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SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA
GESTAÇÃO
Internato Medicina 2014 – Faculdade Atenas
Grupo F1
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CLASSIFICAÇÃO
• Hipertensão arterial crônica;• Pré-eclâmpsia / eclâmpsia;• Pré-eclâmpsia sobreposta à crônica – ocorre em 25% das
gestantes hipertensas;• Hipertensão gestacional.
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ
Internato Medicina 2014 – Faculdade Atenas
Grupo F1
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OUTRAS DENOMINAÇÕES
• Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG);
• Gestose hipertensiva;• Hipertensão provocada
pela gravidez.
CONCEITO
• É definida por hipertensão diagnosticada após a segunda metade da gestação, normalmente sem relato de hipertensão prévia.• Hipertensão gestacional transitória:
bom prognóstico;• Hipertensão associada a Proteinúria
(pré-eclâmpsia ou toxemia): correlacionada a complicações comprometendo mãe e feto (fígado, rins, cérebro), podendo evoluir para a eclâmpsia, CIVD, síndrome HELLP, parto prematuro, sofrimento fetal, morte materna e fetal.
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EPIDEMIOLOGIA
• 10% das gestações apresentarão hipertensão arterial;
• 2% a 8% das gestações são complicadas pela doença hipertensiva específica da gravidez.
• 10% a 15% das mortes maternas em países em desenvolvimento estão associadas à pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
• Mulheres que tiveram hipertensão na gestação possuem maior risco para doença hipertensiva, AVE, doença cardíaca isquêmica no futuro.
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FATORES DE RISCO
• Diabetes Materno; • Trombofilias e doenças
auto-imunes;• Hipertensão arterial
crônica;• Doença renal;• Mola prévia.
• Obesidade;• Idade < 20 ou >35
anos;• Gestação múltipla, • Nulipariade;• História familiar de pré-
eclâmpsia.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIADOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO
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• MÁ ADAPTAÇÃO IMUNE;
• PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA;
• DOENÇAS MATERNAS
• FATORES NUTRICIONAIS E
DIETÉTICOS;
AUSÊNCIA/INSUFICI-
ÊNCIA DE INVASÃO
DA 2ª ONDA TROFO-
BLÁSTICA
LESÃO ENDOTELIAL
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IMPLANTAÇÃO ANORMAL PLACENTÁRIA
Estresse Oxidativo
Lesão endotelialLesão endotelial
Reação inflamatória Vasoespasmo generalizado Aumento permeabilidade capilar Redução volume plasmático Ativação cascata de coagulação Alteração função renal
Hipertensão arterial
Hipertensão arterial
Proteinúria Proteinúria
DIAGNÓSTICODOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO
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DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO
Hipertensão arterial na gestação é definida como
pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e/ou
diastólica ≥ 90 mmHg;
Utiliza-se a média de duas medidas no mesmo
braço e a elevação deve ser confirmada 4 horas
após.
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DIAGNÓSTICO DA PROTEINÚRIA
Proteinúria presente ≥ 300mg/24h ou em medida qualitativa única +
Proteinúria grave ≥ 2g/24h ou em medida qualitativa única ++ ou +++
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DIAGNÓSTICO DA PRÉ-ECLÂMPSIA
• Pré-eclâmpsia é definida como hipertensão arterial e proteinúria detectadas pela primeira vez na segunda metade da gestação;
• Na gestante já hipertensa: piora súbita da hipertensão ou proteinúria, ou aparecimento de sintomas de pré-eclâmpsia, na segunda metade da gestação.
ECLÂMPSIA
• Eclâmpsia é a ocorrência de convulsão em uma gestante com pré-eclâmpsia.
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FORMA PA(mmHg
)
PROTEINÚRIA
(gramas/24h)
EDEMA GANHO DE PESO
(gramas/semana)
SINTOMAS
LEVE >140/90 e <
160/110
>0,3 Leve <400 Ausentes
GRAVE >=160/110
≥ 2 ou c/ clínica/laboratório
Generalizado
>1.000 Presentes ou
ausentes
ECLÂMPSIA
Qualquer ≥ 0,3 Qualquer Qualquer Convulsões
HELLP*
FORMAS CLÍNICAS DA PRÉ-ECLÂMPSIA
* Exames laboratoriais alterados em pacientes com qualquer
forma de pré-eclâmpsia
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PRÉ-ECLÂMPSIA FORMA GRAVE
PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110mmHg (2 ocasiões e repouso);
Proteinúria de 24h: ≥ 2,0g, ou qualitativa ++ ou +++ (2amostras);
Oligúria <25mL/h ou < 400mL/24h; Creatinina sérica >1,2mg/dl; Complicações respiratórias (EAP); Plaquetas < 100mil/mm3 ou
anemia microangiopática hemolítica (LDH>600U/L, BT>1,2g/dl, fragmentação eritrocitária) ou elevação de enzimas hepáticas (TGO, TGP);
Restrição do crescimento fetal.
SINTOMAS COMPATÍVEIS
• Escotomas visuais;• Cefaleia persistente;• Dor epigástrica persistente;• Dor em hipocôndrio direito• Reflexos tendinosos
profundos exaltados.
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SÍNDROME HELLP
• HELLP síndrome:• Hemólise, enzimas hepáticas,
baixa de plaquetas.• Até 15% das pré-eclâmpticas
• Quadro clínico• Náuseas e vômitos, dor
epigástrica e/ou quadrante superior direito, cefaléia persistente, icterícia sub-clínica e hipertensão grave, sangramento gengival, hematúria.
