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Enade 2014 PUC Goiás

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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS

Curso: ENGENHARIA CIVIL

Organizador:

Prof. Epaminondas L. Ferreira Jr., MSc.

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SUMÁRIO

QUESTÃO Nº 09

Autor: Prof. MSc. Epaminondas Luiz Ferreira Jr.

QUESTÃO Nº 10 (QUESTÃO ANULADA)

Autor: Prof. MSc. Flavio Ricardo Leal da Cunha

QUESTÃO Nº 11

Autor: Prof. Esp. Celso Machado de Faria

QUESTÃO Nº 12

Autor: Prof. MSc. Paulo José Mascarenhas Roriz

QUESTÃO Nº 13

Autor: Prof. Esp. José Luiz Prudente D’Oliveira

QUESTÃO Nº 14

Autora: Profª. MSc. Rosana Melo de Lucas Brandão

QUESTÃO Nº 15

Autora: Prof. Dr. Tule César Barcelos Maia

QUESTÃO Nº 16

Autor: Prof. Dr. Rodrigo Carvalho da Mata

QUESTÃO Nº 17 (QUESTÃO ANULADA)

Autor: Prof. MSc. Byl Farney Rodrigues da Cunha

QUESTÃO Nº 18

Autor: Prof. Dr. Augusto Fleury Veloso Silveira

QUESTÃO Nº 19

Autor: Prof. MSc. Marco Túlio Pereira de Campos

QUESTÃO Nº 20

Autora: Profª. MSc. Viviane Vaz Monteiro

QUESTÃO Nº 21

Autor: Prof. MSc. Murilo Meiron de Pádua Soares

QUESTÃO Nº 22

Autor: Prof. MSc. Marcelo Tsuyoshi Haraguchi

QUESTÃO Nº 23

Autor: Prof. MSc. Flavio Ricardo Leal da Cunha

QUESTÃO Nº 24

Autora: Profª Dra. Marta Pereira da Luz

QUESTÃO Nº 25

Autor: Prof. MSc. Ricardo Barbosa Ferreira

QUESTÃO Nº 26

Autor: Prof. MSc. Epaminondas Luiz Ferreira Jr.

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QUESTÃO Nº 27

Autor: Prof. Dr. Benjamim Jorge Rodrigues dos Santos

QUESTÃO Nº 28

Autor: Prof. MSc. Antônio Gonçalves de Moura

QUESTÃO Nº 29

Prof. MSc. Ricardo Barbosa Ferreira

QUESTÃO Nº 30

Autor: Prof. Esp. Jeová Martins Ribeiro

QUESTÃO Nº 31

Autor: Prof. Dr. Dario de Araújo Dafico.

QUESTÃO Nº 32

Autora: Profª Dra. Marta Pereira da Luz

QUESTÃO Nº 33

Autor: Prof. Esp. Argemiro A. Fontes Mendonça

QUESTÃO Nº 34

Autor: Prof. MSc. Alberto Vilela Chaer.

QUESTÃO Nº 35

Autor: Prof. MSc. Paulo José Mascarenhas Roriz

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 3

Autor: Prof. MSc. Alberto Vilela Chaer.

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 4

Autor: Prof. MSc. Marco Túlio Pereira de Campos

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 5

Autora: Profª. MSc. Janaína das Graças Araújo

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QUESTÃO Nº 09

De acordo com o exposto pela ABNT NBR 6118 (2003), nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado no Quadro I e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.

Tendo como referências as informações acima, é correto afirmar que a agressividade do meio ambiental nas estruturas de concreto ou de suas partes está relacionada:

A) somente às ações mecânicas, às variações volumétricas de origem térmica, à retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.

B) somente às ações físicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.

C) às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, dependendo das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.

D) somente às ações químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.

E) às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto

Gabarito: E

Tipo de questão: Média.

Conteúdo avaliado: Durabilidade das estruturas de concreto.

Autor(a): Prof. MSc. Epaminondas L. Ferreira Jr

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Comentário:

A questão apresenta um trecho da NBR 6118, que é a norma utilizada para o

dimensionamento de Estruturas de Concreto. O quadro apresentado dedica-se,

especificamente, em mostrar o risco de deterioração das estruturas em função do

ambiente exposto, relatados como classes ambientais. Embora a norma, de forma geral,

trate do dimensionamento das estruturas de concreto em todo seu âmbito, a NBR 6118,

em seu item 6.4.1, relata que: “a agressividade do meio ambiente está relacionada às ações

físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das

ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, de retração hidráulica e

outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto”. Portanto, a resposta da

questão é letra E. Tal conteúdo é abordado nas disciplinas de Materiais de Construção civil

II, Estruturas de Concreto Armado I e II, Construção civil I e Patologia e Recuperação de

obras.

Referências:

Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 6118 – Dimensionamento de

Estruturas de Concreto, Rio de Janeiro, 2003.

Metha, P. K.; Monteiro, P. J. M - Concreto – Estrutura e Propriedades, Pini, 1990.

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QUESTÃO Nº 10

O muro de arrimo representado no desenho abaixo teve sua seção transversal pré-dimensionada conforme indicado na figura.

Suponha que o empuxo de terra ativo de magnitude 50 KN atua perpendicularmente ao paramento do muro à 0,9 m de sua base e que o muro de concreto ciclópico pesa 30 kN, com resultante localizada a 0,5 m do ponto A. Se o momento de tombamento (Mt) é aquele provocado apenas pelo empuxo de terra (E) e o momento resistente (Mr) é proveniente apenas do peso do muro (W), então:

A) Mt = 12 kN.m e Mr = 15 kN.m. B) Mt = 12 kN.m e Mr = 30 kN.m. C) Mt = 15 kN.m e Mr = 12 kN.m. D) Mt = 32 kN.m e Mr = 12 kN.m. E) Mt = 32 kN.m e Mr = 15 kN.m.

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Dimensionamento de estrutura de contenção por gravidade.

Autor(a): Prof. MSc. Flávio Ricardo Leal da Cunha

Comentário:

O conteúdo requerido para a resolução da questão é abordado na disciplina ENG 1082 –

Geotecnia II, onde o aluno aprende a dimensionar uma estrutura de contenção por

gravidade, com aplicação de competências e habilidades desenvolvidas também nas

disciplinas de Mecânica Geral e Resistência dos Materiais. Considero o nível da questão

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muito simples e com total capacidade dos nossos alunos resolverem. A questão foi anulada

por várias razões:

- a distância do empuxo do texto não é a mesma da figura;

- não havia resposta compatível no gabarito;

- o peso do muro estava com o centro de gravidade no ponto errado, só valeria se a figura

fosse retangular;

- como o arrimo encontrava-se enterrado com 50 cm, existe um empuxo passivo o qual não

foi considerado no enunciado.

Referências:

ALONSO, U.R. Exercícios de fundações. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2010.

HACHICH, W. et al. Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: PINI, 1998.

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QUESTÃO Nº 11

Os sistemas de transporte de água de abastecimento e de coleta de esgotos sanitários devem ser, respectivamente, projetados e calculados como:

A) condutos forçados e condutos livres. B) condutos livres e condutos forçados. C) condutos sob pressão igual a atmosférica. D) condutos por gravidade e condutos forçados. E) condutos sob pressão diferente da atmosférica.

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Conceitos para dimensionamento de abastecimento de água e

transporte de esgoto sanitário.

Autor: Prof. Esp. Celso M. de Faria

Comentário:

O conteúdo requerido para a resolução da questão é abordado nas disciplinas ENG 2103 -

Saneamento Básico e ENG 2324 - Instalações Hidráulicas e Prediais, onde o aluno aprende

conceitos e dimensionamento de sistemas de abastecimento de água e, coleta e transporte

de esgotos. Assim sendo, conforme conceito de condutos forçados: “São canalizações em

que o escoamento ocorre a uma pressão diferente da pressão atmosférica. Sempre

fechados e escoamento com seção cheia”, equivale ao primeiro tópico da questão de

transporte de água de abastecimento e, conceito de condutos livres: “Recipientes, abertos

ou fechados, naturais ou artificiais, independentes da forma, sujeitos à pressão

atmosférica”.

Os condutos livres diferem dos condutos fechados porque o gradiente de pressão não é

relevante. O agente que proporciona o escoamento é a gravidade o que equivale ao segundo

tópico de coleta de esgotos sanitários, tendo como exemplo: aquedutos, canais, calha de

córrego, rios, rede de esgoto, rede de águas pluviais (quando não bombeados) portanto,

item A é o correto. Considero o nível da questão muito simples e com total capacidade dos

nossos alunos resolverem.

Referências:

HELLER, L., PÁDUA, V.L. (2006). Abastecimento de água para consumo humano.

Editora UFMG, Belo Horizonte, 859p.

ARIOVALDO NUVOLARI (2009). Esgoto Sanitário: coleta, transporte,

tratamento prévio e reúso agrícola. Editora Blucher, São Paulo, 549p.

CREDER,Helio. L. Instalações Hidráulicas Sanitárias. R. Janeiro Livro Técnico e

Científico Editora, 1984.

MACINTYRE, Archibald J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. R. janeiro

Livro Tec. Cient. Ed. 1996

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QUESTÃO Nº 12

Os critérios gerais seguidos em projeto, operação e manutenção de controle de drenagem urbana, no aspecto hidrológico, envolvem diretrizes tais como: I. definição do volume de deflúvio. II. picos de vazão excedendo valores naturais. III. desvio dos primeiros instantes da chuva para um reservatório. IV. bacia de detenção capaz de armazenar deflúvio determinando a altura de recipitação e a liberação em período de tempo predeterminado. É correto apenas o que se afirma em

A) I e II B) I e IV. C) II e III. D) I, III e IV. E) II, III e IV.

Gabarito: D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Princípios Teóricos de drenagem urbana

Autor(a): Prof MSc. Paulo José Mascarenhas Roriz

Comentário:

A questão aborda tópicos que são apresentados ao aluno na disciplina de ENG 2102 –

Hidrologia aplicada e complementada em ENG 2103 – Saneamento Básico. Para resolução

da questão, deve-se desconsiderar os valores de picos (várias grandezas) para fazer o

dimensionamento das obras de engenharia, devido ao fator custo x benefício, os valores de

pico vão encarecer as obras e são excepcionais. Neste sentido, o item II torna-se errado.

Os demais itens estão corretos, portanto, resposta letra D.

Referências:

PAIVA, J.B.D e PAIVA, E.M.C. Hidrologia aplicada à gestão de pequenas bacias

hidrográficas. Porto Alegre: ABRH, 2001.

