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PÁG. 1 Vargem Grande do Sul e Região - Março de 2011 - Ano II - Nº 19 - Distribuição Gratuita

Edição 19 - Março 2011

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Edição 19 - Março 2011

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Vargem Grande do Sul e Região - Março de 2011 - Ano II - Nº 19 - Distribuição Gratuita

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EXPEDIENTEO Jornal do Produtor é uma publicação mensal,editado à rua Antônio Rodrigues do Prado, 48,Bairro N. Sra. Aparecida, Vargem Grande do Sul- SP. E-mail: [email protected] - Fone:(19) 3641-1392

Jornalista ResponsávelBruno de Souza - MTb 46.896

Diagramação, Fotos e ArtesRicardo Falcão - Angelino Jr.

PublicidadesFernando W. Franco - (19) 9310-5700

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águas daPrata - Caconde - Casa Branca – Campinas

( Ceasa) - Divinolândia - Espírito Santo do Pinhal -Itobi – Itapetininga - Mococa - Santa Cruz das

Palmeiras - Santo Antônio do Jardim - São João daBoa Vista - São José do Rio Pardo - São Sebastiãoda Grama - Tambaú - Tapiratiba – Porto Ferreira -Ribeirão Preto - São José do Rio Preto. Em Minas

Gerais Sacramento e Araxá.

EDITORIAL Alta no preço do café estimula produtoresa vender safra antecipadamente

Em Espírito Santo do Pinhal, alguns produtores já estão negociando contratos com compradores

A alta nos preços do café vemestimulando os produtores avender agora a safra que só vaiser colhida a partir de maio. Al-guns ainda aguardam cotaçõesmais altas, mas na opinião deanalistas o momento é favorá-vel ao cafeicultor. A chuva atéagora está na medida certa,com grãos saudáveis e uma sa-fra de qualidade promissora.

O cafeicultor Manoel CarlosGonçalves Júnior, da cidade deEspírito Santo do Pinhal, planta120 hectares e colhe em médiatrês mil sacas de café. Aentressafra que iniciou em se-tembro termina só no final deabril. O produtor já poderia ven-

João Henrique BoscoCanal Rural

Chuva tem garantido grãos saudáveis e uma safra de qualidade promissorader os grãos por um preço ren-tável, mas vai esperar o inícioda safra para barganhar um va-lor ainda mais alto.

Alguns produtores já estãoantecipando a venda do café. Asaca de 60 quilos está custan-do até R$ 460,00. Muitos pre-ferem garantir o lucro agora enão esperar até o mês de maio.

Dos 400 produtores coope-rados do município, 40 já estãonegociando contratos com com-pradores. Alguns negociamapenas 30% da produção e as-sim já garantem um preço mí-nimo para futuras negociaçõesno segundo semestre.

Segundo Daniel Bertell i

Gozzoli, gerente de cooperati-va, negociar parte da produçãoé uma estratégia boa para to-dos os produtores, mesmoquem não vende parte da safraantes acaba lucrando, pois osvalores comercializados virampreços mínimos. Gozzoli ressal-ta que no segundo semestre osvalores só sobem e não caemmais.

Para Nelson Carvalhaes, es-pecializado no mercado de café,a safra deste ano será menordo que a do ano passado, masem compensação o preço esta-rá valendo a pena. O analistaaconselha o produtor a investirem qualidade. (Canal Rural)

Segundo dados do Ministérioda Agricultura, as exportaçõesbrasileiras de frutas cresceram25% nos últimos cinco anos. Em2006, o setor movimentou US$700 milhões, número que che-gou a mais de US$ 875 milhõesem 2010. “O mercado externobusca produtos de qualidade e osistema de Produção Integrada(PI) é uma importante ferramen-ta para acessar países mais exi-gentes”, ressaltou o coordena-dor de Produção Integrada daCadeia Produtiva do Ministério daAgricultura, Sidney Medeiros, emnota divulgada à imprensa.

Atualmente um exemplo dis-so já pode ser observado emSanta Catarina, onde uma coo-perativa de produtores de maçãvem se destacando na inserçãoem mercados externos, em par-ceria com a marca Disney, nosEstados Unidos.

A Produção Integrada é umsistema moderno de produçãoagropecuária baseado em boaspráticas e sustentabilidade. O ob-jetivo é valorizar a capacitaçãodos envolvidos na cadeia produ-tiva, garantir a conservação domeio ambiente e melhorar aqualidade de vida dos produto-res rurais e das comunidadeslocais. Tudo isso respeitando alegislação trabalhista, a seguran-ça do trabalhador, a sanidade eo bem-estar dos animais.

Segundo Medeiros, trata-sede um método produtivo quegera alimentos seguros, princi-palmente para o consumo hu-mano, pois adota omonitoramento em todas as eta-pas do processo de produção,análise de resíduos deagrotóxicos, além da utilizaçãode tecnologias apropriadas. Osistema eleva os padrões de qua-lidade e competitividade dos pro-dutos agropecuários ao patamarde excelência requerido pelosconsumidores mais conscientes.E representa um instrumento deapoio aos produtores para quepossam atender aos mercadosexigentes.

