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ANO VIII | NÚMERO 85 | ABRIL 2013 Franquias se tornam cada vez mais foco de investidores Dono do seu negócio

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Franquias se tornam cada vez mais foco de investidores

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ANO VIII | NÚMERO 85 | ABRIL 2013

Franquias se tornam cada vez mais foco de investidores

Dono do seunegócio

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I N F O R M AÇ Õ E S :Rua 25 de Março, Nº 882 - CentroFortaleza-CE - CEP: 60.060-120(85) 3464-5506 - [email protected]

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E x p E d i E n t E

Conjuntura do Comércioé uma publicação mensal editada

pela CDL de Fortaleza.DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

PresidenteFrancisco Freitas Cordeiro

1° vice-presidentePio Rodrigues Neto

2° vice-presidenteFrancisco Deusmar de Queirós

Diagramação Antonio Henrique Silva Lima

Everton Sousa de Paula Pessoa

Produção textualFernanda Lima

Estagiária de jornalismoDaniele de Andrade

Jornalista responsávelDégagé Assessoria

Tiragem10.000 exemplares

ImpressãoCeligráfica

Sugestões e comentá[email protected]

Rua 25 de Março, 882 – CentroCEP 60060-120 – Fortaleza – CE

Fone: (85) 3464.5572www.cdlfor.com.br

NOSSA MISSÃOCoordenar a integração e o

desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os

interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do

associativismo.

Palavra do Presidente

n E s ta E d i ç ã o

Consciência Ambiental Comprovada

MAIS: Aconteceu na CDL 4 Diálogo com o Empresário 6MISTOPapel produzido a partirde fontes responsáveis

www.fsc.org

[email protected]

FAculdAde cdlCaminho para empregabilidade 5

cASe de SuceSSoExclusivo para eles 7

ReSponSAbIlIdAde SocIAlInclusão socialpor meio da leitura 8

TecnologIAImaginação portátil 9

eSpecIAlSeu desejo é uma ordem! 10

MATéRIA de cApADono do seu negócio 12

econoMIA & MeRcAdoO dilema da Economia 14

eSpecIAl bRASIl 2014Prudência antecipada 16

ASSocIATIvISMoQuando a cultura associativista começa na escola 17

FedeRAção eM AçãoCresce o comércio nointerior do estado 18

cdl JoveM A força dos jovens empresários no setor do comércio 19

lIdeRAnçA & geSTãoGestão de riscos e a prosperidade empresarial 20

coMo FAzeRUma bússola para obter lucro 21

ApRendendo nA pRáTIcAComo formar equipesde alta performance 22

o varejo cearense em destaqueo mês de Abril traz perspectivas importantes que devem nortear o ano de 2013, marcando o fim do primeiro trimestre. De acordo com pesquisa do IBGE, o varejo cearense obteve um cres-cimento superior ao da média nacional. Entretanto, devemos ter cautela, pois as oscilações advindas da crise europeia ain-da estão por exigir, da nossa parte, uma postura de atenta prudência.

Nesse cenário, faz-se necessário que o governo adote medidas de impacto em longo prazo e que repercutam como um estímulo à atividade produtiva. A inten-ção é justamente proporcionar maiores oportunidades de emprego e aprimora-mento profissional, haja vista sabermos da extensão dos reflexos negativos de mais um ano de baixo crescimento.

Contudo, algo é certo: o ano de 2013 deverá ser mais uma vez impulsionado pelo comércio, com o Ceará partindo na frente, como tem sido nos últimos tempos.

A propósito, é motivo de comemoração os resultados da quarta edição da Fortaleza Liquida, a maior festa do varejo cearense, que aconteceu no período de 28 de feve-reiro a 10 de março últimos: 3.326 pontos de venda participaram da promoção, com 6,5 milhões de cupons distribuídos, proje-tando um volume de vendas de R$ 242 mi-lhões, no período, um aumento de 10% em relação à campanha do ano passado. Os nossos agradecimentos a todos que acredi-taram no sucesso dessa iniciativa. Ano que vem tem muito mais!

CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013 3

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Aconteceu na CDL

A quarta edição da Fortaleza Liquida gerou resultados positivos para o varejo. E,

neste ano, o sucesso da promoção não ficou só na capital. As cidades de Caucaia e Maracanaú, ambas localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza, também aderiram à campanha.

Neste ano, houve intensa presença dos vendedores das lojas participantes no treinamento prévio ao início da promoção. Imprescindível, também, foi o total apoio dos parceiros e patrocinadores que fortaleceram a ação da Fortaleza Liquida: não à toa as lojas no centro da capital cearense e os principais shoppings da cidade tiveram um surpreendente aumento nas vendas durante o período da promoção.

Cerca de 6,5 milhões de cupons foram distribuídos aos consumidores que, além de

comprarem com descontos, puderam concorrer a uma Mercedes-Benz 0km, 10 TVs de 51 polegadas e 5 caminhões, com diversos móveis e eletrodomésticos. Além disso, mais de 3.000 lojas participaram da Fortaleza Liquida, resultando em cerca de R$ 242 milhões em vendas, 10% a mais que no ano passado.

Para comemorar a megapromoção nada melhor do que um “Abraçaço” de Caetano Veloso. Na noite do dia 06 de abril, no Centro de Eventos, o cantor baiano encantou e cantou músicas de seu mais novo CD, lançado no final de 2012.

Já o sorteio dos prêmios da Fortaleza Liquida foi realizado no último dia 20 de março, na sede da CDL de Fortaleza, com a participação de auditores do DECOM, diretores da CDL, patrocinadores, convidados e público em geral.

Fortaleza Liquida aumenta vendas em R$ 242 milhões

Conheça os ganhadores:

1 Mercedes-Benz 0 KmAntonio Mont’Alverne LopesCliente Casas Bahia (Center Um)

10 TV’s de 51’’Lenita Lopes de OliveiraCliente Casas Bahia (Center Um)

Maria Elvira FreireCliente Mercadinhos São Luiz(Av. Oliveira Paiva)

Lúcia de Fátima de VasconcelosCliente Mercadinhos São Luiz(Av. Oliveira Paiva)

Antônio Lindomar E. RosaCliente Oi (Via Sul Shopping)

Ana Adélia RochaCliente Super Lagoa (Cidade 2000)

Rosileide Paulo da Silva MoraesCliente Super Lagoa (Messejana)

Fabiana Nicastro TafaroCliente Skyler (Via Sul Shopping)

Regilane Pereira de CastroCliente Rabelo (Saldão)

Ieda Maria NunesCliente Casa Pio (Centro)

Raimundo Freitas da SilvaCliente Construtop (Água Fria)

5 Caminhões de PrêmiosJaqueline Rocha dos SantosCliente Rabelo (Saldão)

Luis Roberto Alves de SouzaCliente Super do Povo

Francisco Dorgival Rocha da SilvaCliente Super Prime (Iguatemi)

Maria de Fátima Cardoso MarquesCliente Cholet (Iguatemi)

Robério Solon Lopes MotaCliente Magazine Luiza (Centro)

Honório Pinheiro (presidente da Federação das CDLs do Ceará) e Freitas Cordeiro (presidente da CDL de Fortaleza) no sorteio da Fortaleza Liquida 2013.

4 CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013

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Faculdade CDL

Otermo empregabilidade foi cria-do por José Augusto Minarelli (diretor-presidente da empresa

Lens & Minarelli Associados e conselheiro do Centro de Integração Empresa Escola - CIEE), no fim dos anos 90. Remete à capa-cidade de um profissional estar empregado e, mais que isso, à capacidade de o profis-sional ter sua carreira protegida dos riscos inerentes ao mercado de trabalho.

Minarelli estabelece o que ele chama de seis pilares da empregabilidade, que garantem a segurança profissional do indivíduo: adequação da profissão à vo-cação; competências; idoneidade; saúde física e mental; reserva financeira e rela-cionamentos.