TUCCI, C.E.M. Hidrologia, ciência e aplicação. 2ª ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1997.

VILELA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo; Mc Graw Hill do Brasil

Ltda., 2000.

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QUESTÃO Nº 13

Deseja-se saber o custo total de um revestimento de um pavimento, em Tratamento Superficial Duplo (TSD), de uma rodovia que aparece com uma extensão de 10 cm em uma escala de 1:200.000. A seção transversal desse pavimento mostra que a largura da plataforma da pista é 160 mm e está desenhada em uma escala de 1:50. Considere que o custo para execução do TSD é de R$ 8,00/m2. Nessa situação, qual o custo da obra?

A) R$ 25 600,00. B) R$ 128 000,00. C) R$ 160 000,00. D) R$ 1 280 000,00. E) R$ 2 560 000,00.

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: matemática básica, conversão de escalas, tipos de pavimento.

Autor: Prof. Esp. José Luiz Prudente D’Oliveira

Comentário:

A questão envolve a conversão de unidades e escalas e aplicação de cálculo de área de um

pavimento tipo TSD. Os assuntos são abordados nas disciplinas de Física Geral e

Experimental I, Expressão Gráfica Básica e Desenho I, que, neste caso, foi aplicado ao

conhecimento dos tipos e dimensionamento de pavimentos ensinados na disciplina de

Terraplanagem e Pavimentação. A resposta da questão é obtida pelo produto da simples

conversão do comprimento longitudinal da rodovia (10 cm em uma escala de 1:200.000 que

equivale a 20.000 metros) pela largura da rodovia (160 mm que equivale a 8 metros na

escala 1:50) e o custo de R$ 8/m2, resultando em 20.000 m x 8 m x R$ 8/m2 –R$

1.280.000,00 – LETRA D.

Referências:

BALBO, J. T. Pavimentação asfáltica - materiais, projeto e restauração. 1ª

Edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

Page 14: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 14

Resolução CONFEA n.º 1.025, de 30 de outubro de 2009. A Certidão de Acervo Técnico (CAT) é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, que consta dos assentamentos do CREA a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelas atividades consignadas no acervo técnico do profissional.

Em relação à CAT, analise as afirmações abaixo.

I. A CAT constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa jurídica somente se o responsável técnico indicado estiver a ela vinculado como integrante do seu quadro técnico. II. A CAT deve ser requerida ao CREA pelo profissional ou pela pessoa jurídica interessada por meio de formulário próprio, com indicação do período ou especificação do número das ARTs que constarão da certidão. III. A emissão da CAT é estritamente vedada ao profissional que possuir débito relativo a anuidade, multas e preços de serviços junto ao Sistema CONFEA/CREA. IV. A CAT perderá a validade no caso de modificação dos dados técnicos qualitativos e quantitativos nela contidos, bem como de alteração da situação do registro da ART.

É correto apenas o que afirma em A) I e IV. B) II e III. C) III e IV. D) I, II e III. E) I, II e IV.

Gabarito: A

Tipo de questão: Difícil

Conteúdo avaliado: Critérios para emissão da Certidão de Acervo Técnico

Autora: Profª. MSc. Rosana Melo de Lucas Brandão

Comentário:

O conteúdo consta da ementa da disciplina Ética e Legislação Profissional (ENG 2403),

especificamente no assunto referente ao registro de Anotação de Responsabilidade

Técnica (ART) e emissão de Certidão de Acervo Técnico (CAT).

Comentário sobre os incisos:

I. A CAT constituirá prova da capacidade técnico/profissional da pessoa jurídica

somente se o responsável técnico indicado estiver a ela vinculado como

integrante do seu quadro técnico. (CORRETO)

II. A CAT deve ser requerida ao CREA pelo profissional ou pela pessoa jurídica

interessada por meio de formulário próprio, com indicação do período ou

especificação do número das ARTs que constarão da certidão.

ERRADO: a CAT somente pode ser requerida pelo profissional.

III. A emissão da CAT é estritamente vedada ao profissional que possuir débito

relativo a anuidade, multas e preços de serviços junto ao Sistema

CONFEA/CREA.

ERRADO: Realmente é vedado ao profissional requerer a CAT quando este

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possuir débitos, exceto em caso de apresentação de defesa ou recurso,

que confere aos débitos efeito suspensivo.

IV. A CAT perderá a validade no caso de modificação dos dados técnicos

qualitativos e quantitativos nela contidos, bem como de alteração da situação

do registro da ART. (CORRETO)

Portanto, estão corretos os itens I e IV – Letra A

Referências:

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Dispõe sobre a

Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras

providências. Resolução nº 1.025, 30 de outubro de 2009. Disponível em: <

http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=43481>. Acesso

em: 26 de jul. 2014

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QUESTÃO Nº 15

Um topógrafo está levantando as dimensões de um terreno irregular para fins de loteamento urbano. Com o teodolito instalado em um ponto A, ele lê a mira no ponto B, anotando os seguintes dados: Fio superior (fs) = 1 595 mm; Fio médio (fm) = 800 mm; Fio inferior (fi) = 96 mm; Constantes do aparelho: f/i=100 e f+i=0; Ângulo zenital (Z) = 87º.

BORGES, A. C. Topografia. São Paulo: Edgard Blüncher, 1977. Nessa situação, a distância inclinada que o topógrafo lê entre os pontos A e B é de:

A) 80,0 m B) 70,4 m. C) 79,5 m. D) 149,9 m. E) 159,5 m.

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Determinação de distâncias horizontais por processos indiretos

Autor: Prof. Dr. Tule César Barcelos Maia

Comentário:

O conteúdo requerido para a resolução da questão é abordado na disciplina ENG 1061 –

TOPOGRAFIA E GEODÉSIA I, onde o aluno aprende a determinar as distâncias

horizontais entre pontos no espaço, sendo aplicado o método indireto de levantamento da

grandeza. Considero o nível da questão muito simples e elementar baseado no conteúdo

ministrado na disciplina em que nossos alunos têm o preparo para a solução da mesma.

Solução da questão:

Di=(FS-FI)*(f/i)/1000 (1000 – transformar as leituras realizadas em mm para metro)

Di=(1595-96)*100/1000=149,90m.

O uso do ângulo vertical só é necessário na determinação da distância horizontal, ou seja,

reduzida ao plano horizontal. O fio médio é usado apenas para verificar se as leituras

estão corretas. FM=(FS+FI)/2=(1595+96)/2=845,5mm, diferente do valor lido,

significando um erro de leitura dos fios estadimétricos.

Referências:

BORGES, A. C. Topografia. São Paulo: Edgard Blüncher, 1977.

ERBA, D. A.; THUM A. B.; SILVA, C. A. U.; SOUZA, G. C.; VERONEZ, M. R.;

LEANDRO, R. F.; MAIA, T. C. B. Topografia para estudantes de Arquitetura,

Engenharia e Geologia, editora Unisinos, São Leopoldo - RS, 2003.

LOCH, C.; CORDINI, J. Topografia contemporânea, planimetria, 2ª edição,

editora da UFSC, 2000.

Page 17: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 16

Ponte da Normandia (vão central 856 m). Ponte do estreito de Akashi (vão central 1991 m) Considerando as fotos apresentadas acima, avalie as afirmações seguintes. I. A ponte pênsil de cabo retilíneo é mais eficiente que a de cabo curvo. II. A ponte pênsil tem um cabo principal e outros secundários, pendurados nesse cabo, segurando o tabuleiro. III. O Brasil tem muitas pontes estaiadas e as que hoje estão sendo construídas são as de melhor técnica existentes em todo o mundo. IV. O Brasil tem poucas pontes estaiadas, pois entrou um pouco tarde nessa tecnologia, mas, por esse fato, aproveitou os melhores exemplos, tecnologias e materiais. V. A ponte estaiada tem vários cabos ligados a um mastro sustentando o tabuleiro, esses cabos são todos semelhantes e de igual importância para apoiar o tabuleiro. É correto apenas o que se afirmam em:

A) II e IV. B) I, II e III. C) I, III e V. D) I, IV e V. E) II, IV e V.

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Tipologia estrutural de pontes

Autor: Prof. Dr. Rodrigo Carvalho da Mata

Comentário:

A questão trata de tipologia estrutural de pontes. Esse conteúdo é ministrado na disciplina

opcional ENG1680 Pontes e Grandes Estruturas no nono período do curso de Engenharia

Civil da PUC Goiás. Neste exemplo destacam-se as pontes pênsil e estaiada. O

questionamento refere-se a disposição estrutural dos cabos para as duas tipologias,

avaliando a capacidade de analisar as distribuições de esforços conforme a

geometria/disposição dos cabos. Vejamos

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I - A ponte pênsil de cabo retilíneo é mais eficiente que a de cabo curvo (Falso) o cabo

curvo é mais eficiente que o cabo retilíneo. A distribuição dos esforços axiais em

cabos submetidos ao peso próprio terá naturalmente o formato de uma catenária,

logo uma curva;

II - A ponte pênsil tem um cabo principal e outros secundários, pendurados nesse cabo,

segurando o tabuleiro (verdadeiro);

III - O Brasil tem muitas pontes estaiadas e as que hoje estão sendo construídas são as de

melhor técnica existentes em todo o mundo (Falso) no Brasil há poucas pontes estaiadas,

além disso, essa técnica nem sempre é a melhor solução tecnológica para projetos e

execuções de pontes;

IV - O Brasil tem poucas pontes estaiadas, pois entrou um pouco tarde nessa tecnologia,

mas, por esse fato, aproveitou os melhores exemplos, tecnologias e materiais (verdadeiro);

V - A ponte estaiada tem vários cabos ligados a um mastro sustentando o tabuleiro, esses

cabos são todos semelhantes e de igual importância para apoiar o tabuleiro. (verdadeiro).

Portanto, são verdadeiras as afirmações II, IV e V – Letra E.

Referências:

MARCHETTI, O. Pontes de concreto armado. 1ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher, 2008

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QUESTÃO Nº 17

Considere uma construção em concreto armado com uma laje quadrada de 5 m de lado, quatro vigas, quatro pilares e quatro elementos de fundação. O volume de concreto usado foi de 2 m

3, 1 m

3 e 1 m

3 para cada viga, pilar e laje, respectivamente. Segundo a NBR 6113

(2007), o peso específico do concreto armado é 25 kN/m3. A laje dessa construção suporta

uma carga acidental de 4,00 kN/m2.

Considerando o peso próprio dos elementos estruturais e a carga acidental na laje, conclui-se que a carga em cada fundação é de:

A) 25 kN. B) 50 kN. C) 70 kN. D) 100 kN. E) 200 kN.

