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DOSSIÊ TÉCNICO Chilling e Freesing - Injúrias causadas por baixas temperaturasem frutas tropicais Aline Paiva Ariana Lee Mariana Kowalski Oranian da Silva USP/DT (Agência USP de Inovação / Disque-Tecnologia) Dezembro 2011

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DOSSIÊ TÉCNICO

Chilling e Freesing - Injúrias causadas por baixas temperaturasem frutas tropicais

Aline Paiva Ariana Lee

Mariana Kowalski Oranian da Silva

USP/DT (Agência USP de Inovação / Disque-Tecnologia)

Dezembro 2011

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 2

2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BANANA ..................................................................... 3

3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MAMÃO ...................................................................... 4

4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MANGA ....................................................................... 5

5 CHILLING E FREEZING..................................................................................................... 6

5.1 EFEITOS DO CHILLING NA BANANA...................................................................................... 8

5.2 EFEITOS DO CHILLING NO MAMÃO ....................................................................................... 9

5.3 EFEITOS DO CHILLING NA MANGA ...................................................................................... 10

6 MÉTODOS PARA EVITAR AS INJÚRIAS DECORRENTES DO CHILLING ................... 11

6.1 MÉTODOS PARA EVITAR INJÚRIAS NA BANANA ................................................................... 12

6.2 MÉTODOS PARA EVITAR INJÚRIAS NO MAMÃO .................................................................... 13

6.3 MÉTODOS PARA EVITAR INJÚRIAS NA MANGA .................................................................... 14

7 DISTRIBUIÇÃO E EXPORTAÇÃO ................................................................................... 14

7.1 MERCADO DA BANANA E SUA DISTRIBUIÇÃO ...................................................................... 14

7.2 MERCADO DO MAMÃO E SUA DISTRIBUIÇÃO ....................................................................... 15

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DOSSIÊ TÉCNICO

Título Chilling e Freesing - Injúrias causadas por baixas temperaturas em frutas tropicais

Assunto Cultivo de frutas de lavoura permanente não especificadas anteriormente

Resumo Informações sobre injúrias causadas por baixas temperaturas,resfriamento (chilling) econgelamento (freesing) em frutas tropicais (manga, banana, mamão) e formas de evitar esses processos.

Palavras-chave

Banana; chilling; frutas tropicais; mamão; manga; pós-colheita Conteúdo 1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um grande exportador de frutas tropicais. A banana, o mamão e a manga são frutos climatéricos, ou seja,amadurecem mesmo após sua colheita, liberando altas taxas de gás etileno. Por serem frutas sazonais, é necessário desenvolver e compreenderos processos que prolonguem o seutempo de armazenamento (VIEIRA, et al., 2010).

Molinari (2007) afirma que, as condições do ambiente e as boas práticas de cultivo a que estiveram expostas as frutas é que vão determinar suas características pós-colheita como a aparência, qualidade nutricional e sensorial. Esses atributos não poderão ser melhorados após a colheita, mas sim preservados, desde que sejam empregadas técnicas de conservação adequadas.

Nenhum dos métodos de conservação utilizado após a colheita é capaz de melhorar a qualidade da fruta, mas podem sim, serem eficazes na sua manutenção. Portanto, para se levar uma fruta com boa aparência e sabor agradável ao consumidor, todo o processo de produção da mesma deve ser cuidadoso. A técnica utilizada, juntamente com a colheita no estágio de maturação adequado, o manuseio minimizando injúrias, reduzindo a contaminação por micro-organismos, conservação sob temperatura e umidade adequadas, são fatores importantes para a manutenção da qualidade pós-colheita. Deve-se ter em mente que o produto ao qual será aplicada qualquer tecnologia de pós-colheita deve apresentar uma ótima qualidade (MOLINARI, 2007).

A refrigeração é a principal técnica utilizada para preservar a qualidade de frutos e hortaliças recém-colhidos.Este método visa preservar características desejáveis do fruto, diminuindo o processo de maturação e senescência (MARTINS et al., 2006; VIVIANI, 2007; LEAL, 2007), retardando a alteração de cor, perda de peso, perda de firmeza e as transformações bioquímicas (MOLINARI, 2007, p.10).

No entanto, a refrigeração quando aplicada por períodos prolongados pode conduzir ao aparecimento de injúrias causadas pelo frio, cujos sintomas normalmente aumentam durante a fase de comercialização, isto é, após a retirada do produto da condição refrigerada (VITTI, 2004).

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De acordo com Ryall e Pentzer (1974 apud MOLINARI, 2007) “a temperatura exerce um efeito direto na velocidade das reações que se processam a nível celular no fruto”.

O desenvolvimento dos sintomas da injúria pelo frio é mais severo em produtos sensíveis ao abaixamento de temperatura. “A sua manifestação está relacionada com o tempo e a temperatura de exposição dos frutos.” (COUEY, 1982 apud ALMEIDA et al., 2005, p. 17).

Frutas tropicais possuem baixa tolerância à refrigeração (chilling) e principalmente ao congelamento (freezing), apresentando sintomascomo o escurecimento da casca, baixa taxa de conversão de amido em açúcares, perda de sabor, aroma e brilho (ALMEIDA et al., 2005).

Segundo Couey (1982 apud ALMEIDA et al., 2005) a injúria pelo frio é uma desordem fisiológica observada nos tecidos das plantas, principalmente naquelas de origem tropical e subtropical. É resultante da exposição dos tecidos a temperaturas de refrigeração (chilling) abaixo da critica, causando danos fisiológicos aos frutos. A temperatura crítica em que os sintomas ocorrem varia de acordo com os cultivares.

De acordo com Chen e Paull (1986 apud ALMEIDA et al., 2005, p. 17) “os frutos em estágios de maturação mais avançados são mais resistentes ao aparecimento deste distúrbio”.

A injúria pode afetar a parte estrutural dos frutos, como, por exemplo, os cloroplastos e a mitocôndria. Estas organelas podem sofrer desorganização, dilatação dos tilacóides, formação de pequenas vesículas no cloroplasto e acúmulo de gotículas de lipídios no cloroplasto. As primeiras manifestações da injúria ao frio são o aumento de tamanho do cloroplasto e a desordem causada nos tilacóides. Prolongados períodos sob temperaturas que causam a injúria, levam ao acúmulo de gotículas de lipídios e ao escurecimento no estroma, além da desintegração da membrana que envolve o cloroplasto. Pode também ocorrer mistura do conteúdo do estroma com o citoplasma e diminuição do conteúdo de amido (JAGELS, 1970 apud ALMEIDA et al., 2005).

