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Universidade Federal de Juiz de Fora Economia e Gestão da Saúde Suzane Rodrigues Gonzaga Res. Gestão Hospitalar HU/UFJF E-mail: [email protected]

Economia e Gestão da Saúde - ufjf.br · necessidades ilimitadas. Universidade Federal de Juiz de Fora – CONFLITOS –ECONOMIA e SAÚDE •Ciências da saúde: concentra-se fundamentalmente

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Universidade Federal de Juiz de Fora –

Economia e Gestão da Saúde

Suzane Rodrigues GonzagaRes. Gestão Hospitalar – HU/UFJF

E-mail: [email protected]

Universidade Federal de Juiz de Fora –

OMS

“Desenvolver - ao máximo possível - o nível de saúde de todos os povos.”

•Monitoramento;

•Apoio técnico;

•Normatização;

•Regulamentação;

•Políticas públicas;

•Indicadores, etc.

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OMS

“Saúde é o completo estado de bem estar físico,

mental e social e não meramente a ausência da

doença.”

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O Cenário da Saúde no Brasil

Sistema de saúde pluralista em termos institucionais, de fontes de financiamento ede modalidades de atenção à saúde

(i) o Sistema Único de Saúde (SUS), de acesso universal, gratuito e financiadoexclusivamente com recursos públicos (impostos e contribuições sociais);(ii) o segmento de planos e seguros privados de saúde, de vinculação eletiva,financiado com recursos das famílias e/ou dos empregadores, composto por 1.174operadoras de planos de assistência médico-hospitalar e 427de planosexclusivamente odontológicos (BRASIL, ANS, 2012).(iii) o segmento de atenção aos servidores públicos, civis e militares e seusdependentes, de acesso restrito a essa clientela, financiado com recursos públicose dos próprios beneficiários, em geral atendidos na rede privada;(iv) o segmento de provedores privados autônomos de saúde, de acesso diretomediante pagamento no ato (RIBEIRO et al, 2005).

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USO IRRACIONAL (CMg = 0)

O uso irracional dos serviços de saúde deriva tanto do comportamento do

médico quanto do comportamento do usuário. Essas distorções levam aoaumento dos gastos e a perdas de eficiência das políticas de saúde.

Nesse contexto, um dos princípios básicos da economia da saúde é o de

adotar medidas racionalizadoras que propiciem redução de custos semque ocorram impactos negativos nos níveis de saúde.

Algumas medidas racionalizadoras: forma de pagamento dosmédicos, taxas moderadoras, co-pagamento, tetos máximos e etc.

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SUBFINANCIAMENTO DO SUS

As evidências internacionais mostram que todos os países que estruturaramsistemas universais de saúde, apresentam uma estrutura de financiamento em queos gastos públicos em saúde são, no mínimo, 70% dos gastos totais em saúde.

Por exemplo: Alemanha, 76,8%; Canadá, 71,1%; Itália, 77,6%; Holanda, 84,8%,Noruega, 85,5%; Reino Unido, 83,2%.

No Brasil, o gasto público como porcentual do gasto total em saúde é de, apenas,47%, inferior aos 53% que constituem o porcentual de gastos privados em saúde.

Em geral, a segmentação dos sistemas de saúde se dá quando os gastos públicossão inferiores a 50% dos gastos totais em saúde.

Nos Estados Unidos, país emblemático do sistema segmentado, esse valor é de48,2%, bem próximo ao gasto público brasileiro.

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SUBFINANCIAMENTO DO SUS

A PROPOSTA AVANÇADA DO SUS – QUE TEM POR PRINCÍPIOS A

ATENÇÃO UNIVERSAL, A EQUIDADE E A INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO À

SAÚDE –, SEM A GARANTIA DE RECURSOS, NÃO SE SUSTENTA.

O SUBFINANCIAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA, POR UM LADO, E O

EXCESSO DE INCENTIVOS GOVERNAMENTAIS PARA O MERCADO

PRIVADO DE SAÚDE, POR OUTRO, CONTRIBUEM PARA QUE A

PARTICIPAÇÃO DO GASTO PÚBLICO COM NO GASTO TOTAL COM

SAÚDE SEJA MENOR QUE O GASTO PRIVADO, TRANSFORMANDO O

BRASIL NO ÚNICO PAÍS COM SISTEMA UNIVERSAL DE SAÚDE ONDE O

GASTO PRIVADO SUPERA O PÚBLICO.

