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Douce Poésie V 1

Douce Poésie V - rl.art.br · Abraça-me esperança Abraça-me, envolva-me entranha em minha alma, tira-me dessa morna letargia... Desse ser e não ser. Desse querer e desistir

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Douce Poésie V

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Copyright 2017 (1ª Edição)

Todos os direitos desta edição reservados aos autores.

Impresso no Brasil Printed in Brazil.

Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907.

Projeto editorial e diagramação: Antônio Ramos da Silva

Capa:

UQC – Comunicação Visual

Revisão técnica e ortográfica: dos autores.

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

ISBN –

PERMISSÃO DOS AUTORES PARA CITAÇÃO

É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive

quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais

constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980)

sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

S586d Douce Poésie V - poesias & textos / Antônio Ramos da Silva...

[et al.]. – 1. ed. – [S.l.]: Bookess, 2017. 125 p.

ISBN: 978-85-448-

1. Poesia brasileira. 2. Literatura brasileira – Miscelânea.

I. Ramos da Silva, Antônio. Título.

CDD: 869.98

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Antônio Ramos da Silva

Carmen Jara

Izabella Pavesi

Joabe Tavares de Souza

Jose Alfredo Evangelista

Maurélio Machado

Pedro Luiz P. da Silva

Roberto Franklin Falcão da Costa

Solange Moreira

1ª Edição

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Essa obra é um projeto da “Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, estado de Santa Catarina” integrando escritores, Catarinense, Gaúcho, Maranhense, Mato-grossense, Mineiro e Paulista. Intercâmbio cultural de ideias retratadas em poesias, pensamentos e textos.

“Reunir Escritas é Possível”.

A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.

Aristóteles

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Apresentação: (5)

Sumário: (6)

Poesias & Textos

Antônio Ramos da Silva: (7/18)

Carmen Jara: (19/30)

Izabella Pavesi: (31/42)

Joabe Tavares de Souza: (43/54) Jose Alfredo Evangelista: (55/66)

Maurélio Machado: (67/78)

Pedro Luiz P. da Silva: (79/90) Roberto Franklin Falcão da Costa: (91/102)

Solange Moreira: (103/114)

Textos: (115/125)

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Antônio Ramos da Silva

Nasceu em 19 de Setembro de 1960, na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). Professor. Escritor. Ativista Cultural. Historiador e Poeta. Graduado em Ciências Econômicas, pela Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR) (1984). Pós-graduado em Gestão Financeira, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR) (1987). Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul (SC) e membro da Associação Internacional de Poetas. Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim, Indiferente Não” e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC). Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013. Publicou: 73 títulos entre poesias, textos, diálogo e história.

Contato:

[email protected]

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Lenda do viver

Faça da tua vida uma lenda. Aborte as legendas!

Viver é muito simples e não tem tradução.

Não vire página, nem a última! Começo – fim.

Insira vida no teu folhetim.

Um belo dia com sol (de bom dia ao bom dia).

Aqueça o coração que amanheceu rindo.

Esse riso maroto que estampas no rosto. Esse riso.

Esse sol que invade a alma ainda rindo: É o amor.

É flor. É foda. É rosa.

Anatomia e coisa da alma. É sexo. Desejo. Idolatria.

Orgia. O amor é vida independente, se for ou não for...

Geografia. Biologia.

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Tudo era mágico...

Língua lambida.

Língua entrelaçada.

Língua estendida.

Língua sugada.

Ressoar de línguas.

A hora mágica.

Chegou ao fim - o último beijo.

Línguas!

Caracol recolhido na forma original.

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Tragédia humana

LaMia prefixo CP-2933 - modelo Avro RJ85 A vida é apenas uma semente. Meu choro é seco de lágrimas, num momento é só alegria, fração de segundos a vida acaba.

O povo chora. Procura apoio (algo, alguém, uma coisa). O centro desaba...

O povo sente. A vida é apenas uma semente. Um momento é só alegria fração de segundo a vida acaba.

Só se escuta o som do vento. O povo sente em silêncio.

Uma multidão sozinha queria o que todos queriam,

apenas queriam a vida. Não precisava de equilíbrio. Precisava de alguém. Agora em desequilíbrio a vida não vale um vintém.

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Sou apenas corpo mas o que me edifica

é ter alma e coração.

Quem cativa cultiva e colhe.

O que o coração vê

não tem alcance.

Em amores rasos quem é profundo não ancora.

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#Força Chape Tudo se converte em completo vazio diante dessa imensa tragédia conceder a culpa ao destino diante da negligencia humana não me entra na ideia. O destino nesse sentido é frio agora a vida perdeu o sentido por culpa de uns desvalidos.

E agora Chape! Força Chape. Chore, chore todo grito da alma contido.

A capa que escreveram com tinta branca da paz

e o verde da solidariedade ficará para posteridade o legado registrado dessa bela obra em livro.

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A essência naufraga

num coração

cheio de mágoa. A verdade é como uma tatuagem,

para constituir; é dolorida,

fixa e nos transforma.

Quando amo a vida me carrega

para o fundo do meu oceano.

Nesse balé de abraços

a alma dança.

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Voo além

Quando eu for meu nome será apagado,

o silêncio escreverá o que não disse.

Orquídeas enraizadas na árvore marcará a minha linha do tempo

levando para longe o perfume da saudade sem saber para onde vai.

Não serei mais ninguém. Não haverá mais tempo.

Perguntar a quem?

Olhar fitando o céu. Uma prece. Voo além...

Amor é o que possuo.

O meu afeto está aberto. O meu amor está em feto

a espera de crescer e ser feliz

enquanto a vida durar.

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Com lápis e papel

Com lápis e papel fiz da poesia

o mais belo retrato.

Com lápis e papel desnudei almas

nas linhas de uma grande obra.

Com lápis e papel escrevi o amor

aquém dediquei.

Com lápis e papel aprendi a arte da paciência

para o amor frutificar, vontades bloquear

e buscar o que é necessário.

No meio de tantas tintas e papéis aprendi que nada sei. Por isso decidi lutar

e ser fiel a quem sou.

Esse é o meu ofício.

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Tua face é pétala macia

só te ver meus olhos afagas.

Sonhe, mas não permita que a razão durma.

Borde sonhos

e renda-me. Entre, a pele é sua.

.

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Esquecer-te

Jamais! Tatuei na mente.

Apagar-te

Como? Tu és parte de mim.

Deixar-te Não Posso! Ficaria sem coração.

Sinto-me dois: Um te ama demais

outro, nem sei quem é.

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Carmen Maria Maciel Jara

Nascida em 07 de outubro de 1948, na cidade de Pelotas-RS. Viúva. Vive a sublime ventura de ser mãe e avó. Pedagoga, graduada pela Universidade Federal de Pelotas. Pós-graduada em Ensino e Prática Pedagógica na mesma Universidade. Especialista em Educação Especial pela Universidade Católica de Pelotas. Encerrou sua carreira no Magistério, exercendo a função de direção na APAE Capão do Leão (RS), dedicando os últimos anos à educação especial. Aposentada, além da dedicação aos netos pequenos, voltou-se à poesia no ano de 2015. Usa com gosto e emoção a junção de letras à compor versos que expressam momentos e emoções que enalteçam e descrevam o amor, fragmentando sentimentos de forma poética. Feliz, enquanto estado de espírito. Numa felicidade desvinculada de eventos alegres e ou tristezas momentâneas. Canta e vive o amor na sua mais pura essência, reconhecendo-o como a energia Universal.

Publicou:

20° Antologia Logos - Maio de 2016. Platinum XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXIII (poesias, 2016) - Bookess Editora. Douce Poésie I, III (poesias, 2017) – Bookess Editora. Selecionada: Antologia Sui Generis – Saloios & Caipiras-Portugal - Agosto de 2016 e “O canto do Rouxinol” (poesias, 2016) obra solo publicada pela Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

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Ano novo

Mais um ano que inicia com meu pensamento em ti.

Estás tão longe meu doce amor e tão perto de mim.

Sinto-te na minha alma

em meu corpo e coração.

Tuas palavras, minha alegria. Tua proximidade, meu sonho.

Teu abraço, minha busca. Teus beijos, o meu desejo. Te amar, o meu destino.

Tem o ano poucos minutos,

Já te amei em todos eles e em todos os minutos restantes

serão cheios de amor por ti.

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Primeiro dia

Amanheceu! Primeiro dia do ano... 2017.

Canta a passarada.

Os primeiros raios do sol beijam ternamente o verdejante pasto.

Movimentam-se os animais nesse meu pago amado,

mas meu teimoso coração insiste em daqui voar

buscando em pensamento teus beijos, teu amor,

teus gorjeios e trinados.

Meu doce Rouxinol! Sonhos soprados por entre galhos

de frondosas árvores, planos de momentos sublimes

mesmo que únicos no crepúsculo da vida.

Um abraço, um beijo roubado

seria o bastante, seria...

Esse ano recém-chegado trazendo consigo a promessa

de bem pertinho escutar com meu coração pulando

da mais pura felicidade o meu Rouxinol cantar.

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Sonho de amor

Visto-me de sonhos. Adorno-me de ilusões.

Cubro-me de esperanças. Vislumbro a ventura do amor.

Desenho e bordo o destino

com estrelas que busco no céu. Do luar apaixonante

vem a sedução envolvente; empresta-me o sol seus raios

aquecendo-me a alma e o coração contagiando-me o corpo com desejos.

Tua imagem bailando, etérea,

desesperada tento materializá-la. Minhas mãos não encontram as tuas.

Meus lábios permanecem sem os teus. Meu corpo geme a dor da solidão.

Dispo-me dos sonhos, arranco as ilusões.

Sem esperanças... Sem ventura... Sem destino... Caminho só... Sem teu amor.

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Dueto de amor

Vamos escrever juntos... juntos, bem juntinhos.

Almas se tocando em cada frase escrita,

desnudando nossos sentimentos.

Momento únicos, só nossos Te quero da primeira frase

desencadeando as outras todas. Também te quero muito.

Logo dada a resposta... a sequência foi sublime,

palavras bordando o carinho, de um texto gravado em nós.

Numa explosão de palavras o nosso sentir brotando vivo

fluindo o desejo gostoso com naturalidade e ardor.

Fomos compondo um poema...

um dueto de amor e paixão; poema que ninguém irá ler,

pois somente em nós ficou grafado.

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Menina mulher

E ela acreditava na vida. Acreditava na felicidade. Nas pessoas e na paz.

Permitia que as borboletas

se movimentassem em seu estômago...

E então...

Ela se permitia amar. Se permitia ser feliz.

Era menina. Era mulher.

Era menina mulher. Era mulher com coração de menina.

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Abraça-me esperança

Abraça-me, envolva-me entranha em minha alma,

tira-me dessa morna letargia...

