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Preço 1$00 Quinta feira, 19 de Dezembro de 1957 Ano III N.« 144 Proprietário, Administrador e fditor V. S. M O T T A P I N T O REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026467 ------ L ------------------------------------- MO N T I J O ----------- OOMPOSIÇAO B IMKtESSAO — TIPOGRAFIA <GRAFEX> — TELEF. 026 236 — MONTIJO DIRECTOR Á L V A R O V A L E N T F Impressões da Venezuela Várias vezes amigos meus me têm pedido para contar algumas das impressões tidas diirante o meio ano de es- tadia na Venezuela, quando percorri algumas parcelas da América Central. Consi- deram esses amigos que essas notas terão certamente interesse para numerosos portugueses que para ali de- sejam dirigir-se e darão ideia às famílias dos que ali se encontram, do que por lá Vai. Falar da Venezuela é falar dum imenso país, com longa costa onde o calor é tórrido, de suas montanhas onde há neve e frio, do seu interior onde as florestas são Virgens, de parte do seu território onde o branco nâo entra e o índio é senhor absoluto, de regiões onde o petróleo brota ou diáriamente é encontrado. Falar da Ve- nezuela é fazer referência a uma grande Nação em franco progresso, onde cinco milhões de almas habitam e onde as possibilidades são Uma campanha de a P r o v í n c i a Precisamos de mais assinantes. Eis a grande verdade, que não ocultamos e antes julgamos digni- ficar com esta atitude desassom- brada. O nosso semanário, que há quase 3 anos se vem batendo heróica e galhardamente pela sua Causa e pela Terra qne lhe foi berço, ne- cessita de maior expansão e de melhorar a sua apresentação grá- fica e jornalística. Precisamos de alcançar a cifra dos 5.000 assinantes para realizar- mos este programa. Se cada um dos nossos dedica- dos e prezados assinantes nos conseguir mais um assinante, — e isto não representa grande esforço, nem grande sacrifício—, «A Pro- víncia» sin g ra r á com menores dificuldades e maiores probabili- dades de alargar o seu raio de acção. O nosso jornal vive apenas dos eus assinantes e da publicidade. Não recebe subsídios, nem benes- ses de qualquer natureza. Nestas circunstâncias, sente-se plenamente à vontade ao iniciar tsla Campanha e em apelar para todos os montijenses e para todos os seus assinantes, no sentido de alcançar melhor vida e maior la- titude. líastará que nos dirijam os no- mes e moradas dos assinantes que nos propõem. O jornal se dirigirá, por sua vez, directamente aos pro- postos e regularizará a situação dos mesmos. E desde já, e em nome dos su- periores interesses de Montijo, os nossos agradecimentos. Entretanto, repetimos : = Precisa mos de mais ass i- nautes. inúmeras, embora a luta te- nha que ser tenaz contra o calor, o mosquito, a fera, a cobra, e tanta coisa mais. Falar da Venezuela é fa- zer referência à sua capital, essa cidade de Caracas que 10 anos tinha 100.000 ha- Pelo Visconde de L Garrst bitantes, que tem presente- mente 1 milhão e, dentro de 10 anos, deve ter o mínimo de 2 milhões de almas. Para 1 milhão de habitantes há já 100 mil carros em cir- culação, o que obrigou o Governo e a Municipalidade a estudar o gravíssimo pro- blema do trânsito, facilitan- do-o através de duas auto- -pistas, sem cruzamentos e semáforos, uma Norte-Sul, outra Oeste-Leste. A tendência em todo o mundo é para a multiplica- ção dos carros utilitários (grandes ou pequenos) e re- solver o transporte através do eléctrico (hoje já posto de parte), do autocarro (cuja rapidez de deslocação está sendo acelerada), ou do me- tropolitano (só de interesse para comunicação directa entre pontos extremos), é resolver uma parcela desse problema. Este, tem de ser encarado com largueza de Visão e, para tal, há que conceber a ideia de que todo o chefe de família terá seu carro e para este há que lhe facilitar a Vida, criando Vias de rápido escoamento e par- ques de sempre possível es- tacionamento. Falar de Caracas é falar do Centro Bolivar, esse colosso de duas altas torres onde estão instalados os ser- viços públicos e em cujos baixos passam as Vias que ligam o Leste com a Pt aça do Silêncio e esta com o Oeste. Não longe do Centro há o cruzamento da Avenida das Forças Armadas (auto- -pista Norte-Sul) com a auto- -pista Oeste-Leste. É falar desse ritmo de construção, quase igual ao de S. Paulo, dessa traça mo- derna que a arquitectura funcional adoptou, da urba- nização que transforma os montes em centros habita- cionais, das lojas onde toda a Europa e a América mos- tram os seus produtos, des- ses escritórios onde se tra- balha febrilmente e onde cada minuto conta, devido ao alto salário ou correspon- dente nível de Vida, — o mais alto do mundo- Falar de Caracas é falar do seu serviço de assistência e previdência através de clí- nicas onde há médicos e en- fermeiros ou enfermeiras em serviço permanente, estes últimos sob a fiscalização de Irmãs Hospitaleiras ou de outras Ordens, tais como o Instituto Maternal, o Instituto da Infância, as Clínicas Ge- rais, asPoliclínicas Dentárias, etc.. Falar de Caracas é falar (Continua na página 5) dar T> pdar Poucos dias nos separam já do dia mais sentidamente alegre de todo o ano. Esta alegria é a que mais impressiona, pois vem do íntimo do indivíduo e traz nos eflúvios centelhas das almas em vibração. Tudo é relativo na Vida. A felicidade espalhada para esse dia não resolve em absoluto muitas situações an- gustiosas; mas abranda, de- minui, minora muitas afli- ções, muitas amarguras. E por isso, a alegria de Bem Fazer fundament exactamente na certeza a consciência oferece que espalham essa felicid relativa. É que não pode ser a^ dável ao indivíduo o ve sua mesa repleta e o seu radiante, sabendo que --------- — Por -------- - Á L V A R O V A L E N T t A d ria n o d ò Conceição M ota Um camarada ds Imprensa Regionalista que muifo a tionra POR S O E I R O D A C O S T A De um modo geral, a nossa Imprensa está condigna mente representada ou por figuras do mais elevado prestígio mental — ou por profissionais brilhantes de tipografia— uns e outros que honram as suas terras, profissões e servem com amor a sua nobre missão, impondo-se à justa estima, apreço e considerações pú- blicas. A d r i a n o d a C o n cr içã o M o ta — é daqueles que mar- cou lugar de relevo pela sua visão espiritual, pelas belís- simas qualidades de carácter e coração, superiormente evidenciadas na direcção pro- ficiente do seu belo jornal, com que o seu distinto no- me é apreciado e louvado entre os homens de bem do nosso país, e de tantos que tanto devem à sua estima e acolhimento gentil às suas produções literárias e artís- ticas, tudo o que faz do «Eco de Extremoz», — um jornal que interessa viva- mente e ilustra o espírito do leitor; razão porque o mesmo jornal tem a mais larga ex- pansão fora e dentro de Por- tugal Império. Estimadíssimo, como é de justiça, entre os seus maio- res e leais amigos, conta com o articulista, que o tem naquela consideração e es- tima que só tributa aos que lhas merecem, por suas qua- lidades e virtudes, que é justo deferenciar dos que, contrariamente, enfermam de defeitos que nào só os pre- judicam, como ainda outrem. Parabéns e aplausos à sua nobre acção jornalística. adiante, a dois passos tac distância, pode estar alguém que não tenha um pão nem um cobertor. Eis porque o verbo de maior conjugação nesta quadra deve ser o verbo «DAR». O prazer espiritual que essa conjugação provoca, compensa dos dissabores que todos sofrem nos en- contrões do dia a dia, dando uma tranquilidade de espírito, um bem estar se- reno e grave, que transforma, ao menos por algumas ho- ras, os vícios e defeitos em generosas qualidades e vir- tudes. — Dar... dar. Sejam embora as migalhas, os supérfluos, os sobejos. Sejam embora os restos das farturas sardanapalescas, dos excessos insensatos que a falta de equilíbrio produz. O que é preciso é : Dar... dar. Com essas migalhas, es- ses supérfluos, esses sobe- jos, esses restos, esses re- botalhos, esses excessos, suavizam-se muitas dores, apagam-se muitos sofrimen- (Continua na página 5) PORTUGAL PITORESCO Ali um pouco adiante de Sintra, frente ao Oceano ma- jestoso que se espraia nas soas areias e bate nas suas rochas alcandoradas, esplende em graças marinhas a pitoresca praia das Azenhas do Mar. Que de mais pitoresco n > género pode haver no Muivlo':’ A Natureza foi pródiga com a terra portuguesa, dando-lhe belezas sem par e maravilhas incomparáveis! A graciosa localidade, es- parsa nos altos em caprichosos torcicolos, completa a soberana magnitude do quadro sublime. — Azenhas do Mar! — Rincão de intensas tona- lidades e de perspectivas sem igual! ? i!-. " “é ttn h u i d * líJes dU, -ilva

E ADMINISTRAÇÃO AV. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - …...Precisamos de alcançar a cifra de rápido escoamento e par dos 5.000 assinantes para realizar mos este programa. Se cada um

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Preço 1$00 Q uinta feira, 19 de Dezem bro de 1957 Ano III N.« 144

Proprietário, Administrador e fditor

V . S . M O T T A P I N T O

RED A CÇÃ O E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO A LV A R ES P ER EIR A - 18 - T E L E F . 026467------ L------------------------------------- M O N T I J O -----------

OOMPOSIÇAO B IM K tESSA O — T IP O G R A FIA <GRAFEX> — T E L E F . 026 236 — MONTIJO

D I R E C T O R

Á L V A R O V A L E N T F

I m p r e s s õ e s d a V e n e z u e laVárias vezes amigos meus

me têm pedido para contar algumas das impressões tidas diirante o meio ano de es­tadia na Venezuela, quando percorri algumas parcelas da América Central. Consi­deram esses am ig os que essas notas terão certamente interesse para n u m e ro s o s portugueses que para ali de­sejam dirigir-se e darão ideia às famílias dos que ali se encontram, do que por lá Vai.

