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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • SETEMBRO DE 2018 • ANO 5 • Nº 60 • 15.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTEL Cx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP. Dois lançamentos nos 150 anos Sesquicentenário de Cairbar Schutel é premiado com dois primorosos trabalhos de jornalismo Página 5 Já disponíveis nas editoras

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • SETEMBRO DE 2018 • ANO 5 • Nº 60 • 15.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITAwww.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTELCx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP.

Dois lançamentos nos 150 anosSesquicentenário de Cairbar Schutel é premiado com dois primorosos trabalhos de jornalismo

Página 5

Já disponíveis

nas editoras

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Setembro de 2018 PÁGINA 2

Editorial

Setembro, 150 anos

Impossível passar pelo mês de setembro e não citar Cairbar de Souza Schutel.

O valoroso cidadão brasi-leiro, farmacêutico, nascido no Rio de Janeiro no dia 22 daquele mês, em 1868, que posteriormente instalou-se no vilarejo que mais tarde ele mes-mo emanciparia politicamente e hoje conhecido por Matão, no interior paulista, tornou-se internacionalmente conhecido pelas ações de sua coragem e fibra moral, mas especialmente pela lucidez na divulgação dos princípios do Espiritismo, de que se fez vibrante na voz e nos textos que espalhou pelas páginas do jornal e revista que fundou, como pelos livros que publicou.

Hoje, 150 anos depois, a cidade e os espíritas de todo o país e mesmo do exterior, rejubilam-se pela lembrança carinhosa de seu nome. Só em Matão, dois eventos o ho-menagearam. O primeiro em agosto, o outro acontecendo no próprio dia do sesquicente-nário. E com dois lançamentos específicos, cujas capas estão na primeira página da pre-sente edição.

Realmente uma data espe-cial, feliz, que revela gratidão ao notável seareiro. r

Sob o céu do meu SenhorSuavidade do amor em doce reflexão

Catharina Dei Filiuscatharinadei� [email protected]

Amor e prece são ações que quando executadas juntas levam ao próximo o sen-

timento mais leve e nobre a que estamos capacitados a criar.

A prece como ato de invocação desdenha o caminho que men-talmente buscamos e estabelece a ponte para esse transporte.

O amor é o objeto a ser trans-portado e quando a prece é � rme de propósito e intenção, plasma ca-minho sólido e assim permite que o amor saia de ti e alcance muitos corações. E cada coração ao receber essa dose de amor se expande na velocidade da felicidade que deixa o corpo leve e o sorriso fácil.

Jesus foi poderoso em prece e em forma de palavras, Ele criou pontes com o poder de suas palavras em forma de preces metafóricas que até hoje, os elos são � rmes e de re� no trato, e o transporte e a entrega do amor Dele à nos foi tão abundante, que pelo simples fato de ouvir seu nome, nossos corações recebem mais e mais doses deste doce amor in� nito que Ele, sem distinção, em abundân-cia nos envia até hoje, e todos os dias de nossas vidas, através das mesmas conexões que nunca se perdem.

Se a vida está dura e difícil, abra este portão de dor que te faz fechar em forma de muro, bloqueando

acesso a esta linda prece de Jesus que continua ligada ao seu coração.

A razão do seu envaidecer seu muro sobe, a razão do ser altruísta seu muro se dissolve como espuma no ar e a ponte de intenção em prece deixada por Ele em ti, será percebida por você e poderá vê-la intacta e perfeita. Sólida e consis-tente como a intenção de amor que Cristo nos oferece.

Já dissemos para não buscar que Cristo venha a ti, Ele vive co-nectado em prece a você e acessar Ele e este elo sagrado, só depende da atitude altruísta de viver seu exemplo em você mesmo.

Carregamentos de amor são direcionados a ti todos os dias, mas esbarra no muro que construiu ao redor de seu coração, e neste porto chamado coração, você proíbe a entrada do bem maior, e na razão inversa permite a carga de dores e sofrimentos acessarem esta estação receptora das sensações astrais.

