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Este suplemento faz parte integrante do Diário Económico n.º 5805 de 20 de Novembro de 2013 e não pode ser vendido separadamente. 2013 será um ano recorde de investimento ‘Startups’ podem contar com mais apoio Individualmente ou em co-investimento, os ‘business angels’ continuam a apoiar projectos de elevado potencial, com vista à sua internacionalização. Casos de sucesso atestam a importância do seu papel na economia. Nova linha de financiamento à actividade está a caminho. Em parceria com: Especial Business Angels Foto: © Tom Schneider/Westend61/Corbis/VMI

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2013 será um ano recorde de investimento

‘Startups’podemcontar commais apoioIndividualmente ou em co-investimento,os ‘business angels’ continuam a apoiar projectosde elevado potencial, com vista à suainternacionalização. Casos de sucesso atestama importância do seu papel na economia. Nova linhade financiamento à actividade está a caminho.

Em parceria com:

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ESPECIAL BUSINESS ANGELS

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Os membros daAssociação Por-tuguesa de Business Angels(APBA) já investirameste ano, atéao final de Setembro, mais de 2,5milhões de euros em quase quinzeprojectos empresariais. Desde asua fundação, em 2006, aAssocia-ção apoiou ‘startups’ com mais decinco milhões de euros, repartidosemcerca de 40 investimentos.“Estamos a receber mais de 150pedidos por ano. Este ano já apro-vámos quinze. A nossa intenção éde investir, emmédia, em10%dospedidos realizados”, afirma o pre-sidente da APBA, João Trigo daRoza.Na missão da Associação está aprocura, através dos seus associa-dos, de ‘startups’ comprojectos deelevado potencial emérito nomer-cado. O investimento dos associa-dos nesses projectos traduz-se nãosó numa vertente financeira, comotambém de ‘mentoring’ (ou ‘coa-ching’de negócio) –emmuitos ca-sos, o apoio incide no próprio pro-cesso de internacionalização. “Sófaz sentido apoiar estas empresasse for para depois lançá-las nomercado global”, refere o respon-sável daAPBA.Igual opinião é partilhada por Hu-go Gonçalves Pereira, responsávelpela ShillingCapital, que asseguraque todos os projectos que esta so-ciedade apoia “têm de ter um po-tencial global”.Mas se a actividade dos ‘businessangels’ (BA) é importante para aeconomia, ela não é conhecida,ainda, de todos os potenciais em-preendedores. Para o responsávelpelas sociedades veículo Brain In-vest e Brain Capital, João LuísBrazão, “há que continuar a acele-rar a sua divulgação ao ritmo ac-tual e desmistificar a actividade,pois ainda hámuita gente a pensarque somos ‘business devils’...”.“Acho que cadavez fazmais senti-

Investimento superior a 2,5 milhões de euros

APBA já apoiou15 projectos em 2013A Associação Portuguesa de Business Angels analisa mais de 150 pedidosde apoio de ‘startups’ por ano. Em média, cerca de 10% são apoiados.

do incentivar pessoas com expe-riência de empreendedorismo e degestão a passarem a mentores e aBA, pois a junção de novos em-preendedores, de experiência e dealgumdinheiro podemfazer todaadiferençano sucesso deumprojec-to”, refere aquele responsável.Contudo, João Luís Brazão adian-ta que “infelizmente, precisamostambémdemais ideias e, acima detudo, de empreendedores, pois atéhá capital disponível”.António Pedro Alves, da socieda-de Brain2Market, refere que osprojectos apoiados são de sectores“muito diversificados, desde apli-cações na área das telecomunica-ções, ‘e-commerce’, na área daenergia, no sectordos serviços, en-tremuitos outros”. O investimentodosBAacontece “maioritariamen-te na fase ‘seed’, isto é, empresasemfase de arranque, explica Basí-lio Simões, da rede associada daAPBA, CEC. “Procuramos pro-jectos de base tecnológica diferen-ciadores e replicáveis, que respon-damaoportunidades demercado”,reforça.

Necessidade de aferir oimpacto dos BA na economiaPara João Trigo da Roza, uma dasdificuldades que existe no sectordos BA a nível europeu é “ter umtrabalho sério estatístico, não sósobre os volumes de investimentomas também sobre os impactoseconómicos dos investimentosrealizados”. “Existe alguma infor-mação divulgada que por vezes émenos séria”, salienta aquele res-ponsável. Por isso, a APBA, nocontexto da sua participação naBusiness Angels Europe, a confe-deração europeia de que faz parte,vai realizar a 6 de Dezembro, emBerlim, naAlemanha, um grandeevento onde estarãoBAeautorida-des políticas, nomeadamente aCo-

