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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Todos pela educação Edição nº. 31 Junho 2010 Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal motivação as mudanças comportamen- tais da sociedade, que o momento exige, no que tange a preservação ambiental, susten- tabilidade e paz social, reflorestamento, in- centivo á agricultura orgânica, hortas comu- nitárias e familiares, preservação dos ecos- sistemas, reciclagem e compostagem do lixo doméstico além, de incentivar a preserva- ção e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’, multiplicado e divulgado através deste veículo de interação. Projetos integrados: · Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a musica de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no pro- jeto, em cada Escola e em suas respectivas comunidades. · Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os e- cossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico á prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâni- ca, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conhecimen- to adquirido em cada comunidade. · Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. · Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por cri- anças, adolescentes e adultos com respon- sabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Vale do Paraíba Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Litoral Note Paulista - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”,organização sem fins lucrativos e, com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa “O planeta é um capi- tal colocado à nossa disposição; ou o admi- nistramos investindo e recebendo os frutos plantados ou gastare- mos o capital e, o que nos resta é a falência”. Filipe de Sousa Ratinho ou RATÃO...Desmatar não! Página 6 GOLFO PÉRSICO....Ou Golfo de nafta? 5 de JUNHO Dia mundial Meio Ambiente Pássaro no Golfo Pérsico, aquele da Nafta... PÁGINA 11 AJUDAR... ACREDITAR... Valorizar. Em um Brasil igual para todos e especial para alguns. INCLUSÃO sem devaneios, mentiras ou politicagem. PÁGINA 5 5 de Junho Dia Mundial do Meio Ambiente EFEITO ESTUFA Página 12 ...nós estamos arriscando, de maneira progres- siva, perder algo que é fundamental para a nossa sobrevivência. A variedade de vidas do nosso planeta - conhecida como "biodiversidade" - PÀGINA 14

e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale · Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa? ... Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido

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Todos pela educação Edição nº. 31 Junho 2010

Cidadania e

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal motivação as mudanças comportamen-tais da sociedade, que o momento exige, no que tange a preservação ambiental, susten-tabilidade e paz social, reflorestamento, in-centivo á agricultura orgânica, hortas comu-nitárias e familiares, preservação dos ecos-sistemas, reciclagem e compostagem do lixo doméstico além, de incentivar a preserva-ção e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’, multiplicado e divulgado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: · Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a musica de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no pro-jeto, em cada Escola e em suas respectivas comunidades.

· Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os e-cossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico á prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâni-ca, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conhecimen-to adquirido em cada comunidade.

· Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

· Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por cri-anças, adolescentes e adultos com respon-sabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Vale do Paraíba Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Litoral Note Paulista - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”,organização sem fins

lucrativos e, com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

“O planeta é um capi-tal colocado à nossa disposição; ou o admi-nistramos investindo e recebendo os frutos plantados ou gastare-mos o capital e, o que nos resta é a falência”.

Filipe de Sousa

Ratinho ou RATÃO...Desmatar não! Página 6

GOLFO PÉRSICO....Ou Golfo de nafta?

5 de JUNHO Dia mundial Meio Ambiente

Pássaro no Golfo Pérsico, aquele da Nafta... PÁGINA 11

AJUDAR... ACREDITAR... Valorizar. Em um Brasil igual para todos e especial para alguns. INCLUSÃO sem devaneios, mentiras ou politicagem. PÁGINA 5

5 de Junho Dia Mundial do Meio Ambiente

EFEITO ESTUFA Página 12

...nós estamos arriscando, de maneira progres-siva, perder algo que é fundamental para a

nossa sobrevivência. A variedade de vidas do nosso planeta - conhecida como

"biodiversidade" - PÀGINA 14

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 02

Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

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Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J Diretora Administrativa: Rita de Cássia A. S.Lousada

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A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organiza-ção sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultu-ra, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade e responsabilidade, social e ambiental. Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acredi-tar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas res-ponsabilidades sociais. No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

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SOCIEDADE Vocês sabem porque sociedade entre portugueses sempre dá certo? Porque um rouba do outro e deposita na conta conjunta! DOIS BASTAM - Você sabe quantos portugue-ses são necessários para afun-dar um submarino? - Dois. Um bate na porta, o outro abre! SELF-SERVICE - Como é restaurante por quilo de português? - O cliente é pesado, na entrada e na saída. NO SUPERMERCADO - Por que o português, cada vez que compra uma caixa de leite, abre-a, ali mesmo, no supermercado? - Porque na caixa está escrito : "Abra aqui." NO SEXO - Manuel, você gosta de mulher com muito seio? - Não, pra mim dois já está bom.

Rir faz bem

O Tempo passou e me formei em solidão Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe man-dando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhe-cido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite. Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um. Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre. E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia. Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável! A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e mi-nha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados to-dos num mesmo sofá, entreolhando- nos e olhando a casa do tal compadre. Re-tratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim. Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfaze-jo, surgia alguém lá da cozinha ? geralmente uma das filhas ? e dizia: Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa. Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa. Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e ami-zade... Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhi-da. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite. O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa: Vamos marcar uma saída!... ? ninguém quer entrar mais. Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escon-dem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde pe-rambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores. Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoi-tos do leite... Que saudade do compadre e da comadre! Enviada por: Cássia Vaz

A idade e a mudança

Mês passado participei de um evento sobre a Mulher. Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as ra-ças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inte-ligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?' Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgi-as estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se "mudança". De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamen-tos, é ter disposição para guinadas. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa? Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guarda-do e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu. Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou pas-sear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu. Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu. Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questi-onamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juven-tude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. Olhe-se no espelho... Lya Luft

Mudanças

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Deixemos para o futuro um mundo mais limpo e, filhos melhores para a sociedade... Colabore, envie sua opinião ou comentário.

Nós e o planeta... Thomas Friedman Do The New York Times Existe apenas uma resposta significativa ao horrível derramamento de petróleo no Golfo do México, e é os Estados Unidos pararem de embromar quando se trata de definir o futuro de sua energia e do meio ambiente. A única resposta significativa a esse desastre provocado pelo homem é um projeto de energia feito pelo homem que finalmente estabeleça uma infraes-trutura de energia limpa para colocar o país em um caminho real e de longo pra-zo no sentido de acabar com nosso vício ao petróleo. Isso, obviamente, é a coisa certa para nosso meio ambiente, a coisa certa para nossa segurança nacional, a coisa certa para nossa segurança econômica e a coisa certa para promover a inovação. Mas significa que temos de parar de per-der tempo com a panacéia estúpida do "perfure, baby, perfure" (mote dos políti-cos republicanos), com os shows musi-cais água com açúcar do Dia da Terra e com a idéia paralisante de que o povo americano não está preparado para fazer nada sério para mudar nossa matriz ener-gética. Esse derramamento de petróleo é para o meio ambiente o que a bagunça das hi-potecas "subprime" (de alto risco de ina-dimplência) foi para os mercados - ambos uma advertência e uma oportunidade de galvanizar o eleitorado para uma mudan-ça radical que se sobreponha aos pode-rosos lobbies e interesses adquiridos que querem nos manter viciados no petróleo. Se o presidente Obama quiser aproveitar este momento, só depende dele. Temos em nossas mãos um dos piores desas-tres ambientais da história americana. Temos um público profundamente preo-cupado com o que já viu - e ele provavel-mente viu apenas o primeiro rolo desse filme de horror no golfo. E temos um pro-jeto de lei para clima/energia/empregos bipartidário pronto para ser enviado ao Senado - elaborado pelos senadores John Kerry, Joe Lieberman e Lindsey Graham - que colocaria um preço sobre o carbono, daria início à nossa mudança para um sistema de combustíveis mais limpos e de maior eficiência energética e liberaria uma avalanche de capital priva-do para o mercado da energia limpa. A indústria americana está pronta para agir e está basicamente dizendo a Wa-shington: "todos os países importantes, a começar pela China, estão introduzindo regras de mercado claras e de longo pra-zo para estimular a energia limpa - à ex-ceção dos Estados Unidos. Apenas nos deem algumas regras claras, e nós fare-mos o resto". O projeto de Kerry, Lieberman e Graham é um passo importante nessa direção. Está longe da perfeição. Inclui apoio para mais exploração de petróleo "off-shore" (em águas profundas), energia nuclear e concessões a companhias de carvão. Diante do vazamento de petróleo, precisamos melhorar esse projeto. No mínimo, precisamos de salvaguardas muito mais apertadas para a exploração "off-shore". Haverá uma forte pressão para ir ainda mais além, mas precisamos lembrar que, mesmo se parássemos to-talmente com a exploração "off-shore", tudo o que estaríamos fazendo seria transferir a produção a outras áreas fora dos Estados Unidos, provavelmente com leis ambientais ainda mais fracas.

Algum acordo precisa ser encontrado para dar impulso a esse projeto - ou al-gum projeto nessa direção. Mas, mesmo antes do derramamento de óleo no golfo, esse projeto estava no limbo porque a Casa Branca e os democratas do Senado quebraram uma promessa feita ao sena-dor Graham - o republicano solitário no apoio a esse esforço - de que o polêmico projeto de imigração não fosse introduzi-do antes da proposta para a energia. Ao mesmo tempo, o presidente Obama de-monstra um apoio tímido, temendo que, caso defenda mais firmemente a aplica-ção de um preço ao carbono, os republi-canos irão bradar "imposto do carbono" e "imposto da gasolina" nas eleições de metade do mandato de 2010. A questão principal: o projeto não tem chance de aprovação a menos que o pre-sidente Obama esteja por trás dele com todo o seu poder, mobilize o público e reúna votos. Ele tem de liderar da frente, não da retaguarda. A resposta a esse derramamento de óleo pode muito bem se tornar o teste de liderança mais impor-tante da presidência de Obama. O presi-dente sempre teve as intuições certas sobre energia, mas terá de decidir em que medida quer fazer frente ao desafio - criar apenas uma resposta emergencial para acabar com o derramamento por alguns meses ou uma resposta sistemáti-ca para acabar com o derramamento e colocar um fim em nosso vício ao longo do tempo. Não é necessário dizer, seria muito mais fácil para o presidente liderar se mais de um republicano no Senado estivesse disposto a mover uma palha para ajudá-lo. Nossa dependência do petróleo tipo "crude" (petróleo de referência nos EUA) não é apenas um problema de segurança nacional ou de clima. Em torno de 40% da atividade de pesca americana vem do golfo, cujos estados também são muito dependentes do turismo litorâneo. Além disso, as Ilhas Chandeleur, na costa da Louisiana, são parte do Refúgio Nacional de Vida Selvagem de Brenton. A área foi criada por Teddy Roosevelt e é uma de nossas mais ricas fontes de biodiversida-de. Como o consultor de energia David Roth-kopf gosta de dizer, algumas vezes, um problema atinge um ponto de acuidade onde restam apenas duas escolhas: ação corajosa ou crise permanente. Este é um momento semelhante para nosso sistema energético e nosso meio ambiente. Se nos contentarmos com apenas um resposta gradativa para essa crise - um "ei, isso é a nossa democracia. O que mais vocês podem esperar?" -, iremos lamentar. Você não pode enganar a Mãe Natureza. Ela sabe quando estamos ape-nas enrolando. A Mãe Natureza opera conforme suas próprias "leis de ferro". E, se as violarmos, não haverá lobby ou grande doador para nos livrar do proble-ma. O que passar terá passado. O que for destruído estará destruído. O que for extinto estará extinto - e, mais tarde, quando finalmente estivermos dispostos a parar de enrolar, será tarde demais. Thomas L. Friedman é colunista do jor-nal The New York Times desde 1981. Foi correspondente-chefe em Beirute, Jeru-salém, Washington e na Casa Branca (EUA). Conquistou três vezes o Prêmio Pulitzer, até que em 2005 foi eleito mem-bro distribuído pelo New York Times News Service, assumindo a direção da instituição.

Os constituintes do meio ambiente com-preendem fatores abióticos, como clima, iluminação, pressão, o teor de oxigênio e, bióticos, como: condições de alimenta-ção, modo de vida e comportamento soci-al para a fauna e, para o homem, fatores como educação, companhia, saúde, entre outros. Esta nossa preposição somente se vai referir aos aspetos ecológicos do meio ambiente. Definições: Em biologia, no capitulo que se refere a ecologia, o meio ambiente inclui todos os fatores que afetam ou interagem direta-mente no metabolismo ou no comporta-mento de um ser vivo ou de uma espécie, incluindo-se os fatores luz, ar, água, solo (chamados de fatores abióticos) e pró-prios seres vivos que coabitam em um mesmo ambiente, que é designado como biótopo. Os seres vivos, constituem o meio ambi-ente biótico. Tanto o meio ambiente bióti-co quanto o biótico atuam um sobre o outro numa cumplicidade que forma o chamado meio ambiente total dos ecos-sistemas. Meio ambiente abiótico: O meio ambiente abiótico inclui fatores como solo, água, atmosfera, luminosida-de e radiação. É constituído de muitos elementos e forças que se influenciam entre si e interagem na comunidade de seres vivos do seu habitat. Por exemplo: A corrente de um rio pode influir, na for-ma das pedras que se acumulam no fun-do e na margem desse rio; a temperatu-ra, a limpidez da água e sua composição química também podem influenciar toda a sorte de plantas e animais, bem como na sua maneira de se comportarem em seu habitat. Um importante grupo de fatores ambientais abióticos constitui o que se chama de "tempo". Os seres vivos e os destituídos de vida são influenciados pela chuva, geada, ne-ve, temperatura, quente, fria, evaporação da água, umidade (quantidade de vapor de água no ar), vento e muitas outras condições do "tempo". Muitas plantas e animais morrem a cada ano em virtude das mudanças de tempo. Os seres huma-nos constroem casas e usam roupas para se protegerem de climas ásperos (tempo). Estudam o "Tempo" para apren-der a controlá-lo. Outros fatores abióticos abrangem a quantidade de espaço e de nutrientes (substâncias nutritivas) de que pode dis-por um certo e determinado organis-mo. Todos os organismos necessitam de certa quantidade de espaço em que pos-sam viver e se desenvolver, bem como interagir na comunidade. Também, para que possam sobreviver necessitam de certa quantidade de nutrientes desprovi-dos de vida, como por exemplo o fósforo, para manter atividades corporais, como a circulação e a digestão. Meio ambiente biótico: O meio ambiente biótico inclui alimentos, plantas e animais, e suas relações recí-procas com o meio abiótico. A sobrevi-vência e o bem estar do homem depende grandemente dos alimentos que ingere, tais como frutas, verduras, carnes, fibras, etc... Depende assim, de associações com outros seres vivos. Por exemplo: algumas bactérias do sistema digestivo do homem ajudam-no a digerir certos e determinados alimentos. Os fatores sociais e culturais que cercam o homem são uma parte importante do seu meio ambiente biótico. Seu sistema nervoso altamente desenvolvido tornou possível, a memória, o raciocínio e a co-municação. Os seres humanos ensinam seus filhos e aos seus companheiros o que aprenderam. Pela transmissão de

