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Revista Espaço Imóvel

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Revista do Estado do Rio Grande Sul

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Definida a programação do 15º Encontro Gaúcho de Condomínios

O exercício do corpo e da inteligência

Mercado imobiliário celebra os aniversários da Agademi e do Secovi/RS

Negociações coletivas foram concluídas com êxito

DMLU possui mais de uma centena de postos para descarte do óleo de cozinha

Índice Nacional da Construção Civil variou 0,70% em junho

Salas de ginástica ganham espaço em condomínios

Adaptações viabilizam instalação de fitness

Uso e manuseio de aparelhos exigem cuidados especiais

Exercícios sem acompanhamento podem ocasionar lesões e não alcançar os resultados desejados

Espaço Imóvel responde a questionamentos sobre a área condominial

Dietoterapia no diabetes melito

Secovi/RS recebe Medalha 2012 do PGQP

Mensagem do Presidente

Evento

Premiação

Comemoração

Trabalhista

Meio Ambiente

INCC

Comportamento

Mudança

Equipamentos

Personal trainer

Dúvidas

Espaço SecoviMed

Confira alguns destaques dessa edição

Espaço Imóvel - SECOVI / RS • AGADEMI - Maio/Junho 2012

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Expediente

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, obrigatoriamente, o posicionamento editorial da Revista Espaço Imóvel ou das diretorias do Secovi/RS e da Agademi.

CONSELHO EDITORIALMoacyr Schukster, Simone Camargo, Helena Terezinha do Amaral Gomes, Andréia Martins e Maria Angélica S. GarciaPRODUÇÃO EDITORIALProva Comunicação - Fone: (51) 2111 7892Jornalista Responsável: Joni Ferreira Neto - RMTb 7.144

Atendimento: Maurília Souza de LemosRevisão: Greice Zenker PeixotoFoto capa: Ivo Gonçalves - PMPACapa Edição e montagem : Kauer Ideia e ImagemEditoração Eletrônica: Kauer Ideia e ImagemCtP e Impressão: Gráfica Pallotti

Revista Espaço Imóvel:Tiragem: 28 mil exemplaresUma publicação institucional, de periodicidade bimestral, do SECOVI/RS e da AGADEMI.Travessa Francisco de Leonardo Truda, 98 - 9° andar - Porto Alegre/RSTelefone: (51) 3221 3700 - Fax: (51) 3221 3818

DIRETORIA EXECUTIVA DO SECOVI/RS E DA AGADEMIPresidente: Moacyr Schukster1° Vice-presidente: Gaspar FioriniVice-presidente de Condomínios: Simone CamargoVice-presidente de Comercialização: Gilberto CabedaVice-presidente Financeiro: Flávio Roberto StefaniVice-presidente de Locações: Leandro Rossi de Moraes HilbkVice-presidente de Relações do Trabalho: Jane Simões PiresVice-presidente: Adão Alves de OliveiraVice-presidente: Marcelo Luiz Mignone CallegaroVice-presidente: Véra Lucia HahnVice-presidente: Walter Antônio Scuccimarra Marichal

SUPLENTESAlexandre Gilberto Cohen; Ary Costa de Souza; Hugo Del Carrir Euzébio; João Comerlato Neto; Mara Rosane Arnhold; Marco Aurélio Rozas Munhoz; Rafael Padoin Nenê; Ricardo Brandalise; Sileini Sulzbach Mossmann; Valdir Patrício Fin e Viviane Tomazelli

CONSELHO FISCAL - EFETIVOSJosé Cezar Coimbra Sperinde Filho; Júlio César Soares da Silva e Natálio Wulff

SUPLENTESIvar Balconi; Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira e Plínio Anele

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FEDERAÇÃO - EFETIVOSMoacyr Schukster e Flávio José Gomes

SUPLENTESJane Simões Pires e Simone Camargo

CONSELHO ADMINISTRATIVO - EFETIVOSAlexandre Altenhofen Pazzini; Ingo Luiz Voelcker; Lucília Beck de Freitas; Miriam Ferreira da Silva Salvaterra e Vilson Pascoal Dalla Vecchia

SUPLENTESAttílio Stopassola; Ivan Bento Alves; Manoela de Oliveira Freire; Nilton Mello Amaral e Rudimar José Joner

CONSELHO CONSULTIVO(Ex-Presidentes; Membros Natos)Alfredo E. Mello; Aroni Becker; Avelino Miranda Viana; Ederon Amaro Soares da Silva; Fernando Sarmento Leite Barcellos; Flávio

José Gomes; Gaspar Fiorini; Moacyr Schukster; Natan Sandler e Sandra Thereza Nunes

DELEGADOS E SUBDELEGADOS NO INTERIOR DO ESTADOBento Gonçalves: Ildoíno Pauletto; Cachoeira do Sul: Erli Antão do Canto Calvett; Canela: Attílio Stopassola; Canoas: Ricardo Brandalise; Carazinho: Cláudio Paulo Hoffmann; Caxias do Sul: João Jorge Zanol; Encantado: Vera Lucia Sangalli Sandri; Estrela: Sileini Sulzbach Mossmann; Farroupilha: Milton Carlos de Souza e Adriel Somacal; Gramado: Viviane Tomazelli; Gravataí: Luciane Pessato; Guaíba: Vilmar Silveira da Silva; Ijuí: Cícero Tremea dos Santos; Lajeado: Marco Aurélio Rozas Munhoz; Montenegro: Karl Heinz Kindel; Novo Hamburgo: Véra Lucia Hahn e Leonardo La Bradbury; Osório: Márcio Antônio Vieira Madalena; Passo Fundo: Mara Rosane Arnhold; São Leopoldo: Leandro Rossi de Moraes Hilbk; Santa Cruz do Sul: Roque Dick; Santo Ângelo: Alexandre Altenhofen Pazzini; Tramandaí/Imbé: Marcelo Luiz Mignone Callegaro; Uruguaiana: Jônatas Brazeiro Fernandes; Viamão: José Janes da Silva Nunes

SUPERINTENDENTEHelena Terezinha do Amaral Gomes

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Moacyr SchuksterPresidente do Secovi/RS e da Agademi.

A busca da perfeição excita a humanidade desde há muito. A história mostra como exér-citos treinavam suas artes bélicas incessante-mente. O manejo das armas e dos músculos era fundamental para as vitórias e as conquistas. Só força física não resolvia. Táticas e estraté-gias foram criadas. Gente sadia empunhando armas resistentes tinha de lutar com inteligên-cia. As reflexões de Sun-Tzu surgiram há mais de 2.500 anos e hoje são reinterpretadas para todo tipo de atividade. Ao transcorrer dos sé-culos, a higidez corporal e intelectual para o êxito tornaram-se ideia prevalente. Dogma para uns, moda para muitos e mania disseminada, a condenação do seden-tarismo e o estímulo ao desenvolvimento intelec-tual dificilmente encon-trarão detratores. Milhões fazem ginástica, correm ou apenas caminham. Leem mais, assistem mui-ta televisão, vão a teatro e cinema. Dá para entender que cuidam também do espírito.

