Dtos Reais e as Coisas

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DIREITOS REAIS1.DIREITO REALNOO: outorga o aproveitamento mediato ou imediato sobre uma coisa corprea;I. CLASSIFICAES:.DTOS REAIS DE GOZO: atribuem o aproveitamento da coisa atravs de uma combinao de poderes que consubstnciam o gozo da coisa;ex: direito de propriedade.DTOS REAIS DE GARANTIA: possibilidade de realizao de um valor em dinheiro pelo produto da venda da coisa em processo judicial executivo;ex: penhor; hipoteca; direito de reteno.DTOS REAIS DE AQUISIO: determinam a afectao de uma coisa aquisio de outro direito;ex: promessa de eficcia real; preferncia com eficcia real.DTOS REAIS MAIORES: um direito real maior, em relao a outro, quando o contedo de aproveitamento da coisa mais extenso; a propriedade o direito real de maior extenso;.DTOS REAIS MENORES.DTO SOBRE COISA PRPRIA: propriedade (que inclui a compropriedade);.DTO SOBRE COISA ALHEIA: todos os outros direitosII. A ONERAO. Autores mais antigos concebiam a propriedade como o direito real perfeito e completo, e os restantes direitos reais de gozo eram imperfeitos ou imcompletos;TEORIA DO DESMEMBRAMENTO: ideia de que a propriedade constitui o direito real principal, do qual todos os outros derivam por desmembramento; Os direitos reais menores derivam da fragmentao dos poderes do proprietrio a favor do titular do direito real menor;TEORIA DA ONERAO: surgiu da critca teoria do desmembramento; Os direitos reais menores representam tipos diversos de aproveitamento da coisa; A sua incidncia sobre a coisa no conduz a uma transmisso do contedo da propriedade para o direito novo, mas apenas a onerao daquele por este;.Rejeita que os outros direitos reais resultem da transferncia do contedo da propriedade, concebendo-os antes como tipos autnomos, diversos da propriedade e que, quando incidem sobre a mesma coisa, comprimem aquele direito (AV);.Em caso de conflito entre os direitos reais maior e menor, a lei resolve a favor do direito real menor;Autores: Luis Pinto Coelho, OA e MC: os direitos em comunho oneram-se reciprocamente; existe onerao quando dois ou mais direitos reais compatveis concorrem sobre a mesma coisa;ex: compropriedadeIII. ELASTICIDADE DOS DIREITOS REAIS DE GOZO.Quando um direito real de gozo se encontra onerado, o seu contedo tipico no se transfere para o direito real menor, dado que este tem o seu contedo prprio;.No havendo transferncia, o direito real onerado fica comprimido enquanto a onerao durar; Esta compresso do direito real atinge apenas a parte do contedo do direito onerado;.Com a extino do direito onerador, a onerao cessa, a compresso acaba e o direito real readquire a configurao tipica do seu contedo; O direito real retoma a sua plenitude;.Elasticidade como uma caracterstica do direito real: a capacidade do direito real de se comprimir com a onerao e regressar sua configurao normal tipica, uma vez cessada aquela;.AV: a elasticidade no um princpio dos direitos reais, pois ela existe tendencialmente nos direitos reais de gozo; So tipos autnomos de aproveitamento do bem;IV. SITUAES JURDICAS PROPTER REM: aquelas cujo o sujeito activo ou passivo se determina em relao titularidade de um direito real; O sujeito activo ou passivo da situao jurdica propter rem nem sempre o titular do direito real;OBRIGAES PROPTER REM: nestas, o sujeito passivo da obrigao surge determinado pela titularidade do direito real;ex: obrigao dos comproprietrios contribuirem para as despesas de conservao e fruio da coisa (1411, 1424, 1472, 1489/1 e 1567 CC);. Representam deveres de prestar que impendem sobre o titular de um direito real a favor de outra pessoa;.Vrios direitos reais podem coexistir simultaneamente sobre uma mesma coisa, ocorrendo situaes de actuao concorrente e de conflito potncial entre os titulares - o exerccio e regulao desse direito o escopo das obrigaes propter rem;.Estas obrigaes no so autnomas, sendo parte do contedo negativo do direito real e compondo a sua estrutura complexa; O regme jurdico das obrigaes ter aplicao apenas quando no houver no regime real uma regulao especfica ou no for afastada por ela;.Se a fonte das obrigaes propter rem nem um direito real, o seu titular