A Faculdade CDL – instituição sem fins lucrativos e mantida pela CDL de Fortaleza –, conhecedora que é da impor-tância dos seus alunos serem inseridos no mercado de trabalho desde o início dos seus cursos, oferece gratuitamente todo semestre as “Oficinas de Orientação Pro-

fissional”, que objetiva preparar os alunos que ainda não estão trabalhando.

As oficinas ocorrem em dois momen-tos. Inicialmente é levantado o perfil pro-fissional de cada aluno participante e, no segundo momento, uma psicóloga dá o feedback do perfil apontado. São utiliza-dos inventários de interesse e ferramentas de gestão especialmente validadas para tal fim. Os trabalhos seguem com a formata-ção do currículo e discussão sobre o mer-cado de trabalho. Mas a oficina não termi-na aí. A área de atendimento ao aluno da Faculdade CDL, após analisar detalhada-mente o currículo de cada aluno, orientam os estudantes a participarem de processos seletivos em empresas, na maioria das ve-zes associadas à CDL.

Entusiasmada com o projeto, a psicólo-ga Milena Aragão comenta que “as oficinas têm tido tanta repercussão, que somente neste semestre foram realizadas duas edi-ções”. O resultado tem sido bastante posi-tivo, pois algumas empresas – ao saberem

Caminho para empregabilidadeAo longo dos estudos, orientação profissional faz toda a diferença para estudantes prestes a entrarem no mercado de trabalho

da existência das Oficinas de Orientação Profissional – se antecipam e solicitam à Faculdade os currículos para que os alunos participem, em seguida, de suas seleções para trainees. “Isso tem ocorrido tanto nos cursos de graduação quanto nos cursos de pós-graduação”, ressalta Meirijane Anas-tácio, coordenadora da Faculdade CDL e coordenadora da parceria do Balcão de empregos do SINE/IDT na CDL.

Para maiores informações sobre os cursos e horários das Oficinas de Orienta-ção Profissional, entre em contato com a Faculdade CDL: www.faculdadecdl.edu.br ou com a psicóloga Milena Aragão no fone (85) 3464-5521.

a Faculdade CdL oferece gratuitamente todo semestre as “oficinas de orientação profissional”.

A psicóloga Milena Aragão (à esquerda) acompanha o desempenho dos participantes das Oficinas de Orientação Profissional na Faculdade CDL.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013 5

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A presidente Dilma comunicou, recentemente, que os produtos da cesta básica teriam os impostos federais zerados, acarretando uma redução de 9,25% nos preços. A população, que paga a conta dos impostos ao consumir, comemorou e cobrou dos varejistas que os preços fossem reduzidos na mesma medida. Para a surpresa de alguns desavisados, os preços não diminuíram na mesma proporção ou até subiram. Assim, iniciaram as especulações sobre de

quem é a culpa pelos preços não caírem: da presidente, das indústrias ou dos varejistas?

Na verdade, o complexo sistema tributário brasileiro não permite que ocorra uma desoneração com causa e efeito direto, reduzindo os preços na mesma proporção de uma redução percentual em determinado produto.

Os impostos são cobrados por meio de uma sistemática complexa em toda a cadeia produtiva, que inclui: contribuintes substitutos e aproveitamento

Cassius regis Coelho

Presidente do Conselho Regional de

[email protected]

de créditos tributários presumidos; legislações e regras específicas que afetam as empresas a depender da atividade; regime de tributação federal e estadual; formas de comercialização, etc. Assim, a desoneração alardeada deveria ser melhor estudada, contemplando toda a cadeia produtiva, permitindo chegar ao preço final de venda a redução de preços almejada.

É louvável o esforço do governo federal e estadual em buscar reduzir a carga de vários setores da economia, que já não suportam mais tamanho peso, mas é preciso também ter cuidado para não causar problemas maiores e mais complexos dos que já temos atualmente no País.

Diálogo com o Empresário

O complexo sistema tributário e a dificuldade em desonerar tributos

Eleita pelo SEBRAE-CE, com o prêmio Mulher Empreendedora, Fátima Duarte (empresária e cap das Lojas Tentation) usando seus talentos e esforços inovadores, tem dinamizado as ações da ALFE –

Associação de Lojistas Femininas, onde atualmente preside.

Uma das ações de valorização do corpo de Alfeanas é o Programa Mulheres Que Brilham, que reconhece e homenageia o

desempenho e a competência de associadas nas suas diversas atividades empresariais e na liderança de programas e ações para o empreendedorismo feminino no Ceará.

Mulheres que brilham

6 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

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Case de Sucesso

Uma precisão tal qual em uma operação cirúrgica faz que a na-valha utilizada pelo Sr. Almeida

emoldure uma barba (ou a falta dela) no rosto do cliente. Barbeiro há 26 anos, é com o entusiasmo de um iniciante que Sr. Almeida fala do atual local de traba-lho: “A empresa é muito boa e os patrões são excelentes: são humildes, tratam bem a todo mundo. Aqui é uma casa maravi-lhosa”, diz referindo-se a uma “casa” não apenas dele, mas de muitos dos assíduos clientes da empresa que hoje é referência em Fortaleza quando o assunto são cui-dados estéticos para homens: Fígaro Bar-bearia Social Club.

Com dois anos e meio de funciona-mento, e mais de 300m², a Fígaro Barbe-aria têm espaços confortáveis e salas cli-matizadas onde são realizados cortes de cabelo e barba, tratamentos antiqueda e faciais, podologia e serviços afins. Rennan Perdigão, publicitário e um dos sócios--proprietários, explica que “tudo na em-

presa faz parte de uma estratégia para que o cliente seja atendido de maneira primo-rosa”. O Dia do Noivão, por exemplo, vai muito além dos serviços estéticos: “São muitos os noivos ansiosos que, na prepa-ração para o casamento, precisam desa-bafar, escutar uma orientação e relaxar”, destaca o empresário.

Enquanto aguardam serem atendidos, a Fígaro Barbearia dispõe aos clientes um social-bar, mesa de cartas e jogos, TV’s LED e videogames, unindo ainda a pres-teza profissional da sua equipe à beleza feminina das funcionárias, rompendo a restrição ao espaço masculino, embora o atendimento seja especialmente para eles. “Por ser um conceito novo, temos que vencer também a barreira do machismo”, explica Ítalo Veloso, administrador e só-cio-empresário da Fígaro Barbearia. “Es-tamos dentro de um grupo com 25 anos de experiência (Mulher Cheirosa) e clien-tes perguntavam se a empresa não teria algo somente para os homens. Vimos aí

um nicho em expansão” que, dependendo dos empresários, não há de estagnar: “Se tudo der certo, queremos abrir a primeira franquia ou filial até o final do ano, com foco em outras capitais”, adianta Ítalo.

E a empresa tem cada vez mais con-quistado clientes. Daniel, servidor públi-co, conheceu a Fígaro Barbearia por meio das redes sociais: “O atendimento da casa é excelente. O próprio contato dos donos com a clientela faz com que a gente enten-da como funciona a filosofia e o trabalho da empresa, e que possamos dar um feed-back legal pra eles”. Atento às palavras do cliente, Sr. Almeida completa: “Gosto de fazer meu trabalho bem-feito e procuro caprichar. Uma vez que o cliente conhe-ce os serviços da Fígaro Barbearia Social Club, aprecia e volta”, declara continuan-do a barbear, ciente que os cuidados com o corpo e a saúde não dizem respeito so-mente às mulheres, mas aos homens exi-gentes e de bom gosto. Afinal, quem não aprecia cuidar de si mesmo?

Exclusivo para elesConforto, elegância e, sobretudo, eficiência profissional fazem da Fígaro Barbearia Social Club referência em tratamentos estéticos para homens na capital cearense

Os empresários Ítalo Veloso e Rennan Perdigão administram a Fígaro Barbearia Social Club: novo conceito em tratamentos estéticos.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013 7

Page 8: Dono do seu negócio

Inclusão social por meio da leituraMuitos empresários ainda têm a percepção de que responsabilidade social é assunto apenas para grandes companhias, mas não é

Empresas dos mais variados portes estão percebendo a importância de incorporar ao dia a dia dos seus

negócios temas ambientais e também so-ciais. Isso permite que elas se diferenciem no mercado e até obtenham ganhos de produtividade.