As atividades em qualquer tipo de instituição estão submetidas a provas diárias. Devem acompanhar o ritmo e a qualificação de quem e com quem se in-terage. Não sendo assim, o diálogo se torna penoso e o prejuízo emerge sem cerimônias. A empresa ou a entidade que não cresce de-saparece, ou vai ficando para trás. Nos últimos anos, o Secovi-RS e a Agademi vinham se dan-do conta disso. O bordão “pensar, fazer, medir” já era aplicado e, quando a Fecomércio/RS lan-çou o Sistema de Excelência em Gestão Sindi-cal (SEGS), este caiu como uma luva na von-tade de conseguir aperfeiçoamentos. Muitos

pontos alcançados depois, a recomendação de que aderíssemos ao Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), igualmente pareceu caminho natural a ser seguido. Nossa equipe respondeu com categoria. Diretoria e funcionários se empenharam bastante. A con-vicção de que as linhas do Programa condu-ziam à melhor performance e ao progresso profissional converteu ânimo em realização. E eis-nos ganhadores de honrosa Medalha na premiação do corrente ano.

Mesmo encantados com a conquista ci-tada, não nos esqueça-mos de que o triunfo do espírito exige um corpo saudável para o embate. O exercício físico é indis-cutivelmente benfazejo e a modernidade trouxe alguns facilitadores para que sua prática se torne mais confortável e tenha salutar resultado. Como, por exemplo, as acade-mias de ginástica, que aliam orientação técnica ao uso de aparelhos es-pecializados. A instalação de salas para tanto em

condomínios constitui um avanço a ser sauda-do. A proximidade ao lar do condômino por certo acaba por reduzir resistências e induz a frequência.

Há quase 2 mil anos, o poeta romano De-cimus Iunius Juvenalis dizia que se deve pedir em oração que a mente seja sã num corpo são e que o caminho para uma vida tranquila passe pela virtude. A busca pela excelência, seja físi-ca, seja intelectual, transita pela persistência e pela ética. Ela própria pode portar a qualidade que se almeja. Exercícios da inteligência e do corpo para todo tipo de musculatura.

Dogma para uns,moda para muitos e

mania disseminada, acondenação do sedentarismo

e o estímulo aodesenvolvimento intelectual

dificilmenteencontrarão detratores.

Mensagem do Presidente

O exercício do corpo e da inteligência

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Mercado imobiliário celebra os aniversários da Agademie do Secovi/RS

Contando com a participação de representantes do mercado imobiliário, síndicos de condomínios, líderes polí-ticos e empresariais, e dirigentes de entidades públicas e privadas, foi realizada, no último dia 1º de junho, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, a solenidade comemorativa aos 40 anos de fundação da Agademi e aos 29 anos de reconhecimento do Secovi/RS pelo Ministério do Trabalho.

Na abertura das comemorações, houve uma homenagem especial aos ex-Presidentes das Entidades aniversa-riantes por meio da concessão da “Insígnia dos 40 anos da Agademi”.

Representantes do mercado imobiliário prestigiaram a comemoração.

Fotos Joaquim Pedro Mello Neto

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Registros

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Receberam a comenda (a partir do 2º da esq. p/ dir.): Natan Sandler, Armando Simões Pires (in memo-riam) - no ato representado por Jane Simões Pires, Vice-presidente de Relações do Trabalho do Secovi/RS e da Agademi -, Aroni Becker, Flávio José Gomes, Gaspar Fiorini, Fernando Sarmento Barcellos, Ederon Amaro Soares da Silva, na ocasião representado por Júlio Cesar Soares da Silva, Conselheiro Fiscal das Entidades, e Sandra Thereza Nunes.

Coube ao Presidente do Creci/RS, Flávio Koch, representando também o Cofeci (1º à esq.)- e ao Presiden-te da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Vereador Mauro Zacher (à dir.), fazerem a entrega das láureas aos homenageados.

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Registros

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O Diretor Comercial da Empresa Brasileira de Correios e Te-légrafos Djalmo de Ávila fez a entrega simbólica do selo ao primeiro Presidente da Agademi Natan Sandler.

O novo site do Secovi/RS e da Agademi está mais moderno e dinâmico.

O evento notabilizou-se, ainda, por momentos de confraternização e registros de alguns fatos de grande significação. Um deles foi a apresentação da emissão, por parte da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, de um selo comemorativo aos 40 anos da Agademi, que, atualmente, está sendo utilizado nas correspondências postadas conjuntamente pela Associação Gaúcha de Empresas do Mercado Imobiliário e pelo Sindicato da Ha-bitação.

Outro registro importante, feito naquela oca-sião, foi o comunicado de implantação do novo site das Entidades, que apresenta um leiaute mais mo-derno e atraente, de fácil acesso e interatividade, contando com uma extensa gama de conteúdos de interesse do mercado imobiliário. Vale a pena aces-sar www.secovirsagademi.com.br e conferir as novi-dades.

Em pronunciamento, o Presidente do Secovi/RS e da Agademi, Moacyr Schukster, destacou a impor-tância da atuação daqueles líderes que forjaram a história das duas Instituições.

Em seguida comentou sobre as mais recentes realizações, não apenas do Sindicato da Habita-ção e da Associação Gaúcha de Empresas do Mer-cado Imobiliário, como também do Serviço Social da Habitação do Rio Grande do Sul - Secovimed/RS.

Ao falar sobre o futuro do mercado imobiliário, o dirigente afirmou: “aguardam-se temporadas de mais exigência de parte do cliente e maior sofisti-cação de quem o atende. No entanto, não haverá desapontamentos. Os serviços imobiliários atende-rão a demanda como preciso. E o Sistema Secovi/RS-Agademi estará sempre pronto a ajudar nesse sentido”.

Quatro décadas de trabalho e realizações foram relembra-das por Moacyr Schukster.

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Um sindicato forte tem condições de prestar um bom atendimento.Mantenha em dia suas contribuições.

Representatividade em questões de interesse coletivo - Assessoria Jurídica - Informativos On-line - Revista moderna comreportagens inéditas para síndicos e condôminos - Cursos, palestras e seminários de aperfeiçoamento e

atualizações - Assessoria em gestão de condomínios - Promoção do Encontro Gaúcho de Condomínios, anualmente -Acompanhamento de Projetos de Leis municipais, estaduais e federais em assuntos relativos a condomínios.

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Registros

Atuando com gestão unificada desde 1999, o Sindicato da Habitação e a Associação Gaúcha de Empresas do Mercado Imobiliário representam mi-lhares de condomínios e imobiliárias existentes em mais de 80% dos municípios do estado do Rio Gran-de do Sul e possuem diversas prerrogativas.

Destacam-se as negociações coletivas de tra-balho junto aos sindicatos dos empregados das empresas de comercialização e administração de imóveis e dos condomínios e a defesa dos interes-ses condominiais e das imobiliárias perante as auto-ridades dos poderes públicos.