apenas se encontra vinculado ao cumprimento enquanto persistir a titularidade do direito; Se esta deixar de existir, a obrigao propter rem nem vincular o novo titular;. Henrique Mesquita: Obrigaes:.Ambulatrias: que se transmitem (ex: obras de elevador);.No Ambulatrias: no se transmitem (ex: relacionadas com uma contraprestao);.FONTE JURDICA: a lei ou o negcio juridico;. Obstculo criado pelo princpio da tipicidade (1306/1 CC): este argumento no pode valer para as obrigaes propter rem que no fixam o contedo injuntivo tipico do direito real; para estas, h o obstculo da publicidade;. AV: as obrigaes propter rem de fonte negocial s podem ser validamente convencionadas se incidirem sobre os aspectos do exerccio do direito real que a lei contemple, nomeadamente, para afastarem o regme supletivo legal; As obrigaes que no estejam nestas condies no podem valer como obrigaes propter rem, ficando, quanto muito, sujeitas ao regime geral das obrigaes ( uma autonomia limitada);V. NUS REAIS.O nus real no representa um verdadeiro nusNOO: designa uma prestao positiva a que se encontra obrigado o titular de um direito real perante outra pessoa;.AV: o nus real uma modalidade de situao jurdica propter rem;.Doutrina dominante (OA, HM, CFernandes): considera que os nus reais apenas englobam as prestaes apositivas de dare, excluindo as de facere;.AV: nada impede que os interessados convencionem que o titular do direito real fique obrigado a uma prestao de facere;ex: taxa municipal de conservao dos esgotos; contribuies autrquicas;NUS REAL: o direito de exigir a entrega, singular ou perodica, da coisa, em gneros ou dinheiro, a quem for o titular de um direito real de gozo sobre um prdio;.Havendo uma transmisso do direito real, o novo titular est obrigado a cumprir a prestao ao credor, ainda que exista mora anterior transmisso: os nus reais conferem ao titular o direito de exigir a entrega da coisa, seja qual for o titular do direito real de gozo sobre o prdio;.O nus real comporta uma garantia a favor do beneficirio: s pode exitir nos termos gerais, se for convencionada pelas partes (recorrendo ao catlogo das garantias reais) ou se for prevista na lei;.Os nus reais s existem quando a lei os preveja: h uma tipicidade ou taxatividade dos nus reais; os nus reais s podem ser validamente convencionados nos casos legalmente contemplados; Fora destes casos, as obrigaes que vinculem o titular de um direito real em ateno coisa objecto do seu direito, ficam sujeitas ao regime obrigacional geral;NUS: situao na qual algum deva adoptar certa atitude caso pretenda obter certo efeito; facultativa, no um dever (sentido tecnico como situao jurdica);VI. PRESTAES REAIS.Visam obter a restituio da coisa que est na posse de 3; Aco destinada a declarar a existncia ou inexistncia de um direito real; Exerccio de um direito real contra 3;. A violao de um direito real pode motivar prestaes destinadas a obter a restituio da coisa ilicitamente na posse ou deteno de 3;ex: aco de reinvindicao; aco possessria de restituio. Esta prestao decorre do exerccio do direito real e no est dependente de um devedor determinado;ACO NEGATRIA: contestao existncia de outro direito real;ACO CONFESSRIA: afirmao da existncia de um direito real;.Existe pretenso legal sempre que o titular de um direito real exerce este direito contra 3;ex: comproprietrio que exige do vizinho o respeito pelo dever de no emitir rudo;.AV: tem vertente processual;

2. AS COISASNOO: uma poro delimitada da realidade, ou seja, tudo aquilo que, tendo existncia jurdica, no faz parte da pessoa, sendo exterior a ela (202 CC);. O Direito real apenas tem por objecto uma nica coisaESTABELECIMENTO COMERCIAL: uma universalidade de facto (OA), como as coisas corpreas que integram o estabelecimento comercial, pode ser objecto de uma vicissitude unitria atravs de uma declarao negocial, mas sobre o conjunto contnua a no existir qualquer direito real, nomeadamente a propriedade; Apenas sobre as coisas que o compem existem direitos reais;COISAS CORPREAS: as coias que se revelam aos sentidos; tm uma realidade exterior; parte da realidade material;COISAS INCORPREAS: no se revelam aos sentidos; S so apreendidas pelo intelecto humano;