Desse ser e não ser. Desse querer e desistir.

Desse abafar da minha essência.

Devolva-me o calor do verdadeiramente existir. Vem esperança!

Vem encher de luz o meu viver. Vem alimentar o meu espírito com fé.

Não me abandona. Vem!

Mostra-me a força companheira de tantas batalhas vencidas. Renova em mim a alegria.

Dirija meu olhar ao presente legando as dores ao passado,

aceitando como incerto o futuro.

Vem esperança. Vem! Ensina-me à colher agora antes que o tempo colha

o que covardemente sinto medo de viver.

Vem esperança. Vem! Abraça-me esperança.

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O que é...

Amor... Não acredito Obsessão...

Provavelmente.

Nem a força sublime do amor faria com que aceitasse

tudo o que aceito.

Tua inconstância. Teu vai e vem...

Como se nada houvesse dito

e minha relevância como se nada houvesse escutado,

a negação dos próprios sentimentos e o negar à colocar o ponto final

e meu aceitar a eterna grafia de reticências.

O que é isso que nos prende um ao outro? Se não é amor, é o reflexo da mais autêntica insanidade.

Mas só de pensar em curar-me dessa loucura e perder os teus carinhos;

prefiro continuar com esse diagnóstico. Quero a loucura da nossa história e não quero meu coração vazio.

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Olhando o mar

Mar... Introspecção...

Sussurro das ondas lambendo a areia, desligamento das impossibilidades.

Coração liberto, puro.

Tic-tac de vida em essência, vibrando aos acordes da alma.

Céu do mais lindo azul

beijando suavemente as verdejantes águas tal qual em pensamento meus lábios beijam os teus.

Gaivotas bailam num voar coreográfico

emprestando lirismo ao momento, assim como voa rompendo distância

o meu carinho na busca do teu.

Instantes de sublime encantamento essa aproximação à ti. Alegria, paz, ternura,

minha alma feliz assume a doce ventura desse sentir...

Embarca na nau da esperança

saudando a maresia do meu amar embalada por ondas de felicidade.

Quero ancorar no porto dos teus beijos com a âncora dos teus abraços.

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Tua imagem

Onde estás amor? Procuro-te sempre

nessa ausência dorida sem tua imagem querida

emoções sempre contidas na busca do teu cantar; meu querido Rouxinol...

Com pensamentos passeantes

transporto-a então à esse universo sonhante de um querer constante

entranhado em meu viver...

Ao inexplicável mistério do amor à vibração da alma,

ao pulsar frenético do coração, aos desejos ardentes do corpo...

Sinto tua presença de encantamento

na beleza e perfume das flores, na sonoridade de uma canção,

no azul flutuante do céu e na doçura de uma oração.

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Poesia

És minha voz! Em ti falo.

Em ti percebo a vida. Espelho camuflado de minha alma, grito do coração... face dos afetos.

Refletes o meu sentir,

em ti há vazão e explosão de dores e dissabores,

o canto nostálgico dos desamores, a sublimação dos amores;

em cada verso um momento, em cada momento um sentimento...

Às vezes te busco e foges;

em outras não te chamo e vens. Às vezes queres versos;

em outras te mostras em uma flor ou no doce abraço de criança...

Também num sorriso de esperança e na ventura de amar.

És complemento de vida

Adornas, fazes vibrar um coração em teus versos o navegar dos devaneios.

Tuas estrofes, mesclas de alegrias e mágoas, espelhas sonhos e realidades.

És magia, encantamento!

Em ti sou eu inteira. Em ti também sou simplesmente personagem.

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Izabel Pavesi (Izabella Pavesi)

Nasceu em 5 de Novembro de 1959, na cidade de Botuverá (SC). Reside e trabalha em Florianópolis (SC). Historiadora. Escritora romancista e Poetisa.

Graduada em História, pela instituição UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo da Vinci (2014).

Membro dos Poetas Del Mundo. SEB - Sociedade Escritores de Blumenau (SC). ALB - Academia de Letras do Brasil/Suíça. DIVINE - Académie Française des Arts Lettres et Culture.

Cronista na “Revista Insieme” (ítalo-brasileira) - http://www.insieme.com.br/.

A escritora descreve o seu recente trabalho literário “O Néctar da Vida” (poesias, 2014) com essas palavras: “Ao folhear esse compêndio, o leitor constata que o poetar foi acontecendo no fazer cotidiano, surgindo em momentos de contentamento, em outros de abissal solidão, em dias de euforia e festa, em noites de paixão e envolvimento, e como num relógio do tempo foi elaborado nas sentidas ausências, nas noites insones e, acima de tudo, nas perdas dolorosas”. Publicou: “O Último Gerente” (Romance ficção, 2004) e “O Néctar da Vida” (poesias, 2014). Participou de diversas Antologias em coautoria de diversos escritores desde 2005, sendo duas participações no “Projeto Premium”, Premium IV e Premium X Ouro (poesias 2015), “Platinum II” (poesias, 2016) - Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

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Apelo à PAZ!

Crianças nos esconderijos entre ruínas, Enquanto cinzas cobrem seus lares esfacelados.

Tudo é assustador!... em Aleppo, Tudo é inexplicável!

Será que nosso Deus adormeceu?! Um povaréu fugiu pro mar,

Outro se refugiou não se sabe onde... Os estrondos vociferam pelos ares... Onde andarão as andorinhas da paz?

Onde encontraremos o instinto materno Da imensa e poderosa mãe Terra?

Onde haverá espaço pra dias de paz?

Agarremo-nos às flâmulas da esperança, Que ainda tremulam em alguns corações.

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Tudo é pulsante

A suave maré sobe Lambisca a areia Inunda as trilhas

Engole nossas pegadas. Tudo é pulsante!

A maré desce ao final do dia Com a lua cheia que inebria,

Sinais explícitos de urgências. Ancorados no presente instante

Estamos, magnéticos, eu e você. Nossa paixão se anuncia, livre.

A quente seiva que aquece os dias Pulsa na intensidade febril

Da paixão ardente no peito.

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Minha essência

Nas cavernas rabisquei “desenhos” Nos hieróglifos imprimi “istorietas”

Nas folhas de papel de arroz Desenhei minhas quimeras

Nos papiros risquei epopeias Atravessei o túnel do tempo! Escrevi no barro, na areia,

Na lousa, no tablet... Serei eternizada em alguns livros.

Fiz das letras o café da manhã O vinho da madrugada. Por milênios sobrevivi,

A despeito das operantes desfeitas. Na grande nuvem da era digital

Minha essência reside. Sou o que permanecerá

Sou “escritora”!

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Meu poema maior

Meu poema maior Não o encontrarás aqui!

Meu poema maior... Finquei-o nas areias do tempo!

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A arte

A arte aflorou em mim Amalgamou-se. A vida extravasa Esse corpo finito.

De mim ficarão poesias, Romances, meus escritos.

A essência de mim Em caracteres digitais.

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Meu farol

Arma fulminante!... Teus olhos lampejantes,

Segredos insinuam enigmáticos, Nas linhas sinuosas da minha pele.

Fervoroso olhar me dá asas, Colho estrelas, pra te enfeitiçar...

Ah! Esse teu olhar é puro fascínio, Translumbrante!

Barca de delícias...

Na vertigem das horas O arrepio do amor pulsante, Teus olhos... faróis acesos,

Catando luas pra me encantar, Teus olhos são meu perigo, Faróis guiam... fascinação!

Teus olhos... minha perdição!

Vivaz chama, carícia, Na retina acesa, farol

De ângulos múltiplos... Transporta-me em sussurros. Quando teus grandes olhos

Cravam os meus, incendeiam! Toda radiante, enlevada, Te amo ardentemente!

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Magia

O dorso nu O coração terno Beijos calorosos

No olhar... só fetiches, Magia e sedução...

Prenúncio de ardentes paixões!

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Mar do teu olhar

Fui descansar meus olhos no mar E só vi teu olhar...

No brilho de cada onda oscilante Cristalina espuma se estracinha...

A onda arrepia em belezura

Se prateia... se espraia faceira Faz suave melodia e marulha Onda me embala e me leva...

Água-marinha verde mar!

Me empresta teu radiante olhar Pra navegar todos os mares

No teu oceano de prazer!

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Dias de verão

Todas as tardes cumulonimbus Vêm ofuscar o astro-rei,

Que generoso inunda a vida de luminosidade. E, arquitetam poções no firmamento

E, vão se amontoando... E, descendo a encosta do céu.

E aí,... vem o aguaceiro! ...e o cheirinho de terra molhada

Embevece as narinas secas. E, sombrinhas voam com a ventania E a gente chega em casa pingando...

O corpo da gente se espreguiça E vai até a varanda assistir

As nuances rubras do entardecer. E eu... suspendo tudo: O correr do dia a dia,

O consumo em demasia, E todos os excessos!

Frescor e brisas esvoaçam ao luar... Meu ser leve só tem olhos pra apreciar

O lusco-fusco das luzes pelos vãos da avenida. E ao amanhecer...

Tudo volta na mesma cadência Nessas escaldantes tardes de verão.

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Lá fora

Lá fora, o mundo Está em festa... E eu, acanhada

Espio pela fresta.

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Joabe Tavares Souza

Nasceu em 5 de janeiro de 1974, em Rondonópolis (MT). Graduado em Licenciatura Plena em História / Instituto de Ciências Humanas e Sociais pela UFMT – Universidade Federal do Mato Grosso. Descreve a sua história de vida de um vencedor deficiente físico. Desde o nascimento, vem superando obstáculos e ocupando passo a passo, o seu lugar no mundo, se adaptando á diversas situações em seus respectivos momentos vivido com muita intensidade. Frequentou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, de 1984 a 1989 onde foi alfabetizado e a partir dai iniciou na arte da poesia onde se refugiou, tendo como um abrigo certo para as suas angustias. Ao terminar o ensino fundamental, elegeu como meta o ensino médio na Escola Estadual LA SALLE. Foi nessa escola, que na manhã do dia 17 de setembro de 2007 lançou o seu 1º livro de poesias: “Minhas poesias, doces palavras amor” e o 2º “Versificando” lançado no dia 11 de junho de 2014, fruto do seu período de isolamento. Diz o poeta: “Sou um sonhador e amo amar sem medo e vergonha de ser feliz. Eu não me importo se algumas pessoas me vejam como diferente, pois eu me vejo como normal”. Contato: [email protected]

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Quando eu

Quando eu bagunço o baú das minhas memórias, eu mexo nas presepadas do meu passado.

Quando eu revivo os gritos da minha infância,

eu colho as gotas de lágrimas dos meus sonhos.

Quando eu cavo o tesouro da minha juventude, eu reorganizo os desejos do meu futuro.