missão Europeia e os académicoseuropeus relacionados com os es-tudos desta área, para debater deque forma podem ser criadas “me-todologias que sejam utilizadas,não só emPortugal,mas anível eu-ropeu, que permitammedir os im-pactos dos BAna economia”, refe-re João Trigo daRoza.Quanto à importância dos BA no

contexto de crise que o País atra-vessa, o responsável pela socieda-de veículo BusyAngels, SantiagoSalazar, salienta que o “espíritoempreendedor é refractário às de-pressões cíclicas”, servindo paraidentificar oportunidades que “re-sultamdas mudanças impostas pe-las crises económicas”. SantiagoSalazar reforça mesmo que essaafirmação “não é só retórica;mate-rializa-se em tempo, dedicação,acompanhamento e em investi-mento de capital, algo que outrasentidades financeiras não disponi-bilizamem tempos de crise”.Realce-se que amissão daAPBAédesenvolver a função de ‘businessangels’emPortugal, demodo a fo-mentar o empreendedorismo e acontribuir para o crescimento deuma economia sustentável e ino-vadora.

“Infelizmente,precisamostambémde mais ideiase, acimade tudo, deempreendedores,pois até hácapitaldisponível”, dizJoão Luís Brazão.

Parceiros de peso

ESTÁ A DECORRER, por todo o país, até dia 24 deNovembro, a 6.ª edição da Semana Global doEmpreendedorismo (SGE), iniciativa organizadapela APBA em parceria com a SEDES. Trata-se deum evento com carácter mundial, promovido pela

Kauffman Foundation, que agrega cerca de 7,5 milhões de participantese milhares de parceiros. Este ano, a SGE é dedicada ao tema“Agricultura e Mar”, e tem como embaixadores António SilvestreFerreira, produtor de uva de mesa e de uva sem grainha da HerdadeVale da Rosa, e o surfista Garrett McNamara.Além da temática central, a iniciativa dá também destaque ao temado empreendedorismo social, na sessão de encerramento a decorrerna Universidade Católica do Porto, que tem como mentor o Padre LinoMaia e conta com a participação da UPTEC.

Iniciativa global

CAIXA CAPITAL, ESPÍRITO SANTO VENTURES E EDP INOVAÇÃO.São estes os três importantes parceiros com que a APBA contapara desenvolver a sua actividade. Tratam-se de empresas que actuamna área do empreendedorismo e, para além dos seus investimentospróprios, também podem co-investir em projectos de ‘startups’com os associados da APBA.No caso da Caixa Capital, o seu administrador executivo,Stephan Morais, salienta que a Caixa Geral de Depósitos “está ligadaao empreendedorismo em três vertentes: uma, apoiando programascomo o da Beta-i, Energias de Portugal ou outros programas nacionaise regionais”. Além disso, acrescenta, patrocina também “os eventosdos ‘business angels’ da APBA e da Federação Nacional de BusinessAngels”. Por outro lado, a Caixa Capital é a sociedade que atribuio maior prémio de capital de risco em Portugal, como os prémios MITPortugal.Por sua vez, a Espirito Santo Ventures, liderada por Joaquim SérvuloRodrigues, actua como capital de risco e gere fundos cominvestimentos de diferente dimensão, procurando, para alguns deles,‘business angels’ que também invistam e acompanhem de perto osprojectos. O BES, accionista da Espírito Santo Ventures, promove aindao Concurso Nacional de Inovação BES, iniciativa de referência queenvolve vários sectores da economia.Quanto à EDP Inovação, liderada por António Vidigal e tambémassociada da APBA, investe através da EDP Ventures em ‘startups’ligadas à energia, assim como em fundos internacionais do sector.A EDP promove o concurso anual EDP Inovação, que se tem destacadopela participação de projectos inovadores na área energética.

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projectos que estejam prontospara investir.

Dos projectos apoiados, qual opeso dos que nascem nas Uni-versidades?Não sei qual é a percentagem,

mas a leitura que vou tendo é que éuma percentagem baixa para aqui-lo que seria de esperar. Ainda quehoje as grandes universidades doPaís tenham uma grande sensibili-dade para o empreendedorismo,acho que ainda há um grande tra-balho a fazerparapassardo capital

intelectual ao empresarial. Temosgrandes valores na investigação edesenvolvimento, não há dúvidade que os nossos engenheiros etécnicos são muito bons em rela-ção àmédia internacional, mas daía largarem a sua carreira académi-ca e passarem a uma atitude em-preendedora vai umpasso largo.

O que falha então?Temde se continuar a fazer fó-

runs como os da “Semana Globaldo Empreendedorismo” para ha-vercadavezmais contacto entre asduas partes. Só assim é que as pes-soas percebem como se podemcomplementar do ponto de vistadas suas capacidades. Julgo que aquestão de fundo é cultural, e tudocomeça na família e na infância.Por isso acredito que uma medidarelevante é incorporar nos nossosprogramas de ensino, desde o nívelbásico, a componente de empreen-dedorismo.