A Produção Integrada

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São Paulo: 40 mil cortadores decana-de-açúcar perderam o emprego desde 2007

Com o avanço da mecaniza-ção nos canaviais paulistas, fo-ram fechados pelo menos 40 milpostos de trabalho no corte dacana-de-açúcar desde 2007, cal-cula o professor José GiacomoBaccarin do Departamento Eco-nomia Rural da UniversidadeEstadual de São Paulo (Unesp).No mesmo período, o setorsucroenergético abriu vagas su-ficientes para realocar apenas10% dos ex-cortadores em ati-vidades como a de tratorista.Outros postos abertos no ramonão são preenchidos por essestrabalhadores por causa da bai-xa escolaridade, segundo o pro-fessor.

Baseado em análises dos nú-meros do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados(Caged) do Ministério do Traba-lho, Baccarin aponta que emmaio de 2010 – mês em que háo pico da safra – trabalhavamna colheita manual 166,4 milpessoas. Ele estima que 150 mildesses cortadores sejam dispen-sados até 2014, último ano parao fim da queima da palha dacana, necessária para o cortemanual, em todas as áreasmecanizáveis do estado. O pra-zo foi estabelecido em um pro-tocolo assinado entre o governoestadual e a União da Indústriada Cana-de-Açúcar (Unica).

O Ministério Público Federaltem pressionado por um proces-so de licenciamento mais rigo-roso para permitir as queimadasno estado. No fim de janeiro,uma ação impetrada pelo órgãofoi acatada pela Justiça Federal,que suspendeu a queima na re-gião de Franca.

Para Baccarin, esse tipo depressão ajuda a acelerar o pro-cesso de mecanização, mas nãoé o fator decisivo. “A questão évalorizar o etanol como combus-tível renovável e não agressor

Devido a mecanização, estimativa é que 150 mil desses cortadores sejam dispensados até 2014,último ano para o fim da queima da palha da cana

ao meio ambiente, é isso queestá acontecendo”, destacou.

As queimadas pioram a quali-dade do ar dos municípios pro-dutores e a colheita manual éapontada como um trabalhomuito penoso. “O lado bom damecanização é isso. As pessoasdeixam de fazer esse serviço for-çoso, no limite desumano, que écortar cana”, analisa o coorde-nador de Relações Sindicais doDepartamento Intersindical deEstatística e EstudosSocioeconômicos (Dieese), JoséSilvestre Prado de Oliveira.

Ele pondera, no entanto, quea perda maciça de empregosimpacta diretamente milhares defamílias e os municípios onde háo cultivo. “Tem o problema deordem econômica e social que é

o que fazer com as pessoas queviviam e dependiam dessa ren-da para viver”.

De acordo com ele, algumasprefeituras têm buscado formasde amenizar esses efeitos. “Umacoisa que já percebi que as pre-feituras fazem é encaminhar opessoal para o seguro-desem-prego”, comentou Baccarin.

RenovaçãoA Unica desenvolve desde o

ano passado um programa derequalificação de cortadores cha-mado Renovação. “É um modeloem que o trabalhador continuarecebendo o salário dele, mas es-tuda em período integral”, expli-ca a assessora de Responsabili-dade Social Corporativa da enti-dade, Maria Luiza Barbosa.

O programa desenvolvidopela Unica tem foco, segundoela, na capacitação de acordocom a disponibilidade de vagasem cada região. “É formar parao cara ter opção de trabalharnaquela área [sucroenergética]ou ser um profissional autôno-mo”. Ela afirma que o projetotem “cunho social” e que os cur-sos oferecidos, com cerca de300 horas de duração, são dealta qualidade. “É para apren-der, não para falar que fez”, res-salta.

A meta do projeto é, por ano,qualificar para outras atividades7 mil trabalhadores braçais. Par-te deles será realocada pela pró-pria indústria canavieira, mas amaior parcela terá de ser absor-vida por outros setores. Casocumpra o proposto, o Renova-ção capacitará 35 mil cortadoresaté 2014.

O presidente do Sindicato deTrabalhadores Rurais de Regen-te Feijó, Marcelino Sotocorno,afirma, no entanto, que as usi-nas têm preferido empregar tra-balhadores mais qualificados aex-cortadores na colheira meca-nizada. Segundo ele, foi precisopressionar as empresas paraque os cortadores fossem qua-lificados para os postos.

Para o presidente do Sindica-to de Empregados Rurais de Ri-beirão Preto, Sílvio Palviqueres,a requalificação ainda é mínimaem comparação à velocidade damecanização. De acordo comele, na região, uma das maioresprodutoras de cana do estado,uma parte dos trabalhadores éabsorvida pela construção civil.“Esses trabalhadores não têmescolaridade, sabem só assinaro nome, então eles não conse-guem disputar uma vaga na áreaurbana. A única coisa que sobrapara eles é a construção civil”,afirma. (Agência Brasil)

Mecanização deve ampliar o número de cortadores de cana dispensados

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Eventos agropecuáriosprogramados para abril

Excesso de chuva refletena venda do tomate

Na região nordeste do Es-tado de São Paulo, as recen-tes chuvas comprometeram aprodução de tomate e com aredução na oferta, os preçossubiram. A plantação deveriaestar carregada e os frutosgraúdos. Mas o excesso dechuva atrapalhou a lavoura devários produtores, como porexemplo, Giuseppe Trevisanem Divinolândia. “A qualida-de do fruto não é legal. Eleestá rachando e ficando man-chado”, comentou em entre-vista cedida ao Globo Ruralem fevereiro.

