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PÁG. 1 Vargem Grande do Sul e Região - Janeiro de 2011 - Ano II - Nº 17 - Distribuição Gratuita

Edição 17 - Janeiro 2011

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Vargem Grande do Sul e Região - Janeiro de 2011 - Ano II - Nº 17 - Distribuição Gratuita

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EDITORIAL

Modernização doMinistério daAgricultura

O ministro da Agricultura,Wagner Rossi, reforçou que amodernização da pasta será ofoco central de sua gestão. Eletomou posse no dia 1º de janei-ro juntamente com outros mi-nistros do governo da presiden-te Dilma Rousseff.

À frente do ministério desdeabril de 2010, Rossi afirmou queo trabalho de modernização doórgão já foi iniciado com a isen-ção de registro prévio de 20 milprodutos destinados à alimenta-ção animal, como suplementose rações. A medida, em vigordesde o mês passado,desburocratiza o processo semreduzir o rigor para garantir a se-gurança e a qualidade dos pro-dutos.

Em nota divulgada à impren-sa, o ministro comentou que ou-tras ações na mesma linha se-rão anunciadas, em breve. Eleavalia que o governo terá condi-ções de acompanhar a expansãodo agronegócio que avançoumuito, principalmente nos últi-mos dez anos.

Segundo ele, o projeto de ges-tão do Ministério da Agriculturapara os próximos quatro anos in-clui ainda um novo modelo definanciamento do crédito rural,a ampliação do seguro rural e aabertura de novos mercadospara a carne brasileira. Ele infor-ma que o Ministério estuda no-vas modalidades de financiamen-to para a pecuária e a fruticultu-ra, por exemplo. De acordo comRossi, a intenção é combater odesenvolvimento desigual naagropecuária e incentivar a or-ganização de setores com gran-de potencial.

O ministro defendeu a ampli-ação do seguro rural, como for-ma de garantir a renda para osprodutores. Também reforçou oempenho da equipe do Ministé-rio para que a carne brasileirapossa ser comercializada em no-vos mercados, especialmente osdo Extremo Oriente, engloban-do Japão, China e Coreia. Os trêspaíses estão entre os maioresconsumidores de carne suína domundo.

Citricultores se reúnem com prefeito deAguaí para combater ao greening

Segundo dr. Gutemberg, a prefeitura vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance, incentivando osprodutores, cobrando das autoridades competentes e promovendo campanhas pela erradicação da

murta

Citricultores conversaram com o prefeito dr. Gutemberg Adrian de Oliveira sobre ocombate ao greening

O prefeito de Aguaí, dr.Gutemberg Adrian de Oliveira, re-cebeu recentemente em seu gabi-nete citricultores aguaianos preo-cupados com o combate aogreening, doença que ataca os la-ranjais e que pode causar grandesprejuízos na citricultura. De acor-do com eles, ainda é possível vermuitas murtas pela cidade ou nazona rural.

Durante o encontro, o citricultorValdomiro Ivers comentou quedeve haver uma maior fiscalizaçãodo poder publico e dos própriosagricultores. “Não basta extermi-nar a murta, é preciso acabar compomares abandonados. Ter um po-mar novo ao lado de um pomarabandonado é suicídio para ocitricultor”, afirmou Valdomiro ementrevista à imprensa da região.

Segundo dr. Gutemberg, a pre-feitura vai fazer tudo o que estiverao seu alcance, incentivando os

citricultores, cobrando das autori-dades competentes e promoven-do campanhas pela erradicação damurta. “Precisamos divulgar de to-das as formas possíveis ao grandeprejuízo que as murtas trazem paraos citricultores aguaianos”, afirmou.“Meu gabinete esta aberto a todas

as pessoas que me procurarem, en-tretanto, às vezes por questões quefogem ao nosso controle, demora umpouquinho para o atendimento. Hojeestes citricultores esperaram um pou-co e foram atendidos. Vamos fazer oque for possível e estiver ao nossoalcance”, destacou o prefeito.

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EXPEDIENTEO Jornal do Produtor é uma publicação mensal, editado à rua Antônio Rodrigues do Prado, 48, Bairro N.Sra. Aparecida, Vargem Grande do Sul - SP. E-mail: [email protected] - Fone: (19) 3641-1392

Jornalista Responsável - Bruno de Souza - MTb 46.896Diagramação, Fotos e Artes - Ricardo Falcão - Angelino Jr.

Publicidades - Fernando Wagner Franco - (19) 9310-5700

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águas da Prata - Caconde - Casa Branca – Campinas( Ceasa) - Divinolândia - Espírito Santo do Pinhal - Itobi – Itapetininga - Mococa - Santa Cruz das Palmeiras - SantoAntônio do Jardim - São João da Boa Vista - São José do Rio Pardo - São Sebastião da Grama - Tambaú - Tapiratiba –Porto Ferreira - Ribeirão Preto - São José do Rio Preto. Em Minas Gerais Sacramento e Araxá.

Licenciamento ambiental: CATI vai emitir declaração para dispensa

GTA falsificada pode trazer prejuízo ao produtorA falsificação de GTA (Guia de

Trânsito Animal) preocupa a De-fesa Agropecuária que é o órgãoda Secretaria de Agricultura eAbastecimento, responsável pelasanidade dos rebanhos no Esta-do de São Paulo. Tratando-se deum documento que comprova asanidade dos animais, permite arastreabilidade e serve de instru-mento para comprovar o statussanitário do Estado, é a melhorforma de fornecer ao compradora garantia de adquirir animaisprotegidos contra doenças.