conhecimentos, o homem desenvolveu a religião, a arte, a música, a literatura, a tecnologia e a ciência. A herança cultural e a herança biológica do homem possibi-litaram-lhe progredir além de qualquer outro animal no controle do meio ambien-te. Nas ultimas décadas do século passa-do, o homem se lançou no descobrimento do espaço cósmico e no estudo do seu meio ambiente. Todo o ser vivo se encontra em um meio que lhe condiciona a evolução de acordo com o seu patrimônio hereditário. A reação/evolução sobre o patrimônio leva à individualização dos seres e à sua a-daptação a um determinado modo de vida. Quando o meio ambiente em que está inserido muda, o organismo reage através de uma nova adaptação (dentro da faixa permitida pelo patrimônio heredi-tário) que, segundo Lamarck, seria sem-pre eficaz, mas que, na realidade, pode ser prejudicial e agravar as conseqüên-cias da mudança. Por exemplo: altera-ções bruscas como as que geralmente ocorrem em lagoas, acarretam muitas mortes. A locomoção no reino animal, e a disper-são dos diásporos,no reino vegetal, per-mitem às espécies instalarem-se em no-vos ambientes, mais favoráveis. É o as-peto principal da migração. O organismo pode, também, diminuir as trocas ou con-tatos co um meio que lhe é hostil, através da reclusão (construção de um abrigo, enquistamentos, anidrobiose, etc.). En-fim, uma determinada espécie pode orga-nizar seu meio por iniciativa própria (insetos sociais, castor e espécie huma-na). Meio ambiente natural: É aquele que antes mesmo do surgimen-to da humanidade já existia. os recursos naturais, de uma forma geral, bióticos ou abióticos são componentes viscerais do meio ambiente natural. A inter-relação entre os elementos componentes desta classe também é um fator essencial de sua compreensão. Certamente que com o surgimento da humanidade, o homem, como ser humano que é, acabou se tor-nando elemento do meio ambiente natu-ral. Meio ambiente artificial: De certa forma, vem em contraponto á noção da classe do meio ambiente natu-ral. Afinal, a própria compreensão do que pode vir a ser o termo "artificial", já deno-ta ser um bem que não se harmoniza com a idéia implícita ao "natural". De uma forma mais direta, os estudiosos costu-mam vincular o "meio ambiente artificial" aos bens ambientais que foram modifica-dos pelo homem. Assim, a artificialidade seria característica do meio ambiente natural que foi alterado em sua intimidade pelo homem e, que por isso, não seria mais "natural". Meio ambiente cultural: É aquele que pela sua natureza peculiar, é mais valorizado, pela sua cultura. Ge-ralmente os estudiosos associam o meio ambiente cultural ao meio ambiente artifi-cial que detenha valor histórico, cultural, estético, artístico e paisagístico. Outros valores e compreensões, podem, entretanto, ser associados à idéia de "meio ambiente cultural". Alguns elemen-tos, inclusive, otimizam a sua concepção, de modo a que englobe duas dimensões: Concreta (formada pelos bens artificiais de valores culturais, históricos, etc.) e Abstrata (a exemplo da cultura, propria-mente dita).

Lembre-se: Você é o item mais importan-te neste processo.

O Meio ambiente e o futuro

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Reflexões socioambientais

Se roubarem seu Celular... A DICA É MUITO INTERESSANTE, ATÉ PORQUE POUCA GENTE TEM O HÁBITO DE LER MANUAIS. Agora, com esta história do 'Chip', o interesse dos ladrões por aparelhos celulares aumentou. É só ele comprar um novo chip por um preço mé-dio de R$ 30,00 em uma operadora e o instalar no aparelho roubado. Por isso, está generalizado o roubo de aparelhos celulares. Segue, então, uma informação útil que os comerciantes de celulares não divulgam. Uma espécie de vingança para quando roubarem celulares. Para obter o número de série do seu telefone celular (GSM), digite *#06# Aparecerá no visor um código de algarismos.. Este código é úni-co!!! Anote e guarde-o com cuidado!!! Se roubarem seu celular, telefone para sua operadora e informe este código. O seu telefone poderá então ser completamente bloqueado, mes-mo que o ladrão mude o 'Chip'. Provavelmente, você não recuperará o aparelho, mas quem quer que o tenha roubado não poderá mais utilizá-lo. Se todos tomarem esta precaução, imagine, o roubo de celulares se tornará inútil. Envie isto a todos e não esqueça de anotar o número de série do seu celular!!! DIVULGUEM: "LEMBREM-SE DE QUE A FORÇA É O PRODUTO DA UNIÃO E QUE NÃO HAVENDO QUEM COMPRE NÃO HAVERÁ QUEM ROUBE E ISTO NÃO SE APLICA SÓ A CELULARES. AO COMPRAR ALGO EM SEGUNDA MÃO, PEÇA A NOTA FISCAL"

Quando pensar em desistir, não cruze os braços, lembre-se: O maior homem do Mundo morreu de braços abertos

RESUMO A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degra-dação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, cria uma neces-sária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que diz respeito a um conjunto de ato-res do universo educativo, potenciali-zando o envolvimento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacita-ção de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva inter-disciplinar. O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja críti-ca e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transforma-ção social. O seu enfoque deve buscar uma pers-pectiva de ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo, ten-do como referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano.

DESENVOLVIMENTO, MEIO AMBIENTE E

PRÁTICAS EDUCATIVAS A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degra-dação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produ-ção de sentidos sobre a educação ambiental.

A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializan-do o engajamento dos diversos siste-mas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade uni-versitária numa perspectiva interdisci-plinar. Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análi-se dos determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo desenvolvi-mento, numa perspectiva que priorize novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioam-biental.

Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasi-leira viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das con-dições de vida, refletindo uma crise

ambiental. Isto nos remete a uma ne-cessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de pensar e agir em torno da questão ambiental numa perspectiva contemporânea. Leff (2001) fala sobre a impossibilida-de de resolver os crescentes e com-plexos problemas ambientais e rever-ter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos sistemas de co-nhecimento, dos valores e dos com-portamentos gerados pela dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvi-mento.

A partir da Conferência Intergoverna-mental sobre Educação Ambiental realizada em Tsibilisi (EUA), em 1977, inicia-se um amplo processo em nível global orientado para criar as condições que formem uma nova consciência sobre o valor da natureza e para reorientar a produção de co-nhecimento baseada nos métodos da interdisciplinaridade e nos princípios da complexidade. Esse campo educa-tivo tem sido fertilizado transversal-mente, e isso tem possibilitado a rea-lização de experiências concretas de educação ambiental de forma criativa e inovadora por diversos segmentos da população e em diversos níveis de formação. O documento da Conferên-cia Internacional sobre Meio Ambien-te e Sociedade, Educação e Consci-ência Pública para a Sustentabilida-de, realizada em Tessalônica (Grécia), chama a atenção para a ne-cessidade de se articularem ações de educação ambiental baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mo-bilização e participação e práticas in-terdisciplinares (Sorrentino, 1998).

A necessidade de abordar o tema da complexidade ambiental decorre da percepção sobre o incipiente proces-so de reflexão acerca das práticas existentes e das múltiplas possibilida-des de, ao pensar a realidade de mo-do complexo, defini-la como uma no-va racionalidade e um espaço onde se articulam natureza, técnica e cultu-ra. Refletir sobre a complexidade am-biental abre uma estimulante oportu-nidade para compreender a gestação de novos atores sociais que se mobili-zam para a apropriação da natureza, para um processo educativo articula-do e compromissado com a sustenta-bilidade e a participação, apoiado nu-ma lógica que privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes áreas de saber. Mas também questiona va-lores e premissas que norteiam as

práticas sociais prevalecentes, impli-cando mudança na forma de pensar e transformação no conhecimento e nas práticas educativas.

A realidade atual exige uma reflexão cada vez menos linear, e isto se pro-duz na inter-relação dos saberes e das práticas coletivas que criam iden-tidades e valores comuns e ações solidárias diante da reapropriação da natureza, numa perspectiva que privi-legia o diálogo entre saberes.

A preocupação com o desenvolvi-mento sustentável representa a possi-bilidade de garantir mudanças socio-políticas que não comprometam os sistemas ecológicos e sociais que sustentam as comunidades.

A complexidade desse processo de transformação de um planeta, não apenas crescentemente ameaçado, mas também diretamente afetado pe-los riscos socioambientais e seus da-nos, é cada vez mais notória. A con-cepção "sociedade de risco", de Beck (1992), amplia a compreensão de um cenário marcado por nova lógica de distribuição dos riscos.

Os grandes acidentes envolvendo usinas nucleares e contaminações tóxicas de grandes proporções, como os casos de Three-Mile Island, nos EUA, em 1979, Love Canal no Alas-ca, Bhopal, na Índia, em 1984 e Cher-nobyl, na época, União Soviética, em 1986, estimularam o debate público e científico sobre a questão dos riscos nas sociedades contemporâneas. Ini-cia-se uma mudança de escala na análise dos problemas ambientais, tornados mais freqüentes, os quais pela sua própria natureza tornam-se mais difíceis de serem previstos e assimilados como parte da realidade global.

Ulrich Beck identifica a sociedade de risco com uma segunda modernidade ou modernidade reflexiva, que emer-ge com a globalização, a individuali-zação, a revolução de gênero, o sub-emprego e a difusão dos riscos glo-bais. Os riscos atuais caracterizam-se por ter conseqüências, em geral de alta gravidade, desconhecidas a lon-go prazo e que não podem ser avalia-das com precisão, como é o caso dos riscos ecológicos, químicos, nuclea-res e genéticos.

O tema da sustentabilidade confron-ta-se com o paradigma da "sociedade de risco". Isso implica a necessidade de se multiplicarem as práticas soci-ais baseadas no fortalecimento do

direito ao acesso à informação e à educação ambiental em uma pers-pectiva integradora. E também de-manda aumentar o poder das iniciati-vas baseadas na premissa de que um maior acesso à informação e transpa-rência na administração dos proble-mas ambientais urbanos pode impli-car a reorganização do poder e da autoridade.

Existe, portanto, a necessidade de incrementar os meios de informação e o acesso a eles, bem como o papel indutivo do poder público nos conteú-dos educacionais, como caminhos possíveis para alterar o quadro atual de degradação socioambiental. Trata-se de promover o crescimento da consciência ambiental, expandindo a possibilidade de a população partici-par em um nível mais alto no proces-so decisório, como uma forma de for-talecer sua co-responsabilidade na fiscalização e no controle dos agen-tes de degradação ambiental.

Há uma demanda atual para que a sociedade esteja mais motivada e mobilizada para assumir um papel mais propositivo, bem como seja ca-paz de questionar, de forma concreta, a falta de iniciativa do governo na im-plementação de políticas ditadas pelo binômio da sustentabilidade e do de-senvolvimento num contexto de cres-cente dificuldade na promoção da in-clusão social.

Nessa direção, a problemática ambi-ental constitui um tema muito propício para aprofundar a reflexão e a prática em torno do restrito impacto das práti-cas de resistência e de expressão das demandas da população das á-reas mais afetadas pelos constantes e crescentes agravos ambientais. Mas representa também a possibilida-de de abertura de estimulantes espa-ços para implementar alternativas di-versificadas de democracia participa-tiva, notadamente a garantia do aces-so à informação e a consolidação de canais abertos para uma participação plural.

A postura de dependência e de des-responsabilização da população de-corre principalmente da desinforma-ção, da falta de consciência ambien-tal e de um déficit de práticas comuni-tárias baseadas na participação e no envolvimento dos cidadãos, que pro-ponham uma nova cultura de direitos baseada na motivação e na co-participação da gestão ambiental Fonte: formiguinhasdovale.org

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 05

Acertar por vezes é um dever mas, saber reconhecer um erro, é sem dúvida o maior dos acertos...

Uma atleta de “Karate” internacional

Projeto - Acreditar Síndrome de Down

Maria Inês Rodrigues de Sousa, conhecida no esporte por Inês de Sousa, nasceu no dia 25 de Junho de 1998, na cidade do Porto, Portu-gal. Primeira filha do casal, Paulo Sou-sa e Sônia Sousa, é o orgulho da família, como criança educada, dedicada nos estudos e muito apli-cada naquilo que mais gosta, o Ka-rate. Entrou para o Karate, com 6 anos, no ano de 2004, aos seis anos de idade, idade esta em que também entrou para o 1º ano do ensino bá-sico. Criança obstinada e determinada, naquilo que gosta, o resultado de sua educação já se faz sentir nas competições que entra. Foi duas vezes campeã regional nos anos de 2008 e 2009 e, tam-bém, duas vezes campeã nacional, nos anos de 2008 e 2010. Neste ano de 2010, como campeã nacional (Portuguesa), foi indicada entre outras competidoras para

representar seu país, na Espanha, em competição de mundial, onde

conquistou o terceiro lugar e trou-xe na bagagem a medalha de bron-ze do mundial, da qual tanto se orgulha sua família. Continua firme em sua disposição de seguir carreira no Karate e é u-ma das promessas nacionais, quem sabe para os próximos jogos olímpicos. Treina quatro dias por semana, a-

pós a saída das aulas do ensino médio, que frequenta. Frequenta o 6º ano da Escola 2º Ciclo e Secudária de S. Mamede de Infesta, Portugal. Ilda Barquinha (de Portugal)

As estrelas de meu céu vão brilhar...

Quando o Fernando me pediu para eu escrever umas palavras para este projeto maravilhoso

que empreende, para as pessoas muito especiais atingidas por este dificuldade, na verdade me apavorei mas, logo me lembrei

de uma pessoinha maravilhosa, a Therezinha.

