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Dossiê Direito no Cárcere

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Neste documento apresentamos histórico do Direito no Cárcere, processo de implementação para formação de cultura no sistema prisional, láureas, depoimentos de detentos, voluntários, bem como, do Subdiretor do Presídio Central, Major Magno, assistente social Milene Ribeiro, psicóloga Rosana Ávila, juiz da VEC Sidinei José Brzuska, promotor de justiça Luciano Pretto, bem como, notícias em que o projeto foi destaque. Com isso, esperamos contribuir para a implementação do mesmo em outros espaços prisionais. Agradecemos por compartilhar e citar a fonte do Dossiê Direito no Cárcere, de autoria de Carmela Grune, Instituto Cultural Estado de Direito.

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  • www.estadodedireito.com.br

    liberdade

    2015

  • A prtica contribui na ressignificao da histria de um local considerado um dos piores presdios do Pas, um no-lugar, para um local de encontro de si, encontro da sociedade com suas mazelas, para uma reflexo com ao, no

    fomento da conscincia coletiva cidad

    ApresentaoO Projeto Direito no Crcere, criado pela advogada Carmela Grune, iniciou suas atividades voluntrias na Galeria E1 do Presdio Central de Porto Alegre, em 17 de agosto de 2011, beneficiando at a presente data mais de 560 detentos em tratamento de dependncia qumica, atingindo diretamente entre detentos, familiares, voluntrios e equipe tcnica mais de duas mil pessoas e indiretamente mais de 116 mil pessoas pelo www.facebook.com/direitonocarcere e www.youtube.com/vlogliberdade. A prtica contribui na ressignificao da histria de um local considerado um dos piores presdios do Pas, um no-lugar, para um local de encontro de si, encontro da sociedade com suas mazelas, para uma reflexo com ao, no fomento da conscincia coletiva cidad, na mudana de concepo da sociedade para o enfrentamento da naturalizao do preconceito ao detento.Pela promoo de formas alternativas de acesso justia, resgata a autoestima do apenado, (re)descobre capacidades e sonhos para uma vida com dignidade, atravs de um meio ambiente que possibilite a sade fsica e mental do apenado, e de todos os servidores e familiares que frequentam o espao.Desde sua criao diversas aes de mobilizao social foram realizadas: atividades educativas, artsticas, culturais, destacando as benfeitorias no espao fsico, servios

    de atendimento jurdico, arrecadao de materiais de higiene pessoal e escolares. Nas obras de reformulao do local, so os prprios detentos que do uma nova vida ao espao, exemplo disso: colocao de piso na sala de convivncia, trs mutires de pintura em toda a galeria, um mutiro de grafite preenchendo uma parede de aproximadamente 25 metros no ptio.A iniciativa criou a primeira plataforma de expresso de apenados em regime fechado no Brasil, divulgando pelo Jornal Estado de Direito, artigos, vdeos, resenhas de livros, vislumbrando a msica, a literatura, o direito, a poesia e o cinema. Promove o combate violncia institucional e discriminao, pela promoo dos Direitos Humanos por meio da expresso da cidadania local. Garantindo o acesso cultura, arte e informao, o direito memria. Atravs da implementao dos subprojetos: Libertao pela

    Leitura; Vlog Liberdade; Reggae Legal; desmitificando o Direito; Rap Conexo Legal e CinePresdio. Incentiva com pedagogia sensvel, a utilizao da arte para proporcionar o acesso justia, por meio de dinmicas de grupo como palestras, oficinas de msica, de arte, de literatura e de vdeo, relacionando justia, direitos humanos, neurocincias, arte e tecnologia.O trabalho de humanizao do espao tem mostrado grandes benefcios no relacionamento entre os indivduos que residem na galeria, restaurao de vnculos familiares e auxlio na relao do servidor da brigada militar com o detento.A iniciativa oportunizada pela SUSEPE, Brigada Militar, Vara de Execues Criminais (VEC) e Ministrio Pblico do RS. Tendo apoio da Secretaria da Justia e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Secretaria Municipal da Juventude de Porto Alegre.

  • O processo de implementao foi lento, porque primeiro tive que conquistar a confiana da Brigada Militar, a qual responsvel pela administrao do Presdio. Para tanto, comecei a visitar semanalmente o subdiretor da poca, Major Csar Au-gusto Pereira da Silva, mostrando meus trabalhos, aprendendo a rotina, con-hecendo os profissionais cuidadores dos apenados. O Major Csar Augusto Pereira da Silva oportunizou a primei-ra experincia em 17 de setembro de 2010, no auditrio do Presdio Central de Porto Alegre, com os detentos responsveis por cada galeria. Nessa ocasio, realizamos a palestra A du-rao razovel do processo penal, com a professora Karla da Costa Sam-paio, vdeo disponvel http://youtu.be/HcLbXXw_YSc. Aps mudanas admin-istrativas e a chegada da promotora do Ministrio Pblico do RS, Cynthia Jappur, ocorreu a mobilizao para a organizao de um novo ambiente dentro do Presdio Central, uma gale-ria livre das drogas. Nesse momento,

    comearam a pensar em prticas que ocupassem o tempo dos detentos em regime fechado de modo que eles desenvolvessem suas habilidades e foi ento que numa dessas reunies estava eu presente acompanhando o Major Robinson Vargas de Henrique, o qual deu total apoio equipe de se-gurana para que eu comeasse uma prtica semanal. Em 17 de agosto de 2011 aconteceu a primeira visita gale-ria E1, em que os detentos receberam tratamento de internao pelo perodo de vinte dias no Hospital Vila Nova e, posteriormente, retornaram galeria sob a condio de no usarem drogas. Muitos deles desistiram por dificul-dades de adaptao com o grupo. O tempo foi o melhor termmetro para que os detentos mais antigos servis-sem de referncia sobre a importncia de persistir e de ter objetivos. A minha funo foi criar um projeto dentro do programa de tratamento depend-ncia qumica. A surgiu o Direito no Crcere, estimulando novas fontes de produo do Direito a partir da reflex-

    o e prtica de atividades que promo-vam por uma linguagem republicana marginal a cidadania local. Como numa obra que est em construo, cada detento serve de pilar para a solidifi-cao do projeto, uma pessoa estuda a composio de msica, outro estuda teclado, h aqueles que gostam de tocar cuca, pandeiro, tamborim, mais ainda, os que preferem ler e compartil-har suas impresses ou simplesmente danar e participar na organizao dos lanches. Os encontros iniciais eram cur-tos, s vezes no duravam uma hora, em funo da questo de logstica de segurana e processo de adaptao dos detentos comigo. Hoje acontece em dois turnos, manh e tarde, salvo excees quando h incompatibilidade de tarefas. Temos procurado manter uma rotina, dividimos as atividades por Grupos de Afinidades, nos quais todos so convidados a participar, dialogando e contando sua histria, seu cotidiano.

    Processo de Implementao Construindo uma cultura no sistema prisional

  • Fatores de Sucesso

    Lureas

    1. Prmio Juza Patrcia Acioli de Direitos Humanos, da Associao dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), com a Prtica Humanstica do Direito no Crcere, em 2013;2. Prmio Estadual de Direitos Humanos, da Secretaria de Justia e Direitos Humanos, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, categoria Divulgao dos Direitos Humanos, pelo Jornal Estado de Direito, em 2013;3. Medalha da Cidade, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, pelo projeto Direito no Crcere, em 2014;4. Prmio Diversidade RS, da Secretaria de Estado de Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, categoria Cultura dos Direitos Humanos, pela Estado de Direito Comunicao Social Ltda;5. Prmio Legislativo de Direitos Humanos da Cmara Municipal de Porto Alegre, categoria Preveno da Violncia.

    Estratgias de Atuao

    1. Promover a defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao setor socioeducativo, ao patrimnio cultural, aos direitos humanos e dos povos;2. Promover a assistncia social, a segurana pblica, a sade, a educao, a qualificao profissional, a gerao de trabalho e renda, com projetos e aes que visem a proteo da identidade fsica, social e cultural do cidado seja ele jovem ou adulto, com recursos prprios ou advindos de convnios ou outras formas jurdicas;

    3. Estimular a parceria, o dilogo local e a solidariedade entre os diferentes segmentos sociais, participando de atividades voltadas a promoo da justia, da dignidade, do bem comum, inclusive com outras entidades.4. Popularizar as cincias jurdicas atravs de: a) aes culturais em praas, parques, shoppings, instituies com populao privada do convvio social, como presdios e abrigos de menores; b) matrias e artigos nos jornais Estado de Direito e Estado de Exceo, assim como outros veculos de comunicao que se identifiquem com os nossos objetivos.

    Da teoria a prtica

    - O contato dos detentos com palestrantes e msicos. Como por exemplo a apresentao do Grupo Cocada Preta: http://youtu.be/qQDWOI2-fWs;

    - Proporciona o acesso justia pela experimentao dos pontos de vista de outras pessoas, ao interpretar o papel de outrem pela discusso de experincias com o crime, droga, famlia, jornalismo, Judicirio, poltica, http://youtu.be/wdCjOE1NhRM e https://www.youtube.com/watch?v=ozhEsbhkGHY;

    - O detento como agente multiplicador de conhecimento, como exemplo a atividade de elaborao de resenhas literrias. Interpretao de Clovis da Costa: http://youtu.be/K8epBQcnpuE;

    - Remio pela Leitura pelo subprojeto Libertao pela Leitura - http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/

    policia/noticia/2013/11/leitura-reduz-pena-de-condenados-do-presidio-central-em-porto-alegre-4321037.html e https://www.youtube.com/watch?v=Dg5BuNHD6BY;

    - Produo do Documentrio Luz no Crcere - https://www.youtube.com/watch?v=p506zy5utN4;

    - Produo do Documentrio Pintando a Vida https://www.youtube.com/watch?v=o7HE2SKX6iU;

    - Jornal do Almoo faz entrevista sobre o Projeto Direito no Crcere abordando as atividades - http://globotv.globo.com/rbs-rs/jornal-do-almoco/v/projeto-direito-no-carcere-busca-reabilitar-detentos-do-presidio-central-em-porto-alegre/3205059/;

    - G1 faz entrevista sobre o Projeto Direito no Crcere - http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/03/presidiarios-de-porto-alegre-fazem-documentario-sobre-vida-no-carcere.html;

    - Produo do Documentrio Mentes Livres feito pelo Jornal Zero Hora - https://www.youtube.com/watch?v=YT4m7W3I7Zs;

    - Brasil de Fato entrevista Carmela Grune - http://www.brasildefato.com.br/node/10478;

    - Revista Frum entrevista Carmela Grune - www.revistaforum.com.br/blog/2013/07/expressoes-do-carcere/.

    - Zero Hora faz matria de contracapa sobre o trabalho voluntrio de Carmela Grune -

  • http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2013/07/projeto-em-galeria-do-presidio-central-integra-presos-em-tratamento-de-drogas-4206718.html.