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O presidente daAssociação Por-tuguesa de Business Angels(APBA), João Trigo da Roza, dizque há pessoas com capacidadepara investir emnovas ideias e queo ensino deveria incorporar, desdeo nível básico, a componente em-preendedora.

Quantos pedidos de apoio cos-tuma ter a APBA por ano?Estamos a recebermais de 150

pedidos por ano. Este ano já apro-vámos quinze. A nossa intenção éde investir em média em 10% dospedidos realizados.

Os 10% são um limite?Não, não há regra. Se dos cem

pedidos todos fossembons haveriapessoas disponíveis para investirna APBA. A nossa restrição hojenão é a capacidade de investimen-to.Hácapacidadede investimento.A nossa restrição é a originaçãodos projectos ainda continuar a serrelativamente pouco profunda. Éimportante continuar a apoiar oaparecimento de novos projectos.

Para além do financiamento, oque faz a APBA para contribuirpara o ecossistema empreen-dedor?Lançámos, em conjunto com

a SEDES – Associação para oDesenvolvimento Económico eSocial, a “SemanaGlobal do Em-preendedorismo”, que tem umobjectivo muito alargado, talcomo agregar todas as entidadesligadas ao ecossistema empreen-dedor– como incubadoras, cama-ras municipais, grandes empre-sas, universidades, empreende-dores e ‘business angels’ (BA),de forma a estimular o apareci-mento de novas ‘startups’. Diz-seque há falta de capital mas graçasaDeus há pessoas comdisponibi-lidade para investir. Faltam-nos

A nossa restriçãoé a originaçãodos projectoscontinuar a serpouco profunda.

ENTREVISTA João Trigo da Roza, presidente da APBA

“Faltam-nos projectosque estejamprontos para investir”

“PALAVRAS-CHAVE◗ BUSINESS ANGEL: Investidorindividual privado, que apoia‘startups’ com capital econhecimento de negócio(’mentoring’).

◗ SOCIEDADE VEÍCULO:Sociedade de investimento queagrega vários ‘business angels’.

◗ SEED: Projecto com conceitode negócio em formação e aindasem clientes.

◗ EARLY-STAGE: Empresa na suafase inicial, a actuar no mercadoe já com os primeiros clientes.

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INVESTIDORESSOCIEDADES VEÍCULOE REDES ASSOCIADAS DA APBA:

◗ Brain2Market◗ Brain Capital◗ Brain Invest◗ Busy Angels◗ CEC◗ Eggnest◗ Embrace II◗ GoBig or GoHome◗ Ideia Capital◗ IndexTalent◗ Rotunda Investimentos◗ Sale Way◗ Shilling Capital

ESPECIAL BUSINESS ANGELS

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Sociedades veículo vêm a sua capacidade de investimento crescer

PME Investimentos co-investe9,9 milhões de euros

A sociedade de capital de risco estatal já apoiou 85 empresasem empresas nas fases de ‘early stage’ e ‘pre-seed’,em co-investimento com sociedades veículo de ‘business angels’.

Através da Linha de Financia-mento a Business Angels, a PMEInvestimento apoia actualmenteprojectos desenvolvidos por pe-quenas e médias empresas(PME), nas fases de ‘early stage’e ‘pre-seed’ , tendo já apoiado 85empresas. Segundo Carlos deCastro, CEO desta instituição dosector empresarial do Estado, atéao final deAgosto de 2013 foramconcedidos pelo FINOVA– Fun-do de Apoio ao Financiamento àInovação 121 financiamentos a36 sociedades veículo de ‘busi-ness angels’, cujo montante totalascendeu a 9,9 milhões de euros,o que permitiu apoiar as referidas

85 empresas, num “valor total deinvestimento que ultrapassaos 15milhões de euros e que possibili-tou a criação e/oumanutenção decerca de 200 postos de trabalho”.Sendo a PME Investimentos umacapital de risco, podem os poten-ciais empreendedores dirigir-sedirectamente a esta entidade paraprocurar financiamento? Não.Carlos de Castro explica que “omais adequado é dirigirem-se aessas mesmas sociedades, ou a‘business angels’”.O presidente daAPBA, João Tri-go daRoza explicamesmo que osseus associados “estão agregadosem veículos de investimento, que

por sua vez co-investem com aPME Investimentos”. AAPBAfaz uma ligação à PME Investi-mentos para “questões de nature-za transversal, como a gestão deprazos globais de investimento,questões relacionadas com regrasgerais de enquadramento dos in-vestimentos, e depois as socieda-des veículo fazemos seus investi-mentos concretos”.Por sua vez, o ‘business angel’Miguel Sousa adianta que as so-ciedades veículo procuram “trêscaracterísticas num projecto‘startup’: serviço ou produto ba-seado nasatisfação de umaneces-sidade real do mercado; capaci-

dade de globalização do negócio;e ‘time to market’máximo de umano”. O responsável da IndexTa-lent acrescenta ainda que o factordecisivo para tomar uma decisãode investimento “passa pela qua-lidade daequipapromotorae pelograu de envolvimento da mesmano projecto”.Já Rogério do Ó, da Eggnest,consideraquegrandepartedoqueas sociedades veículo procuramnum projecto está nos própriosempreendedores. “Sabemos queumexcelente empreendedorpodeconverter uma ideia sofrível numsucesso, mas um empreendedorsofrível, dificilmente conseguirá

