Doze Atitudes

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  • 8/18/2019 Doze Atitudes

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    Por Antônio Carlos Teixeira da Silva*

    “Imaginação é o ínicio da criação. Nós imaginamos o que desejamos; nósseremos o que imaginamos; e, no final, nós criamos o que nós seremos.” – George Bernard Shaw

    Há muitos executivos e empresas cientes de que precisam preparar-se paratrabalhar com o inédito. Enquanto alguns já fazem isso, outros tentam, mas nãoconseguem. Existem muitos fatores que matam as ideias antes mesmo de elasserem testadas. O foco tem de ser concentrado na ideia. Ela é o instrumentomais efetivo de diferenciação. Porém, para ter boas ideias, é necessário ter acriatividade bem desenvolvida, estimulada e valorizada.

     A 3M é um dos clássicos exemplos que provam que a inovação nasorganizações é um bom negócio. A empresa tem a filosofia de solucionar

    problemas dos consumidores por meio de inovações, e nada menos que 30%de seus lucros provêm de produtos com menos de quatro anos de existência.Não é por acaso que ela detém mundialmente a marca The InnovationCompany.

     As empresas que praticam a inovação desenvolvem facilitadores comoestrutura descentralizada, reconhecimento dos funcionários, ausência depunição por erros e estímulo à experiência. Além disso, praticam o permanentetreinamento de suas equipes nos requisitos básicos da inovação: criatividade,empreendedorismo, projetos e mudanças. Antes de conhecer as 12 atitudesque estimulam a inovação na empresa responda a esta pergunta:

    Sua empresa está inovando?Vejamos agora, algumas atitudes que tornam o ambiente empresarial propícioà inovação.

    1. Comunique

     A empresa precisa manter um canal permanente de comunicação com os seusfuncionários. Vários meios podem ser usados para isso: mural, circular, jornalou revista internos, e-newsletter, e-mails, vídeos e outros. Estando beminformados sobre os problemas, as oportunidades e as dificuldades daempresa bem como sobre as atividades da concorrência, os funcionáriospoderão usar seu potencial criativo para gerar a inovação que vai ao encontrodas necessidades da empresa. Em princípio, isso tudo é aplicável à sua

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    comunicação também com filhos, esposa, amigos. Contate o coração de todoseles.

    2. Desafie

    É preciso que a empresa demonstre gosto por desafios e compartilhe isso comseus colaboradores. Atitudes como desafiar um funcionário ou um grupo aencontrar soluções para um determinado problema, simplificar um processo ousistema, melhorar a qualidade de um produto ou encontrar novos canais dedistribuição são muito motivadoras e produtivas. Que tal desafiar-se aencontrar mais tempo para ficar com seu filho e ouvir o que ele quer lhecontar?

    3. Abomine a hierarquia rígida

     A empresa que mantém uma hierarquia rígida inibe a criatividade das pessoas.Num sistema assim, como elas se sentirão à vontade para apresentar umaideia inovadora para seus superiores? Como terão acesso a alguém de posiçãomais elevada? A rigidez hierárquica é algo que você pode combater na própriavida familiar. Role no chão com as crianças, deixe o terno amassar e o cabelodespentear. E, se a camisa rasgar, não se incomode: a risada que os baixinhosvão dar terá feito valer a pena.

    4. Exija A exigência positiva (não aquela que serve só para estressar, irritar e

    desgastar) força as pessoas a usar mais seu potencial de criatividade einovação. Jamais aceite uma única ideia, pois isso é pouco. Quem tem mais deuma ideia tem mais de uma opção. Nas empresas pela qual trabalhei em todaminha vida como executivo, nunca aceitei uma ideia só. Quando algumfuncionário vinha à minha sala apresentar a solução de um problema ou umanova ideia, a primeira coisa que eu dizia era: “Ótimo. E quantas ideias você tempara resolver esse problema?”. 

    Se o funcionário tivesse apenas uma, eu pedia para que ele pensasse em maiscinco opções e que voltasse para conversarmos.O resultado da minha exigência é que todos eram estimulados (ou impelidos) ausar mais seu potencial criativo. Chegamos a uma fase em que ninguémentrava na minha sala com menos de três ou quatro ideias diferentes para cadaassunto.Produzindo múltiplas ideias, você verá aumentar suas chances de solucionaras situações. Isso sem falar que uma ideia puxa a outra. Sempre pratiquei oexercício de associar ideias com meus filhos desde muitos pequenos para queeles já se habituassem a usar toda a sua criatividade.

    5. Desligue o piloto automático

    Há uma tendência do ser humano à acomodação. É muito mais fácil deixar as

    coisas no piloto automático, não questionar nada e ir levando a vida da maneiracomo sempre o fizemos. Há uma boa razão por que você não deve permitir

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    isso: o fato de uma coisa ser feita sempre da mesma maneira não significa queseja a melhor maneira. Assim começa a gestão da inovação. Estes pontosabordo com profundidade em minhas palestras e workshops.

