www.tribunafeirense.com.br R$ 1ANO XIV - Nº 2.409FeIRA de SANtANA, SeXtA-FeIRA 4 de JANeIRO de 2013

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2, 3, 4 e 5

Operação caça fantasmasEm busca de cortar custos, o

prefeito José Ronaldo mandou suspender por 60 dias os serviços de empresas que contratam pessoal para trabalhar na prefeitura. Uma comissão vai analisar a efetiva necessidade de tanta gente, espalhada por todos os setores do governo. Segundo o secretário de Comunicação, Valdomiro Silva, há no município quem não comparece e outros que não têm o que fazer. Desenvolvimento Social, tem o triplo de gente além do necessário, segundo avaliação inicial do secretário Ildes Ferreira.

A terceira gestão de José Ronaldo começa enfrentando dificuldades financeiras. Politicamente, o ambiente é mais sereno. Na Câmara, uma chapa de consenso levou à presidência o correligionário Justiniano França (abraçado a Ronaldo na foto). Carlito do Peixe será o líder.

8

Quadrinhos adultos contam a história da mais polêmica figura da história do município, o escravo-foragido-bandido-herói Lucas da Feira.

Lucas em quadrinhos

450mortos

Em 2012 Feira de Santana bateu mais um recorde de homicídios. Em 2005, apenas sete anos atrás, o número de assassinatos na cidade era um terço disso. 5

2 Feira de Santana, sexta-feira 4 de janeiro de 2013 política

3Feira de Santana, sexta-feira 4 de janeiro de 2013 opinião

ASSIM FALOU

redacao@tribunafeirense.com.br

Glauco Wanderley

JOSÉ RONALDO, prefeito

“Denúncias as mais diversas vêm sendo feitas com clara regularidade, como se já fizessem parte da rotina administrativa. A gestão pública não desfruta de credibilidade junto à comunidade”no discurso de posse na Câmara analisando o governo do antecessor

CÉSAR OLIVEIRA, articulista da Tribuna Feirense

“Ao fazer esta indicação Ronaldo dá uma dimensão que jamais existiu a este setor”

cheio de expectativa positiva quanto a uma gestão marcante de Jailton Batista na Cultura, Esporte e Lazer

HUMBERTO CEDRAZ

“O conselho é que o nobre deputado não participe da próxima eleição da Casa, em 2015”o presidente municipal do PSDB ironizou a força de Fernando Torres (PSD), ao observar que nem Gerusa, única correligionária de Torres adotou voto de oposição na hora de escolher a direção da Câmara

José Ronaldo eleito em 7 de outubro, ACM Neto eleito em 28 de outubro. Em 14 de dezembro, anunciado o secretariado da capital baiana, Colbert Filho garantiu o retorno à Câmara Federal, para onde volta a partir de hoje, já que Maurício Trindade (PR) compõe o

Nem quero radicalizar e dizer que zero de interferência política no atendimento aos pacientes é o único número aceitável na

Loteamento insalubresaúde pública. Uma coisa é o ideal e outra é o possível. Todavia, impossível é perdurar a situação que vigorou no governo Tarcízio,

onde vereadores tinham em mãos o controle total de postos de saúde, indicavam centenas de funcionários para cooperativas e eram o caminho, a verdade e a

vida para a marcação de consultas e exames. Não tem como melhorar o serviço à população se estes feudos não forem desmantelados.

Por suspeitas fundamentadas ou por necessidade de forçar redução de custos, já no primeiro dia de governo José Ronaldo baixou decreto criando comissão para rever contratos da prefeitura feitos na gestão de Tarcízio Pimenta.

A missão é observar a regularidade e legalidade dos contratos e ainda sua “moralidade, economicidade e razoabilidade”. Não foi estabelecido prazo para conclusão dos trabalhos.

A medida é quase uma praxe e algo semelhante foi anunciado por novos prefeitos tanto em

Revisão geral Piscina semi-inaugurada

Impacto

Salvador quanto em outras cidades Brasil afora. No caso de Feira, porém, há motivos para acreditar que uma análise detalhada pode render boa economia aos cofres públicos.

Além, obviamente, dos secretários de Fazenda e Administração, fazem parte da comissão os secretários de pastas que tiveram vultosos contratos firmados na gestão passada: Educação, Saúde e Serviços Públicos. O representante da Procuradoria do município não será o procurador Lucena, mas o sub-procurador cível, administrativo e trabalhista nomeado em 01 de janeiro, Cleudson Santos Almeida.

Eleito sob lei aprovada em agosto que fixou o salário do prefeito em R$ 26.700 (igual ao de Dilma Roussef), o prefeito José Ronaldo decidiu rever para baixo o próprio ganho, enviando à Câmara projeto que reduz o valor para R$ 20 mil.

