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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 53 Domingo, 30.12.2012 R$ 3,20 Depois de dois meses de oficina, a 1ª turma de Clowns da Igreja Batista Ebenézer (Mooca, SP) se apresentou em uma cerimônia de formatura muito divertida. O grupo aceitou o desafio da professora de artes cênicas, Camila Faria, para formar um grupo de palhaços que farão evangelismo e levarão a alegria de Cristo onde for preciso (página 9). Mais um ano se finda e sonhos antigos são reavaliados e sonhos novos são construídos. Com o intuito de contribuir para um final de ano abençoado e um ano novo repleto de esperança, OJB traz na sua última edição do ano mensagens inspirativas (páginas 2, 3, 4, 5, 6, 14). Formandos do curso Clowns na Igreja Batista Ébenezer Trabalho indígena no Alto Solimões Pastor Valdir Soares, gerente estratégico para Evangelização de Povos Indígenas da JMN, esteve na região do Alto Solimões, AM, para conhecer os desa- fios da evangelização indígena e traçar planos para o avanço do evangelho na região, que conta com mais de 77 mil indígenas. Muitos são os planos para o avanço da evangelização integral daquela região e, para melhor orientá-los, será feita uma pesquisa a fim de mapear a realidade indígena nos nove municípios que compõem a região do Alto Solimões (página 7). A mais sábia oração para 2013

Edição 53 Domingo, 30.12.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da ... · sobre os dez leprosos que foram curados por Jesus? Você deveria ler. Como essa passagem é real. Dez lepro-sos estavam

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1o jornal batista – domingo, 30/12/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 53 Domingo, 30.12.2012R$ 3,20

Depois de dois meses de oficina, a 1ª turma de Clowns da Igreja Batista Ebenézer (Mooca, SP) se apresentou em uma cerimônia de formatura muito divertida. O grupo aceitou o desafio da professora de artes cênicas, Camila Faria, para formar um grupo de palhaços que farão evangelismo e levarão a alegria de Cristo onde for preciso (página 9).

Mais um ano se finda e sonhos antigos são reavaliados e sonhos novos são construídos. Com o intuito de contribuir para um final de ano abençoado e um ano novo repleto de esperança, OJB traz na sua última edição do ano mensagens inspirativas (páginas 2, 3, 4, 5, 6, 14).

Formandos do curso Clowns na Igreja Batista Ébenezer

Trabalho indígena no Alto Solimões

Pastor Valdir Soares, gerente estratégico para Evangelização de Povos Indígenas da JMN, esteve na região do Alto Solimões, AM, para conhecer os desa-fios da evangelização indígena e traçar planos para o avanço do evangelho na região, que conta com

mais de 77 mil indígenas. Muitos são os planos para o avanço da evangelização integral daquela região e, para melhor orientá-los, será feita uma pesquisa a fim de mapear a realidade indígena nos nove municípios que compõem a região do Alto Solimões (página 7).

A mais sábia oração para 2013

2 o jornal batista – domingo, 30/12/12 reflexão

E D I T O R I A L

apenas por fazer a vontade de Deus. Não é como um pa-gamento, como se fazendo o que Deus ordena isso irá lhe dar benefícios, é muito mais do que isso. A ação de estar junto do Pai fazendo a Sua obra, causa por si só muita alegria ao coração, além de satisfação. Este compromisso com Deus se refere a não apenas estar na igreja, mas participar ativamente da casa do Pai; ou fazer missões em outro estado, ou país; ou ser-vir a comunidade com a sua profissão; ou se aproximar de Deus através da leitura da Bíblia. São tantas as ações de compromisso que geram graça ao coração. Tenha um compromisso maior com Deus neste novo ano.

Entretanto, em nenhum momento do ano pode dei-xar morrer a esperança e fé

de agradecer a Deus. A não ser dentro da igreja. Ser agra-decido a Deus é reconhecer que tudo o que Ele faz, é desejando o melhor. Buscar momentos diários de grati-dão a Deus deveria ser dever de todo cristão, mas como é difícil fazer uma oração apenas de agradecimento. Mas este espírito de gratidão não deve ficar só ai, precisa se estender às pessoas ao redor. Ações de graça geram outras ações de graça. O ser humano é devagar para agradecer, mas rápido para dar o melhor a quem lhe deu o melhor. Seja gentil o ano todo. Seja agradecido por mais um ano.