    - Projeto Direito no Crcere recebe a VIII Mostra de Cinema e Direitos Humanos na Amrica Latina - http://culturadigital.br/cinedireitoshumanos/188-2/ - https://www.youtube.com/watch?v=cytBHo-E9EQ;

    - Participao no Programa Faa a Diferena - https://www.youtube.com/watch?v=ICr4EoY7L-Y;

    - Parceria com a Associao Cultural Reggae RS https://www.youtube.com/watch?v=_sX4qnIo-HA;

    - Oficina de Composio coordenada pelo msico Ras Sanso - https://www.youtube.com/watch?v=u3kmJbRIdwY;

    - Criao do Boletim de Jornalismo no Crcere - https://www.youtube.com/watch?v=Xgg9lpdd3PI;

    - Criao de Oficina de Cinema - https://www.youtube.com/watch?v=o9u6e3t3_Xg;

    - Participao da sociedade, Instituto IZN doa para o projeto Direito no Crcere 1000 bluses - https://www.youtube.com/watch?v=BIPltushbJM;

    - Criao do II Ciclo de Estudos Direito no Crcere - https://www.youtube.com/watch?v=kxeti0ax9Qs;

    - Criao da msica Saudade pela Oficina de Composio coordenada por Ras Sanso - https://www.youtube.com/watch?v=tOB4Gl29_bw;

    -Matria Revista Forum http://www.revistaforum.com.br/blog/2013/07/expressoes-do-carcere;

    - Matria Zero Hora http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2013/07/projeto-em-galeria-do-presidio-central-integra-presos-em-tratamento-de-drogas-4206718.html;

    - Rdio EBC http://radioagencianacional.ebc.com.br/tags/direito-no-carcere;

    - Jornal IG - http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-02-07/detentos-criam-vlog-na-web-de-projeto-dentro-de-presidio-em-porto-alegre.html;

    - RTP frica - http://www.rtp.pt/play/p389/e100498/entrevista-rdp-africa;

    - Vdeo Perdo e Justia - Senhora perde filho com tiro na cabea e palestra no projeto Direito no Crcere -https://www.youtube.com/watch?v=z5Kh31sOAzw;

    O Projeto Direito no Crcerecom apoio Consulado Geral

    do Canad de So Paulo realizou a

    palestra Justia Restaurativa nas

    Prises do Canad, com os professores

    Jean Jacques Beauchamp e Mary Hicks. Assista aqui: https://youtu.be/

    m3No325erwI

  • Lista de Presena

  • Divulgao do evento

  • ALPV N 70064536394 (N CNJ: 0139017-22.2015.8.21.7000) 2015/CRIME

    1

    ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA

    AGRAVO EM EXECUO. REMIO PELA LEITURA. CRITRIO OBJETIVO FIXADO PELO JUZO DA VARA DE EXECUES CRIMINAIS DE PORTO ALEGRE. POSSIBILIDADE. AUSNCIA DE REGULAMENTAO ESTATAL. Embora a Lei de Execuo Penal, em seu art. 126, estabelea a possibilidade de remio pelo estudo, incluindo a leitura, a matria carece de regulamentao pelo Estado. Na ausncia de lei especfica, est adequado o parmetro de 300 a 400 pginas estabelecido pelo Juzo da Vara de Execues Criminais para obteno da remio, tendo em vista que fixado a partir da realidade dos apenados locais e em observncia ao parmetro de 12 horas utilizado para a remio pelo estudo (presencial ou distncia). AGRAVO EM EXECUO DESPROVIDO.

    AGRAVO EM EXECUO

    QUINTA CMARA CRIMINAL

    N 70064536394 (N CNJ: 0139017-22.2015.8.21.7000)

    COMARCA DE PORTO ALEGRE

    J.S.J. ..

    AGRAVANTE

    M.P. ..

    AGRAVADO

    A C R D O

    Vistos, relatados e discutidos os autos.

    Acordam os Desembargadores integrantes da Quinta Cmara

    Criminal do Tribunal de Justia do Estado, unanimidade, em negar

    provimento ao agravo em execuo.

    Custas na forma da lei.

    Jurisprudncia no TJRS

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    ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA

    Participaram do julgamento, alm do signatrio (Presidente), as

    eminentes Senhoras DES. LIZETE ANDREIS SEBBEN E DES. CRISTINA PEREIRA GONZALES.

    Porto Alegre, 10 de junho de 2015.

    DES. ANDR LUIZ PLANELLA VILLARINHO, Relator.

    R E L AT R I O

    DES. ANDR LUIZ PLANELLA VILLARINHO (RELATOR)

    Trata-se de agravo em execuo interposto pelo apenado

    JAUDENE S. J. em face da deciso que indeferiu pedido de remio da

    pena pela leitura (fl. 25).

    Em razes recursais (fls. 03-07), a Defesa assevera que a

    regulamentao acerca do tema em nenhum momento restringe o direito de remio pela leitura em razo do tamanho da obra literria, o juzo inovou ao

    instituir regra prpria, segundo a qual apenas os livros que possuem de 300 a 400

    pginas viabilizariam a remio. Argumenta que o critrio estabelecido mostra-

    se puramente discricionrio e aleatrio, na medida em que privilegia livros

    em detrimento a outros, restringindo a possibilidade de remio pela leitura,

    na medida em que no so muitas as obras literrias dotadas do nmero de

    pginas exigidas. Pugna, assim, pela reforma da deciso agravada.

    Recebido o agravo (fl. 30), em sede de contrarrazes o

    Ministrio Pblico requereu o desprovimento do recurso (fls. 32-34).

    Mantida a deciso agravada (fl. 116), foram remetidos os autos

    a esta Corte (fl. 116v.).

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    O Ministrio Pblico, pelo eminente Procurador de Justia Dr.

    Renato Vinhas Velasques, exarou parecer pelo conhecimento e provimento

    do agravo (fls. 118-119v.).

    Vieram os autos conclusos para julgamento.

    o relatrio.

    V O T O S

    DES. ANDR LUIZ PLANELLA VILLARINHO (RELATOR)

    Cuida-se de agravo em execuo interposto pelo apenado

    JAUDENE S. J. em face da deciso que indeferiu pedido de remio da

    pena pela leitura (fl. 25).

    O benefcio da remio est regulado pelo art. 126 da Lei de

    Execuo Penal, que, com as alteraes introduzidas pela Lei n. 12.433 de

    2011, prev a possibilidade de os apenados que cumprem pena em regime

    fechado ou semiaberto obterem a benesse pelo trabalho ou pelo estudo,

    constituido-se a medida em incentivo recuperao e reintegrao social

    daqueles que por perodo significativo se vm segregados da vida em

    sociedade.

    Assim dispe o aludido texto legal:

    Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poder remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execuo da pena. 1o A contagem de tempo referida no caput ser feita razo de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequncia escolar - atividade de ensino fundamental, mdio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificao profissional - divididas, no mnimo, em 3 (trs) dias; II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (trs) dias de trabalho.

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    2o As atividades de estudo a que se refere o 1o deste artigo podero ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distncia e devero ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. 3o Para fins de cumulao dos casos de remio, as horas dirias de trabalho e de estudo sero definidas de forma a se compatibilizarem. 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuar a beneficiar-se com a remio. 5o O tempo a remir em funo das horas de estudo ser acrescido de 1/3 (um tero) no caso de concluso do ensino fundamental, mdio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo rgo competente do sistema de educao. 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional podero remir, pela frequncia a curso de ensino regular ou de educao profissional, parte do tempo de execuo da pena ou do perodo de prova, observado o disposto no inciso I do 1o deste artigo. 7o O disposto neste artigo aplica-se s hipteses de priso cautelar. 8o A remio ser declarada pelo juiz da execuo, ouvidos o Ministrio Pblico e a defesa.

    A partir da alterao legislativa, foi expedida a Portaria

    Conjunta n. 276, de 20.06.2012, pelo Ministro Corregedor-Geral da Justia

    Federal e pelo Diretor-Geral do Departamento Penitencirio Nacional,

    disciplinando o Projeto da Remio pela Leitura no Sistema Penitencirio Federal.

    Ainda sobre o tema, o Conselho Nacional de Justia, a partir de

    experincias exitosas em alguns estados brasileiros, editou a

    Recomendao n. 44/2013, recomendando que as unidades prisionais

    estaduais e federais adotem medidas que estimulem a remio pela leitura,

    estabelecendo alguns critrios.

    Diante da ausncia de regulamentao pelo Estado do Rio

    Grande do Sul a ser seguida pelas unidades prisionais, o Juzo da Execuo

    Criminal da Vara de Execues Criminais da Comarca de Porto Alegre

    instaurou o Expediente n. 1060-13/000044-1, com o fim de estabelecer

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    PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA

    critrios objetivos para a concesso do benefcio, e, a partir da concluso no

    sentido de que, a partir do [...] teste de leitura feito com apenados do Presdio Central, para a remio de um dia de pena, o condenado dever ler um livro de 384

    pginas aproximadamente (fl. 95), expediu a seguinte recomendao, em

    12.09.2014 (fl. 106):

    [...]

    a) Haja controle da retirada da obra/livro pelo apenado, com meno data, o nome da obra/livro e, posteriormente entrega, cpia da resenha manuscrita do preso para arquivamento e controle;

    b) Ato contnuo, seja elaborado o correspondente Atestado de Efetiva Leitura e remetido a este juzo, que dever conter o nome da obra lida pelo apenado e o corresponde n de pginas, bem como o perodo em que ocorreu, observando-se que a cada obra/livro de 300 a 400 pginas ser concedido 01 (um) dia de remio. [...]

    Assim sendo, enquanto no regulamentada a matria pelo

    Estado, mostram-se adequados os parmetros estabelecidos pelo

    magistrado titular da Vara de Execues Criminais da Comarca de Porto

    Alegre, tendo em vista que fixados a partir do resultado de informaes

    colhidas com base na realidade local, conforme se verifica do contedo da

    promoo do Ministrio Pblico acostada s fls. 96 e verso:

    [...]

    Do que se depreende dos documentos juntados s fls. 61/63, foram realizados testes de leitura com 5 (cinco) apenados integrantes de outro projeto, qual seja, o denominado Direito no Crcere, em execuo no PCPA, a partir do que foi possvel apurar que a mdia de leitura dos detentos Galeria E1 do Presdio Central de Porto Alegre de 32 pginas por hora.

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    A partir de tais informaes, chegou-se constatao de que, para complementar 12 horas de leitura, o preso deve ler um livro de 384 pginas.

    De considerar que o parmetro de 12 horas o utilizado para a remio pelo estudo quando o preso realiza atividade de ensino fundamental, mdio, inclusive profissionalizante, ou superior, a teor do disposto nos artigos 126 a 128 da Lei de Execues Penais. [...]

    Constata-se, assim, que, ao contrrio do que pretende fazer

    crer a Defesa, o critrio objetivo estabelecido pelo juzo da execuo no

    tem o condo de desestimular a remio pela leitura, ou mesmo de atribuir

    valor especial a determinadas obras em detrimento de outras, mas, sim,

    conforme j destacado, atendeu s peculiaridades dos apenados, levando

    em conta, ainda, o parmetro de 12 horas utilizado para a remio pelo

    estudo (presencial ou distncia).