Falar da Venezuela é falar dum im enso pa ís , com longa costa onde o calor é tórrido, de suas montanhas onde há neve e frio, do seu interior onde as florestas são Virgens, de parte do seu território onde o branco nâo entra e o índio é senhor absoluto, de regiões onde o petróleo brota ou diáriamente é encontrado. Falar da V e ­nezuela é fazer referência a uma grande Nação em franco progresso, onde só cinco milhões de almas habitam e onde as possibilidades são

Uma campanha de

a P r o v í n c i a

Precisamos de mais assinantes.Eis a grande verdade, que não

ocultamos e antes julgamos digni­ficar com esta atitude desassom­brada.

O nosso semanário, que há quase 3 anos se vem batendo heróica e galhardamente pela sua Causa e pela Terra qne lhe foi berço, ne­cessita de maior expansão e de melhorar a sua apresentação grá­fica e jornalística.

Precisamos de alcançar a cifra dos 5.000 assinantes para realizar­mos este programa.

Se cada um dos nossos dedica­dos e prezados assinantes nos conseguir mais um assinante, — e isto não representa grande esforço, nem grande sacrifício—, «A Pro­víncia» singrará com menores dificuldades e maiores probabili­dades de alargar o seu raio de acção.

O nosso jornal vive apenas dos eus assinantes e da publicidade.

Não recebe subsídios, nem benes­ses de qualquer natureza.

Nestas circunstâncias, sente-se plenamente à vontade ao iniciar tsla Campanha e em apelar para todos os montijenses e para todos os seus assinantes, no sentido de alcançar melhor vida e maior la­titude.

líastará que nos dirijam os no- mes e moradas dos assinantes que nos propõem. O jornal se dirigirá, por sua vez, directamente aos pro­postos e regularizará a situação dos mesmos.

E desde já, e em nome dos su­periores interesses de Montijo, os nossos agradecimentos.Entretanto, repetimos :

= Precisa mos de mais ass i- nautes.

inúmeras, embora a luta te­nha que ser tenaz contra o calor, o mosquito, a fera, a cobra, e tanta coisa mais.

Fa lar da Venezuela é fa­zer referência à sua capital, essa cidade de Caracas que há 10 anos tinha 100.000 ha-

Pelo

Visconde de L Garrst

bitantes, que tem presente­mente 1 milhão e, dentro de 10 anos, deve ter o mínimo de 2 milhões de almas.

Para 1 milhão de habitantes há já 100 mil carros em cir­culação, o que obrigou o Governo e a Municipalidade a estudar o gravíssimo pro­blema do trânsito, facilitan- do-o através de duas auto- -pistas, sem cruzamentos e semáforos, uma Norte-Sul, outra Oeste-Leste.

A tendência em todo o mundo é para a multiplica­ção dos carros utilitários (grandes ou pequenos) e re­solver o transporte através do eléctrico (hoje já posto de parte), do autocarro (cuja rapidez de deslocação está sendo acelerada), ou do me­tropolitano (só de interesse para c o m u n i c a ç ã o directa entre pontos extremos), é resolver uma parcela desse problema. Este, tem de ser encarado com largueza de Visão e, para tal, há que conceber a ideia de que todo o chefe de família terá seu carro e para este há que lhe facilitar a Vida, criando Vias de rápido escoamento e par­ques de sempre possível es­tacionamento.

Falar de Caracas é falar do Centro B o l i v a r , esse colosso de duas altas torres onde estão instalados os ser­viços públicos e em cujos baixos passam as Vias que ligam o Leste com a Pt aça do Silêncio e esta com o Oeste. Não longe do Centro há o cruzamento da Avenida das Forças Armadas (auto- -pista Norte-Sul) com a auto- -pista Oeste-Leste.

É falar desse ritmo de construção, quase igual ao de S. Paulo, dessa traça mo­derna que a arquitectura funcional adoptou, da urba­nização que transforma os montes em centros habita­cionais, das lojas onde toda a Europa e a América mos­tram os seus produtos, des­ses escritórios onde se tra­balha febrilmente e onde

cada minuto conta, devido ao alto salário ou correspon­dente nível de Vida, — o mais alto do mundo-

Falar de Caracas é falar do seu serviço de assistência e previdência através de clí­nicas onde há médicos e en­fermeiros ou enfermeiras em serviço permanente, estes últimos sob a fiscalização de Irmãs Hospitaleiras ou de outras Ordens, tais como o Instituto Maternal, o Instituto da Infância, as Clínicas G e ­rais, asPoliclínicas Dentárias, e t c . .

Falar de Caracas é falar (Continua na página 5)

d a r T>p d a rPoucos dias nos separam

já do dia mais sentidamente alegre de todo o ano.

Esta alegria é a que mais impressiona, pois vem do íntimo do indivíduo e traz nos eflúvios centelhas das almas em vibração.

Tudo é relativo na Vida. A felicidade espalhada para esse dia não resolve em absoluto muitas situações an­gustiosas; mas abranda, de- minui, minora muitas afli­ções, muitas amarguras.

E por isso, a alegria de

Bem Fazer fundament exactamente na certeza a consciência oferece que espalham essa felicid relativa.

É que não pode ser a dável ao indivíduo o ve sua mesa repleta e o seu radiante, sabendo que

--------- — Por -------- -

Á L V A R O V A L E N T t

A d r i a n o d ò C o n c e i ç ã o M o t a

Um camarada ds Imprensa Regionalista que muifo a tionra

P O R S O E I R O D A C O S T A

De um modo geral, a nossa Imprensa está condigna mente representada ou por figuras do mais elevado prestígio mental — ou por profissionais brilhantes de tipografia— uns e outros que honram as suas terras, profissões e servem com amor a sua nobre missão, impondo-se à justa estima, apreço e considerações pú­blicas.

A d r i a n o d a C o n c r i ç ã o

M o t a — é daqueles que mar­cou lugar de relevo pela sua visão espiritual, pelas belís­simas qualidades de carácter e c o r a ç ã o , superiormente evidenciadas na direcção pro­ficiente do seu belo jornal, com que o seu distinto no­me é apreciado e louvado entre os homens de bem do nosso país, e de tantos que tanto devem à sua estima e

acolhimento gentil às suas produções literárias e artís­ticas, tudo o que faz do «Eco de Extremoz», — um jornal que interessa v iva ­mente e ilustra o espírito do le ito r; razão porque o mesmo jornal tem a mais larga ex­pansão fora e dentro de Por­tugal Império.

Estimadíssimo, como é de justiça, entre os seus maio­res e leais amigos, conta com o articulista, que o tem naquela consideração e es­tima que só tributa aos que lhas merecem, por suas qua­lidades e virtudes, que é justo deferenciar dos que, contrariamente, enfermam de defeitos que nào só os pre­judicam, como ainda outrem.

Parabéns e aplausos à sua nobre acção jornalística.

adiante, a dois passos tac distância, pode estar alguém que não tenha um pão nem um cobertor.

Eis porque o verbo de maior conjugação n e s t a quadra deve ser o verbo «DAR».

O prazer espiritual que essa conjugação provoca, compensa d o s dissabores que todos sofrem nos en­c o n t rõ e s do dia a dia, dando uma tranquilidade de espírito, um bem estar se­reno e grave, que transforma, ao menos por algumas ho­ras, os vícios e defeitos em generosas qualidades e v ir ­tudes.

— D a r . . . dar.Sejam embora as migalhas,

os supérfluos, os sobejos.Sejam embora os restos

das farturas sardanapalescas, dos excessos insensatos que a falta de equilíbrio produz.

O que é preciso é : Dar... dar.

Com essas migalhas, es­ses supérfluos, esses sobe­jos, esses restos, esses re­botalhos, esses excessos, suavizam-se muitas dores, apagam-se muitos sofrimen-

(Continua na página 5)

P O R T U G A L P IT O R E S C OAli um pouco adiante de

Sintra, frente ao Oceano ma­jestoso que se espraia nas soas areias e bate nas suas rochas alcandoradas, esplende em graças marinhas a pitoresca praia das Azenhas do Mar.

