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Gastronomia Um japonês com charme e originalidade Bebidas Saiba como são criados os vinhos Estilo Dicas para seu cabelo enfrentar o próximo verão Pronta para ganhar as passarelas do mundo Nicole Guimarães SEM MEDIDA Revista wr ters i Editora Comunicação Para quem não tem medo da fita métrica Ano 1 - Nº 3 - Setembro de 2009

Ed. 8 - Ano 1 - 09/2009

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Revista de Variedades dirigida ao público plus size de lingua portuguesa

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GastronomiaUm japonês com charme eoriginalidade

Bebidas

Saiba comosão criadosos vinhos

EstiloDicas para seucabelo enfrentaro próximo verão

Pronta para ganharas passarelas do mundo

NicoleGuimarães

SEMMEDIDARevista

wr tersiEditora ComunicaçãoPara quem não tem medo da fita métrica

Ano 1 - Nº 3 - Setembro de 2009

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revista que era Large Lovers, passou a se chamar “Algo a mais” e, depois, em respeito à propriedade de uma marca já existente, a “Algo mais”,a se chamar Sem Medida. E espe-ramos que este seja o nome definitivo desta revista. Afinal,

segundo uma pesquisa feita por nossos advogados no Intituto Nacio-nal da Propriedade Industrial (INPI), esta marca não existe. Ou melhor, agora passa a existir. O importante é que vocês saibam que seja qual for o nome desta publicação, seu conteúdo permanecerá o mesmo, sempre dirigido a um “público de peso”, que nos tem apoiado e que cresce a cada dia.

Aliás, por falar em crescimento, a última edição da revista teve mais de 5 mil acessos e, nos últimos três dias, mesmo sem ainda ter-mos disponibilizado esta nova edição, alcançamos uma média diária de 100 visitas ao site. Nossa meta inicial era a de “trabalharmos no vermelho” por nada menos do que 12 meses e, só a partir daí comer-cializarmos espaços publicitários em nosso web site e em nossas pági-nas. Mas, como estamos indo de vento em popa, decidimos antecipar este projeto e colocar o departamento comercial para trabalhar.

Além do apoio recebido pelos leitores também temos notado um alto grau de receptividade por parte de empresas e profissionais aos nossos pedidos de entrevista. Uma demonstração disto, está expres-sa na resposta que a Kauê Modas, uma das gigantes do ramo de ves-tuário plus size, nos enviou esta semana, depois de receberem nosso pedido. “Ficamos positivamente surpresos com um trabalho tão profis-sional e interessante nessa área. Estamos à inteira disposição para essa entrevista.”

A capa desta edição traz Nicole Guimarães, uma das vencedoras do concurso Plus Size Models Guide, o nosso guia de modelos que estreará em meados de outubro, com mais de 30 mulheres que toda empresa gostaria de ver anunciando seus produtos. Além disso, apre-sentamos o “Dia de Modelo”, uma iniciativa fantástica criada pelo blog Mulherão. Apresentamos um restaurante japonês onde preparar a culinária nipônica se tornou uma arte. Explicamos como se produz o vinho, entrevistamos uma profissional especializada em coaching, mostramos como manter o peso e ao mesmo tempo esbanjar saúde e falamos sobre cabelos numa reportagem feita com os profissionais do salão Tampopo, em São Paulo.

Além disso, uma notícia de última hora que merece destaque, é a realização do 1º Concurso de Dança do Ventre do web site Gordinhas Lindas, do qual Sem Medida será um dos patrocinadores e a revista oficial do evento. O concurso dará às vencedoras, um prêmio no valor de 2 mil reais, em vale-compras que poderão ser trocados por roupas e acessórios, na Kauê Modas, Lepoque Moda Feminina em Tamanhos Grandes, GG Sexy Lingerie e por bijuterias da designer paulista de jóias Celina Lulai, que aceitaram gentilmente o convite desta revista para patrocinar o concurso.

Tenham todos uma agradável leitura, com a certeza de que todos os dias os profissionais que fazem esta revista levantam e vão dormir pensando em que assuntos nossos leitores gostariam de ver estampa-dos nas páginas da sua Sem Medida.

Roberto Paes

A revista Sem Medida é uma publicação eletrônica periódica editada pela Writers Editora e Comunicação Ltda., de acesso gratuito através do web site: www.semmedida.com.br. Os artigos publicados aqui não refletem, necessariamente, as posições ideológicas do projeto e da editora e são de inteira responsabilidade de seus autores.

EditoresRoberto Paes e Francisco [email protected]

Jornalista responsávelFrancisco Reis (MTb: 14.887)[email protected]

ComercializaçãoRafael [email protected]

Writers Editora e Comunicação Ltda.Rua Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 Cj 112 - Jd. Marajoara - São Paulo - SPCep: 04678-002Tel.: 55 (11) 3729-3534 ou 3628-4825Web site: www.writers.com.brE-mail: [email protected]

ele não acontece sem competência

Sucesso

A

Antonio Larghi

SEMMEDIDARevista

Para quem não tem medo da fita métrica

“Sem”Preposição

Ausência de condição necessária.

“Medida”Substantivo feminino

O que não pode ou não deve ser ultrapassado; limite, termo.

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Coaching 60 Saúde 72

6 Perfil 28 BebidaÍndice

Divulgação

18 Comida

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Saúde 72 Compras 68 Cabelo 72

28 Bebida 36 Dia de modelo

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ela está prontapara brilhar naspassarelas

NicoleGuimarães

Texto: da Redação | Imagens: Antonio Larghi

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O mundo fashion sempre encantou a todos com uma

imagem de glamour e muito dinheiro, mas

ao mesmo tempo, de futilidade. No

universo das modelos plus size isso não é

verdade, pois Nicole Guimarães, além da beleza, mostra para

quem quiser ver sua inteligência e

maturidade.

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dia marcado para a sessão de fotos com Nicole Guimarães amanheceu ensolarado como há muito tempo não se via em

São Paulo. Em compensação, o trânsito estava horrível e o percurso da rodoviária do Tietê, onde Nicole chegou vinda de Mogi das Cruzes, cidade do interior de São Pau-lo, até à redação da Revista demorou nada menos que duas horas. Tempo suficiente para que pudéssemos conhecer melhor uma das modelos ganhadoras do primeiro concurso do Plus Size Models Guide.

Entre um congestionamento e outro, Nicole contou que já trabalha como mode-lo plus size, participou de várias seleções para fotos e desfiles e que o glamour e o sonho de se fazer fortuna nas passarelas é algo que, quem sabe, venha com o tem-po. De imediato, o que uma modelo tem que enfrentar são horas e horas à espera do teste e cachês que às vezes não com-pensam nem sequer levantar da cama.

Mas isso não faz com que esta filha de gaúchos e com traços bem definidos per-ca o bom humor e, muito menos, deixe de pensar no futuro. Nicole está com 22 anos e em breve vai se formar em Ciências Bio-lógicas. Depois pretende fazer um mestra-do em Biologia Funcional pela Universida-de Federal de Campinas, a Unicamp. Ela trabalha, e isso não deixa de ser irônico, como estagiária em um laboratório de pes-quisa que estuda distúrbios do metabolis-mo, como, por exemplo, a obesidade.

Nicole conta que, assim como a maioria das modelos plus size, começou na carrei-ra por acaso, posando para um catálogo de roupas. Ela diz que só decidiu se dedi-car ao mundo da moda depois de ver os re-sultados destas fotos, mas mesmo assim, com algumas dúvidas em mente. Seu pró-ximo passo foi procurar agências de mode-lo. Ela diz que encontrou “algumas idôneas e outras nem tanto”.

“Este segmento da moda, o das mo-delos plus size, está surgindo agora e de forma um pouco desordenada. Algumas mulheres com perfil, outras não, mas algu-mas agências se interessam somente nas taxas de agenciamento ou na confecção do book que é cobrada, não importando

O

Bom, quando comento que sou

modelo, recebo aquele olhar de cima embaixo, mais devagar, é claro, na área do abdomen (risos). Mas eu levo

numa boa, já gostava de mim antes, agora,

gosto mais ainda.

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se a pessoa tem ou não perfil. Temos que tomar muito cuidado neste meio. Felizmen-te, ao conhecer a forma de trabalho que o Plus Size Models Guide pretende utilizar, me senti mais segura, pois os interesses se aliam, haverá progresso quando houver trabalho e todo mundo ganha. Simples e justo”, afirma Nicole.

Ela nos contou que conheceu a proposta do PSMG através de um link que recebeu e que fora postado em uma comunidade do Orkut. E, quando perguntamos o que ela esperava do concurso, com o olhar muito sério ela afirma: “Honestamente? Nada (risos). Estava tão acostumada a divulgar meu material sozinha, tentar conseguir tra-balhos e me frustrar por isso, que achei que não iria ganhar por não ser famosa, ou por ter pouca experiência”, diz Nicole. No entanto, quando recebeu a mensagem de que havia sido escolhida, ela disse ter se sentido lisonjeada e realmente especial.

E não era para menos. Em dois meses de andamento, o Plus Size Models Guide recebeu mais de 370 inscrições de parti-cipantes plus size de todo o Brasil. Rober-to Paes, editor da revista Sem Medida e responsável pelo concurso, conta que as primeiras peneiras foram simples, mas diz que quando chegaram ao momento final, onde tinham que escolher apenas dois ganhadores, a situação se complicou por-que todos, à sua maneira, mostravam uma beleza sem igual. O resultado da dúvida é que os responsáveis decidiram apenas divulgar que duas modelos ganharam em cada categoria, mas não disseram quem foi a primeira ou a segunda e, numa das categorias, eles quebraram a regra e apro-varam um número maior de candidatos.

Apesar de não dizer abertamente, Nicole deve ter ficado orgulhosa de ter sido uma das vencedoras. E, além de fazer parte do primeiro grupo que irá estrear no Guia, ela também recebeu como prêmio, uma ses-são de fotos gratuitas, um book que será usado pelo Guia e que ela também poderá usar para distribuir suas imagens por ou-tras agências de modelo.

A sessão de fotos começou às 11 horas da manhã e terminou às 2 da tarde. Fo-ram mais de 160 fotos produzidas pelo fo-

A moda grande não deveria se limitar a

fazer roupas grandes. O corte também deve ser diferenciado, algo

que as grandes marcas não fazem. A mesma calça 36 é feita no

manequim 46 e ela não tem como vestir bem aos dois tamanhos de

manequins.