Quando eu me calo no silêncio das minhas vontades,

eu observo lentamente meus passos.

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Neblina da manhã

Ela cai suavemente, regando os desejos. Num clima ameno,

das paixões e amores. Pensamentos libertos,

nos cobertores dos abraços.

A boca balbucia um nome, o olhar divaga desatento. Numa busca incessante, de momento a momento.

As mãos parecem contentes, na certeza de tocar seu corpo, as emoções numa sonoridade.

Nas madrugadas reviro os sonhos,

para encontrar-me neles. Nos momentos únicos e nostálgicos,

refaço-me nas conexões. Onde me confundem as negras nuvens,

do passado e presente.

A noite vai lentamente nas horas se retirando, deixando o novo dia se aproximar.

Lá fora o amanhecer vem logo se descobrindo, a neblina da manhã a se desvencilhar.

Assim mais um dia vem com o sol chegando, alvorecendo na mente novo pensar.

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Posso

Posso não tê-la agora comigo, as lágrimas na minha face podem arder.

Posso não sentir teu corpo, do meu desejo pode vir o meu querer.

Posso não sentir teu cheiro, em meus sonhos você vem me enlouquecer.

Posso não ser o seu dono, mas nesta canção eu vou te pertencer.

Posso brigar com o sono, afim de não deixar-me sem ti adormecer.

Posso até aceitar o seu silêncio, mas nunca concordarei em te perder.

Posso ficar preso no tempo, ainda assim em mim vou te prender.

Posso aceitar o seu desprezo, mas nunca me permitirei te esquecer.

Posso virar um moribundo, ainda assim vou este amor enaltecer.

Posso viver no meu mundo, mas na minha arte vou te descrever.

Posso me cegar neste segundo, mas te sentirei no orvalho do amanhecer.

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Preciso gritar

Preciso gritar o que está me sufocando, antes que mate em mim tudo o que eu sinto.

Organizar o meu pensar para seguir em frente, para que eu não me perca como um retirante.

Isto que dói é um pedacinho da minha alma,

um sonho despedaçado numa branca pagina. Procurando uma direção para a reconstrução, para pulsar o amor novamente meu coração.

Buscarei na escuridão dessa vida,

por mais dura que ela seja a claridade. Nada me fará assim tão pequeno,

essa loucura por viver me faz grande.

Que passe logo o meu silêncio, e um novo amor me aconteça.

Para que eu possa abrir um sorriso, e uma nova paixão me aqueça.

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Quando a noite cai

Quando a noite cai, meus tormentos se despertam.

Minha alma fica aflita, os meus pensamentos se bagunçam.

Quando a noite cai,

os meus desejos me perturbam. As minha raiva me trai,

os meus querer se misturam.

Quando a noite cai, as minhas loucuras se libertam.

O sangue queima, as minhas verdades se destrancam.

Quando a noite cai,

só minha cama me afugenta. O silêncio me congela,

e a madrugada me acoberta.

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Quando eu partir

Quando eu daqui numa desta primavera partir, não chore, pois o meu tempo na sua vida já passou. Feche a porta devagar para a minha saudade entrar,

como brisa de chuva fresca umedecendo as lembranças.

Não, não chore, por favor, só me deixe partir. Chore depois, para que eu não me sinta culpado,

por te amar além das minhas forças e sofrer. Deixe-me partir no silêncio das minhas lágrimas.

Para que eu um dia volte, mas se outro me expulsar.

Quando eu numa desta primavera daqui partir, sempre te amarei da mesma forma e com o mesmo amor,

e se eu partir um dia será por falta deste mesmo amor.

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Dance comigo essa valsa

Dance comigo essa valsa, dance, nem que seja em meu sonho.

Por favor, dance suavemente, ao soar a melodia as cordas do violino.

Dance comigo até que essa noite se finde, no calor dos meus aconchegantes braços.

Dance comigo e não pare antes que o sol chegue, esqueça de tudo lá fora por estes poucos minutos.

Dance comigo essa valsa,

deixe que nossos corpos se entendam. Dance e apenas me conduza,

assim como as notas musicais se entrelaçam.

Dance comigo sem medo, e baile sobre todos os meus sutis prazeres.

Dance nesta noite comigo, a valsa que embala os verdadeiros amores.

Dance comigo agora, antes que tudo acabe.

Faça de mim o seu chão, viva comigo essa noite.

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Eu te amo

Eu te imagino num jeito meigo. Eu te espero linda no tempo.

Eu te quero nos meus sonhos. Eu te amo como um louco.

Eu te sinto aqui num beijo. Eu te preciso num abraço.

Eu te necessito como um doido. Eu te encontro no espaço.

Eu te grito na força dos ventos. Eu te busco na fonte do desejo. Eu te vejo aqui como um anjo.

Eu te espero pelo infinito.

Eu te crio e assim me faz vivo. Eu te rabisco no meu desejo.

Eu te descrevo nos meus lábios. Eu te absorvo no meu mundo.

Eu te digo assim que te quero. Eu te peço assim em namoro.

Eu te procuro nos meus versos. Eu te escrevo no meu livro.

Eu assim te quero. Eu assim te desejo. Eu assim te preciso. Eu assim te AMO.

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Calo-me

Calo por te amar e não sentir em mim,

a doçura do seu perfume.

A alma chora ao te ver, ao saber que o seu coração, insensivelmente me ignora.

Tudo por te dar parte de mim, destinar a você o meu melhor, a porção do meu louco desejo.

Instantaneamente me entrego,

a essa loucura de sonho, a esse desejo que me consome.

Aqui no meu silêncio,

eu vivo sozinho, mas vivo te amando.

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Crepúsculo da noite Apaga-se a tarde, na ternura das horas. A imaginação livre, nas vontades caladas.

O pensar se perdem, na saudade dura. Em toda desordem, da avenida e rua.

O nada a querer, sem o tudo desejar. No sem saber, que o só vai ficar.

No luar da praça, sob o sorrir do sereno. Querendo uma boca, para roubar um beijo.

O tempo corre, no olhar desatento. De todos os amores, entregue ao encanto.

As estrelas se acendem, na cristalinidade do céu, A grama o amar cedem, de tudo sem nada se perdeu.

E inconsequentemente, o amor acontece cedido. No Crepúsculo da noite, alguns ficam escondidos.

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Jose Alfredo Evangelista

Nasceu no dia 25 de Fevereiro de 1946, na cidade de São Roque (SP). Ingressou nas fileiras do Exército Brasileiro e passou para a reserva, após trinta anos de efetivo serviço, tendo fixado residência na cidade de Lorena onde formou sua família. Estudou Teologia na Universidade Salesiana de Lorena e Jornalismo em Mogi das Cruzes. É um dos fundadores da Associação dos Militares Inativos e Pensionistas de Lorena – AMIPEL. Possui o título de Comendador outorgado pelo Poder Executivo de Lorena com a “Comenda Bernardo José de Lorena” por relevantes serviços prestados à comunidade. É Acadêmico na ALLARTE – Academia Lorenense de Letras e Artes, ocupando a cadeira nº 11 e tem como seu Patrono, o Marechal Cândido da Silva Rondon, Patrono das Comunicações. É autor dos livros: “TENENTE CLÁUDIO PEREIRA – Tributo e Memórias”; “CASOS E CAUSOS DA CASERNA – Relatos de um militar inativo”; “DIVAGAÇÕES POÉTICAS – Um olhar aos meandros da vida”, “CONTOS & CRÔNICAS – Uma resenha da vida”, “POEMAS DA ALMA” e “VERSOS DESNUDOS”, “JORNALISMO EM VERSOS” todos na suas 1ª Edições. Participou das antologias “Platinum III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, XXIV” - (poesias, 2016) - Bookess Editora e “Douce Poésie I, II, III, IV” – (poesias, 2017) – Bookess Editora. Contato:

[email protected]

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Amigos nas esquinas da vida

Muitos eles são... São diversos... Canto em prosa e verso suas amizades. Nas esquinas lá estão... Com acenos...

Dão-me seu apreço e consideração Num aperto de mão a fraterna atenção!

Amigos que guardo no lado esquerdo

De um peito feliz e satisfeito. Congraçamento fraternal...

Eles aparecem na camaradagem Com apreço e boas mensagens!

Ando pelas ruas das amizades

E nas esquinas acho-os alegres Falantes e em humildes resenhas

Em prosas e versos que convenha!

Amigos das esquinas e botecos Sorvendo uma cerveja com

Um bate papo e muito caneco. É tudo o que eles desejam!

Em cada esquina um amigo; Em cada boteco um parceiro; Lá estão eles sempre comigo, Lá estão eles sempre faceiros!

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O cúmulo da safadeza

Entre tantas safadezas que grassam por aí

Vamos destacar algumas aqui: Tomar lanche no banco da praça

E deixar ao chão suas traças! Sem vagas para estacionar, Deixar o idoso sem seu lugar! Nas imensas filas dos caixas Ocupar do idoso sua faixa!

No interior de restaurantes O incômodo de fumantes!

Dirigir depois das 22 horas Com altíssimo som!

Pisar sem parcimônia Nos canteiros gramados! Formar grupelhos na calçada Impedindo pessoas de passar!

Estacionar carro na contramão E não querer ouvir sermão!

Urinar como um cão Nas árvores e no chão!

Namorar nos bancos de praças Como se estivesse num motel! Falar alto e gritar na rua Após as 22 horas!

Safado é sem vergonha E mal educado... É mala também

E olha com desdém Quando é surpreendido

Por alguém! Mala é o fumeiro De mau cheiro; Reunido no puteiro De um galinheiro.

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Discipulado

Há um caminho indicado De condições impostas Num viver despojado

De liberdade proposta.

Com disposição a enfrentar conflitos De forças opostas

Há que se munir de requisitos Vencer barreiras impostas.

Desapego e liberdade

Fazem do discípulo Forte e determinado

No seguimento indicado!

Há um chamado solene: A Santa Palavra chama

O discípulo a ouve E a missão clama!

A Cruz é ponto de conflito! Mas Cruz não é opressão!

É a chave da plena liberdade! Discipulado com vitalidade!

Discipulado não é sofrimento!

Seguir Jesus porque Ele é AMOR! O discípulo é frágil e pecador;

Tem no seu Senhor muito ardor!

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Best-seller

Como boa notícia

Ela veio do princípio Pela Santa Palavra

Sem nenhum comício!

“Faça-se”... E tudo foi feito! Do verbo à criação...

E tudo era bom!... Por fim, o verbo Criou o homem!

E o verbo deu-lhe poder... O plenificou de saber!

Habitou a Terra Desde primitiva era...

A boa notícia se espalhou...

Com os Profetas se consagrou!

Nas Escrituras fora compilada; Em dois Testamentos

A Palavra fora semeada; E a verdade revelada nos ensinamentos!