2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BANANA

A banana é uma fruta magnífica, muito alimentícia, fortemente vitaminada, saborosa e de facílima digestão quando madura. Apresenta grande variedade de espécies, sendo mais populares no Brasil, a nanica, da espécie Musa cavendishii e a prata e a maçã, da espécie Musa paradisíaca (GOMES, 1972).

Para a produção farta da banana, a plantação deve ser feita em climas quentes e úmidos. , a temperatura média anual deve ser igual ou maior que 20°C e a pluviosidade deve ser bem distribuída ao longo do ano, superior a 1500 milímetros. Quanto ao solo, a bananeira é uma planta bem exigente. Para o bananal, o solo ideal deve ser profundo, permeável, argilo-sílico-humoso e fértil (GOMES, 1972).

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Figura 1: Cultivar nanica Fonte: (BRASIL, 1998)

Figura 2: Cultivar Maçã Fonte: (BRASIL, 1998)

Figura 3: Cultivar Prata Fonte: (BRASIL, 1998)

De acordo com o Instituto Agronômico de Campinas-IAC,a composição química da banana madura contém 26% de matéria seca; 3,8% proteínas; 20% de extrativos não azotados; 1,1% de sais minerais; 2,6% de proteínas digestíveis e 22,4% de valor amido(GOMES, 1972).

3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MAMÃO

O mamoeiro (Caricapapaya, Linn.), é uma caricácea que possui a particularidade de produzir plantas fêmeas e machos. Contudo, só é possível identificá-los quando formam suas diferentes flores, ou seja, só a floração pode indicar o sexo do mamoeiro(GOMES, 1972).

O mamão é uma baga carnosa, esférica ou alongada,com casca lisa, fina e resistente, quando o fruto ainda não está maduro a cor da casca é verde-escura, quando o fruto amadurece ocorre mudança na coloração da casca e fica amarelada ou alaranjada. O mamão possui polpa amarelada ou avermelhada, suculenta, perfumada, quase sempre doce, contém sementes na superfície interna, preenchendo a maior parte da cavidade central. As sementes são ásperas, pretas, e envolvidas por um arilo mucilaginoso e picante. O mamão de qualidade inferior têm a polpa dura, aguada ou amarga (GOMES, 1972).

O mamão apresenta um suco leitoso constituído de uma enzima – a papaína, verdadeira pepsina vegetal, que possui ação proteolítica, sendo um poderoso digestivo, usado em

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terapêuticos e na culinária, principalmente por amaciar e tornar mais assimiláveis as carnes (GOMES, 1972).

São conhecidas mais de 57 espécies de mamão. No Brasil as principais variedades cultivadas são o mamão comum, papaia (Solo e Sunrise Solo) e o formosa(SEAGRI-SECRETARIA DE AGRICULTURA, IRRIGAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA, [200 -?]).

Seu consumo é indicado para pessoas de estômagos fracos, dispépticas, para os doentes e convalescentes, pois érico em vitaminas A, B, D e principalmente C, e de acordo com Thampson, a composição química da polpa do mamão maduro contém 89,4% de água; 10,6% sólidos totais, 1% sólidos insolúveis, 0,3% de proteínas e 8% de açúcar invertido (GOMES, 1972).

O desenvolvimento dos mamoeiros é melhor em climas quentes e úmidos, por isso no Brasil a produção de melhor qualidade encontra-se no Nordeste As noites frias podem prejudicar a qualidade da fruta, geadas leves queimam as folhas dos mamoeiros e geadas fortes podem matar a planta (GOMES, 1972).

O Brasil é o maior produtor de mamão e é responsável por 29% do fornecimento ao mercado externo, sendo o segundo exportador mundial. Contudo, esta quantidade é muito pequena ao se considerar o potencial produtivo brasileiro. Atualmente, 80% do total das exportações brasileiras de mamão são direcionadas para a Comunidade de Europeia. Volumes significativos também são vendidos para o Canada e Estados Unidos (FAO, 2003 apud MOLINARI, 2007, p.1).

De acordo com Balbino e Costa (2003 apud MOLINARI, 2007, p. 1) “os mamões do grupo Solo são os preferidos pelo mercado importador devido ao tamanho (peso entre 350 e 550 g), firmeza dos frutos, casca lisa sem manchas externas e, principalmente, as características sensoriais e nutricionais”.

Uma vez que o Brasil já produz esse mamão, é de extremaimportância para o país adotar tecnologias que permitam o controle da mosca-das-frutas, e o atraso do amadurecimento e da senescência deste fruto. Está iniciativa permitirá conquistar novos mercados, além de viabilizar o transporte marítimo (4,5 vezes mais baixo quando comparado ao transporte aéreo), que juntamente com o aumento de produtividade alcançado pela cultura nos últimos anos, tornará o preço do mamão brasileiro muito mais competitivo (MOLINARI, 2007, p. 1 e 2).

4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MANGA

A manga é uma drupa oblonga, ovóide ou mesmo arredondada ou lembrando um “S”, dependendo da variedade. A coloração da casca pode ser verde, verde com pintas pretas, amarelada, dourada ou ainda rósea, quando madura, sua polpa é suave, sumarenta,amarela ou amarelo-alaranjada, fibrosa em algumas variedades, quase sem fibras ou mesmo totalmente privada de fibras, estas são consideradas as melhores variedades. As mangas selecionadas possuem sabor de terebentina praticamente inexistente. A semente da manga varia de tamanho, é chata, de testa delgada, com cotilédones plano-convexos, geralmente lobados (GOMES, 1972).

A manga madura possui 78,4% de água; 0,4% de cinzas; 0,75% de terpina; 2% de glicose; 6,4% de fécula; 6,6% de celulose; 2,6% de ácidos málico e tarárico; 2,75% de pentaglicose (GOMES, 1972).

No mundo, há cerca de 500 variedades de mangueira que produzem mangas de muitos tamanhos, formatos, cores e sabores. As menores pesam cerca de 150g, enquanto as maiores alcançam ou ultrapassam 1 quilo (GOMES, 1972).

As variedades mais comuns no Brasil são a Rosa, a Palmer, a Espada e a Tommy Atikins (FONSECA, 2009).

