57
Thais Helena Prado Corrêa Viviane Cristina de Oliveira Genovez José Galizia Tundisi

E-Book - Escola da Água

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Ebook Escola da agua, proibida da venda

Citation preview

Page 1: E-Book - Escola da Água

Thais Helena Prado CorrêaViviane Cristina de Oliveira Genovez

José Galizia Tundisi

Page 2: E-Book - Escola da Água

Thais Helena Prado CorrêaViviane Cristina de Oliveira Genovez

José Galizia Tundisi

Escola da Água1ª Edição

AIIEGA - Associação Instituto Internacional deEcologia e Gerenciamento Ambiental.

Projeto Gráfico

Ricardo Milanetti Degani

São Carlos (SP)2011

Page 3: E-Book - Escola da Água

©2011, Thais Helena Prado Corrêa, Viviane Cristina de Oliveira Genovez, José Galizia Tundisi.©2011, Editora AIIEGA – Associação Instituto Internacional de Ecologia e Geren-ciamento Ambiental.

Este livro ou parte dele não pode ser reproduzido por qualquer meio sem a cita-ção dos autores ou autorização dos autores.Não está autorizado o emprego desta publicação para venda ou outros usos comerciais.

Para mais informações sobre a obra:

Associação Instituto Internacional de Ecologia e GerenciamentoAmbiental - AIIEGA

Rua Bento Carlos, 750 CEP 13560-000 / São Carlos, São Paulo (SP) , BrasilTel. +55 (016) 3362-5400

Correio eletrônico: [email protected]ítio na internet www.iie.com.br

Corrêa T.H.P.; Genovez V. C. O; Tundisi J. G.

Escola da Água. Primeira edição. Thais Helena Prado Corrêa (organizadora). São Carlos: AIIGA, 2011.

57p

ISBN: 978-85-87418-09-8

1.Educação Ambiental. 2. Gerenciamento Ambiental. 3 Meio Ambiente. I. Autor. II. Título.

Page 4: E-Book - Escola da Água

AgrAdecimentos

À

Prefeitura Municipal de Bocaina e de Nova Lima;

Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES, OSCIP Verde Novo;

Prefeitura Municipal de Cajamar, monitora da Escola da Água Cleonice Valadares Gonçalves (Nova Lima);

Ao

Julio Bonani (Bocaina);

Instituto Internacional de Ecologia-IIE;

CNPq (Capacitação Presencial de Gerentes Municipais de Recursos Hídri-cos na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Tietê/Jacaré no Estado de São Paulo, Processo n. 552.723/2005);

PELD-CNPq (Programa Ecológico de Longa Duração).

Page 5: E-Book - Escola da Água

ApresentAção

Este trabalho descreve a experiência de criar projetos de Educação Ambiental em municípios partindo do pressuposto que a alta taxa de urbanização, os crescentes problemas ambientais e a capacidade

limitada das administrações municipais em lidar com esses problemas levam a necessidade de gerar instrumentos para uma gestão que trará auxilio na mudança da sociedade.

Pretende-se mostrar a viabilidade dessas soluções tanto do ponto de vista ambiental, econômico e social; contribuindo para formação de uma consciência ambiental na população estimulando e desenvolvendo o pleno exercício da cida-dania e melhorando a qualidade de vida.

Nesse sentido, os resultados aqui apresentados podem ser entendidos como uma iniciativa inovadora na mudança de comportamento da sociedade, amplian-do o nível de percepção do público e garantindo a informação acessível.

As ações de planejamento e gerenciamento ambiental que incluem reper-cussões econômicas e sociais, têm geralmente impactos extremamente positivos no desenvolvimento integrado de economias municipais: promovendo ações, introdução de novas tecnologias e educação ambiental avançada para os técnicos, professores, alunos e sociedade. Os projetos desenvolvidos pela Escola da Água têm um papel relevante na implantação de políticas públicas e projetos estraté-gicos, que deixam claros o papel do poder público e da iniciativa privada como produtor, gestor e divulgador das informações, sejam elas de qualquer natureza.

MsC. Thais Helena Prado Corrêa

Socióloga Viviane Cristina de Oliveira Genovez

Dr. José Galizia Tundisi

Page 6: E-Book - Escola da Água

sumário

Introdução................................................................................................8

1 Justificativa .........................................................................................11

2 Objetivos .............................................................................................14

3 Metodologia .......................................................................................16

3.1 Elaboração de Planos de Ação ..............................................................................19

4 Resultados ..........................................................................................22

5 Ações no Muncípio de Bocaina (SP) ..............................................24

5.1 Educação Ambiental ...............................................................................................24

5.2 Educação para a Cidadania ..................................................................................24

5.3 Contribuição à saúde pública ...............................................................................24

5.4 Implantação do Programa de Tratamento de Efluentes da ETE através da Fitotecnologia, Monitoramento, acompanhamento, modelagem de áreas alagadas para o tratamento de águas, em parceria o IETC / UNEP (PNUMA) ..................24

5.5 Proteção dos Recursos Hídricos (nascentes, rios, tratamento do esgoto e da água de abastecimento) e Análise da qualidade da água (sonda) .........................25

5.6 Revitalização do município e das matas ciliares ................................................26

5.7 Poluição do ar ..........................................................................................................27

5.8 Viveiro Educacional ...............................................................................................27

5.9 IPTU Verde .............................................................................................................27

5.10 Programa de Coleta Seletiva e Reciclagem de lixo ..........................................28

5.11 Moradia .................................................................................................................28

5.12 Desenvolvimento de software para a economia de água e energia ..............28

5.13 Rede de apoio ........................................................................................................29

5.14 Leis ambientais .....................................................................................................29

Page 7: E-Book - Escola da Água

5.15 COMDEMA – Conselho Municipal do Meio Ambiente .................................29

5.16 Temas abordados no espaço Escola da Água ..................................................30

5.17 Atividades desenvolvidas no espaço Escola da Água .....................................30

5.18 Considerações ........................................................................................................33

6 Ações no Muncípio de Nova Lima (MG) .....................................35

6.1 Ciclo de Atividades da Escola da Água de Nova Lima (MG) .........................35

6.2 Considerações ..........................................................................................................38

7 Ações no Município de Cajamar (SP) ...........................................41

7.1 Temas trabalhados .................................................................................................41

7.2 Considerações .........................................................................................................42

8 Benefícios e Principais Números ...................................................44

9 Beneficiários .......................................................................................47

10 Participação da Sociedade .............................................................49

11 Disseminação dos Resultados ......................................................51

12 Sustentabilidade das Ações ..........................................................53

Referências Bibliográficas ..................................................................55

Siglas e Abreviaturas ...........................................................................57

Page 8: E-Book - Escola da Água

introdução

O projeto Escola da Água aprofunda os conceitos a respeito de Desen-volvimento Sustentável e Educação Ambiental, com o foco no tema Água, para ampliar as ações e atingir os componentes da população,

além de mobilizar todos os segmentos da sociedade do município.

O objetivo deste projeto é levar ao município uma nova ética da Água, que inclui as tecnologias voltadas ao desenvolvimento sustentável, à Educação Ambiental e, especialmente, a criar uma nova percepção na comunidade em relação ao Meio Ambiente, a qual abrange a conservação, a educação sanitária e, fundamentalmente, a necessidade de economizar os recursos naturais.

Os projetos desenvolvidos pela prefeitura municipal de Bocaina (SP) e de Nova Lima (MG), em parceria com o Instituto Internacional de Ecologia (IIE), têm um papel relevante na implantação de políticas públicas e de projetos estratégicos do Governo dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais para o Meio Ambiente.

As ações de planejamento e gerenciamento ambiental incluem as repercus-sões econômicas e sociais e, geralmente, têm impactos positivos no desenvolvi-mento integrado de economias municipais ao promover ações, introduzir novas tecnologias e uma educação ambiental avançada para os técnicos, professores, alunos e a sociedade.

Atualmente, as questões ambientais suscitam um grande efeito socioeconô-mico e, para que o município desenvolva-se de maneira eficaz, faz-se necessária uma política sustentável. O desenvolvimento sustentável implica um conjunto de ações que se integram, de forma a dar condições à melhoria da qualidade de vida da população, e amplia a capacidade de suporte de municípios, estados e países.

O desenvolvimento sustentável deve assegurar as ações nas áreas de Con-servação e Gerenciamento de Água; Conservação e Usos Alternativos de Energia; Conservação, Proteção e Recuperação da Biodiversidade; Reciclagem de Resíduos Sólidos e Líquidos e a disseminação de informações à população, desenvolvidas de forma adequada a satisfazer as condições de melhor qualidade de vida da população, de saúde pública adequada, de trabalho e de emprego.

A Escola da Água é um espaço físico definido, que pode ser um edifício, um contêiner, uma área física permanente ou transitória, geralmente de pequeno ou médio porte, na região central da cidade. Nesse local, são colocados cartazes,

8

Page 9: E-Book - Escola da Água

fôlderes, livros, cartilhas, vídeos, com a finalidade de informar à população a respeito dos problemas da água, como usos múltiplos, demandas, contaminação e disponibilidade. Além desse espaço físico, a Escola da Água tem programas de: uso racional; demanda de água e energia; plantio de mudas nativas em florestas; riparia; efeitos e disposição de resíduos sólidos na qualidade das águas. A Escola da Água educa e promove o desenvolvimento de negócios e de iniciativas de pequeno porte, como a reciclagem de resíduos sólidos, a montagem e comerciali-zação de sistemas de aquecimento de água de baixo custo e a produção de mudas de espécies nativas, com a implantação de viveiros para a venda de mudas para reflorestamento.

