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Tipologia Textual Tipologia textual é a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: Descrição Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. Narração Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. Dissertação Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. 3.1 Dissertação-Exposição Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc. 3.1 Dissertação-Argumentação Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. Injunção/Instrucional Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.). Predição Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. pág. 1

Dry Lobo - Mateconcursorial Concurso

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Tipologia Textual

Tipologia textual é a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são:

Descrição

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto.A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora.Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.

É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais.Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.

Narração

Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

Dissertação

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

3.1 Dissertação-Exposição

Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.

3.1 Dissertação-Argumentação

Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia,

dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

Injunção/Instrucional

Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).

Predição

Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. 

01) (CESPE/UnB)Trata-se de um texto dissertativo composto a partir de segmentos narrativos e descritivos.

TEXTO PARA A QUESTÃO 02

A disseminação do vírus H1N1, causador da gripe denominada Influenza A, ocorre, principalmente, por meio das gotículas expelidas na tosse e nos espirros, do contato com as mãos e os objetos manipulados pelos doentes e do contato com

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material gastrointestinal. O período de incubação vai de dois a sete dias, mas a maioria dos pacientes pode espalhar o vírus desde o primeiro dia de contaminação, antes mesmo do surgimento dos sintomas, e até aproximadamente sete dias após seu desaparecimento. Adverte-se, pois, que as precauções com secreções respiratórias são de importância decisiva, motivo pelo qual são recomendados cuidados especiais com a higiene e o isolamento domiciliar ou hospitalar, segundo a gravidade de cada caso.

02) (CESPE / UnB / INCA / MÉDIO / 2010) Esse texto é predominantemente dissertativo.

TEXTO PARA A QUESTÃO 03

Nosso primeiro contato com os índios juruna falhou. Descíamos o Xingu e, abaixo do rio Maritsauá, vimos um acampamento na praia, muito bonito. Fomos até lá e os índios fugiram em canoas. Saímos com nossos barcos a motor atrás de uma canoa com dois índios. Quando perceberam que estavam sendo seguidos, encostaram a canoa na margem e fugiram para a mata. Visão, 10/2/1975

03) (CESPE/UnB/SUPERIOR/2010) O parágrafo acima é predominantemente argumentativo.

No século passado, ocorreu, no sistema bancário brasileiro, uma significativa incorporação tecnológica, que teve início ainda no final dos anos 60, com a criação do primeiro CPD, e continuou se difundindo nas décadas posteriores. Nesse processo, duas fases podem ser diferenciadas. A primeira, que abrangeu toda a década de 70 e parte da década de 80, caracterizava-se pela automação de processos de controle interno do banco e atingiu o setor de contabilidade e registro das agências, que foi paulatinamente se reduzindo, com a implementação de sistemas de coleta e transmissão de dados conectados a uma unidade central, o CPD. Essas transformações foram decisivas para a extinção de cargos na chamada área de retaguarda das agências, como, por exemplo, o cargo de contador. A segunda fase começou a partir da metade da década de 80, com o avanço da tecnologia de base microeletrônica, que permitiu a automação de processos de trabalho no interior das agências, possibilitando o lançamento eletrônico dos registros das transações diretamente pelo funcionário do setor de atendimento. Com isso, outras funções da retaguarda bancária foram significativamente reduzidas, principalmente na área de escrituração.

04) (CESPE) O texto apresenta, como comprovam as escolhas lexicais feitas pelo autor, as principais características do texto dissertativo: pessoalidade e subjetividade.

ORTOGRAFIA

Emprego dos Porquês

POR QUE

A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a “por qual razão”, “por qual motivo”:

Exemplos:Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.

Por que você comprou este casaco?

Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a ”pelo qual” (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).

Exemplos:Estes são os direitos por que estamos lutando.O túnel por que passamos existe há muitos anos.

POR QUÊCaso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo ”que” passa a ser tônico.

Exemplos:Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

PORQUEA forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.

Exemplos:Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.

Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

PORQUÊA forma porquê representa um substantivo. Significa “causa”, “razão”, “motivo” e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).

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Exemplos: Não consigo entender o porquê de sua ausência.

Existem muitos porquês para justificar esta atitude.

Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

ONDE / AONDE

Onde: Indica lugar em que algo ou alguém está, deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar.Não sei onde fica a cidade de Araguari.Nesta sala de reunião aconteceu a melhor negociação de todos os tempos, onde se garantiu o fechamento do nosso melhor contrato.Onde você mora?

Para evitarmos a repetição do uso desses advérbios, podemos usar os seguintes pronomes relativos: ‘’em que’’, ‘’na qual’’, ou ‘’no qual’’.

Veja mais alguns exemplos com os substitutos para “onde”: Vivemos numa cidade na qual constantes transformações tecnológicas vêm ocorrendo.Neste estado, no qual o cultivo de uva é tradição, as chuvas prejudicaram muito a colheita deste ano.

Aonde: Indica também lugar em que algo ou alguém está. Quando o verbo que se relaciona com “onde” exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando o vocábulo “aonde”. Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplos a seguir:

Aonde você irá depois das visitas?Eles chegaram aonde ninguém nunca mais chegou nesta empresa.Aonde ele está me levando?

SENÃO / SE NÃO

Senão: Escreve-se “senão” quando a palavra assume as seguintes funções:1) conjunção alternativa, podendo ser substituída por “caso contrário”;Devemos trabalhar, senão (caso contrário) o contrato será cancelado.Ande logo, senão (caso contrário) chegaremos tarde.

2) conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por “mas”;Vencemos a partida de futebol não por sorte, senão (mas) por competência.Não fiz isso para irritá-lo, senão (mas) para motivá-lo.

3) preposição, tendo o mesmo significado de “com exceção de”, “exceto”, “salvo”, “a não ser”;Não existe paz, senão (exceto) entre os mortos.Não víamos na época outra opção, senão (a não ser) utilizar o viaduto.

4) substantivo masculino, significando “falha” ou “defeito”.Minha namorada é quase perfeita. Ela só tem um senão (defeito).Não há beleza sem senão (falha).

Se não: a forma “se não” estabelece relação de condição e equivale a “caso não” e “quando não”.Se não chover (caso não chova), irei ao zoológico. Vamos vacinar 90% das crianças, se não (quando não) todas.Se não (caso não) fosse ele, esta região seria muito pobre.O que seria a ficção se não (caso não fosse) a realidade com sentimento de culpa?

ORTOGRAFIA OFICIAL

Uso do X1) Depois de ditongoEx.: ameixa, caixa, trouxa...Exceção: recauchutar2) Depois da sílaba inicial “en”Ex.: enxame, enxada, enxotar...Exceção: encher, encharcar, enchova, enchumaçar e vocábulos derivados.CUIDADO!Em palavras derivadas de primitivas com “ch” vale o princípio da derivação.Ex.: chapéu – enchapelar / chiqueiro – enchiqueirar3) Depois da inicial “me”.Ex.: mexilhão, mexer, mexerico...Exceção: mecha e derivados

Uso do G1) Terminações ágio, égio, ígio, ógio, úgio.Ex.: pedágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio.2) Substantivos terminados em “gem”Ex.: vertigem, vagem...Exceções: pajem, lajem e lambujem.

Uso do S1) Adjetivos terminados em “oso”/ “osa”Ex.: saboroso, habilidoso, maravilhosa...2) Sufixos esa / isa / ês / ense indicadores de Título, Origem ou Profissão (TOP).Ex.: duquesa, poetisa, pitonisa, francês, maranhense.3) Após ditongoEx.: coisa, causa, aplauso...

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4) Nas formas do verbos “PÔR” e “QUERER”Ex.: quis, quiséssemos, puseram...

Uso do Z1) Sufixos “ez” e “eza” formadores de substantivos abstratos que derivam de adjetivos. Ex.: agudo / agudez; escasso / escassez; estúpido / estupidez; límpido / limpidez; gago / gaguez; honra / honradez; inválido / invalidez; intrépido / intrepidez; macio / maciez; rígido / rigidez; sensato / sensatez; sisudo / sisudez; belo / beleza; certo / certeza; nobre / nobreza; pobre / pobreza

2) Sufixo “izar” formador de verbosEx.: canal – canalizar / juiz – ajuizar / humano – humanizarOBS.: Se houver “S” no radical da palavra primitiva, a palavra derivada manterá o “S”.Ex.: pesquisa – pesquisar / análise – analisar / paralisia – paralisarOBS.: catequese – catequizar / síntese – sintetizar / hipnose – hipnotizar

Uso do e / i1) Verbos terminados em “oar” e “uar” – final “e”Ex.: abençoar – abençoe / atenuar – atenue / continuar – continue2) Verbos terminados em “oer” e “uir” – final “i”Ex.: sair – sai / roer – rói / possuir - possui

01) (CESPE / UNB/ SEGER ES / SUPERIOR) A palavra “prevenção” se escreve com “ç”, da mesma forma que “correção”, “precaução” e “compreenção”.

02) (CESPE / UNB/ TRE / MA / ANALISTA / 2009) Julgue os itens abaixo quanto à grafia das palavras neles empregadas.

I - Após ter seu mandato cassado, o prefeito está ancioso para voltar à vida política.

II - A polícia revelou, algumas horas depois do ocorrido, a indentidade do incendiário.

III - Por proceder mal, o profissional foi considerado, um mau colega.

IV - Recentemente, surgiram denúncias de privilégios e malversação dos recursos públicos.

Estão certos apenas os itens:

(A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV.

03) (CESPE / UNB/ TRE MA / MÉDIO) ...6,5 bilhões de pessoas que existem hoje no planeta, cerca de 4 bilhões vivem abaixo da linha da

pobreza, dos quais 1,3 bilhão, abaixo da linha da miséria.

Estaria gramaticalmente correta a substituição de “cerca de” por “acerca de”.