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Figura 4: Variedade de manga espada

Fonte: (FONSECA,2009)

Figura 5: Variedade rosa Fonte: (FONSECA,2009)

Figura 6: Variedade Tommy Atkins

Fonte: (FONSECA, 2009)

No Brasil, o clima quente do nordeste produz mangas excelentes, grandes, coloridas, sadias e com uma polpa saborosíssima. O Sudeste e o Centro-Oeste também possuem clima favorável ao desenvolvimento das mangueiras desde que estas não fiquem sujeitas às temperaturas próximas de 0°C. O solo não é um fator determinante para o crescimento da mangueira desde que não seja encharcado, alcalino, rochoso, extremamente raso ou demasiado pobre, desde que as outras condições sejam favoráveis (GOMES, 1972).

5CHILLING E FREEZING

O chilling e o freezing são processos que causam injúrias nos frutos de maneira geral devido ao resfriamento e ao congelamento respectivamente. A principal causa do chillinginjury são os danos provocados nas membranas celulares que induzem uma cascata de reações secundárias, incluindo a produção de etileno, aumento da respiração, redução da fotossíntese, alteração da produção de energia, acumulação de compostos tóxicos (como

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etanol e acetaldeído), e alteração da estrutura celular. Como as estruturas vegetais diferem na susceptibilidade aos danos e na capacidade de reparar essas membranas, os sintomas podem variar entre os frutos (SKOG, 1998).

Se o produto for armazenado abaixo da temperatura crítica durante um curto período de tempo, a planta poderá reparar esses danos. Se a exposição é prolongada ocorrem danos irreversíveis e aparecem sintomas visíveis. Quanto mais baixa a temperatura de exposição (abaixo da crítica), mais rapidamente e mais severo serão os sintomas (SKOG, 1998).

Pode ser difícil detectar e diagnosticar o chilling, pois os produtos poderão parecer apropriados quando removidos da câmara, mas os sintomas aparecerão quando o fruto ficar exposto à temperatura ambiente, podendo aparecer imediatamente ou demorar vários dias, podendo mesmo não ser visível externamente (SKOG, 1998).

As frutas em geral possuem compostos suscetíveis às transformações bioquímicas decorrentes da ação do chilling, sofrendo, portanto alterações os carboidratos, ácidos orgânicos, pigmentos, compostos fenólicos e compostos voláteis (CHITARRA; ALVES, 2001).

Os carboidratos encontrados nas frutas são monossacarídeos (glicose e frutose), dissacarídeos (sacarose) e polissacarídeos (amido, celulose, hemicelulose e pectina). A degradação dos polissacarídeos altera a textura desejável da fruta deixando-a mais suscetível a danos mecânicos (CHITARRA; ALVES, 2001).

Os ácidos orgânicos contribuem para a qualidade do sabor das frutas, servem como intermediários do metabolismo respiratório e encontram-se na forma livre ou associados aos sais, sendo abundantes na banana, mamão e manga. Contudo, durante o pós-colheita ocorre uma redução dos ácidos orgânicos nas frutas (CHITARRA; ALVES, 2001).

O pigmento, ou seja, a cor da fruta é um atributo extremamente importante, pois define um critério de amadurecimento.Para as frutas é considerada desejável a perda da cor verde (CHITARRA; ALVES, 2001).

Compostos fenólicos como a catequina, antocianidina, antocianina e fenóis simples, favorecem o escurecimento enzimático e estão associadosà adstringência da banana. O tanino sofre redução ao longo do amadurecimento (CHITARRA; ALVES, 2001).

Compostos voláteis conferem aroma característico às frutas, englobam os ésteres, álcoois, ácidos, aldeídos e cetonas. A produção desses compostos aumenta conforme a elevação da temperatura (CHITARRA; ALVES, 2001).

As frutas tropicais estudadas são sensíveis à injúria causada pelo frio, por isso, cada fruta deve ser armazenada em uma temperatura mínima de segurança (°C)(CHITARRA; ALVES, 2001).

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Figura 7- Via esquemática de eventos que provocam chilling em tecidos vegetais Fonte: (ABREU; CARVALHO, 2000)

5.1 Efeitos do chilling na Banana

A banana é um fruto climatério, no qual mesmo após a colheita continua o processo de amadurecimento, gerando profundas transformações bioquímicas. Nesse período, aumenta o teor de açúcares simples, de ácidos simples e orgânicos e diminuição dos compostos fenólicos, acarretando redução da adstringência e aumento da acidez, além da liberação de compostos voláteis, sendo responsáveis pelo aroma e sabor característicos (VIVIANI; LEAL, 2007).

Constitui uma fruta altamente perecível, devido também aos procedimentos inadequados aplicados à colheita, assim como ao transporte e armazenamento, comprometendo a sua qualidade. Por isso, deve ser tomado um especial cuidado com a conservação das bananas, além de serem muito sensíveis aos efeitos da temperatura (MANOEL, 2008).

A temperatura exerce influência direta sobre a taxa de respiração, no qual é responsável por gerar energia necessária para os processos metabólicos do amadurecimento (MANOEL, 2008). Segundo Vivianie Leal (2007), observa-se a redução de 2 a 4 vezes nessa taxa, a cada decréscimo de 10ºC na temperatura. Assim, o controle da temperatura na pós-colheita é essencial para diminuir a deterioração fisiológica (VIVIANI, LEAL, 2007).

A temperatura ideal de refrigeração varia para as diferentes cultivares de banana, e a exposição dos frutos a temperaturas abaixo das indicadas, causa injúria pelo frio, distúrbio fisiológico e perda de suas características organolépticas (VIVIANI; LEAL, 2007). A sensibilidade ao frio está intimamente ligada à composição química da fruta, depende do binômio tempo x temperatura, bem como da cultivar e fatores pré-colheita (MANOEL, 2008).

Segundo Gomes (2007)e Marcolanet al. (2007) as temperaturas de 15°C e 35°C são os limites extremos para a exploração racional da banana, e abaixo de 15°C a atividade fisiológica da planta é paralisada, podendo ocorrer um distúrbio fisiológico denominado chilling ou friagem (GOMES, 2007; MARCOLAN et al., 2007;).

De acordo com Wills (1990 apud MANOEL, 2008) e Morrelliet al. (2003 apud MANOEL, 2008), a temperatura limite para a ocorrência de chillingem diferentes cultivares de banana varia, normalmente, de 10 a 14°C, com exceção para bananas da Terra armazenadas a 7°C por 7 dias, sem manifestação de sintomas visíveis da desordem fisiológica.