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ELEVAÇÃO DOS GASTOS COM SAÚDE

“Há no mundo, uma tendência no aumento dos gastos com saúde. Esse

fenômeno é consequência, entre outros motivos, da elevação do padrão

de vida da sociedade e da introdução de novas e melhores técnicas

médicas. A elevação do padrão de vida da sociedade implica o

envelhecimento populacional que leva ao aumento da freqüência de

utilização dos serviços médicos normalmente de maior complexidade. As

novas técnicas médicas geram demanda por serviços que não existiam

no passado e a possibilidade de tratamento de males antes intratáveis.Ambos levam a elevação das despesas médico-hospitalares”

(CECHIN, 2008, p.46)

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GASTOS SAÚDE X IDADE

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CAUSAS

- Extensão horizontal da cobertura (universalização

do acesso);

- Extensão vertical da cobertura (diversificação de

especialidades);

- Transição epidemiológica (doenças

infecto-parasitárias coexistem com doençascrônicas degenerativas)

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CAUSAS

- Aumento da procura por serviços de saúde, devido à

campanhas educativas.

- Envelhecimento da população;

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ECONOMIA DA SAÚDE

Brasil – 1989 – ES foi institucionalizada com a criação da ABRES (Associação Brasileira de

Economia da Saúde) http://www.abresbrasil.org.br/

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ECONOMIA – DEFINIÇÃO

Samuelson – "Economia é o estudo de como os homens e

a sociedade decidem empregar recursos produtivos

escassos, que poderiam ter aplicações alternativas, para

produzir bens/serviços.”

A aplicação do conceito de Economia, no setor saúde, é direta.

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ECONOMIA DA SAÚDE – DEFINIÇÃO

A Economia da Saúde é o grande encontro das áreas

profissionais – Economia e Saúde. É a aplicação do

conhecimento econômico ao campo das ciências da saúde,

no intuito de otimizar as ações em saúde, ou seja, a busca

por condições ótimas de alocação e distribuição dos recursos

disponíveis para proporcionar à população a melhor

assistência à saúde e o melhor estado de saúde possíveis –

levando em conta recursos escassos para atender a

necessidades ilimitadas.

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CONFLITOS – ECONOMIA e SAÚDE

•Ciências da saúde: concentra-se fundamentalmente na

ética individualista, segundo a qual a saúde não tem preço

e uma vida salva justifica qualquer esforço;

•Economia da saúde: fixa-se na ética social e do bemcomum - social.

A ES não trata de mais uma forma de conter custos, mas

de alocar os recursos disponíveis e escassos de forma

racional para maximizar os benefícios para a sociedade.

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CONFLITOS – ECONOMIA e SAÚDE

Os economistas puros precisam esforçar-se para entender

o campo da assistencia à saúde.

Unidades de saúde não são apenas organizações distriburidoras de bens e serviços.

Assistencia à saúde significa, também, auxiliar seres

humanos a ultrapassar dificuldades e inconvenientes da

vida, o que é quase impossível de traduzir em números.

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A ES BUSCA RESPOSTAS PARA:

-É possível diminuir o custo dos serviços e manter a

qualidade dos mesmos?

-Como é o comportamento da demanda e oferta de

serviços em saúde?

- Como financiar os gastos com saúde?

- Quanto um país deve gastar com saúde?

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A ES BUSCA RESPOSTAS PARA:

- Quais as necessidades de saúde da população?

- Quais as necessidade regionais de saúde?

- Quais são as prioridades?

- É preferível prevenir a curar em que condições?

- Quando e onde deve ser construído um hospital?

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A ES BUSCA RESPOSTAS PARA:

-Qual a melhor combinação de pessoal/tecnologia para

produzir o melhor serviço?

- Etc.

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ECONOMIA DA SAÚDE

Gastar bem o pouco que se tem

EFICIÊNCIA

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ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS DE SAÚDE

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ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE

Unidades, de diferentes densidades tecnológicas, prestado-

ras de ações e serviços de saúde que integradas por meio de

sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam ga-

rantir a integralidade da assistência à saúde da população.