    6. Acabe com os preconceitos:“Sua ideia já foi tentada no passado e não deu certo.”. “Isso não vai funcionar.” “Que outra empresa já fez isso?” “Os clientes estranharão essa mudança.” “O departamento jurídico não aprovará a ideia.” É muito comum ouvirmos frases como essas ao apresentarmos uma ideiacriativa e inovadora. Preconceito, como a própria etimologia já diz, é um pré-conceito que nem sempre se aplica à situação ou que carece de fundamentosmais concretos.”Por quê?” é a pergunta mais  adequada para questionar umpreconceito.

    7. Permita-se experimentar

    Punir alguém por seus erros é um dos grandes inibidores da criatividade nasempresas. As pessoas, com medo de punição, tornam-se omissas. Umapessoa omissa pode não cometer falhas, mas também não traz nenhumbenefício para a empresa.

    8. Valorize a iniciativa

    Quando alguém trouxer uma ideia, agradeça-lhe, mostre-se realmenteinteressado e considere a aplicabilidade da questão. Isso não significa que aideia seja boa, exequível, interessante ou compatível com os objetivos daempresa. E, se ela não for aproveitável, explique clara e sinceramente oporquê ao autor. Em seguida, estimule-o a dar novas ideias sobre outrosassuntos. Com isso, a pessoa se sentirá valorizada e terá orgulho em continuarusando a própria criatividade em benefício da empresa.

    9. ApoieDê suporte para os que se esforçam para ter ideias e buscar novos caminhos,soluções, melhorias, reduções de custo e outros.

    10. Proporcione recursos

    Existem vários tipos de ideias. Algumas são de tão simples execução, baratasou benéficas que nos dão motivo para exclamar: “Poxa! Como não pensamosnisso antes?”. 

    Há ideias que necessitam de verbas e suporte estratégico, como aquelas querequerem o desenvolvimento de produtos em laboratório. O técnico que estádesenvolvendo a nova ideia certamente precisará comprar materiais para ostestes, encomendar serviços externos, utilizar matérias-primas etc. Se ele nãotiver recursos para trabalhar, sua ideia não saíra do papel. Nesse caso, a

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    empresa corre o risco de perder competitividade ou permitir que a concorrêncialance algo similar.

    11. Questione as normas

    Um dos grandes inibidores da criatividade e da inovação são as normas daempresa. É claro que nenhuma organização pode prescindir de normas, poissua administração seria caótica. Mas muitas dessas regras, que foramimportantes quando criadas, perderam o sentido com o passar do tempo e asmudanças nos negócios e no mundo. Uma norma que perdeu o sentido sóserve para bloquear a criatividade e a inovação na empresa, porque semprehaverá um burocrata para dizer com todo entusiasmo: “A norma não permite.”.Por isso, estimule o questionamento das normas. Avalie se as regras vigentesainda fazem sentido ou se existem porque ninguém parou para questioná-las.O excesso de normas engessa o cérebro das pessoas e, consequentemente,reduz a competitividade da empresa.

    12. Desenvolva novos produtos

    Novos produtos, esse é o nome do jogo. Brevemente, 50% dos novos produtosnão existiam cinco anos atrás.Veja um exemplo concreto de sucesso através da inovação: a Gillette mantéma liderança por meio da inovação e do constante lançamento de produtos.Os aparelhos de barbear foram inovadores desde a sua primeira versão, hámais de 60 anos. O que mede os ganhos obtidos com tanta inovação é omercado consumidor de 700 milhões de usuários de aparelhos Gillette em 200

    países. Agora, reflita sobre uma frase de Bill Gates em reunião com seus funcionários:“Precisamos deixar nossos produtos obsoletos antes que os concorrentes ofaçam.” 

    Fonte: www.pensediferente.com.br

    *Antonio Carlos Teixeira da Silva é conteudista do curso SapiênCia Seja Inovador, criador e realizador do ProjetoPense Diferente, cujo objetivo é estimular a criatividade e a inovação no comportamento das pessoas e das empresas.Dedica-se ao estudo da criatividade desde 1974, quando participou pela primeira vez do Curso de Criatividade daCreative Education Foundation, na Buffalo State University, em Nova Iorque, EUA. Sempre atuando na área de

    Marketing, Antonio Carlos teve a oportunidade de aplicar e dividir seus conhecimentos sobre criatividade e inovaçãoem empresas como Kolynos, J. Walter Thompson Propaganda, Bayer, Stanley Home, Móveis Fiel e Avon Cosmésticos,nas quais trabalhou. 

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