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O Novo Código Contributivo – alguns comentários sobre o seu impacto nas empresas Ordem dos ROC Porto, 17 de Janeiro de 2011 Lisboa , 18 de Janeiro de 2011

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O Novo Código Contributivo – alguns comentários sobre o seu impacto nas empresas

Ordem dos ROC Porto, 17 de Janeiro de 2011

Lisboa , 18 de Janeiro de 2011

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II – Introdução

i. Entrada em vigor / Disposições transitórias

ii. Princípios Gerais

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II – Introdução

i. Entrada em vigor / Disposições transitórias

ii. Princípios Gerais

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I – Introdução - i) entrada em vigor

Diplomas a considerar:

Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro

Lei n.º 119/2009, de 30 de Dezembro

Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro

Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, 3 de Janeiro

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I – Introdução - i) entrada em vigor

Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro:

Aprova o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social – Código Contributivo

Previa a entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2010

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I – Introdução - i) entrada em vigor

Lei n.º 119/2009, de 30 de Dezembro

Altera o Código Contributivo

Adia a sua entrada em vigor para 1 de Janeiro de 2011

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I – Introdução - i) entrada em vigor

Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro

Aprova o Orçamento de Estado para 2011

Alterações relevantes no Código Contributivo

Mantém a entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2011

Determina que as alíneas r), x) e aa) do n.º 2 do art.º 46.º e o art.º 55.º do Código, só entram em vigor quando forem regulamentadas, o que não ocorre antes de 2014

(precedida de avaliação pela Comissão Permanente de Concertação

Social)

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I – Introdução - i) entrada em vigor

Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, 3 de Janeiro:

Regulamenta o Código Contributivo

Entrou em vigor no dia 4 de Janeiro de 2011

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II – Introdução

i. Entrada em vigor / Disposições transitórias

ii. Princípios Gerais

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I – Introdução - ii) princípios gerais

Codifica e sistematiza o regime da relação contributiva

Consolida a coerência dos regimes

Aproximação da protecção social dos trabalhadores ao rendimento real

Procede a uma simplificação e modernização administrativa

O Código Contributivo:

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I – Introdução - ii) princípios gerais

Alargamento da base de incidência contributiva a novas componentes da remuneração

Tendência de aproximação às regras de incidência do Código do IRS

Âmbito de aplicação do Código Contributivo:

Trabalhadores por conta de outrem Art.ºs 24.º e ss

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I – Introdução - ii) princípios gerais

Membros das igrejas, associações e confissões religiosas

Trabalhadores em regime de acumulação:verifica-se uma clara intenção de combate aos “falsos recibos

verdes” ao determinar-se a sujeição ao regime dos TCO de trabalhadores independentes em situação de acumulação de actividade

Âmbito de aplicação do Código Contributivo:

Situações legalmente equiparadas aos TCO Art.ºs 122.º e ss

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I – Introdução - ii) princípios gerais

Introdução de uma contribuição de 5% a cargo das entidades contratantes

O escalão de tributação deixa de ser facultativo e a base de incidência passa a ser composta por 11 escalões de remuneração convencional determinados em função do valor do IAS

Diferenciação de taxas dos trabalhadores independentes, comerciantes ou produtores

Âmbito de aplicação do Código Contributivo

Trabalhadores independentesArt.ºs 132.º e ss

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I – Introdução - ii) princípios gerais

Possibilidade de enquadramento no sistema previdencial de pessoas que, estando aptas para o trabalho, não estejam abrangidas por regime obrigatório de protecção social ou que estando não relevem no âmbito do sistema de segurança social português.

Âmbito de aplicação do Código Contributivo:

Regime facultativo - Seguro Social VoluntárioArt.ºs 169.º e ss

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I – Introdução - ii) princípios gerais

Regra de aplicação no tempo: As novas regras são aplicáveis às situações já constituídas antes da entrada em vigor do Código Contributivo

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I – Introdução - ii) princípios gerais

Aplicação no tempo / Excepções: Situações de grupo fechado ( arts.º 273.º, n.º 1 e 274.º)

Manutenção das bases de incidência contributiva em determinados casos dos trabalhadores independentes (art.º 276.º)

Ajustamento progressivo da base de incidência (arts.º 277.º e 278.º)

Ajustamento progressivo das taxas contributivas (art.º 281.º)

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II I – Regime dos trabalhadores por conta de outrem

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações dos contribuintesiii. Base de incidência contributivaiv. Delimitação da base de incidência contributivav. Valores excluídos da base de incidênciavi. Taxas contributivas

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II I – Regime dos trabalhadores por conta de outrem

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações dos contribuintesiii. Base de incidência contributivaiv. Delimitação da base de incidência contributivav. Valores excluídos da base de incidênciavi. Taxas contributivas

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II- Trabalhadores por conta de outrem - i) âmbito de aplicação

Pessoas singulares que, em função das características específicas da actividade exercida sejam, nos termos do Código Contributivo, consideradas em situação equiparada à dos TCO

Trabalhadores Abrangidos – art.º 24.º

Trabalhadores que exercem actividade profissional ao abrigo de contrato de trabalho

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II- Trabalhadores por conta de outrem - i) âmbito de aplicação

Noção de contrato de trabalho Art.º 11.º do Código do Trabalho

Contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa singular se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua actividade a outra ou outras pessoas, no âmbito da organização e sob a autoridade destas

Trabalhadores que exercem actividade profissional ao abrigo de contrato de trabalho

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II- Trabalhadores por conta de outrem - i) âmbito de aplicação

Presunção de contrato de trabalhoArt.º 12.º do Código do Trabalho

Presume-se a existência de contrato de trabalho quando, se verifiquem algumas das seguintes características:

a)A actividade seja realizada em local pertencente ao beneficiário da actividade ou por ele determinadob)Os equipamentos e instrumentos de trabalho utilizados pertençam ao beneficiário da actividadec)O prestador observe horas de início e termo da prestação, determinadas pelo beneficiário da actividaded)Seja paga, com determinada periodicidade, uma quantia certa ao prestador como contrapartida da actividadee)O prestador desempenhe funções de direcção ou chefia na estrutura orgânica da empresa

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I- Trabalhadores por conta de outrem - i) âmbito de aplicação

Membros das igrejas, associações e confissões religiosas – art. 122.º

Trabalhadores em regime de acumulação – art.º 129.º

Acumulam trabalho por conta de outrem com actividade profissional independente para a mesma empresa ou para empresa do mesmo agrupamento empresarial