Portanto, além de ampliar a percepção do público a respeito do problema, a Escola da Água promove negócios com a conservação, a recuperação de bacias hidrográficas e a reciclagem de lixo (estabelecimento, cadastramento de coopera-tivas).

O programa Escola da Água está localizado na cidade de Nova Lima (MG), contudo, o primeiro a implantar o projeto foi o município de Bocaina (SP), com excelentes resultados. Atualmente, o projeto está em andamento no município de Cajamar (SP).

Figura 1 Escola da Água Bocaina (SP) Fonte: Thais Helena Prado Corrêa (IIE)

9

Page 10: E-Book - Escola da Água

Capítulo 1 - Justificativa 10

CAPÍTULO 1Justificativa

Page 11: E-Book - Escola da Água

Capítulo 1 - Justificativa 11

1 JustificAtivA

A questão ambiental, interdisciplinar e participativa leva à necessidade de integrar as ações de instituições públicas e privadas que visam o desenvolvimento regional. O projeto Escola da Água aprofunda esses conceitos e amplia as ações para atingir e mobilizar todos os segmentos sociais do município.

A proposta é pautada por conceitos de sustentabilidade que possibilitem conservar e recuperar a capacidade do Município, e interfere nos processos ambientais e sociais, para, a partir destes, ampliar a capacidade de intervenção positiva no desenvolvimento econômico, social, educacional e da saúde da popu-lação residente no município. É um projeto mobilizador, que integra a sociedade no processo de construção da identidade dos moradores, e cujo objetivo principal é resgatar o sentimento de “pertencimento” em relação à cidade onde residem. Com isso, os programas propostos têm maior capacidade de alcance e durabili-dade. Com a participação decisiva das organizações sociais, associações de classe, professores, empresários, estudantes e funcionários públicos, o conceito de gestão ambiental é mais bem difundido e faz com que a Escola da Água seja um atributo das atividades cotidianas ao integrar sua cultura local, e desenvolver a percepção de preservar através das gerações.

O desafio da sociedade é gerenciar e acomodar os usos múltiplos dos re-cursos naturais com eficiência e economia, a partir de uma “Ética da Água”, que consiste em melhorar as relações da população com a água, e atingir as escolas, por causa do desperdício, da pouca informação sobre os custos do tratamento e da relação entre a água e a saúde.

Ao considerar a ética da sustentabilidade e os pressupostos de cidadania, a política pública pode ser entendida como um conjunto de procedimentos formais e informais que expressam a relação de poder, e se destina à resolução pacífica de conflitos, assim como à construção e ao aprimoramento do bem comum. A educação ambiental é um processo educativo, que conduz a um saber ambiental materializado nos valores éticos e nas regras políticas de convívio social e de mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da apro-priação e do uso da natureza. Trata-se de construir uma cultura ecológica que compreenda a natureza e a sociedade como dimensões relacionadas e que não podem ser examinadas de forma separada, independente ou autônoma, seja nas decisões governamentais, seja nas ações da sociedade civil.

O Desenvolvimento Sustentável implica um conjunto de ações que se inte-gram, de forma a dar condições para melhorar a qualidade de vida da população e ampliar a capacidade de suporte de municípios, estados e países. O desenvol-vimento sustentável deve assegurar que as ações nas áreas de Conservação e Gerenciamento de Água, Conservação e Usos Alternativos de Energia, Proteção

Page 12: E-Book - Escola da Água

Capítulo 1 - Justificativa 12

e Recuperação da Biodiversidade, Reciclagem de Resíduos Sólidos e Líquidos e disseminação de informações à população sejam desenvolvidas de forma ade-quada, para satisfazer às condições de qualidade de vida da população, de saúde pública, de trabalho e emprego.

A necessidade de uma crescente internalização da questão ambiental de-manda um esforço de fortalecimento de visões integradoras que, centradas no desenvolvimento, estimulam uma reflexão em torno da diversidade e da constru-ção de sentidos nas relações indivíduos/natureza, nos riscos ambientais globais e locais e nas relações ambiente/desenvolvimento. Nesse contexto, a educação am-biental aponta para a necessidade de elaborar propostas pedagógicas centradas na conscientização, na mudança de atitude, nas práticas sociais, no desenvolvimento de conhecimentos, na capacidade de avaliação e na participação da sociedade.

A questão ambiental, interdisciplinar e participativa, deve integrar as ações das instituições públicas e privadas, que visam o desenvolvimento regional, para compatibilizar os esforços e a otimização dos benefícios dos investimentos a serem empreendidos e realizados. O enfoque holístico constitui um desafio científico que exige um trabalho rigoroso de formulação de questões precisas, definições de conceitos e elaboração de métodos. Ao colocar o problema dessa maneira, observa-se que não há trabalho científico sobre o meio ambiente fora do quadro da interdisciplinaridade.

O avançado grau de urbanização do Brasil levou as populações urbanas a ignorar, até certo ponto, a relação sociedade/natureza, a dependência do Homo sapiens aos recursos naturais – água, ar solo – do entorno dos municípios. Essa dependência, muitas vezes desconhecida e ignorada, é cada vez maior, e a Escola da Água e todos os projetos desenvolvidos em torno dessa ideia procuram resga-tar a relação da sociedade com a Natureza (TUNDISI, 1990).

Page 13: E-Book - Escola da Água

Capítulo 2 - Objetivos 13

CAPÍTULO 2Objetivos

Page 14: E-Book - Escola da Água

Capítulo 2 - Objetivos 14

2 obJetivos

Sabemos que os municípios e a comunidade em geral não possuem subsídios e ferramentas adequadas para gerir os recursos naturais de forma efetiva e com resultados visíveis no âmbito social ou econômico, como também no que se refere à questão ambiental. A partir desse pressuposto, percebemos a necessidade de criar um programa que, de forma efetiva e continuada, dê suporte aos municípios para instituir uma nova ética da Água.

A elaboração de um programa de educação ambiental é uma ferramenta imprescindível ao processo de conscientização e qualificação, que nivela informa-ções e conhecimentos, de modo a fundamentar a gestão ambiental na cultura do município. Quando um agente causa a poluição ou o dano ambiental, ele também é prejudicado pela ação, e percebe que qualquer recurso financeiro empregado na minimização do dano traz-lhe benefícios diretos, assim como para o meio ambiente e para as comunidades dos arredores.

Geralmente, a sociedade tem consciência dos problemas ambientais, mas não sabe como resolvê-los e não consegue inter-relacioná-los com as atividades que desenvolve. Assim, a Escola da Água preocupa-se em:

• analisar as razões da degradação do município e identificar iniciativas/ações que dependam do comportamento individual e coletivo da popula-ção e das demais instituições que compartilham o mesmo espaço, a fim de manter o córrego limpo;

• desenvolver indicadores e meios de verificação acessíveis à população, para auxiliar no entendimento do problema e monitorar os resultados;

• apresentar recomendações relativas às medidas socioeducativas e de apoio à comunicação, visando ao engajamento da população;

• realizar o levantamento das ações necessárias para implantar as recomen-dações;

• promover a conscientização ambiental e resgatar a relação natureza/socie-dade;

• transmitir técnicas e informações aos usuários, à população e aos gerentes;

• desenvolver hábitos e habilidades, valores pessoais; estabelecer critérios e padrões; orientar para a solução de problemas e tomadas de decisão, que representam uma mudança de comportamento e de atitude social.

Page 15: E-Book - Escola da Água

Capítulo 3 - Metodologia 15

CAPÍTULO 3Metodologia

Page 16: E-Book - Escola da Água

Capítulo 3 - Metodologia 16

3 metodologiA

A educação ambiental é uma ferramenta indispensável para a construção de sociedades que alcancem a sustentabilidade econômica, social e ambiental de forma integrada. Nessa área, é comum que se trabalhe em redes, de forma a envol-ver pessoas e instituições de caráter diverso, e que possam trabalhar em conjunto. No nível local, é mais fácil aplicar uma abordagem que some o desenvolvimento econômico e social com uma proteção dos ecossistemas naturais, e considerar as interdependências com as esferas globais, para permitir a democratização das decisões, unindo autoridades e comunidade.

A Escola da Água é constituída de um espaço físico com dois monitores, onde se desenvolvem atividades interativas em torno do tema água/ambiente. Além desse espaço físico, o projeto criou uma rede de projetos, ideias que são levadas às escolas do município, para incentivar e apoiar uma nova forma de aprender que envolve os professores e alunos, e explora as possibilidades de rein-tegrar e integrar escola/ comunidade. A aprendizagem baseada em projetos é uma estratégia de ensino que permite aos alunos assumir a responsabilidade pelo seu aprendizado, tomar decisões e criar soluções a problemas de seu interesse.

A Escola da Água possui um cronograma de atividades dinâmicas e inte-rativas, e a comunidade é convidada a participar, pensar e discutir as questões ambientais locais, como, por exemplo, quando os alunos da rede de ensino mu-nicipal são orientados pelos monitores da Escola da Água e assumem um papel mais ativo no processo de conscientização. Assim, o projeto procura ensinar aos alunos e à comunidade a cuidar da água através de projetos de ação participativa. Após serem orientados pelos monitores, os professores de ciências auxiliam os alunos de ensino médio a estudarem a composição física e química da água e, em seguida, visitam o espaço Escola da Água, onde é discutido o tema água em pales-tras e análises microscópicas de organismos aquáticos; em seguida, eles visitam os córregos do município para fazer a coleta da água, e as análises físico-químicas de pH, oxigênio, temperatura, condutividade, com uma sonda multiparamétrica. Posteriormente, é explicada a importância dessas análises e como diferenciar água não poluída de água poluída. Os alunos do ensino fundamental visitam o espaço, fazem excursões aos córregos e, em seguida, são levados para plantar árvores em torno dos córregos. Outra ação simples e importante para a percepção dos alunos do ensino fundamental é a relação do meio físico e biológico com a água, com a construção do térreo ecológico, quando cada aluno monta seu terrário com plantas, pedras, terra, carvão e garrafas plásticas e estudam-se conceitos de ciclo hidrológico, aquecimento global e efeito estufa.