Therezinha é uma menina de olhos brilhantes perdidos no infinito

e de cabelos castanhos claros, uma criatura muito especial. Mas, muito mais que especial, é uma artista que desenha sonhos

e os faz transparecer em seus lindos olhos que se perdem em sonhos.

Em sua mente se desenha um grande espaço cósmico, como que

querendo entender aquilo que para ela se apresenta explícito, mas não aceita, e que lhe traz tantos questionamentos,

a incomoda.

Afinal ela está muito além do imaginável por nós pequenos seres humanos em conhecimento e, por isso,

ela me inspirou neste artigo.

Não vou falar de cromossomos, de síndromes, de células, vou falar somente de gente.

Estas pessoas especiais, tratadas como problemas de genética, como deficientes e, estatisticamente fixados em 15% das Doen-

ças Mentais, são vitimas de uma grande ignorância e da ausência de solidariedade, nesta sociedade em que a

beleza aparente a física, é o padrão para o sucesso.

É assim, que o sistema e as políticas publicas são dirigidas no tratamento, no acolhimento e apoio a estas pessoas especiais.

Colocam sua expectativa de vida no limite de 35 anos e se fixam duvidas sobre a fertilização destes nossos irmãos e irmãs.

Acentua-se o fator atraso mental como um carimbo, uma marca, chegando-se ao ponto de se limitar sua liberdade, assegurada em nossa Constituição Federal no direito de ir e vir, além do direito á

saúde, á educação e á não discriminação.

Esses cidadãos e suas famílias precisam de muito mais apoio, afago e amparo, que nós, que nos julgamos superiores e até mes-

mo normais, lhes dispensamos.

Desculpem mas, eu quis falar de gente, não generalizei povo. Quis falar de gente e para gente e, assim, peço um abraço verda-

deiro. Um abraço da alma, não contaminado por preconceitos, por estatísticas, mas sim, cheio de amor e de vontade de ajudar,

de amar e capaz de respeitar.

Ser Down é ser capaz de sonhar muito mais longe...

Século XXI

Um mundo melhor !!! Depende de nós.

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 06

Ratinho ou ratão

Tudo sobre os temas ecologia e meio ambiente - www.formiguinhasdovale.org

"Existem três Tipos de pessoas no mundo: As que fazem as coisas acontecerem; as que assistem as coisas a-contecerem e as que não se dão conta das coisas que acontecem."

O Programa Cidade

Educadora foi criado com o

objetivo de despertar nas pessoas a e nas

autoridades a consciência de uma

cidadania Ampla e ativa. Conheça mais:

www.formiguinhasdovale.org

Fotossíntese

Ratinho investe no desenvolvimento

sustentável acreano

A RADAN - Administração e Partici-pação Ltda., que tem como sócio majoritário o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, obteve licencia-mento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na-turais Renováveis (Ibama) para ex-ploração madeireira em 150 mil hectares de floresta nativa, na mar-gem esquerda da BR-364, sentido Tarauacá-Cruzeiro do Sul, no Esta-do do Acre. Os planos de negócio e manejo flo-restal da Radan, que incluem a ins-talação de uma indústria de benefi-ciamento de madeira, foram apre-sentados pela empresa à Secretari-a Executiva de Florestas e Extrati-vismo, analisados e aprovados pe-lo Conselho de Desenvolvimento Industrial do Acre. Apresentador de um programa de TV local, o jornalista Antonio Kle-mer disse que Ratinho passou o fim de semana no Acre e partiu es-ta manhã para São Paulo. - Ele ficou hospedado no Terraver-de. Minha filha almoçou com ele no sábado e não o entrevistei ontem (domingo) por falta de câmera - a-

firmou Klemer. A empresa de Ratinho adquiriu du-as glebas, em maio de 2002, da Companhia Paranaense de Coloni-zação Agropecuária e Industrial do Acre (Paranacre). Ela tinha conhe-cimento de que haviam sido desta-cadas da área inicial da “Gleba Pa-ranacre”, as áreas que foram reco-nhecidas e demarcadas para os povos Yawanawá/Katukina e Kaxi-nawá, respectivamente a Terra Indí-gena Yawanawá do Rio Gregório e a Terra Indígena Kaxinawá da Praia do Carapanã, totalizando 130 mil hectares.

Vista aérea da região do rio Gregório Na verdade a área inicial da Radan era 195 mil hectares, mas foi redu-zida porque a empresa aceitou do-ar parte para comunidades indíge-nas e menos de 10 mil hectares pa-ra assentar posseiros da região que ocupavam a propriedade. Para colaborar com a disposição de a empresa investir no Acre, o então governador Jorge Viana (PT) cuidou da remoção dos posseiros. Os posseiros foram retirados da área de Ratinho pelo Instituto de Terras do Acre. Eles foram alocados em outras á-reas pertencentes ao Estado do Acre, doadas pela própria empresa,

na margem da BR-364, ou em Pro-jetos de Assentamentos do Incra, sem que haja qualquer responsabi-lidade de indenização por parte da Radan. Por sugestão de Jorge Viana, a em-presa se comprometeu em criar uma zona de amortecimento de 500 metros entre suas divisas e as á-reas indígenas, que totaliza aproxi-madamente 74 quilômetros. A zona foi denominada “área de silêncio”, onde não desenvolverá atividades econômicas, mantendo, no entan-to, a posse e propriedade da mes-ma. A empresa se viu forçada a ceder a área aos indígenas após a Organi-zação dos Agricultores Extrativis-tas Yawanawá do Rio Gregório fa-zer circular Carta Aberta na inter-net, em setembro de 2005, na qual negou qualquer intenção de nego-ciar suas áreas de ocupação tradi-cional. A organização indígena também demonstrou preocupação com o possível início das atividades ma-deireiras no entorno da terra e rea-firmou a intenção de lutar, junto com a etnia dos katukina, pelo ple-no reconhecimento do território que tradicionalmente ocupam no rio Gregório. A carta teve enorme repercussão no país e no exterior e uma delega-ção Yawanawá foi recebida pelo então governador Jorge Viana, que reiterou a posição favorável do go-verno estadual em relação à de-manda de revisão de limites da TI Rio Gregório. Logo foi estabelecido um acordo formal entre o governo estadual e a Radan, garantindo a cessão de par-

te das terras da empresa (cerca de 130 mil hectares) contida na revi-são de limites da TI Rio Gregório, bem como a não realização de ati-vidades de manejo madeireiro no entorno da terra indígena. As medidas contribuíram para a publicação, no Diário Oficial da U-nião (DOU), em abril de 2006, de despacho do presidente da Funda-ção Nacional do Índio, aprovando a revisão de limites da TI Rio Gregó-rio. Foto: 1) Divulgação; 2) Edison Caetano

CARATER

Do grego “charactér” de “charássein” que significa

GRAVAR.

Etimologicamente, caráter quer dizer “coisa gravada”. O Termo pode ter dois sentidos diversos: 1º.) como conjunto de disposições psicológicas e comportamen-tos habituais de uma pessoa, isto é, a per-sonalidade concreta. 2º.) relacionado à vontade e nesse caso conecta as idéias de energia, honestidade e coerência; é nessa acepção que falamos,em “homem de ca-ráter”. Há inúmeras classificações de ca-ráter, obedecendo aos mais diversos cri-térios. Citaremos a de Heymans e Wi-ersma, baseada nas três propriedades fundamentais do caráter: emotividade, atividade repercussão das representa-ções. Quanto á emotividade os indivíduos podem ser emotivos e não-emotivos; Quanto à atividade, distribuem-se em ativos e não-ativos; Quanto à repercussão das representações, distinguem-se os pri-mários (influenciados pelo presente e a ele reagindo) e os secundários (com ca-pacidade de reagir em vista do futuro e não somente em função da situação atu-al).O homem de vontade é, precisamente, aquele que sabe criar para si um caráter e que, por esse caráter, orienta sua própria conduta.

O que é A fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para produção de seu próprio alimento. De forma simples, pode-mos entender que a planta retira gás carbônico do ar e e-nergia do Sol. Processo Através deste processo, a planta produz seu próprio ali-mento constituído essencialmente por glicose. À medida que a planta produz glicose, ela elimina oxigênio. A glicose é utilizada pela planta na realização de suas fun-ções metabólicas, ou seja, ela é o seu principal combustí-vel, sem ela, seria impossível manter suas funções vitais. O processo de formação da glicose se dá através de rea-ção química, e esta, somente é possível devido à transfor-mação da energia solar em energia química. Importância

Sem a fotossíntese, não existiria vida em nosso planeta, pois é através dela que se inicia toda a cadeia alimen-tar. Daí a grande importância das plantas, vegetais verdes e alguns outros organismos. Além disso, como já vimos, a medida em que a planta produz glicose ela elimina oxigênio, e sem oxigênio é impossível sobreviver.

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 07

O Futuro do País estará na qualidade da educação que disponibilizarmos para nossas crianças.

Emprego

Livre para anunciar

[email protected]

Ajude-nos

nesta tarefa

por um Mundo melhor.

Sobre o Currículo e formas de avaliação

do candidato.

Texto deve conter as últimas três

empresas trabalhadas.

Quando a experiência profissional é exten-sa – às vezes somando décadas de traba-lho em diversas empresas – o candidato pode ficar tentado a descrever em seu cur-rículo suas atividades em cada companhia. No entanto, o detalhamento das ações, re-quisito para deixar um currículo atraente e diferenciado, pode, neste caso, atrapalhar. “A pessoa deve levantar as habilidades e competências técnicas focadas no objetivo de hoje. Se ela trabalhou anos atrás em u-ma área que não é o foco dela atualmente, não cabe esmiuçar essa experiência”, pon-dera Carmem Benet, consultora de recur-sos humanos da Manpower, de São Paulo. Duas páginas - A medida certa é o candida-to colocar, em apenas duas páginas, as três últimas empresas em que atuou e suas principais atribuições, sugere a consultora Neussymar Magalhães, diretora de planeja-mento e atendimento da Recursos Huma-nos em Marketing e Comunicação (RHMC). “As demais empresas em que trabalhou, o profissional pode apenas citar o nome, o período e o cargo que ocupou.” Enxuto – Mas, para Carmem Benet, citar o nome de uma firma em que se trabalhou há bastante tempo, somente por se tratar de uma companhia de renome, não é o mais recomendado. Carmen lembra que o candidato é avaliado por um conjunto de fatores. Segundo ela, descrever as atribuições e mostrar os re-sultados alcançados é mais importante do que o porte da empresa em que atuou. Cursos e idiomas - Outro ponto que o pro-fissional experiente deve ter cuidado é com a seção de cursos do currículo. “Ele deve colocar apenas os mais recentes, realiza-dos há, no máximo, três anos, e que te-nham ligação com a área em que ele pre-tende atuar”, aponta Carmem. Para enxugar ainda mais o documento, o domínio dos idiomas também pode ser re-sumido. Para a consultora, basta colocar o nível de fluência em cada uma das línguas, sem citar certificados. “Assim, ele tem mais espaço para escrever sobre as competên-cias, que é o mais importante”, sugere. Maria Carolina Nomura

Futuro

Casar nunca mais.... Só rindo mesmo. Sorrir faz bem.

Três amigas, uma noiva, uma casada e uma amante decidiram fazer uma brincadeira: seduzir seus ho-mens usando uma capa, corpete de couro, máscara nos olhos e botas de cano alto, para depois dividir a experiência entre elas. No dia seguinte, a noiva iniciou a conversa: - Quando meu namorado me viu usando o corpete de couro, botas com 12 cm de salto e máscara sobre os olhos, me olhou intensamente e disse: 'Você é a mulher da minha vida, eu te amo'. Fizemos amor apaixonadamente. A amante contou a sua versão: - Encontrei meu amante no escritório, com o equipamento completo! Quando abri a capa, ele não disse nada, me agarrou e fizemos amor a noite toda, na mesa, no chão, de pé, na janela, até no hall do elevador! Aí a casada contou sua história: - Mandei as crianças para a casa da minha mãe, dei folga pra empregada, fiz depilação completa, as unhas, esco-va, passei creme no corpo inteiro, perfume em lugares estratégicos e caprichei: capa preta, corpete de couro, botas com salto de 15 cm , máscara sobre os olhos e um batom vermelho que nunca tinha usado. Pra incrementar, comprei uma calcinha de lycra preta com um lacinho de cetim no ponto G. Apaguei todas as lu-zes da casa e deixei só velas iluminando o ambiente. Meu marido chegou, me olhou de cima abaixo e disse:

- Fala aí, Batman, cadê a janta?