04) (CESPE / UNB/ PROFESSOR / PB) O texto fala de etimologia, que é o estudo da origem e da formação das palavras de uma língua. É etimológica a razão pela qual se emprega a letra h em várias palavras do português, como no caso do verbo “habita”, que aparece no texto. Também se escrevem com h inicial as palavras:

(A) hebreu, herói, húmido. (B) hidráulico, hiato, higiene. (C) herva, histeria, hipopótamo. (D) hematoma, hérnia, hazar. (E) hexágono, hombro, herdar.

05) (CESPE / UNB / MPE / AM)

Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João, Eu perguntei a Deus do Céu: Por que tamanha judiação

Em “Por que tamanha judiação?”, “Por que” é um pronome interrogativo que poderia ser substituído por “Porque”, sem haver erro de grafia ou mudança de sentido.

06) (CESPE / TJ / RJ / TÉCNICO) Os trechos abaixo são adaptados de O Globo de 19/3/2008.

Assinale a opção que apresenta erro de grafia de palavra.

(A) A defesa e a preservação do meio ambiente são hoje uma preocupação mundial, e o Brasil, dono de vastos recursos naturais, procura também avançar nessa área.

(B) Uma boa parte da população se conscientizou da necessidade de agir para proteger fauna, flora, rios e outros bens da natureza.

(C) Movimentos foram criados, até na política, e órgãos federais, estaduais e municipais, além do Ministério Público, se mobilizaram.

(D) Há dez anos, foi aprovada a Lei Contra Crimes Ambientais, dando respaudo jurídico às ações de preservação e prevendo punições para os infratores.

(E) Na prática, existe enorme dificuldade para que os transgressores sejam punidos.

07) (CESPE / TJ / RR / SUPERIOR) Além disso, o romance oferece um ponto de fuga em relação à maioria dos textos literários que, no período, desempenhavam a função de “desvendamento social” do Brasil, na medida em que problematiza, com rigor incomum, pressupostos identitários de integração nacional por eles formulados.

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A correção gramatical do período estaria mantida caso se substituísse a expressão “na medida em que” por à medida em que.

08) (CESPE / UNB / MTE) Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando?

Como “Por que” está no início de uma pergunta, a palavra Porque poderia, corretamente, substituí-la.

09 (CESPE / UNB / PA – Delegado de Polícia Civil) Os interesses econômicos das grandes potências aconselharam o encorajamento das reinvidicações(1) dos trabalhadores, em todo o mundo. Era preciso evitar que países onde as forças sindicais eram débeis(2) fizessem concorrência industrial aos países onde essas forças eram mais ativas. Era preciso impedir a vil(3) remuneração da mão-de-obra operária,em prejuízo(4) das economias então dominantes. Assim, razões extremamente estreitas e egoístas geraram a contradição de contribuir para o avanço do movimento operário, em escala mundial.

Idem, ibidem (com adaptações). Assinale a opção em que o número apresentado

corresponde à palavra do texto cuja grafia não está de acordo com as normas da língua padrão.

(A) 1.(B) 2.(C) 3.(D) 4.

“A internet, mesmo sendo plural, não tem POR QUE se tornar um monopólio.” (§ 10)

10) (FUNCAB - 2014 - PRODAM-AM - Engenharia Elétrica) Na frase acima, o termo em destaque está corretamente grafado, com os elementos separados. Considerando-se que, de acordo com o contexto, o referido termo pode apresentar diferentes formas de grafia, pode-se afirmar que, das frases abaixo, a única correta é:

a) A imprensa condenou o político por que este teria agido de forma antiética.

b) Já se sabe porquê a imprensa condenou o político.

c) Por quê a imprensa condenou o político?d) As razões por que a imprensa condenou o

político não foram esclarecidas.e) É importante saber porque a imprensa

condenou o político.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA 

MONOSSÍLABAS – Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em A(S), E(S), O(S).

Exemplos: pé, pés, já, póOXÍTONAS – Acentuam-se as oxítonas terminadas em: “A(S)”, “E(S)”, “O(S)”, “EM”, “ENS”.Exemplos: também, você, maracujá, armazéns, alguém, cipósPAROXÍTONAS – Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:

l fáciln pólenr cadáverps bícepsx tóraxus vírusi, is júri, lápison, ons próton, íonsum, uns álbum, álbuns

ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos

ditongo oral (seguido ou não de s)

jóquei, túneis

Obs.: Não use trema: TRANQUILO, LINGUIÇA, DELINQUENTE... Exceção: palavras estrangeiras (ex: Gisele Bündchen).

PROPAROXÍTONAS – Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.Exemplos: vítima, ônibus, efêmero.

Regras EspeciaisDitongos AbertosOs ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja:éi (s):anéis, fiéis, papéiséu (s):troféu, céusói (s): herói, constrói, caubóisObs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados. Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia.Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em “r” (e não por possuir ditongo aberto “ói”).

Regra dos hiatos

Acentuam-se o ”i” e ”u” tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de ”s”, desde que não sejam seguidos por ”-nh”.Exemplos: sa-í-da, e-go-ís-mo, sa-ú-deNão se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras: ju-iz, ra-iz, ru-imRazão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.

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OBS.: Os hiatos “ee” e “oo” não são mais acentuados.

Exemplos: “voo”, “enjoo”, “veem” 

Obs.: jogá-lo / jogá-lo-íamos

ACENTO DIFERENCIALEle não pôde ir ontem, mas hoje ele pode.Você pode pôr isso em cima da mesa?Venha por esse caminho.

QUESTÕES

01) (CESPE / UnB / IBAMA) As palavras “amazônico” e “viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

02) (CESPE / UnB) Nas palavras “fitoterápico”, “líquido” e “álcool”, foi empregada a mesma regra de acentuação gráfica.

03) (CESPE / UnB / BB / ESCRITURÁRIO) As trocas simbólicas permitem a comunicação, geram relações sociais, mantêm ou interrompem essas relações...

O sinal de acentuação gráfica em “mantêm” marca o plural do verbo, que assim é acentuado para concordar com “trocas”.

04) (CESPE / UnB) O emprego do acento agudo nos vocábulos país e aí justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica.

05) (CESPE / UnB) As palavras “Estágio”, “diária” e “após” são graficamente acentuadas devido à mesma regra.

06) (CESPE / UnB) O plural de “detém” grafa-se detem.

07) (CESPE / UnB) O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. No termo “país”, o acento é obrigatório.

08) (CESPE / UNB) As palavras “líderes”, “empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base na mesma justificativa gramatical.

09) (CESPE / UnB) Assinale a opção que apresenta palavras cuja acentuação não se explica pela mesma regra.

(A) Belém – Pará – até (B) violência – própria – delinquência (C) constituída – vândalos – subterfúgios (D) protegê-los – vivê-las – estará

(E) cidadãos – situação – estarão

10) (CESPE / UNB) As palavras “inúmeras”, “críticas” e “científica” acentuam-se graficamente porque são paroxítonas terminadas em a, seguidas ou não de s.

11) (CESPE / UNB / PGE) As palavras “Tamuataí”, “Uruará” e “Guajará” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

CONJUNÇÕES

1. (CESGRANRIO – 2011 – FINEP – Técnico – Suporte Técnico) Considere a sentença abaixo.

Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de

a) oposiçãob) condiçãoc) consequênciad) comparaçãoe) união

2. (FCC – 2012 – TCE-AP – Técnico de Controle Externo) Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também impõem custos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento. (início do 2o parágrafo)

A 2a afirmativa introduz, em relação à 1a, noção de

a) condição.b) temporalidade.c) consequência.d) finalidade.e) restrição.

3. (FUNCAB – 2010 – SEJUS-RO – Contador) Releia-se o que escreve Beccaria:

“Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da aflição, se esse crime apenas é praticado por essa classe de homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (direito terrível e talvez desnecessário) apenas deixou a vida como único bem, [...] as penas em dinheiro contribuirão tão-somente para aumentar os roubos, fazendo crescer o número de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dá-lo a rico talvez criminoso.” (parágrafo 5)

A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes deixado no período, fortalece a

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conexão lógica entre as orações adverbiais condicionais e o que ele afirma a seguir é:

a) inclusive.b) além disso.c) então.d) por outro lado.e) mesmo.

4. (FGV – 2010 – DETRAN-RN – Assessor Técnico – Contabilidade) “… e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca…”; a oração grifada traz uma ideia de:

a) Causa.b) Consequência.c) Condição.d) Conformidade.e) Concessão.

5. (FUMARC – 2011 – PRODEMGE – Analista de Tecnologia da Informação) No trecho “Ao tempo de Pilatos e de James Joyce, a linguagem virtual estava longe”. Mas, além da realidade física, da palavra impressa, ela servia de símbolo da identidade e da perenidade da comunicação”.

Os termos negritados acima têm, respectivamente, a equivalência de

a) adversidade – causa – tempo.b) consequência – tempo – adversidade.c) tempo – adversidade – adição.d) adição – adversidade – tempo.

6. (COPEVE-UFAL – 2010 – CASAL – Advogado) Em qual período o se é uma conjunção integrante?

a) “Paraquedista se prepara para romper a barreira do som com salto da estratosfera.”

b) “Um tecido comum pegaria fogo se fosse exposto diretamente a essa radiação.”

c) “Sabe-se também que a alimentação materna pode ter impacto na chance de a criança vir a desenvolver câncer.”

d) “Marilyn Monroe morreu aos 36 anos de forma trágica, vítima de uma overdose de medicamentos que até hoje não se sabe se foi intencional, acidental ou provocada por alguma misteriosa conspiração política.”

e) “Não fale rápido demais. Se sua dicção não for boa, ninguém irá entender o que você diz.”