Visando coibir o trânsito irre-gular de animais e vegetais, bemcomo seus produtos esubprodutos, a CDA(Coordenadoria de DefesaAgropecuária) vem intensificandoas fiscalizações volantes. De acor-do com o Decreto Estadual nº45.781, o trânsito de animais noestado de São Paulo, independen-temente da origem, do destino eda finalidade, deverá estar acom-panhado da Guia de Trânsito Ani-mal e demais documentoszoossanitários, além da nota fis-

cal. O transportador deve portaresses documentos e apresentarà fiscalização, quando solicitado.

A última apreensão de GTAfalsificada foi realizada no final deoutubro, na Rodovia D. Pedro (SP065) com a interceptação de doiscaminhões que transportavam 70bovinos para engorda, embarca-dos em Guaratinguetá com des-tino a Ipauçu.

Segundo Ligia Martucci, dire-

tora do Escritório de DefesaAgropecuária de Campinas, “oscondutores dos veículos foram au-tuados e os animais encaminha-dos para abate sanitário em fri-gorífico com inspeção oficial, poisapesar de utilizarmos de todo osuporte disponível para o cruza-mento de dados e informações,não foi possível identificar a ori-gem os animais”. Como é comum nestecaso, compete à Defesa Agropecuária

registrar boletim de ocorrênciapor se tratar de falsificação de do-cumento público, o que configuracrime, informou José de Barros,médico veterinário que coordenaas fiscalizações volantes.

GTA - O modelo atual da guiade trânsito animal foi implantadopelo Ministério de Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento no ano de2007 e é utilizado em todo o ter-ritório nacional para o transportede animais vivos, ovos férteis eoutros materiais de multiplicaçãoanimal. A padronização teve comoobjetivo aumentar a segurança eo controle sanitário de animais notransporte interestadual e intra-estadual, além de atender reco-mendações de missões interna-cionais que visitam o Brasil, inte-ressadas na importação de nos-sos produtos.

A falta de documentação parao trânsito de animais implica emmulta de 70 Unidades Fiscais doEstado de São Paulo (Ufesps), queequivale hoje a R$1.149,40.

(Ass. de Comunicação da CDA)

Empreendimentos rurais comreduzido impacto poluidor oudegradador agora são passíveisde dispensa de licenciamentoambiental. Isso graças a umaresolução conjunta das Secreta-rias do Meio Ambiente e de Agri-cultura e Abastecimento,publicada no Diário Oficial doEstado de São Paulo no dia 23de dezembro de 2010.A resolução lista as atividadesagrosilvopastoris que poderãoser dispensadas delicenciamento, contanto queatendam a legislação pertinen-te ao uso e conservação do solo,a adoção de boas práticas deprodução agropecuária e nãoimpliquem em supressão de ve-getação nativa ou intervençãoem áreas de preservação per-

manente. Além disso, os proje-tos agropecuários devem ocor-rer em áreas de até mil hecta-res, caso contrário olicenciamento pela CompanhiaAmbiental do Estado de SãoPaulo (Cetesb) é obrigatório.O assessor de Políticas Públicasda CATI (Coordenadoria de As-sistência Técnica Integral), Ale-xandre Mendes, explica que olicenciamento ambiental é requi-sito para que o produtor acessealgumas linhas de financiamen-to. “Com a dispensa, esta etapase torna mais rápida”, garante.Os produtores que quiserem adispensa devem procurar a Casada Agricultura local e entregar orequerimento preenchido, muni-dos de documentos pessoais edo imóvel. Segundo Mendes,

após a entrega do requerimen-to o técnico da CATI irá à pro-priedade para conferir as infor-mações. “Se o laudo resultanteda visita confirmar os dados re-latados será emitida a Declara-ção de Conformidade da Ativi-

dade Agropecuária. Essa decla-ração já pressupõe a dispensade licenciamento, podendo serencaminhada ao banco para darprosseguimento à análise depropostas de financiamento”,explicou.

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Manejo integrado contradoenças da batata

Os produtores de batata en-frentam problemas de doençasque podem destruir totalmentea lavoura se não forem tomadasmedidas corretas. A requeima éa principal delas, ocorrendo prin-cipalmente em épocas frias ecom umidade alta. Depois queela entra na lavoura o controle émuito difícil e a plantação podeser completamente perdida.

A aplicação de fungicidas é efi-caz, principalmente nas épocaspropícias ao surgimento da do-ença, mas não é a única solu-ção. Já existem muitos produto-res de batata orgânica que con-seguem fazer o controle sem usode químicos. Mesmo os produ-tores convencionais devem pres-tar atenção nas medidas de pre-venção como a escolha de se-mentes de qualidade, o manejoda irrigação e escolha do local deplantio.

Quando se pensa como fun-gos e bactérias, a primeira me-dida é a escolha do local de plan-tio. Se a batata é plantada emum local que tem histórico dedoenças, seja murcha bacterianaou nematóides, a cultura vai fi-car infectada por estespatógenos. “O ideal é fazer o

Além da aplicação de fungicidas, produtores devem escolher um bom local de plantio,usar sementes de qualidade e fazer irrigação equilibrada

controle integrado com váriasmedidas que precisam ser toma-das, como a escolha da sementeque tem que ter uma qualidademuito boa e certificada para nãotrazer doenças no interior delas,principalmente as causadas porvírus”, explica o engenheiro agrô-nomo Carlos Lopes, pesquisadorda Embrapa Hortaliças.

Além disso, ele destaca quedurante a cultura existem outroscuidados como o controle daquantidade de água aplicada nomomento certo. “A batata requermuito água durante o ciclo dela,mas o excesso favorece muito adoença. Os fungicidas devem serusados na época certa, na quan-tidade recomendada e com equi-pamentos adequados”, disse.