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Carregamentos em estruturas de concreto

Autor: Prof. MSc. Byl Farney Rodrigues da Cunha Junior

Comentário

O conteúdo exigido nessa questão é apresentado ao aluno no programa de Estruturas de

Concreto Armado I. É plenamente possível que nosso aluno a resolva sem dificuldades caso

o enunciado estivesse mais completo de informações.

A questão, então, tem gabarito ANULADO por três motivos:

1 – A norma de projetos de estruturas de concreto (NBR 6118:2007) está referenciada

erroneamente no enunciado como NBR 6113:2007;

2 – O exercício não esclarece se é necessário considerar o peso próprio dos elementos de

fundação no cômputo das cargas resultantes na fundação;

3 – Sabe-se que para as cargas na fundação serem iguais (como o exercício deseja a

resposta) é necessário conhecer as rigidezes das vigas e pilares que afetam diretamente o

caminhamento das cargas até a fundação. O fato de serem fornecidos os volumes das

peças não exclui a necessidade de se conhecer as rigidezes das peças.

Considerando que não fosse necessária a consideração do peso próprio dos elementos de

fundação e que as vigas e pilares possuem a mesma rigidez, o cálculo seria como o seguinte:

Volume de concreto (vigas+pilares+laje) = (4vigas *2m³) + (4pilares*1m³) + (1 laje*1m³) =

13m³

Peso total da estrutura = 13m³ x 25 KN/m³ = 325 KN

Peso proveniente da carga acidental = 4 KN/m² x (5m x 5m) = 100 KN

Page 20: eBook - Engenharia Civil

325 + 100 = 425 KN

Carga em cada pilar = 425 / 4pilares = 106,25 KN/pilar

É possível verificar que também não existe gabarito para esta questão com as premissas

adotadas para resolução.

Referências:

CARVALHO, R. C. & FIGUEIREDO Filho, J. R. - Cálculo e Detalhamento de Estruturas

Usuais de Concreto Armado. Editora da UFSCar, 2009

Page 21: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 18

Em uma situação hipotética de implantação de uma obra de construção civil, foram solicitadas a um engenheiro júnior, pelo gerente do empreendimento, várias tarefas, destacando-se as relacionadas com as instalações elétricas. Como primeira tarefa, o gerente do empreendimento solicitou que o engenheiro fizesse a distribuição elétrica da iluminação de uma das salas do escritório da obra, que se encontra com suas tubulações secas (eletrodutos e caixas sem fiação) já distribuídas e que não poderão sofrer alteração alguma ou acréscimo. O circuito é único e monofásico. Considerando essas informações e a simbologia da norma ABNT NBR 5410, qual dos esquemas abaixo seria correto o engenheiro apresentar para o gerente, como a solução para a instalação solicitada?

(a)

(d)

(b)

(e)

(c)

Page 22: eBook - Engenharia Civil

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Distribuição da fiação na instalação predial

Autor: Prof. Dr. Augusto Fleury Veloso Silveira

Comentário:

A NBR 5410 estabelece as condições a que deve satisfazer as instalações elétricas de

baixa tensão. A questão é simples, e requer dos alunos apenas o conhecimento da

simbologia de elementos e a distribuição de fiação elétrica nestes pontos. Este conteúdo é

apresentado aos alunos do curso na disciplina de Eletricidade e Instalações Elétricas, onde

concebem e apresentam um projeto residencial complexo e completo, tornando, então, a

questão muito fácil. No ambiente representado, a fiação que, por meio dos eletrodutos, sai

do quadro de distribuição, deverá alimentar os pontos de interruptores tipo three-way e

four-way, passando pela caixa de fundo móvel fixada no teto da edificação, onde está o

ponto de iluminação. Do QG à caixa (ponto de iluminação) levam-se os fios FASE e

NEUTRO. Para o three-way mais extremo segue a fase e voltam os dois retornos, que irão

ao interruptor four-way, de onde voltam dois retornos com destino ao outro three-way

juntamente com o retorno que vai ao ponto de iluminação. Portanto, a resposta é a letra E.

Referências:

COTRIN, A.A.M.B. Instalações elétricas. São Paulo: Editora Mc Graw Hill do

Brasil, 2008.

CREDER, H. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2000.

Page 23: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 19

Foi executada uma prova de carga em placa (Ø=0,8m ) de acordo com a NBR 6489 (1984) em um terreno onde será executado um prédio em fundação direta (sapata). O resultado do ensaio é apresentado na figura abaixo. Curva tensão versus recalque de uma prova de carga direta. Analisando-se o resultado do ensaio apresentado na figura, qual é a área de uma sapata quadrada isolada cuja carga do pilar é de 1 000 kN, considerando o peso próprio da sapata como 5% da carga do pilar?

A) 4,67 m2

B) 4,20 m2

C) 2,63 m2

D) 2,33 m2

E) 2,10 m2

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Dimensionamento de fundação direta.

Autor(a): MSc. Marco Túlio Pereira de Campos

Comentário:

O conteúdo abordado na questão é apresentado aos alunos na disciplina de ENG 2224 –

FUNDAÇÕES, onde se estudam as formas de determinação da pressão admissível dos

Page 24: eBook - Engenharia Civil

solos para dimensionamento de fundações superficiais (diretas). O nível da questão é

simples e os cálculos fáceis e diretos.

Considera-se a tensão admissível como sendo o menor dos valores obtidos a partir

das equações a seguir:

𝜎 ≤𝜎 2

𝜎 ≤𝜎 2

𝜎 ≤ 𝜎 ,

Onde 𝜎 e 𝜎 correspondem às tensões obtidas para valores de recalques iguais a

10 mm e 25 mm.

Do gráfico retira-se:

𝜎 = 500 kPa

𝜎 = 450 kPa

𝜎 = 225 kPa

Inserindo-se esses valores nas fórmulas acima obtém-se que 𝜎 = 225 kPa.

Área da sapata =

= 4,67 m2

Portanto, RESPOSTA: letra A.

Referências:

ALONSO, U.R. - Exercícios de Fundações. São Paulo, 2ª edição, Ed. Edgard Blucher Ltda., 2010.

HACHICH, W. et al. - Fundações: Teoria e Prática. São Paulo, 2ª edição, Ed Pini.

VELLOSO, D.A.; LOPES, F.R. – Fundações, Volume Completo, São Paulo, Oficina de Textos, 2011.

Page 25: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 20

A ilustração abaixo representa um esquema simplificado de um sistema de abastecimento de água

As figuras de I a IV a seguir ilustram alguns dos processos do sistema acima esquematizado

Figura I – floculação Figura II – captação

Figura III – filtração Figura IV – decantação Considerando as imagens, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta de operações do sistema de abastecimento de água.

A) I, II, III, IV. B) II, III, IV, I. C) II, I, IV, III. D) III, II, I, IV. E) IV, II, I, III.

Page 26: eBook - Engenharia Civil

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Sistema de captação e abastecimento de água

Autora: Profª MSc. Viviane Vaz Monteiro

Comentário:

A figura apresentada na questão mostra o processo de captação e abastecimento de água

para consumo humano. O conteúdo requerido para solução da questão é apresentado aos

alunos do curso de Engenharia Civil da PUC/Goíás na disciplina de Instalações Hidráulicas e

Prediais. As figuras I a IV mostra o processo de tratamento, que utiliza processos físicos

e químicos para que a água adquira as propriedades desejadas que a tornem própria para o

consumo. O processo inicia-se pela captação da água (Figura II). A próxima etapa do

processo é o de separação de impurezas maiores; em seguida a água segue para a etapa de

floculação (figura I), onde por meio de agentes químicos, as partículas de sujeira se

aglomerarem para em seguida, em função da densidade aglomerada, decantarem (figura

IV) no fundo de um tanque. Na última etapa do processo, a água passa por uma etapa de

filtração (figura III), que pode ser feita por meio de filtros compostos por carvão, areia e

cascalho. No processo de tratamento, a água ainda recebe aditivos químicos para correção

de acidez. Após estes processos a água será transportada por meio de adutoras para

distribuição à população. Portanto, a ordem das etapas, conforme o sistema de

tratamento: II, I, IV, III – Letra C.

Referências:

CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1984.

MACINTYRE, A.J. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: Guanabara

Dois, 1980.

CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São

Paulo: Ed. Edgard Blucher, 2013.

Page 27: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 21

Um cabo de aço segura um recipiente que contém cimento, como mostra a figura abaixo. A deformação específica normal medida na extremidade superior do aço é de 0,1 % quando a tensão normal é de 200 MPa, como mostra o diagrama tensão x deformação do cabo de aço. O módulo de elasticidade longitudinal desse aço é igual a:

A) 20 MPa B) 200 MPa. C) 2.000 MPa. D) 20.000 MPa. E) 200.000 MPa.

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Conceito de esforço normal e deformação específica.

Autor(a): Prof. MSc. Murilo Meiron de Pádua Soares

Comentário:

O conteúdo é abordado na disciplina de Resistência dos Materiais I – Eng 2030. A questão

envolve a aplicação de tensão normal em cabos de sustentação e deformações específicas.

De acordo com a lei de Hooke a tensão normal é diretamente proporcional ao produto da

deformação especifica pelo módulo de elasticidade longitudinal - 𝜎

2

2

Referências:

BEER, F.P. e JONHSTON, E.R. Resistência dos materiais. Trad. PEREIRA, C.D.M. São

Paulo: Editora Makron Books, 2004.

HIBEBBELER, R.C. Resistência dos materiais. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2000.

Page 28: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 22

O raio hidráulico é um parâmetro importante no dimensionamento de canais, tubos, dutos e outros componentes das obras hidráulicas. Ele é igual à razão entre a área da seção transversal molhada e o perímetro molhado. Para a seção de canal trapezoidal ilustrada na figura acima, qual é o valor do raio hidráulico?

A) 0,92 m. B) 0,83 m. C) 0,78 m. D) 0,65 m. E) 0,50 m.

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: escoamento livre / canais

Autor: Prof. MSc. Marcelo Tsuyoshi Haraguchi

Comentário:

A questão envolve a aplicação conceitual do Raio Hidráulico (RH), que é dado pela relação

entre área molhada (Am) e o perímetro molhado (Pm). Este conteúdo é ministrado aos

alunos do curso de Engenharia Civil da PUC na disciplina de Hidráulica. Preliminarmente,

determina-se as dimensões de cada um dos lados do triângulo.

