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Manejo Ambiental e Produtividade Legal Curso Boas Práticas em Bovinocultura ALBERTO MOURE BELENTANI Engenheiro Agrônomo – Perito Judicial 16.10.2007

e Produtividade Legal - Sistema Famato Ambiental e... · Principais Aspectos Produtividade e Utilização do Imóvel GUT – Grau de Utilização do Imóvel GEE – Grau de Eficiência

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Manejo Ambiental e

Produtividade LegalCurso Boas Práticas em Bovinocultura

ALBERTO MOURE BELENTANIEngenheiro Agrônomo – Perito Judicial

16.10.2007

LegislaçãoLei – 4.504 - (30/11/1964)

Estatuto da TerraLei – 4.771 - (15/09/1965)

Código FlorestalLei – 7.803 - (18/07/1989)

Altera Código FlorestalLei – 7.802

AgrotóxicosLei – 8.629 - (25/02/1993)

Regulamenta Reforma AgráriaMP – 2.166-67 – (24/08/2001)

Altera Código Florestal – ITR

Principais AspectosProdutividade e Utilização do Imóvel

GUT – Grau de Utilização do ImóvelGEE – Grau de Eficiência da Exploração

Tributários e SociaisBem estar socialDeterminação da Alíquota de ITR

AmbientaisReserva Legal (RL)Areas de Preservação Permanente (APP)

LEI Nº 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1.993

Art. 6º - Considera-se propriedade produtiva aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente.

§ 1º - O grau de utilização da terra, para efeito do "caput" deste artigo, deverá ser igual ou superior a 80% (oitenta por cento), calculado pela relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área aproveitável total do imóvel.

§ 2º - O grau de eficiência na exploração da terra deverá ser igual ou superior a 100% (cem por cento).

Art. 10 - Para efeito do que dispõe esta Lei, consideram-se não aproveitáveis:

I - as áreas ocupadas por construções e instalações, excetuadas aquelas destinadas a fins produtivos, como estufas, viveiros, sementeiros, tanques de reprodução e criação de peixes e outros semelhantes; II - as áreas comprovadamente imprestáveis para qualquer tipo de exploração agrícola, pecuária, florestal ou extrativa vegetal; III - as áreas sob efetiva exploração mineral; IV - as áreas de efetiva preservação permanente e demais áreas protegidas por legislação relativa à conservação dos recursos naturais e à preservação do meio ambiente.

Grau de Eficiência na Exploração - GEE

I - para os produtos vegetais, divide-se a quantidade colhida de cada produto pelos respectivos índices de rendimento estabelecidos pelo órgão competente do Poder Executivo, para cada Microrregião Homogênea; (Área Equiv. Agricultura)II - para a exploração pecuária, divide-se o número total de Unidades Animais - UA do rebanho, pelo índice de lotação estabelecido pelo órgão competente do Poder Executivo, para cada Microrregião Homogênea; (Área Equivalente Pecuária)III - a soma dos resultados obtidos na forma dos incisos I e II deste artigo, dividida pela área efetivamente utilizada e multiplicada por 100 (cem), determina o grau de eficiência na exploração.

Instrução Normativa 11Artigo 9

§ 1.º A quantidade colhida dos produtos vegetais e dos produtos extrativos vegetais ou florestais, proveniente da utilização indevida de áreas protegidas pela legislação ambiental será desconsiderada proporcionalmente em relação à produção total das culturas exploradas no imóvel para efeito de cálculo do GEE previsto nos incisos I e II deste artigo. § 2.º Para o cálculo do GEE, a área de pastagem plantada ou nativa, inserida em área protegida por legislação ambiental e indevidamente utilizada pelo efetivo pecuário do imóvel, não será computada como área efetivamente utilizada e o número total de Unidades Animais - UA seráreduzido em igual proporção entre a área ambiental indevidamente utilizada e a área total utilizada com pecuária.