A produtividade também di-minuiu. Em um hectare de ter-ra o agricultor deve colherapenas mil caixas de 22 qui-los, metade do esperado paraa safra deste ano. Aconsequência imediata de tan-ta chuva e da queda na pro-dutividade foi a disparada nospreços. o produtor LaércioTrevisan fechou bons negóci-os, com R$ 30,00 a caixa de22 quilos. Nos dois hectaresa produção também deve cair

Em Divinolândia, queda na produtividade causou a disparada nos preços

pela metade, mas ele está oti-mista com o preço. “Um bomlucro, sim de cerca de R$10,00 por caixa. Eu tive umcusto de R$ 20,00 a caixa dotomate”, disse.

Parte da plantação vai sercolhida só neste mês, quandoos preços devem estar ainda

Tomate: chuvas causaram queda na produtividade

melhores. “Pode subir mais,chegando até uns R$ 40,00,o que vai ser bem melhor paranós”, explicou.

Atualmente São Paulo é osegundo produtor de tomatedo país, responsável por 13%da safra. Já em primeiro lu-gar está Goiás. (Globo Rural)

Dias 7 a 10 - 7ª FAICO - Osvaldo Cruz. Informações:Prefeitura - (18) 3528 -95001ª Quinzena - 9ª Festa do Caqui - Itatiba.Informações: Secretaria de Esportes e Turismo -(11) 4538-0917 e Prefeitura - (11) 4487-60481ª Quinzena - 21ª Feira Agropecuária e Festa doPeão - Álvares Florence. Informações: Prefeitura -(17) 3486-9000Dias 6 a 9 - 9ª AGROVIA - Itapeva. Informações:Prefeitura e SEBRAE - (15)3522-3232Dias 8 a 17 - 46ª Expoagro e 19ª Festa do Peãode Boiadeiro - Bragança Paulista. Informações:Prefeitura - (11) 4034-7100 e Samor (19) 9779-6647Dias 13 a 17 - 77ª FACIP (Feira AgrícolaComercial, Industrial e Pecuária) - Jales.Informações: Prefeitura - (17) 3621-6688Dias 17 a 25 - 33ª Expoal (ExposiçãoAgropecuária de Altinópolis) - Altinópolis.Informações: Prefeitura - (16) 3665-2000, SindicatoRural - (16) 3665-0310 e Casa da Agricultura - (16)3665-0416Dia 18 - 4º Arraial do Conselho Rural - Pedreira.Informações: Prefeitura e Casa da Agricultura - (19)3893-1281, Secretaria de Turismo - (19) 3853-3203Dia 20 a 24 - Ituverava Rodeio Show e ConcursoLeiteiro - Ituverava. Informações: Prefeitura - (16)3830-7000Dia 20 a 24 - 2ª Expoconchal - Conchal.Informações: Prefeitura - (19) 3866 -8600Dia 22 de abril a 1º de maio - 42ª ExposiçãoAgropecuária, Industrial e Comercial deItapetininga - Itapetininga. Informações: SindicatoRural - (15) 3271 -0811Dia 28 de abril a 8 de maio - 34ª FACILPA - LençóisPaulista. Informações: Associação Rural - (14)3263-1411 e prefeitura - (14) 3269-7000Degustação e Classificação de Café -Divinolândia (Bairro Pirapitinga). Informações:Prefeitura, Associação dos Cafeicultores deMontanha, Sindicato Rural, Casa da Agricultura eSenar1ª Festa do Produtor Rural - Cunha. Informações:Prefeitura e Casa da AgriculturaObs: Antes de ir a qualquer um desses eventos,procure sempre contatar a organização para sabermais detalhesFonte: Secretaria da Agricultura e Abastecimento

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Para melhor controle das doenças epragas da batata, o sistema mais ade-quado, tanto do ponto de vista econô-mico como ecológico, é o controle inte-grado, que procura preservar o meio am-biente, reduzindo ao mínimo o uso deagrotóxicos. Em áreas onde existe umgrande número de produtores, de nadaadianta se adotar todas as medidas abai-xo se o vizinho não fizer o mesmo. Aseguir, encontram-se as recomendaçõese o programa de controle:

- Utilizar batata-semente certificada,menos contaminada com patógenos;

- A reutilização de batata-sementeproveniente de campo de consumo sóse justifica se ocorreu baixa incidênciade viroses no ciclo da cultura. Algumascultivares degeneram rapidamente de-vido ao acúmulo de vírus;

- Não plantar batata mais do que duassafras seguidas na mesma área. Fazerrotação com cereais (arroz, milho,sorgo), cana-de-açúcar ou pastagens;

- Evitar plantar batata em área ondeforam cultivadas outras plantas da mes-ma família como pimentão, berinjela, to-mate e jiló;

- Sempre que surgirem as primeirasplantas com viroses ou com doenças desolo, arrancá-las, junto com as plantaspróximas de todos os lados, e enterrá-las profundamente ou queimá-las;