Para o cálculo da área molhada (Am), utiliza-se a área do trapézio onde B = 4,5 m; b=3,0 m

e h=1,0 m. Portanto a Am = ((4,5+3,0)/2)*1,0 = 3,75 m2. Para o cálculo do perímetro

1,0

0 m

0,75 m 0,75 m

3,0 m

1,0

0 m

Page 29: eBook - Engenharia Civil

molhado (Pm), considera-se somente onde o fluido está em contato com a superfície.

Assim: Pm = 3,0+1,25+1,25 = 5,5 m. O raio hidráulico (RH) então será dado por:

RH = Am / Pm = 3,75/5,5 = 0,68 m. Tal resposta não está contemplada para o gabarito da

questão e por isso foi CANCELADA.

Referências:

GARCEZ, L.N. Elementos de mecânica dos fluídos: Hidráulica geral. São Paulo:

Editora Edgard Blücher, 1963.

GILES, R.V. Mecânica dos fluidos e hidráulica. São Paulo: Editora Mc Graw Hill do

Brasil, 1978.

Page 30: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 23

A figura abaixo mostra uma rede de fluxo, solução gráfica do problema de fluxo permanente 2D, ao redor de uma cortina impermeável em uma camada de solo isotrópico e homogêneo. A rede é constituída por 5 linhas de fluxo e 10 linhas equipotenciais, com o nível de referência (NR) coincidindo com a posição da linha equipotencial mínima (nível d’água NA2). Fluxo confinado permanente ao redor de cortina impermeável. AZIZI, F.Applied Analyses in Geotechnics, Taylor & Francis, 2000 (Adaptado).

Qual o valor da carga hidráulica h no ponto A situado na profundidade 1,40 m abaixo do NR?

A) 0,20 m. B) 0,36 m. C) 1,40 m. D) 1,76 m. E) 5,76 m.

Gabarito: B

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Fluxo de água no solo

Autor: Prof. MSc. Flávio Ricardo Leal da Cunha

Comentário:

Essa questão está contida no programa de Geotecnia II. Inclusive é uma questão típica de

prova. Nossos alunos tinham total capacidade de resolvê-la.

A solução de exercícios com carga hidráulica parte da equação de Bernoulli:

h = ha + hp + hc

onde: h = carga hidráulica total

ha = carga altimétrica

hp = carga piezométrica

hc = carga cinética

Page 31: eBook - Engenharia Civil

No caso de solos a carga cinética é praticamente zero, pois a velocidade de percolação no

interior do solo é muito baixa, assim restam as duas outras parcelas.

A altura altimétrica (ha) é a altura em relação à posição de um nível de referência (NR),

portanto, seria igual a -1,40m.

Já a altura piezométrica (hp) indica o quanto de coluna de água teríamos em cima do ponto.

Para a análise precisamos avaliar a rede de fluxo dada no exercício. A perda total é dada

pela diferença entre os níveis de água

Podemos observar que temos 10 linhas equipotenciais e o ponto A esta em cima da nona

linha equipotencial. Como a perda equipotencial é constante no interior do solo, temos que

a carga piezométrica será dada por:

hp = (1,4 + 2,0 + 1,6) – (2,0 + 1,6). (9/10) = 5,0 – 3,6x0,9 = 1,76m

Assim temos que a carga hidráulica é: h = -1,40 + 1,76 = 0,36m

Outra forma de resolver a questão é calcular direto a carga hidráulica, partindo do nível

de referência (NR):

h = (1,6 + 2,0) – (1,6 + 2,0)x(9/10) = 3,6 – 3,6x0,9 =~ 0,36 m

Portanto a resposta correta é a letra “B”.

Referências:

CAPUTO, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Volumes 1, 2 e 3. São

Paulo: Ed. LTC, 1979.

PINTO, C.S. Curso básico de Mecânica dos Solos. 3ª ed. Oficina de Textos. São

Paulo, 2006.

CRAIG, R.F. Mecânica dos Solos. 7ª Edição. São Paulo: Ed. LTC, 2007.

Page 32: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 24

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) criou, no ano de 2002, a Resolução n.° 307, que responsabiliza o gerador pelo destino a ser dado ao seu resíduo. Uma empresa, preocupada com a destinação correta dos Resíduos de Construção e Demolição (RCD) gerados, encomendou um estudo para investigar se os RCDs podem ser empregados em camadas granulares de pavimentos asfálticos. A equipe contratada investigou a viabilidade técnica, econômica e ambiental do uso desse material na área da pavimentação. Ao fazer a classificação do RCD, verificou que o mesmo foi classificado como não perigoso e inerte. Ao verificar os valores de aquisição e transporte do RCD, descobriu que seus custos eram inferiores quando comparados aos dos agregados graníticos convencionalmente usados em obras rodoviárias locais. Para realizar a análise técnica do resíduo, a empresa sugeriu ensaiar dois tipos de misturas: uma identificada como M1, constituída de uma mistura estabilizada de solo com brita convencional, e a outra identificada como M2, constituída de uma mistura do mesmo solo com RCD. A equipe resolveu estudar a viabilidade do emprego das duas misturas em camadas granulares de pavimentos à luz de métodos de dimensionamento empírico (com base nos resultados do Índice de Suporte Califórnia) e mecanístico-empírico (com base nos resultados do ensaio de Módulo de Resiliência). A tabela abaixo mostra os resultados de alguns ensaios realizados com as misturas investigadas Tabela - Resultados dos ensaios das misturas investigadas.

Misturas LL (%)

LP (%)

Expansão (%)

CBR (%)

MR = k1.sdk2

(MPa) MR = k1.s3k2

(MPa)

K1 K2 R2 K1 K2 R

2

M1 14 10 0,02 18 171,06 -0,151 0,339 351,57 0,514 0,958

M2 15 11 0,20 20 424,14 0,107 0,347 316,42 0,522 0,961

Dados: LL = Limite de Liquidez; LP = Limite de Plasticidade; CBR = Índice de Suporte Califórnia; MR = Módulo de Resiliência; K1 e K2 = constantes obtidas do ensaio triaxial dinâmico; R2 = coeficiente de correlação;

sd = Tensão desvio;

s3 = Tensão de confinamento.

Considerando os resultados do programa experimental para aplicação no dimensionamento de um pavimento, analise as afirmações abaixo. I. O comportamento resiliente das misturas testadas é melhor explicado pela tensão desvio. II. Os resultados do CBR e da expansão da mistura 2 (M2) revelam que ela pode ser usada em camada de sub-base de pavimento. III. Os resultados do CBR e da expansão da mistura 1 (M1) e da mistura 2 (M2) revelam que elas podem ser usadas em camadas de base de pavimento. IV. No dimensionamento mecanístico-empírico, deve-se utilizar o modelo do módulo de resiliência em função da tensão de confinamento para as misturas M1 e M2. É correto apenas o que se afirma em

A) I. B) II. C) III. D) II e IV. E) I, III e IV

Gabarito: D

Page 33: eBook - Engenharia Civil

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Pavimentação Rodoviária

Autora: Profª. Dra. Marta Pereira da Luz

Comentário:

A questão pode ser considerada com nível médio, de grau de dificuldade, pelo fato do

conteúdo de dimensionamento mecanístico ser usualmente pouco abordado no processo de

ensino de pavimentação em regiões fora do Sul e Sudeste brasileiro, no que tange a

graduação. Este fato deve-se aos poucos laboratórios acadêmicos que possuem

equipamento laboratorial para a realização do ensaio triaxial cíclico que fornece o módulo

de resiliência, como resultado. Assim como, o fato da prática local não utilizar

correntemente o método mecanístico como metodologia de dimensionamento de pavimento

flexível.

Quanto à abordagem feita aos parâmetros empíricos, estes são tratados na disciplina de

Pavimentação e Terraplanagem e complementados pela disciplina que envolve laboratório:

Geotecnia I e podem ser facilmente analisados pelos acadêmicos nesta questão.

Item I) Está incorreto, pois a tensão desvio isoladamente não explica o comportamento de

uma material, o que importa é o efeito da tensão desvio sobre as potenciais deformações

do material em questão.

Item II) Está correto, pois segundo as normas do DNIT os valores especificados para

CBR e expansão, enquadram-se para a aplicação em sub-base de pavimento.

Item III) Está incorreta, pois segundo as normas do DNIT os valores especificados para

CBR e expansão, no caso de base são mais exigentes, sendo o valor de CBR entre 60% e

80%, dependendo da classe da rodovia.

Item IV) Está correta, pois a tensão de confinamento representa a condição de

solicitações do material em questão.

Referências:

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES - DNIT. Manual de Pavimentação. Publicação IPR

719, 2006.

PINTO, S. e PREUSSLER, E. Pavimentação Rodoviária. Conceitos fundamentais sobre

pavimentos flexíveis. Rio de Janeiro, 2a Edição, 2002.

SENÇO, Wlastermiller de. Técnicas de Pavimentação. Editora Pini Ltda, São Paulo,

Volumes 1 e 2, 2003.

Page 34: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 25

Uma solução plausível para drenar pequenas bacias, devido às chuvas de grande intensidade, é o uso de barragens. A altura da crista da barragem é igual à soma da altura da lâmina de água normal (Hn) com a altura da lâmina de água do ladrão (H1), acrescida da folga (F), como ilustrado na figura a seguir. O valor de H1 pode ser assumido igual a 1,0 m e recomenda-se que F corresponda a, no mínimo, 0,5 m.

O gráfico abaixo apresenta o volume acumulado para as cotas da bacia em m³ (x106).

Qual o valor da cota da barragem (H = Hn + H1 + f) para um volume máximo de cheia de 62 x 106 m³?

A) 3,5 m. B) 5,5 m C) 7,5 m D) 9,5 m E) 12,5 m

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Page 35: eBook - Engenharia Civil

Conteúdo avaliado: Interpretação de gráficos de Engenharia

Autor(a): Prof. MSc. Ricardo Barbosa Ferreira

Comentário

A questão apenas contextualiza uma análise gráfica simples em um empreendimento de

barragem de forma simplista, empregando termos pouco técnicos como: lâmina de água,

folga e ladrão, quando os termos usuais em engenharia de barragem são: nível de água,

borda livre e vertedor ou extravasor, respectivamente.

Para a resolução da questão, ou seja, calcular o valor da cota da altura da crista da

barragem (H); devem-se adicionar as três parcelas que a compõem, quais sejam: H1=1,0 m e

f=0,5 m, conforme informados no enunciado da questão e Hn que deve ser obtida por

simples interpolação no gráfico que relaciona o volume acumulado, neste caso 62x106 m³,

com a cota atingida no reservatório, como mostrado a seguir:

A partir da análise do gráfico, obtém-se um valor aproximado de Hn =8,0 m. Desta forma,

conclui-se que H=8,0 + 1,0 + 0,5, ou seja, H=9,5 m – Portanto Letra D.