Peço que recue este muro que separa você daquilo que é bom e está destinado a você e poderá na sua es-tação receptora, seu coração, receber o mais nobre sentimento de paz e a maior revelação de Jesus a ti, onde Ele pede a cada anjo de luz que voe em sua direção, e você, ao olhar o céu verá tantas estrelas que irá se maravi-lhar pela imensidão dos incontáveis brilhos, para que ao � nal descubra que cada estrela no céu era um anjo de luz enviado por Ele a zelar por ti, em prece a restabelecer o caminho de fé em teu coração, e assim, anjo por anjo, cairão do céu em forma de � or em seus braços, a dar-lhe o beijo amigo do bem e do amor em seu coração, ao ponto que o brilho de todas as estrelas do céu migrem do céu do meu Senhor, para o fundo de seus olhos, na mais repleta alegria de contemplação a vida.

Que as bênçãos do Nazareno � oresçam diante de seus olhos em forma de luz e amor, na cor da vida ao ponto de tocar não somente o coração triste e humilhado, mas sim todos os corações amorosos que em ato de unção se unem ao Senhor, em prece, na luz mais maravilhosa que nos une na raiz da vida, na arvore de nossas existências.

Eu sou Catharina Dei Filius! Sou � lha de Deus e junto com

os anjos de meu Pai eu também caí do céu em forma de � or para te abençoar a existência. r

Excepcionalmente por alguns meses o TRIBUNA circulará com 8 páginas, a partir da presente edi-ção. Solicitamos manifestações so-

bre quantidade enviada, se há sobras ou faltas. Importante que o jornal seja colocado de mão em mão para mais e� ciência de sua distribuição.

Aos leitores e instituições

“O amor é o objeto a ser transportado e quando a prece é firme de propósi-to e intenção, plasma cami-nho sólido e assim permite que o amor saia de ti e al-cance muitos corações

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Setembro de 2018PÁGINA 3

Os Caminhos da Educação e o EspiritismoA educação brasileira pede novos caminhos

Marcus De [email protected]

Em assunto tão importante quanto a educação, o Brasil não está nada bem, como

mostram pesquisas com resulta-dos alarmantes. Vejamos alguns resultados sobre os índices de nossa educação:

1 – Entre os 65 países que são mensurados pelo PISA, prova in-ternacional da educação, o Brasil está entre os 10 piores.

2 – Segundo dados do IBGE, temos atualmente cerca de 730 mil crianças fora da escola.

3 – 34% dos alunos da rede pú-blica de ensino concluem o 5º. ano do ensino fundamental sem saber ler (são analfabetos).

4 – 20% dos alunos da rede pú-blica de ensino concluem o ensino fundamental como analfabetos, ou seja, não sabem ler.

5 – Dados da Prova Brasil de 2015, que é aplicada pelo Ministé-rio da Educação, revelam que ape-nas 30% dos alunos da rede pública de ensino saem do ensino funda-mental com aprendizado adequado em leitura e interpretação de texto, e que em matemática, apenas 14% dos alunos aprenderam o adequado em resolução de problemas.

6 – Dos dois milhões de profes-sores que temos na educação básica (ensino infantil, fundamental e médio), 30% deles têm contrato temporário, não são efetivos.

Por esses dados já temos uma imagem bem clara de como a educação brasileira está mal, de como o sistema público de ensi-no está falido, e isso levando em conta apenas as avaliações em língua portuguesa e matemática. Numa escola em que o trabalho de desenvolvimento das virtudes, dos valores humanos, da ética, da humanização passa longe da prática de ensino, não é de espantar o que estamos assis-tindo atualmente na sociedade brasileira, com uma escalada sem precedentes de violência, corrup-ção, hipocrisia e outros males que diariamente nos escandalizam.

