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ESTRUTURA DE CONTEÚDO (AULAS 10 e 11) UNIDADE 3 – DA PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA 3.7. Propriedade superficiária 3.7.1. Conceito e natureza 3.7.2. Constituição e extinção 3.7.3. Características e principais efeitos 3.7.4. Conflito normativo Prof.ª Elaine Carvalho DIREITO DAS COISAS DIREITO DAS COISAS PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA E DIREITOS PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA E DIREITOS DE VIZINHANÇA DE VIZINHANÇA

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ESTRUTURA DE CONTEÚDO (AULAS 10 e 11)

UNIDADE 3 – DA PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA

3.7. Propriedade superficiária

3.7.1. Conceito e natureza

3.7.2. Constituição e extinção

3.7.3. Características e principais efeitos

3.7.4. Conflito normativo Prof.ª Elaine Carvalho

DIREITO DAS COISASDIREITO DAS COISAS PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA E PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA E

DIREITOS DE VIZINHANÇADIREITOS DE VIZINHANÇA

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ESTRUTURA DE CONTEÚDO

UNIDADE 4 - DIREITO DE VIZINHANÇA

4.1. Conceito, princípios e natureza jurídica

4.2. Espécies

4.3. Diferenças dos direitos de vizinhança e

servidões prediais

4.4. Limitações ao direito de construir

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DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS

DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE

DA SUPERFÍCIE (art.1369 CC e Enunciado 321

do CJF/STJ, da IV Jornada de Direito Civil). Lei

Municipal 4669/2006(Plano Diretor de São

Luís/MA,art.128 e seg.). Obs:Direito de superfície constituída por pessoa

jurídica de direito público interno(concessão de terras públicas e direito de uso: lei 4504/64,lei 9636/98, lei 4937/66,lei 8629/93 e Decreto-lei nº 271/67).

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proprietário (fundieiro)posse indireta

superficiário (posse direta,

propriedaderesolúvel,

art.1371CC)

DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE

cede o uso do bem imóvel(propriedade útil)

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Superfície≠Arrendamento e locação.

Surgiu em substituição a EnfiteuseEnfiteuse de bem público (Terrenos de Marinha(projetos de lei nº 1117/2011 e nº 3201/2012; Proposta de Emenda a CF nº 53/2007- revoga o inciso VII do art. 20 da CF e o §3º do art. 49 ADCT:passe a propriedade dos foreiros quites, as áreas dos terrenos de marinha que lhe tenham sido concedidas em aforamento).Lei 13.139 de 26/06/2015 (altera a 9.760/46 a Lei nº 2.398, de 21 de dezembro de 1987, a Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998, e o Decreto-Lei nº 1.876, de 15 de julho de 1981)

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DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE

Art. 21 da lei 10257/2001:(...)§ 1º O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo aoterreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.(...)”

a) Abrangência do Instituto (Código Civil e Estatuto da Cidade) : solo, subsolo e espaço aéreo ?

Art. 1.369 CC(...)Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza

obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão.

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b) Autoriza a hipoteca (Enunciado 249 do CJF/STJ, da III Jornada de Direito Civil 2004 e art.1473 X CC).

Obs: Não se aplica: se o imóvel já possuir plantação ou construção

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c) DA REMUNERAÇÃO, DA TRANSFERÊNCIA E DOS ENCARGOS (art. 1371 CC, art. 21 § 3º da lei 10257/2001,Enunciado 94 do CJF/STJ, da I Jornada de Direito Civil)

Art. 34 do CTN: Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

Enunciado 94 do CJF/STJ, da I Jornada de Direito Civil: "As partes têm plena liberdade para deliberar, no contrato respectivo, sobre o rateio dos encargos e tributos que incidirão sobre a área objeto da concessão do direito de superfície"

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Se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual lhe foi concedida (art. 1.374 do CC).

Com advento do termo estabelecido (art. 1369CC).

Com a desapropriação (art. 1376 CC e Enunciado 322 do CJF/STJ, na IV Jornada de Direito Civil):

"O momento da desapropriação e as condições da concessão superficiária serão considerados para fins da divisão do montante indenizatório (art. 1.376), constituindo litisconsórcio passivo necessário simples entre proprietário e superficiário".