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Característicasque os BAprocuram numprojecto: produtoou serviço quesatisfaça umanecessidadereal, capacidadede globalizaçãodo negócio e‘time to market’máximode um ano.

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É empreendedor,acredita que a sua ideiatem futuro e está àprocura de capital? NaAPBA tem várias “portasde entrada” possíveis. Ea melhor é através do‘site’, em www.apba.pt.O ‘site’ tem um espaçopara empreendedores –plataforma Gust -, ondepode apresentar a suacandidatura e descrevero seu projecto. O mesmoserá analisado por um‘staff’ da Associação euma resposta ser-lhe-ádada em cerca de duassemanas. Se o projectofor considerado comcondições de seraprofundado, seráconvidado a fazer umaapresentação presencialaos ‘business angels’ daAPBA. A partir daí, sãoos próprios associados,individualmente ouatravés das suassociedades veículo, quetomam a decisão deinvestir ou não.Normalmente, umprojecto é alvo de doisou três BA, ou desociedades veículo queinvestem.

À procurade capital?

O presidente-executivo da PMEInvestimentos, Carlos de Castro,garante que “osmontantes reserva-dos aos ‘business angels’ terão ten-dênciaaaumentar”. Está jáemfasede preparação uma nova Linha deFinanciamento a Business Angelscom cerca de dezmilhões de eurosde financiamento público.

Qual o papel da PME Investi-mentos na gestão de fundos einstrumentos financeiros dedi-cados especificamente à acti-vidade de capital de risco/’busi-ness angels’?APME Investimentos foi, em

2008, seleccionada pelo Estadocomo entidade gestora do FINO-VA–Fundo deApoio ao Financia-mento à Inovação, o qual foi cons-tituído tendo em vista a necessida-de de centralização e coordenaçãode esforços e recursos da interven-ção pública de financiamento àsempresas e que desde 2010 apoia omercado de capital de risco portu-guês, por via da participação emfundos de capital de risco e dacria-ção deumaLinhadeFinanciamen-to a Business Angels. Esta linhaconsiste na concessão de financia-mento, pelo FINOVA, a socieda-des veículo constituídas por ‘busi-ness angels’ (BA) para investi-mento emprojectos desenvolvidospor PME, nas fases de ‘early sta-ges’e ‘pré-seed’.

De onde provêm esses fundos?O capital dos fundos de inves-

timento geridos pela PME Investi-mentos tem origem em fundos pú-blicos via Orçamento do Estadoe/ou via fundos comunitários.Simplificando, a Linha de Finan-ciamento a Business Angels tempor base fundos provenientes daUnião Europeia, nomeadamentedo Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER), e a suaexecução pretende contribuir paraque as empresas, em particular asmais novas e de menor dimensão,desenvolvamas suas estratégias de

ENTREVISTA Carlos de Castro, CEO da PME Investimentos

“Nova linha de financiamentoa BA terá dez milhões de euros”

inovação, de crescimento e de in-ternacionalização, numquadro emque a envolvente financeira poten-cie o desenvolvimento dessasmes-mas estratégias.

De que montante estamos a fa-lar?Osdiversos instrumentos de fi-

nanciamento sob gestão da PMEInvestimentos têm alocados dife-rentes montantes, num total próxi-mo de 2.000 milhões sob gestão.No que concerne àLinhade Finan-ciamento a Business Angels, o fi-nanciamento público inicial pre-visto é superiora27milhões de eu-ros e em conjunto com os recursospróprios dos BA e de investidoresinstitucionais perfaz o valor decerca de 43milhões, que se encon-tra disponível para investimentono tecido empresarial português.

Esse montante terá tendência acrescer?Está já emfase de preparação e

prevemos que venha a ser concre-tizada uma nova Linha de Finan-ciamento a Business Angels comcerca de 10 milhões de euros de fi-nanciamento público, pelo queconfirmamos que os montantes re-servados aos BA terão tendência aaumentar.