O presidente da Associação Franquia Sustentável (Afras) e diretor de responsa-bilidade social do grupo Multi Holding, Claudio Tieghi, defende que pequenas e médias empresas podem sim ter um pa-pel social muito importante. “Não são necessários grandes investimentos para mudar padrões e gerar benefícios para a empresa e a sociedade. Às vezes, até por serem mais ágeis, as pequenas e médias empresas conseguem resultados expressi-vos em curto período”, afirma.

Localizada no sudoeste de Fortaleza (CE), a Biblioteca Comunitária do Bairro Bom Jardim – BCBBJ é um exemplo de que com pouco investimento é possível fazer muito. A biblioteca funciona na sobrelo-ja do Mercadinho “Deus te Pague” e tem como objetivo incentivar a leitura na loca-lidade, formando um público-leitor. Lá, o usuário pode, além de utilizar o espaço para ler e estudar, fazer empréstimos de livros.

A BCBBJ, que agora conta com um acervo de mais de 10 mil exemplares, recebe a ajuda da RB distribuidora e do Sítio Barreiras. Os outros custos são fi-nanciados pelo mercantil parceiro “Deus te Pague”, que também realiza mensal-mente um evento destinado ao público da terceira idade e, em parceria com o SESC, financia uma turma de alfabeti-zação para adultos. A biblioteca ainda possui um auditório e um mural para a comunidade, um posto Caixa Aqui, um Chegue e Pague e um banco 24 horas,

tudante, instituição no qual era presiden-te. Apaixonado por livros teve a ideia de criar uma biblioteca que atendesse tanto ao público interno quanto à vizinhança. No início, possuía apenas cerca de 500 li-vros, mas com a propaganda boca a boca a quantidade aumentou.

Fator decisivo de aprendizagem – para qualquer indivíduo – é a oportunidade que se tem, por meio da leitura, de enriquecer o vocabulário, dinamizar o raciocínio e a interpretação, obter conhecimento e for-talecer sua atuação enquanto cidadão. Ao emprestar um livro ou ceder espaço para leituras e estudos, a Biblioteca Comuni-tária do Bairro Bom Jardim não está ape-nas incentivando a leitura, mas também contribuindo para a inclusão social. Siga o exemplo e tenha iniciativa você também!

Responsabilidade Social

além de prestar constante apoio às ini-ciativas de pessoas e entidades do bairro que valorizam a educação.

Tudo isso tem sido possível graças à iniciativa do cearense de Coreaú, Francis-co Carneiro. Nos anos 80, ele era estudan-te de História na Universidade Federal de Fortaleza (UFC) e morava na Casa do Es-

não são necessários grandes investimentos para mudar padrões e gerar benefícios para a empresa e a sociedade.

O hábito da leitura tem se propagado como iniciativa de inclusão social na Biblioteca Comunitária do Bairro Bom Jardim – BCBBJ.

8 CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013

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Tecnologia

Imaginação portátilEscolher um produto, mais que uma convenção, passa a ser um verdadeiro ato de entretenimento. Essa é a impressão que causam as vitrines eletrônicas

Do consumidor que não aprecia vendedores realizando uma con-vencional abordagem, ao cliente

que opta por fazer das vitrines o “tira-tei-ma” para entrar ou não em uma loja, e até adquirir um produto, as vitrines eletrôni-cas têm sido um mostruário cada vez mais utilizado e versátil para conquistar, de diversas maneiras, o público consumidor.

“Em 2013 é provável que a tecnologia comece a ‘pipocar’ nas lojas”, declara Ro-nald Peach Jr., presidente da Droid, empre-sa que comercializa no Brasil vitrines eletrô-nicas importadas dos Estados Unidos. Por meio de toques em uma tela transparente de LCD, o cliente pode testar virtualmente possibilidades de cores, tamanhos e estilos de um só produto ou vários, seja em loja de roupas, restaurantes ou geladeiras de bares.

Quando o vidro da vitrine passa a ser um monitor touch screen, onde é exibido mídia ativa e filmes como se fosse uma tela

de projeção, o cliente pode tocar o produto na vitrine-tela e testá-lo em meio a diver-sas possibilidades e combinações. Esse dis-positivo aguça os sentidos por externar lu-dicamente o que cliente imagina, podendo convencê-lo a adquirir o que está à venda.

Outros grandes diferenciais é que a partir das vitrines eletrônicas os clientes podem consultar promoções, preços, dis-ponibilidade no estoque e informações que complementam ou destacam produtos ex-postos na loja. “Uma marca pode colocar no fundo da tela um sapato e usar conteú-do virtual para sugerir várias combinações com roupas e acessórios”, explica Peach Jr.

Já a tecnologia touchless (sem toque), desenvolvida pelo instituto alemão Frau-nhofer, pode captar movimentos das mãos dos clientes por meio de sensores infra--vermelhos. Com base nesses movimentos, mesmo do lado de fora da loja, qualquer cliente poderá checar a disponibilidade e

detalhes de um produto, opções de cores e tamanhos, fazer comparação de preços e até evitar filas, porque essa plataforma – cujo sistema se chama Interactive Window Shopping ou Shopping com Janela Intera-tiva – pode servir como ponte entre a vitri-ne eletrônica e o caixa, facilitando o aten-dimento ao comprador e evitando tempo perdido em lojas superlotadas. Cogita-se, inclusive, que em médio prazo a tecnolo-gia touchless susbtitua a touch screen.

Ainda que investir em tecnologia no comércio – a exemplo das vitrines eletrô-nicas e qualquer que seja o ponto de ven-da – possa parecer um alto gasto, a verda-de é que a tecnologia tem revolucionado o modo como os empreendedores ofere-cem seus produtos, podendo, também, revolucionar (para melhor) a maneira como os lojistas adquirem retorno finan-ceiro com suas vendas. Esse, sem dúvida, é um “risco” que vale a pena assumir.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013 9

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Rapidez na entrega, facilidade e se-gurança na compra e comodida-de – ao não enfrentar filas, nem

burocracias – são aspectos já conhecidos e aprovados por clientes que efetuam compras on-line. Agora, com anúncios por meio das redes sociais, esse ramo do comércio se amplia e conquista cada vez mais a atenção do consumidor. E qual assíduo usuário da internet não aprecia e utiliza o delivery virtual?

Não é de agora que empresas “estu-dam” o comportamento do consumidor por meio da internet. No caso das redes sociais, cada uma delas guarda uma co-

letânea de informações preciosas sobre os usuários. Quando empresas dispõem anúncios por meio das redes sociais, po-dem motivar consumidores a realizarem compras. Assim, ofertas de produtos e serviços para os consumidores certos geram possibilidades de negociações e lucros efetivos. Um verdadeiro exercício de “tiro ao alvo” nas plataformas digitais.

A consultoria Deloitte, em São Paulo, afirma que 83% das empresas têm o ob-jetivo de promover ações de marketing e divulgar seus produtos e serviços por meio das redes sociais, enquanto 70% das empresas se fazem aparecer utilizan-

do mídias sociais. Já a empresa global de serviços financeiros Morgan Stanley, que tem sede em Nova Iorque e opera em 42 países, aponta por meio de pesquisa que varejistas on-line eficientes atingem uma estrutura de custo melhor que um lojista tradicional. Isto é, se o varejista on-line já é grande, ficará ainda maior e fará que o e-commerce presente nas redes sociais continue crescendo quatro vezes mais rá-pido que o varejo tradicional.

