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Criada a paróquia Menino Jesus em Aparecida de Goiânia Apresentamos a Congregação de São Pedro AD Vincula Dom Washington destaca três eventos sobre a família pág. 2 pág. 3 pág. 4 PALAVRA DO ARCEBISPO ARQUIDIOCESE VOCAÇÃO Capa: Ana Paula Mota semanal Edição 221ª - 12 de agosto de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos EDICAO 221 - DIAGRAMACAO.indd 1 07/08/2018 19:25:18

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Criada a paróquiaMenino Jesus em

Aparecida de Goiânia

Apresentamos aCongregação de São

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sobre a famíliapág. 2 pág. 3 pág. 4

PALAVRA DO ARCEBISPO ARQUIDIOCESE VOCAÇÃO

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Agosto de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2

A Semana Nacional da Famí-lia, que tem início neste do-mingo (12) e prossegue até o próximo dia 18, é uma opor-

tunidade para que a Igreja no Brasil refl ita sobre “O Evangelho da Famí-lia, alegria para o mundo”, mesmo tema do IX Encontro Mundial das Fa-mílias com o papa Francisco, que será realizado ainda neste mês, na Irlanda.

De iniciativa da CNBB (Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a

Família / Comissão Nacional da Pastoral Familiar), a Semana da Família já integra o calendário das paróquias em todo país, motivando inúmeras ocasiões de encontros, celebrações, ações missionárias, palestras e eventos sobre os temas ligados à famí-lia. Em nossa arquidiocese, uma Celebração em Ação de Gra-ças, no Santuário Sagrada Família, no dia 19, às 17h, encerrará a programação da Semana, desenvolvida em diversas paróquias.

Todo o conteúdo sobre a temática proposta, roteiros de ora-ções e cantos para celebrações podem ser encontrados no sub-sídio “Hora da Família”, que já está disponível. Nele, encon-tramos a explicação sobre o tema: “O ‘Evangelho da Família’ ressalta o lado positivo da Família, a família como boa notícia, como um bem, um dom de Deus. ‘Alegria para o mundo’ acen-tua o fato de que ser família não é um aspecto da doutrina, um valor apenas para os cristãos ou para as pessoas religiosas. É uma riqueza para o mundo, para a humanidade toda”.

Encontro MundialOutra oportunidade de refl exão será o 9º Encontro Mun-

dial das Famílias, que acontece nos dias 25 e 26 deste mês, em Dublin. Com a proposta de “celebrar o dom divino da famí-lia” e aprofundar a “compreensão da família cristã como Igreja doméstica e unidade básica de evangelização”, esse encontro deve chamar a atenção do mundo para a importância da família e reforçar o trabalho de evangelização, que vem sendo realizado pela Pastoral Familiar. Milhares de pessoas do mundo todo vão participar de palestras, ofi cinas, refl exões e celebrações, e leva-rão para seus países as ponderações e experiências que essas atividades devem proporcionar, à luz da esperada manifesta-ção do papa Francisco sobre o tema.

Congresso RegionalTambém com o tema “O Evangelho da família, alegria para o

mundo”, será promovido pelo Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) e sediado pela Arquidiocese de Goiâ-nia, o VI Congresso Regional da Pastoral Familiar, nos dias 7 a 9 de setembro deste ano, tendo como lema “Completai minha alegria, permanecendo unidos” (Fl 2,2).

Uma rica programação foi organizada para esse evento, co-locando em foco as dimensões espiritual, celebrativa, formativa e motivacional como instrumentos de trabalho a favor da vida e da família. Serão tratados também temas relacionados à Exorta-ção Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia; Teologia do Corpo e as Catequeses do Encontro Mundial das Famílias.

As comunidades devem viver intensamente a alegria que esses três eventos vão proporcionar, mas também se dedicarem ao planejamento de ações que, a médio e longo prazo, contribu-am para a sobrevivência da família e avanços na qualidade da vida familiar.

Coloquemo-nos em oração, a partir desta Semana da Famí-lia que tem início hoje, para que os organizadores, assessores e participantes desses importantes eventos sejam iluminados por Deus, para que possam multiplicar os dons e os frutos do seu edifi cante trabalho.

Que esses momentos de encontro, interatividade, estudo e troca de experiências colaborem na construção de pontes para diálogo, a superação dos problemas que ameaçam a família e a redescoberta, pelo mundo, do grande bem que a vida fami-liar, segundo a vontade de Deus, representa para a humanidade.

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

TRÊS OPORTUNIDADESPARA REFLETIRSOBRE A FAMÍLIA

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Camila Di Assis e Jane GrecoDiagramação: Ana Paula Mota e Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota(Estudante de Jornalismo/PUC Goiás)

Estagiárias: Rodolfo Rezende e Kelly Campos(Estudantes de Jornalismo/PUC Goiás)Fotogra� as: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

EditorialAproveitando a comemoração do

Dia dos Pais, a matéria de capa desta edição aborda dimensões da pater-nidade responsável, em sua relação com a mãe e o pleno desenvolvimento humano. Em sintonia com esse tema, Dom Washington Cruz chama aten-ção para três eventos que tratarão so-bre o papel da família no presente e no futuro da humanidade. A editoria Arquidiocese em Movimento (pág. 3) traz coberturas de fatos que marcam a história e revelam a dinâmica de nos-sa Igreja particular, como a criação de uma nova paróquia.