Lopes ressalta que se o pro-

dutor estiver com batata no cam-po durante um período de chuvafina no Inverno, ele já deve apli-car o fungicida, pois a chance deacontecer a requeima é muitogrande e o estrago que a doençafaz é enorme. O engenheiroagrónomo destaca que o fungicidadeve ser aplicado com cautela, de for-ma adequada, com uso de produtosseletivos que não comprometam abiodiversidade local e nem deixemresíduos nos alimentos. A requeima éa principal doença da batata, mas nãoé a única. “Além desses cuidados, osprodutores, principalmente os que fi-zeram plantio tardio, também devemficar atentos ao surgimento de outrospatógenos em épocas mais quentescomo a alternária ou pinta preta”, ob-servou. (Portal Dia de Campo)

Eventos agropecuáriosprogramados para fevereiro

Dias 5 e 6 - Festa do Milho e Festivalde Música Sertaneja - Vargem Grandedo Sul: Informações: Coordenadoria deCultura (19) 3641-6199Dias 2 a 4 - 5ª Coopershow - CândidoMota. Informações: CoopermotaDias 10 a 13 - 28ª Festa da Uva - SãoMiguel Arcanjo. Informações: Comissãoorganizadora e prefeitura - (15) 3279-1007Dias 12 a 13 - 9ª Festa do Milho -Pedreira. Informações: Prefeitura, Casada Agricultura - (19) 3893-1281 eSecretaria de Turismo - (19) 3853-3203Dias 24 a 27 - 15ª FEAPS (FeiraAgropecuária de Pilar do Sul) - Pilar doSul. Informações: Prefeitura e Sedruma -(15) 3278 -2505Fest Verde - Itaberá. Informações:Comercial Rio Verde e outros - (15)3562-1561 e 3562-2186Obs: Antes de ir a qualquer um desseseventos, procure sempre contatar aorganização para saber mais detalhesFonte: Secretaria da Agricultura eAbastecimento

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O termo câncer descreve uma classe de doençascaracterizadas pelo crescimento descontrolado de cé-lulas aberrantes. Os cânceres matam pela invasãodestrutiva de órgãos normais por extensão direta edisseminação para pontos distantes através do san-gue, da linfa ou das superfícies serosas. Todos os cân-ceres invadem ou metastatizam, mas cada tipo espe-cífico tem características biológicas e clínicas singula-res que precisam ser avaliadas para o apropriado di-agnóstico, tratamento e estudo.

O câncer de mama (neoplasia maligna) é origina-do a partir do crescimento desorganizado de célulasdas glândulas mamarias. No entanto existem tumo-res benignos e malignos sendo chamado de câncersomente os malignos. Os benignos são muito freqüentena mama, sendo o mais comum o fibroadenoma. Jáno caso de câncer, há alguns tipos diferentes, mastodos devem ser diagnosticados precocemente paraque a cura seja possível. A precocidade no diagnósti-co é importante para evitar o crescimento local acen-tuado (nesse estágio é necessário a retirada da mamaafetada) e que algumas destas células malignas sedesgarrarem do tumor, entrando na correntesangüínea ou linfática, originando metástases em ou-tras partes do corpo.

O câncer mamário nos homens é bem menordo que nas mulheres, atinge 1 homem em cada 100mulheres, por esse motivo a doença é menosdivulgada, mas isso não significa que seja menos gra-ve. Quanto mais rápido for diagnosticado o câncer, aschances de cura aumentam.

A incidência do câncer de mama é maior em ho-mens acima dos 35 anos de idade e o risco aumentacom o avanço da idade. O surgimento da doença estárelacionado a fatores de risco recorrentes nas mulhe-res como: histórico familiar correspondente aos pais,irmã ou filha, surgimento de alguma tumoração pré-maligna no passado, excesso de peso e dieta rica emgorduras.

Como em ambos os sexos, a obesidade está ligadaao estrogênio, já que as células gordurosas produzemeste hormônio. Por isso, é bom controlar o peso. Oconsumo reduzido de calorias pode aumentar asenzimas antioxidantes, prevenir a formação de com-postos pré-cancerígenos e melhorar a capacidade dereparação das células sadias. É bom lembrar que odiagnóstico de câncer de mama no homem não podeser excluído por qualquer achado isolado na históriado paciente. As formas mais eficazes para detecçãoprecoce do câncer de mama são o auto-exame men-sal das mamas, o exame clínico e a mamografia.

Quando o câncer de mama é abordado em artigospela internet, jornal escrito, tele-jornal, etc., muitosassociam a doença às mulheres.

O que muitos não sabem é que o câncer de mamanão acomete somente o sexo feminino, os homenstambém podem desenvolver o tumor de mama.

Nos últimos 15 anos a incidência de câncer demama no sexo masculino teve um aumento conside-rável, se comparado aos anos anteriores. Nicolás DíazChico - diretor do Instituto Canário de Pesquisa doCâncer (ICIC) – aponta o consumo de álcool, que in-fluencia na metabolização dos hormônios no fígado,como um dos principais fatores de risco do câncer demama. Estudos também associam a doença ao abusode estrogênios (hormônios femininos). O fato do cân-cer de mama feminino ser mais divulgado favorece aconscientização da necessidade de fazer exames pe-riódicos que possibilitam o diagnóstico da doença. Aocontrário do que acontece com as mulheres, os ho-mens não tem o costume de procurar o médico para arealização de exames preventivos, além da falta deinformação, as “razões culturais” também influenci-am.