No dia em que mais de 400 prefeitos na Bahia e mais de 5 mil no Brasil tomaram posse, a

ideia causou forte impacto no noticiário, sendo o foco principal da maioria das matérias locais e estaduais que trataram da troca de comando no executivo feirense.

O benefício da proposta irá muito além do marketing pessoal e político, perpetuando-se inclusive como exemplo, se de fato a economia de R$ 320 mil com o salário de apenas uma pessoa se transformar em uma (boa) creche.

José Ronaldo praticamente fechou seu discurso de posse na Câmara com uma profissão de fé no valor da Educação, falando em “realizar uma revolução silenciosa que transforma a cidade, que transforma a sociedade, que reverte indicadores sociais a partir das salas de aula”.

A partir de novembro, o noticiário oficial da prefeitura passou a intensificar a divulgação da construção de piscina semi-olímpica no ginásio Oyama Figueiredo. Foram pelo menos três matérias. Em Piscina semi-olímpica quase pronta, afirmou-se: “Há 11 operários da empresa trabalhando na obra, inclusive aos finais de semana e feriados”. Em Obras aceleradas na piscina semi-olímpica, reafirmou-se que “o serviço está sendo executado de domingo a domingo”. Como não poderia deixar de ser, logo veio Piscina semi-

Saiu no fim do governo passado, o orçamento desinchado para 2013 da Arsepuc, a ex-poderosa Agência Reguladora e Fiscalizadora de Serviços Públicos Municipais Concedidos, criada no governo Tarcízio Pimenta e presidida

Caso encerradogoverno ACM Neto.

Enquanto esperou pelo PT, o peemedebista foi cozinhado, fritado e finalmente lançado aos braços do DEM.

E Zé Neto atingiu uma meta: ficou sozinho na oposição.

Assim seja Bola murchapor Alexandre Monteiro (que logo depois de nomeado presidente da Agência, assumiu também a secretaria de Serviços Públicos na saída de Luiz Araújo).

Ex-poderosa porque de uma dotação orçamentária de R$ 21 milhões em 2012

- quando na prática engoliu grande parte das atribuições da Sesp - passou agora a uma verba de R$ 600 mil, sendo mais da metade deste valor para pagar pessoal e encargos. Os recursos no orçamento de 2013 voltaram para a Sesp.

olímpica em fase de conclusão, quando se disse que “o tratamento da água encontra-se em fase final e a implantação das pedras ao redor do mármore está terminando”.

Ainda era a primeira semana de dezembro. Mas não ficou pronta. Não era nada de vulto para coroar uma administração. Obra com verba do Ministério dos Esportes, de valor pouco inferior

a R$ 100 mil, onde à prefeitura cabia uma pequena contrapartida. Acabou sendo mais uma demonstração da ineficácia que caracterizou os últimos quatro anos.

A piscina (aqui quando já estava quase pronta) afinal acabou não

4 Feira de Santana, sexta-feira 4 de janeiro de 2013 cidade

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GLauCO WanDErLEy

Funcionários que não aparecem no trabalho mas pesam na folha de pagamento e funcionários sem ter o que fazer, porque são absolutamente desnecessários, são o alvo de medida adotada pela prefeitura, que decidiu suspender por 60 dias contratos com empresas que sublocam pessoal para servir ao município. Durante este período, estes terceirizados não terão que trabalhar, nem tampouco receberão salário. Enquanto isso, sua real necessidade será avaliada pelos secretários de cada pasta, que vão se reportar a uma comissão que apresentará um relatório final ao prefeito José Ronaldo.

A suspensão dos contratos por dois meses foi anunciada pelo secretário de Comunicação, Valdomiro Silva, que admitiu que o governo não tem informação precisa sobre quantos serão atingidos, mas estima que sejam milhares. Não sabe também quantas são as empresas terceirizadas nem o gasto mensal com elas. O secretário afirmou que o novo governo não conseguiu obter estes dados durante o processo de transição.

A medida não atinge pessoal da área médica,

Prefeitura deve enxugar terceirizados

onde há um grande número de contratos por meio de cooperativas, empregando de médicos a auxiliares de enfermagem. Entretanto pessoal administrativo da Saúde que esteja trabalhando por meio de contrato com outras empresas também será afastado durante estes 60 dias.

Pelo menos um novo secretário constatou e tornou público um inchaço na estrutura que começa a dirigir. Ildes Ferreira, de Desenvolvimento Social, ainda no final de dezembro,

assegurou em entrevista ao programa radiofônico De Olho na Cidade que a pasta tem 600 funcionários e poderia bem funcionar com 200, mas estava inflada por indicações políticas e consumindo mais de 80% do orçamento com o pagamento de pessoal.

O secretário de Administração, João Marinho, que foi titular do mesmo setor durante o governo Tarcízio Pimenta, avaliou a ordem do prefeito como “atitude de rotina”, para verificação

do custo e respaldo legal dos contratos. “Até para ver se os desembolsos estão adequados à nossa disponibilidade financeira pra honrar”, justificou.