7. (CONSULPLAN – 2006 – INB – Analista de Sistemas) “Já a produção de petróleo não é suficiente para atender à demanda, embora a dependência externa no setor tenha conhecido…” O termo “embora”, nesse fragmento, estabelece relação lógico-semântica de:

a) Condição.b) Adição.c) Conformidade.d) Concessão.e) Tempo.

8. (CONSULPLAN – 2010 – Prefeitura de Congonhas – MG – Técnico de Laboratório – Informática)

“- Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro…” a palavra destacada anteriormente exprime ideia de:

a) Escolha.b) Contraste, oposição.c) Finalidade.d) Explicação.e) Soma, adição.

9. (NCE-UFRJ – 2010 – UFRJ – Contador) “Dicas para acelerar sem perder o ritmo”. Nessa frase, os dois conectivos sublinhados indicam, respectivamente:

a) direção e negação;b) comparação e ausência;c) finalidade e concessão;d) modo e condição;e) movimento e modo.

10. (FUMARC – 2011 – Prefeitura de Nova Lima – MG – Procurador Municipal)

No Texto lê-se: “A língua que falamos é um bem, se considerarmos “bens” “as coisas úteis ao homem”.

O termo negritado, segundo Cunha e Cintra (2009), tem o valor de um (a):

a) construção linguística que apresenta relação causal.

b) sintagma com sentido opinativo, que apresenta uma relação comparativa.

c) conectivo com valor de condição, pois indica uma hipótese.

d) vocábulo gramatical, que serve para adicionar uma idéia a outra.

GABARITO

1. C 2. E 3. C 4. E 5. C6. D 7. D 8. B 9. C 10. C

SINTAXE

01) (CESPE / UNB / IBAMA) Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do século passado.

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No período que se inicia, o sujeito da oração principal está posposto ao verbo.

02) (CESPE / UNB / IEMA / SUPERIOR) A rotulagem ambiental está se tornando um poderoso instrumento de mercado, pelo qual se informa aos consumidores que determinados produtos são produzidos de acordo com padrões ambientalmente corretos.

A partícula “se” em “pelo qual se informa” é elemento de realce, no período, por isso pode ser suprimida sem prejuízo para a coerência ou a correção gramatical do texto.

03) (CESPE / UnB / Agente da Polícia Civil) O artigo 1.º da Constituição de 1988, que aborda os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, apresenta os fundamentos do Estado democrático de direito: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

O sujeito do predicado “apresenta os fundamentos do Estado democrático de direito” é composto por seis núcleos, a saber: “soberania”, “cidadania”, “dignidade”, “valores”, “livre iniciativa” e “pluralismo político”.

04) (CESPE / UNB / TST / TÉCNICO) Gente boa em inclusão social é o que se quer.

O pronome “se”, indicativo de sujeito indeterminado, refere-se a “Gente boa”.

05) (CESPE / UnB / TSE / Analista / 2007) Eu, também por sinais, achei que tinha razão, e contei-lhe algumas eleições antigas.

Na expressão “contei-lhe”, “lhe” exerce a função de objeto direto.

06) (CESPE / UnB / DIPLOMATA) No trecho “mas de outra maneira de entender, de conceber, talvez mesmo de sentir o mundo”, observa-se a ocorrência de um único termo como complemento de três verbos.

07) (CESPE / UnB) “Expressa o modo existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da História”.

A expressão “o destino da história” é complemento direto das formas verbais “trabalham”, “relacionam” e “conduzem”.

08) (FCC) Na França, o governo duplicou a verba de publicidade ...(1o parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que está grifado acima se encontra em:

(A) ... e também serve como fonte – em geral gratuita – de informações.

(B) Mas em nenhum outro lugar a tormenta é tão assustadora quanto nos Estados Unidos.

(C) Vários jornais, mesmo bastante antigos e tradicionais, fecharam suas portas.

(D) ... quando o jornal é o símbolo e um dos últimos redutos do jornalismo ...

(E) Mas, para chegar ao auge ...

09 (FCC) “... e favoreça os seus amores por ela...”

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

(A) A jovem é irmã de Hersé...(B) ... este espetáculo a corrói...(C) ... Palas Atena vai à morada da Inveja...(D) ... e ordena-lhe que...(E) Assiste com despeito aos sucessos dos

homens...

REGÊNCIA VERBAL

Alguns verbos costumam provocar dúvidas de regência porque seu uso popular se encontra em desacordo com a norma padrão ou porque possuem mais de um sentido e, portanto, mais de uma regência. Seguem alguns deles:

AGRADAR

1- No sentido de “acariciar” (transitivo direto):O pai agradou o filho.2- No sentido de “satisfazer / causar prazer” (transitivo indireto):A peça agradou ao público.

ACARRETAR – ocasionar, causar, trazer (transitivo direto)Exemplo: Isso acarretará sérios prejuízos para o consumidor.

ASPIRAR1- No sentido de “respirar” (transitivo direto):Em São Paulo, aspira-se ar poluído.2- No sentido de “desejar” (transitivo indireto):Aspiro ao cargo de diretor.

ASSISTIR1- No sentido de “acompanhar” ou “ajudar” (transitivo direto/indireto):O médico assistiu o doente/ O médico assistiu ao doente.

2 - No sentido de “ver” (transitivo indireto):Você assistiu a esse filme?

3- No sentido de “pertencer” (transitivo indireto):É um direito que assiste a você.

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4- No sentido de “residir” (intransitivo):Assisto em São Paulo.

CHAMAR

O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir”, “solicitar a presença” e exige complemento sem preposição.

Ex.: O professor chamou o aluno.É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”. Ex.: Ela chamava por Jesus.

Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

Admite as seguintes construções:- Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)- Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)- Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)- Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)

CHEGAR

1- Verbos que indicam movimento devem ser empregados com a preposição “a” e não “em”:

Chegamos a São Paulo.Iremos ao banco.

2 - A preposição “em” é usada para indicar tempo:Chegaremos em dez dias.

ESQUECER/LEMBRAR

1- Quando não pronominais (transitivo direto):

Ele esqueceu o caderno.Ela lembrou tudo.

2- Quando pronominais (transitivo indireto):

Esqueceu-se do caderno.Lembrou-me do ocorrido.

IMPLICAR

1- No sentido de “acarretar” (transitivo direto):Tal atitude implicará sua demissão.2- No sentido de “aborrecer”, “demonstrar antipatia” (transitivo indireto):

Os meninos implicaram com ele.

INFORMAR/AVISAR/CERTIFICAR/NOTIFICAR/PREVENIR/ CIENTIFICAR

Admite duas construções:

1- Informei a nota ao aluno. (transitivo direto/indireto)2- Informei o aluno sobre a nota. (transitivo indireto)

IR

Deve ser empregado com as preposições “a” ou “para”:

Vou ao banheiro.Vou para a Alemanha.

NAMORAR

Não pede preposição (transitivo direto):Gabriela namora Flávio.

OBEDECER/DESOBEDECER

Exige complemento com a preposição “a”:

O filho obedece ao pai.Ele desobedeceu às leis.

PAGAR/PERDOAR

1 - Transitivo direto para coisas:Paguei o livro.Perdoei a grosseria.

2 - Transitivo indireto para pessoas:Paguei ao livreiro.Perdoei ao pecador.

PREFERIR

Esse verbo exige (transitivo direto/indireto):

Prefiro estudar a trabalhar.Preferia cinema a teatro.

PROCEDER

1- No sentido de “origem” (transitivo indireto):Essa palavra procede do latim.

2- No sentido de “realizar” (transitivo indireto), usa-se a preposição “a”:O exército procedeu ao ataque.Procederemos ao pagamento.Procederemos à quitação da dívida.

3- No sentido de “comportamento” (intransitivo):

Proceda com cuidado.

4- No sentido de “ter fundamentos” (intransitivo):

Aqueles boatos não procediam.

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QUERERPode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou transitivo indireto (no sentido de “ter afeto”, “estimar”).

- A criança quer sorvete.- Quero a meus pais.

SIMPATIZAR/ANTIPATIZAR

Exige a preposição “com” (transitivo indireto):Simpatizo com aquele rapaz.

USUFRUIR: usufruir algo ou de algo.

Ele usufrui os / dos bens.

VISARPode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição).

Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto.

- O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto)- O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar)

Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.- Muitos visavam ao cargo.- Ele visa ao poder.

Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe.Obs.: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida.- Ele visava atingir o posto de comando.

QUESTÕES

01) (CESPE / UNB / CESAN) No sentido de fazer ou realizar algo, o verbo proceder admite dois empregos, de acordo com a norma culta: “proceder a busca” e “proceder à busca”, sem alteração de sentido.

02) (CESPE / UNB / ANS) Os dados sobre óbitos precoces indicam pouca atenção dispensada ao pré-natal, ao parto e aos cuidados com o recém nascido.

Em “ao pré-natal, ao parto e aos cuidados”, a presença de preposição deve-se à regência da palavra “indicam”.

03) (CESPE / UnB / PMV) E o acesso a esses armamentos nas proximidades das escolas é tão fácil, segundo os alunos, que a maioria sabe indicar onde e de quem comprá-los, de

acordo com dados de pesquisa da UNESCO em 14 capitais do país.

O emprego da preposição “de”, em “de quem comprá-los”, decorre da regência do verbo comprar.

04) (CESPE / UnB / ANVISA) A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da RDC 102/2000, proíbe à indústria farmacêutica oferecer ou prometer prêmios ou vantagens aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos.

A inserção da preposição de logo após “farmacêutica” atenderia à regência do verbo proibir, que exige complemento preposicionado.

05) (CESPE / UnB / BB) Em meio a uma crise da qual ainda não sabe como escapar, a União Europeia celebra os 50 anos do Tratado de Roma, pontapé inicial da integração no continente.

