DOMINÂNCIA ESTOCÁSTICA_PPT

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Anlise de investimentoSProfessor Engenheiro Armando Gonalves [email protected]

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUO - COPPE

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DOMINNCIA ESTOCSTICA

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Esta tcnica de escolha de ativos em condies de incerteza ser estudada com base no livro Portfolio Selection dos autores Haim Levy e Marshall Sarnat. Na sequncia, apresentamos um resumo dos captulos 6, 7 e 8 do referido livro. 6.1 Resumo Captulo 6 Portfolio and Investment Selection Haim Levy & Marshall Sarnat A Anlise de Eficincia sobre investimentos incertos: Regras de Dominncia Estocstica

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1.Introduo Primeiramente foi assumido que no h nenhuma informao sobre a forma da curva de utilidade, apenas que ela no-decrescente: U(R) pode ser totalmente cncava, ou pode ter trechos cncavos e convexos. Agora iremos assumir a disponibilidade de informao adicional e desenvolver um critrio apropriado para decisores avessos ao risco, no qual a funo cncava para todo seu domnio.

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Finalizando o captulo, acrescentaremos a Assumpo de que a 3 derivada da funo de utilidade positiva. Neste caso, obtemos um terceiro critrio que apropriado para todos avessos ao risco com uma valor absoluto de averso ao risco decrescente.

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O conceito de Critrio de Eficincia Um critrio de eficincia uma regra de deciso para classificar todas as potenciais opes de investimento em 2 conjuntos mutuamente exclusivos: um conjunto eficiente e um conjunto ou grupo no eficiente. O ltimo contm todas as alternativas desejveis para um tipo particular de investidor.

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O conceito de Critrio de Eficincia O conceito de Critrio de Eficincia suficientemente importante (e talvez suficientemente vago ao mesmo tempo) para garantir certo grau de esclarecimento. Consideremos o seguinte critrio seguinte bastante irreal e bem atpico. Suponha um tipo de investidor (O mais cinco) que prefere uma opo com risco F a uma opo com risco G, se e somente se: EF(R) EG(R) + 5

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Considere a seguinte alternativa de investimento, a luz do critrio de eficincia MAIS CINCO:

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Podemos inferir algumas concluses: A claramente menos prefervel que B A prefervel a C j que EA(R) = 9 > 3 + 5 =EC(R) C faz parte do grupo ineficiente Pelo critrio mais cinco, no podemos eliminar nem A nem D. O mesmo acontece na comparao entre E e A onde o spread da diferena de somente 2 pontos.

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A claramente menos prefervel que B; A prefervel a C j que EA(R) = 9 > 3 + 5 =EC(R) C faz parte do grupo ineficiente; Pelo critrio mais cinco, no podemos eliminar nem A nem D. O mesmo acontece na comparao entre E e A onde o spread da diferena de somente 2 pontos.

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Continuando a comparao das opes duas a duas, chegamos a seguinte repartio: (a) o conjunto eficiente contm as opes A, B e E, enquanto que (b) o conjunto ineficiente formado pelas alternativas C e D (que aunica informao absolutamente certa, sem que sejam dadas informaes adicionais sobre as preferncias do investidor. Sem tais informaes, no se consegue estabelecer a prioridade entre A, B e E. Mais ainda, no existe razo para que todos os avessos ao risco escolham a mesma opo

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Por exemplo, considere as seguintes formas, todas elas obedecendo aos requisitos de averso ao risco (todas so cncavas se assumirmos a > 0 e b < 0): U(R) = aR; U(R) = aR + bR2 ; U(R) = a log R Uma vez que a escolha entre as opes eficientes obedecero o critrio de maximizao da utilidade esperada entre as alternativas, possvel, e de fato mais provvel, que a opo que maximiza a utilidade esperada para um investidor com uma funo de utilidade

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A escolha final de um investidor a partir de um grupo eficiente ser denominada INVESTIMENTO TIMO, que a opo que maximiza a utilidade esperada daquele indivduo. Resumindo, o processo de escolha entre alternativas de investimento com risco pode ser dividido em 2 passos: (1) Reduzir o nmero de alternativas de investimento estabelecendo um grupo eficiente, utilizando um critrio de eficincia apropriado para certa classe de investidores;

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2. Primeiro Grau de Dominncia Estocstica (PDE): Um critrio geral (First Degree Stochastic Dominance FSD) O nvel de reduo que um critrio de eficincia pode causar no conjunto de alternativas possveis depender do montante de informao disponvel sobre a s preferncias do indivduo. Frequentemente, no entanto, possui pouqussima informao a respeito dos gostos do indivduo e, como resultado disso, deve-se construir nosso critrio de eficincia com base em presunes sobre as preferncias do investidor, mais do que

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Nesse caso, possvel que apenas alguns poucos investidores iro preencher as assunes que foram feitas. Claramente, a validade geral e a aplicabilidade de um critrio dependero da adequacidade das assunes subjacentes feitas a respeito das preferncias do investidor. O critrio PDE equivale ao requisito de que 2 funes cumulativa de probabilidade no se interceptem, ou seja, a condio necessria e suficiente para que uma opo domine a outra.

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Onde: Fi(R) Funo cumulativa de probabilidade da opo i Fa(R) Fb (R) a domina b, qualquer que seja R F(R) = Prob (R R0) probabilidade de R no

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D figura acima podemos inferir que: As opes c e d tambm so preferveis a opo a; A opo c prefervel opo a; Sobre a comparao entre as opes d e c e a comparao entre as opes a e d nada se pode afirmar luz do critrio PDE.