As Instituições desenvolvem, também, iniciati-vas no sentido de divulgar informações mercadoló-

gicas e tornar acessível uma gama de orientações jurídicas direcionadas para o segmento imobiliário. Soma-se a estes quesitos a promoção de eventos e atividades que possibilitam a atualização e a am-pliação de conhecimentos por parte de seus repre-sentados.

Dentre outros serviços prestados, sobressaem--se, ainda, a elaboração de pesquisas, estudos esta-tísticos e publicações que dizem respeito a todas as diversificações do mercado. Além disto, dando con-tinuidade à proposta de ampliação de atendimento em todo o estado, o Secovi/RS e a Agademi vêm im-plantando, regularmente, suas Delegacias Regionais, hoje presentes em dezenas de cidades.

O Secovi/RS e a Agademi hoje

Também integrou as atividades comemorativas o lançamento de um livro que conta a trajetória das duas instituições ao longo das últimas quatro décadas. Inti-tulado Agademi e Secovi/RS – 40 anos de história.

Ao prefaciar a publicação, o Presidente do Se-covi/RS e da Agademi, Moacyr Schukster, declarou: “A presente obra começou a ser gestada há cerca de dois anos, quando os 40 anos da Agademi cin-ti lavam no horizonte e o registro da história se impunha. Vendo-a materializada, pensa-se que um marco interessante fica cravado no terreno dos serviços imobiliários. Pode ser considerada, também, um prêmio de Honra ao Mérito aos pioneiros e aos que os sucederam, já que, à medida que o tempo foi passando, as empre-sas do ramo souberam crescer, dar qualida-de aos seus produtos, atualizar-se e, cada vez mais, melhor atender à clientela.”.

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A entrega da premiação aconteceu no dia 17 de julho, por ocasião do encerramento do 13º Congresso Interna-cional de Gestão, maior encontro mundial na área da Qualidade, que reuniu milhares de pessoas na sede da Fiergs em Porto Alegre.

O Vice-presidente Walter Antônio Scuccimarra Marichal ( 4º da dir. p/esq. ) recebeu a Medalha 2012 do PGQP destinada ao Secovi/RS.

Secovi/RS recebe Medalha 2012 do PGQP

Registros

O Prêmio Qualidade RS do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade - PGQP é um reconheci-mento às organizações que mais se destacaram na busca pela melhoria contínua do seu sistema de ges-tão.

Uma habilitação buscada pelo Secovi/RS pela pri-meira vez e que demonstra os resultados de uma tra-jetória iniciada em 2006 quando a Entidade aderiu ao Sistema de Excelência em Gestão Sindical do Sistema

Fecomércio/RS. As melhorias em gestão, promovidas nos anos

seguintes, possibilitaram ao Sindicato da Habitação ascender diretamente ao PGQP.

As transformações ocorridas desde então, por meio das ações de qualificação da gestão, se fazem sentir, cada vez mais, na excelência dos serviços e dos atendi-mentos oferecidos aos representados do Secovi/RS e à sociedade como um todo.

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A entusiasmada participação de toda a equipe, na foto durante a comemoração, foi fun-damental para o alcance da conquista.

Para o Presidente da Entida-de, Moacyr Schukster, a premia-ção é fruto do trabalho da equi-pe, que acolheu com entusiasmo os conceitos do Programa.

Dentre as melhorias ofere-cidas pelo Sindicato da Habita-ção, em tempos mais recentes, sobressaem-se: a criação do Cen-tro de Capacitação e Desenvol-vimento; a implantação do Ins-tituto de Estudos Imobiliários; a melhoria e atualização dos canais de comunicação com seu públi-co; a ampliação dos serviços de orientação jurídica; a promoção de convênios; o fortalecimento de parcerias; e a atuação em mu-nicípios que integram a base ter-ritorial do Secovi/RS.

Registros

Espaço Imóvel - SECOVI / RS • AGADEMI - Maio/Junho 201212

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A palestra intitulada “Cuidados e manutenção de equipamentos em condomínios”, proferida pelo engenheiro Rui Muniz, foi um dos destaques do bimestre.

Registros

O Secovi/RS e a Aga-demi promoveram, nos meses de maio e junho, um número bastante significativo de ativida-des direcionadas para síndicos e condôminos, funcionários das cartei-ras de locação, compra e venda e administração de condomínios de imo-biliárias, bem como para executivos, empresários e demais profissionais que atuam no mercado imo-biliário.

No total foram de-senvolvidos, em dois meses, 4 cursos e 5 workshops, além da apre-sentação de 7 palestras. Os eventos aconteceram nas cidades de Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Porto Alegre e São Leopoldo.

Um bimestre de muitas realizações

Mais uma vez, transcorreram de forma consensual as nego-ciações promovidas entre o Secovi/RS e os sindicatos represen-tantes dos empregados das respectivas categorias trabalhistas com vistas aos dissídios para a data base 2012/2013.

Os acordos entre o sindicato patronal e os sindicatos que representam, respectivamente, os empregados em imobiliárias e os empregados em condomínios foram formalizados até o fi-nal do mês de junho.

Como vem acontecendo nos últimos anos, a Comissão de Negociação do Sindicato da Habitação foi coordenada pela Vice-presidente de Relações do Trabalho do Secovi/RS e da Agademi, Jane Simões Pires, contando com a assessoria da Superintendente das Entidades, a advogada Helena Terezi-nha do Amaral Gomes, e do advogado Antonio Job Barreto, integrante do Escritório Flávio Obino Filho Advogados Asso-ciados.

As íntegras das convenções coletivas acordadas podem ser acessadas no site : www.secovi-rs-agademi.com.br.

Negociações coletivas foram concluídas com êxito

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A Empresa de Pesquisa Ener-gética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, divulgou um estu-do no início de julho, demonstran-do que a produção residencial de energia solar já é economicamente viável para 15% dos domicílios bra-sileiros. Já a produção de energia so-lar em grande escala (geração cen-tralizada), mesmo com incentivos governamentais, ainda é inviável.

De acordo com a pesquisa, o custo da geração nas residências, a partir de um equipamento de pequena potência, é R$ 602/mega-watt-hora (MWh), mais barato do que a energia vendida por 10 das mais de 60 distribuidoras de ener-gia.

O cálculo tem como base o custo médio de instalação de um painel com a menor potência, que é de R$ 38 mil. Graças a novas re-soluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), publicadas neste ano, os consumidores que instalarem painéis solares em suas casas ou condomínios podem não apenas reduzir a quantidade de energia comprada das distribuido-ras, como também vender o exce-dente da energia produzida para essas empresas.Fonte: Empresa de PesquisaEnergética.

O Projeto Descarte do Óleo de Cozinha, desenvolvido pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), de Porto Alegre, tem atualmente 138 postos espalhados pela ci-dade para recolher este mate-rial.