Cuidar das crianças é cuidar do futuro do país

Atualmente, vivemos num mundo globalizado, que, na maioria das vezes, só o que importa é o di-nheiro, cada vez mais dinheiro. Segundo relatórios da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infân-cia), crianças estão sendo exploradas, maltratadas, humilhadas, sofrendo abusos, prostituídas e, prin-cipalmente, perdendo o direito de estudar e de ser criança. O mundo de amanhã pertence às crianças de hoje. Mas que tipo de adultos elas serão e que futuro terão? É de importância vital a responsabilidade dos adultos para com as crianças, porque as nossas es-peranças de um mundo melhor precisam estar bem alicerçadas, a fim de que o edifício da fraternidade seja sólido e firme. Este alicerce deverá ser a educação. Porém não apenas a instrução, mas também a educação moral, e de uma moral praticada, vivida e valorizada. No futuro, as crianças de hoje serão a-dultos melhores, se os adultos, em especial os pais e os educadores, fizerem desabrochar nas crian-ças as melhores características como seres humanos, características positivas. Portanto, em nome das crianças do mundo, suplico amor. Não apenas afagos e carícias, brinquedos e presentes que tão comumente externizam suas vidas em épocas natalinas, mas também o amor à luz do entendimento, com direito à educação, através de bons exemplos, de palavras amigas e de bonda-de. Não façamos delas estatuetas para exibir aos parentes e amigos. Toda criança é bela, pois não e-xistem crianças feias. Ainda é tempo de os adultos de hoje, realizarem mudanças, tendo atitudes adequadas, para forma-rem melhores crianças e, no futuro, uma sociedade melhor. Mudar as atitudes e se fazer presente, na vida da criança, conhecendo os interesses dela, valorizando os seus acertos e, quando ela errar, criti-car a situação, a ação que ela fez e nunca a pessoa, procurando ser sempre coerente com ela já é um bom começo. Thaylon Nóbrega (aluno do 8º ano do ensino fundamental)

Dizem que sou louco por pensar assim Se eu sou muito louco por eu ser feliz

Mas louco é quem me diz E não é feliz, não é feliz

(Balado do louco - Dos “Mutantes”)

Pequenas escolhas que faço hoje, “qual cor de camisa usar? A vermelha ou a azul?”, “que caminho tomar para o trabalho, avenida x ou rua y?”, “ligar ou não para fulana”, “falo ou não falo com ele?”, “começo ou não começo aquele curso?” parece não ter muita relevância hoje, nem muito impacto no meu dia agora. Mas se eu ampliar minha visão, logo notarei claramente a importância delas no resultado final do meu cami-nho. Melhor, mudar, trocar ou refletir do que aceitar tudo passivamente, melhor ser considerado louco do que infeliz, lem-brando sempre o trecho daquela músi-ca dos Mutantes: “Mas louco é quem me diz, que não é feliz....eu sou feliz”.E para ser louco hoje em dia nem precisa

de muito,não precisa sair por aí rasgan-do nota de cem, basta você dizer que se preocupa com o próximo e que não é uma pessoa materialista.Os outros olham para você com cara de espanto! “Mas como você pensa nos outros?O importante é você!” ou “Como você não quer ter carros, mansões, ser rico, mui-to rico,milionário!!!”.Querer ser fe-liz,apenas por ser feliz não importando o que se tenha hoje é a maior loucura, você pode ser considerado um grande doido por isso. E a música dos mutantes continua mostrando que a loucura é justamente o normal, é justamente ser quem se é, e chamando outro “louco” para me aju-dar, o Caetano, “ cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”, o mundo in-ventou necessidade, criou ilusões e as disfarçou de realidade pra gente com-prar. “Se eles têm três carros, eu posso voar Se eles rezam muito, eu já estou no céu”. Podemos viver muito bem sem

um monte de coisas, porém a pressão pelo consumo é mais forte.No fim as pessoas vão ficando alucinadas, por cada vez ter mais, e acreditam que o lado financeiro lhe garantiram alguma segurança, daí chamo outro louco para me ajudar,o comediante George Carlin, que num texto chamado “Paradoxo de nosso” tempo diz loucamente: “Multiplicamos nossos bens, mas redu-zimos nossos valores... essa é a era do homem grande de caráter pequeno; dos lucros acentuados e relações vazi-as...Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados...” Nós, os sensíveis, os solitários e os sonhadores somos loucos adoráveis que acreditam no amor como salvação, mesmo sabendo que o amor pode dar errado, mesmo sabendo que o amor pode vir cheio de defeitos e causar muito decepção , mas afinal somos loucos mesmo e não vamos nunca nos curar de nossa infinita loucura.

André Luis Aquino

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Junho 2010 Gazeta Valeparaibana Página 8

Educação se faz com exemplos, competência e respeito.

Curiosidades

MULTA DE TRANSITO

Para conhecimento.

No caso de multa por infra-ção leve ou média, se você

não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos

12 meses, não precisa pagar multa.

É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a

infração em advertência com base no Art. 267 do

CTB; levar xerox da carteira de motorista e a notificação

da multa.

Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por

escrito.

Perde os pontos, mas não paga nada.

Mais uma Lei que

regulamenta outra lei e, que como tantas outras, sempre têm o jeitinho brasileiro para anular.

A maior formiga operária do Brasil Conheça a "Maior Formiga" do Brasil e do mundo, ela tem o tamanho de um palito de fósforo e um veneno poderoso... O RankBrasil – Livro dos Recordes Brasileiros certificou a Formiga Carnívora Gigante pelo recorde de “Maior Formiga Operária” do Brasil. A Formiga Carnívora Gigante é originária do Maranhão, não tendo indicações de outras origens, nem verificando migração ou invasão de outros territórios. Ganha o nome cien-tífico de Dinoponera gigantea, é a maior formiga conhecida no mundo. Além de ter um tamanho assustador, três centímetros, essas formigas dispõem de outro poder, ela é venenosa. Utili-

za seu veneno para imobilizar e matar pequenos insetos rastejantes, pequenos répteis e até ratos. A Formiga Gigante só ataca suas vítimas para comer, mas só utiliza seu poderoso ferrão venenoso quando se sente ameaçada. Uma picada des-sa formiga pode até provocar a morte de um humano, mas para isso acontecer a vítima precisa ser alérgica ao veneno da espécie. Outra curiosidade dessa formiga é que em sua colônia não existe uma formiga que nasce com a função de ser rainha. A ordem de hierarquia é definida depois de uma luta entre algumas obreiras. A vencedora torna-se, automaticamente, rainha. Mesmo que as pessoas acreditem que as formigas incomodem, a natureza precisa delas, sem elas muitos ecossistemas seriam prejudicados e algumas espécies deixariam de existir. Curiosidades: Formigas-operárias são as que só trabalham em benefício do formigueiro, estão sempre em atividade e jamais se reproduzem; Seu ninho é escavado a dois metros de profundidade do solo, semelhante a uma fenda, a partir daí se inicia um túnel espiral de onde saem às câmaras, salas onde vivem e trabalham. Na maioria das espécies de formiga os ninhos ficam na superfície; Depois de eleita a rainha a fecundação acontece, e o macho aparece com a finalidade única de fecundar a fêmea. Fecunda uma única vez e a do-minante pode ter filhotes pelo resto da vida. As formigas representam a maior população de insetos do planeta, existem mais de 18 mil espécies, das quais três mil vivem no Brasil; As árvores e as formigas apresentam uma relação de parceria. As árvores fornecem néctar às formigas, em troca, elas as protegem de predado-res; As formigas já viviam nos tempos dos dinossauros, a cerca de 100 milhões de anos; As formigas não dormem, são surdas e quase não enxergam, comunicam-se pelo cheiro. Redação: Raquel Susin

Atualizando o currículo Você acha que não te contratam em uma Grande empresa porque o seu currículo é muito 'fraquinho'? É muito simples, basta fazer algumas substituições no Nome da profissão! A seguir, algumas dicas para você dar um reforço em seu currículo: * Oficial Coordenador de Movimentação Interna (porteiro) * Oficial Coordenador de Movimentação Noturna (vigia) * Distribuidor de Recursos Humanos (motorista de ônibus) * Distribuidor de Recursos Humanos VIP (motorista de táxi) * Distribuidor Interno de Recursos Humanos (Ascensorista) * Diretora de Fluxos e Saneamento de Áreas (a tia que limpa o banheiro) * Especialista em Logística de Energia Combustível (frentista) * Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (Pedreiro) * Segundo Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (Servente, o chamado peão de obra!) * Especialista em Logística de Documentos (office-boy) * Especialista Avançado em Logística de Documentos (motoboy) - * Consultor de Assuntos Gerais e Não Específicos (vidente) - esse é melhor ! * Técnico de Marketing Direcionado (distribuidor de santinho nas esquinas) - que idéia genial!!! * Especialista em Logística de Alimentos (garçom) * Coordenador de Fluxo de Artigos Esportivos (gandula) * Distribuidor de Produtos Alternativos e Alta Rotatividade (camelô) - não é perfei-to??? * Técnico Saneador de Vias Publicas (gari) * Especialista em Entretenimento Masculino (prostituta) * Especialista em Entretenimento Masculino Sênior (prostituta de luxo) * Dublê de Especialista em Entretenimento Masculino (travesti) - esse é bárbaro!!! * Supervisor dos Serviços de Entretenimento Masculino (cafetão) * Técnico em Redistribuição de Renda (ladrão)

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 9

A cultura colonial no Brasil A Cultura Colonial no Brasil A vida colonial não oferecia muito estí-mulo à atividade intelectual. Nos primei-ros tempos, somente os jesuítas repre-sentavam dimensão cultural de alguma importância. Uma das razões que impediram um gran-de desenvolvimento intelectual na colô-nia foi o fato de não termos imprensa. Até 1808, Portugal nunca consentiu no estabelecimento de tipografias coloniais. Era a própria estrutura do colonialismo luso que não permitia o desenvolvimento das letras no Brasil. A literatura é apenas um aspecto da vida cultural de um país. No Brasil Colonial, porém, foi um elemen-to muito expressivo da nossa formação intelectual lusitana, impregnada de he-rança escolástica, de latim, de gramática e de retórica. Poderíamos dizer até que nossa literatura, nos três primeiros sécu-los, nas suas linhas gerais, não passou de um capítulo colonial da literatura por-tuguesa. A Arquitetura Colonial A preponderância do sentimento religioso na nossa formação histórica explica a superioridade da arquitetura dos claus-tros e das igrejas, com seus magníficos interiores, sobre as vivendas e edifícios públicos. Principalmente em Minas Gerais, desen-volveu-se a arquitetura civil. No Nordes-te, as cidades não tiveram os esplêndi-dos edifícios públicos de Minas Gerais; faltaram-lhes as torres e os portões dos

edifícios de Ouro preto e as linhas har-moniosas dos de Mariana. Os holande-ses tentaram criar, no Nordeste, uma civilização urbana, com desenvolvida arquitetura civil e ponderável movimento artístico. Cedo, porém, o Brasil holandês sofreria a destruição da guerra e a vora-gem dos incêndios. Ao contrário da sociedade agrária escra-vocrata do Nordeste, a sociedade con-centrada de Minas, florescente no século XVIII, com a mineração, tendeu para uma civilização urbana. Daí, ser a arquitetura civil menos brilhante no Nordeste do que na região mineira. De um modo geral, a casa grande, nos engenhos e os sobrados, nas cidades, contrastam na solidez rude de sua cons-trução e no primarismo de suas linhas com a suntuosidade da arquitetura e a exuberância na decoração interna dos templos. Salas amplas e hospitaleiras, paredes nuas, mobiliário em jacarandá ou cedro, davam ao conjunto do sobrado uma severidade e uma robustez que re-fletem a simplicidade de uma economia agrícola, de base escravocrata. O Barroco O movimento barroco, surgido na Euro-pa, repercutiu profundamente no Brasil colonial, através dos jesuítas. Porém, como o enriquecimento do país foi progressivo, a igreja só podia orna-mentar-se á medida que as riquezas au-mentavam. Como o exterior já estava feito, o barroco só podia triunfar no interi-or. Há diferenças entre o barroco europeu e o barroco brasileiro: o primeiro era a ma-

nifestação artística de uma sociedade aristocrática e rica; o segundo de uma sociedade colonial de limitados recursos econômicos. A Música Enquanto florescia o canto gregoriano, nas igrejas e capelas, o canto e a música popular sofriam a influência primitiva das senzalas, das tabas indígenas e das al-deias portuguesas. Predominou a influ-ência portuguesa, fonte principal das me-lodias do nosso folclore, mas já conside-rável a contribuição africana. A influência indígena ainda sobrevive no Cateretê. Na música popular colonial dominam a modinha e o lundu. A primeira é nitida-mente lusitana; a segunda descende do batuque africano. Dos portugueses her-dou, também, o Brasil, as canções de ninar (acalantos). Devemos destacar, nessa época, o nome de José Maurício Nunes Garcia. Compositor fecundo, aos 44 anos, já ha-via, o Padre José Maurício, composto, só para a capela real, quase 200 obras, en-tre as quais, uma magnífica Missa em Si Bemol e sua obra prima, a Missa de Ré-quiem. Suas convicções religiosas, evi-dentemente, dominavam toda a sua pro-dução musical, onde o estilo harmônico denota, claramente, certa influência de Haydn e Mozart, seus autores prediletos.

A Música Setecentista em Minas Gerais

Infelizmente, perdeu-se quase toda docu-mentação musical correspondente à pri-meira metade do século XVIII. Os conjuntos musicais mineiros, que exe-

cutavam música religiosa, compunham-se, geralmente de 12 a 14 músicos, nú-mero bem proporcionado, em relação ao tamanho das igrejas da época. O coro era, sobretudo, masculino, empre-gando, também, meninos. Os instrumen-tos de cordas eram, geralmente, violinos, violas e contrabaixos. Usavam-se, também, flautas, oboés (chamados “bués”), clarinetes e fagotes; esse último parece ter sido o instrumento mais usado, pois sua venda, nas casas comerciais, era muito freqüente. Entre os metais destacavam-se a trompa, usando-se, nas grandes festas também, o clarim. Muitas obras de compositores mineiros foram vendidas como papel ve-lho para embrulhar mercadoria ou con-fecção de fogos de artifício. Entre os compositores mineiros, destaca-mos José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita, organista em Diamantina e contratado, mais tarde, como regente em Vila Rica. Estão salvas cerca de 40 obras de sua autoria, entre as quais, uma ex-traordinária Antífona de Nossa Senhora que, segundo Kurt Lange, o elevava à categoria de gênio. Outro compositor importante é Francisco Gomes da Rocha, que foi soldado do mesmo regimento onde servia Tiraden-tes. Sua obra principal é: Novena de Nossa Senhora do Pilar, onde podemos sentir um compositor dotado de completa matu-ridade artística.

