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ESCOLA ESTADUAL “DA VILA BOA VISTA” BRENO ANTÔNIO RAMOS CAROLINE LUISA TEIXEIRA JENISTHER CALÁCIO RAFAELA CRISTINA RODARTE SAMARA APARECIDA DA SILVA DROGAS

Drogas - trabalho de química

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ESCOLA ESTADUAL “DA VILA BOA VISTA”

BRENO ANTÔNIO RAMOS

CAROLINE LUISA TEIXEIRA

JENISTHER CALÁCIO

RAFAELA CRISTINA RODARTE

SAMARA APARECIDA DA SILVA

DROGAS

ARCOS – MG2010

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INTRODUÇÃO

A Droga em seu significado mais amplo, refere-se a qualquer substância e/ou

ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc. Assim, desde um

pequeno compromido para alivar uma dor de cabeça até uma inflamação é uma droga.

Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucionógenos, ou seja, drogas

que levam à dependência química e, por extensão, a qualquer substância ou produto que

seja tóxico, como o cigarro,  e o álcool, que por sua vez vem sendo sinônimo de

entorpecentes.

As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no

organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida

pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro alterando todo seu

equilíbrio, podendo assim levar o usuário a ter reações agressivas.

O que levam uma pessoa a usar drogas?

Pesquisas rescentes apontam, que os principais motivos que levam alguém a utilizar as

drogas são: a curiosidade, inflência de amigos (mais comum), desejo, fuga

(principalmente por questões familiares), fortalecer (encorajar alguém a tomar tal

atitude que sem o uso, julgue não ter coragem), dificuldade em enfrentar e/ou aguentar

situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, sensações de prazer, acalmar,

estimulantes, facilidades de acesso e obtênção e etc.

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NOTÍCIAS

Especialista diz que 40% de viciados em crack são de classe média

Para psiquiatra, existe uma ‘epidemia do consumo da droga no Rio’.

Ela se baseia em dados de internações em clínicas especializadas.

Um episódio trágico, no último fim de semana, fez um pai expor sua dor publicamente

deixando muitas famílias em alerta. Ao afirmar que viu uma pessoa boa se transformar

em um assassino, referindo-se ao filho usuário de crack que estrangulou a amiga de 18

anos, ele revelou a dimensão dos efeitos devastadores dessa droga que já é altamente

consumida em rodas de classe média.

De acordo com a psiquiatra Analice Gigliotti, presidente da Associação Brasileira de

Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) e chefe do Setor de Dependência Química

da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, cerca de 40% dos usuários são pessoas

de classe média.

“A gente não está falando de meninos de rua, com uma população em que 90% são

dependentes pelas condições desfavoráveis em que vivem. Esse dado é baseado em

informações dos números de internações em clínicas especializadas, que é um outro

público”, explica.

“Não temos um monitoramento epidemiológico, mas não há dúvidas de que existe uma

epidemia do consumo de crack no Rio. Houve uma disseminação assustadora dessa

droga destrutiva nos últimos três anos”, afirma. Na segunda-feira (26) a

polícia apreendeu mais de 6 mil pedras na Zona Oeste.

‘Acaba com qualquer um’, diz estudante

Para a pesquisadora, como o vício do álcool, responsável por um alto índice de

homicídios, o crack, uma droga “extremamente lesiva ao cérebro” também pode

provocar muitas tragédias.

“É prazeroso, estimulante, acelerador. Com o uso de cachimbos ou coisa similar, a

droga vai direto para o pulmão, que tem uma grande capacidade de absorção. A

quantidade que chega ao cérebro é muito maior do que quando se cheira cocaína, cuja

superfície é a mucosa nasal”, compara. “A dependência vem rápido.”

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O estágio devastador da droga pode ser percebido no relato de um estudante de classe

média alta, de 24 anos, que revela em seu blog pessoal a luta para se afastar do vício,

depois de três anos.

“O crack realmente acaba com qualquer um. É muito poderoso. Conheço quase todos os

tipos de drogas que temos no Brasil. Só nunca usei heroína. Classifico o crack como a

mais viciante de todas. Com um efeito curto e muito intenso, devido a depressão após o

uso, o usuário se vê obrigado a usar grandes quantidades. Não dá para fumar só uma

pedrinha se você tem carro e dinheiro no bolso”, conta.

Droga atinge o cérebro em oito segundos

Conforme estudos científicos, ao ser fumado, o crack atinge o cérebro em cerca de oito

segundos, após passar pelos pulmões e pelo coração. Vicia com apenas três ou quatro

doses. O efeito dura de um a dois minutos.

A droga produz insônia, falta de apetite e hiperatividade. O uso prolongado causa

sensação de perseguição e irritabilidade, o que leva o usuário a agir de forma violenta.

