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E-book - A caminho da irmandade real - Lua Vermelha Brasil · alguma forma, carregamos ainda uma culpa ancestral e profunda por isso. Bem, essa é uma das nossas maiores ar madilhas

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Índice

A caminho da irmandade real2

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Irmandade

1. Exercite a apreciação

2. Busque um Talismã-Espelho

3. Não tenha medo de se abrir

4. Lembre-se que sua fraqueza é sua força

5. Relacione-se desde o seu centro

6. Conheça o seu ciclo

7. Faça parte de um círculo de mulheres

Um outro modo de aprender

Biografia

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3A caminho da irmandade real

Essa palavra tem me rondado há pelo menos um ano ou mais, mas na verdade me dou conta de que sou eu quem estou rondando ela... Porque a gente se move muitas vezes pelas nossas experiências de falta. A busca pela irmandade é uma constante, nem sempre correspondida da forma como gostaríamos... Mas e se existisse uma forma mais verdadeira de lidar com ela e de garantir a sua presença na nossa vida?

É engraçado como a urgência de escrever bate junto à experiência da dor... Hoje, esse foi o sininho que me trouxe aqui. Tem sido assim, e na escrita encontro compreensão, e muitas vezes cura. Mas não vim aqui falar da minha experiência como escritora, mas sim da dor que a mobiliza agora... e essa dor vem de um lugar mais profundo que as mãos que agilizam essa escrita... vem do meu útero, e de uma ferida que ainda não foi curada. Uma ferida compartilhada por todas as mulheres. Uma ferida que agora pede atenção e cuidados. Uma ferida da experiência de ser mulher.

Irmandade...

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4A caminho da irmandade real

Mulheres. Hoje trabalho com mulheres, ensino a mulheres, me sento em círculo com mulheres, convivo com muitas mulheres... E é lindo, maravilhoso, a irmandade cresce e é de uma beleza só ver a mulherada se empoderando e recordando o sublime do feminino em si... Esse movimento mundial chamado Sagrado Feminino é simplesmente o movimento orgânico que vivemos junto com a nossa Mãe Terra, no sentido de despertar e recordar essa relação de maternidade!

Matris, mater, matriz, mãe. Recordando que temos uma Grande Mãe, temos o "estalo" para recordar-nos que também somos filhas. (Uau!) E sendo filhas, sendo todas filhas, um outro estalo: SOMOS IRMÃS. Parece simples, não? Mas não é.

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5Title of the book

Como disse no começo, muitas vezes nos movemos pelas nossas experiências de falta. E não estou aqui pra dar uma de coitadinha... Tenho irmãs maravilhosas, posso dizer muitas, e algumas amigas que conto nos dedos e cuja existência agradeço todos os dias. Mas vamos lá: quem aqui teve problemas com as "irmãs/amigas" na infância? Ou na adolescência? Ou ainda tem nos dias de hoje? Vamos ser sinceras?

A irmandade idealizada é linda e perfuma de flor do jardim multicolorido que somos. Mas na real, ainda não vivemos uma irmandade. Digo isso porque existe uma ferida muito profunda a ser curada na forma como olhamos para as nossas irmãs, e na forma como conseguimos nos relacionar com elas.

Vamos lembrar que antes de tudo, somos mulheres e temos um útero. Esse útero, por sua natureza, é o lugar do acolhimento, o lugar que gera e recebe a vida. Isso nos fala da nossa própria natureza acolhedora e receptiva. Como mulheres, temos esse dom inato. Se assim não fosse, a humanidade não estaria aí. Somos o único canal de manifestação da vida na Terra. Somos o único portal orgânico, vivo, por onde a energia do universo pode descer para se manifestar em carne e osso em um ser! E isso é o milagre supremo que testemunhamos todos os dias, que tive a graça de testemunhar como mãe, e eu poderia ainda me deslumbrar por muitas linhas mais...

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6A caminho da irmandade real

Mas volto ao ponto da receptividade. Por sermos receptivas, geramos e damos a vida. Mas atualmente, quem consegue ser realmente aberta e receptiva para além da relação com a cria? A receptividade como dom, idealmente, poderia se estender a todos com quem convivemos, mas isso só acontece quando estamos em contato com nossa profunda natureza feminina. E num mundo onde nos ensinaram a sermos territorialistas e a nos proteger de possíveis ameaças, ser acolhedora e receptiva passou a ser um desafio.

Aí está a primeira ferida da mulher. Negamos a nossa essência. E de alguma forma, carregamos ainda uma culpa ancestral e profunda por isso.

