismos antitrombóticos
CASCATA DA COAGULAÇÃO
Inativada pela alfa
2 antiplasmina
TERCEIRA FASE
Quebra da rede de fibrina Produtos da
degradação da fibrina (D- dímero).
Fármacos trombolíticos
rtPA ou alteplase
Estreptoquinase
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
E ANESTESIA
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
Deficiência qualitativa ou quantitativa do FvWB
Pode ser : adquirida ou genética.
Causa + comum de distúrbio da hemostasia.
FvWB:
-Glicoproteína multimérica de alto peso molecular
-Produzida pelas células endoteliais e megacariócitos.
-É armazenado nos grânulos alfa dos megacariócitos e das plaquetas, e nos corpos de Weibel-Palade das células endoteliais de onde é secretado no plasma.
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
Funcões do FvWB:
Ajuda na adesão das plaquetas ao endotélio
Liga-se e transporta o fator VIII, protegendo-o da
degradação por enzimas proteolíticas
Fatores que interferem na concentração
plasmática de FvWB:
Grupo sanguíneo ABO
Idade
Hormônios
Inflamação, infecção e neoplasias.
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
CLASSIFICAÇÃO:
Tipo 1 – 60- 80% dos casos
Tipo 2 – 10-30% dos casos
Tipo 3 – 1-5 % dos casos
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
História pessoal de sangramentos: Equimoses aos
menores traumatismos, epistaxe, gengivorragia e, no
sexo feminino: menorragia.
Raros os sangramentos em tecidos moles, hematomas
musculares e hemartroses.
História familiar
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
TRIAGEM : PTTa e tempo de sangramento
TESTES CONFIRMATÓRIOS:
Atividade do cofator Ristocetina.
Antígeno do Fator de von Willebrand
Teste que avalia a função do FVIII (FVIII:C).
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
TRATAMENTO:
Medidas locais
Desmopressina
Concentrado de fator VIII
Drogas auxiliares
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
DESMOPRESSINA (1-deamino-8-D-arginina vasopressina)
Pode ser administrada por vias subcutânea (0,3μg/kg),
intravenosa ( 0,3μg/kg) ou intranasal (300μg para adultos e de
150μg para crianças)
Após 30 a 60 min. concentrações plasmáticas do
FvWB e do FVIII de três a cinco vezes.
Efeitos colaterais: taquicardia, hipotensão, cefaléia e rubor
facial.
INTOXICAÇÃO HÍDRICA
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
Fator VIII
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
CRIOPRECIPITADO: Cada bolsa contém
aproximadamente 80 UI de F VIII. É rico em FVW,
fator XIII e fibrinogênio. Não é submetido a
atenuação viral
PLASMA FRESCO CONGELADO: deficiências de
fatores II, V, VII, VIII, X e XIII. Deve ser
administrado na dose de 15 a 20 ml/kg de peso, e
apenas em episodios hemorrágicos de pequena
monta.
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
A RDC n.o 23, publicada em 24 de janeiro
de 2002, proíbe a utilização de
crioprecipitado e plasma fresco congelado
para terapia de reposição em hemofílicos e
portadores de DVW, exceto em situação de
inexistência de concentrados.
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
DROGAS AUXILIARES:
O ácido Epsilon Amino Capróico (50mg/kg/dose,
quatro vezes ao dia, VO)
Ácido tranexâmico (15-20mg/kg/dose, três vezes
ao dia VO)
Associações estrógeno-progesterona
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
CONSIDERAÇÕES ANESTÉSICAS:
1) Consulta prévia com o hematologista
2) Preferir anestesia geral.
3) Evitar traumas durante a anestesia.
4) Evitar fármacos que interferem com a função
plaquetária.
5) Monitorizar a concentração sangüínea de sódio
após o uso da DDAVP e vigilância clínica.
6) Evitar via intramuscular
DOENÇA DE VON WILLEBRAND
Doença de von willebrand e gravidez:
1) Conhecer a história natural da doença, seu tratamento e solicitar o parecer do hematologista
2) Administração prévia da DDAVP ou transfusão de fator .
3) Punção com agulha na linha mediana e por anestesiologista experiente com a técnica
4) Em caso de uso de cateter usar anestésico antes da sua introdução para dilatar o espaço
5) Usar cateter com ponta romba
6) Usar DDAVP de 7 a 10 dias após o parto
OBRIGADA!!!!!!!