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POESIS MUDANÇAS, RUPTURAS E EXPRESSÕES ARTÍSTICO-POÉTICAS PROFESSORES ROSANE ACEDO Arte ROGÉRIO MARTINS MURARO Língua Portuguesa

e expressões - TV Escola · 2018-04-17 · professor sobre os conhecimentos que os alunos já têm sobre poemas, evidenciarão diferenças de linguagem ou de estilo entre eles, e

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Poesis

Mudanças, ruPturas e expressões

artístico-Poéticas

ProFessoresrosane acedo Arte

rogério Martins Muraro Língua portuguesa

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aPresentaçãoO documentário sobre poética é uma excelente oportunidade para os professores de Língua portuguesa e Arte desenvolverem em parceria os conteúdos sobre o movimento Modernista e seus desdobramentos na Arte Contemporânea. A poética como uma “maneira específica de percepção do mundo” abraça todas as lingua-gens do ponto e vista da criação, da invenção e do fazer artístico. em Língua portuguesa foi desenvolvido o tema da mudança, o qual deve-rá nortear a análise de poemas das diferentes estéticas literárias que se sucederam a partir do final do século XIX. Em Arte poderá se desen-volver a autoria, a intencionalidade, a criação, a

interpretação e o repertório no fazer.

sinoPse do PrograMaA poesia é a percepção aguçada e provocadora do mundo. O documentário mostra que a poesia vive por aí incomodando, rompendo a ordem na-tural das coisas e chamando a atenção para os novos caminhos da humanidade. por essa função revolucionária, a poesia é cada vez mais necessá-ria, especialmente nas escolas. e para levar mais poesias às escolas brasileiras, o programa “sala de professor” convidou professores de Língua portuguesa e Artes Visuais para realizarem uma atividade que trabalha a poesia contemporânea.

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sala de professor poesis 3

O documentário traz possibilidades muito ricas para um extenso trabalho com a tradição de po-esia brasileira. O professor poderá desenvolver conceitos como: poesia, poesia brasileira, pe-ríodo literário, modernismo brasileiro, ruptura e inovação em literatura, manifesto, paródia,

Um olhAr pArA o docUmEntárIo A pArtIr dA língua Portuguesa

intertextualidade e poesia concreta. para de-senvolver um dos caminhos possíveis, tomamos o tema da “mudança”, em torno do qual serão ana-lisados, comparativamente, poemas de diferentes estéticas literárias. Dividiremos a atividade nas etapas a seguir.

etaPa 1

Iniciar o trabalho pedindo aos alunos que tragam para a sala textos representativos do que eles acre-ditam ser bons poemas. Na(s) aula(s) combinada(s) os textos serão lidos para os colegas e os alunos deverão explicar o motivo da sua escolha. Tanto a diversidade de textos trazidos, quanto as justifi-cativas, ao mesmo tempo em que darão pistas ao professor sobre os conhecimentos que os alunos já têm sobre poemas, evidenciarão diferenças de linguagem ou de estilo entre eles, e provavelmente referências a outros períodos. É importante o pro-fessor ficar atento a isso, pois já poderá introduzir reflexões sobre as mudanças que a expressão poética sofre de um período a outro.

em seguida, pode ser apresentado o trecho inicial do documentário, quando os professores entrevis-tados trazem e comentam diversas definições de poesia (até o minuto 5:00). Neste ponto, é interes-sante o professor procurar sistematizar essas falas e retomar os poemas trazidos pelos alunos e as suas justificativas, a fim de confrontar com o que é dito no documentário.

A seguir, o professor poderá aprofundar o estudo e a percepção a respeito das mudanças que ocorrem nas formas de expressões poéticas entre períodos diferentes. para isso, a ideia é que ele traga para a sala poemas de períodos literários distintos

sobre um mesmo tema ou, ainda, que tenham a mesma forma, como um soneto clássico e outro mais recente, por exemplo. para enriquecer essa percepção, o professor poderá selecionar mais de um par de poemas como esses. Quanto aos temas, a escolha pode ser orientada pelas prefe-rências reveladas pelos alunos na atividade inicial. Indicamos aqui, por exemplo:

poemas de poetas parnasianos, simbolistas ou românticos que façam referência à lua (Plenilúnio, de raimundo Correa; com a lua, de Marcelo Gama) para serem comparados a satélite, de Manuel Bandeira.

Plenilúnio (raimundo Correa)

(...) Há tantos olhos nela arroubados, No magnetismo do seu fulgor!Lua dos tristes e enamorados, Golfão de cismas fascinador!