- El iminar sistematicamente asoqueira e as plantas daninhas no cam-po e em torno dele;

- Arar o solo com três meses de ante-cedência de modo a expor os patógenosao dessecamento;

- Plantar em solos bem drenados, quenão acumulam água em excesso, poissolos encharcados no final do ciclo favo-recem muitas doenças, como asarnapulverulenta e as podridões de tu-bérculos;

- Não irrigar em excesso ou com águacontaminada;

- Não aplicar excesso de calcário. PH aci-ma de 6,0 favorece a ocorrência da sarna;

Carlos H. Lopes, Felix H. França & Antônio C. de Ávila

- Adubar corretamente. Falta ou ex-cesso de nutrientes favorece o desen-volvimento de doenças e pragas;

- Quando disponível, plantar cultiva-res resistentes às doenças e insetos maisprevalecentes na região;

- Pulverizar preventivamente comfungicidas recomendados para a cultura,quando as condições climáticas forem fa-voráveis a uma determinada doença;

- Monitorar a população de insetos epulverizar só quando necessário;

- Utilizar espaçamento correto paracada cultivar; plantios pouco arejados fa-vorecem doenças;

- Visitar frequentemente o campo eobservar qualquer irregularidade que fa-voreça doenças, como vazamentos decanos de irrigação, ocorrência de plan-tas daninhas, presença de insetos, etc;

- Em campo de batata-consumo pode-se tolerar até 30 pulgões sem asas por100 folhas baixeiras da planta da batata;

- A erradicação de plantas com sinto-mas de virose só se justifica em camposde produção de batata-semente;

- A aplicação de inseticidas para o con-trole de viroses não se justifica no casodo PVY (transmissão não circulativa).Com o vírus do enrolamento (PLRV)(transmissão circulativa) a medida sejustifica desde que haja baixa incidênciade vírus no campo. Utilizar inseticidasespecíficos para pulgôes;

- Fazer eficiente controle de plantasdaninhas, principalmente as solanáceasque abrigam insetos que transmitem vi-roses ou causam danos às folhas e tu-bérculos;

- Realizar a colheita com cuidado, demodo a não ferir os tubérculos;

- Não lavar a batata; tubérculos quese ferem e recebem umidade no proces-so de lavação e apodrecem rapidamen-te. Quando houver necessidade delavação, deixar que os tubérculos se-quem bem antes de embalar ou trans-portar;

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A produção de berinjela tematraído cada vez mais a atençãodos produtores da região de SãoJoão da Boa Vista. Com o cultivodo fruto, eles apostam em um pro-duto de rendimento certo e cus-tos mais baixos que muitas outrasculturas.

A berinjela surgiu na Índia. NoBrasil a mais comum é a roxa eseu cultivo é bem fácil. “Se com-parar com outras culturas, comoo tomate, por exemplo, ela temum cultivo mais simples, além desua colheita ser mais facilitadapelo padrão do fruto e pelo cortedo pé”, comentou o engenheiroagrônomo Valdo Prado Nunes.

Atualmente cinco cidades na re-gião de São João da Boa Vista sedestacam na produção de berin-jela. Só em Aguaí existem 30 agri-cultores familiares responsáveispela produção de quase 2 mil to-neladas por ano.

O produtor Marcelo Pereira daSilva tem 5 mil pés em sua pro-priedade. Junto com sua esposae mais três funcionários, ele temtrabalho o ano todo com o cultivoda berinjela. “Quando ela come-çar a produzir, quando estiver ini-ciando o ciclo de produção, deve-se esperar um, dois ou três me-ses, põe a muda nova no chão equando uma estiver acabando, a

outra está começando. Você nun-ca deixa de terminar”, explicou.

A produção é vendida para osatravessadores. Segundo Marce-lo, o produtor tem que vender naroça, até pela quantia de caixasque tem, pois não se conseguecolocar todas num mercado só.Hoje, uma caixa de berinjela com13 quilos chega a ser vendida aR$ 9,00 ou R$ 10,00. Mas o va-lor não vem líquido para o pro-dutor. “Tem o desconto da caixaque custa R$ 1,50, além do fretee a descarga. Sai em torno deR$ 3,50 a R$ 4,00 livre para nós”,comentou a agricultora LiselzaHansen da Silva.

Além destes fatores, Marcelodestaca ainda o custo que temcom adubo e defensivos agríco-las. Apesar disso, ele ressalta queestá muito satisfeito com os re-sultados obtidos com o cultivo daberinjela.

(EPTV)

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Os produtores de Mogi Guaçu es-tão entusiasmados com a produção deberinjela deste ano.

Apesar das chuvas, a qualidade dasafra é boa. José Carlos Buratin culti-va o fruto há 20 anos. Na área dequase dois hectares tem cerca de 10mil plantas.

Nos primeiros dias de sua colheita,ele já prevê uma produção recordepara 2011. “Se o tempo for correndobem do jeito que está indo, pode che-gar até mais de uma caixa por pé”,contou o agricultor.

João Guilherme Buratin, que segue aopassos do pai, lembra que a chuva fortedo início do ano castigou a produção. Asaída foi investir em tecnologia.

A irrigação por gotejamento aliada àpulverização mecânica garantem um re-sultado acima do esperado. “Não é maismanual e fica até mais fácil controlar aspragas e doenças na nossa lavoura”, afir-mou.