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Nota importante: a maneira mais intuitiva de interpretar o critrio PDE pode ser elucidada da seguinte forma: Se F domina G F(R) F(G). Isto significa dizer que a probabilidade de receber um retorno menor que a quantia certa k ser sempre menor para F do que para G, isto : ProbF

(R k) Prob

G

(R k)

Que pode ser reescrita da forma abaixo: 1 F(R) 1 F(G)

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A relao entre o critrio PDE e os dois primeiros momentos de uma Distribuio Uma das mais importantes caractersticas das distribuies de probabilidades das opes de investimentos o retorno esperado, ou primeiro momento central da distribuio (quando nos referimos a lucratividade fazemos referncia ao retorno esperado).

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Analisemos a relao entre o critrio PDE e o retorno esperado. Como j foi dito, F dominar G pelo critrio PDE se e somente se: F(R) G(R) A interpretao econmica desta relao simples: para a famlia de todas as funes de utilidade monotonicamente no-decrescentes, o preenchimento do critrio citado acima tambm implica que: EF U(R) EGU(R)

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Portanto, se uma opo de investimento domina a outra pelo critrio PDE, a utilidade esperada de F no ser menor que a utilidade esperada de G para todos os investidores, independentemente de sua atitude em relao ao risco. A nfase aqui se d sobre todos investidores, ou seja, esta relao deve permanecer para todas as funes de utilidade no-decrescentes, no importando qual seja a forma de cada uma. A questo que surge quase que imediatamente a de que semelhante metodologia poderia ser

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Considere o grfico abaixo:FCumulativa 1

1/2 C B A Retorno 3 6 9 10 18

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1/2 C B A Retorno 3 6 9 10 18

Pelo critrio PDE podemos deduzir da figura que: B domina A A prefervel a C O retorno esperado de C menor que os retornos esperados A e B, conforme o requisito do PDE

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Com respeito a varincia, no entanto, nenhuma relao sistemtica pode ser encontrada: a varincia de A menor que a de C, enquanto que a de B maior que a de C. Assim, no se pode estabelecer um critrio de dominncia para o segundo momento central (varincia). Vide tabela na sequncia que resume estas observaes. A varincia um indicador de disperso, e, portanto, todos os demais fatores permanecendo constantes, o investidor avesso ao risco preferir

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Uma vez que o critrio PDE foi estabelecido para descobrir a o conjunto eficiente, no importando se o investidor avesso ou propenso ao risco, a varincia no tem um papel fundamental na determinao da ordem de preferncias do decisor para o caso mais geral.Opo A Opo B Probabilidade Retorno Probabilidade Retorno 1 10 0,5 0,5 ERA =10 ERB=12 VARA =0 VARB=36 Opo C Probabilidade Retorno 6 0,5 18 0,5 ERC=6 VARC=9

3 9

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3. Segundo Grau de Dominncia Estocstica (SDE): um critrio para os Avessos ao Risco Duas coisas devem ser enfatizadas: O desenvolvimento de um critrio adicional no quer dizer que a regra PDE deve ser abandonada. Pelo contrrio, ela quase sempre uma primeira forma de eliminar vrios projetos de investimento (opes de investimento) que so ineficientes para todos os investidores;

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As fortes assumpes que permeiam o critrio de averso ao risco, permitiro uma pr-seleo mais sensitiva das opes de investimento, de forma que espera-se o conjunto eficiente para os avessos ao risco seja menor, e em muitos casos sensivelmente menor, que o conjunto eficiente obtido usando o PDE.

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Regra SDE: Uma condio necessria e suficiente para que uma opo F seja prefervel a uma opo G, para todos os avessos ao risco, que se mantenha, para todos os valores de R, a relao abaixo:

Ou de forma equivalente:

Com a inequalidade permanecendo vlida ao

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Esta regra chamada de Segundo Grau de Dominncia Estocstica, pois a hiptese averso ao risco uma Assumpo de segunda ordem a respeito das preferncias do investidor, usando tanto a primeira quanto a segunda derivadas da funo utilidade (U0 pelo PDE).

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Outra formulao do SDE: A opo F dominar a opo G para todos os avessos ao risco se e somente se a rea sob a funo cumulativa de probabilidade de F exceder a rea sob a funo de densidade de probabilidade de G, para todos os valores de R, ou colocando em outros termos equivalentes, se a rea da distribuio acumulada entre as duas distribuies F e G permanecer nonegativa, para quaisquer valores de R.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUO - COPPE ANLISE DE INVESTIMENTOSG Funo Cumulativa+

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F

_

+

R0

R1

Retorno

Algumas propriedades do critrio SDE Se F domina G, podemos dizer que: EFU(R) EGU(R) EF(R) EG(R)

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4. Terceiro Grau de Dominncia Estocstica A regra do PDE derivada assumindo simplesmente a hiptese da funo de utilidade no-decrescente (U 0). Quando acrescentamos a assumpo que U 0 (averso ao risco), o critrio do SDE obtido. Se, tambm, acrescentarmos a Hiptese U 0 (a qual sempre verdadeira uma vez que aceitamos a noo de averso absoluta ao risco decrescente), obtemos uma regra de deciso mais consistente ainda denominada Terceiro Grau

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A regra do PDE requer que F(R) G(R), para todo R. Com intuito de introduzir o critrio TDE de maneira simples definimos:

e de forma semelhante:

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Pelo critrio do SDE, as equaes acima podem ser reescritas de forma simples usando uma nova notao:

F1(R) G1 (R), para todo R. De maneira semelhante, podemos definir o critrio TDE da seguinte forma: Regra do TDE: dadas duas opes distintas F e G, F prefervel a G luz do critrio TDE, para todos avessos ao risco com averso ao risco absoluta decrescente, se e somente F2(R) G2(R) para quaisquer valores de R (com a inequalidade