Pessoas singulares que, em função das características específicas da actividade exercida sejam, nos termos do Código Contributivo, consideradas em situação equiparada à dos TCO

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II- Trabalhadores por conta de outrem - i) âmbito de aplicação

Pessoas singulares ou colectivas que beneficiem da actividade dos trabalhadores

Independentemente da sua natureza e das finalidades que prossigam

Empresas de trabalho temporário

Entidades com fim não lucrativo

Entidades empregadoras Abrangidas – art.º 27.º

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II- Trabalhadores por conta de outrem - i) âmbito de aplicação

A protecção social conferida pelo regime dos TCO integra protecção nas eventualidades de:

Doença Parentalidade Desemprego Doenças Profissionais Invalidez Velhice Morte

Âmbito material - art.º 28.º

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II I – Regime dos trabalhadores por conta de outrem

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações dos contribuintesiii. Base de incidência contributivaiv. Delimitação da base de incidência contributivav. Valores excluídos da base de incidênciavi. Taxas contributivas

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II- Trabalhadores por conta de outrem - ii) obrigações dos contribuintes

Obrigações da entidade empregadora e do trabalhadorO que mudou?

Antes do Código Depois do Código

Prazo de entrega da declaração de remunerações

de 1 a 15 do mês seguinte àquele a que diz respeito

de 1 a 10 do mês seguinte àquele a que diz respeito

Prazo para o pagamento das contribuições e quotizações

de 1 a 15 do mês seguinte àquele a que diz respeito

de 10 a 20 do mês seguinte àquele a que diz respeito

Suprimento oficioso da declaração de remunerações

apenas em sede de fiscalização

é possível a actuação automática do sistema

Suporte da declaração

regra: transmissão electrónicaexcepção: EE com menos de 10 pessoas ao serviço

regra: transmissão electrónicaexcepção: EE com apenas 1 pessoa ao serviço

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II- Trabalhadores por conta de outrem - ii) obrigações dos contribuintes

Obrigações da entidade empregadora e do trabalhador

Principais alterações em caso de incumprimento

Não inclusão de trabalhador na declaração de remunerações: contra-ordenação muito-grave

Falta de entrega da declarações de remunerações ou de elementos desta: contra-ordenação leve se cumprida nos 20 dias seguintes ou grave nas demais situações

Utilização de suporte da declaração de remunerações diferente do previsto: determina a rejeição da declaração sendo considerada como não entregue

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II I – Regime dos trabalhadores por conta de outrem

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações dos contribuintesiii. Base de incidência contributivaiv. Delimitação da base de incidência contributivav. Valores excluídos da base de incidênciavi. Taxas contributivas

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iii) base de incidência contributiva

Aproximação ao CIRS

Introdução de novas componentes da remuneração

O OE de 2011veio clarificar alguns conceitos que constituem base de incidência

Base de incidência contributivaNoção – Art.º 14.º

Montante das remunerações, reais ou convencionais, sobre as quais incidem as taxas contributivas para efeitos de apuramento do montante das contribuições e das quotizações

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II I – Regime dos trabalhadores por conta de outrem

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações dos contribuintesiii. Base de incidência contributivaiv. Delimitação da base de incidência contributivav. Valores excluídos da base de incidênciavi. Taxas contributivas

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Prestações pecuniárias ou em espécie que nos termos do contrato de trabalho, das normas que o regem ou dos usos, são devidas pelas entidades empregadoras aos trabalhadores como contrapartida do seu trabalho - art.º 46.º, n.º 1

Prestações atribuídas ao trabalhador, com carácter de regularidade, em dinheiro ou em espécie, directa ou indirectamente como contrapartida da prestação de trabalho - art.º 46.º, n.º 5

Equivalência pecuniária das prestações em espécie determinada nos termos do CIRS - art.º 31.º do Decreto Regulamentar

Delimitação da base de incidência contributiva

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Noção de retribuição no Código do Trabalho

1- Considera-se retribuição a prestação a que, nos termos do contrato, das normas que o regem ou dos usos, o trabalhador tem direito em contrapartida do seu trabalho.

2- A retribuição compreende a retribuição base e outras prestações regulares e periódicas feitas, directa ou indirectamente em dinheiro ou em espécie.

3 – Presume-se constituir retribuição qualquer prestação do empregador ao trabalhador(…)

art.º 258.º do Código do Trabalho

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

art.º 47.ºconceito clarificado no

Orçamento de Estado

Conceito de regularidade

Considera-se que uma prestação reveste carácter de regularidade quando constitui direito do trabalhador, por se encontrar pré-estabelecida, segundo critérios objectivos e gerais, ainda que condicionais, por forma a que este possa contar com o seu recebimento, independentemente da frequência da concessão.

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea n): Os valores efectivamente devidos a título de despesas de representação desde que se encontrem pré-determinados e dos quais não tenham sido prestadas contas até ao termo do exercício.

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

•No Orçamento de Estado foi clarificado que estes valores apenas constituem base de incidência desde que não tenham sido prestadas contas até ao termo do exercício

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea p): As importâncias atribuídas a título de ajudas de custo, abonos de viagem, despesas de transporte e outras equivalentes

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

• Incidência contributiva nos termos previstos no CIRS – art.º 46.º, n.º 3 (limites legais e pressupostos da sua atribuição aos servidores do Estado - art. 2.º/ 3 b) CIRS)

• Possibilidade dos limites de isenção serem aumentados em 50% por via de IRCT - – art.º 46.º, n.º 4

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea q): Os abonos para falhas

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

• Incidência contributiva nos termos previstos no CIRS – art.º 46.º, n.º 3 – (na parte em que excedam 5% da remuneração mensal fixa - art.º 2.º /3 c) CIRS)

• Possibilidade dos limites de isenção serem aumentados em 50% por via de IRCT - – art.º 46.º, n.º 4

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea r): Os montantes atribuídos aos trabalhadores a título de participação nos lucros da empresa, desde que ao trabalhador não esteja assegurada pelo contrato uma remuneração certa, variável ou mista adequada ao seu trabalho

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

• Entrada em vigor diferida, após regulamentação, não antes de 2014 e precedida de avaliação pela Comissão de Concertação Social – Alteração introduzida pelo OE 2011

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea s): As despesas com utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a entidade empregadora

