Upload
internet
View
135
Download
5
Embed Size (px)
Citation preview
ECLESIOLOGIA
Ekklesía: assembleia; congregação; igreja.
Lógos: revelação; palavra; doutrina; raciocínio.
O termo________, é a tradução do original grego ________ que tem o significado lingüístico de : _____________________,com aplicação também no sentido de ____________.
É a junção de dois vocábulos gregos ____ que indica _____________ com aplicação de que o povo chamado para fora era de classe especial,
e ________ ou_________,originado do verbo _______ que significa chamar, convocar, reunir.
A eclesiologia é uma reflexão científica sobre a realidade da Igreja à luz de quanto Deus nos revelou para alcançar um conhecimento orgânico e proveitoso para a Igreja.
HISTÓRIA SOBRE O TRATADO DE ECLESIOLOGIA
O Nascimento do Tratado “DE ECLESIA”
O Nascimento do Tratado “DE ECLESIA”
Elementos iniciais: Patrística, Direito Canônico e Sumas Teológicas
Eclesiologia patrística: Nos primeiros séculos, a eclesiologia era mais vida e consequência do que teologia sistemática.
No centro dessa eclesiologia está a realidade da comunhão entendida como vínculo entre bispos e fiéis, bispos e fiéis entre si, que realiza e se manifesta de forma preeminente na celebração-comunhão eucarística.
Essa comunhão era percebida como estrutura da Igreja e vivida muito intensamente na experiência cotidiana da Igreja, embora não fosse ainda objeto de reflexão sistemática.
Surge à consciência muito viva da maternidade da Igreja, a “Ecclesia Mater”, como portadora da salvação e geradora do homem novo graças ao batismo. Portanto, nessa etapa, a eclesiologia, mais do que num tratado à parte, se encontra nas reflexões sobre a soteriologia e a antropologia trazida por Cristo.
A eclesiologia nos primórdios da ciência canônica (sec. XII)
A ciência canônica aparece como disciplina própria no século XII, com Graciano. Muitas questões relativas aos sacramentos, ao matrimônio e à ordem pertencem desde então ao direito canônico. Este a partir da reforma do século XI e das disputas entre papado e os reis ou imperadores, começou a elaborar uma eclesiologia dos poderes, das prerrogativas e dos direitos da Igreja.
Dois pontos eclesiológicos a partir dos Decretais de Graciano: distinção entre poder de ordem de jurisdição em relação à ordem sacramental e pastoral; e visão da Igreja como corporação: corpus, no sentido corporativo-sociológico que implica cabeça e membros.
A eclesiologia nas “sumas medievais”
Falta às sumos medievais um tratado especial de eclesiologia, tanto na corrente franciscana (Alexandre de Hales, Boaventura) como na escola dominicana (Alberto Magno, Tomás de Aquino).
A realidade da Igreja penetrava de maneira espontânea a vida e a mensagem cristã, de tal forma que não parecia ser necessária uma reflexão direta sobre si mesma, uma vez que toda reflexão teológica se dava in medio Ecclesiae. O próprio Tomás de Aquino não explicou esse tema, pois a Igreja estava presente e incluída em todas e em cada uma das partes de sua teologia como espaço e quadro vital: “Creio no Espírito Santo que santifica a Igreja”.
Os tratados apologéticos desde o século XVI até o Vaticano I
Problema: Demonstração científica da verdade da Igreja Católica, ou seja, verificação de que o cristianismo católico romano está em continuidade total com as intenções e a obra de Jesus Cristo, fundador da Igreja, foi uma questão que se pôs desde o início, quando apareceram os primeiros cismas.
Surgem três afirmações eclesiológicas configuradas em três vias.
Primeira via: historica. Por intermédio do exame dos documentos antigos, procura mostrar que a Igreja Católica romana é a Igreja cristã de sempre, que aparece na história como uma sociedade uma, visível, permanente e hierarquicamente organizada.
Segunda via: notarum. Jesus Cristo dotou a sua Igreja de quatro notas distintivas: unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.
Conclusão: a Igreja Católica romana é a única a possuir essas quatro notas, portanto, é a verdadeira Igreja de Cristo, ficando assim excluídas as demais confissões cristãs, como o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo, por não as possuírem.
Terceira via: empirica. Adotada pelo Concílio Vaticano I: abandona toda e qualquer comparação entre a Igreja romana atual e a antiguidade, para evitar as dificuldades suscitadas pela interpretação dos documentos históricos, e avalia a Igreja em si mesma como milagre moral, que é como o sinal divino que confirma sua transcendência.
Perspectiva eclesiológica do Vaticano I (1869-1870)
A “Pastor Aeternus”: a definição da infalibilidade papal e do seu primado de jurisdição.
Contribuição eclesiológica: a infalibilidade pontifícia na constituição dogmática Pastor Aeternus. Nela, o primado papal é vinculado à Igreja e tem como finalidade a preservação da unidade dessa Igreja mediante a unidade episcopal.
O primado é primazia de jurisdição, confiado a Pedro, como poder episcopal, ordinário e imediato, que se exercita sobre pastores e fiéis em matéria de fé e de costumes.
A Igreja traz em si mesma o selo da sua origem divina, e por isso é um “grande e perpétuo motivo de credibilidade, de tal forma que ela é como um sinal erguido entre as nações”.