Economia no sudeste brasileiro

Industria - Movimentado pelas maiores montadoras, siderúrgicas do país,além de empresas de alta tecnologia, possui-dor do maior parque industrial, o maior do Brasil, respondendo por quase 60% do PIB (Produto interno Bruto) nacional; é também a região brasileira com maior densidade demográfica e com o maior número de habitantes morando e vivendo nas cidades, ou seja 9 em cada dez habi-tantes. Além da alta tecnologia desenvolvida no Vale do Paraíba, especialmente nas ci-dades de São José dos Campos e Tau-baté, o sudeste brasileiro, especialmente o Estado de São Paulo, possui uma tec-nologia industrial considerada de ponta, indo desde a fabricação e montagem de automóveis, aviões e foguetes espaciais até celulares, computadores, etc... Serviços e comércio - Na grande maio-ria do território do sudeste brasileiro, a Prestação de Serviços e o Comércio são o principal ramo de atividade, represen-tando 61,1% da sua riqueza, seguido pela Industria com 39,1% e a agropecuá-ria que hoje representa 4,9%. Mineralogia - O Sudeste Brasileiro é também detentor de grande riqueza mi-

neral. No passado, o Ouro foi, no tempo da colonização, um grande aporte de riqueza, aparente tanto em obras de arte, como na decoração das igrejas seiscen-tistas e, no desenvolvimento do Brasil Colonial, com o surgimento de novos povoamentos, hoje cidades. No presente, especialmente e também no Estado de Minas Gerais, destacam-se as reservas de ferro e manganês na Serra do Espi-nhaço e como prova da riqueza do pas-sado as pinturas de Mestre Ataíde e as esculturas do barroco brasileiro de Aleija-dinho. Energia - Do ponto de vista de óleo com-bustível, na Bacia de Campos, no Ocea-no Atlântico, no Norte do estado do Rio de Janeiro, é extraída a maior parte do petróleo brasileiro e, mais recentemente, foi descoberto no Litoral do Estado de São Paulo, no espaço oceânico da cida-de de Santos, um potencial enorme de prospecção de petróleo, que segundo cálculos poderá colocar o Brasil entre os dez maiores produtores de petróleo do Mundo. Também do ponto de vista de combustí-veis limpos, ou seja álcool e biodiesel, o sudeste tem levado a termo grandes e importantes pesquisas, conseguido con-sideráveis níveis de produção, trazendo para a sociedade perspectivas de uma vida mais saudável. No setor hidroelétrico, segundo algumas fontes confiáveis, a situação é mais vul-nerável, em virtude, segundo uns pela oscilações climáticas (grandes períodos de seca) e segundo outros por absoluta falta de investimento em redes de trans-missão ou de busca de novas fontes de energia renováveis, tais como a eólica e solar, que adaptadas, segundo essas mesmas fontes, à arquitetura dos gran-des centros poderia e muito ser um fator

preponderante de economia e progresso. Em virtude da grave crise de energia do ano de 2001, quando os reservatórios das hidroelétricas atingiram os níveis mais baixos da história, levando o gover-no federal a decretar o racionamento de energia, sentiu-se imediatamente um declínio na Produção Industrial e na ge-ração de novos investimentos, especial-mente no Estado de São Paulo, o que levou a região a mergulhar em uma gra-ve crise de desemprego. A partir do final da década de 1990 , talvez já se preven-do a ocorrência desta crise energética, se deu um desaceleramento nos investi-mentos do setor industrial, sobretudo no metalúrgico, na Grande São Paulo aliado ao fato da alta concorrência de algumas cidades do interior do Estado de São Paulo, na parte de incentivo fiscal e me-lhores condições, como doação de terre-nos e outras, na busca por colocar sua mão de obra ociosa e para o desenvolvi-mento social de sua população. No ano de 2002, os rios e por conse-qüência os reservatórios das hidroelétri-cas se recuperam e a produção de ener-gia se normaliza, no entanto, a economia e os investimentos industriais, na Grande São Paulo, não. Dados da Secretaria do Trabalho do Mu-nicípio de São Paulo, por exemplo e, co-mo base do termômetro nacional, mos-tram que no ano 2000 o Brasil passou a ser o segundo país do mundo em nume-ro de desempregados, calculando-se nessa época na cifra de 11 milhões de pessoas sem trabalho. A partir do final do ano de 2003, houve um sensível aquecimento dos investi-mentos estrangeiros no país, o que levou a conseqüente aumento no numero de unidades industriais, tecnológicas e tam-bém de serviços, que ano após ano, até aos dias atuais tem-se mostrado otimista.

No entanto, ainda muito aquém das ne-cessidades, para absorver toda a mão de obra disponível. No entanto, especial-mente no estado de São Paulo, hoje já se sente a falta de mão de obra especia-lizada, o que tem aumentado o numero de escolas técnicas, num esforço conjun-to de suprir as necessidades da industria e dos serviços. Agricultura - A agricultura e os negócios agropecuários têm vindo a mostrar uma grande tendência evolutiva, seja através da aquisição de máquinas e equipamen-tos, seja numa busca intensiva de novas técnicas de cultura e manuseio. Na Re-gião Sudeste, a produção de café, cana-de-açúcar e frutas em geral está entre a mais significativas em termos evolutivos, e de volume de produção, do país. Turismo - Pelas suas riquezas naturais, clima e história se tem vindo a notar um esforço conjunto das autoridades fede-rais, estaduais e dos municípios no de-senvolvimento do turismo religioso, rural, ecológico e histórico, que também tem vindo a ser acompanhado pela iniciativa privada. O Vale do Paraíba, com o Vale Histórico, a Região Serrana da Mantiqueira com as cidades de Campos do Jordão e Santo António do Pinhal e o Circuito das Águas nas regiões Bragantina e Alto Tietê, te-em sido os destaques, para não falar do turismo religioso, onde a cidade de Apa-recida do Norte se destaca. Filipe de Sousa

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Junho 2010 Gazeta Valeparaibana Página 10

DROGAS o crak

Exploração sexual é crime e a pedofilia é crime hediondo. denuncie: 190

EDUCAÇÃO Do latim “educere”, que significa extrair, tirar, desenvolver.

Consiste, essencialmente, na formação do homem de caráter. A Educação é um processo vital, para o qual concorrem forças naturais e espirituais, conjugadas pela ação cons-ciente do educador e pela vontade livre do educando. Não pode, pois, ser confundida com o simples desenvolvimento ou crescimento dos indivíduos, nem com a sua mera adaptação ao meio. É atividade criadora, que visa a levar o ser humano a realizar as suas potencialidades físicas, intelectuais, criativas, morais e espirituais. Não se reduz, à preparação para fins exclusivamente utilitários, como uma profissão, nem para desenvolvimento de características parciais de personalidade, como um dom artístico, mas abrange o homem inte-gral, em todos os aspectos de seu corpo e de sua alma, ou seja, em toda a extensão de sua vida sensível, espiritual, intelectual, moral, individual, doméstica e social, para ele-vá-la, regulá-la e aperfeiçoá-la. É um processo continuo, que começa nas origens do ser humano e se estende até sua morte.

Crak o mal do século

Por:Adriana Moreira

Um nome pequeno, mas com um efeito devastador, crack. A droga é derivada da cocaína e causa depen-dência rapidamente.

Os estragos causados por ela têm ganhado a atenção da sociedade brasileira. O crack mata e tem feito várias vítimas que são capazes de tudo para manter o vício. Com isso, sofre o dependente químico, a famí-lia e a sociedade.

Por apenas R$ 10,00 a pedra de crack pode ser encontrada e cada vez mais fácil. Por ser barata, atin-ge principalmente os jovens de classes mais baixas, mas qualquer jovem pode ser considerado um usuário em potencial. De acordo

com estudos, o consumo de drogas ilícitas está diretamente ligado a criminalidade.

Segundo estudos sobre o mapa da Violência no Brasil, dos pesquisa-dores Daniel Gonzáles e Jorge Wer-thein, membros da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), revela que na década de 1994 a 2004, o número de homicídios foi de 32.603 para 48.374, um aumento de 48,4%. Por ano, cerca de 50 mil homicídios são registrados, o que significa 137 vítimas por dia.

Mas há um cuidado em separar o usuário do traficante. Em 2006, foi aprovada lei 11.343 que institui o Sistema Nacional de Políticas Pú-blicas sobre Drogas e dentre as medidas está essa diferenciação. Ao usuário, não cabe prisão, mas está sujeito a advertência, traba-lhos comunitários e a participação em programas educativos.

O objetivo é descriminalizar e tratar o dependente químico como doen-te, sendo assim tratado no âmbito da saúde pública e não no criminal. Para se ter uma ideia do aumento do consumo de crack no Espírito Santo no Hospital da Polícia Militar (HPM), a diferença do número de usuários da droga para o de álcool em 1998 era de 34 pontos, em 2008

o percentual era de apenas 6 pon-tos.

Segundo especialistas, o tratamen-to contra a droga é mais difícil. A sensação de prazer proporcionada pelo crack é 500% maior que a do sexo, da comida e do exercício físi-co. A droga causa convulsão, ele-vação da pressão arterial, arritmias cardíacas, fibrose pulmonar e refle-xos no sistema nervoso, como psi-cose, delírio e alucinação. A depen-dência pode acontecer a partir da primeira ou segunda experiência com a droga. Ela chega ao cérebro de 10 a 15 segundos após fumada, mas tem efeito efêmero, de cinco minutos.

O vice-presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo e tam-bém presidente da Frente Parla-mentar Antidrogas, deputado Esta-dual, Rodrigo Chamoun, explica que pela influência das drogas ilíci-tas no território brasileiro, a socie-dade vem experimentando pelo me-nos duas tendências preocupantes: o aumento assustador da delin-quência urbana, em especial dos crimes como roubo, extorsão, se-questro e homicídios; e a emergên-cia da criminalidade organizada, em particular em torno do tráfico inter-nacional de drogas. Juntas, elas causam graves violações dos direi-

tos humanos, comprometendo a consolidação da ordem pública.

Em 2009, o número de homicídios cresceu 45% no Espírito Santo. Pa-ra a polícia, o tráfico de drogas é responsável por 70% dos assassi-natos. “O narcotráfico potencializa e torna mais complexo o repertório das ações violentas por sua estrei-ta relação com o comércio ilegal de armas. A “indústria da droga”, para sustentar o tráfico, distribui farta-mente armas de fogo e, ao mesmo tempo, impõem regras de extrema violência para proteger suas ativi-dades, desenvolvendo as altíssi-mas taxas de homicídios vividas pelo Brasil”, conta o deputado.

Chamoun destaca algumas estraté-gicas fundamentais para reverter esse quadro. A primeira é a repres-são ao crime; em segundo a avalia-ção dos efeitos da descriminaliza-ção do uso; em terceiro, ter uma forte política de prevenção e por último, é preciso reconhecer o a-cesso universal ao tratamento dos dependentes químicos. “Desta for-ma fechando os três pilares funda-mentais para a estruturação de uma política eficaz de combate as dro-gas: a repressão, prevenção e recu-peração dos dependentes quími-cos”, explica o deputado.

DROGAS a cocaina

Sintetizada em 1859, a cocaína tem como origem a planta Erythroxylon coca, um arbusto nativo da Bolívia e do Peru (mas também cultivado em Java e Sri-Lanka), em cuja composição química se encon-tram os alcalóides Cocaína, Anamil e Tru-xillina (ou Cocamina).

As propriedades primárias da droga blo-queiam a condução de impulsos nas fi-bras nervosas, quando aplicada externa-mente, produzindo uma sensação de a-mortecimento e enregelamento. A droga também é vaso constritora, isto é, contrai os vasos sangüíneos inibindo hemorragi-

as, além de funcionar como anestésico local, sendo este um dos seus usos na medicina. Ingerida ou aspirada, a cocaína age sobre o sistema nervoso periférico, inibindo a reabsorção, pelos nervos, da norepinefrina (uma substância orgânica semelhante à adrenalina). Assim, ela po-tencializa os efeitos da estimulação dos nervos. A cocaína é também um estimulante do sistema nervoso central, agindo sobre ele com efeito similar ao das anfetaminas. A quantidade necessária para provocar uma overdose varia de uma pessoa para outra, e a dose fatal vai de 0,2 a 1,5 gra-ma de cocaína pura. A possibilidade de overdose, entretanto, é maior quando a droga é injetada diretamente na corrente sangüínea. O efeito da cocaína pode levar a um au-mento de excitabilidade, ansiedade, ele-vação da pressão sangüínea, náusea e até mesmo alucinações. Um relatório norte-americano afirma que uma característica peculiar da psicose paranóica, resultante do abuso de cocaí-na, é um tipo de alucinação na qual formi-

gas, insetos ou cobras imaginárias pare-cem estar caminhando sobre ou sob a pele do cocainômano. Embora exista controvérsia, alguns afir-mam que os únicos perigos médicos do uso da cocaína são as reações alérgicas fatais e a habilidade da droga em produzir forte dependência psicológica, mas não física. Por ser uma substância de efeito rápido e intenso, a cocaína estimula o usuário a utilizá-la seguidamente para fugir da pro-funda depressão que se segue após o seu efeito. A Coca-Cola, um dos refrigerantes mais populares, foi originalmente uma bebera-gem feita com folhas de coca e vendida como um "extraordinário agente terapêuti-co para todos os males, desde a melan-colia até a insônia". Complicações legais, todavia, fizeram com que a partir de 1906 o refrigerante passasse a utilizar em sua fórmula folhas de coca descocainadas (revista Planeta, julho,1986).

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 11

Dia mundial do meio ambiente IBGE A importância desse dia tem prece-dentes. O meio ambiente e a ecolo-gia passaram a ser uma preocupa-ção em todo o mundo, em meados do século XX. Porém, foi ainda no séc. XIX que um biólogo alemão, Ernst Haeckel (1834-1919), criou formalmente a disciplina que estu-da a relação dos seres vivos com o meio ambiente, ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia.

Celebrado de várias maneiras

(paradas e concertos, competições ciclísticas ou até mesmo lança-mentos de campanhas de limpeza nas cidades), esse dia é aproveita-do em todo o mundo para chamar a atenção política para os proble-mas e para a necessidade urgente de ações.

Se há assunto que consegue igua-lar todas as pessoas nesse planeta é a questão ambiental: o que acon-tece de um lado, para bem ou para mal, vai sempre afetar o outro!

Nessa data, chefes de estado, se-cretários e ministros do meio am-biente fazem declarações e se comprometem a tomar conta da Terra. As mais sérias promessas têm sido feitas, que vão do bê-á-bá ao estabelecimento de estruturas governamentais permanentes para lidar com gerenciamento ambiental e planejamento econômico, visan-do conseguir a vida sustentável no planeta.