    No obstante, considerando que significativa parte das obras

    literrias possui nmero de pginas inferior a 300 (patamar mnimo

    estabelecido), nada impede que o Juzo da Execuo, avaliando o caso

    concreto, analise a possibilidade de admitir que o n mnimo de pginas

    possa ser alcanado mediante a leitura de duas obras.

    Isto posto, nego provimento ao agravo em execuo.

    DES. LIZETE ANDREIS SEBBEN - De acordo com o Relator.

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    PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA

    DES. CRISTINA PEREIRA GONZALES - De acordo com o Relator.

    DES. ANDR LUIZ PLANELLA VILLARINHO - Presidente - Agravo em

    Execuo n 70064536394, Comarca de Porto Alegre: " UNANIMIDADE,

    NEGARAM PROVIMENTO AO AGRAVO EM EXECUO."

    Julgador de 1 Grau: SIDINEI JOSE BRZUSKA

  • Veja quem colaborou: Clarissa De Souza Ribeiro, Rosangela Penz, Adriano, Cintia Fritsch, Annimo, Maria Cndida Swytka Goulart, Lizete Flores, Luciane, Vyctoria Dalenogare Canal, Gilberto Brando dos Santos, Rita de Cssia Marques Knevitz, Carmelito Costa Gonzalez, Marciano Brezolin, Alessandra Nunes, Aline Cristina Eloy, NATACHA TAILANA DA SILVA RIBEIRO,Ana Berni Helebrandt, Camila Tamanquevis dos Santos, Andrea Giovana Pesenti E Silva, Maria de Ftima Pereira Cassapo Dias Marques, Annimo, Bernardo Bonifcio Ferreira, Ctia Alves, IDA PAULA HENCKE XAVIER, Kate Lima de Lima, Carmela Grune, Julia Cristina Colisse, Ana Pedersen, Alvaro de Azevedo Gonzaga, Julio F Pedersen, Jair Borba, Lus Mauro Lin-denmeyer, Gizeli Belloli, Sabrina Rabeba, Conselho Penitencirio do Rio Grande do Sul, Tiago Herbert de Arajo, Maria Luiza Meirelles, Gina Ferreira Almeida, Carlos Alberto Souza, Cesar Dalsolio, Bruna Pazini Hoch, Lucas Paltian Machado, Annimos, Sabrina Rabeba.Assista os vdeos das obras:

    1) https://www.youtube.com/watch?v=xQL76nhDhHw2) https://www.youtube.com/watch?v=BoIv7diXCvs3) https://www.youtube.com/watch?v=vVx-hVLa5oM

    Reformas na Galeria e no Ptio E

    Desenho de projeto para reforma do telhado feito pela arquiteta voluntria Rachel Adolpho - foram mais de quarenta pessoas que doaram recursos e materiais de construo para colocao do novo piso externo,

    telhado, madeiramento, porta e basculante do banheiro.

  • Veja quem colaborou: Carlos Vincius De Oliveira Carpes, Jos Rodrigo Rodriguez, Silvia Letcia Monteiro, Ana Paula Matta, Berenice Janaviech, Rafael Romadam,Rodrigo Ribeiro Rodrigues, ANONIMO, Carlos Bai-lon, Carmelito Gonzalez, Eliane Carvalho, Ernani Pedra, Fatima Duarte, Grabriela Luft, Gabriela Tedesco dos Santos, Helena Schoffer Ramos, Heleniel Xavier Costa, Lia Medeiros, Luciana Dias da Silva, Maria RegiNa S., Renam Nunes, Roseli Message, Tuanny Goulart, Victor Achylles Moraes Santos, Acauan de Azevedo Nunes, Adriano Arago, Adriano Freire, Alessandra Nunes, Amanda Rafaela Moreira de Castilho, Caroline Borges, Diana Benites, Guilherme Pietroski, Isis Sieverdt Arce, Jerson Fernandes Prto, Jorge Cidade, Jose Mauricio, Julia Colisse, Letcia de Souza Furtado, Luiza Xavier, Manuel Feio, Mara Minatto, Marcia Rubia, Marciano Brezolin,Maria Cristina dos Santos, Maria Jocelaine da Rosa Rodrigues, Maria Susana Lira, Natache Ruaro, Pedro Luiz Rech, RAFAEL SPINELLI, Ricardo Anele, Rodrigo Silveira da Rosa, Rosane Gava, Rosangela Penz, Selma Vitt Salinez,Simone Curth, Sidinei Brzuska, Tania Maria de Mello, Tomazescki, Crislaine Zan-galli,Deonir Zangalli, Ana Berni, Paulo Tomczyk, Felipe de Oliveira, Fernando Costa, Julia Pletsch, Luis Spa-doni, Luiza Ribeiro, Jocilie Nazari, Ernani Chappeus, ANONIMO, Mara Regina, Carmelito Gonzalez, Marilei Lopes, Renan Pilla, Maria Cristina Sulzbach, Regina Celia, Fernanda Kach, Carine, Flavia Felie, Rosane Michalski, Ricardo Breier, Selma Vitt Salinez, Helena Ramos, Heloine Stropanoni, Tiago Herbert de Arajo, Carmela Grune, Ana Pedersen, Alexandre Brando Gallo, Andr Rocha, Fernando Costa. Escute os audios:

    1) Entrevista do Programa H Voz no Crcere entrevistou o andarilho Camaro - https://soundcloud.com/direitonocarcere/radio-ha-voz-no-carcere-programa-perfil-o-andarilho-2 ;2) Msica Reflita, de Tiago Monte - https://soundcloud.com/direitonocarcere/musica-reflita-projeto-direito-no-carcere

    Campanha Kit Gravao de Adio Porttil

    O projeto Direito no Crcere realizou campanha para arrecadao financeira a fim de possibilitar a aquisio de um kit para gravao de udio porttil, com o objetivo de registrar as composies musicais,

    gravao dos programas da Rdio H Voz no Crcere, obtendo sucesso com mais de 90 participantes voluntrios.

  • Caroline Razia Fruet O projeto lindo e tem tudo a ver com meus ideais. Desde que tive conhecimento venho acompa-nhando. Acredito que com o mnimo pos-svel que cada um possa colaborar, j enri-quece mais ainda e desperta o interesse de mais cidados, possibilitando a ampliao de trabalhos como esse em outros locais do pas e at fora. Seria muito gratifican-te fazer parte disso, embora more longe, tenho condies de acompanhar sempre que possvel as atividades.

    Guilherme Baziewicz de Carvalho e Silva Colaborar para a educao e instruo dos apenados como forma de garantia de uma nova perspectiva de vida.

    Fernando Rosemberg Cidadania

    Sara Thalita Ribeiro de Magalhes Trabalho com adolescentes em medida so-cio-educativa e gosto do que fao, sei que muitos direitos destes adolescentes esto sendo negados.

    Gabriela Adornes Gallas Eu acredito que exista um outro lado para as pessoas que esto no crcere, e que a maior parte delas esto porque a nossa sociedade no promove a motivao e oportunidades su-ficientes pra todos, incluindo essas pessoas no mundo da criminalidade, dando a elas um nico caminho. Sendo assim, elas so vtimas de uma sociedade que as construiu e as colocou em um lugar geralmente desumano, que no promo-ve a igualdade, no promove a incluso, muito mesmo a ressocializao do indivduo que habita este lugar, acentuando as desigualdades, a excluso e a marginalizao. Acredito que essas pessoas podem sim ser muito mais caso as oportunidades a elas sejam apresentadas, e eu gostaria muito de fazer parte disso.

    Gabriela Gerson Feldens Sou estudante de Mestrado do ppg em Cincias Criminais da PUCRS e tive a sorte de, ao longo do meu caminho, ter topado com professores, chefes (desembargadores, advogados) e outras figuras que abriram meus olhos para a realidade carcerria brasileira, a gritante seletividade penal e a urgncia em se fazer algo a respeito, no sentido de transpor as inquietudes tericas para uma realidade palpvel. Faz tempo que acompanho o trabalho de vocs, assim como outros projetos, sempre via youtube e redes sociais - ou seja, honestamente, at agora venho estado margem da verdadeira ajuda e mo na mas-sa. Mas acho que chegou a hora de ajudar e tenho muita disposio nesse sentido. No sei exatamente em que posso ser til, mas tenho vontade e disposio. Espero ajudar.

    Depoimento de voluntrios cadastrados

  • Marcia Eli Avila Froehlich Por que acredito que ninguem esta la por que quer, passo todos os dias por la e isso mexe muito comigo, acredito que as pessoas tem que pagarem pelos seus erros, mas tem direito que durante a pena , ainda se tornem humanos e cidados, se antes a sociedade tambem lhe negou isso , que no continuem, sou considerado pelos meus colegas garantista, no sei, so sei que que acredito na recuperao destas pessoas, se a sociedade no amontar eles nesses depositos de lixo , que so os presidios. E eu , como cidad , acho que posso fazer a minha parte, pois no acredito em pena de morte e nem aumentar a maiori-dade penal.

    Guido Clademir Marmitt acho que euma divida que a sociedade tem com aqueles que fazem parte dela e disso depende de uma paz social que infelismente nossos governantes nao partilham e muito pouco interres-sa resolver pois os mesmos vivem em ilhas protegidos pe de cheio las suas estruras de classe economica e ati-gem a populaao mais pobres.nao podemos so ficar omisso mou criticado temos e devemos ajudar a mudar estas barbari que nos atige a todos.

    Liliane Garcia Rufino O sistema punitivo no em nada eficaz nem no que diz respeito a manuteno da segurana pblica e nem em sua proposta scio-educativa, por isso acredito ser importante a participao da comunidade na conscientizao do sistema em que vivemos e principalmente para amenizar seus malefcios, buscando a garantia de direitos e dignidade aos que cumprem pena com restrio de liberdade.

    Felipe Monteiro Minotto No contexto social em que me encontro, cabea pensante da sociedade, conexo ao interesse incessante pela cincia do Direito Penal/Processo Penal sob o vis Garantista percebo que ainda vivemos num meio onde o preso visto apenas pela sua temtica sociolgica de encarceramento, esquecen-do-se de que, uma vez estimulado(especialmente com a ajuda de projetos socias como o Direito no Crcere), este pode vir a se regenerar e reintegrar-se ao meio social.

    Itamor Rodrigues Nos sentimos responsveis em construir uma sociedade justa e igualitria.

    Roberta Lopes Rodrigues Desde minha formao no Direito tenho proximidade e afinidade com a rea penal e principalmente na viso de insero do apenado na sociedade como lhe de direito. Nunca cheguei atuar em Direito processual penal e acabei encontrando na psicologia social comunitria aquilo que realmen-te desejava fazer. Por isso tudo, tenho interesse no projeto.

    Andrea Camargo Rodrigues Implementar novas polticas para melhorar a vida no crcere que serviro para a vida ps priso, tentando se evitar a reincidncia, entre vrias outras ideias.