Duas empresas convenia-das com o DMLU estão encar-regadas de recolher este pro-duto, que é deixado nos postos acondicionado em bombonas e garrafas de vidro, e encaminhar para um destino considerado ambientalmente correto.

Técnicos do DMLU alertam que, por ser menos denso que a água, o óleo forma uma película sobre ela, o que provoca reten-ção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem em redes de esgoto quando despe-jado em pias e vasos sanitários. Se colocado diretamente em arroios e rios, o óleo prejudi-ca a oxigenização, causando a morte de peixes e outros seres vivos.

Informações sobre aten-dimento dos postos podem ser encontradas no s i t e www.por toalegre. rs .gov.br/dmlu.Fonte: Prefeitura de Porto Alegre.

O Condomínio Movimento Terras, localizado em Petrópo-lis/RJ, foi o primeiro da América Latina a receber a certificação inglesa Breeam (Building Re-search Establishment Environ-mental Assessment Method). Criada em 1992, a certificação Breeam é uma das mais rigo-rosas em termos de exigências ambientais e já aprovou mais de 110 mil empreendimentos em vários países.

As oito casas que inte-gram o Condomínio Movimen-to Terras apresentam inova-ções sustentáveis, entre elas a estrutura metálica com aço reciclado, o telhado verde, a captação de água da chuva, a madeira certificada, o confor-to ambiental com luz natural e ventilação cruzada, e o aque-cimento solar.

Mais recentemente, no mês de junho, o condomínio recebeu o Greenbest, principal prêmio nacional de iniciativas sustentáveis, promovido pela Greenvana, empresa líder em sustentabilidade para o merca-do de consumo no Brasil, na ca-tegoria Projetos de arquitetura e construção.Fonte: Agência Brasil.

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Variedades

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Produção residencial de energia solar já é

economicamente viável para 15% dos lares

brasileiros

DMLU possui mais de uma centena de postos

para descarte doóleo de cozinha

Condomínio cariocaé destaque em

termos de sustentabilidade

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CUB/RSProjeto: Residência Multifamiliar

12 meses3,012,852,43

Mensal0,300,280,26

Fonte: Sinduscon/RS

Percentual de reajustamento de contratos de locação de imóveis residenciais e não residenciais

* Percentuais mensais acumulados a cada 12 meses conse-cutivos. Fonte: IEPE/UFRGS; IBGE; FIPE; FGV.Elaboração: DEE – Secovi/RS- Agademi

Jun.

5,16%4,86%4,19%4,80%4,26%4,99%4,83%

Maio

4,77%4,88%4,15%3,86%3,65%5,10%4,37%

Abr.

5,58%4,97%4,39%3,32%3,23%5,24%4,15%

Índice

IPC/IEPEINPC/IBGEIPC/FIPEIGP-DI/FGVIGP-M/FGVIPCA/IBGEMÉDIA INPC/IBGE e IGP-DI/FGV

Indicadores

Senador cobra maiorfiscalização sobre falsoscondomínios

Eduardo Suplicy cobrou em Plenário, no mês de junho, maior fiscalização por parte do Poder Público quanto aos condomínios irregulares no País. O senador disse que vem recebendo muitas denúncias da atuação de falsos condomínios, os quais, além de cobrarem taxas de administração dos moradores, ainda que eles não tenham apro-vado a criação das entidades, ocupam áreas pú-blicas sob o pretexto de garantir a segurança da região.

Suplicy explicou que o falso condomínio sur-ge quando moradores de determinada rua ou loteamento criam uma associação, ainda que à revelia de vizinho. De acordo com a lei, não há previsão de condomínios de particulares sobre bens públicos, uma vez que o artigo 98 do Código Civil garante que ruas e praças são bens públicos de uso comum.

Cessionário terá de indenizar por não honrar compromissos de imóvel

A inércia de um cessionário quanto ao cus-teio das despesas de um imóvel cedido resul-tou em indenização por danos morais, por levar à inclusão do nome do proprietário em dívida ativa de município. O réu recorreu, mas a deci-são foi mantida pelo TJDFT.

As partes celebraram instrumento particu-lar de cessão de direitos, obrigações e respon-sabilidade de direitos real de uso sobre imóvel, onde o cessionário assumiu a responsabilidade pelo pagamento de taxas, impostos e custas in-cidentes sobre o imóvel, bem como a obrigação de transferir o bem para o seu nome ou para quem o mesmo indicasse. Entretanto, o réu não efetuou a alteração ou inclusão de cessionário no Cadastro Imobiliário de Brasília, permitindo a inscrição de diversos débitos na dívida ativa, em nome do proprietário.

A sentença condenou o réu a promover a alteração, em seu nome, junto ao Cadastro Imo-biliário do Distrito Federal, referente ao imóvel, a regularizar os débitos pendentes e a pagar ao autor a quantia de R$ 4.000,00 por danos morais.

Variedades

Índice Nacional da Construção Civil variou 0,70% em junho

Espaço Imóvel - SECOVI / RS • AGADEMI - Maio/Junho 2012

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), cal-culado pelo IBGE em convênio com a CEF, apresentou variação de 0,70% em junho. Considerando os seis pri-meiros meses do ano, a alta foi de 3,26%. O resultado dos últimos 12 meses situou-se em 5,08%.

O custo nacional da construção por metro quadra-do, que em maio fechara em R$ 830,28, em junho foi de R$ 836,06: R$ 447,28 relativos aos materiais e R$ 388,78 à mão de obra.

A região Sul, com alta de 1,80%, ficou com a maior taxa regional em junho deste ano. Os demais resulta-dos foram: 1,49% (Centro-Oeste); 0,68% (Nordeste); 0,28% (Sudeste) e 0,28% (Norte). O Sul apresentou a maior variação (7,01%) nos últimos 12 meses. Em rela-ção aos acumulados, entretanto, a maior taxa foi a do Sudeste (4,14%).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 877,81 (Sudeste); R$ 838,56 (Norte); R$ 833,09 (Sul); R$ 832,17 (Centro-Oeste) e R$ 787,30 (Nordeste).

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Variação %CustoR$/m²

831,88968,761.195,19

Código

R8-BR8-NR8-A

Padrão deacabamento

BaixoNormalAlto

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Salas de ginástica ganham espaço em condomínios

Comportamento

A comodidade em termos de horário, a certeza de maior segurança, a possibilidade de escapar de um trânsito sempre caótico e, é claro, a conscientização de que o sedentarismo deve ser combatido todos os dias estão fazendo com que, cada vez mais, os con-domínios disponham de salas de ginástica equipadas para a prática de exercícios físicos.

Em alguns empreendimentos, os espaços para esse tipo de atividade foram planejados já na constru-ção, como é o caso do Condomínio Contemporâneo, localizado na Zona Norte de Porto Alegre. “Na verdade, recebemos apenas o espaço com o mínimo de equipa-mentos da construtora, mas estamos complementando e fazendo a manutenção dos existentes”, diz o síndico Adão Albuquerque. Ele lembra que alguns equipamen-tos precisaram ser adquiridos para fins de complemen-tação e outros foram cedidos pelos próprios condômi-

nos que, dessa forma, os utilizam e, ainda, desocupam espaços em suas unidades privativas.