A vocação para o amor, no matri-mônio (pág. 7), é abordada em texto do casal Joyce e João Paulo. Já o rosto jovem da Igreja é tema de artigo do frade dominicano Marcos Sassatelli (pág.8), que resgata a importância do 5º Congresso Nacional da PJMP. Como estamos no mês dedicado às vocações, divulgamos o carisma da Congregação São Pedro AD Vincu-la (pág. 4), em Goiânia desde 1963. Chegando à pág. 8, não deixe de conferir também as dicas do nosso Espaço Cultural e a proposta de Lei-tura Orante do Pe. Nixon Félix.

Fique por dentro

Testemunho vocacionalNasci em Correntina (BA), mas quando tinha pou-

co mais de um ano de idade, vim morar em Nova Xa-vantina (MT). Meu caminho de fé começou desde que era criança, pois sempre fui incentivada a viver a fé, a partir da oração. Minha história vocacional começou a ser despertada aos 17 anos, quando participei de um encontro promovido pelas Irmãs Franciscanas da Mãe Dolorosa. Depois de alguns anos de formação na con-gregação, � z minha primeira pro� ssão dos votos reli-giosos, prometendo ao Senhor obediência, castidade e pobreza. Hoje, moro em Nova Xavantina, trabalho na Escola Billy Gancho e na evangelização de crianças carentes e povos indígenas. Sou muito feliz pelo Se-nhor ter me chamado para participar de sua missão de levar vida plena a todas as pessoas, especialmente os pobres, pois essa é a missão da nossa congregação.

Irmã Maria Ivaneide OzórioValverde, 26 anos

CREDENCIAMENTO

CPDF CENTRO PASTORAL

DOM FERNANDO

CREDENCIAMENTO

CENTRO PASTORAL

2018

7h30

CERIMÔNIA DE ABERTURA8h

CONFERÊNCIA: A PASTORAL DA COMUNICAÇÃO NA IGREJA DO BRASILIr.Diego Joaquim

8h15

CONFERÊNCIA: A MISSÃO DO COMUNICADOR CATÓLICO FRENTE AOS DESAFIOS DAS NOVAS TECNOLOGIASMe. Paulo Giraldi

9h

CONFERÊNCIA: PLANEJAMENTO TÉCNICO E CONSCIÊNCIA PASTORAL Patricia Luz

10h15

INTERVALO8h45

INTERVALO10h

PLENÁRIA11h15

ALMOÇO12h

ABERTURA DOS TRABALHOS

1. Design Gráfico e Inovação – Darlan dos Santos (Agência Arcanjo)2.Vídeos para Redes Sociais – Prof. Dr. César Viana (PUC-Goiás)3. Media Training – João Camargo Neto4. Fotografia: Composição e Criatividade – Wesley Cruz (PUC-Goiás)5. Direção e produção de Vídeos – Thiago Benetti (Stone Entertainment)6. Conteúdo para Redes Sociais - Ms. Paulo Giraldi

13h

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA – Arcebispo Dom Washington Cruz, CP17h

WORKSHOPSàs13h15 15h15

MESA REDONDAàs15h30 16h30

1º Setembro

8h às 18h GOIÂNIA

PROGRAMAÇÃO

Baixe o leitor de QR Code em seu smartphone e acesse o formulário de inscriçãodo Muticom Arquidiocesano

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Agosto de 2018Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Fique por dentroDia de São João Maria Vianney

inicia ano letivo dos seminaristas

No dia 4, o Seminário Interdiocesano São João Ma-ria Vianney comemorou o dia de seu padroeiro. Na ocasião, Dom Moacir Silva Arantes presidiu a Santa Missa em honra ao santo francês. Na homilia, o bispo comentou com os seminaristas e vocacionados pre-sentes que “nós somos feitos sacerdotes, retirados no meio do povo para ser um sinal que aponta um cami-nho que Deus nos propõe. Este sinal se dará pelo tipo de pessoa que nós somos diante do povo de Deus”. Na ocasião, participaram da Santa Missa os padres formadores, além de alguns padres convidados, visto que no mesmo dia se celebrava o dia do Padre. As co-memorações terminaram com um almoço festivo nas dependências do seminário. Com essa celebração, os seminaristas marcaram o início do semestre letivo, precedidos por um retiro revigorante. A comemora-ção fez parte da programação do Jubileu dos Semi-nários, que começou em setembro do ano passado e encerra-se no próximo mês de setembro.

Irmãs Ursulinas de São Carlosacolhem votos perpétuos da Ir. Sirlene

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O arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, atendendo às necessidades pastorais do Vicariato de Aparecida de Goiânia, criou no dia 5 de agosto, a Paróquia Menino Jesus, que foi desmembrada da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Aparecida de Goiânia. A celebração de Instalação Canônica e posse do primeiro pároco aconteceu na sede da nova paróquia.

Dom Washington, que presidiu a celebração, explicou o motivo de a Comunidade Menino Jesus ter sido escolhida a sede da paróquia. Ele fez um pedido às comunidades pertencentes. “Quero que todas as comunidades que vão pertencer a essa paróquia unam-se, pois ela foi es-colhida, não por ser a melhor, mas por ser a mais central. A nova paróquia vai precisar do apoio de cada comunidade para crescer e dar muitos frutos”.