Astro de loucos, sol da demência,Vaga, noctâmbula aparição!

Quantos, bebendo-te a refulgência, Quantos por isso, sol da demência, Lua dos loucos, loucos estão! (...)

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satélite (Manuel Bandeira)

Fim de tarde.No céu plúmbeo

A lua baçapaira

muito cosmograficamentesatélite.

Desmetaforizada,desmitificada,

Despojada do velho segredo de melancolia,Não é agora o golfão de cismas,

O astro dos loucos e enamorados,Mas tão somente

satélite.Ah! lua deste fim de tarde,

demissionária de atribuições românticas,sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,Gosto de ti assim:

Coisa em si,-satélite.

sonetos parnasianos, simbolistas ou mesmo arcádicos para serem comparados a sone-tos contemporâneos, especialmente os de Glauco Mattoso, como “soneto da esquina inesquecível (793)” ou “soneto matinal (918)”.

poemas representativos do amor romântico para serem lidos, por exemplo, ao lado de po-emas curtos da autora contemporânea Martha Medeiros, nos quais retrata relacionamentos de um ponto de vista feminino, ou ainda de outros poetas modernos que dessacralizem o amor.

para quaisquer que sejam as comparações, no entanto, a questão é, além de identificar as dife-renças entre as formas de expressão dos autores, tentar levantar com os alunos hipóteses sobre o que pode ter ocasionado essas mudanças de for-mas de expressão entre um período e outro.

etaPa 2

A partir daqui, o trabalho passa a focar as mudanças trazidas pelas propostas estéticas dos modernistas e pelas rupturas que eles promoveram. O professor poderá iniciar esta etapa apresentando o restante do documentário aos alunos, mas destacando os trechos em que ele trata dos poemas: “No meio do caminho” (5min a 16min); “Vou-me embora pra pa-sárgada” (21min a 27min); e para o trecho que inclui reflexões sobre a poesia modernista e sobre o poe-ma “e agora, José?” (37min a 40 min). Neste último trecho, é importante para este trabalho a afirma-ção do professor ítalo Moriconi, quando diz que as formas tradicionais não acabam, mas ganham um novo enfoque, e também que na poesia mo-dernista é comum haver, muitas vezes no próprio poeta, formas tradicionais e novas convivendo. Aqui, vale refletir com os alunos se é possível rejeitar tudo o que é anterior quando queremos propor algo novo ou se há algo que se mantém de um período a outro, mesmo quando ocorre uma ruptura.

Depois de visto o documentário, e trabalhando ainda a partir de comparações, o professor poderá sele-cionar poemas de poetas modernistas, parnasianos e simbolistas para ler com os alunos, mostrando os sentidos dessas rupturas. Iniciando pelos poemas

citados no documentário, muitos outros exemplares podem ser trazidos à sala, de Drummond e Bandeira, mas também de Oswald e Mário de Andrade. Há ain-da muitas opções entre os parnasianos e simbolistas, cujas antologias podem ser conseguidas na internet ou em livros, como os indicados no final desta ficha.

Para quaisquer que sejam as escolhas, é impor-tante que os poemas permitam que os alunos percebam características modernistas, como:

O uso do verso livre, da concisão e da ob-jetividade;

A valorização da sintaxe irregular e a in-corporação de expressões próprias da oralidade, além de gírias e de outros usos informais da língua;

O enfoque em temas banais do cotidiano e em outros, relacionados a uma reflexão sobre a realidade brasileira;

A proposta de rediscussão da cultura e da história nacional a partir da busca por mostrar a mistura de raças. Nesse sentido, a valoriza-ção de elementos indígenas e africanos.

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Quanto ao caráter biográfico dos poetas e a as-pectos histórico-culturais do período, os alunos poderão organizar-se em grupos e empreender pesquisas, as quais podem ser apresentadas à sala na forma de exposições orais. no final desta ficha indicamos também alguns documentários que tratam de autores específicos.

Modernismo e manifestos

Neste momento do trabalho, a ideia é mostrar aos alunos que o manifesto é um gênero importante quando se trata de sistematizar e de tornar pública uma causa que se quer defender, além de motivar outras pessoas em torno dessa causa.