Um dos grandes investimentos que precisou ser feito no local foi a aquisição e a instalação de um apa-relho de climatização, indispensável para a prática de exercícios, em especial no verão. Complementaram as necessidades algumas peças decorativas, como espe-lhos e tapetes, TV a cabo e acessórios para diversas finalidades. “Atualmente, é muito comum moradores pedirem, diretamente, a aquisição de algum outro tipo de aparelho. Mas o que dificulta é o fato de a maioria das pessoas não comparecer às assembleias para defender suas reinvindicações. Esse não compa-recimento, aliás, é uma questão bastante comum e a reversão desse procedimento é fundamental para uma qualificação ainda maior em qualquer condomí-nio”, afirma o síndico.

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Comportamento

Marisa Camargo é adepta da ginástica praticada em condo-mínio.

O síndico Adão Eunes Albuquerque destaca a importância da regulamentação de acesso e uso da sala de ginástica.

Falando especificamente sobre situações en-volvendo o uso da sala de ginástica, Albuquerque explica que, ao contrário do que se poderia imagi-nar, não são registrados problemas maiores. “Apenas para fins de registro, vale citar duas grandes preocu-pações que sempre tivemos: uma delas é impedir o acesso local de crianças desacompanhadas de adul-tos, por uma questão de segurança, a outra é não permitir a presença de pessoas de fora do condomí-nio, como forma de garantir a privacidade e o direito dos moradores.”

Com a proposta de evitar que os problemas surgis-sem, a primeira providência tomada pelos representan-tes do Condomínio Contemporâneo foi regulamentar a utilização da sala de ginástica por meio de um capítulo próprio no regimento interno, estabelecendo as se-guintes condições:

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Considerando que as instalações e os equipamentos da sala de ginástica, da piscina, da quadra poliesportiva, da sala de jogos e do kids place de nosso condomínio são de natureza doméstica, incompatível, portanto, com atividades próprias de academias e clubes convencionais, os condômi-nos devem definir aquelas instalações como uma extensão das unidades privativas destinadas a proporcionar a todos equânimes condições de melhor qualidade de vida e especial oportunidade de relaxamento e convivência, limitados ao bom-senso necessário, à preservação dos gastos e do patri-mônio material e efetivo de nossa comunidade.

Condôminos em grupo ou separados, mantendo o livre acesso às dependências respectivas, poderão contratar pro-fessores ou instrutores, moradores ou não do condomínio, para aulas, desde que os alunos sejam todos moradores. Lo-cais e horários serão previamente estabelecidos pela admi-nistração.

O uso da piscina, dos aparelhos de ginástica, da quadra poliesportiva, do salão de jogos e do kids place é privativo aos moradores. A utilização por eventuais visitas está condicio-nada às regras constantes neste regulamento. O descumpri-mento de qualquer item deste capítulo acarretará ao infrator advertência verbal, em primeiro lugar, advertência por escrito em se tratando de reincidência e, posteriormente, multa.

Considerada a gravidade da infração repetida e conti-nuada, a administração poderá aplicar ao infrator a suspen-são de uso, após consulta e decisão de Conselho Consultivo.

Capítulo VI Dos usos da sala de ginástica, da piscina, da quadra poliesportiva, da sala de jogos e do kids place:

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Adaptações viabilizam instalação de fitness

Projetos mostram formas de aproveitamento de espaços com pouco uso em condomínios.

Condomínio Contemporâneo - Regras para o uso da sala de ginástica1 - A sala de ginástica somente poderá ser utilizada por

morador, sem exceção alguma. 2 - A sala de ginástica ficará fechada, devendo a cha-

ve ser retirada na administração ou na portaria e devolvida após a sua utilização.

3 - Os aparelhos devem ser utilizados de acordo com as especificações do fabricante, a fim de que tenham uma vida útil razoável e de que não incorram em riscos para os usuá-rios.

4 - Crianças menores de 14 anos só terão acesso à sala de ginástica acompanhadas por seus pais ou responsáveis, e desde que não utilizem de forma alguma de quaisquer equi-pamentos da sala, a fim de que sejam evitados acidentes e se

promova a preservação do patrimônio do condomínio. 5 - A utilização dos aparelhos fica condicionada ao acor-

do entre os usuários. ...Atendendo a esses requisitos, a utilização do fitness

do Condomínio Contemporâneo tem se dado de forma bastante satisfatória, como afirma a condômina e assídua frequentadora do espaço Marisa Camargo: “Hoje eu não troco a sala de ginástica do condomínio por nenhuma aca-demia. Aqui eu tenho comodidade, conforto, segurança e tudo o que preciso para obter os melhores resultados em meus exercícios”, diz a moradora que contratou uma perso-nal trainer para a prática da atividade.

Comportamento

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Róger Viana afirma que aumenta cada vez mais a deman-da pela implantação de fitness em condomínios.

Com o crescimento do mercado, surgiram muitas em-presas especializadas em consultoria para a instalação de fitness e o fornecimento de equipamentos de ginástica para condomínios. Na opinião de Róger Viana, o sucesso na implantação desse tipo de ambiente depende, basica-mente, de dois fatores. “Um deles é o planejamento e, o outro, a realização de uma pesquisa junto aos moradores. O planejamento compreende as análises do espaço físico, a disponibilidade financeira e a capacidade administrativa do condomínio. Já a pesquisa permite saber o percentual de pessoas que pretende utilizar o local e em que horários, a faixa etária dos moradores e os objetivos do condiciona-mento físico. O cruzamento desses dados é que vai deter-minar, por exemplo, a quantidade e o tipo de equipamen-tos necessários”.

Planejamento e pesquisa são fundamentais paraimplantação do projeto

Alguns equipamentos são básicos e indispensáveis

Especialistas dizem que a montagem de um fitness, mesmo nos condomínios nos quais o espa-ço não foi projetado, exige uma área relativamente pequena e pode ser adequada a ambientes como o apartamento não utilizado pelo zelador, parte do salão de festas ou em edículas construídas no pátio dos empreendimentos.

Segundo o gerente comercial da Fit4 Store, em

Porto Alegre, Róger Viana, a busca por esse tipo de acréscimo, a praticidade oferecida pelos condomí-nios e a consequente valorização patrimonial dos mesmos tem crescido de forma significativa: “regu-larmente somos procurados para transformar locais que não estão sendo utilizados pelos condomínios em interessantes ambientes para a prática de ginás-tica”.

De acordo com Róger Viana, existem alguns equipamentos que são fun-damentais para o funcionamento de um fitness. “Dentre eles, a esteira vem em primeiro lugar. Normalmente, em condomínios, procuramos colocar no mínimo duas esteiras para que casais ou vizinhos pos-sam caminhar lado a lado e fazer com que aquele momento vire uma distração. A bicicleta, há al-gum tempo, vem sendo trocada ou entrando como acompanhante do elíptico, um equi-pamento que valoriza muito os membros inferiores e tem uma procura muito grande pelo público feminino.”.