A mais nova paróquia da nossa Arquidiocese terá como primeiro administrador o padre João Luiz da Silva e tem, além da igreja matriz, mais seis comunidades.

A Reunião do Clero Arquidiocesano foi realizada no dia 3 de agosto, no Centro Pastoral Dom Fernan-do, com a refl exão sobre a “Ação Missionária e nova evangelização”, sob orientação do Pe. André Victor Secundino. Ele salientou que a ação missionária é um chamado essencial da Igreja em saída, para ir ao encontro, o Querigma. O padre explicou que a nova evangelização diz respeito àqueles que já foram evan-gelizados ou receberam os sacramentos de iniciação, porém necessitam de aprofundamento, e isso exige uma conversão pastoral. Na Igreja, as decisões surgem de um colegiado, do diálogo, de estudo. Por isso, ao estudar um documento no âmbito arquidiocesano, os padres absorvem algo fruto desse processo e que ago-ra é uma diretriz ao trabalho pastoral. Na reunião, o Vicariato para Comunicação reafi rmou que os padres precisam incentivar a participação das Pastorais da Comunicação no Muticom Arquidiocesano. A manhã de formação encerrou-se com a Santa Missa, presidida pelo arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz.

Reunião do Clero

Arcebispo cria nova paróquia e empossaadministrador paroquial

Irmã Sirlene Almeida de Jesus professou seus votos perpétuos, no dia 5 de agosto, na Paróquia São José, em Aparecida de Goiânia. A celebração, presidida por Dom Moacir Sil-va Arantes, bispo auxiliar de Goiânia, contou com a presença de diversas irmãs religiosas vindas do Brasil e da Itália.

O presidente da celebração comentou so-bre a alegria de entregar a vida a Deus. “Hoje é um dia de profunda gratidão a duas famí-lias que estão dentro de uma família maior, que é a Igreja. Primeiro, a família biológica da irmã Sirlene, que ao dizer sim à existência da sua vida, possibilitou que Deus colocasse no mundo alguém que fosse pensada e desejada por Ele. Depois, a família religiosa que acolhe a irmã Sirlene, para com ela também promo-ver aquilo que é a vontade de Deus na vida da congregação e na vida de cada uma delas,

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que é a construção do reino; cada um colabo-rando com seus dons”, disse.

Irmã Sirlene, por sua vez, após dizer sim, falou da importância desse momento em sua vida. “É um momento de muita graça para mim e minha família, porque hoje eu confi r-mei o meu sim e a minha entrega a Deus para realizar a sua vontade”.

Os votos são o coroamento de toda a ca-minhada que a religiosa fez após ingressar na congregação, rezar muito, trabalhar e estudar. Por meio do seu sim, ela se compromete a se-guir Jesus Cristo e evangelizar doando a pró-pria vida com a radicalidade do Evangelho.

A celebração contou com a presença dos padres italianos Ivo Seghedoni, Federico Ma-nicardi, Andrea Ballarin, Paolo Monzani e dos padres Alaor Rodrigues, Vítor Simão e José Saraiva, administrador da Paróquia São José.

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No dia 1º de agosto, a Congregação São Pe-dro AD Vincula celebrou 179 anos de sua funda-

ção pelo padre Carlos Fissiaux, em Marselha, na França, no ano de 1839. Naquela época, o país vivia mergulhado pelos horrores das guerras e, como consequên-cia, muitas crianças fi cavam ór-fãs. Dura realidade que motivou o padre Carlos a promover um tra-balho para ampará-las. Filho de família nobre, o sacerdote deixou tudo o que tinha para cuidar das crianças.

É fundamental destacar que quando recebeu de Deus a tarefa de fundar a Congregação, ele co-nheceu Dom Bosco e Santo Eugê-nio (fundador dos Oblatos de Ma-ria Imaculada). Padre Cidimar An-tônio Rodrigues, SPADV, superior local de Goiânia, da Congregação São Pedro AD Vincula e vigário da Paróquia Jesus Bom Pastor, no Jar-dim Guanabara, em Goiânia, fez memória de um fato curioso sobre os santos. “Dom Bosco e Santo Eu-gênio disseram a padre Carlos que

Agosto de 2018 Arquid iocese de Go iânia

VOCAÇÃO4

São Pedro AD Vincula:uma congregação dedicada à prática da caridade

ou seja, somos libertadores”, expli-cou padre Cidimar.

Durante a aprovação da nova ordem religiosa, houve um empate na votação. Mas o papa Gregório XVI desempatou. Como prova, ele tirou o solidéu e entregou a padre Carlos. A relíquia ainda hoje exis-te e está em um museu da congre-gação, em Barcelona, na Espanha, onde está também sua casa-sede.

não o ajudariam com o trabalho que ele pretendia, pois o sacerdote era capaz de fazê-lo sozinho”.