Concílio Vaticano II: consolidação do Tratado de Eclesiologia
Pela primeira vez na sua história secular, a Igreja deu uma definição de si mesma na constituição dogmática Lumen gentium e em outras constituições, decretos ou declarações.
Em todos os seus documentos observa-se uma mudança decisiva na perspectiva sobre a Igreja: privilegia-se o seu caráter de mistério e, portanto, de objeto de fé, e ela não mais apresentada diretamente como motivo de credibilidade, como acontecia no Vaticano I.
A partir do Vaticano II, o tratado de eclesiologia tornou-se cada vez mais central, a ponto de, após o Concílio, ter sido proposto que não se dividisse a eclesiologia num tratado apologético e num tratado dogmático, mas que se elaborasse uma verdadeira teologia do mistério eclesial no interior do sistema dogmático.
A ORIGEM DA IGREJA
Deus quis a Igreja desde toda a eternidade. Ela foi prefigurada e preparada pelas várias Alianças de Deus com a humanidade.
Sua formação aconteceu progressivamente, como uma gestação.
O Concílio Vaticano II fala de atos fundantes da Igreja que somos nós.
Foram atos fundantes:
- A escolha dos Apóstolos e a instituição da Eucaristia;
- O povo de Israel era formado por doze tribos; Jesus, ao escolher doze Apóstolos, mostrou sua intenção de fundar a Igreja, o novo Israel, que fora anunciado pelos profetas;
- Na instituição da Eucaristia, o cordeiro pascal foi substituído pelo corpo de Jesus;
- O cálice da Antiga Aliança foi substituído pelo cálice da Nova Aliança, sangue de Jesus.
NOVO TESTAMENTO
O termo Igreja aparece 144 vezes.
São Beda diz: “A Igreja gera constantemente Igreja”.
Rede de comunidades
São Cipriano distingue entre a Igreja MÃE e a igreja FRATERNIDADE. A Igreja é ao mesmo tempo:
a. Sociedade provida de órgãos hierárquicos e Corpo Místico de Cristo;
b. Assembleia visível e comunidade espiritual;
c. Igreja terrestre e Igreja enriquecida de bens celestes.
Na Igreja está a comunhão dos homens com Deus pela caridade que nunca passará. (1Cor 13,8).
Um só corpo
Um só espírito
Um só Senhor Um só batismo Uma só fé;
A IGREJA PREPARADA NA ANTIGA ALIANÇA
A convocação da Igreja surge depois do pecado, como reação de Deus para reunir os homens dispersos pelo pecado. Começa com a vocação de Abraão, depois vem a eleição de Israel, mas Israel não foi fiel a aliança e então é anunciado uma nova e eterna aliança que Cristo vem instituir. ( LG 9).
Essa convocação recebeu o nome hebraico Kahal, que significa “reunidos juntos”. A kahal foi considerada como sendo a Igreja do Antigo Testamento.
A tradução da palavra kahal para o grego synagogé: em português: sinagoga.
A sinagoga era o centro de educação religiosa e de orientação religiosa do povo.
A IGREJA – INSTITUÍDA POR JESUS CRISTO
O lugar bíblico, onde está propriamente descrito o surgimento da Igreja é o Pentecostes, onde se manifesta o trabalho dos apóstolos e o protagonismo de Pedro, que juntamente com Paulo, o apóstolo dos gentios são os grandes portadores e formadores da igreja.
Para participar da Igreja deve-se obedecer alguns princípios: A CONVERSÃO, A FÉ EM CRISTO, O BATISMO, O DOM DO ESPÍRITO DE PENTECOSTES, A CELEBRAÇÀO EUCARÍSTICA, O AMOR OPERANTE E COMUNITÁRIO.
Já nos EVANGELHOS encontramos muitos momentos que direta ou indiretamente nos apresentam a Igreja.
A partir dos SANTOS PADRES, no século II já percebemos o nascimento da Igreja na margem do lado ferido de Cristo, como Eva que nasce do lado de Adão.
JESUS ESCOLHE DOZE APÓSTOLOS, os une a sua missão, especialmente confiando em Pedro dá inicio a hierarquia eclesiástica, garantindo a continuidade entre Jesus e a Igreja.
O VATICANO I e o decreto Lamentali e a Encíclica Pascendi de 1907 afirmam que :“A IGREJA FOI INSTITUÍDA IMEDIATA E DIRETAMENTE PELO PRÓPRIO CRISTO, VERDADEIRO E HISTÓRICO, ENQUANTO VIVIA ENTRE NÓS.”(DS 3540).
Em que momentos da vida de Jesus percebemos que sua intenção era fundar, edificar ou instituir uma Igreja?
A vocação e a Missão dos doze, a instituição do primado de Pedro e sua sucessão, a transmissão do poder de Cristo aos apóstolos e a instituição da eucaristia como nova aliança.
A partir do Vaticano II já se usa as palavras fundador e fundação da Igreja por Cristo.
O Vaticano II vem definitivamente afirmar que a Igreja foi fundada por Jesus Cristo ( Lúmen Gentium 2-5) “A Igreja, ou seja, o Reino de Cristo já presente em mistério, pelo poder de Deus, cresce visivelmente no mundo.
Desde a origem do mundo, a Igreja foi prefigurada, foi preparada na Antiga Aliança e fundada nos últimos tempos e manifestada pelo Espírito Santo e no fim dos tempos será gloriosamente consumada. (LG2).