Todos os alunos são orientados a preservar e economizar a água da escola, e também da sua residência, com um software de economia de água. Os alunos

Page 17: E-Book - Escola da Água

Capítulo 3 - Metodologia 17

levam as contas de Água ao Centro e, com elas, podem averiguar o quanto se gasta e o quanto se pode economizar de água. Ações simples, como a distribuição de um copo e uma escova de dentes aos alunos, para não desperdiçarem água ao escovarem os dentes; orientar a população a não desperdiçar água tratada para lavar as calçadas; reutilizar a água da máquina de lavar roupas; ensaboar a louça; reduzir o tempo no banho, difundidas e trabalhadas no dia a dia da criança, que faz o papel de disseminadora e agente mirim da preservação da água. Desta for-ma, quando escolas e comunidades trabalham juntas, todos prosperam.

Com o auxílio da Escola da Água, as escolas municipais desenvolvem pro-jetos que ajudam os alunos a melhorar a comunidade e a educação comunitária, ao identificar as necessidades para ajudar as pessoas a melhorar o seu dia a dia. Assim, a rede de relacionamentos cresce na estrutura da aprendizagem baseada em projetos, e apoia uma nova capacidade de recuperação, vital para renovar as escolas e comunidades, além de integrar as matérias estudadas ao local onde vivem e aos desafios ambientais que enfrentam.

Um dos nossos objetivos é criar uma rede de troca de informações e apren-dizado entre os municípios envolvidos com o projeto, e ampliar a percepção dos cidadãos para os problemas de outras cidades. Outro objetivo é tornar a pesquisa científica mais próxima e rapidamente convertida em elementos de conscientiza-ção ambiental. Para tanto, faz-se necessário difundir e transferir no país os conte-údos assimilados nas pesquisas, que subsidiam o crescimento humano, científico e tecnológico de forma mais ampla.

Na primeira etapa do projeto, são escolhidas escolas municipais como áreas de estudo, nas quais se desenvolvem atividades formais com palestras e trabalhos de campo informais, como visitas ao Horto Florestal e ao Parque Ecológico, a um corpo d’água do município, para avaliar a qualidade da água, e aulas práticas. No espaço da Escola da Água, discutem-se diversos temas de interesse comum da população, e orienta-se para a busca de soluções práticas e de curto prazo.

Durante o projeto, as ações socioambientais no município implementam novas tecnologias, conscientizam a população e demonstram que a internalização da questão ambiental demanda um esforço de fortalecimento de visões integra-doras, centradas no desenvolvimento, pois estimulam uma reflexão a respeito da diversidade e da construção de relações indivíduo/natureza, dos riscos ambien-tais globais e locais e das relações ambiente/ desenvolvimento.

Nesse contexto, a educação ambiental mostra a necessidade de elaborar propostas pedagógicas centradas na conscientização, na mudança de atitude e nas práticas sociais, no desenvolvimento de conhecimentos, na capacidade de avaliação e participação dos educandos.

Page 18: E-Book - Escola da Água

Capítulo 3 - Metodologia 18

Para que o desenvolvimento sustentável e a educação ambiental transfor-mem-se em um instrumento eficiente de gestão ambiental, é necessário que os projetos e as atividades propostas estejam sintonizados com a cultura do municí-pio e potencializem seus aspectos positivos.

Esses programas permitem ao município alcançar bons resultados, pois incentivam a população a agir de forma preventiva, para identificar, controlar e minimizar os impactos ambientais de sua cidade.

Para enfatizar a importância das questões ambientais, é necessário implantar programas que constituam uma forma abrangente de educação, e atingir a todos os cidadãos com um processo pedagógico participativo permanente, que incuta no educando uma consciência crítica da problemática ambiental, compreendida como uma crítica à capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.

A metodologia adotada neste trabalho é de pesquisa e ação participativa a partir da realidade social na sua complexidade, para construir ações ambientais adequadas à realidade e sua transformação. Considera-se a influência do sujei-to no meio em que vive e o desenvolvimento do conhecimento, juntamente à capacidade prática de enfrentar os problemas identificados e escolhidos como foco de ação, com a efetiva participação dos sujeitos envolvidos. A pesquisa e a ação participativa são desenvolvidas por conversas, reuniões e outras atividades, com a técnica de levantamento e mapeamento da área estudada. Desta forma, trabalhamos um conjunto de valores e sentimentos que podem levar ao cuidado com o ambiente urbano e incentivar crianças a participarem e levarem essa preo-cupação aos adultos, para encontrar soluções a alguns dos problemas ambientais identificados. Deste modo, o projeto pode ser resumido em quatro etapas (Figura 2).

Figura 2 Etapas do projeto

Page 19: E-Book - Escola da Água

Capítulo 3 - Metodologia 19

Após a mudança de hábito, a participação efetiva do sujeito diretamente envolvido é fundamental à produção dos conhecimentos sobre sua realidade, uma vez que as observações do ambiente vivido e os problemas que direta e indiretamente o afetam criam conhecimentos que, pela natureza do ambiente produtor desses conhecimentos, devem culminar em ação. Se o eixo do processo de produção de conhecimentos é a participação, o conhecimento do senso co-mum surge como ponto de partida, como um “primeiro olhar” sobre a realidade a ser estudada, que carece de reflexão, pois está muito mais relacionado ao viver cotidiano, à experiência do dia a dia, do que a uma reflexão construída sobre essa experiência.

No processo participativo, trata-se de desvelar o conhecimento de seus condicionantes, das opressões e repressões ocultas, dos valores que determinam tais situações. É quando contribui a vivência dos sujeitos participantes: o senso comum, construído a partir das experiências reais, pode ser ampliado, recons-truído pela realização coletiva de um novo conhecimento, resultante da inves-tigação intensiva e sistematizada, das determinações que a constroem, do papel do indivíduo nesse processo, do entendimento da responsabilidade de todos. O avançar desse primeiro olhar e a parceria entre os conhecimentos populares e os acadêmicos fornecem os instrumentos à elaboração sistemática para a compreen-são da realidade concreta e faz surgir um novo saber refletido, que compreende os mecanismos históricos, sociais e culturais que determinam a opressão e as condições de vida, e fornecem a autonomia necessária para o fazer, o agir sobre essa realidade.

3.1 Elaboração de Planos de AçãoA ação metodológica a ser construída desdobra-se em quatro momentos:

• motivação: (re)conhecer o(s) problema(s), e despertar (re)ação;• reflexão: desenvolver uma capacidade operacional de ação;• mobilização: estimular a participação;• ação organizada: dar sentido de unidade ao trabalho coletivo.

O objetivo principal é (re)construir e compreender junto à comunidade local a história do município e suas relações com o ambiente, em um enfoque central às águas, para gerar propostas de ações minimizadoras aos conflitos ambientais diagnosticados coletivamente.

A linha de Pesquisa Social adotada supõe, além da participação, uma forma de ação planejada de caráter social, educacional ou técnico, para dar aos grupos de participantes os meios de se tornarem capazes de responder com maior efici-ência aos problemas que vivem, em particular sob forma de diretrizes de Ação Transformadora.

Page 20: E-Book - Escola da Água

Capítulo 3 - Metodologia 20

Figura 4 Capacitação dos monitores da Escola da Água de Nova Lima Fonte: IIE

Figura 3 Metodologia da Escola da Água. Fonte: Thais Helena Prado Corrêa

ESCOLA DA ÁGUA

Formação e capacitação do grupo de trabalho (Professores ,

monitor,funcionários públicos,líderes comunitários)

Ações:Atividades PraticasAtividades Teóricas

CORRDENADORES

Público Alvo

PalestrasCrianças/adolescentes/ Adultos/ idosos

Parceria

Levantamento de dados - distribuir tarefas - auxiliar na execução do

projeto.

Escolhas das atividades(já existe e sugeridas)

Escolha dos temas

Page 21: E-Book - Escola da Água

Capítulo 4 - Resultados 21

CAPÍTULO 4Resultados

Page 22: E-Book - Escola da Água

Capítulo 4 - Resultados 22

4 resultAdos

Os programas do projeto Escola da Água são práticos e objetivos, e enfati-zam os processos globais nacionais. Consideram-se os aspectos de cada região para desenhar e entender a realidade local pela multi e interdisciplinaridade e, assim, criar subsídios e ferramentas para que o município possa dar continuidade às ações após a implementação do projeto. Destacamos os seguintes resultados:

• água como foco das ações;

• capacitação para perceber as relações entre as áreas, com ênfase na formação local global, para marcar a necessidade de enfrentar a lógica da exclusão e das desigualdades;

• ampliação do envolvimento público com iniciativas que possibilitem um aumento da percepção do público sobre o meio ambiente, e garantir uma informação acessível;

• consolidação institucional para a gestão dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas.

Incentivar e promover:

• as ações de restauração, prevenção e preservação da água e da biodiver-sidade, com o envolvimento da comunidade;

• a troca de experiências e comunicação entre as diversas iniciativas mapea-das na bacia e sua ampliação;

• o suprimento de Água e Proteção aos Mananciais;

• o estímulo às Atividades Autossustentadas.