Comportamento

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Comportamento

É essencial que haja um espaço destina-do à musculação. Hoje é possível oferecer vá-rios tipos de aparelhos e, em cada um, fazer cerca de 30 exercícios diferentes, sempre em acompanhamento dos indispensáveis halte-res, ocupando um espaço bem reduzido do ambiente. Por último, não se pode esquecer de equipar um espaço, reservado para alon-gamento e relaxamento, com colchonetes, espaldar de alongamentos e acessórios di-versos.

Tendo atuado como gestora condominial em di-versos condomínios, Maria Aparecida Model, esposa de Márcio Saueressing, síndico do Condomínio Vivienda del Arvoredo, localizado no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, faz importantes alertas sobre uso e manuseio dos aparelhos de academia. Um deles diz respeito à utili-zação de produtos de limpeza. Ela conta que em um dos condomínios do qual foi gestora, a higienização incor-reta acabou por manchar a maioria dos equipamentos, prejudicando de forma significativa os instrumentos de visualização de comandos.

Outro aspecto mencionado por Maria Aparecida diz respeito ao descuido e à falta de conhecimento de al-gumas pessoas quanto à prática dos exercícios. “Ao subir em uma esteira, o usuário deve lembrar-se de apoiar os pés nas laterais da manta antes de apertar o start. Dar a partida com o peso do corpo em cima da manta exi-ge mais força do motor, ocasionando maior desgaste. Já quando estiver caminhando ou correndo, o usuário deve atentar para não ficar ‘chutando’ o anteparo onde a man-ta faz a volta no cilindro. Nestes casos, o anel de pressão pode soltar, ocasionando os tão indesejáveis ruídos ex-cessivos, como se algo estivesse quebrado”.

A impaciência de alguns também pode ser preju-dicial a certos aparelhos, em especial aqueles com pe-ças mais sensíveis. Neste aspecto, as grandes vítimas são os painéis, que sofrem com pressões desproporcionais aos seus limites e as placas eletrônicas, sobrecarregadas com excessos para as quais não foram projetadas, co-menta Maria Aparecida. “O somatório dessas situações, acrescido ao fato de que nem sempre os condomínios adquirem equipamentos profissionais, os mais indica-dos quando se destinam ao uso frequente, pode ocasio-nar significativas despesas quando da necessidade de reparos. É por isso que julgo muito importante que os condôminos sejam orientados sobre a forma de uso e os procedimentos que permitem um maior tempo de vida útil para os aparelhos”.

Pesos e halteres também não podem faltar.

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Maria Aparecida alerta para a necessidade de orientações para o uso dos aparelhos.

É preciso muito cuidado para que os painéis dos equipamen-tos não sejam danificados.

Uso e manuseio de aparelhos exigem cuidados especiais

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Confira os custos de equipamento e manutençãode um fitness

Comportamento

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Os benefícios dos exercícios físicos para a saúde são incontestáveis e significativos. A prática ajuda no combate à obesidade, me-lhora a circulação sanguínea, diminui os riscos de doenças cardíacas e os efeitos do estresse, aumenta a resistência dos ossos e do sistema de imunização, fortalece os músculos e previne contra uma série de doenças. Mas para que es-sas vantagens sejam aproveitadas ao máximo é imprescindível a assistência de um profissional devidamente registrado junto ao CREF – Con-selho Regional de Educação Física.

A contratação desse profissional, via de regra, é feita de duas maneiras: por meio da contratação de uma empresa especializada no segmento, o que elimina a eventual configura-ção de vínculo trabalhista entre o profissional e o condomínio, ou sob a forma de prestação de serviço autônomo. Em qualquer das moda-lidades, o condomínio estabelece a forma de rateio dos custos e os horários em que os mo-nitores estarão à disposição dos moradores. O

mais comum, entretanto, é que os responsáveis pelos condomínios permitam aos condôminos, de acordo com seus interesses, a contratação, individual ou em grupo, de um instrutor que acompanhe suas atividades.

A forma de prestação do serviço é outro item que costuma ser ajustado. O educador fí-sico pode simplesmente orientar sobre a orga-nização de espaços, o uso do equipamento e a maneira de praticar os exercícios. Pode, ainda, elaborar um plano de aulas e programas de trei-namentos específicos, de acordo com a idade, as necessidades e os interesses dos clientes ou, por fim, pode acompanhá-lo durante as ativi-dades. Essas modalidades de atendimento têm registrado grande procura nos últimos anos.

Com a agenda semanal totalmente preenchi-da a personal trainer Alexandra Cimino, CREF nº 000096-G/RS, que há algum tempo percebeu o sur-gimento desse nicho de mercado, saiu da academia onde atuou por mais de 15 anos para dedicar-se, exclusivamente, ao atendimento a empresas e condomínios. Um tipo de acompanhamento que, na opinião da profissional, é fundamental para o alcance de melhores resultados para quem pratica ginástica e que, ao mesmo tempo, impede a ocor-rência de lesões que podem ser bastante graves.

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Comportamento

Exercícios sem acompanhamento podem ocasionar lesões enão alcançar os resultados desejados

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“Em primeiro lugar, eu entendo que um trabalho personalizado garante a segurança de quem faz os exercícios, no sentido de prevenir o excesso de atividades ou até mesmo em determi-ná-las de acordo com as aptidões físicas de cada pessoa”.

Além disso, cabe ao personal elaborar um pla-no de treinamento e fazer a prescrição de exercí-cios de acordo com os objetivos de cada um. Al-gumas pessoas querem queimar gorduras, outras têm sérios problemas de encurtamento, há quem queira priorizar o reforço muscular; e há, também,

os que visam apenas os exercícios aeróbicos ou cardiorrespiratórios. Então, para que todas essas individualidades sejam respeitadas, é indispensá-vel uma orientação especializada.

Outro aspecto interessante lembrado por Alexandra é a motivação. “Nos condomínios já é comum as salas de ginástica promoverem inte-gração entre os condôminos e a presença de um personal trainer colabora para que isso aconteça com maior intensidade. Afinal, fazer exercícios sozinho, para alguns, pode ser uma atividade um pouco menos atrativa.”

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Conheça os benefícios do alongamentoOs alongamentos são exercícios voltados para o

aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento.

O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimen-to possível de uma determinada articulação.

Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior a sua flexibilidade.

Alongamentos antes e depois dos exercícios mantêm a flexibilidade e ajudam na prevenção de lesões comuns.