O diagnóstico do câncer de mama masculina pare-ce ser fácil, pois os pacientes apresentam um nóduloduro, aderente à pele, com fenômenos de retração e

adenopatia axilar. Quando o exame ocorre precoce-mente, o que mais se destaca, além do tumor comsuas características, é a aderência à pele, quase sem-pre presente. Não se deve confundir com aderênciaà pele, a relação íntima que muitas ginecomastiastêm com a mamila, especialmente se são nodulares,pois as triangulares não se confundem clinicamentecom o câncer. Mais difícil é distinguir as característi-cas físicas de algumas neoplasias da necrose gordu-rosa. De um modo geral, o antecedente traumático ea ausência de adenopatia contribuem para a diferen-ciação das lesões. Paralelamente, a mamografia e atermografia também colaboram eficazmente no di-agnóstico diferencial.

O tratamento primário do câncer de mama nohomem, assim como na mulher, depende do estádioem que o paciente se encontra, depois do diagnósti-co do câncer o tratamento consiste na mastectomiaradical modificada, com conservação do músculogrande peitoral e com dissecção dos linfonodos axi-lares. O homem não escapa à conduta atual dequimioterapia coadjuvante. Na ausência de metástaseaxilar, tendo em vista ser o câncer masculino sempresubareolar, torna-se necessária a biopsia de cadeiamamária interna. Constatada a negatividade destaárea linfática, prescinde-se da terapêutica comple-mentar

A incidência do câncer de mama é maior em ho-mens acima dos 35 anos de idade e o risco aumentacom o avanço da idade. O surgimento da doença estárelacionado a fatores de risco recorrentes nas mu-lheres como: histórico familiar correspondente aospais, irmã ou filha, surgimento de alguma tumoraçãopré-maligna no passado, excesso de peso e dieta ricaem gorduras.

Como em ambos os sexos, a obesidade está liga-da ao estrogênio, já que as células gordurosas pro-duzem este hormônio. Por isso, é bom controlar opeso. O consumo reduzido de calorias pode aumen-tar as enzimas antioxidantes, prevenir a formaçãode compostos pré-cancerígenos e melhorar a capa-cidade de reparação das células sadias. É bom lem-brar que o diagnóstico de câncer de mama no ho-mem não pode ser excluído por qualquer achado iso-lado na história do paciente.

Comparando as informações, constataram que,nos homens, a doença vem sendo diagnosticada maistarde que nas mulheres – aproximadamente aos 67anos, contra 60. A estimativa do Instituto Nacionaldo Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde, é deque surjam cerca de 250 casos novos em todo Brasil,a cada ano. Baseado nos números de 2002, o Paráregistrou o maior índice em toda a América Latina,mas hoje essa concentração está no Sul, à frenteSão Paulo e Rio Grande do Sul. Os índices de curaestão diretamente relacionados ao diagnóstico, ouseja, as chances crescem à medida que o tumor édescoberto precocemente.

Quanto antes for diagnosticado, melhor o prog-nóstico. Como na mulher, os índices de cura para odiagnóstico precoce são de 80% a 90%. Se desco-berto tardiamente, o índice cai brutalmente: de 10%a 20% dos casos. Mesmo com a existência de umgrande número de programas de controle do câncerde mama, associados a uma tecnologia eficaz na pre-venção e na detecção deste, não tem sido registradonos últimos anos uma queda na incidência e no nú-mero de óbitos por esta patologia .

A falta de conscientização e preconceito porparte dos homens, da importância da realização dosexames para detecção do câncer de mama, tem sidoconsiderada uma das principais causas da ocorrên-cia de óbitos por esta neoplasia. A busca do diagnós-tico do câncer de mama em fases iniciais juntamenteà incorporação e adoção de condutas terapêuticassempre atualizadas, poderá acelerar o passo no Bra-sil no sentido de aumentar e melhorar a sobrevidados homens com câncer de mama.

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Espécies invasoras

Na agricultura mo-derna a prática decontrole de pragas sefaz obrigatória. O usode inseticidas e outraspráticas de controledemandam conheci-mento técnico e tam-bém um custo bemelevado. A razão distoé muito simples, poisse deixar uma lavou-ra sem estes cuidados,fatalmente nossa pro-dução será atacadapor pragas, frustrandonossas colheitas, ge-rando prejuízos eameaçando o próximoempreendimento.

Não somente os in-setos ameaçam nossaprodução, mas tam-bém animais que sãoconsiderados animaisdaninhos. Quando acaça era regulamenta-da no Brasil, eram di-vididas em três clas-ses, ou seja, animais protegidos(não sendo permitido o abate), osanimais não protegidos (que ti-nham a caça permitida em deter-minada época do ano) e os ani-mais daninhos (que eram consi-derados pragas). No último casonão havia temporada de caça e seuabate era permitido em qualquerépoca do ano.

Com a proibição da caça emnosso país, todos os animais pas-saram a ser protegidos pelo Esta-do, mesmo os considerados dani-nhos. Eram considerados daninhosos animais que causavam prejuí-zos na lavoura ou pecuária. Osgambás, cachorros-do-mato, inú-meras espécies de aves, bemcomo mamíferos, como ascapivaras e catetos.

Em todos os países desenvolvi-dos e realmente democráticos oconceito de controle da populaçãode animais e a caça amadora éuma prática permitida e valoriza-da por gerar renda para ser em-pregada na pesquisa da vida sel-

vagem e na sua conservação. Podeparecer estranho, mas onde a caçafoi proibida, a fauna atingiu níveiscríticos e muitos animais foram ex-tintos.

No exterior, somente critériostécnicos regulam a atividade decontrole e a caça esportiva. Aqui aatividade fica sujeita somente aquestões puramente ideológicas.

No nosso país, um fato da atu-alidade que tira o sono de muitosagricultores são as espécies inva-soras ou exóticas como os javalise lebrões.