Se as redes sociais reúnem usuários conectados por interesses comuns, entre as empresas que estão presentes nessas plataformas é unanimidade o interesse

Especial

Seu desejo é uma ordem!As vendas por meio das redes sociais se tornam nichos comerciais a serem explorados. A intenção é atender consumidores que preferem realizar compras por meio de um simples clique

10 CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013

Page 11: Dono do seu negócio

Preço O menor preço possível é uma das

maiores vantagens para os varejistas on-line. Descontos de produtos ou fretes grátis também são grandes chamarizes.

Seleção Nas redes sociais não há obstáculo físico;

logo, sempre caberá mais um item em qualquer “prateleira virtual”. Quanto maior a oferta, melhor a procura, desde que a empresa se comprometa a corresponder as expectativas dos consumidores.

Conveniência Criatividade e pura logística fortalecem

varejistas on-line que se valem desse trunfo para gerar o máximo de comodidade para quem realiza compras utilizando redes sociais como multicanal.

Distribuição O varejista on-line, que utiliza redes

sociais como “outdoors”, deve investir maciçamente em centros de distribuição e logística para ter um suporte eficaz para realizar as entregas de pedidos.

Estrutura de custo Enquanto varejistas tradicionais

precisam dos espaços físicos para realizar suas vendas, os varejistas on-line têm que investir em marketing para adequar a oferta dos seus produtos e marcas às redes sociais, investimento esse que, quando aplicado adequadamente, pode gerar muito mais lucro do que se o varejista vendesse apenas pela forma convencional.

Cinco aspectos que proporcionam um bom e-commerce via rede sociais

Consumidores digitais

de conquistar o consumidor por meio de um ambiente, aparentemente, considera-do como puro entretenimento. Facebook, Twitter, Youtube, Flickr, blogs diversos, vale tudo para construir uma ponte de oferta e consumo entre vendedor e cliente.

“As redes sociais colocam um foco de luz na sua marca, mas é função da em-presa garantir que essa marca cumpra seu papel de forma excepcional”, garante Rejayne Nardi, gerente de marketing da distribuidora de combustíveis ALE. Na empresa onde trabalha, Rejayne presen-ciou uma mudança significativa desde que a ALE passou a utilizar alternativas no ambiente digital para avaliar hábitos e tendências dos consumidores e melhor comunicar a posição da sua marca. A ge-rente explica que “gasolina é muito dife-rente de um refrigerante ou sorvete, que propicia prazer. Nas redes sociais, conse-guimos falar de outros assuntos, como a nossa preocupação com o planeta, inves-timentos em esporte, incentivo à cultura, inovação, ou que, assim como o consumi-dor, estamos ligados em tecnologia”.

A “relação entre amigos” por meio das redes sociais se dá no modo como as em-presas passam a dispor suas informações, aliando mudanças de estratégias de co-municação à marca e à própria oferta de serviços, tendo como ponto de partida os feedbacks recebidos por consumidores que utilizam as redes sociais como canais de compra, mas, sobretudo, de atendimen-to. Rejayne Nardi considera que “muitas empresas deixam de investir porque seus

gestores não conseguem ver ‘números’ em algo tão intangível quanto às relações nas redes sociais”. Porém, se o bom uso das redes sociais é realizado por empresas, “a propensão de o consumidor aceitar pro-dutos e serviços será maior em um mo-mento de escolha, especialmente se o que a empresa oferecer tiver qualidade”, explica.

Para se expor comercialmente por meio das redes sociais é necessário, antes de tudo, analisar para qual tipo de públi-co direcionar a divulgação do produto e como essas informações serão dispostas. “Não adianta anunciar a venda de cal-çados infantis para um homem solteiro de 22 anos”, exemplifica Bruno Barbo-sa, gestor de mídias digitais da Agência Mouse. Sobre a conectividade nas redes, Bruno acrescenta que “consumidores se sentem bem ao saber que podem contar com empresas que vão escutá-los e aten-der alguma reclamação de forma rápida e dinâmica. Além disso, a presença do con-sumidor nas redes possibilita ao empresá-rio atingir o seu público mais de uma vez, por meio de um ‘remarketing’”.

Bira Miranda, diretor da B1 Comuni-cação e Marketing, lida diretamente com os serviços de sua empresa utilizando e

gerindo redes sociais, divulgando desen-volvimento de sites, hotsites e campanhas de links patrocinados, que respondem em média por 7% do seu faturamento. “Com a ajuda de softwares e de profissionais espe-cializados é possível monitorar expressões que tenham correlação com o seu segmen-to de atuação, produto/serviço ou marca, coletar opiniões, desejos e o índice de satis-fação das pessoas”, atesta Miranda.

Empresas que fazem divulgação co-mercial pela internet devem ter consciência de que qualquer opinião emitida nas redes sociais pode influenciar a compra ou gerar repúdio a uma marca ou produto. Contu-do, é por meio desse desafio – onde não se tem a dimensão do alcance das informa-ções lançadas nas redes –, que se pode fir-mar um relacionamento mais transparente e de longo prazo com o consumidor, ava-liando a satisfação dos clientes, alcançando respostas para suprir suas necessidades e, principalmente, realizando com mais efi-cácia a venda de produtos e serviços.

para se expor comercialmente por meio das redes sociais é necessário, antes de tudo, analisar para qual tipo de público direcionar a divulgação do produto.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013 11

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Nos últimos anos, o Brasil tem se des-tacado na economia, especialmente por meio do setor de Comércio e

Serviços. E quem mais tem corrido o risco de investir no mercado são consumidores que, agora, assumem-se empresários e apostam forte no segmento de franquias.

É notório que empreendedores do País e exterior estão atentos a esta nova oportunida-de de gerenciamento de negócios. Somente nos últimos 10 anos, o setor de franquias cresceu 82%. E não para por aí: em 2013 deve aumen-tar em 15%, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). “Enquanto a Europa está em crise, o Brasil demonstra fôlego para manter a economia ativa”, ressalta Cândido Mesquita, presidente da rede portuguesa House Shine, es-pecializada na prestação de serviços de limpeza residencial e comercial e recém-chegada ao Bra-sil. O empresário pretende instituir franquias na região Nordeste, a fim de aproveitar o bom momento no comércio. “Esperamos fechar este ano com pelo menos 60 franquias. Inaugura-mos 47 unidades em Portugal, que tem cerca de 10 milhões de habitantes. Para o Nordeste, que tem quase seis vezes esse número, a meta é ain-da maior: já mapeamos a região e estados como Bahia, Piauí, Pernambuco, Maranhão, Ceará, Paraíba e Sergipe, além das cidades menores localizadas próximo ao litoral e que também estão em nossa rota”, afirma Mesquita.

A abertura de uma franquia no Nordes-te tem custo menor se comparada às regiões

Com as oportunidades no comércio em alta, consumidores assumem o papel de empresários por meio do mercado de franquias e o Nordeste se torna foco de investidores

Dono do seunegócio

Matéria de capa

a iniciativa de ter um negócio próprio sempre foi uma alternativa viável para quem tem vocação empreendedora.

12 CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013

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Sul e Sudeste, o que proporciona maior visibilidade e chamariz para instituir fran-quias nos ramos de roupas, perfumarias, farmácias, calçados e venda de acessórios diversos, com destaque para o segmento de alimentos. Este, em Fortaleza (CE), tem ampliação garantida devido à instalação de novos shoppings centers na capital cearen-se. Somente em 2013, para dois dos novos shoppings que estão em construção (um na Parangaba e outro em Messejana), está agendado a instalação de 14 franquias em cada um deles – com o aval de empresá-rios cearenses e de outros estados –, todas direcionadas à venda de lanches, sorvetes, pizzas e afins, além de artigos para escritó-rios, casas e comercialização de calçados.

O empresário Marcos Nascimento, diretor da Cia de Franchising, empresa de formatação e expansão de franquias, explica que “o Ceará, por exemplo, é um local estratégico para os franqueadores, pelo grande número de shopping centers que estão se instalando e que são ideais para a atividade de franquias”.