Figura 5 Atividade realizada no espaço Escola da Água Bocaina (SP) Fonte: Thais Helena Prado Corrêa (IIE)

Figura 6 Trabalho de conscientização dos alunos Fonte: Thais Helena Prado Corrêa (IIE)

Page 23: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 23

CAPÍTULO 5Ações no Muncípio de Bocaina (SP)

Page 24: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 24

5 Ações no muncípio de bocAinA (sp)

5.1 Educação AmbientalA meta do Projeto Escola da Água é educar para preservar, em um espaço

de mudanças e comportamento para a construção de uma cidade ambientalmen-te correta. Para tanto, fomenta-se a percepção da necessidade de integrar o ser humano ao meio ambiente, em um processo educativo voltado à participação de seus atores na construção de um novo paradigma, que deve contemplar as aspi-rações populares de melhor qualidade de vida socioeconômica e de um mundo ambientalmente sadio.

5.2 Educação para a Cidadania Visa desenvolver o conhecimento, a compreensão, a capacidade, as atitudes

e os valores que ajudem a sociedade a configurar a dimensão ambiental em uma questão que diga respeito a um conjunto de atores do universo educativo, e po-tencialize o envolvimento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e da comunidade, numa perspectiva interdisciplinar.

Para essa educação se tornar efetiva, capacitamos professores, funcionários públicos, líderes comunitários e agentes da comunidade a auxiliarem no processo de sustentabilidade socioambiental, e criamos um viveiro de mudas e um softwa-re que simula o gasto de água e energia.

5.3 Contribuição à saúde pública A saúde é tratada de forma a prevenir a população sobre as doenças de vei-

culação hídrica relacionadas ao lixo, à poluição e à higiene. Por meio de palestras e atividades educacionais, mostramos à população que uma cidade limpa, com rios e matas preservados não é uma mera questão estética, mas uma questão de melhoria da saúde e da qualidade de vida.

5.4 Implantação do Programa de Tratamento de Efluentes da ETE através da Fitotecnologia, Monitoramento, acompanhamento, modelagem de áreas alagadas para o tratamento de águas, em parceria o IETC / UNEP (PNUMA)

O aumento do consumo de água nos centros urbanos gera um maior volume de esgotos sanitários e estes, por sua vez, exigem uma destinação adequada, caso contrário, haverá o risco de poluição do solo e de contaminação dos ecossistemas aquáticos. Esses fatos corroboram a necessidade urgente de se desenvolverem e adaptarem tecnologias economicamente viáveis de tratamento de águas residu-árias.

Page 25: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 25

Define-se a Fitotecnologia como uma tecnologia ambiental aplicada aos princípios da Engenharia Ecológica. A Fitotecnologia relaciona-se ao uso e à apli-cação dos “serviços” naturais da vegetação para solucionar problemas ambientais, como a degradação dos ecossistemas, a conservação da energia, a qualidade da água, a despoluição e remoção de DBO (Demanda Biológica de Oxigênio). A bio-diversidade animal e vegetal pode ser melhorada pela criação de áreas alagadas ou pela restauração de áreas alagadas. Este projeto encontra-se em andamento.

5.5 Proteção dos Recursos Hídricos (nascentes, rios, tratamento do esgoto e da água de abastecimento) e Análise da qualidade da água (sonda)

Semestralmente, realiza-se a análise da qualidade da água, com o objetivo de determinar as alterações resultantes das atividades dos curtumes, bem como da ação antropogênica. Essa análise permite um diagnóstico do estado dos corpos de água, dos poços e dos PVs (pontos de vistoria da Estação de Tratamento de Esgoto) do Município de Bocaina. Dessa forma, consta-se se há necessidade de realizar medidas reparatórias e preventivas antes que algumas características analisadas passem a um estado mais crítico, que prejudicaria consideravelmente a qualidade das águas dos córregos do município e do Rio Jacaré Pepira.

Foram plotados 24 pontos de coleta de água e sedimento para as análises físico-químicas e biológicas.

Os parâmetros analisados na água, medidos in situ:

• Oxigênio Dissolvido (OD), temperatura, potencial hidrogeniônico (pH), e condutividade, com o uso de uma sonda multiparamétrica, da marca Hori-ba, modelo U22.

• Dureza da água, pelo método Complexiométrico.

• Nitrogênio total na água (NTK), pelo método de Kjeldahl.

• Determinação de íons: o sulfato é coletado em um volume de 20ml de água de cada ponto e filtrado em membrana de filtração, com um equipamento para filtração, da marca Nalgene.

• A leitura das amostras de metais (Zn, Cd, Pb, Hg e Fe) na água é realizada com o Fast Sequential Atomic Absorption Spectrometer (AAS).

• O método de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) consiste em colocar uma amostra num frasco hermeticamente fechado, para a incubação sob condições específicas, por um tempo determinado. O oxigênio dissolvido (OD) é medido antes e após a incubação. A DBO é computada pela diferença entre o OD final e o OD inicial.

• Para fazer a análise da demanda química de oxigênio (DQO), preparamos as amostras e o branco e deixamos esfriar. Invertemos os tubos várias vezes,

Page 26: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 26

digerimos em autoclave por 1h, a 120ºC, deixamos esfriar (por uma noite, em descanso; ler a absorbância em espectrofotômetro a 600nm; e calcular a DQO a partir da curva de calibração).

• As amostras de Material em Suspensão total (MS Total), Material em Sus-pensão inorgânico (MS Inorgânico) e Material em Suspensão orgânico (MS Orgânico) são coletadas em galões, e determina-se o volume a ser filtrado conforme a quantidade de sólidos suspensos. Após a filtração, identificam-se os filtros com os sólidos suspensos, anotam-se o volume filtrado, a data, a profundidade, o local etc. Tira-se o filtro, espera-se secar para dobrá-lo e guardar nas embalagens no dessecador (manter por até 15 dias) a vácuo e sílica e, em seguida, passam-se os filtros para os cadinhos de porcelana (identificar cada filtro – marcar o cadinho com lápis n. 2) e levam-se os filtros para a estufa por 24 horas, à temperatura de 60ºC. Trans-ferir para o dessecador até que esfriem e depois se pesa novamente (P2) e anota-se o valor para fazer o cálculo.

• As análises de coliformes totais e fecais são feitas pelo método de substrato Colilert.

Os parâmetros analisados do sedimento são metais, e a metodologia utilizada para determinar os conteúdos de metais em amostras de sedimentos, para esse fim, é uma modificação da metodologia 3050B da USEPA. O método foi desenvolvido para fornecer dois procedimentos de digestão separados: na preparação de amostras de sedimentos, lamas e solos; e para análise, mediante espectrometria de absorção atômica de chama (FLAA) ou espectrometria de plas-ma indutivamente acoplada (ICP-AES).

5.6 Revitalização do município e das matas ciliaresApós o levantamento arbóreo, constatou-se um déficit de, em média, duas

árvores por habitantes, porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) reco-menda cinco árvores por habitante.

Assim, realizamos a melhoria dos espaços públicos, como praças, avenidas, ruas dos bairros, e criamos áreas verdes com a participação das Escolas Munici-pais no plantio de árvores, pois quanto maior a área verde de uma cidade, quanto mais arborizadas as ruas, maior é o conforto ambiental dos seus habitantes. Uma

Figura 7 Análise físico-química da água feita por alunos em Bocaina (SP) Fonte: Thais Helena Prado Corrêa (IIE)

Page 27: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 27

boa quantidade de árvores nas ruas protege do calor, melhora a defesa contra o barulho e os poluentes atmosféricos.

A arborização integra-se aos diversos aspectos que interagem no planeja-mento urbano, por ser um importante meio de obtenção de benefícios, torna o ambiente urbano mais agradável ecológica e esteticamente, e desempenha um papel fundamental na melhoria das condições.

5.7 Poluição do arO plantio de mudas ameniza o cli-

ma, auxilia no ciclo da água, conserva a biodiversidade, e promove no município a captação de partículas de gases do ar (remoção de 1,2 tonelada/hectare de dióxido de carbono), consequentemente, diminui a poluição do ar e aumenta a produção de oxigênio.

5.8 Viveiro Educacional Nesse viveiro, são produzidas mudas para o reflorestamento local e a revi-

talização da cidade tem cunho educacional. Os alunos das escolas municipais fa-zem visitas periódicas e contribuem para a conservação e manutenção do viveiro.

5.9 IPTU Verde Desde 2009, os proprietários de imóveis que conservam e ampliam áreas

verdes têm até 3% de desconto no imposto. O primeiro requisito da lei para os donos de imóveis é ter árvores de, no mínimo, 1,50m de altura, plantadas a cada 7m de testada, em frente à residência e recebem 1% de desconto. Por exemplo, se houver 21m de testada, deve haver ou plantar três árvores. A lixeira deve ser sus-pensa, em frente à residência, em bom estado de conservação, o que garante mais 1% de desconto. E, por fim, ter calçada “em ordem”, que garanta acessibilidade aos pedestres e mais 1% de desconto.

No carnê do IPTU Verde, entregue pela Prefeitura, a última folha deve ser preenchida pelo proprietário do imóvel, com a informação das três exigências da lei, para pedir o desconto. Depois de entregar no departamento de Lança-doria, os fiscais irão ao local para comprovar se ele tem direito ao desconto. Ao pagar o primeiro mês sem desconto ele tem prazo até outubro para comprovar o cumprimento das exigências. No caso de não estar enquadrado na lei, o dono do imóvel tem tempo de plantar árvores, arrumar sua calçada e providenciar a lixeira suspensa. Nesse caso, a Prefeitura dá o crédito de 3% no IPTU Verde

Figura 8 Plantio de mudas em Bocaina (SP). Fonte: Escola da Água

Page 28: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 28

seguinte ou ressarci o valor em dinheiro.