Se um empreendedor quiseraceder a esses fundos o quetem de fazer? Dirige-se à PMEInvestimentos ou a uma socie-dade veículo?A PME Investimentos como

refinanciador do mercado não estádirectamente envolvida na pros-pecção dos projectos de investi-mentos nem na respectiva análise,até que osmesmos nos sejamapre-sentados pela competente socieda-de veículo constituída por ‘busi-ness angels’, para efeitos de acom-panhamento e monitorização dasoperações apoiadas. O mais ade-quado é dirigirem-se a essas mes-mas sociedades, a ‘business an-gels’ que conheçam ou a qualquerdos Clubes de Business Angelsafectos a uma duas associações deBA existentes em Portugal, a As-sociação Portuguesa de BusinessAngels (APBA) e Federação Na-cional deAssociações de BusinessAngels (FNABA) ou às própriasassociações.

Os diversosinstrumentosde financiamentosob gestãoda PMEInvestimentostêm alocadosdiferentesmontantes,num totalpróximo de 2.000milhões de euros.

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implementar uma excelenteideia”. Rogério do Ó diz que ofacto de a PME Investimentos“acompanhar os fundos dos ‘bu-siness angels’ como co-investi-dora, faz com que seja possívelaos investidores privados au-mentarem a sua capacidade deinvestimento” e com isso “gra-nularizar e diversificar o riscodos seus investimentos ‘earlystage’” – os que contêm, simul-taneamente, o maior potencialde valorização, mas também amaiortaxademortalidade–, per-mitindo desta forma aumentar“enormemente as probabilida-des de sucesso dos fundos”.

ESPECIAL BUSINESS ANGELS

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Casos de sucesso

Da ideia à concretizaçãodo projectoSão cada vez mais os empreendedores em Portugal e cada vez mais os casos de sucesso apoiadospor ‘business angels’. Deixamos aqui sete exemplos de como se transformaram ideias em realidadesde negócio, nas mais variadas áreas de actividade.

CAPITAL INVESTIDONO ARRANQUE

145mil euros

POSTOS DE TRABALHO

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DAR COR AOS INVISUAIS. O Código de CorFeelipa é fruto do desenvolvimento dainvestigação de mestrado em ‘design’ deproduto da autora do código, Filipa NogueiraPires, em 2011. Este código foi criado com ointuito de permitir uma correcta identificaçãodas cores, presentes nos inúmeros objectos donosso dia-a-dia, pelas pessoas com deficiênciavisual, conferindo-lhes assim maior autonomia euma melhor compreensão do mundo que asrodeia. O Feelipa tem como principaispremissas: ser universal e de fácil memorização;ser facilmente reconhecível, independentementedas suas dimensões; apresentar-se sempre emrelevo, para um fácil e correcto reconhecimentotáctil; e ter um funcionamento lógico,associando as cores primárias às formasgeométricas básicas. O Código de Cor Feelipabaseia-se na associação das formasgeométricas puras (quadrado, triângulo ecírculo), que são formas universais e doconhecimento de todos, às cores primárias daSíntese Aditiva da Cor (vermelho, amarelo eazul). Desde o momento da criação do código àsua validação foram necessários seis meses.“Para a sua implementação foi preciso maistempo, pois seguiu-se o registo de patente que éum processo moroso e durante o qual não sepode divulgar a criação, pelo que apenas emOutubro de 2013 o Código de Cor Feelipa foirevelado ao público”, afirma Filipa NogueiraPires. “Neste momento está-se a iniciar a fasede desenvolvimento e comercialização”, adiantaaquela empreendedora.

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CAPITAL INVESTIDONO ARRANQUE

0euros

POSTOS DE TRABALHO

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CAPITAL INVESTIDONO ARRANQUE

200mil euros

POSTOS DE TRABALHO

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Medical PortCONTRATAR ‘ON-LINE’. A Zaask é umaplataforma ‘on-line’ criada com o objectivo demelhorar o processo de contratação deprestadores de serviço, e, ao mesmo tempo,ajudar profissionais e empresas de qualidade ase destacarem e aumentar o seu volumenegócio. Na Zaask é grátis solicitar orçamentosà uma comunidade de prestadores de serviço enão há obrigatoriedade em adjudicar o trabalho.Basta descrever o que pretende para recebervários orçamentos da comunidade deprofissionais da Zaask. Ao ter maispossibilidades de escolha é possível reduzir, deforma significativa, o preço a pagar peloserviço. Segundo o promotor do projecto, LuísPedro Martins, a ideia surgiu “essencialmente dagrande vontade de eu e o meu sócio Kirubasermos empreendedores e de lançarmos onosso próprio negócio”. E estesempreendedores conseguiram arrancar com aZaask com um investimento de “zero euros”,garante Luís Pedro Martins, adiantando que “hávárias formas de começar um negócio seminvestir mais nada que o próprio tempo”. Eexplica: “É mais fácil perceber as necessidadesde investimento, à medida que as coisas vãoacontecendo e assim mitigar bastante o risco.”Para este responsável, os ‘business angels’ (BA)são um “elemento chave no ecossistema doempreendedorismo”, e adianta que “em Portugaljá começamos a ter BA de qualidade; a Zaaskteve a sorte de os encontrar”. Ao contratarserviços via Zaask o cliente terá umacompanhamento personalizado, desde apublicação da tarefa, selecção do prestador deserviço, pagamento e realização do trabalho.