No caso do modernismo brasileiro, ao lado dos ma-nifestos em prosa, como o da “poesia pau-Brasil”, de Oswald de Andrade, e do “prefácio interessan-tíssimo”, de Mário de Andrade1, vale realizar com os alunos a análise de poemas que podem ser lidos também como manifestos do movimento, como “poética”, de Manuel Bandeira e “procura da po-esia”, de Drummond. este último, mesmo tendo sido publicado em a rosa do povo, já em 1945, traz ainda a sistematização de ideias modernistas feitas pelo poeta. Voltando aos manifestos em prosa, como muitos deles são demasiadamente longos e, por vezes, complexos, dadas as incursões em te-mas de estética literária e artística, talvez seja mais adequado ao professor eleger trechos que foquem no ideário do movimento.

Modernismo, paródia e intertextualidade

Um elemento importante citado no documentário e que será, de certa forma, uma preparação para a atividade interdisciplinar deste trabalho, é o caráter parodístico do qual os modernistas lançaram mão para criticar as estéticas dominantes na poesia e na cultura de sua época, procedimento criativo que também se estende a autores mais recentes, nem sempre com intenção crítica.

para tratar esse aspecto, propomos que o profes-sor traga para leitura e análise alguns dos poemas que tenham sido realizados com essa intenção. Ao lado do já citado “No meio do caminho”, que re-toma Bilac e Dante, também a “Canção do exílio” ganhou diversas leituras que ressignificam o texto de Gonçalves Dias. entre eles, destacamos o “Can-to de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade, a “Nova canção do exílio”, de Carlos Drummond e, mais recentemente, a “Canção do exílio facilitada”, de José paulo paes. com pretensões mais humo-rísticas, há a também chamada “Nova canção do exílio”, de Luis Fernando Veríssimo.

Oswald de Andrade é autor de uma série de outras produções em que parodia desde poemas, até tre-chos da Carta de pero Vaz de Caminha. Mas vale a pena, além desses autores, trazer à sala algumas das obras do poeta modernista paulista Juó Bananére (pseudônimo de Alexandre Marcondes Machado). O autor utiliza uma variante de linguagem ítalo-brasilei-ra inspirada nos dialetos do Brás para criar sátiras de diversos poemas clássicos da Literatura Nacional, e até mesmo da portuguesa. por ser menos conhe-cido, trazemos um trecho da paródia que produz a “Meus oito anos”, de Casimiro de Abreu:

os Meus otto anno

O Chi sodades che io tegnoD’aquillo gustoso tempigno,C’io stava o tempo intirignoBrincando c’oas mulecada.Che brutta insgugliambaçó,Che troça, che bringadêra,

Imbaxo das bananêra,Na sombra dus bambuzá. (...)

etaPa 3

Nesta etapa, na mesma linha do trabalho desen-volvido com relação ao Modernismo, o professor trabalhará com a proposta concretista, apresen-tando seus principais autores e ideias, além de poemas. Assim, a partir de leituras e análises de poemas, é importante o professor destacar aspec-tos desse movimento e dos textos que produziu, como alguns dos que apresenta o professor Alfredo Bosi, em “História concisa da Literatura Brasileira”:

1. A obra “Vanguarda europeia e modernismo brasileiro”, de Gilberto mendonça telles, indicada no final desta ficha, traz uma série de outros manifestos escritos por importantes represen-tantes do movimento. Tanto na forma dos discursos proferidos durante a semana de Arte Moderna, como de editorias de revis-tas literárias da época ou de prefácios e introduções de livros; trata-se de um rico material disponível à seleção do professor.

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veja Mais

Documentário “Mário de Andrade – reinventando o Brasil” disponível em: <tvescola.mec.gov.br /index.php?&option=com_zoo&view=item&item_id=1353>. Acesso em 1 de novembro de 2012.

Documentário “No Caminho de Drummond”, disponível em:<tvescola.mec.gov.br /index.php? & option=com_zoo&view=item&item_id=1003>. Acesso em 1 de novembro de 2012.

etaPas

Discussão sobre os conceitos de poema e de poesia;

Levantamento de hipóteses sobre o que causa as mudanças de estilo na expressão poética entre períodos literários diferentes;

Aprofundamento com relação a essa noção, com foco na proposta modernista, para com-preender a ruptura trazida pelos representantes da poesia desse período;

Leitura de alguns manifestos do Modernismo;

estudo de poemas modernistas que lançaram mão da paródia para criticar as estéticas às quais se opunham;

Estudo de expressões poéticas contemporâneas, especialmente de influência concretista, que servirá como preparação para a atividade interdisciplinar.