A questão agora é encontrar novos caminhos para a educação brasileira, e o Espiritismo tem uma contribuição muito impor-tante e profunda, a começar pela visão que tem sobre a vida e o ser humano enquanto espírito imor-tal reencarnado. Com isso mostra que é fundamental transformar a � loso� a que rege a educação, ou seja, sair da visão materialista e utilitarista para uma visão espi-ritualista que priorize a educação moral, invertendo a atual prio-ridade, pois a ênfase de hoje é a educação intelectual. Com essa nova diretriz, a educação passará a trabalhar o desenvolvimento das virtudes, para que a inteli-

gência seja direcionada para o bem coletivo, para que a criança e o jovem coloquem em prática a tolerância, a fraternidade, a solidariedade, a igualdade e a liberdade que respeita o direito do outro. Teremos uma educação que fomentará a paz, o desenvol-vimento sustentável, a aplicação da ética nos relacionamentos, e que visará a formação integral do espírito imortal. Como vemos, uma educação muito diferente da que hoje é praticada.

Com o Espiritismo as avalia-ções do ensino deixarão de ser quantitativas para serem qua-litativas, e onde o mérito será responsável pelo progresso dos indivíduos na sociedade. Agora, essa educação não pode ser feita apenas pela escola. Ela deve en-volver a família e a comunidade, pois os pais e responsáveis, os líderes comunitários, os agentes públicos, os empreendedores, os religiosos, todos são educadores, todos interagem e influenciam as novas gerações. Nesse con-texto temos o papel que cabe ao Centro Espírita, não apenas na evangelização da família, mas na interação com a comunidade do seu entorno, levando as lições do Evangelho redivivas pela imor-talidade da alma e pela reencar-nação, promovendo a educação moral com todos e em todas as circunstâncias.

É urgente estabelecermos no-vos caminhos para a educação brasileira, e os espíritas não po-dem fugir da responsabilidade de in� uenciar positivamente essa transformação, pois em sua es-

sência o Espiritismo é doutrina de educação do ser imortal, que sobrevive à morte do corpo físico e que volta ao cenário terrestre pelas portas da reencarnação, portanto, muito mais que uma religião entre quatro paredes de suas institui-ções, é uma doutrina de vida, e de vida em abundância!

*****Educação através da internet

Procurando atender uma rei-vindicação dos professores e edu-cadores em geral por melhor qua-li� cação, o IBEM está disponibili-zando dezenas de cursos através da educação a distância, convidando você para se inscrever e melhor se prepara para educar. São cursos nas áreas de educação, gestão e família. Acesse www.ibemeduca.com.br e faça sua matrícula.Educando o espírito

Conheça o Projeto Educação do Espírito, desenvolvido para a evangelização espírita da família (infância, juventude, pais/respon-sáveis). Solicite em www.mar-cusdemario.com os livros digitais que formam o projeto, reúna os interessados, e trabalhe a educação na visão espírita. r

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Setembro de 2018 PÁGINA 4

Eventos marcantes na regiãoRibeirão Preto, São Carlos e Araraquara marcam presença

Redaçã[email protected]

As tradicionais feiras do livro espírita, em Ribeirão Preto, São Carlos e Araraquara,

importantes cidades do interior pau-lista, cujo pioneirismo e nomes mar-cantes da divulgação espírita – com José Antonio Castilho (S. Carlos) e Aldo A Bianco (Rib. Preto), entre outros valorosos seareiros que prota-gonizaram em fecunda época o bole-tim Divulgador do Livro Espírita. E agora vê-se a continuidade das já ci-tadas feiras do livro naquelas cidades, entre tantas outras que igualmente as realizam. Vejam dados de 2018:

Ribeirão Preto (SP)45ª. edição, de 06 a 14 de outu-

bro – Praça Carlos Gomes – 1.000 títulos, 15 mil itens. Personalidade espírita homenageada: Yvonne do Amaral Pereira.

Programação completa no por-tal www.userp.org.br com apre-sentações doutrinárias e artísticas todos os dias às 19h30.

São Carlos (SP)41ª. edição, de 06 a 20 de

outubro – Praça 15 de Novem-

bro – 1.300 títulos, 13.000 itens. Também haverá programação doutrinária e artística durante o evento.

