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VERÃO DE 10 MILHÕES DE TURISTAS VERÃO DE 10 MILHÕES DE TURISTAS Informativo oficial da Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos – Edição nº 19 – Novembro/Dezembro de 2009 06 ART ON LINE Marque Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos ESTAMOS PREPARADOS? ESTAMOS PREPARADOS? PRAIAS LOTADAS, CAOS NO TRÂNSITO E AUMENTO DA VIOLÊNCIA. A FALTA DE INFRA-ESTRUTURA URBANA DAS CIDADES DA REGIÃO É DURAMENTE EXPOSTA NO VERÃO PRAIAS LOTADAS, CAOS NO TRÂNSITO E AUMENTO DA VIOLÊNCIA. A FALTA DE INFRA-ESTRUTURA URBANA DAS CIDADES DA REGIÃO É DURAMENTE EXPOSTA NO VERÃO

Ed 19 01 - Associação de Engenheiros e Arquitetos da ... · Felipe Ferraz, mostrou os investi-mentos da concessionária para ... Humberto Quintanilha conversa com o prefeito Andinho

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VERÃO DE 10 MILHÕES DE TURISTASVERÃO DE 10 MILHÕES DE TURISTAS

Informativo oficial da Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos – Edição nº 19 – Novembro/Dezembro de 2009

06 ARTON LINE

Marque Associação deArquitetos e Engenheiros

da Região dos Lagos

ESTAMOS

PREPARADOS?

ESTAMOS

PREPARADOS?PRAIAS LOTADAS, CAOS NO TRÂNSITOE AUMENTO DA VIOLÊNCIA. A FALTA DEINFRA-ESTRUTURA URBANA DASCIDADES DA REGIÃO É DURAMENTEEXPOSTA NO VERÃO

PRAIAS LOTADAS, CAOS NO TRÂNSITOE AUMENTO DA VIOLÊNCIA. A FALTA DEINFRA-ESTRUTURA URBANA DASCIDADES DA REGIÃO É DURAMENTEEXPOSTA NO VERÃO

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Agenersa e concessionárias querem mais dialogo com a sociedadeAgência quer geradores para enfrentar os apagões no verão da Região dos Lagos

ASAERLA participa da 66ª

SOEAA em Manaus

A instalação de geradores paradiminuir os efeitos dos apagões noRio e na Região dos Lagos podeser a saída para evitar que a popu-lação fique sem água no próximoverão.

O anúncio foi feito em CaboFrio (RJ) pelo presidente daAGENERSA -Agência Regulado-ra de Energia e Saneamento Bá-sico do Estado do Rio-, arquitetoJosé Carlos dos Santos Araújodurante a Audiência Pública or-ganizada pela agencia sobre a Se-gunda Revisão Quinquenal daconcessionária Prolagos que distri-buiu água para Iguaba, São Pedroda Aldeia, Arraial do Cabo, CaboFrio e Búzios.

-É verão e um período de aler-ta. A Agenersa está fazendo umconvênio com a ANEEL-Agên-cia Nacional de Energia Elétricaque está passando a fiscalização daAmpla e da Light para a Agener-sa. Conversamos com as concessi-

onárias de luz para que se instalegeradores de emergência para quenão falte água e as bombas de es-goto não parem de funcionar. Éa operação verão de energia e sa-neamento-, disse Araújo.

Para o prefeito Mirinho Bragade Búzios, a luz pode até faltar emépoca de aumento de consumomas a demora para restabelecer osistema de energia é que vem cau-sando prejuízo ao turismo da Re-gião dos Lagos. O prefeito disseainda que é preciso encontrar no-vas formas de produzir energia noestado.

- A cidade não pode ficar cin-co ou seis horas sem luz. Já fize-mos reuniões com a Ampla quese comprometeu a aumentar a es-trutura para minimizar o proble-ma dos apagões. É preciso tam-bém que o governo federal e es-tadual comece a investir em ener-gias alternativas-, disse Mirinho.

Ouvir a sociedade civil e as

ONGs para acelerar os mecanis-mos em defesa do meio ambien-te. Essa foi a tônica da abertura daAudiência Pública organizada pelaAGENERSA sobre a 2ª revisãoqüinqüenal da Prolagos concessio-nária de água e esgoto de cincomunicípios da Regiao dos lagos. AProlagos pede extensão do prazo de

Santos Araújo presidente daAGENERSA.

O diretor executivo da Prolagos,Felipe Ferraz, mostrou os investi-mentos da concessionária paraminimizar os impactos ambientaisna lagoa de Araruama e anunciouque a empresa já atende 91% daregião com abastecimento d e águae a coleta de esgoto chega a 55%.

-É um desafio constante por-que a região cresce quatro vezesmais co que a média nacional,além da superlotação no verão-,disse Ferraz. O presidente daASAERLA, Humberto Quintani-lha conversou com prefeitos, téc-nicos de meio ambiente sobre osproblemas causados pelo esgotoque ainda é jogado na Lagoa.

-Nossa preocupação é semprecom o verão quando a região ficacom superlotação-, observouQuintanilha enquanto conversa-va com o prefeito Andinho de Ar-raial do Cabo e o biólgo David.

concessão para todos os municípiosem mais 23 anos a contar do ano2023 e incorporação da coleta e tra-tamento de esgoto de Arraial doCabo.

-Nos últimos anos corrigimosnossos erros e passamos a conver-sar melhor com as ONGs e a so-ciedade civil, disse o José Carlos dos

Humberto Quintanilha conversa com o prefeito Andinho e o biólogo David

Carlos Schuch, Dokinha e Osvaldo Noberto

O cenário não poderia sermelhor, a Amazônia. Com atemática principal “Pensar o Bra-sil no contexto mundial: Inova-ção, Desenvolvimento Sustentá-vel e Ética” mais de dois mil pro-fissionais, representativos de umuniverso profissional de quaseum milhão de integrantes, reu-niram-se na 66ª Semana Oficialda Engenharia, da Arquiteturae da Agronomia – SOEAA, rea-lizada na cidade de Manaus, naregião amazônica.

Atenta às discussões sobre qua-

lidade de vida e o futuro sustentá-vel a ASAERLA participou do even-to com o engenheiro RaimundoNeves Nogueira, o Dokinha, dire-tor-tesoureiro da entidade e repre-sentante da região leste dos inspe-tores do CREA-RJ. O vereadorOswaldo Norberto, de Araruamatambém esteve presente.

-Foi um grande evento onde sediscutiu como podemos crescermantendo o equilíbrio natural-, dis-se Dokinha. Ao final do evento foielaborada a Carta da Amazônia quereproduzimos a seguir.

“A Amazônia que reúne oito paísesda América do Sul, representa um ter-ço da biodiversidade conhecida, verda-deiro repositório genético onde resi-dem as maiores esperanças de desco-bertas de novos alimentos e medica-mentos. A floresta como um todo,embora seus mecanismos de equilíbrionatural sejam ainda pouco conhecidos,desempenha um importante papel naestabilização do clima planetário. É pre-ciso, no entanto, reverter a lógica eco-nômica que se esconde sob o desmata-mento, que valoriza mais a floresta der-rubada que a floresta em pé. Trata-sede um ativo dos mais valiosos a deman-dar reconhecimento, especialmente da15ª Conferência das Partes na Conven-ção-Quadro das Nações Unidas sobreMudanças do Clima, realizada em Co-penhague em dezembro.

Reconhecemos os avanços sociaisconquistados no Brasil e em outrospaíses, contudo enfatizamos a necessi-dade de mais esforços na busca dasustentabilidade ambiental e na redu-ção das desigualdades sociais. Se as ini-ciativas locais de inclusão produtiva ain-da carecem de políticas públicas sóli-das, a reversão da tendência de aqueci-mento global depende de programassubstanciais de financiamento à inova-ção tecnológica.

Alertamos que a protelação das pro-vidências da Carta da Terra (ONU-

2002) colocará a humanidade diantedo desafio de buscar o equilíbrio pre-tendido em níveis de crescente com-plexidade. É urgente que se defina umprojeto de futuro para médio e longoprazos, dotando o planeta de perspec-tivas reais de desenvolvimento susten-tável.

Diante dessas constatações, o ple-nário da 66ª SOEAA aprova esta Cartaao povo brasileiro, aos profissionais, aosgovernantes e, especialmente, aos par-ticipantes da Conferência de Copen-hague, com as seguintes propostas:

1. Estabelecimento de políticas,planos e programas de desenvolvimen-to sustentável que orientem e instru-mentalizem a recuperação dos passivosambientais existentes, bem como odirecionamento de recursos para que ainovação tecnológica ofereça soluções aodesenvolvimento sustentável global;

2. Definição de medidas de miti-gação e de redução das emissões de ga-ses de efeito estufa, provocadas pelo des-matamento e mudança no uso do solo,com base em estudos científicos etecnológicos desenvolvidos no país;

3. Promoção de pesquisas aplicadasdirigidas a estudos integrados de ciên-cias sociais, engenharia, ciências natu-rais e humanas, em relação às mudan-ças globais;

4. Busca incansável do consensoentre os países para o estabelecimento

dos padrões, etapas, metas e ações quefundamentarão os novos paradigmasdo desenvolvimento sustentável pla-netário;

5. Compromisso ético entre asNações para a superação do atual es-tágio da interação entre os seres hu-manos e da integração destes com anatureza;

6. Investimentos em pesquisas eempreendimentos que visem o equi-líbrio da matriz energética, com in-centivo às fontes renováveis; propa-gação e adoção de novos padrões deconsumo, inclusive com priorizaçãodo transporte coletivo sobre o indivi-dual;

7. Implementação de políticaspúblicas de acesso universal à educa-ção de qualidade em todos os níveis,como condição para se alcançar o de-senvolvimento econômico, social e cul-tural;

8. Promoção de políticas públi-cas ambientais para avaliar a vulnera-bilidade das populações às mudan-ças climáticas, especialmente aos ex-tremos de clima;

Desta forma, nós profissionais doSistema Confea/Crea, comprometi-dos com a vida no planeta, conclama-mos os movimentos sociais, os em-presários e os governantes de todo omundo, indispensáveis nesse proces-so, a firmar publicamente este com-promisso, isolada ou coletivamente.

Cidade de Manaus, Estado doAmazonas, dezembro de 2009.

Carta da Amazônia

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EXPEDIENTE

Conselho Diretor biênio 2009-2010

PRESIDENTE:PRESIDENTE:PRESIDENTE:PRESIDENTE:PRESIDENTE:- eng° Humberto Sanchez Quintanilha

VICE-PRESIDENTE:VICE-PRESIDENTE:VICE-PRESIDENTE:VICE-PRESIDENTE:VICE-PRESIDENTE:- eng° José Deguchi Junior

DIRETDIRETDIRETDIRETDIRETOR SECRETÁRIO:OR SECRETÁRIO:OR SECRETÁRIO:OR SECRETÁRIO:OR SECRETÁRIO:- eng° Luis Sérgio dos Santos Souza

DIRETDIRETDIRETDIRETDIRETOR OR OR OR OR TESOUREIRTESOUREIRTESOUREIRTESOUREIRTESOUREIRO:O:O:O:O:- eng° Raimundo Neves Nogueira(Dokinha)

DIRETDIRETDIRETDIRETDIRETOR OR OR OR OR TÉCNICO:TÉCNICO:TÉCNICO:TÉCNICO:TÉCNICO:- eng° Marco Aurélio dos Santos Abreu

DIRETDIRETDIRETDIRETDIRETOR SOCIAL:OR SOCIAL:OR SOCIAL:OR SOCIAL:OR SOCIAL:- eng° Milton José Furtado Lima

DIRETDIRETDIRETDIRETDIRETOR DE MEIO-AMBIENTE:OR DE MEIO-AMBIENTE:OR DE MEIO-AMBIENTE:OR DE MEIO-AMBIENTE:OR DE MEIO-AMBIENTE:- eng° Juarez Marques Lopes

DIR. DE RELDIR. DE RELDIR. DE RELDIR. DE RELDIR. DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS:AÇÕES INSTITUCIONAIS:AÇÕES INSTITUCIONAIS:AÇÕES INSTITUCIONAIS:AÇÕES INSTITUCIONAIS:- eng° Ricardo Valentim Azevedo

DIRETDIRETDIRETDIRETDIRETORES DE PUBLICAÇÕES:ORES DE PUBLICAÇÕES:ORES DE PUBLICAÇÕES:ORES DE PUBLICAÇÕES:ORES DE PUBLICAÇÕES:- eng° Fernando Luiz F. Caedoso- eng° Luis Carlos da Cunha Silveira

COMISSÃO FISCAL:COMISSÃO FISCAL:COMISSÃO FISCAL:COMISSÃO FISCAL:COMISSÃO FISCAL:- eng° Luiz Césio Caetano Alves- arqa Maria Yara Coelho- eng° Aurenio Ribeiro- eng° Elídio Lopes Mesquita Neto- eng° Anísio Machado de Resende- eng° Raul Antonio Alberto L. Lazcano

ASSESSORIA DE IMPRENSA:ASSESSORIA DE IMPRENSA:ASSESSORIA DE IMPRENSA:ASSESSORIA DE IMPRENSA:ASSESSORIA DE IMPRENSA:W2Imagens.com

-Walmor Freitas - (22) [email protected]

IMPRESSÃO:IMPRESSÃO:IMPRESSÃO:IMPRESSÃO:IMPRESSÃO:Gráfica do Jornal do Commercio

TIRAGEM:TIRAGEM:TIRAGEM:TIRAGEM:TIRAGEM:6.000 EXEMPLARES

Rua Nilo Peçanha, 73 Sl. 05 (CREA)Centro - Cabo Frio - RJTel.: (22) 2645-6524(22) 2645-6524(22) 2645-6524(22) 2645-6524(22) 2645-6524

e-mail: [email protected]

EDIÇÃO N° 19Novembro / dezembro - 2009

PALAVRA DA DIRETORIA

Humberto Quintanilha - presidente

Humberto Quintanilha é engenheiro civilHumberto Quintanilha é engenheiro civilHumberto Quintanilha é engenheiro civilHumberto Quintanilha é engenheiro civilHumberto Quintanilha é engenheiro civile presidente da ASAERLAe presidente da ASAERLAe presidente da ASAERLAe presidente da ASAERLAe presidente da ASAERLA

Muita paz, sucesso e felicidade

Janeiro:27 - Happy Hour

Fevereiro:24 - Happy Hour

Março:16 - Plenária31 - Happy Hour

Abril:20 - Plenária28 - Happy Hour

Maio:18 - Plenária26 -Happy Hour

Junho:15 - Plenária30 - Happy Hour

Julho:17 - Aniversário da ASAERLA

Calendário de eventos para o novo anoUma das grandes conquistas da ASAERLA nos últimos anos foi a aproximação dosprofissionais com a entidade. O encontro acontece semanalmente na sede da associa-ção, mezanino do Crea, no centro de Cabo Frio e é aberta a todos interessados. Outranovidade é que o resumo das reuniões são enviados por e-mail àqueles que estãocadastrados.-É a interatividade. Muitos temas de reuniões foram sugeridos por associados-, diz oengenheiro Luiz Sérgio dos Santos, diretor-secretário. Para 2010, já existe um calendáriopré-programado. As reuniões semanais da ASAERLA continuarão a ser realizadas todasàs 3ª-feiras às18h.