Bem, essa é uma das nossas maiores armadilhas. E eu quero fazer um trato com cada uma de vocês que agora está me lendo:

Antes de continuar o texto, feche os olhos por um instante, e

diga a si mesma que não precisa mais

carregar essa culpa.

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7A caminho da irmandade real

Nossa história, a justifica.

Abrimos nossos corpos e nossos corações, mas fomos abusadas e violentadas. Conhecemos o nosso poder, mas fomos perseguidas e queimadas pelo medo que sentiram dele. Perdemos a confiança no homem, que ao não honrar o nosso dom, usou-o como forma de poder. O resultado? Mulheres feridas, invadidas, reprimidas, amedrontadas.

Nessa condição de medo e submissão, acabamos perdendo algo mais. Porque daí nos convenceram (e nós acreditamos) que deveríamos também temer a mulher.

Ela é sempre a outra. Se é sua irmã, não pode ser mais bonita e mais querida que você. Se é sua amiga, tome cuidado, pois pode roubar seu marido. Se é sua colega de trabalho, vocês já estão competindo por se auto-afirmar desde o momento em que pisaram no mesmo ambiente. Isso se não aprenderam a puxar o tapete uma da outra para ganhar o olhar do chefe.

Essa retrospectiva visa simplesmente trazer consciência do nosso ponto de vulnerabilidade. Bem ali, no Útero, guardamos todas essas memórias construídas e repetidas há gerações. Sentimos que já não pode ser assim, mas no reconhecer a insustentabilidade, contactamos a culpa. Por que ainda nos culpamos por isso? Talvez por reconhecer que nós mesmas estamos sustentando esse padrão e que há algo, aqui agora, que precisa ser feito.

Bem ali, no Útero, guardamos todas essas memórias construídas

e repetidas há gerações.

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8A caminho da irmandade real

Aprendi que tudo (absolutamente tudo!) que se passa no mundo, acontece também dentro do Útero de uma mulher! Isso é revelador! Somos vulneráveis sim, porque somos espelho. Espelho da grandeza do criador, mas também da natureza imperfeita do homem. E tudo isso podemos sentir desde o nosso Útero, como também, a partir dele, podemos curar. Nosso Útero-espelho vê e reflete antes de nós. E fala do profundo das relações femininas, de uma ferida para a qual precisamos olhar. E enquanto a consciência do feminino desperta em nós, essa ferida volta a incomodar, num sincero pedido: "Eu não posso mais ficar guardada. Olhe para mim. Cuide de mim. Ajude-me!"

É chegada a hora de curarmos nossas relações femininas. E o primeiro passo para isso é eliminar os padrões de competição e de comparação entre mulheres. Como fazemos isso? Alimentando a tal da irmandade. E para isso, precisamos reeducar o nosso Útero-espelho a enxergar a beleza dentro e fora de nós, e só então poder nutrir uma relação mais saudável com as nossas companheiras de caminhada.

Darei aqui algumas dicas de como você pode fazer isso no seu dia-a-dia e ir se sintonizando nessa vibe! Vamos lá?

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9A caminho da irmandade real

1. Exercite-se à apreciação.

Exercite-se a enxergar a beleza em quem você tem diante de si. Experimente fazer elogios às mulheres com quem você se encontra. Busque nelas algo que você admira e manifeste-o. Naquele dia, ela vai se sentir melhor ou mais bonita, e naturalmente você estará ativando nela a tendência a buscar reflexos que condizem com essa natureza e a expressá-los a outras mulheres também. O maravilhoso do espelho é que ele sempre reflete: ou seja, tudo o que você vê fora é um reflexo do que você também é. Quanto mais você aprende a ver a beleza nas suas amigas ou mulheres de sua convivência, mais você também se sentirá bela. Pois a beleza reflete de volta para você, ou, em outra interpretação, te lembra da fonte de onde ela se refletiu...

Por isso, NUTRA o seu espelho do útero com reflexos do bem. :) Rodeie-se de amigas de almas belas, positivas e que queiram cultivar as mesmas relações de irmandade! Vocês têm um caminho a fazerem juntas, e isso vai além de você e além dela. Cultivar relações de irmandade sinceras, abertas e saudáveis é um dos remédios fundamentais para a cura do planeta!!!