TURISMO MÉDICO. “A Medical Port é o primeiroprestador de um serviço verdadeiramente globalde turismo médico em Portugal.” É assim queBelén de Vicente descreve o seu projectoempresarial. “O nosso objectivo, enquantofacilitador global de turismo médico em Portugal,é reunir a excelência dos serviços médicos doPaís, bem como a sua reputada hospitalidade deforma a garantir o bem-estar”, adianta aquelaresponsável.A Medical Port proporciona alternativasadequadas ao tratamento médico. “Adequado”significa, para a Medical Port, uma “excelenterelação custo-benefício e uma qualidadeirrepreensível, sendo ajustadas à sua agenda eaos seus desejos. Asseguramo-nos de que todo oprocesso é realizado de uma forma célere, semsobressaltos ou imprevistos”, refere Belén deVicente.A ideia do projecto surgiu no final de 2012, numafase em que “queria voltar a ser empreendedora efiz diferentes ‘brainstormings’ com amigos paraidentificar oportunidades de negócio”, diz aempresária, salientando que chegou à conclusãode que o que deveria fazer era “encontrar umaideia na qual coexistissem os meus interesses,onde fosse possível aplicar as minhascompetências e num sector de actividade queestivesse em crescimento”. A ideia de criar umaempresa na área do turismo médico para ser aporta de entrada em Portugal de estrangeiros àprocura de tratamentos médicos cumpria todosesses requisitos. Belén de Vivente afirma que temjá a “infra-estrutura montada (processos,contratos, seguros, parcerias, recursos humanos,agentes) para começar a trazer clientes”.

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CAPITAL INVESTIDONO ARRANQUE

150mil euros

POSTOS DE TRABALHO

5(7 até ao finaldo ano)

Increase Time Uniplaces

Cloud 9

InovRetail

RESIDÊNCIAS PARA UNIVERSITÁRIOS. A Uniplaces é uma plataforma dealojamento universitário que permite fazer uma reserva em Lisboa, Porto eLondres, no Reino Unido. A partir de 15 de Janeiro do próximo ano o mesmoserá possível para Madrid, Espanha, garante Miguel Santo Amaro. Esteempreendedor refere que a “ideia é potenciar inquilinos à distância de umclique. E do lado da oferta procuramos consolidar toda o alojamento disponível”.A empresa é um caso típico de ‘startup’ com potencial de internacionalização.Está em Londres, onde tem escritório desde Setembro de 2013. A Uniplacesdisponibiliza já cerca de três mil quartos em Lisboa, seis mil em Londres earrancou com o mercado do Porto há duas semanas e meia. Segundo MiguelSanto Amaro, nos próximos três meses “queremos consolidar os quatromercados e depois fazer uma expansão mais agressiva, tentando abranger asprincipais capitais europeias”. Quanto ao apoio dado por ‘business angels’,Miguel Santo Amaro considera que na “primeira ronda eles acreditaram noprojecto e na equipa, pois perceberam o mercado que queríamos e que nãohavia mais ninguém com este conceito”. O mesmo se passou na segunda ronda,porque o risco já era menor, visto que a Uniplaces conseguiu consolidar omercado em Lisboa. “Acreditaram que conseguiríamos escalar o modelo denegócio”, acrescenta Miguel Santo Amaro. A empresa espera os negócios noestrangeiro pesem 40% na facturação total em 2014.

MENSAGENS NA “NUVEM”. A ideia da Cloud9 (C9) surgiu da “dificuldadeobservada no envio de conteúdos de redes sociais em mensagens privadasatravés do telemóvel”, diz Rui Lopes, o promotor do projecto. O constante‘copy-paste’ de ‘links’ ou a difícil procura de imagens no telemóvel “motivou-nosa construir um ‘messenger’ onde esses conteúdos estivessem a um clique dedistância”, explica aquele responsável. Por essa razão, no C9 não hánecessidade de transitar entre aplicações para se enviar um vídeo do Youtubeou uma imagem de qualquer serviço de imagens disponível na Internet(Pinterest, Tumblr, 9gag, etc.). Todos esses conteúdos estão directamenteacessíveis no “messenger”, no sentido de “trazer maior criatividade eexpressividade ao maior canal de comunicação dos dias de hoje”. Embora aideia tenha surgido há 18 meses, Rui Lopes explica que a empresa “foi criadarecentemente, já que o objectivo inicial das ‘start-ups’ desta natureza éconquistar utilizadores. Somente numa fase posterior se procura angariarreceitas com este tipo de serviços”. É por isso que a C9 não tem aindaresultados líquidos positivos. “Todo o serviço é gratuito, não gerando receitas”,refere. Rui Lopes frisa que o apoio financeiro inicial, por parte dos ‘businessangels’, é importante, mas considera ainda mais importante “o apoio de‘mentoring’ e ‘networking’ que, de facto, pode fazer toda a diferença para osucesso do projecto. No nosso caso específico, o apoio da APBA, tanto emtermos de estratégia como de ‘networking’ tem sido fenomenal”.