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

•No Orçamento de Estado foi clarificado este conceito através da introdução do art.º 46.º -A

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

utilização pessoal de viatura automóvel (cont.) – Art.º 46.º - A *

Só será considerada BIC quando existir acordo escrito onde conste:

•Afectação em permanência ao trabalhador de uma viatura concreta

•Encargos inteiramente suportados pela entidade empregadora

•Menção expressa da possibilidade de utilização da viatura pelo trabalhador para fins pessoais ou durante 24 horas por dia

* Artigo introduzido pelo OE de 2011

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

utilização pessoal de viatura automóvel (cont.) – Art.º 46.º - A

•Uso pessoal: possibilidade de utilização nos dias de descanso semanal, excepto quando o trabalhador preste trabalho suplementar:

• em dois ou mais dias de descanso semanal obrigatório• em quatro ou mais dias de descanso semanal obrigatório

ou complementar

•Limite: 0,75% x custo da aquisição da viatura x n.º de meses de utilização.

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea t): As despesas de transporte suportadas pela entidade empregadora para custear as deslocações em benefício dos trabalhadores

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

•No Orçamento de Estado foi clarificado que estas despesas apenas integram a base de incidência na medida em que:

• tenham carácter geral• não se traduzam na utilização de meio de transporte

disponibilizado pela entidade empregadora ou• excedam o valor do passe social ou, na falta deste, o que

resultaria da utilização de transportes colectivos

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea v): A compensação por cessação do contrato de trabalho por acordo apenas nas situações com direito a prestações de desemprego

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013• Incidência contributiva nos termos previstos no CIRS – art.º

46.º, n.º 3 (parte que exceda o valor correspondente a uma vez e meia o valor médio das remunerações regulares com carácter de retribuição sujeitas a imposto, auferidas nos últimos 12 meses, multiplicado pelo número de anos ou fracção de antiguidade ou de exercício de funções na entidade devedora – art.º 2.º/4 CIRS)

• Possibilidade dos limites de isenção serem aumentados em 50% por via de IRCT - – art.º 46.º, n.º 4

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:Alínea x): Os valores pela entidade empregadora com aplicações financeiras a favor dos trabalhadores, seguros do ramo “VIDA”, fundos de pensões e PPR ou regimes complementares de Segurança Social, quando sejam objecto de resgate, adiantamento, remissão ou qualquer outra forma de antecipação de correspondente disponibilidade ou em qualquer caso de recebimento de capital antes da data da passagem à situação de pensionista ou fora dos condicionalismos legalmente definidos

• Estava previsto o ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

• Entrada em vigor diferida, após regulamentação, não antes de 2014 e precedida de avaliação pela Comissão de Concertação Social – Alteração introduzida pelo OE 2011

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea z): As importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da entidade empregadora (Kms)

• Ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º33% - do valor no ano de 2011

66% - do valor no ano de 2012100% - do valor no ano de 2013

• Incidência contributiva nos termos previstos no CIRS – art.º 46.º, n.º 3 – (limites legais e pressupostos da sua atribuição aos servidores do Estado art. 2.º 3/d CIRS)

• Possibilidade dos limites de isenção serem aumentados em 50% por via de IRCT - – art.º 46.º, n.º 4

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) delimitação da base de incidência contributiva

Novas componentes da base de incidência:

Alínea aa): As prestações relacionadas com o desempenho obtido pela empresa quando, quer no respectivo título atributivo, quer pela sua atribuição regular e permanente, revistam carácter estável independentemente da variabilidade do seu montante

• Estava previsto o ajustamento progressivo da base de incidência – art.º 277.º

33% - do valor no ano de 201166% - do valor no ano de 2012

100% - do valor no ano de 2013

• Entrada em vigor diferida, após regulamentação, não antes de 2014 e precedida de avaliação pela Comissão de Concertação Social – Alteração introduzida pelo OE 2011

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II I – Regime dos trabalhadores por conta de outrem

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações dos contribuintesiii. Base de incidência contributivaiv. Delimitação da base de incidência contributivav. Valores excluídos da base de incidênciavi. Taxas contributivas

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II- Trabalhadores por conta de outrem - v) valores excluídos da base de incidência contributiva

Novas exclusões da base de incidência:

Alínea a): Os valores compensatórios pela não concessão de dias de folga

• Já estava excluída da base de incidência a indemnização pela não concessão de férias, mas com o Código Contributivo passam também a estar excluídos os valores compensatórios pela não concessão de dias de folga

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II- Trabalhadores por conta de outrem - v) valores excluídos da base de incidência contributiva

Novas exclusões da base de incidência:

Alínea c): Os subsídios concedidos a trabalhadores para compensação de encargos com lares de idosos e outros serviços ou estabelecimentos de apoio social

• Não estava expressamente excluída ou incluída na base de incidência , na legislação anterior

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II- Trabalhadores por conta de outrem - v) valores excluídos da base de incidência contributiva

Novas exclusões da base de incidência:

Alínea e): Os valores correspondentes a subsídios de férias, de Natal e outros análogos relativos a base de incidência convencionais

• Não estava expressamente excluída ou incluída na base de incidência , na legislação anterior

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II- Trabalhadores por conta de outrem - iv) valores excluídos da base de incidência contributiva

Novas exclusões da base de incidência:

Alínea h): A compensação por cessação do contrato de trabalho por não concessão de aviso prévio, por caducidade e por resolução pelo trabalhador

• Alteração introduzido pelo Orçamento de Estado de 2011

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II- Trabalhadores por conta de outrem - v) valores excluídos da base de incidência contributiva

Novas exclusões da base de incidência:

Alínea j): As importâncias referentes ao desconto concedido aos trabalhadores na aquisição de acções da própria entidade empregadora ou de sociedades dos grupos empresariais da entidade empregadora

• A orientação Técnica Circular nº 2 de 12 de Abril de 2004 da DGSS qualificava expressamente como base de incidência

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II- Trabalhadores por conta de outrem

Base de incidência contributiva - O que mudou?