Referências:

CRUZ, P.T. 100 barragens brasileiras: casos históricos, materiais de construção,

projeto. São Paulo: FAPESP, 2007

GAIOTO, N. Introdução ao Projeto de Barragens de terra e de Enrocamento. São

Carlos: EESC/USP; 2003.

Page 36: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 26

Determinado elemento de alvenaria é formado pela composição principal de cal e agregados finos, com pequenas dosagens de cimento. Esse elemento possui alta resistência e é utilizado para alvenaria autoportante (estrutural) não armada, podendo, também, compor as alvenarias do tipo à vista.

Essa descrição refere-se ao

A) bloco cerâmico. B) bloco de concreto. C) bloco silicocalcário. D) bloco de concreto celular. E) bloco cerâmico para alvenaria estrutural

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado:

Materiais cerâmicos; tipologia de blocos cerâmicos.

Autor: Prof. MSc. Epaminondas Luiz Ferreira Jr.

Comentário:

A questão aborda as tipologias de blocos utilizados em alvenaria na construção civil. Este

conteúdo é abordado nas disciplinas de Materiais de Construção Civil I e Construção Civil I

do curso de Engenharia civil da PUC/Goiás. A questão é facilmente respondida, utilizando

apenas o conhecimento dos constituintes de cada material, então vejamos:

A) Bloco cerâmico – FALSO – pois os blocos cerâmicos são constituídos

essencialmente de argila vermelha, extrusados e cozidos a elevada temperatura,

além de ter baixa resistência, sendo utilizado somente para vedação;

B) Bloco de concreto – FALSO – pois, apesar de elevadas resistências (caso dos blocos

autoportantes) e embora também tenha cimento e agregados na sua constituição,

não emprega cal na sua fabricação.

C) Bloco sílicocalcário – VERDADEIRO. Constituído de agregado, cimento e cal. Possui

elevada resistência e pode compor alvenaria à vista.

D) Bloco de concreto celular – FALSO. Também conhecido por blocos de concreto

celular autoclavado. São fabricados a partir da mistura de cimento Portland, cal,

areia e adição de alumínio em pó, que garante a expansão volumétrica e sua baixa

densidade. De baixa resistência, e utilizado somente em alvenaria de vedação.

E) Bloco cerâmico para alvenaria estrutural – FALSO – assim como o bloco cerâmico de

vedação, são constituídos essencialmente de argila vermelha, extrusados e cozidos

a elevada temperatura, no entanto, em função das dimensões de suas paredes e

septos, possuem resistência estrutural.

Page 37: eBook - Engenharia Civil

Referências:

AMBROZEWICZ, P.H.L. Materiais de construção. São Paulo: Ed. Pini, 2012.

BAUER, L.A.F. Materiais de construção. Volume 1. 5a edição revisada. Rio de Janeiro: LTC

Editora, 2000.

Page 38: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 27

Em razão dos jogos da copa de 2014, foi proposta a ampliação de uma pista de pouso e decolagem de um aeroporto. A pista a ser ampliada terá um comprimento de 1 200 m e foi estaqueada com um total de 60 estacas de 20 m cada. O projeto de terraplenagem da ampliação dessa pista foi realizado e a equipe de topografia apresentou o diagrama de massas ilustrado na figura a seguir

A partir da linha de distribuição representada no diagrama, qual é o volume do bota-fora?

A 110 m3. B 500 m3. C 600 m3. D 1 100 m3. E 1 200 m3.

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Terraplenagem de rodovias: Distribuição de massas (corte e aterro)

Autor: Prof. Dr. Benjamim Jorge Rodrigues dos Santos

Comentário:

O conteúdo necessário à resolução da questão é abordado na disciplina ENG 1570 –

Page 39: eBook - Engenharia Civil

Projeto de Estradas, onde o aluno aprende a distribuir os volumes de corte e aterro de

uma rodovia a partir do Diagrama de Massas ou de Brückner e quando são apresentadas as

propriedades do referido Diagrama. O nível da questão é simples e acredito que os nossos

alunos não teriam dificuldade para resolvê-la.

No Diagrama de Bruckner uma linha ascendente significa corte e uma descendente

significa aterro. No gráfico tem-se, portanto, um corte da estaca 0 até a 10 que

será utilizado no aterro da estaca 10 até a 20. O aterro da estaca 20 até a 30

será executado com o volume de material obtido no corte da estaca 30 ate a 40;

São apresentadas duas ondas: uma positiva da estaca 0 até a 20 e uma negativa da

20 até a 40. Uma onda significa compensação dos volumes de corte e aterro, ou

seja, o volume escavado é igual ao volume aterrado;

Uma onda positiva indica que o movimento de terra será para adiante no sentido

do estaqueamento e uma onda negativa indica que o material do corte será

utilizado em um aterro que o antecede;

As duas ondas indicam, portanto, dois cortes e dois aterros que se compensam e o

segmento ascendente da estaca 40 até a 60 significa um volume de corte sem

nenhuma utilização no trecho, logo um volume de terra que deverá ser descartado

ou um bota-fora;

A diferença de ordenadas de duas estacas significa o volume de terra

movimentado entre estas estacas;

Como na estaca 40 a ordenada é 0 e na 60 é 110, a diferença entre essas

ordenadas é o volume do bota-fora.

Apenas observar que o valor da ordenada deverá ser multiplicado por 10, em

função da escala representada no gráfico (10 m3)

Logo, o volume de bota-fora pedido, segundo a figura apresentado é 110 x 10 m3 = 1100 m3.

Letra D.

Referências:

Pontes Filho, Glauco. Estradas de Rodagem/Projeto Geométrico. São Carlos, 1998

Page 40: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 28

A maioria dos materiais gerados em uma obra de demolição pode e deve ser reaproveitada. Produzir utilizando materiais que podem ser reciclados é, às vezes, mais barato do que comprar matéria-prima, pois o preço da fabricação já está embutido no material de segunda mão. Na tabela 1, apresenta-se a redução do impacto ambiental (em %) da reciclagem de resíduos na produção de alguns materiais utilizados na indústria da construção civil. TABELA 1 Redução do impacto ambiental (em %) da reciclagem de resíduos na produção em alguns materiais de construção civil

UDAETA, M. E. M. KANAYAMA, P. H. A conservação de energia elétrica a partir da reciclagem de lixo. In: Seminário de reciclagem deresíduos, 1997, Vitória. Anais, 1997. p. 215-

232.

Praticando os chamados 3 Rs ─ redução, reutilização e reciclagem ─ na indústria da construção civil e tendo como referência a tabela acima, conclui-se que será possível diminuir I. o consumo de energia. II. a poluição do solo, da água e do ar. III. a exploração de recursos naturais. IV. a quantidade dos materiais utilizados na indústria da construção civil. V. os custos de produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias. É correto o que se afirma em

A I e III, apenas.

B II e IV, apenas.

C IV e V, apenas

D I, II, III e V, apenas.

E I, II, III, IV e V.

Gabarito: D

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Reciclagem de Resíduos na Construção Civil

Autor: Prof. MSc. Antônio Gonçalves de Moura.

Page 41: eBook - Engenharia Civil

Comentário

Com a prática dos 3R”s a redução do impacto no meio ambiente é bastante significativo,

visto que como o homem é o maior agente impactador do meio ambiente na natureza, com

estas práticas ele também será um agente de preservação do mesmo. De acordo com os

percentuais de redução da tabela 1, é bastante significativo e necessário que se pratique

estes elementos de redução de impactos no meio ambiente, que seja por lei ou

necessidade. No entanto, a quantidade de materiais a serem utilizados (mesmo com a

reciclagem), continuará sendo necessário, o que torna o item IV FALSO. As demais

questões refletem, verdadeiramente a importância dos 3 R’s na construção civil. Portanto,

resposta: letra D.

Referências:

BIANCHINI JR., I. Ciências do ambiente: conceitos básicos. São Paulo: EDUFSCAR,

2010.

BRAGA, B.; et al. Introdução à engenharia ambiental. 2.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.

Page 42: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 29

O concreto deve ser protegido durante o processo de endurecimento (ganho de resistência) contra secagem rápida, mudanças bruscas de temperatura, excesso de água, incidência de raios solares, agentes químicos, vibração e choques. Para isso, entre os métodos mais comuns utilizados durante o processo de cura do concreto, incluem-se: I. manter uma lâmina de água sobre a superfície de concreto moldada. II. molhar continuamente a superfície concretada, no mínimo 3 dias após a moldagem da peça. III. utilizar produtos apropriados para produzir uma película impermeável na superfície concretada. IV. cobrir com serragem seca a superfície concretada, para absorver rapidamente a umidade do material e promover a sua proteção contra os raios solares. V. posicionar uma lona a certa altura da superfície concretada, para protegê-la da incidência de raios solares e induzir fluxo de ar para acelerar a pega do concreto. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B IV e V. C I, II e III. D III, IV e V. E I, II, III e IV.

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Execução de estruturas de concreto

Autor: Prof. MSc. Ricardo Barbosa Ferreira

Comentário:

De acordo com os requisitos da ABNT NBR 14931: 2004 a cura do concreto deve ser

realizada enquanto este não atingir endurecimento satisfatório. O concreto deve ser

curado e protegido contra agentes prejudiciais para:

- evitar a perda de água pela superfície exposta;

- assegurar uma superfície com resistência adequada;

- assegurar a formação de uma capa superficial durável.

Os agentes deletérios mais comuns ao concreto em seu início de vida são: mudanças

bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, água torrencial, congelamento, agentes

químicos, bem como choques e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuras

na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura.

O endurecimento do concreto pode ser acelerado por meio de tratamento térmico ou

pelo uso de aditivos que não contenham cloreto de cálcio em sua composição e devidamente

controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a secagem.

Elementos estruturais de superfície devem ser curados até que atinjam resistência

característica à compressão (fck), de acordo com a ABNT NBR 12655, igual ou maior que

15 MPa.

Com base na argumentação anterior, podem-se tecer os seguintes comentários.

Os processos I e III são os mais empregados e recomendados, estando, assim,

Page 43: eBook - Engenharia Civil

corretos.