Que de mais pitoresco n > género pode haver no Muivlo':’

A Natureza foi pródiga com a terra portuguesa, dando-lhe belezas sem par e maravilhas incomparáveis!

A graciosa localidade, es­parsa nos altos em caprichosos torcicolos, completa a soberana magnitude do quadro sublime.

— Azenhas do Mar!— Rincão de intensas tona­

lidades e de perspectivas sem igual!

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a A P R O V IN C IA 19-12-957

V I D A

PROFISSIOHÀL

M é d i c o s

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Doenças das Senhoras Consultas às 3 ." e 6.“ feiras

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P a r t e i r a s

Augusta M a rq . C h a r n e i r a M o reiraParteira-Enfermeira

Diplomada pela Faculdade de Medicina de Coimbra

R. José Joaquim Marques — N.° 231 M O N TIJO

á r m o n d a LagosParteira-EnfermeiraPARTO SEM DOR

Fx-estagiária das Maternidades de Paris e de Strasbourg.

De dia - R. Almirante Reis, 72 Telef. 026038

De noite - R. Machado Santos, 2S MONTIJO

Telefones de u r g ê n c i aHospital, 026 046

Serviços Médico Sociais, 026 198 Bombeiros, 026048

Taxis, 026025 e 026479 Ponte dos Vapores, 026425

Polícia, 026144

Obros de Alvaro Valente— «Eu», livro de sonetos,

esgotado; «Daqui.. . fala Ri­batejo», contos monográficos, 30 escudos; «Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravi­lhas», reportagem, 20 escudos.

Pedidos à Redacção de «A Província».

Trabalhos para amadores Fotografias d'flrte Aparelhos fotográficos

Reportagem FotográficaRua Bulhãa Pato, 11 - MONIIjO

Câmara Municipal de Montijo*F 1 ano de Actjvi d a d es pa ra 1958

( C o n t i n u a ç ã o )

B a s e s o r ç a m e n t a i s

Precedidas dalgumas con­siderações prelim inares, as Bases do Orçamento O rd i­nário para o ano económico de 1958 desenvolvem-se de­pois nos vários cômputos a considerar:

A Base I prevê o cômputo aproximado das despesas a efectuar em 5 .ooo.ooo$oo, atendendo às receitas do ú l­timo triénio, à receita ex­traordinária. de quantitati­vos incertos, e ao saldo provável,im possível ne fixar em número rígido.

A Base ! I refere-se aos melhoramentos das fregue­sias, nos quais estão in c lu í­dos o edifício escolar de Pegões-Cruzamento, o abas­tecimento de energia eléc­trica a essa região, e o pros­seguimento de mais uma fase da estrada de Canha às Faias. Quanto a Sarilhos Grandes, estudam-se a cons­trução dum pequeno M e r ­cado, em terreno municipal, e melhoramentos no cais llu v ia l. N e s t a freguesia, prosseguirá o alargamento de caminhos v i c i n a i s , e prosseguirão as pavim enta­ções na povoação.

A Base I I I fixa a aproxi­mada dotação de 1370 con­tos para a execução das obras a realizar e a que o Plano de A ctiv idanes fez referência.

A Base IV alude à pro­visão de 2 serventes de ja r­dins, de 4 serventes de limpeza e, possivelmente, dum escriturário do quadro p rivativo da Secretaria.

A Base V estatui a dou­trina económica a seguir no próximo ano, toda ela fun­damentada no d e s í g n i o d u m a adm inistração cu i­dada e honesta.

A Base V I dispõe a reso-

M E R C A D O

C E N T R A LSegundo informações fi­

dedignas, é no próximo Do­mingo, 22 do coirente, que 0 Mercado Central começa a funcionar, abr indo , final­mente, as suas portas ao público.

Regozijamo-nos com este facto, de sobeja importância para a vida local, tanto mais que dará ensejo ao desapa­recimento do inestético e anti-higiénico barracão onde funcionava 0 anterior.

Consta-nos ainda que 0 outro mercado da rua José Joaquim Marques continuará em funcionamento, para uti­lidade da população daquela área.

lução de não aumentar os impostos municipais, acen­tuando, no entanto, as l i ­geiras rectificações, já feitas e a lazer, dalgumas taxas desactualizadas, principa l­mente no Mercado Central.

Finalm ente, a ú l t i m a Base, a V I I , anuncia a rea­l i z a ç ã o dum empréstimo para ocorrer às despesas com a obra de abasteci­mento de água a M ontijo e bairros satélites e a expec­tativa dum outro para cus­tear as d e s p e s a s com o Ba irro Económico, a cons­

tru ir pela Federação das Caixas de Previdência.

A encerrar os dois a rti­gos acerca do Plano de A c ­tividades para 1958. e das Bases Orçamentais, infor­mamos que o Conselho M u ­nicipal, reunido nos ter­mos legais, aprovou p o r unanim idade esse P lano e essas Bases.

Agradecemos a gentileza do exemplar que nos reme­teram e retribuim os os cum ­primentos que 0 Ex .m* P re ­sidente do M unicíp io nos d irig iu.

Canção da Casa do PobreN a n o s s a c a s a t ã o p o b r e ,

Q u e u m v e l h o t e l h a d o c o b r e

E o n d e 0 v e n t o a s s o p r a a

A p e n a s a l i e x i s t e , [ v e l a ,

C o m s n i a s p e c t o b e m t r i s t e 1 Uma porta e uma janela ..V i v e n e l a u m a f a m i l i a

E m c o n s t a n t e v i g i l i a

C o m o s e f o s s e u m a c e l a

E a i n d a p o r c i m a q u e m p a s s a

V a i c o m e n t a n d o p o r g r a ç a : Tanto basta para e l a . .,M a s s e u m d i a o s c o r a ç õ e s

S e l e m b r a m d a s a f l i ç õ e s

C o m a l g u m a c a r i d a d e ,

E l h e s d ã o l u z e c a l o r

E m a i s u m p o u c o d e a m o r t

A nossa casinha há-de. ..S e r u m n i n h o d e B e l e z a

O n d e n ã o p a s s a a t r i s t e z a

N e m p o d e e n t r a r a M a l d a d e .

D e p o i s , c h e i r a n d o a a l e c r i m ,

E l a p o d e r á a s s i m

Ser toda Fe lic idade!Homem ao mar

rpazeee imft&iúad.fT ive 0 privilégio de fazer

parte da Comissão pró-Casa da Criança do Montijo e, por motivos que só a mim interessam, desliguei-me da r e f e r i d a Comissão, como oportunamente noticiei.

O problema da Criança, porém, nunca deixou de me interessar e, por isso mesmo, acompanhei sempre com en­tusiasmo 0 evoluir da ideia que, em tão boa hora, foi lançada por alguns monti­jenses de boa têmpera.

Assim, com muita satisfa­ção e slegria, tive conheci­mento da aprovação defini­tiva do projecto — tanto tra­balho e canseira isso deu !— 1 e do início das obras do edifício onde funcionará a futura casa da criança.

Fui até ao local e, com certa emoção, vi oito ou nove operários numa azá­fama admirável a levantar as fundações do prédio, gas­tando-se só nestas, ao que me informaram, cerca de 40 contos, devido a uma tardia comunicação da cota do ter­reno. Este caso é um tanto extraordinário, mas 0 mais estranho, q u a n t o a mim, deu-se ultimamente.

Era do conhecimento pú­blico, por notícias vindas a lume nos jornais diários e também pela rádio, que a C o m i s s ã o pró-Casa da Criança desejava aproveitar 0 dia da Padroeira de Portu­gal e da União Mutualista, a quem foi doado 0 terreno, para levar a efeito uns fes­tejos, com vista a despertar na população local um maior interesse pela iniciativa já lançada.

Do programa, além dos tradicionais morteiros, havia, ainda, a cerimónia do em- bandeiramento da sede da Associação, missa de acção de graças e concentração dos corpos directivos, bem como a apresentação de dois carros, um com a m a q u e t a

da «casa» e outro com uns brinquedos que seriam dis­tribuídos por quem adqui­risse uma quota-auxiliar com determinado número.

No Domingo, dia 8 , po­rém, com grande sut presa minha, li um comunicado da dita comissão informando 0 público que, devido a ques­tões burocráticas, não era possível fazer sair os dois carros anunciados.

Pasmei com 0 facto, iné­dito suponho em qualquer localidade, e colhendo infor­mes sobre 0 assunto, vim então a saber que, não obs­tante ter havido superior­mente uma informação de que não carecia de qualquer licença especial para a apre­sentação dos citados carros, tudo ficou sem efeito, em­bora 0 fim em vista fosse bem merecedor do amparo e carinho de todos.

Não entendeu assim quem apreciou 0 assunto e, ao que parece, até se exibiram códigos para mostrar que não havia maldade da parte de ninguém - todos estão de alma e coração com a ideia 1 — , mas sim 0 desejo de cumprir 0 que se encon­tra legislado !

Parece impossível, mas foi verdade: A Comissão pró- -Casa da Criança não teve a oportunidade da arrecadar alguns escudos para conti­nuar as obras já iniciadas, porque a saída dos carros e a venda das quotas-auxiliares iria brigar com 0 artigo tal do decreto qualquer coisa...