Mogi Guaçu pertence a segunda maiorregião em área plantada de berinjela doestado de São Paulo. São 120 hectares cul-tivados por 80 produtores.

Boas expectativasO agricultor Nilson da Rocha ainda

não mecanizou a lavoura e conta quetambém sofreu com o clima no iníciodo ano. Agora, com a redução da chu-va, aproveita o tempo quente, já quequanto mais sol, melhor é o desen-volvimento da berinjela. “Para essesdois mil pés está previsto a colheitade seis ou oito mil caixas mais ou me-nos”, afirmou.

Atualmente o Estado de São Paulo é omaior produtor de berinjela do país, res-ponsável por 42% da safra. (Globo Rural)

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Linha de crédito incentiva cultivo de seringueiraEliézer e Débora da Fonseca

são os proprietários do Sítio dasNascentes, localizado em Limei-ra. Preocupados com o futuro eem ter conforto na aposentado-ria, o casal adquiriu a proprieda-de há seis anos e começou a es-tudar qual seria a melhor ativida-de agrícola para o local, que aten-desse às limitações de espaço emão-de-obra e que trouxessebom retorno financeiro.

“Não queríamos que a terra fi-casse improdutiva. Compramos osítio pensando no futuro, emmelhorar a qualidade de vida eresgatar o conceito de meio am-biente”, ressalta Débora, revelan-do que pensaram em criar car-neiros, plantar eucalipto e cana,mas o que mais se encaixava nosplanos era a heveicultura.

No início de 2010, eles procu-raram a CATI (Coordenadoria deAssistência Técnica Integral), in-teressados no plantio de serin-gueira, e foram atendidos pelosengenheiros agrônomos JulianoQuarteroli Silva e Marcos JonatanAmici Jorge, que deram as infor-mações necessárias. “Mas o cus-to para iniciar a produção aindaera muito alto e a seringueira sócomeça a dar dinheiro cerca desete anos depois”, conta Eliézer.

Propriedade em Limeira é beneficiada com financiamento para heveicultura

“Em abril, durante a Agrishow, osecretário de Agricultura anunciouum financiamento do Banco doBrasil destinado à heveicultura.Foi aí que nos empolgamos no-vamente e voltamos a procurar ainstituição”, comenta.

Com a assistência da CATI,desde instruções para conserva-ção de solo, adubação até o plan-tio, por meio de elaboração deprojeto técnico, Eliézer e Déborativeram seu financiamento apro-

vado em dezembro de 2010 e re-alizaram em janeiro o plantio dasprimeiras mudas na propriedade.“Nosso objetivo é continuaracompanhando do plantio até acomercialização do látex”, espe-ra Quarteroli. Segundo ele, o fi-nanciamento da família Fonsecafoi o primeiro da região de Limei-ra, mas outros interessados jáestão surgindo. “No momento,estamos elaborando outros doisprojetos. Posteriormente, quan-do as árvores estiverem aptaspara a produção, a nossa Regio-nal pretende realizar um treina-mento de sangria de seringueirapara os produtores interessados”,acrescenta.

Pontos positivosA linha de crédito para cultivo

da seringueira é um convênioentre a Secretaria de Agriculturae Abastecimento do Estado deSão Paulo e o Banco do Brasil, quesurgiu após várias reivindicaçõesdo setor, devido ao elevado capi-tal necessário para o plantio e olongo prazo de maturação. Se-gundo o assessor de políticas pú-blicas da CATI, Alexandre Grassi,a grande novidade desse financi-amento está nos prazos de pa-gamento. “O produtor tem até 12

Seringueira exige menor uso de mecanização e insumos, além de proteger o solo e os mananciaisanos para pagar com até seteanos de carência. O limite parafinanciamento é de R$ 100 mil portomador, não podendo passar deR$ 7 mil por hectare”.

O Sítio das Nascentes possuiárea total de 30 hectares, dosquais metade será ocupada comseringueira. Segundo Débora, queestudou minuciosamente os próse contras da cultura, a vantagemda seringueira é que mesmoquando o preço está baixo já co-bre os custos de produção.

De acordo com Quarteroli, ospontos positivos desta cultura éque ela exige menor uso de me-canização e insumos, além deproteger o solo e os mananciais,reduzindo o impacto do sol e daschuvas. Além disso, pode ser in-tercalada com outras culturas eusada para reflorestamento.

O setor da borracha naturalcresce no Estado de São Paulo.Hoje, são 77 mil hectares culti-vados, comparados a 40 mil hec-tares em 1996, o quecorresponde atualmente a 60%da produção nacional. O Brasil éum grande importador do produ-to, já que a produção internaequivale a aproximadamente30% da borracha consumida nopaís.

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Suínos mais protegidos de bactériasFerramentas disponíveis no

controle de doenças em suínos,as vacinas autógenas oferecemuma possibilidade para evitarprejuízos. As medidas necessá-rias para a realização das apli-cações, como a temperaturaideal para a conservação doslíquidos, seja no transporte ouno armazenamento, a conten-ção correta dos animais e osefeitos corretos, não podempassar despercebidas pelo su-inocultor.