O compromisso com Deus também é outra atitude que gera graça. Os missionários são exemplos constantes des-te fato. Muitos são felizes

Mais um final de ano chega , e com ele novas esperanças nas-

cem. Para muitos a virada de ano é uma situação mágica, onde os problemas passados ficarão no passado e as vitó-rias serão abundantes em um novo ano. Mas a verdade é que esta tão esperada virada de situação e sonhos pode-ria acontecer em qualquer dia do ano, isso se dentro do contexto estivessem sim-ples circunstâncias: gratidão, compromisso com Deus, esperança e fé.

Não é uma receita de bolo, mas uma constatação. Bas-ta perceber o quanto o ser humano é tão ingrato em diversos momentos de sua vida. Deus é lembrado em determinados momentos, dificilmente há o momento

em Deus. Não espere mais um ano passar para ter a es-perança renovada, busque a Deus e acredite que o novo de Deus pode ser diário. Desenhe seus sonhos e os en-tregue a Deus. Neste ano que se inicia, busque a esperança em Deus.

Como já enfatizado, esta não é uma receita de bolo, mas uma constatação. Já que as ações geram consequên-cias, as esperanças esperadas na virada do ano, podem ser renovados o ano todo tendo as ações certas. Em 2013, faça suas ações gera-rem ações de graça. “Tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas, faça que transbordem as ações de graças para a glória de Deus” (II Coríntios 4.15). (AP)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 39836130Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 30/12/12reflexão

Pr. Araúna dos SantosVitória, ES

“Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus cami-nhos são os meus caminhos, declara o SENHOR” (Isaías 55.8).

Muitas vezes, dian-te das comple-xidades de situ-ações da vida,

vemo-nos tentados a colo-car nossos pensamentos na “mente” de Deus. E, quando afirmamos: “Deus me dis-se; Deus me revelou”, na verdade estamos fazendo uma tentativa de valorizar nossas palavras e ações por suas dimensões “divinas”. É um processo de compensa-ção, projeção e transferên-cia. Como seres humanos, fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gên. 1.26), mas temos a tendên-cia de “criarmos” um deus a nossa imagem e semelhan-ça. Essa verdade tem sido muito constatada na prática diária de homens e mulheres religiosos. E acabamos colo-cando na mente de Deus e em sua boca nossos próprios conceitos e palavras. Isso é muito perigoso para nós mes-mos e para os que conosco convivem, e representa grave engano e fanatismo religioso.

Profetas do passado históri-co de Israel – o povo de Deus – afirmavam, com frequên-cia: “Assim diz o Senhor”. Eles, sim, foram homens es-peciais, levantados por Deus, por Ele mesmo chamados, para o ministério específico de fazerem conhecidas pelo povo a mente de Deus, as palavras do Senhor. E tinham um compromisso com Deus de transmitirem tão somente suas palavras, suas orienta-ções, suas ordens, ao povo de Israel, o povo que chama-va pelo nome de Jeová (II Cr. 7.14; II Ped. 2.9). Com a en-carnação do Filho – A Pala-vra se fez carne na pessoa de Jesus Cristo e a humanidade conheceu o clímax da reve-lação de Deus – Jeová. “Eu e o Pai somos um”, “Quem me vê, vê o Pai” e “Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. Foram essas as palavras de Jesus a seus discípulos. E Ele mesmo os orientou a ouvir o Espírito Santo que os faria

lembrar suas palavras e os conduziria ao conhecimento da verdade.

Ao tempo final de seu mi-nistério terreno, Jesus rogou ao Pai por seus discípulos e por aqueles que, como nós, hoje, se tornariam seus seguidores: “Pai, santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. Assim, Jesus Cristo e o Espírito Santo – que são a mesma pessoa divina – e a Palavra revelada representam nossa fonte de conhecimento da mente de Deus, dos pro-pósitos de Deus, dos cami-nhos de Deus. Não devemos querer, por nossa própria conta, determinar a direção de Deus em nossas vidas, “adivinhar” seus pensamen-tos e “revelar” seus cami-nhos. Ele mesmo, em sua soberania e sabedoria, nos faz compreender – por Sua Palavra, já revelada, e pelo Seu Espírito, que em nós está - qual seja a sua vontade, para que a ela nos sujeitemos e a realizemos em nosso vi-ver diário, livrando-nos de nossa insensatez (Ef. 5.17).