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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS

Universidade Federal de Juiz de Fora –

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS

As Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada

preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nível de atenção primária.

Objetivo: atender até 80% dos problemas de saúde da popu-

lação, sem que haja a necessidade de encaminhamento para

hospitais.

Desafogar hospitais ►+ VAGAS

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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS

RESOLUBILIDADE ► 80% ► ↓ custos

Custos UBS:

-Pessoal;

-Materiais diversos;

-Serviços diversos;

-Medicamentos;

-Etc.

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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS

ACESSO ► SUS (universal e equânime)

-grande quantidade;

-geograficamente estratégicas;

-proximidade c/ as residências.

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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS

ACOMPANHAMENTO/EDUCAÇÃO ► PSF

Equipes:

- 1 médico;

- 1 prof. enfermagem;

- 2 aux. de enfermagem

- 4 a 6 ag. comunitários de saúde.

Cadastro UBS.

Visitas mensais.

Responsabilidade sanitária por uma determinada região/população

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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS

SERVIÇOS REALIZADOS – UBS

-Vacinação;

-Consultas;

-Curativos;

-Medicação básica;

-Procedimentos de enfermagem;

-Eletrocardiograma;

-Coleta de exames laboratoriais;

-Entrega de exames;

-Saúde bucal;

-Marcação de consultas com especialistas, se necessário;

-Encaminhamento p/ outros níveis de atenção à saúde, se necessário.

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NÍVEL SECUNDÁRIO

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UPA – UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

ORGANIZAÇÃO DO FLUXO ►triagem

Protocolo de Manchester

(gravidade/tempo espera)

- Vermelho – imediato;

- Laranja - 10 minutos;

- Amarelo - 60 minutos;

- Verde – 2h;

-Azul – 4h.

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UPA – UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

Atendimento:

-Pressão;

-Febre alta;

-Infarto;

-Fraturas;

-Cortes;

-Derrame;

-Etc.

Diminuir a fila em prontos socorros nos hospitais;

Resolubilidade - 97% dos casos encaminhados.

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HOSPITAIS – NÍVEL TERCIÁRIO

.

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HOSPITAIS – NÍVEL TERCIÁRIO

A atenção à saúde de nível terciário é integrada pelos serviços ambula-

toriais e hospitalares especializados. Ela é constituída por grandes hos-

pitais gerais e especializados, que concentram tecnologia de comple-

xidade e devem oferecer à população atendimento de excelência, ser-

vindo de referência para outros serviços, sistemas e programas em

saúde.

ESPECIALIDADES DIVERSAS, EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS DE VANGUARDA

▼INSTITUIÇÕES DE ALTO CUSTO

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HOSPITAIS – NÍVEL TERCIÁRIO

SERVIÇOS OFERECIDOS

- Cardiologia

- Oncologia

- Medicina Nuclear

- Transplantes

- Parto de alto risco

- Terapias renais substitutivas

- Cirurgia bariátrica

- Cirurgia reparadora

- Cirurgia reprodutiva

- Medicamentos excepcionais

- Etc.

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HOSPITAIS – NÍVEL TERCIÁRIO

HOSPITAIS DE ENSINO

São estabelecimentos destinado ao diagnóstico e tratamento de donças,

onde são praticados, também, a investigação e o ensino.

- Hospitais de ensino – exemplo/excelência.

ENSINO, PESQUISA E ASSISTÊNCIA

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HOSPITAIS DE ENSINO

DADOS HU-UFJF/EBSERH

Missão:

“Formar Recursos Humanos, gerar conhecimentos e prestar assistência de qualidade

na área de saúde à comunidade e região.”

Área de abrangência: 90 municípios

Equipe multiprofissional altamente qualificada – 800 pessoas:

- docentes;

- acadêmicos

- técnico-administrativo;

- residentes 103;

- voluntários;

- etc

Capacidade 140 leitos (em processo de expansão)

7.500 consultas/mês e 294 internações/mês

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HOSPITAIS DE ENSINO

MULTIPROFISSIONAIS

- Saúde;

- Hotelaria;

- Nutrição;

- Lavanderia;

- Farmácia;

- Laboratório;

- Limpeza;

- Administrativo/financeiro;

- Eng. Clínica

- Etc.