O chilling provoca uma série de alterações como: depressões superficiais de coloração escura, devido à coagulação da seiva na região superficial, baixa taxa de conversão de amido a açúcares (MARTINS et al. 2006; SILVA et al. 2004); descoloração da casca e/ou polpa, apresentando-se com estrias marrom avermelhadas e onde ocorre esse problema, o fluxo de látex é reduzido ou interrompido e a casca tende a aderir fortemente às camadas subepidermes, frutos com este problema podem não atingir a maturação ou amadurecerão mais lentamente, e as que amadurecerem ficam sem brilho e, se a descoloração for severa, o fruto pode tornar-se cinza; a placenta pode tornar-se endurecida; e a qualidade para o consumo somente é afetada quando a injúria pelo frio é muito severa; resultando na perda de sabor e qualidade (BORGES et al. 2000). Segundo Nguyenet al. (2003 apud MANOEL, 2008) e Pérez-Tello et al. (2001apud MANOEL, 2008), o fruto também murcha com a perda de firmeza, e apodrece.

O chillingpode ocorrer no campo quando a temperatura atinge 18°C por várias horas e os sinais de descoloração, normalmente, só aparecem após 48h de exposição a baixas temperaturas (BORGES et al., 2000). Pode ocorrer também nas regiões subtropicais onde a temperatura mínima noturna atinge a faixa de 4,5°C a 10°C. Sendo mais comum nos pomares, podendo também ocorrer durante o transporte dos cachos, na câmara de climatização ou logo após a banana tornar-se amarela (BORGES et al., 2004).

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As baixas temperaturas, também interferem no ciclo de produção das bananeiras, provocam a compactação da roseta foliar, dificultando o processo da inflorescência ou provocando o seu “engasgamento”, o qual deforma o cacho, inviabilizando a sua comercialização (GOMES, 2004; BORGES et al. 2004).

O vento é outro fator que influencia no cultivo da banana, podendo causar desde pequenos danos até a destruição da plantação, sendo os prejuízos proporcionais à sua intensidade (BORGES et al., 2004;MANOEL, 2008). Segundo Moreira (1987 apud BORGES et al., 2004;MANOEL, 2008) ventos frios podem provocar chilling.

Como a banana é considerada um fruto muito sensível ao frio deve ser armazenada sob temperatura acima da mínima de segurança, para não desencadear a desordem fisiológica (MARTINS et al., 2007). Os danos só vão aparecer quando o produto volta a uma temperatura mais alta e as principais características são alterações sensoriais irreversíveis, como escurecimento, pequenas depressões na casca, maturação anormal e maior exposição a microrganismos (OETTERER; ARCE; SPOTO; 2006).

Nguyenet al. (2003 apud MANOEL, 2008) observaram sinais profundos de danos causados pelo frio em bananas de dois cultivares armazenadas a 6°C e 85% UR. Os frutos apresentaram começo de descoloração da casca a partir do 3º dia, sendo que no 9º dia a casca estava totalmente escura, e após a transferência dos frutos para a temperatura ambiente esses apresentaram amadurecimento anormal. Os mesmos frutos armazenados a 10°C não apresentaram danos no tecido até o 6º dia de armazenamento, com leves sinais no 12º dia, que se intensificaram lentamente.

5.2 Efeitos do chilling no mamão

Segundo Molinari (2007, p. 5) “como muitas frutas, o mamão está sujeito a uma variedade de alterações físicas e químicas após a colheita, como modificações da textura, aroma, sabor e cor”.

Características como o formato e fragilidade do fruto, comportamento climatérico, ou seja, com uma elevada atividade respiratória durante a maturação, sensibilidade a temperaturas extremas, e suscetibilidade as doenças pós-colheita, fazem com que o mamão seja um produto altamente perecível, com curto período de comercialização (MOLINARI, 2007).

Até o momento, nenhuma das tecnologias aplicadas na conservação de frutos frescos conseguiu, isoladamente, controlar os problemas de armazenamento do mamão sem prejudicar a qualidade do mesmo. É indispensável determinar a combinação de métodos mais adequados à sua preservação, a fim de prolongar a vida pós-colheita e atender as exigências internacionais (MOLINARI, 2007).

De acordo com Molinari (2007, p. 5) “durante o processo de amadurecimento do mamão, ocorre mudança na coloração da fruta, a qual se deve à destruição da clorofila no tecido epidérmico e ao aparecimento dos pigmentos carotenoides na casca e polpa”.

Molinari (2007, p. 5) afirma que, “o aumento no teor de açúcares redutores é outra mudança marcante na composição química”.

De acordo com Lazanet al. (1995 apud MOLINARI, 2007), a rápida perda da firmeza em mamão durante o amadurecimento está, intimamente, associada com o aumento na atividade das enzimas: polygalacturonase, pectinesterase e B- galactosidase, bem como com a despolimerização de pectinas da parede celular.O padrão respiratório do mamão apresenta as seguintes fases: a) pré-climatérico; b) ascensão climatérica; c) pico climatérico; d) pós-climatérico. No mamão, o pico climatérico ocorre simultaneamente com a fase de amadurecimento, ponto em que apresenta as melhores condições de qualidade para o consumo (MANICA et al., 2006 apud MOLINARI, 2007).

Pode-se associar a velocidade da taxa respiratória à vida pós-colheita da fruta, pois a intensidade da respiração indica a velocidade com que se

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processa o metabolismo. Assim altas taxas respiratórias estão geralmente associadas a um curto período de armazenamento (MOLINARI, 2007, p.6).

De acordo com Molinari (2007, p.6) “quando adequadamente conduzido, o mamão pode ter uma vida pós-colheita de 4 a 6 dias sobcondições ambientes (25°C a 28°C), ou de três semanas sob-baixas temperaturas (10°C a 12°C).”.

Em alguns mercados só é permitida a entrada do produto brasileiro, se o mesmo for submetido a um tratamento quarentenário, o qual varia de país para país. Algumas legislações indicam o tratamento térmico e fumigação, outras a aplicação de baixas temperaturas, e mais recentemente a irradiação gama. No entanto estes métodos podem causar vários tipos de injúrias no fruto, como alteração da textura, escurecimento, lesões, e desordens fisiológicas; com agravante de aumentar a susceptibilidade do produto ao ataque de patógenos (DIEHL, 1995; MOY, 1977; MCGUIRE, 1997; WHEELER et al., 1989 apud MOLINARI, 2007).

O mamão é um fruto muito sensível às variações de temperatura, tanto que quando submetidos ao tratamento térmico (46°C – 47°C/20 min) têm o consumo de O2 aumentado, indicando elevação da taxa respiratória e, consequentemente, uma maturação mais rápida. Já quando expostos ao mesmo tratamento e posteriormente armazenados sob refrigeração (chilling) (10°C) por uma semana, ocorre decréscimo na velocidade da respiração e desaceleração no processo de maturação (MOLINARI, 2007, p.10).