O emprego de preposição em “da qual” atende à regência do verbo “escapar”.

06) (CESPE / UnB) Os professores assistem a todo esse movimento com um misto de perplexidade e fascinação, porque temem ficar marginalizados se não conseguirem dominar essas novas tecnologias e porque muitos acreditam que o ensino pela Internet vai resolver os problemas de aprendizado no Brasil.

Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do texto caso o trecho “Os professores assistem a todo esse movimento” seja assim reescrito: Os professores assistem-lhe.

07) (CESPE / UnB / PMV) Apenas no século XVII, quando foi aperfeiçoado o microscópio, a ciência pôde finalmente observar criaturas unicelulares em ação — mas só as maiorzinhas, hoje chamadas de protozoários.

A preposição “de”, em “hoje chamadas de protozoários”, pode ser retirada do texto sem que se prejudique o sentido do trecho.

08) (CESPE) O trecho “A essa corrente convencionou-se chamar de Nova Gestão” pode ser reescrito sem a preposição “a” e continuar a satisfazer os padrões de correção da norma culta.

09) (ESAF) “Uma vez formados, seriam automaticamente chamados de ‘doutor’ e teriam um salário de classe média para o resto da vida”

A regência do verbo chamar empregada no texto é considerada coloquial. A gramática

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ortodoxa recomenda, como mais formal, o emprego desse verbo como transitivo direto.

10) (CESPE / UNB / ADAGRI / CE / Agente Estadual Agropecuário / 2009) A regulamentação em preparo visa garantir a meta intermediária de cortar 10% das emissões de carbono até 2020.

O texto permaneceria gramaticalmente correto caso se escrevesse visa à garantir no lugar de “visa garantir”.

11) (CESPE / UNB / IRBr / 2009) O poder de Washington já fora avisado por instituições acadêmicas norte-americanas de que a OEA corre o risco de perder vigência.

Em “de que a OEA”, o emprego de preposição “de” se deve à regência de “avisado”.

CRASE

É a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o pronome demonstrativo “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave (`) para indicar a crase. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:

Vou a a igreja – Vou à igreja / Conheço a aluna – Refiro-me à aluna.Como verificar a ocorrência da crase:1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.Ex.: Conheço “a” aluna. / Conheço o aluno.Refiro-me à aluna. / Refiro-me ao aluno.

NÃO ocorre crasea) diante de substantivos masculinos.Ex.: Andamos a cavalo. / Fomos a pé. / Passou a camisa a ferro.b) diante de verbos.Ex.: A criança começou a falar. / Ela não tem nada a dizer. / Estavam a correr pelo parque.c) diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona.Ex.: Diga a ela que não estarei em casa amanhã. /Entreguei a todos os documentos necessários. / Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. / Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho. / Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo. / Isso não interessa a nenhum de nós. / Aonde você pretende ir a esta hora?

c) diante de numerais cardinais.Chegou a duzentos o número de feridos. / Daqui a uma semana começa o campeonato.

SEMPRE ocorre:a) diante de palavras femininas.Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.Sempre vamos à praia no verão.Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.b) diante da palavra “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida)Ex.: O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Usava sapatos à (moda de) Luís XV.Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.c) na indicação de horas.Ex.: Acordei às sete horas da manhã. / Elas chegaram às dez horas.d) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavrasfemininas.

- adverbiais: à baila, à beça, às claras, à direita, às escondidas, à esquerda, à força, às moscas, à noite, às pressas, à revelia, à solta, à tarde, às vezes, à vista, à vontade ...Exemplos:Passarei no concurso e comprarei um carro à vista.Para comemorar a aprovação no concurso, iremos ao teatro à noite.

- prepositivas (terminadas por uma preposição essencial): à altura de, à base de, à beira de, à custa de, à espera de, à frente de, à maneira de, à mercê de, à moda de, à procura de ...Exemplos:Meus alunos ficaram à frente dos demais candidatos.O aluno foi aprovado no concurso; portanto, está à espera da convocação.

- conjuntivas: à medida que, à proporção que.Exemplos:Você ficará mais preparado para o concurso à medida que estudar.À proporção que você for promovido, sua remuneração aumentará.

Crase diante de nomes de lugarVou à França. (Vim da França. Estou na França.)Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco.)Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo.)

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ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:Retornarei à São Paulo dos bandeirantes.Irei à Salvador de Jorge Amado.

Crase diante dos pronomes demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Refiro-me àquele atentado.Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.

Observe este outro exemplo:Espero aquele rapaz.Aluguei aquela casa.

Crase com os pronomes relativos A Qual, As QuaisA ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino.

Por exemplo: A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. / O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.Veja outros exemplos:São normas às quais todos os alunos devem obedecer.Esta foi a conclusão à qual ele chegou.A sessão à qual assisti estava vazia.

Crase com o pronome demonstrativo “a”Minha revolta é ligada à do meu país. / Meu luto é ligado ao do meu país.As orações são semelhantes às de antes. / Os exemplos são semelhantes aos de antes.Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa. / Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa.Sua blusa é idêntica à de minha colega. / Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

A palavra DistânciaSe a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer.

Exemplos:Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui.Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco.

Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer.

Exemplos:Os militares ficaram a distância.Gostava de fotografar a distância.

Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase.

Veja:Gostava de fotografar à distância.Ensinou à distância.Dizem que aquele médico cura à distância.

Crase FACULTATIVAA crase é facultativa nos seguintes casos:a) Antes de pronomes possessivos femininos:Abracei à minha prima. / Abracei a minha prima.b) Antes de nomes próprios de femininos:Referia-me à Andréia. / Referia-me a Andréia.Nota:Quando o nome estiver particularizado por um adjetivo, a crase se torna obrigatória.Referia-me à simpática Joana.c) Depois da preposição até.Fui até à quitanda. / Fui até a quitanda.

QUESTÕES

01) (CESPE / UNB / Auditor Fiscal do Tesouro Municipal) Entre os projetos bancados pelo FACITEC, estão desde uma pesquisa que levantou o perfil empreendedor da grande Vitória a pesquisas socioambientais para reurbanização de áreas degradadas.

Sem prejuízo para a correção gramatical, a passagem “a pesquisas socioambientais” poderia ser substituída por às pesquisas socioambientais.

02) (CESPE / UNB / Auditor Fiscal do Tesouro Municipal / 2007) “O rio Jucu, devido a sua potencialidade como fonte de geração de energia hidrelétrica, é estratégico para todas as atividades econômicas”.

O trecho ‘devido a sua potencialidade’ ficaria incorreto se fosse colocado sinal indicativo de crase em ‘a’.

03) (CESPE / UNB / TST / 2008) O cenário econômico otimista levou os empresários brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de trabalho nos últimos cinco anos. As contratações com carteira assinada cresceram 19,5% entre 2003 e 2007, enquanto a geração de emprego seguiu ritmo mais lento e aumentou 11,9%, segundo estudo comparativo divulgado pelo IBGE.

In: Correio Braziliense, 25/1/2008 (com adaptações).

No primeiro período do texto, a partícula “a” ocorre tanto como preposição quanto como artigo: a primeira ocorrência é uma preposição exigida pelo emprego do verbo “levou”; a segunda ocorrência é um artigo que determina “formalização”.

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04) (CESPE / UNB / STF / 2008) Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito).

É pela acepção do verbo levar, em “leva a perceber”, que se justifica o emprego da preposição “a” nesse trecho, de tal modo que, se for empregado o substantivo correspondente a “perceber”, percepção, a preposição continuará presente e será correto o emprego da crase: à percepção.

05) (CESPE / UNB / ABIN / SUPERIOR / 2008) Mudado seu modo de pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e, assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original.

Em “à do experimento”, o sinal indicativo de crase está empregado de forma semelhante ao emprego desse sinal em expressões como à moda, às vezes, em que o uso do sinal é fixo.

06) (CESPE / UNB / Agente da Polícia Federal / 2009) A inserção do sinal indicativo de crase em “existimos previamente a nossas relações sociais” preservaria a correção gramatical e a coerência do texto, tornando determinado o termo “relações”.

07) (CESPE / UNB / TST / MÉDIO / 2008) Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir novos papéis para atender às exigências das empresas.

Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical do texto, ao se substituir a expressão verbal “para atender” pela equivalente nominal em atendimento, desde que seja retirado o sinal indicativo de crase em “às exigências”.

08) (CESPE / UNB / MCT / SUPERIOR / 2008) À mudança se contrapõem as entidades de defesa do meio ambiente, que alegam que os estudos para aprovação de obras como uma usina hidrelétrica são mesmo demorados e devem ser feitos com muito cuidado, com a análise detalhada de todos os impactos sobre a natureza.

O sinal indicativo de crase em “À mudança” justifica-se pela regência de “se contrapõem”, que exige a preposição a, e pela presença de artigo definido feminino antes de “mudança”.

09) (CESPE / UNB / TRE GO / ANALISTA / 2009) O conceito era sempre aplicado, isto é, remetia a uma história vivida que pudesse ou não ser comprovada.

Preservam-se as relações de regência de “remetia”, bem como a correção gramatical do texto, ao se inserir um sinal indicativo de crase em “a uma história”.

10) (CESPE / UNB / TRE MA / ANALISTA / 2009) Julgue os itens a seguir quanto ao emprego do acento grave nas frases neles apresentadas.

I - Acostumado à vida parlamentar, o senador resistiu à reação desproporcional pretendida pela bancada oposicionista.

II - A rotina, à qual o ator aderira em 2001, era igual à de sua parceira de novelas.

III - Inúmeros países, à partir daí, não criaram obstáculos à paz.

IV - A globalização financeira, associada à melhores instituições e à estabilidade macroeconômica, contribuiu para elevar a taxa de investimento do Brasil.