Passam a constituir BIC:

Despesas de representação (ajustamento progressivo)

Alínea n) do art.º 46.º, n.º 2

Ajudas de custo, abonos de viagem e despesas de transporte, abonos de instalação e equivalentes (ajustamento progressivo)

Alínea p) do art.º 46.º, n.º 2

Abonos para falhas (ajustamento progressivo) Alínea q) do art.º 46.º, n.º 2

Participação nos lucros da empresa (não em vigor)

Alínea r) do art.º 46.º, n.º 2

Utilização pessoal de viatura automóvel (ajustamento progressivo)

Alínea s) do art.º 46.º, n.º 2

Despesas de transporte suportadas pela EE (ajustamento progressivo)

Alínea t) do art.º 46.º, n.º 2

Compensação por cessação do contrato de trabalho por acordo quando haja direito a subsídio de desemprego (ajustamento progressivo)

Alínea v) do art.º 46.º, n.º 2

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II- Trabalhadores por conta de outrem

Base de incidência contributiva - O que mudou?

Passam a constituir BIC:

Valores dispendidos pela EE em aplicações financeiras em beneficio dos trabalhadores (não em vigor)

Alínea x) do art.º 46.º, n.º 2

Importâncias auferidas por utilização de veículo próprio ao serviço da EE (ajustamento progressivo)

Alínea z) do art.º 46.º, n.º 2

Prestações relacionadas com o desempenho da empresa (não em vigor)

Alínea aa) do art.º 46.º, n.º 2

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II- Trabalhadores por conta de outrem

Base de incidência contributiva - O que mudou?

Passam a estar excluídas como BIC:

Os valores compensatórios pela não concessão de dias de folga

Alínea a) do art.º 48.º

Os subsídios concedidos para compensação de encargos com lares de idosos e outros serviços ou estabelecimentos de apoio social

Alínea c) do art.º 48.º

Os valores correspondentes a subsídios de férias, de Natal e outros análogos relativos a base de incidência convencionais

Alínea e) do art.º 48.º

Desconto concedido aos trabalhadores na aquisição de acções da própria entidade empregadora ou do grupo desta

Alínea j) do art.º 48.º

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II I – Regime dos trabalhadores por conta de outrem

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações dos contribuintesiii. Base de incidência contributivaiv. Delimitação da base de incidência contributivav. Valores excluídos da base de incidênciavi. Taxas contributivas

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II- Trabalhadores por conta de outrem - vi) taxas contributivas

Taxa contributiva global – art.º 53.º:

34,75%

• entidade empregadora: 23,75%• trabalhador: 11%

Noção de taxa contributiva: Valor em percentagem, determinado actuarialmente.

A taxa contributiva global cobre o custo de todas as eventualidades

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II- Trabalhadores por conta de outrem - vi) taxas contributivas

As taxas contributivas a cargo da entidade empregadora são adequadas em função da modalidade de contrato de trabalho:

• contratos sem termo - 1 ponto percentual

• contratos a termo + 3 pontos percentuais

Não em vigor – cfr. Art.º s 4.º n.º 2 e 6.º n,º 3 na redacção introduzida pelo OE de 2011

Adequação da taxa à modalidade de contrato de trabalho – art.º 55.º

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II- Trabalhadores por conta de outrem - vi) taxas contributivas

Princípio geral de adequação da taxa em função do custo de protecção das eventualidades protegidas

Regra da adequação da taxa à modalidade do contrato de trabalho: Não em vigor: apenas quando regulamentado

Não antes de 2014 Precedido de avaliação pela comissão permanente de

concertação social

Regra de fixação de taxas contributivas mais favoráveis consoante o fim que se pretende proteger

Novas regras para fixação das taxas contributivas

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II I I – Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas

i. Trabalhadores com âmbito material de protecção reduzido

ii. Trabalhadores em regime de trabalho intermitente

iii. Trabalhadores de actividades economicamente débeis

iv. Incentivos ao empregov. Incentivos à permanência no mercado de

trabalhovi. Incentivos à contratação de trabalhadores com

deficiênciavii. Trabalhadores ao serviço de entidades sem

fins lucrativosviii. Situações equiparadas a trabalho por conta de

outrem

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II I I – Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas

Trabalhadores com âmbito material de protecção reduzido:

Membros dos Órgãos Estatutários

i. Trabalhadores em regime de trabalho intermitente

ii. Trabalhadores de actividades economicamente débeis

iii. Incentivos ao empregoiv. Incentivos à permanência no mercado de

trabalhov. Incentivos à contratação de trabalhadores com

deficiência

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

Trabalhadores com âmbito de protecção reduzido:

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas

Trabalhadores no domicílio

Praticantes desportivos profissionais

Trabalhadores em regime de contrato de trabalho de muito curta duração

Trabalhadores em situação de pré-reforma

Pensionistas em actividade

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

Âmbito Pessoal

São obrigatoriamente abrangidos pelo regime geral, com as especificidades previstas na presente subsecção, na qualidade de beneficiários, os membros dos órgãos estatutários das pessoas colectivas e entidades equiparadas, ainda que sejam seus sócios ou membros

Art.º 61.º

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas:

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

Exclusões

Pessoas singulares – art.º 63.º

Casos de acumulação com outra actividade – art.º 64.º

Situação de pensionista – art.º 64.º

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas (cont.):

Âmbito Pessoal

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

Âmbito Material

DoençaParentalidadeDoenças profissionaisInvalidezVelhice MorteNão inclui protecçãono desemprego

Art.º 65.º

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas (cont.):

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

BASE DE INCIDÊNCIA CONTRIBUTIVA

Remuneração efectivamente auferida Limite mínimo: valor do IAS (€ 419,22 em 2011)

Não se aplica nos casos de acumulação da actividade de MOE com outra actividade remunerada que determine inscrição em regime obrigatório de protecção social

Limite máximo: 12 x IAS (€ 5.034,66 em 2011)

É aferido em função de cada uma das remunerações auferidas pelos MOE em cada uma das pessoas colectivas em que exerçam esta actividade

Art.º 66.º

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas (cont.):

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

BASE DE INCIDÊNCIA CONTRIBUTIVAFacultativa

Opção pelo valor da remuneração efectivamente auferida acima dos 12 x o IAS:

Aprovação pelo órgão da pessoa colectiva competente para a designação do MOE

Capacidade para o exercício de actividade atestada pelo médico assistente

Idade inferior à prevista no mapa do anexo 1

Art.º 67.º

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas (cont.):

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

BASE DE INCIDÊNCIA CONTRIBUTIVA

Remunerações especialmente abrangidas (sem prejuízo do disposto no artigo 44.º e seguintes):

Gratificações desde que pagas em função do exercício da actividade de gerência sem adstrição à qualidade de sócio, nem aos lucros