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tógrafo Antonio Larghi. Ele é um fotografo acostumado a clicar pessoas, sejam elas modelos, profissionais de diversos setores empresarias brasileiros e até mesmo artis-tas de sucesso. Antonio conta que nas pri-meiras fotos, tanto ele quanto Nicole, esta-vam nervosos, um estudando o outro. Mas depois, afirma que os dois se soltaram e ele não conseguia parar de clicar.

“A Nicole foi a primeira modelo vencedo-ra que eu fotografei e não há como negar que estava nervoso. Porém, quando perce-bi que praticamente não precisava pedir a ela para fazer nada, compreendi que es-tava com alguém que sabia o que estava fazendo”, conta o fotógrafo. Segundo Antô-nio, Nicole tem um ar sério, penetrante e seus olhos são quase como dois ímãs, de onde não se pode parar de olhar. “Nicole tem presença de espírito e seu rosto mos-tra uma beleza madura, algo difícil de se encontrar em uma modelo de apenas 22 anos”, diz ele.

Depois da sessão de fotos para o Guia, enquanto tomava um suco e se preparava para voltar para casa, Nicole falou sobre o que espera desta sua segunda carreira. “Comecei com a intenção de ter uma ren-da extra enquanto ainda estou estudando, mas, depois, ao ver as possibilidades que este novo mercado pode me oferecer e o quanto há além da moda para se explorar, passei a considerá-la como parte insepará-vel da minha vida”.

Mas ela sabe que o caminho a percorrer é longo porque o mercado para as mode-los plus size está praticamente nascendo. Nicole mesmo já sofreu na pele o precon-ceito. “Bom, quando comento que sou mo-delo, recebo aquele olhar de cima embaixo, mais devagar, é claro, na área do abdomen (risos). Mas eu levo numa boa, já gostava de mim antes, agora, gosto mais ainda”.

Quando perguntamos a Nicole o porquê desta repentina valorização das modelos plus size, ela não pára sequer para respi-rar e dispara: “porque somos a maioria. Já estava na hora de sentirmos que merece-mos nosso espaço na mídia e na publicida-de, afinal, somos, e eu me incluo na lista, consumidores. E como. Pode parecer con-versa de louca, eu sei, mas acredito que

Felizmente, ao conhecer a forma de trabalho que o Plus Size Models Guide

pretende utilizar, me senti mais segura, pois os interesses se aliam.

Haverá progresso quando houver trabalho

e todo mundo ganha. Simples e justo.

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estamos nos aproximando de uma era de respeito ao próximo e a si mesmo, de auto aceitação, onde todos poderão ocupar o seu lugar”, diz Nicole.

“Há muito preconceito contra quem está acima do peso sim, principalmente por ser um aspecto que também se refere à saú-de. Muitos nos tratam como se fôssemos apenas fruto do nosso estilo de vida. Tra-balho em pesquisa sobre a temática da obesidade e ela é uma questão de saúde pública relevante, mas isso não deve ser generalizado. Isso não torna a questão da conta dos outros. Muitas vezes estar acima do peso é uma questão de biotipo, podem ser fatores genéticos e ambientais, mas todos se apressam em dizer que é re-laxo. Eu acho que isso é simplificar demais a questão”, desabafa a modelo. “E, mes-mo se for, não podemos ser julgados por isso”, completa Nicole.

“As pessoas vêem o gordo como gordo e ponto. Você não é mulher, homem, loira, morena, negro ou branco, passa a ser o gordo. Um dia estava em uma agência e fui atendida por uma moça que tinha os cabe-los mais vermelhos que eu já tinha visto, depois de alguma demora, conversei com outra atendente e ela me perguntou quem havia me atendido. Eu respondi que não lembrava o nome e ela me perguntou: ‘era uma bem gordinha?’ Juro que pelo balcão não tinha a menor idéia se a moça era gor-da ou não e então disse: era uma ruiva, e ela respondeu: ‘isso mesmo, a gordinha’, é mole?”, pergunta Nicole.

Nicole ri bastante e diz que tem uma relação muito aberta com a comida: “ela quer entrar. Então ela é muito bem vinda”. Mas, refeita das gargalhadas que dá, a modelo diz que não se discuida da saúde. “Sou ovolacto-vegetariana, ou seja, como ovos, leite e derivados e vegetais, e vejo tantos olhares de espanto por ser gorda e vegetariana quanto por ser gorda e mode-lo”, diz Nicole. “As pessoas vêem um gordo comendo um lanche com olhos de quem vê alguém usando drogas. Isso me aborrece, afinal, existem muitas pessoas ditas “nor-mais” e que têm hábitos de saúde piores e que eu acho que não engordam por ruinda-de”, desabafa Nicole rindo.

Há muitopreconceito contra quem está acima

do peso sim, principalmente por ser um aspecto que também se refere à saúde. Muitos nos

tratam comose fôssemos apenas fruto do nosso estilo

de vida.

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Vivendo no mundo da moda plus size Nicole acompanha de perto tudo o que se produz para quem usa tamanhos grandes. Para ela, a questão da moda feminina para gordas é algo complicado. “As poucas lojas que trabalham com diversos manequins têm nos tamanhos maiores só modelitos que fazem com que a gente se sinta uma tia-avó. Com raras exceções, o que se en-contra são roupas que literalmente ensa-cam a mulher e não realçam nossos pon-tos fortes”, diz Nicole.

“A moda grande não deveria se limitar a fazer roupas grandes. O corte também deve ser diferenciado, algo que as grandes marcas normalmente não fazem. A mesma calça 36 é feita no manequim 46 e ela não tem como vestir bem aos dois tamanhos de manequins”, explica a modelo. Mas Ni-cole afirma que está ficando mais espe-rançosa quanto a tudo isso. “Acredito que o crescimento do segmento de modelagem plus size e da moda grande ocorrerá simul-taneamente e que um dependerá do outro. Afinal, os consumidores estão passando a exigir seu espaço nas vitrines e nos catálo-gos e desfiles e as empresas devem estar preparadas”, conclui Nicole Guimarães.

Depois de perguntar praticamente tudo o que era possível à Nicole e quando já es-távamos chegando na rodoviária, pergunta-mos: por que você acha que foi escolhida pelos jurados do PSMG? Já mais acostu-mada às perguntas e muito mais descon-traída, Nicole respondeu que isso se deve ao fato de ela ter um visual, que além de belo é interessante e por ela demonstrar personalidade. “Minhas fotos demonstram o quanto eu me sinto bem com a minha imagem, e acho que isto se assemelha muito com os ideais do Guia”.

De volta à redação, quando pergunta-mos a Roberto Paes e a Antonio Larghi o que mais os havia impressionado e deter-minado a escolha de Nicole para partici-par do PSMG, ambos foram categóricos em dizer que a personalidade madura que ela demonstra em suas poses. “Quando olhei as imagens dela, tive certeza de que qualquer produto anunciado por ela pode-ria contar com a credibilidade que Nicole é capaz de transmitir”, explica Roberto.

...O segmento das modelos plus

size, está surgindo agora e de forma um pouco desordenada. Algumas mulheres com perfil, outras não, mas algumas

agências se interessam somente nas taxas de agenciamento ou na

confecção do book que é cobrada...

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a culinária japonesa em seu estado de arte

Original Shundi

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

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Nos últimos anos, São Paulo assistiu ao

nascimento e morte de uma centena de restaurantes

japoneses. A gastronomia oriental se curvou à lei de Darwin e apenas os

melhores sobreviveram. O Original Shundi

é um daqueles bravos samurais que não deu

sinais de fraqueza.

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naugurado há dois anos, o Original Shundi encanta e atrai aquele afi-cionado por gastronomia ávido por iguarias exóticas e que, além disso,

gosta de frequentar um lugar agradável e sofisticado. Ele oferece pratos incomuns, muitos deles preparados com ingredien-tes importados, algo que não se encontra com frequência em outros restaurantes ja-poneses. E, como se não bastasse, quem controla as afiadíssimas facas do Shundi, agora é o sushiman Ronaldo Imai, pupilo do próprio Shundi Kobayashi.

A cozinha do Original Shundi é elaborada com a fusão de ingredientes internacionais com o estilo contemporâneo que Shun-di criou ao longo de seus 30 anos como sushiman. Mesmo assim, para os clientes sem disposição para se aventurar pela ver-tente original do cardápio, há opções ba-seadas na culinária japonesa tradicional, escola na qual Shundi se formou. Ronaldo, que já trabalhou com ele em outras casas, admite que aprendeu muito com Shundi e seu trabalho somará à casa seu estilo ou-sado e inovador.

A maneira com que o restaurante mais gosta de apresentar suas sugestões é em menu degustação, onde são reunidas diversas criações do dia. Só para citar al-gumas, porque a variedade é grande, de acordo com os ingredientes que encontra disponíveis quando o chef vai às compras, está o carpaccio de polvo, o sashimi de toro - barriga do atum e de Vieira, a salada de iguarias com salmão, alevinos, ovas de peixe voador, barbatana de tubarão, água-viva e minipolvo, as cavalinhas marinadas ou grelhadas e mais 500 combinações di-ferentes que Shundi garante criar.

São cinco opções de especialidades, com preços que variam entre R$ 80,00

I

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e R$ 320,00, formado por porções indivi-duais com 8 a 20 pratos diferentes, em pequenas quantidades, para delícia dos amantes da culinária japonesa, variando entre frios e quentes.

Mas o cardápio também respeita a atual situação econômica e oferece pratos com preços bastante convidativos. Entre eles, os clientes poderão encontrar o carpaccio de anchova negra defumada (R$ 30,00), o tempurá de salmão com caviar (R$ 55,00), o sashimi space suna - atum selado, tem-perado com pimenta sete sabores, azeite e limão (R$ 35,00), as porções de Battera - sushi prensado na forma com oito unida-des (R$ 38,00 a R$ 65,00) e o tyapon - sopa de macarrão lamen com legumes e frutos do mar (R$ 38,00).

No campo das sobremesas, o que não é a especialidade desta culinária, Ronaldo criou algumas delícias que completam mui-to bem a refeição. Claro que oferecem a animitsu, sobremesa típica japonesa feita com gelatina e feijão (R$ 18,00), mas a banana empanada com corn flakes e sor-vete ou frutas vermelhas flambadas com pimenta, servidas em cestinhas de mas-sa de rolinho primavera e acompanhadas de sorvete de gengibre é um arraso, tanto para o visual quanto para o paladar.

A beleza dos pratos, com suas lindas cores e formatos cuidadosamente dese-nhados, se completa com a original sele-ção de louças onde cada iguaria é servida. Todas foram garimpadas em antiquários da cidade. São diferentes uma das outras e oferecem uma agradável surpresa a cada prato servido, imprimindo uma refinada personalidade à casa que se contrapõem com os descolados suplás em formato de disco de vinil. As especialidades são ser-vidas dentro de uma grande peça de cerâ-

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mica chinesa que serve de moldura para cada novo prato que trazem.