Na afirmativa II, como não há informação sobre o tipo de elemento estrutural, o

fck do concreto nem a curva de evolução de sua resistência, não há como obrigar

que o tempo mínimo de cura seja calculado com base na recomendação da ABNT

NBR 12655, citada anteriormente. Desta forma, este tempo passa a ter

determinação empírica de forma a garantir boas resistência e durabilidade da

camada superficial de concreto, não havendo fundamentos para considerá-lo

inadequado, conclui-se que está correta.

Na afirmativa IV, a rápida absorção da umidade do concreto pela serragem

constitui-se em uma situação indesejada durante o período de cura, conforme

citado na argumentação inicial.

O procedimento relatado na afirmativa V pode, realmente, acelerar o processo de

pega. No entanto, os cuidados para evitar a secagem da superfície do concreto não

podem ser dispensados e a indução do fluxo de ar certamente ocasionaria esta

situação inadequada

Portanto, a resposta correta: letra C.

Referências:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de

estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2004. 53p.

Page 44: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 30

Segundo a NRE, para equipar com os equipamentos de proteção individual (EPIs) um operário na função de pedreiro, custa R$ 140,00 (cento e quarenta reais), enquanto um acidente com o mesmo, com lesões leves, custa em torno de R$ 1 400,00 (um mil quatrocentos reais) ao empregador, ou seja, os EPIs correspondem a 10 % do valor de um acidente leve ocorrido com um pedreiro. Na execução de uma alvenaria em tijolos cerâmicos de no máximo 1,50 m de altura, para se evitarem prejuízos como os apontados acima, o pedreiro necessita dos seguintes EPIs:

A) Botas de borracha, filtros respiratórios, máscara semi descartável e viseiras. B) Capacete com suspensão, filtros respiratórios, óculos de segurança e protetor

auricular. C) Botinas de segurança, capacete com suspensão, luvas de raspa de couro e óculos de

segurança. D) Botinas de segurança, cinto de segurança limitador de espaço, luvas de raspa de

couro e viseiras. E) Botas de borracha, cinto de segurança limitador de espaço, máscara semi descartável

e protetor auricular.

Gabarito: C

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Utilização de EPI segundo a NR-06

Autor: Prof. Esp. Jeová Martins Ribeiro

Comentário:

- O conteúdo requerido para a resolução da questão é abordado na disciplina ENG-1650 –

Ergonomia e Segurança do Trabalho, onde o aluno adquire conhecimento da NR-06 que

regulamenta o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), e tem em seu ANEXO-1 a

relação de EPI e suas devidas aplicações de proteção ao trabalhador. Além da NR-06, no

curso, são mostradas e discutidas as demais NRs que se relacionam a Indústria da

Construção Civil que dá conhecimentos e habilidades para que o aluno possa definir o EPI

que o trabalhador deve utilizar em cada atividade em uma obra de Engenharia. Ressalte

aqui a informação dada no texto de ser uma “alvenaria em tijolos cerâmicos de, no máximo

1,50 m de altura”, que define a escolha de equipamentos particulares para essa situação.

Considero o nível da questão médio e com total capacidade dos nossos alunos resolverem

Referências:

VERSUSSEN, R. Ergonomia: A racionalização humanizada do trabalho. Rio de

Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1978

FUNDACENTRO. Curso de engenharia do trabalho. Brasília: Ministério do

Trabalho, 1981.

Page 45: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 31

A amostragem do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita dividindo-se a estrutura em lotes. De cada lote, deve ser retirada uma amostra, com número de exemplares de acordo com o tipo de controle. Cada exemplar é constituído por dois corpos-de-prova da mesma amassada. Toma-se como resistência do exemplar o maior dos dois valores obtidos no ensaio do exemplar. Para lotes com números de exemplares entre 6 e 20, o valor estimado da resistência característica à compressão, na idade especificada, considerando controle por amostragem parcial, é dado por

em que

(Despreza-se o valor mais alto de n, se for ímpar.),

são valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente. NBR 12655 (2006). Concreto: Preparo, controle e recebimento. Rio de Janeiro, ABNT.

Na tabela abaixo, estão apresentados os resultados da resistência à compressão, obtidos a partir do ensaio à compressão simples realizados aos 28 dias nos exemplares de um lote de concreto

Exemplares fc28 (MPa)

1a 30

1b 32

2a 30

2b 29

3a 29

3b 28

4a 31

4b 32

5a 30

5b 31

Considerando os dados e o critério apresentado, qual é a resistência característica à compressão estimada?

A) 28,0 B) 28,1 C) 29,0 D) 30,8 E) 34,5

Gabarito: Divulgado pelo INEP como Letra C, mas a questão não possui solução e por isso

deveria ser ANULADA.

Tipo de questão: Fácil

Page 46: eBook - Engenharia Civil

Conteúdo avaliado: Controle de aceitação do concreto conforme a norma NBR 12.655

Autor: Prof. Dr. Dario de Araújo Dafico.

Comentário:

O conteúdo requerido para a resolução dessa questão é abordado na disciplina ENG 2301 –

Materiais de Construção Civil II, cujo programa, dentre outros assuntos, ensina sobre a

produção, a utilização e o controle de qualidade do concreto de cimento Portland. O tema é

importantíssimo, sendo exaustivamente tratado em sala de aula no curso de Engenharia

Civil da PUC Goiás. Considero FÁCIL a resolução desta questão. Infelizmente a questão foi

elaborada de forma incorreta, revelando que o autor desconhece o conceito de exemplar,

pois confunde “número de exemplares” com “número de corpos-de-prova”. A tabela de

dados da amostra contém apenas 5 exemplares, tendo sido moldados 2 CPs por exemplar,

por idade de controle. Como a NEBR 12.655 prescreve uma amostra de, no mínimo, 6

exemplares, como diz o enunciado, a questão não tem solução.

Referências:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12655 - Concreto:

Preparo, controle e recebimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

HELENE, P.R.L. & TERZIAN, P. Manual de Dosagem e Controle do Concreto. São

Paulo: Pini/Senai, 1992.

FUSCO, P.B. Conceitos estatísticos associados à segurança das estruturas de

concreto. Vol. 2. São Paulo: Grêmio Politécnico DLP, 1975.

Page 47: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 32

Um engenheiro fiscal realizou um levantamento de patologias (defeitos) em 10 km de rodovias de baixo volume de tráfego revestidas com tratamento superficial duplo, identificando as causas das suas ocorrências. No quadro abaixo, apresentam-se as fotos de 4 das principais patologias identificadas e as causas mais prováveis da ocorrência de cada uma delas. Patologias encontradas e prováveis causas da ocorrência

As patologias de I a IV identificadas no quadro, são, respectivamente, A penteadura, exsudação, rejeição excessiva de agregado e desgaste de borda. B penteadura, bombeamento de finos, rejeição excessiva de agregado e erosão. C afundamento de trilhas de roda, fluidez, polimento do agregado e segregação. D afundamento plástico, exsudação, agregados polidos e desgaste de borda. E corrugação, fluidez, rejeição excessiva de agregado e desagregação.

Page 48: eBook - Engenharia Civil

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Patologias em pavimentos

Autora: Profª Dra. Marta Pereira da Luz

Comentário:

Analisando as Figuras apresentadas o acadêmico consegue facilmente identificar o tipo de

defeito presente. Esta questão é abordada no conteúdo da disciplina de Pavimentação e

Terraplanagem do curso de Engenharia Civil da PUC/Goiás.

Opção A) Está correta, pois a falha apresentada é caracterizada pelas marcas deixadas

pelo caminhão para faz a aspersão do ligante, por isto o nome penteadura. O segundo

defeito apresenta manchas escuras concentradas, retratando o fenômeno de exsudação. O

terceiro defeito é retratado pela expulsão de agregados, denominado de rejeição de

agregado. O quarto defeito é caracterizado pela inexistência de pavimentação no

acostamento, denominado de desgaste de borda.

Opção B) Está incorreta, pois bombeamento de finos não retrata o defeito II, pois para

isto teria de existir material fino desagregado sobre o pavimento.

Opção C) Está incorreta, pois na imagem não há deflexões razoáveis identificáveis, para

denominar o defeito I como trilha de roda.

Opção D) Está incorreta, pois na imagem não há deflexões razoáveis identificáveis, para

denominar o defeito I como afundamento plástico.

Opção E) Está incorreta, pois na imagem não há deflexões razoáveis identificáveis, para

denominar o defeito I como corrugação.

Referências:

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES - DNIT. Manual de Pavimentação. Publicação IPR

719, 2006.

PINTO, S. e PREUSSLER, E. Pavimentação Rodoviária. Conceitos fundamentais sobre

pavimentos flexíveis. Rio de Janeiro, 2a Edição, 2002.

SENÇO, Wlastermiller de. Técnicas de Pavimentação. Editora Pini Ltda, São Paulo,

Volumes 1 e 2, 2003.

Page 49: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 33

Uma empresa fez um investimento inicial de R$ 100 000,00 com uma taxa de retorno no primeiro mês de 10%; no final desse período, necessitou fazer uma retirada de R$ 5 000,00. A empresa fez uma segunda aplicação do saldo a uma taxa de retorno de 8%. Em um terceiro período, a empresa reaplicou, por mais um mês, o saldo restante acrescido de R$ 7 000,00, agora a uma taxa de retorno de 10%. A movimentação financeira da empresa está representada no fluxo de caixa abaixo.

Com base na situação apresentada, o valor final (VF) do investimento da empresa será de: A R$ 134 800,00. B R$ 132 400,00. C R$ 128 900,00. D R$ 127 700,00. E R$ 102 000,00.

Gabarito: B

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Matemática Financeira e Análise de Investimentos.

Autor: Prof. Argemiro A. F. Mendonça, MBA em Gestão de Negócios.

Comentário:

A questão envolve o conhecimento de Matemática financeira e Análise de Investimentos,

conteúdos abordados na disciplina de Administração e Finanças para Engenharia. Sabemos

que as aplicações financeiras pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN) em vigência ocorrem

conforme as regras do sistema de Juros Compostos. Assim temos:

VF = VP x (1+i)n

A 1ª aplicação de R$ 100.000,00 pelo prazo de um mês a uma taxa mensal de 10%, rendeu

ao aplicador ao final deste período a importância em Carteira de:

Page 50: eBook - Engenharia Civil

VF1 = 100.000 x (1 + 0,10)1 = 110.000,00

Neste momento houve um saque de R$ 5.000,00; então restou na aplicação R$ 105.000,00.