Como exposto anteriormente o processo de deterioração de frutas é ocasionado por diversos fatores. “A velocidade e a intensidade com que estas alterações ocorrem, são dependentes das características genotípicas, das condições edafoclimáticas de cultivo, condições de colheita e de armazenamento.” (KADER et al., 1989; BRACKMAM et al., 1995 apud ALMEIDA et al., 2005).A temperatura mínima para o armazenamento do mamão é determinada pela sua suscetibilidade à injúria ao frio. Temperaturas compreendidas entre 9 e 12 °C são geralmente as mais utilizadas para o seu armazenamento, dependendo de fatores como estágio de maturação, tipo de cultivar e condições ambientais de produção (CHEN; PAULL, 1986 apud ALMEIDA et al., 2005).

De acordo com Couey (1982 apud ALMEIDA et al., 2005) os sintomas mais comuns da injúria pelo frio, em frutos de mamoeiro, foram o escurecimento e o afundamento de pequenas áreas da casca. Além disso, o amadurecimento dos frutos foi retardado, e os mesmos apresentaram uma coloração manchada.

Segundo Chen (1986 apud ALMEIDA etal., 2006) temperaturas compreendidas entre 9 e 12 °C são geralmente as mais utilizadas para o seu armazenamento.

5.3 Efeitos do chilling na manga A refrigeração é a principal tecnologia utilizada para a preservação da qualidade de frutos e hortaliças, pois prolonga o período de conservação dos frutos. Entretanto, em alguns casos apenas a temperatura baixa não é suficiente para retardar as mudanças na qualidade de um produto e a associação com outras tecnologias pode trazer resultados satisfatórios (JERÔNIMO; KANESHIRO, 2000 apud LIMA, 2007).

A manga é bastante sensível ao frio, dependendo da variedade a tolerância varia de 10°C a 15°C. Os sintomas de injúria pelo chilling manifestam-se como escurecimento da casca, pequenas concavidades chamadas pitting, alterações no amadurecimento, ou até colapsos internos, conforme a gravidade (FIGUEIREDO NETO; SILVA, 2010; FILGUEIRAS et al., 2000).

Salunkhe e Desai (1984 apud VITTI, 2004) afirmam que, “frutos colhidos “verdes” ou “de vez” (maturação fisiológica) apresentam sintomas de Chillinginjury quando armazenados a temperaturas inferiores a 8°C. Já os frutos maduros são mais resistentes ao chilling. O uso da atmosfera modificada vem sendo aplicada por ser uma tecnologia simples de

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conservação, na qual geralmente empregam-se filmes plásticos flexíveis que limitam as trocas gasosas e a perda de água para o ambiente, reduzindo o metabolismo do produto prolongando sua vida útil pós-colheita (CHITARRA; CHITARRA, 2005 apud LIMA, 2007). Segundo Lima (2007), a atmosfera modificada atua através da modificação do ar atmosférico no interior da embalagem obtida pelo acondicionamento destes filmes, tais como o policloreto de vinila (PVC) ou similares, ou ainda através da aplicação de produtos que formem uma película protetora ao redor dos frutos como as ceras, filmes comestíveis a base de celulose e amido, lecitina, azeite, parafinas e outros também têm sido utilizados. O uso de revestimentos biodegradáveis a base de fécula de mandioca auxilia na extensão do período pós-colheita de mangas e tem sido utilizado visando à conservação de frutos, principalmente em associação com fungicidas e melhoria de seu aspecto externo, como brilho e turgidez (CEREDA et al, 1992 apud LIMA, 2007). Segundo Klugeet al. (2002 apud VITTI, 2004, p.19), “o condicionamento em temperatura moderada (15 – 25°C) é outro fator que reduz as injúrias pelo frio em manga”.

6 MÉTODOS PARA EVITAR AS INJÚRIAS DECORRENTES DO CHILLING

Para prevenir os danos decorrentes dos processos chillingpodemos utilizar alguns métodos, como minimizar o período de tempo à que o fruto é exposto à temperatura mínima do chilling, utilizar a técnica do pré-arrefecimento que permite uma adaptação do produto às temperaturas mais baixas de armazenamento minimizando os efeitos causados pelo chilling(FENNEMA, 2010).

Outra opção é selecionar cultivares mais resistentes, recorrendo à engenharia genética ou nutrir a planta com cálcio antes da colheita, pois o cálcio estabiliza as membranas celulares e diminui os danos, causados pelo frio. A colheita e a maturação do fruto são muito importantes, pois o pH de frutos maduros são menos suscetíveis a injúrias. Além disso, deve-se considerar a conservação pelo uso da umidade elevada que pode prevenir a desidratação resultante das injúrias causadas pelo processo de refrigeração(FENNEMA, 2010).

Atmosferas controladas (AC) ou modificadas (AM) (geralmente com O₂<5% e CO₂>2%)

reduzem o metabolismo e o desenvolvimento do chilling injury. Outros métodos estão em fase experimental, incluem tratamentos com químicos para estabilizar membranas e induzir resistência ao frio (FENNEMA, 2010).

Com o objetivo de manter os benefícios da refrigeração e evitar as injúrias causadas pelo frio, técnicas complementares vêm sendo testadas. Dentre essas técnicas têm-se os tratamentos térmicos, aplicados na forma de condicionamento em temperatura alta ou moderada, antes da refrigeração e o aquecimento intermitente, interrupção da baixa temperatura de armazenamento por um ou mais períodos de alta temperatura, aplicado durante a refrigeração (VITTI, 2004).

O uso desta técnica resulta, basicamente, nas seguintes implicações: retardamento no amadurecimento de frutos climatérios, devido à redução na síntese de etileno e na atividade de enzimas que degradam a parede celular, diminuição dos danos causados pelas baixas temperaturas e redução de podridões (KLEIN; LURIE 1991; KLUGE et al., 2002 apud VITTI, 2004).

De acordo com Vitti (2004), esses métodos têm sido pouco utilizados e consequentemente, os efeitos desses tratamentos sobre a fisiologia bioquímica e a qualidade do produto têm sido pouco estudados, o que, dificulta a identificação dos processos metabólicos passíveis de manipulação, e a criação de tecnologias de armazenamento que permitam a ampliação no período de conservação e comercialização de frutos.

