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Uniªo de Sucesso entre a Medicina e a Política PÆginas 10 e 11 N” 221 Dezembro 2001 Nasce 2002! A ACM saœda a chegada de 2002 junto a seus associados, familiares, colaboradores e parceiros, no desejo de que os desafios e as transformaçıes vividas neste início de sØculo possam ser as sementes para uma sociedade mais fraterna e justa, cujo principal fruto colhido serÆ a paz. Vem Aí o XV Congresso Catarinense de Medicina PÆginas 08 e 09 acm221.p65 04/01/02, 08:46 1

Edição 221- Dezembro 2001

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Nasce 2002!

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União de Sucesso entre a Medicina e a PolíticaPáginas 10 e 11

Nº 221 � Dezembro 2001

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002!

A ACM saúda a chegada de 2002 junto a seus associados, familiares,colaboradores e parceiros, no desejo de que os desafios e as transformaçõesvividas neste início de século possam ser as sementes para uma sociedademais fraterna e justa, cujo principal fruto colhido será a paz.

Vem Aí o XV Congresso Catarinense de MedicinaPáginas 08 e 09

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Jornal da ACM2

EDITORIAL

ASSOCIATIVISMO FORTALECIDO

�CONTABILIZAMOS

INÚMERAS AÇÕES

QUE TIVERAM COMO

META O CRESCIMENTO

DA CLASSE MÉDICA EDA ASSOCIAÇÃO,PARA PRESTAR UM

SERVIÇO COM UMA

QUALIDADE SEMPRE

MAIOR, EM DIA COM

AS NECESSIDADES DOS

ASSOCIADOS�

Chegamos ao final do ano 2001 com um balançoextremamente positivo para o associativismo médi-co. Mesmo com alguns impasses e dificuldades deordem financeira, a nossa ACM pôde cumprir comexcelência a sua missão de ser instrumento de uniãoda classe, de gerar o debate, de proporcionar meca-nismos de atualização científica e de defesa do pro-fissional em suas mais variadas faces de trabalho.

Ao apresentarmos o balanço de atividades doano, na Assembléia de Delegados,no último dia 11 de novembro, con-tabilizamos inúmeras ações que ti-veram como meta o crescimento daclasse médica e da Associação, paraprestar um serviço com uma quali-dade sempre maior, em dia com asnecessidades dos associados. Foiassim que criamos o Conselho Fis-cal da ACM, firmamos novos con-vênios de benefícios e instalamosum escritório de atendimento nocentro da capital, junto à sede daUnicred de Florianópolis. Entre asparcerias iniciadas em 2001, desta-ca-se o contrato com a ConexãoMédica, que disponibiliza o debateinterativo com acesso digital, na pró-pria sede da entidade, ligando osmédicos catarinenses com os maisrenomados profissionais brasileirosde diversas especialidades.

Na área de comunicação estabe-lecemos novos e importantes ca-nais, aproximando-nos não apenasdos médicos, mas especialmente da comunidade,que pode conhecer mais de perto as atividades de-senvolvidas pela ACM e o trabalho das Sociedades/Departamentos de Especialidades. Já nos setoresadministrativo/financeiro, executamos a reformula-ção do economato da sede social, desmembramos oterreno da sede para viabilizar a sede única das en-tidades, além de finalizarmos o projeto de lotea-mento do terreno no Rio Tavares, que vai permitira injeção de recursos necessária para sanar as difi-culdades financeiras da entidade.

Outro foco de ação da ACM neste ano foi nadefesa incondicional da saúde da sociedade catari-nense, aliando-se às mais variadas causas que ti-nham como premissa gerar uma assistência de qua-lidade e resolutividade ao cidadão, independentede sua classe social.

Em prol da medicina, o ano de 2001 foi tambémo da consolidação do processo de integração entreas entidades médicas (ACM + CREMESC + SI-

MESC) que vêm cons-truindo novos rumospara a nossa profissão etêm modificado a ma-neira de pensar, saindodo individual para o co-letivo. Hoje, o COSE-MESC é um exemplopara todo o país, comatuações que vão des-de a formação dos no-vos médicos até a buscapor condições dignasde trabalho, pela remu-neração justa e a valori-zação da classe.

Na área científica,comemoramos a recu-peração da periodicida-de da Revista ArquivosCatarinenses de Medi-cina e a instalação de sa-las de Sociedades juntoà sede da entidade.

Para finalizar o ano,anunciamos aos médicos de todo estado que já es-tamos trabalhado com a máxima dedicação no XVCongresso Catarinense de Medicina, que aconte-cerá no mês de abril de 2002. O sucesso da progra-mação depende da participação de todos nós, queem conjunto somos a razão maior de tudo que éplanejado e edificado pela ACM.

A todos um Feliz Natal e um Novo Ano repletode realizações.

Diretoria

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EXPEDIENTEInformativo da Associação

Catarinense de Medicina - ACMRodovia SC-401, Km 4,

Bairro Saco Grande - Florianópolis/SCFone/Fax: (48) 231-0300

DIRETORIAPresidente

Dr. Carlos Gilberto CrippaVice-Presidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaSecretário Geral

Dr. Jorge Anastácio Kotzias FilhoDiretor de Patrimônio

Dr. João José Luz SchaeferDiretor de Publicações

Dr. André Sobierajsk dos SantosDiretor Científico

Dra. Regina Célia S. ValinDiretor de Esporte

Dr. Gilberto D. da VeigaDiretor de Defesa de ClasseDra. Nilzete L. Bresolin

Diretor Sócio-CulturalDra. Sandra M. W. Rinaldi

Diretor AdministrativoDr. Irineu M. Brodbeck

Diretor de PrevidênciaDr. Waldemar de Souza Júnior

Diretor FinanceiroDr. Dorival Vitorello

Diretor de RegionaisDr.Tarcísio Crocomo

VICE-DISTRITAISSul � Dr. Júlio Márcio Rocha

Planalto � Dr. Fernando Luiz PagliosaNorte � Dr. Marcos F. F. Subtil

Vale do Itajaí � Dr. Péricles HenriqueZarske de Mello

Centro-Oeste � Dr. Élcio Luiz BonamigoExtremo-Oeste � Dr. Airton José Macarini

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Remaclo Fischer Júnior

Dr. Jorge Abi Saab NetoDr. Almir GentilDr. Théo Bub

Dr. Luiz Carlos EspíndolaDr. Roberto Benvenutti

Dr. Milton Ernesto ScopellDr. Altair Carlos PereiraDr. Manoel Bardini Alves

Dr. Oscar Antônio Defonso

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

JornalistasLena Obst Reg. 6048 MT/RS

Denise Christians Reg. 5698 MT/RS

ColaboradorasLúcia Py Lüchman e Adriana Freitas

FotografiaRenato Gama

Diagramaçãoe

ImpressãoGráfica e Editora Agnus Ltda.

Tiragem7.000 exemplares

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Jornal da ACM 33

A busca de mecanismosque garantam a efetiva pro-fissionalização da ACM e aproteção de seu patrimônioem defesa da classe médicaforam os temas centrais daAssembléia Geral Ordináriade Delegados, ocorrida no dia11 de novembro, em Floria-nópolis. Durante a reunião,o Presidente da Associação,Dr. Carlos Gilberto Crippaapresentou o relatório de ati-vidades do ano de 2001 e obalanço financeiro no perío-do, que mereceu aprovaçãoda contabilidade, auditoria, Conselho Fiscal eda assembléia. Na seqüência, o Diretor Admi-nistrativo, Dr. Irineu Brodbeck apresentou orelatório financeiro da ACM instituição, dasede social e do Centro de Eventos, obtendoa aprovação por unanimidade de propostas paradiminuição de custos da entidade: a auto-sus-tentação do Jornal ACM, da Revista Arquivos

gações previstas no Estatuto da ACM.� São deveres das Seções Regionais e Soci-

edades Filiadas para com a ACM: a. Informartudo quanto disser respeito e possa interessarà vida associativa; b. Comunicar a ACM, ime-diatamente, a filiação de qualquer novo associ-ado, bem como qualquer desligamento. c.Enviar mensalmente, até o décimo dia do mêsseguinte, relatório com as informações relati-vas às movimentações verificadas em seu qua-dro social; d. Acatar todas as iniciativas e reso-luções tomadas pela Assembléia de Delega-dos da ACM; e. Indicar, em todos os seus im-pressos, cartazes e órgãos de divulgação, a con-dição de filiada à ACM e neles imprimir alogomarca desta entidade; f. Não tomar inicia-tiva de âmbito estadual sem prévia anuênciada ACM; g. Informar imediatamente a ACMas penalidades impostas aos respectivos sóci-os; h. Dar ciência de suas atividades.

� Será passível de punição o sócio, SeçãoRegional e a Sociedade de Especialidade, cujaconduta esteja em desacordo com o preceitua-do nos Estatutos da ACM, da AMB e no Códi-go de Ética Médica, e que possa causar danomoral à Classe Médica ou para a ACM.

ENCONTRO DOCOSEMESC COM AFEDERAÇÃO DAUNIMED

Diante dos problemas vividos pelasUnimed�s nos últimos anos e seus re-flexos diretos na remuneração dos mé-dicos cooperados ao sistema, os diri-gentes do COSEMESC (ConselhoSuperior das Entidades Médicas deSanta Catarina) convidaram o Presiden-te da FECOMED (Federação dasUnimed�s de Santa Catarina), Dr. Dal-mo Claro de Oliveira, para participar dareunião mensal da entidade, no últimodia 19 de novembro, na sede do Sindi-cato dos Médicos. Nos últimos anos aCooperativa de Trabalho Médico vemenfrentando sérias dificuldades emfunção das diversas mudanças impostaspela Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS), ameaças tributárias eum acirrado mercado de planos de saú-de, o que vem trazendo transtornos epreocupações a todas as singulares dosistema, não só em Santa Catarinacomo em todo o Brasil.

O principal assunto tratado foi ohonorário médico pago pela Cooperati-va em várias de suas singulares, atual-mente abaixo da expectativa da classe.�As Unimeds de Santa Catarina têmfeito um esforço concentrado para au-mentar os valores pagos aos médicos.Muitas delas vêm conseguindo, comoas singulares de Joinville, Florianópo-lis, Lages, Videira, Concórdia, Xanxe-rê, entre outras�, destaca o Presidenteda FECOMED.