Você pode alongar-se:- No trabalho, para aliviar a tensão nervosa. - Enquanto o computador está processando al-

guma coisa, mesmo que somente por 5-10 segundos.- Sempre que se sentir rígido, dolorido ou can-

sado.- Antes e depois de fazer uma caminhada.- Pela manhã, logo depois de acordar, e à noite,

antes de dormir. - No carro, no ônibus ou no trem.- Na mesa do trabalho.- Enquanto fala ao telefone.- Em pé ou esperando na fila.- Assistindo TV.- Antes de levantar para ir para qualquer lugar.

Benefícios do alongamento:O alongamento é a mais simples de todas as ati-

vidades físicas e se feito de forma regular apresenta-rá os seguintes benefícios:

- Diminuição da tensão muscular.- Melhora da circulação.- Redução da ansiedade, do estresse e da fadiga.- Melhora da prontidão mental.- Diminuição do risco de lesões.- Facilitação de toda forma de trabalho.- Melhora da autoestima.

Fonte: Miriam Rocha Lerina, personal trainer, pós-graduada em Reestruturação Corporal Global.

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Saiba mais

Comportamento

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indébito, enriquecimento injusto e en-riquecimento sem causa são sinônimos.

Neste contexto, aquele que obter proveito em detrimento dos demais pra-tica locupletamento às custas alheias, justificando, assim, reparação devida, nos termos do artigo 885 do Código Civil.

Art. 885 - A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.

No caso presente na consulta, apurado de forma inequívoca o consumo de gás não registrado, é possí-vel ao condomínio promover pedido de restituição.

Quanto à forma para levantamento e cobrança do consumo não medido, há que se ter cuidado, visto que a Lei, neste aspecto, nada prescreve. No entanto, evitan-do o enriquecimento sem causa, a “média de consumo apurada nos meses antecedentes”, conforme presente jurisprudência, pode ser uma forma de computar o va-lor e diminuir o prejuízo. Por fim, recomendamos con-versar com o condômino, buscando, sempre que possí-vel, uma composição amigável.

Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. CONDOMÍNIO. EX-CESSO DE CONSUMO. AUSÊNCIA DE MEDIDOR DE CON-SUMO DE GÁS E LIGAÇÃO CLANDESTINA DE ENERGIA ELÉ-TRICA DETECTADA POR TÉCNICOS CONTRATADOS PELO AUTOR. Excesso de consumo que não pode ser imputado ao réu, que durante período em que retirado medidor de consumo de gás, em decorrência de vazamentos, realizou pagamentos pela média de consumo apurada nos me-ses antecedentes. Não demonstrada a efetiva utilização da ligação clandestina que supostamente beneficiava a economia pertencente ao demandado, é de ser indeferi-da pretensão de indenização pelo excesso de consumo de energia elétrica constatado no bloco em que localizada a unidade residencial do réu, no qual, inclusive, circula maior número de pessoas, além de contar com depen-dências comuns a outros condôminos (churrasqueira) e funcionários do próprio condomínio. Queda de consumo de energia que sucedeu à revisão elétrica que pode ser debitada à desativação dos interruptores e substituição de lâmpadas no bloco de nº 521. RECURSO DE APELAÇÃO IMPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70009696493, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes, Julgado em 18/05/2006).

Como se dá o cômputo de votos em uma assembleia de condomínio?

Segundo o previsto no Código Civil, artigo 1.352, os votos serão proporcio-nais às frações ideais no solo e nas ou-tras partes comuns pertencentes a cada condômino, salvo disposição diversa da convenção do condomínio (documento no qual os condôminos podem definir outra forma para o voto). Assim, se a convenção for omissa ou não existir, a contagem dos votos obedecerá ao disposto em Lei.

Art. 1.352. Salvo quando exigido quórum especial, as deliberações da assembleia serão tomadas, em primeira convocação, por maioria de votos dos condôminos pre-sentes que representem pelo menos metade das frações ideais.

Parágrafo único. Os votos serão proporcionais às frações ideais no solo e nas outras partes comuns per-tencentes a cada condômino, salvo disposição diversa da convenção de constituição do condomínio.

Nosso condomínio possui gás central, com medido-res individuais para cada unidade. Após uma verifi-cação de rotina, descobriu-se que uma das unidades não estava pagando o gás, pois foi detectado que o medidor estava quebrado e ficou por um período sem registro. O que diz a lei nesta situação? De que forma cobrar o consumo não registrado?

O Código Civil, no artigo 1.336, estabelece que é dever de todo condômino contribuir com as despesas do condomínio, na proporção de suas frações, ou na forma definida na convenção de condomínio.

Art. 1.336. São deveres do condômino:I - contribuir para as despesas do condomínio na pro-

porção das suas frações ideais, salvo disposição em con-trário na convenção.

O mesmo diploma legal, no artigo 884, dispõe: Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer a

custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamen-te auferido, feita a atualização dos valores monetários.

Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por ob-jeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.

Segundo o Dicionário Jurídico da Academia Bra-sileira de Letras Jurídicas, diz-se do enriquecimento ilícito ser “o acréscimo de bens que, em detrimento de outrem, se verificou no patrimônio de alguém, sem que para isso tenha havido fundamento jurídico”. Entende, também, que enriquecimento ilícito, enriquecimento

Espaço Imóvel Responde

24 Espaço Imóvel - SECOVI / RS • AGADEMI - Maio/Junho 2012

Respostas: Tiago Strassburger, advogado, integrante do Departamento Jurídico do Secovi/RS e da Agademi.

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Respostas: Eliane Maria Virtuoso, advogada, integrante do Departamento Jurídico do Secovi/RS e da Agademi.

Espaço Imóvel Responde

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Sou síndico de um condomínio de 23 aparta-mentos. O morador do último andar (cobertura) colocou telhas vermelhas no peitoril do terraço, alegando que é necessário para evitar que a água da chuva acumule. Encaminhei carta ao morador e multas, conforme prevê a Convenção do Condo-mínio. Estou certo?

Antes de adentrar no mérito da questão, cabe relembrar que é proibida modificação nas unidades autônomas que pode, de alguma forma, comprome-ter a unidade arquitetônica estabelecida para o con-domínio e que certamente foi fator determinante para que diversos proprietários tenham optado pela compra daquele imóvel.

O artigo 1.336 do Código Civil dispõe que é dever do condômino não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e das esquadrias externas. Já a Lei nº 4.591/64, que trata do condomínio em edifica-ções e das incorporações imobiliárias, disciplina no artigo 10, I e II, §1º, que é defeso a qualquer condô-mino alterar a forma externa da fachada e decorar as partes e esquadrias externas com tonalidades ou cores diversas das empregadas no conjunto da edi-ficação. O transgressor ficará sujeito ao pagamento de multa prevista na convenção ou no regulamento do condomínio, além de ser compelido a desfazer a obra ou abster-se da prática do ato, cabendo, ao sín-dico, com autorização judicial, mandar desmanchá--la, à custa do transgressor, se este não a desfizer no prazo que lhe for estipulado.

Há, portanto, vedação expressa na legislação e na convenção do condomínio quanto às alterações realizadas pelo condômino em seu imóvel. E o con-dômino que descumpre as regras contidas na con-venção do condomínio deve se sujeitar às sanções previstas com o intuito de preservar o interesse dos coproprietários na preservação da coisa comum.