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HOSPITAIS DE ENSINO

MULTIPROFISSIONAIS

SINERGIA

Interação - compartilhamento de conhecimentos, experiências

Foco: assistência

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Ex.: TELEMEDICINA – TI – baixo investimento e grandes impactos

Transferência online de conhecimentos médicos de um grande cen-

tro especializado para unidades de saúde em zonas remotas.

- Acesso;

- Agilidade;

- Qualidade.

Impactos:

- Expressiva redução de custos com deslocamentos;

-Vidas salvas devido à agilidade – infarto do miocárdio, septicemia,

traumas acidentais.

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Ex.: TELEMEDICINA

Ações:

- Consultas online;

- Manipulação de imagens médicas;

- Consultas;

- Diagnósticos/laudos;

- Encaminhamentos ágeis;

- Visita p/ pacientes graves – câmera;

- Permutação de conhecimentos médicos;

- Valorização – paciente atendido por vários especialistas.

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TELEMEDICINA

BAIXO INVESTIMENTO ►REDUÇÃO DE CUSTOS E ACESSO

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O MERCADO SAÚDE

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DEMANDA - D

Quantidade de um bem/serviço que os indivíduos desejamconsumir, em um determinado período de tempo, dadas as restrições orçamentárias.

DESEJO

ORÇAMENTO (RO)

PREFERÊNCIAS INDIVIDUAIS

UTILIDADE = SATISFAÇÃO/BEM ESTAR

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Determinantes da DEMANDA

PREÇO

P ↑ Qd ↓ P ↓ Qd ↑Correlação negativa entre preço e quantidade

RENDA

Y ↑ Qd ↑ Y ↓ Qd ↓Correlação positiva entre renda e quantidade

PREFERÊNCIAS / CONHECIMENTO

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OFERTA – S ou O

Quantidade de bens que os vendedores estão dispostos a comercializar em variados níveis de preço.

- P ↑ Qo ↑ P ↓ Qo ↓

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EQUILÍBRIO DE MERCADO

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EQUILÍBRIO DE MERCADO CONCORRÊNCIA PERFEITA

Equilíbrio – forças de mercado “mãos invisíveis”

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Concorrência Perfeita – características:

- Racionalidade - consumo planejado;

- Transparência – S e D;

- Numerosos ofertantes, sem poder de mercado;

- Produtos homogêneos;

- Não há barreiras à entrada e saída.

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DETERMINANTES DA DEMANDA

POR SERVIÇOS DE

SAÚDE

PREÇO? RENDA? PREFERÊNCIAS?

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NECESSIDADE

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DEMANDA – serviços de saúde

INELÁSTICA

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“Mercado” Saúde

(NECESSIDADE)

FALHAS DE MERCADO

Intervenção governamental

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“Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

Necessidade, imprevisibilidade, incerteza

A resposta de um mercado saúde não regulado

pelo Estado é o desenvolvimento de seguros privados.

Perverso para quem não pode pagar.

Regulação: saúde pública – SUS - direito.

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“Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

Assimetria de informações – relação agente

S - poder de mercado

S controla D

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““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

RISCO MORAL - S e D

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S → D

““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

Risco moral OFERTA

Remuneração médicos:

- ato/procedimento;

- jornada de trabalho; 1/3

- diagnóstico.

Regulação: tabela SUS – diagnóstico.

Realidade: fratura no indicador.

Diagnóstico: multifratura - $.

Acrescentam desnutrição.

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““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

Risco moral OFERTA Cesariana

S → D

Cesariana - $$$

Regulaçao:

$ cesariana = $ parto normal

Comodidade.

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““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

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““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

Risco moral DEMANDA

Seguro saúde público ou privado:

- superutilização dos serviços de saúde (ex: consultas desnecessárias).

- pouca preocupação com promoção da saúde e prevenção de doenças.

“O SUS cobre mesmo, o plano de saúde cobre mesmo”

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Q*: qtde demandada se os indivíduos tivesse que pagar;

Qo: qtde demandada na presença de seguro saúde.

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““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

Barreiras à entrada no mercado

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““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

EXTERNALIDADES – positivas

Regulação: incentivos, subsídios.

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““Mercado” Saúde

FALHAS DE MERCADO

EXTERNALIDADES – negativas

Regulação: fiscalização, multas e taxações.