Uma história de amor

Na revelação do Senhor!

Da Terra Prometida a Abrão, Ao Apocalipse de João...

De “JAVEH” ao nosso “DEUS”, Todos, somos seus!

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A pergunta que não quer calar!

Quando o ódio vai findar? E o amor vai triunfar?

Será que a verdade vencerá a mentira? Onde vamos parar?

Nesta sociedade corrompida? Como vai ser o futuro?

Pelos pecados pagamos com juros! O homem está a reboque da vida...

Vida pecaminosa e corrupta! Será que temos alguma chance De escaparmos da hecatombe?

Nosso caminho vai aonde? O nossa vida está pensa

E a destruição é propensa! Quando haverá o apocalipse?

O mundo terá fim? O demônio está afim! Será que na hora H A bomba detona?

Teremos a chance de salvação? Quem estará a salvo Nos átrios do Pastor?

Não ficará pedra sobre pedra!

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Matuto Nóis semo ansim: Andamo devagarim E tudo iguarzim. Nóis é pobre, mas, nóis é feliz!

E nunca nóis diz: Dessa água nóis num bebi! Nóis tem nosso casebre. A nossa horta tem fartura E muita verdura!

Bem cedim nóis levanta Co canto do galo; Tomamo o café cum pão E si manda pro terrero Pranta as comida pro Meis intero...

Nóis é humirde E de boa vontade! Nóis trabaia de sor a sor Na graça de Deus que Manda chuva pras pranta! E nóis cóie o que prantamu! Nunca farta nada na dispensa! Em terra boa tudo prantando dá!

Nóis num troca nossa roça por nada! Aqui nóis vive... Pranta... Cóie... Nóis é feliz e quem diz Que nóis num ama, Num sabe o que diz; Nosso amor tá na raiz!

De dia nóis trabaia. De noite nóis ama! E nóis num cai da cama! Nóis fais sem pijama! Nossa famia é de bom tempêro! Nóis fais as coisa sem desespero! E masco meu fuminho, cuspo um poquinho... É muito bão ser matuto! E na boca um bom charuto!

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Sem inspiração!...

Uma ansiedade imensa me invadiu a existência. Era preciso dar asas à imaginação.

Mas a sensação me ausentava da inspiração! Era preciso escrever alguma coisa...

Vagava minhas ideias... Fugia minha poesia... Voava alto meu pensamento... Não encontrava instrumento

Nem rabiscos na ponta da caneta... Papel sem escrita e em branco Refletia profunda maresia que

Apagava as letras rabiscadas nas areias... Uma calmaria assustadora

Sem o vento para inflar as velas Da minha caravela...

Singrava sem eira nem beira, Nem porto seguro... Bússola sem norte... Um vazio d’alma me invadiu o coração...

Um silêncio extasiado e paralisante Calou-me as palavras... Trancou-me os versos...

Ocultou-me as estrofes... Deu branco no poeta enegrecido...

Sem poema nem poesia, Calou-se o poeta...

Emudeceu e escureceu sua luz! Às apalpadelas, então, ele concebeu

Na sua penumbra, estas expressões... Alcançadas de suas imaginações... Maquinadas pelas suas inspirações!

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O baú do poeta

Dentro do baú do poeta Tem coisas do arco da velha!

Coisas antigas e coisas novas... Tem muitas mandingas

Feito cantigas...

No baú do poeta Tem corações,

Muitas canções... Diversas inspirações.

Herméticas prosas e versos Guardadas a sete chaves!

Os sonhos do poeta são diversos... Poemas encerrados numa aliança;

Do seu baú, o poeta tem lembranças!

O poeta tem sua vida encerrada No mais profundo do seu baú! Suas realidades e divagações,

Reluzem sonhos guardados Na arca de perdidos e achados!

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O que é a vida senão?...

Viver vivendo a vida...

Cada segundo respirar... Olhar o ambiente; Pensar somente!

Isso é a vida... Mansamente viver...

Nas boas ações crer! A vida é senão um eterno ir! É a busca perene do porvir! É ditame de ouvir... E consentir Pela consciência, a leniência E a Deus a obediência!

Viver é gozar a paz... Respirar a felicidade;

Ouvir os sons da natureza Degustar a beleza;

De dons concedidos Na graça que passa...

A vida é senão contemplar E a cada dia amar... Respirar a alegria No dia a dia... E no sono dos justos ressonar!

A vida é sonhar com o céu! Caminhar ao lado dos Anjos!

Obter a proteção dos Arcanjos! O que é a vida, Senão?... O resto é morte... Trevas... Inferno de chamas... Vivente que clama... É outra dimensão Deste mundão!

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Sete de setembro

Aflora hoje um sentimento cívico; Que pensamos da nossa Independência?

Sentimos alegrias ou clemências? A quantas andam nossas liberdades?

Temos realmente independência?

A morte como consequência... Domina a independência criminosa!

A morte solapa os famintos dependentes! Independência ou morte! Que sorte...

Sobreviver ou sucumbir Na dependência da violência!

Sentimento de uma dicotomia Põe em cheque a democracia:

“Independência ou Morte”! Uma nação dependente

De muitas mortes... Morte da cultura... Da educação...

Da honra... Da honestidade... Uma nação com cultura de morte!

Aflora desmedida a corrupção...

O desrespeito às Leis... Arrocho ao cidadão...

Ineptocracia de Estado: “Dependência e Morte”:

Tudo consumado!

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Maurélio Machado Nasceu em São Bento do Sul (SC). Escritor e poeta. Casado com Karim Voigt, pai de Daniela, Fernanda e Fábio Luis. Netos: Giovanna e Eduardo. Formado em Ciências contábeis pela Univille - Universidade de Joinville/SC, com vários cursos de especialização em finanças, economia e administração. Membro da Academia Parano-Catarinense de Letras, ocupando a cadeira de nº. 41. Membro da Diretoria da Oficina de Poetas - formação de jovens poetas nas escolas públicas. Membro da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul. Atualmente é colunista do Jornal Evolução de São Bento do Sul. Mérito Literário do Instituto Montes Ribeiro de Curitiba (PR). Administrador do Grupo POETEIRO DE RUA: https://www.facebook.com/groups/maurmach/?ref=bookmarks. Patrono do projeto PREMIUM - Poesias & Textos. Publicou: Poeteiro de Rua (Clube de Autores). Infinitas Saudades, Palavras de Amor e Paixão, Sufocadas Paixões - Poemas Card, Brumas e Solidão e 3 Tons de Poesia (Editora Bookess). Antologias publicadas: Além-Mar das Palavras, Premium V, IX e X – OURO, Platinun I, III, V, VIII, X, XXIII, Douce Poésie I, III (Editora Bookess). Tem participações em diversas Antologias no Brasil e em Portugal: - Vida, Motivos, Degraus (editora nova letra). Encontro Feras da Poética do Mindim - Luna Di Primus (90 escritores) Diamantes III e IV (Editora Berthier). Contato:

[email protected]

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Trovador

Na alta madrugada Bela voz se fez ouvir Maviosa e ansiada Maravilhas sentir.

Solitário e triste trovador Suas mágoas cantando

Na poesia para seu amor Os versos declamando...

A lua testemunhando Esta insólita paixão

Poeteiro vai cantando Sua dor no coração.

Trovador sem destino Brumas da madrugada Parece pobre menino

Chorando profunda mágoa.

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Tudo acabado

Eu disse: Tudo bem! Está terminado entre nós...

Embora te ame... é o fim! Ela nada disse:

Me deu as costas Foi embora...

Lágrimas rolaram...

Timidez

Na esquina da vida a encontrei Meus olhos fixos em seu olhar Quis declarar-me que a amei

Sequer um ai pude balbuciar...

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Tanto amor

Marés violentas Explosões espumantes

Revolvem águas Praias selvagens

Natureza exuberante Ondas enormes

Destruição de desenhos Feitos com prazer na areia

A magia, o perfume, perdidos nas sombras expandem-se...

Diga-me...

Viver, sentir ou conviver Dia a dia de nossas vidas Pensamentos conturbados

O quê fazer? ...não quero sofrer...

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É importante a nossa vida

Mas que tristeza é esta?... Estão todos em festa...

Porque não sorrir? A primavera foi de flores

O verão de muitos amores A vida sorriu para todos

Os ventos favoráveis As brisas agradáveis

Mesmo que tenhamos dores De nossa existência sofrida

Importa a nossa vida... vida...

Paixão

Coração a solfejar Em louca disparada Amar, amar, amar...

Eu acordei maravilhado

Peito em galopada Acho que apaixonado

Estou desperto sim

Minh’alma encantada Você em mim!

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O amor em qualquer lugar!

Cazuza já previa:

o amor a gente encontra em qualquer lugar.

Ele tinha razão!

Ele não tem morada certa, pois é universal, no campo, no mato, na favela, no litoral...

coisa fenomenal Na cama, na boate, no cantinho da casa,

na cama dos pais, na escada, no banheiro, o dia inteiro...

Casais se debatem, cheios de amor,

recheados de ais... Nas noites de luar,

ou frias noites de inverno, amar, amar, amar...

Nada mais moderno

para o nosso bem estar. O amor é o único sentimento

que nos acalma e seduz por todo o momento,

alcançar o pódio tentamos, mas a carne é fraca, somos humanos...

geralmente desistimos da verdadeira felicidade atraídos pelos apelos das quimeras da sociedade.

Desastrosos enganos, mas quê fazer, somos assim, você e eu deixa estar... enfim... vamos amar?

.... amar???

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Aconchegante

A lareira acesa em pleno verão Cai de repente a temperatura

Louca, está instável esta estação. Vivemos tempos de loucura

Aproveitar a chuva refrescante Batendo no telhado suavemente

Delícia, uma tarde aconchegante...

Agonia

Ai que saudades, que dor... Nós aqui lembrando da gente

Você nem sequer recados mandou querida. Não amas mais meu amor?

Seus e nossos filhos chorosos... Corações saudosos...

Parabéns para você! Perdeu. Nada valeu?

Somos perdedores? Precursores da agonia, da tristeza? Não acredito que tudo foi em vão...

Nossos sentimentos no chão... Que penúria, amarga agonia.

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Chegou mas já se foi...

Desfile pelas ruas centrais Toda a vila tempestuosa

O circo chegou, que alegria Atrações, artistas e animais Gurizada grita em polvorosa Aplaude em franca euforia.

Logo mais ao cair da noitinha O espetáculo fará estreia Grande Circo Americano Esperada hora já se avizinha Na fila uma grande plateia Só esperando cair o pano.

E então: respeitável público... Em brados o locutor oficial

Damos início a apresentação Com um belo número lúdico Algo maravilhoso, sem igual Para se guardar no coração!