As lebres e os javalis europeusforam introduzidos no Uruguai ena Argentina como animais decaça. Pela grande capacidade deadaptação estes animais ultrapas-saram a fronteira e invadiram nos-so país pelo Rio Grande do Sul,onde se tornaram uma praga ame-açadora que levou o governo esta-dual a liberar a caça de controle

do javali e da lebre. Partindo doRio Grande do Sul, migraram paraoutros estados como SantaCatarina, Paraná, São Paulo, MinasGerais e Mato Grosso do Sul.

A população da lebre européia,que somente no Rio Grande do Sulera controlada pela caça esporti-va, também foi sumariamenteproibida. Apesar de causaremgrandes danos em certas culturas,não chegam perto do estrago cau-sado pelos javalis.

A carne de boa qualidade incen-tivou alguns criadores de suínosde outras regiões do país a criar ojavali como animal destinado aoconsumo, mas devido ao seu vi-gor, robustez e por não ser de fá-cil domesticação, alguns animaisescaparam do cativeiro e estão sereproduzindo de maneira descon-trolada nos estados acima citados.Se não houver o controle, conti-nuarão em sua marcha migrató-

r i a rumo ao norte do país.O javali é de origem

européia e asiática,sendo o ancestral dosporcos domésticosatuais, cujo nome ci-entífico é o mesmo:Sus scroffa. Seu pa-rentesco é tão próximoao porco domésticoque se acasalam comgrande facilidade e oresultado destes cru-zamentos gera ani-mais férteis, maiores ecom uma taxareprodutiva muitomaior que o javal ipuro. Estes animaissão conhecidos comojavaporcos. Não deve-mos confundir com of a c o c e r o( P h a c o c h o e r u safricanus), tambémconhecido por javaliafricano, que apesarde pertencer a mesmaordem (artiodactyla) emesma famíl ia(suidae), é uma espé-cie bem diferente. Estaconfusão de espécies éfrequentemente come-tida pela mídia.

No Brasil estes ani-mais encontram o pa-raíso para prosperar.Não temos inverno ri-

goroso para interromper sua re-produção e diminuir a oferta dealimentos, bem como não existempredadores naturais para eles.Eventualmente, algum filhotepode ser predado por onças ousucuris.

Nos estados citados a popula-ção destes animais está fora decontrole. Recentemente o abatedestes animais foi totalmenteproibido pelo governo federal,mostrando a pouca preocupaçãocom a classe produtora do Brasil,cedendo à pressão de ONGs eambientalistas cujos interessesobscuros defendem a ideia de quenosso país seja mantido comouma grande floresta ou zoológicoe a produção agropecuária pros-pere em outros países.

Pedro HayashiEngenheiro agrônomoJosé Luiz de SanctisAdvogado cível – OAB/[email protected]

O Facocero, apesar de pertencer a mesma família do porco e do javali, são animais de hábitos bem diferentes. Ocorregrande confusão entre estas duas espécies

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O javali é um animal onívoro, ouseja, alimenta-se de tudo, comopastagem, frutas, grãos (com gran-de preferência por milho), batata,mandioca etc. Ainda pode mostrarhábitos de predador comendo avese pequenos animais, e como umagrande ameaça, pois também temo hábito de comer ovos, de aves quefazem ninhos e postura no chão,como emas, perdizes. Tem ainda ohábito de revolver a terra (fuçar),hábito esse que pode se tornar umgrande problema para pequenosmananciais e nascentes os quaisacabam assoreados, com a águaturva e com a vegetação nativa queas protege destruída, podendo atétombar árvores de médio porte porsolapar as raízes a procura de ver-mes e larvas.

Diferentemente das capivaras, ojavali pode destruir lavouras emqualquer local, enquanto elas co-mem apenas nas proximidades deaçudes ou rios. Andam vários qui-lômetros por noite em varas comgrande quantidade de indivíduos, osquais podem destruir boa parte dalavoura numa só noite.

O milho é seu alimento favoritopodendo levar a perdas superioresa 50% dependendo do local ondese encontra. Nas lavouras de bata-ta, o prejuízo começa desde o ini-cio do plantio, quando os javalisarrancam as batatas-sementes e re-volvem os sulcos. Durante o ciclovegetativo costumam andar pelaslavouras danificando as ramas etambém costumam comer os tubér-culos novos. Após a secagem dasramas reviram o solo, comendo ostubérculos e expondo uma grandequantidade ao sol, que certamentenão se prestarão para o mercadoconsumidor.

Além destes danos diretos, ain-da podem ser vetores de doençasaos outros animais, como a aftosa.Podem cruzar com porcos criadosnos quintais das áreas rurais e ata-car pessoas. Na região de RibeirãoPreto, São Paulo, um homem mor-reu devido ao ataque de um javali.Mais recentemente outro homem foimorto em Ibiá, Minas Gerais, moti-vando a edição de uma reportagemveiculada pela TV Record no pro-grama Domingo Espetacular de 29de agosto de 2010.

Avanço descontrolado do javalipelo país é preocupante

Também houve um debate naAssembleia Legislativa do Estado deMato Grosso do Sul, ocorrido dia 23de setembro do ano passado, pro-movido pela Federação da Agricul-tura e Pecuária (FAMASUL), com aparticipação de órgãos ambientaise de defesa sanitária para discutiruma solução para o problema, poisalém da destruição de lavouras, ojavali é transmissor da raiva suína.