Sistema Nacional de Cadastro RuralÍndices Básicos de 2001

SISTEMA NACIONAL DE CADASTRO RURAL ÍNDICES BÁSICOS DE 2001 Relação Alfabética UF - MATO GROSSO UNIDADE GEOGRÁFICA ZP MOD. ZTM FMP LIM. SUPER. ÁREAS CÓDIGO FISC. IE 50/97 (ha) EST. TERRIT. ESPECIAIS MUNICÍPIO NOME DO MUNICÍPIO MRG (ha) (ha) (km²)

5100102 ACORIZAL 016 3 80 B3-6 4 90 841,2 A, PA 5100201 ÁGUA BOA 010 3 80 B3-6 4 90 7.484,2 A, PA 5100250 ALTA FLORESTA 002 3 100 B3-6 4 90 8.947,1 A 5100300 ALTO ARAGUAIA 022 3 60 B3-6 4 90 5.538,0 A, PA 5100359 ALTO BOA VISTA 009 3 80 B3-6 4 90 2.241,8 A, PA 5100409 ALTO GARÇAS 022 3 60 B3-6 4 90 3.660,4 A 5100508 ALTO PARAGUAI 015 3 80 B3-6 4 90 2.052,5 A, PA 5100607 ALTO TAQUARI 022 3 60 B3-6 4 90 1.394,8 A 5100805 APIACÁS 002 3 100 B3-6 4 90 20.364,2 A 5101001 ARAGUAIANA 011 3 80 A3-3 3 45 6.415,1 A, PA 5101209 ARAGUAINHA 020 3 60 B3-6 4 90 688,7 A 5101258 ARAPUTANGA 014 3 80 B3-6 4 90 1.602,7 A, F, PA 5101308 ARENÁPOLIS 015 3 80 B3-6 4 90 414,7 A 5101407 ARIPUANÃ 001 3 100 B3-6 4 90 25.049,0 A, PA 5101605 BARÃO DE MELGAÇO 018 3 80 B2-5 3 75 11.182,9 A, F, PN 5101704 BARRA DO BUGRES 013 3 80 B3-6 4 90 7.228,9 A, F 5101803 BARRA DO GARÇAS 011 3 80 A3-3 3 45 9.141,8 A, PA 5101852 BOM JESUS DO ARAGUIA 009 3 80 B3-6 4 90 4.279,1 A, PA 5101902 BRASNORTE 001 3 100 B3-6 4 90 15.959,3 A, PA 5102504 CÁCERES 018 3 80 B2-5 3 75 24.398,4 A, F, PA, PN 5102603 CAMPINÁPOLIS 010 3 80 B3-6 4 90 5.970,5 A, PA 5102637 CAMPO NOVO DO PARECIS 004 3 100 B3-6 4 90 9.448,4 A 5102678 CAMPO VERDE 019 3 60 B3-6 4 90 4.794,6 A, PA 5102686 CAMPOS DE JÚLIO 004 3 100 B3-6 4 90 6.804,6 A, F 5102694 CANA BRAVA DO NORTE 009 3 80 B3-6 4 90 3.450,0 A, PA 5102702 CANARANA 010 3 80 B3-6 4 90 10.834,3 A 5102793 CARLINDA 002 3 100 B3-6 4 90 2.417,2 A 5102850 CASTANHEIRA 001 3 100 B3-6 4 90 3.948,9 A 5103007 CHAPADA DOS GUIMARÃES 017 3 90 A2-2 2 30 6.206,6 A, PA

Período de Referência

12 meses anteriores

Zona PecuáriaRegionalização estabelecida com base nas condições de aproveitamento das áreas destinadas àexploração pecuária. Assim, os municípios são classificados, conforme tabela abaixo, pelos códigosde 1 a 5, que indica a zona de pecuária em que o município está incluído, associados aos respectivos índices de rendimento. Estes índices servem de base para aferição do Grau de Utilização da Terra - GUT (rendimentos mínimos) e o Grau de Eficiência na Exploração - GEE (rendimentos), do imóvel rural.

Considerando que é indiscutível que as áreas ou regiões enquadradas como Zona Pecuária compreendem uma diversidade de propriedades, regiões, solos e climas, é lógico e de bom senso o estabelecimento de um intervalo para que os enquadramentos possam ser justos e adequados, como prevê a instrução normativa. É pré-requisito de justiça que estes índices sejam aplicados de forma racional, para que com a aplicação de um mesmo critério técnico, seja possível o tratamento justo e adequado para cada caso, em função das peculiaridades do imóvel.