Tenho ficado impressio-nado, abismado até, com a facilidade com que crentes colocam suas palavras na boca de Deus e “manipulam” as ações de Deus a seu favor, quando em suas atitudes e comportamentos há incoe-rências e contradições ex-pressas claramente na Palavra revelada – A Bíblia Sagrada. Deus – O SENHOR – não se contradiz. O que tem dito de verdadeiro, de permanente e de valor e de princípios éti-cos, espirituais no Velho e no Novo Testamento continua sendo verdadeiro, permanen-te, ético e espiritual até hoje, por que “A Palavra de Deus permanece para sempre”. Sendo filhos de Deus, somos seus servos também, por isso a nós convém o ajustamento de nossas vidas a seus ensi-nos, às suas ordens. E seus ensinos e suas ordens estão claramente declarados nas Escrituras Sagradas. Lendo-as atentamente, interpretando--as corretamente, subme-tendo-nos à iluminação do Espírito Santo, conheceremos Deus e a Sua Vontade, sem incorrermos no erro de que-rer dirigir os pensamentos e os caminhos de Deus. Seja Deus verdadeiro e não uma mentira em nossas vidas.

Wanderson Miranda de AlmeidaMembro da IB Betel de Italva, RJ

De acordo com o dicionário, é o re-conhecimento por um benefício re-

cebido. Seu coração é assim? Você é cheio de gratidão? Você reconhece os benefí-cios que Deus te dá? Você reconhece o que as pessoas também fazem por você?

O interessante é que ter gratidão não é só reconhecer e pronto, mas a gratidão nos leva a fazer algo por quem fez por nós. Quando alguém te faz algo e você tem gra-tidão no seu coração, no mínimo, você diz “muito obrigado”. Mas quanto maior for a gratidão, mais você vai querer fazer. Então, tenha um coração grato a todos e a tudo. Agradeça tudo que fize-rem por você, mas agradeça de coração. Retribua favores, faça o bem, busque isso!

Bem, não agradeça apenas às pessoas, mas também agra-

deça a Deus. Você já leu a passagem da Bíblia que fala sobre os dez leprosos que foram curados por Jesus? Você deveria ler. Como essa passagem é real. Dez lepro-sos estavam precisando do socorro de Jesus, dez que-riam a cura, os dez foram a Jesus e receberam a instrução de irem aos sacerdotes. Eles saíram para o encontro com os sacerdotes, mas no meio do percurso perceberam que já estavam curados. Seria um momento para demonstrar uma enorme gratidão, mas não foi isso que aconteceu. Dos dez, apenas um voltou para agradecer a Jesus. Ape-nas um. Dez por cento, a minoria.

Não é isso que costuma-mos fazer também? Deus nos dá tanto e nós agradecemos quanto? Devemos agrade-cer tudo que Deus nos dá. Deus nos abençoa demais, demais da conta, mas nós costumamos valorizar o que dá errado na nossa vida, cos-tumamos valorizar os pro-blemas, a doença, as coisas

ruins e nos esquecemos de tanta coisa que Deus nos dá. Como somos ingratos! Somos como os 90%. Eles não vol-taram para agradecer. Que-rido, busque ter um coração repleto de gratidão. Vamos agradecer!

Preste atenção neste salmo: “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116.12). Prestou atenção? O salmista estava preocupado com a maneira como poderia re-tribuir a Deus por tudo que Deus já tinha feito por ele. Eu quero ser assim como o sal-mista. Eu quero estar sempre buscando agradecer a Deus por tudo que Ele me dá e sei que a melhor maneira de fa-zer isso é vivendo conforme o que a Bíblia ensina. Tenho muito a agradecer: família, saúde, emprego, salvação, amigos... e por aí vai. Quero que a minha vida seja uma eterna fonte de gratidão ao Senhor que me salvou e con-tinua me abençoando. Espero que você também queira ser assim.

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

No dia 30 de ou-tubro de 2002, uma es tudante de medicina, no

Chile, caiu no espaço entre dois vagões, que se dirigia a uma competição esportiva universitária, na cidade de Temuco, a 500 milhas de Santiago do Chile. Na que-da, Daniela Garcia perdeu os dois braços e duas pernas. Foi salva por um camponês, chamado Morales, que a viu gritando de dor, em meio à penumbra da madrugada. Sua história é descrita na Revista Seleções, de agosto de 2009.

A recuperação física de-morou seis semanas, mas a recuperação psicológica foi terrível. Daniela, todavia, sur-preendeu a todos, com uma vontade impressionante de continuar os estudos de me-dicina, que cursava na PUC de Santiago. Seu pai, médi-co também, decidiu levar a filha para uma temporada de recuperação no Instituto Moss, de reabilitação, do Hospital Albert Einstein, per-to de Filadélfia, Pensilvânia, no USA. Nesse hospital ela permaneceu seis semanas de recuperação. Nessa clínica ela foi tratada pelo Dr. Esque-nazi, médico lesado, que tem uma prótese numa das mãos.