Este animal é tido como a piorespécie invasora do mundo. O ja-vali foi declarado como praga nosEstados Unidos, Austrália, Uruguaie em muitos países da Europa, ondeé nativo, tais como França e Ale-manha. Nestes países sua caça nãoé só permitida como também é in-centivada, pois fomenta a econo-mia e gera divisas para o Estadoque as reverte na conservação danatureza, num círculo virtuoso ondetodos ganham.

A grande preocupação é que como avanço descontrolado destes ani-mais, levando nossos agricultoresa tentarem eliminá-los por qualquermeio, mesmo que seja proibido seuabate. Como acontece com as on-ças no Brasil que são envenenadasàs centenas, isto poderia aconte-cer com os javalis e javaporcos. Istoalém de desumano traria uma

consequência desastrosa para omeio ambiente, pois além dos ja-valis, outros animais também seri-am envenenados e todos aquelesque comem carniça, como urubus,gaviões e até predadores que oca-sionalmente se alimentam de ani-mais mortos.

A erradicação definitiva é impos-sível e o exemplo de outros paísesem que ele se estabeleceu compro-

va esse fato. A solução para o con-trole dessa praga é o abate atravésda caça esportiva e devidamente re-gulamentada, como vinha ocorren-do no Rio Grande do Sul e SantaCatarina, mas sumariamente proi-bida pelo Ibama, sem que esse ór-gão apresentasse qualquer alterna-tiva para a solução dessa questão.Exemplos de sucesso da caça es-portiva estão espalhados pelo mun-do. Bastaria copiar.

Como o Ibama não permite acaça e para que os agricultores nãosejam responsabilizados por crimeambiental, caso tentem controlarqualquer praga que lhes cause pre-juízo, a saída é recorrer ao judiciá-rio pleiteando indenização.

Como a lei considera toda a flo-ra e fauna, nativa ou exótica, per-tencente e União, cabe a esta a res-ponsabilidade de indenizar aquelesque forem prejudicados, nos termosdo Art. 37, § 6º da ConstituiçãoFederal. Cabe ressaltar que cabe talação contra todos os tipos de da-nos causados por todos os animaisselvagens, nativos ou não, sob res-ponsabilidade do Estado.

A União certamente irá alegar“caso fortuito”, “força maior”, etc.,tese essa que não prosperará dadaa omissão do Ibama em apresen-tar uma solução para o problema.

O clima brasileiro faz com que os javalis e seus híbridos, tenham uma alta taxamultiplicação, com um grande potencial de danos ao meio ambiente e para a agricultura

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IBRAFE quer feijão brasileirocom selo de qualidade em 2011

O Instituto Brasileiro doFeijão (IBRAFE), com sedeem Curitiba, está desenvol-vendo um trabalho para queo feijão comercializado nomercado brasileiro passe atrazer um selo que signifi-que certificação de qualida-de a partir de 2011. “Este éum mercado com muitosproblemas porque o produ-to classificado como tipo 2ou 3, ou ainda sem padrõesde classificação, acabacomercializado como seufosse tipo 1, o de melhorqualidade”, observa o presi-dente da entidade que con-grega grandes produtores, dis-tribuidores e cerealistas de todoo país, Péricles Salazar.

O IBRAFE foi fundado em2005 com a finalidade de orga-nizar e disciplinar o mercado defeijão brasileiro que consomeaproximadamente 9,121 kg percapita do produto ao ano, segun-do o IBGE. A produção previstapara 2010/2011 é de 3,34 mi-lhões de toneladas, segundo aConab, quase totalmente desti-nada ao mercado interno.

O Instituto Totum é quem vai

ser responsável pelogerenciamento e a gestão doprocesso de certificação das em-presas, enquanto que acertificação será feita pela TÜVRheinland do Brasil, empresaalemã que atua em 62 países.Serão realizadas 400 análises deamostras de feijão coletadas novarejo no ano que vem, dentroda campanha com o selo “100%Feijão”, lançada pelo IBRAFEneste final de ano.

A avaliação será feita dentrodos parâmetros da Instrução

Normativa 12 (IN 12) doMinistério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento(MAPA), que leva em con-ta fatores como umidade dogrão, defeitos graves, de-feitos leves e embalagem.A empresa que tiver seuproduto aprovado poderáostentar em sua embala-gem o selo “100% feijão”.“É uma maneira de disci-plinar e fiscalizar melhoreste mercado onde há mui-to produto clandestino, fa-zendo com que o consumi-dor possa escolher de fatoas marcas que garantem

um produto de qualidade “, ex-plica Péricles Salazar, que tam-bém é presidente da CâmaraSetorial do Feijão no MAPA.

Até aqui três empresas já fo-ram certificadas com o selo“100% Feijão” – CAMNPAL (Co-operativa Agrícola Mista NovaPalma Ltda.), JMJ Comércio deCereais Ltda. e SLC Alimentos –e outras quatro encontram-seem estágio avançado decertificação. O IBRAFE espera aadesão de mais de 20 empre-sas até o início de 2011. (As-sessoria de Imprensa IBRAFE)

Lançado oGuia de Boas

PráticasAgropecuáriasO Fundo de Expansão do

Agronegócio Paulista (FEAP) ea CATI produziram um guia paradifundir o conceito e a aplicaçãode boas práticas agropecuáriasaos pequenos e médios produ-tores, beneficiários de algumtipo de financiamento ou crédi-to agrícola pelo governo.

Com este material, os pro-dutores podem desenvolversuas atividades com respeito àsexigências de proteção ao am-biente e de preservação dos re-cursos naturais. Essas orienta-ções mostram os cuidados ne-cessários na gestão da explora-ção agrícola, bem como na con-servação do solo, da água e dosaquíferos, por exemplo. Alémdisso, apresenta detalhes dasatividades agropecuárias do Es-tado de São Paulo e dicas deempreendedorismo, que podemser seguidas pelas famílias ru-rais.