Estão certos apenas os itens

(A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e IV.(E) III e IV.

11) (FCC) Apesar de comumente confundidas, a admiração e a inveja não pertencem ...... mesma categoria de afetos, pois a última causa prejuízo ...... autoestima e leva, constantemente,...... sensações de insatisfação e angústia.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) a - a - à(B) a - à - a(C) à - à - a(D) à - a - à(E) à - à - à

12 (FCC) A erupção de um vulcão provocou perdas ...... economia europeia bem superiores ...... trazidas pelos atentados terroristas de 2001, fato que obrigou a ONU ...... criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:

(A) a - aquelas - a(B) a - àquelas - à(C) à - aquelas - a(D) à - aquelas - à(E) à - àquelas - a

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL

É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.

PRÓCLISE

É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:

1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:

a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.

Ex.: Não se esqueça de mim.

b) Advérbios. Ex.: Agora se negam a depor.OBS.: Aqui se trabalha. Aqui, trabalha-se.c) Conjunções subordinativas. Ex.: Embora me dissesse as razões, não acreditei.

d) Pronomes relativos. Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

e) Pronomes indefinidos. Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.g) Pronomes interrogativos. Ex.: Quem te fez a encomenda?

h) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo)- Deus o abençoe!- Macacos me mordam!

MESÓCLISE

É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:

1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. 

Exemplos:Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.

ÊNCLISE

É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:

1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.

2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Não era minha intenção machucar-te.

3) Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Vou-me embora agora mesmo.

4) Quando houver vírgula ou pausa antes do verbo. Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

5- Quando o verbo estiver no gerúndio.Ex.: Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.

OBS.:O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.

Exemplos: É preciso encontrar um meio de não o magoar.É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.

QUESTÕES

01) (CESPE / UNB / TRE / PA) No universo unificador da mídia, os políticos não se destacam por sua experiência, pelo programa de seu partido, nem mesmo por sua capacidade de liderança, mas pela simpatia que os marketeiros conseguem suscitar nos grandes auditórios.

A colocação do pronome “se” logo após a forma verbal “destacam” atenderia à prescrição gramatical.

02) (CESPE / UNB / TST / SUPERIOR / 2008) Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se supor que a sociedade tecnológica seria caracterizada por um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma necessidade exclusiva da classe trabalhadora.

Mantém-se a noção de voz passiva, assim como a correção gramatical, ao se substituir “seria caracterizada” por caracterizaria-se.

03 (CESPE / UNB) A seguinte reescritura da explicação da psicóloga Ana Maria Rossi está sintaticamente correta: a ansiedade alerta-nos de que há eventuais perigos e nos mobiliza à tomada de medidas necessárias a enfrentá-los.

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04 (CESPE / UNB / PETROBRAS / SUPERIOR) Os países em desenvolvimento têm de atuar em um contexto em que se amplia o fosso entre a maioria das nações industrializadas e aquelas em desenvolvimento em matéria de recursos, em que o mundo industrializado impõe as regras que regem as principais organizações internacionais — e já usou grande parte do capital ecológico do planeta.

Sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto, a relação entre as ideias nele apresentadas permite que se desloque o pronome “se” para depois do verbo e se escreva amplia se o fosso.

05) (CESPE / UNB / PETROBRAS / SUPERIOR) O interessante é que passam os anos, mas não se alteram muito as posturas dos grupos que entre si se opõem relativamente às formas de exploração e de produção do petróleo no país.

Caso se suprimisse da oração o advérbio “não”, o pronome “se” deveria, obrigatoriamente, em respeito às regras gramaticais, ser utilizado depois do verbo: alteram-se.

06) (CESPE / UNB) ...se não estiver bastante clara a responsabilidade dos alunos pela sociedade em que vivem e que os criou, a sua formação terá sido, sem dúvida, deficiente.

Os pronomes empregados em “os criou” e “a sua formação” referem-se a “alunos”.

07) (CESPE / UNB) Atualizando um pouco a distinção, poder-se-ia dizer que é como se os animais viessem com um software instalado...

A substituição de “poder-se-ia dizer” pela forma menos formal poderia se dizer preservaria a correção gramatical do texto, desde que fosse respeitada a obrigatoriedade de não se usar hífen, para se reconhecer que o pronome se está antes do verbo dizer, e não depois do verbo poderia.

08) (CESPE / UNB / TRE GO / ANALISTA / 2009) Por muitos anos, pensávamos compreender o que era interpretado, o que era uma interpretação; inquietávamo-nos, eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular...

Preserva-se a correção gramatical e a coerência das ideias do texto ao se deslocar o pronome átono em “inquietávamo-nos” para antes do verbo, escrevendo nos inquietava.

09) (FCC) Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... (3o parágrafo)

A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das frases abaixo, quando o termo nela sublinhado for

substituído pelo pronome que lhe corresponde. Essa frase é:

(A) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial colaboração.

(B) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem.

(C) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário.

(D) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os rapazes.

(E) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção.

PONTUAÇÃO

PONTO (.)a) indicar o final de uma frase declarativa.Ex.: Lembro-me muito bem dele.b) separar períodos entre si.Ex.: Fica comigo. Não vá embora.c) nas abreviaturas.Ex.: Av.; V. Ex.ª

DOIS-PONTOS (:)a) Para indicar a fala dos personagens.Ex.: Então o padre respondeu:- Parta agora.b) Antes de apostos, especialmente nas enumerações.Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.O corpo humano divide-se em três partes: cabeça, tronco e membros.c) Quando se quer esclarecer algo. Exemplos:

Toda aquela fortuna não fora formada por mera casualidade: foi resultado de muito esforço e sacrifícios.O Policarpo parece um velho: ranzinza que só!É o seguinte: preciso de seu caminhão para fazer uma mudança.Resumindo a história: ela ganhou o prêmio.Ele conquistou o que tanto desejava: uma aprovação no concurso.

c) Antes de citação.Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

RETICÊNCIAS (…)São usadas para indicar supressão de um trecho, indicar dúvidas ou hesitação do falante, dar ideia de continuidade ao que se estava falando:Exemplos: Sabe…eu queria te dizer que…esquece.E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...Eu gostei da nova casa, mas do quintal...

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PARÊNTESES (())a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.“Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. “ (O milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha)Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

TRAVESSÃO (–)O travessão é indicado para:a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:- Quais ideias você tem para revelar?- Não sei se serão bem-vindas.

b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos parênteses: Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada. Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando – meu melhor amigo.

PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)a) Após vocativo.Ex.: Foi você mesmo, garoto!b) Após imperativo.Ex.: Cale-se!c) Após interjeição.Ex.: Ufa! Ai!d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional.Ex.: Que pena!

VÍRGULA1) Quando NÃO SE USA vírgula

1.1) Não se usa vírgula entre sujeito e verbo (ou predicado).

ERRADO: A casa, tem uma escada.CERTO: A casa tem escada.

1.2) Entre verbo e seus complementos

ERRADO: A casa tem, uma escada.CERTO: A casa tem uma escada.

2) Quando SE USA vírgula 

2.1) Deslocamento do ajunto adverbial 

Sonhei com você naquela noite. / Naquela noite, sonhei com você.Lá fora, o sol está de rachar!Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.

OBS.: Existem casos em que a vírgula é opcional.Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. for uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para a frase. Exemplos:

Depois vamos sair para jantar.Depois, vamos sair para jantar.Geralmente gosto de almoçar no shopping.Geralmente, gosto de almoçar no shopping.Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.Semana passada todos vieram jantar aqui em casa.

2.2) Nome de lugar antes de datas

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1991 

2.3) Separar elementos de uma enumeraçãoFui à feira e comprei maçã, abacaxi, repolho, tomate e maçã.

2.4) Elipse do verboElipsar o verbo significa omiti-lo, ou seja: escondê-lo. Vamos aos exemplos.Você gosta de skate e eu gosto de bicicleta. / Você gosta de skate; eu, de bicicleta. 

2.5) Aposto

São Paulo, uma das maiores cidades do mundo, sofre com enchentes. 

2.6) Vocativo

Amigo, espero que não esteja pensando o que eu estou pensando. 

2.7) Isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo

Exemplos: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã poderemos nos encontrar.

Ela quer conversar com você, ou seja: ela quer uma nova chance.

PONTO E VÍRGULA (;)

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O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos seguintes casos:

- Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.Exemplo: O rio está poluído; os peixes estão mortos.

- Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados por vírgula.Exemplo: Dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra.

- Para separar itens de uma enumeração.Exemplo:No parque de diversões, as crianças encontram:brinquedos;balões;pipoca.

- Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.), substituindo, assim, a vírgula.Exemplo: Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã.

- Para marcar o deslocamento de conjunções coordenadas adversativas ou conclusivas.Exemplo: Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas alguns.A chuva parou; iremos, portanto, à praia.

QUESTÕES

1) (CESPE / UNB / TJ / ANALISTA / 2008) Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista. A segunda, se temos os meios humanos e financeiros para realizar o projeto. A terceira se refere à necessidade urgente de ampliar a “infra-estrutura” de conhecimentos necessários para que a educação encontre raízes profundas em nossa sociedade, nos laboratórios de pesquisa, na natureza e na história que vivemos.

A coesão do texto será preservada se o primeiro ponto for substituído por vírgula seguida de letra minúscula.

2) (CESPE / UNB / TJ / ANALISTA / 2008) Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um milagre,

mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.”

O isolamento da expressão ‘de forma mais particular’ por meio de vírgulas tornaria o trecho gramaticalmente incorreto.

3) (CESPE / UNB / TJ / TÉCNICO / 2008) Só assim o Brasil poderá sair da situação paradoxal em que se encontra — as empresas precisam ampliar seus quadros de trabalhadores, mas não encontram pessoas preparadas entre milhões de desempregados.