DESCOnTrOLEJá o secretário de

Comunicação foi mais contundente na análise da situação, referindo-se à existência de um “descontrole”, pois constantemente se ouvem reclamações na imprensa de gente que se queixa de não ter recebido pagamento. “Há

pessoal em demasia, valores acima da capacidade de pagar e indivíduos que não estão em escala de trabalho, mas recebem”, completou.

Valdomiro acrescentou que em todas as áreas do governo há contratos com prestadores de serviço terceirizados, que atuam nas mais diversas áreas, como serviços gerais, vigilância,

em tarefas administrativas de escritório e outras. “Secretários constataram que tem gente sem tarefas claras e sem frequência comprovada”, observou.

Se houver pagamentos pendentes da prefeitura para as empresas (o que implicaria em atraso no pagamento de salários aos funcionários), o governo vai primeiro avaliar a legalidade da dívida. “Ronaldo tem a marca de ser um homem que honra todos os compromissos. O que for de direito o prefeito vai honrar mas certamente fará um minucioso estudo da origem, natureza e procedência. Não vai sair pagando a torto e a direito”, avisou.

A comissão que apresentará conclusões sobre o pessoal terceirizado é composta (e presidida) pelo citado João Marinho, além do secretário interino da Fazenda, Paulo Nunes, a secretária de Saúde, Denise Mascarenhas, de Educação, Jayana Ribeiro, o de Serviços Públicos, Wilson Couto e o subprocurador Cível, Administrativo e Trabalhista, Cleudson Almeida.

No discurso de posse na Câmara na tarde do dia 1º, embora fazendo a ressalva de que não iria ficar lamentando a herança recebida de Tarcízio Pimenta “como desculpa esfarrapada e justificativa para fracassos”, o prefeito José Ronaldo apontou um panorama sombrio sobre a situação da prefeitura. “Nos últimos meses pairam nuvens cinzentas sobre a administração municipal. Os comentários sinalizam para uma situação difícil. Os comentários pessimistas e até assustadores circulam à vontade, falando sobre dívidas acumuladas”, discursou.

Ao iniciar efetivamente o governo no dia seguinte, as medidas iniciais são

Governo assume alegando dificuldadescontenção de gastos e comedimento nas realizações, já que a própria capacidade de ação da prefeitura está limitada pelo quadro encontrado.

Por enquanto será mantido o turnão, medida de economia impopular adotada por Tarcízio Pimenta, que estabeleceu horário de 7.30 às 13.30 para funcionamento dos órgãos municipais e atendimento ao público.

Ronaldo se declarou assustado com o estado das máquinas da prefeitura destinadas a serviços pesados nas ruas. Considerou que estão “destruídas” e que o próprio serviço de tapar os muitos buracos na cidade, apontado como prioridade

inicial, estará prejudicado em função disso.

Segundo o governo, estão sem uso, recolhidos à garagem da prefeitura por falta de manutenção, entre outros equipamentos, cinco patrois, duas pás carregadeiras, cinco caçambas, uma retro escavadeira e quatro rolos compactadores de

pavimentação. O prazo para conserto é de 40 dias.

O prefeito exibiu como primeiras iniciativas ações tópicas de limpeza pública, mandou consertar um pontilhão no Santo Antônio dos Prazeres, reabrir a lavanderia comunitária na Fonte de Lili e reformar o CAIC do Feira VII. (GW)

Na coletiva a radialistas, Valdomiro confirmou que há funcionários que não aparecem

Washington Nery

5Feira de Santana, sexta-feira 4 de janeiro de 2013 cidade

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Em sete anos o número de pessoas vitimadas pela violência letal em Feira de Santana triplicou. Em 2005, aconteceram 150 mortes deste tipo no município. No ano passado, foram 450, somados os casos de latrocínio e de pessoas mortas por policiais. O crescimento do número de mortes em relação ao ano passado foi de 22,6%.

Nunca se matou tanto em Feira de Santana. As mortes estão crescendo a cada ano que passa, com exceção de 2011, quando registrou-se redução em relação ao ano anterior (veja quadro comparativo abaixo).

Em 2012, em Feira de Santana uma pessoa foi assassinada para cada grupo de 1.255 habitantes do município. Teoricamente, são grandes as possibilidades de um morador local passar a fazer parte desta estatística. Também é grande o número de indivíduos mortos em cada grupo de cem mil habitantes: 80. Proporcionalmente, aqui se mata mais do que em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Entre as vítimas de 2012, a faixa etária de maior incidência oscila entre 25 e 30 anos. São, portanto, na sua grande maioria pessoas na fase produtiva da vida.

No ano passado, em relação a 2011, houve aumento mínimo nos casos de latrocínio (de 17 para 18) e crescimento maior das ocorrências de alto de resistência – quando é registrada “morte em confronto com a polícia”. Estes casos passaram de 13 para 18.