O armazenamento hipobárico é outro método de se evitar o chillinginjurye consiste em se manter o fruto em questão a temperaturas reduzidas num compartimento no qual se retirou

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o ar até que pressões subatmosféricas fossem atingidas, e no qual se introduz ao mesmo tempo, ar umedecido para prevenir o ressecamento dos frutos. Basicamente, a exaustão do ar e a pressão reduzida removem o etileno endógeno liberado pelo fruto, impedindo-o de amadurecer, além de reduzir o oxigênio disponível para a respiração e para produção do etileno (MEDINA et al.,1980).

Embalagens com filme de polietileno, juntamente, com absorvedores de etileno e baixas temperaturas promovem um aumento considerável na vida de prateleira de muitos frutos. Esta combinação promove a redução da taxa metabólica da fruta através do aumento na concentração de CO2, diminuição da perda de água e da taxa respiratória e inibição da ação o etileno (MOLINARI, 2007, p. 11 e 12).

6.1Métodos para evitar injúrias na banana

Deve-se também evitar a plantação de banana em áreas sujeitas à ação de ventos frios e regiões com riscos de baixas temperaturas, nessas áreas recomenda-se o uso de quebra-ventos: cortinas de bambu, de Musa balbisiana, de Musa textilis ou de outras plantas (BORGES et al., 2004). Dependendo da intensidade da massa de ar frio, a proteção dos cachos na plantação, com sacos de papel pardo, ou uso de papel pardo externamente sobre sacos perfurados de polietileno azul, cobrindo-se as primeiras pencas, pode atenuar os efeitos negativos do frio (RANGEL, 2004).

No início de inverno, o uso de adubos com fertilizantes foliares e aminoácidos, parece aumentar a resistência ao frio, pelo aumento da concentração de sais solúveis nas plantas e teor de aminoácidos e a pulverização deverá ser feita nas horas mais frescas do dia (pela manhã ou ao entardecer) (RANGEL, 2004).

As vantagens da refrigeração foram comprovadas em cultivares de banana do tipo “Nanica” e “Nanicão”, sendo recomendado 12°C a 15°C para conservação de frutos de banana durante duas a quatro semanas (MANOEL, 2008). Segundo Chitarra eChitarra (1990 apud VIVIANE, 2007; LEAL, 2007), a utilização da cadeia do frio e da embalagem adequada mantém a qualidade da banana até que ela chegue à mesa do consumidor.

Quando se usa o processo de refrigeração é preciso ter o controle da umidade relativa do ar (UR). De acordo com Kader (1992 apud MANOEL, 2008), o ideal é que a UR se mantenha em torno de 85% a 95%, de acordo com o fruto a ser armazenado, e que seja mantida constante durante o período de armazenamento, bem como a manutenção da temperatura, pois a circulação e renovação do ar no interior da câmara também influenciam.

O processo da atmosfera modificada (AM) consiste em manter uma boa relação entre a respiração do produto e a permeabilidade da embalagem, de tal forma que o interior do produto fique com uma concentração maior de gás carbônico (3% a 8%) do que de oxigênio (2% a 5%), e se eleve a umidade no interior do produto, para retardar ou diminuir os efeitos da injúria por frio. A diminuição nos níveis de oxigênio baixa a afinidade dele com as enzimas oxidativasperoxidase, polifenoloxidase e fenilalanina amônia-liase, causadoras do escurecimento dos tecidos. O objetivo é aumentar o período de conservação das frutas, diminuindo a taxa respiratória, retardando os processos bioquímicos da maturação e senescência, e evitando a podridão causada por patógenos (PINHEIRO, 2009).

Segundo Bleinroth (1995 apud PINHEIRO, 2009) na tentativa de regular a concentração de oxigênio e assim da respiração, cita-se o uso de filme de polietileno quando se pretende colocar bananas em câmaras de refrigeração. De uma maneira geral, o uso desses filmes aumenta a vida útil do produto, reduz a sensibilidade ao etileno, reduz a determinadas desordens fisiológicas (chilling), diminuem as perdas durante a distribuição no mercado, mantém a alta umidade relativa, entre outros. O seu uso é efetivo numa ampla faixa de temperatura, desde 13°C a 37°C (PINHEIRO, 2009).

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De acordo com Siqueira (2008, apud PINHEIRO, 2009) as bananas armazenadas na atmosfera modificada, tiveram uma adequada manutenção de suas características físico-químicas e sensoriais, no período de 24 dias de armazenamento refrigerado.

A taxa respiratória reduz de 2 a 4 vezes, a cada decréscimo de 10°C na temperatura, assim é preciso manter uma temperatura adequada, para que a taxa metabólica se mantenha em nível mínimo, suficiente para preservar a qualidade durante todo período de armazenamento. A temperatura crítica ou temperatura mínima de segurança (TSM) é a temperatura abaixo da qual ocorrerão distúrbios fisiológicos, a TSM da banana está entre 10°C a 15°C e varia conforme a cultivar, as condições climáticas e a umidade da câmara (PINHEIRO, 2009). A banana não deve ser armazenada a uma temperatura inferior a TSM, e por um tempo prolongado, a qual pode resultar em danos irreversíveis causados pelo frio (OETTERER; ARCE; SPOTO; 2006).

6.2Métodos para evitar injúrias no mamão

Segundo Sanches (2003a):

Outro ponto que deve ser levado em consideração é a pré-refrigeração. Deve ser uma atividade rotineira e consiste em remover, imediatamente após a colheita, o calor que o fruto traz do campo. A finalidade da pré-refrigeração é reduzir rapidamente os processos metabólicos do fruto preparando-o para o transporte ou armazenamento refrigerado (SANCHES, 2003a).

O período entre a colheita e a pré-refrigeração deve ser o menor possível, e no caso do mamão, não deve ultrapassar de 6 a 12 horas. A pré-refrigeração pode ser feita utilizando ar forçado, água e vácuo (SANCHES, 2003a).

O pré-resfriamento pode ser realizado em câmara normal de refrigeração e o tempo para atingir a temperatura de conservação (10 a 12ºC) depende de vários fatores, mas não deve ser maior que 10 a 14 horas. A diminuição de temperatura deve ser gradativa, procurando-se evitar choques térmicos (DURIGAN, 1997 apud SANCHES, 2003b).

Segundo os autores Klugeet al. e Chan (2002; 1988 apud VITTI, 2004), tanto o condicionamento em temperatura moderada (15-25°C) como o condicionamento em altas temperaturas (30 a 60°C por curtos períodos) mostrou-se eficiente para reduzir as injúrias pelo frio em mamão.