O Guia de Boas PráticasAgropecuárias apresenta lingua-gem simples, belas fotos e ilus-trações e modelos de fichas deregistro que podem serreproduzidas para uso diário napropriedade.

As fichas e o guia podem serbaixados pela Internet no sitewww.boaspraticasnaagricultura.com.br/guia.

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Além de se consolidar comoum dos principais exportado-res de produtos importantescomo carne, café, açúcar esoja, e ser chamado por espe-cialistas de “celeiro do mundo”,o país tomou para si a posi-ção, outorgada por várias na-ções, de líder na discussão eimplementação de “combustí-veis verdes”, como biodiesel eetanol.

Nos últimos oito anos, a pro-dução de grãos aumentou21%, passando de 123,1 mi-lhões de toneladas, na safra02/03, para 149 milhões detoneladas, no ciclo 09/10. Aárea plantada com grãos cres-ceu menos, 17,5%, passandode 40 milhões para 47 milhõesde hectares, o que comprovao aumento da produtividade.As exportações doagronegócio, que foram deUS$ 30,6 bilhões em 2003,chegaram a US$ 71,84 bilhõesem 2008 e, depois de supera-da a crise mundial, que fez asvendas caírem para US$ 64,78bilhões em 2009, baterá umnovo recorde neste ano, che-gando próximo aos US$ 75 bi-lhões, segundo estimativa do

Agropecuária conquistounovos mercados nos últimos oito anos

governo.A Empresa Brasileira de Pes-

quisa Agropecuária (Embrapa)com as mais variadastecnologias, do feijão resisten-te à seca aos biocombustíveis,passando pelo mapeamento docódigo genético de gado e comatuação no Continente Africanoteve a quantidade de recursosrecebidos elevada com o PAC daEmbrapa e é uma das institui-ções nacionais mais conhecidasno exterior, principalmente emnível governamental.

A agricultura familiar, comseus 4,2 milhões de proprie-dades de até 4 módulos fiscais,teve papel importante no cres-cimento do setor. O volume decrédito disponibilizado para es-ses produtores saltou de R$4,5 bilhões, na safra 03/04,para R$ 16 bilhões, no ciclo 10/11. Quase todos os contratosde crédito da agricultura fami-liar passaram a ser assegura-dos contra a queda brusca depreços ou adversidades climá-ticas, servindo como referên-cia para a agricultura empre-sarial.

(Gazeta Digital)

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Selo unificado para produtosorgânicos começa a valer este mêsPelas novas regras, produtores precisam ter certificação no Ministério da Agricultura

Quem gosta de produtos or-gânicos terá mais garantia nahora da compra a partir destemês. Um selo unificado em todoo Brasil vai facilitar a identifica-ção desses produtos. Para isso,os produtores precisam tercertificação no Ministério daAgricultura. O selo deve estarem todas as embalagens e é aúltima fase de implantação dalei dos orgânicos no país.

Os produtores tiveram até ofinal de 2010 para de adequa-rem às novas regras. De acor-do com a legislação, existemtrês formas de garantia de qua-lidade dos alimentos orgânicoscomercializados: a certificaçãopor meio das certificadorascredenciadas; as associações deprodutores que fazem audito-ria, fiscalizam e certificam os pro-dutos, chamadas de sistemaparticipativo de garantia; e o con-trole social para os agricultores fa-miliares que vendem por conta pró-pria e obtêm uma autorização parafazer feiras e entregas em domicílio,se cadastrando no site do ministé-rio.

Na produção orgânica, não po-dem ser usados agrotóxicos, adu-bos químicos e sementestransgênicas, e os animais devemser criados sem uso de hormôniosde crescimento e outras drogas,como antibióticos. Além de produ-

O que é agriculturaorgânica?

Os produtos orgânicos são culti-vados sem o uso de agrotóxicos,adubos químicos e outras substân-cias tóxicas e sintéticas. A ideia éevitar a contaminação dos alimen-tos ou do meio ambiente. O resul-tado desse processo são produtosmais saudáveis, nutritivos e commais qualidade de produção, o quegarante a saúde de sua família e ado Planeta.

A agricultura orgânica busca criarecossistemas mais equilibrados,preservar a biodiversidade, os ci-clos e as atividades biológicas dosolo. Esta é a razão pela qual o agri-cultor orgânico não cultiva produ-tos transgênicos, pois ele não quercolocar em risco a diversidade devariedades que existem na nature-za.

Verduras, legumes, frutas, cas-tanhas, carnes, pães, café, laticíni-os, sucos e outros produtos “innatura” e processados só podem serconsiderados orgânicos se foremcultivados dentro de ambiente deplantio orgânico, respeitando todasas regras do setor.

O comércio de produtos orgâni-cos no Brasil, bem como no mun-do, depende da relação de confian-ça entre produtores e consumido-res e dos sistemas de controle dequalidade. As leis brasileiras abri-ram uma exceção à obrigatoriedadede certificação dos produtos orgâ-nicos para agricultura familiar quehoje pode vender os orgânicos di-retamente aos consumidores finais.Para isso, porém, os agricultoresprecisam estar vinculados a umaOrganização de Controle Social(OCS).

zir alimentos considerados maissaudáveis, na agricultura orgânicao solo se mantém fértil e sem riscode contaminação. Os agricultorestambém ficam menos expostos, jáque a aplicação de agrotóxicos,sem os devidos cuidados, é nocivaà saúde. (EPTV)

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Embrapa Café disponibilizanova tecnologia para incubação

Flávia Bessa

A Embrapa Café, coordenado-ra do Programa de Pesquisa emCafé, disponibiliza sua primeiratecnologia para o programa deincubação de empresas de basetecnológica. Trata-se de um sis-

Sistema para limpeza possibilita a economia de até 90% no volume de água necessário ao processamento de frutos

tema para lim-peza de águasresiduárias, quea p r e s e n t a melevada cargaorgânica, comgrande potenci-al de poluir omeio ambiente.