Planejar e prevenir estes são os con-ceitos básicos que agentes municipais deambiente das prefeituras da regiãoaprenderam durante curso em dezem-bro.

O curso de Prevenção e Combate aIncêndios Florestais, realizado pela equi-pe do Serviço de Guarda Parques doINEA – Instituto Estadual do Ambiente– foi direcionado às prefeituras de Búzi-os, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia eIguaba Grande, ligadas às APAs do PauBrasil e Serra de Sapiatiba.

O curso, realizado no Horto EscolaArtesanal de São Pedro da Aldeia, teveo objetivo de difundir o conceito de pre-venção e planejar medidas mais eficazesde combate aos incêndios florestais.Além de agentes municipais, o curso deformação de brigadistas florestais tam-bém capacitou integrantes dos conselhosgestores das APAs Pau Brasil e Serra deSapiatiba.

Agentes municipaisconcluem curso de

Prevenção e Combatesa Incêndios Florestais

Amigos é com muita satisfa-ção que estou completando umano de gestão na Presidência daASAERLA. Espero continuar acontar com a colaboração e

participação de vocês e assim contribuirmos para ofortalecimento da associação.

O convênio com o CREA-RJ foi renovado e come-çamos em setembro a receber o repasse do valor dasART's sem exigência. Apesar de ser pequena a parcelaem virtude que somente 28% das ART's da região con-templam a ASAERLA como a entidade de classe a serbeneficiada, sendo o restante ou outra instituição comobeneficiada ou fica em branco, e, além disso, mais de80% de todas as ART's ficam em exigência, o que blo-queia o repasse. Continuamos com esperança de atéo final do ano através de conversação com o CREA-RJde liberar pelo menos parte desta verba bloqueada.

Vamos continuar com nosso objetivo de trazer even-tos, cursos e palestras, para melhorar ainda mais nos-sa qualidade profissional. Para isso também fizemosconvênio com a MÚTUA. A parceria com a TV FIRJANcontinua, e em abril de 2010 teremos o 1º Fórum deTecnologia para Construção Sustentável em Búzios.

Estamos participando ativamente nos demais muni-cípios, renovando e fazendo parcerias e convênios com

as demais associações e entidades de classe, cobrandoposicionamento das concessionárias tanto de energiaelétrica como de água e esgoto.

Não podemos esquecer do meio ambiente nem daLagoa de Araruama, assim como do nosso patrimôniohistórico, os quais continuarão a ser nossa bandeira jun-tamente com a ética profissional.

Das nossas reinvidicações junto ao poder público al-gumas foram atendidas em parte outra estão sendo ana-lisadas, mas continuaremos a cobrar até que nos sejamdadas respostas definitivas e as quais compartilharemoscom vocês através do nosso Informativo e do sitewww.asaerla.com.

Estamos de portas abertas para recebermos as idéiase solicitações de todos. Temos que compartilhar nossasexperiências e conhecimentos com os demais profissio-nais, dar um pouco de nós para realizarmos o fortaleci-mento de nossa associação, afinal o futuro está em nos-sas mãos e só depende da nossa maior participaçãopara termos uma melhor qualidade de vida.

Espero que o ano de 2010 seja completo de novosprojetos e realizações, e desejo aos companheiros ecompanheiras muita paz, sucesso e felicidade.

20 - Plenária28 - Happy Hour

Agosto:17 - Plenária25 - Happy Hour

Setembro:21 - Plenária29 - Happy Hour

Outubro:19 - Plenária27 - Happy Hour

Novembro:16 - Plenária24 - Happy Hour

Dezembro:11- Festa de Confraternização: Diado Arquiteto e Engenheiro

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Fórum de Tecnologia paraConstrução Sustentável em Búzios

Encontro vai discutir o desenvolvimento sustentável que hoje é umadas maiores preocupações do mercado da construção civil

A ASAERLA está trabalhandofirme para a realização do 1º Fórumde Tecnologia para Construção Sus-tentável. O evento que deverá serrealizado em abril do próximo anoem Búzios entrou na fase de capta-ção de recursos com empresas patro-cinadoras e apoiadoras do fórum. Oprojeto da ASAERLA já conquistouapoio de um banco e de grandes em-presas que tem o interesse em parti-cipar de evento com esse foco.

Segundo o engenheiro MiltonLima, diretor social da ASAERLA, oobjetivo do fórum é discutir pela pri-meira vez na região sobre os produtosque tem sido desenvolvidos e utiliza-dos em construções sustentáveis.

-A prefeitura e algumas entida-des de Búzios, gostaram do projetoe a idéia evoluiu tanto que a prefei-tura pretende envolver toda a cida-de em torno deste tema na semanaem que se realizará o fórum. O apoioé total-, anima-se Milton. Um siteesta sendo criado para informar, darmaior visibilidade ao fórum além decadastrar participantes, empresas eentidades.

O encontro pretende abordar asboas práticas ambientais desenvol-vidas pelo segmento e como essanova perspectiva pode alterar a atu-ação de seus profissionais em bene-ficio do meio ambiente. Garantir odesenvolvimento sustentável é hojeuma das preocupações do mercadoda construção civil. O segmento éhoje responsável por 40% da ener-gia consumida no planeta (24,7%só de edifícios na América Latina),25% de madeira e 16% de água,segundo dados da Câmara Brasilei-

ra da Indústria da Construção(CBIC).

O 1º Fórum de Tecnologia paraConstrução Sustentável, organiza-do pela ASAERLA se desenvolve-rá em duas frentes, paralelamen-te. Uma, onde ocorrerão as pales-tras sobre sustentabilidade. Proje-tos, financiamentos, perspectivase materiais que estão sendo desen-volvidos para a construção civiltendo a sustentabilidade comobase e meta.

Milton adianta que já foram fei-to contatos com palestrantes, técni-cos e respeitadíssimos profissionaisdo setor que deverão estar em Búzi-os para o evento.

- O sincronismo das agendas des-ses profissionais é um trabalho ár-duo e que tem dispendido bastantetempo. Posso garantir que, se nossosesforços forem recompensados, nos-sa região estará recebendo pela pri-meira vez, numa única oportunida-de e em torno de um único tema,talentos de reconhecimento interna-cional-, diz Milton que vem cuidan-do pessoalmente dos contatos compalestrantes para viabilizar a partici-pação no fórum.

A outra frente se dará com a ex-posição de produtos por empresasque tem trabalhado sobre o tema“sustentabilidade”. Será a oportuni-dade de conhecer, esclarecer dúvi-das e realizar rodadas de negóciosentre profissionais e empresas fabri-cantes.

Tudo isso num ambiente dealtíssimo nível, onde não faltará umcoquetel para a confraternização e co-nhecimento.

A realização do fórum já desper-tou o interesse também de estudan-tes, profissionais e empresas de di-versas partes do país.

- É curiosa a busca de informa-ções por parte de universitários e re-cém-graduados. Tanto quanto deprofissionais e empresas de cidadesdistantes. Isso reforça a intenção daASAERLA de divulgar o quantoantes a agenda completa do evento,pois o número de participantes serálimitado, assim como de empresasexpositoras e profissionais pales-trantes-, diz o engenheiro que prefe-re divulgar nomes de palestrantes eempresas participantes quando toda

a programação do evento for con-cluída.

Milton diz que além de toda aestrutura do evento que despertaatenção do setor da construção civil,sociedade, ONGs e ambientalistas,tem o charme inconfundível deBúzios impulsionado pela grandeexposição por conta da novela daTV Globo.

-A cidade por si só, já é um atrati-vo à parte para os participantes. Ten-do como pano de fundo um tematão atual, presente e necessário, pelaprimeira vez em nossa região, é fácilacreditar que o esforço da ASAERLAserá recompensado-, diz Milton.

A Fundação Getúlio Vargas(FGV), está estudando a viabili-dade econômica para a instalaçãodo Centro de Convenções emCabo Frio. No começo de dezem-bro, os representantes da funda-ção, estiveram na secretaria de Tu-rismo.

No encontro com o secretárioGustavo Beranger, os consultoresLuiz Antônio Tavares, LauraMonteiro e Gabriela Serpa repre-sentantes da FGV buscaram in-formações sobre o fluxo turísticode Cabo Frio, sobre o número deleitos oferecidos pelo município,sobre eventos aqui realizados e so-bre a necessidade da implantaçãodo Centro de Convenções local.

De acordo com o consultorLuiz Antônio Tavares, os centrosde convenções prometidos para oestado do Rio de Janeiro, atravésdo Prodetur e com financiamentodo BID (Banco Interamericano deDesenvolvimento), estão mesmodestinados a Cabo Frio, NovaFriburgo e Paraty. Tavares dissetambém que o projeto contará coma ajuda financeira do governo doestado e o dinheiro, viabilizado pelogoverno Federal, ficará em tornode R$ 15 a R$ 20 milhões para aconstrução do espaço.

Os consultores elogiaram ainfra-estrutura da cidade e, prin-cipalmente, a facilidade de acessoao município através de via marí-tima e via aérea, com o aeroporto ea segunda maior pista do estadodo Rio, e pelas estradas novas e bemcuidadas.

O Centro de Convenções deCabo Frio já tem área destinadano bairro Porto do Carro, às mar-gens do Canal do Itajurú, na av.Wilson Mendes. A área possui 35mil metros quadrados e o espaçofoi escolhido em função de poderabrigar eventos diversos, desde fei-ras, congressos e workshops, atéeventos náuticos.

FGV começa afazer estudo

para Centro deConvençõesem Cabo Frio

As belezas naturais de Búzios reforçam o interessepara a realização do Fórum

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Pioneirismo da D&C é referência nacional mascontinua apostando no mercado regional

Começa a faltar mão de obraespecializada na construção civil

Modelo de gestão coloca empresa entre as primeiras do estado

A constante busca pelaqualidade e satisfação do cli-ente rendeu a loja D&Cde Cabo Frio, o prêmio“Competitividade Micro ePequenas Empresas” doSEBRAE, na categoria co-mércio, no Estado do Riode Janeiro. A D&C concor-reu com outras 1.752 em-presas e foi a vencedora jun-tamente com outras duas.Com a vitória, a D&C pas-sa a participar automatica-mente da competição naci-onal em 2010.

-Nosso foco sempre foisatisfação do cliente e tra-balhamos muito para isso,cumprindo prazos de formapersonalizada para cada cli-ente. É o nosso diferencial-, diz o empresário gaúcho egremista Ricardo Guadgnin

que confessou ficar nervosoao receber o troféu na sede daFirjan no Rio.

“Já temos um planeja-mento para dez anos, não éporque somos pequenos eestamos em uma cidade pe-quena que devemos pensar

pequeno. O tamanho dosnossos sonhos, tambémdeve ser o tamanho das nos-sas ambições”, discursou oempresário. Mesmo com odestaque no estado, Ricardogarante que vai continuarcom foco regional, CaboFrio, Búzios, Arraial e SãoPedro.

Para arquitetos, decora-dores e profissionais da cons-trução civil, Ricardo diz queesperou três anos para anun-ciar ao mercado que podeentregar as mercadorias emapenas dez dias. Tanto quevai inaugurar nova fábricano começo do ano.

-Arquitetos, decoradorese profissionais já estão con-vidados e vamos ter melho-res condições de atender atodos-, disse Ricardo.

O tão sonhado crescimen-to da construção civil além degerar milhares de empregotambém revelou um dadopreocupante; a falta de mãode obra técnica para tocarobras em todo o país é cadavez maior. Para contornar essasituação o governo federaldestinou R$ 14,1 milhões, sóeste ano, para cursos de qua-lificação de pessoal de cons-trução civil em nove estadoscom 18.120 vagas em todo opaís apenas com foco na am-pliação e modernização de re-finarias da Petrobras. O mai-or volume de trabalhadores aserem qualificados (5.920)no Rio, onde se constrói oComplexo Petroquímico(Comperj) e será moderniza-da a Refinaria Duque deCaxias (Reduc). Na Regiãodos Lagos, em pleno aqueci-mento para a alta temporadatambém é difícil encontrarprofissionais da construçãocivil. A procura por um sim-ples ajudante pode levar diase até semanas.

-Já perdi trabalhos porfalta de pessoal-, queixa-se o

engenheiro Milton Lima. Parao engenheiro Ronaldo Pessoa,a falta de profissionais empur-rou o valor das diárias, em-preitadas e pagamentos sema-nais para cima, além do per-centual da inflação.

-Os profissionais percebe-ram a demanda e alguns atéexageram no valor do traba-lho. Quem precisa com ur-gência vai pagar mão de obra

mais cara nesta época do ano,alerta o engenheiro.

— Não há mão de obraqualificada para atender àsdemandas do setor de petró-leo, principalmente eletricis-tas e mestres de obra-, admiteo ministro do Trabalho,Carlos Lupi, que garante queo trabalho de qualificação serápermanente nos próximosanos.

Falta de profissionais podem atrasar obras

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Quando foi decidido que uma parte dosserviços públicos básicos, tal como o forne-cimento de água e energia elétrica, seria pres-tado pela iniciativa privada, houve por par-te das autoridades uma certa dose de ansie-dade em transferir a responsabilidade sobreesses serviços para as empresas. Essa pressa,por vezes atingindo um nível intolerável,levou a um modelo de privatização que pri-vilegiou o lucro das empresas, e fez com queverdadeiros absurdos fossem cometidos con-tra os consumidores, tudo em nome do pri-vilégio ao capital. Vamos tentar, por meiodessas mal traçadas, levar o leitor a compre-ender o que uma decisão afoita (para nãodizer coisa pior) pode representar para a so-ciedade dita organizada. Com um poucode imaginação, poderá o leitor, levar o en-tendimento até outras áreas da prestação doserviço público, como por exemplo as rodo-vias privatizadas.