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2. Busque um talismã-espelhoTenho uma irmã chamada Anna que é para mim um talismã-espelho. Quando nos conhecemos, o deslumbramento recíproco foi tão grande, que criou-se um pacto! Prometemos nos lembrar da beleza uma da outra nos momentos em que nos esqueceríamos! (Quando falo de beleza não me refiro somente à beleza física, mas à beleza do ser! ) Anna tinha uma admiração tão grande por mim e me manifestava a minha beleza de uma forma tão constante e linda, que eu passei a enxergar também nela essa beleza infinita! E a recíproca era verdadeira. Desde então, nossos encontros são pura magia e deslumbramento. Temos uma irmandade maravilhosa, e nosso espelho do útero somente reflete e enxerga o melhor da outra em cada situação.

Sabe aquelas amigas a quem você não tem medo de mostrar nem mesmo a sua faceta de sombra? Que sabe que acolherão o seu momento incondicionalmente, sem críticas ou julgamentos? E que quando você mesma está no auto-julgamento conseguem te lembrar: "- Olhe que aprendizado maravilhoso!!!"?? Hoje, por exemplo, no meio de uma crise de choro, foi a ela que eu busquei. E em vez de ver a minha vulnerabilidade e a minha fraqueza, que naquele momento me faziam sentir envergonhada e culpada pelo meu próprio sentimento, ela viu e me mostrou a minha força, a minha sensibilidade e a minha beleza. Não preciso explicar quanto potencial de cura há nessa simples mudança de perspectiva, não é mesmo?.

Pergunte-se agora se você tem essa relação de talismã-espelho com alguém. Se sim, sinta-se abençoada.

Guarde essa pessoa na sua vida como o tesouro que ela é

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3. Não tenha medo de se abrir.Confiança gera confiança. Muitas vezes, entre irmãs, evitamos falar de nossas fragilidades por medo do julgamento da outra. Cria-se uma couraça de segurança e superioridade que é completamente falsa e distante da verdade. Quem vê e identifica a máscara, criará ainda mais distância. E quem vê e cai no teatro, não terá mesmo coragem de mostrar suas inseguranças diante de um ser inatingível no alto do seu pedestal. Resultado: relações falsas, viciadas, capengas e que geram mais e mais insegurança e falsidade. Uma precisa sustentar a todo custo seu lugar de falsa segurança. A outra já se sente a última das criaturas e usa de todas as suas forças para manter a mínima dignidade e não ser condenada. Ambas se alternam nas posições de abusado e abusador, vítima e carrasco, uma alimentando a mentira na outra, e muitas vezes sem perceberem o mal que estão fazendo.

Não há abertura, não há diálogo, não há troca, não há irmandade. Só existe orgulho aí. Enquanto tentarmos nos sustentar em uma posição pouco verdadeira e não aprendermos a expor nossas fragilidades com humildade, não receberemos a dádiva de sermos recebidas nesse lugar de completude e acolhimento, e nem de fazer o mesmo por uma irmã.Tenha coragem de olhar para a sua vulnerabilidade, acolhê-la e então abri-la aos olhos da outra. Com alguma constância e muito carinho, ela aprenderá a se aceitar e se abrir também.

Tenha coragem de olhar para a

sua vulnerabilidade

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4. Lembre-se que sua fraqueza é sua força

O que você considera uma fragilidade ou vulnerabilidade, vem do mesmo lugar onde a sua sensibilidade habita. E a sua sensibilidade é o que te permite ler e perceber o mundo com olhos amorosos, femininos... é o que te permite identificar-se com o outro a ponto de ser o outro e perceber que não há barreiras. Essa experiência, se vivida sinceramente, também te dá poder. No fundo, vulnerabilidade e poder são o mesma idêntico potencial, visto ou vivido desde lugares diferentes. Só muda o foco. Por isso, a cada vez que se sentir vulnerável, agradeça e convide-se a perceber nessa vulnerabilidade também o seu poder. Seu ponto sensível é aquilo que te fará fazer coisas maravilhosas.

Sou a testemunha disso, aqui agora. Hoje foi um dia em que chorei e me entristeci profundamente por reconhecer que essa ferida ancestral nas relações femininas ainda estava presente em mim. Um dia em que busquei amigas em quem podia confiar completamente para me abrir e contei nos dedos de uma mão as que me inspiravam essa confiança, o que me fez sentir por um lado agradecida, por outro pouco amparada...

Mas aqui estou, escrevendo agora sobre esse ponto da ferida, um texto que será lido por muitas mulheres, e que não nasceria se não fosse dessa minha experiência. Reencontrar-me com o meu potencial da escrita e servir às mulheres é parte do meu propósito, e por isso me reaproxima do meu poder! Todo o meu percurso ganhou sentido e já não estou no lugar de tristeza e vitimismo aonde estive há bem poucos minutos...