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““Mercado” Saúde

NECESSIDADE e DEMANDA

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““Mercado” Saúde

NECESSIDADE ≠ DEMANDA

Demanda: quantidade de bens e/ou serviços que os indivíduos

desejam consumir, em um determinado período de tempo, dadas

as restrições orçamentárias. Autonomia.

Necessidade: quantidade de serviços médicos que a opinião médica

acredita deva ser consumida, em um determinado período de

tempo, para que as pessoas possam permanecer ou ficar tão saudáveis

quanto seja possível - segundo o conhecimento médico. S → D

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““Mercado” Saúde

NECESSIDADE ≠ DEMANDA

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“CONCORRENCIA PERFEITA X “MERCADO” SAÚDE

RESUMO

Concorrência Perfeita Mercado Saúde

- Racionalidade, planejamento; - Incerteza, imprevisibilidade;

- Inexistência de Externalidades; - Presença da Externalidades;

- Transparência; X - Assimetria de informações;

- Não há poder de mercado – S. - S induz D, risco moral;

- Livre entrada e saída. - Barreiras à entrada.

* forças de mercado * intervenção governamental

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TOMADA DE DECISÕES EM SAÚDE

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Decisões? Escolhas?

DADO - INFORMAÇÃO - INDICADOR

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INDICADORES

Indicadores: são medidas síntese, de origem qualitativa ouquantitativa, dotadas de significado particular e utilizadas paraorganizar e captar as informações relevantes dos elementos quecompõem o objeto da informação. É um recurso metodológico queinforma empiricamente sobre a evolução do aspecto observado.

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INDICADORES

TIPOS:

Números absolutos: proveniente de contagens, como os casos de um evento de saúde-doença em um período. Ex: Incidência absoluta de dengue em Juiz de Fora em 2014.

Números relativos: são valores absolutos expressos em relação a outros valores absolutos. Podem ser índices, proporções, coeficientes e razões.Ex: Taxa de Mortalidade; Índice de Giro, etc.

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Amplamente utilizados pela Economia da Saúde para:

INDICADORES

Avaliar e monitorar a qualidade de programassociais;

Expressar em valores o desempenho de umsistema de saúde;

Alertar sobre erros ou possíveis desvios;

Fonte de informação para a gestão de umaunidade de saúde e para embasamentos depolíticas públicas de saúde.

REUFH - Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais

Universitários Federais (REHUF).

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ATRIBUTOS NECESSÁRIOS PARA OS INDICADORES:

Disponibilidade: entende-se que seus dados devem ser fáceis de serem obtidos em

diferentes áreas e épocas;

Confiabilidade: entende-se que seus dados devem ser capazes de fornecerem os mesmos

resustados se calculados por outas pessoas, em diferentes meios e diferentes épocas;

Validade: entende-se pela capacidade do indicador de medir apenas o que se quer ou

necessita-se medir, a possibilidade de uma indicador refletir outros fenômenos além do

necessário pode levar a uma avaliação não verdadeira da situação.

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ATRIBUTOS NECESSÁRIOS PARA OS INDICADORES:

Simplicidade: facilidade de ser compreendido e aplicado;

Relevância: importância do indicador no contexto da temática;

Baixo- Custo: baixo custo de obtenção.

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IMPORTANTE

A utilização de apenas um indicador é incapaz de mensurar todasas ações e resultados de um sistema de saúde, logo, os indicadoresdevem ser sempre analisados em conjunto. O uso de um standardde referência possibilita a compreensão verdadeira das informaçõesgeradas por cada indicador ( SOÁREZ et al., 2005).

Para se definir um conjunto de indicadores que irão avaliar emonitorar a qualidade de uma instituição deve se ter em mente acultura e as características próprias da organização (KLUCK et al.,2002).

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INDICADORES

EXEMPLOS DE INDICADORES

MÉDIA DEPERMANÊNCIA: Relaçãonumérica entre o totalde pacientes dia em umdeterminado período, eo total de doentessaídos (alta e óbitos) nomesmo período (BRASIL,1978)

ÍNDICE DE RENOVAÇÃO EGIRO: Relação entre onúmero de pacientes saídos(altas e óbitos) durantedeterminado período nohospital, e o número deleitos postos à disposiçãodos pacientes no mesmoperíodo (BRASIL, 1978).