Segundo investigações da Delegacia de Combate às Drogas da Polícia Civil (DCod), o

crack é vendido nas maiores favelas e morros do Rio, como Jacarezinho, conjuntos do

Alemão, Maré e Manguinhos (subúrbio), Macacos e Mangueira (Zona Norte), Rocinha,

Santo Amaro (Zona Sul) e São Carlos (Centro).

De acordo com a polícia, o crack é produzido em laboratórios clandestinos nessas

localidades.

DrogasTipos de Uso %

Na vida No ano No mês

Maconha 8,8 2,6 1,9

Solventes 6,1 1,2 0,4

Benzodiazepínicos 5,6 2,1 1,3

Orexígenos 4,1 3,8 0,1

Estimulantes 3,2 0,7 0,3

Cocaína 2,9 0,7 0,4

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Xaropes (codeína) 1,9 0,4 0,2

Opiáceos 1,3 0,5 0,3

Alucinógenos 1,1 0,32 0,2

Esteróides 0,9 0,2 0,1

Crack 0,7 0,1 0,1

Barbitúricos 0,7 0,2 0,1

Anticolinérgicos 0,5 0 0

Merla 0,2 0 0

Heroína 0,1 0 0

Álcool 74,6 49,8 38,3

Tabaco 44,0 19,2 18,4

Tabela 1 - Distribuição dos 7.939 entrevistados, segundo uso na vida, uso no ano e uso

no mês das drogas mais usadas nas 108 cidades com mais de 200 mil habitantes

(CARLINI et al., 2007).

Dependência:

(% de dependentes)

Drogas 2005

Álcool 12,3

Tabaco 10,1

Maconha 1,2

Benzodiazepínicos 0,5

Solventes 0,2

Estimulantes 0,2

Tabela 2 - Distribuição dos 7.939 entrevistados, segundo dependência de drogas, nas

108 cidades com mais de 200 mil habitantes do Brasil (CARLINI et al., 2007).

 

A importância da prevenção: a prevenção na e pela sociedade

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A prevenção é dividida em diferentes níveis de ação. Chamamos de prevenção primária

o conjunto de ações que visam impedir a experimentação das drogas. A partir dessa

etapa, deve-se tentar impedir que a mesma continue, ou se necessário que haja

encaminhamento a um profissional - essa etapa é denominada prevenção secundária. A

prevenção terciária se caracteriza quando são feitas intervenções que visam a melhora

do paciente, já em caso avançado de uso (RAMOS; BERTOLOTTE 1997). Semelhantes

a essa classificação têm os programas universais, ou seja, dirigidas à população em

geral; os seletivos, ou seja, dirigidos a um grupo de alto risco ou a subgrupos da

população em geral e os indicados, ou seja, planejados para indivíduos que já

experimentaram drogas ou que exibem outros comportamentos de risco (NICASTRI,

2001). Exemplificando: se aplicarmos um programa na escola dirigido a todos os

alunos, este se classificaria como universal. Se direcionarmos a um subgrupo seletivo

(como filhos de pais usuários ou alunos com baixo rendimento), teremos um programa

seletivo, mas se aplicarmos esse programa a alunos que se envolveram em acidentes

relacionados ao uso de substâncias, teríamos então um programa indicado.

A prevenção ao uso indevido de drogas, dentro do contexto mais amplo da valorização

da vida e da pessoa humana, se deixa conceber de várias maneiras. Sanitarista pensa em

termos epidemiológicos ou de saúde pública, jurista em medidas legais ou punitivas, a

economista em medidas visando à redução da oferta ou da demanda, a intelectual pensa

na liberação dos costumes acompanhada pela responsabilização de cada um, a religiosa

na renúncia em prol de valores "superiores", a moralista na pregação da abstinência em

benefício do "bem" coletivo, a educadora em informações integrando o curriculum

habitual de formação do aluno, a psicológica em mensagens capazes de induzir

mudanças de atitudes, etc. (SHINYASHIKI, 1992).

Para que um programa de prevenção seja bem sucedido é necessário que atenda aos

valores humanos, levando em conta características psicológicas e sociais do público

alvo, e se tenha definido o que se quer prevenir ou remediar. Também é necessário que

esse programa não seja muito técnico - apenas operacional - mas que tenha

maleabilidade. O referencial científico é importante, para que se possa ter credibilidade

em relação ao público alvo, mas esse conhecimento não pode servir como instrumento

para manipulação do executor do programa sobre o público-alvo. Atitudes de repressão

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e confinamento em manicômios demonstram falta de competência intelectual e não

produzem efeitos desejados.

Efetuar projetos de prevenção às drogas requer muita habilidade, pois são muito

complexos, é necessário levar em conta a relação entre o sujeito - personalidade, valores

e crenças - a droga - efeitos no organismo e o contexto sócio cultural e não apenas os

dados epidemiológicos - o que seria uma grande ingenuidade - (BUCHER, 1995;

SHINYASHIKI, 1992).

