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 Prof. Eraldo Carvalho

Dores de Cabeça (5)

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O que são ?
Grande parte das dores de cabeça que experimentamos no dia a dia são de origem benigna, ou seja, não são fruto de patologias graves subjacentes.
São ditas “cefaléias primárias”.
 
. São as ditas “cefaléias secundárias” (são menos frequentes que as cefaléias primárias).
As causas são inúmeras, desde problemas agudos como sangramentos, infecções (sinusite, meningite, dengue por exemplo), traumas, trombose venosa, medicamentos.
 
Então, a primeira distinção a ser feita é entre:
Dor de cabeça PRIMÁRIA (aonde a própria dor de cabeça é a doença a ser tratada- enxaqueca, por exemplo) e,
 
 
A enxaqueca pode acometer pacientes de qualquer idade e ambos os sexos.
No entanto é bem mais comum entre a adolescência e a quinta década de vida e em mulheres. As crises surgem geralmente após a primeira menstruação e persistem com períodos de melhora e piora até a menopausa.
 
A característica da dor é geralmente pulsátil (como se o coração estivesse batendo dentro da cabeça).
Outros sintomas podem associar-se a dor, tais como:
 
Fotofobia = A luz incomoda o paciente, que busca locais com baixa iluminação para alívio dos sintomas.
Fonofobia = O barulho incomoda o paciente, que busca locais silenciosos.
Odinofobia = Alguns paciente referem sensibilidade aumentada a odores fortes durante as crises de enxaqueca.
 
O paciente geralmente apresenta náuseas e eventualmente vômitos. A dor da enxaqueca classicamente piora com atividade cotidiana, por isso o paciente tem importante baixa do rendimento no trabalho durante as crises. Busca geralmente ficar parado ou mesmo em repouso durante as crises. As crises tendem a melhorar após um período de sono.
Algumas pessoas apresentam outros sintomas.
A duração da crise (sem utilização de medicações) é de 4 à 72 horas, geralmente.
 
Paciente com enxaqueca podem ter suas crises pioradas no período menstrual,
fases de Stress, redução de sono, consumo de determinados alimentos (que podem
variar caso a caso), uso de algumas medicações (anticoncepcionais, por
exemplo), consumo de álcool, Outros...
 
 
A enxaqueca é uma doença muito importante pelo impacto que causa na qualidade de vida dos pacientes.
A cura é improvável, mas o controle é geralmente alcançado com o seguimento neurológico adequado.
Os passos para o controle passam por uma avaliação inicial, mapeamento da dor, decisão do planejamento a curto e médio prazo.
 
A cefaléia tensional é o tipo mais comum de dor de cabeça que existe. Virtualmente todo mundo teve, tem ou terá períodos de cefaléia tensional durante a vida. A dor classicamente é em peso ou aperto, freqüentemente é bilateral ou sentida na cabeça toda.
A duração é variável, podendo durar de 30 minutos até 7 dias consecutivos. As crises geralmente são de intensidade fraca a moderada, é aquela dor chata que incomodo mas raramente leva o paciente ao hospital.
 
Diferentemente da enxaqueca a cefaléia tensional não é acompanhada de náuseas, no entanto às vezes as pessoas perdem a fome quando estão com esse tipo de dor.
A luz pode incomodar assim como o barulho, mas raramente isso ocorre na intensidade que ocorre com a enxaqueca.
 
Pacientes com crises intensas, frequentes ou muito duradouras devem procurar o quanto antes seguimento neurológico.
 
A cefaléia tensional acomete homens e mulheres de qualquer idade, sendo mais freqüente em mulheres entre 15 e 60 anos.
 
A cefaléia tensional é afecção extremamente comum e normalmente negligenciada.
 
A Dor de Cabeça em Salvas, ou “Cluster Headache”, é o tipo de dor de cabeça mais intensa descrita pela medicina, habitualmente caracterizada pelos pacientes como sendo em “facadas”.
Os sofredores de dor de cabeça em salvas adotam medidas desesperadas durante as crises, como bater com a cabeça na parede para tentar aliviar a dor.
Ela se apresenta de forma rítmica, fazendo com que alguns pacientes consigam prever o horário da próxima crise, provocando grande ansiedade antecipatória.
 