Programação completa no por-tal www.usesaocarlos.com.br

Por outro lado, também em São Carlos, acontece o CONESC. Veja programa na ilustração ao lado.

Araraquara (SP)a) Também realiza sua Feira

do Livro Espírita no Shopping Jaraguá, de 18 a 28 de outubro, igualmente com programação doutrinária e atividades artísticas, disponível no portal www.useara-raquara.org.br

b) 7º. Encontro Filosófico, Cientí� co, Religioso – no Centro Espírita Ismael (rua Voluntários da Pátria, 642) – Data: 06 de ou-tubro (sábado), às 13h30, com o tema “A GÊNESE – OS TEM-POS SÃO CHEGADOS”, com Márcio Correa e Edson Gesualdo (ambos de São Carlos-SP). Vagas limitadas e inscrições até 03/outubro pelo www.centroespiri-taismael.com.br r

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Setembro de 2018PÁGINA 5

Autores no Sesquicentenário Abordagem jornalística demonstra a força de uma grande vida

Orson Peter [email protected]

Ambos os livros são resul-tantes de trabalhos de conclusão de curso dos

dois jornalistas. Cássio Leonardo Carrara (pela Casa Editora O

Clarim) e David Liesenberg (pelo IDE) tornam realidade palpável o resultado de suas pesquisas, em torno do ideal de uma vida exem-plar – com desdobramentos ex-

pressivos no tempo – agora como livros disponíveis na história da literatura es-pírita. Formados em anos distintos, ambas as obras são lançadas agora na signi� ca-tiva data de alcance dos 150 anos de nascimento de seu protagonista principal. Já disponíveis nas citadas edi-toras, as obras e seus autores vivem momento especial de lançamento. Dada a expres-siva história de Cairbar, da editora que fundou e os no-vos ângulos das abordagens, alguns inéditos inclusive,

direcionamos aos autores a mesma pergunta: Qual o conteúdo e foco do livro publicado?

Respondeu Cássio:“O Som da Nova Era: O Clarim

e seus maestros” é um lançamento comemorativo aos 150 anos de Cairbar Schutel, completados em 22 de setembro deste ano. Trata-se de um livro-reportagem que esta-

belece uma linha de desenvolvi-mento da Casa Editora O Clarim ao longo dos anos, em paralelo com histórias de vidas dos seus principais personagens. Começando com Cairbar Schutel, passando por seus sucessores valorosos como Antoninha Perche, João Leão Pitta, Wallace Leal Rodrigues, entre outros, e alcançando os dias atuais, o livro apresenta as di� cul-dades, os preconceitos, mas, acima de tudo, a disposição, o idealismo e a responsa-bilidade doutrinária que sempre moveram os prin-cípios editoriais do jornal O Clarim, da Revista Inter-nacional de Espiritismo e dos livros publicados nestes últimos 113 anos de existência da editora.

Respondeu David:Vindo de uma infância triste,

órfão aos nove anos, aquele jovem carioca de nome estranho estava disposto a lutar pelos seus ideais. Com o pequeno baú, e as insepa-ráveis fotos de seus pais, Cairbar de Souza Schutel aventurou-se pelo interior paulista, onde tornou-se

farmacêutico e político respeitado. Os sonhos tão realistas envolvendo seus pais, levou-o a conhecer fenô-

menos até então ignorados. Estabe-lecido em Matão/SP, encontrou o Espiritismo, e junto com ele a ira de opositores que não aceitavam a imortalidade da alma e o avanço da doutrina de Allan Kardec.