Dr. Dalmo Claro de Oliveira elogioua iniciativa da reunião conjunta, desta-cando a importância da ação do COSE-MESC e do estreito relacionamento daACM-CREMESC-SIMESC com aCooperativa de Trabalho Médico, hojeo principal instrumento do exercício damedicina liberal no Brasil. �O encontrodesenvolveu-se num clima de maturi-dade e aproximou ainda mais a Unimeddo trabalho realizado pelas entidadesmédicas catarinenses. A Federação estásempre aberta aos debates�.

Catarinenses de Medicina e a parceria com aFECOMED (Federação das Unimed�s deSanta Catarina) para auxiliar no custeio da Bi-blioteca. Para finalizar a Assembléia, cada re-presentante de Regional recebeu o relatórioanual com o nome de todos os médicos associ-ados em sua região, associados atuantes,inadimplentes e não associados.

Também em 11 de novembro foi realizadauma Assembléia Geral Extraordinária de De-legados da ACM, para a votação de mudançasno Estatuto da entidade, que necessitava serreestruturado. Destaca-se:

� O Sócio Residente deverá pagar comomensalidade, 50% da mensalidade dos sóciosefetivos da regional Florianópolis, acrescidosdo valor da contribuição da AMB. Quando per-tencer às demais regionais, 50 % do valor baseserá remetido para sua associação local.

� Os Sócios Estudantes deverão pagar umasemestralidade no valor de uma consulta AMB,estando isento do pagamento da contribuiçãoà AMB.

� São requisitos para o reconhecimento dequalquer Seção Regional Filiada ou Sociedadede Especialidade: I .Ter finalidades que nãocolidam com as da ACM; II. Possuir personali-dade jurídica; III. Ser regida por estatuto quepermita quadro social aberto a todos os médicosda área de influência, e que seus sócios sejamobrigatoriamente sócios da ACM; IV. Ter suadiretoria eleita diretamente pelos sócios, comeleições realizadas concomitantemente às elei-ções da Diretoria da ACM; V. Cumprir as obri-

ASSEMBLÉIA DE DELEGADOS APÓIAA PROFISSIONALIZAÇÃO DA ACM

DIRIGENTES E DELEGADOS DA ACM REUNIRAM-SE EM ASSEMBLÉIA EAPROVARAM PROPOSTAS PARA A EFETIVA REDUÇÃO DE CUSTOS DA ENTIDADE

MUDANÇAS ESTATUTÁRIAS

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Jornal da ACM4 Jornal da ACM4

Médicos catarinenses conquistaram umgrande aliado na sua atualização profissionalatravés do debate científico: o convênio firma-do entre a ACM e a Conexão Médica, quepromove educação continuada à distância, comacesso digital de palestras e aulas ministradaspelos mais renomados profissionais de medi-cina de todo o Brasil. Todas as tardes de sex-tas-feiras , das 13 às 14 horas, na sede da ACM,gratuitamente, a Conexão Médica transmiteao vivo, via satélite �reuniões multidisciplina-res�, com a possibilidade de interatividade pore-mail ou telefone. Com isso, dúvidas ou co-mentários podem ser feitos por participantesna mesma hora, sobre os casos clínicos debati-

dos, inclusive através de imagens de examesde alta definição.

Com a tecnologia disponível, os médicospodem assistir também cirurgias, conferênci-as, reuniões acadêmicas ou simpósios de atua-lização, sempre em português, em vídeo digi-tal. A programação dos debates é feita por equi-pe médica da empresa, contando com a parti-cipação de especialistas de diversas áreas deatuação da medicina, atendendo as mais varia-das necessidades do setor.

A qualidade da imagem e do som das trans-missões também merece destaque, operandoem alta velocidade, com tecnologia asseguradapela Embratel, em tempo real.

público estadual, ambas exercidas exclusivamentepor médicos, com formação adequada.

�É importante ressaltar que a prática da acu-puntura exige diagnósticos e terapêuticas, atos in-trínsecos às atividades médicas. É necessário que apopulação seja orientada nesse sentido, tendo emvista o crescimento da procura pela especialidade,hoje uma opção de tratamento reconhecida e valo-rizada, que tem se mostrado cada vez mais eficazem várias enfermidades, especialmente na ques-tão da abordagem da dor�, defende o Presidenteda Sociedade Médica de Acupuntura de Santa Ca-tarina, Dr. Júlio César Marchi.

ATUALIZAÇÃO MÉDICA DIGITALOFERECIDA PELA ACM

BenefíciosDiretos

� interagir com renomadosprofissionais da área médica,discutindo casos clínicos e dirimindodúvidas;

� integrar uma das mais importantesredes de educação continuada na áreamédica, com a participação deprofissionais de todo o país e naçõescomo Estados Unidos, países daEuropa e América Latina;

� adquirir atualização profissional semprecisar deslocar-se de sua cidade ouestado, em sintonia com as últimasnovidades e conceitos da medicina;

� acompanhar continuamente aevolução da medicina, as novasdescobertas e conclusões dos maisavançados centros de saúde;

� apresentar também casos clínicoslocais, dar opinião e questionar sobrepráticas empregadas.

�Qualidade e Excelência�Os debates transmitidos via Conexão Médicajá começam a conquistar entusiastascatarinenses. Entre eles está o oncologistaMarcelo Collaço Paulo, que vem assistindo àsaulas e palestras na sede da ACM, inclusivejá tendo participado como convidado especialpela equipe do Hospital Sírio Libanês paradiscutir um caso de câncer de bexigaapresentado na rede. �Os médicos de SantaCatarina precisam descobrir essa novapossibilidade oferecida pela ACM, com aulasde altíssimo nível, com uma qualidade desom e imagem sem igual. Os colegasprecisam dar-se conta da excelência doserviço, a custo zero, que constitui-se numaevolução para a atualização científica da classemédica no estado�.

DR. MARCELO COLLAÇO PAULO: �OS MÉDICOS DE SANTACATARINA PRECISAM DESCOBRIR A NOVA POSSIBILIDADEOFERECIDA PELA ACM�

O Conselho Federal de Medicina � CFM,órgão que regula a atividade médica no Brasil,comunica que foi proferida decisão liminar daJustiça Federal suspendendo os efeitos da Re-solução do Conselho Federal de Farmácia � CFFnº 353, que reconhecia a acupuntura como es-pecialidade farmacêutica e autorizava a sua reali-zação por profissionais do setor. Tal decisão ga-rante que a acupuntura deve ser praticada ape-nas por profissional médico, com formação cien-tífica adequada para realizar com qualidade téc-nica e ética os procedimentos da especialidade,em defesa da saúde da população.

O assunto foi um dos temas debatidos duran-te Audiência Pública realizada na AssembléiaLegislativa de Santa Catarina, no último mês denovembro, convocada pela Comissão de Saúde eMeio Ambiente, com a participação de represen-tantes das Sociedades Catarinenses de Acupun-tura e Homeopatia, integradas à Associação Cata-rinense de Medicina.

Atualmente tramitam na Assembléia Projetosde Lei que são considerados pelos profissionaisda área como verdadeiras conquistas dos catari-nenses, na medida em que prevêem a introdu-ção da acupuntura e da homeopatia no serviço

ACUPUNTURA: ATO EXCLUSIVO DO MÉDICO

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Jornal da ACM 5

O CATARINENSE HOMENAGEADO NASOLENIDADE DE COMEMORAÇÃO DE 50 ANOSDA AMB FOI O CIRURGIÃO PEDIÁTRICOMURILLO RONALD CAPELLA, MÉDICO HÁ 35ANOS, VICE-PREFEITO DA CAPITALCATARINENSE, PROFESSOR TITULAR DECIRURGIA PEDIÁTRICA DA UFSC, PRESIDENTEDA ACADEMIA CATARINENSE DE MEDICINA,CONSELHEIRO DO CREMESC, EX-PRESIDENTEDA ACM, EX-PRESIDENTE DA SOCIEDADEBRASILEIRA DE CIRURGIA PEDIÁTRICA, EX-DIRETOR DO HOSPITAL INFANTIL JOANA DEGUSMÃO, EX-SUPERINTENDENTE DA ANTIGAFUNDAÇÃO HOSPITALAR DE SANTA CATARINA,SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE NOPERÍODO DE 1991/92 E AUTOR DOS LIVROS�ALARME CIRÚRGICO NO RECÉM NASCIDO�(1985), �MEDO DE INJEÇÃO� (1995) E�PONTO DE ENCONTRO� (2000).

do atual ensino médico, que vai bem além dostestes superficiais do Provão do MEC, serácapaz de formar médicos com perfil de acordocom as reais necessidades de saúde do povobrasileiro.

Abrir novos cursos de Medicina é um ne-gócio lucrativo nas mãos dos empresários daEducação. Mas trata-se de uma irresponsabili-dade execrável, um engodo que vende falsailusão aos alunos, desrespeita os bons profissi-onais e ameaça a população.

Por isso, conclamamos a sociedade, os par-lamentares e o Ministério Público a se junta-rem às entidades médicas para exigir do Go-verno Federal maior rigor e transparência nasreformas em sua política de ensino superior.

A Associação Médica Brasileira (AMB)comemorou os 50 anos de sua fundação nodia 14 de dezembro. A festa foi realizadaem São Paulo e teve por objetivo ressaltara luta de meio século da entidade por me-lhores condições de trabalho aos médicose pelo direito à saúde para toda a popula-ção do país. O grande destaque da soleni-dade foi a entrega da Medalha Jairo Ramosa um profissional de cada Federada da AMB.O homenageado de Santa Catarina foi o ci-rurgião pediátrico Murillo Ronald Capella,por sua contribuição para a medicina esta-dual e grande atuação associativa nas últi-mas décadas. Também foram agraciados coma medalha os ex-presidentes da AMB e apósa entrega dos prêmios foi oferecido jantaraos participantes, com espetáculo de músi-ca ao vivo.

A Associação Médica Brasileira foi funda-da em 26 de janeiro de 1951. Idealizada peloDr. Jairo Ramos, seu primeiro presidente,hoje a AMB congrega as 27 unidades federa-tivas em todo território nacional e as 56 Soci-edades Brasileiras de Especialidades. A enti-dade reúne cerca de 250 mil médicos sóciosem todo o país.