Ora tudo isto aborrece e faz pena sentir que numa terra, tão parca em iniciati­vas que atinjam, os fins a que se propõem se esteja a e n t r a v a r sistematicamente uma ideia que está sendo posta em prática e que, se­gundo julgo, irá para a frente, pese aos derrotistas e aos mal intencionados.

A obra, que meia dúzia de

homens de boa vontade de­sejam ardentemente levar a cabo, é de todos e para to­dos. Só exige sacrifícios de quem trabalha por ela. Va­mos, portanto, deixar os códigos e outras coisas que tais, para que tudo se côn­juge no sentido desejado.

Deixemos um pouco das nossas manias de juristas e apoiemos aqueles que nada pretendem, pois apenas que­rem dotar Montijo com mais 11111 importante melhoramento e beneficiar algumas cente­nas de pequenitos.

Coloquemos de parte uni pouco da nossa vaidade pes­soal e deitemos fora aquela pontinha de despotismo que de vez em quando aflora pelo verniz da bondade de qne somos revestidos, e abracemos com ambas as mãos a ideia de dar ás crian­ças 0 Lar de que elas tanto necessitam.

Vamos fazer este esforço, valeu ?

Tudo correrá melhor, po­dem crer, e sempre se dá uma satisfação ao público que, atento aos actos de boa ou má política, nunca perdoa a quem lhes faz a partida.

Joaquim da Silva

AgradecimentoJacinto Fernandes AleixoBeatriz lavares Aleixo, filhos,

genro, nora e neto», vèm por este meio, e por desconhecimento de direcçõos, testemunhar o seu agra­decimento a todas as pessoas que se dignaram acompanhar ;\ últinn morada, o seu saudoso e chorado marido, pai, sogro e avô. A todos, significam a sua imensa gratidão.

Telefone 8áti 576

7 W / í kflat

Foto Montijens*

4A P R O V I N C I A 19- 11-957

(' B a i t y u t t e l x & L

V i t ó r i a d e S e t ú b a l , 4 5 - M o n H j o , 4 3.logo realizado em Setúbal a

contar para o Campeonato Hegio- nal. Sob a arbitragem dos srs. joão Máximo e Júlio Tavares, as equipas alinharam :

VITÓRIA : (14 cestas e 17 lances livres transformados em 30 tenta­dos) Santana (11),_ Farinha (8), Costa, Guerreiro (7), Neves (1), Faria (14), Andrade (4), e Santos.

MONTUO: (18 cestas e 7 lance» livres transforma los em SO tenta­dos) Pinto (2), Luciano, .losé Ma­ria (12), Tomás (13), Teodemiro (7), Eliziário (2), Heitor, Américo, João José (8) e Barreias (4).

Ao intervalo 25-11 a lavor de Montijo.

Afirmamos sob nossa palavra de honra que estivemos até á última hora sem saber que escrever, para preencher o espaço desta secção.

Não encontrávamos termos pre­cisos por mais que rebuscássemos peripécias do jogo, na caixa me­morial.

Foi verdadeiramente inconcebí­vel, inacreditável, como o Montijo foi vencido pelo Vitória depois de ao intervalo usufruir a vantagem de 14 pontos.

Não creiam os nossos prezados leitores que o Vitória não mereceu a «vitória».

líla, a partir de determinada altura, pertenceu-lhe inteiramente, apesar de ainda estar em desvan­tagem por margem considerável.

Não tem explicação o sucedido, e parece-nos que o nosso silêncio

é o melhor protesto quanto ao que se passou no campo dos Arcos.

Ferir susceptibilidades, é contra os nossos preconceitos, e como tal limitamo-nos a encerrar desta maneira os comentários ao jogo desta semana.

Resta-nos dizer que gostámos da arbitragem dos srs. Júlio Ta­vares e João Máximo. Procuraram, acima de tudo, ser imparciais. As­sim é bonito, meus srs..

_______ Luc iano M ocho

Vendem se—Duas novas MORADIAS na Bela Vista.

Informa Laura dos Santos — Rua António Rodrigues Pimentel. N.°24— MONTIJO.

— PROPRIEDADE com i área de 16 km quadrados, a 3 km de Montijo.

lntorma-se nesta redacção.

— SINGER, secretária e bobine central, em bom estulo.

R Joaquim de Almeida 75, Montijo.

— MORADIA, com pátio, na Atalaia.

Trata-se nesta redacção.

— AREIA BOA para obras.Tratar com Sérgio Aguadeiro,

telefone - 026 024 - Montijo.

H T i l PmflllÓSliEO'Resultado ds 12.* cupão publicada em 5 do correnL

N e n h u m c o n c o r r e n t e a c e r t o u e m t o d o s

o s r e s u l t a d o s —- E n t r a r a m 2 8 5 c u p õ e s

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Cupão N.° Mi-

C o n c u r s o d e P r o g n ó s t i c o s d e F u t e b o l

d e « Â P r o v i n c a »

2." Divisão (Zona Norle) 2.“tDivisão (Zona Sul)Espinho Gil Vicente Beja CoruchenseSanjoanense .. Vila Real Atlético MontijoMarinhense Leixões Juventude OlhanenseCovilhã Vianense União Sport AlmadaRoavista Guimarães Farense SerpaChaves Tirsense Portalegre PortimonensLeões Estoril Arroios

0 Nacional da 1.* Divisão 1. Sporting.....

D O M IN H O A O G U A D IA N A

E S T R E M O ZO Clube de Futebol de Estre­

moz (encarnados) e o seu jan tar aos pobres e crian­cinhas da cidade

O jantar do dia 1 de Janeiro de 1958, organizado por uma Comis­são de sócios desta simpática colectividade (encarnados), a exemplo dos anos anteriores, é levado mais uma vez a efeito, essa iniciativa de largo alcance filan­trópico, distribuindo refeições a todas as crianças e vèlhinhos po­bres do concelho de Estremoz.

Se, por um lado esta iniciativa é digna do maior apreço, i>elo esforço dispendido pelos seus per­sistentes organizadores, por certo é de lamentar, uma vez que, infe­lizmente, o número de refeições distribuídas tem vindo a aumentar de ano para ano, atingindo quase duas dezenas de milhar.

Esta colectividade desportiva sai fora da sua órbita, praticando a modalidade da Benemerência, re­velando as intenções de bem fazer, pelo que disfruta acentuadamente grandes simpatias em toda a po­pulação da cidade.

Em 1959, comemoram-se as Bo­das de Prata de tão valioso em­preendimento, e da Comissão fa­zem parte os seguintes elementos: António Alves, José Paquete, Hen­rique Rosado, Alvaro Adainho e Ludgero Salsinha.

Orfeão Tomás Alcaidev

Continuam nesta simpática colectividade, os ensaios da Fan­tasia Musical, «Aqui... A li... Além.. .*, de que brevemente terá

lugar a sua l.a representação, no Teatro Bernardino Ribeiro.

Orquestra TípicaA Orquestra Típica Alentejana,

de Estremoz, acaba de receber um subsídio de mil escudos, cedido pela Junta da Província do Alto Alentejo. Os nossos parabéns... Sociedade Filarmónica Artis­

tica Estremoceiíse (Banda Municipal).

Está marcada para o dia 23, pe­las 21 horas, a Assembleia Geral Ordinária, desta colectividade, com a seguinte ordem de trabalhos. Apreci"ção do relatório apresen­tado pela Direcção da gerência de1957, seguindo-se a eleição de corpos gerentes para o ano de1958. - (C.)

Baixa da BanheiraDes istres pessoais — Encon-

tra-se internado no Hospital de S- .losé, por ter fracturado uma perna em dois sítios, resultado do embate da bicicleta em que seguia, com uma camioneta, o nosso esti­mado amigo Sr. Jaime da Silva, mui digno proprietário duma casa de bicicletas, nesta localidade.

— T«mbém o pedreiro César Rodrigues, residente em Alcochete, deu entrada no Hospital de S. José, muito ferido na cabeça e com al­gumas costelas partidas, resultado

. da queda dum andaime, quando trabalhava numa obra nesta loca­lidade. A um e outro, os nossos desejos do seu completo restabele­cimento.

Ii. T. P. — Em 7-11-57, tivemos

a satisfação de assistir a mais um programa de Televisão, no «Novo Café Ribatejano», do qual é pro­prietário o dedicado assinante do nosso jornal, o Sr. Diamantino José Lopes.

De entre as várias imagens apre­sentadas, mereceu-nos especial re­ferência o «Trio Odemira», na exi­bição : Vila Nova de Mil-Fontes «Rainha do Alentejo». — C.

F a l t a d e e s p a ç oEm virtude da torturante falta

de espaço, não podemos in erir neste número muito original re­tardado, correspondências, etc , ilo que pedimos imensas desculpas.

F ilm a g emna Praia dg Iilroi de infijo

A hora matinal de ontem em que o nosso jornal já se encon­trava na máquina, realizou-se uma filmagem na nossa Praça de Toiros, certamente com deitino à película «Sangue toireiro», com alguns aspectos desse espectáculo empolgante paia o espirito da nossa população, no qual tomou parte o brilhante artista tauromá- quico Diamantino Vizeu, sendo lidados très toiros.