 
De um só lado e sempre do mesmo lado da cabeça;
Em volta do olho, mas podendo também ser na fronte, têmpora e até na face;
Intensidade muito elevada e caráter excruciante ou lancinante; Duração de 15 minutos a três horas e aparecendo em dias seguidos ou
alternados;
Com frequência entre uma e oito vezes por dia, se manifesta em horas semelhantes e comumente acorda os seus portadores no meio da noite, fazendo-os pular fora da cama antes de totalmente acordados, tal a sua intensidade;
Geralmente é associada com vermelhidão ocular, lacrimejamento e entupimento nasal (às vezes com corrimento nasal) do mesmo lado da dor;
 
 
Cefaleia orgástica são dores de cabeça ocorridas após um orgasmo ou durante o atosexual.
Atinge, geralmente, homens após os 30 anos de idade.
 
A dor é caracterizada de duas formas. Pode iniciar nas preliminares ou após o clímax. Na primeira situação ocorre na nuca, com intensidade moderada. Na segunda, édor aguda atingindo a cabeça como um todo. Além disso, esse tipo de dor pode permanecer por 48 horas depois do orgasmo.]
 
A causa ainda é desconhecida.
Porém, existem teorias que afirmam que este tipo de dor é ocasionado pela libertação do neurotransmissor serotonina, concomitante com o processo de pressão vascular ocorrida no interior do cranio, no auge do sexo.
 
Uma fratura craniana é uma ruptura de um osso do crânio. As fraturas cranianas podem lesar artérias e veias, provocando sangramento nos espaços em torno do tecido cerebral. As fraturas, especialmente as da base do crânio, podem romper as meninges – as camadas de tecido que revestem o cérebro.
O líquido cefalorraquidiano, o qual circula entre o cérebro e as meninges, pode sair pelo nariz ou pelo ouvido. Ocasionalmente, através dessas fraturas, ocorre invasão de bactérias no crânio, causando infecção e lesão cerebral graves.
 
A concussão é uma perda da consciência e, algumas vezes, da memória de curta duração que ocorre após uma lesão cerebral e que não causa nenhuma lesão orgânica evidente.
As concussões causam uma disfunção cerebral, mas não acarretam lesão estrutural visível. Elas podem ocorrer mesmo após um traumatismo crânio-encefálico menor, dependendo da intensidade com que o cérebro foi mobilizado no interior da caixa craniana.
Uma concussão pode deixar o indivíduo um pouco confuso, com cefaléia e com uma sonolência anormal.
 
Os hematomas intracranianos são acúmulos de sangue no interior do cérebro ou entre o cérebro e o crânio.
Os hematomas intracranianos podem ser decorrentes de uma lesão ou de um acidente vascular cerebral.
Um hematoma intracraniano relacionado a uma lesão geralmente forma-se no revestimento externo do cérebro (hematoma subdural) ou entre essa membrana de revestimento e o crânio (hematoma epidural).
 
A maioria dos hematomas apresenta um desenvolvimento rápido e produzem sintomas em minutos. Os hematomas crônicos, os quais são mais comuns em indivíduos idosos, são de progressão lenta e produzem sintomas somente após horas ou dias.
Os hematomas grandes comprimem o cérebro, produzem edema e acabam destruindo o tecido cerebral. Eles também provocam herniação da parte superior do cérebro ou do tronco encefálico. Os hematomas intracranianos produzem perda da consciência, coma, paralisia em um ou em ambos os lados do corpo, dificuldade respiratória, problemas cardíacos ou mesmo a morte.
 
Alguns dos distúrbios específicos causados por uma lesão craniana são:
 
A epilepsia pós-traumática é um distúrbio caracterizado por convulsões que se manifestam algum tempo após o cérebro ter sido lesado por um impacto na cabeça.
 
As convulsões podem ocorrer somente vários anos após a lesão. Freqüentemente, os sintomas resultantes dependem do local de origem das convulsões.
Os medicamentos anticonvulsivantes, como a fenitoína, a carbamazepina ou o valproato, são indicados para controlar a epilepsia pós- traumática. De fato, alguns médicos prescrevem esses medicamentos após um traumatismo crânio-encefálico grave visando prevenir as convulsões, apesar de muitos especialistas não recomendarem essa conduta.
 