Material

Coletânea de poemas parnasianos;

Coletânea de poemas simbolistas;

Coletânea de poemas representativos do moder-nismo brasileiro;

Coletânea de poemas representativos do concre-tismo brasileiro;

Manifestos do modernismo brasileiro;

sonetos de Glauco Mattoso e poemas de Martha Medeiros.

Abolição do verso e uso da não linearidade e de espaços em branco, além da ausência de sinais de pontuação;

Uso de comunicação não verbal e de trocadilhos;

ruptura com a sintaxe, redistribuição de ele-mentos e ilhamento das partes do discurso;

Separação de prefixos, radicais e sufixos; uso de substantivos concretos, neologismos, es-trangeirismos e siglas;

Uso de figuras de repetição sonora, como alite-rações e assonâncias.

Aqui, o trabalho também pode retornar à discus-são sobre os limites das rupturas, mas o objetivo é, efetivamente, repertoriar os alunos para a pro-dução da etapa interdisciplinar.

Do ponto de vista de uma abordagem temática do estudo da Literatura (e não de um estudo a partir da sua progressão histórica), o trabalho pode ser realizado em qualquer série do ensino Médio, de-vendo-se observar a adequação da escolha dos poemas às condições de maturidade da turma.

Quanto à avaliação, o primeiro passo da etapa 1 pode ser avaliado de acordo com o grau de envol-vimento do aluno com a atividade de pesquisa e de

exposição proposta. As etapas seguintes poderão ser avaliadas com provas escritas, cobrando que os alunos analisem comparativamente os poemas, ou que reconheçam características de uma de-terminada estética em poemas dados. Além disso, no caso de haver exposições orais, elas também poderão ser avaliadas pelo professor.

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Um olhAr pArA o docUmEntárIo A pArtIr dA arte

O documentário possibilita a abordagem de con-ceitos fundamentais para a Arte, embora esteja mais focado na Literatura. O professor de Arte po-derá trabalhá-los do ponto de vista da criação, comum a todas as linguagens artísticas. A poética

da imagem é tema e conteúdo a ser desenvolvido nas aulas de Arte, no 1º ou 2º ano do ensino Mé-dio. A atividade poderá ser iniciada antes mesmo da apresentação do documentário.

etaPa 1

O professor proporá a leitura comparativa de imagens. A seleção sugerida conta com obras de arte de diferentes épocas, que analisem pedras, por exemplo. O objetivo é que os alunos possam perceber as diferentes expressões e intenciona-lidades ao longo do tempo, refletindo sobre as transformações ocorridas, tanto do ponto de vista da materialidade, como das tendências referentes ao tempo e cultura em que foram produzidas.

A leitura poderá ser feita em pequenos grupos por meio de cartelas com imagens e de um pequeno roteiro, ou então coletivamente, usando a projeção das imagens e a aplicação do mesmo roteiro, condu-zido pelo professor. As informações sobre as obras deverão ser introduzidas apenas ao final da leitura, portanto, não devem constar nas cartelas ou na apre-sentação. A seguir, algumas indicações de obras.

egg, de andy goldsworthyObra produzida em 2000. O artista britânico cria suas obras em di-ferentes cenários naturais. Além de pedras, usa também folhas, ga-lhos, terra e até neve ou gelo. Além de fornecedora de materiais, a natureza é fonte de inspiração para as formas que confere às suas obras. As obras de Goldsworthy integram-se à natureza e seguem um ciclo natural de criação e destruição. sujeitas à ação do tempo, se transformam e desmancham. Goldsworthy considera esse está-gio (decomposição) a finalização de suas obras. Sua obra faz parte de uma tendência contemporânea conhecida como Land Art.

conjunto de stonehengeAs enormes placas que formam o círculo de pedras do monumento de stonehenge (stone = pedra, henge = eixo) compõem uma grande instalação a céu aberto. Construído entre 3000 e 1600 a.C., a obra está mais ligada aos rituais místicos ou religiosos que propriamente à arte, porém cabe incluí-la, por se tratar de uma representação cultural.

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Profeta joel de antônio Francisco lisboa, o aleijadinhoUm dos doze profetas esculpidos pelo artista e expostos no san-tuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, MG. A obra realizada em pedra sabão é representativa da arte barroca mineira.

impulso de Quartzo rosa, de amélia toledoA artista brasileira trabalha com grande variedade de mate-riais e recursos. seu trabalho com pedras incorpora desde pequenos arranjos, até grandes instalações em espaços pú-blicos. Trabalha as pedras em sua condição mais pura, ante-rior à intenção de representação.