    Carla Oliveira Jacques Minha motivao vem de inquietaes pessoais. Cursei Relaes Internacionais por ter grande interesse em conhecer outras formas de pensamento, filosofia, psicologia, sociologia, direito e cultura...porm, minha rea de atuao estava se vinculando com empresas multinacionais de forma muito mercadolgica e de planejamento, e descobri que isso no fazia meu olho brilhar. Me interesso pelas pessoas, como elas pensam, e almejo conseguir de alguma forma, contribuir para fazer do mundo um mundo melhor. E, aps comear meus estudos na fotografia e nas artes, descobri que a arte faz com que vejamos o mundo e a ns mesmos de forma diferente. Ela nos pede para enxergar, e no apenas olhar - ou em muitas vezes igno-rar - as pessoas. Isso me fascina. E acredito que todos temos o direito de sermos melhores. Sem julgamentos, sem preconceitos e, acima de tudo, saber que se vivemos em um mundo desigual e violento, por causa do sistema que alimentamos em nossa sociedade. E me di muito saber que Porto Alegre tem uma estrutura e sistema carcerrio to precrio. Trabalhando com os quilombos, vejo minhas crianas negras serem margina-lizadas o tempo inteiro. Me di ver pessoas que acreditam que a soluo prender nossas crianas mais cedo, amarrar os jovens negros em postes. Minha motivao para conhecer o projeto Direito no Crcere vem de encontro com o que fomento para minha vida, de elaborao de aes no terceiro setor e no ensino. Foi aps ouvir pessoas argumentando que se nos importvamos tanto com os bandidos, devamos adotar um. Espero

  • que consiga trabalhar junto deles. Mas na verdade, sei que quem me adotaria seriam eles. Quem mais aprende com tudo isso somos ns, e, trocan-do experincias e ajuda, tenho certeza que podemos fazer um mundo mais justo e pacfico.

    Juliana Pires Giacobo Fao Direito e estagiei um perodo em uma promotoria criminal, no MP. Nessa experiencia, vi as coisas por outro lado, o qual no consigo compreender. Fiz diversas promoes minis-teriais, na maioria das vezes questionando se aquilo estava certo. Por fim, pude concluir que aquilo no servia para mim. Eu no acredito que condenar todo mundo v ser a soluo para um pas com menos violncia. Portanto, prefiro ajudar os que j esto condenados, pois sei que assim h efetivas chances de diminuir a reincidncia e proteger os direitos humanos, os quais parecem no serem lembrados naquelas promoes que eu costumava fazer....

    Marcela Frota Variani Minha motivao a vontade de mudar a realidade em que se encontram os detentos. Minha vontade parte do princpio de que no existe nada pior do que no fazer nada, porque s se pode fazer um pouco. Minha vontade surge quando percebo que, em nossa sociedade, as pessoas se preocupam com a vingana, e no com a justia. Minha vontade vem da minha crena de que todas as pessoas merecem uma segunda chance, por mais que tenham errado, porque, afinal, todos ns erramos. Minha motivao a de tentar tornar as palavras bonitas do artigo quinto da constituio mais prximas da realidade.

    Bruna Ferrary Deniz Acredito que a ressocializao a melhor ferramenta para a diminuio de crimes. Muitas pessoas nunca tiveram oportunidades ou no conseguiram aproveit-las, mas isso no significa que elas no meream mais uma chance. Infelizmente, nosso sistema carcerrio trata os detentos de forma desu-mana, no cumprindo seu papel de devolv-los a sociedade. Acredito que so vrios erros nesse ciclo, mas penso que podemos fazer a nossa parte para tentar melhor-lo. Ainda mais nessa triste onda de justiceiros que ocorre no nosso pas.

    Rodrigo Taquati de Oliveira Com disse, se cada cidado fizer sua parte, poderemos tornar essa sociedade mais equilibrada e menos desigual. Sem contar, que muitas pessoas que esto encarceradas atualmente, pos-suem inmeras dvidas e acredito que o conhecimento nesses casos, pode ser uma facilitador at mesmo na reabilitao/ressocializao.

    Desiree Ferrary Deniz O que me motiva participar do projeto Direito no Crcere a desigualdade social que existe no pas. Pois, sabido que as pessoas humildes so esquecidas pelo Sistema. Ainda mais tratando-se de de indivduos no cumprimento de pena. Estes sim, so tirados da sociedade para uma ressocializao que no existe, sem nenhum apoio jurdico, tendo em vista que so poucos defensores pblicos para a grande populao carcerria e,assim, no sendo possvel dar a devida ateno para que o apenado tenha um devi-do processo legal; fora o estabelecimento precrio que so os presdios, fata de higiene, estrutura, acompa-nhamento psicolgico e mdico. Acredito que se cada pessoa puder ajudar as minorias, isso far com que a violncia diminua e estimular as pessoas que esto sendo ajudadas a achar um novo caminho. Basicamente

  • o que me motiva.

    Kassiandra Kelly Zat Para fins de trabalho acadmico, mas tambm pelo interesse da aplicao dos Direitos Humanos no mbito criminal.

    Sergio Luis Bastos Nunes Minha motivao dar minha contribuio cumprindo meu de-ver csmico de ajudar , de pensar , de promover ,de perseverar e de fazer com auxilio de irmos e amigos a serem convocados por mim ,convocados por minha iniciativa de fazer de forma conjunta ,planejada orde-nada e poltica a fomentao e discriminao de idias , politicas e aes para promover a igualdade e o bem estar daqueles que se encontram discriminados, enfermos , injustiados , excludos e sem esperana de igualdade e esquecidos pela justia em todos os mbitos, ha que se fazer projetos para promover o de-senvolvimento ecologicamente sustentvel para erradicar com a misria ,com a fome gerando e distribuindo renda com o auxilio do capital privado da sociedade e com o uso de verbas pblicas as quais no esto sendo bem aproveitadas pela CEF ,pelo Banco do Brasil e pelo BNDS e demais orgos ligados ao financiamento do desenvolvimento humano no Brasil preciso buscar Apoio Tecnolgico dos Institutos de Pesquisa e das Universidades para Alavancar Projetos de Promoo da Igualdade e Cidadania alavancados pela Produo Solidria Lucrativa Ecolgica e Sustentvel de Alimentos por meio de cooperativas segmentadas em ncleos de Produo visando tambm a terapia e a regenerao dos problemas sociais e familiares de nossa Sociedade Moderna . Meu objetivo usar ferramentas tecnolgicas integradas para fomentar e auxiliar na Ela-borao de Anteprojetos e Projetos de Engenharia(Ao Prtica) em Politicas Pblicas de Desenvolvimento Ecologicamente Sustentvel Solidrio Cooperativado em Atividade de Psicultura Consorciada a Fruticultura ,Avicultura ,Suno Cultura e Atividades Agrrias em Geral Aplicveis como Meio de Desenvolvimento Sus-tentvel e Terapias de Recuperao da Populao Excluda no Rio Grande do Sul e no Brasil .

    Ruthilia Ferreira Barbosa O desejo de construir um futuro no oferecido pelo Estado. A certeza de que a ressocializao a melhor maneira de resolver o problema dos que j ingressaram na vida delituosa. A paixo por esse tema, que me comove e me enche de fs todos os dias que saio de casa.

    Las C. Pereira Minha me foi professora e sempre fui criada achando que quando temos conhecimento e possibilidades, em qualquer rea profissional escolhida, podemos contribuir para que outras pessoas possam ter ao menos a chance de outras oportunidades melhores,vez que s vezes por desconhecer os resultados de suas decises, esquecem de suas consequncias...Como advogada e cidad, tambm quero contribuir para uma sociedade melhor, porque s vezes levando de uma maneira la Paulo Freire o Direito, ele pode ser utilizado como um objeto de transformao social.

    Carolina Martins dos Santos Desde o incio da graduao me identifiquei com o setor penitencirio. Acredi-to que os motivos do encarceramento so em virtude do sistema no qual vivemos. Tenho por objetivo auxiliar as pessoas privadas de liberdade no que tange a igualdade de direitos, liberdade de expresso e oportunidades na sociedade ao sarem do crcere.

    Taysa Schiocchet Lidero um Grupo de pesquisa junto ao PPGD da UNISINOS, onde sou professora, denominado |BioTecJus|. Trabalhamos com projetos de pesquisa terica e emprica, bem como projetos de extensionismo e interveno social. Dentre os temas, atualmente nossos projetos tratam do uso de perfis genticos para fins de persecuo criminal, bem como direitos sexuais e reprodutivos, dentre eles, o direito visitas ntimas. Diante disso, considero que poderamos unir esforos no sentido de fortalecer iniciativas que estejam voltadas a grupos comuns. De todo modo, escrevo mais concretamente pois propus minha turma de Direitos humanos da Graduao em Direito a realizao de um projeto de interveno social denomi-nado Concretizao dos direitos humanos. E um dos grupos props realizar o trabalho com vocs. Espero que o grupo possa conhecer melhor o trabalho de vocs, divulgar entre os demais colegas e contribuir de alguma maneira concreta com o projeto. Elas so a Kassiandra, Amanda e Andrea e Sofia.

  • Josianne Pagliuca dos Santos Comecei a participar do grupo de extenso universitria SAJU - Crcere, na Faculdade de Direito da USP e vejo que temos muito que fazer por essa populao que ignorada pela sociedade.

    Paulo Henrique Sampaio Minha motivao que hoje sou Coordenador de Recursos Humanos de uma indstria txtil e enfrento muitos pro-blemas de lcool na empresa.. e Infelizmente j tive um irmo envolvido com trfico e que acabou falecendo... e pior ainda..meu filho dependente de maconha e no admite parar...

    Adriana Dorfman a violncia na sociedade brasileira nunca termina de me espantar. o silncio sobre essa violncia preconceituosa uma forma de perpetu-la. a poltica se faz com pessoas: gostaria de me aliar a esses que esto no centro da violncia para aprender com eles que mundo esse em que vivemos.

    Daniele Silva da Silva Sou estudante de direito do 6 semestre, fiz estgio durante 3 anos em uma Delegacia, vi muitos polciais (nem todos) tratando eles sem o mnimo de respeito. Estou para comear o projeto de tcc e me chama muito a ateno o teu trabalho, acredito na ressocializao do preso e tambm que ele tem que ter dignidade e acesso aos direitos fundamentais, no acredito que o melhor jogar ele la dentro, tratar de qualquer jeito, pois ao invs de recuper-lo ele sair pior do que entrou. Queria muito acompanhar teu tra-balho para ter acesso a essa realidade, poder participar e escrever meu tcc, ter mais conhecimento e comear

  • a escrever artigos. Acompanho meu namorado que atua nessa linha de pesquisa e orientado do Jos Geral-do Sousa Junior e isso vem me despertando muito interesse e vontade de escrever sobre isso, porm preciso conhecer, ter uma ajuda.

    Daniele Silva da Silva Sou estudante de direito do 6 semestre, fiz estgio durante 3 anos em uma Delegacia, vi muitos polciais (nem todos) tratando eles sem o mnimo de respeito. Estou para comear o projeto de tcc e me chama muito a ateno o teu trabalho, acredito na ressocializao do preso e tambm que ele tem que ter dignidade e acesso aos direitos fundamentais, no acredito que o melhor jogar ele la dentro, tratar de qualquer jeito, pois ao invs de recuper-lo ele sair pior do que entrou. Queria muito acompanhar teu tra-balho para ter acesso a essa realidade, poder participar e escrever meu tcc, ter mais conhecimento e comear a escrever artigos. Acompanho meu namorado que atua nessa linha de pesquisa e orientado do Jos Geral-do Sousa Junior e isso vem me despertando muito interesse e vontade de escrever sobre isso, porm preciso conhecer, ter uma ajuda.