A perspectiva de se abrir uma franquia também se sustenta mediante algumas vantagens. Em um ponto de venda sob o modelo de franchising (que alude à ma-

neira de replicar o sucesso de um negócio estabelecido e bem-sucedido por meio de franquias, incluindo filiais e empresas de representações), “as responsabilidades tra-balhistas e sociais são independentes, com negociações menos burocráticas. Esse é um dos fatores que diminui o custo inicial se comparado à montagem de uma rede própria”, esclarece Marcos Nascimento. Inclui-se ainda nesse processo uma conso-lidação territorial mais rápida junto com o fortalecimento da marca e maior custo--benefício para franqueado e franqueador.

Investir em franquias, além de possi-bilitar crescimento no setor do Comércio e Serviços, colabora para o aumento de empregos formais. Justamente por isso, o franqueador – enquanto empresário e de-tentor de conhecimentos quanto à marca e aos produtos vendidos –, deve ter o cui-dado de desenvolver programas periódi-cos de preparação para seus franqueados e suas respectivas equipes.

Claudia Bittercourt, administradora de empresas especializadas em marketing, planejamento empresarial e estratégia competitiva, reforça que “o franqueado, em geral, é um empreendedor que tem a força de trabalho, mas nem sempre tem a expe-

riência e a capacitação necessárias para ad-ministrar a franquia sob seu comando em um determinado segmento, sem o apoio e o suporte do franqueador”. Por isso, deve partir do dono da marca a iniciativa de pensar e agir rápido para não apenas de-legar tarefas aos seus franqueados, mas acompanhá-los durante todo o processo de instituição da franquia e desenvolvimento desta. Deve-se ter por meta, ao abrir uma franquia, não apenas o aumento da pro-dutividade e mão de obra suficiente, mas a manutenção de uma equipe qualificada. “As universidades corporativas, os progra-mas de capacitação on-line, presencial e in company são recursos que estão no merca-do com uma grande oferta para oferecer este suporte”, aconselha Claudia.

A iniciativa de ter um negócio próprio sempre foi uma alternativa viável para quem tem vocação empreendedora, cria-tividade e senso de administração. A dife-rença é que, ao invés de ser somente autô-nomo, profissionais do comércio, micro ou pequenos empresários que investem em franquias têm maiores chances de re-torno financeiro e, por que não, de terem um ponto de venda a médio e longo prazo para chamarem de seu.

Motivar-se para ter um negócio próprio ao invés de ter “apenas” um emprego.

Analisar as opções de negócios que se adéquam ao seu perfil pessoal, ritmo de vida e capacidade de investimento.

Estas são premissas básicas para assumir esse novo passo profissional como franqueado.

Para abrir uma franquia é Preciso...

Conhecer bem o perfil ideal de franqueado para sua rede,

já que cada negócio tem características diferentes.

Não se acomodar, pois escolher uma boa marca para iniciar uma franquia e uma boa localização

para o ponto de venda não é garantia de sucesso.

Identificar os pontos críticos da franquia, acompanhando todos

os custos previstos, cronogramas e autorizações necessárias para

operação do negócio.

Buscar informações

disponíveis no mercado e se

autoavaliar para descobrir sua aptidão como franqueado.

Conversar e tirar quaisquer dúvidas que surgirem com o franqueador.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013 13

Page 14: Dono do seu negócio

Economia & Mercado

O dilema da economia

Ogoverno brasileiro adotou uma estratégia há três anos para enfrentar a crise externa, es-

timulando o crescimento econômico do País, imaginando que uma deman-da interna forte poderia compensar a queda da demanda externa e, com isso, blindar a economia brasileira.

O primeiro resultado dessa estraté-gia foi bastante convincente, já que em 2010 a economia cresceu 7,5%. Em 2011, a expansão do PIB foi aquém do espe-rado, situando-se em 2,7%, resultado que criou um clima de cautela entre as

autoridades do governo. A essa altura os investimentos privados davam sinal de retração e isso poderia influir na dinâmi-ca da economia brasileira, jogando uma ducha fria na estratégia recém adotada.

Em 2012, a economia cresceu 0,9%, um resultado bem inferior a muitos países em desenvolvimento da América Latina e Ásia, confirmando um proces-so de desaceleração do crescimento em curso no Brasil. Esse resultado sugere que será preciso muito mais esforço das autoridades de política econômica para estimular a economia.

Atualmente os analistas consideram que os investimentos públicos e priva-dos seriam as variáveis mais relevantes para dar um salto de qualidade no cres-cimento. Os investimentos privados no setor industrial estão travados com baixa geração de empregos nesse setor e isso tem afetado o ânimo de investi-dores nos setores de infraestrutura.

Este setor tem sofrido com o ritmo lento dos investimentos públicos, mes-mo com a perspectiva de eventos inter-nacionais, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016. Do total de 8.948

O atual processo de desaceleração do crescimento sugere mais empenho e esforço das autoridades de política econômica para estimular a economia brasileira

14 CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013

Page 15: Dono do seu negócio

0,49%inflação (ipCa-15)

em março/13

7,25%taxa de Juros

sELiC

5,6%taxa de

desemprego em fevereiro/13

53,4%Relação

Crédito/piB em fevereiro/13

R$ 2,02dólar em

28/03/2013

De olho nos números

6,6%Crescimento da

inadimplência em fevereiro/13

obras orçadas até 2017, apenas 40% de-las estão em andamento. Em algumas regiões como o Nordeste, apenas 37,7% das obras previstas foram iniciadas, re-presentando 20% do valor total.

Inflação presenteCom a inflação se acelerando, o ce-

nário para o comportamento dos pre-ços em 2013 não parece ser favorável ao governo. O Banco Central divulgou o seu relatório trimestral de inflação, no último dia 28/03, sugerindo que os preços devem aumentar 5,7%, este ano, ante uma projeção feita anteriormente da ordem de 4,8%.

Para 2014, o Banco Central projetou uma desaceleração inflacionária em re-lação a 2013, estipulando uma taxa de inflação de 5,3%. Todavia, essa estima-tiva se apresenta maior que a previsão anterior, da ordem de 4,9%.

Brasil: cenário de crescimento e inflação (2013-2014)

Variável 2012 2013 2014

Taxa de Crescimento

0,9% 3,2% 4%

Inflação 5,84% 5,70% 5,30%Taxa de Juros(SELIC)

7,25% 7,50% 8,0%

Olhando pelo lado da política mo-netária, o presidente do Banco Central afirmou que o foco principal é o controle da inflação, mas mesmo que o governo eleve a taxa de juros para frear o cres-cimento dos preços, os efeitos sobre a

inflação só serão percebidos após nove meses, evidenciando-se apenas em 2014.

Se olhar pelo lado da política fiscal, um aumento da eficiência na execução orçamentária poderá criar um descon-trole sobre o superávit fiscal, levando a uma maior pressão inflacionária com maior pressão sobre a taxa de juros.

Esse dilema coloca a economia bra-sileira hoje na “corda bamba”: con-trolar o aumento da taxa de inflação, tendo que estimular o crescimento econômico.

A solução plausível: melhorar ra-pidamente a eficiência econômica, por meio dos investimentos públicos e pri-vados em infraestrutura e na atividade produtiva.

Análise do setor de ComércioO comércio varejista nacional iniciou

o ano de 2013 com uma expansão de 5,9% do volume de venda sobre o mesmo mês do ano anterior, mantendo um cresci-mento de 8,3% nos últimos 12 meses.

Os segmentos que apresentaram maior crescimento foram os de Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (13,9%) e Artigos Farmacêuticos, Med. Ortopédicos e de Perfumaria (10,4%). Os de menor expansão foram Hiper, Supermercados, Prods. Alimentícios, Bebidas e Fumo (3,4%) e Tecidos, Ves-tuário e Calçados (5%).

No estado do Ceará o crescimento médio em janeiro/12, sobre o mesmo mês do ano anterior, foi da ordem de 9,8%, bem superior à média do País. No acumulado dos últimos 12 meses o

comércio varejista cearense apresentou crescimento superior a 10%.