Com abordagem jornalística e narrativa literária, o livro rememora as lutas, os questionamentos e os incansáveis esforços de um grande homem, ícone na divulgação do Espiritismo no Brasil. r

O SOM DA NOVA ERA – 1ª edição, 160 páginas. Casa Editora O Clarim: www.oclarim.org ou (16) 3382-1066 e (16) 99270-6575 (WhatsApp)

O IMORTAL CAIRBAR SCHUTEL – 1ª edição, 240 páginas. Instituto de Difusão Espírita: www.idelivraria.com.br ou (19) 3543-2400 e (19) 99791-8779 (WhatsApp)

Cássio Leonardo Carrara

David Liesenberg

“(...) o livro apresenta as dificuldades, os precon-ceitos, mas, acima de tudo, a disposição, o idealismo e a responsabilidade dou-trinária que sempre move-ram os princípios edito-riais nestes 113 anos

“Com abordagem jor-nalística e narrativa literá-ria, o livro rememora as lutas, os questionamentos e os incansáveis esforços de um grande homem, ícone na divulgação do Espiritismo no Brasil

CréditosFoto Cássio: Anderson Costa

Foto David: Gustavo Rafael Francisco

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Setembro de 2018 PÁGINA 6

O Poder do exemploTodos nós precisamos de referências para saber como agir

Christina [email protected]

Desde criança nossas ações e atitudes são profun-damente influenciadas

pelas pessoas que convivem co-nosco, são os nossos referenciais de vida. Sendo assim, a família se torna o primeiro modelo de comportamento que a criança tem a sua disposição e que será de fundamental importância para o seu desenvolvimento.

Foi assim que, entendendo esta característica humana mi-lenar, Allan Kardec, iniciando a exposição das Leis Morais em sua obra-prima, O livro dos Espíritos, inquiriu à Espiritualidade:

625-Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

A resposta dos Espíritos é muito clara e objetiva:

Jesus.Logo em seguida, o professor

lionês faz um comentário escla-recedor:

Para o homem, Jesus constitui o tipo de perfeição moral a que a Hu-manidade pode aspirar na Terra.

Entender Jesus como Modelo, é perceber em seus atos, em suas atitudes, na maneira como pro-

cedeu nesta ou naquela situação, uma referência atemporal a ser imitada. E como guia, aquele que sempre nos apontou o caminho, que conduziu, que aconselhou. O Cristo sempre foi o Guia por excelência, mostrando-nos todos os caminhos seguros, alertan-do-nos sobre as trilhas incertas e perigosas.

Sabedores dessas verdades po-deríamos nos perguntar: Que tipo de exemplo estamos passando para os nossos � lhos?

É muito comum que as crian-ças copiem não só o nosso falar e andar, como também atitudes e hábitos de vida. Isso pode nos deixar preocupados no primeiro instante, ou mesmo robotizados tentando controlar esse exemplo ou aquele outro, mas a ideia não é essa. O interessante é percebermos a importância da relação vivida de verdade, com intensidade. E nesta relação, ao tomarmos consciência da importância do nosso exem-plo, cuidando dos nossos � lhos, passamos a cuidar de nós tam-bém. Ao estarmos conscientes de que valores nós queremos passar, percebemos quais deles queremos

cultivar na vida como um todo. Por exemplo, quando nos ligamos na questão da saúde, nos bons hábi-tos, naturalmente nossos filhos conhecem essa realidade e entram em contato com ela. Quando tra-tamos bem as pessoas próximas, conhecidas e desconhecidas é assim que nossos � lhos recebem também a importante informa-ção de que é assim que as pessoas devem ser tratadas.

Nessa jornada terrena, sermos verdadeiros e conscientes de que somos aprendizes nos deixa livres para seguirmos sempre crescendo, nos melhorando como pais, como mães, como pessoas... Ajustando, conhecendo, mudando, escolhendo por qual estrada queremos seguir. Com as crianças isso não é diferen-te. Precisam ter um bom guia para con� ar e seguir.

Mesmo que não haja uma clare-za tão grande sobre o que é certo e o que é errado, crianças observam e são in� uenciadas pelas posturas de pais e educadores. Em entrevista concedida à revista Pais & Filhos, o � lósofo e educador Mario Sergio Cortella, explica que ética não é uma questão de estabelecer um

código sobre o que é adequado e o que não é, mas uma re� exão a respeito do porquê você faz aquilo que faz.