Podemos, cada um de nós, já fazer

a nossa parte para a preservação das condições mínimas de vida na Terra, hoje e no futuro, ou seja, in-vestir mais naquilo que temos de valioso, que é a nossa inteligência, para aprender a consumir menos o que precisamos economizar: os recursos naturais. E é sempre bom lembrar que o Brasil, identificado como um dos nove países-chave para a sustentabilidade do planeta, já é considerado uma superpotên-cia ambiental! Fonte: IBGE

5 de Junho - Dia mundial do meio ambiente ECO 92 Realizada no Rio de Janeiro, a se-gunda Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (que ficou conhecida como Eco-92) teve como um de seus resultados a formulação de documentos mui-to importantes. Porém, muitos dos termos desses documentos ainda não foram colocados em prática. Isso por tratarem de questões que estabelecem mudanças no com-portamento dos países em relação ao meio ambiente. Essas mudan-ças deveriam ser implementadas tanto pelos países ricos quanto pelos chamados "países em de-senvolvimento". Algumas dessas questões são:

Biodiversidade

Nos anos 80, o conceito de biodi-versidade adquiriu destaque com a discussão sobre o risco de extin-ção de diversas espécies existen-tes. A biodiversidade, que determi-na a diversidade genética e de ha-bitat entre os seres vivos (animais, vegetais e microorganismos), põe

na ordem do dia a necessidade de se preservar o maior número pos-sível das formas de vida em vias de extinção, se o homem quiser ter condições mínimas de sobrevivên-cia.

As estimativas sobre o número de espécies que habitam a terra osci-lam entre 5 e 30 milhões, sendo que somente 1,5 milhão são co-nhecidas. Estão concentradas, em sua maioria, nos países tropicais. Estratégia Global para Biodiversi-dade, elaborado pelo World Re-sources Institute, dos EUA, e pela União Mundial para a Natureza, da Suíça, traz 85 propostas para a preservação da diversidade bioló-gica e um plano para a utilização sustentada dos recursos biológi-cos. Apesar de ter sido aprovado pelo Programa de Meio Ambiente da ONU e pelas Organizações Não-Governamentais (ONGs) que parti-ciparam do Fórum Global, quase nada vem sendo feito para reverter a situação. Em nações onde é

grande a diversidade biológica, co-mo a Federação Russa, a China e a Indonésia, continua acelerado o ritmo de destruições das espécies animais e vegetais. O documento Estratégia Global para Biodiversi-dade não foi, até hoje, aprovado pelo Congresso norte-americano.

Piratas biológicos

Biopirataria é o nome que se dá à saída de material genético de um país para outro, naturalmente de forma ilegal, para que se possa ex-plorá-lo comercialmente, sem o devido pagamento de patente.

No documento (não aprovado pe-los EUA) há também uma proposta a esse respeito, que consiste no seguinte: as empresas pesquisa-doras de animais e vegetais em outros países devem pagar royalti-es de suas descobertas ao país de origem.

O Brasil estima que uma em cada quatro drogas americanas possui

substâncias vindas de animais e plantas encontradas em países tro-picais. Estes, por sua vez, são o-brigados a pagar royalties no uso de produtos feitos a partir de suas próprias plantas e animais.

Agenda 21

Considerada como o resultado mais importante da Eco-92, a A-genda 21, documento assinado por 179 países naquela ocasião, é um texto chave com as estratégias que devem ser adotadas para a susten-tabilidade. Já adotada em diversas cidades por todo o mundo, inclusi-ve através de parcerias e de inter-câmbio de informações entre mu-nicipalidades, esse compromisso se desenrola no âmbito da coope-ração e do compromisso de gover-nos locais. Leva em conta, princi-palmente, as especificidades e as características particulares de ca-da localidade, de cada cidade, para planejar o que deve ser desenvol-vimento sustentável em cada uma delas. Fonte: IBGE

Segundo os pedagogos No dia 05 de junho comemora-se o dia do meio ambiente. A criação da data foi em 1972, em virtude de um en-contro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar as-suntos ambientais, que en-globam o planeta, mais co-nhecido como conferência das Nações Unidas. A conferência reuniu 113 pa-íses, além de 250 organiza-ções não governamentais, onde a pauta principal abor-dava a degradação que o homem tem causado ao mei-o ambiente e os riscos para sua sobrevivência, onde a diversidade biológica deveri-a ser preservada acima de qualquer possibilidade. Nessa reunião, criaram-se vários documentos relacio-nados às questões ambien-tais, bem como um plano para traçar as ações da hu-manidade e dos governantes diante do problema. A importância da data é de-

vido às discussões que se abrem sobre a poluição do ar, do solo e da água; des-matamento; diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo huma-no, destruição da camada de ozônio, destruição das espé-cies vegetais e das florestas, extinção de animais, dentre outros. A partir de 1974, o Brasil ini-ciou um trabalho de preser-vação ambiental, através da secretaria especial do meio ambiente, para levar à popu-lação informações acerca das responsabilidades de cada um diante da natureza. Mas em face da vida moder-na, os prejuízos ainda estão maiores. Uma enorme quan-tidade de lixos é descartada todos os dias, como sacos, copos e garrafas de plástico, latas de alumínio, vidros em geral, papéis e papelões, causando a destruição da natureza e a morte de várias espécies animais. A política de reaproveita-

mento do lixo ainda é muito fraca, em várias localidades ainda não há coleta seletiva; o que aumenta a poluição, pois vários tipos de lixos tóxicos, como pilhas e bate-rias são descartados de qualquer forma, levando a absorção dos mesmos pelo solo e a contaminação dos lençóis subterrâneos de á-gua. É importante que a popula-ção seja conscientizada dos males causados pela polui-ção do meio ambiente, as-sim como de políticas que revertam tal situação. E cada um pode cumprir com o seu papel de cidadão, não jogando lixo nas ruas, usando menos produtos descartáveis e evitando sair de carro todos os dias. Se cada um fizer a sua parte o mundo será transformado e as gerações futuras viverão sem riscos. Por Jussara de Barros

O mundo real Mais de 600 espécies animais estão ameaçadas pela expansão da mancha de óleo no Golfo do México. Segundo o departamento de Vida Silvestre e Pesca da Louisiana, estão afetadas 445 espécies de peixes, 134 de pássaros, 45 de mamíferos e 32 de répteis e anfíbios. Entre os pássaros o maior temor está relacionado à sobrevivência do pelicano marrom. O biólogo Robert Lover explicou que a ave emblemá-tica choca seus ovos nas ilhas litorâneas e pode es-tar ingerindo pescado contaminado com o óleo. A-meaças similares enfrentam diversas espécies de pássaros, entre elas as andorinhas reais. No caso de anfíbios e répteis, a tartaruga marinha Kemp Ridley, uma espécie já por si só em risco de extinção, vê-se especialmente ameaçada, uma vez que a mancha interrompeu sua migração na época da desova. Também estão ameaçados caimãs, rãs e serpentes do mar. Os mamíferos marinhos em perigo incluem o golfi-nho nariz de garrafa, o peixe-boi e baleias, mas tam-bém animais terrestres, como coiotes e raposas, que poderiam estar com seu hábitat contaminado. Numerosas espécies de peixes e crustáceos da regi-ão, que conta com importante indústria pesqueira, também se vêem ameaçadas, como o atum vermelho (Bluefin), o pargo vermelho, caranguejos, camarões e ostras.

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 12

A revolta da natureza em 2010 - Comemorar o que?

Copiar, por vezes, pode se nos apresentar menos arriscado. Mas, as grandes vitórias vêm com a inovação.

Nos poucos mais de trinta dias des-te ano de 2010 e no final do ano de 2009, a natureza mostrou toda a su-a fúria e revolta ao redor do mundo. Da madrugada do dia 10 de janeiro até ao inicio de março, e somente nesse pequeno intervalo de tempo, terremotos, maremotos, chuvas tor-renciais, com nunca vistos em tão pouco espaço de tempo, desliza-mentos e nevascas deixaram ras-tros de destruição mo Brasil e no mundo, causando centenas de mi-lhares de mortes e outros tantos desabrigados, para não falar dos econômicos.

No Brasil, enquanto o Estado de São Paulo com chuvas torrenciais e constantes, desde o final de 2009 Angra dos Reis no litoral fluminen-se, sequer comemorou o Ano Novo, devido a deslizamentos e trabalhos de resgate, onde se perderam cen-tenas de vidas.

No Haiti, um terremoto de 7° devas-tou o país e matou mais de 230 mil pessoas. Outros dois tremores sa-cudiram o Chile e Taiwan. Na Ásia foi só um susto, mas, no Chile, o pais mais desenvolvido da América Latina o fenômeno causou cente-nas de mortes e destruiu cidades inteiras.

Nos Estados Unidos e na Europa o frio e as nevascas se fizeram sentir de forma nunca vista, causando transtornos e mortes.

Tempestades e nevascas viraram parte da rotina dos norte-americanos e europeus, no inverno mais rigoroso da história, nas ulti-mas décadas, no hemisfério norte.

A erupção do vulcão Irlandês que parou a Europa, causando o fecha-mento do espaço na maioria dos países e sabe-se lá quantos proble-mas de saúde ainda virão a apare-cer para os europeus.

Muita coincidência. Muita coisa e em volumes nunca vistos em tão pouco espaço de tempo.

Chile – Terremoto de 8,8

graus na escala Richter

Na madrugada do dia 27 de fevereiro, a região central do Chile foi sacudida por um terremoto de 8,8 graus na escala Rich-ter, cujo epicentro foi registrado a 59,4 km de profundidade, na região de Maude, a 300 km ao sul de Santiago. O tremor devastou a cidade de Concepción e teve reflexos em várias ou-tras, inclusive na capital, Santiago. Logo de-pois do fenômeno foram emitidos alertas de tsunami para toda a região do Pacífico. Havaí, Nova Zelândia, Austrália, Japão e até partes da costa da Rússia se prepararam para receber as ondas gigantes causadas pelo terremoto do Chile. Estima-se que número de mortos já pas-se de 800.

Brasil – Chuvas em São Paulo e Rio de Janeiro

O novo ano mal havia começado quan-do Angra dos Reis, no litoral fluminen-se, viveu uma das maiores tragédias de sua história. Devido à forte chuva que caía na regi-ão, um enorme deslizamento de terra soterrou bairros inteiros e arrastou para o mar pousadas e hotéis construídos nas encostas. Ao menos 52 pessoas morreram. O Estado de São Paulo também sofreu com as chuvas entre o final de 2009 e o começo de 2010. Foram mais de 40 dias seguidos de chuva. O resultado, além de muitos transtornos na capital, foi um saldo de quase 80 mortos. Um dos municípios mais atingidos foi São Luiz de Paraitinga.

Turquia - Terremoto de 6 graus na escala Rich-ter

Os turcos que moram na região de Ela-zig foram acordados no meio da ma-drugada do dia 8 de março por um forte ter-remoto de 6 graus na escala Richter. O fenô-meno atingiu localidades densamente povoa-das e pobres, cujas residências geralmente são de argila e pouco resistentes aos abalos sísmi-cos. Mais de 50 pessoas morreram. O governa-dor local, Muammer Erol, se apressou em di-zer que equipes de resgate conseguiram chegar a todas as zonas atingidas, e que não esperava que houvesse um aumento sensível do registro de vítimas. Os terremotos são frequentes na Turquia, um país atravessado por diversas fa-lhas tectônicas.

Haiti – Terremoto de 7

graus na escala Richter

No dia 12 de janeiro, o Haiti foi atingi-do por um terremoto de 7 graus na esca-la Richter. O fenômeno devastou completa-mente o país, cujas estruturas civis são muito precárias. A comunidade internacional não demorou a se dar conta da gravidade da situa-ção, mas todo o esforço humanitário e finan-ceiro não impediu o sofrimento do povo haitia-no. O número de vítimas em todo o país mais pobre da América Latina passou de 230 mil, superando os mortos do tsunami na Ásia, em 2004. Poucas semanas após o tremor, os haitia-nos enfrentaram chuvas e inundações, que deixaram outras dezenas, talvez centenas de

mortos.

Estados Unidos – Nevas-cas batem recordes

No dia 26 de fevereiro, o acúmulo de neve em Nova York chegou a 9,4 polegadas e bateu o recorde de 7,5 polegadas registrado em 1874. Escolas foram fechadas e voos cancela-dos. Os dados são apenas um exemplo de co-mo as nevascas que atingiram a costa leste dos Estados Unidos causaram transtornos à popu-lação. Todo o noroeste do país registrou queda de árvores e cortes de energia elétrica. Apesar dos grandes transtornos, o número de vítimas foi baixo. Em Nova York, um homem morreu ao ser atingido por um galho de árvore. Dias antes, em Washington, outras duas pessoas também haviam morrido.

Europa – Nevascas e tempestades

Enquanto o Chile contava as vítimas do terremoto de 8,8 graus, a Europa ocidental era atingida pela tempestade Xynthi-a. Mais de 60 pessoas morreram. Na França, o governo declarou estado de emergência e disse tratar-se da tormenta mais forte que atingiu o país desde 1990, quando outra tempestade deixou um saldo de 92 mortes. Antes da Xyn-

thia, o continente já vinha sofrendo com um dos invernos mais rigorosos das últimas déca-das. Centenas de voos cancelados, estradas bloqueadas, escolas fechadas e dezenas de mortes devido ao frio viraram rotina durante os primeiros dois meses de 2010 para os euro-peus.

Taiwan – Terremoto de 6,4 graus na escala Ri-chter

Nem bem o mundo havia se recupera-do da tragédia do Chile, a terra tremeu novamente, mas agora do outro lado do mun-do. Um terremoto de 6,4 graus atingiu uma região montanhosa próxima à cidade de Kaoh-siung, no sul da ilha de Taiwan, na Ásia, no dia 4 de março. O tremor foi sentido em Taipé, onde edifícios tremeram por vários minutos. Os serviços ferroviários foram suspensos. Não houve vítimas, mas mais de 60 pessoas fica-ram feridas. O tremor assustou a ilha, apesar de seus habitantes estarem acostumados com esse tipo de fenômeno. COM MEDO DO FIM DO MUNDO!!!

Americanos e seus aliados nos progra-mas espaciais procuram lugar para vi-ver longe daqui, onde têm conhecimen-to do mal que estão fazendo para o pla-neta e das incertezas que ameaçam a vida na terra. Na Espanha, um grupo de pessoas se juntou para construir abrigos em dife-rentes pontos do país para se proteger do que eles acreditam que será o fim do mundo, na data profetizada pelos maias, 2012.

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 13

Conheça um estudo sobre comportamento escolar “bulding”: www.gazetavaleparaibana.com/comportamento.pdf

Com medo do fim do mundo !