Assistiu a esta filmagem a conhecida artista da rádio, Amália Rodrigues, que mais uma vez hon­rou a nossa terra com a sua vi­sita.

Este acontecimento como era de prever, atraiu numerosa concor rència aquele local, a qual saudou respeitosamente ambos os visi­tantes.

iar * íe ttisiaa sté às 12 horas de Domingo, 29

T R A B A L H A N D O P A R A SI24 HORAS DIÁRIAS

E T U D O F* O Ft U M C U S T O

D E P O U C O S C E N T A V O S A H O R A .

NÂO HÁ SERVIÇO QUE VALHA TANTO E CUSTE TÃO POUCO

UNIAO ELECTRICA PORTUGUESA

19-12- 957 A P R O V I N C I A3 19

AGENDA ELEGANTE

M O N T J OA n ive rsá rio s

DEZEMBRO— No dia 10, a menina Vitória

Maria Pascoal de Almeida Tavares, filha do nosso estimado assinante, sr. Américo Tavares, completa o seu 4.° aniversário.

— No dia 19, completa os seus9 anos a menina Maria Clementina Cavaco Gonçalves, filha do nosso prezado assinante, sr. Firmino Rodrigues Gonçalves.

— No dia 19, a sr.a D. Maria .losé Mónica Marques, esposa do nosso estimado assinante, sr. An­selmo Joaquim Marques.

— No dia 20, a sr.a D. Maria Au­rélia da Fonseca, esposa do nosso dedicado assinante, sr. Joaquim da Fonseca Júnior.

— No dia 21, o menino Fran­cisco José Oleiro Lucas, filho do nosso dedicado assinante, sr. Artur José Fernandes Lucas.

— No dia 22, a menina Maria Cesaltina dos Santos Gervásio, neta do nosso prezado assinante sr. Augusto Gervásio Júnior.

— No dia 23, a menina Ana Ma­ria Rodrigues dos Santos, filha do nosso estimado assinante, sr. José Pereira dos Santos.

— No dia 24, o sr. Olívio Gomes, nosso estimado assinante.

Casam ento— No passado dia 8 do corrente,

dia da Nossa Senhora da Concei­ção, e na capela da Senhora da Conceição, do Fundão, realizou-se o casamento do nosso correspon­dente do Fundão, sr. Manuel Ro- visa, com a menina Ana Maria da Cruz Ferreira, filha do sr. Antó­nio Jacinto Ferreira, chefe da C P. no Tortozendo, e da sr.a D. Mari". Salete Cruz.

Apadrinharam, por parte da noiva, seus tios José da Cruz e D. Etelvina Alves da Cruz, do Fundão, e pelo noivo, o sr. Manuel Figueiredo Simões, comerciante, e sua esposa D. Antónia Barreto Figueiredo, ambos de Montargil.

Em viagem de núpcias pelos arredores de Lisboa e na capital, os noivos visitaram a redacção de «A Província» em 12, deixando os seus cumprimentos.

Felicitamos vivamente e agrade­cemos. muito sensibilizados, a visita e os cumprimentos.

A acção de beneficência da

B a n d a D e m o c r á t i c a

2 d e J a n e i r o

pela sua FESTA DE NATAL, a [avor das crianças pobres

de MontijoProsseguem os trabalhos de or­

ganização da atraente Festa de Natal, de iniciativa des!a presti­mosa Banda da nossa vila, a rea­lizar no próximo domingo, dia 22. início às 16,30 horas, com o fim de dispensar o seu auxílio a algu­mas crianças pobres de famílias dos sues associados.

Para esse efeito, conta-se desde já obter o concurso dos conheci­dos cultores da canção nacional Manuel Fernandes. Moniz Trin­dade e Ivone Rodrigues, já consa­grados por gravações de discos e através da rádio, que actuam igualmente na Emissora Nacional.

Darão também o seu valioso concurso, outros dois elementos de grande renome e igualmente muito apreciados por todos os bons «fadistas*, sendo guitarrista o notável artisla Francisco Carva- Ihinho, e violista, o apreciadíssimo professor, Marlinho di Assunção.

Além dos artistas já indicados, deram também a sua adesão para a próxima Festa de Nalal da Banda Democrática, Maria dt Fátima, va­lioso nome da canção nacional, actuando nos programas da Emis­sora Nacional; Marta Corales, de créditos reputados como graciosa cançonetista; e Miguel Azevedo, já bem conhecido do nosso público como excelente vocalista.

Completam o conjunto artístico desta Festa a hilariante parelha de de palhaços, «1'epito» e «Paquito», a pequenina e talentosa declama- dora montijense Maria Aurélia, a gentil acordeonista Maria Teresa de Almeida e as irmãs, Idália Ma­ria e Elisabete Maria, em canções.

Por fim, podemos confirmar a informação já dada anteriormente da presença a esta festa do novel e apreciado conjunto musical «Os Príncipes», desta vila. que gracio­samente lhe vem dar o seu con­curso, em favor dalguns crianças pobres de Montijo, — iniciativa extremamente simpática e digia do melhor carinho da nossa popu­lação.

T E A T R O P E A M A I X V I t 10 - í

A segunda representação da opereta em 3 actos

«Canção do Cigano»pelo Grupo Cénico da Sociedade Filarmónica Progresso e

Labor Samouquense, no Samouco

Noticiámos em correspondencia local, em número transacto do nosso jornal, a primeira represen­tação desta apreciada opereta, em comemoração do seu 38.° aniver­sário de existência da relevante Sociedade Filarmónica da vizinha e progressiva localidade de Sa­mouco.

Quis agora a diligente direcção daquela agremiação corresponder a numerosos pedidos, levando no­vamente à cena a referida peça de teatro, bem desempenhada pe­los amadores que compõem o o «Grupo Cénico Operário Samou­quense», patrocinado pela Socie­dade. e valorizado pela valiosa Orquestra privativa, regida pelo maestro sr. Gilberto Varela.

Correspondendo ao convite que nos foi endereçído, tivemos o pra­zer de assistir a esta nova repre­sentação e somos a felicitar aquele primoroso grupo cénico e todos os elementos que contribuíram para o brilhantismo desta operela,— sendo aquele em grande parte formado por «principiantes», que se houveram muito bem na sua integração, afora algumas lógi­cas, e compreensivas falhas nos aspectos musicados.

Interessantes igualmente os ce­nários, de que foi autor o apreciado amador montijense sr. Manuel

Rodrigues Gaspar, sendo valiosa a encenação de Manuel de Almeida e Manuel Póvoas Ferreira, — igual­mente o ponto da récita — : com o oportuno trab lho de-Manuel de Almeida, como seu contra-regra.

Por nossa parte renovamos as nossas felicitações a todos que con­tribuíram para este novo êxito, e reservamos o nosso apontamento crítico para oportuna referência à povoação do Samouco, na fase <ie progresso que ali se está desonvol- vendo.

J. M. Martinho

C â m a r a M u n i c i p a l

d e M o n H j o

Venda de peles de cães

Fa/.-se público que até ao dia 31 de Dezembro corrente se recebem propostas para a venda de peles de cães abatidos durante o ano de 1958, sendo a base de licitação de 450100.

Montijo, 16 de Dezembro de 1957O Presidente da Câmara, a) José da Silva Leite

Instituto Nacional do Trabalho e PrevidênciaDelegação de Setúbal NOTA OFICIOSA

BENTO PARREIRA DO AMA­RAL, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e Dele­gado do I. N. T. P. no distrito de Setúbal, para os devidos efeitos faz público que, em cumprimento do estabelecido no Decreto-Lei n.° 38.596, de 4 de Janeiro de 1952, será observada a cessação de todas as actividades não permitidas por

O Q l a t a L d t « c 4 rf ) T õ i i i n o i ( i »Continuamos a r e c e b e r

donativos e ofertas para o Natal dos nossos pobres.

A f l u e m d i á r i a m e n te à nossa Redacção as generosas demonstrações dos nossos assinantes e amigos.

Não nos c a n s a m o s de agradecer.

A todos, muito e muito obrigados!

No dia 16 iniciaram-se as inscrições dos pobres a con­templar, e podemos desde já acentuar que ultrapassam o número do ano passado, pelo que vamos intensificar os nossos esforços para que todos sejam atendidos, na medida do possível.