Nossa infante cantora Bela Fará agora sua apresentação Orquestra é do Vagareza Vamos todos cantar com ela Aplaudindo com emoção, Pois jamais veremos aqui Nada igual tenho certeza!

Dos números apresentados Globo da morte, equilibristas

Mulher barbada, homem bala O povo presente encantado

Com os animais, os trapezistas Do domador então nem se fala.

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Luzes normais se apagam, neon No palco fortemente a brilhar Silêncio geral, murmúrios calam Entra a rugir um enorme leão Na jaula o domador a entrar Centenas de olhos arregalam Para aliviar a tensa situação Entram no palco os palhaços Mil tropeços e em algazarra Pra petizada a melhor atração Buzinas, gritos, estardalhaços Espectadores em baita farra.

Assim ocorreu o espetáculo

Que deixou a plateia abismada Mulher gorila, ágeis malabaristas Ultrapassando difíceis obstáculos

Girafas, elefantes e onças pintadas Mágicos e cativantes equilibristas.

Moradores da vila não esquecerão Espetacular Grande Circo Americano Que por duas noites lá permaneceu Sendo histórica sua apresentação Sem dúvidas o Circo foi o soberano Maravilhoso o que na vila ocorreu!

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Bem-me-quer... malmequer

Relação ambígua entre o bem e o mal Faces antagônicas de um viver...

Difícil escolha: querer ou não querer?

Com muito amor

O João-de-barro, artesão da natureza Admirável espécie entre a passarada

Exemplo de fidelidade e nobreza, Laborioso, constrói sua bela morada.

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Mulher perfeita? Nem pensar...

Gosto daquelas que não reclamam a todo instante Que lançam olhares misteriosamente fascinantes Das que não tem na TPM acessos de “frescuras”

Aquelas mulheres normais cheias de doçura.

Gosto daquelas que não exigem homens perfeitos Que não sejam “patricinhas” e sem preconceitos Das que por amor largam tudo apaixonadamente

Aquelas mulheres generosamente descentes.

Gosto daquelas que não focam sua vida na futilidade Que não vivam pelas academias e shoppings da cidade

Das que mesmo tristes esboçam um meigo sorriso Aquelas mulheres que possam te levar ao paraíso.

Gosto daquelas que não se abatam nas dificuldades Que não mintam, mas que falam e acatem verdades

Das apaixonadas por música, cinema, teatro e poesia Aquelas mulheres que se espera encontrar um dia.

Gosto daquelas mulheres medianamente inteligentes Que não sejam invejosas, malvadas ou indecentes

Das que sabem levar quase tudo com charmoso jeitinho Aquelas mulheres que mereçam sempre um carinho.

Gosto daquelas mulheres bonitas, quase perfeitas Que não acertem sempre, estas prováveis eleitas

Das bem sucedidas no amor e na profissão Aquelas mulheres que saibam amar com paixão!

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Pedro Luiz P. da Silva (Poesia dos Orixás)

Nasceu em 21 de Julho de 1973 na cidade de Araraquara ,estado de São Paulo. Médium, umbandista onde exerce o sacerdócio mais de 35 anos. Filosofo, escritor , poeta. Estudante de filosofia pela universidade unifran, cursou Teologia de Umbanda Sagrada e diversos outros cursos complementares. Nas horas vagas por inspiração escreve poema e textos edificantes. Publicou:

“Teoria da Alma Gêmea” e “Poesia dos Orixás”. Participou das antologias: “Platinum XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, XXIV” - (poesias, 2016) - Bookess Editora. “Douce Poésie I, II, III, IV” - (poesias, 2017) - Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

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Filosofia do Orixá para o sucesso

Se você sente fracassado, será fracassado. Se você pensa no fácil. O que

vem fácil vai fácil. Se você colabora para superar obstáculos, verá que não

é tão fácil. O difícil dá trabalho, mas te qualifica; não faça nada pela metade,

não vive na mesmice...

Quem determina? Quem comanda?

A vitória vem para quem trabalha. A qualidade de vida vem para quem

busca. O sucesso real não é bens materiais, já que bens materiais são

circunstanciais.

Não se sinta na vala. Não se sinta no abismo.

Deixa sua natureza fluir. Não apegar. Não ser vaidoso. Não ser excêntrico.

Orgulho, ambição não leva nada. Lute pela vida. Lute pelo amor.

Saia do marasmo. Se posicione com convicção.

Ama, se ame e demostre gratidão. Vivencie a gratidão.

Sucesso vem e será interação com dedicação, filosofia de vida.

Vida é Orixá. Orixá é sucesso.

Espiritualidade pela natureza divina. Orixá o sabor que vida precisa.

Oficio sem lamentação. A lei que não incomoda a necessidade de viver.

Coração para amar. Bondade para amar. Coragem para amar.

Tempo para esperar e agir, próprio sorriso vivenciar, prazer que faz bem e

prazer sem ilusão.

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Enquanto pensamos

Enquanto muitos querem a leveza, outros querem ter o trabalho.

Enquanto muitos querem a beleza, outros querem apenas a sabedoria.

Não seja covarde ao escolher, mas seja corajoso para continuar e seja uma

flecha para o bem do direcionamento.

Faça do destino o caminho ou o motivo tranquilo e não um caminho de

dificuldade. Garanta boas estadias na vida com experimentação pela

ocasião do presente, assim as lições serão às claras e a destreza também.

Nunca envenena a mente com o lixo toxico e nem hospede parasita mental,

tenha o discernimento dos erros, mas tenha o congraçamento para gerar

fruto e idealização.

O homem que quer ser é homem garantido e o homem que não quer ser é

o homem frustrado.

Pobre escolhe infeliz ou rica escolha feliz.

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O doravante do Orixá

Orixá da canção

como bela estação.

Complicado é não entender,

que Orixá só vem dar prazer.

Olhos nos olhos,

dentes por dentes,

alma na alma,

vida de sobrevivente.

Natureza singela,

na linguagem da razão.

Como simples religião,

onde não prega a ilusão...

E, o que tudo precisarmos,

é demais de ação.

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Frases

“Ser escravo é concorda com tudo que outros dizem o tempo todo”.

“Quando existe ataque e corrupção aos cofres públicos, certamente não

aceita o progresso, não admite a ordem e muito menos igualdade não

existe”.

“Não faça guerra, faça da vida uma bela poesia”.

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A vida expressa antes

Antes que alguém consiga um caminho certeiro precisa encontra Orixá, antes que alguém defina ou conclua uma determinada trilha é necessário encontra Orixá. Não importa a qual religião pertença ou o qual conceito o ser tenha em mente é necessário encontra Orixá. Ninguém vai a nenhum lugar sem antes estar em plenos pulmões com os Orixás. Antes de pensar, antes de sentir, ou antes, de manifestar qualquer ação Orixá é o presente e autêntico na vida de cada ser vivo inteligente ou não, animado ou inanimado. Orixá é vida e o que proporciona vida, em cada partícula, em cada átomo ou núcleo de energia. Orixá é a manifestação de Deus.

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O segredo e a vivência

Velejar em águas da paz, usar a bússola da esperança, estimular a vida com dignidade, praticar a caridade, sentir o prazer do amor, produzir alegria na vida do próximo, aventurar cada minuto com fé em Deus, assim é oportunidade que cria, assim é vida que deseja, assim é sonho que realiza, assim é você que sabe ser feliz.

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O presente e o passado em jogo

O destino está ligado em você, assim como você está ligado ao que deseja e ao que manifestará todos os dias. Você sabe quem é você, sabe quem foi e o que deseja torna ser, tem sonho e quer concretizar, quer realizar, antes de dar o primeiro passo, pense no que você deseja pra si mesmo, ou faça a pergunta quem eu sou e o pretendo ser; tais fatos realça a própria jornada da intencionalidade ou desejo de vida, logo por consequência o passado e presente andam juntos para construírem o hoje de virtude ou contrario de virtude do que merece.

O mundo pode ser relaxado ou pode ser palco de guerra, pode existir paz ou pode existir desamor, pode ter mais conhecimento ou pode ter mais informação principalmente com avanço da tecnologia ou dos fatos cotidiano, mesmo assim a verdade pode ser latente de acordo com que escolhe ou de acordo com o que deseja ser, assim como a felicidade e amor podem surgem com bela reflexão ou bela vivencia, mas o fato é que é escolha ou ação pela vontade de cada um.

Em cada passo pode ser vitória e conquista; realização se tiver planejamento, vontade, determinação, afinco ou perseverança, sem este mecanismo não terá pódio, mas se por ventura estiver com a falsa ilusão da esperança e cair no abismo do verbo esperar, ficará paralisado, acomodado a tua própria zona de conforto, atinai para antes para não chegar neste marasmo comportamental ou não criar habito do achismo ou ainda nem ficar vivenciando a desventura da vida, saia da mesmice, acorda para vida, acorda como se fosse um clique, ative a ferramenta adequada, que é o mental, mude e crie novos hábitos de vida, aprenda ser e aprenda não aparecer ser, busque óbvio e saiba que o mundo é regido pelos humildes e sonhadores não por corruptos, o mundo não é feito de uma dúzia de pessoas, mas de bilhões e a grande diversidade existente.

Existe infinita potencial de esperança, e não de ilusão, modificar não é iludir, promover novas atitudes não é iludir, acreditar, potencializar com determinação a esperança é capaz de conhecer o desconhecido ou desvendar o segredo do universo ao longo da vida, desde que soma os valores que carrega no bojo da alma e da vida e tal é a vontade que passado só faz amadurecido através da experimentação, tornando o presente a diretriz do momento com peso passado com experiência, com realce ideal para o que deseja ser.

O presente e o passado em jogo são lições de vida, lições para ser feliz ou lições morais de aprendizado, de realizações ou ampliar ainda mais a imaginação.

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Pedra a pedra e mente nova

No caminho sendo construído com dignidade não existirá sorte e nem azar, mas haverá o habito de ser melhor cada dia desde que seja o senhor ou a senhora do destino. Pelo caminho vai encontrar pessoas que são caluniadoras, pessoas que gostam de apontar o dedo e dizer que não vai consegui; pessoas essas que dizem ser amigas e tempo sempre estarão ao nosso favor, mentes pequenas, mentes diluidoras, mentes que não se renovam, que não trás algo novo, para novo dia, para novo mês ou para novo ano, pessoas que não se renovam, pessoas ficam na mesmice, perpetuaram em seu próprio achismo, não existem casas que não tenham alicerces para sobreviver ou sustentar o telhado, não seja o portador de más noticiais, não seja o descaso de si mesmo, tenha força para ser melhor, lute para ser o melhor.