A inserção de vírgula após o termo “assim” mantém a correção gramatical do período.

4) (CESPE / UNB / TJ / TÉCNICO / 2008) O colapso do quinto maior banco de investimentos norte-americano, o Bear Stearns, e seu pronto resgate pelo JPMorgan Chase, com apoio do FED, o banco central dos EUA, apontam para cenários menos otimistas sobre a evolução da crise de crédito, com ramificações mundiais, enfrentada pela maior economia do planeta.

A expressão “o Bear Stearns” está entre vírgulas por ser um aposto.

5) (CESPE / UNB / SEJUS / ES / 2007) A penitenciária, segundo nota do Ministério da Justiça, possui infra-estrutura e equipamentos de segurança de última geração, entre os quais: aparelhos de raios X e de coleta de impressão digital, detectores de metais e espectrômetros — aparelhos que identificam vestígios de drogas, armas e explosivos.

O emprego do sinal de dois-pontos justifica-se por introduzir uma enumeração de itens.

6) (CESPE / UNB / PGE / PA / 2007) Assinale a opção em que foram corretamente empregados os sinais de pontuação, sem prejuízo da informação original contida no seguinte trecho do texto: “Surpreso, o garoto procura o lugar de onde vem o comando”.

(A) O garoto surpreso procura o lugar de onde vem o comando.

(B) O garoto, surpreso, procura o lugar de onde vem o comando.

(C) O garoto procura surpreso, o lugar de onde vem o comando.

(D) O garoto procura o lugar, surpreso de onde vem o comando.

7) (CESPE / UNB / CGE / AUDITOR / 2008) Quando surgiu a preocupação ética no homem?

Em que momento da sua história sentiu o ser humano a necessidade de estabelecer regras definindo o certo e o errado? O que o levou a reconhecer a importância e

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indispensabilidade da fixação de normas e padrões valorativos a serem seguidos por todos? Estas indagações, possivelmente existentes desde que o homem começou a pensar, têm ocupado o tempo e o esforço de elaboração dos filósofos ao longo dos séculos. O fato é que, desde os seus primórdios, as coletividades humanas não apenas pactuaram normas de convivência social, mas também foram corporificando um conjunto de conceitos e princípios orientadores da conduta no que tange ao campo ético-moral.

Quanto aos usos dos sinais de pontuação no texto, mantêm-se a correção gramatical e a coerência textual,

(A) substituindo-se os dois primeiros sinais de interrogação por sinais de exclamação.

(B) inserindo-se vírgula logo após “sentiu”. (C) inserindo-se vírgula logo após “regras”. (D) retirando-se a vírgula logo após

“indagações”. (E) substituindo-se a vírgula logo após “que” pelo

sinal de dois-pontos.

8) (CESPE / UNB / TJ / TÉCNICO / 2008) Considerado um dos mais obsoletos do país, o Código de Processo Penal, que entrou em vigor há mais de seis décadas, está prestes a ser modernizado em um de seus pontos mais importantes.

O trecho “que entrou em vigor há mais de seis décadas” está entre vírgulas por ser oração adjetiva explicativa.

9) (CESPE / UNB / PCRN / Delegado de Polícia Civil Substituto / 2009) A pontuação do texto permaneceria correta se, no trecho “o primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor”, fosse inserida uma vírgula logo após a palavra “pista”.

10) (FCC) Com relação à pontuação empregada no texto, é correto afirmar:

(A) No segmento na fase primitiva do teatro grego: um tirano, Pisístrato, e um ator, Téspis, a retirada das três vírgulas não implicaria prejuízo para a correção e o sentido original.

(B) Os dois-pontos empregados no início do terceiro parágrafo poderiam ser substituídos por ponto e vírgula, sem prejuízo para a correção e o sentido original.

(C) No segmento coloca o primeiro em estado de êxtase e assim poderá atingir a purgação, a palavra assim poderia ser colocada entre vírgulas, sem prejuízo para a correção e a lógica.

(D) Em Para Aristóteles a arte é imitação da natureza, a colocação de uma vírgula

imediatamente depois de Aristóteles implicaria prejuízo para a correção e a lógica.

(E) No segmento a tese geralmente aceita é a de que nasceu, a colocação de uma vírgula imediatamente depois da palavra aceita não implicaria prejuízo para a correção e a lógica.

11) (FCC) Sobre a pontuação empregada no texto, afirma-se corretamente:

(A) Em Bem disse Le Corbusier que Niemeyer tinha “as montanhas do Rio dentro dos olhos” (último parágrafo), a justificativa para o emprego de aspas é o realce irônico que se quer dar à expressão que elas isolam.

(B) Em Mas o ser humano, este continua desprotegido...(2o parágrafo), a vírgula poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a lógica.

(C) Em Brasília, em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção (último parágrafo), as vírgulas poderiam ser substituídas por travessões sem prejuízo para a clareza e a lógica.

(D) Em um observador diante da monumentalidade que ele próprio idealizara para Brasília... (3o parágrafo), uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de monumentalidade, sem prejuízo para o sentido.

(E) Em No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil (último parágrafo), a retirada da vírgula implicaria prejuízo para a clareza e a lógica.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

É o ajuste que se faz aos demais termos da oração (artigo, adjetivo, numeral, pronome) para que concordem em gênero e número com o substantivo.

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.- A pequena criança é uma gracinha.- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.

a) Um adjetivo após vários substantivos

1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.- Irmão e primo animado estiveram aqui.- Irmão e primo animados estiveram aqui.

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2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.- Ela tem pai e mãe louros.- Ela tem pai e mãe loura.

3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural.- O homem e o menino estavam perdidos.- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.

b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos1 - Adjetivo anteposto: concorda com o mais próximo.Comi delicioso almoço e sobremesa.Provei deliciosa fruta e suco.

2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.Estavam feridos o pai e os filhos.Estava ferido o pai e os filhos.

c) Um substantivo e mais de um adjetivo Falava fluentemente a língua inglesa e (a) espanhola. Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.

d) Pronomes de tratamento“Vossa Excelência foi muito generosa” (mulher) ou “Vossa Excelência foi muito generoso” (homem).

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado1 - Concordam com o substantivo a que se referem.As cartas estão anexas.A bebida está inclusa.Precisamos de nomes próprios.Obrigado, disse o rapaz.

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)1 - Após essas expressões o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural.Renato advogou um e outro caso fáceis.Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

g) É bom, é necessário, é proibido

1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.Canja é bom.A canja é boa.É necessário sua presença. É necessária a sua presença.É proibido entrada de pessoas não autorizadas.A entrada é proibida.

h) Muito, pouco, caro

1- Como adjetivos: seguem a regra geral.Comi muitas frutas durante a viagem.Pouco arroz é suficiente para mim.Os sapatos estavam caros.

2- Como advérbios: são invariáveis.Comi muito durante a viagem.Pouco lutei, por isso perdi a batalha.Comprei caro os sapatos.

i) Mesmo, bastante1- InvariávelPreciso mesmo da sua ajuda.Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. 2- VariávelHavia bastantes pessoas na fila.Seus argumentos foram bastantes para me convencer.

j) Menos1- Sempre invariável.Preciso de menos comida para perder peso.

k) Tal Qual1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o consequente.As garotas são vaidosas tais qual a tia.Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

l) Possível1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.A mais possível das alternativas é a que você expôs.Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.

m) Meio1- Como advérbio: invariável.Estou meio insegura. 2- Como numeral: segue a regra geral.Comi meia laranja pela manhã.

n) Só1- apenas, somente (advérbio): invariável.Só consegui comprar uma passagem. 2- sozinho (adjetivo): variável.Estiveram sós durante horas.

QUESTÕES

01) (CESPE / UnB /DPF AGENTE / 2009) O uso do espaço público nas grandes cidades é um desafio.

Respeitam-se a coerência da argumentação do texto e a sua correção gramatical, se, em vez de se empregar “do espaço público”, no

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singular, esse termo for usado no plural: dos espaços públicos.

02) (CESPE / UnB) Toda a questão do conhecimento, como desejo de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica, organização e seu funcionamento, pode ser pensada a partir do que se deve denominar uma filosofia...

A flexão de feminino em “pensada” deve-se à concordância com “lógica”.

03) (CESPE / UNB / TCU / ANALISTA / 2007) Os estudos mostram que é necessário iniciar imediatamente uma forte redução na emissão de gases poluentes.

Preserva-se a correção gramatical ao se retirar a expressão “iniciar imediatamente” do texto, embora seja suprimida a ideia de início imediato.

04) (CESPE / UnB /MDS / MÉDIO / 2009) É possível erradicar a fome por meio de ações integradas que aliviem as condições de miséria e que estejam articuladas com uma política econômica...

A forma nominal “articuladas” está no feminino plural porque concorda com o antecedente “ações integradas”.

05) (CESPE / UnB / MMA / MÉDIO / 2009) Na oração “Segue anexa a nota editorial”, foi atendida regra de concordância nominal, visto que o adjetivo “anexa” está no feminino para concordar com a expressão no feminino “a nota editorial”, que exerce a função de sujeito da oração.

06) (CESPE / UNB) É expressamente proibido os funcionários, no ato da subida, utilizarem os elevadores para descerem.

O trecho pode ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte maneira: É expressamente proibido a utilização dos elevadores que tiverem subindo pelos funcionários que desejarem descer.

07) (CESPE / UNB) Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional.

A correção gramatical do texto seria mantida se a palavra “bastante” fosse flexionada no plural, para concordar com o substantivo “critérios”.

08) (CESPE / UNB) A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao Estado brasileiro institucionalizar a atividade de inteligência,

mediante ações de coordenação do fluxo de informações necessárias às decisões de governo, no que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades,...

A substituição do termo “necessárias” por necessário mantém a correção gramatical do texto.