Padre Carlos começou as ativi-dades com a criação do seu primei-ro oratório como forma de apro-ximar as crianças e adolescentes. Mas seu sentido estava também na criação da congregação. Qual nome teria? Pensou ele e a respos-ta veio dos céus. “Padre Carlos não

tinha ideia do nome que ia dar e então fez um retiro espiritual nas montanhas, sozinho, e nesse retiro ele leu o capítulo 12 dos Atos dos Apóstolos, que relata a libertação de São Pedro. E assim surgiu o nome: Pedro libertado das corren-tes. AD Vincula signifi ca libertação ou prisão e, como o desejo do pa-dre era libertar crianças e adoles-centes, ele optou pela libertação,

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Oração para o Congresso Regional da Pastoral Familiar 2018

Deus nosso, Trindade indivisível, tu criaste o ser humano "à tua imagem e semelhança" eo formaste admiravelmente como varão e mulher para que, unidos e em colaboraçãorecíproca no amor, cumprissem teu projeto de "ser fecundos e dominar a terra".Nós te pedimos pelo nosso 6º Congresso Regional da Pastoral Familiar.Que todas as nossas famílias, encontrando em ti seu modelo e inspiração inicial, que semanifesta plenamente na Sagrada Família de Nazaré, possam viver os valores humanos ecristãos que são necessários para consolidar e sustentar a vivência do amor e sejamfundamento para uma construção mais humana e cristã de nossa sociedade.Nós te pedimos pela intercessão de Maria, Nossa Mãe, e de São José.Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

de setembro de 2018

FÚLVIO COSTA

em Goiânia. O lugar foi inaugurado em 1989. Um seminarista estuda no Instituto de Filosofi a e Teologia de Goiás (IFITEG) e outro na Pontifí-cia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Mais dois têm forma-ção interna, na própria casa da con-gregação, em Goiânia.

congregação. No Setor Itatiaia, por exemplo, há diversas obras sociais que atuam junto a crianças, adoles-centes, jovens, como também com idosos e pessoas carentes, como a Casa São José, que oferece cursos de formação e palestras e a Casa de Misericórdia que faz atendimentos médicos. Há também uma creche e está sendo construído o Centro dos Idosos. Na Paróquia Jesus Bom Pas-tor, a atuação se desenvolve em par-ceria com os Vicentinos. Em Con-tagem (MG), onde também estão presentes na Paróquia São José de Anchieta, os padres mantêm uma casa social que atende 150 crianças e adolescentes de segunda a sexta--feira. O trabalho também se esten-de aos pais das crianças com oferta de cursos de capacitação.

Na dimensão vocacional, há qua-tro seminaristas na casa de forma-ção, que fi ca no Jardim Guanabara,

Da França, alguns padres foram para a Espanha. Embora seja uma congregação pequena em número de membros, cerca de 50, eles estão também na Argentina e no Brasil. “Nosso fundador sempre dizia que nunca seríamos uma grande con-gregação. Já estava em seu coração que os números não eram sua maior preocupação”, disse padre Cidimar. Padre Carlos faleceu aos 65 anos de idade, depois de dedicar toda sua vida ao atendimento de crianças, adolescentes e jovens.

A espiritualidade da congregação ainda é a libertação e o seu carisma, o trabalho de prevenção, educação e acolhida também são muito for-tes. Eles mantêm na Espanha dois colégios que são administrados por leigos. No Brasil, a Ordem Religiosa chegou em 1963, após dois padres espanhóis, Lourenço e Pedro Mar-tinez conhecerem o primeiro bispo

prelado de Uruaçu (GO), Dom Fran-cisco Prada Carrera, CMF, em um navio. Esses sacerdotes procuravam terras de missão para trabalhar e o bispo os levou para a região onde foi fundado o município de Mara Rosa (GO), pertencente à Diocese de Uruaçu, no norte goiano. Padre Lourenço foi quem começou a cons-trução da cidade de Mara Rosa e ele foi o seu primeiro sacerdote. Padre Pedro Martinez também veio e mo-rou muito tempo no Brasil. Ele tam-bém trabalhou na cidade de Mina-çu, que também pertence à Diocese de Uruaçu.

Atualmente, a Congregação São Pedro AD Vincula está presente em Goiânia, nas paróquias Bom Jesus Bom Pastor, e no Setor Itatiaia, na Paróquia Nossa Senhora da Assun-ção, com o padre Marcos Rogério, que é natural de Mara Rosa. A ca-ridade continua a ser o carisma da

A missão se espalha

INFORMAÇÕESCongregação São PedroAD Vincula – SPADV

Seminário São Pedro AD Vincula Superior Local de Goiânia:Pe. Cidimar Antônio Rodrigues

Endereço:Rua Mineiros, n. 310, Qd. 62, Lt. 6 e 9Jardim Guanabara

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5CAPA 5

Agosto de 2018Arquid iocese de Go iânia

Léo da Silva Fernandes, 36 anos, é pai de dois fi lhos, Jorge Mateus, de 11 anos, e Felipe Luís, de três. Em sua experiência paterna, ele tem buscado passar aos fi lhos e

cultivar na família aquilo que herdou de seu pai. “Meu pai

me deixou como valor a unidade e o companheirismo. Esses dois

aspectos são o ponto fundamental em uma família e o caminho para

semear um bom relacionamento”. Diferente de Leo, que mora e trabalha em Goiânia, João Victor Ramalho, 37 anos, pai de Paulo Vitor, 13 anos, e Matheus, de oito, é caminhoneiro e passa a maior parte da semana por conta do trabalho. Vê a família apenas nos fi ns de semana. Embora sua rotina de trabalho seja totalmente diferente da de Léo, ele também é um pai presente. “É mais difícil ser pai trabalhando fora a semana toda, mas eu procuro participar da vida deles. Conversamos todos os dias, trocamos fotos e nos fi ns de semana brincamos e conversamos muito”, diz ele em entrevista. “Em sua ausência durante a semana, eu procuro fazer também o papel de pai, mas não é a mesma coisa. Embora os meninos me respeitem muito, esse aspecto é diferente em relação ao pai”, avalia a esposa, Calista Ferreira dos Santos.