Segundo Weston LemosWendling, médico veterinário eassessor técnico científico doTecsa Laboratórios, existemquatro tipos de vacinas no la-boratório. A primeira é contraa erisipela, infecção geradorade problemas reprodutivas, es-pecialmente abortos, lesõescutâneas e problemas articula-res e cardíacos. A sepsemia,causada por bactérias especí-ficas, pode ser evitada comduas doses imunizadoras emanimais doentes. E ainda há omaterial usado contra aestreptococose, doençasistêmica que leva à meningitee ao consequente baixo desem-penho animal e até mesmo amortalidade, e a vacina asso-ciada com Streptococcus eHaemophilus parasuis, queprevine a pleurite, pericardite,artrites e ocasionalmente me-ningites.

O objetivo básico é trazerboa imunidade ao rebanho e di-minuir o gasto com antibióti-cos e outros produtos, além dediminuir a perda de animais. “Agrande vantagem dasautógenas, além do preço jus-to, é o produto ser específico,pois usamos materiais isoladosda própria granja que não dei-xa resíduos como os antibióti-cos. E é uma tecnologia exce-lente para qualquer tipo de pro-priedade e tem maior concen-tração de bactérias, o que pos-

Preparadas a partir de causadores de doenças em rebanhos, vacinasautógenas são utilizadas para estimular imunidade nos animais

sibilita maior proteção dos ani-mais”, ressalta Weston Lemos.

Segundo ele, entre os cui-dados que o suinocultor deveter, ao uti l izar as vacinasautógenas, é com relação àcontenção dos suínos, paraevitar que o animal se mova nomomento da aplicação, promo-vendo segurança para oaplicador e diminuindo aschances de haver refluxo da va-cina. “A contenção de porcasdeve ser com o cachimbo, e,para leitões, um ajudante ou opróprio aplicador deve seguraro animal em seu colo, próximoà barriga”, comenta. “O segun-do passo é agitar os frascos an-tes da aplicação, já que algunscomponentes da vacina, comoas bactérias inativadas ou te-cidos macerados, tendem a sedepositar na parte do frascovoltada para baixo”, explica oveterinário.

Tomada essa medida, o cri-ador deve se atentar para asdoses indicadas nas bulas dosmedicamentos e, caso queiramudar a dosagem, consultarespecialistas no assunto. Deacordo com Weston, as indica-

ções para as vacinas do Tecsasão de 4 ml para as fêmeas e 2ml para os leitões.

HigieneAlém do ambiente, agulhas,

seringas e caixas limpas e or-ganizadas, é importante fazera higienização com álcool doslocais de aplicação, que deveser feita via intramuscular, sub-

Suínos: vacinas autógenas oferecem uma possibilidade para evitar prejuízos

cutânea ou oral e jamais emregiões nobres, como lombo epernil. Weston ressalta que éimportante o uso de agulhasmenores para leitões e maio-res para porcas, já que as fê-meas possuem uma camadaespessa de gordura difícil deser atravessada. O veterinárioainda explica que o suinocul-tor deve utilizar uma agulhapara o frasco e outras para osanimais, com o uso de umaagulha para cada cinco suínos.

CuidadosOutro alerta é para a con-

servação durante o manejo davacina, com o transporte earmazenamento em caixas deisopores com gelo, e para ocontrole dos animais já vacina-dos. Caso uma granja não façaeste controle, são maiores aschances de deixar de aplicar avacina ou aplicar duas vezesem um mesmo suíno. Paramarcação dos animais, o Tecsaindica o bastão marcador. Paramais informações, bastacontatar o Tecsa Laboratóriospelo telefone (31) 3281-0500.(Portal Dia de Campo)

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Prefeitura de Casa Brancainveste na recuperação das vicinaisObjetivo é garantir o escoamento da produção agrícola, bem como o transporte escolar e a

circulação das populações ruraisEm Casa Branca, a Diretoria de

Agricultura e Meio Ambiente, jun-tamente com as diretorias de Pla-nejamento e Serviços Urbanosprossegue com o trabalho demanutenção periódica das estra-das e pontes rurais do município.

De acordo com o diretor deAgricultura e Meio Ambiente, Se-bastião Luiz Serafim Roque, o ob-jetivo desta medida é garantir oescoamento da produção agríco-la, bem como o transporte esco-lar e a circulação das populaçõesrurais ao longo dos cerca de 700quilômetros de vicinais.

Entre as vias recuperadas eque passaram por manutençãoestá a estrada velha de CasaBranca à Venda Branca, Assen-tamento, além da que segue deVenda Branca à Santa Cruz dasPalmeiras, Melgueira, Estiva e aque liga Venda Branca à Aguaí.

A seleção das estradas já re-cuperadas leva em consideraçãoaspectos como o maior tráfego desuprimento e escoamento de pro-dução, a rota de transporte dealunos e que se encontram emsituação que requeira imediataintervenção, em virtude das con-dições precárias ocasionadas peloperíodo chuvoso. “Toda a malhaviária do município está receben-do atenção diária da prefeitura,por solicitação do próprio prefei-to, dr. Roberto Minchillo, que per-correu recentemente alguns tre-chos das estradas rurais”, desta-cou o diretor.