O melhor não é roupa da hora, não é o carro do ano, não é a casa sofisticada, não são objetivos materiais, não é o poder da ilusão criada por sociedade hipócrita ou por corruptos cheios de dinheiro, mas o poder vem de dentro de ti mesmo, quando alinhado e alimentado de esperança e dignidade , construído pedra a pedra, renovando com novos recursos de mente nova, formulações novas, dedicações, trabalho, suor, lágrimas, sem ser obcecado pelo sistema. Seja o novo jeito de olhar para vida, seja a renovação constante, não ficar parado, não cair no conto de vigário, erigir, moldar, viver e ser feliz.

Esqueça as fofocas, boatos, esqueças a negatividade que ousam fomenta contra ti, vai adiante. A única pessoa que pode fazer o destino ser diferente é ti mesmo, construir oportunidade não é destruir. Mas saiba o quer, saiba definir o que deseja, tente, mude, desenvolva, planeja, tenha foco, estude e tenha a esperança de corre atrás do seu sonho e transformar em realidade, concretize, plante, regue, não desista, seja feliz, vida nova requer novos pensamentos, novos sentimentos novos propósitos, novas ideias, novas oportunidades. Não fica neste ciclo vicioso e nem ocioso, evolua para que a prosperidade transpareça com simplicidade, desde que mude o comportamento, cresça pedra a pedra e tenha mente nova.

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O amor referência para vida

O amor é aproximação, desafiar o desafeto e aplicar afetividade, aplicar verbo unir, acolher, juntar, o amor não ilude, o amor é a vertente simples de dedicação e vivencia.

O amor não sugere e não é meio termo, mas o amor é direto, reto, não dá espasmos, não permite ficar no marasmo, quem ama, usa o verbo dar com generosidade e não se preocupa em receber já que quem ama vive-se em gratuidade, o amor é alicerce da moral, o amor é amamentação, agir com ombridade sem obscurecer, o amor é abrilhantar as luzes sem irritabilidade e ter o guia, a base e ônus de prova que é cabal para vivenciar e que implica a tolerância, laicidade, felicidade e simplicidade, entenderá que é o sentimento que engrandece, mesmo no campo da fraternidade que consolida, inexorável, que partilha e compartilha.

A vida sem amor é viver sem rumo; é ter sonho e não realizar; é ter planejamento e não sair do papel; é ter desejo e não aplicar, portanto o amor é sobrevida, sobrevivência, humildade e sobriedade (temperança, moderação e equilíbrio).

A virtude da fidelidade de quem ama e manifesta o amor na vida se torna a base de tudo com entusiasmo, cujo viés é magnetizante e envolvente.

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Pense e sonhe

O caminho é curto ou longo no espaço tempo, quando vier a tempestade, fique pronto para se proteger e não se desespere, quando vier aquela rocha de obstáculo, permita estar com leveza para transpor -lá, permita estar suave como borboleta, não ficar desiludido e nem triste, há vários caminhos para superar e fazer escolhas, sonhe para não ficar sozinho e nem com medo, pense no que vai fazer, não pense: "Eu deveria fazer", simplesmente faça, não pense: "Eu não posso", simplesmente pode e deve fazer, coloque em teu caminho: “Eu sou a mudança”, novo pensar, novo sonho, novo modelo de vida, cabe cada um fazer a escolha do que deseja, não fica bitolado no que é certo ou errado, simplesmente vai adiante, caminhe, progride, sonhe, pois a insatisfação vem logo e mostra outro caminho, não faça da vida um grilhão, não faça descaso do teu erro ou do fracasso, errar é humano e te fortalece para trilhar na vida, quando olha num campo de flores que estão sendo cultivados, saiba que é o horizonte de oportunidade, mesmo numa bela paisagem, não ficar parado ou admirado, saiba agir, por em prática, seja merecedor de teu ato com responsabilidade, quando vier a oportunidade, simplesmente agarre com firmeza, pense e sonhe e conquiste a tua liberdade, mesmo que seja diante da tempestade.

“O estado não promove liberdade, o estado promove regra, vai de contra a liberdade, mas cabe homem inteligente, desenvolver a própria liberdade, sem depender do estado. Liberdade é questão psíquica, fluente e solta”.

“Quando abarco em meu pensamento Orixá, abarco toda possibilidade e oportunidade do universo e de expandir a consciência, pois em meu coração, e na minha alma já abarca a presença de Deus”.

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Roberto Franklin Falcão da Costa

Nasceu em 16 de janeiro de 1955, na cidade de São Luís – MA. Formado em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão. Casado com Luciane Duailibe da Costa. Esposo apaixonado e abençoado pela graça de ser pai de quatro filhos. Avô “coruja” declarado de Lara, Sophia, Laís, Julia, Theo e Nicholas. Amante da boa música, leitura e futebol. Torcedor do Botafogo e Moto Clube de São Luís. Vive o presente intensamente, sem esquecer jamais do passado. É movido pelo amor, nas mais diversas formas, pela família, amigos, lembranças, que são fontes de inspiração para seus poemas. Acredita que a beleza da vida está nos pequenos detalhes, o sol que nasce a cada dia, a companhia da família e amigos, o amor sentido em um abraço, um beijo ou um simples olhar. Crê no ser humano, no amor e acredita que Deus é fonte de vida e reabilitação de qualquer ser. Seu desejo é amar, amar e amar e nunca deixar de escrever. Da sua paixão pela poesia surgiram as seguintes publicações: Todos os Sonhos – poesias, 2015; Além da Esperança – poesias, 2016; Tuas Mãos – poesias, 2016; Tempo de Amar – poesias, 2016. Além de participar das Antologias: Platinum VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, XXIV – (Poesias & Textos, 2016) – Editora Bookess. Atualmente participa do Projeto o DOUCE POÉSIE. Que esta na sua segunda edição e também do Grupo Souespoeta com participação no livro Lusáfrica Antologia.

Contato: [email protected]

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Retorno

Retornarei, um dia, ao passado distante,

num lugar onde deixei amor, sonhos,

pecados e súplicas.

Retornarei, um dia, e tentarei resgatar tudo que lá deixei, tudo que lá sonhei,

como o meu primeiro amor.

Retornarei, um dia, e lutarei para resgatar o que

um dia deixei.

Retornarei e farei com que se concretize, e que possa ser real o passado que um dia deixei.

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Teu calor, meu sol

A tarde cai, a solidão aumenta. Estou ansioso...

A tristeza expulsa o pouco de alegria que me resta,

o sol caindo como se o mar o fosse engolir. Corro, procuro ainda o que resta da tarde,

mas a noite vem e, com ela, a solidão se instala.

Espero que o dia finde e com ele leve todo meu desânimo,

para que logo o outro dia volte e, com ele, os raios de sol,

que transformam minha vida e esquentam a minha pele.

A luz sempre me alegra, a sua falta me entristece. O novo dia nasce e a esperança da alegria volta...

Que o dia passe vagarosamente para que a cada minuto

a luz possa me energizar muito mais. Preciso de você, pedirei sempre

que cada minuto esteja relacionado a anos, para que eu possa sempre viver embriagado com teu sorriso.

Por enquanto, somente a tua falta me entristece, já que partiste... Volta!

Assim como o do sol, necessito do teu calor!

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Esperar é preciso

Quem parte, sempre deixa algo para trás. Quem fica, sempre recolhe aquilo que é deixado.

Uma forte amizade, uma atenção, um carinho de família, uma certeza de que um dia voltará e que tudo será como antes.

A falta de alguém; seja por qualquer motivo,

sempre é proporcional ao tipo de partida. Uma partida eterna, que nunca terá regresso,

ou uma partida temporária, de onde paira a certeza de um reencontro.

Volta, não demores, estou sempre aqui à tua espera,

volta, não deixes que a distância interfira em tudo que construímos; volta, ocupa o meu vazio...

Sinto falta dos teus olhos, teus abraços, teu sorriso. Não demores, não me faças esperar!

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Inamovível alento

Um sonho realizado, um desejo atingido,

a realização conquistada. Tudo isso vivi, o que me falta?

A alma desnuda, livre da maldade,

o pensamento vago, a esperança aguardada, tudo isso conquistei.

O que me falta?

O sorriso farto, a alegria de viver,

a certeza do retorno, a esperança do amanhã.

Pra que tudo isso? Nada disso me servirá,

se me faltar o principal: Você!

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Encontro incerto

Olhava fixo, passos compassados, como se cada pedra ali calçada, fosse a pedra de minha vida...

e ia relembrando...

O horizonte seria o meu futuro ainda a descobrir.

Passaram os anos, as lembranças surgem como um filme

que passa em minha já cansada mente.

Outros já se foram, o que ainda resta, não encontro, mas mesmo assim, vou ao encontro incerto.

O cansaço chegou, com o peso de uma vida.

Paro, penso se ainda devo caminhar; mais alguns passos, será chegada a minha hora?

As lembranças, ainda mais fortes, me cercam. Por que voltaram, estás aqui, voltaste? Não?

Então segura na minha mão e me conduz ao lugar da alegria, que juntos saberemos encontrar. Parti...

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Deixe-me ficar

Quando chegar, que tenha suavidade, que seja carinhosa e que tenha toda paciência, que saiba escutar a oração da minha súplica...

Não te apressa, escuta,

olha bem nos meus olhos e me diz: ainda tenho muito tempo?

Seja complacente,

carregue-me nos teus braços, deixe-me sair sorrindo,

levando toda a felicidade que aqui vivi.

Não escuto nada, somente ouço o canto da paz.

Vamos, é a hora?

Deixe-me ficar, a vida é tão linda...

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A chegada do pequeno Theo

E já se passaram dois meses... quando você, meu neto, nasceu,

os céus avisaram da tua chegada. Foi assim, pequeno Theo...

Levas no teu nome todo o significado de tua luta.

No grego, literalmente, és um Deus.

Hoje, recuperado de tuas batalhas, ainda lutas.

Prepara o teu lugar nesse mundo,

sei que será um lugar de destaque, porque os predestinados, os lutadores como você, sempre hão de vencer.

Te amo muito, meu pequeno Theo.

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Preciso da tua mão

Meu querido pai, abandonaste-me? Não me deixes só,

ainda não faz tempo que nasci.

Foste o responsável por isso, mas ainda não caminho só; desejo um dia, quem sabe,

caminhar por teus caminhos.

A solidão me assusta, me deprime, ainda tenho aqui muita sede, dá-me o que beber.

Preciso de uma mão,

igual a uma criança que deve ser guiado para que não se desvie do caminho do amor,

das paixões, da razão.

Choro, e que essas lágrimas reguem ainda mais todo o meu sentimento,

todo o amor que ainda viverei. Estendo minha mão, segura-a...

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Você, meu tudo

Fim de um dia, fim da tarde, início da solidão, ausência de luz,

coração vazio, lágrimas, isso é triste, é a ausência de tudo.