Q u a n t o a d o n a t i v o s :

Transporte : — 793S20Sr. Ludgero B . Soares,

2$50 ; D. Eunice B . da S ilva, 5$00; Branco & Irmãos, 20$00; JD. M aria Joaquina R. da S ilva , 5$00; sr. M a ­nuel G i r a l d e s da S ilva, 50$00; sr. Jo sé G o m e s Faustino, |5$00; D. Maria E lisa Ramos, 20$00; menina Helena Manuela, 10$00; D. M aria Guilhermina Araújo C°raz, 10$00; sr. Victor Lou ­

ro, 7$00; Dr. António G on ­çalves Rita, 10&00 ; D. Laura B e r n a r d e s , 5$00; Casa Guerreiro, 5$00; sr. Carlos A. Campos Ramalho, 10$00; menina M aria Manuel Futre, 5$00; D. M aria Augusta Mendonça, 5$00; D. Mariana Canteiro B isca, 20$00; sr. Francisco Tobias, 20$00; D. Angélica da S ilva , 5$00; D. Maria Cecília Dimas, 5$00; sr.a Viúva de Manuel Cola, 2$50; sr. António Mendes Bastos, 5$00; sr. Jo sé D o m i n g o s Miranda (Jard ia), 20$00; Anónimos, 31 $00

A transportar— 1:076$20.u j e r t a s em r o u p a s , b r i n ­

q u e d o s , etc :D. Maria Germana M a ­

deira, 17 peças de roupa para crianças ; D. Alzira G o ­mes Faustino, 1 casaco para bébé; Casa Bébé, um pulô­ver ; um anónimo, um car­tuxo com fe ijã o ; sr, José Luís Cardeira, 1 par de peú- guas e 1 babete; menina Maria Manuel Futre, 4 peças de roupa; sr. Joaquim de Pinho, 4 pares de peúgas; Drogaria Montijense, 6 sa­

bonetes ; Casa Faz Chuva,5 pares de botas e sapatos para bébes ; sr. Luís Eduardo Neto, uma chávena e p ire s ; Drogaria Moderna, 1 sabo­nete ; Casa Alicinha, 1 cober­tor e 1 camisola para bébé ; sr. Luciano José Catita, 1 par de chocos; Casa Jossil, uma c a m i s o l a ; Drogaria Oriental, 2 sabonetes ; Casa Sam, 2 camisolas de malha.

( C o n t i n u a )

Sociedade Recreativo Progresso Afonsoeirense

Efectuou-se no último domin^n, dia 15, nesta colectividade popular do vizinho bairro do Afonsoeiro, uma esoirée» a que deu a sua colaboração o reputado Conjunto Musical «Unidos do Jazz», do Alto Estanqueiro, o qual comprovou ali o seu valor.

Realiza-se ali igualmente, no próximo domingo, 22, em «soirée» dançante um novo baile abrilhan­tado pelo exímio Conjunto Musi­cal «Os Vencedores», de Rio Frio. o qual promete larga concorrên­cia, pelojvalor do seu enlenco.

Inicia-se, assim, nesta valiosa agremiação a quadra festiva do Natal, para a qual auspiciamos a maior alegria aos Seus associados e suas famílias.

lei aos domingos, nos próximos dias 25 de Dezembro (Natal) e1 de Janeiro (Circuncisão).

A todo o pessoal da indústria será devido nesses dias pagamento de salários, os quais poderão ser compensados pela prestação de trabalho até mais duas horas dis­tribuídas pelos oito dias imediata­mente antecedentes e subsequen­tes.

Ob estabelecimentos abaixo de­signados terão o seguinte regime:

Barbearias e Cabeleireiro«— Nos dias 2t e 31 do corrente deverão seguir o horário dos sá­bados.

Fa r mác i as — Encerramento nos dias feriados conservando-se apenas abertas aquelas que por escala lhes competir.

Padarias — Nos dias 24 e 31 deverão seguir o regime dos sába­dos tanto para a venda como para o fabrico.

Talhos, Salsicharias e esta­belecimentos de venda de miu­dezas de rezes — Poderão con­servar-se abertos nos dias de Natal e Ano Novo até às 13 horas, ficando transferido para os dias 26 do cor­rente e 2 de Janeiro o encerra­mento semanal destes estabeleci­mentos nos concelhos em que o mesmo se verifica normalmente á 4 / feira.

F'otografias — Poderão con­servar-se abertas nos dias feriados, náo podendo contudo ser utilizado o pessoal.

Mercear i as , Drogarias e Carvoarias — Encerramento no concelho de Setúbal às 21 horas, podendo nas restantes localidades seguirem naqueles dias o horário de sábad*.

Estabelecimentos de Fazen­das, Sapatarias e Comércio em Geral — Encerramento às 20 horas.

Estabelecimentos de B rin ­quedos — No dia 24 (véspera de Natal) encerramento às 22 horas. No dia 31 (véspera de Ano Novo) é seguido o horário de sábado.

Setúbal e Delegação do Instituto Nacional do Trabalho e Previdên­cia, aos 6 de Dezembro de 1957.

O Delegado,Bento Parreira do Amaral

1/T/LfTÁRIAÍ

farm ácias de Serviço

5.*- feira, 19 - D i o g „ ii.“ - feira, 20 — G i r a I d e Sábado, 21 — M o n t e p i o Domingo, 22 — Mo d c r n u2.*- feira, 23 — l í i g i e n e V -feira, 24 — D i o g <i

- feira, 25 — Gi ra l de >t

E s p e c t á c u l o sCINEMA TEATRO

JOAQUIM DE ALM .IDA5.a feira, 19; (Para 17 an u n

film e de classe mundial. «O Fer­roviário». Uma obra piinrt d,i cinema que alcançou sele |>u- ni , internacionais.

Sábado, 21; (Para 17 am'-). um maravilhoso filme da M<*iu>. <\ Vindima Trágica», filma.I n ■ S m| da França, com Mel Ferrei e Pier Angeli. Ein Cinemascópio e Me- trocolor.

Domingo, 22; (Para 12 anosl em matinée às 17,15 e em uniria ás 21,15; Uma aventura maravi­lhosa que toda a mulher desejam viver, «Donatella», com a nova descoberta Elsa Martineli, e ai mia Aldo Fabrizi, Walter Chiari, e Abbe Lane e Xavier Cugat.

2.* feira, 23; (Para 6 anos), /ml- tinée para crianças às 18 horas, com o filme cómico, «Família He Malucos». Preços populares.

3.* feira, 24; (Para 17 anos), mais um filme da Metro «Supli-j cio», com Paul Newman e Anne Francis.

4.* feira, 25 (Dia de Natal); (Paia j 12 anos), atendendo à solenidade deste dia, a matinée principianl j às 15,30 e a soirée às 21,15; Um film e com Marlon Brando e Glenn Ford, «Casa de Chá do Luar de; Agosto» Cinemascópio, Metro- color e Som perspecta. Uma satíri-j ca comédia inteiramente filmada j no Japão.

C a m a r a M u n i c i p a l

d e M o n t i j o

Venda de lixosFaz-se público que até ao dia 31

de Dezembro próximo, pela< 17 horas, se recebem propostas para a venda de lixos e dejectos prove­nientes da limpeza desla Vila era1958, sendo a base de ticitaçã-i de ■ 4S.OOOSOO.

Montijo, 1(5 de Dezembro de 1957 O Presidente da Câmara, a) José da Silva Leite

danose’to 5 lastíKqusu

1zeriotesfiode po ao re< soi tró lut co qu. 110 a <1 Ve: dei

1Peçâ<dena; dai -es e c Ci u Éineseipoiçà(e ilhaE'quipoia liaosdo11casmecoicurVarpretéc

N.‘

Associaçãi de Socorras Mútuos

limae RituilUti Hoisi sinii»m CDiieilío

CONVOCAÇÃO Dl ASSEMBLEIA GERAL

Em cumprimento das disposi­ções estatutárias, convoco todo'I os sócios em pleno gozo dos seu1] direitos, para reunirem em Assem! bleia Geral Ordinária, no dia 2'l do corrente, pelas 21 horas. I sede desta Associação, rua Aliui-I rante Reis, 94, nesta vila, pa''3 l

Eleição dos corpos sociais parai o exercício de 1958 e votaçi'1 dos orçamentos ordinário'! para o mesmo exercício.

Caso não compareea número le-1 gal de sócios, fica a nesma conv.'-l cada para o dia 30 do corrente, :l| igual hora, no mesmo local e com I idênticos fins.

Montijo, 17 de Dezembro de 1! ** |O Presidente da Mesa da Assem l

bleia Geral a) Manuel Cipriaro Rodrigues]

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Pai a dade piará ; Um itenn r ile etro- ítiri- achi

pal

da sua Universidade em ple­no desenvolvimento, com o seu vasto campo de Despor­tos, dos seus liceus e esco­las,"muitas delas sob a orien­tação de Ordens Religiosas que ao ensino dedicam a sua actividade.

Falar da Venezuela é fa­zer referência ao seu Inte­rior onde a luta é de gigan­tes, contra o clima, contra a floresta Virgem que há que desbas tar para, pouco a pouco, poder penetrar-se até ao ponto onde a árvore ofe­rece a madeira rara ou do solo brota o cubiçado pe­tróleo. E quantas Vezes há que lutar com o tigre ou com a cobra, o mosquito ou qual­quer dos inúmeros v i r u s que nos prostram no leito, entre a vida e a morte e, quantas Vezes, nos lançam nos braços desta última.