Os segmentos mais promissores no Estado foram os de Combustíveis e Lubrificantes (26,4%) e Artigos Farma-cêuticos, Médico, Perfumaria e Cosmé-ticos (20,9%).

Os segmentos que apresentaram o menor dinamismo foram os de Equi-pamentos, Mat. Escritório, Informática e Comunicação (-13,4%) e de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-4,6%).

Inadimplência cresce em 2013A taxa de inadimplência do comér-

cio varejista cresceu 6,6% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil.

Segundo as instituições, a inadim-plência cresceu em virtude da realização de gastos não planejados. No primei-ro bimestre do ano o crescimento da inadimplência já é de 9,14%, um resulta-do que chama a atenção dos lojistas.

Em pesquisa realizada pelo Instituto de Proteção e Defesa dos Consumidores do Brasil (IPDC), em Fortaleza, no mês de março/13 cerca de 67% dos entrevis-tados estão com dívidas, dos quais 16,7% em atraso, sendo que 28% da renda fa-miliar já estão comprometidos.

A gestão do risco da inadimplência é fundamental e deve ser buscada por meio da obtenção do perfil de cada consumidor. Quanto mais informa-ções, melhor a eficácia na recuperação dos créditos inadimplidos.

atualmente os analistas consideram que os investimentos públicos e privados seriam as variáveis mais relevantes para dar um salto de qualidade no crescimento.

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Especial Brasil 2014

Entretenimento com segurança. A quem não agrada essa combi-nação? E é justamente esse um

dos principais aspectos que estão sendo trabalhados para ser posto em prática durante a Copa das Confederações e na Copa do Mundo de 2014.

No mês de março foi delineado o pla-nejamento de segurança que, de acordo com representantes da FIFA, COL e do governo federal, integrará a polícia federal e a militar, além dos órgãos de segurança pública, como Corpo de Bombeiros de cada estado e Defesa Civil. Outro fator importante é que com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Pri-sionais e sobre Drogas (Sinesp), elaborado com base na lei nº 12.681 (proposta pelo governo federal e aprovada em 2012), o Brasil terá uma ferramenta para favore-cer a eficiência no combate à violência e promover ações de segurança pública. “A expectativa é a de que possamos, por meio do Sinesp, criar uma rede nacional de sis-

temas integrados de informação”, declara Regina Miki, secretária nacional de Segu-rança Pública do Ministério da Justiça.

O planejamento de segurança para os eventos internacionais no Brasil também terão equipamentos para integrar cen-tros de controle e de comando regionais e móveis, incluindo a realização de foto-grafias aéreas (fotomapas) e plataformas de observação. Daniel Oliveira, presiden-te do Comitê de Segurança da Copa em Fortaleza (CE), uma das cidades-sede, afirma que “foram liberados cerca de 800 milhões de reais, pela presidente Dilma, para serem aplicados na segurança des-ses grandes eventos somente no Estado”. Também serão aprimorados 50 mil pro-fissionais em suas respectivas áreas de atuação – polícia federal, militar, civil e rodoviária federal, corpo de bombeiros e instituições parceiras –, com o apoio da Embaixada Americana que treinará os participantes para o controle de frontei-ras, e a qualificação de profissionais que

atuarão durante os jogos fazendo a segu-rança privada e patrimonial.

Outras ações simples têm valor imensu-rável e fazem total diferença, especialmente para visitantes estrangeiros que transitarão por várias cidades brasileiras durante os eventos internacionais. Mais sinalização nas ruas, em pelo menos três idiomas, e uniformes padronizados para policiais e se-guranças de áreas específicas são outros fa-tores que auxiliam no momento de se pedir informação ou mesmo recorrer auxílio aos profissionais capacitados.

A melhoria na segurança pública, devido às Copas da Confederação e do Mundo, no Brasil, há de controlar e evitar crimes em áreas de risco, o vandalismo e a abordagem indevida aos cidadãos. Espe-ra-se, contudo, que a própria população, após os eventos internacionais, continue exigindo uma segurança de qualidade, mas também saiba preservar os benefí-cios que, por direito, o Estado e demais autoridades hão de lhes garantir.

Prudência antecipadaAutoridades responsáveis se preparam para estruturar o esquema de segurança para a Copa das Confederações e para o Mundial de 2014

Agentes de segurança pública estão sendo capacitados para garantir a segurança de grandes eventos que ocorrerão no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. FOTO: TâNIA RêGO/ABR

16 CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013

Page 17: Dono do seu negócio

Associativismo

Restringir o associativismo somen-te ao mercado de trabalho, aos profissionais com formação su-

perior ou não e, sobretudo, com força de vontade para unirem-se e formarem coo-perativas e associações é perceber apenas algumas das possibilidades nas quais a cultura associativista pode atuar e fazer a diferença na vida das pessoas.

A Escola Associativa Waldorf Vere-das, em Campinas (SP), por exemplo, surgiu a partir da Associação Apuá de Pedagogia Waldorf no início da década de oitenta e, hoje, é concebida como uma entidade de caráter educacional e cultu-ral, sem fins lucrativos. Estruturada na autogestão de doze famílias que, em 2002, uniram-se para conceber o projeto-base, a respectiva escola exerce a Pedagogia Waldorf, que se baseia no conhecimento científico do Homem em sua integralida-de constituída de corpo, alma e espírito.

Quando a cultura associativista começa na escolaA prática coletiva se constrói em meio a processos institucionalizados, parcerias autônomas, mas também a partir da aprendizagem escolar

Na proposta da Escola Associativa Waldorf Veredas, a cultura associati-vista funciona como alicerce dos ensi-namentos em sala de aula, ou fora dela, para formação humana e profissional de

uma média anual de 185 estudantes do maternal até a 9ª série do Ensino Fun-damental. Os trabalhos práticos entre os alunos favorecem que entendam a com-petitividade como um bem, um aliado e não um fator destruidor ou que isole pares. As atividades com equipes são constantes, seja para o plantio de árvo-res, cultivo de hortaliças, auxílio mútuo para responder tarefas escritas ou orais, entre outros. “Trata-se de uma concep-ção ampliada, que alarga os domínios da Educação para além dos muros escolares e que resgata alguns ideais já esquecidos pela humanidade, como o de civilidade”, explica Maria da Glória Gohn, educado-ra e professora da Faculdade de Educa-ção da Unicamp.

Pesquisador em cooperativismo e as-sociativismo nas escolas, Antonio Inácio Andrioli reforça que na fase escolar, no mercado de trabalho ou em associações, “o eixo em todos os processos coopera-tivos é a sua origem baseada na organi-zação social em torno de necessidades comuns. É a base da solidariedade e da cooperação que, de tempos em tem-pos, é redescoberta tanto para resistir a conjunturas desfavoráveis, como dar o passo seguinte: a construção de novas alternativas”, algo que o associativismo favorece haja vista que com boa vontade, união e criatividade, pode-se ir muito além de convenções profissionais pré--estabelecidas em qualquer profissão.

Essa educação não-formal propicia um novo associativismo, que já prepara desde cedo indivíduos que atuarão no mercado de trabalho, cientes de que a aprendizagem e a parceria coletiva é um dos aspectos que mais faz diferen-ça no mundo corporativo, seja entre as paredes de um escritório, para fundar uma ONG, associação ou cooperativa entre afins.

os trabalhos práticos entre os alunos favorecem que entendam a competitividade como um bem, um aliado e não um fator destruidor ou que isole pares.

Atividades lúdicas, trabalhos em equipe e consciência da coletividade: meios que disseminam a cultura associativista em escolas. FOTO: DIVULGAçãO

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Page 18: Dono do seu negócio

Federação em Ação

Cresce o comércio no interior do estadoIguatu desponta como uma das cidades cearenses que mais amplia o campo de atuação no setor de Comércio e Serviços

No Centro-Sul do Ceará, Iguatu se destaca como uma cidade onde o comércio aumenta de

maneira notável. No período da Páscoa, por exemplo, o aquecimento das vendas fez que lojistas e vendedores se anteci-passem para reabastecer seus pontos de venda com produtos como ovos de cho-colates, peixes, queijos, vinhos, sendo estes, nesse período, os produtos mais procurados.