GESTÃO DO RETALHO ‘ON-LINE’. A ideia do projecto da plataforma de gestãopara retalhistas, Inovretail, surgiu de “forma natural em 2009, no decorrer danossa actividade profissional anterior (Enabler/Wipro), na qual estávamosaltamente envolvidos nos processos de implementação e gestão de grandesprojectos de tecnologias da informação para retalhistas internacionais”, diz opromotor da empresa, André Leão Sousa. A sua proximidade à actividaderetalhista, nomeadamente operações de loja, ajudou-o a “olhar para os espaçosfísicos dos pontos de venda com outra atenção, e perceber que existiria umnicho muito interessante por explorar, altamente inovador e diferenciador, queera o ambiente de loja” e a forma como os clientes interagem com o mesmo. Aidentificação da oportunidade, aliada ao espírito empreendedor, conduziu aoprojecto hoje materializado na Inovretail. “Sabia que os retalhistas podemperder até 40% de vendas por terem a temperatura mal controlada?”, salientaAndré Sousa, mostrando a importância do seu projecto. “É apenas um simplesexemplo do potencial de gestão dos ‘atmospherics’ de loja”, diz. Da ideia àoperacionalização do projecto passou cerca de ano e meio, tendo a empresasido criada com um investimento de 300 mil euros. “Tínhamos planeado umvalor mais ambicioso, mas fomos desafiados a arrancar com um valor maisbaixo, o que colocou alguma pressão (positiva) à agressividade e velocidadeque o projecto teve rapidamente que assumir, por forma a se tornar viável”,acrescenta André Leão Sousa.

APOIO À SAÚDE. A Increase Time é umaempresa de base tecnológica, criada em Abril de2011, cuja actividade está centrada nodesenvolvimento de soluções inovadorasbaseadas em tecnologias da informação ecomunicação, e em redes de sensores sem fios.Posiciona-se como um fornecedor de soluçõespara apoio à saúde e assistência social,destinadas ao mercado doméstico ou deresidências assistidas. No fundo, soluções quepromovam a qualidade de vida da população emgeral, com especial foco em portadores dedoenças crónicas e no envelhecimentoindependente, activo e com qualidade. A ideia doprojecto empresarial começou a formar-se em2010, como resultado de um leque de projectosde investigação colaborativos que “permitiramdesenvolver um conjunto de conhecimento,competências e tecnologias que deram origem àempresa”, diz o seu promotor, Gil Gonçalves.Segundo este empreendedor, a maturação daideia de empresa foi realizada entre nove a 12meses, sendo a empresa constituída em 2011.Após a sua constituição, a concepção edesenvolvimento do primeiro produto demoroucerca de um ano e meio. “Foi necessário realizarum enorme investimento em investigação paraque o produto final pudesse ter o carácterinovador pretendido” afirma Gil Gonçalves. Aempresa foi criada em Abril de 2011 e no ano emeio seguinte a sua actividade foi integralmentededicada à investigação e desenvolvimento doproduto. Já este ano, iniciou “a realização deprojectos-piloto para validar a solução noterreno e junto dos utilizadores finais”, refereaquele empreendedor.

CAPITAL INVESTIDONO ARRANQUE

200mil euros

POSTOS DE TRABALHO

14(28 até ao finaldo ano)

CAPITAL INVESTIDONO ARRANQUE

400mil euros

POSTOS DE TRABALHO

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CAPITAL INVESTIDONO ARRANQUE

300mil euros

POSTOS DE TRABALHO

16(30 em 2014)

ESPECIAL BUSINESS ANGELS

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O presidenteda Business An-

gels Europe, PhilippeGluntz, acredita que a con-

federação pode influenciar acriação de um ambiente legislati-vo, político e fiscal mais favorávelao desenvolvimento da actividadede ‘business angels’por toda aEu-ropa.

Como surgiu a ideia de criar aBusiness Angels Europe (BAE)?Não existia uma associação

europeia representante das federa-ções nacionais de ‘business an-gels’ (BA) junto da Comissão Eu-ropeia. Além disso, havia uma ne-cessidade de intercâmbio das boaspráticas entre as federações e odesenvolvimento do conhecimen-to e da investigação do fenómenodos BAnaEuropa.