Senhas de presença

Art.º 68.º

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas (cont.):

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III- Situações específicas -i) âmbito material de protecção reduzido

Taxas contributivas

•Não se aplica o disposto no art.º 55.º (adequação da taxa contributiva)

Taxa global Empregador Trabalhador

antes do Código

31,25% 21,25% 10%

depois do Código

29,6% 20,3% 9,3%

Membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas e entidades equiparadas (cont.):

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II I I – Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas

i. Trabalhadores com âmbito material de protecção reduzido

ii. Trabalhadores em regime de trabalho intermitente

iii. Trabalhadores de actividades economicamente débeis

iv. Incentivos ao empregov. Incentivos à permanência no mercado de

trabalhovi. Incentivos à contratação de trabalhadores com

deficiênciTrabalhadores ao serviço de entidades sem fins lucrativos

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III- Situações específicas – entidades empregadoras sem fins lucrativos

Trabalhadores ao serviço de entidades sem fins lucrativos:

ENTIDADES ABRANGIDASAdministração directa e indirecta do EstadoInstituições personalizadas do EstadoInstituições de utilidade pública do EstadoInstituições de Segurança Social e Previdência SocialIgrejas, associações e confissões religiosasAssociações, fundações, comissões especiais e cooperativasAssociações de empregadores, sindicatos, uniões, federações e confederaçõesOrdens profissionaisPartidos políticosCasas do PovoCaixas de crédito agrícola mútuoEntidades empregadoras do pessoas do serviço domésticoCondomínios de prédios urbanos

Art.º 111.º

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III- Situações específicas - entidades empregadoras sem fins lucrativos

Trabalhadores ao serviço de entidades sem fins lucrativos:vi) incentivos à

•A taxa converge dos valores anteriores para os novos em 7 (IPSS) e 4 (regra) anos – Art.º 281.º, n.º1, b) e c)

Taxa global Empregador Trabalhador

antes do Código

regra 31,6% 20,6% 11%

IPSS 30,6% 19,6% 11%

depois do Código

33,3% 22,3% 11%

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II I I – Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas

i. Trabalhadores com âmbito material de protecção reduzido

ii. Trabalhadores em regime de trabalho intermitente

iii. Trabalhadores de actividades economicamente débeis

iv. Incentivos ao empregov. Incentivos à permanência no mercado de

trabalhovi. Incentivos à contratação de trabalhadores com

deficiênciavii. Trabalhadores ao serviço de entidades sem

fins lucrativosviii. Situações equiparadas a trabalho por conta de

outrem – Destaque

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III- Situações específicas – viii) situações equiparadas a TCO

ÂMBITO PESSOAL

Trabalhadores em regime de acumulação:

Trabalhadores que acumulem trabalho por conta de outrem com actividade profissional independente para :

a mesma empresa

ou

para empresa do mesmo “agrupamento empresarial”

Art. 129.º

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III- Situações específicas – viii) situações equiparadas a TCO

Base de incidência contributiva

Corresponde ao montante ilíquido dos honorários devidos pelo exercício profissional de actividade independente

Taxa contributivaA taxa é a mesma que for aplicada ao respectivo contrato de trabalho por conta de outrem

Trabalhadores em regime de acumulação:

Arts. 130.º e 131.º

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II V – Regime dos Trabalhadores Independentes

i. Âmbito de aplicaçãoii. Relação jurídica de vinculaçãoiii. Obrigações dos contribuintesiv. Rendimentos e base de incidência contributivav. Taxas contributivas

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IV- Trabalhadores independentes

Introdução de uma contribuição de 5% a cargo das entidades contratantes

A base de incidência dos trabalhadores independentes passa a ser determinada com base no escalão de remuneração correspondente ao duodécimo do rendimento relevante

Ao nível das contribuições, estabelece-se uma clara diferenciação entre independentes, comerciantes e produtores

Alteração da taxa contributiva

Principais alterações:

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TitleSubtitle

II V – Regime dos Trabalhadores Independentes

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações das entidades contratantesiii. Rendimentos e base de incidência contributivaiv. Taxas contributivas

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IV- Trabalhadores independentes - i) âmbito de aplicação

Pessoas singulares que exerçam actividade profissional sem sujeição a contrato de trabalho ou a contrato legalmente equiparado, ou que obriguem a prestar a outrem o resultado da sua actividade e não se encontrem por essa actividade abrangidos pelo regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem.

Presumem-se trabalhadores independentes os trabalhadores intelectuais: Autores de obras protegidas nos termos do Código do Direito

de Autor e dos Direitos conexosArt.º 132 e ss.º

Trabalhadores independentes

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IV- Trabalhadores independentes - i) âmbito de aplicação

Pessoas que exercem actividade profissional por conta própria geradora de rendimentos

a que se reportam os art.ºs 3 e 4 do CIRS cônjuges que com eles exerçam actividade

profissional regular e permanentemente

Sócios ou membros das sociedades de profissionais definidas na al. a) do n.º 4 do art.º 6 do CIRS

Sócios de sociedades de agricultura de grupo

Titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas

Art.º 133

Categorias de trabalhadores abrangidos

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IV- Trabalhadores independentes - i) âmbito de aplicação

Produtores agrícolas cônjuges que com eles exerçam actividade profissional

regular e permanentemente

Proprietários de embarcações de pesca local e costeira que exerçam actividade profissional nestas embarcações

Apanhadores de espécies marinhas e pescadores apeados

Art.º 134

Categorias de trabalhadores especialmente abrangidos

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IV- Trabalhadores independentes - i) âmbito de aplicação

O exercício cumulativo de actividade independente e de outra actividade profissional, abrangida por diferente regime obrigatório de protecção social, não afasta o enquadramento obrigatório no regime dos trabalhadores independentes, sem prejuízo do reconhecimento do direito à isenção da obrigação de contribuir

Art.º 137.º

Categorias de trabalhadores abrangidos por diferentes regimes Cumulação

Regimes obrigatórios de protecção social a considerar:

regime geral dos TCO regime de protecção social convergentes dos trabalhadores

que exercem funções públicas regimes de protecção social estrangeiros relevantes

Art.º 137.º

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IV- Trabalhadores independentes - i) âmbito de aplicação

Situações excluídas:

Advogados e solicitadores

Alguns trabalhadores agrícolas

Trabalhadores destacados em PortugalArt.º 139.º

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IV- Trabalhadores independentes - i) âmbito de aplicação