Testes de laboratório e o transporte mostraram ser o armazenamento hipobárico extremamente eficaz no retardamento da maturação do mamão. Após a conservação, o mamão amadurece normalmente e desenvolve a cor, o sabor e o aroma característicos. A pressão recomendada é de 20 mm/Hg, a temperatura de 10°C e umidade relativa de 92%(UNCTAD/GATT, 1971 apud MEDINA et al.,1980).A utilização de embalagens plásticas e a modificação atmosférica ocasionada por elas é outro mecanismo empregado com a finalidade de se reduzir as injúrias causadas pelo frio (DIAS et al., 2011).

O armazenamento de mamão Formosa sob-refrigeração, associado à atmosfera modificada (AM)com baixos níveis de O2 e altos de CO2, com filme de PVC, foi mais eficiente na conservação pós-colheita e manutenção da qualidade dos frutos, proporcionando maior vida de prateleira em função do acúmulo dos benefícios de ambas as técnicas (DIAS et al., 2011).

A redução na concentração do oxigênio ou aumento do gás carbônico pode atrasar o amadurecimento das frutas, reduzir a taxa respiratória e diminuir a produção de etileno. Por isso, embalagens de PVC podem proteger frutassensíveis às baixas temperaturas, contra danos causados pelo frio (ZAGORY; KADER, 1988 apud MOLINARI, 2007).

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6.3 Métodos para evitar injúrias na manga

Na pós-colheita da manga, o fruto fica sujeito a modificações fisiológicas causadas pelo amadurecimento precoce e pelo desenvolvimento de patógenos que podem causar danos à manga. Além do mais, a perda de água pelo fruto pode causar o enrugamento da casca e o murchamento da polpa, comprometendo o aspecto visual e reduzindo seu valor no mercado(PFAFFENBACHET al., 2003).

O emprego da refrigeração, através do uso de atmosfera modificada (AM) durante o armazenamento dos frutos, prolonga o período de conservação, uma vez que a AM pode reduzir os danos causados pela respiração e transpiração, como perda de massa e mudança na aparência (PFAFFENBACH et al., 2003).

A temperatura mínima de segurança para o armazenamento da manga é de 5 a12°C, sem apresentar sintoma de escurecimento e enrugamento da casca (WILLS et al., 1981).

O uso da Atmosfera Modificada cria um tipo de barreira artificial, como se fosse um filme plástico, semipermeável a difusão de gases em torno do produto, que reduz o nível de O₂ e

aumenta o nível de CO₂, alterando a concentração de etileno e vapor d’água, além de

alterações em outros compostos voláteis (2000 apud LANA; FINGER, PFAFFENBACH et al., 2003).

Portanto, há importância no tratamento do fruto através da atmosfera modificada e de embalagens adequadas, pois permite uma melhor conservação e manutenção da qualidade na pós-colheita da manga in natura, facilitando sua exportação e comercialização no mercado interno (PFAFFENBACH et al., 2003).

No estágio de maturação de colheita, se não for de variedade muito sensível, a mangapode ser conservada a 10 °C e umidade relativa de 90% por pelo menos três semanas, tempo suficiente para o transporte marítimo.O pré-condicionamento, pela redução gradual da temperatura, pode aumentar a resistência ao frio.A aplicação de cera, pelo fato de modificar a atmosfera interna do fruto, pode proteger um pouco contra a queima pelo frio(FILGUEIRAS et al., 2000). A embalagem para manga deve ser construída de modo a permitir uma boa ventilação, já que se trata de uma fruta bastante sensível ao etileno, que é liberado em grande quantidade.Háno mercado a tendência à exportação de caixas com 4,0kg de peso líquido. O número de frutas que nelas será acondicionado vai depender, naturalmente, do tamanho das frutas. As de tamanho uniforme podem ser firmemente embaladas sem, divisórias ou material de acolchoamento, bastando a correta resistência da caixa ao empilhamento para evitar que sofram danos mecânicos. O uso de material de acolchoamento, como o papel tipo seda, é uma proteção adicional. As frutas devem ser colocadas nas caixas em apenas uma camada, de lado ou de face, dependendo de seu tamanho. Quatro quilos de manga requerem um volume interno da embalagem de aproximadamente 10 litros (FIGUEIREDO NETO; SILVA, 2010).

7 DISTRIBUIÇÃO E EXPORTAÇÃO

7.1Mercado da banana e sua distribuição

A produção anual de frutas em todo o mundo está em torno de 360 milhões de toneladas por metro cúbico ou 60 kg por pessoa. Menos da metade desta quantidade é produzida pelos países tropicais na região do Equador, embora a maior parte da população esteja situada nestes países. Somente 15% das frutas são usadas para a produção industrial de sucos de frutas (BORGES; SOUZA, 2004).

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A maior parte da produção brasileira de bananas é consumida in natura. São industrializados cerca de 2% a 3% da produção, sendo 33% desses produtos consumido no mercado interno (BORGES; SOUZA, 2004). No Brasil, muitas vezes, a banana utilizada na indústria não é usada para esse fim. Das 6 milhões de toneladas de bananas produzidas no Brasil, apenas 3,4% foram usadas para o mercado interno.Entre os principais problemas de comercialização das frutas estão: Falta de transparência na produção de preços, critério de classificação pouco utilizado, cadeia de frios inexpressiva e elevada perda pós-colheita, que decorre do manuseio excessivo, inadequação do transporte e uso de embalagens impróprias (TAGLIARI et al.,1994).

A cadeia de frios também constitui um grande problema. A proporção de frutas que é transportada em caminhões com sistema de refrigeração ainda é muito pequena (BORGES; SOUZA, 2004).

O beneficiamento da banana vai depender do fim a que se destina o fruto e do método de colheita empregado, entre outros fatores. No caso do consumo in natura, a banana, após ser colhida, é transportada para o galpão de beneficiamento (packinghouse) por caminhões, tratores ou por cabo aéreo. O galpão de beneficiamento ou unidade de beneficiamento é um local coberto, próximo das lavouras, e de preferência no centro das mesmas, aonde os cachos vindos do bananal, passam por uma série de processos que visa melhorar a aparência da banana a ser comercializada (OLIVEIRA, 2010).

Segundo Chitarra e Chitarra (1990 apud VIVIANE, 2007), a ação conjunta da utilização da cadeia do frio e uma embalagem adequada devem facilitar a conservação da qualidade da banana até que ela chegue à mesa do consumidor.