Se fosse permitido a cada proprietário, indivi-dualmente, deliberar sobre os destinos da harmonia visual do imóvel, certamente se perderia de vista o equilíbrio arquitetônico, o que desvalorizaria a pro-

priedade comum.Portanto, o síndico cumpriu o disposto na con-

venção e na legislação vigente no que concerne às suas atribuições legais, advertindo previamente o condômino que infringiu as normas, para, em segui-da, aplicar multa ao infrator, inexistindo, assim, irre-gularidade na aplicação desta, a teor do disposto na respectiva norma interna.

Um proprietário do edifício não usa a garagem que está escriturada no nome dele. Quer vendê-la para outro morador. Isto pode?

A primeira lei a tratar das vagas de estaciona-mento em condomínios foi a Lei nº 4.864/65, que criou medidas de estímulo à construção civil e alte-rou a Lei nº 4.591/64, acrescentando três parágrafos ao art. 2º.

O § 2º deste artigo é objetivo quanto ao direito de alienação da vaga de estacionamento como uni-dade autônoma, dispondo:

“§ 2º O direito de que trata o § 1º deste artigo poderá ser transferido a outro condômino, indepen-dentemente da alienação da unidade a que corres-ponder, vedada sua transferência a pessoas estra-nhas ao condomínio.”

Com a entrada em vigor do Código Civil de 2002, essas questões passaram a ter tratamento pró-prio através dos artigos 1.331, §1º, e 1.339. Posterior-mente, em abril de 2012, com a Lei nº 12.607, o arti-go 1.331, § 1º, foi alterado, passando a prever que os abrigos para veículos não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio sem a autorização expressa na convenção.

Portanto, depois da referência histórica-jurídica, é possível concluir que a alienação da vaga de gara-gem constituída como unidade autônoma a outro condômino é perfeitamente possível desde 1965.

Espaço Imóvel - SECOVI / RS • AGADEMI - Maio/Junho 2012

Representantes de imobiliárias e síndicos de condomínios, em dia com acontribuição sindical, podem enviar seus questionamentos por carta, faxou e-mail.Confira detalhes no site: www.secovirsagademi.com.br

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Espaço Secovimed

Patrícia P. S. SessegoloNutricionista, Integrante da Equipe de Atendimento do

Secovimed/RS.

Dietoterapia no diabetes melito

O diabetes melito (DM) é uma doença crônica de in-cidência e prevalência em todo o mundo, caracterizada por uma hiperglicemia resultante da deficiência absolu-ta da insulina (diabetes do tipo 1) ou relativa de insulina, como no diabetes tipo 2. O tratamento se baseia em me-didas farmacológicas e não farmacológicas. Dentre elas, a dieta exerce um papel de extrema importância, pois visa normalizar a glicose sanguínea ou aproximá-la de seus níveis normais.

As necessidades diárias do diabético em calorias não diferem das pessoas que consomem dieta sem restrição. Faz-se necessário o planejamento dessas calorias, respei-tando dados do paciente, como o peso, a altura, a idade, o sexo, a atividade física e a ingestão oral diária de alimento.

Os carboidratos são determinados pela quantidade de glicemia e lipemia, tipo de DM e necessidade de re-dução, manutenção ou recuperação de peso. Geralmente participam com uma cota de 55% a 70% do valor calórico total da dieta/dia, tendo maior impacto os carboidratos do tipo complexos. Muito discutida é a prática do uso e/ou a liberação no consumo de até 10% de carboidratos simples, como a sacarose e outros mono e dissacarídeos, (glicose, galactose, maltose, lactose) na dieta de diabéti-cos tipo 2 compensados. Essa prática se dá preferencial-mente se combinados às fibras solúveis que aparecem com êxito principalmente no DM-2.

O consumo de fibras exerce influência no controle metabólico da doença, pois reflete positivamente na re-dução do perfil lipídico, prevenindo outras doenças, como hipertensão, dislipidemia, nefropatias, hiperuricemia e etc.

As fibras insolúveis (celulose, lignina e algumas he-miceluloses) exercem pouca influência no controle gli-cêmico, pois agem sobre o trato gastrintestinal, evitando principalmente a constipação, o câncer de colorretal e as hemorroidas. São encontrados nos grãos, nos farelos, nas hortaliças e nos folhosos. Já as fibras solúveis (pectinas, gomas, certas hemiceluloses e alguns polissacarídeos) retardam a absorção da glicose além de proporcionarem maior saciedade, reduzindo a glicemia pós-prandial, o co-lesterol total e o LDL em indivíduos com ou sem diabetes. São encontradas principalmente nas frutas, nas cascas, nas polpas de frutas cítricas, nos legumes, nas legumino-

sas, na cevada, na semente de gergelim e na farinha de aveia. A ingestão de fibras fica em torno de 20 a 35 g/dia e as necessidades mínimas para garantir o controle glicê-mico ainda são inconclusivas.

As recomendações diárias de proteínas são seme-lhantes às preconizadas para a população sadia, variando em torno de 10% a 20% do valor total da ingesta diária de alimentos (0,8 a 1,5/kg de peso corporal/dia). Isto corres-ponde a duas porções médias de carne magra por dia e três a quatro porções diárias de leite desnatado ou queijo magro.

Pessoas com DM-1 geralmente apresentam níveis de lipídeos que se assemelham aos de pessoas não dia-béticas, apesar de apresentarem riscos para doença car-diovascular. No DM-2, o risco é duas ou até quatro vezes maior na prevalência da hipertrigliceridemia, colesterol total aumentado e HDL diminuído.

A recomendação diária de lipídeos fica em torno de 8 a 10% de gordura saturada encontrados basicamente em gordura que provém de origem animal (carne bovi-na, de aves, suína, laticínios), 10% de gordura insaturada do tipo poli-insaturada (óleo de soja, girassol, milho, entre outros), 15% de monoinsaturados (azeite de oliva, óleo de canola, azeitona, abacate e nozes) ambos de origem ve-getal e 300g ou menos de colesterol dietético, totalizando em média 30% da dieta da ingesta/dia de lipídeos.

As vitaminas, os minerais, os antioxidantes, o sódio e os líquidos não diferem das quantidades estabelecidas nas ingestões diárias recomendadas (IDR) para pessoas não diabéticas.

O uso dos adoçantes dietéticos é regulamentado pela Portaria nº 234 da Secretaria de Vigilância Sanitária/MS, que esclarece que, para o consumo seguro, deve-se observar a ingestão diária aceitável (IDA) e considerar vantagens e desvantagens de cada um.

Diante de todas estas considerações, é fato que o controle adequado da doença pode atenuar suas complicações, e é sabida a extrema importância de o paciente diabético assumir responsabilidade no seu tratamento e nos cuidados inerentes ao seu bem-estar, estando bem-informado e buscando auxílio junto aos profissionais de saúde.

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