    Grson Lus da Cunha J tive problemas de encontrar meu lugar na sociedade, quando bem jovem. Sei que d pra voltar e vou de forma simples, rpida e eficiente demonstrar isso.Daniele Silva da Silva A principal motivao para querer participar a de saber que posso ajudar algum, que a maior parte da sociedade no se importa.

    Bruna Schlindwein Zeni Admirao pelo projeto, seus resultados, e pela sua idealizadora.

    Luciana Trindade da Silva Pela minha formao ser sempre voltada aos Direitos Humanos. Por ter par-ticipado do Projeto de Extenso do IPA Direitos Humanos do Preso. Tenho trabalhado com os meninos da FASE do Projeto Pescar e tenho visto resultados. Por acreditar que possvel a ressocializao do preso quan-do h o respeito pelos direitos humanos.

    Jaqueline Maria Bezerra Ferreira H 15 anos que estou engajada na Luta Manicomial, h um ano me engajei na EMERJ onde pude conferir que a questo prisional algo pior, seno semelhante. Participei por seis meses de uma aula sobre criminologia com a Professora Vera Malagutti, na UERJ. Minha motivao existencial, fao parte da Luta pelo desencarceramento humano. Escrevo sobre Misoginia (encarceramento feminino )

    Karoline Borges Camacho Conhecer profundamente o tema, poder auxiliar e divulgar para a sociedade a realidade do nosso sistema carcerrio.

    Paulo Tomczyk Acho que vivemos em uma poca miservel, numa crise moral em que nem a lite-ratura nem a msica ou outro meio qualquer de expresso respondem as nossas expectativas, Estou vendo um maremoto de propores gigantes que se ergue dentro de ns e fora de ns, e que causa desgastes prin-cipalmente em nosso interior, mas que se expressa cada vez mais na realidade cotidiana-exterior. Uma onda gigantesca, que obriga todos a se agarrarem cada um de seu modo e no importa qual galho ou caixa de laranja trazidos por essa torrente impetuosa que engole todos os pontos de referncia e tudo o que trazemos dentro de ns. No entanto, mesmo nessas circunstncias, as pessoas continuam a defender suas posies como progressistas ou conservadores. Uma atuao mais aberta, mais atual exigem que as pessoas aban-donem as suas diretrizes tradicionais e, principalmente, que revejam o conceito de viver independente, um valor inalienvel apartado do mundo, acabando desse modo, com o poder absoluto, o que justifica a enorme desconfiana de uma sociedade profundamente individualizada. Me considero um pensador de acontecimen-tos sonoros que tornam a vida mais palpvel, organizar pensamentos de modo que as pessoas possam esque-cer por um momento de suas diferenas ideolgicas. Tocar as pessoas em suas essncias obriga-as a se conec-tarem, a assumir riscos. No disso que se trata? Cada aspecto da sociedade da sociedade individualizado e levado ao seu limite a ponto de ultrapassar os limites do que pode ser administrado. Veja-se os bancos, as

  • indstrias do petrleo, os governos, a rea hospitalar e at mesmo os setores da ecologia, da comercializao justa, do desenvolvimento pessoal. Tudo pode ser considerado um alvo. Falta uma ideia global, um padro de referncia que fornea um rumo a ser seguido. As conferncias internacionais, as Naes Unidas, as reunies de dirigentes, todas elas tentam melhorar o conjunto: ora, parece que todos esto construindo sua prpria torre de Babel a fim de no perder o apoio de seus partidrios. Na cano de Leonardo Cohen Voltando para casa, pelo menos o que ele diz na cano. Sem nenhum peso sobre os ombros, tranquilo. Talvez amanh, l tudo seja melhor do que antes. Ele bem que gostaria de escrever mais uma cano sobre o amor, sobre o per-do, ou sobre o fracasso: como um grito que ultrapasse todo e qualquer sofrimento, um sacrifcio que curaria tudo... Mas no! Para isso a luz no precisa dele. A luz quer libert-lo, faz-lo compreender que no carrega nenhum peso, no necessita de viso, mas sim, precisa fazer o que lhe pedido servir os outros, partilhar, transmitir o que a luz lhe oferece. Momento crucial em que o orgulho se transforme em auto-entrega, em que mais nenhuma ideia pessoal intervenha. Fazer o que necessrio, com toda a simplicidade, servir os outros. No difcil. Mas como profundo! Realmente no tem limites. Afinal, qual o significado de termos sido criados? Ser ou existir sem mais nem menos?

    Gabriela Maciel de Verissimo J acompanho h bastante tempo e adoro

    JOHN MAICON BRASIL DA SILVEIRA AUTODESENVOLVIMENTO.

    Andre Kologeski Ver uma pessoa ser ressocializada. No somente naquilo que as pessoas acreditam que o certo, mas ajudar esta pessoa a encontrar um bom sentido para a sua prpria vida.Jess Vargas Brasil PARA O COLETIVO DE ARTE E MUSICA CAIXA TAPE A MAIOR MOTIVAO PODER PASSAR EXPERIENCIAS E TCNICAS PARA OS DEMAIS, PODENDO ASSIM LEVAR ALE-GRIA DA MUSICA E AS CORES DO GRAFFITI PARA O SISTEMA PRISIONAL.

  • Jssica de Vargas So tantos os motivos. Mas acho que ajudar de alguma forma outras pessoas j extremamente gratificante e recompensador. Aprender todos os dias com realidades diferentes da nossas sempre uma evoluo! E tenho certeza que eu como pessoa irei amadurecer e crescer muito!

    Dbora Raissa Moutinho Adquirir experincias e conhecimentos alm de poder ajudar como voluntria.

    Raphael Pacheco Seabra Pereira da Silva Acho que a maior motivao seria a esperana de construir uma sociedade mais equilibrada e justa. Se no lutarmos, nada muda. Como dizia Tolstoi: se queres mudar o mundo, comea por pintar tua prpria aldeia.

    Andria Scheffer Sempre me interessei pelo projeto e h tempos acompanho pelas redes sociais, acho um belo projeto que merece apoio.

    Camila Nunes de Souza Trabalho com educao popular e vejo o quanto ela pode ser libertadora; o principal meio de incluso social.

    iris fritzen andrade Por j desenvolver trabalho filantrpico em Apaes, Instituies Geritricas e hospitais e saber do resultado que a msica tem nas pessoas que recebem a ateno, tenho interesse de levar minha arte ao Direito no Crcere, acreditando no resgate dos contemplados pelo projeto. A transformao recproca e ir agregar-me como ser humano e como musicista. Sendo violinista erudita, acredito que os membros do projeto tem igual direito de acesso ao repertrio praticado nas salas de concerto e espero poder proporcionar isso a eles.

    hyanka gonalves dos santos a fora em que o projeto esta surgindo, o essncia.

    Mariana de Oliveira Camargo A partir da minha experincia prtica na advocacia criminal, tenho me de-parado com diversas situaes de pessoas que so, efetivamente, usurios de drogas, mas que foram presas preventivamente em funo de terem sido, erroneamente, classificadas como traficantes e, por isso, incursas no delito que consta do art. 33 da L. 11.343. Ocorre que, o que tais pessoas, em verdade, necessitam de tra-tamento para sua dependncia qumica, uma vez que essa , inclusive, vista pela medicina como uma doena, possuindo nmero e nome especfico na classificao internacional de doenas (CID 10 F19 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de mltiplas drogas e ao uso de outras substncias psicoativas). Muitos dependentes no sabem ou negam que o so, mas nem por isso merecem ser segregados por serem doentes. Quer-se dizer com isso que, claramente, tal questo concerne sade pblica e no ao direito penal. hora de tais pessoas serem tratadas, em funo de serem portadoras de uma doena, e no serem tidas como criminosas, muito antes pelo contrrio! Nos processos em que sou procuradora, tenho feito pedidos de liberdade, ou habeas corpus, no intuito de demonstrar ao juzo que tais pessoas so, em verdade, usurias (e no traficantes) e merecem tratamento adequado. Para tanto, instruo meus clientes que por trfico esto presos (quando em verdade so usurios, leia-se, dependentes) que frequentem s reunies de Narcticos Annimos (caso tenham interesse), as quais acontecem dentro do Presdio Central. Ainda, algario provas de que (se for o caso), tal pessoa j esteve internada em instituio para dependentes, demonstro que faz (ou que deveria fazer) uso de medicamentos, recolho depoimentos dos familiares alegando o problema. Enfim, tudo na tentativa de prover s pessoas nesta situao a sua liberdade, associada ao posterior (quando da liberdade) tratamento para a doena da dependncia qumica. Alguns juzes j vem aceitando isso que no se trata de uma tese, mas sim de um fato, sobre o qual a sociedade est tendo que lidar cada vez mais: a dependncia qumica. Essa uma doena e deve ser tratada como tal. No um caso de direito penal. um caso de sade pblica! O Poder Judicirio no presta para prover aquilo que dependentes necessitam quando encaminha-dos aos presdios. Muito antes pelo contrrio. Quando segregados, estes dependentes acabam fazendo tanto uso de drogas quanto faziam na rua... ou at mais ( fato notrio que dentro das instituies prisionais o consumo de drogas constante. preciso saber-se diferenciar o real traficante do usurio pesado de drogas.

  • Portanto, neste trabalho voluntrio que se pretende fazer junto ao Projeto Direito no Crcere, quero de-monstrar a esses dependentes qumicos (usurios) classificados pelo sistema penal como traficantes, que eles tem o direito de pleitear junto ao judicirio a sua liberdade, associada ao tratamento adequando para tanto, o qual se pode dar tanto em clnicas de reabilitao, quanto junto aos grupos de auto-ajuda de Narcticos Annimos. Como advogada criminalista, me proponho a, voluntariamente, analisar os casos daqueles que se enquadram no contexto aqui descrito e que se interessarem pela liberdade associada ao tratamento. Caso haja interessados para tanto, dentro de um nmero razovel, posso tentar fazer prova de que se tratam, em verda-de de usurios e no de traficantes e solicitar ao juzo que se conceda a liberdade. Essa a motivao que tenho em participar do Projeto Direito no Crcere e que, sinceramente, espero que seja aceita.

    Fernanda Lucas Fiquei conhecendo o projeto a pouco tempo e me interessei muito. Minha motivao se d, por que compartilho da mesma ideia que a Coordenao do projeto. Temos que mudar primeiro o modo de pensar da sociedade e da mesma forma no desamparar os que precisam ser inseridos novamente na rua, aps o cumprimento de sua pena. Precisamos que os direitos dos presos sejam respeitados e da mes-ma forma quando estes forem para rua. Somos todos iguais.