5.10 Programa de Coleta Seletiva e Reciclagem de lixoEste programa tem o intuito de reduzir o consumo, reciclar o lixo para

utilizá-lo sob uma nova condição, e contribuir positivamente para a figura do governo e da cidade, ao exercer a cidadania, quando os cidadãos assumem um papel ativo em relação à administração da cidade. Além da possibilidade de apro-ximação entre o poder público e a população, a coleta seletiva pode estimular a organização da sociedade civil.

5.11 Moradia No município de Bocaina, as casas

da CDHU ganharam um novo visual, com aquecedores solares de baixo custo, calçadas ecológicas e, para cada casa, foi plantada uma árvore e instalada uma lixeira.

Com essa atitude simples e de grande valor, demonstramos ser viável e próxima da realidade a difusão da ciência e da tecnolo-gia para a população. Os moradores consta-taram que, com alternativas para preservar o meio ambiente, há benefícios diretos. No

caso dos aquecedores solares, por exemplo, tem-se uma economia de 30% na conta de luz e o cidadão pode utilizar esse dinheiro para outros fins, o que serve de mola propulsora para que ele se sinta motivado a preservar o meio ambiente. Desta forma, realizamos uma ação contínua de incentivo, economia, e preservação.

Palestra com os proprietários das casas de aprendizagem a respeito da montagem do aquecedor e informações sobre custo /bene-ficio. Fonte: Prefeitura Municipal de Bocaina

5.12 Desenvolvimento de software para a economia de água e energiaEste projeto tem o intuito de trabalhar a questão social, e o cidadão pode

consultar um software que calcula seus gastos de água e energia. O programa mostra um relatório ao cidadão, no qual consta o consumo alto ou baixo de ener-

Figura 9 Aquecedor solar de baixo custo implantado nas casas da CDHU de Bocaina (SP). Fonte: Prefeitura Municipal de Bocaina

Figura 10 Palestra com os proprietários das casas de aprendizagem a respeito da montagem do aquecedor e informações sobre custo /beneficio. Fonte: Prefeitura Municipal de Bocaina

Page 29: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 29

gia ou água. Todo cidadão que realizar a consulta leva um folheto com dicas para o consumo consciente de água e energia. Caso a pessoa ou a família tenha um consumo elevado, ela é orientada a reduzir os gastos.

5.13 Rede de apoioCom o intuito de auxiliar na manutenção da vida da população de baixa

renda envolvida, criamos oficinas de aprendizagem e feiras de artesanato, com o intuito de gerar uma renda direta ou indireta.

No espaço Escola da Água, são realizadas oficinas periódicas para a con-fecção de artesanato com restos de couro; oficinas de sabão caseiro, e de papel reciclado de bagaço de cana-de-açúcar. Além de contribuir para a inserção do cidadão no mercado de trabalho, agrega-se valor ao aprendizado e motiva-se a população carente a participar do processo de sustentabilidade. Mostra-se que a sustentabilidade vai além da preservação do meio ambiente, pois é uma questão social que implica agregar valores no cotidiano e fazer valer os conceitos de cida-dania.

5.14 Leis ambientais Durante o desenvolvimento do projeto, implementaram-se novas leis, e

outras foram revisadas para assegurar o direito ao exercício da cidadania e da conservação ambiental. Dentre elas, destacam-se:

• Lei Orgânica do Município: assegura a todo habitante do município, nos termos da Constituição Federal e Estadual, o direito à educação, à saúde, à segurança, à previdência social, à maternidade e à infância, assistência aos desamparados, ao transporte, à habitação, e ao meio ambiente equilibrado.

• Lei 1.983 - Dia Municipal da Consciência Ambiental: em 10 de novembro de cada ano, o Município de Bocaina promove esse dia, e diversos setores da comunidade participam de eventos relacionados à preservação e recupera-ção do Meio Ambiente.

• Lei 2.090: dispõe sobre procedimentos exigidos para a obtenção do “Habite-se”: o proprietário do imóvel deverá cumprir as seguintes exigências: fixar lixeira no passeio público ao da testada do imóvel, plantar uma muda de árvore defronte ao imóvel. A muda poderá ser fornecida pela Casa da Agri-cultura, sem custo financeiro.

5.15 COMDEMA – Conselho Municipal do Meio AmbienteEm 2007, foi reformulado o COMDEMA, que dispõe de normas à qualidade

ambiental e proteção dos recursos naturais e animais do município.

Page 30: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 30

5.16 Temas abordados no espaço Escola da Água • Ciclo hidrológico: quantidade de água disponível; quantidade de água uti-

lizada no planeta e no Brasil; distribuição mundial da água no planeta; ciclo climatológico e hidrológico no Brasil; os recursos hídricos do município.

• Uso múltiplo das águas: superficiais e subterrâneas; abastecimento público; o ciclo da água nas zonas urbanas e as interferências humanas no ciclo da água; usos industriais e urbanos; usos na zona rural e na agricultura; água no município.

• Deterioração dos recursos hídricos: poluição das águas superficiais e subterrâneas; principais fontes de contaminação e degradação; causas da degradação; efeitos da degradação de recursos hídricos superficiais e sub-terrâneos.

• Água e Saúde humana: impactos da má qualidade da água sobre a saúde humana e seus efeitos; principais doenças de veiculação hídrica.

• Tratamento de água: tipos de tratamento; custos do tratamento da água dos mananciais; sistemas de tratamento da água do município; custos do tratamento da água no município; relação entre florestas e água.

• A Biodiversidade aquática: a flora e a fauna aquáticas, sua importância e preservação; perda da biodiversidade, por deterioração das águas de rios, lagos e represas; utilidade da fauna e da flora aquáticas.

• Água e Energia: uso da água para a produção de energia; histórico mundial e no Brasil; hidroeletricidade; o que é uma hidroelétrica? Visita às instalações de hidroelétricas; a importância da água para a geração de energia no Brasil.

• Soluções para a conservação dos recursos hídricos: preservação dos ma-nanciais; recuperação das matas ciliares próximas aos rios que atravessam o município; diminuição do desperdício:

▪ o que fazer para economizar água? ▪ o que fazer para não deteriorar as águas superficiais e subterrâneas? ▪ como prevenir doenças de veiculação hídrica? ▪ como participar efetivamente para apoiar a solução dos problemas de

água da região?

5.17 Atividades desenvolvidas no espaço Escola da Água• Campanha da Biodiversidade

Os ecossistemas satisfazem nossas necessidades vitais básicas, oferecem proteção contra desastres e doenças, e são o fundamento da cultura humana, ao mesmo tempo em que possibilitam um desenvolvimento social sustentável para as sociedades humanas terem uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. Porém, as ameaças à biodiversidade estão aumentando, e o consumo

Page 31: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 31

não sustentável continua, o que nos desafia a realizar ações que preservem os recursos naturais.

A campanha promove no muni-cípio uma mobilização em torno das questões ambientais e, principalmente, da importância em morar em uma ci-dade arborizada, com seus benefícios à comunidade, além de formar cidadãos capazes de preservar efetivamente o meio ambiente. O objetivo principal é trazer reflexões que levem o aluno ao enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação com o equilíbrio ambiental.

• Semana do Meio AmbienteDurante a semana do meio

ambiente, realizada na semana do Dia da Árvore, há atividades com as crianças do terceiro ano do ensino fundamental de Bocaina, com pales-tras nas escolas sobre a preservação do meio ambiente, o plantio de árvo-res e a instalação de placas informati-vas nas praças. Essa atividade tem o objetivo de conscientizar e ensinar a importância das árvores às crianças e como o sistema todo (cidade e natu-reza) está inter-relacionado ao meio ambiente.

• Semana da ÁguaDe 17 a 22 de março de cada ano, é

realizada a Semana da Água em Bocaina, com a participação de crianças e jovens da rede municipal estadual de ensino, com atividades educativas de preservação do meio ambiente de ações simples, para despertar nos cidadãos a importância de conservar e preservar o meio ambiente.

Figura 11 Atividades com os alunos - palestra. Fonte: IIE

Figura 12 Atividades realizada durante a semana do meio ambiente. Fonte: Thais Helena Prado Cor-rêa (IIE)

Figura 13 Atividades realizadas durante a Semana da Água. Fonte: Thais Helena Pra-do Corrêa (IIE)

Page 32: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 32

• Projeto guardião mirim Em relação à Escola da Água, à arbori-

zação do município e à manutenção dos frag-mentos florestais, começou uma campanha da biodiversidade (O que é? Para que serve? Como está o Município? Como preservá-la? Para que preservá-la? Com que finalidade se estuda e se procura conhecê-la?). O projeto conta com um banco de sementes e um viveiro que serve de base a estudos e ao reflorestamento das áreas degradadas do município.

• Conferências para a comunidade do Município de BocainaCom a finalidade de estimular, informar e orientar a população sobre

desenvolvimento sustentável, realiza-se semestralmente uma palestra com os professores municipais sobre desenvolvimento sustentável, Educação Ambiental e Saúde Publica.

• Oficinas realizadas no espaço Escola da Água: • de sabão ecológico;

• de confecção de material com restos de couro;

• de reciclagem de papel - confecção de papel com bagaço da cana;

• de montagem de terrário ecológico.

• Curso InternacionalO Instituto Internacional de Eco-

logia e Gerenciamento Ambiental de São Carlos (SP), com o PNUMA (Pro-grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a Prefeitura Municipal de Bocaina e o Comitê da Bacia do Tietê-Jacaré promoveram o curso Internacio-nal de Gestão de Áreas Alagadas para Tratamento de Águas, de 8 a 14 de ja-neiro de 2007. Teve o apoio de FINEP-CTHIDRO, CNPq-CTHIDRO, FAPESP (Programa de Políticas Públicas) e foi oferecido a gerentes de municípios da Bacia do Tietê-Jacaré.