Segundo o chefe de manuten-ção de estradas rurais, SérgioGeneroso, as equipes da prefei-tura trabalham diariamente paraatender as necessidades dos pro-dutores rurais no que se refere àmanutenção de estradas, comopatrulhamento, limpeza de baci-as de contenção e valas lateraisde escoamento, reforma de pon-tes e revestimento primário. “Se-manalmente, estamos atenden-

Estradas rurais têm recebido manutenção da prefeitura casabranquense

do a demanda levantada pela po-pulação. Para solicitar a visita dosfuncionários em determinada viarural, basta procurar a prefeitu-ra”, orientou.

De acordo com a prefeitura,apesar do tempo ainda chuvoso,a manutenção viária das estra-das rurais deverá prosseguir nor-malmente.

Ponte é reconstruída em viarural de Espírito Santo do Pinhal

Uma das pontes do Ri-beirão Cachoeira, locali-zada no Bairro da Paró-quia, em Espírito Santodo Pinhal, sofreu grandesdanos recentemente eestá sendo refeita pelosfuncionários do Departa-mento de Agricultura eAbastecimento, sob coor-denação do engenheiroagrônomo Rodolfo SelitoJúnior.

Segundo o diretor JoséRoberto Domingues, des-de o ano passado, o de-partamento já refez 13pontes, sendo 11 delascom a força de trabalhoprópria e duas por em-preitada de serviços con-tratados.

Curso decapacitação em

VargemA prefeitura de Vargem

Grande do Sul, juntamen-te com o PAT (Posto deAtendimento ao Trabalha-dor), SENAR (Serviço Na-cional de AprendizagemRural) e o Sindicato Ruralpromoveu mais um cursode aplicação de agrotóxicoscom utilização de trator debarras.

A programação ocorreuno início de março, contan-do com aulas teóricas epráticas nas dependênciasda Cooperbatata (Coope-rativa dos Bataticultores daRegião de Vargem Grandedo Sul). “Esta é mais umaoportunidade que estamosoferecendo às pessoas quequeiram conseguir umamelhor qualificação profis-sional. No decorrer do ano,outros cursos serão ofere-cidos pela prefeitura”, co-mentou o prefeito AmarildoDuzi Moraes.

As vendas de fertilizan-tes em 2010 totalizaram24,5 milhões de toneladas.O resultado representa cres-cimento de 9,4%, em rela-ção ao registrado no mes-mo período de 2009, com22,4 milhões de toneladas.Os estados que se destaca-ram nas entregas foramMato Grosso (4 milhões detoneladas), São Paulo (3,5milhões de toneladas) e Mi-nas Gerais (3,1 milhões detoneladas). Os números fo-ram apresentados durantea 51ª reunião ordinária daCâmara Temática deInsumos Agropecuários, emBrasília.

Crescimentonas vendas defertilizantes

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Em São José do Rio Pardo, prefeitura garantemanutenção das estradas rurais

No final de fevereiro, JoséFernando Porto, morador hámais de 20 anos no Clube dePesca de São José do Rio Par-do, esteve com o prefeito, JoãoLuís Cunha, e com o secretáriode Agricultura e Meio Ambien-te, Felipe Quessada, parabeni-zando pela constante manuten-ção realizada na estrada deacesso ao local onde reside.Segundo ele, o trecho está emótimas condições de trafego.“Tem pessoas que reclamam detudo, nada está bom. No meucaso não posso reclamar, poisas condições da estrada estãoperfeitas”, disse.

Quessada aproveitou para in-formar ao prefeito sobre os tra-balhos que estavam sendo rea-lizados na região do Barreirinho.De acordo com ele, a vicinal quesai da SP-350 até a SP-207,passando pela Fazenda SantaLúcia sentido Bom Jardim, estáem perfeitas condições, e quetambém está sendo feita a ma-nutenção das estradas da VilaCostina, São Teodoro e SãoBento.

O secretário explicou que denovembro de 2010 a janeiro de2011, meses com alto índicepluviométricos, os serviços demanutenção realizada pela pre-feitura riopardense ficaram pre-judicados em razão das chuvas.“Mas com a estiagem jáestamos em ritmo aceleradopara dar conta da demanda eem breve todas as estradas es-tarão novamente em dia”, afir-mou.

Segundo o prefeito João LuísCunha, o município possui maisde 800 quilômetros de estradasrurais, todas de grande impor-tância econômica para a cida-de. “Elas servem de escoamen-to da produção agrícola da zonarural, portanto, não podemosnos descuidar deste trabalho”,

Segundo o prefeito João Luís Cunha, o município possui mais de 800 quilômetros de estradas rurais,todas de grande importância econômica para a cidade

destacou.Preocupado com o

bom andamento dos tra-balhos, João Luís estevepessoalmente acompa-nhando a equipe respon-sável pelas estradas naregião da Vila Costina.“Tenho um compromissocom os agricultores domunicípio e por isso va-mos garantir as condi-ções mínimas para queeles possam trafegar etransportar sua produçãotranquilamente até a cidade”,destacou.