Por isso, por qualquer experiência, simplesmente agradeça! :)

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5. Relacione-se desde o seu centro.Não somente para as relações femininas isso é essencial! Se não nos conectamos com a nossa própria essência, não podemos nos relacionar de uma forma saudável.

Um dos exercícios de conexão feminina que criei é uma meditação ativa que se chama "Mulher Ponte". Pratico-o com as mulheres sempre antes do meu curso "Mandala Menstrual". Nele, as mulheres se conectam com o céu e com a terra desde seu útero e desde seu coração, e no seu ser integram toda a informação e a energia recebida. Descrevo o exercício e guio as mulheres a realizarem várias séries dele, em círculo, e a se conectarem profundamente consigo mesmas e com toda a sua grandeza e perfeição. Então peço que, pouco a pouco, antes de abrir os olhos, elas comecem a perceber as outras mulheres do círculo, e a sentir e agradecer pela presença delas. Quando elas abrem os olhos, convido-as a reconhecer umas às outras através do olhar, e só então, partindo do equilíbrio adquirido, partindo do seu centro do coração, elas abrem os braços e estendem as mãos umas às outras para formar a roda.

Nesse momento, repito o que elas precisam ouvir. Qualquer relação, qualquer interação, somente pode ser saudável se feita partindo desse centro, desse equilíbrio. Só depois de se acolher e escutar o seu coração é que você estará pronta para estender a mão, perceber a outra, doar o seu coração. Caso contrário, é bengala, carência, projeção. Reconhecer sua verdade, honrá-la, e desde esse lugar poder então olhar para a outra. Seria tudo tão diferente se todas fizessem isso!

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6. Conheça o seu ciclo.

Talvez você não compreenda inicialmente o que isso tem a ver com as suas relações externas. Mas esse item é essencial!!! Conhecer os quatro arquétipos do seu ciclo é conhecer as quatro deusas que você encarna! Sinto por revelar que você não é uma única mulher! Você é quatro deusas, para a loucura de seu companheiro e, se você não se conhece, também para a sua! ;)

Brincadeiras (muito verdadeiras) à parte, considere que para quem se conhece isso deixa de ser loucura e se transforma em um dom maravilhoso, tanto que você vai querer sair correndo para contar pras amigas todas, pois descobriu ter um grande tesouro e uma tremenda oportunidade onde antes você só via um problema! E o melhor, tudo isso aí bem dentro de você.

No momento em que você conhecer e aprender a atuar junto a cada uma de suas deusas, finalmente se aceitará como mulher cíclica que é. O caminho exige observação e a disposição de se enxergar e se conhecer a fundo, mas é simples. Quando você realmente conseguir olhar para a sua sombra como uma parte nem pior e nem melhor, mas simplesmente como uma parte que te faz ser quem você é, aí você sai da negação e entra na aceitação. E só então poderá parar de lutar contra você mesma e abraçar o seu real poder, que vem da sua completude.

O que isso tem a ver com a outra? Bem, no fundo tudo o que tem a ver com você também tem a ver com ela. Mas o principal é que enxergar os aspectos em você te permite também enxergá-los nela. E isso traz à tona a danada da empatia. Quando nos conhecemos, podemos reconhecer na outra os nossos mesmos momentos. Isso nos ajuda a sermos compreensivas, compassivas e de quebra também a ajudá-la a se conhecer melhor! :)

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15A caminho da irmandade real

7. Faça parte de um círculo de mulheres

As relações que se estabelecem dentro de um círculo de mulheres são diferentes da maioria das relações femininas que você vive por aí. Reaprendemos a falar e a escutar desde nosso coração. Ganhamos um espaço de confiança e de escuta entremeado de amor. Fazemos juntas coisas que há muito não fazíamos sozinhas: tecemos, pintamos, nos tocamos e massageamos, dançamos nuas em volta de uma fogueira, meditamos, cantamos... Vamos nos lembrando pouco a pouco essa irmandade antiga e tão natural entre nós mulheres, e magicamente nos sentimos seguras em fazer e manifestar tudo isso, mesmo que nunca o tenhamos feito! Nos pegamos de repente olhando para todas e achando cada uma deslumbrantemente linda, independente do seu corpo, do seu cabelo ou do seu tipo de beleza.´Mas o mais incrível é nos surpreender a cada vez, por ouvir na fala da outra as nossas mesmas angústias, dúvidas e aflições. No final de uma rodada do bastão da palavra, temos a certeza de que todas as mulheres ali presentes são nossos espelhos, e mais do que isso: que nós somos cada uma delas e que elas são pedacinhos de nós. Nos emocionamos sentindo o que a outra sente, vivendo o que a outra vive, e encontrando respostas que nós mesmas precisamos ouvir.