Esse modelo foi a forma encontrada pe-las autoridades para diminuir o número deservidores concursados cujos cargos nãopodem ser usados nas campanhas políticas,e, ao mesmo tempo, não serem responsáveispela prestação do próprio serviço.

A grande participação dessas empresas nofinanciamento de campanhas políticas nãodeve ser visto como uma simples coinci-dência. Em adição ao exposto acima, te-mos que lembrar que a tarifa de energiaelétrica vem sendo cobrada a maior há 7anos e só agora descobriram isso. A esti-mativa é que os consumidores transferi-ram para os cofres das empresas nessetempo algo em torno de 1 bilhão de Reaispor ano, e que nesse período o valor podechegar a 10 bilhões de Reais (1x1010 paraengenheiros), conforme a Folha de SãoPaulo. É muita grana, mas há uma ma-neira mais ardilosa de aumentar os lu-cros das empresas, transferindo recursosdo bolso do cidadão para o cofre das em-presas, e isso nós vamos mostrar nos pró-ximos parágrafos.

Para o perfeito entendimento do quevamos expor a seguir, é necessário en-tender a definição de mês. Um mês podeter 28, 29, 30 ou 31 dias. Portanto, es-tabelecer limites de consumo mensal já éum absurdo, pois como vemos, o número

de dias varia com os meses e precisamos vivercada dia para vivermos um mês. Um consu-mo de 300kW em um mês de 28 dias não é omesmo consumo de 300kW em um mês de31 dias. Se um cidadão consome 10kW pordia (300kW/mês) ele vai consumir para o me-ses :

Como o modelo estabelece que para umconsumo mensalmensalmensalmensalmensal acima de 300kW o custodo kW é maior do que o custo por kW de umconsumo mensalmensalmensalmensalmensal abaixo de 300kW, pode-mos ver que o cidadão com a conta simuladaacima, apesar de consumir 10kW por dia, emsete dos doze meses, vai ter a sua conta deenergia elétrica aumentada de um valor razo-ável, tudo porque o mês tem mais um dia.Isso quando a companhia não retarda a medi-ção e aumenta o consumo mensalmensalmensalmensalmensal do cida-dão. Se houvesse a preocupação com o cida-dão, a política de tarifas deveria estabelecer ocusto do kW por degraus em função do nú-mero de dias de consumo e não em função domês, pois como vimos, o mês não é um inter-valo fixo de tempo. Mas, como o pão do po-bre sempre cai com a manteiga para baixo,mais uma vez quem lucra é a empresa. Vamosagora calcular de quanto foi o prejuízo docidadão por ter votado errado:

como os do Imposto de Renda, ou seja, ovalor maior incidiria somente sobre o con-sumo que ultrapassasse a faixa estabelecida.Se a intenção é cobrar a mais de quem con-some mais, a faixa deveria ser fixada por nú-mero de dias e não por mês, pois como vi-mos, o mês não é uma unidade de tempofixa.

Assim como no exemplo da energia elé-trica, a água que consumimos também étaxada da mesma forma. Mas, nesse caso, osabsurdos são ainda maiores, pois os aumen-tos no valor do m³ vêm sendo muito altos,da ordem de 35% ao ano. Como o valor daágua é baixo quando comparado com o daenergia elétrica, o cidadão na maioria doscasos não se dá conta desses grandes aumen-tos, pois o valor absoluto é baixo. Quando aconta atingir valores mais alto e ele notar, aí,já será tarde demais.

Um outro ângulo dessa ótica sobre asprivatizações é o que expõe a privatizaçãoda CEDAE, transformada em PROLAGOSaqui na região. O grupo de capital portugu-ês Águas de Portugal, adquiriu a concessão e

a explorou até 2007. Dentro desse perí-odo enfrentou muitas dificuldades, e,sempre obteve junto à Agência Regula-dora aumentos nas tarifas dentro dos pa-drões de normalidade, aumentos essessempre compatíveis com a inflação nomesmo período. Em 2007, após a trans-ferência da Prolagos para um grupo em-presarial nacional, a política de aumen-tos nas tarifas mudou completamente. AAgência Reguladora tornou-se extrema-mente generosa e concedeu polpudosaumentos nas tarifas vindo a transfor-mar a Prolagos. Os portugueses derammuito azar, pois duvido que tivessemvendido a empresa como venderam sesoubessem desses polpudos aumentosque viriam no futuro.

A estimativa é que osconsumidores

transferiram para oscofres das empresasnesse tempo algo emtorno de 1 bilhão de

Reais por ano

Consumidor paga por energia que não consomePor Marco Auréliodos Santos Abreu

Marco Aurélio dos Santos Abreué engenheiro civil e diretortécnico da ASAERLA

Prolagos pode termais 23 anos de

concessãoFoi praticamente descartado por consenso

um novo aumento das tarifas de água daProlagos durante a audiência públicaconvocada pela Agência Reguladora de Ener-gia e Saneamento Básico (Agenersa), no dia10 de dezembro em Cabo Frio, para a segun-da revisão quinquenal da concessionária.

O presidente do Instituto Estadual do Am-biente (Inea), Luiz Firmino Martins Pereira,representando o governo estadual, os prefei-tos dos cinco municípios atendidos pela for-necedora, Arraial do Cabo, Cabo Frio, SãoPedro D’Aldeia, Búzios e Iguaba, e que inte-gram o Consórcio Intermunicipal Lagos SãoJoão, e membros da sociedade civil organiza-da defenderam que seja avaliada a possibili-dade de se ampliar o prazo de concessão daempresa, que já é de 25 anos. A Prolagos quera extensão do prazo de concessão para mais23 anos a contar do ano de 2023 quandotermina os primeiros 25 anos (1998 a 2023).A concessionária também pleiteia a incorpo-ração da coleta e tratamento de esgoto do mu-nicípio de Arraial do Cabo.

A medida foi indicada como a alternativamais razoável para solucionar o desequilíbrioeconômico-financeiro do sistema, da ordemde R$ 15 milhões, por um estudo de viabili-dade encomendado pelo Inea, na condiçãode órgão executivo da Secretaria do Ambien-te, à Fundação Getulio Vargas.

A Cibe Participações, (Prolagos) detentorada concessão, anunciou mais R$ 147 milhõesnos próximos 10 anos, sendo R$ 102 mi-lhões na ampliação da rede de distribuição deágua e os R$ 45 milhões restantes na expan-são do sistema de captação e de tratamento deesgoto.

Esse montante seria destinado a melhoriasno sistema de fornecimento de água e de cap-tação de esgoto nos cinco municípios. No abas-tecimento, entre outros projetos, a empresaprevê a construção de um reservatório emIguaba, aumento das redes de distribuição deSão Pedro D’Aldeia e para distritos de Búzios(40km) e de Cabo Frio (60km), que tambémteria o seu reservatório ampliado.

Na captação e tratamento de efluentes, osplanos incluem aumentar a capacidade darede coletora de Iguaba e de São Pedro, e dasestações de tratamento de Búzios e de CaboFrio. Este último passaria dos atuais 160 li-tros por segundo de efluentes tratados para400 litros por segundo. O município de Ar-raial do Cabo não foi incluído porque o con-trato não contempla tratamento de esgoto,apenas distribuição de água.

Para o engenheiro Humberto Quintanilhapresidente da ASAERLA, é preciso cobrar comurgência da Prolagos a construção de redeseparativas entre águas pluviais e de esgoto eo destino dos efluentes da região.

-Não podemos mais jogar nada na Lagoade Araruama. O esgoto tratado precisa serdesaguado na agricultura ou no oceano atra-vés de um emissário submarino-, disse Quin-tanilha.

Custo do kW para consumo até300kW mensais = R$ 0,51756

7 x 310 x 0,51756 = R$1.123,111 x 280 x 0,51756 = R$ 144,924 x 300 x 0,51756 = R$ 621,07

Total = R$1.889,10

Custo do kW para consumo acimade 300kW mensais = R$ 0,61280

7 x 310 x 0,61280 = R$1.329,781 x 280 x 0,51756 = R$ 144,924 x 300 x 0,51756 = R$ 621,07 Total= R$ 2.095,77

Uma tungada de R$ 206,67 por ano.

Jan/Mar/Mai/Jul/Ago/Out/Dez(7x) 31 x 10 = 310

Fevereiro(1x) 28 x 10 = 280

Abr/Jun/Set/Nov(4x) 30 x 10 = 300

Para que fique bem claro para todos, osdegraus das faixas de consumo deveriam ser

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Novembro / Dezembro 20098

Problemas

antecipados

Agostinho Guerreio - Presidente doConselho Regional de Engenharia eArquitetura do Rio de Janeiro (CREA-RJ)

Por Agostinho Guerreiro

Filho de uma índia com ex-es-cravo africano, pobre, negro, traba-lhador das salinas e sem nunca tersentado num banco escolar, oaldeense Gabriel Joaquim dos San-tos é citado nas melhores universi-dades do país, Europa e EstadosUnidos como expoente da arquite-tura e da arte.

Tudo por conta de uma casaconstruída por ele a partir de 1912.A casa foi montada como um gran-de quebra-cabeça a partir de peda-ços de vidros, garrafas, cacos de te-lhas, tijolos e materiais encontradospelo caminho onde passava para irtrabalhar nas salinas. Em todos osarranjos e colagens de pedras, vidrose outros materiais o formato sempreremete a uma flor. O imóvel se trans-formou num monumento à dedi-cação e arte do sonho.

Entretanto, todo esse patrimônioreconhecido internacionalmente,vem sofrendo com o descaso do po-der público pela falta de manuten-ção da obra. A prefeitura, por meiode assessoria de imprensa, disse queno momento não existe nenhumprojeto para a Casa da Flor.

Paixão pela obraQuem cuida da Casa da Flor é a

professora carioca Amélia Zaluar, queconviveu com o artista durante oitoanos (1978 - 1985). Dona Améliafundou o Instituto Casa da Florcom sede no Rio, e vive pedindo

ajuda aos amigos e lutando para verreconhecida a obra de arte da Re-gião dos Lagos.

No site www.casadaflor.org.br ,todo o material, incluindo as foto-grafias, é parte da pesquisa realizadapela professora. Seu acervo com-põem-se de oito horas de entrevis-tas, cerca de quinhentas fotografias(pxb, cores, cromos), que resultaramna monografia “A Casa da Flor -Tudo caquinho transformado embeleza”, de cem páginas e sessentafotografias, à espera ainda de patro-cínio para a publicação.

-Continuamos na luta. Agora,amigos elaboraram um projeto queencaminhamos ao Ministério daCultura MINC para tentar conse-guir um apoio e verba federal. Pre-cisamos manter a Casa da Flor-, im-plora dona Amélia que vive no Rio.

Hoje a Casa da Flor é conhecidano mundo inteiro e recebe visitasdiariamente. São estudantes de en-genharia, arquitetura e decoração,escritores, poetas e gente conhecidacomo o escritor Paulo Coelho quechamou a atenção para que todo oser humano reflita sobre a constru-ção do artesão Gabriel como formade valorizar a vida que é feita a par-tir de pequenos pedaços e momen-tos.

Os visitantes são recebidos peloatendente Valdevir Soares dos San-tos,65 anos, sobrinho-neto de seuGabriel.

Para visitar a casa, paga-se um realque, segundo Valdevir serve para amanutenção do monumento.

-Ganho salário mínimo e não re-cebo ajuda nenhuma. Com esse di-nheirinho vou cuidando do jardime da casa de meu tio-avô. Os políti-cos só prometem e depois desapare-cem-, reclama.

Local de difícilacesso

Para chegar a Casa da Flor e pre-ciso mais do que dedicação. A aten-ção precisa estar redobrada porqueo monumento fica na subida de ummorro entre vegetação nativa. A Es-trada dos Passageiros é esburacada eestreita. Apenas duas pequenas pla-cas presas num poste indicam a casa.

É preciso perguntar em cada es-quina como chegar à casa tombadapelo Patrimônio Cultural Flumi-nense desde 1986.

-Este lugar e maravilhoso e de-veria ser um grande ponto turístico.Uma pena que esteja sem os devi-dos cuidados-, disse Paulo Dutra,77anos, funcionário público federalaposentado, que visitava o monu-mento pela primeira vez.

Mesmo que seja trabalhoso en-contrar a Casa da Flor vale muito avisita.O monumento encanta a to-dos. Crianças, técnicos ou simples-mente a quem valoriza arte da ima-ginação e da criatividade.

Considerada expoente da arquitetura mundial a Casa da Floré mais um patrimônio ameaçado por falta de manutenção

A casa que encanta a todos

dutos. Tudo isso afeta osprodutores e prejudica oagronegócio no estado.

A solução imediata e de-finitiva para as conseqüên-cias da chuva é um desafio.Sabemos que os fenômenosnaturais não podem ser evi-tados, mas as suas conse-qüências para, nós, cida-dãos, podem, sim, ser ame-nizadas com ações impor-tantes, como a realizaçãode obras de engenharia ade-quadas e a recuperação dacobertura vegetal das en-costas e das regiões poronde passam os rios, os ria-chos e os canais. Um planode macro e micro-drenagemsó funcionará se for feito ten-do por base as bacias e,principalmente, as micro-ba-cias hidrográficas que impli-cam, em muitos casos, di-versos municípios simultane-amente.

Os projetos precisam sairdo papel, pois as catástro-fes não esperam e não mar-cam data. E não é só. Aspessoas também precisamter em mente que os alaga-mentos têm relação diretacom as atividades humanas.Por isso, também cabe acada um de nós vigiar aspróprias ações para evitarprejuízos e tragédias.

As famosas “chuvas deverão” chegaram mais cedoao Rio de Janeiro. Os suces-sivos temporais das últimasduas semanas causaram es-tragos na capital, na Baixa-da Fluminense e em muitasoutras cidades do estado.Na estrada Rio-Teresópolis,um deslizamento de terramatou três pessoas da mes-ma família. Em BelfordRoxo, Duque de Caxias, TrêsRios e Tanguá, o excesso dechuva deixou muitas pesso-as desabrigadas.