AMB COMEMORA 50 ANOS

A AMB tem como finalidades:defender a classe médica nos terre-nos científico, ético, social, econô-mico e cultural; contribuir para a ela-boração da política de saúde e aper-feiçoamento do sistema médico as-sistencial do Brasil; orientar a popu-lação quanto aos problemas da as-sistência médica; recuperar, preser-var e melhorar a saúde no Brasil.

As entidades médicas vêm a público mani-festar preocupação quanto à atual política doGoverno Federal de concentrar poderes noMinistério da Educação, centralizando a avali-ação e a abertura de cursos superiores, especi-almente na área da Saúde.

Defendemos a participação do ConselhoNacional de Educação e do Conselho Nacio-nal de Saúde neste processo, na condição deinstâncias deliberativas e representativas dasociedade. Alertamos que a abertura de esco-las médicas sem as mínimas condições de for-mar bons profissionais representa sérios riscosà saúde e à vida da população.

Alunos despreparados não conseguem en-trar na residência médica, sujeitam-se a péssi-

mas condições de salário e trabalho, lançammão de procedimentos e ações desnecessári-as, elevando os custos da assistência, e muitasvezes ocupam postos vitais, como os pronto-socorros e serviços de emergência, que maisexigem pessoal qualificado.

Grande parte dos erros médicos e das pu-nições dos Conselhos de Medicina está ligadaàs condutas de profissionais com formação ina-dequada.

O Brasil não precisa de mais médicos. Sãomais de 200.000 em atividade no país; a cadaano, 104 cursos de Medicina formam cerca de10.000 novos profissionais.

O Brasil precisa, sim, é de formar bons mé-dicos. Somente uma profunda transformação

NOTA OFICIAL

NOVOS CURSOS DE MEDICINA COLOCAMEM RISCO A SAÚDE DA POPULAÇÃO

AMB � ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRACFM � CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

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ANÚNCIO

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Jornal da ACM 7

O Dia do Médico do ano 2001 foi comemo-rado na noite de 19 de outubro, na sede daAssociação Catarinense de Medicina � ACM,em Florianópolis, com a presença de profissio-nais de todo o estado e convidados especiais.O encontro foi realizado pela ACM em parce-ria com o Conselho Regional de Medicina e oSindicato dos Médicos, contando com o apoiodas Cooperativas de Trabalho e Crédito Médi-co da capital catarinense.

Em nome dos 6.500 médicos em atividadeem Santa Catarina, o Presidente da ACM, Dr.Carlos Gilberto Crippa, falou das mudançasvividas no papel dos profissionais da medicinanos últimos anos: �Ser médico no século XXIvai muito além do trabalho que realizamos emnossos consultórios, postos e hospitais, ondeatendemos os pacientes. Hoje, ser médico ul-trapassa o ato de diagnosticar a doença, pres-crever o tratamento ou a cura, também é sereducador, gerador de informação, formador deopinião; é ser político, ser cidadão e instru-mento de humanização. Ser médico é lutar pelobem estar físico e mental, é saber negociar,mediar conflitos, ser parceiro, colaborador nasmudanças indispensáveis, agente de preven-ção e de saúde para a comunidade à sua volta eaté mesmo além de suas fronteiras�.

O palestrante especial da noite foi o cirur-

A comemoração foi repleta de homenagens, a começar pelojubilamento de cinco médicos com mais de 70 anos pelo Con-selho Regional de Medicina: Drs. Ewaldo José Ramos Schae-fer, José Roberto da Silva, Dário Alcebíades Seara Garcia, Ari-ovaldo dos Santos Gonçalves e João Adalberto Naegele Gerk.

Já a Associação Catarinense de Medicina entregou os títu-los de Méritos Científicos e Associativos Estadual e Regionais:

Mérito Científico Estadual � Dr. Othmar BauerMérito Associativo Estadual � Dr. Remaclo Fischer

JuniorMéritos Científicos Regionais � Drs. Siegmar Starke

(Blumenau), Álvaro Ronaldo Vieira da Rocha (Criciúma), LuizCarlos Stoeberl (Jaraguá do Sul), Norberto Luiz Cabral (Join-ville), Osmar Guzatti Filho (Lages).

Méritos Associativos Regionais � Drs. Oscar LeitãoFilho (Blumenau), Germano Hoffmann (Brusque), RenatoLopes Matos (Criciúma), Fernando Arthur Springmann (Jara-guá do Sul), Edwin Schossland (Joinville), Élio Gilberto Pfuet-zenreiter (Lages), Mário Neme, filho de Chateaubriand Feni-anos Neme �in memorian� (São Miguel d�Oeste).

gião Ernesto Damerau,com 45 anos de dedica-ção à medicina, deixan-do uma importantemensagem de valoriza-ção e humanização daatividade médica: �Sem-pre entendi que o exer-cício da medicina é artee não comércio; vocaçãoe não negócio. E que noseu desempenho nemtudo tem preço. Por isso,exerci a profissão comhumanidade, pois des-de cedo percebi que ao lado da doença orgâni-ca existe um sofrimento emocional e, não raro,um drama social�.

HOMENAGENS ESPECIAIS NO DIA DO MÉDICO

DIRIGENTES DA CLASSE MÉDICA E AUTORIDADESESTIVERAM PRESENTES NA COMEMORAÇÃO,NA SEDE DA ACM

DR. DAMERAU FOI O PALESTRANTE ESPECIAL DA NOITE,RECEBENDO FLORES DA FILHA E DO NETO RECÉM-NASCIDO

CONGREGAÇÃO E CONFRATERNIZAÇÃO NO JANTAR DANÇANTEFORAM MARCAS REGISTRADAS DA FESTA

MÉRITOS CIENTÍFICOS E ASSOCIATIVOSPNEUMOLOGISTA OTHMARBAUER RECEBEU O TÍTULO DEMÉRITO CIENTÍFICO DAS MÃOSDO VICE-PRESIDENTE DA ACM,DR. VIRIATO LEAL DA CUNHA

PEDIATRA REMACLOFISCHER JUNIOR RECEBEUO TÍTULO DE MÉRITOASSOCIATIVO DAS MÃOSDO SECRETÁRIO GERAL DAACM, DR. JORGEANASTÁCIO KOTZIAS FILHO

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Jornal da ACM8 Jornal da ACM8

Médicos de todo estado têm um compro-misso especial em 2002: o XV Congresso Cata-rinense de Medicina, que acontecerá nos dias25, 26 e 27 de abril, na sede da ACM, em Flori-anópolis. O tema central do evento será �IN-FECÇÃO�, tratado nas quatro áreas básicas damedicina: clínica médica, clínica cirúrgica, pedi-atria e ginecologia/obstetrícia. A expectativa da

PROGRAME-SE PARA O XV CONGRESSOCATARINENSE DE MEDICINA

Associação Catarinense de Medicina é de reu-nir cerca de mil congressistas durante a progra-mação, repetindo o sucesso dos Congressos an-teriores, reunindo os mais renomados profissio-nais do estado e convidados especiais.

Através do evento, a ACM pretende não ape-nas promover a atualização técnico-científica dosprofissionais do setor, mas também propiciar a

CLÍNICA CIRÚRGICA� Infecção� Videolaparoscopia� Obesidade Mórbida

CLÍNICA MÉDICA� Infecção� AIDS� Tomada de Decisão� Diabetes� Hepatite C

TEMAS DE DESTAQUE

troca de informações, de experiências e a integra-ção entre a classe. Como forma de ampliar aindamais os resultados do Congresso, paralelamenteà programação científica a Associação estará reali-zando uma das maiores exposições de produtos eserviços das áreas afins à medicina.

Programe este importante compromisso emsua agenda. Sua participação é fundamental.

GINECOLOGIA EOBSTETRÍCIA� Infecção� Mastologia� Controvérsias em PrematuridadeRCIU

PEDIATRIA� Prevenção de Infecção eAcidentes� Diagnóstico Precoce

COMISSÃO ORGANIZADORA

Dr. Carlos Gilberto CrippaPresidente da ACMDra . Regina Célia Santos ValimDiretora Científica/Presidente do Congresso

CLÍNICA CIRÚRGICADr. Viriato João Leal da CunhaDr. Celso Luiz Empinotti

CLÍNICA MÉDICADra. Helena Elisa PiazzaDra. Ana Maria Nunes de Faria StammDra. Regina Célia Santos Valim

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIADr. Dorival Antonio Vitorello

PEDIATRIADra. Sônia Maria de FariaDr. Aroldo Prohmann de Carvalho

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Jornal da ACM 9Jornal da ACMJornal da ACM 9

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Poderão ser inscritos trabalhos científicos(exceção aos trabalhos de revisão) realizadospor Profissionais da Área da Saúde ou Acadê-micos de graduação em Ciências da Saúde,observando-se as seguintes condições:

� As inscrições devem ser feitas impreteri-velmente até 11 de março de 2002.

� O trabalho deverá ser inscrito em uma dasseguintes áreas: Clínica Médica, Clínica Cirúr-gica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia.

� Um dos autores e o apresentador devem obri-gatoriamente estar inscritos no �XV CONGRES-SO CATARINENSE DE MEDICINA�.

� Os trabalhos serão apresentados na for-

ma de pôster, medindo 1m x 1,20cm.� Serão aceitos trabalhos com no máximo

seis autores.� Somente serão aceitos trabalhos que cum-

prirem os itens acima.� Os resumos deverão ser enviados como

anexo (documento do Word) para o e-mail �[email protected], paraavaliação dos membros da Banca Julgadora,devidamente identificado com a área, o títulodo trabalho em negrito, seguido pelo nomedos autores e do nome do apresentador subli-nhado. Anexar endereço com telefone e E-mail para contato.

REGULAMENTO GERAL

� Limite de uma página de papel tipo A4(210 x 297 mm), margens superior, inferior,direita e esquerda com 4,0cm.

� Fonte tipo �Times New Roman�, tama-nho 12, com espaçamento simples e alinha-mento justificado.

� O cabeçalho deve conter o título, em le-tras maiúsculas e em negrito, seguido pelonome dos autores, (sobrenome e nome), su-blinhar o nome do apresentador, seguidos pelo

INSTRUÇÕES PARA CONFECÇÃO DOS RESUMOS

nome da instituição, cidade e estado onde otrabalho foi realizado.