A falta do teu perfume,

a falta do teu calor, a falta do teu sorriso, a falta de paz,

é a falta da vida.

Não quero solidão, não quero isolamento,

quero a multidão de você, pois com você, tudo me basta.

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Sonho vazio

Um lugar distante, o rio à porta, o sussurro do silêncio, a falta de alguém,

a esperança do futuro, o esquecimento do que passou,

a rotina de um dia, a chuva que cai...

Tudo isso faz parte de uma vida. Tudo isso seria belo,

se não fosse a pintura de um quadro, a imagem descrita, a imaginação solta,

a falta da realidade.

Um sonho... A realidade é outra, a realidade maltrata,

o sonho não é lenitivo.

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Solange Moreira

Nasceu em 3 de Dezembro 1972, na cidade de Belo Horizonte (MG). Vive e trabalha em Belo Horizonte (MG). Escritora. Poetisa e profissional liberal na área de vendas. Graduou-se em Letras, pela instituição FUMEC - Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura (1997). Coragem vestida de um aquecido manto, seguro e não esquecido. As mãos firmes, os pés que sustentam corpo e a vida, com equilíbrio aguentam. O caminho que segue e não é conhecido. E assim ela vai sempre em frente destemida. Muito boa seria esta imagem se não fosse temida. O ser tão pequeno ser, frágil desconhece a ida, e tão pouco a saída, viajante de terras desconhecidas. Ansiedade sentimento inerente a qualquer vontade. Diante do não saber o que seja o dia seguinte, bondade é o que se pede ao Divino e lutar com força e dignidade. Fazer do medo um companheiro e aliar-se a ele. E combatê-lo com a arma da razão e também da superação, diz a poetisa. Participou no “Projeto Premium”, Premium VII e Premium X Ouro (poesias, 2015), Platinum III, XX (poesias, 2016) e “Douce Poésie I” (poesias, 2017) - Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

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Personagens

Difícil carregar um coração que, está na contramão. Com o mundo dizendo não, e o sim é toda à emoção...

Dói à vida, dói à partida, mas se ouve a razão, contudo... Sempre os caminhos, a direção às vezes é também tudo.

O carinho para não magoar vidas?! Abnegado o amor! Um vazio do tamanho do universo, mas sem clamor...

Também assim, possível é impossível, na fantasia é possível. Um verso... Profundo verso do reverso continua invisível.

Talvez o dilema, seja o maior tema, sem ensaios, um teatro,

Personagens reais, a existência se torna o grande ato... A magia, envolvente magia, guardada pela translucida alma. O mistério docemente adormece, no palco daquela vivalma...

Lucidez, imensa lucidez, uma flecha sem alvo, desprendimento.

A renúncia, um templo sagrado, socorre este intenso sentimento. Uma fonte luminosa, forte e poderosa, guarda a lembrança... Terna

Da brisa do vento, tão suave, tão poética que, se torna eterna...

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Orvalho da madrugada

Escondi todas As tuas fotos.

Não tive coragem, De queima-las.

Só as tirei do alcance Dos meus olhos.

Pensei que assim, Seria mais fácil,

Esquecer-te. Na aragem fresca

Do vento, Gritei o teu nome,

Pensando que o tempo, levar-te-ia de mim.

No orvalho da madrugada, Fiquei até o dia amanhecer

E chorei tentando te esquecer. O luar se escondeu e deu lugar Ao sol que brilhou no meu rosto. Aqueceu com o seu calor o meu

Coração. Nada adiantou.

O meu amor por ti, É tão grande que se

Instalou em minha alma E lá ficou.

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Incontido

Um nó na garganta segura o incontido Sentimento, lágrimas, sonho perdido... Um encontro tão delicado com a alma, Sim, precisa-se dela, é ela que acalma.

Que força é essa, intensa e estranha, Que dilacera um coração e arranha... Dolorosa, mas de uma beleza ímpar. Paisagens lindas, para o verbo amar.

A tristeza é uma viagem do que se viveu, De um imenso amor que, não adormeceu.

Existem amores eternos que, somente Uma vida não basta, alastrou a semente...

A mão no coração sentido e forte o pulsar. O tempo passa como tudo tem que passar.

O vento vem, uma emoção sentida, sublime... Sua brisa acaricia de tão leve, alegria exprime!

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Cenas

Somente um instante vazio... Densamente triste e frio. Um rio solitário, apenas

A navegar em suas águas, cenas... De um passado tão próximo, Quase ainda presente, ínfimo Momento, intenso sentimento.

Ele não entende o pensamento. Ausente mas que, ainda se sente.

Lacônico em seu pensar, a mente... Atônito em ver passar este tempo.

A alma segue sem destino, o vento...

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Paisagem

Um denso nevoeiro cobriu Aquela alma que não sorriu.

O cansaço veio e se apossou Da sua vitalidade, ela chorou...

Lágrimas, um pedido de paz, Uma trégua, para tantos ais.

Para quê, tanta sensibilidade?! O saber conhecer a realidade...

Frágil, pequena, uma paisagem,

Perdida no deserto, sem coragem... Uma intensidade tão forte, absurda,

E lá vem uma tempestade, absoluta...

Traz vento, sua brisa sem valentia, Suaviza aquela tez lívida e acaricia!

Uma aragem fresca junto com a vida, Uma passagem que aponte a saída...

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Ondas da razão

Águas que transbordam do rio em seu leito. Será assim, o que é certo, ou talvez perfeito?!

Incerto, direito à busca pela tal felicidade... Uma essência da existência, sensibilidade.

A tristeza é única, sente o pulsar de um coração.

Naufragou com destreza, agitadas ondas da razão... Vida, uma vida somente para toda a vida, sentimento. Um estar tão breve e tão rápido em seu movimento...

Agora, o agora, este se foi em frações de segundos...

Talvez, era uma vez... Passou e se perdeu além-mundo! Sentir, uma sensação abstrata, tão forte, tão humana... Esquecer, uma imposição, sofre a alma que se engana.

Por todos os caminhos, caminhos se cruzam, inesperado... Diferentes e tão iguais, um percurso de um curso esperado.

O tempo... Voa com asas douradas, um encantado pássaro... O pensamento, a emoção, momento leve e também raro!

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Ondas da vida

Tão difícil, ou quase impossível sentir o concreto. É tão frio, quanto um paredão de gelo, decerto. Um olhar sem encontro, no vazio do sentimento. Não existe opção, está determinado sem alento...

Ondas, ondas da vida; dominantes sensações. O definitivo maltrata a riqueza das emoções...

Intuitivo às vezes é o pensamento, ele pressente. Nada de concreto, um aviso do que a alma sente.

Os riscos, os medos, viajam pelo sentido abstrato, A sensibilidade, o amor, a beleza; os olhos de fato.

Não tem como negar, o espírito sobrevoa o céu, A felicidade tão impalpável, coberta por um véu...

A força que impulsiona a fragilidade vem de dentro. Um lugar nunca visto, talvez a luz interior no centro.

O coração, um mágico que alcança, e irradia a coragem... Brilha a estrela distante que, acompanha essa viagem!

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Momento no tempo

Não era tudo o que eu sabia. Mas era tudo o que eu queria. Talvez, não se saiba jamais... Sem clamor, também sem ais. Um momento solto no tempo.

Uma distante voz, do pensamento. Um olhar para si... Esquecer o mundo. Um castelo outrora de areia, oriundo

De perdas, de tudo querer ver, E uma vida, parada sem viver... O segundo, fragmento do agora, Importante demais esta hora...

Sem saber, a distância do amanhã, Assim não maltrata e nem arranha. O presente, tão presente, e intenso.

Um momento solto no tempo...

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Considerações

Decadente é a batalha entre o sim e o não. É como uma nascente, certa e sem direção. Os caminhos são largos, como belos lagos.

Estreita é a vida com a brevidade de retalhos.

Um dia aqui, outro ali, assim é a dualidade, Remendando pedaços, um sentir a realidade. A inconstância sentida, a dúvida impenetrável.

Assim como o mar, a maré alta e baixa, alterável...

A sensibilidade não poderia deixar de ser crescente, Diante de sentimento tão forte e também inocente.

Esperar o mundo dar as suas voltas e trazer respostas. Será?! Enquanto isso acontece, fecham-se as portas...

Não importa... Importante é o que o coração tece!

Dali tudo sai, nada se perde e tudo acontece... Constelações brilhantes, para um belo universo.

Um elo entre a tristeza, e a riqueza de um verso...

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Sentinela

Um tempo, um dia, a lembrança. Segredo da vida, coração alcança. Horizonte longínquo, uma saudade.

Mas a distancia não muda a verdade.

Coisas do coração e da alma, imagem... Com carinho guardado, uma paisagem. Sem sofrimento, apenas uma essência. Que se eternizou, apesar da ausência...

Nada é pra sempre, tudo gira, gira mundo.

O pensamento voa, em um instante fecundo. Distante aquela estrela brilha, é dela o momento.

Mas passa... Apenas um recordar do sentimento...

Caminhos opostos, a razão como uma sentinela, A renúncia tão forte e intensa precisa dela...

A vivalma se recolhe, e deixa decidir o coração. O vento passa um suspiro, um grito, ainda é emoção...

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Tudo é escolha O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha. Não é algo pelo que se espera, mas algo a alcançar. Isso que impulsiona os nossos dias! Sofremos, corremos, batalhamos, pressionamos e somos pressionados etc. São todas as variáveis que provamos desse imenso cardápio que a vida nos sugere. O que queremos alcançar são os objetivos possíveis e impossíveis, o que depende ou não de nós, o que aceitamos ou não para nós. Mas algo que espontaneamente acontece não é sorte, é porque participamos e existe probabilidade de acontecer. Tudo é escolha! Exemplificando: Basta você querer me amar. Formaremos um casal. Eu já te escolhi. Aprendi que a dor deve servir a uma finalidade maior. Existe uma missão na vida e essa missão é enriquecida pela dor. Já perdi bens preciosos. “A fé é a coragem de continuar”. Acorda.

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Reflexão Silenciar no tempo a encontrar entendimento, aquietar o coração a encontrar uma razão. O tempo caminha para a maturidade necessária para realizar o meu fim e testemunhar cada dia o descortinar dos propósitos de Deus para a minha vida. Deus costuma usar a solidão para nos ensinar o valor do compartilhar. Usa a fúria para que tenhamos a compreensão da harmonia e da paz. Usa o tédio, para nos mostrar sabor da aventura e do abandono. Deus prática silêncio, desnecessário atirar palavras aos ventos, ensinando-nos a refletir. Usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Usa a doença, quando quer proteger o bem maior que é a vida; e aponta-nos a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar a flutuar sobre as águas; dando-nos o equilíbrio para enfrentar as intempéries. Usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outra usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida. Aprendi que devemos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos. Quero esmiuçar seus pensamentos no todo; não nos detalhes! Se ele criou as pessoas para amar e as coisas para cuidar. Por que invertemos os fatores? Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. Que oportunidade nos é dada! Então não cruzemos os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos; é melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem que não conhecem a dor, nem a glória de ressurgir dos escombros.