Volta a dizer que essesproblemas, cada vez maisprecoces, são agravadospor algumas situações quetodos já conhecem: a ocu-pação desordenada dosolo, a falta de saneamentobásico, o despejo irregularde lixo, o desmatamento dasencostas, aimpermeabilização perma-nente das áreas urbanas, afalta de obras de drenagem,as obras de engenharia equi-vocadas, e que não levamem conta o meio ambiente,entre outros.

E não são apenas os cen-tros urbanos que sofremcom as chuvas. O campotambém vem sendo bastan-te castigado nos últimosanos. Além das enchentesno interior do estado que jádestruíram plantações intei-ras, os temporais tambémalagam as estradas, dificul-tando o escoamento de pro-

A Casa da Flor pode ser visitada diariamente

W2Imagens/W.Costa

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Novembro / Dezembro 2009 9

Cabo Frio eSão Pedro no

PAC das CidadesHistóricas

No ano que vem , quinze muni-cípios do Rio de Janeiro serão con-templados com verbas do Plano deAção para as Cidades Históricas, jáconhecido como PAC das cidadeshistóricas. O dinheiro deverá ser em-pregado para obras de restauração,infraestrutura urbana e valorizaçãode acervos históricos.

O plano é coordenado pelo Ins-tituto do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional (Iphan-RJ) e temrecursos dos ministérios das Cida-des, do Turismo e da Educação.

Cabo Frio e São Pedro da Aldeiaestão entre as 15 cidades do estadocontempladas para receber a verbafederal além do Rio de Janeiro, An-gra dos Reis, Casimiro de Abreu,Duas Barras, Itaboraí, Mangaratiba,Paraty, Petrópolis, Quatis, Quissamã,Rio Claro, Santa Maria Madalena eVassouras. A equipe técnica de CaboFrio já apresentou propostas que ser-viram como referência aos outrosmunicípios.

-É preciso manter a identidadedas cidades. Em Cabo Frio porexemplo, no bairro da Passagemmuitos prédios foram demolidos eerguidas construções que nada tema ver com arquitetura histórica-, aler-ta o engenheiro, historiador e escri-tor Luiz Carlos Silveira, autor do Li-vro “O Outro Cabo Frio.

Algumas áreas de investimentojá foram estabelecidas pela equipetécnica de Cabo Frio, que definiuações como o circuito históricoarquitetônico da cidade; restauraçãodo conjunto arquitetônico da Fazen-da Campos Novos; criação do Mu-seu de História Natural comenfoque nos caminhos dos jesuítase de Darwin; criação do acervo dememória, com documentações his-tóricas. Outro ponto em destaque éa recuperação paisagista da cidade ea criação do parque da Boca da Bar-ra envolvendo todos os sítios arque-ológicos e sambaquis, entre outros.

Sendo um instrumento de ges-tão que prioriza investimentos, oPlano de Ação é voltado para o Cen-tro Histórico do município, deven-do ser norteador dos investimentospor parte das três esferas de gover-no. Com isso, foram criadas oficinasformando equipes técnicas da Pre-feitura de Cabo Frio, OAB,ASAERLA, IBAMA, IPHAN,ACIA CM, e a preparação do pri-meiro diagnóstico do setor.

Fazenda Campos Novosbusca parceiros para restauração

A região poderá ganhar embreve um novo espaço histórico-cultural com a restauração daFazenda Campos Novos. Para isso,a secretaria de agricultura elaborouo projeto “Re-Fazenda CamposNovos” que está inserido no Planode Ação das Cidades Históricas,onde Cabo Frio foi contemplado,pelo Ministério da Cultura, a rece-ber investimentos federais para ma-nutenção dos seus patrimônios. Oprojeto também está sendo apre-sentado a potenciais investidoresdo setor privado como a compa-nhia Vale de mineração, Petrobrás,EBX de mineração e investimen-tos, Fundação Roberto Marinhoentre outras. Para o secretário deagricultura, Roberto Nogueira, jáexiste sinais de empresas que per-ceberam o potencial econômico daárea rural em Cabo Frio.

-Vamos apresentar o projeto aempresas interessadas em qualquerparte do país. O importante é sal-var o patrimônio que é reconheci-do mundialmente-, disse Beto No-gueira que lançou oficialmente oprojeto de recuperação da Fazen-da Campos Novos durante apre-sentação na Casa dos 500 Anos emCabo Frio.

ASAERLA alertousobre situação

precária do prédioUma equipe de técnicos da

ASAERLA acompanhada por téc-nicos do IPHAN e da prefeituravisitou a Fazenda Campos Novosno começo deste ano. Durante avisita, engenheiros e arquitetosconstataram diversos problemas na

edificação causados pro falta de ma-nutenção e recuperação sem acom-panhamento técnico.

-As reformas que foram feitasnão seguiram nenhum critério derestauração e isso prejudicou aedificação. Agora será preciso umestudo profundo de restauração paraa total recuperação da Fazenda-, dis-se o engenheiro Humberto Quinta-nilha, presidente da ASAERLA.

A proposta da campanha Re-Fa-zenda prevê a criação de um parqueAgroecológico, nos 180 hectares deárea que a Fazenda possui, e a cons-trução de um Museu de HistóriaNatural, além de transformar a Fa-zenda em um centro de difusão de

cultura, ciências, agroecologia etecnologia.

Beto Nogueira disse ainda queo projeto pretende chamar aten-ção para as múltiplas possibilida-des que a propriedade colonialpode gerar em termos de riquezacultural e social, além de valorizare resgatar a história, cultura e me-mória da região e do país.

TV Holandesa incluiFazenda Campos

Novos emdocumentário sobre

DarwinUm canal de TV Holande-

Espaço poderá se transformar em Museu de História Natural comcentro de cultura, ciências, agroecologia e tecnologia

sa visitou a Fazenda Campos No-vos, para realizar um documen-tário em comemoração aos 150anos da Teoria da Evolução das Es-pécies. O filme vai registrar toda aviagem que Charles Darwin fez aoredor do mundo durante suas ex-pedições. Dentre três lugares doestado do Rio de Janeiro, a TV es-colheu Cabo Frio para documen-tar o trajeto percorrido pelo cien-tista que passou por todo o NorteFluminense após visita ao Rio. Em1832, Charles Darwin hospedou-se na Fazenda Campos Novos,(atual Distrito de Tamoios) che-gando até Conceição de Macabu.O projeto “Caminhos de Darwin”foi criado em 2008, no Rio de Ja-neiro, em comemoração aos 150anos do lançamento da Teoria daEvolução das Espécies, de CharlesDarwin. É coordenado pelo Mi-nistério da Ciência e Tecnologia,Casa da Ciência da UFRJ e De-partamento de Recursos Mineraisdo Rio de Janeiro, em parceria cominstituições, escolas, universidadese prefeituras das cidades do Riode Janeiro por onde CharlesDarwin passou em sua viagema bordo do navio Beagle, no sécu-lo XIX.

Técnicos da ASAERLA durante visita na Fazenda Campos Novos

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Novembro / Dezembro 200910

Caos urbano: LOTAÇÃO ESGOTADA

FOTO

A alta temporada parece ser sem-pre a mesma coisa. Não é, e fica pior.Engarrafamentos, veículos estacio-nados irregularmente, filas quilomé-tricas em todos os lugares e nas prai-as falta espaço até na areia.

A cada ano o número de visitan-tes aumenta atraídos por boas rodo-vias, aeroporto internacional e tran-satlânticos cada vez maiores. Dooutro lado, parece que as cidades daregião nunca estão preparadas paraenfrentar os transtornos causadospor tanta gente junta. As estatísticasapontam que o verão 2010 terá emtorno de 10 milhões de pessoas naregião. Só para a virada do ano, aPraia do Forte, em Cabo Frio, espe-ra receber cerca de 800 mil pessoaspara os 17 minutos de queima defogos. Baseado em anos anteriores,a estimativa da concessionária ViaLagos é de que cerca de 1,5 milhãode veículos cruzem a praça do pe-dágio neste verão. Como cada carrotransporta, em média, quatro passa-geiros, significa seis milhões de pes-soas. Em 2009, só no sábado de car-naval passaram pelo pedágio49.692 carros, o que significa algoem torno de 200 mil pessoas, numúnico dia, informa a concessionária.

- O secretário de turismo de CaboFrio, Gustavo Beranger aposta queé possível somar mais de metade dosnúmeros da Via Lagos por conta dosveículos que viajam pela rodovia queliga Niterói, Maricá e Saquarema sempagamento de pedágio. Ainda épreciso computar os carros que che-gam à Região dos Lagos vindos donorte fluminense.

Em Búzios, os navios de luxo vãodesembarcar perto de 450 mil tu-ristas no verão. Ainda tem os vôosquase diários que chegam a CaboFrio e os ônibus de linha mais osônibus fretados para excursões quelotam as casas da Vila Nova em CaboFrio. É verão para 10 milhões depessoas.

- Como não temos nenhum es-tudo viário para suportar o já inten-so tráfego de Cabo Frio, toda a re-gião vai virar um caos-, alerta o en-genheiro e historiador Luiz CarlosSilveira.

Para enfrentar o verão com super-população, as prefeituras garantemque vão reforçar efetivos na saúde,guarda municipal, coleta de lixo efiscalização nas praias. Todas prome-tem criar mecanismos para diminuiro famoso nó no transito da região.

Em Cabo Frio, a apreensão é mai-or do que em outras cidades por con-ta das demissões de 803 guardasmunicipais no começo da alta tem-porada. Entretanto, o prefeito Mar-quinho Mendes garante que enten-dimentos com o Ministério Públicovai permitir a contratação temporáriade mais 550 agentes para reforçar aguarda durante a temporada.

Já a Secretaria da Ordem Públicainformou que vai implantar novosistema de trânsito mas não é possí-vel desenvolver a curto prazo porconta da crise financeira de 2009, oque anuncia um verão igual àqueleque passou. Uma das mudançaspensadas, a médio prazo, será a co-locação de aplicativos necessários, emtodo o município, tais como maislombadas eletrônicas e dispositivoselétricos, principalmente, em pon-tos críticos do trânsito cabofriense.A secretaria já fez um levantamentode todos os pontos críticos de aci-dentes de trânsito em Cabo Frio eacredita que a meta da reordenaçãodo trânsito da cidade é reeducar omotorista, fazendo-o reduzir a velo-cidade por meio de sinalização ele-trônica.

Búzios estuda verão desde agosto

A prefeitura de Búzios informouque desde agosto se preocupa com asuperlotação da alta temporada e quecriou uma comissão de trabalho,bem como aproveitou os feriadõesde 2009 para testar novas medidas.A comissão, coordenada pelo chefede Gabinete, Carlinhos Gonçalves,os secretários municipais de Turis-mo e Cultura, Isac Tillinger; Servi-ços Públicos, Henrique Gomes e Or-dem Pública, coronel Ubiratan Ân-gelo, já tomou todas as decisões rela-cionadas ao ordenamento da cida-de, como orientação aos motoristas,ordenamento das praias e do trânsi-to, receptivo aos turistas, fiscalizaçãode posturas e guarda municipal.

-Começamos a trabalhar comvários meses de antecedência parater tempo hábil de acertar todos osdetalhes e passar um verão tranqüi-lo-, disse Tilinger. A fiscalização detrânsito já está preparada e foi mon-tado um esquema especial de plan-tão em pontos estratégicos para evi-tar tumulto. Outra medida adota-da em Búzios para evitar engarrafa-mentos, é a coleta de lixo à noite.

-Já fizemos um teste, e a medidafoi colocada em prática com resulta-dos positivos. O caminhão do lixocirculando à noite evita transtornosno trânsito. Em relação à Rua dasPedras também montamos um ho-rário especial de carga e descarga e

também para recolhimento de lixo.No horário da manhã, o caminhãoficará sediado em um ponto espe-cífico e o recolhimento será feitopor carros menores. Além disso,estamos fazendo uma licitaçãopara contratação de uma empresapara cuidar do estacionamentopúblico, disse o chefe de Gabine-te, Carlinhos Gonçalves.

São Pedro da Aldeia, IguabaGrande e Arraial do Cabo com efe-tivos menores também garantemque montaram esquema especialpara enfrentar o trânsito acima donormal nos próximos meses. Aspraias de maior circulação em SãoPedro, a Praia do Sudoeste e aPraia da Pitória, e seus acessos, tam-bém recebem atenção e foram si-nalizadas, para garantir um per-feito fluxo de veículos e pedestres.Outra medida implantada, quenecessitou da autorização junto aoDER – RJ (Departamento de Es-tradas e Rodagem), será a coloca-ção de um semáforo na RJ-140,no km 23, na altura do Supermer-cado Econômico, do Centro quevai permitir um fluxo seguro depedestres e veículos.

-O subsecretário de SegurançaPública, Joselito Santos, pede que osmotoristas sejam mais cautelosos e querespeitem os semáforos e as placas desinalização. “Agindo dessa forma, osmotoristas já ajudam e muito no nossotrabalho”, alerta o subsecretário.

Descaso das autoridades dos ricos municípios do petróleo em contratar um amplo

projeto de engenharia de tráfego é inaceitável e pode agravar ainda mais o caos

Trânsito ainda é maior problema

Turistas superlotam a Região dos Lagos e podem causar nó nos serviços essenciais

Ônibus de turismoserão controlados

e não podemcircular na cidade

A alta temporada preve recorde de público em todas as praias das cidades da região

Quem deseja visitar a região emexcursões de um dia terão que pedirautorização prévia aos municípios.Em Cabo Frio, a prefeitura man-tém uma área de estacionamento,na entrada da cidade, que abriga osônibus de turismo. Os ônibus sãocatalogados e só podem entrar nacidade para deixar os passageiros emseus locais de hospedagem e, em se-guida, devem fica ali estacionados.A medida tira de circulação mais de200 ônibus por semana no centro.Em Iguaba Grande, a prefeitura jáinformou às pousadas que os veícu-los serão encaminhados ao setor defiscalização e postura para que sejaemitido a taxa do DAM para paga-mento e legalização da visita dosmesmos.