� O fluxo de texto deve obedecer as se-guintes normas: após o cabeçalho, dar um es-paço e iniciar o resumo, que deverá conter:Introdução, Objetivo, Material e Métodos,Resultados e Conclusões. Estes itens deve-rão ser escritos, abrindo o parágrafo.

� Tabelas, figuras e referências bibliográfi-cas não são permitidas.

� Os trabalhos encaminhados serão avalia-dos por uma Banca Julgadora.

� Os resultados da seleção, assim como olocal e o horário da apresentação dos traba-lhos, serão comunicados através de endereçoeletrônico do(s) autor(es), e divulgados naHome-Page do evento: http://www.acm.org.br ouwww.oceanoeventos.com.br - a partirdo dia 30 de Março de 2002;

� Os melhores trabalhos serão apresentados

na forma oral e receberão �Diploma de Mérito�.� Será conferido um certificado para cada

trabalho apresentado no �XV CONGRESSOCATARINENSE DE MEDICINA�, obede-cendo a ordem dos autores na inscrição;

� Os resumos dos trabalhos selecionadose apresentados no Congresso serão publica-dos nos Arquivos Catarinenses de Medicina.

Os casos omissos ao regulamento serão resolvi-dos pela Comissão Organizadora do XV Congres-so Catarinense de Medicina.

SELEÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

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Jornal da ACM10 Jornal da ACM10

Vicente Caropreso é médico neuro-logista, 44 anos, casado, pai de 02 filhas.Nascido em Blumenau, está radicadoem Jaraguá do Sul há 20 anos. Estevesempre ligado a atividades comunitári-as, em defesa dos excepcionais, do com-bate às drogas, da evolução e do desen-volvimento da prevenção da saúde, sen-do fomentador de iniciativas para o al-cance de melhores e maiores meios tec-nológicos e financeiros a instituiçõesvoltadas ao atendimento das necessida-des clínicas do cidadão.

É filiado ao PSDB há 10 anos e seuprimeiro mandato eletivo foi em 1997,como vereador em Jaraguá do Sul. Atu-almente é Deputado Federal, Presiden-te do PSDB do Estado de Santa Catari-na, Vice-Líder do PSDB na Câmara dosDeputados. Em 2001 foi eleito Vice-Presidente da Comissão de SeguridadeSocial e Família, onde tem atuação des-tacada. Foi sub-relator de vigilância sa-nitária da CPI dos Medicamentos. Pro-pôs a criação e presidiu a Subcomissãode Medicamentos, destinada a acompa-nhar os desdobramentos da CPI dosMedicamentos. É autor de 12 projetosde lei. Teve participação especial nosdebates da PEC da Saúde, ensino mé-dico, na nova Lei dos Transplantes deÓrgãos, no programa de reestruturaçãofinanceira dos hospitais e na ComissãoEspecial de Resíduos da Saúde, entreoutros.

MÉDICOS CATARINENSES QUE ESCOLHERAMA POLÍTICA COMO ESPECIALIDADE

O Jornal da ACM dá continuidadeàs entrevistas iniciadas na edição an-terior, junto aos médicos de SantaCatarina que aceitaram o desafio dapolítica e hoje representam a popu-lação do estado no Senado, na Câma-ra Federal e na Assembléia Legislati-va. O objetivo da Associação Catari-nense de Medicina é promover odebate sobre a representatividade daclasse médica, tendo em vista aseleições de 2002.

DEPUTADO FEDERAL VICENTE CAROPRESO Ações e proje-

tos defendidos quedestaca como políti-co de uma maneirageral:

Tenho empreendidoesforços para tornar cadavez mais transparente aatividade política, paraque a Câmara dos De-putados seja um legíti-mo foro de debates danação brasileira, atravésda instituição da Comis-são de Participação Le-gislativa, do Código de Ética e Decoro Parla-mentar e da quebra da imunidade parlamen-tar para casos comuns. Estes avanços são fun-damentais para o aprimoramento da ordemdemocrática.

Ações e projetos defendidos naárea da saúde e da medicina que des-taca como político:

Defendo com todas as forças o aprimora-mento do SUS, o seu financiamento, e possoassegurar que como Vice-Presidente da Co-missão de Seguridade Social e Família tive etenho participação ativa na aprovação e regu-lamentação da Emenda Constitucional nú-mero 29 (Saúde), na luta por uma tabela dehonorários do SUS digna para todo o sistema.Tenho vários projetos em tramitação, mas oque julgo mais importante é o Projeto de Leique prevê a dedução do Imposto de Rendapara pessoas físicas ou jurídicas que contri-buírem com projetos da área hospitalar oude instituições que prestem atendimento aportadores de deficiência.

Como vê a área da saúde nestavirada do século (desafios e priorida-des)?

A prioridade da saúde é a sua democratiza-ção, os recursos para tanto, mas acima de tudoa humanização. Na equação entre a tecnologiae os profissionais de saúde, principalmente omédico, quem deve sair ganhando, sempre, éo paciente.

Como vê a prá-tica da medicinanesta virada de sé-culo (desafios e pri-oridades)?

Com preocupação,pois os interesses comer-ciais estão a sufocar o atomédico ideal, para o qualfomos ( pelo menos eu fui)treinados na faculdade. Asentidades médicas unidastêm um peso decisivopara alertar, posicionar e

defender a dignidade da missão médica.

Como vê a ampliação do debatepolítico na classe médica?

O debate político ainda é tímido. A partici-pação tem que ser incentivada, pois a naçãoprecisa muito neste momento de gente pre-parada para encarar desafios que o mundo temnos apresentado cada vez mais. E os médicossão preparados para levar mensagens às pes-soas, tanto no plano individual como coletivo.

Avaliação da relação dos médicospolíticos com as entidades médicas:

Sinceramente, acho que as entidades de-veriam nos procurar mais. Há ainda um distan-ciamento, embora reconheça que melhorounos últimos dois anos. As entidades têm quese preocupar cada vez mais com a legislaçãofederal, que tem a tendência de globalizar omercado de trabalho. E isto todos nós sabe-mos que significa muita briga pela frente.

Qual é o diferencial do médicopolítico frente aos outros parlamenta-res em atividade no país?

Tenho dificuldades ainda no enfrentamen-to de pressões políticas pela experiência es-cassa na área. Mas pela visão humanista, porprincípio, os médicos são os que mais estãopreparados para discutir e conduzir a saúde.Há exceções, como em tudo. O que não po-demos, como médicos, é deixar de ocuparespaços.

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Jornal da ACM 11Jornal da ACM 11

Ações e projetos defendidos quedestaca como político de uma manei-ra geral:

Um dos diferenciais que procuro seguir noParlamento é o de apresentar projetos que porseu cunho social são importantes para a popu-lação. Acredito que há no Congresso um gran-de número de projetos tramitando, mas quenão serão aprovados por vícios, às vezes, deorigem. Por isso minha preocupação em apre-sentar projetos relevantes e passíveis de apro-vação, tanto pelo Congresso, como pelos des-tinatários finais, ou seja, a população.

Assim, defendo a edição de uma norma paradefinir o ato médico, que ainda está em fasede elaboração, mas que está tendo o devidocuidado, para garantir uma célere tramitação.

Ações e projetos defendidos naárea da saúde e da medicina que des-taca como político:

Meu principal objetivo nessa área é a defe-sa dos direitos dos médicos e isso partirá dadefinição do �ato médico�. De outra forma,minha maior contribuição é justamente pelofato de ser médico e membro da Comissão deAssuntos Sociais.

Como médico, muitas vezes sou solicitadopara relatar importantes projetos, como: acu-puntura (ao qual posso dizer que foi um dosprojetos que ajudou a firmar a idéia de que énecessário definir o ato médico); substitutosdo leite materno; regulamentação de 25% dosleitos em hospitais das Universidades Fede-rais, entre outros.

A importância de um relator vai desde ques-tionar a forma do projeto, como de sua impor-tância para a sociedade,apresentar emendas,pedir pela rejeição doprojeto ou, até mesmo,apresentar outra propos-ta em substituição.

Como vê a áreada saúde nesta vira-da do século (desafi-os e prioridades)?

O século XX, parafra-seando o historiador Ho-besbawn, foi breve. Prin-cipalmente pelas consta-tes guerras, evoluçõestecnológicas e da aproxi-mação das nações. Acre-dito que a maior diferen-ça é justamente o apare-cimento de epidemias de

moléstias banidas, como é o caso da tuberculo-se, que retorna com mais força. Nós temos queter uma visão global já que hoje �as doençasviajam de avião�, isto é, são rapidamente disse-minadas pelo mundo.

Não obstante, em nosso caso particular, noBrasil, um dos grandes problemas é a falta derecursos e médicos em diversas áreas do país. Oque existe de mais moderno em tratamento dedoenças no mundo inteiro já é possível encontrarem cidades como São Paulo, mas ainda inimagi-nável no interior do Amazonas, Acre, Pará etc.

A tecnologia que veio para ajudar ainda nãoé acessível a mais da metade da população eeste acredito ser o maior desafio, deste e dequalquer outro governo. Somos um país dedimensões continentais, com diversas cultu-ras e classes sociais. Criar uma situação homo-gênea e atender à essa diversidade social é ár-

dua tarefa que não terá solução a curto prazo,mas que deve ter uma política mais firme paradefinir ações de longa duração.

Como vê a ampliação do debatepolítico na classe médica?

Este debate é vital para a classe médica.Nossa classe é de interesse de toda população,não há quem não necessite dela. Do início davida ao seu fim. Política é justamente a arte dedifundir idéias, objetivos e traçar rumos. Poisbem, aí está posto o que buscamos a todo ins-tante em nossa classe: traçar rumos. Acreditoque os profissionais da medicina deveriam, atémesmo por possuírem grau superior, ter maisinteresse pela política e buscar junto aos parla-mentares a realização de projetos de cunhosocial com a participação médica.

Avaliação da relação dos médicospolíticos com as entidades médicas:

Em primeiro lugar é preciso definir que exis-tem médicos políticos, aqueles que se interes-sam por política e têm participação ativa na soci-edade, e aqueles que exercem cargos eletivos.