MÉDIA DE PACIENTESDIA: Relação entre onúmero total depacientes saídosdivididos pelo númerode dias do período(BRASIL, 1978).

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INDICADORES

ÍNDICE DE INTERVALODE SUBSTITUIÇÃO:Tempo médio que umleito permanecedesocupado entre asaída de um paciente ea admissão de outro,relaciona a taxa deocupação com a médiade permanência(BRASIL, 1978)

TAXA DE OCUPAÇÃO DOLEITOS : Relação entre onúmero de pacientes dia e onúmero de leitosdisponíveis dia e tem comoobjetivo medir o nível deutilização dos leitoshospitalares (BRASIL, 1978).

EXEMPLOS DE INDICADORES

FUNCIONÁRIOS PORLEITO: Número defuncionários própriosem relação à soma donúmero de leitos ecamas existentes emoperação para operíodo pesquisado(BITTAR 1996,1997).

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INDICADORES

NÚMERO DE INTERVENÇÃOCIRÚRGICAS MENSAIS:Número de todas asintervenções cirúrgicasrealizadas no período.

NÚMERO DEATENDIMENTOSAMBULATORIAISMENSAIS: Número deatendimentosambulatoriaisrealizados no período.

EXEMPLOS DE INDICADORES

TAXA DE MORTALIDADEINSTITUCIONAL: Relaçãopercentual entre onúmero de óbito após24 horas de internaçãoe o número total desaídas em determinadoperíodo.

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A média de permanência deve ser considerada sob diversos aspectos e não pode ser analisada isolada do contexto geral do sistema de saúde e de cuidados de saúde.

MP muito baixa: pode representar tanto desempenhos positivos as instituições de saúde quanto apontar para altas precoces, óbitos prematuros ou óbitos inevitáveis.

MP muito alta: pode representar baixa capacidade da instituição de resolução dos casos atendidos.

Em termos de produtividade hospitalar Zucchi et al. (1998, p.314) considera mais produtivo hospital que: “apresenta menor média de permanência; maior índice de renovação; menor índice de intervalo de substituição e menor número de funcionários por leito”.

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INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO ECONÔMICA

EM SAÚDE

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Eficiência: relação entre resultados obtidos e os recursos empregados;

• Custo-efetividade;• Custo-benefício;• Custo-utilidade.

Eficácia: relação entre os resultados obtidos e os objetivos traçados quando aplicados em condições ideais;

Efetividade: capacidade de se promover resultados pretendidos;

A avaliação das diversas intervenções em saúde, tanto sob a perspectiva clínico-assistencial quanto de políticas de saúde, pode ser descrita em etapas:

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PRINCIPAIS TÉC. DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SAÚDE:

Custo x Benefício;

Custo x Efetividade;

Custo x Utilidade.

CUSTO DE OPORTUNIDADE - custo das escolhas renunciadas

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CUSTO x BENEFÍCIO ► $ x $

Ferramenta utilizada p/ avaliar viabilidade econômica deprojetos/programas/propostas sociais, relacionando os benefícios e custos emunidades monetárias.

Dados os projetos x, y, z, qual é o mais rentável?

Projetos sociais = investimento em capital humano → força de trabalho mais rígida→ rentabilidade → cresc. econômico

Confronta: custos x benefícios monetizados ($)

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CUSTO x BENEFÍCIO ► $ x $

RUBÉOLA - TRATAMENTO ou VACINAÇÃO???

A política de vacinação contra Rubéola levou à erradicação da doença nos Estados Unidos.

- 0 custos com tratamento; - Sem afastamentos do trabalho → rentabilidade;- Bebês saudáveis → capital humano.

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CUSTO x BENEFÍCIO ► $ x $

É possível comparar programas de naturezas distintas:

IMUNIZAÇÃO ou SANEAMENTO?

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CUSTO x BENEFÍCIO ► $ x $

Os benefícios de um projeto social pode chegar a uma lista Indeterminada – benefícios indiretos.

Programa de saúde → doença regional eliminada → estimulo ao turismo → aumento do emprego → etc.

Problema: é necessário atribuir valor à vida para que projetos sociais sejam feitos? É necessário compensar? E os idosos?

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Ferramenta utilizada para comparar custos de programas/propostas/projetos sociais que visam um mesmo objetivo ou meta.