09) (CESPE / UNB) Em “Por isso, pessoas e instituições precisam ser preparadas para adotar esta inovação”, a substituição de “preparadas” por preparados não causa prejuízo para a correção gramatical do período em que aquela palavra aparece.

10) “... uma prova de que há diferenças que resistem a quaisquer desejo e esforço de integração, inatas, no âmago do indivíduo, até explodirem um dia.”

O pronome indefinido de valor adjetivo “qualquer” foi flexionado para concordar com os substantivos desejo e esforço. 

CONCORDÂNCIA VERBAL

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.Exemplos:

Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser.Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.

Casos de concordância verbal:

1) Sujeito simples

Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.

Ex.: Nós vamos ao cinema.

O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

Casos especiais:a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.

Ex.: A multidão gritou pelo rádio.

Atenção:Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.

Ex.: A multidão de fãs gritou.A multidão de fãs gritaram.

b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.

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Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão.A maioria dos alunos foram à excursão.

c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio.Vossas Altezas pediram silêncio.

d) O sujeito é constituído pelo pronome relativo “que” – o verbo concorda com o antecedente do pronome.

Ex.: Fui eu que derramei o café.Fomos nós que derramamos o café.e) O sujeito é constituído pelo pronome relativo “quem” - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.

Ex.: Fui eu quem derramou o café.Fui eu quem derramei o café.

f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).

Ex.: Quais de vós me punirão?Quais de vós me punireis?

Dicas:Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com eles em pessoa e número.

Ex.: Qual de vós me punirá.

g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.

Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa.Os Estados Unidos são a maior potência mundial.

OBS.: Os Lusíadas imortalizou Camões.Os Lusíadas imortalizaram Camões.h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral.

Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula.Mais de cinco alunos não compareceram à aula.

i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância

atrativa). 

Ex.: A maioria dos candidatos desistiu.A maioria dos candidatos desistiram.j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.

Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

2) Sujeito composto

Regra geral: O verbo vai para o plural. 

Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

Casos especiais:a) Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.

Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.b) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).

Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar.A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar.

c) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto resumidor.

Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.

d) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural.

Ex.: Um e outro já veio.Um e outro já vieram.e) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.

Exemplos: 

Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

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f) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.

Exemplos: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo.

Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

Outros casos:

1) Partícula “SE”:a - Partícula apassivadora: o verbo (transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.

Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.

b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular. Exemplos:

Precisa-se de secretárias.Confia-se em pessoas honestas.

2) Verbos impessoais

São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.Exemplos:Havia sérios problemas na cidade.Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.Deve haver sérios problemas na cidade.Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.

Dicas:Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.O verbo existir não é impessoal. Veja:Existem sérios problemas na cidade.Devem existir sérios problemas na cidade.

3) Verbos dar, bater e soar

O relógio deu duas horas.Deram duas horas no relógio da estação.Deu uma hora no relógio da estação.O sino da igreja bateu cinco badaladas.Bateram cinco badaladas no sino da igreja.Soaram dez badaladas no relógio da escola.

4) Concordância com o verbo ser:

a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo.

Exemplos:

Tudo são flores.Aquilo parecem ilusões.

Obs.:Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.

Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

b - Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância será feita com a expressão numérica. Exemplos:

São nove horas.É uma hora.

Obs.:Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia.

Exemplos: 

Hoje são 24 de outubro.Hoje é (dia) 24 de outubro.

c - Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome.

Ex.: Minha alegria são vocês.Ele é minhas alegrias.Minhas alegrias é ele.

Obs.:Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.Ex.: Eu não sou tu. / Ele não é eu.

e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.

Ex.: O menino era as esperanças da família.

f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no singular.Exemplos:

Cento e cinquenta é pouco.Cem metros é muito.

QUESTÕES

01) (CESPE / UNB) O tráfico de drogas e a atuação das gangues perto de escolas foram

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citados pela maioria dos alunos durante as entrevistas.

A expressão “foram citados” está no plural para concordar com “alunos”.

02) (CESPE / UNB) Não há personagem mais criticado na sociedade contemporânea que o político.

Caso o termo “personagem” estivesse empregado no plural, a forma verbal “há” deveria ser substituída pela forma na 3ª pessoa do plural.

03) (CESPE / UNB) Na oração “Há vinte meses que o Decreto foi revogado”, a forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída por Faziam.

04) (CESPE / UNB / ANALISTA / 2009) Falo da atitude, crescente no cotidiano, que faz da desconfiança a própria ambiência nas relações.

A forma verbal “faz” está flexionada no singular porque o pronome “que” retoma, por coesão textual, o termo “cotidiano”.

05) (CESPE / UNB / SEBRAE / 2008) Segundo pesquisa da Universidade de Brasília, cerca de 82% das micro e pequenas empresas locais atuam com responsabilidade social.

Se a locução “cerca de” for retirada do sujeito sintático, o verbo “atuam” deve ser flexionado no singular: atua.

06) (CESPE / UNB / Banco do Brasil S.A. / 2007) Embora sejam muitos os motivos para comemorar, como a manutenção da paz e a consolidação do mercado comum, os chefes dos 27 Estados-membros têm muito com o que se preocupar.

A forma verbal “têm” está no plural para concordar com “Estados-membros”.

07) (CESPE / UNB / Banco do Brasil S.A. / 2007) Regionalmente, é inegável que o principal são os Jogos Pan-americanos.

A estrutura “são os Jogos Pan-americanos” exemplifica um caso em que o verbo está no plural para concordar com o predicativo.

08) (CESPE / UNB / TST / ANALISTA / 2008) Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro vão requerer a combinação de uma sólida educação geral com conhecimentos específicos.

O emprego da flexão de plural em “vão” respeita as regras de concordância com “mais de 70% do trabalho”.

09) (CESPE / UNB / TSE) Assinale a opção em que fragmento de texto apresenta erro gramatical.

(A) Os próximos quatro anos serão decisivos para a reconstrução republicana. O resultado das eleições demonstraram clara independência com as populações locais.

(B) Elas não entregam mais seus ouvidos e, com eles, os seus votos, aos chefetes locais. Isso anuncia surpresas importantes nas eleições municipais de 2008.

(C) É agora o tempo oportuno para as grandes reformas (como a agrária), que vêm sendo adiadas neste país há mais de 40 anos e sem as quais continuaremos sendo um dos países mais injustos do globo.

(D) Para que elas se façam, é preciso que o arcabouço constitucional seja sólido e claro. Se somos República Federativa no rótulo, que a sejamos no conteúdo. E a União nada cederá de seu poder se não houver a pressão dos estados.

10) (CESPE / UNB) A oração “Trata-se de um procedimento invasivo” permanece sintaticamente correta se reescrita da seguinte forma: Tratam-se de procedimentos invasivos.

11) (CESPE / UNB) A correção gramatical da oração será mantida se, no trecho “Não há cânulas nem agulhas”, a forma verbal “há” for substituída pela forma verbal existe.

12) (FCC) A frase em que a concordância respeita as regras da gramática normativa é:

(A) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões mútuas.

(B) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem apresentar uma proposta de ação e uma previsão de custos.

(C) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que sugere que haverá de serem cumpridos fielmente.

(D) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do processo.

(E) Procede, por uma questão técnica, segundo os especialistas entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de saneamento é indiscutível.

13) (FCC) A frase do texto que, ao ser reescrita, mantém o respeito às regras de concordância e, em linhas gerais, o sentido original é:

(A) Outra descoberta foi a de que também existia na figuração de um motivo em que estivesse ausente o ser humano alguns valores profundos.

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(B) Uma gama de estados de espírito que não sabemos nomear, apesar de sua grande força, podem ser suscitados pelos artefatos e signos que o homem produz.

(C) É numa concepção de humanidade modificada ao longo do tempo que se assenta noções relativas a uma dimensão humana da arte.

(D) Não fazem muitos anos que na grande arte só se podiam admitir temas heróicos, míticos ou religiosos.

(E) As obras e seu respectivo valor haviam de ser avaliados na medida da importância do tema tratado.

Redação Oficial

Redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.

A redação oficial deve caracterizar-se por:

1) Impessoalidadea) de quem comunica;b) de quem recebe;c) do próprio assunto.

2) Uso do padrão culto de linguagemPadrão culto é aquele em que:a) se observam as regras da gramática formal;b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma.OBS.: Não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”. (burocratês)

3) Formalidade e PadronizaçãoA clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto, uso correto dos pronomes de tratamento.

4) Concisão e Clareza

QUESTÕES

1) (CESPE/2011) Encaminho, para análise, cópia do parecer final sobre o processo n.º 123.000.321/000-0, que trata do afastamento do funcionário (...)

O trecho é inadequado para constituir introdução de ofício, por apresentar a forma verbal “Encaminho”, flexionada na primeira pessoa do singular, o que infringe o princípio da impessoalidade em correspondências oficiais.

2) (CESPE/2013) A redação oficial tem por finalidade pautar a maneira pala qual os órgão públicos e as empresas privadas redigem atos normativo e comunicações, sendo caracterizada por uma linguagem impessoal, calcada no uso formal da língua.

3) (CESPE/2012) A redação oficial deve pautar-se em uma linguagem transparente, inteligível, concisa e uniforme, de forma a não permitir mais de uma interpretação.

4) (CESPE/UnB-2012/Ministério Público do Piauí/Técnico) O caráter de impessoalidade decorre, fundamentalmente, de dispositivo da Constituição da República de 1988, segundo o qual: A administração pública direta e indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...).

5) (CESPE/UnB-2013/Conselho Nacional de Justiça/Técnico) Tendo em vista a proximidade das esperadas festas de comemoração do aniversário de 50 anos da nossa instituição, tenho o prazer de informar que este setor terá seu horário de atendimento reduzido em função da necessidade dos preparativos da referida festa.