O curso foi ministrado pelo Prof. Sven E. Jorgensen, da Universidade de Copenhagen (Dinamarca), especialista mundial em modelagem matemática e

Figura 14 Trabalho de conscientização dos alunos - preservação e conserva-ção das matas e dos rios. Fonte: Thais Helena Prado Corrêa (IIE)

Figura 15 Curso Internacional de Gestão de Áreas Alagadas para Tratamento de Águas Cré-dito: Thais H. P. Corrêa (IIE)

Page 33: E-Book - Escola da Água

Capítulo 5 - Ações no Muncípio de Bocaina (SP) 33

ecológica, agraciado em 2005 com o Prêmio Mundial da Água, pela Academia de Ciências da Suécia; o Dr. Vicente Santiago, gerente de programas das Nações Unidas no Japão; o Prof. Dr. José Galizia Tundisi; a Profa. Dra. Takako Matsumu-ra-Tundisi; o Dr. Donato Abe e a Dra. Corina Sidagis Galli, do Instituto Interna-cional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental de São Carlos.

O curso contou com visitas téc-nicas, aulas teóricas e práticas, de-monstrações e discussões baseadas em experiências práticas em vários países. Esse curso é parte do Projeto Cidade Sustentável, desenvolvido em conjunto pelo Instituto Interna-cional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental, PNUMA, Sabesp e Mu-nicípio de Bocaina (SP).

5.18 ConsideraçõesAtualmente, o projeto desenvolve atividades no espaço Escola da Água e

nas escolas municipais. Foi criado o projeto Óleo Amigo, para motivar as famílias a venderem o óleo usado para reaproveitamento. Além disso, o projeto conta com um programa de rádio semanal, de 30 minutos, no qual são discutidos temas variados sobre meio ambiente e saúde, com o objetivo de informar e orientar a população.

Segundo Julio Bonani, chefe de políti-cas ambientais do mu-nicípio, há resultados evidentes de mudança na conduta social e ambiental da popula-ção: “Percebemos que as crianças gostam de participar das ativida-des, porém, é necessá-rio que se trabalhe de médio a longo prazo, pois trabalhos ligados à educação devem ser persistentes”.

Figura 16 Curso Internacional de Gestão de Áre-as Alagadas para tratamento de Águas Créditos: Thais H. P. Corrêa (IIE)

Figura 17 Alunos realizam atividade da Escola da Água. Fonte: IIE

Page 34: E-Book - Escola da Água

Capítulo 6 - Ações no Muncípio de Nova Lima (MG) 34

CAPÍTULO 6Ações no Muncípio de Nova Lima (MG)

Page 35: E-Book - Escola da Água

Capítulo 6 - Ações no Muncípio de Nova Lima (MG) 35

6 Ações no muncípio de novA limA (mg)O projeto Escola da Água de Nova

Lima, diferentemente do projeto de Bocai-na, contou com a parceria da Secretaria, da Prefeitura e da OSCIP Verde Novo.

Após a realização de um levanta-mento no Município das atividades da Escola da Água, divididas em ciclos, par-ticiparam cinco escolas municipais, com alunos de 10 e 11 anos.

Figura 18 Espaço Escola da Água de Nova Lima (MG). Fonte: Larissa Lima

Figura 19 Espaço Escola da Água de Nova Lima (MG). Fonte: OSCIP Verde Novo

Figura 20 Inauguração da Escola da Água de Nova Lima (MG). Fonte: Lucia Sebe Ja-nuária

6.1 Ciclo de Atividades da Escola da Água de Nova Lima (MG) • Palestra: “Os 10 mandamentos da Economia de Água”. Fizemos a abertura

com um vídeo, em seguida apresentamos os “10 mandamentos” em power point.

• Cálculo de uso de água diário e individual nas residências dos alunos, para demonstrar se o consumo em cada residência é consciente ou não.

• Desenvolvimento do livro Vamos cuidar do Planeta, um momento impor-tante de interação entre alunos, professores e monitores, porque os desenhos de cada aluno permitem analisar a postura de cada um em relação ao Meio Ambiente na vida, na casa, e em nosso planeta.

• Passeio com os alunos no Viveiro de Mudas, para que pudessem conhecer um pouco o trabalho realizado no viveiro e o processo de plantio de mudas.

• A filtragem e o tratamento de água é um momento importante para os alu-nos terem uma visão do processo de filtragem e do tratamento da água que

Page 36: E-Book - Escola da Água

Capítulo 6 - Ações no Muncípio de Nova Lima (MG) 36

Figura 21 Atividade realizada na Escola da Água de Nova Lima (MG) Fonte: Cleonice Valadares Gonçalves

Figura 22 Visita ao viveiro de mudas. Fonte: Cleonice Valadares Gonçalves

Page 37: E-Book - Escola da Água

Capítulo 6 - Ações no Muncípio de Nova Lima (MG) 37

vai para a nossa residência.

• A Carta ao Inquilino é a leitura e discussão de cada item: consumo de ener-gia, água, terras e alimentação, matas, sol e temperatura, animais terrestres e plantas, poluição, lixo e animais aquáticos. Nesta atividade, alguns alunos se destacaram pelas opiniões e demonstraram um conhecimento mais claro do que os adultos.

• A Árvore do Conhecimento é uma atividade desenvolvida para estimular as crianças nos problemas locais, no caso, de Nova Lima, e discutir as solu-ções de uma forma simples e didática. O objetivo de conhecer a visão que as crianças têm do espaço em que vivem e sua noção do meio ambiente. Os alunos recebem duas folhas iguais às de uma árvore, com o objetivo de montar uma árvore de muitas ideias. Em uma das folhas, eles escrevem uma frase ou palavra que expresse o que eles veem de bom na cidade em rela-ção ao meio ambiente e como podemos preservar. Na outra folha, escrevem o que veem de negativo na cidade em relação ao meio ambiente. Depois que cada criança escreve nas suas folhas as ideias boas e negativas, realizamos a parte das apresentações: cada aluno vai à frente da turma e apresenta sua opinião.

• Pontos relatados pelos alunos: • Poluição de águas, matas, ruas, escolas, casas, da cidade. A poluição está

destruindo o Rio das Velhas (que passa pelo Município de Nova Lima) e, com isso, a fauna e a flora são destruídas também.

• Arrancar folhas de cadernos sem necessidade, situação que acontece na sala de aula.

• Poluição do ar, desmatamento, queimadas e o efeito estufa.

• Manter as ruas sempre limpas.

• Matas preservadas da cidade.

Essa atividade é excelente para avaliar a percepção de cada aluno em relação ao meio ambiente em que mora e o que pensa que pode ser melhorado.

• Livro de palavras cruzadas, de desembaralhar palavras e ligar os pontos é uma atividade importante para despertar a curiosidade das crianças para outros temas, como poluição, efeito estufa, chuva e aquecimento global.

• Os momentos de leitura com os alunos são excelentes para despertar o hábi-

Figura 23 Atividade Árvore do Conheci-mento. Fonte: Cleonice Valadares Gon-çalves

Page 38: E-Book - Escola da Água

Capítulo 6 - Ações no Muncípio de Nova Lima (MG) 38

to de leitura nas crianças e também para aprende-rem temas diversos que fazem parte do meio ambiente.

• “Brincando com as pala-vras” e “Faça uma gota feliz” são atividades cujo objetivo é explicado, assim como cada etapa. Entregamos o material necessário para a ativi-dade. Todos escrevem suas frases, entregamos balões e damos sequên-cia à atividade. Explica-mos a etapa de mistura dos balões. Colocamos a música e os alunos começam a brincadeira. Depois de misturar bem os balões com as frases dentro, a música para e fazemos uma roda. Cada aluno estoura seu balão e lê a frase do papel. Em seguida, explica o que entendeu e o colega que escreveu a frase diz por que pensou naquela frase quando falamos da água. Este é um momento em que os alu-nos apresentam suas ideias e debatem com os colegas as diversas opiniões.

• Trabalhamos a letra da música “Herdeiros do Futuro”, de Toquinho, que trata do Meio Ambiente. Passamos a letra e colocamos a música para que acompanhassem. Fazemos um debate sobre as ideias da música e termina-mos cantando a canção com os alunos.

• Apresentação sobre Coleta Seletiva e Reciclagem, depois passamos o filme/teatro sobre Reciclagem e discutimos a mensagem das imagens e falas dos atores. Posteriormente, fazemos uma dinâmica das cores e materiais relacio-nados à Coleta Seletiva. Os alunos conseguiram identificar todas as cores e materiais relacionados.

6.2 ConsideraçõesSegundo o relato da monitora da Escola da Água de Nova Lima, Cleonice

Valadares Gonçalves, os alunos demonstraram um grande conhecimento, pois alguns professores falam a respeito do meio ambiente na sala de aula. Sabem discorrer sobre a situação atual da água em nosso planeta e o que podemos fazer para mudar a situação. Eles demonstraram que conseguiram absorver muitas informações e que levam as atividades a sério.

O Município de Nova Lima já contava com a estrutura para atividades voltadas às questões sociais e ambientais e a Escola da Água surgiu como um catalisador de ideias e projetos complementares às atividades do município. Atu-

Figura 24 Atividade realizada na Escola da Água de Nova Lima (MG). Fonte: Escola da Água de Nova Lima

Page 39: E-Book - Escola da Água

Capítulo 6 - Ações no Muncípio de Nova Lima (MG) 39

Figura 25 Atividade realizada na Escola da Água de Nova Lima (MG). Fonte: Escola da Água de Nova Lima

almente, o projeto desenvolve outras atividades do espaço, e notam-se grandes mudanças no contexto social e ambiental do município.