Muito originais também são as duas adegas que a casa exibe logo na sua en-trada, uma de vinhos e outra de sakê onde se encontram 40 rótulos diferentes, como os importados Junmai Daí Ginjo e Kassen, vendido com exclusividade no restaurante. Na adega climatizada de vinhos, são 30 rótulos, priorizando espumantes e brancos por sua melhor harmonização com a culiná-ria japonesa.

Visitar o Original Shundi é prazeroso em vários aspectos, começando pela decora-ção, concebida na contramão do que se costuma ver nos japoneses tradicionais. De forma inacreditável, a casa mescla har-moniosamente o clássico, o moderno e o oriental num tom monocromático.

A ambientação é marcada por três ele-mentos contrastantes como o revestimento madeira nas paredes, tijolo aparente cober-to por um grande gradio de ferro trabalha-do, piso de cimento e teto com pequenas toras de madeira. Atrás do sushibar, estão nichos com grades, peças orientais de an-tiquários em porcelana, algumas estatue-tas e esculturas. As curiosas luminárias, que de longe parecem bambu ou algum elemento japonês, são feitas de calhas de alumínio usadas normalmente para condu-zir fiação. As mesas do bar e duas grandes mesas redondas do salão têm o tampo fei-to de um belo mosaico com estilo oriental. Mas essa sobriedade é quebrada de forma ímpar por enormes telas brancas, do ar-tista plástico Gustavo Rosa, com pinturas coloridas e divertidas que dão vida às pa-redes de madeira.

A casa tem três ambientes. Uma ante-sala bar, o salão principal onde fica o bal-cão de sushibar e uma terceira sala ao fun-

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do onde, à noite, a música é cuidada por um DJ e vai ficando mais animada com o passar das horas, funcionando como uma pré-balada para quem ainda vai cair na noi-te.

Mas não vá embora sem antes visitar a cozinha e os toaletes, e se puder, os dois. O caminho que passa pela cozinha e leva ao andar de cima onde ficam seis salas de almoço reservadas e fechadas, tem suas paredes todas preenchidas por pinturas em cores vibrantes feitas pela artista plás-tica Isabele Tuchband, até dentro dos es-paços reservados. Os divertidos toaletes têm suas paredes revestidas por colagem de fotos de lindas mulheres como Marilyn Monroe, Sophia Loren e até Rita Lee, no masculino. No feminino, homens famosos de Tom Cruise ao Papa João Paulo II. To-das elas mescladas com algumas fotos do Shundi, salpicadas no meio destas celebri-dades.

O Original Shundi fica na Rua Dr. Mário Ferraz, 490, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Seu horário de funcionamento é das 12h00 às 15h00 e das 20h00 às 01h00, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, o Original Shundi abre para o almoço das 13h00 às 17h00 e das 20h00 a 01h00 para o jantar. Nos domingos, a única mu-dança está no horário de fechamento, às 23h00, em vez da 01h00 da manhã.

Para facilitar a vida dos clientes, a casa aceita todos os cartões de crédito além dos tickets Visa Vale, Ticket Restaurante e VR e possui serviço de Valet por R$12,00 no almoço de segunda a sexta-feira e R$15,00 nos demais horários. Para conhe-cer melhor o Original Shundi acesse o site em www.originalshundi.com.br e para fazer sua reserva, ligue para o telefone: (11) 3079-0736.

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uma bebida que estáentre nós há muito tempo

Vinho

Texto: da Redação | Imagens: Wikimedia Commons

De todas as bebidas alcoólicas que se tem notícia, o vinho é de longe o mais velho companheiro da humanidade. Evidências arqueológicas indicam que ele surgiu há mais de sete mil anos, na mesma região em que Noé encalhou sua arca após o dilúvio.

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Wikimedia Commons/Jon Sullivan

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responsável pelo vinho ser o predecessor de todas as outras bebidas alcoólicas que conhe-cemos, com certeza é a mãe

natureza. Afinal, junto com as uvas, ela também forneceu tudo o que era necessá-rio para que o suco desta fruta se trans-formasse em vinho. Ele é uma bebida que surge através da fermentação alcoólica, ou seja, o açúcar que está presente no suco extraído da uva, em contato com leveduras que estão depositadas na casca desta fru-ta, iniciam o processo de fermentação que transforma açúcar em álcool e, voilá, onde antes tínhamos suco de uva, agora temos o vinho. Isso é ou não é uma bela mãozi-nha da mãe natureza?

É claro que o vinho daquela época não se compara à bebida que compramos hoje em supermercados ou em lojas especiali-zadas. À medida que o conhecimento hu-mano aumentou, acabamos por aprimorar as técnicas de plantio da videira, passa-mos a selecionar espécies mais adapta-das às regiões onde se produz o vinho e as leveduras.

Atualmente ele é produzido em prati-camente todos os continentes, em regiões que os especialistas chamam de “velho mundo do vinho”, que compreende países como a França, Espanha, Portugal e Ale-manha, além de outros, todos localizados na Europa. E, o “novo mundo do vinho”, onde estão países como Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Estados Unidos, África do Sul e a Austrália. O apelido de velho mun-do, no caso do vinho, não é uma referência

à Europa como um continente antigo, mas refere-se ao local onde o vinho, como o co-nhecemos, nasceu.

As primeiras parreiras surgiram no Orien-te Médio, onde hoje está o Irã, e de lá viaja-ram para o norte da África, passaram pela Grécia, pela Itália e, finalmente chegaram ao seu berço, a França. De lá, foram leva-das para a Espanha, Portugal, Alemanha e outros países. Na época das descobertas marítimas, não é difícil imaginar que algu-mas mudas tenham embarcado nas naus portuguesas e espanholas e tenham vindo parar na recém-descoberta América do Sul e do Norte. No Brasil, por exemplo, foi a imigração italiana, direcionada para o sul do País, que trouxe as parreiras e o hábito de se fazer vinhos para nossas terras.

Uma vida de altos e baixos

Na Europa da idade média, o vinho caiu nas graças da realeza e tornou-se a princi-pal bebida das cortes. Monarcas de toda a Europa mantinham barris e mais barris de vinho em seus castelos. Naquela época, o vinho era produzido por pequenos agri-cultores e, mais tarde, passou a ser feito também pela igreja. Os vinhos franceses começaram a ganhar destaque na Europa. Bordeaux passou a exportar seus vinhos para outros países da Europa e a produção da Borgonha e de Champagne também ga-nharam seu destaque.

Tudo ia bem com esta bebida ances-tral até o dia em que as videiras fizeram seu caminho de volta do novo para o ve-

A

O castelo (chateau) que abriga a sede

da Margaux, na região de Bordeaux, se tornou parte do rótulo destes vinhos que são

o sonho de consumo de qualquer aficionado

pela bebida.

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Wikimedia Commons/Benjamin Zingg

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Wikimedia Commons/Benjamin Zingg

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lho mundo e, com elas, chegou à Europa, a philoxera, uma espécie de pulgão que se alimenta das raízes da vitis vinífera, o tipo de videira usado para produzir vinhos de alta qualidade. Em pouco tempo esta pra-ga praticamente dizimou as plantações de uvas e interrompeu a produção de vinhos na Europa. Com isto, outras bebidas se po-pularizaram, como, por exemplo, a cerveja e o whisky.

Depois de algum tempo, descobriu-se que a philoxera não causava danos à par-reiras de espécies não adequadas para a produção de vinho e logo se pensou em fazer um enxerto entre as duas espécies. As raízes e parte do caule pertenciam à videira do novo mundo e a parte superior, que daria os frutos, era da espécie vinífe-ra. Isso deu certo e praticamente em todo o mundo só se usam plantas com este tipo de enxerto para se produzir as uvas que são utilizadas para a produção de vinho. Contornado o problema, o vinho do velho mundo ainda passou por dois grandes abalos, na primeira e na segunda grandes guerras mundiais.

Neste meio tempo, o vinho europeu tam-bém assistiu ao surgimento de concorren-tes de peso no novo mundo. Chile e Argen-tina passaram a investir na qualidade de suas videiras e em processos produtivos modernos e, como resultado, passaram a comercializar seus produtos para diversos países do mundo. A Califórnia, nos Esta-dos Unidos, também entrou na briga, junta-mente com a África do Sul e a Austrália. Os vinhos europeus, de ótima qualidade, mas

de preços altos, tiveram que concorrer com produtos de qualidade inferior, mas com preços muito mais palatáveis.

Varietais versus assemblage

A palavra assemblage, em francês, sig-nifica mistura. No mundo do vinho, mistura significa criar um vinho a partir da mistura de outros vinhos, feitos com espécies dife-rentes de uvas. Um vinho feito na região de Bordeaux, por exemplo, segue a regra de misturar vinhos feitos com as uvas Caber-net Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot. A isso se dá o nome de “corte bordalês”. A intenção disso é fazer um vinho que alie as qualidades de cada uma destas espécies num único produto. E, neste sentido, os europeus são mestres nesta arte.

Já, o novo mundo, que não contava com a experiência dos europeus para fazer as-semblages, decidiu então, fazer seus vi-nhos usando apenas uma espécie de uva e é daí que surge a palavra “varietal” ou “mono-varietal”. Como vinhos mais bara-tos e de boa qualidade, os varietais toma-ram o mundo de assalto a ponto de os no-vos apreciadores do vinho sequer saberem o que é um vinho de assemblage. Porém, passadas algumas décadas, os produto-res do novo mundo adquiriram experiência e passaram a fazer seus cortes também. Com isso, hoje é fácil encontrar vinhos que em seus rótulos trazem a denomina-ção de duas, três, quatro ou mais uvas. O uso abusivo de barris de carvalho também encontrou seu ponto de equilíbrio nestes

Wikimedia Commons/Benjamin Zingg

Ao fundo, a torre(la tour) que dá nome ao vinho deste chateau e, guardadas por ela, as parreiras de onde se origina um dos cinco melhores vinhos da França e apreciado no mundo inteiro.

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produtores e os apreciadores da bebida descobriram o encanto que a variedade, em vez da similaridade, pode trazer.

Vinhos vendidos em leilão

Não é porque a França é a mãe do vi-nho, que tudo o que se faz por lá é perfei-to. Para separar o que é bom do que é me-díocre, o governo francês e os governos de muitos outros países criaram leis que re-gulamentam e garantem a origem de seus vinhos. É por isso que ao comprarmos um vinho francês encontramos em seu rótulo, por exemplo, a frase “Appélation d’Origine Contrôllé”, traduzindo: apelação de origem controlada. Além desta classificação, fo-ram criadas muitas outras e, através de todas elas, pode-se ter uma idéia daquilo que se está tomando.