    Daniel Schaly Maia de Medeiros Pithan Conhecer a realidade e entender de que forma poderia auxiliar.

    liana roxo vieira Tenho interesse nesses projetos sociais e em trabalhar com essa populao.

    Jiniani Migueline dos Santos Pelo assunto que me interesso, e pelo projeto que achei interessante.

    Ricardo Lejes Pereira Ajudar pessoas com o conhecimento que tenho. Compartilhamento de ideias e de co-nhecimento para colaborar de forma efetiva em atividades que realmente faa a diferena para quem precisa de um novo horizonte.

    roger william ribeiro de souza acredito que o teatro uma das ferramentas de transformar as pessoas na sociedade.uma forma de colocarmos no nosso corpo tudo aquilo que pensamos e refletir a partir das nossas atuaes como indivduo dentro e fora do teatro...Acredito que participando desse projeto vou aprender mui-to com os presos...

    Eduarda Vaz Corral Sempre me interessei sobre assuntos relacionados ao crcere. Acredito que a razo de as coisas terem tomado essa proporo social o esquecimento do crcere, o banimento dessas pessoas da sociedade, por isso acredito que a contribuio social, atravs do voluntariado pode ajudar a trazer um pouco de dignidade a estas pessoas que, hoje, esto esquecidas pela sociedade.

    Rosivane Batista Por ter dois irmao presos e saber das condicoes dos presidios.

    Renato Nunes Dorneles Admiro este e todos os projetos que visam a (re)incluso de detentos na socie-dade. Gostaria muito de dar a minha cota de participao.

    Nadine Raffainer Todeschini Minha motivao em participar deste projeto consiste, no apenas, na minha paixo pelo direito penal, rea de minha preferncia desde o incio da faculdade, mas, principalmente, na grandeza do trabalho que vem sendo desenvolvido. Este projeto coloca todo o preconceito de lado, enalte-cendo o indivduo como ser humano, dando a assistncia e oportunidade para aqueles que foram excludos e esquecidos pela sociedade e pelo Estado.

    Caroline Schmidt Acredito no tratamento humanitrio aos presidirios e sua capacitao intelectual e profissional como o meio mais eficaz de ressocializao. Cursarei Direito na universidade e quero me integrar

  • ao mximo com o sistema carcerrio aqum da teoria.

    Josiana Alves Mota Meu pai militar 35 anos de brigada militar viveu os anos da ditadura e sempre ensi-nou que todo ser humano merece uma segunda chance.

    CARLOS ARQUIMEDES RODRIGUES Lembrai-vos dos encarcerados, como se vs mesmos estivs-seis presos com eles. E dos maltratados, como se habitsseis no mesmo corpo com eles. (Hb 13, 3) No Brasil as prises podem ser consideradas como um dos piores lugares em que o ser humano pode viver. Elas esto abarrotadas, sem condies dignas de vida, e menos ainda de aprendizado para o apenado. Os de-tentos por essas condies se sentem muitas vezes desestimulados a se recuperarem e sem estima para a vida quando de sua volta sociedade, dessa maneira quando a ela retornam continuam a praticar os diversos tipos de crimes. Recuperao, ressocializao, readaptao, reinsero, reeducao social, reabilitao de modo geral so sin-nimos que dizem respeito ao conjunto de atributos que me fez participar deste projeto.

    ALESSANDRA DOS SANTOS E MOREIRA Por acreditar que, e possvel os sujeitos privados de liberdade se tornarem pessoas responsveis pela sua prpria transformao da realidade da qual esta inserido, Kathy Torma Promover conhecimento na ao participativa colaborativa para o desenvolvimento humano.

    JOHN MAICON BRASIL DA SILVEIRA Acreditar na ressocializao.

    Taysa Schiocchet Contribuir academicamente com os projetos que esto em andamento a partir da mi-nha atuao junto ao PPG-Direito Unisinos.

    JARDEL PIAS BORGES AJUDAR OS PRESOS A OBTEREM OS BENEFCIOS A QUE FAZEM JUS DENTRO DA LEI DE EXECUO PENAL.

  • Larissa Wermann Conheci o Pro-jeto ainda bem no incio da faculdade e fiquei simplesmente apaixonada. Sempre foi uma causa que eu me interessei e no sabia exatamente qual contribuio po-deria dar. Surgindo a oportunidade do voluntariado, quero muito poder ajudar a fazer alguma diferena na reconstru-o (!!!) da vida dessas pessoas, que so praticamente excludas da sociedade e ficam sem receber o aporte necessrio para a ressocializao. Quero poder abraar a causa e continuar acreditando, acima de tudo, nas pessoas.Victria Participei como ouvinte de uma das edies do projeto e achei a iniciativa incrvel e gostaria de poder colaborar de alguma forma.

    Janaina Fassinato Pio de Almeida Sou estudante de psicologia e sempre desenvolvi trabalhos na rea da educao e alguns projetos nos presdios Madre Pelletier e Central o que fez eu me identificar muito e querer contribuir de alguma forma para promoo de direitos humanos. Realizei um estgio em 2014 no Conselho Penitencirio -programa de acolhimento aos egressos em LC o que fez com que me apaixonasse pelo traba-lho. Atualmente sou educadora do Programa Aprendi Legal do CIEE dentro da FASE Cruzeiro do Sul. Acre-dito que o projeto Direito no Crcere agregar muita experincia e que poderei contribuir de alguma forma.

  • Dandara Schmidt de Oliveira Acho uma atitude bacana e apoio a ideia, devemos prestar mais ateno nessa parte da populao, incentivando e ajudando os detentos. Sempre quis fazer parte de um projeto voluntrio envolvendo estas pessoas e me identifiquei muito com o trabalho do Direito no Crcere!

    Dandara Schmidt de Oliveira Sempre tive interesse em ajudar detentos, porm, c entre ns, a maioria da so-ciedade no apoia muito. Com dificuldades de ir alm, sempre fiquei s na vontade. Porm, em uma pesquisa no google, encontrei o projeto Direito no Crcere e achei maravilhoso a iniciativa. Sinto que uma neces-sidade minha de ajudar estas pessoas, eles precisam desses incentivos e precisam estar cientes que podem e merecem ser ajudados!

    nilvane Raquel da Rosa Todos temos o direito de oportunidades e e devemos dar esta oportunidade de mudana e atravs da cultura e do esporte, tenho certeza que ser um meio de motivao para uma mudana e esperana de uma vida melhor.

    Caroline Carvalho da Silva Sempre tive interesse nesta rea e conhecer o projeto de perto pode ampliar os meus conhecimentos.

    Amanda Piccinini Osorio Gostaria de poder contribuir, de alguma forma, para fornecer melhores condi-es de vidas queles que esto presos.

    Camila Rosa Alvarez Alves Sempre me interessei pela participao no mundo do excludo, de forma que houvesse uma troca mutua entre os saberes, as experiencias. Mas principalmente um especial interesse em que aquele indivduo que se encontra nessa condio de excluso - seja ele carcerrio, morador de rua, pes-soal em situao de risco em geral - soubesse que tambm tem gente que quer ouvi-los, olh-los e senti-los

  • no com opresso, com desdm, ou ainda, como mero objeto de estudo,seno com um olhar de quem ve o outro como uma potencia para mudanas, como quem quer construir algo em parceria, para alm do que a historia individual de cada um carrega.

    Jos Augusto Pereira da Silva. Levar e transmitir alegria que a cultura popular Carnaval proporciona, dan-do ateno as pessoas que por muitas vezes so esquecidas pela sociedade.

    PAULA RITS HAMMEL SOARES HERTZOG Um trabalho voluntrio engrandece o esprito, torna mundo mais belo, oferece dignidade, acolhimento e oportunidades queles que, em vulnerabilidade social, encontram-se desprovidos de f e de esperana para continuar sua caminhada.

    Caroline Souza Emilio Acredito que a ressocializao um dever no s do Estado, mas de todos ns cida-dos. Por isso, devemos ajudar o prximo, praticando a solidariedade e contribuindo para que esses cidados presos sejam tratados dignamente e tenham seus direitos assegurados.

    Vera lcia de Lima Tavares Rodrigues reintegrar na sociedade quem est pagando ou j pagou por seus atos ilcitos.Quero poder ajud-los nesta etapa de vida.

  • Aps dois anos de Projeto Direito no Crcere a advogada voluntria Carmela Grune cria o Instituto Cultural Estado de Direito junto com a sua famlia para viabilizar recursos para manuteno e ampliao das aes

    sociais desenvolvidas no Presdio Central de Porto Alegre.

  • Aps um ano de criao do Instituto Cultural Estado de Direito a advogada voluntria Carmela Grune assina o primeiro Termo de Convnio com o

    Tribunal de Justia do Estado do Rio Grande do Sul

  • 13/07/2015 (6) Direito no Crcere

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    04/07/2015 II Encontro Direito no Crcere em Famlia

    Agradecer o apoio da VEPMA, Brigada Militar, Susepe, Ministrio Pblico,advogada Gizele Belloli, Ministro do TST Lelio Bentes e a todos osfamliares que contriburam para a realizao do segundo encontroDireito no Crcere em Famlia!

    Que venha o terceiro encontro!

    Publicado por CarMela Grne 6 de julho s 11:07

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    04/07/2015 II Encontro Direito no Crcere em Famlia

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    Direito no Crcere

    Olha que imagem linda dos estudantes recebendo a edio 46 do JornalEstado de Direito distribudo pelo professor MARIOLY OZE MENDES.Compartilhe conosco uma foto sua com o jornal tambm! Turma 1a.Fase Direito SINERGIA Navegantes SC! Foto do Professor Marioly.

    Publicado por CarMela Grne 21 min

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    Paula Hammel curtiu isso.

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    Cmara aprova limite a gasto de campanha e outrasalteraes em regras eleitoraisCmara aprova limite a gasto de campanha e outras alteraes em regraseleitorais 13 de julho de 2015 | Redao Jornal Estado de Direito O Plenrio daCmara...

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    Paulo Tomczyk23 de fevereiro s 09:06

    pela arte podemos sair de ns mesmos, saber oque um outro v desse ... Ver mais

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    Paulo Tomczyk22 de dezembro de 2014 s 10:41

    A melhor mensagem de natal aquela que sai emsilncio de nossos ... Ver mais

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    Tatiana Xavier8 de novembro de 2014 s 00:54

    CONVITE Coleta de assinaturas do manifestoQueremos ver os jovens v... Ver mais

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    CarMela Grne 23 de maio de 2014 3 avaliaes

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    Carmela Grune Me ensina todo dia!6 de junho de 2014 2 avaliaes

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    Simony Garcia Estou desenvolvendoum projeto para o Presidio que tem variasoficinas, me encontrei aqui...Parabns!!17 de dezembro de 2014 13 avaliaes

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  • 02 de Julho de 2015

    (http://estadodedireito.com.br)

    ISSN 24466301

    (http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese)

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    como artigos jurdicos. Inscrevase nanossa rea de blogueiros

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    02 de julho de 2015 | Redao Jornal Estado de Direito

    (http://estadodedireito.com.br/wpcontent/uploads/2015/07/DSC026802.jpg)O Poder Judicirio, por intermdio da VARA DE EXECUO DE PENAS E MEDIDASALTERNATIVAS DA COMARCA DE PORTO ALEGRE, e o Instituto Cultural Estado de Direito ICED celebraram Convnio, no dia 17 de junho de 2015, para a manuteno de atividades doprojeto Direito no Crcere, veja quais aes sero desenvolvidas em conjunto:

    Atividade Aes Resultado Esperado

    Oficina de Literatura 10 Produo de 40 artigos a serem veiculados em sites, jornais, blogs e, sepossvel, livro do Projeto Direito no Crcere.