A mesma medida foi adotada emSão Pedro da Aldeia onde os inte-ressados devem previamente entrarem contato com a secretaria de Tu-rismo (22) 2621-1559 r- 207 e so-licitar autorização prévia para visitaao município. Os ônibus de turis-mo serão recepcionados numa áreaao lado da escola Horto-Escola-Artesanal, na Rodovia Amaral Pei-xoto, no bairro balneário São Pedro.Quem deseja curtir Búzios em ôni-bus de excursão precisa procurar asecretaria de turismo no Pórtico dacidade. Os ônibus de turismo estãoproibidos de circular na cidade. Elesvão ficar estacionados em um terre-no próximo ao Fórum, na Estradada Usina. Nos finais de semana deverão essa fiscalização será intensifi-cada. Além dos fiscais no Pórtico,temos equipes circulando na cidadepara verificar se os ônibus estão cum-prindo a determinação, caso contrá-rio, eles podem ser multados.

- Essa medida já começou a sercolocada em prática. Num final desemana prolongado, por exemplo,tivemos fiscais baseados no Pórticode entrada da cidade para orientaros motoristas-, disse Carlinhos Gon-çalves.

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Novembro / Dezembro 2009 11

Mais R$ 10 milhões para a Lagoa de AraruamaConsórcio Lagos São João completa 10 anos e aponta

saldo positivo na recuperação do meio ambiente da região

Centenas de familias de pescadores ainda vivem da pesca na Lagoa de Araruama

A Lagoa de Araruama vai en-trar 2010 com mais oxigênio. Éo que garante o Consórcio LagosSão João que anunciou verba deR$ 10 milhões para serem apli-cados na limpeza da lagoa no pró-ximo ano. Os investimentos serãoaplicados em trabalhos de draga-gem, sendo prioritário o destron-camento de pedras embaixo daPonte Feliciano Sodré,em CaboFrio, além de uma redragagem naPonta do Ambrósio. O secretárioexecutivo do CILSJ, Mario Flá-vio Moreira, disse que na reta fi-nal, ou seja dragar a Boca da Bar-ra, tem sido o grande desafio paratodos, uma vez que é o pontoprincipal do desassoreamento daLagoa de Araruama.

-Vamos imaginar uma garra-fa, com o gargalo fechado, nãoadianta abrir o meio sem mexerno gargalo, que no nosso caso é aBoca da Barra contemplandotambém a Ilha do Japonês e adja-cências-, explicou Moreira queanunciou outra ação que para2010, é a transposição dos e-fluentes para bacia do UNA,onde será fechado o cinturão noentorno do Itajurú, coletandotodo a margem esquerda, ou seja,Vinhateiro, Porto do Carro, Jaca-ré, Gamboa e Ogiva, tudo isso seligando ao Peró, Jd.Peró, Tangaráe Grande Jd. Esperança, ondeestá sendo construída a ETE doJardim, que vai receber toda essacarga de esgoto.

- Hoje comemoramos 10 anosde criação do Consórcio LagosSão João, e gostaria de lembrarque nesses anos alguns pontos fo-ram desenvolvidos nesta região-,destaca Mário Flávio. Exemplos;pavimentação da RJ-102 (Mas-

sambaba); Construção da ViaLagos; Duplicação da Amaral Pei-xoto até Maricá; Implantação deinfraestrutura de saneamento pa-ra a região em tempo seco; Im-plantação de infraestrutura deabastecimento d’água para a re-gião; Dragagem da Lagoa deAraruama e do Canal de Itajurú;Construção da nova Ponte entreSPA e CF, aumentando em dezvezes o vão de passagem de água;Engorda de praias; RecuperaçãoAmbiental da Lagoa de Ararua-ma; Aumento da pesca na Lagoade Araruama; Construção deinfraestrutura de transporte aéreointernacional para turismo e ex-ploração de petróleo; Implanta-ção de Aterro Sanitário Regional;Fortalecimento dos órgãos am-bientais; Criação de Unidades deConservação federais, estaduais e

municipais; e mais recentementeo Licenciamento do ParqueEólico para geração de energia.

Verão passado comtoneladas de peixes

mortosEm janeiro de 2009 o verão

ficou marcado pela grande quan-tidade de peixes mortos na Lagoade Araruama. O acidente ecoló-gico provocou a revolta de pes-cadores, ambientalistas e alertoupara o perigo constante da apro-ximação do verão, o aumento dapopulação e para o frágil e muitoquestionável sistema de tratamen-to de esgoto a tempo seco.

A Prolagos, informou que, emrelação à mortandade de peixesocorrida na Lagoa Araruama emjaneiro último, a concessionáriaressaltou que sempre cumpriu

com as normas estabelecidas emseu contrato de concessão e man-teve seu programa de investimen-tos em saneamento para que a La-goa Araruama esteja cada vez maislimpa e protegida contra fenôme-nos como estes. A Prolagos disseque não tem competência paraevitar uma nova mortandade por-que não foi o sistema implantadoe operado pela concessionária quecausou o ocorrido em janeiro últi-mo na Lagoa Araruama. Entretan-to, pela importância da Lagoa paraa região, a Prolagos vem adotandoalgumas iniciativas, como a lim-peza da tubulação de rede pluvialque chega a duas grandes eleva-tórias, antes da abertura das com-portas, além de apoiar o Consór-cio Intermunicipal Lagos São João(CILSJ) no monitoramento daLagoa.

Pensar localmente, para mudarglobalmente. Este foi o foco princi-pal do Fórum sobre Mudanças Cli-máticas promovido pela WWF Bra-sil e pelo Consórcio IntermunicipalLagos São João que completa 10 anos.

O representante do Centro deSistema Terrestre, do Instituto Na-cional de Pesquisas Espaciais (Inpe),Marcos Sanches, alertou que os oce-anos estão subindo em média 3mmao ano com o aumento da tempera-tura terrestre e derretimento das ge-leiras.

Segundo o especialista, se ape-nas mantiver esse ritmo, em 50anos, o nível dos oceanos estará 12cm acima do atual. Com essa eleva-ção, boa parte do litoral brasileiroserá encoberto pelas águas.

Evely Bock, um agricultor deCasimiro de Abreu, por exemplo,elaborou um sistema de mediçãodos índices pluviométricos para aregião e compila dados desde 1986.O trabalho contribuiu para que aEmbrapa comprovasse cientifica-mente que a Região dos Lagos vemsendo especialmente afetada peloaquecimento global.

As cheias na região são frequen-tes e a Lagoa de Araruama, que erahipersalina está “adocicando”. Asalinidade que antes era de 70%,caiu para 47%.

- Em dezembro de 2007, cho-veu em um mês o equivalente a 700mm, causando graves problemas naregião, cujos índices eram, em mé-dia de 50mm e restrito a um curtoperíodo do ano. Em 12 de fevereirodesse ano, em apenas 24h, o índicepluviométrico alcançou 376mm.Não tem rio ou canal que suporteum volume desses – explicou EvelyBock. Entre os problemas citadosno Fórum constam a ocupaçãodesordenada, inclusive de áreas depreservação, a região é a que maiscresce na média nacional, 7% aoano, e o saneamento básico é defi-ciente com despejo de esgoto innatura em mananciais hídricos.

WWF Brasil e regiãodiscutem mudanças

climáticas

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NEM A CHUVA que insistiu em cair durante todoo dia 5 de dezembro, sábado, atrapalhou a festapromovida pela ASAERLA. O tradicional churrascode fim de ano que reúne engenheiros, arquitetos,familiares e empresas parceiras foi regado com mui-ta animação. Desta vez o som ficou por conta do“duo” de violões de Juarez Lopes e James Jeffersonque resgataram canções do arco-da-velha. Todomundo gostou e cantou junto. Até o engenheiroRaul Lora calculou com detalhes cada nota musi-cal e arriscou um Besame Mucho. Foi aplaudido depé e sentado também. No sorteio de brindes até ameia dúzia de Gazebos montados para protegeros convidados da chuva foram disputadas até o úl-timo número. Ficou o gostinho do “quero mais” atéo próximo encontro.

DESCONTRAProfissionais e parceiros da ASAERLA posam com familiare

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Cobertura fotográfica: W2Imagens

Importantes parceirosA festa de confraternização entre profissionais da construçãocivil e que também marca o dia do engenheiro e do arquiteto(dia 11) sempre conta com apoio de parceiros da ASAERLA.-É muito importante a participação e a união de todos os seg-mentos do setor. Agradeço àqueles que permitiram a realiza-ção desta festa da família-, disse o engenheiro Milton Lima,diretor social da entidade e um dos organizadores do evento.

Construtora Volendam - Disk CaçambaNP Engenharia - Restaurante do Zé

Construtora Modular - Engeluz

ÇÃO TOTALes durante o churrasco de fim de ano

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Com crescimento acima da média dascidades brasileiras, Cabo Frio cresce em tor-no de 7% ao ano e com população de 170mil habitantes o número de casas eedificações se multiplicam pelo município.Entretanto, levantamento da coordenadoriade Planejamento aponta que cerca de 60%das propriedades ainda não possuem regis-tro em cartório que garante o direito a pro-priedade.

-Sabemos que hoje mais de 60% das pro-priedades ainda não tem a documentação dapropriedade que dê tranqüilidade às famílias-, disse o presidente da Câmara, vereadorAlfredo Gonçalves que pediu empenho espe-cial ao prefeito Marquinho Mendes para re-gularizar a situação dos moradorescabofrienses. Só na Vila do Sol que tem cercade 1.300 imóveis, a regularização fundiáriabeneficiou, neste primeiro momento, 114 fa-mílias legalizando a documentação de pro-priedade.

Aos moradores foi entregue o Certificadode Instrumento de Concessão de Direito Realde Uso que garante ao proprietário o direitode reformar, ampliar e até transferir o imóvel aoutra pessoa é totalmente legalizado dentrodo que prevê a Constituição Federal. Segun-do o advogado e professor universitário Luiz

Carlos Secca, consultor jurídico da prefeitu-ra, todo cidadão, a partir de agora, pode sedirigir a um cartório para o registro do imó-vel.

- O direito a moradia é um principio cons-titucional e outro direito é trazer e consolidaro princípio da dignidade da pessoa humana-, disse Secca. O registro permite ao proprietá-rio o direito de poder vender ou transferir oimóvel a outra pessoas.

-O direito do imóvel pode ser transferidoaos herdeiros. Inclusive agora, os proprietá-rios podem ir ao Banco do Brasil ou CaixaEconômica pleitear um financiamento parareforma ou edificação-, disse o adque CaboFrio tem ainda grande área a ser regulariza-da.

-Todo mundo gosta de viver em um lugarcom infra-estutura. E com isso, aumenta ocompromisso do cidadão no lugar em que elevive. Porque ele será o primeiro a solicitar obrase melhorias para o bairro. É um ganho socialfortíssimo para todos-, disse Rosane.

A equipe de trabalho começou há mais deum ano a pesquisar e organizar a documenta-ção para a regularização da área da Vila doSol. Rosane Vargas disse ainda que o trabalhovai continuar em outros bairros. As equipesda prefeitura trabalham com estudos feitos

nos bairros Jardim Esperança, Morubá,Caiçara, Jacaré, Manoel Corrêa e SegundoDistrito.

-Agora a casa é minha, finalmente. Espereimais de dez anos por esse documento-, diz oaposentado Walber Brandão Silva que mos-trava para outros moradores o Certificado deInstrumento de Concessão de Direito Real

Mais da metade dos imóveis em Cabo Frio está irregularProjeto de regularização fundiária já legalizou imóveis de 114 famílias da Vila do Sol que tem 1.300 imóveis

Os moradores Elaine Araujo e Walter Brandão com certificado

Foto W2Imagens

O ex-prefeito Otime Cardoso dos Santos,o Timinho afirmou durante a entrega dos Cer-tificados aos moradores da Vila do Sol que omunicípio de Cabo Frio precisa avançar mui-to mais na regularização dos imóveis. Timinhodisse que é preciso avançar juridicamente paradar titulo de propriedade a moradores queocupam terrenos de até 600 metros quadra-dos como é caso de muitos moradores do bair-ro São Cristóvão.

-A lei atual permite apenas que a prefeitu-

Timinho diz que é preciso avançar maispara regularizar àreas com mais de 250m²

ra conceda título para área com 250 metrosquadrados. Mas muita gente em São Cristó-vão mora em terrenos de 600 metros. É preci-so avançar significativamente para regularizaressa situação. Todos saem ganhando inclusiveo município que vai pode arrecadar mais im-postos-, disse.

O projeto de regularização Fundiária estápercorrendo todo o município e uma equipeda prefeitura já trabalha exclusivamente nolevantamento da área do segundo distrito

de Uso que garante ao proprietário o direitode reformar, ampliar e até transferir o imóvel.

Ao lado de Walber, o casal Elaine Araujo eEduardo Luiz Aguiar também exibecom or-gulho o Certificado de propriedade do localonde moram e trabalham há sete anos.

-Agora daqui ninguém me tira-, disse apernambucana Elaine.

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Presidente do Crea-RJ visita Cabo FrioReunião com inspetores e profissionais da construçãocivil visa estabelecer convênios de cooperação técnica

W2imagensO presidente do CREA-RJ, en-genheiro Agostinho Guerreiro vi-sitou Cabo Frio no final de no-vembro. Na pauta, preparação detemas e assuntos de interesse daclasse visando iniciar os preparati-vos para o VII Congresso Estadu-al de Profissionais a ser realizadoem 2010, no Mato Grosso. Alémdisso, Guerreiro visitou a inspeto-ria e conversou com inspetores,funcionários do CREA-RJ e dire-tores de entidades da região no sa-lão nobre do Costa Azul Iate Clu-be. O objetivo da visita é estabele-cer convênios de cooperação técnicacom prefeituras, associações de clas-se e entidades. Durante as visitas, osprofissionais estão preenchendo umaPesquisa de Satisfação sobre os servi-ços do CREA. Este levantamentobusca traçar um perfil de cada re-gião, auxiliando nas medidas a se-rem tomadas pelo Conselho com ointuito de melhorar a qualidade doatendimento.

-O encontro foi muito proveito-so e isso fortalece a inspetoria. Es-peramos que aconteçam mais encon-tros como este e que as reivindica-ções se tornem realidade o mais rá-pido possível-, disse o engenheiroHumberto Quintanilha, presiden-te da ASAERLA que reiteirou o pe-dido ao presidente Agostinho para

que o CREA esteja mais atento quan-to ao exercício ilegal da profissão naregião.

-Empresas não legalizadas atra-palham muito e pedimos ao CREAque seja mais atuante-, disse.