Na clínica, quando percebeu que nada voltaria a ser como antes, ouviu do Dr. Esquena-zi, o seguinte: “Você sempre sentirá falta das mãos. Nada do que façamos aqui, será igual ao que você perdeu. Mas, a opção é sua. Você pode se esconder num canto e não sair nunca mais, ou enfrentar e aprender a fazer o melhor possível com o que tem”. A seguir completou: “A sua vida será o que você fizer dela”. Essa frase lhe deu sen-tido na vida, e Daniela foi um exemplo para milhões de chi-lenos e leitores de seu livro, um dos maiores sucessos de literatura na história do Chile.

Desgraçadamente, essa frase é bem semelhante com o lema dos existencialistas de nossa época. Sartre, um dos principais defensores do existencialismo, afirma-va: “O homem é livre para escolher o que deseja ser”. Mentira! Pura mentira! O homem julga que é livre, mas, toda vez que escolhe, sempre escolherá pecar, pois o pecado reina sobre ele, desde o dia que nasce. Fa-mosa deputada brasileira, colega de trabalho, antes de eleita, afirmou: “Se pudesse eu promulgaria a seguinte lei: “É proibido proibir, pois todos merecem ser felizes”. Imediatamente retruquei: Colega! Tem gente que só é feliz matando o semelhante!

Os demais caíram na garga-lhada. Julgando ser verda-de, que somos livres para escolher o que queremos ser, a maioria escolhe os caminhos do mal. Como afir-mava C.S.Lewis, há uma lei da natureza. Jamais mentir, roubar, matar, drogar-se, será certo, pois a subsistência da vida humana correrá risco de desaparecer. A humanidade toda concorda hoje, que, nós humanos, estamos destruin-do o planeta, e que, a menos que demos meia volta, se-guindo em sentido contrário, todos pereceremos. Então? O homem é livre?

Um dia, o homem mais famoso da terra afirmou: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. A maior de todas as verdades é esta: “Todos pecaram”. Só há uma saída para retomarmos o caminho da melhor esco-lha. Viver por e para Cristo. Cristo nos dará poder de al-cançarmos o propósito para o qual viemos ao mundo: Viver para a glória de Deus. Daniela Garcia fez de sua vida um exemplo. É médica, escritora, mãe de família, e com próteses nas mãos e nas pernas, se locomove, dirige automóvel, e é especialista em recuperação física. Deixe de ser existencialista e seja um realista, livre para esco-lher só o que é bom para si e para os outros.

4 o jornal batista – domingo, 30/12/12

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A Prosperidade do Cristão

reflexão

O “varão jus to” , descrito no Sal-mo 1, tem as ca-racterísticas da-

queles que foram justificados pela fé em Cristo: têm prazer na lei e na comunhão com o Senhor, não perdem tempo na companhia daqueles que desrespeitam o Senhor. Por isso, “tudo quanto fizer, pros-perará” (Salmos 1.3).

O “prosperar” do Salmo 1º não deve ser confundido com as bençãos automáticas, prometidas pela “teologia da prosperidade”. Nela todo crente, pelo simples fato de se filiar a uma igreja, tem a garantia de alcançar uma polpuda conta bancária, com direito a carro do ano, casa em bairro nobre e roupas com marcas granfinas.

A prosperidade, referida pelo Salmista, tem a ver com perseverança. Há traduções que dizem: “ele leva até o fim tudo aquilo que come-ça”. A prosperidade do cris-tão, neste contexto, é aquela que advém da atitude de responsabilidade, de com-promisso, da coragem de continuar apesar de todos os pesares.

A prosperidade do cristão é, sim, uma consequência natural da sua fidelidade ao seu Senhor. Ela é o prêmio que o Senhor dá à disci-plina espiritual e física do cristão que, quando come-ça a arar a terra, “não olha para trás”. Bem-aventurado o cristão perseverante na sua fé nas suas obras: ele prosperará.

Wilson FranklimPr. Colaborador da PIB do Tingui-RJ e Membro da IB Filadélfia em Conselheiro Lafaiete

Mais um ano já terminou, e nor-malmente neste período fazemos

um balanço dos nossos acer-tos e erros. Progredimos ou regredimos? Como Igrejas, estamos prestando a Deus um culto mais espiritual ou a igreja diminuiu na adoração? Recebemos mais bênçãos ou empobrecemos espiritu-almente?

Nosso grande Mestre Jesus nos fez uma séria advertência na parábola de Lucas 13.6-9, quanto a responsabilidade de cada salvo nesta vida. Há quatro sugestões desta pará-bola para nós:

I. Deus espera frutos de nós:

Isto se explica e também se justifica pela elevada nature-za dos salvos, e os propósitos de Deus para cada um de nós. É muito natural que o Criador busque os frutos em nossas vidas. Os pais sempre alimentam a esperanças de colherem frutos através dos filhos.