De acordo com a polícia, 80% dos crimes estão relacionados ao tráfico de drogas. A mesma polícia afirma que consegue-se elucidar apenas 48% dos assassinatos. Os investigadores que não sabem quem são os autores nem sempre poderão determinar os motivos das mortes. Dos autores identificados, menos de 10% chegam ao banco dos réus.

E apenas um pequeno número de acusados

Homicídios triplicam em 7 anos

de assassinato é levado ao banco dos réus. Estatisticamente, no Brasil apenas cerca de 3% dos inquéritos viram processo. O resto se perde em provas

inconsistentes ou processos mal elaborados que não são aceitos pelo Ministério Público ou pela Justiça. São números que anabolizam a idéia da impunidade entre

familiares das vítimas e autores das barbáries. Se todos os que cometem crimes de morte fossem presos, com certeza absoluta faltaria espaço

nos presídios. A tentativa de assassinato é pouco divulgada. Todos os anos centenas de pessoas sofrem atentados contra suas vidas. São baleadas, esfaqueadas,

recebem cacetadas ou outro tipo de agressão, mas escapam.

A titular da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana, Milena Calmon, disse que não é fácil combater o crime. “As testemunhas não colaboram com as investigações”. Natural, pois temem retaliações por parte dos bandidos.

MENORESFeira de Santana é

destaque nacional quando o assunto é assassinato de menores de 18 anos. Ocupa a segunda posição em termos regionais e o sexto lugar no Brasil. No ano passado 41 jovens foram vitimados. Número um pouco menor do que em 2011, quando 47 pessoas deste segmento etário tiveram suas vidas tiradas violentamente. A redução foi de 11%.

Depois de recusar qualquer outra função na Mesa Diretiva que não fosse a primeira vice-presidência, os três vereadores do PT (Alberto Nery, Beldes Ramos e Pablo Roberto) decidiram não participar do processo de escolha da nova direção da Câmara para o próximo biênio. Com isso, a chapa única, encabeçada por Justiniano França (DEM), foi eleita com 18 dos 21 votos possíveis.

Também foram eleitos para a Mesa Diretiva o vereador Reinaldo Miranda – Ronny, como 1º vice-presidente; Edvaldo Lima, 2º vice-presidente; Roque Pereira, 1º secretário; José Carneiro, 2º secretário e Wellington Andrade, 3º secretário.

A chapa única resultou de acordo entre os três principais postulantes à presidência. Carlito do Peixe (DEM), que por duas vezes foi presidente do Legislativo, ficou com a liderança do governo. Ronny (PSDB), que desde a eleição

Chapa única só não teve os votos do Ptpassada na Câmara se colocava como pretendente, aceitou a condição de vice.

NOMEAÇÕES

Nesta quinta-feira (3), foram nomeados pelo novo presidente nove cargos de provimento temporário e seis de provimento comissionado.

O ex-vereador Jorge Raimundo de Oliveira Silva ocupará o cargo de diretor geral da Casa da Cidadania.

O jornalista Joilton Antônio de Freitas Mattos será o novo chefe da Assessoria de Comunicação

(Ascom). Ele ocupou o mesmo cargo durante a gestão do então presidente Alcione Cedraz, no período de 2006 a 2008.

Moacir Ferreira do Nascimento desempenhará a função de chefe de gabinete da Presidência e Andréia de Almeida Rocha e Joselita dos Santos Silva ocuparão os cargos de auxiliar de gabinete do presidente. Ricardo Souza foi nomeado para assistente da Administração.

Foram renomeados o jornalista Sérgio Augusto Marques dos Santos, chefe

de Redação; o advogado Rui Leme Padilha Junior, procurador jurídico; e Edson Lima Costa, chefe do Controle Interno.

Dentre os servidores efetivos que permanecem nas mesmas ocupações que exerciam anteriormente, encontram-se Helder dos Santos Bezerra, chefe da Divisão Financeira; Hilneide Araújo Almeida, chefe da Divisão de Informática; e Cássia Perpétua de Freitas Magalhães Medeiros, encarregada do setor de Recursos Humanos.

Também vão desempenhar as mesmas

funções: Iramar Nascimento Vieira, encarregado do setor de Transporte; André Valdir Cerqueira de Jesus, encarregado do setor de Apoio e Manutenção; e Marloy Antônio de Santana, encarregado do setor de Compras.

Segundo o presidente Justiniano França, novas nomeações e renomeações de cargos de provimento temporário e de provimento comissionado serão feitas durante a semana.