Todos desempenham trabalho importantís-simo, propriamente na área da saúde, e ainda,são formadores de opinião. Os médicos, por es-tarem em contato com um número elevado depessoas, de diferentes classes sociais, têm con-dições de detectar as necessidades da popula-ção, até com mais facilidade do que muitos ou-tros. Nossa contribuição, portanto, é relevantepara o debate político.

Qual é o diferencial do médicopolítico frente aos outros parlamenta-res em atividade no país?

O diferencial tem a ver com o que acabei deargumentar: o contato com apopulação mais intenso,mesmo que fora da ativida-de política. Quando alguémnos procura, em geral, nostraz algum tipo de problemae tem em nós a esperança dasolução. Com isso, nós con-vivemos desde os temposda universidade. Encontrarsoluções, portanto, é nossomaior dever. Mas é óbvioque todas as classes profis-sionais deveriam ter repre-sentação política, se nãocomo mandatos eletivos,mas com suas representa-ções de classe. Todas têmseu valor e sua importânciapara a nação.

� 1987 � Filiado ao Partido da Frente Liberal � PFL� 1989 � Vereador em Tubarão pelo PFL.� 1990 � Suplente de Deputado Federal pelo PFL.� 1994 � Eleito 1º Suplente do Senador Vilson Kleinübing.� 1998 � Presidente do PFL de Tubarão e Coordenador Regional do partidono Vale do Tubarão.� 1998 � Cumpre Mandato de Senador da República.Foi membro das Seguintes Comissões Permanentes, como Titular:1998 : Comissão de Infra-Estrutura.1999/2000: Conselho de Ética do Senado Federal, Comissão de AssuntosSociais, Comissão de Fiscalização e Controle, Comissão Parlamentar Conjun-ta do MERCOSUL.2000/2001: Titular / Relator da CPI do Futebol.2001: Vice-Presidente do Conselho de Ética do Senado Federal.

SENADOR GERALDO ALTHOF

O SENADOR GERALDO ALTHOF É MÉDICO PEDIATRA E DESTACA EM

SEU CURRÍCULO OS PRINCIPAIS FATOS DE SUA VIDA POLÍTICA:

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O médico Euclides Reis Quaresma é o novoPresidente da Sociedade Brasileira de CirurgiaPediátrica � CIPE, que congrega cerca de 800médicos da especialidade em todo o país. Aoassumir a nova diretoria da entidade, o dirigen-te eleito para a gestão 2001/2003 reafirmou ospropósitos da Sociedade: congregar os cirurgi-ões pediátricos na promoção do aperfeiçoamen-to, na pesquisa, no ensino e na difusão da espe-cialidade; estabelecer normas para o aprendiza-do e treinamento dos profissionais do setor, as-sim como a normatização do credenciamento dosserviços de cirurgia pediátrica.

A CIPE foi fundada em 1964, representan-do o Departamento Científico da especialidadejunto à AMB � Associação Médica Brasileira, ten-do sua sede instalada na cidade de São Paulo.Como forma de realizar de maneira eficaz suasatividades, a Sociedade está dividida em Co-missões Permanentes de Trabalho: Ensino, Pes-quisa, Ética, Defesa Profissional, Urologia, Trau-ma, Tórax, Oncologia e VídeoCirurgia.

O novo presidente da CIPE já traçou osdesafios da CIPE para os próximos anos: for-talecer a entidade ampliando a sua representa-tividade na classe, lutar pela qualidade da as-sistência oferecida à população na especialida-de, estimular o desenvolvimento da pesquisano setor e realizar o próximo Congresso Brasi-

DIRETORIA ELEITA

Presidente:Euclides Reis Quaresma (Florianópolis/SC)

1º Vice-Presidente:Flávio Pabst (Recife/PE)

2º Vice-Presidente:Manoel Carlos Velhote (São Paulo/SP)

Secretário Geral:Paschoal Napolitano Velhote (São Paulo/SP)

1º Secretário:João Vicente Bassols (Porto Alegre/RS)

2º Secretário:Adão Faccioni (Rio de Janeiro/RJ)

1º Tesoureiro:José Ozório de Oliveira Lira (São Paulo/SP)

2º Tesoureiro:Edevard José de Araújo (Florianópolis/SC)

Diretor de Patrimônio:José Luiz Martins (São Paulo/SP)

Diretor de Publicações:Mércia Maria Braga Rocha (Brasília/Distrito

Federal)

Representante CIPESUR:Núncio Vicente de Chiara (São Paulo/SP)

leiro de Cirurgia Pediátrica, que acontecerá noano de 2003, em Florianópolis.

O cirurgião Pediátrico Euclides Quaresmafoi o fundador e é o atual Presidente da Uni-cred (Cooperativa de Crédito dos Médicos eProfissionais da Área da Saúde) da capital cata-rinense, atuando no Hospital Infantil Joanade Gusmão, do qual já foi Diretor e Chefe doServiço de Cirurgia Pediátrica. O médico tam-bém já foi Presidente da Associação Catarinen-se de Medicina e da Unimed de Florianópolis,entre outros cargos de destaque.

EMPOSSADA NOVA DIRETORIA DA SOCIEDADEBRASILEIRA DE CIRURGIA PEDIÁTRICA

DR. EUCLIDES REIS QUARESMA É O NOVOPRESIDENTE DA CIPE

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plás-tica, entidade médica oficial dos cirurgiõesplásticos brasileiros, será presidida no biê-nio 2002/2003 pelo Dr. Luiz Carlos Garcia,de Caxias do Sul (RS). Atualmente o Brasilregistra cerca de 3.500 cirurgiões plásticos,que realizaram em 2001 mais de 300 mil pro-

cedimentos (70% em mulheres e 30% emhomens), sendo que 60% foram cirurgias es-téticas e 40% reparadoras.

A nova Diretoria já traçou suas metas priori-tárias para a gestão:

� profissionais que possuem título de es-pecialista receberão �selo de qualificação� per-

REELEIÇÃO NA SOCIEDADE DE CIRURGIA PLÁSTICAsonalizado, proporcionando uma garantia a maisaos pacientes

� entidade inicia campanha nacional dealerta aos pacientes: �Cirurgia plástica é fun-ção do cirurgião plástico especialista. Procu-re sempre um profissional credenciado pelaSBPC�.

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DESTAQUE CATARINENSE

DR. RENATO CASTROO médico Renato Castro é

Presidente da Sociedade Bra-sileira de Anestesiologia (SBA)desde janeiro de 2001 e, comomanda a tradição na entidade,entrega o cargo no próximo dia31 de dezembro. �Este ano,durante o 48º Congresso Bra-sileiro de Anestesiologia, emRecife, fui eleito Presidente doConselho Superior da SBA,para o período de 2002 e tam-bém coordeno a ComissãoExecutiva do 49º CongressoBrasileiro de Anestesiologia,que acontecerá em Joinville, de9 a 14 de novembro de 2002�,conta o médico, que participou das quatro últi-mas gestões da Sociedade, também como Dire-tor Administrativo e Vice-Presidente.

Ao contrário de outras entidades, onde acada mandato o presidente delibera o que en-tender ser o mais correto, na SBA há um com-promisso com a continuidade do trabalho degestão para gestão e quem decide é a Assem-bléia de Representantes. �Tanto é que já nomeu discurso de posse eu disse que não teriaprojetos pessoais, mas que trabalharia com afin-co para honrar os projetos da SBA, previamen-te aprovados dentro do nosso planejamentoestratégico�. Foram vários compromissos as-sumidos, no entanto, o que proporcionou umavitória quase que imediata a sua posse foi ofato do Ministério da Saúde ter aceitado retiraro anestesiologista do rateio do SUS.

Outro passo importante foi a transformação darevista da Sociedade em bilíngüe, que passou a

ser publicada na versão português-inglês, comuma tiragem de oito mil exemplares, distribuídapara os membros da SBA, bibliotecas nacionais edo exterior, clínicas e hospitais em que atuamcolegas no Brasil e no exterior. A entidade tam-bém conseguiu aumentar o número de periódi-cos on-line na biblioteca virtual, disponibilizandoaos associados de oito para 10 periódicos.

�Estamos ainda atuando fortemente juntoà Comissão Nacional de Residência Médica e,depois de quase 10 anos de trabalho, conse-guimos aprovar o terceiro ano de estágio paraos residentes médicos na especialidade. An-tes eram somente dois e com esta mudançaserá possível estar mais atualizado nos avançoscientíficos e tecnológicos da anestesiologia.�Lançamos ainda este ano o nosso curso si-mulado, o SAVA (Suporte Avançado de Vidaem Anestesiologia), que vai melhorar e prepa-rar o anestesiologista para situações críticas�.

Dr. Renato Castro nasceu emSalvador e há 21 anos adotou Jo-inville como sua cidade natal.Formou-se na Universidade Ca-tólica de Salvador, na Escola deMedicina e Saúde Pública, em1974. Logo depois foi para o Riode Janeiro fazer residência noHospital de Clínicas da Univer-sidade do Rio, no Hospital Pe-dro Ernesto. Em 1976, foi con-tratado como Auxiliar de Ensinopela Universidade do Rio de Ja-neiro, onde também atuou comoprofessor e foi preceptor do Ser-viço de Anestesiologia do Hos-pital chefiado pelo professor Al-

fredo Augusto Vieira Portella. Em 25 de junhode 1980, veio para Joinville a convite do colegaPoffo Liberato. �Já existia o Serviço de Aneste-siologia de Joinville (SAJ) e eu fui o sétimo cole-ga a integrá-lo (hoje são 31 no total). Em 86iniciamos a Residência Médica em Anestesiolo-gia, no Hospital Municipal São José, onde sou oresponsável e fui o coordenador do Centro Ci-rúrgico e Diretor Clínico por três anos, além deDiretor Técnico do Hospital Regional Hans Di-eter Schmidt. Em 93 fui empossado como Di-retor Superintendente do Hospital São José, omaior do Estado, que atende pelo SUS, e em 98atuei como Secretário Adjunto de Saúde de Jo-inville. Na Unimed atuei como Diretor Técnicodo Pronto Atendimento e Hospital Dia. No iní-cio deste ano, além de ter assumido a presidên-cia da SBA, também fui eleito Presidente daFederação Sul-Americana das Sociedades deAnestesiologia (FASA)�.