Os agricultores lavram a terra, deixam as sementes nos sulcos abertos, esperam o de-vido tempo para colherem os produtos de seus trabalhos, os frutos.

Cada salvo é como a boa árvore plantada no jardim de Deus, e é nossa obriga-ção darmos frutos, esta tam-bém é a intenção de nosso Criador, Ele não espera ter seus propósitos frustrados. A cada período, ou melhor, diariamente Ele espera de nós frutos, resultados. Ele nos dá 7 dias por semana, 365 dias por ano para produzirmos frutos.

Nosso Deus, o Altíssimo é um Deus vivo, sua presença está estampada na natureza, nas flores e melhor ainda nas vidas transformadas e re-generadas por sua graça sal-

vadora. Portanto, Deus está presente em nós, os salvos. Efésios 2 afirma que fomos salvos para as boas obras (frutos). Nessa perspectiva, Deus tem todo o direito de esperar frutos de cada um dos seus redimidos. Mas Deus, sendo justo, também entende e espera que:

II. Estes frutos devem ser conforme as nossas capacidades e oportunidades:

Nem todos têm as mesmas características, os mesmos dons, ou mesmos talentos. Os dons espirituais, restritos apenas aos salvos, são aque-les em que cada salvo os recebem por ocasião da sua conversão. Os dons naturais são aquelas aptidões que já nasce conosco, vem na nossa engenharia genética, é transmitido de pai para filho, portanto todos, salvos e não--salvos, os têm. Talentos são aquelas aptidões adquiridas pelo aprendizado.

É importante que se tenha este conceito bíblico bem definido, há muita confusão com isto... Por outro lado, o interessante é que nem todos têm os mesmos dons (espiri-tual ou natural), ou mesmos talentos. No lado espiritual, uns demonstram capacidades especiais no ensino bíblico, no pastorado, nas pregações e etc. Já no lado secular, pes-soas demonstram capacida-des especiais na medicina, se destacam mais que outros, uns na música, no futebol chegando mesmo a figurar na galeria dos gênios.

Voltando a parábola, obser-ve que a figueira em questão estava capacitada para produ-zir frutos, recebia cuidados do viticultor, chuva do céu, estava numa terra fértil, rece-bia os raios do sol, mas nada. Quando o dono da horta che-gou para procurar frutos não encontrou. Era uma planta coberta de aparências, que não cumpria as finalidades para as quais havia sido cria-da, trouxe mais tristezas do que alegria para o viticultor.

Cada salvo tem seu raio de ação e está apto a pro-duzir frutos com seus dons espirituais, naturais e ta-lentos. O fruto produzido revela o caráter do salvo e sua relação com Jesus. “Por que ele (Jesus) é a videira verdadeira, todo aquele que estiver ligado em mim produzirá frutos”.

III. Nesta vida uns dão frutos, outros não, mas a vontade de Deus é que todos deem frutos:

Os agricultores certamente já repararam que numa plan-tação de laranjeiras, alguns pés ficam tão carregados que é preciso escorar os galhos para não se quebrarem, en-quanto outros dão apenas algumas laranjas. Notem que todas as árvores que estão no mesmo terreno recebem a mesma chuva, o mesmo sol. Mas uma produz 100 dúzias, uma outra 30.

Tem irmãos que são espeta-culares, ganham almas, traba-lham na zeladoria da igreja, outros cuidam da segurança e introdução, uns tocam, cantam no coro, outros oram, mas, infelizmente, alguns nem participam do que está acontecendo.

Durante a his tór ia do cristianismo temos grandes exemplos de pessoas que fizeram muita diferença: Os apóstolos, em especial Pau-lo. Os reformadores Lutero e Calvino, Spurgeon, Wesley, Billy Graham, Nilson Fanini, Belardim e tantos outros. Qual tem sido o nosso fruto, somos apenas espectadores, não importa se você tenha ou não um cargo na igreja, produza frutos. Devemos produzir frutos onde Deus nos colocou. Outra realidade dessa parábola é que:

IV. Deus pedirá contas a todas as pessoas pelas oportunidades que nos deu nesta vida:

Não tenho dúvidas de que um dia nosso Senhor pedirá contas de todos os nossos dons e talentos, de todas as

oportunidades que tivemos. Temo que a maior cobrança será para omissão. Muitas pessoas receberão a reprova-ção, não pelo que fizeram de errado, mas pelo certo que deixaram de fazer.