Jorge Oliveira, ex-vereador, vai ser diretor da Câmara Joilton Freitas volta a chefiar a Assessoria de Comunicação

6 Feira de Santana, sexta-feira 4 de janeiro de 2013

di.vianfs@ig.com.br

Itamar VianArcebispo Metropolitano

Luzes no Caminho

O termo calendário origina-se da palavra latina “calendarium”, designando o livro de contas que indica as calendas (primeiro dia de cada mês romano) em que se deviam pagar os juros. Hoje, com a palavra calendário, designam-se os sistemas elaborados para medir, de modo racional, os dias, as semanas, os meses e os anos, de acordo com os principais fenômenos astronômicos, sobretudo os relacionados com a posição do Sol e da Lua.

O CALENDÁRIO Gregoriano está completando 430 anos. Foi adotado em 1582 e é o mais usado no mundo. É chamado de Gregoriano por ter sido organizado por ordem do papa Gregório 13. Não é perfeito, mas é respeitado como muito sério. Se não fosse assim não subsistiria por 430 anos. É o resultado de uma reformulação de outro calendário antigo, o Calendário Juliano, criado por ordem de Júlio César no ano 45 antes de Cristo.

OS ADVERSÁRIOS do atual calendário reclamam da falta de exatidão de algumas datas importantes da história, entre elas o nascimento de Cristo. Para alguns astrônomos, Jesus teria nascido quatro anos antes data fixada pelo calendário atual. A data do nascimento de Cristo, portanto, fixada para 25 de dezembro é um motivo para grandes discussões.

O CALENDÁRIO é uma sequência de ritos, que vão marcando a rotina do cidadão desde o momento em que ele acorda até ir dormir. Não há como fugir desta sequência de ritos, de tal forma que acabamos todos nos tornando escravos do tempo e, sobretudo, dos relógios. De qualquer forma o calendário é fundamental para a vida do ser humano, e influi em todas as atividades, de modo especial na agricultura, na definição de festas religiosas, feriados...

O MAIS importante para a vida é ter consciência de que o tempo passa e com ele nós passamos. O calendário marca o nosso tempo. Determina nossos dias. Divide nosso ontem, nosso hoje e nosso amanhã. Sabemos em que dia estamos. Localiza nossa vida e atividades no ano, no mês, na semana, no dia. É nele que estabelecemos o começo e o fim de tudo o que fazemos. Por ele sabemos que o ontem e o amanhã não estão em nossas mãos. Nossa responsabilidade está no hoje. Ali está nosso compromisso de fazer o bem, hoje.

O valor do calendário

Batidas frontais causaram mais mortes de acordo com a PRF. 26 das 50 mortes foram colisões do tipo. Os nove capotamentos do período mataram 10 pessoas.

A Associação dos Docentes da Uefs (Adufs) está selecionando candidatos para o cargo de Auxiliar Administrativo. As inscrições iniciaram nesta quinta-feira (3) e seguem até o dia 14 de janeiro, das 8h30 às 12h e das 14h30 às 17h30.

Os candidatos devem apresentar cópias do RG, CPF, Carteira de Trabalho, Título de Eleitor, Certificado de Reservista, além de currículo com comprovação da experiência declarada. Exige-se, no mínimo, a conclusão do Ensino Médio (2º grau) e comprovação de conhecimento em informática (Word, Excel, Corel Draw e Power Point).

A seleção para preenchimento da vaga será feita nos dias 15 e 16 de janeiro e prevê três etapas: avaliação curricular, entrevista e prova escrita, sendo cada uma de caráter eliminatório. Todos os candidatos deverão

Adufs faz seleção paraAuxiliar Administrativo

comparecer à Adufs no dia 15 de janeiro, às 14 horas, quando serão informados do resultado da avaliação curricular. O resultado final será divulgado no dia 17 de janeiro, na sala da Associação, que fica no Módulo Teórico (MT) 45 da Universidade Estadual de Feira de Santana, e no endereço eletrônico www.adufsba.org.br.

O candidato que for aprovado nas três fases e obtiver a maior nota será contratado imediatamente pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com jornada de trabalho semanal de 20 horas, em um turno diário, e salário mensal de R$ 1.100,00, vale transporte e respectivos encargos trabalhistas.

Mais informações no Portal da Adufs, no endereço eletrônico www.adufsba.org.br.

Mesmo com um número de acidentes bem menor, a letalidade das batidas cresceu e a operação Fim de Ano da Polícia Rodoviária Federal foi encerrada com aumento de 19% no número de mortos registrados nas estradas federais baianas, em comparação com o fim de ano de 2011. A operação durou 13 dias e se encerrou meia-noite do dia 3.

A PRF aponta imprudência, falta de respeito às leis de trânsito e falta de atenção dos condutores como as principais razão dos acidentes graves. Um exemplo disso é a principal causa de multas. Das 4.602 notificações, 1.690 (37%) foram por ultrapassagens indevidas. 447 foram por falta do cinto de segurança. Os radares da PRF registraram nada menos que 30.590 veículos trafegando em velocidade acima da permitida na via.