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Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na terra não agradeceram a Ele por terem vivido, mas desculpam-se perante a Ele por terem apenas passado pela vida. Hoje foi um dia especial em minha vida, remexi o lixo, de tão compactado tinha vida, camada de húmus retirei dali e joguei sobre a terra seca da minha alma. Um momento de renovação de corpo, alma e espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós capacidade de recomeçar a cada ano; propósito justo de ajudar o próximo, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. Sorrir novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces em favor dos que mais necessitam; agradecer mais vezes. Olhar a vida como uma dádiva de Deus. É ser grato, reconhecido, forte, destemido. É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo. Ele dará a Resposta!

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Pedaços Tiras de mim essa dúvida, acrescento em meus sonhos mais uma realidade, a de ser mais um comum nessa vida em insensata procura do amor-perfeito. Mais um Setembro que não vivi, mais uma caminhada curta, tropeço no silêncio das folhas mortas de outono, que por certo servirá de adubo a alguém. Cabe-me compartilhar o florescer e apenas admirar, que essa flor eu adubei, mas jamais será para mim o seu cheiro sentir. Seja feliz! Minha sede e fome jogo aos ventos, nele não existem sentimentos, só o frescor, que o meu coração tanto precisa para desaquecer esse amor intenso. Poucas são as palavras muitas são as angústias, certa estás! Não aja com tanta abertura, intuí mais, duvide mais que mais a frente podemos ter uma ilusão diferente, não uma verdade inconsequente, assim continuaremos vivendo na acomodada razão de compartilhar um sonho. Se queres de mim um pedaço?! Encontras agora pedaços de muitos pedaços. Não sou mais um inteiro porque na tua vida não cedeste espaço. Bolor O dito amor verdadeiro só nasce no líquen da vida, formando seres vivos tão simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por fungos; a orquídea só é bela porque já foi bolor; na árvore meditou, por fim se tornar flor. O perfume de primavera que sentes, não foi de um amor comprado; floriu por um propósito, na floricultura da vida nasceu na floresta tão verde e não em um boticário; o amor que sentes não é precário; é verdadeiro.

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Papa Francisco Do mundo só queria uma fração, uma migalha e um resíduo num segundo de boas ações. Uma onda positiva, um favor, uma doação, um olhar, uma direção. Eu só queria do mundo nada menos do que um segundo, deixar de ser o primeiro e olhar para o meu irmão primeiro. Hoje o dia foi assim, fumaça preta pela manhã. Batendo cabeça, em busca de compreensão, portas todas fechadas, nuvens carregadas, chão escorregadio. Não tinha chave. Mas estavam ali reunidos, alma e coração escondidos em oração. As nuvens tampavam os olhos do dia querendo ver o sol que não brilhava. Mesmo sem energia, algo aparecia e insistia. Ide! Cruze a colina, do outro lado há neblina, a porta é uma aragem, desça porque estás bem perto de tua casa. Levarei ventos para descortinar e haverá um sol pujante, mas antes faça o que pensastes ontem. Assim fiz. Ao me aproximar de casa ao invés de direcionar minha rota que era para a esquerda, fui por outro caminho, à direita. Queria doar meu trabalho, não havia quem o recebesse. Não era por incompatibilidade, os órgãos estavam todos perfeitos. Causa nobilíssimo, “Fazer aliviar a dor de um irmão”. Para mim não teria outro sentido, por onde fui, era o único caminho, abençoada, pois ali alguém desesperado tinha algo a oferecer e compartilhar para a causa engrandecer. Ainda não realizada, mas o gesto foi tão doce, o mais puro mel. Só podia esperar a fumaça embranquecer e o dia clarear, para tantos se beneficiarem do sol saudável e de outro amanhecer. Papa Francisco tire o cisco dos olhos do mundo, rogai por todos, com sua cruz de madeira no peito, com tua vida simples, tu és o enviado de Deus, para um novo mundo. Tua primeira bênção, o universo em desalinho, voltou de novo ao seu ninho do jeito que o nosso criador fez.

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É fato Muitas vezes deixamos nos levar sem pensar nas consequências, depois percebemos o quanto mais uma vez erramos, mas é de erros que aprendemos a superar e a perceber que acima de qualquer erro devemos ter amor-próprio. Afinal, só o amor por nós mesmos é verdadeiro...

Vive-se aqui, amanhã não se sabe. Agora é o instante antes que o dia acabe.

Um dia constante. Intromissão nos omitiu.

Tudo ruiu naquele instante. Sentiremos saudades do toque do celular. Conversas jogadas fora, frases de grande sentimento, sonhos abobalhados. Tantos risos e momentos compartilhados... Saudades e lágrimas, horas angustiantes. Das vésperas de feriados, dos finais de semana intermináveis, de finais de ano solitário. Tempo subtraído não vivido. Sempre pensei que a amizade fosse eternizada? Nem sempre é assim! A vida segue paralela complacente e abreviada, cada qual para o seu lado, possivelmente nos encontre: pelas caixas de correios, e-mails extraviados, por flash e hábitos, número errado. Não fale. Que bobagens! O tempo não para, diluem-se imagens, nos perdemos no tempo. Retratos que não mais retratam fatos doloridos, momentos belos vividos, irão sufocar peito acelerar. Vozes no imaginário, olhar longínquo. Que vontade de tê-la. Cair na sonâmbula madrugada a Deus dará. Injetar isque na veia; o suor do copo ver teu rosto lacrimejar, envolto a fumaça, que me abraça nos distanciando no tempo... No branco da tempestade, adversidade ficou... supor? Sepultar, ou suportar a dor, se tivesse morrido esse amor!

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Delírios & Devaneios “Não nasci para ser político”; sou pobre nas minhas convicções, mas “rico nas minhas verdades”. “Não fico pincelando frase que não disse! Quando ditas, minha alma é o cartório”. “Como vou dizer que estou bem vendo tantas indecisões! O medo abraça o mundo. A ilusão toma conta”. “Hoje estou naqueles dias de “TPM” filosófica. Não sei se filosofia é a ânsia das palavras ou tempo em fadiga. Pensar me consome”. “Às vezes falo tanto. Nem sei por que falo. O descanso é a morte. O silêncio vivo”. “Quando não produzo dá uma raiva. Lanço a debito minha mente”. “Aposentei-me”! Agora o tempo me faxina. Não preciso decorar! A alma só se impressa e se expressa uma vez. “Por isso livros”. “Antes na vida ativa achava que pensa grande. Combalido agora, ainda é tempo de recuperar tamanha pequenez”. “Perguntaram-me agora de que família eu sou? Desconheço veterinário que me de pedigree”. “Uns falam dos seus problemas e eu cá a imaginar. Existe uma só ciência? Matemática?!”. “Veio em minha mente afrodisíacas palavras em um corpo perambulante”. “No meu trabalho existem critérios que não são os teus e algumas certezas que são minhas”.

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“Você é de todas as doces mentiras a mais acetosa, mas também a mais gostosa”. “Não haveria quaisquer pensamentos se as palavras escritas transcritas tivessem dono. Engano é haver plágio sem cobrança de ágio. Por engano a noite escurece no fulgor das estrelas, enquanto a poesia se embebesse sem nenhuma paga. Ninguém é dono das palavras. Do poeta são os sonhos!”. “Sou poeta e jardineiro. Planto flor. Planto amor. Rotina de quem distribui alegria. A Rosa de tão boa até de um galho da roseira produz uma nova flor, quando bem cuidada oferece pétalas aveludas adornando o jardim e quando colhida oferece um sorriso que é o melhor extrato da vida. O observador poeta descreve essa essência em harmonia. Esse é o meu dia a dia”. “Se sofrer do lado dentro do lado de fora há mais conteúdo. Entenderei melhor o teu sofrer. Quem se doa sofre intensa a dor de outra gente”. “O infeliz carrega consigo a ingratidão. O grato abraça a sua rotina, realiza e agradece. Notada clareza em seu semblante. Enquanto a outra obscurece”. “A delicadeza é a primeira propriedade dos seres sociáveis e também dos animais”. “A folha quando resseca o vento não a deixa cair subitamente; repousa no solo suavemente. Essa é a nossa natureza! Em todos os reinos há sutileza”.

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Tristeza Não fique lutando contra a tristeza; se ela vier, abra passagem. A tristeza não é você! É um sentimento, dê passagem! Assim como veio, ela também irá. Se ficar irado vai piorar. Uma nuvem que passa...

Distancie-se, veja a amplidão para melhor enxergar. Não se misture a ela. Toda tristeza é igual. Sem sal!

A tristeza é como queda de cachoeira: verte água, vertes lágrimas, se você a atravessar.

Existe um lugar mágico.

Faça da sua tristeza uma passagem. Pense que a lágrima é bálsamo que cura ferida.

Desfaça os nós da garganta, deixe que a dor do aperto no peito escorra. Aceite a tristeza e a veja se dissolver.

Quando estiver triste, seja mais cuidadoso para não causar dano,

nosso corpo assim gastou a vida. Insano. Então preste atenção! Se estiver triste, trate-se com todo o cuidado e carinho; faça um escalda-pés quentinho, aqueça a panela da água no fogão, coloque flores em frente a seu prato de jantar, ouça uma música bonita, faça uma prece. Mude essa sintonia; a partir da aceitação e da suavidade que existe em você. Nunca concorde em construir sua casa num terreno lamacento.

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Nada de caos Não é necessário manter o caos fora de si, à vida se autorregulamenta. Nas manhãs, primeiro vem o sol, onde liberamos energias. Na fluidez do dia, move-se acumulada desde o ponto de partida, para chegar à noite consumida; será assim desligada, para ser potencializada.

A vida é um acende apaga, um pisca-pisca intermitente. Não é o caos!

Meu Deus a ti eu clamo:

Dentro de mim há incertezas, mas em ti encontro à luz. Sinto sozinho, mas tu não me abandonas.

Estou desanimado, mas em ti encontro auxílio. Estou inquieto, mas em ti encontro a paz.

Dentro de mim há amargura, mas em ti encontro paciência. Não compreendo teus planos, mas tu conheces o meu caminho.

Venha Senhor em meu auxílio.

Retira minha alma dessa aflição. Angustia-me ver um ser humano sofrer.

Cura e liberta meu coração de todas as amarras. Preciso de ti, Senhor.

Socorre-me em minhas angústias,

ansiedade e todas as minhas preocupações. Muda tudo o que eu não posso mudar Senhor.

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