Você provavelmente já ouviu ou até falou a seguinte frase: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Porém, quando se trata de educação, na prática isso não funciona. A criança pode ouvir que é muito ruim o desperdício, mas se ela vê os pais desperdiçan-do comida, ou deixando o chuveiro ligado durante muito tempo, ela aprende o contrário pela assimi-lação do exemplo.

Cortella explica que uma crian-ça pequena não tem ideia do que é justo ou injusto, mas ela imita os modos de conduta dos pais. E, so-bre a importância da boa educação, acrescenta: “o mundo que vamos deixar para nossos � lhos depende muito dos � lhos que vamos deixar para esse mundo”.

Esta frase é de um signifi-cado profundo para nós conhe-cedores da Doutrina Espírita, pois recebemos em nossos lares espíritos que buscam a renova-ção, a construção de uma nova história para sua existência. Nossa responsabilidade para com esses companheiros de jor-nada é extremamente preciosa. Portanto, reflitamos na frase de Emmanuel: “Naquilo que diz respeito à educação exemplificar é explicar”. Adotemos uma con-duta inspirada no nosso Modelo e Guia, o nosso Mestre Jesus. r

Referências Bibliográ� cas:O Livro dos Espíritos Revista PAIS & FILHOS - 17.04.2015Momento Espírita – Coletânea 8 e 9

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Setembro de 2018PÁGINA 7

Uma homenagem singularEncontros espíritas devem priorizar o saber e a caridade!

Maroísa [email protected]

Em 1864, Kardec fez uma curta viagem a Bruxelas e Antuér-pia, atendendo à insistentes

solicitações de espíritas da Bélgica. Ele teve a mais favorável impressão sobre o Espiritismo naquele país. Pôde constatar que a ideia espírita não encontrava oposição sistemá-tica; falava-se sobre a Doutrina como algo natural, sem zombarias; as organizações espíritas eram simples mas obtinham excelentes resultados.

Retornando a Paris, encontrou uma mensagem dos membros da Sociedade Espírita de Bruxelas que muito o sensibilizou, sobre-tudo por uma revelação: homena-geando sua viagem à Bélgica, os espíritas daquela cidade fundaram uma obra de bene� cência para atender crianças! Sobre esse fato, ele a� rmou:

“Nada podia ser mais lisonjeiro para nós do que semelhante teste-munho. É dar-nos a maior prova de estima do que nos julgarmos mais honrados pela fundação de uma obra de benef icência, em memória de nossa visita, do que pelas mais brilhantes recepções que possam lisonjear o amor-próprio de quem lhe é objeto, mas não aproveitam

a ninguém e não deixam qualquer traço útil.”

A pedido dos espíritas belgas, ele publicou, na RE (novem-bro-1864), o pequeno discurso a eles dirigido, do qual destacamos alguns trechos:

“Se as viagens que, de tempos em tempos, faço aos centros espíritas só devessem ter como resultado uma satisfação pessoal, eu as consideraria inúteis e as cancelaria. Mas, além de contribuírem para apertar os laços de fraternidade entre os adeptos, também têm a vantagem de me fornecer assun-tos de observação e de estudo, jamais perdidos para a Doutrina.”

Para Kardec, o principal objeti-vo nessas viagens era o de auxiliar os espíritas:

“Aproveito para lhes dar instru-ções que possam necessitar, como de-senvolvimento teórico ou aplicação prática da Doutrina, tanto quanto

me é possível fazê-lo. O f im dessas visitas é sério e exclusivamente no interesse da Doutrina; assim, não busco ovações, que nem são do meu gosto, nem do meu caráter. Minha maior satisfação é encontrar-me com amigos sinceros, devotados, com os quais a gente se pode en-treter sem constrangimento e se esclarecer mutuamente, por uma discussão amistosa, em que cada um leva o contributo de suas pró-prias observações.”