A taxa foi reduzida para 8% no período subsequente então, temos:

VF2 = 105.000 x (1 + 0,08)1 = 113.400,00

Na sequência o aplicador depositou mais R$ 7.000,00 e taxa no período próximo subiu para

10%, então vem:

VF3 = (113.400 + 7.000) x (1 + 0,10)1 = 132.400,00;

Portanto, resposta da questão, LETRA B.

Referências:

SOUZA e CLEMENTE, Alceu e Ademir. Decisões Financeiras e Análise de

Investimentos. 6ª Edição São Paulo: Editora Atlas, 2008.

ANDRADE, Eduardo L. de. A Decisão de Investir – Métodos e Modelos para Avaliação

Econômica. 1ª Edição Rio de Janeiro: Editora Livro Técnico Científico, 2013.

Page 51: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 34

Em termos de esquematização estrutural de edifícios, um erro bastante comum está em considerar as condições de engastamento, total ou parcial, das lajes e vigas, que podem ser agravadas no caso de edifícios altos ou com peças de inércia muito diferentes entre si. Para o engastamento parcial de vigas, deve-se considerar o que recomenda o item 3.2.3, da ABNT NBR 6118, para apoios extremos. Falhas na adoção do modelo estrutural correto poderão levar ao surgimento de trincas nas vigas, alvenarias e revestimentos, sendo necessária a sua manutenção.

Para a viga apresentada acima, qual o sistema estrutural correto a ser adotado para seu cálculo? A)

B) C) D) E)

Gabarito: B

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Modelagem estrutural de vigas contínuas de concreto armado.

Page 52: eBook - Engenharia Civil

Autor: Prof. MSc. Alberto Vilela Chaer.

Comentário:

O conteúdo exigido para a resolução da questão é apresentado inicialmente na disciplina

ENG2004 – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I, do 7º período do Curso de

Engenharia Civil da PUC Goiás. Posteriormente, na disciplina ENG1072 – ESTRUTURAS DE

CONCRETO ARMADO II, 8º período, o assunto é abordado novamente.

A norma NBR6118 estabelece critérios simplificados para os encontros das vigas com os

pontos de apoio internos (pilares e paredes estruturais, ambas as situações

esquematizadas), em que no caso de pilares, consideram-se apoios de segundo gênero,

enquanto que, para paredes estruturais (pilares-paredes), há de se considerar

engastamento perfeito. Com relação à parede estrutural esquematizada, o engaste

aparece nas opções B e C.

Com relação aos pilares de extremidade, temos uma condição de engastamento parcial ou

“semi-engaste”, onde aparece uma situação de apoio que é considerada entre um apoio de

segundo gênero e um apoio de terceiro gênero.

No item 14.6.6.1 da norma NBR-6118, é apresentada uma expressão simplificada, baseada

na resolução do método da rigidez, para considerar a transmissão de momento nos

encontros entre vigas e pilares extremos. O momento final na extremidade da viga deve

entrar como carga-momento concentrado no apoio de extremidade considerado como de

segundo gênero, como é apresentado tanto nas opções B e E.

Sendo assim, a resposta correta é a letra B.

Referências:

ABNT NBR 6118/2014 – NORMA BRASILEIRA – Projeto de Estruturas de Concreto –

Procedimento, Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2014.

ARAÚJO, J. M. - Curso de Concreto Armado. Vol. 1, 2, 3, 4. Editora Dunas, Rio Grande

- RS, 2003

CLÍMACO, J. C. T. S. - Estruturas de Concreto Armado. Fundamentos de Projeto,

Dimensionamento e Verificação. UnB Editora, Brasília - DF, 2005

CARVALHO, R. C. & FIGUEIREDO Filho, J. R. - Cálculo e Detalhamento de Estruturas

Usuais de Concreto Armado. Editora da UFSCar, 2009

CHAER, A. V., OLIVEIRA, M. G. D. – e-book / Notas de Aula – Disciplina Estruturas de

Concreto Armado I. PUC Goiás - Goiânia-GO, 2003

Page 53: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO Nº 35

Na proposta da reforma de um estádio de futebol para a Copa do Mundo de 2014, está previsto o reaproveitamento de água da chuva para molhagem do gramado e dos jardins e alimentação dos banheiros. Estima-se consumo médio mensal de 500 m

3 de água para

molhagem do gramado e do jardim e de 1 500 m3 de água para alimentação dos banheiros. O

projeto prevê área de cobertura disponível para capitação de água pluvial de 25 000 m2. O

estádio está localizado em uma região cujo regime de chuvas apresenta as médias mensais de precipitação mostradas na tabela a seguir.

Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Volume de chuva (média mensal, em mm)

300 200 200 100 50 50 50 50 100 200 200 300

Com base nessas informações e considerando o coeficiente runnof igual a 0,80, conclui-se que o volume do reservatório para atender a demanda média mensal de água para molhagem do gramado e dos jardins e alimentação dos banheiros deve ser de:

A 2 000 m3.

B 3 000 m3

C 4 000 m3.

D 6 000 m3.

E 12 000 m3.

Gabarito: C

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Balanço hidro-pluvial e armazenamento de água pluvial para consumo em

atividades humanas.

Autor: Prof. MSc. Paulo José Mascarenhas Roriz

Comentário:

O conteúdo abordado na questão pe apresentado ao aluno na disciplina ENG 2102 –

Hidrologia aplicada, em que o aluno aprende a buscar soluções de represamento para

armazenamento de águas pluviais, visando o suprimento regularizado em épocas de

estiagem.

A solução da questão é obtida da seguinte forma:

1) Demanda mensal:

VolJARDIM= 500 m3

VolWC= 1.500 m3

Voltotal= 2.000 m3

2) Coeficiente de Runoff = 0,80

3) Área de telhado = 25.000 m2

4) Fórmulas de volume de armazenamento e/ou vazão pelo método racional.

VolMÊS = Coef x ÁreaTELHADO x PMINmês.

Page 54: eBook - Engenharia Civil

Para atender à demanda mensal é preciso uma altura de chuva =

Apenas 4 meses não possuem o PMES ≥ PMINmês = MAIO, JUN, JUL e AGO

∑PMES = 50 mm x 4 = 200 mm, que o reservatório deveria suprir

VolRESERV = C x ATELHADO x P = 0,80 x 25000 x 200 x 10-3= 4000 m3

Referências:

VILELA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo; Mc Graw Hill do Brasil

Ltda., 2000.

PINTO, N.L.S., HOLTZ, A.C.T., MARTINS, J.A., GOMIDE, F.L.S. Hidrologia básica.

4ª ed. São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 1990.

SHAMMAS, N.K.; WANG, L.K. Abastecimento de água e remoção de resíduos. 3ª

Edição. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2013.

Page 55: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 3

Atualmente, observa-se grande crescimento da construção civil devido ao aquecimento da economia. Os materiais mais utilizados são o concreto e o aço. A figura a seguir mostra uma viga prismática biapoiada. Considere a situação I, em que a viga foi dimensionada em concreto armado C30, produzido in loco, com uma viga de seção retangular 20 cm x 50 cm; e a situação II, em que a viga foi dimensionada em um perfil I 200 x 30, com área da seção transversal de 38 cm

2 ; o aço utilizado nesse perfil foi o MR 250 (ASTM A36).

Dados: Peso específico do concreto = 25 kN/m

3 e peso específico do aço = 78,5 kN/m

3 e a

tabela a seguir da NBR 8800 (2008), que mostra os coeficientes de ponderação para o aço estrutural e para o concreto produzido in loco.

Tabela: Valores dos coeficientes de ponderação das resistências m

Combinações

Aço Estrutural a

Concreto c Aço das armaduras s Escoamento, flamba-gem e instabilidade

a1 Ruptura a2

Normais 1,0 1,35 1,40 1,15

Com relação ao uso desses dois materiais em projetos estruturais, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Calcule a carga uniformemente distribuída g, em kN/m, devido ao peso próprio da viga para cada material (concreto e aço). (valor: 5,0 pontos). b) Qual o valor da resistência de cálculo à compressão do concreto e o valor da resistência de cálculo ao escoamento do aço que o engenheiro deve usar no seu projeto, considerando a combinação última normal? (valor: 5,0 pontos).

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Ações e Resistências de Projeto

Autor: Prof. MSc. Alberto Vilela Chaer

Comentário:

O conteúdo exigido para a resolução da questão é apresentado nas disciplinas ENG2004 –

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I, do 7º período do Curso de Engenharia Civil da

PUC Goiás e posteriormente, complementado na disciplina ENG1640 – ESTRUTURAS

METÁLICAS - 9º período.

De resolução imediata e simples, como vemos a seguir:

Page 56: eBook - Engenharia Civil

a)

a.1) Viga de Concreto Armado

Seção Transversal: 20cm x 50cm

O carregamento permanente correspondente ao Peso Próprio (PP) é um carregamento

uniformemente distribuído. Seu valor é obtido multiplicando a área da seção transversal

pelo peso específico do material.

gc=25 kN/m3

PP = gc x bw x h = 25 x 0,2 x 0,5 =2,5 kN/m

a.2) Viga Metálica

De maneira análoga:

gs= 78,5 kN/m3

A = 38 cm2

PP = gs x A = 78,5 x 38/10000=0,298 kN/m

b)

b.1) Concreto

Concreto C30 - fck=30 MPa

fcd=30/1,4 = 21,4 MPa

b.2) Aço para Concreto Armado

Não foi informado o tipo do aço (CA-50 ou CA-60)

Genericamente, fyd=fyk/1,15

Para CA-50, fyd=500/1,15 = 434,78 MPa

Para CA-60, fyd=600/1,15 = 521,74 MPa

b.3) Perfil Metálico

Aço MR 250 - fyk= 250 MPa

fyd=250/1,1=227,3 MPa

Referências:

ABNT NBR 6118/2014 – NORMA BRASILEIRA – Projeto de Estruturas de Concreto –

Procedimento, Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2014.

ARAÚJO, J. M. - Curso de Concreto Armado. Vol. 1, 2, 3, 4. Editora Dunas, Rio Grande

- RS, 2003

CLÍMACO, J. C. T. S. - Estruturas de Concreto Armado. Fundamentos de Projeto,

Dimensionamento e Verificação. UnB Editora, Brasília - DF, 2005

CARVALHO, R. C. & FIGUEIREDO Filho, J. R. - Cálculo e Detalhamento de Estruturas

Usuais de Concreto Armado. Editora da UFSCar, 2009

CHAER, A. V., OLIVEIRA, M. G. D. – e-book / Notas de Aula – Disciplina Estruturas de

Concreto Armado I. PUC Goiás - Goiânia-GO, 2003

PFEIL, W. e PFEIL, M. Estruturas de aço: dimensionamento prático de acordo com a

NBR 8800:2008. 8.ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2009.