Bordeaux é uma apelação de origem controlada, mas comprar um vinho que tra-ga esta denominação, por si só, não é si-nônimo de qualidade. Nesta apelação ain-da existem subdivisões, como o Médoc e o Haut Médoc, Graves, Sauternes e Barsac, St.-Émilion e o Pomerol. Indo mais fundo, dentro de cada uma destas subdivisões pode-se optar por um Gran Cru, os Pre-miere Gran e os Premiere Gran Cru Clas-se. Isso pode parecer complicado, mas dá uma idéia real da variação de qualidade que se pode encontrar num vinho francês.

Para conhecer o que há de melhor na França, às vezes deve-se gastar o que al-guns considerariam uma pequena fortuna e, com isso, tomar uma garrafa de Cha-

teau Mouton Rotschild, um Chateau Mar-gaux, um Chateau Haut-Brion, um Chateau d’Yquem e o vinho mais apreciado pelo nosso presidente, o Romanée-Conti. Uma garrafa de La Tache, um dos vinhos deste último produtor, datada de 1974, se for en-contrada, não custará menos do que seis mil reais.

Algumas destas vinícolas comerciali-zam suas safras nas bolsas de valores, antes mesmo que seus vinhos sejam fei-tos, depois de prontos, alguns deles se-quer chegam às lojas e são leiloados em casas como a Sothebys, de Londres. Por curiosidade, no dia 23 de setembro, foram leiloadas 12 garrafas de Chateau Lafite, safra 1986 e os lances iniciais para cada garrafa foram fixados em US$ 9.800,00. Se você quiser saber o rsultado, visite o site do leiloeiro em www.sothebys.com.

É claro que não se vive apenas de vi-nhos franceses de primeira linha. Tanto lá, como em outros países produtores, pode-se encontrar vinhos de boa qualidade e a preços não tão aterrorizantes. No Brasil, existem diversas revistas especializadas em vinho e jornalistas que se empenham em procurar boas marcas por ótimos pre-ços. Nestas publicações é possível encon-trar entrevistas com produtores, análises de regiões onde se faz vinho, avaliações de vinhos específicos e uma série de in-formações tanto para quem se interessa quanto para quem já se deixou levar pelo vinho. Uma delas é a revista DiVino e seu endereço na internet é o www.revistadivino.com.br. Vele a pena passar por lá.

O Chateau D’Yquem tornou-se famoso por

criar um dos mais saborosos vinhos de sobremsa do mundo,

que descansam por 10 anos antes de serem

colocados à venda.

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Wikimedia Commons/Benjamin Zingg

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Somos lindas

Texto: da Redação | Imagens: divulgação/Hilton Costa

mulheres plus size mostram sua beleza incontestável

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A maioria das mulheres sonha em ter um book, ser modelo e atriz. Mas

quando ela é plus size, a situação pode mudar. Mas graças ao blog

Mulherão, agora elas conseguem espaço para mostrar sua beleza.

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trabalho nas passarelas é al-tamente competitivo. Uma top model tem que ralar muito até conseguir seu espaço. E o cami-

nho começa por um book. Um álbum com fotos muito bem produzidas e com a mo-delo maquiada e vestida por maquiadores e figurinistas profissionais. Depois de toda a produção, é necessário um fotógrafo de primeira linha que consiga fotografar não apenas a modelo, mas a alma, o que ela tem de melhor. Para isso, além de equi-pamentos de última geração, é necessário um fotógrafo especializado nesse tipo de trabalho, com muita experiência e sensi-bilidade. Não é apenas um “apertador de botão”.

Mas para se ter essa equipe montada, existe um custo. Um alto custo. E aí come-çam as dificuldades para as lindas meni-nas que têm as medidas perfeitas. Para elas conseguirem ter o tão esperado book, a vida não é fácil. E para as “gordinhas”, as dificuldades aumentam.

Além do fator financeiro, precisam que-brar o preconceito. E isso está sendo feito.

O

Aos poucos, mas é um começo. “Muitas leitoras do blog Mulherão me perguntavam se eu conhecia alguém especializado em fazer books para gordinhas”, conta Renata Vaz, autora do blog. “Acabei indicando al-gumas agências que cobravam caro e não ofereciam atendimento personalizado, que privilegiasse o que a gordinha tem de bom. Então, tive a idéia de eu mesma organizar sessões de fotos para que elas pudessem ter um belo book”.

E dessa idéia surgiu o “Dia de Modelo”, uma sessão fotográfica organizada pelo blog Mulherão, para que meninas acima do tamanho 44 possam sentir o gostinho do que é ser modelo plus size por um dia.

Um dos diferenciais do Dia de Modelo é a equipe profissional, composta pelo fotó-grafo Hilton Costa e pela top plus size An-drea Boschim, que dão todas as dicas de posicionamento frente às câmeras, além de cabeleireiros e maquiadores que atuam com publicidade e TV. A escolha da ma-quiagem, o visual do cabelo, as poses, as roupas das meninas não são as mesmas das magrinhas. Tudo é milimetricamente estudado para ressaltar a beleza delas.

Além do book, que invariavelmente sai como elas sonharam, e muitas vezes, bem melhor do que imaginavam, existe algo tão importante quanto ele. “O grande desta-que do Dia de Modelo é a interação entre as participantes”, afirma Renata. “Todas elas chegam cedo, se conhecem, tomam café juntas, ajudam umas às outras a com-porem o visual, a tirar as fotos. Viram ami-gas, uma verdadeira família”.

Expandindo mercado

E a idéia deu tão certo, que já ocorre-ram três sessões, duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. Mas como existem pessoas plus size no Brasil inteiro, Renata Vaz já está programando o Dia de Modelo em Santa Catarina, Paraná, Campo Grande e Minas Gerais. “E até o fim do ano, se Deus quiser, iremos à Fortaleza. A idéia é levar o Dia de Modelo para todos os es-tados”, afirma Renata. “Para garantir que o resultado das fotos seja o mesmo nos quatro cantos do País, sempre trabalha-

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mos com a mesma equipe, os mesmos equipamentos e o mesmo tipo e qualidade de infra-estrutura. Se conseguíssemos um patrocínio, poderíamos baixar o valor para cada participante e ampliar o acesso para um número maior de garotas”.

Atualmente uma equipe trabalha na pré-produção do evento cadastrando as meni-nas interessadas em participar. É arrecada-do um depósito inicial e a equipe sai atrás do empréstimo de roupas, contatos com os profissionais, locação de estúdios etc. O contato entre as participantes é quase que diário, para que elas façam amizade entre si, sintam confiança na equipe e, no dia, se sintam mais soltas e desinibidas.

Além do book

Quando o trabalho acaba, todas ficam satisfeitos. Mas ao ver o seu book, as suas fotos de modelo, a satisfação é imensu-rável. “Todas saem revigoradas, redesco-brem o ‘mulherão’ que estava adormecido dentro delas”, afirma Renata Vaz. “Confes-so que quando vi o resultado das fotos do primeiro Dia de Modelo, até chorei. Vi me-ninas simples, que muitos julgariam não ter charme algum, mas que frente à lente das câmeras, transbordaram sensualida-de. Não há se quer uma única menina que não fique bem nas fotos. Isso prova que beleza é um estado de espírito. Como con-cretizar um sonho é maravilhoso para elas, isso reflete no rosto, no olhar, na postura e o resultado final é uma beleza que trans-borda o corpo, a alma e enche as lentes do fotógrafo em um resultado fantástico”.

Mas, apesar de o Dia de Modelo ser para qualquer mulher, de qualquer idade e perfil, ele não vai transformar ninguém em uma modelo profissional. Esse não é o ob-jetivo, mas algumas meninas se destacam e levam jeito para seguir carreira. Nestes casos, Renata costuma indicar algumas agências e produtoras de vídeo que traba-lham com modelos plus size. Mas, devido à repercussão do Dia de Modelo, algumas confecções estão procurando a diretora do evento para indicar novos rostos plus size para seus catálogos.

Até o momento, quase 50 meninas tive-

ram seu Dia de Modelo. Para participar, a interessada deve mandar um e-mail para [email protected], dizer qual a sua cidade, nome e telefone que a equipe de produção entra em contato assim que começarem os preparativos para a próxi-ma sessão. Mas como O Dia de Modelo tem custos elevados, é necessário pagar pelo book. O valor para sua produção, varia entre R$400 e R$500.

O blog Mulherão

Há um ano, Renata Poskus Vaz, uma jornalista de 27 anos, decidiu criar um blog para tentar resgatar a auto-estima. “A princípio, meu objetivo era o de contar a odisséia pelo meu próprio emagrecimento, só que depois fui descobrindo histórias de gordinhas maravilhosas, que se aceitavam e eram plenamente felizes”, conta Rena-ta. “Então percebi que ao invés de tentar emagrecer, me mudar e me encaixar em um padrão criado pela sociedade, novelas e capas de revistas, eu deveria me aceitar e levar esta palavra para outras mulheres

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Texto: da Redação | Imagens: WikimediaCommons

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como eu, que buscam uma referência, uma identidade”.

Dessa tomada de consciência surgiu o blog Mulherão, para mulheres um pouco ou muito acima do peso. Tem como objeti-vo ajudá-las a serem felizes, muito felizes, assim, do jeito que elas são de verdade. É um manual em que o emagrecimento não é o principal objetivo, mas sim uma vida bem vivida. É um resgate da auto-estima feminina.

O blog traz dicas para aumentar a au-to-estima, incentiva a leitora por meio de matérias, a ser uma fera no sexo, valorizar seu tipo físico, cuidar da saúde, ter mais equilíbrio emocional e a se vestir bem. As leitoras do Mulherão, muitas vezes entram no site se sentindo inferiores e, depois, conforme relatos, mudam o comportamen-to. Percebem que são capazes de conquis-tar o homem que quiserem, despertam olhares de admiração e inveja em uma fes-ta. Aprendem a se aceitarem, a valorizar o próprio corpo e a reconhecer as qualida-des que possuem. Qualidades essas que as tornam mulheres muito especiais.

O blog Mulherão traz depoimentos es-peciais de mulheres acima do peso, e que são muito poderosas. Elas revelam seus segredos e ensinam como as leitoras po-dem se tornar um mulherão.