Para o arquiteto Chico Salles,que já foi inspetor do CREA du-rante sete anos, os problemas con-tinuam se repetindo e classificoucomo ótima iniciativa do presiden-te Agostinho em ouvir inspetorese profissionais da construção civilregional.

-O CREA é uma instituição quetem um peso muito grande. E esse

peso também se reflete na sua estru-tura interna que tem um dinamis-mo que nem sempre funciona. Nãoestou desacreditando no presidenteAgostinho, mas sei que não depen-de só dele mas o CREA tem que es-tar próximo dos profissionais do sis-tema. Sou uma pessoa positiva e tor-ço para que essas ações funcionem,mas vamos esperar funcionar para agente bater palma-, disse Chico

-É um momento de reflexão, debalanço que vai nos ajudar a prepa-rar o novo ano. É também uma ma-neira de nos aproximar dos profissi-onais-, disse o presidente Agostinho.

O Projeto Cultivar, uma parceria entre o SistemaFirjan, o Instituto Bio Atlântica e o governo do esta-do, iniciou na comunidade do Batam, Zona Oestedo Rio, o plantio de um milhão de mudas de árvorespara ampliar a cobertura da Mata Atlântica no esta-do, que hoje é de 400 hectares. Serão plantadas 200mil mudas nos próximos cinco anos.

Para o vice-governador do Rio, Luiz Fernando

Pezão, esta é a melhor atividade realizada para o estado,que tem como uma das metas para as Olimpíadas de2016 o compromisso de plantar 24 milhões de mudas.As áreas a serem reflorestadas são parques e reservas jáexistentes, além de cinco novas áreas verdes municipaise cinco hectares em duas unidades SESI/SENAI-RJ.Depois do plantio, as áreas passarão por um processo demanutenção para garantir a sobrevivência das árvores.

Mata atlântica do Rio receberá

o plantio de um milhão de árvores

Quando o assunto é o desenvol-vimento econômico de Búzios,é difícil expor idéias sem citar otrabalho do arquiteto e constru-tor carioca Chico Sales.Desde que desembarcou na pe-nínsula nos anos 70, Chico sededicou à profissão e a defesado ambiente buziano. Depois decentenas de projetos fincadosem Búzios, Chico tem trabalhosno Rio, na Bahia e clientes aténo exterior. O talento pode serapreciado no prédio da prefeitu-ra de Búzios assinado por Chico.Mesmo com tanto trabalho elesempre defendeu a união dosprofissionais da construção ci-vil.-Os profissionais precisam en-tender que é preciso se organi-zar e trabalhar em conjunto. To-dos saem ganhando-, diz o ar-quiteto nascido Francisco Jaco-vino Monteiro de Sales, há 60anos e formado pela faculdadede Arquitetura e Urbanismo daUFRJ em 1972.Em setembro de 1983 fundou aAPA Búzios - Arquitetura, Plane-jamento e Administração Ltda.,da qual é diretor-presidente.Não parou mais. Fez par te doConselho Administrativo de Bú-zios e da Comissão de Desen-volvimento Urbano de Búzios,em 1989. Depois fundou aENARQ - Ass. dos Engenheirose Arquitetos de Armação dosBúzios, em 1993, foi presidenteno período de 93 a 96, em 2001e 2002 e agora é vice-presiden-te.Chico não sossega. Par ticipouativamente do processo deemancipação de Búzios e deseus desdobramentos, “pensan-

do e discutindo” o planejamentoe a preservação do novo Muni-cípio de Armação dos Búzios.Foi Diretor-Executivo do PlanoEstratégico de Búzios, no perío-do de 1995 a 1997, e coordenouos trabalhos que culminaramcom a redação do Diagnósticodo Município de Armação dosBúzios. O trabalho foi eleito peloMinistério do Meio Ambiente,dos Recursos Hídricos e daAmazônia Legal, como uma das100 Experiências Brasileiraspara O Desenvolvimento Susten-tável, em consulta nacional rea-lizada em 1997 pela Agenda 21.O arquiteto ainda fez par te doGrupo de Trabalho da ENARQ deEstudos da Legislação, que em1997 elaborou a proposta paraalteração e atualização da Lei deZoneamento para o Município deArmação dos Búzios. Consultorpela FGV - Fundação GetúlioVargas para a elaboração do Pla-no Diretor de DesenvolvimentoSustentável de Armação dos Bú-zios no período de junho de 2001a julho de 2004, Chico diz queagora pensa duas vezes antesde aceitar multitarefas.-Estou na ativa, porém cautelo-so e com foco nos meus clien-tes-, diz. Mas, todos sabem quebasta convidar que Chico Salesarregaça as mangas e se envol-ve de corpo e alma em defesada classe e do meio ambiente.

Agostinho Guerreiro e Humberto Quintanilha em Cabo Frio

Defensor

da profissão

PROFISSIONAL – CHICO SALLES, ARQUITETO

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Divulgação

Restinga de Massambaba em Arraial

se torna Parque Municipal

Depois de anos de discussões,invasões, degradação do ambiente eprotestos, finalmente a Restinga deMassambaba em Arraial do Cabo setornou um Parque Natural numaárea com cerca de 476 hectares, quegarantirá a proteção de ecossistemasextremamente importantes para apreservação do meio ambiente domunicípio e da região.

O decreto de criação do ParqueNatural Municipal da Restinga deMassambaba, foi assinado pelo mi-nistro do Meio Ambiente, CarlosMinc, durante visita a Arraial doCabo. Na ocasião Minc assinoutambém o termo de compromissoda Agenda Ambiental da Adminis-tração Pública (A3P), programa lan-çado pelo Ministério do Meio Am-biente.

De acordo com o secretário mu-

nicipal do Ambiente, David Barreto,durante muito tempo a área darestinga esteve abandonada e commuito lixo.

- A coordenadoria de ServiçosPúblicos realizou a limpeza das tri-lhas desde a Rebech, na PraiaGrande, até a entrada de MonteAlto. Foram retiradas do local maisde trinta toneladas de entulho elixo incluindo garrafas pet, sacosplásticos, vidros e material orgâni-co, que foram levados para a Usi-na de Reciclagem de Lixo-, disseDavid.

Além de proteção da área, Barretodisse ainda que a criação do parqueirá garantir maior proteção para asduas reservas biológicas existentes naárea como a Reserva Biológica dasOrquídeas e Reserva Biológica doBrejo Jardim.

Segundo Barreto, existe um pro-jeto para inserção de equipes de ecoturismo para realizarem atividadesde passeio e recreação no interior doparque de Massambaba.

- A área é rica em diversidade deorquídeas, bromélias e frutas nati-

Criação do parque irá garantir maior proteção para as reservas biológicasna área como a Reserva Biológica das Orquídeas e do Brejo Jardim

Rio das Ostras mobilizou a po-pulação em torno da discussão,propostas de ações e projetos demeio ambiente. Os debates tive-ram como temas centrais olicenciamento ambiental, zonea-mento urbano-ambiental e gestãode resíduos sólidos e aconteceramdurante a VI Conferencia de MeioAmbiente no final de novembro.

Max Almeida, secretário deMeio Ambiente, destacou a impor-tância da conferência como opor-tunidade de participação popular. “O poder público tem que ouvira sociedade e atuar de forma con-junta para acertarmos os rumos eampliarmos as ações bem-sucedi-das”, disse Almeida. O secretáriofalou ainda da importância do res-peito à legislação ambiental do mu-nicípio. “Todos temos o direito detrabalhar; mas também o dever derespeitar o meio ambiente”, com-pletou.

Populaçãodiscute meioambiente em

Rio das Ostras

vas. Além disso, o parque abriga di-versas espécies da avifauna, entre elaso pássaro conhecido por “com-com-com-com-com-comcomcomcomcom” (Formicivora Litorallis),endêmica da Massambaba, que seráa espécie símbolo do parque-, disseo secretário.

Parque Natural da Restinga de Massambaba

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O patrono da ASAERLA

Dos três mais destacados enge-nheiros da história de Cabo Frio,nenhum era cabofriense, aliás nembrasileiro: Lindenberg era alemão,Palmer francês e Bellegarde portu-guês.

Embora conhecido em CaboFrio como “major Bellegarde”, in-clusive na placa da rua que o home-nageia (em outra do Engenho No-vo, no Rio, já aparece como gene-ral), na realidade o nome de LuisHenrique de Niemeyer Bellegardedestaca-se muito mais pelo sobreno-me materno (pronuncia-se “nimáier”e não, conforme normalmente acon-tece, “niemáier”) do que pelo pater-no, já que o mesmo batiza um clãcom mais de dois séculos e meio, noqual encontramos uma dinastia deduas dezenas de engenheiros e ar-quitetos, quase todos cariocas, dosquais o mais famoso internacional-mente e ainda vivo, com mais de umséculo de idade, vem a ser OscarNiemeyer Soares Filho, o qual dis-pensa qualquer apresentação. Citoainda Conrado Jacob de Niemeyer,fundador do Clube de Engenhariado Rio no natal de 1880.

Os Niemeyer são originários deHanover, cidade no centro da Ale-manha, sendo seu patriarca (ante-passado mais antigo conhecido) otenente-general Jacob Konrad vonNiemeyer (1730-1808), bisavô donosso Bellegarde, cujo filho, coro-nel Heinrich von Niemeyer, foi nãoapenas o primeiro engenheiro da fa-mília, mas também o fundador doramo português da mesma, ao emi-grar de Hanover para Lisboa, ondetranscorreu sua vida profissionalcomo engenheiro militar. Teve doisfilhos e duas filhas, entre os quaisMaria Antônia de Niemeyer que, ca-sando-se com Cândido NorbertoJorge de Bellegarde, teve apenas doisfilhos: nosso Luis Henrique e seuirmão Pedro de Alcântara NiemeyerBellegarde, que também destacou-se no Império como engenheiro,professor universitário e político.

Embora Luis Henrique tenhaainda nascido em Portugal (Lisboa,12/10/1802), já Pedro nasceu (13/12/1807) em pleno Oceano Atlân-tico, a bordo da nau “Príncipe” que

conduzia, capitaneando umaimensa frota, o futuro rei DomJoão VI e toda a corte portu-guesa para o Brasil, fugindo dainvasão de Portugal por Na-poleão, que de certo modo fi-cou sendo assim o “promotor”do ramo brasileiro dos Nie-meyer.

Este prolífico ramo viria, ali-ás, a ser o proprietário de todo otrecho do litoral carioca entre apraia da Gávea e o final do Le-blon, onde construíram umaigreja ainda existente dedicadaa São Conrado (o nome do pa-triarca que consta em quase to-dos os nomes dos membros dafamília) que deu nome ao atualbairro e também uma via litorâneaao longo de sua propriedade queposteriormente receberia o nome daestirpe, a hoje Avenida Niemeyer,inaugurada em 1916 e onde se ve-rificaram as primeiras corridas auto-mobilísticas do país (então “barati-nhas”, hoje fórmula-1), promovidasdesde 1933 pelo Automóvel Clu-be do Brasil (o chamado Circuitoda Gávea, no qual destacou-se o pi-loto Chico Landi). Quanto à man-são da propriedade, a Vila Riso, hojevem a ser uma das mais sofisticadascasas de festas do Rio.

Voltando à vida de nosso Belle-garde, este ingressou na carreira mi-litar (cadete em 1811, tenente em1820, capitão em 1821 e major em1828), tendo servido em Moçam-bique em 1821/2 como ajudante-de-ordens pessoal do governador.Retornando ao Brasil, participou domovimento pela Independência eainda no Primeiro Reinado gra-duou-se na Academia Militar (de-pois Escola Nacional de Engenha-ria e hoje Escola de Engenharia daUFRJ). Em 1825 viajou para a Eu-ropa, tendo regressado com título debacharel em letras pela Universida-de de Paris e de engenheiro geógrafoe de pontes. Por outro lado, publi-cou em 1831 um livro de “Históriado Brasil”, um dos mais antigos so-bre o tema, consolidando seu con-ceito também como historiador.

Em 1832 foi enviado a CaboFrio para assumir a Quarta Seção deObras da província do Rio de Ja-neiro, atendendo aos municípios de

Cabo Frio, Maricá, Macaé, Campose São João da Barra, os quais englo-bavam então, na qualidade de dis-tritos, muitos outros atuais municí-pios. Uma vez domiciliado em CaboFrio, jamais deixou a cidade, reali-zando impressionante lista de obrasde Engenharia durante os sete anosquando esteve à frente do cargo, taiscomo o primeiro farol do Cabo Frio,no topo da ilha, inclusive a casa dofaroleiro e a senzala, entre 1833 e1836, por ordem expressa de DomPedro II. Também construiu a pri-meira ponte sobre o Rio Paraíba, nacidade de Campos, além de projetara primeira ponte sobre o canal doItajurú, que viria a ser denominadaMiguel de Carvalho, inaugurada em1898. Além do projeto, executou àssuas expensas os pegões para a mes-ma, que viriam a ser aproveitadospela ponte ferroviária de treliças me-tálicas. Construiu, ainda, os canaisde Cacimbas, Ururaí e de Maricá,além de projetar arruamentos paraCabo Frio e Macaé, visando a futu-ra expansão urbana destas cidades,pelo que foi assim o precursor doprimeiro plano diretor de Cabo Frio,projetado e executado entre 1841 e1843.

Quando, em 1833, a Comissãode Reparos de Fontes e Poços daCâmara Municipal de Cabo Frio,que administrava a cidade (CaboFrio só viria a ter prefeitura em 1922)decidiu construir uma guarita de pe-dra sobre a Fonte do Itajurú, o ma-nancial d’água mais importante dacidade, contratou Bellegarde, o qual

elaborou o projeto, somente exe-cutado em 1847, quando o im-perador Pedro Segundo resolveunão só ordenar mas ainda finan-ciar a obra, deixada a cargo doengenheiro Sérgio Marcondes deAndrade, o mesmo que viria aexecutar o então denominado“alinhamento da cidade” (hoje,plano diretor) preconizado porBellegarde. Quanto a este, já en-tão falecido, não chegaria a vernenhuma das tres obras conclu-ídas (a ponte, a fonte e o plano)embora o Imperador tenha fei-to questão de vir pessoalmente aCabo Frio inaugurar a guaritada fonte primordial à própriaexistência da cidade, que porisso

veio a ostentar em sua fachada a ima-gem da coroa imperial em argamas-sa.