Monumento às Bandeiras, de victor Brechereto artista é um dos mais significativos representantes da es-cultura modernista brasileira e o monumento de grandes di-mensões é resultado de anos de investigação e criação.

obra da série Quartzoteca, de denise MilanA brasileira Denise Milan usa a pedra como seu eixo criativo e executa obras nas áreas de arte pública, escultura, artes cênicas, poesia, impressão e videoarte. A série Quartzoteca inclui obras de pequeno porte e grande delicadeza. Algumas obras da artista estão expostas em jardins e praças, compon-do grandes instalações.

david, de MichelangeloA obra de um dos maiores escultores renascentistas representa os ideais clássicos de escultura e revela a genialidade de seu autor, que conferiu à imagem bíblica de David, traços vigorosos de quem se prepara para uma batalha.

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As questões para o roteiro de leitura devem referir-se aos temas, formas e intencionalidade de cada representação.

exemplo de roteiro de leitura

A que se refere essa obra? O que ela representa?

Você já a conhecia?

Que dimensões imagina que ela possa ter?

Que cores e texturas podem ser notadas?

em que contexto foi criada? (Tempo histórico e local.)

O que a obra revela sobre seu autor?

O que pode ter provocado (motivado) o artista a criar essa obra?

Que obras do conjunto analisado poderiam estar relacionadas a essa obra? por quê? (possíveis analogias: figuras humanas, formas orgânicas, formas geométricas, figurativas, abstratas etc.)

em que as obras desse conjunto se assemelham?

em que diferem?

O professor poderá pedir para que os alunos organi-zem as obras segundo a cronologia de sua criação

e só depois disso expor os dados sobre elas: nome do autor, título da obra, data, contexto etc.

Divididos em grupos, os alunos deverão coletar mais informações sobre as obras e autores apre-sentados, organizá-las e divulgá-las para a classe. É fundamental que nesse processo possam perceber a diversidade de expressões e poéticas expostas pelos autores em suas obras. O termo e o conceito de poética pode então ser introduzido pelo professor.

a sistematização deve incluir o conceito a par-tir do fato de que as produções artísticas são criadas pelos sentidos, imaginação, percepção, sentimento, pensamento e memória. o ser huma-no, quando motivado e impulsionado por estes fatores, une a techné (capacidade de operar) com a poiesis (capacidade de criar) e, desse modo, poetiza sua relação com o mundo. É importante, portanto, que os alunos possam perceber e compre-ender que ao esculpir a pedra sabão ou o mármore, Aleijadinho, Michelangelo ou Brecheret tiveram inten-cionalidades próprias, assim como Amélia Toledo ao ajustar a pedra de quartzo rosa sobre um pedestal de concreto, ou Goldsworthy ao construir um ovo de pedra, ou ainda Denise Milan ao esculpir, polir e adornar um pequeno quartzo branco. Cada um deles ao seu e em seu tempo desenvolveram poéticas pró-prias, mesmo usando materiais semelhantes.

É importante destacar a crescente possibilidade de expressões artísticas em nosso tempo. neste senti-do, cabe uma referência ao Modernismo como um movimento de intenso vigor, não apenas na ruptura, como também na abertura para novos padrões estéticos.

ser HuMano

sentidos

techné poiesis

PercePção

arte

iMaginação

MeMória

sentiMentos

PensaMentos

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etaPas

Leitura de obras de arte de diferentes tendên-cias, porém de mesma materialidade a partir de um roteiro composto por questões;

Sistematização das observações dos alunos e de informações coletadas;

Apresentação do documentário;

retomada e reorganização da sistematização;

produção de texto;

Atividade com pedras (composições);

registro e análise das composições.

Material

máquina fotográfica;

Imagens de obras de arte;

pedras;

papel e caneta.

etaPa 2

Nesse momento, o documentário deverá ser apre-sentado pelo professor de Língua portuguesa. Na aula de Arte seguinte, o professor da disciplina deverá retomá-lo, estabelecendo junto com os alunos as relações entre seu conteúdo e o que já foi exposto nas aulas anteriores, acrescentando novos dados à sistematização dos conteúdos.