Grande sucesso

E a identificação do público com o blog tem sido muito grande. Em média, são 40 mil acessos/mês, com o pico de 60 mil quando de sua divulgação na mídia. “Ini-cialmente, eu escrevia tudo sozinha”, lem-bra Renata. “Agora tenho diversas colabo-radoras como Luciane Russo e Keka De-métrio com matérias de comportamento, Dani Lima e Grazi Matte escrevendo sobre moda e beleza, além de outras leitoras que nos enviam suas histórias de vida e suges-tões de pautas”.

Mas o Mulherão não é visitado apenas por mulheres. Há muitos maridos que en-tram no blog e nos deixam recados dizen-do que irão indicá-lo para suas esposas por achar as mulheres do blog como bons exemplos. Sentem que suas mulheres estão tristes em casa com o excesso de peso e querem que elas se redescubram. Há também os homens que entram no blog em busca de uma namorada.

O sucesso do Mulherão pode ser ex-plicado por alguns motivos. Além do fato de ser escrito por mulheres com conheci-mento de causa, chegou em um momento onde a percepção de que o mundo não é feito apenas por magros vem crescendo dia-a-dia. “O gordinho já não é coisa do outro mundo”, garante Renata. “Hoje, se olharmos para o lado, veremos algum gor-do. Então, as grandes marcas, empresas e formadores de opinião estão cientes que a comunicação e os produtos precisam ser mais democráticos, falar com este público carente de serviços direcionados para eles e é isso que nós fazemos”.

Ela já vê novos produtos, marcas, rou-pas e veículos de comunicação específicos para gordinhos surgindo, o que é muito bom, segundo ela, pois o número de gor-dos no Brasil aumentou muito nos últimos anos, e este público precisava ser reco-nhecido e valorizado.

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Mas essa mudança não aconteceu por bondade, foi uma conquista. “Acho que as pessoas fora do padrão considerado nor-mal pela sociedade estão mais conscien-tes dos seus interesses e direitos. Não se envergonham mais por estarem acima do peso, reclamam, vão à luta. Boicotam quem não os valoriza. Enfim, estão mos-trando que merecem ser respeitados e que o dinheiro deles vale tanto quanto o de um magrinho”, desabafa Renata.

Faltam símbolos

Mas ainda falta muito para se conquis-tar, por exemplo, ídolos, símbolos a serem seguidos. “Não temos mulheres gordinhas na TV”, lembra a criadora do blog Mulhe-rão. “Nossos ídolos são todas esqueléti-cas. Podemos destacar apenas a Preta Gil como uma musa das gordinhas”, lembra Renata. “Qualquer outra gordinha sempre esta ligada ao humor, à gozação. É como se só valesse a pena ser gordo quando se é engraçado ou quando se aceita ser ridi-cularizado pelos outros. As modelos plus size vieram acabar com este paradigma. Cheias de luxo, charme e glamour, mostra-ram que é possível sim, ser bela, linda e deslumbrante mesmo estando acima do peso. As meninas gordinhas brasileiras precisavam se reconhecer nos catálogos de suas confecções”.

E o blog vem ajudar as mulheres a se aceitarem e a reconhecer a beleza, inde-pendente de peso. Um exemplo disso é a reação que elas têm quando chegam ao blog pela primeira vez. “Lêem depoimentos de gordinhas lindas e maravilhosas que se destacam, que são orgulhosas de si mes-mas e parecem não acreditar. É como se fossem tomadas por um ‘sopro’ de espe-rança e estímulo para mudar a própria vida”, conta Renata. “No blog fazem amizade, deixam de se sentir como ‘coitadinhas’. Às vezes parece que é preciso primeiro olhar o que há de bonito fora, para só depois reconhecer a beleza que há por dentro de nós mesmas. A beleza vem de dentro. Só uma cabeça boa e uma alma iluminada e vigorosa pode transformar o corpo de uma gordinha cabisbaixa em um corpo de um

mulherão. As leitoras me elogiam, dizem que o blog mudou suas vidas. Mas elas desconhecem que esse relacionamento é de mão dupla, pois elas também mudaram minha vida. Hoje, sou muito mais feliz”.

Renata Vaz não acredita que a valoriza-ção de corpos e das curvas das mulheres

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que trocaram a palavra “saldão” por “sale” ou “oferta” por “off” em suas vitrines. No nosso caso, o uso do plus size dá um certo ar de glamour, requinte, que as gordinhas merecem”.

Longo caminho Mas a valorização dos “mulherões” está

apenas no começo. É preciso uma cons-cientização das confecções para que abris-sem os olhos e aumentassem suas grades. “É preciso haver um respeito à numeração e que elas fossem padronizadas”, pleiteia Renata. “Também gostaria que os homens perdessem a vergonha de ter ao lado uma fofinha e que as meninas tivessem orgulho de suas curvas. Gostaria de ver estrelar no horário nobre, uma mocinha de novela mais robusta. Enquanto tudo isso não acontece, continuarei escrevendo, escrevendo... Não para tentar convencer Deus e o mundo de que ser gordinho é legal. Apenas porque legal é ser quem você é, e pronto. Esta é a minha contribuição”.

Mas existe uma certa oposição a esse avanço. Renata Faz já foi acusada por al-guns médicos de prestar um desserviço à saúde pública. Ela rebate a crítica. “No blog Mulherão, não incentivo ninguém a en-gordar e nunca fiz apologia à obesidade”, diz. “O que eu quero e enfatizo todos os dias, é que as pessoas se aceitem como são. Quando não se aceitam, fazem dietas malucas para emagrecer, deixam de se ali-mentar, prejudicam muito mais o organis-mo do que sendo uma ‘gordinha saudável’. Sim, porque quando se está um pouco aci-ma do peso, mas se tem uma alimentação equilibrada com prática de exercícios e não se tem problemas de saúde, é possível ter uma vida longa e feliz. Muito mais do que mulheres anoréxicas e subnutridas que, aparentemente, podem até parecer saudá-veis”.

E Renata, com um lindo sorriso nos olhos garante. “A felicidade é o melhor re-médio para a vida. Pessoas felizes vivem mais, por mais tempo e com mais qualida-de de vida. Enfim, o que vale mais? Ser um magro triste e frustrado ou um gordinho ra-diante?”

plus size possa levar a uma sexualização excessiva. Ela explica que o termo plus size é um termo agradável para se refe-rir às mulheres grandes. “Acho que tenha mais a ver com tamanho de roupa do que com sexo”, garante Renata. “Essa utiliza-ção de palavras em inglês é como as lojas

Renata Poskus Vaz, à esquerda, e Andrea

Boschin. As pessoas que tornam o Dia de Modelo

uma realidade para as mulheres plus size.

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Um bom equipamento é fundamental para uma boa fotografia. Porém, a sensibilidade e técnica de um bom fotógrafo é ainda mais importante. Por isso, Renata Vaz, diretora do Dia de Modelo, foi buscar Hilton Costa, fotógrafo com grande experiência, para fazer os books. “Sou movido a desafios e encarei isso como um grande desafio, pois iria lidar com modelos sem experiência e algumas situações com a estima muito baixa”, conta Hilton. “Pensei muito na véspera do primeiro ensaio de como deveria fazê-lo. Foi quando resolvi que não faria diferença, levaria o trabalho da mesma forma como sempre levo, com profissionalismo, dedicação, interagindo com a modelo, caprichando nas poses e dando sentimento e alma às imagens na medida em que fôssemos evoluindo no ensaio”.

O resultado foi excelente. Todos felizes depois de um trabalho que não é difícil para quem tem a bagagem de Hilton, mas pode ser cansativo. “São entre 12 e 15 modelos por dia. Tem modelos que dão mais trabalho para se soltarem, mas outras fazem isso com prazer e naturalidade. Na soma geral é muito positivo, apesar do cansaço”, diz Hilton que se sente gratificado depois de interagir com a modelo para descontraí-la e deixá-la à vontade para que além de fazer uma boa foto, essa imagem tenha alma, passe sentimento de alegria, charme, beleza, sensualidade e elegância além de mexer com quem venha a ver as fotos.

Hilton Costa:o olhar de quem está por trás das lentes

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Coaching

Texto: da Redação | Imagens: Wikimedia Commons e divulgação

um mapa para quem está perdido pelo caminho

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Todos nós temos um grande potencial. E na maioria das vezes não sabemos explorá-lo. Nessas

horas, nada como a ajuda de uma pessoa especializada, um coach, ou

treinador, por exemplo.

Wikimedia Commons

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A tualmente no Brasil, está come-çando a emergir um movimento em busca do desenvolvimento pessoal e profissional, que está

acima da auto-ajuda ou da própria neuro-linguística. Ele envolve a descoberta dos pontos fortes, o conhecimento dos pontos que precisam ser melhorados, o aumento da performance frente aos desafios que a vida nos proporciona e acima de tudo, a re-alização prática de um plano de vida, que não fique somente na cabeça da pessoa.

“Estamos numa era onde as coisas es-tão acontecendo de maneira muito rápida e precisamos dar e receber respostas rápi-das”, avalia Tânia Regina Sanches, psicó-loga com pós-graduação em Administração de Recursos Humanos, especialização em Terapias Alternativas pelo Instituto Avathar e Formação em Coaching pela Sociedade Latino Americana de Coaching. Atualmente é coach (profissional que aplica o Coaching) para jovens e adultos e realiza consultoria de Recursos Humanos em processos de seleção e treinamento. “A neurolinguística teve sua alta há alguns anos, como res-posta para uma melhora de desempenho através da ‘remodelagem mental’ e hoje ela volta à tona como uma ferramenta mui-to importante para este desenvolvimento pessoal. Mas veja, ela é uma ferramenta e não uma resposta para tudo o que aconte-ce com uma pessoa. Já a auto-ajuda ain-da tem seu filão no mercado e serve de resposta para algumas pessoas. Podemos dizer que o desenvolvimento pessoal que emerge hoje engloba tanto a neurolinguís-tica como a auto-ajuda e transcende estes limites para a realização de práticas que envolvem metodologias e processos que dão resultados efetivos como o Coaching”.