Índice de Lotação em Unidades Animais

ZP Rendimentos Rendimentos Mínimos

1 1,20 0,60

2 0,80 0,46

3 0,46 0,33

4 0,23 0,16

5 0,13 0,10

Fatores de Conversão de Cabeças do Rebanho para Unidades Animais - UA, segundo a Categoria Animal (IN-11)

CATEGORIA ANIMAL

Fator de Conversão (Sul, Sudeste e Centro-

Oeste)*

Fator de Conversão

(Norte)

Fator de Conversão(Nordeste)**

Bovinos Touros (Reprodutor) 1,39 1,32 1,24 Vacas 3 anos e mais 1,00 0,92 0,83 Bois 3 anos e mais 1,00 0,92 0,83 Bois de 2 a menos de 3 anos 0,75 0,69 0,63 Novilhas de 2 a menos de 3 anos 0,75 0,69 0,63 Bovinos de 1 a menos de 2 anos 0,50 0,47 0,42 Bovinos menores de 1 ano 0,31 0,28 0,26

Novilhos Precoces Novilhos precoces de 2 anos e mais 1,00 0,92 0,83 Novilhas precoces de 2 anos e mais 1,00 0,92 0,83 Novilhos precoces de 1 a menos de 2 anos 0,87 0,80 0,72 Novilhas precoces de 1 a menos de 2 anos 0,87 0,80 0,72

Bubalinos Bubalinos 1,25 1,15 1,05

Outros Eqüinos 1,00 0,92 0,83 Asininos 1,00 0,92 0,83 Muares 1,00 0,92 0,83 Ovinos 0,25 0,22 0,19 Caprinos 0,25 0,22 0,19

Produtos Agrícolas – IN(11)

Informações Básicas

Mapa do Imóvel Atualizado (Cadastral)Georreferenciamento

DITRDMG e Ficha de Vacinação (compatíveis)

Escrituração Zootécnica adequada

Contratos de Arrendamento

Ficha de Vacinação

Arrendamentos

Agricultura / PecuáriaContratosAbertura de IP.Emissão de NF.Coerência nos Contratos

Projetos TécnicosINSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 4 DE ABRIL DE 2003. Aprovada pela Resolução/CD nº 7, de 04/04/03 – DOU 16/04/03 seção 1, p. 101

Da necessidade de aprovaçãoArt. 11 - V

§ 1º Nos casos em que pela natureza do projeto não haja obrigatoriedade de sua aprovação pelo órgão federal competente, considerar-se-á para efeito de data de aprovação aquela em que o projeto de exploração tenha sido registrado junto ao Conselho Regional da categoria a que o profissional estiver vinculado, juntando-se o respectivo termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, para fins de prova.

Reforma de PastagensAgricultura

Força Maior ou Caso Fortuito (IN11)Art. 10. Não perderá a qualificação de propriedade produtiva o imóvel rural que por razões de força maior, caso fortuito, ou de renovação de pastagens tecnicamente conduzida e desde que devidamente comprovado pelo órgão competente, deixar de apresentar no ano respectivo os Graus de Eficiência na Exploração, exigidos para a espécie.

§ 1º O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujo efeito não era possível evitar ou impedir, sendo imprescindível a comprovação dos fatos pelo INCRA.

§ 2º Considera-se renovação de pastagens o conjunto de ações tecnicamente conduzidas que visem a ampliação de sua capacidade de suporte.

Enquadramento – IN 13 – 29/07/1994

Critérios de Seleção [Básico]

Compõem o universo fiscalizável, preferencialmente, os imóveis rurais com área total superior a 15 módulos fiscais e classificados como propriedade produtiva. Deste universo, selecionar prioritariamente para fiscalização os imóveis rurais segundo a ordem decrescente quanto ao número de módulos fiscais.