Não importa se a profecia falhar: eles têm certeza de que diante das mudan-ças climáticas, dos desastres naturais, da instabilidade das manchas solares e da ameaça nuclear, convém ter um re-fúgio. "Não somos apocalípticos, mas quere-mos evitar os riscos. Um país como a Espanha, que tem centrais nucleares que são alvo da Al-Qaeda, não conta com um nível de segurança muito alto diante de uma grande catástrofe", ex-plicou à BBC o presidente do Grupo de Sobrevivência da Espanha 2012 (GSE), Jonatan Bosque. "Na Suíça, toda nova construção vem com seu bunker. Aqui, quem tem este tipo de refúgio são pessoas endinhei-radas. Somos uma organização não-lucrativa e o que queremos é que os bunkers estejam ao alcance de todos", acrescentou. Três anos em um bunker. O GSE conta com 180 sócios e vários projetos nas serras de Madri, Granada e Aragão. Os bunkers, subterrâneos e construídos como cavernas nas mon-tanhas, estão protegidos por uma capa de 60 cm de concreto e contam com filtros de partículas radioativas para evitar a infiltração de resíduos tóxicos ou a passagem de radiação ou bacté-rias. Além disso, os refúgios têm geradores elétricos que funcionam a diesel, siste-mas de refrigeração e dispensas para mantimentos, sementes e plantas. "É possível permanecer até três anos em seu interior respirando ar puro, mas tudo depende da capacidade de gestão dos ocupantes, dos alimentos. Você não vai encontrar iogurtes desna-tados te esperando", ressaltou Bos-que. "A questão é que se você está diante de uma catástrofe, como a explosão de Chernobyl, você não vai poder sair du-rante vários anos." Preços O catálogo dos bunkers inclui um ins-pirado no metrô de Londres, que é ven-dido nas versões família (54 m para 24 pessoas) e comunitária (600 m para 150 pessoas). Os bunkers são projeta-dos para serem cravados na montanha, como se fossem os quartos de um bar-co que vai enfrentar uma grande inun-dação. "Os bunkers grandes podem custar por volta de US$ 150 mil (cerca de R$ 275 mil) e os pequenos por volta de US$ 4 mil (R$ 7,3 mil). Com um mon-tante entre US$1,8 mil (cerca de R$ 3,3 mil) e US$ 3 mil (cerca de R$ 5,5 mil) por pessoa pode-se ser proprietário de um bunker", explicou o responsável do grupo.

A CORRIDA ARMAMENTISTA E ESPACIAL No vale tudo para “se proteger” e se mostrarem os mais poderosos do mundo, as chamadas grandes potências, onde se inclui os Esta-dos Unidos da América do Norte, no pós guerra, tem-se valido de to-dos os meios ao seu alcance para se firmarem política e economica-mente. Formas e meios de conquistarem este poderio, não levaram em conta os danos causados ao planeta e seus ecossistemas. Testes nucleares, mo mar, no ar e na terra. Consumo excessivo de energias fósseis e nucleares, a agroindústria despejando fertilizantes e agrotóxi-cos sem controle, etc. Se tem usado o planeta de forma irresponsável e, muito embora, não tenham a coragem do admitir, os resultados dessa irresponsabilida-de, estão ai para todo o mundo ver. Só não vê quem não quer e quem vê, geralmente não pode falar ou então, não tem acesso á informa-ção, já que os mais afetados por tudo isso, são as populações mais carentes do mundo. Vamos conhecer um pouco da his-tória do pós-guerra. Introdução A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Esta-dos Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econô-mica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia plani-ficada, partido único (Partido Comunis-ta), igualdade social e falta de demo-cracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na eco-nomia de mercado, sistema democráti-co e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implan-tar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocor-rendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimen-tando conflitos em outros países co-mo, por exemplo, na Coréia e no Viet-nã. Paz Armada Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências en-volveram-se numa corrida armamentis-ta, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países alia-dos. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.

Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países mem-bros. A OTAN - Organização do Trata-do do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era co-mandado pela União Soviética e defen-dia militarmente os países socialistas. Alguns países membros da OTAN : Es-tados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia. Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia. Corrida Espacial EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos a-vanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia u-ma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mun-do qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o fogue-te Sputnik com um cão dentro, o pri-meiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a che-gada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana. Caça às Bruxas Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu territó-rio e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginali-zados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, coman-dado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também che-gava aos países aliados dos EUA, co-mo uma forma de identificar o socialis-mo com tudo que havia de ruim no pla-neta. Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as re-gras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era prati-camente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos sovi-éticos. "Cortina de Ferro" Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupa-ção entre os países vencedores. A Re-pública Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portan-to, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, Fran-ça e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergo-nhosa "cortina de ferro". Plano Marshall e COMECON As duas potências desenvolveram pla-nos para desenvolver economicamente

os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os paí-ses capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o obje-tivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Envolvimentos Indiretos Guerra da Coréia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes propor-ções. Após a Revolução Maoista ocor-rida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Co-réia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interes-ses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sis-tema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista. Guerra do Vietnã: Este conflito ocor-reu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tec-nológico, tiveram dificuldades em en-frentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas flores-tas tropicais do país. Milhares de pes-soas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrota-dos e tiveram que abandonar o territó-rio vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. Fim da Guerra Fria A falta de democracia, o atraso econô-mico e a crise nas repúblicas soviéti-cas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as du-as Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorba-chev começou a acelerar o fim do soci-alismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países soci-alistas. E, aqui começou a destruição de nossos ecossistemas. Nunca se emporcalhou e destruiu tanto, quanto dessa data aos tem-pos de hoje. Melhor se destruiu em cinco déca-das o que não foi destruído em mi-lhões de anos, na era moderna.

COMEMORAR O QUE?

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JUNHO 2010 Gazeta Valeparaibana Página 14

Riscos á biodiversidade

Não existe País que se queira grande, sem que se invista em boa educação e saúde, para a suas crianças.

A maldição do óleo

Guerra é sempre um ato de violência em massa. Vitima mais as crianças e os jo-vens. O custo humano de uma guerra supera largamente os benefícios materi-ais ou político-ideológicos, exceto para os que estão envolvidos nela. Por isso, geralmente, guerras resultam de confli-tos que são considerados complexos e intratáveis. As partes em litígio põem seus valores simbólicos, ideológicos, reli-giosos, étnicos, acima dos valores huma-nos ou patrimoniais. O bombardeio de Israel no Líbano e a retaliação do Hizbolah ilustram bem isso. É certo que nenhum dos lados al-cançará qualquer objetivo concreto. Israel diz que pretende dissuadir o Lí-bano de dar cobertura ao Hizbolah e impedir que essa organização continue ameaçando seus cidadãos e seus territó-rios. Mas a violência dos ataques não fará mais que aumentar o ódio e os mili-tantes das organizações que combatem Israel no mundo árabe. O Hizbolah quer acabar com o estado de Israel. É óbvio que não conseguirá. Aumentará o ódio e as tropas de Israel contra os pa-lestinos e outros povos árabes e fortale-cerá o estado-quartel em Israel. Efeito colateral Portanto, outros efeitos colaterais dessa – e de qualquer guerra – não podem ser considerados mais importantes ou da mesma importância que as perdas hu-manas e o aumento dos ódios e dos con-flitos intratáveis. Mas isso não anula sua existência, nem sua gravidade. O desas-tre econômico libanês representado pela destruição de infra-estrutura recém-recuperada da devastação da guerra civil, pela fuga de capitais e investidores, repercutirá por mais de uma década no país. É certo que as perdas humanas repercutirão para sempre, nos corações e mentes dos libaneses e israelenses, e são irrecuperáveis. Infra-estrutura ain-da se reconstrói, embora com muito es-forço e dor. Outra conseqüência grave da guerra é ambiental. Os dois piores efeitos ambi-entais, até agora, são o vazamento de óleo da termoelétrica de Jiyeeh – que já é o 5º pior vazamento de óleo dos últi-mos 20 anos – e a destruição de grande parte da última reserva de cedros do Líbano. Além disso, seria preciso conta-bilizar a contribuição localizada para o efeito estufa, por causa das explosões e incêndios e a contaminação do solo e da água pelos explosivos, por vazamentos de materiais tóxicos e por cápsulas deto-nadas e não detonadas que ficam pelo terreno. A mancha de óleo de Jiyeeh já se espa-lha em volutas mortíferas para a biodi-versidade por 140 quilômetros da costa libanesa e já atinge a Síria, ao norte, como mostra a foto de satélite. A conti-nuação dos bombardeios e hostilidades no Sul do Líbano e o fracasso, até agora, das tentativas de negociar um cessar-fogo, impedem o trabalho de contenção da mancha de óleo e sua limpeza. Até a última quarta-feira, já haviam 12 mi-

lhões de litros de óleo no mar Mediter-râneo, praticamente igualando o vaza-mento de Jiyeeh ao do petroleiro Erika, que despejou 13 milhões de litros de pe-tróleo na costa da região da Bretanha, na França. Pior cenário Achim Steiner, Secretário Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), disse, nessa quarta-feira que “estamos lidando com um incidente muito sério e qualquer providência prática está sendo impedida pela continuação das hostilidades”. Se-gundo o PNUMA, no pior cenário, o desastre de Jiyeeh pode ter a mesma dimensão que o vazamento do petroleiro Valdez, da Exxon, no Alaska, o pior da história no EUA e o terceiro pior dos últimos 20 anos, como se pode ver no gráfico. Como o pior cenário só será evitado se o vazamento for contido a tempo e a limpeza do mar começar logo e for rápida e eficiente, cresce a proba-bilidade de que venha a ocorrer. Mesmo que ele não se confirme, a des-truição e perda de biodiversidade serão enormes, como afirma o biólogo Ezio Amato, do Istituto Centrale per la Ri-cerca Scientiffica e Tecnologica Applica-ta al Mare (ICRAM), que se deslocou para a Síria para avaliar essas perdas em conjunto com o PNUMA. Os cardu-mes de atum do Mediterrâneo estão a-meaçados. É época de desova e suas o-vas flutuam nas águas, sendo captura-das pela mancha de óleo. Não bastasse isso, pescadores que não encontram car-dumes perto das águas poluídas estão entrando nos santuários de reprodução do atum, ameaçando ainda mais direta-mente a sobrevivência da espécie. As tartarugas também estão sob ameaça. O fantasma do Exxon-Valdez Mas o fantasma do Valdez não ronda apenas a costa do Líbano. Ele está de volta ao Alaska. Os preços do petróleo subiram fortemente na Inglaterra na segunda semana de agosto e quase US$ 1,50 por barril, no EUA, em reação à notícia de que a British Petroleum iria fechar o campo que explora na Baía de Purdhoe, no Alaska, o maior em opera-ção no país, após ter descoberto um va-zamento no oleoduto Trans-Alaska. Ele liga o North Slope do Alaska ao porto de Valdez e é a via crítica de escoamento do petróleo da região para as refinarias estadunidenses. O anúncio do vazamento e do fechamen-to do poço tiveram impacto em um mer-cado já pressionado pelo conflito entre EUA e Irã e por eventos na Nigéria, maior produtor africano. Lá, ataques de militantes separatistas à infra-estrutura petrolífera levaram à redução de 30% nas exportações. Essas tensões e a emer-gência de novos incidentes em áreas produtoras estão mantendo o preço do barril de petróleo no patamar dos US$ 70, já mirando nos US$ 80 nos picos. O gráfico mostra o surto de alta no preço do petróleo Brent, na semana dominada pelas notícias sobre o fechamento do campo da BP.

Maus antecedentes Esse anúncio ocorreu depois de outro incidente, em março, quando mais de um milhão de litros de petróleo vazaram no North Slope. Foi o pior acidente des-se tipo na história daquela parte do A-laska. As operações da BP na Baía de Prudhoe têm uma história longa de va-zamentos e operações ilegais, que resul-taram em processos e multas. O vaza-mento de março estava sob investigação criminal e da Agência Ambiental do EUA, a EPA. Eleanor Hufines, diretora regional no Alaska da The Wilderness Society, disse à imprensa, que as opera-ções da BP no Alaska contradizem con-sistentemente a imagem que a compa-nhia cultiva de amigável ao ambiente “por pelo menos uma década”. Ela in-formou que havia corrosão nos dutos, eles estavam em deterioração visível, portanto o desastre e o fechamento não foram surpresa. Ao contrário, disse ela, tudo poderia ter sido evitado, mas eles vêm ignorando os problemas há anos. As operações de petróleo no North Slope têm sofrido duras críticas dos ambienta-listas e dos cientistas. Relatório da Aca-demia Nacional de Ciências, diz que a vida silvestre da região tem sido pertur-bada pelas perfurações. As baleias, por exemplo, desviaram suas rotas de via-gem costeira para evitar essas áreas; mamíferos mudaram seus padrões de reprodução e migração, por causa disso os predadores aumentaram e ameaçam de extinção as espécies de aves mais frá-geis. Lições do desastre Há muitas lições nessas histórias. A pri-meira, óbvia, é que a atividade petrolífe-ra é, cada vez mais, uma atividade de alto risco econômico e ambiental. Isso significa que dificilmente o petróleo vol-tará a patamares de preço muito abaixo dos atuais e há um cenário em que po-dem, inclusive, se fixar em patamar ain-da mais alto, em decorrência do prová-vel agravamento das tensões geopolíti-cas e dos conflitos intratáveis em regiões produtoras. Além disso, em áreas como o Golfo do México, o aumento de fura-cões de maior intensidade, por causa do esquentamento da água do mar, eleva o risco de danos físicos insuportáveis, comprometendo a exploração petrolífe-ra nos locais de maior impacto continu-ado. Se isso ocorrer, aumenta considera-velmente o incentivo ao investimento em fontes alternativas de energia e em bio-combustíveis. Uma outra importante lição, é que o petróleo, além de contribuir majoritari-amente para o efeito estufa, tem sido poderoso inimigo da biodiversidade, especialmente, mas não exclusivamente no mar. E não apenas nas atividades de exploração, mas também no transporte e nos usos que exigem estoques volumo-sos, vulneráveis a vazamentos. O desas-tre de Jiyeeh ilustra bem isso. Portanto, todo cuidado é pouco. Que sirva de alerta e lição aqui no Bra-sil, onde os governos e parlamentares do Espírito Santo e da Bahia estão pressio-nado o governo federal para anular a

decisão do Ibama que impõe restrições à exploração de petróleo nas áreas críticas da zona de amortecimento do Parque Nacional de Abrolhos. Um desastre ali, representaria

uma tragédia inaceitável para a biodiversidade.