Entidades contratantes

Pessoas colectivas e singulares com actividade empresarial, independentemente da sua natureza e das suas finalidades, que no mesmo ano civil beneficiem de pelo menos 80% do valor total da actividade de trabalhador independente

Considera-se como prestada à mesma entidade os serviços prestados a empresas do mesmo “agrupamento empresarial”

Art.º 140.º

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IV- Trabalhadores independentes - i) âmbito de aplicação

Âmbito Material

A protecção social conferida pelo regime dos TI integra protecção nas eventualidades de:

DoençaParentalidadeDoenças profissionaisInvalidezVelhice Morte

Art.º 141.º

Não inclui protecção: no desemprego

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II V – Regime dos Trabalhadores Independentes

i. Âmbito de aplicaçãoii. Relação jurídica de vinculaçãoiii. Obrigações das entidades contratantesiv. Rendimentos e base de incidência contributivav. Taxas contributivas

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IV- Trabalhadores independentes - ii) relação jurídica de vinculação

Comunicação, inscrição e enquadramento

o A administração fiscal comunica oficiosamente, por via electrónica, à Segurança Social, o início de actividade dos trabalhadores independentes

o Com base na comunicação a Segurança Social procede à identificação do trabalhador ou à respectiva actualização

o A Segurança Social procede à inscrição do trabalhador (quando necessário) ou ao respectivo enquadramento no regime dos trabalhadores independentes (mesmo que se encontrem nas condições de direito à isenção)

o A Segurança Social notifica o trabalhador da inscrição e enquadramento efectuados

Art.º 143.º e 144.º

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IV- Trabalhadores independentes - ii) relação jurídica de vinculação

Cessação do enquadramento:

Com a cessação da actividade, oficiosamente

A requerimento do trabalhador facultativamente enquadrado

Art.º 147º

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II V – Regime dos Trabalhadores Independentes

i. Âmbito de aplicaçãoii. hhhiii. Obrigações dos contribuintesiv. Rendimentos e base de incidência contributivav. Taxas contributivas

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Obrigação contributiva constitui-se com o início dos efeitos do enquadramento ou da cessação da isenção

Compreende: Para os TI que sejam exclusivamente produtores ou

comerciantes: o pagamento das contribuições

Para os TI que ou que não sejam exclusivamente produtores ou comerciante: o pagamento das contribuições declaração anual dos valores correspondentes à

actividade exercida

Art.º 151.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Declaração do valor da actividade:

Anual

Apresentada até ao dia 15 do mês de Fevereiro do ano civil seguinte ao que respeita

Conteúdo: Valor das vendas realizadas Valor total da prestação de serviços a pessoas singulares

que não tenham actividade empresarial Valor da prestação de serviços por pessoa colectiva e por

pessoa singular com actividade empresarial

Art.º 152.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Declaração do valor da actividade:

Incumprimento

Contra-ordenação leve: se cumprida nos 30 dias subsequentes ao termo do prazo

Contra-ordenação grave: demais situações

Art.ºs 155.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Pagamento das contribuições:

Mensal Efectuada até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que respeita

Art.º 155.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Pagamento das contribuições:

Incumprimento

Contra-ordenação leve: se cumprida nos 30 dias subsequentes ao termo do prazo

Contra-ordenação grave: demais situações

Art.ºs 155.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Situações de isenção de pagamento das contribuições:

Acumulação com actividade por conta de outrem se:

actividades prestadas a empresas distintas que não tenham relação de domínio ou de grupo exercício de actividade por conta de outrem determine o

enquadramento obrigatório noutro regime de protecção social que cubra a totalidade das eventualidades abrangidas pelo regime dos TI

o valor da remuneração anual considerada para outro regime de protecção social seja igual ou superior a 12 vezes o valor do IAS

requisitos cumulativos Art.º 157.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Situações de isenção de pagamento das contribuições:

Acumulação com situação de pensionista de invalidez ou de velhice

Acumulação da titularidade de pensão resultante da verificação de risco profissional que sofra de incapacidade para o trabalho igual ou superior a 70%

Quando o trabalhador seja enquadrado após 1.1.2011 e o seu rendimento não atinja 12 vezes o valor do IAS, se: requerer a isenção esgotado o tempo de opção de contribuir com base no

duodécimo do seu rendimento

Art.º 157.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações do trabalhador independente

Cessação da obrigação de contribuir:

A partir do primeiro dia do mês seguinte àquele em que cesse a actividade

Art.º 161.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

As Entidade Contratante, são:

As pessoas colectivas e as pessoas singulares com actividade empresarial, independentemente da sua natureza e das finalidades que prossigam, que no mesmo ano civil beneficiem de pelo menos 80% do valor total da actividade de trabalhador independente

Considera-se como prestado à mesma entidade contratante os serviços prestados a empresas do mesmo agrupamento empresarial

Art.º 140º

Obrigações da entidade contratante

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações da entidade contratante

Verificando-se a obrigação de pagamento de contribuições pela entidade contratante:

A segurança Social notifica a Autoridade para as Condições de Trabalho ou os serviços de fiscalização da Segurança Social para averiguar a legalidade da situação

Combate aos falsos “recibos verdes”

Art.º 150.º

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações da entidade contratante

o Alteração no OE de 2011:

eliminada a obrigação de declaração de serviços adquiridos

Consequentemente:

O controlo passa a ser feito apenas com base na declaração do prestador de serviços

Art.º 153.º (revogado pelo OE)

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IV- Trabalhadores independentes - iii) obrigações dos contribuintes

Obrigações da entidade contratante

Pagamento de contribuições:

Incumprimento

Contra-ordenação leve: se cumprida nos 30 dias subsequentes ao termo do prazo

Contra-ordenação grave: demais situações

Art.ºs 155.º

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II V – Regime dos Trabalhadores Independentes

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações das entidades contratantesiii. jdjdjdiv. Rendimentos e base de incidência contributivav. Taxas contributivas

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IV- Trabalhadores independentes - iv) rendimentos e base de incidência contributiva

Rendimento relevante

É determinado com base nas seguintes fórmulas:

70% do valor total da prestação de serviços 20% dos rendimentos associados à produção e

venda de bens

no ano civil imediatamente anterior ao momento de fixação de base de incidência

Art.ºs 162.º

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IV- Trabalhadores independentes - iv) rendimentos e base de incidência contributiva

Rendimento relevante

Tratando-se de trabalhador independente com contabilidade organizada:

Valor do lucro tributável sempre que este seja de valor inferior ao que resulta dos critérios anteriores: 70% do valor total da prestação de serviços 20% dos rendimentos associados à produção e

venda de bens

no ano civil imediatamente anterior ao momento de fixação de base de incidência (Outubro de cada ano para os 12 meses seguintes)

Art.º 162.º

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IV- Trabalhadores independentes - iv) rendimentos e base de incidência contributiva

Rendimento relevante

Apurado pela Segurança social com base nos valores declarados para efeitos fiscais

A administração fiscal comunica oficiosamente à Segurança Social competente, por via electrónica, os rendimentos dos trabalhadores independentes declarados e sujeitos a tributação em sede de categoria B do CIRS

Art.ºs 162.º e 62.º do Dec. Reg.