ÁLCOOLEm relação ao uso de álcool

pelos motoristas, os 2.805 testes de bafômetro feitos na operação flagraram 70 dirigindo alcoolizados, que foram multados. 28 ainda foram presos por “embriaguez no trânsito”.

Aumenta o número de mortos nas estradas

ANO Acidentes Mortos Feridos2012 373 50 2502011 554 42 290

A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) inscreve de segunda-feira (7) até as 12h de 18 de janeiro de 2013 para o Processo Seletivo Simplificado para contratação de pessoal, por tempo determinado, em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). São oferecidas 79 vagas para cargos de nível médio e dez para cargos de nível superior, totalizando 89 vagas.

 Os salários são de R$ 1.692,27 e R$ 1.006,86, respectivamente para os cargos de nível superior e médio, somadas as gratificações. O prazo de contratação é de até dois anos, com possibilidade de renovação por igual período uma única vez.

 O edital da seleção está publicado no site www.uefs.br/

UeFS abre inscrições para seleção pelo Reda

portal, na seção Notícias. A inscrição deverá ser feita exclusivamente pela internet, na seção Concursos e Seleções, que poderá se acessada no endereço http://www2.uefs.br:8081/reda a partir de 7 de janeiro. O valor da taxa de inscrição será de R$ 40 para nível médio e de R$ 70 para nível superior.

 O processo seletivo, realizado pela própria UEFS, será composto de prova objetiva a ser aplicada em 17 de fevereiro, de caráter classificatório e eliminatório, e avaliação de aptidão física e mental confirmada por meio de exames, de caráter eliminatório. Para os cargos de nível superior haverá, também, avaliação de conhecimentos mediante prova de títulos, de caráter classificatório.

cidade

7Feira de Santana, sexta-feira 4 de janeiro de 2013

adilson-simas@bol.com.br

Adilson SimasFeIRA ONteM

Esta foi a 18ª edição da Casa Cor Bahia. Desde que ano você participa?

Desde o ano passado. Portanto esta é a nossa segunda edição. Somos o único escritório de arquitetura do interior da Bahia a participar do evento. Todos os nossos fornecedores são de Feira. Penso que nós abrimos um caminho e que outros arquitetos de Feira irão segui-lo.

Como foi a participação de visitantes de Feira no evento? Houve um público feirense em número considerável?

Sim, nossa cartela de clientes sempre nos prestigia, e como temos obras espalhadas nas principais cidades do interior da Bahia - Jequié, Vitória da Conquista, Eunapólis, Cruz das Almas, Barreiras entre outras - acaba sendo um chamariz para visitantes destas cidades também.

Que ambiente você decorou e qual estilo e materiais foram escolhidos para ele? Há algum traço de regionalização?

Fizemos este ano o cafezinho. Usamos materiais nobres como mármores, tecidos exclusivos, cristais...

Arquitetura deFeira reconhecidaLana MaTTOS

Ed Vasco foi o único arquiteto de Feira de Santana a participar da Casa Cor - reconhecida hoje como a maior mostra de arquitetura e decoração das Américas, que acontece em 18 estados do Brasil e mais quatro países. Ele nasceu em Salvador, mas veio para Feira ainda criança, aos quatro anos. Retornou à capital aos 19, para estudar arquitetura e urbanismo pela Universidade Salvador (Unifacs) e fez pós-graduação em moda também pela Unifacs. Há cinco anos, o arquiteto voltou para Feira, onde fixou seu escritório. Ed Vasco falou à Tribuna sobre sua experiência na Casa Cor Bahia 2012 que, em sua 18ª edição, teve em média 60 mil visitantes, um dos maiores públicos da mostra no país.

Não gosto desta palavra “regionalização”, pois tenho medo de ficar folclórico. Mas como todos os nossos fornecedores são de Feira de Santana, isso nos dá imensa satisfação, pois usamos tudo que há de bom e do melhor em arquitetura e decoração na mostra.

Quem financia os materiais utilizados na decoração de cada ambiente?

Na verdade somos um grupo de empresas que trabalham juntas o ano todo na satisfação completa de nossos clientes e celebramos nossa parceria na Casa Cor. É um momento de ousarmos e mostrarmos tendências e conceitos que povoam nossas empresas.

no seu caso, houve algum patrocínio?

Nosso patrocinador máster foi a Simonetto Design, que é uma empresa de móveis planejados, da qual somos contratados para fazer todas as lojas na Bahia. Talvez isso seja mais importante que a Casa Cor: Um escritório de Feira que hoje projeta todas as lojas de uma rede

na Bahia, totalizando sete lojas de uma rede paranaense e que se prepara para projetar a loja conceito de Recife no bairro mais luxuoso da capital pernambucana. É para deixar toda a cidade com orgulho. Isto é algo para ser pensado, pois as pessoas acham que, para se fazer um bom trabalho, precisamos estar na capital, o que é um erro. Temos projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento na Bahia toda, em São Paulo e nos preparamos para nossos primeiros projetos internacionais, uma casa de 2.500m² no bairro mais bacana de Luanda, em Angola, e um restaurante em Maputo, capital de Moçambique, tudo isso estando sediados em Feira de Santana.