Em situações de casais separados que tenham fi lhos, Dra. Rosângela diz que a criança sofre porque ela sente a falta do pai e ele, por sua vez, é ausente, pois a difícil relação com a mãe o impede de amar o fi lho. A psicóloga já trabalhou com alguns casos no sistema judiciário em que o pai se nega completamente a pagar a pensão ao fi lho e esse vai até o pai pedir a pensão, mas

não é pelo dinheiro. “A verdade, nesses casos, é que a criança quer que o pai a reconheça como fi lho e ele não consegue, porque não reconhece a mãe”. Isso pode gerar feridas profundas para todos.

A forma como o pai e a mãe amam os fi lhos é distinta e isso faz parte da natureza humana. A mãe é mais protetora, visto que o fi lho é um “broto” dela, segundo Montefusco. É um “pedaço” seu que está no mundo e ela tem medo até mesmo de vê-lo machucado. O pai, por sua vez, ama o fi lho ou os fi lhos e demonstra isso por meio de regras. “O lugar do pai não é só ganhar dinheiro. É garantir os princípios éticos e morais”. É papel também do pai o amadurecimento da pessoa. “O pai mostra o mundo para o fi lho. Ele abre as portas e confi a no menino. A mãe é mais cuidadosa. É interesante a diferença de uma criança brincando com o pai e com a mãe. O pai coloca o menino ou a menina em seus ombros, enquanto pedala de bicicleta. A mãe cuida para que o menino nem tropece. Ela corre atrás da criança o tempo todo para ela não se machucar. O pai, não. Ele confi a na criança e essa confi a no pai, cria um vínculo muito forte entre os dois, cria uma confi ança plena”.

FÚLVIO COSTA

exemplo, pode fazer com que os fi -lhos tenham um pai mais presente do que aquele casal em que a mu-lher se sente maltratada pelo mari-do, morando com ele ou separada dele. “O pai presente é aquele que tem autorização da mãe para ser pai. Ele pode estar morando em qualquer parte do mundo. Isso não faz diferença. Ele pode ter morrido, não ter mais um corpo físico. A mãe autoriza aquele homem a ser pai, se ela concorda com ele, se ela admira aquele homem, se ela fala para o fi -lho quem é aquele homem. Aquele pai vai ser amado mesmo sem ser visto”. Já o pai ausente, relata a estu-diosa, “é aquele que a mãe não ad-mira, não ama. Ela não entrega aque-le homem para o fi lho”. Por outro lado, completa a psicóloga, “quan-do o pai não reconhece a mulher, ele não reconhece o fi lho”.

Neste domingo (12), cele-bramos o Dia dos Pais, uma data especial para todas as pessoas, afi nal,

todos pertencemos a uma família que, pelo amor, nos concebeu “fru-to da recíproca doação de amor dos pais, e, por isso é dom para ambos: dom que promana do dom” (cf. EV, 92). Em sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia – sobre o amor na família, o papa Francisco diz que “o amor sempre dá vida”, isto é, “não se esgota no interior do próprio casal. Os cônjuges, enquan-to se doam entre si, doam para além de si mesmos a realidade do fi lho, refl exo vivo do seu amor, sinal per-manente da unidade conjugal (...)”. (cf. AL, 165).

Esse amor que não se esgota no próprio casal, mas que gera vida, é o que alicerça e dá sentido à fi gura paterna. Dra. Rosângela Montefus-co, psicóloga sistêmica, explica que é na relação da família: pai, mãe e fi lhos que se constrói o lugar do pai. Isso porque é a mãe quem “autori-za” o pai a ser pai. A psicóloga diz que ninguém nasce pai ou mãe, e essa responsabilidade é um siste-ma de obrigações diferente daquele entre o casal homem e mulher, que é conduzido apenas por um amor livre. “Neste caso, eles estão vincu-lados, mas estão livres ao mesmo tempo. Eles se vinculam exclusiva-mente pelo amor e pelo cuidado do outro”. Já na relação de pai e mãe, ela disse que isso desaparece, uma vez que os cuidados dos dois pas-sam a ser para o fi lho. Esse sistema – justifi ca a psicóloga – é importante para a sociedade, pois se não hou-ver o cuidado devido, um dos dois acaba indo embora, por isso é um sistema de responsabilidade e obri-gação para a plenitude da família.

Voltando à autorização da pater-nidade, Montefusco expressa que “o amor do pai chega até o fi lho, pas-sando dentro da mãe, e o amor da mãe chega até o fi lho, passando den-tro do pai. “Só existe pai quando há uma mãe generosa, e a mãe generosa é aquela mulher reconhecida pelo marido. A mulher, quando se sente bem tratada, bem acolhida, bem cui-dada pelo marido, pelo homem, es-tabelece uma troca com ele também de amor e de cuidado. Isso faz com que ela fi que bem e autorize os fi -lhos a tomarem aquele homem como pai”, explica.