Page 40: E-Book - Escola da Água

Capítulo 7 - Ações no Município de Cajamar (SP) 40

CAPÍTULO 7Ações no Município de Cajamar (SP)

Page 41: E-Book - Escola da Água

Capítulo 7 - Ações no Município de Cajamar (SP) 41

7 Ações no município de cAJAmAr (sp)Inaugurada em 2011, a Escola da Água do município de Cajamar desen-

volve atividades divididas em três temas centrais, e cada um é trabalhado em séries diferentes do ensino médio. O período total de duração das atividades é de quatro horas, em dois módulos de duas horas. Na primeira etapa, a Escola Estadual Walter Ribas de Andrade participou do projeto.

7.1 Temas trabalhados • Produção industrial (1º ano).

• Uso e ocupação do solo (2º ano).

• Qualidade da água (3º ano).

Cada tema tinha um questionário de percepção ambiental, com atividades divididas em dois módulos, da seguinte forma:

• 1º módulo ▪ Introdução à Escola da Água e questionário de percepção ambiental. ▪ Dinâmica de grupo. ▪ Aula expositiva.

• 2º módulo ▪ Apresentação de vídeo/documentário/documento. ▪ Atividade em grupo sobre o tema proposto. ▪ Apresentação de cada grupo sobre os produtos desenvolvidos.

Figura 26 Inauguração da Escola da Água de Cajamar (SP) Fonte: Benê Rocha

Page 42: E-Book - Escola da Água

Capítulo 7 - Ações no Município de Cajamar (SP) 42

7.2 Considerações A promoção da Edu-

cação Ambiental é uma das estratégias necessárias para combater a crise do meio ambiente nos municípios. O projeto em Cajamar está em fase de consolidação, entretanto, a sociedade vem mudando sua conduta pelo processo de participação no projeto. Na medida em que essa participação consciente ocorre, as ações irão se concre-tizar em transformações sociais e, dessa maneira, conseguiremos influir, direta ou indiretamente, na transformação da realidade local.

Figura 27 Inauguração da Escola da Água de Cajamar (SP). Fonte: Benê Rocha.

Page 43: E-Book - Escola da Água

Capítulo 8 - Benefícios e Principais Números 43

CAPÍTULO 8Benefícios e Principais Números

Page 44: E-Book - Escola da Água

Capítulo 8 - Benefícios e Principais Números 44

8 benefícios e principAis números

As ações de planejamento e gerenciamento ambiental incluem repercussões econômicas e sociais, geralmente, com impactos positivos no desenvolvimento integrado de economias municipais, ao promover ações, introduzir novas tec-nologias e educação ambiental avançada para os técnicos, professores, alunos e sociedade.

De um modo geral, os benefícios esperados de um projeto desse porte são:

• Promoção de atividades educativas, de documentação e de divulgação no campo da conservação, preservação, recuperação e melhoria do meio am-biente e dos recursos naturais.

• Estímulo à participação da comunidade no processo de construção, preser-vação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.

• Favorecimento do trabalho conjunto e solidário, da aprendizagem em par-ceria, do incentivo e desenvolvimento da prática de formação continuada em educação ambiental nas escolas e/ou fora delas.

• Contribuição ao debate e à reflexão dos problemas ambientais locais e do entorno.

• Apoio a professores na implementação e orientação do estudo coletivo de temas ambientais, principalmente com parceiros.

• Propostas de trabalho na temática da bacia hidrográfica.

• Fomento e desenvolvimento de Projetos em Educação Ambiental com os parceiros.

• Desenvolvimento de pesquisa na área de conservação e preservação do Meio Ambiente e de recursos naturais.

• Colaboração na formulação de projetos de diferentes instituições, com o conceito de desenvolvimento sustentável e Educação Ambiental, recomen-dações e propostas de planos e/ou capacitações.

• Pesquisa e identificação das características do entorno natural como manei-ra de valorizar as manifestações culturais.

• Elaboração de programas de formação de agentes multiplicadores de Edu-cação Ambiental, em parceria com o Comitê (ou segundo as especificações do comitê).

• Produção e divulgação de documentos para a Educação Ambiental.

• Avaliações da equipe dos projetos, e reflexão sobre questões ambientais locais.

Page 45: E-Book - Escola da Água

Capítulo 8 - Benefícios e Principais Números 45

O projeto no município de Bocaina (SP) conseguiu atingir toda a popula-ção do município, que está em torno de 10.000 habitantes (IBGE, 2010). Indiretamente, o projeto consegue atingir toda a bacia hi-drográfica do Tietê Jacaré, onde o município está inserido. A Bacia Hidrográfica conta com 34 municípios e uma população de 1.200.000 habitantes. Em Nova Lima, atingimos toda a popula-ção, de mais de 80.000 habitantes, mais as cidades circunvizinhas, como Belo Horizonte (IBGE, 2010). Em Cajamar, o projeto está no início, mas pretendemos atin-gir uma população de mais de 60.000 (IBGE, 2010) e municípios limítrofes, como Jundiaí.

Bocaina Cajamar Nova Lima

NÚMERO DE ESCOLASEnsino pré-escolar 4 36 32Ensino fundamental 1 8 12Ensino médio 2 22 26

NÚMERO DE ALUNOSEnsino pré-escolar 288 2.110 2.255Ensino fundamental 1.563 11.002 12.845Ensino médio 339 3.004 3.423

NÚMERO DE DOCENTESEnsino pré-escolar 15 513 127Ensino fundamental 75 157 642Ensino médio 25 106 227

TOTAL DE HABITANTES 10.859 64.114 80.998

DadosMunicípios

Tabela 28 Dados municipais sobre a rede de ensino

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1

Page 46: E-Book - Escola da Água

Capítulo 9 - Beneficiários 46

CAPÍTULO 9Beneficiários

Page 47: E-Book - Escola da Água

Capítulo 9 - Beneficiários 47

9 beneficiários

No contexto em que vivemos, é preciso mudar nosso comportamento em relação à natureza, e promover um modelo de desenvolvimento sustentável, compatível com práticas econômicas e conservacionis-

tas, com reflexos positivos na qualidade de vida de todos.

Ao inserir a população na vida e nas questões comunitárias, desenvolve-se a percepção do senso comum e há uma grande chance de que se aprenda a cuidar do meio ambiente, para haver benefícios à natureza, à população e, consequente-mente, para toda a cidade.

Assim, as informações técnicas à população fomentam a ligação entre a disponibilidade da água, a economia local e regional do município e as condições sociais, o que gera um importante mecanismo mobilizador.

Além de ser informado e ter o direito de participar das decisões, o cidadão deve ser orientado a uma percepção de preservação e a uma sensação de estar inserido e integrado à questão ambiental, como parte de um todo e ser correspon-sável pelo processo. Assim, irá assuma uma parcela de cuidado no âmbito local, e contribuirá para a melhoria da qualidade de sua vida e de sua região.

No projeto implantado nos municípios de Nova Lima e Bocaina, observa-mos que a melhor maneira de tratar as questões ambientais é com a participação de todos os cidadãos interessados em diferentes níveis. Informar, ouvir e decidir são tarefas relacionadas à participação pública.

Por ser um projeto que integra e dispõe da informação de várias formas, conforme a faixa etária, a cultura o grau de escola-ridade, a Escola da Água envolve todos os atores e contribui para formar uma consciência ambiental na comunidade. Ao estimular e desenvolver o pleno exercí-cio da cidadania através da educação ambiental, para melhorar a qualidade de vida da população, o pro-jeto trabalha todas as faixas etárias e envolve todos os segmentos sociais. Figura 29 Atividades educacionais na Escola da Água de Bo-

caina. Fonte: IIE

Page 48: E-Book - Escola da Água

Capítulo 10 - Participação da Sociedade 48

CAPÍTULO 10Participação da Sociedade

Page 49: E-Book - Escola da Água

Capítulo 10 - Participação da Sociedade 49

10 pArticipAção dA sociedAde

A meta do Projeto Escola da Água é educar para preservar, em um espaço que surgiu como um vetor de mudanças e de comportamen-to, para a construção de uma cidade ambientalmente correta. Desta

maneira, ao fomentar a percepção da necessidade de integrar o ser humano ao meio ambiente, apresenta-se uma dimensão do processo educativo voltado à par-ticipação de seus atores, para a construção de um novo paradigma que contemple as aspirações populares de melhor qualidade de vida socioeconômica e de um mundo ambientalmente sadio.

As crianças e os jovens servem de agentes catalisadores e difusores de ações ambientais quando estão bem informados e orientados por programas que des-pertam seu interesse pelo tema. Então, eles se sentem responsáveis e começam a cobrar dos adultos a responsabilidade de preservar os recursos hídricos. Como eles serão os adultos de amanhã, é preciso formar indivíduos conscientes e en-gajados, para terem uma reflexão crítica e uma ação criativa, capazes de atuar no processo de transformação de sua realidade e de desenvolver uma sensibilidade pelos problemas ambientais.

A Escola da Água é um espaço aberto ao público, para transferir conheci-mentos à comunidade, fortalecer a ideia de que a solução de problemas ambien-tais depende dos esforços compartilhados de governos, instituições de pesquisas, escolas, setor produtivo e sociedade (donas de casa e trabalhadores de todas as categorias), para implantar projetos de educação ambiental e sanitária, com o tema central: “a nova ética da água”.

Esse espaço é também um Centro de divulgação de tecnologias sociais vol-tadas ao uso e à gestão eficiente da água com, por exemplo, aquecedores solares de baixo custo e software que auxilia na economia de água e energia.

Portanto, é necessário alertar a população e educá-la para uma nova relação e uma nova ética com a água, que inclui a conservação, a educação ambiental e sanitária e, fundamental-mente, a necessidade de economizar no uso de recursos hídricos, de bio-diversidade dos sistemas aquáticos, além de protegê-los e mantê-los.