Na parábola em questão aquele que recebeu 5, ga-nhou mais 5, o que recebeu 3 mais 3, mas o que recebeu 1, enterrou e não ganhou nada. Foi omisso, enterrou o seu talento. Já sabemos o que aconteceu. Aquele ho-

mem foi condenado por sua omissão. É verdade que é di-fícil sair da inércia, combater o erro, em especial na ado-ração. Somos pressionados por todos os lados a fazer concessões. Mas acima de tudo, deve prevalecer nossa lealdade por gratidão e amor ao Santíssimo Deus que gra-ciosamente nos livrou do inferno, para nos colocar nas regiões celestiais. Deus nos abençoe a frutificar em 2013.

5o jornal batista – domingo, 30/12/12reflexão

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

No dia 8 de dezem-bro, a Igreja Batis-ta 22 de Novem-bro, em Niterói,

completou 50 anos. A 22 de Novembro, como nós a cha-mamos, foi a segunda igreja da minha trajetória cristã. A primeira é a de Santo An-tônio de Pádua, no norte fluminense. Mas foi na 22 de Novembro que confirmei minha profissão de fé, fui batizado, exerci cargos de liderança. Foi a Igreja que me sustentou no período de estudos no Seminário do Sul, onde fui, em 1983, consagra-do ao ministério pastoral, de-dicamos nossa primeira filha, Susanne, ao Senhor.

Durante os 50 anos de exis-tência, a 22 de Novembro só teve dois pastores: Osmar Soares, fundador e pastor que me batizou, e o Jailton Barreto Rangel, que condu-ziu a minha consagração do ministério.

Vinte e Dois de Novembro sempre foi uma Igreja acolhe-dora. Por lá passaram muitos seminaristas, hoje pastores em vários lugares do Brasil.

Foi na 22 de Novembro que descobri a organização Embaixadores do Rei, onde fui embaixador-chefe. “Uma vez embaixador, sempre em-baixador!”. Nesta Igreja fui aos 16 anos presidente da mocidade e mais tarde vice--presidente.

Não tem como escrever sobre a 22 de Novembro e não se esquecer da irmã Ca-tarina, do Tião (meu líder dos Embaixadores do Rei e pai espiritual), da Ivone, do “seu Alfredo”, da Bernadete, do Mauro, da Ieda, da Irene, da Idenir, do Zé, do Luiz Oné-simo, do Gelson, da Marina, do Stanley, do Joãozinho, da Florentina, do Adílio, do Ge-raldo, da Dona Ventina, da Maria Andrade, da Marinete, do “seu” Oreste, do irmão Eduardo, do Tiãozinho, da Dra. Ilva, da D. Ceila, do “seu” Paulino, da minha mãe e de tantas outras pessoas, que por não serem mencio-nadas aqui, não significa que eu as esqueci.

Lembro da irmã Catarina, que com seus recursos tão parcos, colocava uns troca-

dos no meu bolso para ajudar nas despesas do seminário.

Lembro-me das tardes das quartas-feiras que com o “seu” Alfredo fazíamos o boletim dominical. Como posso me esquecer da Leonor que nos alegrava com aquele suco de laranja com bolo.

Como esquecer do jeito do pastor Osmar. Quando um pregador não pregava, den-tro dos seus critérios, refazia toda a pregação do pregador convidado.

Como era gostoso os prepa-rativos para o Natal na 22 de Novembro. Havia muito riso, bagunça, mas as coisas saiam direitinho.

E dos cultos de vigília, no dia 31 de dezembro? Come-çavam às 20 horas e ainda faltava tempo para fazer tudo. No primeiro minuto do novo ano, toda a Igreja estava de joelhos. Depois do culto, tinha o famoso passeio em Arraial do Cabo. Uma verda-deira farofa para os padrões de hoje.

E dos retiros de carnaval? Quem pode se esquecer? Um dia desses passei em frente ao colégio onde a 22 de No-vembro fazia seus retiros, na Região dos Lagos. Eu fiquei a pensar como era possível passar quatro dias naquele lugar.

Obrigado, 22 de Novem-bro! Parabéns pelos seus 50 anos de organização.

Acho que com minhas pala-vras aqui registradas escrevo em nome do José Armando Cidaco, do Hudson, do Al-tair, do Betinho, do Claudio Oliver, do Edinho, da Kátia, da Andreia, do Carminho, da Dilvinha, do meu irmão Gleydiston, do Glauco, do Carlinho, do Washington Roberto, do Moisés, do Ri-cardo, da Janaina, da Regina, da Cleonice, da Verônica, da Marcia, do Alexandre, do Ro-gério, da Eunice, da Edelzia, meninos e meninas, jovens que viveram aqueles dias tão gostosos na querida 22 de Novembro.