O ANESTESIOLOGISTA ENCERRA SEU MANDATO NA SBA NO PRÓXIMO DIA 31 DE DEZEMBRO

O médico e professor Ernesto FranciscoDamerau recebeu o título de Membro Hono-rário da Academia Mundial de Medicina. Ahomenagem foi no dia 09 de novembro passa-do, durante a 1ª Reunião da Academia Mundi-al de Medicina, realizada pelo Colégio Brasilei-ro de Cirurgiões e Sociedade Catarinense deOrtopedia, no Costão do Santinho Resort, emFlorianópolis.

Durante o encontro, Dr. Damerau recebeuum bisturi de cristal, que simboliza a importân-cia de seu trabalho na medicina e da homena-gem prestada. �A escolha do presente tem por

objetivo traduzir tudo aquilo que gostaríamosde dizer nesta hora. É um cristal! Mineral quetem tudo a ver com o homenageado. Revela atransparência de sua vida, a beleza do ser huma-no que é, o colorido de sua vida familiar, a soli-dez do caráter ilibado e a eternidade de sua arte.A forma de bisturi traduz o brilhantismo de seulado profissional�, revela o colega Dr. FelipeFelício, médico e professor do Departamentode Cirurgia da UFSC, responsável pela coorde-nação do evento junto com o professor PaschoalFelippe, Secretário Executivo da Academia, comsede em Salzburg, na Áustria.

O evento contou ainda com o desenvolvi-mento de atividades científicas no HospitalUniversitário e da posse dos membros juniorsda Academia Mundial de Medicina, contandocom a presença do Presidente da instituição,Dr. Marildo Gouveia (RJ), que proferiu umapalestra especial e deu posse aos membros as-sociados do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, osmédicos Geancarlo Burigo e Humberto Teixei-ra, ambos da cidade de Criciúma (SC).

No encerramento da programação houveum jantar de confraternização no restauranteOndas, no local de evento.

HOMENAGEM ESPECIAL DA ACADEMIA MUNDIAL DE MEDICINA

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O queestou lendo

ALÉM DO CONSULTÓRIO ...O queestou lendo

O Mundo Assombrado pelos Demô-nios � A Ciência Vista como uma Velano Escuro, de Carl Sagan é o títulodo livro que o clínico e cancerolo-gista Sérgio Pizzani Müller está len-do. �O livro trata de uma defesa vi-gorosa e apaixonada da verdade eda racionalidade humana. Fala da ci-ência, religião, da morte, da vida eDeus. Ataca o analfabetismo cientí-fico, conta como as crenças e osmodismos atrasam o desenvolvi-mento humano. Mostra ainda todoo poder benéfico da ciência, da tec-nologia, além da fragilidade do serhumano. Também aborda como a fé,a religião, a ciência e a tecnologiaestão entrelaçados�.

O médico Sérgio Müller gosta deler desde pequeno, quando aindaestava aprendendo as letras. �Ler éum alimento fundamental na minhavida, por isso, aonde vou carregodois livros. Um para a leitura e ou-tro geralmente de fotografias, ou-tra paixão. Atualmente estou apre-ciando as belas fotos do húngaroRobert Capa. São imagens fantásti-cas, de qualidade transcendente�.

A mesa de cabeceira do cancero-logista também contém algunsexemplares guardados com especialcarinho, principalmente as obras deLeonardo Boff. �Ele tem uma for-ma brilhante de escrever sobre aética do cuidar, da vida, da proteçãoda terra, de como deve ser o papeldo ser humano no planeta. Gostodas leituras que se entrelaçam�.

DR. SÉRGIO MÜLLER: �A LEITURA É UMALIMENTO FUNDAMENTAL EM MINHA VIDA�

�O interesse e o entusias-mo do Dr. Carlos NicolauGofferjé pelos estudos da His-tória Natural surgiram najuventude. Seu pai, totalmentededicado à medicina, sempreachava tempo para com eleestudar espécies e representan-tes da fauna que desde entãocolecionava nas límpidas prai-as ou nas matas virgens daIlha de Santa Catarina, nosanos de 1928 a 1930. Do con-templar, veio o querer saber esurgiu, então, o saber.�

Dessa maneira abre-se osite www.fcng.cjb.net , da Fundação Car-los Nicolau Gofferjé, em Blumenau, queiniciou suas atividades oficialmente noúltimo dia 04 de dezembro, data de ani-versário do médico ginecologista.

Desde cedo, Dr. Gofferjé conseguiuorganizar uma rica coleção de moluscosna residência da família, em Florianó-polis. Na vasta biblioteca de seu pai,além dos livros técnicos, encontravam-se obras importantes sobre HistóriaNatural.

Em 1942 passou a residir em Curiti-ba, quando ingressou na faculdade demedicina da Universidade do Paraná.No mesmo ano, manteve o primeiro con-tato com os integrantes do Museu Para-naense, cujo diretor era o Dr. José Lou-reiro Fernandes. Foi apresentando aoPe. Jesus Moure, do Departamento deZoologia, através do qual conheceu Lan-ge de Morretes e o Barão Ottorino deFiore. Foi nesta época que Gofferjéresolveu dedicar-se aos estudos dos mo-

luscos e em 1946 foi convida-do a ingressar no quadro téc-nico do referido museu, ondeajudou a organizar a sessão deinvertebrados.

Após a sua formatura, em1950, afastou-se do Museu,com saudades. Deixou umtrabalho no qual apresentoudados sobre conchas marinhasdo litoral paranaense, que foipublicado no vol. VIII dosArquivos do Museu Parana-ense, em 1950, sob o titulo�Contribuição à Zoogeografiada Malacofauna do Litoral do

Estado do Paraná�.Nos anos seguintes, realizou vários

cursos médicos, aperfeiçoando-se em To-coginecologia. Assim sendo, restou bemmenos tempo para os moluscos.

Em 21 de maio de 1997, quando secomemorou o centenário da morte dosábio Fritz Müller, foi agraciado pelaCâmara de Vereadores de Blumenau,com a comenda de mérito Fritz Müller,outorgada a personalidades do mundocientífico.

Em 1980, o nefrologis-ta Itamar de Oliveira Viei-ra, de Blumenau, esco-lheu a corrida como espor-te de preferência, mas a ex-periência não foi nada agra-dável. �Eu começava cor-rendo muito rápido e can-sava logo, tinha dificulda-de para respirar, achandoque correr não era pramim�, conta o médico queteve sua história com o es-porte modificada depoisde um acidente jogandofutebol, há 13 anos, quan-do quebrou a perna e, para sua recu-peração, começou a andar. Com o tem-po, aumentou as passadas e chegou a�trotar�, alongando também o trajeto.Em um ano, venceu com prazer o de-safio de completar a sua primeira ma-ratona.

�A corrida é um esporte muito bom,que auxilia a relaxar e serve como esti-

mulante para enfrentar os desafios davida atribulada�. Hoje, o médico treinacerca de cinco horas semanais. No en-tanto, quando está próximo de algumamaratona, o nefrologista dobra seu trei-namento. �Tenho participado de umamédia de três competições por ano, noBrasil e no exterior. Em 2001 já estivepresente em quatro provas�, conta o

maratonista, que vem con-quistando bons resultadospara sua idade e disponibili-dade de tempo para os trei-nos.

A melhor performance doDr. Itamar foi na Maratona deBlumenau há 4 anos, ondeconcluiu a prova em 3 horas e12 minutos. Em Porto Alegre,este ano, o nefrologista conse-guiu concluir o percurso em 3horas e 15 minutos. �A trocade idéias com treinadores e aleitura especializada ajuda naobtenção de melhores resulta-

dos. Para ser um bom maratonista é pre-ciso treinar, repousar bem e ter uma boaalimentação. Como a vida de médico ébastante agitada e estressante, treinopouco e não consigo ainda ter boas horasde repouso, mas cuido bem da alimen-tação. Penso que praticar esportes regu-larmente é um bom exemplo que toda aclasse médica pode dar�.

�CORRIDA� CONTRA O ESTRESSE

PAIXÃO PELA HISTÓRIA NATURAL

DR. ITAMAR: �PRATICAR ESPORTES REGULARMENTE É UM BOMEXEMPLO QUE TODA A CLASSE MÉDICA PODE DAR�

DR. GOFFERJÉ TEVE UM DE SEUS TRABALHOS PUBLICADO NOS ARQUIVOSDO MUSEU PARANAENSE, EM 1950, SOB O TITULO �CONTRIBUIÇÃO ÀZOOGEOGRAFIA DA MALACOFAUNA DO LITORAL DO ESTADO DO PARANÁ�

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Jane Graça Reinaldo Castro começoua trabalhar na ACM em novembro de 1999.Sua função inicial era de telefonista da enti-dade, mas logo mostrou que podia expandirsuas atividades, auxiliando na atualização decadastros de associados e em outros departa-mentos da Associação, como a Secretaria e aTesouraria. Seu crescimento resultou no con-vite, em março de 2001, para assumir a fun-ção de assistente administrativa. �Faço umpouco de tudo, pois hoje em dia precisamosser polivalentes e eu gosto disto, de estarsempre em movimento�.

Hoje, Jane é responsável por fazer as re-servas dos auditórios, do salão de festas, dorestaurante, no auxílio da organização dos jan-tares do programa �Dr. Goumert�, contrata-ção de bandas para animar os eventos e de-mais serviços de apoio, como coffee breaks ebuffets, entre outras atividades. A funcionáriatambém auxilia na montagem e até mesmona decoração, sendo ainda responsável peloscontatos com os fornecedores e demais em-presas que �enfeitam� os espaços da ACMem cada uma das realizações na sede.

�Como estou sempre trabalhando nestaárea, costumam pedir a minha opinião, inclu-sive nas festas daqueles que não são associa-dos mas alugam o salão. Eu gosto muito des-se movimento, por poder estar em contatodireto com as pessoas�, avalia a colaborado-ra, considerando uma verdadeira promoção ereconhecimento pelo seu trabalho.