O s i s temade limpeza deá g u a sr e s i d u á r i a svisa à remo-ção de resídu-os sólidos naágua proveni-ente doprocessamentode frutos,v i ab i l i z andos u areutilização. Atecnologia foidesenvolvida

pela Embrapa Café em parceriacom a Empresa de PesquisaAgropecuária de Minas Gerais(Epamig) e o Instituto Capixabade Pesquisa, Assistência Técnicae Extensão Rural (Incaper), em-presas fundadoras e participan-

tes do Consórcio Pesquisa Café.“Esse sistema é constituído de

caixas de decantação interliga-das e peneiras estáticas. Após aremoção dos resíduos sólidos, aágua é novamente conduzidapara a caixa de abastecimentopara reutilização noprocessamento ou direcionada àfertirrigação da cultura. Os resí-duos sólidos retirados poderãoser utilizados na produção deadubos orgânicos. A tecnologiaalém de contribuir com a redu-ção da poluição dos recursoshídricos e, consequentemente,para a preservação do meio am-biente, reduz custos com o gas-to de água”, explica o pesquisa-dor da Sammy Fernandes.

Essa tecnologia, além de serambientalmente correta, possi-bilitando uma economia de até90% no volume de água neces-sário ao processamento de fru-tos, é também simples, de fáciladoção e pode trazer uma dimi-nuição significativa nos custos deprodução.

Além disso, pode-se citar ou-tros pontos fortes, como baixocusto para instalação e manuten-

ção. No caso do café, promovetambém melhoria na qualidadedo produto agregando 20% novalor recebido pelos cafeiculto-res.

Oportunidades de negóciosA tecnologia pode ser utiliza-

da por produtores de pequeno,médio e grande porte.

O mercado está em expansão,pois não há produtos similares. Con-tatos para negócios devem ser feitospelo telefone (61) 3448-4566 oupeloe-mail negó[email protected].

Programa de incubaçãode empresas

O Proeta é um programa daEmbrapa que fortalece as parce-rias público-privadas, estimulan-do a criação de novas empresasno ramo do agronegócio e aunião de esforços e conhecimen-tos para introdução detecnologias inovadoras no siste-ma produtivo. Atualmente sãoparceiras 40 incubadoras de di-ferentes regiões do país, 16editais lançados, 38 tecnologiasdisponibilizadas, 16 empresaspré-incubadas e incubadas.

Mais informações através doe-mail [email protected].

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Agropecuária precisa se adaptar às novasregras de tratamento de lixo

O setor agropecuário deveráse adaptar às novas regras detratamento e destinação do lixo.O Decreto nº 7.404, publicadoem 23 de dezembro de 2010,regulamenta a Política Nacionalde Resíduos Sólidos e estabele-ce as normas para coleta seleti-va e restituição dos resíduossólidos do setor produtivo parareaproveitamento ou outradestinação ambientalmenteadequada. A legislação inclui,por exemplo, os procedimentospara fabricação de ração animala partir de osso bovino e o apro-veitamento de biomassa, comoo bagaço de cana-de-açúcar,para produção de energia.

Devem cumprir as normasfabricantes, distribuidores evendedores de embalagens usa-das ou outros resíduos, envol-vendo produtos comoagrotóxicos, pilhas, baterias,pneus, óleos lubrificantes, lâm-padas e eletroeletrônicos. A de-terminação é válida para empre-sas que tiverem acordos firma-dos com o setor público para aimplantação da responsabilida-de compartilhada pelo ciclo de

vida do produto (acordosetorial).

A legislação também reforçao recolhimento, ereaproveitamento de embala-gens de agrotóxicos e o trata-mento de produtos apreendidose resíduos produzidos em por-tos, aeroportos e fronteiras, pro-

Decreto estabelece regras para destinação e reaproveitamento de resíduos da indústria,incluindo frigoríficos, usinas de açúcar e álcool e empresas de embalagens

cedimentos já previstos em lei.“O decreto representa um avan-ço no tratamento adequado dolixo no país e assegura o uso dossubprodutos e resíduos de ori-gem animal e vegetalnormatizados pelo Sistema Úni-co de Atenção à SanidadeAgropecuária (Suasa)”, explica

o fiscal federal agropecuário daCoordenação-geral da VigilânciaAgropecuária Internacional(Vigiagro) do Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimen-to (MAPA) Bernardo Sayão Neto.

Bernardo explica também quea medida se aplica ao tratamen-to das embalagens plásticas, depapelão e pet que agora, deve-rão ser reutilizadas ou recicladase não poderão mais ser desti-nadas a aterros sanitários. Se-gundo ele, a lei consagra e re-força os conceitos de não-gera-ção, reaproveitamento,reciclagem, reutilização, trata-mento e recuperação energéticados resíduos descartados pelosetor produtivo.

A lei prevê ainda a substituiçãodos lixões por aterros sanitários pararejeitos, a criação de planos muni-cipais, estaduais e federal para agestão dos resíduos e o incentivo alinhas de financiamento de coope-rativas, que devem auxiliar a coletaseletiva e a logística reversa de pro-dutos. A regulamentação determi-na que o processo da coleta urba-na, pelo menos, separe resíduossecos e úmidos. (Em Questão)

Foto: Nilton Matos / MAPA