A afasia é a perda da capacidade para utilizar a linguagem devida a uma lesão na área do cérebro que a controla.
A afasia acarreta uma incapacidade parcial ou total para comprender ou expressar palavras. Na maioria dos indivíduos, o lobo temporal esquerdo e a região vizinha do lobo frontal controlam a função da linguagem.
Qualquer parte dessa pequena área que for lesada (por um acidente vascular cerebral, um tumor, um traumatismo crânio-encefálico ou uma infecção) produzirá uma interferência em pelo menos um aspecto da função da linguagem.
Os problemas da linguagem podem assumir muitas formas. A variedade dos defeitos possíveis reflete a natureza complexa da função da linguagem. Um indivíduo pode perder apenas a capacidade de compreender as palavras escritas (alexia) ou somente a capacidade de recordar ou nomear objetos (anomia).
 
é a incapacidade de articular adequadamente as palavras. Apesar de parecer um problema de linguagem, a disartria é causada por uma lesão da parte do cérebro que controla os músculos utilizados na emissão de sons ou que coordenam os movimentos do aparelho vocal.
Os indivíduos com afasia de Wernicke, um distúrbio que pode ocorrer após uma lesão do lobo temporal, parecem falar fluentemente, mas as sentenças enunciadas são uma série de palavras sem ordem e confusas (às vezes isso é chamado “salada de palavras”).
 
A apraxia é a incapacidade de realizar tarefas que exigem padrões de lembrança ou seqüências de movimentos. A apraxia é uma incapacidade incomum que é geralmente causada por uma lesão do lobo parietal ou frontal.
Na apraxia, a memória da seqüência de movimentos necessários para a realização completa de tarefas complexas ou especializadas parece ter sido apagada; os membros superiores ou inferiores não apresentam um defeito físico que justifique a incapacidade de realizar uma determinada atividade.
 
A agnosia é um distúrbio raro no qual o indivíduo pode ver e sentir os objetos, mas não consegue associá-los ao papel que eles geralmente desempenham nem à sua função.
Os indivíduos que apresentam determinadas formas de agnosia não conseguem reconhecer rostos familiares ou objetos comuns (p.ex., uma colher ou um lápis), embora consigam vê-los e descrevê-los. A agnosia é causada por uma disfunção nos lobos parietais e temporais do cérebro, os quais armazenam a memória dos usos e a importância de objetos familiares e as impressões visuais.
 
A amnésia é a incapacidade total ou parcial de recordar experiências recentes ou remotas. As causas da amnésia são apenas parcialmente compreendidas.
Um traumatismo crânioencefálico pode causar perda da memória dos eventos ocorridos imediatamente antes (amnésia retrógrada) ou imediatamente após (amnésia pós-traumática). Dependendo da gravidade do traumatismo, a maioria das amnésias duram apenas alguns minutos ou horas e desaparecem sem tratamento. Entretanto, no caso de uma lesão cerebral grave, a amnésia pode ser permanente.
 
 
Na medicina, a classificação das doenças muda constantemente, à medida que o conhecimento avança. De modo similar, na psiquiatria, o conhecimento da função cerebral e como ela é influenciada pelo ambiente e por outros fatores vem se tornando cada vez mais sofisticado.
Apesar dos avanços, o conhecimento dos intricados mecanismos envolvidos no funcionamento cerebral encontra- se ainda no início. Entretanto, como muitas pesquisas demonstraram que as doenças mentais podem ser diferenciadas entre si com um alto grau de confiabilidade, vêm sendo estabelecidos protocolos de diagnóstico cada vez mais refinados.
 
Esse manual fornece um sistema de classificação que tenta separar as doenças mentais em categorias diagnósticas baseando-se tanto nas descrições dos sintomas (o que os pacientes dizem e fazem como reflexos de como pensam e sentem) quanto na evolução da doença. A International Classification of Disease 9th Revision, Clinical Modification (ICD-9-CM), um livro publicado pela Organização Mundial de Saúde, usa categorias diagnósticas parecidas com as do DSM-IV. Essa similitude sugere que os diagnósticos de doenças mentais específicas estão se tornando cada vez mais padronizados e consistentes em todo o mundo.
Foram realizados avanços nos métodos diagnósticos e, atualmente, existem diversas técnicas recentes de diagnóstico por imagem do cérebro, como a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a tomografia por emissão de pósitrons (TEP), um tipo de escaneamento que mede o fluxo sangüíneo em áreas específicas do cérebro.
 