Não é necessariamente a presen-ça física que faz o pai. Dra. Rosân-gela comenta que uma viúva, por

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de suas equipes de serviço (cerca de 100 pessoas), o Congresso foi um novo Pentecostes.

Para mim pessoalmente – que sou jovem há bastante tempo – o Con-gresso foi uma das experiências de fé comprometida mais bonitas de toda minha vida.

O tema do Congresso foi “Águas e Profecias: Luzes do Meio Popular gerando Vida” e o lema “Juventude e seu Protagonismo, Resistência e Liberdade”.

Na noite do dia 9, tivemos a Mis-sa de abertura, presidida por Dom Moacir Silva Arantes, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia. Con-celebraram os padres Antônio e Ta- deu (assessores nacionais da PJMP), Hélio (assessor do Regional Nor- deste 2 da PJMP), os padres Francis-co Carlos, Vitor Simão, José de Oli-veira, Antônio Rocha – padre Baia-no (da Arquidiocese de Goiânia) e eu, frei Marcos, da Paróquia Nossa

Senhora da Terra (Arquidiocese de Goiânia), que – com muito carinho de irmãos e irmãs – acolheram os congressistas. Foi uma celebração alegre e comprometida, fazendo memória dos 40 anos da PJMP e dos 30 anos da Comunidade Nossa Se-nhora da Terra.

No início da manhã dos dias 10, 11 e 12, tivemos as “místicas” – pre-sididas pelos próprios jovens e as-sessores/as – que foram celebrações vibrantes, muito criativas, de uma fé profundamente encarnada na reali-dade do Brasil e do mundo e total-mente conectadas com os desafi os que essa realidade nos apresenta hoje. Nessas celebrações, fi zemos a experiência da presença do jovem – sempre jovem – Jesus de Nazaré em nosso meio.

sessores nacionais da PJMP), Hélio (assessor do Nordeste 2 da PJMP) e os padres Antônio Ramos do Prado – padre Toninho (assessor da Co-missão Episcopal Pastoral para Ju-ventude da CNBB – CEPJ) e frei José Fernandes, provincial dos Domini-canos, concelebraram.

Encerramos o Congresso com um gostoso almoço de confraternização e com direito a muitas fotos e caloro-sos abraços.

Agora, jovens da PJMP, o Con-gresso continua de outra forma. Vi-vam e testemunhem seus frutos em todos os cantos desse nosso imenso Brasil! Sejam “luzes do meio popular gerando vida”!

Queridos e queridas jovens da PJMP, como um irmão, que – apesar da idade – não desiste de ser jovem, “revolucionário e rebelde”, peço-lhes que nunca esqueçam: é a fé e a teimo-sia de vocês que fazem acontecer, na história do ser humano e do mundo, a Sociedade do Bem Viver e do Bem Conviver, que é o Reino de Deus: a Boa Notícia de Jesus de Nazaré.

Parabéns, jovens da PJMP! Jesus caminha com vocês! Experimentem sempre sua presença e a força do Es-pírito Santo – o Amor de Deus – que Ele derramou – e continua derraman-do – sobre vocês: rosto jovem de sua Igreja, renovada e libertadora. É essa a Igreja que o Concílio Vaticano II e a Conferência de Medellín sonharam! É essa a Igreja que as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) querem ser! É essa a Igreja da PJMP! É essa a “Igreja da Caminhada”!

Ter tido a possibilidade de con-viver, nos dias do Congresso, com tantos/as jovens da PJMP – verda-deiros seguidores/as, discípulos/as missionários/as de Jesus de Nazaré, profetas e profetisas da vida – foi re-almente um dom especial de Deus e uma experiência inesquecível

Jovens, “Eu peço que vocês sejam revolucionários/as, que vão contra a corrente, peço que se rebelem: que se rebelem ...” (Papa Francisco), até na Igreja, se for necessário para viver a radicalidade do Evangelho.

Termino comunicando: a dele-gação do estado do Ceará, que foi a mais numerosa (98 jovens e asses-sores/as), com muita animação, pe-diu que o 6º Congresso Nacional da PJMP, em 2023, fosse celebrado em seu estado. O pedido foi aceito. Até lá, até os “45 anos de ternura e resis-tência”, se Deus quiser! A luta conti-nua! Viva a PJMP!

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De 9 a 13 de julho passado aconteceu em Goiânia, na Região Noroeste – Paró-quia Nossa Senhora da

Terra – o 5º Congresso Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Po-pular (PJMP), celebrando 40 anos de caminhada – de fé, de luta, “de ternu-ra e resistência” – no meio popular.

“Tantos anos de história é preciso celebrar. Celebrar em Romaria nossa classe popular. Buscando libertação, vem conosco, vem lutar. Somos fi lhos da Mãe Terra, do Divino Criador. Fui banhado no Espírito, para o Reino proclamar. Viva nossa resistência, viva o meio popular” (Hino citado).

Participaram do Congresso – nas terras vermelhas do Cerrado brasilei-ro – delegações de jovens – com seus coordenadores/as e assessores/as, re-gionais e nacionais – de diversos es-tados do Brasil: Bahia, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, San-ta Catarina, Goiás e Distrito Federal.