Dedicou-se particularmente, sobos aspectos técnico e ecológico, à La-goa de Araruama, elaborando doisestudos sobre a mesma, sendo um arespeito da navegabilidade da lagu-na e a construção de um canal para-lelo auxiliar (realizado anos depoispelo também engenheiro LegerPalmer) e o outro quanto à dragagemda barra do canal visando suadesobstrução e alargamento, em1838 (sua última realização, efeti-vada mais tarde pelo engenheiro An-tonio Luis von Hoonholtz, o Barãode Teffé, introdutor da Hidrografiano Brasil).

Finalmente, analizou, definiu eimplantou, também por solicitaçãoda Câmara, uma nova divisãodistrital de Cabo Frio, que à épocaabrangia vários distritos que viriamposteriormente a compor novosmunicípios: Capivari (hoje Silva Jar-dim), Rio Bonito, Ipuca (atualCasimiro de Abreu), Rio das Ostras,Araruama, Saquarema, São Pedro,Iguaba, Arraial e Búzios. Assim, porexemplo, Tamoios foi desmem-brado em Araçá e Campos Novos,sendo posteriormente reunificadoatravés da lei provincial 1759 de 30/11/1872 pela junção dos mesmosdistritos de Araçá e Campos Novosque passaram a ser sub-distritos deTamoios.

Em que pese tão amplo currícu-lo de Engenharia, o que efetivamen-te fixou seu nome para a posterida-

de, no âmbito da história cabofrien-se, foi o estabelecimento da Irman-dade de Santa Isabel da Caridade ,instituição criada com a finalidadede “proteger, socorrer e cuidar dosindigentes órfãos expostos e presosdo têrmo (hoje, município) de CaboFrio”, ou seja, a chamada “roda dosexpostos”, encontradas em quase to-das as cidades coloniais e hoje rema-nescente em apenas quatro, entre asquais Igarassú, em Pernambuco, eevidentemente desativadas (a doRio, por exemplo, converteu-se naFundação Romão Duarte, à ruaMarquês de Abrantes). Assim, em01/03/1836, no quartel de residên-cia do major do Imperial Corpo deEngenheiros Bellegarde, com a pre-sença de outros cidadãos influentesdo município, foi discutido e apro-vado o Projeto de Compromisso, re-digido pelo major, visando a cons-trução da Casa de Caridade –CHARITAS – com pedra funda-mental em 27/07/1836 e inaugu-ração em 16/02/1840 (tambémapós seu falecimento), que tantosserviços prestou à população menosfavorecida e que hoje abriga a Casade Cultura municipal.

Em vista, pois, de todo este acer-vo de realizações que tornaramBellegarde o mais destacado enge-nheiro da história cabofriense até opresente, fora de qualquer dúvida,proponho e defendo sua adoçãocomo patrono da Associação de Ar-quitetos e Engenheiros da Regiãodos Lagos – ASAERLA. Vindo afalecer prematuramente de febreamarela em 21/01/1839, foi sepul-tado no cemitério franciscano deNossa Senhora dos Anjos, onde seusrestos permanecem ainda num pe-queno mausoléu, na terra que ado-tou como definitivamente sua apóstantos deslocamentos pelo mundoafora.

O engenheiro Luis Henrique de Niemeyer Bellegarde foi o precursordo primeiro Plano Diretor de Cabo Frio, projetado e executado entre 1841 e 1843

*Luiz Carlos da Cunha*Luiz Carlos da Cunha*Luiz Carlos da Cunha*Luiz Carlos da Cunha*Luiz Carlos da CunhaSilveira é engenheiro,Silveira é engenheiro,Silveira é engenheiro,Silveira é engenheiro,Silveira é engenheiro,pesquisador e escritorpesquisador e escritorpesquisador e escritorpesquisador e escritorpesquisador e escritor.....É membro da diretoriaÉ membro da diretoriaÉ membro da diretoriaÉ membro da diretoriaÉ membro da diretoriada da da da da ASAERLAASAERLAASAERLAASAERLAASAERLA

*Luiz Carlos da Cunha Silveira

Foto: imagem reproduzida do quadro doMajor Bellegard sob orientação doprofessor Afonso Santa Rosa, diretorCultural da Câmara e de Maria de Nazaré,chefe de gabinete da presidência.

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O Farol e o mico do Engenheiro Bellegarde

AGOSTINHO GUERREIRO Presidente do CREA-RJ

ASAERLA – Presidente comoASAERLA – Presidente comoASAERLA – Presidente comoASAERLA – Presidente comoASAERLA – Presidente comosrsrsrsrsr. está v. está v. está v. está v. está vendo este momento emendo este momento emendo este momento emendo este momento emendo este momento emque o srque o srque o srque o srque o sr. per. per. per. per. percorrcorrcorrcorrcorre as inspetoriase as inspetoriase as inspetoriase as inspetoriase as inspetoriase conhece as entidades de clas-e conhece as entidades de clas-e conhece as entidades de clas-e conhece as entidades de clas-e conhece as entidades de clas-se?se?se?se?se?

Agostinho – Bem, este momen-to está se aproximando o final doano e é o momento de reflexão, debalanço, de fazermos em tempoaquelas auto-críticas que ainda po-demos fazer e nos prepararmos parao novo ano.

Então a visita às regionais é umamaneira de beber na fonte. A gentetem que ir e ouvir os inspetores, osprofissionais, as empresas, todos osservidores que trabalham nos maisdiversos lugares e isso é uma manei-ra que nos aproxima e permite quenós resolvamos uma série de pro-blemas que, se não tivesse esse con-tato, seria bem mais difícil de resol-ver.

Quais os efeitos da regiona-Quais os efeitos da regiona-Quais os efeitos da regiona-Quais os efeitos da regiona-Quais os efeitos da regiona-lização que o lização que o lização que o lização que o lização que o CREACREACREACREACREA está fazen- está fazen- está fazen- está fazen- está fazen-

do e o srdo e o srdo e o srdo e o srdo e o sr. acha que tem acr. acha que tem acr. acha que tem acr. acha que tem acr. acha que tem acres-es-es-es-es-centado alguma coisa?centado alguma coisa?centado alguma coisa?centado alguma coisa?centado alguma coisa?

Acredito que sim. Nós temos di-ficuldades porque o CREA é umainstituição muita heterogênea por-que ele tem uma plenária, tem câ-maras, tem uma diretoria, tem pre-sidente que é eleito, tem um execu-tivo que é formado pela diretoriamais os servidores.

O CREA tem suas estruturas re-gionais de inspetorias, as coordena-ções. Então é muito heterogênea,mas eu acho que o fato de nós po-dermos distribuir as atribuições quesempre foram muito centralizadasque, de tal forma que na ponta osprofissionais e as empresas possamser melhor atendidos é muito im-portante. Eu sou defensor disso.

DDDDDurante a sua posse, o srurante a sua posse, o srurante a sua posse, o srurante a sua posse, o srurante a sua posse, o sr. dis-. dis-. dis-. dis-. dis-se que entendia que as associa-se que entendia que as associa-se que entendia que as associa-se que entendia que as associa-se que entendia que as associa-ções e entidades do interior for-ções e entidades do interior for-ções e entidades do interior for-ções e entidades do interior for-ções e entidades do interior for-mavam uma nova força. Agoramavam uma nova força. Agoramavam uma nova força. Agoramavam uma nova força. Agoramavam uma nova força. Agoracom as suas visitas, o srcom as suas visitas, o srcom as suas visitas, o srcom as suas visitas, o srcom as suas visitas, o sr. acr. acr. acr. acr. acredi-edi-edi-edi-edi-ta que estas entidades podem aju-ta que estas entidades podem aju-ta que estas entidades podem aju-ta que estas entidades podem aju-ta que estas entidades podem aju-dar o dar o dar o dar o dar o CREACREACREACREACREA e o profissional? e o profissional? e o profissional? e o profissional? e o profissional?

Sem dúvida que sim. Acho que

algumas entidades são auto-sus-tentáveis, elas tem uma dinâmicaimportante e conseguem mobili-zar muitos profissionais. Conse-guem uma boa articulação comas empresas, com as prefeituras ecom o poder público. E isto porsi só já é um sinal dessa força. Ou-tras entidades passam algum tipode dificuldade. Às vezes dificul-dade de ordem material, às vezesdificuldade de mobilização, masé uma das coisas que estamosestudanto, junto com essas enti-dades.

Esse é um assunto que tem sedestacado nas nossas visitas e nósqueremos através da aceleraçãodesse intercâmbio com as inspeto-rias, com as entidades do interior,exatamente criar mecanismos coma ajuda do próprio CREA-RJ, sem-pre que for possível através de re-passes de ART’s ou de outras for-mas.

OOOOOs prs prs prs prs profissionais do interiorofissionais do interiorofissionais do interiorofissionais do interiorofissionais do interior,,,,,citam a OAB e Associação Mé-citam a OAB e Associação Mé-citam a OAB e Associação Mé-citam a OAB e Associação Mé-citam a OAB e Associação Mé-dica como exemplos de união.dica como exemplos de união.dica como exemplos de união.dica como exemplos de união.dica como exemplos de união.

Como o Como o Como o Como o Como o CREACREACREACREACREA pode unir a clas- pode unir a clas- pode unir a clas- pode unir a clas- pode unir a clas-se?se?se?se?se?

O CREA pode unir a classe comas forças que ele tem. A OAB é umaordem e nós somos apenas um Con-selho e não temos tantos poderesquanto a OAB tem. No passado ten-tamos criar a ordem dos engenhei-ros e o processo avançou muito. De-pois estancou e não foi à frente. En-tão, nós não temos realmente os mes-mos poderes que a OAB. Um exem-plo é a prova que a OAB faz, nósnão temos esse poder e não faz parteda nossa legislação.

Existe algum estudo nesse Existe algum estudo nesse Existe algum estudo nesse Existe algum estudo nesse Existe algum estudo nessesentido?sentido?sentido?sentido?sentido?

Existe um estudo mas nós nãotemos uma lei que nos dê apoiopara fazer isso. Fica então mais navontade, mas não é legal. Na OABnão só é legal como ela faz de fato.A OAB por exemplo, tem comoatribuição a defesa da ordem. Adefesa constitucional que não estána nossa legislação de conselho. Anossa legislação é mais frágil, nóstemos menos poder do que uma

ordem. Mas nós temos outros ins-trumentos, temos que por exem-plo, aproveitar um conjunto gran-de de profissionais e de empresas.Nó somos o maior conselho. O Riode Janeiro é o segundo maior con-selho do Brasil. E o Confea é omaior conselho de todas as profis-sões do Brasil. Então, acredito quenós deveríamos utilizar esse po-tencial quantitativo para transfor-mar também em vitórias qualitati-vas.

Existe algum projeto paraExiste algum projeto paraExiste algum projeto paraExiste algum projeto paraExiste algum projeto paraajudar os profissionais do inte-ajudar os profissionais do inte-ajudar os profissionais do inte-ajudar os profissionais do inte-ajudar os profissionais do inte-rior a se manterem atualizadosrior a se manterem atualizadosrior a se manterem atualizadosrior a se manterem atualizadosrior a se manterem atualizadosatravés de cursos de qualifica-através de cursos de qualifica-através de cursos de qualifica-através de cursos de qualifica-através de cursos de qualifica-ção e seminários?ção e seminários?ção e seminários?ção e seminários?ção e seminários?

Existe uma determinação nossa ea orientação que damos é que, dasinspetorias do interior e das coorde-nadorias, venham projetos tratandodessa questão, para assim, fazermosuma consolidação e exatamente mu-dar o rumo que é essa concentraçãona região metropolitana e fazermoscursos no interior. Essa é uma von-tade que nós temos e precisamos des-tas propostas e destes projetos.

Como o profissional do in- Como o profissional do in- Como o profissional do in- Como o profissional do in- Como o profissional do in-terior pode ver de imediato o queterior pode ver de imediato o queterior pode ver de imediato o queterior pode ver de imediato o queterior pode ver de imediato o quejá está mudando no já está mudando no já está mudando no já está mudando no já está mudando no CREACREACREACREACREA?????

Os profissionais devem estabele-cer um contato preferencialmentefortalecendo os organismos de suaprópria região, suas inspetorias, suascoordenadorias e entidades de clas-se. Ou então podem se dirigir dire-to ao CREA através de email ou ou-tros mecanismos de tal forma que agente possa, sempre que possível,fazer um atendimento direto. Quan-do a gente não puder, vai aproveitarde alguma forma as idéias e as su-gestões.

O nosso CREA está de portasabertas e podem contar conosco.

Durante a cerimônia de transmissão decargo a presidência do Crea-RJ,no anopassado, o engenheiro agrônomo forma-do pela UFRRJ e mestre em engenhariade produção pela Coppe/UFRJ, AgostinhoGuerreiro disse que no primeiro momentoteria muito trabalho interno e a seguir iriavisitar todas as inspetorias do estado. Guer-reiro disse também que queria conhecerde perto todas as associações de classe eque estava nos planos de trabalho fortale-cer as entidades. No final de novembro, opresidente visitou Cabo Frio e conversoucom inspetores e a diretoria da ASAERLA.

“O nosso Crea está de portas abertas e podem contar conosco”

WWWWWalmor Falmor Falmor Falmor Falmor Frrrrreitaseitaseitaseitaseitas

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Mútua – O Braço Social do Sistema Confea/Crea

BB abre créditos a empresas daconstrução civil com juros menoresPara aquecer ainda mais o se-

tor da construção civil, o Bancodo Brasil está investindo em no-vas linhas de créditos para empre-sas do setor construir sem preci-sar utilizar o próprio capital. Oanúncio foi feito pelo gerente deRelacionamento com o Setor Pú-blico do Banco do Brasil, HélderFilgueira Bolais que chamou osempreiteiros e construtores parainvestirem em casas que caibam nobolso do servidor público ressal-tando que o banco também ofe-rece financiamento para a cons-trução, podendo chegar a 90%do valor total.

-É tudo muito simples. Asempreiteiras precisam estar coma documentação em dia e apre-sentar certidão do ISO 9000. Oimportante é que essas empre-sas não precisam desembolsarcapital para começar a construire oferecer imóveis e projetos aclientes-, disse Hélder. Segundoo gerente do BB, o banco estáoferecendo este novo produto

para a construção civil com ta-xas competitivas em relação aomercado.