Os alunos deverão então produzir um texto que aborde as reflexões realizadas durante as aulas sobre a imagem poética. As anotações realizadas na sistematização são fundamentais e professor e alunos devem levar isso em conta.

por meio da escrita dos alunos, o professor po-derá avaliar o conhecimento por eles construído,

fazendo as devidas intervenções no sentido de orientá-los a ampliar ou aprofundar o conteúdo apresentado em seu texto. A reescrita é um pro-cesso de grande valia.

A avaliação do texto deve levar em conta as se-guintes habilidades:

reconhecer diferentes funções da Arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais;

reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apre-sentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.

etaPa 3

Terminada a etapa 2, os alunos serão convidados a “poetizar” com pedras, em uma referência ao poema de Drummond. O professor colocará à disposição pedras de diversos tamanhos e formas, solicitando que os estudantes se apropriem das mesmas para a produção de suas obras. O trabalho poderá ser rea-lizado em pequenos grupos (três ou quatro alunos). Outros materiais poderão ser adicionados, caso os alunos sintam necessidade. O processo e as obras concluídas deverão ser registradas fotograficamente.

Durante a apresentação dos trabalhos, os alunos poderão indicar as referências a que possivelmen-te tenham recorrido ao criar suas obras. Assim como na leitura das obras de arte, a apreciação dos trabalhos dos alunos deverá ser mediada pelo professor por meio de observações e questões que

possibilitem que os alunos se coloquem a respeito de seu processo criativo: desejos, intencionalida-des, escolhas, impasses, decisões etc. As fotos poderão ser incorporadas à apreciação final.

nesta etapa final o professor poderá avaliar se cada aluno compreendeu os conceitos apresen-tados durante as aulas, incorporou novos termos ao seu repertório conceitual e conseguiu transpor esse conhecimento ao trabalho plástico.

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UMA CONVersA eNTre As disciPlinas

veja Mais

Obras do artista Andy Goldsworthy, disponíveis em: <www.caligraffiti.com.br/esculturas-naturais-de-andy-goldsworthy>. Acesso em 12 de novembro de 2012.

Obras da artista Amélia Toledo, disponíveis em: <www.ameliatoledo.com/tag/pedras>. Acesso em 12 de novembro de 2012.

Obras da artista Denise Milan, disponíveis em: <www.denisemilanstudio.com>. Acesso em 12 de novembro de 2012.

Site do Itaú cultural, disponível em: <www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia>. Acesso em 12 de novembro de 2012.

A atividade interdisciplinar programada e sugerida faz referência às declamações de castro Alves - apontadas no documentário como importantes eventos em sua época - mas em uma versão contemporânea. A performance é um gênero artís-tico criado na segunda metade do século xx que combina diversas linguagens expressivas: artes visuais, música, teatro, dança e literatura.

Os historiadores de Arte vinculam a performan-ce aos movimentos Dada e pop Art pela apro-ximação com a vida cotidiana e com o rompi-mento das barreiras entre arte e não arte.

Uma performance é produzida a partir de concei-tos e temas eleitos por seus criadores, como por exemplo: violência urbana, amor, consumismo etc. Apesar de se tratar de uma modalidade totalmente experimental, em geral segue um roteiro prees-tabelecido e pode ser reapresentada em locais diversos. Diferente do Happening, não exige o envolvimento do público em suas apresentações.

Apesar de muitas performances terem conteúdos impactantes, o gênero abriga todo e qualquer tipo de apresentação. uma das primeiras performances

no Brasil teve a autoria do arquiteto e artista plás-tico Flávio de carvalho. em 1956, o artista criou o “New Look”, um figurino masculino que incluía uma saia de pregas e uma blusa com grandes mangas, vestiu-o e desfilou pelas ruas do centro de são Paulo, denominando seu trabalho de “ex-periência número 3”.

“New Look”, de Flávio de Carvalho

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Outra performance memorável foi o “Divisor”, de Lygia pape, encenada pela primeira vez em 1968 e reapresentada outras vezes no Brasil e no exterior. A artista uniu cerca de 200 pessoas sob um mes-mo tecido branco, andando juntas apenas com a cabeça de fora. Quem está dentro vê apenas as cabeças dos outros participantes, quem assiste percebe em um oceano de pessoas em movimen-to as individualidades expressas pelos rostos, mas unidos uns aos outros numa única direção, resulta-do de uma negociação coletiva.

O paulistano Guto Lacaz tem realizado diversas performances em que o humor é o tema e princípio, e que ele próprio chama de “diversão techno-lúdica para toda a família”.