No EUA, várias autoridades e políticos da região do Alaska estão dizendo que um novo “Exxon Valdez” seria intolerá-vel. Pois é, aqui também. Sérgio Abranches TUDO DE NOVO Um novo incidente, com sérios danos aos ecossistemas foi o recente vazamen-to de petróleo da plataforma da BP, sempre ela, no Golfo do México. Segundo as ultimas notícias, a BP conse-guiu estabilizar o vazamento de óleo e gás no golfo do México, informou o co-mandante da Guarda Costeira Thad Allen. A operação de contenção, que consistiu em injetar lama na tubulação conectada ao poço, conseguiu evitar que mais óleo escapasse para as águas do golfo. Este é o primeiro passo de um plano maior da BP, que pretende em seguida fechar o poço com concreto. Para a Casa Branca, ainda é cedo para afirmar se a operação teve sucesso. A própria BP não confirmou o resultado. O desastre ambiental teve início há mais de um mês, quando um tubo na plata-forma Deepwater Horizon, operada pela petrolífera BP, se rompeu após uma ex-plosão. Os danos ambientais são incalculáveis,

sabendo-se desde já que milhares de espécies serão afetadas, tanto da fauna marinha, quanto da terrestre bem como a flora dos pântanos que margeiam o Golfo. Da redação

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////////////“A pessoa que não lê; mal fala, mal ouve, mal vê.“ (Malba Tahan)/////////////

O mundo lusófono

Na área vasta e descontínua em que é falado, o português apresen-ta-se, como qualquer língua viva, internamente diferenciado em varie-dades que divergem de maneira mais ou menos acentuada quanto à pronúncia, a gramática e ao voca-bulário. Tal diferenciação, entretanto, não

compromete a unidade do idioma: apesar da acidentada história da sua expansão na Europa e, princi-palmente, fora dela, a língua portu-guesa conseguiu manter até hoje apreciável coesão entre as suas variedades. As formas características que uma língua assume regionalmente deno-minam-se dialetos. Alguns linguis-tas, porém, distinguem o falar do dialeto: Dialeto seria um sistema de sinais originados de uma língua comum, viva ou desaparecida; normalmen-te, com uma concreta delimitação geográfica, mas sem uma forte dife-renciação diante dos outros diale-tos da mesma origem. De modo se-cundário, poder-se-iam também chamar dialetos as estruturas lin-guísticas, simultâneas de outra, que não alcançam a categoria de língua. Falar seria a peculiaridade expres-siva própria de uma região e que

não apresenta o grau de coerência alcançado pelo dialeto. Caracteri-zar-se-ia por ser um dialeto empo-brecido, que, tendo abandonado a língua escrita, convive apenas com manifestações orais. No entanto, à vista da dificuldade de caracterizar na prática as duas modalidades, empregamos neste texto o termo dialeto no sentido de variedade regional da língua, não importando o seu maior ou menor distanciamento com referência à língua padrão. No estudo das formas que veio a assumir a língua portuguesa, espe-cialmente na África, na Ásia e na Oceania, é necessário fazer a dis-tinção entre os dialetos e os criou-las de origem portuguesa. As variedades crioulas resultam do contato que o sistema linguístico português estabeleceu, a partir do século XV, com sistemas linguísti-cos indígenas.

0 grau de afastamento em relação à língua mãe é hoje de tal ordem que, mais do que como dialetos, os cri-oulos devem ser considerados co-mo línguas derivadas do português. . O português é a língua oficial em oito países de quatro continentes: Angola (10,9 milhões de habitantes) Brasil (185 milhões) Cabo Verde (415 mil) Guiné Bissau (1,4 milhão) Moçambique (18,8 milhões) Portugal (10,5 milhões) São Tomé e Príncipe (182 mil) Timor Leste (800 mil)

O português é a oitava língua mais

falada do planeta e terceira entre as línguas ocidentais, após o

Divulgação Raízes & Matrizes

Desde o dia 04 de Maio de 2010, e todas as terças feiras, com reprise aos sábados em mesmo horário,

está no ar na rádio web ondasmusicais, o programa

“Raizes & Matrizes” , poduzido pela Rede Vale

Comunicações a partir do Brasil e emitido, de Lisboa, com locução de

Gabriel Castanhas. Trata-se de um programa que tem por finalidade a divulgação das culturas e t radições prat icadas em cada comunidade portuguesa, no Mundo e a influência de Portugal com sua cultura e tradições milenares, nos diversos países onde se fala a língua portuguesa. · Música, · História, · Culturas e Tradições · Ranchos Folclóricos e Cantores, · Interação e participação das

comunidades lusófonas no Mundo e os ouvintes.

· Peça a sua musica e dedique. · Mensagens para cada ocasião. · Conte sua história de vida. · Mande um recado para quem está

longe. CONIVIDAMOS TODAS AS

COMUNIDADES A PARTICIPAR ENVIANDO NOTÍCIAS

HORÁRIOS DE EMISSÃO:

Portugal: 14 ás 16 horas Espanha 15 ás 17 horas Brasil 10 ás 12 horas Canadá 09 ás 11 horas França, Alemanha, Suíça, Luxemburgo, Inglaterra, Bélgica, Moçambique e Angola 15 ás 17 horas Outros países consulte o fuso horário. NÃO PERCAM.

http://www.ondasmusicais.com

A SAVIVER - Sociedade Amigos da Cidade Vista Verde é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivo principal representar os moradores junto aos órgãos competentes e so-lucionar os problemas relativos ao bairro, dentro da medida do possível promover eventos culturais envolvendo a comunida-de. O estatuto da sociedade amigos da Cidade Vista Verde - SAVIVER, foi registrado em 25/05/1977. No dia 29 de Maio teve efeito uma Assembléia Geral Extraordi-nária onde foram debatidos vários assuntos entre os quais a

alteração do Estatuto Social, que já cotava com mais de trinta anos afim de o adaptar á nova Lei 9.790 de 23 de Março de 1999, que regulamenta e classifica as OSCIP e Associações. Também se deu destaque ao Clube da Comunidade que lhe pertence por direito mas que está fora de sua administração e controle. Nesta ocasião o debate foi acirrado mas, se chegou ao consenso que o clube deve servir a toda a comunidade e que suas atividades devem sobretudo levar em conta a família e atividades que contemplem toda a comuni-dade. Parabéns á administração do Sr. Epaminondas pela forma correta e digna que vem impondo em sua adminis-tração. Para maiores informações e conhecimento sobre o Bairro, acessem o site: www.saviver.com.br

Nascida em 1999, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade, que tinha como tema “Sem trabalho, por quê?”, a Cooperati-va de Reciclagem São Vicente é hoje res-ponsável pelo encaminhamento de tonela-das de resíduos de plásticos, metais, papel, vidro e óleo vegetal usado para uma desti-nação correta e eficiente.

Além disso, é geradora de trabalho e renda para 29 famílias, que tiram seu sustento integralmente das ativida-des desenvolvidas de coleta, triagem e venda de seus materiais reciclados. Em 2010, completará 10 anos de história, coroada de vitórias, conquistadas com muita luta. A cooperativa é um sonho que deu certo e contempla um dever e um direito de todo ser humano: o respeito ao meio ambiente e a dignidade do trabalho, viabilizando cidadania aos seus cooperados. Venha participar deste projeto como cooperado ou voluntário. Contate-nos pelo telefone 12 3431-1702 ou e-mail [email protected] “Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade.” (Dom Hélder Câmara)

Page 16: e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale · Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa? ... Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido

LIVRE PARA ANUNCIAR / Invista em Educação/a única saída para o real desenvolvimento econômico e social. 0 xx 12 - 9114.3431

Edição 30 Ano 3 Ultima Página JUNHO 2010

Você sabia que você é um em um milhão? Ou, mais precisamente, uma espécie entre milhões que habitam o nosso planeta? Mesmo assim, huma-nos fazem parte de um número redu-zido de espécies que apresentam crescimento em sua população. En-quanto isso, muitas outras estão se extinguindo. Sabe-se que um total de 17.291 es-pécies estão ameaçadas de extinção - desde plantas e insetos pouco co-nhecidos até as mais carismáticas aves e mamíferos. E isso mal reflete a dimensão do problema; muitas es-pécies desaparecem antes mesmo de serem descobertas. A razão? A atividade humana. Em busca do desenvolvimento, nós cau-samos o desaparecimento de gran-des partes das florestas originais, drenamos metade dos pantanais do

mundo, acabamos com três quartos das unidades populacionais de pei-xes e emitimos a quantidade suficien-te de gases de efeito estufa para manter o nosso planeta aquecendo pelos próximos séculos. Nós pisamos no acelerador e provocamos um ritmo de extinção de espécies mil vezes maior do que o ritmo natural. Consequentemente, nós estamos arriscando, de maneira progressiva, perder algo que é fundamental para a nossa sobrevivência. A variedade de vidas do nosso planeta - conhecida como "biodiversidade" - nos fornece alimentos, vestuário, combustível, remédios e muito, muito mais. Você pode até achar que aquele besouro do seu quintal ou a grama que cresce na rua não tem nenhuma conexão importante com a sua vida - mas tem. Mesmo quando uma única espécie é

retirada dessa complexa teia da vida, o resultado pode ser catastrófico. Por isso, a Organização das Nações Unidas declarou o ano de 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. Essa é uma oportunidade para enfatizar a importância da biodiversidade para o bem-estar humano; reflete nas nos-sas conquistas para proteger e esti-mular a multiplicação dos nossos es-forços para reduzir a taxa de perdas da biodiversidade. O tema do Dia Mundial do Meio Am-biente 2010 (WED 2010, na sigla em inglês) é "Muitas espécies. Um plane-ta. Um futuro". Este tema reflete o apelo em prol da conservação da di-versidade de vida no nosso planeta. Milhões de pessoas e milhões de es-pécies dividem o mesmo planeta e se agirmos juntos poderemos todos des-

frutar de um futuro mais próspero e seguro. Ao comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, nos permitimos considerar mais cuidadosamente as atitudes que devemos tomar pelo nosso objetivo comum de preservar a vida no plane-ta. Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, podemos empregar o nos-so poder individual e coletivo para deter a extinção das espécies. Ativi-dades de conservação já preveniram o desaparecimento de espécies e restauraram habitats naturais vitais do mundo. No Dia Mundial do Meio Ambiente, vamos nos determinar a fazer muito mais pela biodiversidade, para assim vencermos a corrida con-tra a extinção! Fonte: /www.pnuma.org.br

Coisas do passado. Quando a ciência estava na arte

Pesquisadores da Universidade de Medicina John Hopkins, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto de-senhos secretos de uma parte do cérebro, da medula e dos nervos óti-cos nas pinturas da capela Sistina, no Vaticano. Segundo os pesquisa-dores, Michelangelo escondeu os desenhos em uma das representa-ções de Deus enquanto pintava a capela entre 1508 e 1512. As infor-mações são da Scientific American. De acordo com os pesquisadores, Michelangelo além de pintor, escultor e arquiteto era também um anatomis-ta - um segredo que ele ocultou des-truindo a maior parte dos seus es-quemas e notas. Contudo, 500 anos depois, os cientistas descobriram ilustrações anatômicas escondidas nas pinturas da capela, um segredo que não foi percebido pelo papa Júlio II, nem diversos religiosos, historia-

dores e admiradores. Não é a primeira vez que são encon-trados desenhos secretos na famosa capela. Em 1990, o físico Frank Me-shberger publicou um artigo no qual descrevia que a cena "Deus cria A-dão", no painel central, continha a perfeita ilustração de um cérebro hu-mano. Na época, ele sugeriu que Mi-chelangelo afirmava que Deus dota-va Adão não apenas com vida, mas também com a suprema inteligência humana. Contudo, agora os pesquisadores Ian Suk e Rafael Tamargo, da John Hop-kins, encontraram no painel "Separação da luz da escuridão" de-senhos precisos da medula humana, do pedúnculo cerebral e de nervos óticos.

Segundo a reportagem, críticos de arte sempre se perguntaram o motivo de a iluminação do pescoço de Deus neste painel ser diferente das demais pinturas. Segundo os pesquisadores, não foi um engano do pintor, e sim uma mensagem escondida. Os dois afirmam que as linhas do pescoço

traçam precisamente um cérebro hu-mano visto por baixo. Na roupa do dorso de Deus vista na imagem, os cientistas reconheceram a medula humana, que ascende ao pedúnculo cerebral. Na cintura, a roupa se dobra de maneira estranha. Segundo os pesquisadores, ali po-dem ser vistos dois nervos óticos de dois olhos, exatamente como Leo-nardo Da Vinci registrou em um ilus-tração de 1487. Os dois artistas eram contemporâneos e familiares do tra-balho um do outro. Quando uma catástrofe acontece, as pessoas reagem de várias maneiras. Uma delas é procurar por profeci-as sobre o acontecimento - previsões inspiradas que avisavam que ele ia ocorrer. Essas previsões podem ser consoladoras porque sugerem que os acidentes horríveis eram inevitá-veis e que aconteceram como parte de um plano maior. No decorrer da História, houve centenas de profetas notáveis. Seguindo as tragédias mo-dernas, um nome se destaca: Nostradamus. Os primeiros anos Nostradamus é o nome latinizado de Michel de Nostredame, médico e as-trólogo que viveu na França do sécu-lo XVI. Os detalhes da sua vida são obscuros e muito debatidos entre seus seguidores e críticos que ale-gam que a maior parte da sua bio-grafia reconhecida é puro mito.

Nostradamus (1503 - 1566)

De acordo com o grande interesse nas profecias bíblicas desde a tragé-dia de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, a guerra no Iraque, os recentes meiga furacões no Caribe, o grande terremoto no Paquistão e as tragédias deste ano de 2010, pode-mos sim estar vivendo um período histórico o fim de uma época., por profetizada o fim dos tempos. Mito ou realidade , o fato é que mi-lhares de americanos foram assassi-nados pelo impacto cruel de dois avi-ões contra o World Trade Center em setembro de 2001 matando civis ino-centes incluindo homens e mulheres. Naquela época muitos disseram, "Nostradamus previu isso" . Quem conhecer essas profecias, no mínimo lhe restará a duvida e como o futuro não é previsível, não custa nada reconhecer a força da natureza.