�A equipe da ACM é como se fosse umagrande família para mim. Fui bem acolhida�,conta Jane, que além de trabalhar gosta deestar sempre lendo e estudando para poderexercer melhor sua função e auxiliar as pes-soas. �Apesar de qualquer dificuldade queapareça no caminho, é importante não deixara peteca cair e procurar sempre manter o altoastral. Esta a mensagem que deixo a todos osmeus amigos da ACM�.

SOLANGE FONTES: �O QUE MAIS ME DÁ PRAZER ÉDESENVOLVER FORMAS NOVAS PARA MOSTRARCOMO VEJO O MUNDO�

COLABORADORES DA ACM

�Um dia, meu pai per-guntou o que eu gostariade ganhar de presente enão precisei pensar mui-to: telas e tintas, respon-di�, conta Solange Supli-cy Vieira Fontes, que co-meçou a pintar com ape-nas oito anos de idade.�Iniciei com a pinturaacadêmica, como autodi-data, mas logo fui adqui-rindo um estilo próprio,mais moderno. Para me aprimo-rar, estudei artes plásticas naUDESC e aprendi tambémtécnicas de pintura em porcela-na e seda. Hoje, faço painéis,pinto paredes e o que for ne-cessário�, diz a artista plástica,esposa do Dr. Paulo de TarsoFontes.

Os belos quadros de Solan-ge até o momento só foram

FAMÍLIA DE MÉDICO

A família do médico catarinense também merece um carinhoespecial e um espaço reservado no Jornal da ACM.

apreciados pelos amigos, já quea artista ainda sente-se insegu-ra para participar de mostras eexposições. �Sempre pensoque é preciso melhorar, mes-mo as pessoas demonstrandoque gostam do meu trabalho�,revela a artista, que já passoupor várias fases dentro da pin-tura. �O que mais me dá pra-zer é desenvolver formas no-

TRAÇOS IMPRESSIONISTASvas para mostrar comovejo o mundo. Atual-mente, venho pintan-do flores, rosas em va-sos, com folhas em ouroe prata, com traços im-pressionistas�.

Pós-graduada emEstilismo e Modela-gem, Solange aprovei-tou técnicas de pinturaem seda para desenvol-ver e assinar uma bela

coleção. A tendência artísticavem de família. Sua mãe pinta-va em cerâmica e fazia artesa-natos e seu irmão trabalha compratos, vidro e folha de ouro.

Quando não está pintado, aartista plástica gosta de fotogra-fia e está concluindo um cursode astrologia. �Todo artista temum lado místico�, comenta.

do programa �Dr. Gourmet�que teve toda a sua decoração, abase de velas, elaborada pela ar-tista. Em outubro, a Câmara deVereadores de Florianópolistambém abriu as portas para osquadros da artista, que hoje estácom algumas telas expostas no

A geminiana Elia-ne Pires Merlin nãoconsegue ficar semtrabalhar com as mãos.Ainda pequena come-çou a desenhar eaprendeu a pintar emporcelana. �Pintei tan-to que não havia maisespaço para colocar asminhas peças. Assim,há dois anos, resolvipintar telas�. Para isso,procurou a escola de MarildaZamboni, onde mais uma vezseu talento logo foi percebido.Em várias técnicas, Eliane pintanaturezas mortas e casarios mo-dernos em estilo cubista. Já ex-pôs na Associação Catarinensede Medicina, durante um jantar

Hotel Lexus, na praiados Ingleses, e naCasa dos Açores, emSanto Antônio de Lis-boa.

�Tenho muita agi-lidade com as mãos egosto de estar semprecriando, envolvida coma arte. Também façodecorações de festasinfantis, de mesas parahappy hour, arranjos e

velas, muitas velas. Mas, o re-torno maior tem vindo das mi-nhas telas. Tenho recebidomuitos elogios, críticas bem fa-voráveis, inclusive do Janga, ar-tista reconhecido em Florianó-polis�, revela Eliane, casada como médico Eros Clóvis Merlin.

CONTÍNUO PROCESSO DE CRIAÇÃO

ELIANE MERLIN JÁ EXPÔS SUA OBRA NUM DOS JANTARES DO�DR. GOURMET�, NA SEDE DA ACM

JANE CASTRO: �FAÇO UM POUCO DE TUDO, POIS HOJEEM DIA PRECISAMOS SER POLIVALENTES E EU GOSTODE ESTAR SEMPRE EM MOVIMENTO�

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ANÚNCIO

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Promover o aperfeiçoamento da cul-tura médica é uma das finalidades daAssociação Catarinense de Medicina, quetambém promove e dá apoio a inúmeroseventos nas mais diversas especialida-des, oferecendo aos profissionais de todoo estado um acervo de obras médicaspara pesquisa e trabalhos. Nesse senti-do, a BIBLIOTECA DA ACM é hojefonte permanente de informação paratoda Santa Catarina, oferecendo a seusassociados e a comunidade médica inte-ressada cerca de 300 títulos de periódi-cos, 542 livros, 398 fitas de vídeo e 122monografias da Medicina do Trabalho,além de milhares de fotos registrandoeventos científicos, congressos, jornadas,cursos e a própria história da entidade.

O trabalho da Biblioteca iniciou emjaneiro de 1996, quando foi fundadotambém o Departamento Científico daACM, tendo a entidade como Presiden-te o Dr. Almir Adir Gentil (Gestão 1995-97), e como primeiro Diretor Científico

o Dr. Marcelo Collaço Paulo. Até essaépoca, o acervo era composto por doa-ções oriundas de editoras da área da saú-de e somente a partir de 1996 a entidadepassou a adquirir fitas de vídeo. Tam-bém no mesmo ano a Biblioteca ingres-sou no Sistema de Comutação Biblio-gráfica BIREME - Centro Latino-Ameri-cano e do Caribe de Informação em Ci-

BIBLIOTECA ACM : ACERVO CIENTÍFICODO MÉDICO CATARINENSE

ências da Saúde, na categoria de BIBLI-OTECA UNIDADE PARTICIPANTEDO SISTEMA BIREME, tornando pos-sível o atendimento dos pedidos de ar-tigos científicos que não dispunha emseu acervo.

Na Gestão 1997-1999, sob a presi-dência do Dr. Remaclo Fischer Júnior,e a coordenação do Diretor CientíficoDr. Ylmar Corrêa Neto, foram efetuadosnovos investimentos para a aquisição de21 periódicos internacionais para o acer-vo, que desde então passou a contar como trabalho da bibliotecária Dilva PáscoaDe Marco Fazzioni, para organização do

setor e atendimento aos associados.Já em 1997, a Biblioteca passou a dar

suporte na preparação de slides para even-tos científicos, recebendo também oapoio da Sociedade Catarinense de Te-rapia Intensiva � SOCATI, com a doa-ção de cinco títulos de periódicos porum período de três anos.

Em maio de 2001, por iniciativa daatual gestão da Associação, o acervo in-gressou na categoria BIBLIOTECA CEN-TRO COOPERANTE DO SISTEMABIREME, possibilitando que a própriaACM faça a indexação de sua revista cien-tífica, ARQUIVOS CATARINENSESDE MEDICINA e outras obras publica-das em Santa Catarina. Ainda na atualDiretoria da entidade, sob a coordenaçãodos médicos Aroldo Prohmann de Carva-lho, Viriato Leal da Cunha e André Sobi-erajski dos Santos foi atualizada a publi-cação da revista científica, garantindo acontinuidade de sua indexação na basede dados LILACS, dando condições paraque, a partir de 2002, sua periodicidadevolte a ser trimestral.

Através da nova categoria da Bibliote-ca foi possível reduzir os custos dos arti-gos solicitados pelos usuários conformetabelas do mês de dezembro, a seguir:Artigos de revista / capítulos de monografias / teses

Forma de envio:Correio ............ R$ 4,50 por artigo a cada grupo de 25 págs.Fax .................. R$ 13,50 por artigo até 25 págs.e-mail .............. R$ 4,50 por artigo até 25 págs.

Pedidos atendidos em bibliotecas do �Sistema Local�(BIREME e bibliotecas do Brasil)

Pedidos atendidos em bibliotecas da América Latinaou Caribe e Bibliotecas da OPS/Washington (US1.1 eUS1.11)Artigos de revista / capítulos de monografias / tesesForma de envio:Correio .......... R$ 20,50 por artigo a cada grupo de 20 páginasFax ................ R$ 52,00 por artigo até 25 páginase-mail ............ R$ 20,50 por artigo até 25 páginas

Artigos de revista / capítulos de monografias / tesesForma de envio:Correio .......... R$ 41,50 por artigo a cada grupo de 50 páginasFax ................ R$ 62,50 por artigo até 25 páginase-mail ............ R$ 41,50 por artigo até 25 páginas

Pedidos atendidos em bibliotecas do Exterior (U.S.National Library of Medicine-US8.1, British Library-GB4.1 e CNRS-França)

Os valores dos artigos científicos atendidos pelas bibliotecas da América Latina,Caribe e Internacionais variam mensalmente, de acordo com a cotação do dólar.

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REALIZADA OLIMPÍADA ACM Resultados:TÊNISFeminino � Classe B1ª Colocada � Marileide Garcia Oleninski2ª Colocada � Rita de Cássia LudvigMasculino Infantil � Classe B1º Colocado � Ícaro Silva2º Colocado � Mário Misk3º Colocado � Gustavo StarkeMasculino Infantil � Classe A1º Colocado � Tomas Tancredi2º Colocado � Bernardo Schaefer3º Colocado � Rodrigo SchaeferMasculino � Classe B/C1º Colocado � Ari Moré2º Colocado � Marcelo Bonelli3º Colocado � Humberto F. LyraMasculino � Classe A1º Colocado � Humberto F. Lyra Júnior2º Colocado � Norberto Ludvig Neto3º Colocado � João José R. Schaefer

TÊNIS DE MESAMasculino Infantil1º Colocado � Rodrigo Schaefer2º Colocado � Tomas Tancredi3º Colocado � Bernardo Schaefer

XADREZMasculino Adulto1º Colocado � Ari Moré Filho2º Colocado � Armênio Matias Corrêa Lima3º Colocado � Ari Moré

TÊNIS, XADREZ, PEBOLIM E TÊNIS DEMESA FORAM AS PROVAS DISPUTADAS

NA OLIMPÍADA, QUE PREMIOU OSMÉDICOS E FAMILIARES PARTICIPANTES

NO FINAL DAS DISPUTAS

Como forma de incentivar aos médicos catari-nenses para a prática de esportes, hoje um dosmaiores aliados na promoção da saúde, a Associa-ção Catarinense de Medicina realizou nos dias 24 e25 de novembro a Olimpíada Médica, que tevecomo parceira na sua organização a Unimed de Flo-rianópolis. As disputas foram realizadas na sede daentidade, na capital catarinense. Entre as diversas

modalidades esportivas oferecidas aos médicos efamiliares participantes do evento, o tênis foi ogrande destaque das competições, com inscritosnas classes adulto e infanto-juvenil, masculino efeminino. O tênis de mesa, pebolim e o xadreztambém foram disputados pelos associados daACM, que premiou os vencedores das provas nofinal da Olimpíada.