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IV- Trabalhadores independentes - iv) rendimentos e base de incidência contributiva

Constitui base de incidência contributiva o escalão de remuneração determinado por referência ao duodécimo do seu rendimento relevante

Ao duodécimo de rendimento relevante, convertido em percentagem do IAS, corresponde o escalão de remuneração convencional cujo valor seja imediatamente inferior

A base de incidência é composta por 11 escalões de remuneração convencional, determinados em função do valor do IAS

A actualização da base de incidência resulta da actualização do IAS e produz efeitos a partir do 1.º dia do mês seguinte ao da publicação do diploma que actualize o IAS

Art.º 163.º

Base de incidência contributiva

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IV- Trabalhadores independentes - iv) rendimentos e base de incidência contributiva

Escalões Remunerações convencionais em % do valor do IAS

Valor considerando IAS de 2010 (419,22)

1.º 100 419,22 €

2.º 150 628,33 €

3.º 200 838,44€

4.º 250 1.048,05€

5.º 300 1.257,66€

6.º 400 1.676,88€

7.º 500 2.096,10€

8.º 600 2.515,32€

9.º 800 3.353,76€

10.º 1000 4.192,20€

11.º 1200 5.030,64€

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IV- Trabalhadores independentes - iv) rendimentos e base de incidência contributiva

o O trabalhador independente pode optar por ser posicionado no escalão abaixo do que lhe corresponde

o Este direito de opção é exercido oficiosamente pela Segurança Social, podendo o trabalhador renunciar, mediante requerimento

o Em início ou reinício de actividade, nos casos em que o rendimento relevante seja igual ou inferior a 12 vezes o valor do IAS, o trabalhador pode requerer que lhe seja considerado como base de incidência o valor do duodécimo daquele rendimento, com o limite mínimo de 50% do valor do IAS, no máximo de 3 anos

Art.º 164.º

Base de incidência contributiva facultativa

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IV- Trabalhadores independentes - iv) rendimentos e base de incidência contributiva

Base de incidência contributiva das entidades contratantes

O valor total dos serviços que lhe foram prestados pelos trabalhadores independentes no ano civil a que respeitam

Alteração introduzida pelo OE de 2011Art.º 167.º

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II V – Regime dos Trabalhadores Independentes

i. Âmbito de aplicaçãoii. Obrigações das entidades contratantesiii. Rendimentos e base de incidência contributivaiv. lllllv. Taxas contributivas

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IV- Situações específicas - v) taxas contributivas

Trabalhadores independentes:

Taxas contributivas

Em geral - REGRA 29,6%

Produtores agrícolas e cônjuges

28,3%Proprietários de embarcações

Apanhadores de espécies marinhas e trabalhadores apeados

Entidades contratantes 5%

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V- Trabalhadores Independentes - v) taxas contributivas

Trabalhadores independentes:

Taxas contributivas

Uniformização da taxa dos trabalhadores independentes, passando a taxa aplicável a prestadores de serviços também para 29,6%

Alteração introduzida pelo OE de 2011: anteriormente os prestadores de serviços tinham uma taxa de 24,6%

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V- Trabalhadores independentes - v) taxas contributivas

Trabalhadores independentes:

Taxas contributivas

A taxa contributiva de 5% aplicável às entidades contratantes tem aplicação imediata

Alteração introduzida pelo OE de 2011: eliminado o ajustamento progressivo inicialmente previsto no Código Contributivo (2,5% em 2011 e 5% em 2012)

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IV – O incumprimento da obrigação contributiva

i. A dívidaii. Causas de extinção da dívidaiii. Consequência da existência de dívida

i. Juros de moraii. Lista de devedoresiii. Retençõesiv. Outras limitações do devedor

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i) A dívida

Noção de dívida à Segurança Social:

«[…] todas as dívidas contraídas perante as instituições do sistema de segurança social pelas pessoas singulares, pelas pessoas colectivas e outras entidades a estas legalmente equiparadas, designadamente as relativas às contribuições, quotizações, taxas, incluindo as adicionais, os juros, as coimas e outras sanções pecuniárias relativas a contra-ordenações, custos e outros encargos legais »- cf. artigo 185.º do Código Contributivo

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ii) Causas de extinção da dívida

•Pagamento (possibilidade de pagamento em prestações);•Dação em pagamento (carece de autorização do membro do Governo responsável);•Compensação de créditos (se o contribuinte for credor e devedor da segurança social);•Retenção de valores por entidades públicas (ver infra);•Conversão em participações sociais (conversão da dívida em capital social do contribuinte, mediante autorização do membro do Governo responsável pela área da segurança social);•Alienação de créditos.

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iii) Consequências da existência de dívida

i)juros de mora:

•sobre o valor das contribuições e quotizações vencem juros de mora, à taxa aplicável às dívidas ao Estado (6,351% em 2011 – cf. aviso n.º 27831-F/2010).

ii)lista de devedores:

•divulgação de listas dos devedores à seg. social.

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iii) Consequências da existência de dívida

iii) retenções:

•pagamentos a efectuar pelo Estado, pessoas colectivas de direito público e entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos, superiores a €5.000, são retidos pelo montante em dívida à seg. social (nunca podendo a retenção total exceder o limite de 25% do valor do pagamento a efectuar);

•nos financiamentos superiores a €50.000 (não destinados a aquisição de habitação própria e permanente), concedidos por instituições públicas, particulares e cooperativas, é retido o montante em dívida à seg. social.