Figura 30 Curso Internacional de Gestão de Áreas Alagadas para o Tratamento de Águas. Fonte: Thais Helena Prado Corrêa (IIE)

Page 50: E-Book - Escola da Água

Capítulo 11 - Sustentabilidade das Ações 50

CAPÍTULO 11Sustentabilidade das Ações

Page 51: E-Book - Escola da Água

Capítulo 11 - Sustentabilidade das Ações 51

11 sustentAbilidAde dAs Ações

O desenvolvimento sustentável é partir para ações que garantam suprir as necessidades da sociedade, sem prejudicar o fornecimen-to de suprimentos para as gerações futuras. Ou seja, preservar e

multiplicar recursos sem esgotá-los.

As ações de planejamento e gerenciamento ambiental, que incluem reper-cussões econômicas e sociais, têm impactos positivos no desenvolvimento inte-grado de economias municipais ao promover ações, introduzir novas tecnologias e educação ambiental avançada para técnicos, professores, alunos e sociedade. O projeto Escola da Água implica as ações efetivas pela sustentabilidade, pois a educação é determinante à transformação de que o país e as futuras gerações precisam.

As ações dessa natureza são complexas, pois precisam do envolvimento de redes de organizações, de uma mobilização conjunta de vários atores da socieda-de, além de admitir que os recursos são finitos. Assim, a proteção e recuperação do meio ambiente são as principais preocupações.

O primeiro passa de atuação do projeto Escola da Água para o desenvol-vimento de ações sustentáveis é a conscientização. O trabalho na educação dos envolvidos exige que entendam a importância de se trabalhar com esse conceito, para multiplicar os conhecimentos assimilados e incorporá-los ao novo modo de vida. A Escola da Água também cria redes de discussão, grupos de trabalho, envolve empresas, comunidades e ONGs.

O segundo passo é estabelecer as áreas de prioridade (meio ambiente, educação, geração de renda, desigualdade social), as atividades que se quer desenvolver e os objetivos por alcançar. A partir daí, desenvolvem-se projetos que envolvem a comunidade, e mostram que cada um é responsável pelo mundo em que vive. O impacto social deve ser avaliado, os resultados mensurados, e as metas executáveis.

A execução dos projetos é o terceiro passo, quando é necessário atentar para a sustentabilidade do próprio projeto. Quanto mais conscientização existir, maior o número de pessoas e recursos e maior a possibilidade de continuação. É preciso que haja uma equipe dedicada, com pessoas que conheçam os problemas abordados e as soluções propostas.

A gestão do projeto e dos recursos deve ocorrer de forma transparente, com a participação de membros da comunidade, e realizar alterações sempre que necessário. Os resultados devem ser expostos à comunidade e as tecnologias desenvolvidas replicadas em outros projetos ou comunidades.

Page 52: E-Book - Escola da Água

Capítulo 11 - Sustentabilidade das Ações 52

Figura 31 Atividade educacional Terrário Ecológico. Fonte: Viviane Cristina de Oliveira Genovez

Foco principal: água como recurso natural

Atividades práticasAtividades práticas

Deteriorização dos suprimentos de água

Perda dos serviços ambientais

Desmatamento

Educação da comunidade

Monitoramento da qualidade da água

Perda da biodiversidade

aquática

Aumentos dos custos do tratamento para

potabilidade

Disponibilidade da água

Preservação das fontes e da qualidade da água

Água e saúde humana

Impactos econômicos

ESCOLA DA ÁGUA

Perda da qualidade da

água

Deteriorização dos mananciais

Figura 32 A rede de interações desenvolvidas no projeto escola da água foi elaborada por José Galizia Tundisi (IIE/professor doutor e titular da Universidade FEEVALE), Ricardo Milanetti Degani (IIE).e Thais H. Prado Corrêa (IIE)

Page 53: E-Book - Escola da Água

Capítulo 12 - Disseminação dos Resultados 53

CAPÍTULO 12Disseminação dos Resultados

Page 54: E-Book - Escola da Água

Capítulo 12 - Disseminação dos Resultados 54

12 disseminAção dos resultAdos

As boas práticas comprometidas com o futuro devem ser divulgadas, pois a difusão do conhecimento envolve mais os cidadãos na busca por um futuro melhor. Uma das formas de levar a educação ambiental e as ideias que norteiam o projeto à comunidade é pela ação direta. Por meio de atividades como leitura, conscientização, pesquisas, debates, além de atividades que modifiquem seu co-tidiano e influenciem na forma de viver da população. É indispensável constituir a concepção de pertencimento e de inserção no meio em que se vive, ou seja, mostrar que a comunidade faz parte de um contexto maior, que influencia e é influenciada pelo meio ambiente.

Para ser efetivo, um programa de educação ambiental deve desenvolver o conhecimento, as atitudes e as habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental.

Para criar uma cultura de conscientização, as preocupações ambientais não podem ficar apenas na teoria, mas ocupar espaço na vida das pessoas e mostrar à sociedade que a preservação e a conservação dos recursos hídricos e naturais não são uma questão estética ou de cuidados com a natureza. A partir do momento em que ela cuidar dos bens naturais, verá que isso se reflete diretamente na sua vida, seja pela qualidade de vida, da saúde ou das finanças. A Escola da Água tem cumprido esse papel e, com suas ações, consegue mobilizar e despertar uma verdadeira consciência ecológica na comunidade.

A participação comunitária contínua é sempre um desafio, pois tende a se esvaziar caso não haja uma dinâmica de animação permanente. Para isso, nossa proposta parte do pressuposto de que é necessário criar mecanismos que assegurem o envolvimento contínuo da população, pela comunicação apoiada por medidas socioeducativas, que visam transferir conhecimentos à comunidade e fortalecer a ideia de que o trabalho conjunto é a solução aos problemas am-bientais. Além de envolver a comunida-de para difundir o projeto, é necessário que os resultados sejam divulgados de forma efetiva pela mídia, em âmbito na-cional, por meio de matérias em revistas, jornais, sites, twitter e TV. Nossa meta é criar uma rede de relacionamentos para uma troca de experiências e informações.

Figura 33 Plantio de árvore na Escola da Água de Nova Lima. Fonte: Lucia Sebe Januária

Page 55: E-Book - Escola da Água

55

referênciAs bibliográficAs

Atlas de Desenvolvimento Humano. PNUD, 2000. Disponível em: www.pnud.org.br/atlas/ - 24k -. Acesso: 15 jun de 2008.

BRIGANTE, J.; ESPÍNDOLA, E. L. G. A Bacia Hidrográfica do Rio Mon-jolinho: Uma Abordagem Ecossistêmica e a Visão Interdisciplinar. São Carlos-SP: Rima 2000.

IBGE. CENSO DEMOGRÁFICO. 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso: 25 jul de 2011.

JANKE, N. TOZONI-REIS; CAMPOS, M. F. Produção coletiva de co-nhecimentos sobre qualidade de vida: por uma educação ambiental participativa e emancipatória, Ciênc. educ., Bauru, n. 14, v. 1, 2008.

LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexi-dade, poder. Petrópolis: Vozes, 2001.

LEI n. 10.650, de 16/4/2003. Dispõe sobre o acesso público a dados e in-formações existentes nos órgãos e entidades integrantes do SISNAMA. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10. 650. htm. Acesso em: 4 set. 2009.

MALHEIROS, T. F. Guideline for small town sustainable development in Brazil. Karlsruhe – Alemanha. Dissertação de mestrado apresenta-da à Universidade de Karlsruhe. 1996.

MINISTÉRIO da Educação e do Desporto. Programa Nacional de Educa-ção Ambiental. Brasília: MEC, 2004.

Política Nacional Ambiental, Lei 6.938. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso: 20 de mai de 2008.

Page 56: E-Book - Escola da Água

56

SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos (SP): Rima, 2002.

SÉ, J. A. S. O Rio Monjolinho e sua Bacia Hidrográfica (São Carlos e Ibaté) como integradores de sistemas ecológicos. Um conjunto de informações para o inicio de um processo de pesquisa ecológica de educação, planejamento e gerenciamento ambiental a longo prazo. Dissertação de Mestrado. São Carlos (SP): USP, 1992.

SÉ, J. A. S. Educação Ambiental nas Bacias Hidrográficas do Rio Mon-jolinho e do Rio Chibarro: Ciência, Educação e Ação nos cotidianos de São Carlos e Ibaté. Tese de Doutorado. São Carlos (SP): USP, 1999.

TUNDISI, J. G. Ecology and development: perspectives for a better society, Physiol. Ecol. Japan, n. 27 p. 23-130, 1990.

TUNDISI, J.G.; SCHIEL, D. A bacia hidrográfica como laboratório expe-rimental para o ensino de Ciências, Geografia e Educação Ambien-tal, In: SCHIEL, D.; MASCARENHAS, S. (Eds.). O estudo das bacias hidrográficas: uma estratégia para a educação ambiental.São Carlos: IEA, CDCC, Ford Foundation, 2002. 12-17.

Page 57: E-Book - Escola da Água

57

siglAs e AbreviAturAs

Cd - Cádmio

CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Esta-do de São Paulo

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CT-HIDRO - Fundo Setorial de Recursos Hídricos

ETE - Estação de Tratamento de Esgoto

FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

Fe - Ferro

FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos

Hg - Mercúrio

IETC - International Environmental Technology Centre (Centro Interna-cional de Desenvolvimento e Tecnologia)

IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano

OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

ONGs - Organizações Não Governamentais

Pb - Chumbo

pH - Potencial hidrogeniônico

UNEP - United Nations Environment Programme (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)

Zn - Zinco