Este ano, a Casa Cor Bahia homenageou personalidades como Marylin Monroe, amy Winehouse, Constanza Pascolato, Coco Chanel e Christian Dior. De que forma foram feitas essas homenagens?

Cada arquiteto escolhe um tema livre para seu ambiente. Em 2011 fizemos o conceito da brasilidade, em 2012 fizemos uma homenagem aos czares russos, em 2013 estamos já em negociação com um grande artista brasileiro para homenageá-lo. Tenho certeza que vai dar muito que falar.

“As pessoas acham que, para se fazer um bom trabalho, precisamos estar na capital, o que é um erro”

O Cafezinho, ambiente montado por Vasco para a exposição Casa Cor Bahia

Vasco trabalha em conjunto com profissionais da cidade

Na sucessão do presidente Juscelino Kubitschek, em que pese a eleição de Jânio Quadros, o grande vencedor em Feira foi o Marechal Teixeira Lott, suplantando inclusive a soma dos votos dados a Jânio e Fernando Ferrari, também candidato.

Ao contrário do PSD, que comandado por Eduardo Motta fez comícios quase diários nos subúrbios pró candidatura Lott, a UDN preferiu um único grande comício, na Praça João Pedreira, defendendo o nome de Jânio Quadros.

No dia do comício, no Bar de Anísio Rato Branco, no Beco do Mercado, Rua Libânio de Morais, bem próximo da concentração, as discussões giravam em torno da preferência do

Chefe da Guarda Municipal, antonio Santiago Maia, também conhecido como “Guarda Amorzinho”, escalou um dos seus prepostos para fazer a vigilância noturna nas imediações do Fórum Filinto Bastos. Zeloso e atencioso, tratou de enviar ofício ao juiz comunicando que estava cumprindo as “ordens do Senhor Prefeito”.

A exemplo das correspondências anteriores enviadas para o SENHOR secretário, SENHOR diretor, SENHOR delegado e outros, Amorzinho se dirigiu ao titular do fórum usando o termo SENHOR Juiz...

A autoridade

O Senhor do Fórum

Época que nunca acaba

Um só já basta

devolveu dizendo que a correspondência deveria começar dizendo “SUA EXCIA. EXMO SENHOR JUIZ...”. Amorzinho recebeu o ofício de volta e mandou de novo com um bilhete explicando:

- “Senhor juiz, Deus que é Deus, eu chamo Senhor Deus, quanto mais o Senhor, que é só juiz...”

De volta ao poder em 1989, logo em janeiro o prefeito Colbert Martins anunciou o fim da feirinha da Rua Marechal Deodoro e imediatamente mandou que o mesmo Amorzinho, chefe da guarda, cumprisse a ordem.

À tarde, no salão nobre da Prefeitura, sensibilizado com os apelos dos feirantes, o prefeito disse que ia permitir no local apenas os que vendem frutas de época.

O feirante Sergipe que guardava suas mercadorias no quintal da casa de Chico Pinto pediu a palavra e

desarmou o prefeito ao afirmar:

- Eu sabia doutor! O senhor não iria prejudicar a gente. Todos nós também vendemos banana e banana dá o ano inteiro...

eleitorado feirense.Um dos presentes

perguntou ao guarda municipal Euclides em quem ele iria votar. Sempre gozador, Euclides engole mais um “rabo de galo” (mistura de Cinzano com Cachaça que fazia sucesso nos anos 60) e responde irônico:

- Ora, ora! Se um presidente só coloca o país no abismo, imagine um lote...

entrevista

8 Feira de Santana, sexta-feira 4 de janeiro de 2013 cultural

ORDACHSON GONÇALVES

A trajetória de Lucas da Feira a partir de uma acurada pesquisa em fontes documentais, memória oral, romances, cordéis e outros meios de estudo está sendo contada e ilustrada no HQ “Sant’Anna da Feira, Terra de Lucas”, dos autores Marcos Franco e Hélcio Rogério. A obra foi lançada no Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira.

O livro com 180 páginas tem pesquisa histórica, iconográfica e roteiro de Marcos Franco e ilustrações de Hélcio Rogério. Juntos, eles já haviam lançado em 2010 o HQ “Lucas da Vila de Sant’Anna da Feira”, material que lhes rendeu o Prêmio Ângelo Agostini em três categorias e uma indicação ao Troféu HQMIX, considerado o “Oscar” nacional dos quadrinhos.

O novo trabalho, segundo os autores, traz uma abordagem histórica mais densa. É resultado de 14 anos de pesquisa e construção.