Atualmente os recursos da tecnologia têm sido amplamente usados nas apresentações perfor-máticas. O poeta, músico e compositor Arnaldo Antunes tem realizado performances poéticas va-lendo-se desses recursos.

por se tratar de um gênero que abriga múltiplas e infinitas formas de apresentação, é importante que a proposta, nesse caso, seja bem definida. os professores das duas disciplinas envolvidas pre-cisam estar bem informados e afinados em suas concepções sobre o gênero e suas possibilidades ao propor o trabalho aos alunos. O conceito de performance deverá estar claro, diferenciando-o de outros gêneros, como o sarau. sugerimos que a atividade seja realizada da seguinte forma:

Divididos em grupos, os alunos deverão, a partir do tema do documentário poésis, criar uma performance que inclua necessariamente a poesia literária. será necessário um planeja-mento que envolverá os seguintes aspectos:

Apresentação de “Divisor” na 29ª Bienal de são paulo

À esquerda: “IoU: A Fábula do cubo e do cavalo” é a última das três performances do projeto “palco & plateia”. À direita: Guto Lacaz em Máquinas V

intencionalidade: quais conceitos ou informa-ções desejam expressar.

Meios/roteiro:

I – poema(s) que serão usados na apresenta-ção, de autoria dos próprios alunos ou releitu-ras feitas pelos alunos a partir de poemas de artistas consagrados.

II – A forma como serão apresentados é outro aspecto a ser planejado. Os alunos poderão fazer declamações, bem como utilizar outros recursos para a apresentação dos poemas, como o uso de um monitor de vídeo ou mes-mo cartazes introduzidos no ambiente. É im-portante destacar que a ousadia é um dos as-pectos marcantes dessa linguagem.

III – A construção do roteiro deve ser bastante cuidadosa para, além de atender à demanda da proposta, incluir todos os alunos do grupo nas diversas funções necessárias. Embora as apresentações performáticas possam ser ins-tantâneas, é possível estabelecer um tempo máximo de duração para cada grupo.

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Materiais: levantamento de recursos mate-riais necessários à apresentação, inclusive os elementos cênicos e o figurino, por exemplo.

local: previsão do local, verificando as condi-ções que o mesmo oferece diante da proposta e necessidades do grupo. exemplo: para uma de-clamação, um local com muito ruído não é ideal.

este planejamento deve ser entregue aos pro-fessores que farão as intervenções necessárias ampliando as possibilidades. Deve-se disponibili-zar um tempo para que os alunos possam testar suas criações em pequenos ensaios, que possibi-litarão retomadas e reparações.

Na conclusão da atividade, os grupos se apresen-tarão uns aos outros, compondo o que poderemos chamar de um Festival de performances.

A avaliação deverá referir-se às etapas de todo o trabalho, desde o início nas diferentes disciplinas, até a proposta interdisciplinar.

em Língua portuguesa, o trabalho para a preparação da performance ficará mais centrado no desenvolvi-mento do item I do roteiro descrito acima. Assim, o professor deverá auxiliar os alunos na produção do poema que eles pretendem utilizar para a ocasião, seja um inteiramente de sua autoria ou realizado a partir de uma releitura. Nesse sentido, o acompa-nhamento precisará levar em conta as ideias que os alunos desejam expressar e, a partir disso, de que forma essa expressão poderá se realizar utilizando o poema e o conjunto de possibilidades de lingua-gem que esse tipo de intervenção permite.

Além do preparar a performance em si, como dito acima, o planejamento do texto é fundamental. Assim, vale a produção de diferentes versões, que poderão ser experimentadas e modificadas ao longo das etapas de preparação, sempre com sugestões e auxílio do professor, até que o conjunto chegue à versão considerada adequada para ser apresentada.

Quanto à avaliação, da mesma forma que em Arte, poderá acompanhar o envolvimento dos alunos em cada etapa do trabalho, levando em conta a cria-tividade, podendo incluir notas de autoavaliação e de avaliação dos colegas para a apresentação final.

Material

Coletânea de poemas utilizados em Língua portuguesa ao longo do trabalho;

Folhas de cartolina ou de papel pardo;

canetas hidrográficas ou tinta;

peças de vestimenta diversas;

Monitor de vídeo, microfone, caixa de som.

etaPas

Apresentação do conceito de performance e de exemplos para repertoriar os alunos;

Identificação, entre os alunos, do tema e da forma de expressão com os quais pretendem trabalhar;

elaboração dos meios para a realização da per-formance: em Arte, a preparação dos materiais e outros recursos que comporão a apresentação; em Língua portuguesa, a preparação, também, do poema;

em meio a esse processo, a realização de ensaios e possíveis reparações, a fim de que os alunos possam refinar suas propostas;

Apresentação das criações no “Festival de performances”.

veja Mais

Arnaldo Antunes, disponível em: <www.youtube.com/watch?v=G9SqfkGnuKs>.

parangolés, de Hélio Oiticica, disponível em: <www.youtube.com/watch?v= IQYO Qn 0b cc >.