Mascarenhas comenta que o Brasil para concorrer no mercado internacional precisa melhorar em muito a qualidade do produto, regularizar sua oferta e ter uma prática de exportação mais consistente. O mesmo autor salienta que se perde em torno de 40% das bananas produzidas até a mesa do consumidor(MASCARENHAS, 1999).

7.2 Mercado do mamão e sua distribuição

Inicialmente, é importante determinar a qual mercado será destinado à produção dos frutos de mamão, pois conforme a distância do mercado consumidor, algumas considerações devem ser feitas (SANCHES, 2003a).

De acordo com Sanches (2003), quando os frutos atingirem o estágio de maturação desejado, efetua-se o arranque dos frutos que logo em seguida devem ser colocados em caixas plásticas previamente forradas com fita de madeira, capim seco ou plástico bolha. Quando se utiliza plástico bolha, após colocar a primeira camada de frutos, outro plástico é colocado evitando assim, injúrias mecânicas, tanto durante a colheita, como durante o transporte até a casa de embalagem packinghouse.

Na chegada à packinghouse os mamões são descarregados em um tanque onde passam por um processo de limpeza e em seguida os frutos são selecionados. Após esses procedimentos, os frutos são classificados de acordo com seu peso e tamanho (SANCHES, 2003b).

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Figura 8 - Limpeza dos frutos com jato de água

Fonte: (RUGGIERO, 2005)

Sanches (2003b) afirma que, logo após, os frutos são novamente selecionados e separados por qualidade e tamanho em caixas plásticas sendo que os melhores frutos geralmente são destinados aos EUA e os outros são destinados a Europa e ao mercado interno.

Figura 9-Seleção e classificação dos frutos

Fonte: (RUGGIERO, 2005)

Quando o produto destina-se a exportação, a próxima etapa é o tratamento térmico. As caixas de plástico selecionadas são colocadas em "gaiolas" para depois serem tratadas. As caixas destinadas aos EUA são tratadas em local separado das demais, além da sala de tratamento ser telada, devido a exigências impostas por eles (SANCHES, 2003a).

O tratamento de frutos destinados aos EUA consiste no seguinte processo: “as gaiolas” contendo as caixas plásticas são mergulhadas em tanque quente (água a 48°C/ 20 minutos) e depois seguem para o tanque frio (água à 6-8°C/ 15 minutos). No tratamento dos frutos destinados à Europa, a única mudança de procedimento é a adição de um fungicida. (SANCHES, 2003a).

Sanches (2003a) afirma também que, depois do tratamento, as caixas são estocadas em câmara fria a 9°C por aproximadamente um dia. A etapa seguinte é o embalamento. Os frutos são levados para a sala de embalagem e ali são envolvidos em papel de seda e colocados nas caixas.

O transporte refrigerado do mamão é de elevado custo. Contudo, este tipo de transporte traz como benefício um melhor padrão de qualidade para os frutos, além da ausência ou considerável redução dos níveis de perdas. A temperatura de transporte deve ser de 10 a 12°C e a umidade relativa do ar de 90-95%, sendo que, sob estas condições, os frutos podem ser transportados por um período de 7 a 10 dias (SANCHES, 2003a).

O mamão papaya pertence ao grupo de frutos que são armazenados e transportados a temperaturas em torno de 10°C, mas pode apresentar chillinginjury em temperaturas abaixo de 10°C, como também, uma vida útil reduzida em temperaturas superiores a 15°C. Além de apresentarem as mesmas exigências em matéria de temperatura, os frutos compatíveis com o mamão, devem ser transportados e/ou armazenados em um ambiente com umidade relativa variando de 90-95%. Outro fator que deve ser levado em consideração é a produção

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de etileno. O mamão é altamente sensível à presença deste (SANCHES, 2003a).

7.3 Mercado da manga e sua distribuição

A demanda pela manga vem crescendo na América do Norte, Europa, países do Extremo Oriente e Oriente Médio. Pelo fato do mercado europeu não fazer tantas exigências como Estados Unidos e Japão, é mais acessível e mais disputado pelas empresas que exportam o produto (PEROSA; PIERRE, 2002).

Os destinos finais da manga brasileira são principalmente para o mercado europeu e norteamericano. As variedades preferidas possuem coloração vermelha e brilhante, com fibras curtas e peso entre 250 e 600 g por unidade, para o mercado dos EUA, e de 250 a 750 g por unidade para o mercado europeu (PIZZOL et al.,1998 apud PEROSA; PIERRE, 2002).

Atualmente a manga é exportada por via marítima ou aérea, sendo a caixa do papelão ondulado sua principal forma de embalagem. Apesar da importância da embalagem em termos de apresentação, proteção e transporte da manga, não existem normas e padrões quanto ao material e às medidas a serem adotadas (FIGUEIREDO NETO; SILVA, 2010).

O Brasil está diante de um mercado em expansão. Com vasto território, clima propício à expansão da cultura e utilização de técnicas necessárias para obtenção de uma fruta de alta qualidade, o mercado de manga apresenta perspectivas promissoras para o país(PEROSA; PIERRE, 2002).

Conclusões e recomendações

Esse dossiê contribui para ampliar os conhecimentos de métodos para evitar as injúrias causadas pela refrigeração dos frutos tropicais, banana, mamão e manga, na busca de técnicas necessárias para obtenção de frutas de alta qualidade, minimizando assim as perdas.

Recomenda-se contato com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Mandioca e Fruticultura – Embrapa Mandioca e Fruticultura

Embrapa Mandioca e Fruticultura Rua Embrapa, s/nº. Cruz das Almas - BA CEP 44380-000 Fone: (75) 3312 -8048 Fax: (75) 3312 -8097 Site: <http://www.cnpmf.embrapa.br/>. Acesso em: 5 dez. 2011.

Recomenda-se contato com a Sociedade Brasileira de Fruticultura – SBF:

SBF - Sociedade Brasileira de Fruticultura Estrada do Bem Querer, km 4 Vitória da Conquista – BA CEP: 45083-900 Tel.: (77) 3425-9350 Fax: (77) 3424-8626 E-mail: [email protected] Site: <http://www.fruticultura.org/>. Acesso em: 5 dez. 2011.

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Nome do técnico responsável Fernanda de Oliveira – Engenheira Agrônoma e Mestre em Biotecnologia

Fernando Mustafá Costa

Jéssica Câmara Siqueira

Nome da Instituição do SBRT responsável USP/DT (Agência USP de Inovação / Disque-Tecnologia)

Data de finalização

14 dez. 2011