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16A caminho da irmandade real

Se você não conhece um círculo de mulheres perto de você, crie o seu. Convide suas amigas e deixem-se levar pela intuição. Façam um altar no centro, evoquem a presença da Mãe Divina por qualquer nome ou método que saibam fazer, e ela se manifestará. Aprendam a usar o círculo de palavras e isso basta para guiá-las... as demais atividades surgirão espontaneamente, pelo gosto e intuição de cada uma... Pode haver focalização, mas não há hierarquia. Todas tem expressão e voz. E juntas vamos reaprendendo a confiar umas nas outras, a nos abrir e nos reconhecer parte dessa mesma força que habita no centro do altar. Gosto de sugerir que haja sempre um círculo final de agradecimento e depoimento. É quando, desde a vivência de cada uma, podemos testemunhar com mais clareza como a magia acontece!

A Mãe Terra agradece que as mulheres voltem a se reunir em círculos. Ela se deslumbra ao vernos recuperar o caminho para ela, lembrando a nossa irmandade. Esse movimento é urgente para que a cura que estamos buscando aconteça, e nossa responsabilidade é individual e partilhada. Quando eu me curo, a outra se cura... Quando eu me permito, abro caminho para que ela também se permita. Somos uma, quando estamos em círculo. Somos uma força viva!

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****Aceitar a dor, aquela mesma dor de que eu falava no começo do texto, é só o início da cura. Ir além dela, buscando sem medo suas razões profundas, é o necessário mergulho. Hoje, quando a dor bateu, eu me debati, neguei, me envergonhei. Mas agora agradeço, porque perceber a dor em mim me move à minha própria cura.

Outra irmã querida que hoje me acolheu, me trouxe de volta o arquétipo de Quiron, ao qual uma astróloga querida já tinha me apresentado... Quiron, o curador ferido, me permitiu compreender o porquê de algumas experiências serem tão dolorosas... Me lembrou de que para sermos verdadeiramente empáticas e compassivas, precisamos passar antes pela dor.

Pois bem, nós mulheres temos uma bela escola para isso. Nossa memória uterina guarda dores ancestrais e profundas, nosso sangue é oferecido a cada lua em nossos ciclos, nossa dor vivida em nossos partos...

Mas está na hora de aprender um outro modo de aprender. A irmandade exercitada em reais círculos de mulheres nos permite reconquistar a mesma empatia e compaixão, sem precisarmos viver a dor com tanta intensidade. A comoção de sermos acolhidas e refletidas umas nas outras nos ensina sobre o nosso lugar, o lugar do outro, e a nossa unidade.

Um outro modo de aprender...

Nossa memória uterina guarda dores ancestrais e profundas, nosso sangue é oferecido a cada lua em nossos ciclos, nossa dor vivida em nossos partos...

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18A caminho da irmandade real

Sim, Quiron, aceito aprender a ser mais compassiva através da minha experiência de dor. Aceito poder ensinar o que aprendi na minha dor... Mas também decreto ao universo que não desejo mais que seja assim. Afirmo o compromisso de encontrar outras estratégias para manter e cumprir meu propósito, que não sejam através da dor.

E assim, pouco a pouco, desde nosso útero, matriz da geração, que o Feminino Sagrado possa abraçar e acolher uma real irmandade, criando sobre a Terra uma realidade de mais amor.

Que a ferida nas relações femininas também seja curada desde um lugar de tranquilidade, autoconfiança, autoconhecimento, auto-amor! Escolhendo projeções mais saudáveis para o nosso Útero-espelho, mudamos, desde dentro, o mundo que refletimos e vemos refletido.

Para que olhemos para outra mulher e possamos ver tudo aquilo que já temos, e não só o que nos falta em nós mesmas.

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Lari Ahmyo…

(Larissa Lamas)

...é mulher, mãe, filha, irmã e eterna aprendiz das deusas em si... Tem 32 anos e vive em Casa Branca, próxima a Belo Horizonte.

É focalizadora de círculos de mulheres, criadora da Ventre Consciente e idealizadora do curso Mandala Menstrual, do

Projeto Crisálida - De menina florindo à mulher e dos Círculos da Irmandade.

Coordenadora da Benção do Útero no Brasil, também traduziu para o português os livros de Miranda Gray

"Descubra as deusas dentro de você!", editado unicamente em português, e “Lua Vermelha”.

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