Estou ficando velho. Ao re-ler o texto não posso evitar as lágrimas. Mas são lágrimas de gratidão, de amor e alegria.

Obrigado, 22 de Novem-bro!

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Infelizmente temos vis-to total desinteresse de alguns com respeito à vida espiritual. Procuram

Deus nos momentos de difi-culdade e quando o proble-ma é resolvido não voltam mais. Temos presenciado pessoas inconstantes com os compromissos assumidos, sem firmeza, sem dedicação. O importante não é começar bem, mas sim, terminar bem o que começou.

Temos ouvido e visto in-constância e falta de firmeza nos casamentos, vivemos na era dos casamentos descar-táveis. Casa-se hoje e larga amanhã. Lares sem com-

promisso com Deus, sem alicerce, sem estrutura não resistem às intempéries da vida. É necessário firmeza, constância no meio de um mundo inconstante.

O apóstolo Paulo em I Coríntios 15.58 diz: “Por-tanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso traba-lho não é vão”. O capítulo 15 de I Coríntios explica a vitória sobre a morte, em Cristo não morremos espi-ritualmente, mas viveremos eternamente.

Diante dos problemas e dificuldades do dia a dia é necessário firmeza, Deus está vendo o nosso trabalho, aquilo que temos realizado

para Ele. Com a certeza de uma vida eterna no futuro, trabalhamos com mais entu-siasmo, não desfalecemos. Sabendo o que nos espera é que mantemos a firmeza. Em todas as áreas de nossa vida devemos ser firmes, não po-demos vacilar. É necessário vivermos uma vida equilibra-da, sem oscilação do humor. Devemos viver contentes em toda e qualquer situação, pois em Cristo é que temos a certeza da vitória.

Portanto, não desanime, não desista, não fuja dos compromissos, não destrua a sua vida e nem a do seu cônjuge. Continue firme, avante e sem esmorecer. Deus está contigo e dará forças para manter a firmeza de propósito.

Firmeza

6 o jornal batista – domingo, 30/12/12 reflexão

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@geograficaed

/geograficaeditora

A Bíblia Sagrada R.A.N.O. segue a já tradicional tradução João Ferreira de Almeida, Edição Revisada e Atualizada de acordo com os melhores textos do Hebraico e Grego e agora também de acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa.

Dê mais que umpresente,

dê mais luz aosseus caminhos

SABEDORIA PARA HOJEPASTOR LÉCIO DORNAS

A acomodação consiste em fazer da expectativa um fim em si mesmo. Assim, o que importa é curtir o mo-mento da chegada do even-to, ou mesmo os momentos que o antecedem. O evento em si, pouco vale. Depois dele, “tudo como dantes no quartel de Abrantes”. Ou seja, não existe na verdade um desejo de envolvimen-to na construção de uma nova história, só há a pseu-do alegria, euforia efêmera de quem vive apenas um momento na ribalta sem qualquer compromisso com o horizonte.

A secularização está es-tampada nos valores verda-deiros dos que fazem coro

Pr. Lécio DornasSegundo Secretário da Convenção Batista Brasileira e o Coordenador do Ministério Brasileiro da American Bible Society, nos EUA

O novo ano está ás portas! 10, 9, 8, 7… 3,2,1, Che-gou!!!! E o ho-

mem tem a ilusória sensação que o novo ano chegou logo após a sua contagem regressi-va. É um falso sentimento de estar no controle.

Mas a grande verdade é que não são os dias, ho-ras, minutos ou segundos que antecedem um evento que importam. A questão

são os segundos, minu-tos, horas, dias e meses que sucedem um grande evento, isso sim é de fato relevante!

Se a ansiedade de antes não se converter em oração, suor, compromisso, engajamento e contribuição após, tudo não terá passado de ilusão.

Na realidade, existe hoje uma grande crise de com-promisso na sociedade e até nas igrejas. Muita festa, muito ôba-ôba, mas na hora de pe-gar firme no trabalho, poucos são os engajados. A multidão densa reluta com todas as suas forças em migrar para o núcleo. De um lado está a acomodação e, de outro, a secularização.

com a contagem regressiva. É a crença antiga e gasta de que novas histórias se sucedem mutuamente como num reinaugurar perene e inútil de todas as coisas. Va-lores untados no mundanis-mo que celebra o efêmero e aplaude o episódico, mas que é incapaz de valorizar o que permanece e o que tem fundamento.