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�Diagnósticodos Distúrbios Os-teomusculares Re-lacionados ao Tra-balho� é o título dolivro que o médicodo trabalho AlfredoJorge Cherem lan-çou recentemente,a partir de sua dis-sertação de mestra-do, pela editoraTeoria & Prática doRio de Janeiro. Oobjetivo da publica-ção é alertar aos pro-fissionais da saúdepara a importânciada detecção preco-ce dos distúrbiososteomusculares,para que possam

alcançar melhores resultados equalidade no tratamento do pro-blema. Os dados que constam dolivro partiram de exames realiza-dos em 300 profissionais que exer-cem as funções de caixa de ban-cos e digitadores.

Como instrumento de análiseforam priorizadas a história e o exa-me físico em detrimento de exa-mes complementares que, alémde caros, raramente detectam pre-

cocemente alterações nervosas.Em seu conjunto, 36% dos caixastiveram diagnóstico de alguma pa-tologia, ocorrendo o mesmo emrelação a 30% dos digitadores.

O médico acredita que váriosramos do conhecimento humanoencontram seu espaço na compre-ensão dos distúrbios osteomuscu-lares relacionados ao trabalho.�Nesse sentido, as áreas de ergo-nomia, educação física, psicologia,engenharia, arquitetura, medicina,entre outras, devem congregaresforços com vistas a alertar traba-lhadores e empresas sobre as gra-ves conseqüências da DORT. Étambém imperiosa a participaçãoda empresa em todas as etapas, dapreventiva à curativa. Saliente-seque uma atuação firme e decisivana prevenção e detecção precoceimpedirá que se engrosse cada vezmais a fila dos acometidos pelaspatologias relacionadas ao traba-lho�, conclui o autor da obra.

Dr. Alfredo Jorge Cherem é fi-siatra, médico do trabalho, mestree doutorando em ergonomia pelaUFSC. Esta é a sua quinta publi-cação no assunto. O telefone daTeoria & Prática Editora é (21)2221-6770.

NOVOSCONVÊNIOS

A Associação Catarinense deMedicina informa a seus associa-dos que já estão disponíveis osseguintes novos convênios debenefícios:

Adega do QueijoRua Eng. Max de Souza, 730 -Fpolis / SC - fone 244-317510% desconto � vinhos5% desconto - cestas de Natal

Prevencar Auto CenterAv. Gov. Irineu Bornhausen, 5034- Agronômica - Fpolis/SC- fone333-3964 - 10% desconto

Centro Cultural Ameri-cano - Idiomas : japonês, alemão,inglês, francês, espanhol e italia-no - Av. Des. Pedro Silva, 2532 -Itaguaçu - Fpolis / SC - fone 249-0333 - Preços especiais aos associ-ados ACM

CURSO DEGRADUAÇÃO /ESPECIALIZAÇÃOEM MEDICINA DOTRABALHO

Local: Associação Catarinensede Medicina, Florianópolis

Horário: Sábados � das 8 às 17horas, três finais de semana pormês

Carga-Horária: 540 horas/aulaContato: Ivonete ou Tânea, na

ACM, fones (48) 231-0300 ou9980-1231

CASAIS MÉDICOS ASSOCIADOSDE FLORIANÓPOLIS

Casais de médicos em que os dois são associ-ados da ACM recebem o direito de isenção dopagamento de uma das anuidades referente àRegional de Florianópolis. Ou seja, se os dois

são médicos, apenas um paga a anuidade da Re-gional. Os pagamentos referentes às anuidadesda ACM e AMB mantêm-se para os dois associ-ados. Informe-se.

LITERATURA MÉDICA

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CRÔNICA MÉDICA

NATAL - O QUE TEMOS PARA OFERECER!DR. CEZAR ZILLIG

Era inverno, frio, quando José eMaria se puseram em marcha a cami-nho de Belém, nas terras altas da pro-víncia de Judá. As estradas deveriamestar cobertas de neve e gelo. Não sefurtaram à penosa caminhada, apesarde Maria se encontrar com sua gestaçãopraticamente a termo. (Não é certo de quepara tal jornada, dispunham da ajuda deum burrico como se costuma retratar a via-gem dos dois; eles eram muito pobres e umamontaria era um luxo na época).

Foi uma viagem sacrificada, uma ta-refa para fortes. Tudo apenas para sa-tisfazer formalidades burocráticas: fo-ram se cadastrar! (Na realidade, atendi-am desígnios mais profundos, onde anti-qüíssimas profecias a respeito do Messiasse cumpriam).

Não puderam carregar muito maisque a roupa do corpo. Entre os poucospertences, o enxoval modesto do bebêque esperavam, que se constituía emalgumas faixas. Maria, delicada na apa-rência, tinha força, fibra e coragem.Consta que não tinha mais que trezeanos à época, uma menina, portanto.Jovem e inexperiente, não temeu terseu filhinho longe de casa, onde nãocontaria com a ajuda da mãe, ou da so-gra ou de uma vizinha. Tinha apenas aJosé, um pacato marceneiro, que nadaentendia de crianças e muito menos denascimentos.

Foi assim que o �médico dos médi-cos� nasceu: sem exames pré-natal, tes-tes sangüíneos, RH, ultra-sonografias,ginásticas etc. Não contou com a vigi-lância competente de um obstetra paraque monitorasse a freqüência das bati-das de seu coração e das contrações ute-rinas de sua mãe; para, no momentopropício, abarcar com ambas as mãossua cabecinha escorregadia - untada devernix - e cuidadosa, gentilmente, tra-cioná-la para a direita e para a esquerda,e neste momento, desfazer eventual eameaçadora circular de cordão, (como

ocorre em 20% dos casos), limpar suaboca e nariz e ajudar a emergência dosombros e então amparar seu corpinho.

Provavelmente, nasceu de um par-to de cócoras, que além de ser o hábitode então, é a forma mais natural, maisfisiológica de se dar a luz. Não foi assis-tido por um pediatra, que de imediatolhe aspiraria gentilmente secreções ino-portunas; avaliaria suas condições e lheconferiria um índice de �Apgar� e, de-pendendo, teria lhe oferecido um pou-quinho de oxigênio, facilitando-lhe as-sim, sua entrada neste �vale de lágri-mas�. (E se tivesse indicação para umacesariana, como ocorre entre 30 a 60% doscasos no Brasil ?!)

Foi feliz em seu nascimento quenão apresentou �distóxia,� dispensan-do outros cuidados médicos que, dequalquer forma... não receberia. Nadadisto! Foi sua própria mãe quem lhecortou o cordão umbilical e enfaixou-o.Sim, muito provavelmente o parto deJesus foi de cócoras. Por estarem numestábulo, correu um risco extra de ad-quirir tétano umbilical, que ainda hojeé a sétima infecção mais mortífera, cei-fando a vida de 600.000 recém-natos/ano. Ao invés de uma aquecida incuba-dora, foi colocado num cocho e aproxi-mado do calor corporal dos animais queali se encontravam. Não teve teste dopezinho, vacinas, complementações ali-mentares ou vitamínicas, nada.

Do oriente distante, três reis magosvieram lhe homenagear com o que tinhamde mais caro: ouro, incenso e mirra.

Ao refletir sobre a mais memoráveldas datas, a medicina moderna senteque também teria muito a ofereceràquele recém-nascido.

Felizmente, para nós médicos, hácomo resgatar este débito. (sobretudo nestepaís de tão graves injustiças sociais):

�Disse-lhes: Qualquer que recebauma criança tal como esta, em meunome, a mim recebe.�

�DISSE-LHES:

QUALQUER QUE

RECEBA UMA

CRIANÇA TAL COMO

ESTA, EM MEU NOME, A

MIM RECEBE.�

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Ficha de Inscrição

Nome: ............................................................................................................................................................................... CRM:....................................

Nome para crachá: (até 15 caracteres) ............................................................................................................................................................................

Categoria Profissional: ....................................................................................................................................................................................................

Endereço: ........................................................................................................................................................................................................................

CEP: .........................................................Cidade: ............................................................................................................ U.F: ......................................

Fone Com.: .................................................................................................. Res. ...........................................................................................................

Fax: .......................................................................................................... e-mail: ...........................................................................................................

Curso: ( ) 1. Clínica Médica e Cirúrgica ( ) 2. Ginecologia e Obstetrícia ( ) 3. P.S.F. - Programa de Saúde da Família ( ) 4. Pediatria

Valor Pago: .......................................................................................................................................................................................................................

ProcedimentoPreencher devidamente a ficha de inscrição e encaminhar:

1a opçãoVia CORREIO: Cheque nominal cruzado em favor de ACM, para:Oceano Eventos: Rua Presidente Coutinho, 311, Sala 808 B - Centro - CEP 88015-230 �Florianópolis SC

2a opçãoVia FAX: (48) 222-3985 - juntamente com o comprovante de depósito bancário (impres-cindível)Dados para depósito: BANCO BESC - AGÊNCIA: 001 - CONTA CORRENTE: 3 708/0 -Favorecido: ACM

INSCRIÇÕES PRÉVIAS ATÉ DIA 15/04/2002 - APÓS ESTA DATA, SOMENTE NO LOCAL.

Informações Gerais: Para sócios da ACM em dia com a tesouraria e estudantes é obrigató-ria a apresentação de comprovante.Para participar dos CURSOS PRÉ-CONGRESSO é obrigatória a inscrição no Congresso.O cancelamento da taxa de inscrição solicitado até 10 dias antes do evento implicará nadevolução do equivalente a 80% da mesma.

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