6) (CESPE / BRB / SUPERIOR / 2011) A impessoalidade da correspondência oficial deve abranger sempre três esferas: a de quem emite a comunicação, a de quem a recebe e a do assunto tratado.

7) (CESPE / SUPERIOR / 2013) O redator de um expediente oficial deve utilizar todos os recursos convenientes para que o texto seja compreendido. Na hipótese de o destinatário da comunicação oficial se pessoa com baixo grau de escolaridade, por exemplo, pode-se empregar linguagem coloquial.

8) (CESPE / SUPERIOR / 2013) O tipo de linguagem empregado em comunicações oficiais é denominado padrão oficial de linguagem.

Pronomes de Tratamento

Vossa Excelência_____________ relatório. (enviou, enviaste / teu, seu, vosso)

Sua Excelência _____________________ à reunião. (comparecerá, comparecereis)

Vossa Excelência __________________ (estava, estáveis / atarefado, atarefada)

Vossa Excelência _________________ (estava, estáveis / atarefado, atarefada)

Emprego dos Pronomes de Tratamento

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

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a) do Poder Executivo;Presidente da República;Vice-Presidente da República;Ministros de Estado;Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;Oficiais-Generais das Forças Armadas;Embaixadores;Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;Secretários de Estado dos Governos Estaduais;Prefeitos Municipais.

b) do Poder Legislativo:Deputados Federais e Senadores;Ministros do Tribunal de Contas da União;Deputados Estaduais e Distritais;Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) do Poder Judiciário:Ministros dos Tribunais Superiores;Membros de Tribunais;Juízes;Auditores da Justiça Militar.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares.

VocativoO vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Senhor Senador,Senhor Juiz,Senhor Ministro,Senhor Governador,

OBS.: Digníssimo, Ilustríssimo, Doutor.

FECHOS PARA COMUNICAÇÕESa) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:Atenciosamente,Obs.: Autoridades estrangeiras

QUESTÕES

1) (CESPE / UNB / MÉDIO / 2013) Em documentos endereçados a um ministro de Estado, deve-se empregar o vocativo Excelentíssimo Senhor Ministro.

2) (CESPE / UNB / MÉDIO / 2013) Considerando a concordância dos pronomes de tratamento, uma comunicação dirigida ao presidente do Senado Federal deverá ser redigida da seguinte maneira: Vossa Excelência será informado da tramitação do projeto em pauta.

3) (CESPE/MÉDIO/2013) Apesar de menos usuais, ilustríssimo e digníssimo são pronomes de tratamento aceitos em comunicações oficiais.

4) (CESPE /MÉDIO/2013) O tratamento digníssimo é utilizado nas comunicações oficiais porque a dignidade é pressuposto para que se ocupe cargo público.

5) (CESPE /UNB/CNJ/2013) A escolha do fecho a ser usado nas correspondências oficiais é determinada pela hierarquia que existe entre o destinatário e o remetente do documento.

6) (CESPE/UNB/DPF/AGENTE/2012) O referido manual estabelece o emprego de dois fechos para comunicações oficiais: Respeitosamente, para autoridades superiores; e Atenciosamente, para autoridade de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Tal regra, no entanto, não é aplicável a comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras.

7) (CESPE / UNB / TRT / MÉDIO/ 2013) De acordo com o MRPR, os fechos “Atenciosamente” e “Respeitosamente” são restritos a comunicações oficiais emitidas pelos Poderes Executivo e Judiciário.

Identificação do Signatário

(espaço para assinatura)NOMECARGO

*Presidente da República*Assinatura em página isolada do expediente.

Padrão OfícioO aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Exemplo: b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:c) assunto: resumo do teor do documentoExemplos:Assunto: Produtividade do órgão em 2002.

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Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.d) destinatário: *Ofício: endereço.e) textoNUMERAÇÃO?f) fechog) assinatura do autor da comunicaçãoh) identificação do signatário

Ofício e AvisoAviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido

exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.

Forma e Estrutura

Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula.

Exemplo de Ofício

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pág. 27

Exemplo de Aviso

pág. 28

Exemplo de Memorando

pág. 29

Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo

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Exemplo de Mensagem

pág. 31

QUESTÕES

1) (CESPE / UnB / CESAN / ES) Quando se deseja expedir um documento oficial de comunicação interna, o memorando é uma modalidade adequada.

Ao Senhor Diretor do Departamento de Recursos Humanos Brasília, 15 de maio de 2004.

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Digníssimo Senhor Diretor,

Venho intempestivamente por meio desta solicitar que Sua Senhoria concedais uma licença para o Servidor Pedro de Alcântara, a fim de que o mesmo possa participar do Encontro Nacional de Contabilistas, a ser realizado na cidade do Rio de Janeiro de 20 a 22 de junho do corrente ano. Deve-se ressaltar que a participação do Servidor no referido Encontro trará benefícios imediatos para esta repartição, uma vez que serão apresentadas ali novas tecnologias para uso na contabilidade.

Respeitosamente,

João PrataChefe da Divisão de Finanças

2) (CESPE / UnB / SERPRO) O uso do vocativo “Digníssimo Senhor Diretor” está inadequado no texto.

3) (CESPE / UnB / SERPRO) No primeiro parágrafo, a expressão “que Sua Senhoria concedais uma licença” está inadequada e deveria ser substituída pela expressão que Vossa Senhoria concedais uma licença.

Ministério do PlanejamentoSecretaria de Controle Interno

Aviso n.º 048/1989 Brasília, 2 de maio de 1989

Ao Senhor Ministro Juliano Pereira Ministro da Fazenda

Assunto: Criação da Secretaria Geral de Controle interno

Senhor Ministro,

Informo a Vossa Senhoria que, no dia 20 de maio deste ano, será realizada, na sala de reuniões da Secretaria de Controle interno do Ministério do Planejamento, a primeira reunião de trabalho para a criação da Secretaria Geral de Controle Interno do Poder Executivo, da qual devem participar representantes de todos os Ministérios. A indicação do representante de vosso Ministério deverá ser feita até o dia 18 de maio deste ano, junto a esta Secretaria.

Respeitosamente,

Geraldo EspínolaSecretário de Controle Interno do Ministério do Planejamento

Com base no texto fictício acima e nos princípios que regem as comunicações oficiais do Poder Executivo brasileiro, julgue os itens a seguir.

4) (CESPE / UnB / SERPRO) A modalidade de comunicação utilizada não está adequada à situação descrita no próprio documento.

5) (CESPE / UnB / SERPRO) Com relação à forma, a apresentação do destinatário da correspondência foi feita de maneira incorreta, sendo a maneira correta a seguinte: A Vossa Excelência o Senhor Ministro Juliano Pereira.

6) (CESPE / UnB / SERPRO) Do ponto de vista formal, a palavra “vosso” deveria ser substituída pela palavra seu na passagem “A indicação do representante de vosso Ministério”.

7) (CESPE / UnB / SERPRO) Levando em consideração apenas a hierarquia dos agentes públicos envolvidos no texto, está adequado o fecho que foi ali utilizado, sendo, no entanto, igualmente adequado o fecho Atenciosamente em casos como esse.

Considerando as normas que regem a redação oficial, julgue os próximos itens.

8) (CESPE / UnB / ADAGRI / 2009) No caso de o destinatário de expediente oficial ser uma alta autoridade do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, o remetente, quando a ele se dirigir, deve empregar o pronome de tratamento Vossa Excelência.

9) (CESPE / UnB / ADAGRI / 2009) No serviço público, o expediente ofício é o principal meio de comunicação interna, ou interdepartamental.

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Com base nas normas de redação de documentos oficiais do Poder Executivo, julgue os itens a seguir com relação ao correto preenchimento dos espaços designados pelos colchetes.

10) (CESPE / UnB) O segundo colchete (l.3) deve ser preenchido com o vocativo “Senhor Senador,”.

11) (CESPE / UnB / Ministério da Integração / 2009) O fecho do expediente (l.10) deve conter as saudações Abraços ou Cumprimentos protocolares, a depender do grau de intimidade entre signatário e destinatário.

Tendo como referência o texto apresentado, julgue os itens subsequentes quanto à diagramação (alinhamento na página) ou ao emprego dos pronomes de tratamento recomendado na redação de documentos oficiais.

12) (CESPE) No âmbito do Poder Executivo, conforme normatização incidente sobre a redação de fórmulas de saudação, é desaconselhável o emprego da expressão “reitero meu sentimento de apreço e estima por Vossa Excelência” (l.8-9).

13) (CESPE) Nos documentos oficiais que seguem o padrão ofício, o endereçamento deve constar no final da página, à esquerda, se o documento contiver apenas uma página, como é o caso do texto apresentado (l.14-17); se contiver mais de uma, deve constar na última página.

14) (CESPE) A indicação de local e data (l.2) deve estar alinhada à direita, coincidindo o ponto-final com a borda da margem direita.

15) (CESPE / UnB / Ministério da Integração / 2009) Por ser suscetível a falsificações, o correio eletrônico (e-mail) não tem valor documental nos órgãos do Poder Executivo, sendo usado apenas nas comunicações de caráter particular entre servidores.

16) (CESPE / UnB / 2009) Em comunicação dirigida a um juiz, deve ser empregado o vocativo “Senhor Juiz,”.

17) (CESPE / UNB / SUPERIOR / 2009) Se a correspondência em questão for dirigida ao reitor, a praxe determina o emprego do pronome de tratamento Vossa Magnificência, a que corresponde o vocativo Magnífico Reitor.

18) (CESPE / UNB / SUPERIOR / 2009) Em se tratando de reitora, estará correta a concordância nominal em: Estamos certos de que ficará satisfeita com o resultado de nosso estudo.

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