Critérios Específicos

Critérios Específicos

a) imóveis identificados em consonância com as demandas de ações de reforma agrária e de colonização;b) imóveis segundo a ordem decrescente de Grau de Utilização da Terra - GUT;c) imóveis com elevados percentuais de áreas inaproveitáveis, de reserva legal e/ou de preservação permanente, priorizando, na fase de reimplantação de fiscalização, aqueles com declarações oriundas do recadastramento 1992, em que não houve apresentação de documentação comprobatória;d) imóveis cuja atualização cadastral alterou a classificação para propriedade produtiva;e) imóveis cuja atualização cadastral, ainda na fase de análise, apresentem indícios de classificação como propriedade produtiva e que se enquadrem em alguns destes critérios específicos;

Critérios Específicos

f) imóveis com elevado número de parceiros e arrendatários;g) imóveis com elevada área sob posse por simples ocupação;h) imóveis cuja principal atividade produtiva seja destoante da usualmente praticada na região onde o mesmo se localiza, ou que apresentem elevados percentuais de áreas utilizadas com culturas não características dessa região;i) imóveis com elevados percentuais de áreas declaradas com OUTROS PRODUTOS (código 990) ou com produtos não contemplados na tabela de índices de rendimentos estabelecidos pelo INCRA;j) imóveis com área igual ou inferior a 15 módulos fiscais e classificados como propriedade produtiva, resultantes, do desmembramento de imóvel, previamente selecionado, desde que o seu proprietário possua mais de um imóvel rural no país.

Tecnologia de ApoioImagens de Satélite - Landsat

1.997 2.000

2.001 2.002

1.998

Interpretação de Imagens

1.998

Área de Reserva

Área Preparada

Área de Pastagem

Área de Preservação Permanente

Levantamentos Topográficos + Imagens de Satélite

Utilização de Métodos Complementares

Aspectos TributáriosITR - Alíquotas

De acordo com a Lei 9.393/96:

GRAU DE UTILIZAÇÃO - GU ( EM %)Área total do imóvel

(em hectares) Maior que 80

Maior que 65 até 80

Maior que 50 até 65

Maior que 30 até 50 Até 30

Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00 Maior que 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00 Maior que 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30 Maior que 500 até 1.000 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70 Maior que 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60 Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00

Aspectos Sociaise Trabalhistas

Registro de funcionáriosMoradia adequadaSaúde e HigieneProibir trabalho de menoresPagamento de salários, férias e 13. Recolhimento dos tributosAcesso à EducaçãoSegurança no trabalho

Aspectos Ambientais

Reserva Legal – AverbaçãoÁrea de Preservação Permanente (APP)

ADA (Ato Declaratório Ambiental)

Licenciamento AmbientalAutorizações ambientais

Exigência Legal e de Mercado

MEDIDA PROVISÓRIA No 2.166-67, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.

"Art. 1o .....

§ 2o Para os efeitos deste Código, entende-se por:

II - área de preservação permanente: área protegida nos termos dosarts. 2o e 3o desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, àconservação e reabilitação dos processos ecológicos, àconservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas;

Licenciamento Ambiental

Procedimento necessário para qualquer alteração ou interferência no ambiente, com potencial ou risco de poluição ou degradação

Orgãos Ambientais (DPRN, FEMA, IBAMA, Etc...)

Competência

PremissasConservação do Solo

Limitar/evitar acesso as aguadas Evitar queimadas

Educação AmbientalConscientização sobre importância da conservação e preservação do meio ambiente

Descarte de ResíduosPotencial de contaminação do solo, mananciais e alimentos

DECRETO N° 750DE 10 DE FEVEREIRO DE 1993

Art. 1° Ficam proibidos o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica.

Fonte: www.sosmatatlantica.org.br

Vistoria para Atualização CadastralNotificação

Definição da data da vistoria

VistoriaApresentação da documentação solicitada

Elaboração do RAF – Relatório Agronômico de Fiscalização

15 dias para apresentar contestação

FASE ADMINISTRATIVA

Prevenir é Organizar!!

Grande parte dos problemas que ocorrem nesta situação, poderiam ser evitados através de um melhor controle e escrituração das informações.A crescente exigência internacional por certificação e rastreabilidade, certamente criará diferenciais vantajosos.