Nesse ano, houve em média um au-mento de 50% nas vendas se compara-do a 2012, alçando Iguatu como cidade predileta no roteiro de compras da re-gião. Ariosto Bezerra Vale, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Iguatu, ressalta que “o município ga-nhou referência no comércio dos produ-tos devido a sua geografia, infraestrutura e acessos facilitados. Isto é um fator dife-rencial do nosso varejo, porque o cliente chega a Iguatu e já sabe onde encontrar o produto que está procurando, na hora da venda isso faz a diferença para os lo-jistas”, explica.

A criatividade de alguns lojistas tam-bém é um aspecto que tem atraído mais consumidores. Juliana Vilarouca, por exemplo, atua como gerente de uma loja de perfumes e confeccções que, durante a última Páscoa, comercializou produtos de uma franquia de chocolates, ofere-cendo mais de 100 itens com sabores e formas exclusivas. Juliana afirma que “a qualidade e os preços acessíveis dos pro-dutos fazem a diferença na hora da com-petitividade no mercado. Os clientes que compram na loja também concorrem a prêmios em dinheiro e a um o ovo de chocolate de 6 kg a partir de uma parce-ria com a franquia nacional”.

a qualidade e os preços acessíveis dos produtos fazem a diferença na hora da competitividade no mercado.

Outro lojista que percebe as vendas de sua loja crescerem consideravelmente com o período da Páscoa é Vasconcélio Paulo. Para esse especialista no comércio de vinhos em Iguatu, “o estoque consegue agradar vários tipos de clientes, porque eles já chegam sabendo qual marca levar”. Em seu ponto comercial, Vasconcélio dis-

põe de vinhos secos e suaves, distribuídos em meio a mais de 30 marcas provenien-tes de países como Argentina, Chile e Por-tugal. Somado ao preço acessível – que va-ria em torno de R$ 9,00 a R$ 160,00, dos nacionais aos importados –, o empresário ainda sugere aos clientes os tipos de pra-tos que mais combinam com os vinhos que seus consumidores adquirem.

O bom atendimento, presteza e ino-vação dos comerciantes ao público con-sumidor em Iguatu ampliam as pers-pectivas de comércio na cidade, seja em uma data comercial como a Páscoa ou nas demais que estão por vir. O certo é que Iguatu desponta, continuamente, como uma região com grande potencial para fortalecer o setor de Comércio e Serviços no interior cearense. Os con-sumidores agradecem.

Comércio aproveita datas comemorativas como a Páscoa para vender mais. FOTO: JOSé CRUz/ABR

18 CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013

Page 19: Dono do seu negócio

CDL Jovem

Oempreendedorismo no Brasil vive uma nova era e esse atual cenário é fruto de mudanças po-

líticas e socioeconômicas, provenientes também da atuação de entidades que há muito tempo erguem a bandeira e defen-dem interesses de classes, seja na indús-tria, comércio ou serviços.

Se no passado muitos brasileiros abriam um negócio – formal ou informal – porque não tinham outra opção, hoje a maioria dos empreendedores (69%) assu-me essa profissão porque querem. E mais: a última edição da pesquisa Global En-trepreneurship Monitor (GEM 2010), di-vulgada pelo Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostra que 86% dos brasileiros dizem considerar o empreendedorismo uma boa opção de carreira.

Segundo pesquisa do Simples Nacio-nal são 6,1 milhões de micro e pequenas

empresas no sistema e 2,1 milhões de em-preendedores individuais formalizados. No Ceará, são 207 mil empresas desse porte. Porém, o IBGE alerta que metade dessas empresas (48,2%) não passa do terceiro ano de atuação, dados que im-pressionam, mas que também retratam a realidade sobre “o tempo de vida” e o ní-vel de profissionalismo dessas empresas.

Muitos dos novos empresários bra-sileiros são jovens e dão continuidade ao negócio da família. Entretanto, há também um grande número de novos empreende-dores, que começaram “do zero” e apren-dem, por vezes no dia a dia, os meandros do segmento no qual atua. Esses perfis po-dem ser comprovados por meio dos asso-ciados da CDL Jovem de Fortaleza.

Entidade que busca orientar o em-presariado jovem cearense a investir e consolidar estratégias para o setor de Comércio e Serviços, a CDL Jovem de

Fortaleza prepara seus associados por meio de apresentações de profissionais e palestras proferidas por empresários de grande sucesso, especialistas em assun-tos relevantes para o setor e represen-tantes do poder público no Ceará. Além de criar oportunidades e viabilizar meios para qualificar jovens empreendedores e futuros líderes, a CDL Jovem de Fortale-za oferece a oportunidade de, em meio às vivências proporcionadas aos seus as-sociados, gerar acesso a um networking fundamental na atualidade.

Se você é um jovem empreendedor, que pretende amadurecer em sua profis-são e promover o desenvolvimento eco-nômico e social do Estado, por meio da sua atuação no setor de Comércio e Servi-ços, entre em contato com a CDL Jovem de Fortaleza e torne-se associado! Infor-mações: Rua 25 de Março, 882, Centro, Fortaleza-CE. Fone: (85) 3464-5520.

A força dos jovens empresários no comércio cearenseSe sua vocação é o empreendedorismo, esse é o momento de transformar sua aptidão em um negócio lucrativo

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Page 20: Dono do seu negócio

Liderança & Gestão Marcos Braun Filho

Gestão de riscos e a prosperidade empresarial

C aro Leitor, em qual estágio de competitividade está sua empresa: competindo para sobreviver ou para prosperar?

A frase “A única certeza é a mudança”, proferida por Peter Drucker na década de 90, está mais presente do que nunca nas empresas. E se o guru da Administração mundial fosse vivo, eu pediria licença e acrescentaria em sua citação que “a única certeza é a mudança e o RISCO!”.

Se antes a Gestão de Riscos estava relacionada aos ativos financeiros (seguros, créditos, taxas de câmbio, empréstimos, etc), agora também se discute e se avalia os riscos operacionais internos e a forma como as informações são trabalhadas estrategicamente para gerar vantagem competitiva.

Manter a competitividade empresarial em alta é um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas. As tradicionais soluções de curto prazo desenvolvidas nem sempre têm clareza da melhor direção a ser seguida, pois a vantagem competitiva geralmente está ligada à estruturação da cadeia de valores da organização ou “processos que agregam valor ao cliente”.

A maioria das empresas enfatiza o risco financeiro de suas operações cotidianas e esquecem ou desdenham

os riscos que podem afetar sua imagem diante do mercado, dos investidores ou até mesmo suas operações internas. Isto se deve a uma questão cultural.

O cenário da gestão de risco nas empresas tem se modificado devido às grandes catástrofes que têm comprometido empresas mundiais. Exemplo recente foi a Kodak, ícone do setor de fotografia por décadas, que pediu proteção contra falência no início de 2012 e, até agora, não conseguiu uma saída para se livrar da crise. Este exemplo demonstra a total fragilidade e a falta de procedimentos estratégicos e operacionais da empresa quanto aos controles internos, transparência nas suas operações e continuidade de negócios.

Assim, é importante refletirmos – por meio do Macroambiente e do Ambiente Setorial – quais riscos

permeiam as atividades empresariais, como prover a Gestão de Risco e, consequentemente, otimizar Custos.