A prevenção, segundo as novas tendências, deve enfocar a informação como um meio

de resgatar, principalmente, a auto-estima, a auto-realização e a valorização da vida,

formando jovens para construírem atitudes e valores construtivos, encorajando o

desenvolvimento de sua personalidade, da sua identidade sexual e social, de sua

criatividade e valores filosóficos (APA, 1995).

A nova prevenção, para ser eficaz, deve utilizar estratégias integradas que harmonizam

as diversas medidas de prevenção, que sejam atrativas e positivas.

É fundamental que ocorram mudanças no enfoque da prevenção e que o Brasil recupere

o tempo desenvolvendo programas voltados ao adolescente e não às drogas (APA,

1995).

Na abordagem interacionista o enfoque central é o indivíduo, suas ações e seus aspectos

genéticos. O indivíduo adquire sua personalidade constantemente, e ela não é imutável.

Sua maneira de agir diante de situações é diferente de indivíduo para indivíduo, quanto

maior a sua autonomia, maior a sua capacidade de agir diante de situações do seu dia-a-

dia. A droga sozinha não causa danos, mas sim a relação entre ela, o indivíduo e o meio.

 

ANEXO A – ENTREVISTA COM O CABO VIEIRA DA POLÍCIA MILITAR

Entrevista concedida as alunas Rafaela, Caroline e Samara, pelo Cabo Vieira, no dia

10/09/2010 ás 14h00min

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O que são drogas?

Para a OMS droga é toda substância sintética, semi-sintética ou natural que introduzida

no organismo modifica suas funções alterando os sentidos que pode causar dependência

física ou psicológica. Termo droga prega a si a várias interpretações, mas nos dá uma

idéia de substância proibida de uso ilegal nocivo á saúde.

Droga é entorpecente e pode causar outras doenças. Tóxico é toda substância capaz de

intoxicar o organismo e provocar doenças letais. Entorpecente cauda apenas diminuição

das atividades gerais do corpo.

Toda substância causa tolerância no organismo, ou seja, se acostuma ao organismo.

Abstinência é a falta da substância no organismo da pessoa causando um sofrimento

muito grande, e há crise que levam á morte.

A mais antiga existência de droga foi 6000 a.C. no consumo de álcool. 4000 a.C os

chineses já usavam maconha e 3000 a.C. no Sul as pessoas já mastigavam a folha de

coca sem saber que consumia algum tipo de droga. Em 1942 Cristovão Colombo

descobriu os índios usando tabaco no Caribe. Em 1855 a cocaína foi extraída pela

primeira vez como anestésico.

Quais são as drogas ilegais mais apreendidas em Arcos?

Em primeiro lugar o crack, seguida da cocaína e da maconha.

Quando vocês apreendem drogas com menores de 18 anos, qual a atitude dos pais?

Já foram apreendidas crianças com 11 anos usando drogas e as famílias ficam

revoltadas. Até os 12 anos os menores são levados para as famílias.

A pena do tráfico vai de 5 a 15 anos com pagamento de 500 a 1500 reais dia multa. A

pena para quem consome é a prestação de serviço comunitário, advertência do efeito das

drogas, medida de comparecimento a programas ou curso educativos.

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Em sua opinião, o que leva os jovens a se envolverem com esses vícios?

Curiosidade, desejo de ter experiências diferentes, influência de colegas, fugas de

dificuldades particulares e problemas familiares.

Quanto aos crimes cometidos (furtos, homicídios, etc.), tem envolvimento de

usuários e traficantes?

A maioria dos crimes são cometidos por pessoas sobre o efeito da droga. Em 2008

foram registrados 100 ocorrências e 144 pessoas foram apreendidas. Em 2009 foram

registradas 119 ocorrências e 237 pessoas foram presas. Todo objeto pode se tornar

moeda de troca no tráfico. O número de ocorrências é o que nos leva a vermos se há

aumento de drogas ou não.

Pra você qual a solução pra todos esses problemas?

Uma solução é a educação em casa e também a prevenção através de palestras.

Dados sobre drogas apreendidas em Arcos no ano de 2010 (até o dia 09/09/2010):

- 13 adolescentes presos por tráfico

- 6 adolescentes presos por uso de drogas

- 78 adultos presos por tráfico

- 34 adultos presos por uso de drogas

- 637 pedras de crack

- 500 gramas de crack

- 19 papelotes de cocaína

- 7 papelotes de maconha

- 8 cigarros de maconha

- medicamentos

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Figura 13 – maconha e crack apreendidos em Arcos

ANEXO B – PALESTRA SOBRE DROGAS

Fotos da palestra realizada pelo cabo Vieira sobre drogas, no dia 24/09/2010 ás 8:00

na Casa de Cultura em Arcos

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