Unidades naturais:- curas- vidas salvas- queda da pressão sanguínea- internações prevenidas- casos detectados- anos de vida salvos - expectativa de vida- Etc.

CUSTO x EFETIVIDADE ►$ x unid. naturais

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Dados os projetos x, y, z, qual tem o menor custo para que os objetivos/metas sejam cumpridos?

Confronta: custos x cumprimento do objetivo (efetividade)

Compara-se custos e efeitos sobre a saúde dos indivíduos (impactos)

Problema: de ordem técnica, as analises só podem ser efetuadas a estratégias comparáveis, que refiram-se a um mesmo objetivo.

CUSTO x EFETIVIDADE ►$ x unid. naturais

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CUSTO x UTILIDADE ► $ x AVAQ/QALYS

Trata-se de uma forma mais refinada da análise de custo efetividade, levando em conta a duração e qualidade de vida (AVAQ/QALY), obtida por diversos tipos de intervenção médica.

→ doenças crônicas.

Dados os tratamentos para doença crônica - x, y, z - qual é o que, ao menor custo, proporciona maior duração e qualidade de vida?

Ex: diversos tratamentos p/ doenças coronarianas.

Problema: aplicabilidade reduzida, tendo em vista a sofisticaçao de sua medida de efetividade.

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CUSTO x UTILIDADE ► $ x AVAQ/QALYS

HEMODIÁLISE X DIALISE PERITONEAL

OBJETIVO/META: filtragem sangue ► sobrevivência ► AVAQ/QALY

Anos de vida salvos; Qualidade de vida

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Garantir a universalidade e integralidade diante de um cenário de restrições orçamentárias e financeiras e alocar recursos de forma equânime num país

de tantas desigualdades sociais e regionais tem se transformado num grande desafio para os gestores.

FINANCIAMENTO DA SAÚDE

Universidade Federal de Juiz de Fora –

INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO

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INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO

O governo utiliza instrumentos fiscais para:

- ajustamento na alocação dos recursos;

- ajustamento na distribuição de renda/riqueza;

- políticas sociais;

- estabilização econômica.

$ SAÚDE ► IMPOSTOS e CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

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INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO

Classificação das bases fiscais:

Bases DIRETAS de Tributação

São os impostos que o gov. arrecada sobre o patrimônio e renda.

São arrecadados diretamente dos cidadãos.

- IR Imposto de Renda → federal

- IPVA Imposto Sobre a Propriedade de Veículos → estadual

- IPTU Imposto Predial Territorial Urbano → municipal

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INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO

Classificação das bases fiscais:

Bases INDIRETAS de Tributação

São impostos que incidem sobre os bens e serviços que os indivíduos

consomem.

Embutidos no valor do produto/serviço

- IPI Imposto sobre Produtos Industrializados → federal

- ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços → estadual

- ISS Imposto sobre Serviços → municipal

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INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Pessoas físicas e jurídicas → constituir um fundo para ser utilizado em

benefício da sociedade. Benefícios previdenciários (aposentadoria,

pensão, auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro desemprego, etc).

Seu fundamento é amparar o ser humano quanto às conseqüências de

certos acontecimentos naturais da vida humana (morte, acidentes,

envelhecimento, etc).

Ex.: desconto em folha – contribuição INSS

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INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO

CARGA TRIBUTÁRIA – CENÁRIO BRASILEIRO

- Mais de 30% renda → GOV

- Alta carga tributária → Alta sonegação

- Sem contrapartida – ↑carga ↑ educação/saúde

- Bases diretas de tributação (IR) seriam ótima alternativa p/ financiar

Saúde, mas. Gov liberdade e flexibilidade alocativa.

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↑ carga tributária brasileira em 10 anos subtraiu R$1,85 trilhão da sociedade

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MODELOS DE FINANCIAMENTO

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MODELOS DE FINANCIAMENTO

ASSISTENCIAL – filantropia

Santas Casas de Misericórdia - 1539

Igreja - doações, voluntários, mix de impostos, auxílio internacional.

Sem capacidade p/ atender todos os necessitados.

Caridade

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Esta é uma história excepcional.