O Macroambiente encontra-se mais distante do dia a dia da empresa, dificultando identificar se e em que magnitude algum evento terá impacto na organização. A sobrevivência e o crescimento em longo prazo, porém, dependerão diretamente da forma como tais riscos serão gerenciados. Para o Macroambiente é importante atentar para os seguintes riscos: político-legais; os da própria economia; riscos demográficos; naturais; tecnológicos e riscos sociais. Já o Ambiente Setorial é o mais próximo das operações da empresa. Embora não seja mais importante que os outros, merece um cuidado especial, porque os resultados em curto prazo dependem de um gerenciamento minucioso do mesmo.

É importante observar que os riscos envolvidos na relação com fornecedores, clientes, ações de concorrentes e a iminência de produtos alternativos podem afetar os resultados organizacionais. Por isso é imprescindível um monitoramento nestas relações. Os movimentos destes grupos devem orientar a empresa em ações assertivas para aumentar a vantagem competitiva, pois o risco é algo inerente ao negócio: quanto maior o risco, mais provável o retorno.

Toda empresa está constantemente exposta a riscos que podem provocar perdas financeiras e até conduzi-las à quebra. Por isso os empreendedores necessitam assumir uma conduta de gerenciamento de riscos para sua a sobrevivência no mercado e para manter vivas as organizações. Afinal, sua empresa quer crescer ou prosperar?

Pense nisso e até a próxima!

Marcos Braun Filho é consultor empresarial, professor de MBA e coach. MB Consultoria e Educação [email protected]

os empreendedores necessitam assumir uma conduta de gerenciamento de riscos para sua a sobrevivência no mercado.

20 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Page 21: Dono do seu negócio

Como fazer

Muito se ouve falar em giro de estoque, mas (acredite) nem todo comerciante tem noção

do quanto esse procedimento pode au-xiliar em seu negócio, empresa ou ponto de venda.

Há quem opte por não realizar o giro de estoque produto por produto, espe-cialmente se a empresa ou loja dispuser de muitos itens à venda. Porém, não fazer bom uso ou uso algum dessa ferramen-ta pode favorecer que seu negócio esteja suscetível a perda de lucro e acúmulo de produtos. Delmar Novaes, consultor do Sebrae e Mestre em Administração pela PUC/MG, explica o motivo: “O giro de es-toque é consequência de uma compra bem feita de produtos a serem comercializados. Se as decisões de compras forem bem es-colhidas teremos, como consequência, produtos que vendem bem e que possuem bom giro, ou seja, têm preços de ven-das competitivos. Isto também decorre de compras na data e na quantidade certas

e no prazo adequado de disposição para um dado perfil de cliente. É disso que de-pende grande parte do sucesso no varejo”.

Assim, exemplificamos a seguir duas maneiras para que você possa elaborar o giro de estoque do seu negócio:

Giro do estoque ideal: é quando você tem o controle de estoque por meio da quantidade de produtos que foram vendi-dos na sua empresa em um dado período de tempo. Acompanhe:Se o estoque médio de uma loja de re-

lógios são 400 unidades, e a empresa vende 3600 relógios por ano, o giro de estoques dessa empresa é 3600 dividi-do por 400 = 9 giros ao ano.

Giro do estoque real: é quando você tem o controle de estoque por meio do valor dos produtos que foram vendidos na sua empresa em um dado período de tempo. Esse tipo de “giro” pode ser feito quando existem muitos  produtos. Para calcular é preciso ter o valor médio dos

estoques a preço de compras e os valores das vendas a preço de compras.Suponhamos que uma loja com esto-

que médio de relógios a preço de com-pra de R$ 50 mil tem um volume de vendas ao ano de R$ 700 mil (a preço de compras).

O número de giros do estoque real será de 700 mil divididos por 50 mil = 14 giros ao ano, o que significa que houve gran-de reposição de estoque, porque houve grande “saída” (venda) de produtos.

É o giro de estoque que norteia a fre-quência com que uma mercadoria entra e sai do estoque, se tem tido boas vendas ou não. Seja qual for o segmento de atuação do lojista ou empresário, o giro de esto-que é um dos indicadores mais concisos para transparecer a eficiência da atuação do comerciante no varejo. Um auxílio certeiro para quem quer lucrar com o que investe ao invés de deixar produtos em-poeirando na prateleira.

Uma bússola para obter lucroSaiba por que é importante fazer giro de estoque no seu negócio e como elaborar simples cálculos para definir os lucros dos seus produtos

CONJUNTURA DO COMÉRCIO abril 2013 21

Page 22: Dono do seu negócio

Como formar equipes de alta performance

t ive a oportunidade de ser um dos palestrantes no último Congresso de Recursos Humanos, realizado pela

ABRH-Ce, no mês de março. Quando fui convidado a ministrar a palestra, pensei qual tema abordaria e escolhi explanar sobre um dos maiores desafios que os líderes encaram hoje: formar Equipes de Alta Performance.

Apresentei a história do André, jovem promessa que, recentemente, assumiu a gestão de pessoas de uma grande empresa e tinha como desafio transformar uma equipe apática em uma de alta performance.

Ao estudar o tema, André verificou que métodos arcaicos – como intimidação, medo, comando e controle – já não funcionavam mais com as mudanças ocorridas nas pessoas (Geração Y, trabalhadores do conhecimento, novas expectativas) e no mercado (maior competitividade, maior inovação, necessidade de atrair e reter talentos).

André descobriu que para termos uma equipe de alta performance precisamos trabalhar nas dimensões racional, emocional e motivacional. Também atestou que tudo começa com a visão e a crença da liderança da empresa com relação à gestão dos seus talentos: se ela não investir tempo, dinheiro e energia no desenvolvimento da sua equipe, nada feito.

Para termos equipes engajadas com a empresa precisamos promover o equilíbrio do desempenho da organização – lucro, participação de mercado, satisfação de clientes – com as necessidades de realização da equipe – fonte de sustento, senso de direção, identidade e oportunidades de crescimento.

Para isso, inicialmente pode-se engajar uma equipe pela estima dos Valores e Orgulho por pertencer a uma organização, tal como a empresa americana Zappos.com. Em seguida, pode-se instituir um processo rigoroso e

Eduardo Gomes de MatosAprendendo na Prática

sistemático do desempenho da equipe, como faz a General Eletric. Depois, valorizar o Espírito Empreendedor, como adota a 3M. Podemos ainda adotar o reconhecimento das Conquistas Individuais, como pratica a ABINBEV ou a Celebração e Reconhecimento e como faz a companhia aérea americana SouthwestAirlines.

Para aprofundar o seu aprendizado, André conheceu alguns métodos utilizados por líderes, como Sam Walton, Norberto Odebrecht, Nelson Mandela e Diego Martins, fundador e presidente da empresa nacional Acesso Digital, fundada em 2007, que, desde o início, queria ter uma das empresas que mais crescesse no Brasil e que fosse

uma das melhores para se trabalhar. Em 2010, ele lançou um desafio: se a empresa duplicasse de tamanho, todos os funcionários iriam para Orlando. A equipe bateu a meta e todos foram para os maravilhosos parques da Disney. Em 2011, Diego desafiou triplicar o porte da empresa e, como prêmio, todos foram para Las Vegas.

A constatação é que equipes de alta performance não podem ser fabricadas, exigidas, compradas e simuladas, mas precisam ser formadas com muito amor, força, paixão e entusiasmo, pois o que as caracteriza é o nível de energia e compromisso emocional que os membros da sua empresa possuem. André os conquistou racional, emocional e motivacionalmente.

Você deve estar se perguntando quem é André. André é você, seu amigo empresário, sou eu, somos todos aqueles que acreditamos que pessoas comprometidas geram resultados extraordinários e buscam implantar isso nas empresas.

Lidere engajando corações, mentes e resultados! Se desejar baixar a palestra, entre no site www.gomesdematos.com.br

Um forte abraço!

Eduardo Gomes de Matos é pós-graduado em Administração de Empresas. Diretor-presidente da Gomes de Matos Consultores Associados.www.gomesdematos.com.br

Para termos uma equipe de alta performance precisamos trabalhar nas dimensões racional, emocional e motivacional.

22 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Page 23: Dono do seu negócio

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