O coaching (treinamento em inglês) pre-ga a versão de que o ser humano é um re-servatório de possibilidades e sonhos que podem ser explorados de forma adequada e realizados com objetividade e empenho. Vivemos em tempos excitantes. Temos fan-tásticas possibilidades e queremos explo-rá-las da melhor forma possível. Apesar de muitos estarem em busca de status, dinhei-ro ou poder, é fato, que bens materiais não trazem a felicidade plena. Sentimos que

Divulgação

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A neurolinguística teve sua alta há alguns anos, como resposta para uma melhora de desempenho através da ‘remodelagem mental’ e hoje ela volta à tona como uma ferramenta muito importante para este desenvolvimento pessoal. Mas veja, ela é uma ferramenta e não uma resposta para tudo o que acontece com uma pessoa.

merecemos ser felizes, mas somente o ga-nho de bens materiais não satisfaz e com isto ficamos desejosos de investir tempo, esforço e dinheiro em nosso aperfeiçoa-mento interior no sentido de obter mais sa-tisfação em tudo que fazemos. Queremos qualidade de vida, conhecer quem somos de verdade, para que estamos vivos nesta terra, qual a nossa missão e onde pode-mos chegar. Queremos concretizar nossos sonhos e sermos pessoas melhores que pudermos ser, naquilo que desejamos de mais verdadeiro para nossas vidas.

“Quando ficamos desalinhados com aquilo que gostaríamos de estar fazendo e sendo em nossas vidas, nos acomodamos numa posição desconfortável e isto gera desânimos, depressão, doenças, frustra-ção e muitas vezes vícios como forma de extravasar este desconforto”, explica Tânia Regina. “Podemos então realizar uma ma-nobra para alinhar o nosso foco para o real caminho que queremos seguir na vida ou direcionar nossa energia para superar os bloqueios mentais e ir além do que acre-ditávamos ser possível. E esta manobra pode ser realizada através do coaching”.

O coaching é uma relação entre alguém (cliente) que quer e precisa crescer pesso-al ou profissionalmente, encontrando solu-ções para os seus problemas e um orien-tador treinado (coach), cujo papel é levar a pessoa a alcançar os seus objetivos de desenvolvimento, encontrar as soluções que procura dentro dos recursos pessoais que já tem. O coaching ajuda a pessoa a atingir suas metas e objetivos, através de um trabalho que envolve uma profunda re-flexão sobre tudo o que é importante para a pessoa. É focado em ações e envolve o desenvolvimento de competências, equipa a pessoa com ferramentas, conhecimento e oportunidades para expandir. Há o dese-nho de soluções através de processos e metodologias reais e práticas, o que vai desencadear em um plano de ação muito personalizado e estratégico para a pessoa. Trabalha com mudanças de curto, médio e longo prazos, atuando nas diversas áreas da vida pessoal e profissional, tais como: lazer e diversão, saúde, relacionamentos, área financeira, carreira entre outras.

No fim, o coaching faz com que a pes-soa conheça melhor a si mesma e vislum-bre novas opções e caminhos de mudan-ças que deseja fazer. “O coaching te deixa consciente de tudo que você é capaz”, ga-rante Tânia Regina. “E o que considero um ponto positivo, é que se desenvolve com começo, meio e fim. Na maioria dos casos três a seis meses são suficientes para que o processo se desenrole e deixe a pessoa satisfeita com o trabalho desenvolvido e o plano realizado”.

Ela ressalta que o coaching não deve ser confundido com a psicoterapia, pois esta trabalha mais questões voltadas para a saúde mental, aliviando os sintomas psi-cológicos e físicos. Sua tarefa na maior parte das vezes é entender acontecimen-tos do passado e resignificar os mesmos para que a pessoa fique consciente do que ocorreu, como ocorreu e por que ocorreu e com isto tire um aprendizado. Já o co-aching lida com o crescimento mental do

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O coach então vai orientar a pessoa na análise do seu problema e na formulação

de suas próprias soluções. Cada indivíduo sabe o que é

melhor para si mesmo, então, o melhor autor para as decisões a tomar com relação à carreira

e à perspectiva profissional é a própria pessoa. O coach

vai ajudá-lo a mapear seu desenvolvimento...

cliente, gerando aumento da consciência, visão focada, capacidade para escolhas e produção de mudanças. Ele explora as possibilidades do presente e desenha um futuro que seja ser mais promissor.

Ferramentas de trabalho

O coaching segue diversas abordagens e a metodologia de trabalho é variada. Pode usar a Programação Neuro Linguísti-ca (PNL) como ferramenta para identifica-ção das sensações registradas no cérebro, análises comportamentais através de tes-tes de personalidade, interesse, aptidões, planilhas para realização de planejamento que auxiliarão no estabelecimento de me-tas e objetivos de curto, médio e longo pra-zo. Mas, a maior ferramenta do coaching, é o diálogo que se realiza em cima de uma escuta atenta por parte do coach e através de perguntas que auxiliem no desenvolvi-mento da consciência do indivíduo referen-

te às suas habilidades, conhecimentos, competências, ou seja, recursos internos que a pessoa já tem, porém, muitas ve-zes estão adormecidos ou presos devido a crenças limitantes. As perguntas tam-bém são focadas para a conscientização da responsabilidade no sentido de aceitar e assumir as consequências pelas suas decisões, idéias e ações, promovendo uma melhora no aprendizado da própria pessoa. O coaching facilita a compreensão das crenças e dos valores, e a troca de experiências entre o coach (treinador) e a pessoa, incentiva, a compreensão de tudo que o processo proporciona. Há uma aná-lise da situação sob novas perspectivas a fim de ampliar a consciência em relação à situação vivida, fortalecendo assim, a auto-estima.

Tânia Regina considera que o proces-so de coaching depende praticamente de 60% ou mais do cliente, pois é ele quem realmente faz as coisas acontecerem. O coach, segundo ela, atua como um facilita-dor que se utiliza de técnicas, abordagens e de seu conhecimento pessoal para aju-dar o cliente a atingir suas metas, desco-brir a chave da virada e obter aquilo a que se propõe. Ele lidera, orienta, guia, acon-selha, desenvolve, estimula, impulsiona o aprendiz, mas quem realmente faz a ação, “joga o jogo” é a pessoa.

Desenvolvimento profissional

Tânia Regina alerta que o mercado pro-fissional atualmente está em total expan-são e a habilidade de agregar valor à orga-nização está sendo evidenciada. Buscam-se muito os talentos e o que eles podem agregar ao mundo empresarial, para que a empresa tenha um valor competitivo no mercado. “Dentro deste aspecto”, explica ela, “o coaching focado no desenvolvimen-to de carreira vai trabalhar especificamente as metas relacionadas à experiência pro-fissional e suas eventuais interfaces com a vida pessoal. Estas metas que a pessoa traz, podem estar relacionadas a questões como dificuldade na escolha profissional, redefinição de carreira, insatisfação ocupa-cional, tomada de decisões relacionadas a

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investimento profissional, desenvolvimento de competências ou ampliação das possi-bilidades de atuação no mercado. O coach então vai orientar a pessoa na análise do seu problema e na formulação de suas pró-prias soluções. Cada indivíduo sabe o que é melhor para si mesmo, então, o melhor autor para as decisões a tomar com rela-ção à carreira e à perspectiva profissional é a própria pessoa. O coach vai ajudá-lo a mapear seu desenvolvimento profissional, suas competências, encontrar e evidenciar os pontos fortes e elabora um método de trabalho para os pontos que ainda estejam em déficit, para que a pessoa possa atingir um melhor desempenho dentro do aspecto profissional”.

Resultados

As pessoas que procuram o coaching, normalmente se importam com resultados e elas precisam ter motivação adequada ou ao menos uma iniciativa suficiente para tomar qualquer ação orientada aos objeti-vos que querem atingir, bem como aos re-sultados que se propõe atingir. O coaching não é exatamente um tratamento ou treina-mento. Ele é uma relação de duas pessoas onde uma se propõe a se conhecer e agir e a outra se propõe a orientar. Se a pessoa não estiver disposta a realizar mudanças em sua vida, o processo de coaching não deslancha. É necessário um comprometi-mento e um interesse do participante em trilhar o caminho, em desvendar seus obs-táculos, em criar suas estratégias, em “jo-gar o jogo”. E as mudanças que ocorrerem ao longo do caminho serão de total autoria e iniciativa da pessoa e não imposta ou determinada pelo coach. “Não podemos direcionar o vento, mas podemos ajustar as velas como disse Charles Ulysses Por-ché”, lembra Tânia Regina. “Assim sendo o coaching não prepara o indivíduo para lidar com as mudanças, mas sim, abastece a pessoa de recursos para que ela seja um agente destas mudanças”.

Problemas com o peso

Com relação a clientes plus size, Tânia

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Regina conta que já atendeu uma pessoa acima do peso e suas dificuldades esta-vam relacionadas às questões de saúde, ou seja, ela queria e precisava emagrecer para poder se manter saudável, visto que o excesso de peso estava lhe causando alguns problemas. O objetivo dela era en-tender o que lhe impedia de emagrecer e desenvolver um plano de ação onde ela pudesse envolver exercícios físicos, busca de auxílio médico e orientação alimentar.

“Mas conheço pessoas plus size que possuem uma distorção da auto-imagem, baixa auto-estima e falta de merecimento de conquistar coisas boas e inovadoras para si mesma”, diz Tânia Regina. “Elas acreditam que o corpo é o grande causa-dor de seus infortúnios e que precisam ‘eliminá-lo’ para poderem ser felizes. Esta é a visão delas, do seu ‘mapa mental’ e não necessariamente da sociedade em que vivem, visto que temos hoje muitas pessoas plus size fazendo sucesso no te-atro, na televisão, nas revistas, inclusive como modelos. A sociedade já massacrou muito as pessoas acima do peso, mas ve-mos que alguns valores mudaram e hoje, o maior massacre acaba vindo mais da própria pessoa do que das pessoas que a rodeiam. Hoje já temos um grande público plus size que se relaciona muito bem com o seu peso e querem trabalhar e atingir ob-jetivos relacionados a diversos âmbitos de sua vida como carreira, relacionamento, desenvolvimento pessoal, como qualquer outra pessoa e não estão preocupados com os quilos a mais que possuem, mas sim com realizações pessoais e profissio-nais que lhes proporcione uma maior sa-tisfação pessoal. O peso não importa, o que importa é onde podem chegar com ou sem o peso que têm”.

O trabalho do coach é indicado para as pessoas querem fazer mudanças positivas em suas condições, mas não sabem como. Elas querem desenvolver metas pessoais ou profissionais, relacionamentos inter-pessoais positivos, hábitos saudáveis, melhorias financeiras e outras situações que acreditam ser importante para sua vida, no sentido de dar mais satisfação e entusiasmo no seu dia-a-dia, mas não tem

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Muitas vezes o processo termina e a pessoa ainda não chegou ao seu grande objetivo, mas atingiu algumas metas pré-estabelecidas e se sente realizada e motivada. E isto lhe permite continuar empenhada e seguir o caminho que já foi traçado durante as sessões. Não tem como errar, por que ela já tem o seu plano pronto, definido...

claro por onde começar a realizar este ca-minho.