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d). DA EXTINÇÃO

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e) DOS DIREITOS DO SUPERFICIÁRIO E DO FUNDIEIRO (PROPRIETÁRIO)

Proprietário passa a ter propriedade plena (art. 1375 CC)

Direito de preferência

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Morte do proprietário (fundieiro) ou do superficiário (art. 1372CC)

f) MODALIDADES DE DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE: Estatuto da Cidade (lei 10257/2001 e Código Civil (lei 10406/2002) ?

g) TERMO ADITIVO COM O DEVIDO REGISTRO PÚBLICO

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DIREITOS DE VIZINHANÇA

DIREITO DE VIZINHANÇA. Indenização. Queda de muro de contenção do imóvel da autora. Prova pericial que não identificou nexo de causalidade entre o colapso do muro e a obra edificada no imóvel dos réus. Improcedência do pedido. Sentença correta. Recurso não provido.

(BRASIL.TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO.APELAÇÃO: 00008090220078260533 SP 0000809-02.2007.8.26.0533. Relator: Gilson Delgado Miranda. Data de Julgamento: 28/04/2015, 28ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 28/04/2015)

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DIREITOS DE VIZINHANÇA1.Conceito, natureza jurídica e princípios.

DIREITOS DE VIZINHANÇA SERVIDÕES PREDIAIS

Lei Acordo entre as partes

Decorre do Direito de propriedade Direitos Reais

Insuscetível de usucapião Suscetível de usucapião

Extinto por situação objetiva Pode ser extinta por acordo

Surge pelo exercício pacífico do direito. Surge por comodidade

(registro)

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CRITÉRIOS PARA DETERMINAR O USO ANORMAL DA

PROPRIEDADE:

- grau de tolerabilidade da perturbação (extensão do

dano ou incômodo).

- localização do imóvel.

- anterioridade da posse (relativo).

- natureza da utilização ou da perturbação.

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•2. Espécies

Uso anormal da propriedade (arts. 1.277 a 1.281, CC).

Árvores limítrofes (arts. 1.282 a 1.284, CC).

Passagem forçada (art. 1.285, CC).

Passagem de cabos e tubulações (arts. 1.286 e 1.287,

CC)

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Águas (arts. 1.288 a 1.296, CC).

Limites entre prédios e direito de tapagem (arts. 1.297

e 1.298, CC)

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CASO CONCRETO

Sônia e Heloisa são vizinhas há alguns anos. No entanto,

Sônia tem reclamado constantemente à Heloisa de

grimpas e galhos que caem da araucária localizada no

terreno de Heloisa, em dias de chuvas ou vendavais.

Sônia solicita a remoção da árvore,mas recebe de Heloisa

a informação de que a árvore é protegida por lei

municipal de Curitiba e que nada pode fazer a respeito.

Sônia, inconformada com a resposta,acreditando estar

havendo mau uso da propriedade, procura seu escritório

e pergunta:quem tem razão? Explique sua resposta

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Questão objetiva 2(DPE PI 2009) Norma alugou um apartamento no primeiro andar de um prédio e, dois dias após sua mudança, sentiu-se incomodada por ruído excessivo. Apurou o fato e descobriu que o ruído advinha de um assoalho de madeira instalado em apartamento do terceiro andar. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

a.Norma deve procurar a locadora, para que esta proponha a ação cabível, já que detém apenas a posse do bem e esta é uma questão de vizinhança.

b. A ação cabível deve versar sobre direito de vizinhança, sendo que a responsabilidade pelo distúrbio deve ser apurada sob o critério objetivo.

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Questão objetiva 2

c. Não existe, nessa hipótese, típica situação que envolva direito de vizinhança, até porque os andares do prédio não são confinantes.

d. O barulho que incomoda Norma, na verdade, constitui um ato ilícito que desencadeia responsabilidade civil, independentemente da aplicação das regras do direito de vizinhança.

e. A hipótese deve ser tratada sob o crivo do direito de vizinhança, contudo, apurado que quem construiu o assoalho foi o antigo proprietário do apartamento, este deve responder pelo caso.

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