É a história da Santa Casa de

Misericórdia. Homens e mulheres

comuns humildes. Médicos, freiras

benfeitores. Poucos nomes e, no

entanto, é tão grande o saldo dos

seus efeitos. É o milagre realizado

pouco a pouco, dia após dia.

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MODELOS DE FINANCIAMENTO

PREVIDENCIÁRIO – contribuintes

Getúlio Vargas -1930

Trabalhadores formais

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MODELOS DE FINANCIAMENTO

UNIVERSAL – direito

Nova Constituição Federal 1988 – “Saúde é direito de todos, dever do Estado.”

1990 ► Lei 8.080 – Lei Orgânica da Saúde - SUS

MODELO ATUAL

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

EMENDA CONSTITUCIONAL 29

2000 – EC 29 ► percentuais anuais mínimos a serem investidos

em saúde, por esfera de poder.

UNIÃO – 10% despesas correntes união, corrigidas pelo PIB nominal

ESTADOS – 12% da arrecadação

MUNICÍPIOS – 15% da arrecadação

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

PROBLEMAS EC 29 - UNIÃO

UNIÃO – participação da esfera federal é baixa, não acompanha a

arrecadação.

O Brasil está entre os 30 países onde a população paga de seu

próprio bolso mais de 50% dos gastos de saúde. Apenas 30 de 193

países vivem essa situação

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

PROBLEMAS EC 29 - ESTADOS

ESTADOS – não cumprem os 12% estipulados.

De 27 estados, 16 não cumprem com os 12%. Ex: MG, Paraná,

Rio Grande do Sul (3,75%).

Norte e Nordeste cumprem.

Recursos saúde → saneamento, construção de restaurante popular,

asfaltamento, etc.

Faltou na EC29 clareza sobre o que são ações e serviços de saúde.

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

PROBLEMAS EC 29 - MUNICÍPIOS

MUNICÍPIOS – chegam a empregar 22%.

Sobrecarga. Não suportam mais.

Famílias → $, além das contribuições.

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

PROPOSTAS:

REGULAMENTAÇÃO DA EC 29

- Aumentar investimentos da União → 10% receitas? 10% PIB?

- Esclarecer o que são ações e serviços de saúde.

- Fiscalização e obrigatoriedade – estados.

- Criação de novo imposto. (inviável diante da alta carga tributária).

Medidas corretivas EC29 ► desenvolvimento SUS.

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

Recentemente, nos anos de 2013 e 2014, vários segmentos da

Sociedade brasileira mobilizaram-se pelo fortalecimento do

financiamento do SUS, movimento este denominado Saúde+10”,

que resultou na apresentação do Projeto de Lei de iniciativa Popular

(PLC n. 321/2013) ao Congresso Nacional com mais de 2,2 milhões

de assinaturas auditadas em prol da aplicação mínima de

10% da Receita Corrente Bruta da União em Ações e Serviços

Públicos de Saúde (ASPS).

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

EC 86

- Investimento da União → 15% das receitas correntes líquidas

- O percentual de 15% estabelecido pela EC 86 será alcançado de

forma gradual, sendo 13,2% em 2016; 13,7% em 2017; 14,1% em

2018; 14,5% em 2019 e apenas em 2020 será aplicado o percentual de

15% da receita corrente líquida em ações e serviços de saúde de forma

plena (artigo 2º, da EC 86).

- As despesas com ações e serviços públicos de saúde custeados com a

parcela da União oriunda da participação no resultado ou da compensação

financeira pela exploração de petróleo e gás natural, de que trata o § 1º do

art. 20 da Constituição Federal, serão computadas para fins de cumprimento

do disposto no inciso I do § 2º do art. 198 da Constituição Federal.

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FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL

EC 86

Conceitos de Receita Corrente Líquida: Receita Corrente Líquida é o

somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,

agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas

também correntes, deduzidos principalmente, os valores transferidos, por

determinação constitucional ou legal, aos Estados e Municípios, no caso

da União, e aos Municípios, no caso dos Estados, consideradas ainda as

demais deduções previstas na Lei.

Métodos de Apuração: a apuração é feita somando-se todas as receitas

correntes arrecadadas no mês em referência e nos onze meses anteriores,

deduzidas as transferências constitucionais e legais, as contribuições aos

planos de seguridade social e, no caso da União, os valores do PIS/PASEP,

adotando-se o regime de caixa.

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