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iii) Consequências da existência de dívida

iv)outras limitações do devedor:

•explorar a concessão de serviços públicos;

•fazer cotar em bolsa os títulos representativos do seu capital;

•beneficiar de apoios de fundos comunitários ou de outros subsídios atribuídos pelo Estado, pessoas colectivas de direito público e entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos;

•celebrar (ou renovar) contratos de fornecimento, empreitada de obras públicas ou prestação de serviços com o Estado, Regiões Autónomas, institutos públicos, autarquias locais e IPSS comparticipadas pelo orçamento da seg. social.

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IVI – Regime sancionatório

i. Contra-ordenaçõesi. Características geraisii. Procedimento contra-ordenacional

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i) Contra-ordenações – características gerais

i)Responsabilidade de pessoas colectivas:

•São responsáveis pelas contra-ordenações praticadas, em seu nome ou por sua conta, pelos titulares dos seus órgãos sociais, mandatários ou trabalhadores.

ii)Responsabilidade solidária de administradores, gerentes ou directores:

•Se o infractor for pessoa colectiva, os respectivos administradores, gerentes ou directores respondem solidariamente pelo pagamento da coima.

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i) Contra-ordenações – características gerais

iii)Responsabilidade do comparticipante e do cúmplice:

•se existirem vários agentes comparticipantes no facto, todos são punidos, de acordo com o seu grau de culpa;

•se houver um cúmplice do agente, é-lhe aplicada a coima fixada para o autor, especialmente atenuada.

iv)Concurso de contra-ordenações punido em cúmulo jurídico:

•a coima aplicável não pode exceder duas vezes o limite máximo mais elevado das contra-ordenações em concurso;

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i) Contra-ordenações – características gerais

v)Reincidência especialmente punida:

•prática de contra-ordenação muito grave ou grave com dolo, no prazo de 2 anos;

•limites da coima agravados em um terço;

•possibilidade de aplicação de sanção acessória: privação de acesso a medidas de estímulo à criação de postos de trabalho e à reinserção profissional.

vi)Sanção acessória necessária:

•falta de comunicação da admissão de novos trabalhadores que se encontram a beneficiar de prestações de desemprego ou doença;

•não inclusão, na declaração de remunerações, de trabalhadores que se encontram a receber prestações de desemprego ou doença

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i) Contra-ordenações – características gerais

vii)montantes:

Agente Contra-ordenação

Negligência Dolo

Pessoa singular

Leve €50 a €250 €100 a €500

Grave €300 a €1.200 €600 a €2.400

Muito grave €1.250 a €6.250 €2.500 a €12.500

Pessoa colectiva (menos de 50 trabalhadores)

Leve €75 a €375 €150 a €750

Grave €450 a €1.800 €900 a €3.600

Muito grave €1.875 a €9.375 €3.750 a €18.750

Pessoa colectiva (com 50 ou mais

trabalhadores

Leve €100 a €500 €200 a €1.000

Grave €600 a €2.400 €1.200 a €4.800

Muito grave €2.500 a €12.500 €5.000 a €25.000

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i) Contra-ordenações – características gerais

v)Possibilidade de dispensa da coima:

•contra-ordenações leves praticadas por negligência; e

•prática de infracção não ocasione prejuízo efectivo ao sistema da seg. social nem ao trabalhador; e

•falta cometida esteja regularizada.

vi)Pagamento da coima não dispensa o infractor do cumprimento da obrigação ou do dever violado.

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ii) Procedimento contra-ordenacional

•Remissão do artigo 247.º do Código Contributivo:Lei n.º 107/2009, de 14 de Setembro.

•Auto de infracção levantado quando seja verificado, por qualquer técnico, uma infracção a que corresponde contra-ordenação da segurança social.

•Notificação do auto ao arguido para, em 15 dias, pagar voluntariamente a coima ou contestar, indicando a prova.

•Se contestar, prazo de 60 dias para a conclusão da instrução do processo (prorrogável).

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ii) Procedimento contra-ordenacional

•Decisão condenatória de aplicação de coima impugnável judicialmente em 20 dias, para o tribunal de trabalho.

•Efeito meramente devolutivo desta impugnação(salvo se o valor da coima e das custas do processo for depositado no prazo da impugnação junto de instituição bancária aderente ou se for prestada garantia bancária).

•Decisão judicial recorrível apenas em determinados casos (embora esteja prevista a válvula de segurança do n.º 2 do art.º 49.º, L. 107/2009).

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IVII – Prescrição

i. Do procedimento contra-ordenacionalii. Da coimaiii. Da obrigação de pagamento à Segurança Social

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i) Prescrição: procedimento contra-ordenacional

i)Decurso de 5 anos sobre a prática da contra- ordenação.

ii)Casos de suspensão e interrupção do prazo de prescrição do procedimento contra-ordenacional: artigos 53.º e 54.º, L.107/2009

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ii) Prescrição: coima

i)Prazo de 5 anos a partir do carácter definitivo ou do trânsito em julgado da decisão condenatória

ii)Casos de suspensão e interrupção do prazo de prescrição da coima: artigos 56.º e 57, º L.107/2009.

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iii) Prescrição: obrigação de pagamento à seg. social

i)Artigo 187.º do Código Contributivo.

ii)Objecto de prescrição muito amplo: •contribuições, quotizações, respectivos juros de mora e outros valores devidos à segurança social.

iii)Prazo: •5 anos a contar da data em que a obrigação deveria ter sido cumprida.

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ii) Prescrição: obrigação de pagamento à seg. social

iv)Suspensão da prescrição:•durante o período de pagamento em prestações (artigo 189.º, n.º 2 do Código Contributivo);

•enquanto não houver decisão definitiva ou passada em julgado, que puser termo ao processo, nos casos de reclamação, impugnação, recurso ou oposição, quando determinem a suspensão da cobrança da dívida (artigo 49.º, n.º 3, da LGT).

v)Interrupção da prescrição:•ocorrência de qualquer diligência administrativa realizada, da qual tenha sido dado conhecimento ao responsável pelo pagamento, conducente à liquidação ou à cobrança da dívida;

•apresentação de requerimento de procedimento extrajudicial de conciliação.

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Advertência

Este documento constitui a impressão de apresentação em power point, utilizada como suporte e apoio, de forma necessariamente simplificada e sistematizada, de conferência proferida sobre os temas em análise. A sua leitura deve, pois, ser complementada com a consulta do texto legal e dos demais documentos de interpretação da lei, apropriados.

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