    Oficina de Vdeo 12 Produo de 30 vdeos de temticas referentes as atividades semanaisdesenvolvidas ao longo dos 12 meses do projeto.

    Oficina de Msica 6 Produo de 3 msicas a serem divulgadas na internet, YOUTUBE e, sepossvel, no disco do Direito no Crcere.

    Palestras 5 Realizar cinco palestras com a participao de professores, educadores sociais eartistas, para debater temas como drogadio, incluso social, dignidade, segurana pblica,justia, perdo.

    Artes plsticas 2 Convidar dez grafiteiros para realizar interveno artstica no interior da GaleriaE1.

    (http://estadodedireito.com.br/wpcontent/uploads/2015/07/DSC026862.jpg)

    Ciclo de Estudos Direito no Crcere 1 Auditrio do PCPA apresentao de palestras, oficinas dosdetentos e msica

    Confraternizao de Aniversrio do Projeto Direito no Crcere 1 Realizado dentro da galeria,reunimos voluntrios, oficineiros, palestrantes para proporcionar um dia especial, com os detentos.Onde compramos bolo e salgadinho para confraternizao.

    A presidente do ICED, Carmela Grne, considera o Convnio um passo importante para que oprojeto Direito no Crcere seja mantido no Presdio Central de Porto Alegre com apoio do Judicirio,do Ministrio Pblico, do Estado e da Sociedade. Ressalta que o prximo passo , atravs de novo

  • 02/07/2015 Projeto em galeria do Presdio Central integra presos em tratamento de drogas

    http://www.hospitalsantamonica.com.br/projeto_em_galeria_do_presidio_central_integra_presos_em_tratamento_de_drogas 3/3

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    "Carinho e respeito pelo cliente so to importantes quanto um medicamento de ltima gerao" Dr. Romolo Bellizia

    saram, contrariando o senso comum.

    Liberdade para pensar no futuro

    O projeto Direito no Crcere ganha sentido quando os detentos comeam a contar a sua histria. Onatural seria falar dos erros que cometeram para estar cumprindo pena encarcerados, mas no. Elesfalam sobre seus projetos de vida para quando sarem da cadeia. A memria da escurido s assombraa conversa como alavanca para reafirmar o compromisso de jamais voltar para aquela realidade.Ainda difcil dimensionar o que acontece quando eles saem do presdio. At ento, a equipe jconsidera um alento a mudana de perspectiva.

    FONTE: Vitrine Digital

    Estrada Santa Mnica (antiga Estrada Campestre), 864So Paulo SP 06863210Fones: (11) 46687455 | 996677454

  • SEGURANA PBLICA

    Mara Minotto (Susepe), Carmela Grune (Direito no Crcere) e promotora de Justia Luciana Moraes Dias Foto: Neiva Motta/Susepe Download HD (4,92 MB)

    Endereo da pgina: http://www.estado.rs.gov.br/conteudo/213709/assinadotermodecooperacaoparaprojetoinclusaonopresidiocentral/termosbusca=

    Pgina inicial > ltimas > Assinado termo de cooperao para projeto de incluso no Presdio Central

    Assinado termo de cooperao para projeto de incluso no Presdio Central31/03/2015 s 10:39

    A Superintendncia dos Servios

    Penitencirios (Susepe), por meio do

    Departamento de Tratamento Penal

    (DTP), Ministrio Pblico e o Instituto

    Cultural Estado de Direito, renovaram,

    por mais dois anos, o convnio que

    viabiliza aes do projeto Direito no

    Crcere Presdio Central de Porto

    Alegre.

    Projeto

    Idealizado pela advogada e jornalista

    Carmela Grune, o projeto Direito no

    Crcere divido entre os escopos:

    Literrio/Direitos Humanos,

    Desmistificando o Direito Rap Conexo

    Legal, Direito de Repente, CinePresdio

    e Vlog Liberdade, que incentivam, com

    pedagogia a utilizao da arte para

    proporcionar o acesso justia e

    incluso social. A ideia desenvolver

    atividades que do acesso

    informao, educao e cultura por

    meio da msica, da poesia e do cinema

    para os apenados da Galeria E1.

    Parcerias

    O Ministrio Pblico deve fiscalizar o desenvolvimento do projeto dentro do PCPA, para divulgar sociedade os resultados obtidos. Por sua vez, a Susepe propicia um

    espao adequado para a execuo do projeto. Dentre outras responsabilidades, o Instituto Cultural Estado de Direito ter que apresentar a equipe voluntria integrante

    do projeto, que conta com trs estudantes de Direito, um estudante cinegrafista e fotgrafo, um palestrante e a responsvel pelo projeto.

    De acordo com o termo assinado entre as instituies, nenhum apenado tem obrigatoriedade de participar do projeto e todos devero autorizar a divulgao de imagem

    e depoimentos para publicao. Participaram do ato da assinatura a promotora de Justia Luciana Moraes Dias, a diretora do Departamento de Tratamento Penal, Mara

    Minotto, e a responsvel pelo Direito no Crcere, Carmela Grune.

    Texto: Neiva Motta/SusepeEdio: Redao Palcio Piratini/Coordenao de Comunicao

  • 10/12/2014 Cmara Municipal de Porto Alegre

    http://www2.camarapoa.rs.gov.br/impressao.php?reg=23485&p_secao=56&di=20141209 1/2

    09/12/2014

    Comisses

    Combate violncia tema de seminrioO 1 Mapa da Segurana Pblica e Direitos Humanos (MapaSeg) foi lanado nestaterafeira (9/12), durante o seminrio Porto Alegre Pode Vencer a Violncia.Realizado pela Comisso de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos eSegurana Urbana (Cedecondh), o evento reuniu representantes de movimentossociais, universidades e de outras instituies, no plenrio Otvio Rocha daCmara Municipal de Porto Alegre.

    Na abertura, os vereadores da Cedecondh ressaltaram o trabalho que compiloudados sobre a segurana pblica na Capital. O MapaSeg mostra uma tristerealidade: boa parte dos indicadores no avanaram em questes sociais,enquanto aumentaram os casos de violncia. Como relatora do tema LGBT, possoressaltar que a falta de uma legislao federal que criminalize a homofobia temconsequncias, afirmou Fernanda Melchionna (PSOL).

    A vereadora Sfora Mota (PRB) foi a relatora do tema Mulheres. Todos os dias agente se depara com violaes de direitos humanos. Hoje, mesmo com toda umarede de combate violncia contra a mulher, muitas vezes este crime passadopara a sociedade como se fosse um fato isolado.

    A vicepresidente de Comisso, Mnica Leal (PP), e o vereador Mario Fraga (PDT)tambm elogiaram o trabalho feito ao longo de nove meses. No podemos maisaceitar essa falsa dicotomia entre direitos humanos e segurana pblica. Soirmos gmeos, que tm que trabalhar juntos para superarmos as barreiras.Vrias cidades conseguiram vencer a violncia, mas s quando todos se unirampara construir um novo modelo de segurana pblica. Queremos que este mapaseja um instrumento para ajudar a construirmos a paz na Capital, afirmou opresidente da Cedecondh, Alberto Kopittke (PT).

    J o presidente da Cmara, Professor Garcia (PMDB), ressaltou que o MapaSegpode traar um perfil da cidade, bairro por bairro e tambm por segmentos.Esperamos que com os dados deste instrumento seja possvel fazer um bom usodentro das instituies e dos movimentos em que vocs atuam, disse na aberturado evento, que tambm contou com a presena dos vereadores Joo Carlos Nedel(PP), Kevin Krieger (PP), Marcelo Sgarbossa (PT) e Sofia Cavedon (PT).

    O que vocs produziram neste um ano, trazendo e ouvindo representantes detoda a sociedade, um avano extraordinrio na discusso de segurana pblica,e logo ser nos resultados. Queremos que isso prossiga, se aperfeioe e sequestione tantas coisas que precisam ser feitas, salientou o secretrio estadualde Segurana Pblica, Airton Michels. Alm dele, tambm compareceram ossecretrios municipais Luciano Marcantnio (Direitos Humanos) e Jos Freitas(Segurana) e a secretria estadual adjunta de Direitos Humanos, Maria Celeste.

    Desafios da Segurana PblicaTodos os indicadores do trabalho policial aumentaram, conforme o MapaSeg. Mastudo isso no teve o efeito esperado na reduo da violncia. O nico segmentoque identificamos melhora foi no combate violncia contra a mulher, que hojecomea a contar com uma rede de atendimento, com a Rede Lils, integrandorgos do Estado e dos municpios em aes preventivas. Ou seja, onde se tevetrabalho integrado e preventivo, tivemos reduo, afirmou Kopittke.

    Rodrigo Rangel (ObservaPOA) ressaltou a importncia de que as informaescontidas no MapaSeg no fiquem restrita aos gestores. A populao precisa seapropriar dos dados para fazer um debate de forma a que possamos atingir osresultados necessrios.

    Para o professor Rodrigo Azevedo (PUCRS), o ingresso dos gestores municipais nodebate sobre a segurana pblica demonstra a gravidade do tema. Tambm

    Foto: Ederson Nunes

    Evento contou com apresentaes musicais

    Foto: Elson Semp Pedroso

    Kopittke preside a Cedecondh

  • 10/12/2014 Cmara Municipal de Porto Alegre

    http://www2.camarapoa.rs.gov.br/impressao.php?reg=23485&p_secao=56&di=20141209 2/2

    salientou a cultura de violncia que existe no Brasil. " uma tica da violncia deEstado, praticada por meio das polcias. E essa mudana cultural no acontece dodia para a noite. O papel das polcias sempre foi o de manuteno da ordempblica, mas, na democracia, o papel deve ser o de garantir a segurana doscidados.

    Azevedo afirmou, ainda, que a investigao criminal deficitria no Brasil. Naprtica, no temos uma definio de prioridades. Temos um modelo burocrtico,bacharelesco e que no est voltado para a garantia da cidadania e o combateaos crimes contra as pessoas. Lembrou que o total de presos no Pas ultrapassaos 600 mil. Detentos que so controlados por faces criminosas, que saem dospresdios muito pior do quando entraram. Vale lembrar que 30% dos presos sopequenos traficantes. Coloclos nos presdios resolve alguma coisa? precisofazer essa pergunta.

    Excomandante da Brigada Militar, o coronel Srgio Abreu falou da necessidade derefundar o sistema de segurana pblica. No basta pensarmos apenas nasestruturas das polcias, pois a segurana pblica requer um trabalho integradopara prevenir a violncia. Precisamos integrar os rgos e fazer com que elestrabalhem de forma harmnica.