Tivemos a alegria da presença de alguns padres, de diversas religio-sas de diferentes Congregações, de um religioso dominicano (frei Carli-nhos) e de quatro jovens frades do-minicanos, estudantes de fi losofi a, de São Paulo.

Para Goiânia (de maneira espe-cial, para a Paróquia Nossa Senhora da Terra, Comunidade de cinco Co-munidades: Nossa Senhora da Terra, Jesus de Nazaré, Nossa Senhora da Vitória, Maria Mãe Santíssima e Nos-sa Senhora da Paz), para Goiás e para o Brasil, o Congresso foi uma grande graça de Deus.

Para centenas de jovens da PJMP, assessores/as e outras pessoas que participaram ativamente de sua pro-gramação (cerca de 400 pessoas) ou

As Plenárias Gerais, na manhã dos dias 10 e 11 e na manhã e tar-de do dia 12, abordaram os temas: águas e profecias: luzes do meio po-pular gerando vida – 40 anos de ter-nura e resistência; juventudes e su-peração das violências – em Cristo somos todos e todas irmãos e irmãs; juventudes com afetos; se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão – 50 anos de Medellín e a Igreja na América Latina.

As Plenárias Específi cas e as Ofi -cinas temáticas, na tarde dos dias 10 e 11, refl etiram e aprofundaram os temas: Povos e comunidades tradi-cionais: uma história de luta e resis-tência no Brasil; a luta pela terra e a urgência histórica de fazer a reforma agrária popular; Igreja e sistema po-lítico: essa luta é nossa, essa luta é do povo; da educação popular à eman-cipação dos povos – saberes e fazeres compartilhados; fé e política; tradi-ções de homens só não valem mais a

pena – nós cremos, sim, em Débora, em Sara e Ester.

As três Noites Culturais foram muito criativas, de uma alegria con-tagiante e profundamente signifi cati-vas: uma experiência única.

No dia 13, às 8h30, os participantes do Congresso e das equipes de servi-ço fomos à Trindade. Com muita fé, alegria e cantos de luta, caminhamos em Romaria, do trevo da cidade até o Santuário Basílica do Divino Pai Eterno: a casa da Santíssima Trinda-de, a melhor Comunidade. Maria, na imagem da Trindade, representa toda a humanidade, mergulhada no mistério do Amor de Deus.

Às 11h tivemos – sempre com muita fé e alegria – a Missa de En-vio, presidida por mim, frei Mar-cos; os padres Antônio e Tadeu (as-

MARCOS SASSATELLI, FRADE DOMINICANO

Doutor em Filoso� a (USP) e em Teologia Moral (Assunção-SP)Professor aposentado de Filoso� a da UFG

NACIONAL

PJMP: rosto jovem da Igreja de Jesus de Nazaré

Vou seguindo � rme e forte,sem medo de anunciarProclamando fé e vida,sou do meio popular”

(Hino do 5º Congresso Nacional da PJMP)

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Em tempos de modernidade e discussões sobre o modelo e o papel da família, sobre o valor da vida, vivemos a

experiência, às vezes dita ultrapas-sada, de ser família. Não são pou-cas as pessoas encontradas pelo caminho que tentam nos convencer de que o matrimônio é uma aliança falida. Mas nós acreditamos nesse Sacramento de amor, sinal sagrado de Deus em nossas vidas, e que nos faz querer ser melhores a cada dia, consumir-nos um pelo outro. Por isso, é essencial o entendimento da nossa vocação para o amor, para a vida conjugal e familiar.

Somos uma família jovem, nas-cida em 2014, uma família em cons-trução, com uma fi lha de seis meses. Como muitos casais, no início de nossa vida matrimonial, sentimos a necessidade de saber a orientação da Igreja sobre sexualidade, pater-nidade responsável e tantos outros assuntos de interesse familiar que, infelizmente, pouco aprofundamos em tempos de namoro. Fomos dire-cionados ao Centro da Família Co-ração de Jesus (CFCJ), onde encon-tramos apoio, partilha, comunhão, em um grupo de paternidade res-

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7VIDA CRISTÃ

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ponsável, no qual pudemos viven-ciar o amor de Deus pelas famílias e refl etir sobre seu projeto para cada uma delas, a busca da santidade por meio do Sacramento do Matri-mônio. Também conhecemos a for-mação da Pastoral Familiar e, por meio dela, quão grande e bondoso é o amor de Deus por nós. E nos-sa resposta a esse amor abundante e gratuito deve ser amar, vivendo, assim, a fundamental vocação do ser humano (FC, 11).

O Método de Ovulação Billings (MOB), aprendido no grupo de Pa-

JOYCE CRISTINA DE LIMA E JOÃO PAULO XAVIER DE MELO

Membros da Pastoral Familiar da Arquidiocese de GoiâniaParóquia Santo Hilário

Matrimônio – vocação para o amor

ternidade Responsável, nos ajudou a conhecer nosso corpo e tratar de temas como sexualidade e fertilida-de. Podemos tratar de alguns pro-blemas de saúde no grupo, entre eles a Síndrome do Ovário Policísti-co (SOP), para viver a paternidade e a maternidade. Reconhecemos que o MOB não é somente uma forma lí-cita de espaçamento dos fi lhos (nos casos de casais que tenham moti-vos graves para tal). É uma forma natural de conhecer a fertilidade de um casal, sabendo dos valores mo-rais que norteiam essa indicação,

no exercício responsável da pater-nidade, reconhecendo, plenamen-te, os deveres para com Deus, nos-sas próprias famílias e a sociedade (HV, 10). Em nosso caso, por meio do método, e com a graça de Deus, concebemos a nossa pequena Maria Clara, um dom precioso do Pai.