O álbum foi patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), através de recursos do Fundo de Cultura.

Em uma entrevista exclusiva ao jornal Tribuna Feirense, o roteirista Marcos Franco fala sobre o processo de elaboração da obra, os resultados que estão sendo alcançados e as perspectivas para este atual trabalho.

Como foi o processo de criação do HQ Sant’anna da Feira, Terra de Lucas?

A ideia da criação do álbum surgiu há alguns anos, muito embora desde a infância eu já possuísse um especial interesse pela figura do lendário escravo Lucas da Feira. Sempre tive uma relação bastante próxima à cultura popular e coisas ligadas ao campo. Eu costumava ouvir dos

mais velhos da zona rural de Feira de Santa “causos” e histórias sobre todos esses mitos do sertão, sobretudo a respeito do Lucas. Foram essas lembranças que me instigaram a pesquisar e a transportar para o universo dos quadrinhos sua polêmica história. Já o processo de criação, começou de fato em 1998, período em que iniciei a pesquisa histórica, iconográfica e confeccionei o roteiro da obra.

Qual a principal proposta dessa obra?

A principal finalidade da publicação é mesmo o resgate histórico da figura do Lucas da Feira e da sociedade em que ele viveu. Além de tentar elucidar pontos de um tortuoso período da cidade de Feira de Santana, a obra objetiva em vez de registrar simplesmente o

fracasso dos negros frente às tantas e inumeráveis injustiças sofridas, a sua luta e rebeldia, em tudo o que eles foram capazes de fazer para incorporar-se à cultura brasileira. A narrativa do álbum busca assim, revelar importantes pontos de significação histórica e social da Feira de Santana do século XIX, principalmente no que diz respeito às mazelas da escravidão.

Qual o diferencial deste novo trabalho em relação ao HQ Lucas da Vila de Sant’anna da Feira, lançado em 2010?

O álbum anterior se tratava de um conto hipotético sobre o Lucas da Feira. Esse novo trabalho possui uma abordagem histórica mais densa, sendo todo ele baseado em documentos oficiais e fontes alternativas, como

cordéis, romances e na tradição oral do povo feirense. Pra ser mais preciso este novo álbum teve início na segunda metade da década de 1990, quando comecei a parte de pesquisa e idealizei o roteiro da obra, enquanto a outra versão, que é uma espécie de “compilação resumida” do original, foi desenvolvida apenas em 2009. Por se tratar de uma publicação mais extensa e por consequência, com um custo de impressão mais elevado, esta obra original acabou ficando engavetada por nada menos que 14 anos.

Como vocês têm aferido a aceitação do público?

Assim como o trabalho anterior, essa nova publicação vem superando todas as expectativas. Em Feira de Santana e região,

a aceitação maior vem dos interessados pelo contexto histórico da HQ e de toda a polêmica e controvérsia que envolve o Lucas da Feira. Já no âmbito nacional, o interesse maior vem de fato do público leitor de histórias em quadrinhos e de autores nacionais de quadrinhos, que vêm apontado a publicação como uma das melhores Novelas Gráfica do ano de 2012.

a obra também será levada para outras cidades?

Com certeza. Estamos levando a obra para outras cidades e estados brasileiros. Realizamos lançamentos nas cidades baianas de Cachoeira, Feira de Santana e Salvador, além de um pré-lançamento em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Estaremos fazendo um relançamento em Ribeira do Pombal e no segundo semestre de 2013 representaremos mais uma vez a cidade de Feira de Santana no Festival Internacional de Quadrinhos de Minas Gerais, o FIQ. Também realizarei ações educativas com abordagem à temática que envolve o projeto, em Feira de Santana, Ribeira

do Pombal e em uma comunidade remanescente de quilombo, localizada na cidade de Cachoeira.

Como você analisa a realidade do HQ na Bahia atualmente?

O movimento de HQ no estado ainda é fraco se comparado a outros centros do Nordeste, como é o caso do Ceará e da Paraíba. Hoje, a HQ baiana sobrevive exclusivamente da luta isolada de alguns abnegados, que publicam o seu trabalho de forma independente, com tiragens bastante pequenas; e das publicações financiadas pelas leis de incentivo à Cultura de estados e municípios, como é o caso do “Sant’Anna da Feira, Terra de Lucas”. Infelizmente, aqui, esse tipo de linguagem ainda carece de um maior incentivo, e de certo modo, de um público consumidor. Na Bahia, por falta de interesse ou informação, os quadrinhos acabam sendo relegados a um papel secundário como forma de leitura. Talvez por essa razão, é que ainda não temos um mercado forte, onde autores possam sobreviver dos seus quadrinhos.

extensa pesquisa histórica embasa HQ de Lucas da Feira

Na essência a obra de Hélcio (à esquerda) e Marcos é a mesma lançada anteriormente, porém esta versão é muito mais detalhada e rica em pesquisa histórica