ECLÂMPSIA
• 1/2000 a 3000 gestações;• Convulsão rápida (1min), inicia-
se em torno da boca com contrações faciais que evoluem para contração rígida e generalizada de todos os músculos do corpo, acompanhada de breve parada respiratória.
CONDUTASDOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO
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PREDISPOSIÇÃO A PRÉ-ECLÂMPSIA
• História:• Fatores de risco
Exames:
Dopplerfluxometria das artérias
uterinas (limite 28ª semana);
Pesquisa de trombofilias.
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ
CONDUTAS SUGERIDAS PELO MINISTÉRIO DA SAUDE (2010)
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CONDUTA NA FORMA LEVE
• Cuidados maternos:
• Repouso domiciliar• Proibir álcool e tabagismo;• Consulta cada 7 a 14 dias com avaliação: controle do ganho de peso,
avaliação da PA, hemograma completo, uréia, creatinina, ácido úrico, DHL, Transaminases, bilirrubinas, EAS e proteinúria
• Cuidados fetais:
• Clínica: movimentação fetal e crescimento uterino;• Complementar: rastrear sofrimento fetal crônico e agudo:
cardiotocografia e US;• Via de parto:
• Indicação obstétrica, avaliar indução a termo.
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MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA
Deve ser reservada para os casos mais graves ou em pcts que já faziam uso de medicação previamente à gravidez
Não previne pré-eclâmpsia nem reduz a morbimortalidade peri-natal; Diminui pela metade a incidência de formas graves de hipertensão
em gestantes com hipertensão leve.Sem comorbidades: Manter PA < 155/105 mmHg Com comorbidades: Manter PA < 140/90 mmHg.
• Drogas: metildopa, pindolol, nifedipina; Inibidores ECA e diuréticos são contraindicados . Atenolol e prazosin
não são recomendados.
FORMAS CLÍNICAS DA PRÉ-ECLÂMPSIA
PRÉ-
ECLÂMPSIA
LEVE < 40sLEVE ≥ 40SsTRATAMENTO AMBULATORIAL
(consultas semanais)
• Avaliação clínico-
laboratorial
• Avaliação da vitalidade fetal
• Corticoide se menos de 34
semanas
Parto pela via
apropriada
SATISFATÓRIO
(PD<100)
Boas Condições
Materno-Fetais
INSATISFATÓRIO
(PD≥ 100)
Condições Materno-
Fetais
Comprometidas
Reavaliação
Semanalment
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CONDUTA NA FORMA GRAVE
• Cuidados maternos:• Internação obrigatória;• Monitorização laboratorial a cada 48 horas;
• Corrigir a emergência hipertensiva;• Sulfato de magnésio para prevenção da eclampsia
• Cuidados fetais:• Induzir maturidade fetal entre 24 e 34 semanas com
betametasona (dose total diária de 24mg) por 2 dias;• Monitorização fetal diária: CTG, US com PBF, Doppler.
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA NA PRÉ-ECLAMPSIA FORMA GRAVE
• Drogas de escolha: • Hidralazina (5mg EV,
repetido a cada 20 min, até 30mg)
• Nifedipina 5mg (via oral), 30 a 60mg/dia ou
• Labetalol (20mg EV, até 80mg)
EVIDÊNCIAS ATUAIS SOBRE A TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA
• A PA deve ser reduzida para < 160/110 mmHg
• O feto deve ser monitorizado até que a PA se estabilize
Está presente um dos seguintes?
FORMAS CLÍNICAS DA PRÉ-ECLÂMPSIAPRÉ-
ECLÂMPSIA
GRAVE < 34s GRAVE ≥ 34sTRATAMENTO HOSPITALAR
• Avaliação Materno-Fetal por
24h
• Anti-hipertensivos se PAD ≥
110
• Corticoide para maturidade
pulmonar
Parto pela via
apropriada
Eclâmpsia HELLP
Edema Pulmonar
RCF e oligodrâmnio
IRA Sintomas Persistentes
Coagulopatia Trabalho de Parto
Estado fetal comprometido
Diástole Reversa em AU (Doppler)
Avaliação Diárias
das condições
materno-fetais e
anti-hipertensivos
SN
Sim
Não
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HELLP SÍNDROME CUIDADOS
Interrupção da gestação Anestesia geral Hemostasia e a drenagem cirúrgica generosas; Transfusão de plaquetas se < 50.000mm3
Na rotura hepática: tentar tamponamento sem tentar hemostasia
Dexametasona 10mg/200 ml de soro fisiológico a cada 12 horas até a normalização das plaquetas
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• A eclâmpsia é a principal causa de morte materna e perinatal no Brasil,
• É considerada em dois estágios: placentação defeituosa e disfunção epitelial
• O Doppler das artérias uterinas é o exame, por excelência, preditivo da eclâmpsia. Embora utilizado no 2° trimestre (23 semanas), tem sido recentemente proposto mais cedo, na gravidez de 12-14 semanas
• O sulfato de magnésio é o tratamento de eleição para prevenir e tratar a convulsão em mulheres com pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia
• O tratamento hipotensor parenteral (labetalol, nifedipina) deve ser utilizado apenas em benefício materno, sempre que a PD for ≥ 105/110 mmHg.
PONTOS-CHAVE
Internato Ginecologia-Obstetrícia 2014Grupo F1
• Carell Marra• Eduardo Bachião
• Gisele Gontijo• Gustavo Henrique• Huana Christina
• Kelvin Inácio• Lucas Vale
• Luna Jéssica• Marilya Gabryela• Thatyana Weber