Sinônimos: tumor no cérebro.
Tumor cerebral é o crescimento anormal de células dentro do crânio que leva à compressão e lesão de células normais do cérebro.
Podem ser "benignos" ou malignos, sendo que apenas os tumores malignos são denominados de câncer.
Geralmente esses tumores podem ser divididos em duas categorias:
* Tumor cerebral primário: quando o tumor tem origem dentro do próprio crânio
 
Existem quase 100 tipos de tumores cerebrais, que geralmente recebem o nome do tipo da célula da qual se desenvolve. A maioria dos tumores no cérebro origina-se nas células gliais, que sustentam as células nervosas do órgão. Um tumor de células gliais é denominado glioma.
 
Pode apenas necessitar de cirurgia
 
Cresce relativamente rápido,
É provável que retorne após a cirurgia, mesmo que completamente removido,
Pode apresentar metástase em outras regiões,
 
Os meningiomas representam 25 % dos tumores cerebrais, sendo mais comuns em pessoas mais velhas e em mulheres, normalmente provenientes das meninges do cérebro e medula espinhal e frequentemente encontrados na parte frontal ou posterior do cérebro.
 
Gliomas Mais da metade dos tumores cerebrais em adultos são gliomas, que estão divididos
em três tipos: 1. Astrocitoma É o tipo mais comum de glioma a se desenvolver a partir de células denominadas
astrócitos. Os astrocitomas podem ser de crescimento lento ou rápido. Alguns são bem localizados (focal), o que significa dizer que é fácil identificar o limite entre o tumor e o tecido cerebral normal num exame de imagem ou mesmo durante uma cirurgia.
Outros tipos de Astrocitomas são chamados difusos. Esses não têm um limite claro entre o tumor e o tecido normal do cérebro. No interior do tumor pode-se desenvolver um astrocitoma com maior malignidade. Os tipos de tumores cerebrais mais comuns em adultos são o Astrocitoma Anaplásico e o Glioblastoma Multiforme. A remoção completa por cirurgia é possível se o tumor estiver no início do seu desenvolvimento.
2.Ependinoma Aproximadamente 6% dos tumores cerebrais são Ependinomas, que se desenvolvem
a partir das células ependimais e do quarto ventrículo. Estas células forram as áreas preenchidas pelo fluído do cérebro (os ventrículos) e espinha dorsal. Lesões primárias também podem se desenvolver na medula espinhal. A maioria dos ependinomas são diagnosticados em crianças ou adolescentes. Ocasionalmente os ependinomas podem apresentar metástase dentro do sistema nervoso central, pelo contato com o líquor.
3. Oligodendroglioma Cerca de 5% dos tumores cerebrais são oligodendrogliomas, que se desenvolvem a
 
O tempo e a qualidade de vida dos pacientes oncológicos têm aumentado sensivelmente no Brasil com a melhora da acessibilidade e dos tratamentos atuais. Cerca de 20 a 40% destes pacientes apresentarão metástases cerebrais durante o curso de sua doença (são os tumores cerebrais mais comuns em adultos).
Entre as metástases cerebrais, os tipos mais frequentemente encontrados são: carcinoma pulmonar (45%), carcinoma de mama (20%) e melanoma (15%). Entretanto, dentre os três, o melanoma é o tumor com maior propensão a metástase.
 
Meduloblastoma é o tipo mais comum de PNET (Tumor neuroectodermal) que cresce no cerebelo, corresponde de 15% a 20% de todos os tumores cerebrais em crianças, mais frequente entre os 5 a 9 anos.
 
 
da tireoide acarreta o hipertireoidismo, o aumento de prolactina interrompe os períodos menstruais (amenorreia), causa produção de leite na mama de mulheres que não estão amamentando (galactorreia) e causa crescimento das mamas em homens (ginecomastia).
Os tumores da hipófise também podem destruir tecidos secretores de hormônios, o que finalmente traz consigo níveis insuficientes de hormônios no organismo. Outros sintomas podem incluir dor de cabeça e perda dos campos visuais externos de ambos os olhos.