Suas palavras revelam a nobreza de seu caráter:

“Não vou pregar aos incrédulos; jamais convoco o público para o ca-tequizar. Numa palavra, não vou fazer propaganda; só apareço em reuniões de adeptos, nas quais meus conselhos são desejados e podem ser

úteis; eu os dou de boa vontade aos que julgam deles necessitar; abstenho-me com os que se julgam bastante escla-recidos para os dispensar.”

Ele encerra falando sobre sua tarefa:

“Não é nem o de inventor, nem o de criador. Vi, observei, estudei os fatos com cuidado e perseverança; coordenei-os e lhes deduzi as con-sequências: eis toda a parte que me cabe. Aquilo que � z outro poderia ter feito em meu lugar. Em tudo isto fui apenas um instrumento dos pontos de vista da Providência, e dou graças a Deus e aos bons Espíritos por terem querido servir-se de mim. É uma tarefa que aceitei com alegria, e da qual me esforcei por me tornar digno, pedindo a Deus me desse as forças necessárias para a realizar segundo a sua santa vontade. A tarefa, en-tretanto, é pesada, mais pesada do que podem supô-la; e se tem para mim algum mérito, é que tenho a consciência de não haver recuado ante nenhum obstáculo e nenhum sacrifício; será a obra de minha vida até meu último dia.”

Felizes os espíritas que tive-ram a honra de conhecer Kardec em pessoa, desfrutando de sua presença! r

“(...) falava-se sobre a Doutrina como algo natu-ral, sem zombarias; as or-ganizações espíritas eram simples mas obtinham excelentes resultados

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Descrevem suas impressõesPara eles é uma satisfação

Trecho da obra O Espiritismo em sua mais simples expressão

REMETENTE:Instituto Cairbar Schutel.

Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SPSetembro de 2018

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

Os Espíritos geralmente se comunicam com prazer; é para eles uma satisfação

ver que não foram esquecidos. Descrevem de boa vontade suas impressões ao deixar a vida terre-na, sua nova situação, a natureza de suas alegrias e sofrimentos no mundo em que se encontram. Uns sentem-se muito felizes; outros, infelizes. Alguns sofrem mesmo indizíveis tormentos conforme a vida que viveram e o emprego

bom ou mau, útil ou inútil que dela � zeram. Observando-os em todas as fases de sua nova existência, de acordo com a posição que ocupa-ram na Terra, o gênero de morte que tiveram, seu caráter e seus hábitos como homens, chega-se a um conhecimento, senão completo, pelo menos bastante preciso do mundo invisível, permitindo-nos fazer uma ideia do que será nossa vida futura e prever o destino feliz ou infeliz que lá nos espera. r

A certeza da vida futura e de suas consequências muda-lhe totalmente a

ordem de ideias e lhe faz ver as coisas por outro prisma; é um véu que se levanta descobrindo imenso e esplêndido horizonte. Diante da infinidade e grandeza da vida de além-túmulo, a vida terrena some-se, como um se-gundo na contagem dos séculos, como o grão de areia ao lado de uma montanha. Tudo se torna pequeno, mesquinho, e ficamos pasmos de haver dado importân-cia a coisas tão efêmeras e pueris. Daí, no meio dos acontecimen-tos da vida, uma calma, uma tranquilidade que já constituem uma felicidade, comparadas às desordens e tormentos a que nos sujeitamos, com o fito de nos elevarmos acima dos outros; daí, também, para as vicissitudes e decepções, uma indiferença que,

Certeza que confortaDificuldades e decepções perdem força

Trecho de O que é o Espiritismo – item 100

tirando todo motivo de deses-pero, afasta numerosos casos de loucura e desvia forçosamente o pensamento do suicídio. Com a certeza do futuro, o homem es-pera e se resigna; com a dúvida perde a paciência, porque nada espera do presente. r

“Diante da infinidade e grandeza da vida de além-túmulo, a vida terre-na some-se, como um segundo na contagem dos séculos, como o grão de areia ao lado de uma mon-tanha. Tudo se torna pe-queno, mesquinho, e fica-mos pasmos de haver dado importância a coisas tão efêmeras e pueris