Como afi rma o papa Francisco, “o amor conjugal não se esgota no interior do próprio casal” (AL, 165), se expande a um novo dom, a uma doação máxima dos esposos para eles próprios e para os fi lhos. Com Maria Clara, nossa família vive com mais alegria a sua vocação, certa de possuir mais responsabilidades e desafi os, mas com o sinal de pleni-tude do amor de Cristo por nós.

Família é vocação, uma comu-nhão de pessoas. Com ela, apren-demos valores, nos catequizamos, perdoamos e somos perdoados, nos amparamos. Para os familiares, o importante é quem somos e não o que temos. Mesmo em circuns-tâncias difíceis, podemos nos sentir amados, acolhidos. Acreditamos na família como o melhor espaço de educação, transformação e ma-nifestação do amor, onde nascem todas as vocações e se praticam as virtudes para o enfrentamento das difi culdades cotidianas, como ver-dadeira Igreja doméstica.

Família: lugar em que sentimos vontade de ir, de estar, de fi car! É nesse amor que queremos viver, com ousadia, o projeto de Deus, com nossas difi culdades e misérias, nos colocando a Seu serviço com alegria.

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PE. NIXON FÉLIXSeminário São João Maria Vianney

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Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraA psicologia se aprofunda na relação da criança com a mãe. E sobre o pai pouco se fala. O pai é lembrado na construção de um ser he-roico e protetor, mas o seu papel não é apenas esse na criação dos � lhos. Como visualizar a presença e a imagem do pai, juntamente com seu necessário e consequente papel na vida humana? Se é verdade que ''pai ausente'' signi� ca ''� lho carente'', como sanar a carência por meio de uma presença realmente signi� cativa e e� -caz? A obra O pai e a psique ressalta o importante papel do pai na criação dos � lhos.

Livro: O pai e a psiqueAutor: Aberto Pereira Lima FilhoOnde encontrar: Paulus Livraria de Goiânia – Rua 6, n. 201 – CentroTelefone: (62) 3223-6860

No próximo domingo, celebrare-mos a maior de todas as festas de Nossa Senhora: a Solenida-de da Assunção. Seremos con-

vidados pela Igreja a olhar para ela, que esteve como ninguém ao lado de Jesus, cooperando em sua missão entre nós e que, por isso, “terminando o curso de sua vida terrena, foi levada à glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do universo”! (LG, 59)

Todos os que adormecem em Cristo esperam, conforme sua promessa, a res-surreição que se dará no último dia. Com Nossa Senhora foi diferente: ao morrer já é ressuscitada pelo seu Filho! Com efeito, Jesus quis que sua mãe o acompanhasse na glória o quanto antes!

É consolador saber que Maria está ao lado de Jesus no céu e, sendo verdadeira-

mente nossa mãe, não se distancia de nós, apresentando a Ele nossas necessidades mais urgentes. Sob o olhar da Senhora da Assunção, continuemos nossa caminha-da, sem desanimar, sem deixar-nos abater diante de tantas lutas e desafi os que en-contramos na vida.

Seguindo o exemplo de Nossa Senhora, busquemos mais intensamente unir-nos a Cristo pela fé, obediência à Palavra, espe-rança e caridade ardente, para que, assim, um dia, estejamos com ela e seu Filho, participando da alegria que não tem fi m!

Textos para oração: Lc 1,39-56 (página 1269 – Bíblia Edições CNBB)

1. Ler a Palavra: depois de um momento de silêncio, ter feito o sinal da Cruz e invocado o Espírito Santo, devagar, com atenção, leia o texto bíblico quantas vezes for necessá-rio. Procure identifi car as coisas importantes: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. É importante que você identifi que tudo isso com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena.2. Meditar a Palavra: é o momento de descobrir os valores e as mensagens espirituais da Palavra de Deus: é hora de saboreá-la e não apenas estudá-la. Que palavra, frase, cha-mou a sua atenção, tocou o seu interior?3. Rezar a Palavra: aqui se responde a Deus, após tê-Lo es-cutado. Não se preocupe em preparar palavras; fale sobre o que permanece em seu interior depois da meditação: se for louvor, louve; talvez tenha o que pedir...4. Contemplar a Palavra: coloque-se em silêncio diante do Senhor. Se Ele conduzir à contemplação, ou lhe der apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, ou se para você for tempo de esforço para fi car na presença Dele, louvado seja Deus!

20º Domingo do Tempo Comum – Ano B. Liturgia da Palavra: Ap 11,19a;12,1.3-6a.10ab; Sl 44(45),10bc.11.12ab.16 (R/.10b); 1Cor 15,20-27a; Lc 1,39-56 (Cântico de Maria).

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora‘‘O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor’’

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