Parceria

Para Quessada, o mais im-portante para a conservaçãodas estradas é a parceriaestabelecida entre prefeitura eos proprietários rurais, ondecada um assume suas respon-sabilidades. “Foi o que aconte-ceu na região da Vila Costina.Fizemos uma reunião com osagricultores e pedimos que elesevitassem que as enxurradasdas chuvas vindas de suas pro-priedades fossem despejadasnas estradas. Em contrapartida,a prefeitura realizou o alarga-mento das vicinais e construiucaixas de contenções”, explicouo secretário.

O prefeito João Luís Cunha e o secretário Felipe Quessadaforam elogiados por José Fernando Porto devido à

manutenção que a prefeitura tem prestado nas vicinais

Máquina realiza manutenção em estrada na zona rural

ObrigaçõesSegundo o artigo 5° da Lei Munici-

pal n° 2.335, de 20 de outubro de 1999,que institui o Programa Municipal deConservação de Estradas Rurais “Me-lhor Caminho”, são obrigações dos pro-prietários de imóveis adjacentes às es-tradas municipais:

I – executar as obras e serviços queimpeçam as águas pluviais de atingi-rem as estradas;

II – evitar a dispersão ou o escoa-mento de excessos de água nas estra-das municipais;

III – evitar qualquer dano no leitocarroçável ou ao acostamento, bemcomo a retirada do material vegetal ne-cessário a conservação e manutençãoda estrada;

IV – evitar a obstrução ou dificultara passagem das águas pluviais peloscanais de escoamento, abertos pelomunicípio ao longo das estradas;

V – colocar manilhas, tubos ou qual-quer outro condutor para passagem deágua em frente ao acesso de sua pro-priedade, evitando a condução daságuas pelo leito da estrada.

Parágrafo único - Os proprietáriosde imóveis rurais não poderão, em hi-pótese alguma, permitir o escoamen-to de água nas estradas. Poderão, seassim desejarem, captar água pluvialdas estradas adjacentes as suas pro-priedades.

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A incidência de cancro cítricono Estado de São Paulo aumen-tou de 0,14% para 0,44% en-tre 2009 e 2010, crescimentode 214,3%, conforme levanta-mento realizado pelo Fundo deDefesa da Citricultura(Fundecitrus) divulgado em fe-vereiro. O índice é o segundomaior desde o início da apura-ção, em 1999, superado ape-nas pelo daquele ano, de0,70%.

Segundo o Fundecitrus, ocrescimento já era esperado eocorre após o governo paulista,em junho de 2009, atenuar alegislação de controle da doen-ça. Desde 1999, era obrigató-ria a erradicação de todas as ár-vores com cancro em um raiode 30 metros de distância deuma contaminada e ainda detodo um talhão, com cerca deduas mil árvores, caso o índicede contaminação chegasse a0,5%. Por pressão doscitricultores, em 2009 a Secre-taria da Agricultura de São Pau-lo revogou a determinação re-ferente aos talhões.

Em seis meses após a mu-dança da lei, o número de ca-sos novos de cancro cítrico cres-ceu quase 80% se comparadoao primeiro semestre de 2009– saiu de 100 para 179. No atuallevantamento, em todo o anode 2010 foram 489 novos ca-sos em 29 talhões. Foram vis-toriadas 11 milhões de plantasno levantamento amostral dascerca de 165 milhões de árvo-res do parque citrícola.

De acordo com a entidade, aregião mais afetada do parquecitrícola paulista, o maior doplaneta, é a noroeste, onde aincidência disparou de 0,87%para 2,55% entre 2009 e 2010.Na região norte, que não tinhacasos de cancro em 2009, o ín-dice foi de 0,23% no ano pas-sado. Já na região central, a in-cidência avançou de 0,11%para 0,41% e na sul saltou de

0,03% para 0,07%. Apenas naregião oeste os casos de can-cro caíram: de 0,29% para0,22% entre os períodos.

Em 1999, após o primeiro le-vantamento apontar incidênciade 0,70% de cancro nos poma-res, a legislação contra a doen-ça passou a ser mais rígida, e oíndice despencou para 0,27%em 2000. Desde então, até2009, o índice variou de 0,10%a 0,22%, mas voltou a dispararem 2010.

Para o Fundecitrus, com a fal-ta de rigor na legislação, o pro-dutor precisa intensificar as me-didas de controle do cancro, es-pecialmente no período de chu-vas, já que o clima quente eúmido favorece a proliferaçãoda bactéria Xanthomonas citri,causadora da doença. A Secre-taria de Agricultura foi procu-rada para comentar o avanço dadoença após a diminuição darigidez da lei, mas ainda não semanifestou.

Sintomas eprevenção

O cancro cítrico está presen-te no Brasil desde 1957 e atacatodas as variedades cítricas.Nas folhas e nos frutos, os sin-tomas são o aparecimento depequenas manchas amarelascirculares, que se tornam mar-rons com o avanço da doença.As manchas nos frutos são sa-lientes e nos ramos é possívelidentificar lesões pardas em for-ma de crostas.

A transmissão da bactériaocorre pela chuva, material decolheita, trânsito de veículos emáquinas agrícolas e pelo pró-prio colhedor. Desinfecção domaterial de colheita, pulveriza-ção de veículos antes de entrarna propriedade e a queima derestos de colheitas, como fo-lhas, galhos e frutos, são me-didas recomendadas para man-ter a propriedade livre do can-cro cítrico. (Canal Rural)