    O modelo de segurana tambm foi o foco de Marcos Rolim, professor do IPA.Nosso sistema baseado na bipartidao, com duas polcias, ou duas metades depolcia. Uma para o policiamento ostensivo (militar) e outra para a investigao(civil). Cada um das metades precisa da outra. Ambas disputam prerrogativas daoutra metade. Por essa razo, so hostis, beligerantes uma com a outra. Em geralno conseguem atuar conjuntamente, apontou.

    Rolim disse que essa problemtica no culpa dos policiais ou dos governantes. um modelo inventado h anos, e que deve ser nico no mundo. Um sistemaque tem no Ministrio Pblico o rgo de controle externo, mas que no feito. Omodelo que feito para no funcionar tambm no controlado externamente. Eo que pior: no Brasil, quando a gente cria um modelo ruim, se coloca naConstituio para ficar muito difcil de mudar. Se quisermos ter um modelo quefuncione realmente, precisamos reformular profundamente esse sistema.Infelizmente, essa exigncia de mudana no est na pauta poltica nacional.

    O professor lembrou que o Pas carece de dados na segurana pblica. Sequisermos saber quantas balas foram disparadas pela nossa polcia, ningumsabe. Nem as prprias polcias. Por isso, considera o MapaSeg como um primeiropasso. Nesta linha de seriedade que precisamos avanar no Brasil. Temos queter muito cuidado com nossas opinies sobre segurana pblica. Porque, nessarea, opinies erradas matam.

    I Prmio Municipal Legislativo de Direitos Humanos

    A Mesa 2 do seminrio tratou de grupos vulnerveis e a violncia em PortoAlegre, abordando a situao de crianas, adolescentes, mulheres, populaoLGBT e em situao de rua, negros e idosos. Participaram do debaterepresentantes das universidades IPA, Unisinos e Ritter dos Reis, e tambm daong IgualdadeRS, do Movimento Nacional da Populao de Rua, da AnistiaInternacional e do Conselho de Direitos Humanos da ProcuradoriaGeral doEstado.

    O encerramento do evento ocorreu com a entrega do I Prmio MunicipalLegislativo de Direitos Humanos, voltado a valorizar as boas prticas, realizada noteatro Glnio Peres. Foram nove os agraciados: Projeto Direito no Crcere(Entidade Social Categoria Preveno da Violncia) Projeto V Chica (EntidadeSocial Categoria Educao em Direitos Humanos) Movimentao Nacional daPopulao de Rua (Movimento Social Categoria Proteo grupos vulnerveis)Ouvidoria da Segurana Pblica do Estado do Rio Grande do Sul (rgoGovernamental Categoria Transparncia e Controle Social) Rede deAtendimento de Segurana Pblica para a Violncia Domstica e Familiar daSecretria da Segurana Pblica (rgo governamental Categoria Preveno daViolncia) Servio de Assessoria Jurdica Universitria SAJU/UFRGS(Universidade Acesso a Justia) Observatrio da Juventude do Presdio Centralde Porto Alegre (Universidade Preveno da Violncia) rbitro Mrcio Chagas(Figura Pblica) e Programa Cidadania TVE (Jornalismo).

    Texto: Maurcio Macedo (reg. prof. 9532)Edio: Marco Aurlio Marocco (reg. prof. 6062)

    Cmara Municipal de Porto Alegre. desenvolvimento: Assessoria de InformticaCMPA e PROCEMPA

  • 10/12/2014 Cmara Municipal de Porto Alegre

    http://www2.camarapoa.rs.gov.br/impressao.php?reg=23485&p_secao=56&di=20141209 2/2

    salientou a cultura de violncia que existe no Brasil. " uma tica da violncia deEstado, praticada por meio das polcias. E essa mudana cultural no acontece dodia para a noite. O papel das polcias sempre foi o de manuteno da ordempblica, mas, na democracia, o papel deve ser o de garantir a segurana doscidados.

    Azevedo afirmou, ainda, que a investigao criminal deficitria no Brasil. Naprtica, no temos uma definio de prioridades. Temos um modelo burocrtico,bacharelesco e que no est voltado para a garantia da cidadania e o combateaos crimes contra as pessoas. Lembrou que o total de presos no Pas ultrapassaos 600 mil. Detentos que so controlados por faces criminosas, que saem dospresdios muito pior do quando entraram. Vale lembrar que 30% dos presos sopequenos traficantes. Coloclos nos presdios resolve alguma coisa? precisofazer essa pergunta.

    Excomandante da Brigada Militar, o coronel Srgio Abreu falou da necessidade derefundar o sistema de segurana pblica. No basta pensarmos apenas nasestruturas das polcias, pois a segurana pblica requer um trabalho integradopara prevenir a violncia. Precisamos integrar os rgos e fazer com que elestrabalhem de forma harmnica.

    O modelo de segurana tambm foi o foco de Marcos Rolim, professor do IPA.Nosso sistema baseado na bipartidao, com duas polcias, ou duas metades depolcia. Uma para o policiamento ostensivo (militar) e outra para a investigao(civil). Cada um das metades precisa da outra. Ambas disputam prerrogativas daoutra metade. Por essa razo, so hostis, beligerantes uma com a outra. Em geralno conseguem atuar conjuntamente, apontou.

    Rolim disse que essa problemtica no culpa dos policiais ou dos governantes. um modelo inventado h anos, e que deve ser nico no mundo. Um sistemaque tem no Ministrio Pblico o rgo de controle externo, mas que no feito. Omodelo que feito para no funcionar tambm no controlado externamente. Eo que pior: no Brasil, quando a gente cria um modelo ruim, se coloca naConstituio para ficar muito difcil de mudar. Se quisermos ter um modelo quefuncione realmente, precisamos reformular profundamente esse sistema.Infelizmente, essa exigncia de mudana no est na pauta poltica nacional.

    O professor lembrou que o Pas carece de dados na segurana pblica. Sequisermos saber quantas balas foram disparadas pela nossa polcia, ningumsabe. Nem as prprias polcias. Por isso, considera o MapaSeg como um primeiropasso. Nesta linha de seriedade que precisamos avanar no Brasil. Temos queter muito cuidado com nossas opinies sobre segurana pblica. Porque, nessarea, opinies erradas matam.

    I Prmio Municipal Legislativo de Direitos Humanos

    A Mesa 2 do seminrio tratou de grupos vulnerveis e a violncia em PortoAlegre, abordando a situao de crianas, adolescentes, mulheres, populaoLGBT e em situao de rua, negros e idosos. Participaram do debaterepresentantes das universidades IPA, Unisinos e Ritter dos Reis, e tambm daong IgualdadeRS, do Movimento Nacional da Populao de Rua, da AnistiaInternacional e do Conselho de Direitos Humanos da ProcuradoriaGeral doEstado.

    O encerramento do evento ocorreu com a entrega do I Prmio MunicipalLegislativo de Direitos Humanos, voltado a valorizar as boas prticas, realizada noteatro Glnio Peres. Foram nove os agraciados: Projeto Direito no Crcere(Entidade Social Categoria Preveno da Violncia) Projeto V Chica (EntidadeSocial Categoria Educao em Direitos Humanos) Movimentao Nacional daPopulao de Rua (Movimento Social Categoria Proteo grupos vulnerveis)Ouvidoria da Segurana Pblica do Estado do Rio Grande do Sul (rgoGovernamental Categoria Transparncia e Controle Social) Rede deAtendimento de Segurana Pblica para a Violncia Domstica e Familiar daSecretria da Segurana Pblica (rgo governamental Categoria Preveno daViolncia) Servio de Assessoria Jurdica Universitria SAJU/UFRGS(Universidade Acesso a Justia) Observatrio da Juventude do Presdio Centralde Porto Alegre (Universidade Preveno da Violncia) rbitro Mrcio Chagas(Figura Pblica) e Programa Cidadania TVE (Jornalismo).

    Texto: Maurcio Macedo (reg. prof. 9532)Edio: Marco Aurlio Marocco (reg. prof. 6062)

    Cmara Municipal de Porto Alegre. desenvolvimento: Assessoria de InformticaCMPA e PROCEMPA

    (http://www.sul21.com.br/jornal/)

    14/nov/2014, 20h01min

    Imploso do Presdio Central em debate

    (http://i0.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2014/11/20141114-por-bernardo-jardim-ribeiro-_dsc7685.jpg)Um pblico formado na maioria por estudantes acompanhou a discusso sobre assunto, realizada na tarde desta sexta-feira |Foto:Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

    Jaqueline Silveira

    A possibilidade de imploso do Presdio Central de Porto Alegre foi o tema do 3 Ciclo de Estudos de Direito no Crcere, realizado na tardedesta sexta-feira (14), no auditrio da casa prisional. Na presena de um pblico de mais de cem pessoas, formado em boa parte porestudantes, foram apresentadas algumas sugestes para os pavilhes depois da desativao.

    Juiz da Vara de Execues Criminais da Capital, Sidinei Brzuska disse que um laudo tcnico elaborado por engenheiros em 2012 revelouque as estruturas do Presdio Central so irrecuperveis. Por esse motivo, ele sugeriu que, no prdio da frente, que est em condies emrelao aos demais pavilhes, a instalao de cursos superiores de Direito e de Odontologia, por exemplo, atravs de convnios comuniversidades como a Pontifcia Universitria Catlica (PUC), o que, segundo ele, beneficiaria a comunidade dos arredores da casa prisional.Fazer um link entre a academia e o sistema prisional parece uma alternativa razovel, avaliou o magistrado. J em outra parte da rea,Brzuska sugeriu fazer uma penitenciria menor. Destroem os pavilhes irrecuperveis e se ergue uma priso mais enxuta, de acordo com anossa realidade , explicou ele. Ele observou que, pelo grau de comprometimento das estruturas, apontado pelo laudo tcnico, ser maisbarato fazer um novo para o Estado.

    Por fim, o juiz afirmou que estamos numa encruzilhada, no sabemos o que ser feito e nem como ser a ocupao de Canoas, referindo-se penitenciria do municpio da Regio Metropolitana que est em fase de concluso e dever abrigar boa parte dos apenados doPresdio Central. O processo de esvaziamento do estabelecimento penal j comeou com a transferncia de p resos para casas prisionais daregio, como a de Montenegro.

    O presidente da Comisso de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurana Urbana da Cmara de Vereadores de Porto Alegre,Alberto Kopttike (PT), considerou uma boa alternativa dedicar a rea para a cultura - sugesto apresentada pelo Conselho da Comunidadede Porto Alegre -, principalmente com foco na ressocializao. Contudo, ele frisou que tambm preciso enfrentar os problemas

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  • (http://i1.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2014/11/20141114-por-bernardo-jardim-ribeiro-_dsc7682.jpg)A maioria das autoridades participantes dodebate se posicionaram contra a privatizaodo sistema prisional |Foto: Bernardo JardimRibeiro/Sul21

    estruturantes, entre eles, o combate s drogas.

    Privatizao do sistema carcerrio

    Alm da imploso do Presdio Central, a privatizao do sistema carcerrio dominou odebate. Brzuska disse que todos os de