Duração

O processo de coaching é desenvolvido na maioria das vezes entre 10 e 12 ses-sões de 60 a 90 minutos cada, o que equi-vale a um tempo de três a seis meses. Den-tro deste período, a pessoa vai trabalhar seus valores, os papéis desempenhados na vida, as crenças que possui e muitas vezes lhe limitam de atingir determinados objetivos. Vai delinear qual sua visão pes-soal e qual acredita ser sua missão nesta vida. Ela vai desenvolver um plano de ação de curto, médio e longo prazo e por fim, determinar qual será sua meta e como fará para conquistá-la.

“Muitas vezes o processo termina e a pessoa ainda não chegou ao seu grande objetivo, mas atingiu algumas metas pré-estabelecidas e se sente realizada e mo-tivada. E isto lhe permite continuar empe-nhada e seguir o caminho que já foi traçado durante as sessões. Não tem como errar, por que ela já tem o seu plano pronto, de-finido com a orientação do coach e na sua maioria, chega aonde quer tranquilamente. Porém, se ela sente dificuldades ou dúvi-das, nada lhe impede de procurar profis-sional para algumas sessões de ‘ajuste’ ou um bate papo para clarificar suas idéias” comenta Tânia Regina.

Mas é claro que o cliente tem que es-tabelecer metas plausíveis. Existem três pontos a se levar em conta: se a meta/objetivo é adequada, exequível e aceitá-vel. Por adequada entende-se que a meta/objetivo que a pessoa deseja, vai cumprir adequadamente sua satisfação, pois pode ocorrer de se delinear algo que vai lhe ge-rar uma grande frustração por estar acima de suas posses de conquista ou por não ter nada a ver com o que ela realmente deseja.

Por exequível ou executável entenda-se que a pessoa tem recursos disponíveis para realizar o que deseja ou se ela não tiver todos no momento, ainda tem con-dições de obter o que for necessário ao longo do período. Metas/objetivos não exe-

quíveis devem ser descartados, ou então, reformulados para que o critério seja aten-dido e a pessoa não se sinta incompetente na sua execução.

Por fim, há a questão da aceitabilidade que tem a ver com uma relação de cus-to/beneficio, ou seja, uma meta/objetivo pode ser adequada, mas se na sua imple-mentação ela vir a consumir todos os re-cursos disponíveis que a pessoa tem, não deixando margem para a concretização de outras medidas de mesmo nível ou até mesmo de maior importância, então ela não é aceitável. “É importante que tanto o cliente como o coach chequem a estes três pontos juntos, para a concretização da meta/objetivo, o fortalecimento da ca-pacidade de realização e a certeza de que o coach fez um bom trabalho de orientação e motivação da pessoa que lhe procurou”, finaliza Tânia Regina. Para entrar em con-tato com ela, visite o site www.vidyacoach.com.br.

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decoração e lifestyleno coração de Pinheiros

Compras

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

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Acaba de ser inaugurado um novo ponto de encontro no circuito

paulistano. O Empório Vieira Santos abre suas portas com o que há de

melhor em decoração, design, beleza e gastronomia. Lá você encontra desde

um bom livro até peças limitadas da Ralph Lauren Home Decor.

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s tendências da arte e do design estão dispostas em ambientes distintos com móveis e aces-sórios em perfeita harmonia. O

inusitado projeto oferece ao visitante que gosta de se aventurar pelo mundo das le-tras, um canto da Livraria da Villa com livros selecionados que podem ser adquiridos lá mesmo. Como toda boa leitura pede um bom vinho, o Empório Vieira Santos conta com uma carta de vinhos especialíssima assinada pela Importadora Terroir que re-cheou a adega super size da Art de Cave com os melhores rótulos da cidade.

Ainda circulando pelo Empório Vieira Santos, a imaginação vai tomando conta com a diversidade de peças que transitam do clássico ao moderno todas garimpadas pelo mundo como corais naturais coloca-dos em quadros acrílicos, pedras energi-zadas e os famosos lustres Baccarat re-criando ambientes sofisticados e aconche-gantes.

No segundo andar do Empório, há uma área dedicada especialmente ao Antiquá-rio, com abajoures, sofás, poltronas, cadei-ras além de peças selecionadas e assina-

A

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das por grandes nomes da arquitetura e do design. O Empório Vieira Santos ainda oferece o serviço built to suit, fazendo mó-veis e sofás sob encomenda exatamente do jeito que o cliente deseja. Uma área in-teira dedicada à louças, taças e utensílios para casa completam o espaço superior.

O cantinho beauty fica por conta dos cosméticos da Eos, com produtos para fa-zer seu private spa at home. As flores da Flor e Cor by Patricia Lunardelli e as plan-tas da Heleninha Pacheco dão um toque especial aos ambientes. E se entre uma comprinha e outra bater uma vontade de comer um doce especial, os deliciosos Chocolates Saint Phylippe também podem ser degustados e adquiridos na hora.

Para completar o ambiente perfeito para quem busca variedade de produtos e servi-ços em um só lugar, o Empório Vieira San-tos apresenta o espaço gourmet da Viking, com acessórios e produtos gourmet de luxo que transformam qualquer cozinheiro em um verdadeiro chef.

O Empório Vieira Santos fica na Rua Jo-aquim Antunes, 184, no bairro de Pinhei-ros, em São Paulo.

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Quando vemos alguém acima do peso fazendo exercício, logo pensamos em quantos quilos ela quer emagrecer. O que normalmente as pessoas não consideram é que o gordo pode estar satisfeito com sua forma física e pretende apenas manter-se saudável.

faça-os com regularidadee aproveite melhor a vida

Exercícios

Texto: Denise Carceroni | Imagens: WikiMedia Commons

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Wikimedia Commons/Ildar Sagdejev

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exercício ainda é visto como meio para a perda de peso, mas pesquisas indicam que as coi-sas não funcionam assim. Para

que o exercício tenha um efeito positivo no emagrecimento é preciso que seja feito em uma determinada intensidade que normal-mente o obeso não consegue fazer e se conseguir, terá consequências graves para seu aparelho locomotor. Além disso, preci-sa estar associado à dieta.

A prática de exercícios para quem está obeso ou com sobrepeso, vai além da questão estética, é uma questão de qua-lidade de vida. Sabe-se que o excesso de peso está associado à diversas doenças, a maioria irreversíveis, e há duas maneiras de mantê-las sob controle, através de dieta ou de exercício. Se você não abre mão de uma mesa farta, é bom pensar em come-çar a se mexer! Se uma dessas doenças se instala, pode dar adeus a um de seus maiores prazeres: a boa comida.

É claro que o exercício sozinho não fará milagre, mas você conseguirá melhorar muito sua qualidade de vida com ele e o melhor: sem sofrimento! Esqueça aquela ideia de gordinhos se matando de tanto se exercitar, com os músculos doloridos, su-ando como loucos e terminando a seção exaustos. O bom exercício é aquele que é seguro e dá prazer.

Pense que não basta escolher uma ati-vidade divertida, é preciso tomar cuidado para não se lesionar ou piorar alguma le-são existente. O exercício escolhido deve oferecer o menor impacto possível, que é diferente para cada tipo de atividade. O impacto é dado pela força de reação do solo (FRS) que é diretamente proporcional ao peso corporal, ou seja, quanto mais pe-sados somos, maior será o impacto. Ou-tra providência a ser tomada é fazer um trabalho de fortalecimento muscular, an-tes de iniciar com a atividade principal. Até mesmo uma simples caminhada na esteira pode ser prejudicial às suas articulações se seus músculos não estiverem prepara-dos.

Não existe exercício proibido, exis-tem pessoas que não podem ou não conse-guem fazer determinado movimento. Com

O quem está muito acima do peso, algumas vezes é inviável realizar alguns exercícios, mas adaptações podem ser feitas.

No caso de exercícios abdominais, por exemplo, o problema para quem está aci-ma do peso é que a barriga impede de fa-zer a flexão do tronco. Neste caso, a solu-ção é praticar o movimento sentado, em uma cadeira, com os dois pés apoiados no chão. Desta forma, fica fácil curvar o tron-co para frente, apertando a barriga contra uma pequena almofada. Mas aperte a al-mofada com a barriga e não ao contrário. Tente perceber a força realizada com a re-gião abdominal.

Quando o assunto é a flexão de braços, o problema é não conseguir realizar o mo-vimento, mesmo com os joelhos apoiados no chão, em função do excesso de peso. A solução, aí, é começar fazendo a flexão na parede, quando estiver fácil, passe a apoiar as mãos sobre uma cama alta, aos poucos vá trocando até conseguir realizar no chão.

Exercícios para os glúteos são difíceis porque a barriga impede a permanência na

Caminhar em grupo em bosques, como na

foto anterior, ou em família na praia, são atividades que além

de fazerem bem para o corpo, é um grande

estímulo para a paz de espírito.

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Wikimedia Commons/David Shankbone

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Wikimedia Commons/LocalFitness Pty Ltd.

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posição e os joelhos doem quando apoia-dos no solo. Mas você pode realizar este exercício em pé, com os antebraços apoia-dos em uma parede e o corpo ligeiramen-te inclinado à frente. Fique em apenas um dos pés, flexione o joelho da perna oposta à 90 graus e faça a extensão do quadril (empurre o pé para trás), como se estives-se dando um coice. Cuidado para não fazer um arco com a coluna.

Movimentos que envolvem o agacha-mento geram, para quem está acima do peso, dificuldades de equilíbrio para man-ter o posicionamento correto. A saída está em realizar o exercício encostado em uma fit ball (bola grande para pilates), que por sua vez estará apoiada na parede. Lembre-se de manter os tornozelos alinhados com os joelhos no momento da flexão. Reco-menda-se fazer de duas a três séries de 10 a 12 movimentos cada, dependendo do seu nível de condicionamento físico.

Atividades recomendadas

Se você quer continuar com seu peso

e ao mesmo tempo ter uma saúde de cau-sar inveja, pratique regularmente um ou mais exercícios, como, por exemplo, os de contra resistência, como a musculação, exercícios com elástico ou com peso. Você pode iniciar usando apenas o peso corpo-ral. Além deles, você pode praticar pilates, alongamento, se exercitar na bicicleta er-gométrica ou então praticar modalidades aquáticas como a hidroginástica, a nata-ção, deep water ou aquabike.

Depois que seus músculos estiverem fortalecidos, você pode experimentar au-las de dança, a dança de salão, aula de condicionamento físico, step, bike, o boxe social e outras lutas, a caminhada, além de um número muito grande de atividades, em academias ou ao ar livre.