-Por ser um novo produto, oBB tem boa flexibilidade para ne-gociar e a receptividade está sen-do muito boa-, disse Helder queapresentou o projeto aos direto-res da Asaerla durante a assinatu-ra do programa municipal “Ha-bitAção para o Servidor”. O Pro-grama elaborado pela secretaria

municipal de Habitação e Servi-ços Públicos, em parceria com oBanco do Brasil e apoio daASAERLA e Sindicato dos Fun-cionários Públicos, propõe con-cessão de crédito imobiliário parafinanciamento de imóveis aos ser-vidores municipais de Cabo Frio,com isenção da tarifa de análisejurídica e oferta da menor taxa dejuros praticada para o produtoBB Crédito Imobiliário.

Atuando como entidade assis-tencial do Sistema Confea/Crea eMútua e com o objetivo constan-te de propiciar melhor qualidadede vida aos seus associados, a Mú-tua – Caixa de Assistência dos Pro-fissionais do Crea – é uma Socie-dade Civil sem fins lucrativos cri-ada pela resolução n° 252 do Con-selho Federal de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia (Confea),em 1977.

Em todo o País, a Mútua temaproximadamente 30 mil associ-ados, que dispõem de vários be-nefícios sociais, previdenciários eassistenciais. Entre eles, emprésti-mos para finalidades como aqui-sição de material de construção,livros e equipamentos, educaçãocontinuada, auxílio maternidadee saúde, com taxas de juros de0,5% ao mês e teto de concessãode 50 salários mínimos.

Os profissionais têm, ainda, a suadisposição quatro benefícios queacabam de ser lançados pela Insti-tuição: Benefício Emergencial Mú-tua (BEM), Auxílio para Aquisiçãode Material e Equipamentos Agrí-colas, Auxílio Empreendedor e Au-xílio para Aquisição de Veículos.

Destinado aos associados a-tingidos pelos efeitos de situa-ções climáticas adversas, comoenchentes, deslizamentos, des-moronamentos, entre outros de-sastres naturais, o BEM trata-seda adaptação de quatro benefí-cios existentes em condições maisflexíveis.

A Mútua possui, ainda, convê-nios com a Editora Abril, com oJornal Valor Econômico, com aAssurê Corretora de Seguros, como Seguro de ResponsabilidadeCivil (RC Profissional), com aDatacad, empresa de softwares deengenharia e arquitetura, com aUnidas Rent a Car, além de ho-téis, agências de turismo, clínicasde reabilitação física e fisioterapia,entre outros, que se refletem emforma de descontos para os seusassociados residentes em todos osEstados do País.

Outro benefício é o plano fe-chado de previdência comple-mentar da Mútua (TecnoPrev),desenvolvido especialmente pa-ra os profissionais da área tecno-lógica, com adesão mínima deR$ 50 e garantia de resgate epensão aos herdeiros. O plano

tem taxa de administração de0,5% ao ano e flexibilidade nasformas e valores de contribui-ção.

Podem se associar todos os pro-fissionais com registro nos Conse-lhos Regionais de Engenharia,Arquitetura e Agronomia (Creas),além dos colaboradores da Mú-tua, Creas e Confea. O profissio-nal que se interessar em se associ-ar à Mútua deverá preencher ocadastro on-line e pagar a taxa deinscrição no valor de R$ 10,00e a anuidade, no valor deR$ 130,00.

Os boletos para pagamento dataxa de inscrição e da anuidadeserão enviados para o endereçoque estiver selecionado no cadas-tro on-line (residencial ou comer-cial). Poderão ser pagos em qual-quer agência bancária até a datado vencimento, e após a data, so-mente nas agências do Banco doBrasil.

Qualquer dúvida, entre emcontato com a Central de Relaci-onamento Mútua (CRM), pelotelefone 0800-610003 ou entreno site www.mutua.com.br, link“Benefícios”.

O gerente do BB Hélder Filgueira e Humberto Quintanilha

PPPPPor Lor Lor Lor Lor Luiz Carlos da Cuiz Carlos da Cuiz Carlos da Cuiz Carlos da Cuiz Carlos da Cunha Sunha Sunha Sunha Sunha Silvilvilvilvilveiraeiraeiraeiraeira

*Luiz Carlos da Cunha Silveira*Luiz Carlos da Cunha Silveira*Luiz Carlos da Cunha Silveira*Luiz Carlos da Cunha Silveira*Luiz Carlos da Cunha Silveiraé engenheiro, pesquisador eé engenheiro, pesquisador eé engenheiro, pesquisador eé engenheiro, pesquisador eé engenheiro, pesquisador eescritorescritorescritorescritorescritor. É membr. É membr. É membr. É membr. É membro da diro da diro da diro da diro da diretoriaetoriaetoriaetoriaetoriada da da da da ASAERLAASAERLAASAERLAASAERLAASAERLA

Os engenheiros

de Cabo Frio

Sendo dezembro o mês no qualse comemora o Dia do Enge-nheiro, cabe focalizar a aten-ção, na edição do informativodeste mês, sobre os profissio-nais que, ao longo da históriade Cabo Frio, mais se destaca-ram, tanto mais que paira umavaga impressão de que os en-genheiros e arquitetos só apa-receram na região bem recen-temente, em função do “boom”imobiliário voltado ao turismobalneário quando, na realidade,estes profissionais orientarame catalisaram o desenvolvimen-to da cidade desde seu início.A primeira construção de quese tem registro na história deCabo Frio vem a ser a Casa dePedra dos franceses (“maisonde pierre” para eles e “itaoca”para os tupinambás) existenteno período de 1575 (expediçãode Salema) a 1615 (expediçãode Menelau) - já que a feitoriade Vespúcio foi presumivel-mente uma taba indígena me-lhorada que não deixou qual-quer vestígio de sua existência- não se conhecendo o enge-nheiro anônimo que assinousua ART.Em épocas mais recentes e ci-vilizadas, destacaram-se al-guns profissionais cujos no-mes merecem ser relembradossem detrimento dos demais,embora os tres mais conspí-cuos não fossem cabofriensesnem sequer brasileiros: Henri-que Luis de Niemeyer Bellegar-de (1802 – 1839) era por tugu-ês de Lisboa, Leger Palmer(1837 – 1906) francês de Pa-ris, enquanto Ludwig Linden-berg (1790 – 1850) era alemãode Luebeck. Quanto a suas es-pecialidades, Bellegarde era en-genheiro geógrafo e de pontespela Academia Militar do Rio deJaneiro, Palmer formou-se emengenharia mecânica pela Es-cola de Engenharia de Chalôn-sur-Marne e Lindenberg era en-genheiro agrônomo especi-

alizado nas culturas de anil ecochonilha, embora tenha final-mente se destacado como ointrodutor da moderna salicul-tura na Região dos Lagos.Não podemos deixar de men-cionar também os três enge-nheiros militares do Exército Im-perial Brasileiro responsáveispelo primeiro plano diretor deCabo Frio, implantado de 1841 a1843, na época denominado “ali-nhamento da cidade”: majorJosé Joaquim de Carvalho, queo solicitou, na qualidade de pre-sidente da província do Rio deJaneiro; tenente-coronel GaldinoPimentel, que montou o projeto;e o capitão-engenheiro SérgioMarcondes de Andrade, que oexecutou, o qual também cons-truiu a guarita da Fonte do Itajurúprojetada por Bellegarde.Pouco lembrado (bem menosque Bellegarde, Palmer e Lin-denberg), apesar de sua atua-ção destacada na história daengenharia cabofriense no to-cante à retificação e dragagemdo Canal do Itajurú, vem a sero almirante Antônio Luis VonHoonholtz (1837 – 1931), Ba-rão de Teffé por título outorga-do por Dom Pedro II em 1873,fluminense de Itaguaí.Pretendo, por tanto, focalizar, aolongo das sucessivas ediçõesdo informativo, a vida e a obradestes e de outros profissionaisque atuaram em Cabo Frio, ini-ciando nesta por Bellegarde, omais destacado de todos até opresente. Tenho ainda a preten-são de elaborar uma históriaabrangente e minuciosa da his-tória da engenharia e arquitetu-ra em Cabo Frio e região, maspara tanto faltam-me, até ago-ra, as necessárias fontes de in-formação.

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O engenheiro civil Raimundo Luiz Neves Nogueira, o Dokinha, temmotivos de sobra para fechar 2009 em alta. Entre novos trabalhos enovas amizades o engenheiro foi escolhido para representar a regiãoleste dos inspetores do CREA-RJ na 66ª.SOEAA, Semana Oficial daEngenharia, Arquitetura e Agronomia realizada em Manaus, Amazo-nas. De volta ao Rio, Dokinha recebeu umaespecial homenagem pelos 17 anos de ser-viços prestados ao sistema CREA-RJ.Dokinha recebeu o Atestado de ServiçosMeritórios. O evento marcou o dia11 de de-zembro, celebração pelos 75 anos do Con-selho e pelo dia do Profissional do SistemaConfea/Crea.Para fechar, o Flamengo conquistou o títulodo Brasileirão 2009.

SALDO POSITIVO

O Conselho Regional de En-genharia e Arquitetura (Crea)apóia a lei que permite a legaliza-ção e construção de novos pu-xadinhos em coberturas, varandase casas, mas com ressalvas quantoà padronização das construções ealterações bruscas no projetoarquitetônico. De acordo com opresidente do CREA-RJ, Agosti-nho Guerreiro, a solução será be-néfica na cidade do Rio, que sofrecom ventos fortes e muitas chuvasem determinadas estações do ano,mas épreciso estabelecer um pa-drão que respeite o projeto de cons-trução, principalmente nos prédi-os da Orla.

“Não dá para cada um cons-

truir a sua varanda do jeito quequiser. Deve ser uma decisão emconjunto do Condomínio. Osmateriais de construção devemser iguais e todos devem fazer amodificação da mesma forma,para que o projeto original nãofique comprometido, prejudican-do visualmente as construções”,disse Agostinho Guerreiro, lem-brando que diversos prédios his-tóricos que deveriam ter sido tom-bados, hoje encontram-se total-mente modificados.

“Com isso, nós não podemosconcordar”. Agostinho ressaltouainda que, antes da aprovação dalei, o vereador Carlos Caiado este-ve no Crea explicando o Projeto.

Puxadinhos: CREA-RJ diz que projeto

arquitetônico precisa ser respeitado

Aumenta a participação da ASAERLAnas discussões sobre os rumos da região

O ano de 2009 foi de traba-lho intenso para a diretoria daASAERLA. Com reuniões sema-nais, a entidade levantou assun-tos de interesse dos arquitetos e en-genheiros da região e temas que in-terferem na vida de qualquer cida-dão que vai desde simples podas deárvores na época certa, colocação decones em locais proibidos, falta deplanejamento no trânsito e constru-ções irregulares que se multiplicampela região.

-É importante estar atento atudo que faz parte da nossa quali-dade de vida. Com 32 anos deatuação a ASAERLA contribuiutanto para os profissionais, comopara a sociedade em benefício dobem estar comum. Muitas açõesapontadas por nós já tiveram re-sultados positivos-, diz o enge-nheiro Humberto Quintanilha ci-tando que a prefeitura de CaboFrio já embargou algumas cons-truções que não obedeceram o có-digo de obra.

-Também não adianta a prefei-tura embargar a obra e depois re-gularizar o que estava fora do pro-jeto por mais-valia. Se não pode,não pode. Senão vira o famoso“jeitinho” para regularizar o ile-gal-, alerta Quintanilha.

Arquiteta e pós-graduada emplanejamento e projeto urbanosRosane Novo Vieira Vargas, Co-ordenadora de Planejamento eDesenvolvimento Urbano da pre-feitura concorda que a mais- va-lia estimula às construções fora doprojeto mas acredita que commais fiscais e mudança na legisla-ção possa evitar abusos.

-Teremos mais 25 fiscais apro-vados em concurso e novas leisenviadas à câmara. Por enquantofazemos o trâmite normal. A fisca-lização notifica e se o proprietárionão comparece a obra é embargada

e a documentação encaminhada àProcuradoria do município para ostrâmites jurídicos. Daí em dianteos advogados é que cuidam decada caso que pode resultar emprocesso demolitório-, explicaRosane.

Na Procuradoria da Prefeiturade Cabo Frio, a procuradora AnaCândida confirma que este anomuitos casos chegaram ao setorjurídico e muitas obras podem serdemolidas.

-Aguardamos sempre a decisãoda justiça. Temos muitos proces-sos e algumas decisões da justiçapara que as obras irregulares sejamdemolidas-, informou a advogadaque está fazendo um levantamen-to de todos os casos de irregulari-dades.

-Posso adiantar que temos mui-tos casos e todos encaminhados àjustiça-, disse.

Ofícios sem respostasAlém de Cabo Frio, a direto-

ria da ASAERLA tem feito reu-niões e contatos com profissionaisde outras cidades. Na pauta, dú-vidas nos critérios para aprovaçãode projetos e a morosidade noatendimento aos profissionais nasprefeituras. Para tanto, a entida-de enviou ofícios às prefeiturasque não responderam às solicita-

ções e pedido de agendamento dereunião.

-Até agora, apenas o secretárioCarlos Victor Rocha disse que vaimarcar uma reunião com a nossadiretoria. Outras prefeituras e se-cretarias ainda não se manifesta-ram-, lamentou o engenheiroLuis Sérgio Santos, diretor-secre-tário. Luiz Sérgio lembra aindaque o atendimento aos profissio-nais na secretaria de planejamen-to de Cabo Frio melhorou masainda está longe do ideal. Apenasum turno, (meio dia) de 2ª,3 e 5ªé dedicada ao atendimento. Trêsvezes por semana.

-Mas quando tem feriado nãoexiste horário alternativo e issoatrasa por mais de uma semana osprojetos-, diz o engenheiro.

Com participação cada vez mai-or na sociedade, a ASAERLA já fazparte de diversas comissões e con-selhos municipais como oCONSEPLA, Conselho do PlanoDiretor, CONDEMA, CONSE-LHO de Meio Ambiente e Conse-lho de Turismo. A entidade tem as-sento também no Conselho Gestorda APA do Pau-Brasil entre outros.

-Levamos sempre nosso olhartécnico e isso ajuda muito no mo-mento de decidir um melhor pla-nejamento para a cidade-, frisa oengenheiro Luiz Carlos Silveira.

Homenagem

Obra construída fora do código de obras

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