Marina Abramovic, disponível em: <www.youtube.com/watch?v=vDg_KWJh1g8>.

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sala de professorpoesis14

sugestÕes dE lEItUrA E oUtroS rEcUrSoS

ANTUNes, Arnaldo. como é que chama o nome disso – antologia. são paulo: publifolha, 2009.

BAndEIrA, manuel (org.). antologia de poetas brasileiros – poesia de fase parnasiana. rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

BAndEIrA, manuel (org.). antologia de poetas brasileiros - poesia de fase parnasiana. rio de Janeiro: ediouro, 1967 (há edições mais recentes).

BoSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 33ª ed. são paulo: Cultrix, 1994.

BrIto mário da Silva. História do modernismo brasileiro – antecedentes da semana de arte Moderna. 3ª ed., rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.

MATTOsO, Glauco. Poesia digesta (1974-2004). são paulo: Landy editora, 2004.

SImon, lumna maria, dAntAS, Vinícius de ávila (org.). Poesia concreta. são paulo: Abril editorial, 1982.

TeLLes, Gilberto Mendonça. vanguarda europeia e modernismo brasileiro. 4ª ed. petrópolis, Vozes, 1977.

CANTON, Kátia. do Moderno ao contemporâneo. são paulo, WMF Martins Fontes, 2009.

BArBOsA, Ana Mae. a imagem no ensino da arte. são paulo: perspectiva, 2010.

livros e revistas

sites e outros recursos - língua Portuguesa

Coletânea de poemas de Juó Bananére, disponível em: <www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/Modernismo22/JUO_BANANERE.htm>. Acesso em 28 de outubro de 2012.

Coletânea de poemas de Augusto de Campos, disponível em: <www2.uol.com.br/augustodecampos/poemas.htm>. Acesso em 28 de outubro de 2012.

Coletânea de poemas de Arnaldo Antunes a partir do link “Artes”, disponível em: <www.arnaldoantunes.com.br>. Acesso em 28 de outubro de 2012.

Vídeos que trazem releituras da “Canção do exílio” feitas por alunos. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=Jiz-gLmJb8bs> e <http://www.youtube.com/watch?v=vywmrsOVbk4>. Acesso em 28 de outubro de 2012.

Coletânea de poemas de Martha Medeiros disponível em: <pensador.uol.com.br /autor/martha_medeiros>. Acesso em 1 de novembro de 2012.

Série “São paulo na literatura”, produzida pelo Instituto Itaú cultural, da qual destacamos os programas: - Modernismo, disponível em: <www.youtube.com/watch?v=FasbUML9LmM>. Acesso em 1 de novembro de 2012.- Concretismo, disponível em: <www.youtube.com/watch?v=MafBfT1GELI&feature=relmfu>. Acesso em 1 de novembro de 2012.

Coleção de arquivos de áudio em que os próprios poetas concretistas, entre outros intérpretes, leem poemas concretos. Disponível em:<poesiaconcreta.com>. Acesso em 1 de novembro de 2012.

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Um documentário da TV escola. Um ponto de partida para grandes trabalhos com os alunos. Assim é o sala de pofessor. O progra-ma incentiva os professores de ensino Médio a desenvolverem projetos que mudem a roti-na em sala de aula. em cada programa, dois professores convidados criam um projeto a partir de documentários exibidos na TV es-cola. são sempre propostas e experimentos inovadores, que podem ser reaplicados em qualquer escola do país.

Os trabalhos apresentados são detalhados em dicas pedagógicas como essa e ficam disponíveis no site da TV escola. Os profes-sores também podem usar as artes criadas para o programa: são animações, tabelas, mapas e infográficos que tornam os con-teúdos mais visuais e interativos. As dicas pedagógicas e as computações gráficas fo-ram transformadas em fascículos interativos para tablets. e o professor também pode navegar pelo material extra do programa no blog do sala. para ter acesso a esses pro-dutos, acesse o site tvescola.mec.gov.br ou curta a fan page da TV escola no Facebook.

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