Mas não se esqueça: antes de iniciar qualquer atividade física, converse com seu médico, peça um atestado que espe-cifique todas as suas restrições. Procure a orientação de um Educador Físico, de preferência especializado em atividade físi-ca adaptada a saúde e ao seu peso. Faça uma avaliação, porque só depois dela vo-cês poderá saber se está evoluindo.

Durante as atividades, controle sua fre-quência cardíaca, respeite os limites pres-critos na avaliação. Certifique-se de que o equipamento usado suporta seu peso. Verifique se você irá caber e ficar confor-tável. Não faça exercício em jejum e tão pouco de estômago cheio. Hidrate-se an-tes, durante e depois da atividade. Utilize roupas adequadas e um tênis apropriado. E, principalemnte, respeite seus limites, exercício bom não dói, não faz sofrer, ape-nas dá prazer.

Mude seus hábitos, experimente novas atividades, melhore sua qualidade de vida. Esqueça seu peso, mas não esqueça da sua saúde.

Denise Carceroni é graduada em Educa-ção Física pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduada em Atividade Física Adaptada e Saúde. para conhecer melhor o trabalho de Denise, visite o web site www.fiqueinforma.com ou envie uma mensagem para [email protected].

É muito importante, antes de você começar a fazer qualquer tipo de atividade física, procurar a orientação médica e fazer todos os exames que forem recomendados.

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cuide bem deles, afinal,eles moldam o seu rosto

Cabelos

Texto: da redação | Imagens: divulgação

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Nem tudo que é moda podeficar bem em você. A opinião

de especialistas vale muito mais do que um simples desfile,

ou o penteado de uma atriz.

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odo mundo já viu um desfile de moda na vida. Mas tenho certe-za que ninguém compraria todos os modelos que aparecem. Nem

mesmo os usados pelas modelos mais fa-mosas do mundo. Assim acontece com os cabelos. Nas passarelas, muitas vezes, os penteados usados chamam mais atenção do que a própria modelo. Você usaria um cabelo preto com mechas verdes e amare-las? Bem, se estivesse em um estádio de futebol, junto com a torcida organizada do Brasil, até que ia bem.

Mas no dia-a-dia, o negócio é conter seu desejo de ser exclusiva e ouvir os conse-lhos de quem entende do assunto. Como, por exemplo, os que os profissionais do Tampopo Hair Cutting Team, um salão de beleza localizado na região dos Jardins oferece nesta matéria. Além do corte e do cuidado com os cabelos, eles também oferecem serviços exclusivos maquiagem, massagens, “Dia da Noiva” e outros proce-dimentos nas áreas de estética e beleza.

No Tampopo todos seguem uma filo-sofia orientada não apenas para o corte, mas sim trabalham o cabelo como algo vivo, que merece cuidados especiais para atingir sua plenitude e potencialidade. Isso vem da visão que a fundadora do salão, Yuriko Terada, uma cabeleireira nascida no Japão, trouxe em sua bagagem e incorpo-rou à filosofia do salão, cujo nome, na ver-dade, é uma homenagem a uma flor ama-rela proveniente dos campos japoneses que resiste às intempéries e mesmo se for devastada, renasce mais forte que nunca.

O Tampopo está completando 30 anos

T de existência, uma demonstração de que a filosofia oriental também se aplica aos cabelos que devem receber os cuidados e a atenção necessários. “A composição do cabelo é importantíssima”, explica Olinda Higa, hair stylist, (estilista de cabelo) que tem cursos de especialização no Japão, Ar-gentina, Espanha e Estados Unidos. “É o molde do rosto, como dizem. O cabelo re-flete a personalidade de cada um, expres-sa a forma como a pessoa pensa e encara a vida”.

Com toda sua experiência, Olinda apóia as mudanças radicais dos cabelos, des-de que estejam de acordo com o perfil de cada um. “Trabalho de acordo com o que o cliente deseja e o que tem a ver com ele” afirma a estilista. “Às vezes, o cliente não dá muita abertura para grandes mudanças, pois têm uma visão diferente da visão do profissional que analisa outras questões que vão além do corte em si”.

Para que o cliente e a estilista saiam satisfeitos com o resultado final, existe uma conversa prévia com o cliente, pois cada pessoa é um caso e a estilista preci-sa entender o que o cliente quer, qual é a personalidade dele e, dentro de suas pre-ferências, sugerir aquilo que acredita que ficará melhor. A estilista varia de acordo com o que a pessoa passa e o que se en-caixa dentro do perfil dela.

Mas nem sempre é uma missão fácil. Algumas pessoas querem fazer cortes que Olinda não recomenda. “Vira e mexe apa-rece um cliente querendo algo que nós, os estilistas, sabemos que não terá um bom resultado”, lembra ela. “Tento ser gentil

É importante que o cliente chegue ao salão sabendo o que quer. Porém, é muito mais importante que ele tenha a humildade e bom senso para aceitar as sugestões que as estilistas oferecem.

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e mostrar à pessoa que sei o que estou fazendo e que estou preparada para tra-balhar muito bem no cabelo dela. Mas já aconteceu de uma pessoa chegar, insistir para fazer determinado corte, eu explico que não vai ficar legal, mas o cliente bate o pé. Como o ‘cliente sempre tem razão’, acabei fazendo. O resultado foi que no dia seguinte ele estava de volta dizendo que não gostou, deixou eu fazer do meu jeito e saiu feliz e satisfeito, e nunca mais dis-cutiu meus conselhos”, diz com uma ponti-nha de orgulho.

Penteado ideal

Como o cabelo é o “molde do rosto”, é preciso achar uma “moldura” que combi-ne com seu tipo. Assim sendo, cortes ar-redondados não são indicados para quem é plus size, aliás, eles são praticamente proibidos, pois os plus size geralmente têm o rosto redondo e um cabelo arredonda-do vai acentuar esta característica. “Para este tipo de modelo, as franjas também são proibidas”, ensina a estilista. “Elas po-dem e devem abusar de cortes repicados, que suavizam a circunferência do rosto, deixando-o mais ‘magro’”.

No que diz respeito às cores, uma pes-soa pode usá-las simplesmente porque es-tão “na moda”, mas nem tudo o que fica bem em uma passarela, fica bem em um escritório e, além disso, algumas cores não combinam com determinadas pessoas, in-dependente de moda ou estação. “Nem tudo que é moda deve ser usado por todo mundo”, explica Olinda Higa. “Acontece as-

sim com as cores também. A cor, estando na moda ou não, deve estar de acordo com o perfil de cada um”.

Um exemplo clássico, segundo a esti-lista, são os cabelos pintados com uma cor só. Eles não ficam bem. O cabelo todo vermelho ou todo loiro, não fica bonito. O ideal é fazer mechas, luzes, reflexos. Mas sem exageros.

“Mais importante que um corte específi-co, para as mulheres, o que vai ditar moda no próximo verão é o cabelo natural”, an-tecipa Olinda. “Cachos e ondas naturais, nada de chapinha e cabelos extremamen-te lisos. Para os homens, um visual mais anos 60, 70, não muito certinho. O cabelo deles vem mais comprido, repicadão”.

Ela adianta ainda, que no verão, os tons de loiro sempre fazem sucesso e acentu-am o bronzeado. Acobreados, vermelhos mais abertos também serão tendência.

E para finalizar, Olinda Higa dá algumas dicas simples. “Hidratação sempre”, de-creta a estilista. “Cortar o cabelo a cada 40 ou 60 dias, usar produtos que sejam específicos para o tipo de cabelo dela. Ao usar secador e chapinha, sempre passar um silicone antes. São cuidados simples e que fazem toda a diferença”.

Se o seu rosto já é lindo, nada como uma bela “moldura” para torná-lo ainda mais bonito. Para saber mais sobre o Tam-popo Hair Cutting Team visite o web site deles pelo endereço www.tampopo.com.br. O endereço é rua da Consolação, nº 3444, no bairro dos Jardins, em São Paulo e os telefones para contato são o (11) 3061-2628 e (11) 3062-0401.

Os cabelos redondos estão terminantemente proibidos para

os plus size. Cabelos com pontas disfarçam as características faciais de

quem está acima do peso.

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Texto: da Redação | Imagens: divulgação/Hilton Costa

Os leitores de Algo a mais poderão adquirir os livros com um desconto promocional de 15%, oferecido pela Jefte Livros, como parte de um convênio firmado entre as duas empresas.

Para comprar, visite o web site www.jeftelivros.com.br e identifique-se como leitor da revista.

uma mulher plus size queajuda você a refletir

Luciane Russo

Se você é alguém que acompanha o universo plus size brasileiro, certamente já ouviu falar sobre o site Gordinhas Lindas. Se você já os visitou, também já leu os tex-tos de Luciane Russo. E, a partir da nossa próxima edição, também poderá encontrá-la em nossa última página, falando sobre questões ligadas ao mundo plus size e dis-cutindo, juntamente com você, assuntos que dizem respeito à nossa qualidade de vida.

A idéia desta seção é pautar uma con-versa franca entre a colunista e nossos leitores, não restringindo a interatividade ao universo feminino e muito menos cen-surando os temas que serão debatidos. Tanto ela, quanto nossos leitores, terão carta branca para falar sobre tudo, sempre levando em consideração o respeito à di-versidade de ideologias e de pessoas.

Então, o que vocês podem esperar to-dos os meses, de agora em diante, são co-

Nossa revista sempre se pautou por discutir assuntos que envolvam a auto-aceitação e o gostar de si mesmo. Agora, com a estréia da coluna de Luciane Russo, queremos ir mais longe, discutindo, também, assuntos sugeridos por vocês.

mentários de Luciane e, é claro, seu ponto de vista sobre assuntos que pretendemos que sejam levantados por vocês, que terão à sua disposição um e-mail exclusivo para enviar suas mensagens para ela, o [email protected].

Luciane não se limita a escrever como alguém que vê a vida passar pela janela. Em seus textos e reflexões é possível ob-servar deduções que são frutos de sua própria vivência, o que traz credibilidade às suas posições e conselhos. Para ela, a vida nada mais é do que uma grande es-cola, que, como tal, só aprova aqueles que aprenderam a lição. “Mas a nossa sorte, é que temos pessoas que nos ajudam com a lição de casa”, brinca. “Além disso, mudan-ças, apesar de trazerem um certo receio, sempre são positivas, dependendo do ângulo pelo qual você as enxerga. E nada como mudarmos para melhor”, conclui Lu-ciane Russo.

Luciane Russo, 33 anos, é formadaem Letras e pós-graduada emMarketing e, além disso, adoraobservar o comportamentohumano. Ela aguarda ansiosasuas dúvidas e sugestões.

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