Falar da obra do General Perez Jimenes é fazer men­ção ao Plano de Urbanização de Caracas, cidade crescendo nas três dimensões às estra­das que se abrem, à auto- -estrada que custou milhões e que liga a Capital com La Guaira, seu porto de mar. É fazer referência às inú­meras pontes que estão sendo construídas, aos aero­portos que permitem a liga­ção da capital com inúmeros e importantes centros espa­lhados por todo o Interior. E' fazer referência às obras que estão sendo executadas, por todo o território, desde a longa costa marítima até aos pontos mais afastados do Interior.O programa de Obras Públi­cas é Vastíssimo, profunda­mente estudado por técnicos competentes, posto a con­curso em bases que reser­vam justa margem ao em­preiteiro, c o n t ro l a d a s por técnicos especializados.

Fa lar da Venezuela é citar as enormes possibilidades que se apresentam ao emi­grante.

Se ele tem um grande ca­pital, poderá instalar um ar­mazém com artigos impor­tados e efectuar a sua venda através do retalhista, ou colo­car o seu dinheiro na cons-

Peio

Visconde de á. Garrei

trução de edifícios, o que lhe permitirá obter largos proventos.

Se ele tem um pequeno capital, poderá associar-se com alguém sério e que conheça o meio, e conseguir a colocação de novidades, sobretudo das que interes­sem o elemento feminino.

Se não tem base material, convém que tenha uma pro­fissão e que seja nela mestrp, seja no ramo comercial, seja no industrial. Uma Vezconhe- cedor do meio, poderá tra­balhar por conta própria e, findos 10 ou 12 anos de la­buta, regressar ao seu País com um certo pecúlio.

A Colónia Portuguesa é tida como seríssima. Não pede nem dá. E ’ ordeira e cumpridora da sua palavra. Qualquer português conse­gue crédito, porque de an­temão sabem que ele pagará o seu compromisso, mesmo que seja dois ou três anos depois de o haver tomado. São cerca de 55.000 que ali labutam intensamente, espa­lhados por C a r a c a s , La Guaira, Maracaibo, Ponto Fijo e pelo Interior.

T ive ocasião de constatar o caso de um carpinteiro português c h e g a r a uma obra de cons-trução civil e pedir trabalho, ser desde

logo admitido, enquanto dez ou quinze outros estranjei- ros como ele, terem de aguar­dar s e m a n a s a almejada admissão.

No entanto, há que contar com a inveja e com a língua traiçoeira nas nossas costas, de elementos que se julgam mais competentes e que gos­tam de sentir adversários no seu caminho.

O português, já colocado, p r o c u ra em geral ajudar qualquer c o m p a t r io t a seu que arribou ao (para ele) desconhecido e que, aflitiva­mente, busca trabalho para ter comida e dormida. Mui­tas vezes vem a associa lo e náo raro lhe vem a pas­sar algum dos negócios que possui e que montou durante bastantes anos de infatigá­vel labuta.

Para quem queira manter ali o nível de vida que aqui estava acostumado a levar, há enormes perspectivas de Vir a triunfar; mas o que deseja mostrar as suas pos­sibilidades, e com certo ar procura ser admitido, logo a inveja lhe move campanha, tornando-lhe a vida bastante difícil. Há que ter muito tacto no modo de actuar, nas palavras emitidas, nos ges­tos realizados, nas afirma­ções feitas.

No entanto, seja-me per­mitido um d e s a b a f o : se aquele que Vai e que labu­tará 18 a 20 horas para auferir provento que lhe per­mita formar mealheiro, efec­t i v a s s e aqui um esforço quase tão grande e tenaz­mente p r o c u r a s s e tornar útil o seu trabalho, estou certo de que também triun­faria aqui (na Metróple ou no nosso Ultramar), sem ter de lutar entre povos de lín­gua d i f e r e n t e , longe dos seus.

D A R ... D A R( C o n i i n u a ç ã o d a p r i m f i r a p á g i u a )

tos, emprestam-se ilusões que se trocam em sorrisos, em longes de ventura, em instantes de júbilo.

Melhor seria, indubitavel­mente, que não fosse preciso conjugar o verbo adequado, nem hoje, nem nunca.

Fra a convicção reconfor­tante de que a Humanidade seguia seu rumo sem neces­sidades, sem precisões, sem tormentos. Era a certeza de que todos tinham o tal «lu­gar» ao sol» e os estômagos satisfeitos.

Não é assim, porém ; e só cabe aos que podem e aos remediados o Dever de con­correr com seus óbolos e donativos para que haja mais luz e mais calor, mais clari­dade e menos treva, algumas estrelas rutilantes em certas noites tremebundas da qua­dra esplendorosa.

— D a r . .. dar.Três letras apenas. Três

belas letras de. expressão sublime, três riscos que si­gnificam e sintetizam toda uma Ideia prodigiosa, todo um conjunto de sentidas con­cepções.

— Eu dou, pois. Dou o que tenho e o que posso.

— Tu dás, pois. Dás o que te sobeja e te não faz falta.

— Ele dá, pois. Dá quanto pode dar e ainda lhe fica muito.

— Nós damos, pois. D a ­mos e não precisamos de saber quanto damos.

— Vós dais, pois. Ainda bem que dais, porque rece­bereis nas almas o «gosto» de bem servir e bem fazer.

— Eles dão, pois. E a soma de benefícios passa a chuva de bênçãos que lhes cai so­bre os corações.

— Bem haja o verbo D A R 1— Bem hajam quantos o

conjugam com a alma e o co­ração e não com o cérebro !

Álvaro Valente

Valério da fomecafabr conte de apoios de borracha para todas as marcas de automóveis.

Rua França Borges, 52

L A V R A D I O

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S A FER, !L. DASEDE

lifSOA. Rug de <. Julião, 41-1."A L R O M O T O R S A N F E R o n

ciclone — F E R R O S para A R C O S , etc.

C IM E N T O P O R T L A N D , T R I tos para gados

R ÍC IN O B E L G A para adubo d C A R R IS , V A G O N E T A S e toc

minho de FerroA R M A Z É N S D E R

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inínho que resistiu aoconstruções, A R A M E S ,

T U R A Ç Ã O de alimen-

e batata, cebola, etc. lo o m aterial para Ca-

E C O V A G E M

N.° 84 Folhefim de «A Província» 19-12-57

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Entretanto, espreita-se mais, espreita-se sem pre ...| Dizem os entendidos que é já primavera. A serra vai degelando aos loucos, nalguns sítios . . As inclemências, porém, continuam ...

Até que chega o verão e volta a alegria.Cauta a Natureza e cantam as almas, — bolero de Ravel em permanente

execução. . . .E assim se vai dum ano ao outro, ao outro, até se endurecer como

rocal. . .| Através das estações, ela permanece implacavelmente grave e imutável, |em se importar com as tragédias do rés-do-chão,| Em baixo, comtenpla-se a vida alta da mastodôntica corda. Da con-■empiação nasce o desejo, a tentação, a aventura. ■.ja, ~ Subir a serra, traçá-la por atalhos em todas as direcções, penetrar- | io os segredos e o ventre, ouvi-la gemer e roncar pelos cumes, sentir-lhe g- palpitações e as febres, — constituem o anseio do Homem que a mira e ■pura de longe ou que a namora a cada instante das cercanias.

E que namoro!| . Ergue-se das palhas de centeiro e abfe o janelo. O primeiro olhar do | •■ > Pertence-lhe. Vai ao grangeio e fixa os olhos na mancha e segue-a até ta-ih 0r^ e escava- Quando pára na labuta, quando cospe nas mãos, dei- I a e ma'S um olhar demorado. À tarde, ao lusco-fusco, o seu último olhar einH • Para ela, para essa perseguição de toda a vida. E ao acender daE e ao feGhar do janelo, espia, vigia as escuridões, a cr se ela aindaWr- cStâ . , ,

É da vertente que a aldeia agachada fixa a toda a hora, que se vai dos quatrocentos e poucos aos dois mil metros.

Seia-Civitatem Siena — 532 metros de altitudeA aproximação faz-se pela vila vizinha, — dezasseis quilómetros a pal­

milhar, sapatos ferrados, pau ferrado, chapéu «à explorador», indumentária própria do alpinista de antano.

A vila está já metida na serra. Para trás fica o vale ubérrimo que se desentranha em fertilidades. A paisagem esmaga, quando o «atacante» se volta e dá de cara com ela! A palavra é zero; a expressão menos ainda. Prefere-se o mutismo e a intuspecção.

Arranca-se o Homem do basbaque e segue. Olha agora para a frente, sempre para a frente. . .

Surge o imprevisto a cada passo, — mais o imprevisto de arrepiar, de provocar calafrios, de sentir-se o Homem homenzinho, — pobre molécula na enormidade panorâmica.

Por vezes, rolam pedras que se perdem nos declivos. Outras, pendu­radas acima dos abismos, parece que vão a descambar e permanecem hirtas, boquiabertas, — palhaços paralisados no arame tenso !

Os alcantis são quase esca lvados; em redor e nas bases, pouco me- nos . . . A vegetação deminui quanto mais o Homem sobe.

E ao subir, as cardas rugem nos seixos e o pau ferrado raspa e bate em pancadas metálicas o ritmo da subida.

Depois começa o canto harmonioso e estranho das á g u as .. •Cantam as bicas, as levadas, os fios de prata.O Homem pára, descansa, dessedenta-se.As águas estão geladas. É preciso aquecê-las primeiro na boca por

instantes e enguli-las então devagar.Abre os pulmões, toma alento e marcha.