Qual a importância da BAE nes-te momento de crise económi-ca?Neste tempo de crise, a criação

de emprego estável no futuro de-pende mais do que nunca da cria-ção de empresas inovadoras, queprecisam, para se desenvolverem,de investidores-empreendedores ede conselheiros experientes comoos BA.

Uma confederação europeia deBA pode influenciar a criaçãode um ambiente legislativo, po-lítico e fiscal mais favorável aodesenvolvimento da actividadede BA por toda a Europa?Anível europeu, já fomos ca-

pazes de aumentar a conscienciali-zação para a natureza estratégicados BA. Os programas de apoio aodesenvolvimento de ‘business an-gels’ serão lançados no período de2014-2020 (no âmbito dos progra-mas europeus Horizonte 2010 eCOSME). A nível nacional, o co-nhecimento das acções lançadasnos outros países, e a sua eficácia,

ajuda a todos para propor novasmedidas legislativas e fiscais aosseus próprios governos.

O que pensa das perspectivaseconómicas da União Europeiapara os anos de 2014 a 2020?Devemos esperar um cresci-

mento fraco e lento que só pode sersustentável se se concentrar nainovação em todas as suas formas.

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“Osapoios financeiros dados pe-los ‘business angels’ (BA) a ‘star-tups’ são a prova de que há, emPortugal, capital disponível parainvestir. Mas vivemos numa eco-nomia global e os BA dão prefe-rência a projectos com potencialde internacionalização. Éo caso daUniplaces, uma plataforma de ar-rendamento de quartos para estu-dantes universitários, e da TTR,plataformadedicadaaaquisições efusões de empresas.Hugo Gonçalves Pereira, daShilling Capital Partners, asseguraque todos os projectos que apoia“têm de ter potencial global”. Estasociedade veículo já investiu cercade 600 mil euros em cinco projec-tos, tendo aprovado recentementeduas novas operações que irão au-mentar o valor de investimento,para cerca de 720 mil euros até aofinal de 2013. O plano de investi-mentos prevê a realização de maiscinco a sete investimentos em2014, num total de 750 mil euros.As participadas actuais da Shillingsão a Uniplaces, a BestTables, aZaask, a Cell2B e a Faber. Destas,

São exemplos de empreendedorismo. Em poucos meses passaramde ‘startups’ nacionais a empresas com escritórios lá fora.

já se internacionalizaram duas. AUniplaces, que “recentemente le-vantouumarondade financiamen-to com um fundo de capital de ris-co inglês para expandir a sua acti-vidade internacional”, diz HugoGonçalves Pereira. Presentemen-te, a empresa conta com um escri-tório emLondres e brevemente iráabrir tambémumemMadrid.A Shilling ajudou também a che-gar ao estrangeiro a BestTables,uma empresa de reservas ‘on-line’de mesas em restaurantes. Presen-temente, tem mais de 500 restau-rantes em Portugal e já conta com30 emSão Paulo, no Brasil.ATTR – Transactional Track Re-cord é outra ‘startup’ internacio-nalizada, apoiada por vários BA,entre os quais as sociedades veí-culo BusyAngels eBrain2Market,lideradas respectivamente porSantiago Salazar e João Trigo daRoza . Gerida por Pedro Trinité, oTTR é já um serviço líder de mer-cado com alertas exclusivos, rela-tórios executivos e outros servi-ços ‘on-line’ especializados nosegmento transaccional. A plata-

forma ajuda os profissionais domercado transaccional a amplia-rem os seus negócios nas regiõesde língua espanhola e portuguesa,através de radares de informaçãoexclusiva de oportunidades de ne-gócios, assim como por meio detransacções anunciadas e concluí-das. O serviço permite aos clien-tes anteciparem oportunidades edesenvolverem novos negóciosnas seguintes áreas: fusões e aqui-sições;‘private equity’; ‘venturecapital’; mercado de capitais;‘project finance’; e ‘aquisition fi-nance’. A empresa arrancou comcerca de 500 mil euros de investi-mento, dos quais “metade foramaplicados porBAportugueses, es-panhóis, brasileiros e norte-ame-ricanos”, diz PedroTrinité.ATTRarrancou em 2011 em Portugal eEspanha, e hoje está presente emmais de 40 países, sendo os demaior peso Espanha, Brasil, Mé-xico, Colômbia, Perú, EstadosUnidos e Reino Unido. Pedro Tri-nité acrescenta que o objectivo é“avançar brevemente para ÁfricaeMédio Oriente”.

Havia necessidadede intercâmbiodas boas práticasentre asfederações e odesenvolvimentodo conhecimentoe da investigaçãodo fenómeno dosBA na Europa.

Internacionalização

Empresas a caminhodo estrangeiro

ENTREVISTA Philippe Gluntz,presidente da Business Angels Europe

“Queremos ajudaras ‘startups’ ainternacionalizarem-se”

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