BELLEI, I.H.; PINHO, F.O.; PINHO, M.O. Edifícios de múltiplos andares em aço. 2ª

ed. São Paulo: Editora Pini, 2008.

PINHEIRO, A.C.F.B. Estruturas metálicas: cálculos, detalhes, exercícios e projetos.

2ª ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 2005.

Page 57: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 4

Um consórcio de empresas iniciará o planejamento para o projeto de uma barragem, em que será necessário um programa de investigação geológico-geotécnica. A figura abaixo apresenta um perfil de subsolo genérico com o trecho superficial em solo seguido de material rochoso.

Considerando as informações acima, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:

Tipos de investigação do subsolo. Aborde, em seu texto, os seguintes aspectos:

a) Tipo de sondagem que pode ser executada em solo para obtenção de seus parâmetros de resistência, amostragem e posição do lençol freático; (valor: 5,0 pontos) b) Tipo de sondagem que pode ser executada em rocha para obtenção de amostragem e qualidade. (valor: 5,0 pontos)

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Investigação geotécnica do subsolo.

Autor: Prof. MSc. Marco Túlio Pereira de Campos

Comentário

O conteúdo abordado na questão é apresentado aos alunos na disciplina de ENG 2224 –

FUNDAÇÕES, onde se estudam os tipos de investigações geotécnicas do subsolo utilizados

para o dimensionamento de fundações. Mesmo se tratando de uma barragem, os processos

de investigação são os mesmos e os alunos recebem as informações necessárias para

discorrer sobre o assunto em pauta com facilidade.

Aspectos que seriam abordados no texto:

a) O tipo de investigação do subsolo mais utilizado no Brasil para exploração de solos é a

sondagem de simples reconhecimento com SPT, cujo uso se deve às seguintes

vantagens:

Custo relativamente baixo;

Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em locais de difícil acesso;

Page 58: eBook - Engenharia Civil

Permitir a coleta de amostras do terreno, a diversas profundidades, possibilitando o

conhecimento da estatigrafia do mesmo;

Medir a resistência à penetração, a partir da perfuração e cravação de um amostrador

padrão, fornecendo indicações sobre a consistência ou compacidade dos solos

investigados;

Possibilitar a determinação da profundidade de ocorrência do lençol freático.

Seu processo executivo, consiste basicamente em:

Locação do furo e instalação da torre de sondagem;

Escavação do solo até a profundidade de 1 m, e instalação até essa profundidade, do

primeiro segmento do tubo de revestimento dotado de sapata cortante;

Nas operações subseqüentes de perfuração, intercaladas às de ensaio e amostragem,

deve ser utilizado trado helicoidal até se atingir o nível d’água freático; Quando este se

tornar inoperante ou quando for atingido o nível do lençol freático, deve-se utilizar

circulação de água com auxílio do trépano;

Durante as operações de perfuração, caso a parede do furo se mostre instável, é

obrigatória, a descida de tubo de revestimento;

A cada metro de perfuração, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidas

amostras dos solos por meio do amostrador-padrão, com execução de SPT;

Para a execução do SPT, posiciona-se o amostrador-padrão conectado à composição de

cravação no fundo da escavação, coloca-se a cabeça de bater e, utilizando-se o tubo de

revestimento como referência, marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm

dividido em três trechos iguais de 15 cm;

Prossegue-se com a cravação do amostrador-padrão até completar os 45 cm de

penetração, por meio de impactos sucessivos do martelo padronizado caindo livremente

de uma altura de 75 cm, anotando-se, separadamente, o número de golpes necessários à

cravação de cada segmento de 15 cm do amostrador-padrão;

Quando a cravação atingir 45 cm, o índice de resistência à penetração N é expresso

como a soma do número de golpes requeridos para a segunda e a terceira etapas de

penetração de 15 cm;

Prossegue-se com a sondagem até que seja atingida a profundidade determinada em

projeto, qualquer dos critérios de paralização da Norma ou o impenetrável a percussão;

Caso haja necessidade de continuar a investigação do subsolo até profundidades

superiores àquelas nas quais consegue-se cravar o amostrador, o processo de perfuração

por trépano e circulação de água deve prosseguir até que que eles se tornem inoperantes,

devendo, então, a seguir serem substituídos pelo método de perfuração rotativa;

Após o término da sondagem, deve ser feito o máximo rebaixamento possível da coluna

d’água interna do furo com auxílio do baldinho, e passa-se a observar a elevação do nível

d’água no furo, efetuando-se leituras a cada 5 min, durante 15 min no mínimo;

Após o encerramento da sondagem e a retirada do tubo de revestimento, decorridas no

mínimo 12 h, e estando o furo não obstruído, deve ser medida a posição do nível d’água,

bem como a profundidade até onde o furo permanece aberto.

b) O tipo de sondagem que pode ser executada em rocha para obtenção de amostragem e

qualidade é a sondagem rotativa.

O equipamento para a realização de sondagens rotativas compõem-se essencialmente de

sonda, hastes de perfuração, barrilete (simples, duplo e giratório), ferramentas de

corte (coroas), conjugado moto-bomba e revestimentos.

Seu processo executivo, de forma simplificada, consiste em:

Instalação da sonda rotativa, que consiste basicamente do conjunto motor-guincho-

cabeçote, sobre uma plataforma ancorada no terreno, a fim de se conseguir manter uma

pressão constante sobre a ferramenta de corte;

Page 59: eBook - Engenharia Civil

Acoplamento da composição haste-barrilete-coroa à sonda;

Injeção de água no furo através das hastes e introdução de movimentos rotativos nas

hastes e de avanço na direção do furo. Estes movimentos são transferidos pelas hastes

ao barrilete provido da coroa permitindo o avanço da composição

Amostragem de forma ser contínua e total, mesmo em materiais moles, incoerentes ou

muito fraturados. Os testemunhos não deverão apresentar-se excessivamente

fraturados ou roletados pela ação mecânica do equipamento de sondagem, exceto quando

se tratar de rochas estratificadas ou xistosas.

Todos os dados colhidos na sondagem são resumidos na forma de um perfil individual do

furo, ou seja, um desenho que traduz o perfil geológico do subsolo na posição sondada,

baseado na descrição dos testemunhos. A descrição dos testemunhos é feita a cada

manobra e inclui:

Classificação litológica - baseada na gênese da formação geológica, na mineralogia,

textura e fábrica dos materiais a classificar;

Estado de alteração das rochas para fins de engenharia (extremamente alterada, muito

alterada, medianamente alterada, pouco alterada, sã);

Grau de fraturamento - número de fragmentos por metro, o qual é obtido dividindo-se o

número de fragmentos recuperados em cada manobra pelo comprimento da manobra.

Referências:

SCHNAID, F. - Ensaios de Campo e suas Aplicações à Engenharia de Fundações, 2ª

edição, São Paulo, Oficina de Textos, 2012.

LIMA, MARIA JOSÉ C. P. A. de - Prospecção geotécnica do subsolo – Rio de Janeiro,

Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1979.

Page 60: eBook - Engenharia Civil

QUESTÃO DISCURSIVA Nº 5

O expressivo aumento da demanda anual de passageiros no setor aéreo associado ao fato de o Brasil ter sido escolhido como sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 têm provocado amplo debate sobre a construção de novos aeroportos e reforma nos já existentes. Um dos desafios dos engenheiros é o dimensionamento de espaços localizados nas áreas de embarque e desembarque em função do número de passageiros e do nível de serviço exigido. Considere um terminal de passageiros (TPS) que será construído em um aeroporto internacional visando atender demanda prevista de 2 milhões de passageiros por ano (embarque + desembarque). A seguir, são apresentadas tabelas com informações referentes ao índice de concentração (razão entre o número de passageiros na hora-pico e a demanda prevista de passageiros por ano) e ao índice de dimensionamento de área por passageiro, obtidos junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Tabela 1 – Índice de concentração na hora-pico

Faixa de demanda anual de passageiros

Índice de concentração – Brasil

Limite inferior – faixa (%)

Limite superior – faixa (%)

Abaixo de 100 mil 0,399 0,169

De 100 mil a 399,99 mil 0,118 0,084

400 mil a 999,9 mil 0,070 0,064

1 milhão a 2,99 milhões 0,050 0,046

3 milhões a 7,9 milhões 0,038 0,036

Acima de 8 milhões 0,027 0,024

Tabela 2 – Índices de dimensionamento – TPS e saguão de desembarque

Área total do TPS (inclui áreas de embarque, desembarque e restituição de bagagens)

Nível de serviço Índice de dimensionamento

(m2/pax)

Tipo de aeroporto Internacional Doméstico Regional

A - Ótimo 25,00 18,00 15,00 B – Bom 22,00 15,00 12,00 C – Regular 18,00 12,00 10,00

Com base nas informações apresentadas no texto e nas tabelas acima, calcule a área total do TPS a ser construído para um nível de serviço “bom”. Apresente o procedimento de cálculo utilizado na sua resolução. (valor: 10,0 pontos)

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Dimensionamento de terminal de passageiros – aplicação de tabelas de

referência.

Autora: Profa. MSc. Janaína das Graças Araújo

Comentário

O conteúdo abordado na questão é apresentado na disciplina optativa Construção de

Aeroportos – ENG 1660. O nível de dificuldade é baixo, bastando utilizar as tabelas

disponibilizadas para o cálculo da área solicitada.

Resolução:

Page 61: eBook - Engenharia Civil

Dados fornecidos:

Nível de serviço = bom

Aeroporto Internacional

Índice de dimensionamento = 22 m²/pax (Tabela 2)

O dimensionamento é feito com base no movimento estimado de passageiros na hora-pico.

Com os dados fornecidos, tem-se:

- Capacidade Requerida: 2.000.000 de passageiros/ano.

- Fator de Conversão Utilizado: 0,05% (para movimentos anuais entre 1 e 2,99 milhões)

(Tabela 1).

Logo, o número estimado de passageiros na hora-pico é 1000 (2.000.000 x 0,05%).

Como o índice de dimensionamento é de 22m²/passageiro, tem-se que a área total do

terminal de passageiros é de 22.000m² para um nível de serviço bom.

Essa área calculada refere-se ao espaço mínimo para atender aos requisitos da questão.

Sempre que possível, devemos ampliar as áreas para um maior conforto dos usuários do

Terminal de Passageiros, com maior circulação e oferta de facilidades.

Referências:

HORONJEFF, R. et al. Planning and design of airports. 5ª ed. New York:

McGraw-Hill, 2010.

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