S. Romão ou Cabeça do RomãoOutro lugarejo em espiral irregular.

( C O N T I N U A )

A P R O V I N C I A 19-12.»

R O D R I G U E S C R I S P O

> n o t s o i n q u é r i t o s o b r e i i i t i i i l e r n i i i t a

Rodrigues Crespo, autor de virios livros, é um dos grandes pmetas capichabas. (Nasceu em Vitória, no ------ Estado do Espírito Santo). ------

— A «modernidade» da poesia reside na essên­cia ou no plano estreito da forma?

—'O s modernistas desprezam a rima para irem buscar e imitar formas mais velhas do que a rima, como por exemplo 0 verso branco. Isto prova quanto é enfática a proclamada renovação da poética. Para dar uma ideia da antiguidade do verso solto, basta citar a Ilíada que conta três mil anos .. A rima é um ornamento m o d e r n o da poesia. Milton 110 prefácio de «Paradise Lost» combateu-a, reconhecendo, todavia, que «alguns poetas da aia moderna se notabilizaram usando-a».

— A concessão do poeta inglês será a que ele estabelece quando escreve nesse p refác io ... i g r a c e t i n d e e d s i n c e b y t h e u s e o j s a m e f a m o u s

m o d e r n P o e t s . . . ?

— Exactam ente! O argumento de Milton con­tra a rima fundamenta-se na dificuldade que ela oferece ao poeta. Considera a rima um «moderno e incómodo cativeiro e proclama 0 seu poema, em verso branco, como um exemplo de arrojada liberdade. Milton pensava que a rima provoca 0 transvio do pensamento do poeta : induzido pela rima 0 poeta pensa uma coisa e escreve outra. Ele tentou, como uma novidade, a rima nos <Early Poems» e em numerosos sonetos todos rimados.

— Na sua opinião 0 pensamento só é desvir­tuado pela rima quando esta é mais forte do que0 poeta?

— Na verdade, quando 0 poeta é mais forte du que a rima esta é necessariamente dominada pelo poeta.

— Pode exemplificar ?— Camões nos «Lusíadas». O vosso Épico

dirige 0 pensamento através das rimas como se elas não existissem. Mas Camões era um génio!

— Ao caso de Milton aplica-se, então, 0 axioma de «cada poeta faz os versos que pode». . .

— Sim , ao caso de Milton e ao caso de muitos poetas do «modernismo» actual. A rima foi larga­mente usada nas tragédias do teatro clássico francês por poetas famosos que não viram um tropeço nesse adorno do verso. Adoptaram-na Corneille nas tragédias de Cid, C ina e Po lyen te ; Racine em Esther, e A th a lic ; Voltaire, na Mé- rop e ; e Molière, em Le Misanthrope.

— É a rima indispensável à poesia ?— Embora 0 não seja, convém lembrar que a

característica da poesia quanto à forma, é 0 verso— que tem de ser medido e rimado. O verso amétrico passa à categoria de proposição pura e simples. De outro modo não restaria lugar para a prosa. . .

— Admite a prosa poética?— Sem dúvida. Um exemplo notável de prosa

poética são certos períodos de Eça. Lembro até algumas passagens de «Iracema», de José de Alencar. Não será prosa poética aqueles v e r d e s

m a r e s l u á r i o s d a m i n h a t e r r a n a t a l , o n d e c a n t a

á j a n d a i a n a s f r o n d e s d a c a r n a ú b a . . . ? M as, que eu saiba, ninguém proclamou poeta um Eça de Queiroz, ressalvando a «Balada de Satan às E s ­trelas», ou a um José de A le n ca r . . . Pela mesma razão, não podem ser considerados poetas mo­dernistas os que fazem, afinal, apenas prosa em estilo hermético. Exceptuam-se os que, rotulados com 0 nome de modernistas, realizam um neo- -simbolismo aceitável em verso límpido e não raro rimado. Os chamados modernistas, que sub­sistem por força do elogio mútuo, reincidem nos mesmos erros em que incorreram outrora os românticos e simbolistas. Começaram por com­bater a métrica, desprezar a sintaxe, despir os vocábulos do seu significado léxico, abolindo a pontuação, e outras barbaridades. Donde se con­clui que a história se re p e te ...

t r a p u r u

Q u a n d o , e n t r e a r p e j o s , o s o b e r b o c a n t o

d o u i r a p u r u p e r c o r r e a v i r g e m m a t a ,

c o n t a m q u e a s a v e s , n u m e n l e v o s a n t o ,

q u e d a m - s e , a o u v i r - l h e 0 r e c i t a l d e p r a t a .

E d i z a l e n d a q u e t ã o a l m o e n c a n t o

d a q u e l a m e l o d i a s e d e s a t a

q u e , i m ó v e i s , n o s c o v i s , m u d a s d e e s p a n t o ,

p a s m a m a s j e r a s q u e u m t o r p o r r e c a t a .

C a n t a v a , o u t r o r a , i d ê n t i c a s c a n ç õ e s ,

d o m e u v i v e r n o b o s q u e v i r i d e n t e ,

0 u i r a p u r u d a s m i n h a s i l u s õ e s .

A g o r a e s c u t o , e m c o n t r a s t a n t e e f e i t o ,

p i a r 0 m o c h o d a S a u d a d e i n g e n t e ,

n a d e v a s t a d a s e l v a d o m e u p e i t o !

Rita de Lara(AMAZONENSE)

S A U D A D E

Saudade ! T 11 és a flor do campo santo, Vejo-te sempre do sepulcro ao lado.Ah ! quanta vez em merencório pranto Há-de orvalhar-te 0 coração magoado.

Saudade! Tudo em ti se exprime tanto, Até essa cor de um roxo acentuado!Aqui plantou-te, por ventura a um cauto. Triste mãe a lembrar 0 filho amado.

Saudade! Tu és 0 símbolo da Dor Na mudez da necrópole sombria,Onde até 0 vento abafa 0 seu rumor . ..

Saudade ! Na tua mórbida aparência,És a expressão de atroz melancolia,De eterna provação, de eterna ausência !

Mary Camargo(do PARANÁ)

N a a l e g r i a o u n a d o r , s e j a s ò m e n t e

U p e n s a m e n t o r e c o m p o n d o 0 r o s t o ,P o i s a l e m b r a n ç a s e m p r e e s t á p r e s e n t e

E m m e i o à s v o z e s a u s i l ê n c i o p o s t o !

S e s u r g e c a n t o , n i n g u é m m a i s 0 s e n t e ,

P o r q u e s e m e c o n u n c a e s t á e x p o s t o ;

E 0 v a z i o , t a m b é m , t o r n a - s e a u s e n t e

L o g o q u e s u r g e i m a g e m s e m d e s g o s t o .

A c e r a n d o à l e m b r a n ç a d e s e j a d a ,

P a r a a a l m a s e j a z t ã o r e c l a m a d a ,

Q u e t u d o m a i s p a r e c e e s m o r e c e r .

T ã o t é n u e s o m b r a b a i l a n a r e t i n a ,

Q u e o o n t e m s e f a z h o j e , p o i s e n s i n a

Q u e o t e u a m o r j a m a i s h á - d e m o r r e r !

D u lc e A. Siqueira(PERNAMBUCO)

♦♦í♦

P o e t a s M o v o

Traga-me, meu amigo, aquela taça que dum velho passado me aproxim a; corra em seguida à minha adega e faça- cheia do vinho da melhor vindima.

Traga-me aquela dádiva de estima que pertenceu à flor da minha raça ; quero beber à inspiração, à rima à poesia, à mulher, ao sonho, à graça.

Lá fora chove, e esta cantiga de água dá-me a presença intemporal e fria de poetas que reavivam minha mágoa.

E aqui me deixo estar, sozinho e pobre, bebendo 0 vinho da melancolia na taça em que bebeu António Nobre.

Edison Moreira

Se arrasto pela vida estranhas fráguas, a derreter a neve dos cansaços, e 0 degelo infinito dessas mágoas vai transbordar 110 ventre dos espaços;

Se meu olhar já vai perdendo 0 brilho que trouxe de outra vida e de outro império, procuro a fuga deste meu exílio— ilha de lucidez sobre 0 mistério.

Se não consigo em pensamento e prece fugir do meu desterro involuntário, sòmente uma esperança inda aparece

soprando as velas desta nau-corsário. Sofro a esperança duma despedida : nascer na noite 0 que se morre em vida.

Paulo Bonfim

SentativaDe início entrei nos olhos quando insones e vi a gestação das gambiarras.Depois fui aos ouvidos e as guitarras levaram-me às origens dos ciclones.

Nas mãos, pouco mais fui do que 11111 ousado, por vêr a improcedêcia dos extremos.Já nos perfumes fui aos crisântemos por faunos e pavões acompanhado.

Então houve um silêncio escandinavo e ouvi búzios distantes e atrevidos soprados por algum centauro flavo

Mas, cedo descobri a incompetência: eu era um argonauta e em teus sentidos navegava vestido de imprudência.

Carlos Pena Fi/ho

Página de JORGE RAMOS