Está chegando o dia do casamento! 10, 9, 8, 7… Está chegando o dia da formatura! 10, 9, 8, 7… Está chegando o novo líder! 10, 9, 8, 7… Um novo presidente vai ser empossado! 10, 9, 8, 7…

E depois?Depois é aguardar uma

nova oportunidade para

iniciar outra contagem re-gressiva.

Interessante que Jesus não revelou o dia e a hora de sua vinda… Assim ninguém vai poder fazer contagem regressi-va. Sabemos pela Palavra que a relevância do dia da vinda do Senhor está exatamente no que virá depois: Perdição eterna ou salvação eterna!

No que virá depois de cada contagem regressiva deve-ria ser o foco de todos, em especial dos que se deixam embalar por ela…

O novo líder chegou, ca-samento aconteceu, o novo presidente tomou posse, a formatura foi linda, o novo ano está aí!

E agora?

7o jornal batista – domingo, 30/12/12missões nacionais

Redação da JMN

Pastor Valdir Soares, gerente estratégico para Evangelização de Povos Indígenas

da JMN, esteve no mês de novembro na região do Alto Solimões, AM, para conhecer os desafios da evangelização indígena e traçar planos para o avanço do evangelho na região, que conta com mais de 77 mil indígenas.

No município de Benjamin Constant, Pr. Valdir esteve reunido com o missioná-rio Pr. Eli Ticuna, na Aldeia Sabonete, às margens do Rio Solimões. Naquele mu-nicípio, pastor Eli vem tra-balhando na formação de líderes indígenas com três encontros anuais. O primeiro tem como objetivo trabalhar o despertamento da vocação missionária e os participan-tes são indígenas enviados por líderes das aldeias. Após

este primeiro encontro, são selecionados aqueles que seguirão no treinamento, que visa a capacitação bíblica. Durante o período de treina-mento, eles também já estão trabalhando em suas aldeias.

A visão deste Centro de Capacitação é atuar também com cursos profissionalizan-tes nas áreas de enfermagem, agricultura, informática, pis-cicultura, noções de mecâni-ca, entre outros, capacitando os indígenas para atenderem as necessidades do povo da região, “a fim de que eles se tornem uma sociedade forte no contexto social, econômi-co, educacional e cultural, com relevância em nossa sociedade”, destacou Pr. Eli Ticuna. Outro desejo é a realização de eventos com a juventude indígena a fim de fortalecer a vida cristã e mi-nistrar cursos preventivos na área de drogas, sexualidade, noções de higiene e preser-

vação da cultura indígena. É muito comum, com a ida de indígenas para as cidades, o aumento do uso de álcool e outras drogas, além de en-volvimento com prostituição. Por isso é urgente orientar a juventude indígena para que tenham a oportunidade de seguir um caminho saudável.

Muitos são os planos para o avanço da evangelização integral daquela região e, para melhor orientá-los, será feita uma pesquisa a fim de mapear a realidade indígena nos nove municípios que compõem a região do Alto Solimões. De início, entre as necessidades apuradas, está o envio de obreiros com for-mação teológica, linguística, enfermagem e pedagogia para fortalecer o trabalho na

região e também a aquisição de barcos de pequeno porte para visitar novas aldeias, pois há algumas que neces-sitam de dois a cinco dias de viagem. Pr. Valdir também planeja realizar ações pe-riódicas de saúde voltadas prioritariamente para a po-pulação indígena do Vale do Javari, onde muitos estão morrendo em decorrência da hepatite, trazendo uma redu-ção drástica da população. Estas ações também alcan-çariam jovens indígenas que vivem nas cidades de Atalaia do Norte, assim como grupos étnicos e também membros das igrejas da região, onde este atendimento é bastante escasso. É preciso nos unir para a realização desta gran-de tarefa. Nosso desejo é que

a glória de Deus seja manifes-tada naquela região.

“Após as viagens pelos mu-nicípios de Tabatinga, Ben-jamin Constant e Atalaia do Norte, foi possível ter uma vi-são da grandiosidade do tra-balho indígena na região do Alto Solimões. É um grande desafio, mas não vamos recu-ar diante destas informações preliminares. Vamos alcançar estes povos com a Palavra de Deus, com o suporte da JMN e dos batistas brasileiros”.

Se você é um vocacionado para o trabalho indígena, faça contato com [email protected] . Se você deseja investir financeira-mente na expansão do evange-lho entre os indígenas de nossa pátria entre em contato com nossa central de atendimento.

Trabalho indígena no Alto Solimões

Central de AtendimentoMissões Nacionais

(21) 2107-1818Rio de Janeiro

Demais localidades

0800-707-1818

Outras Capitais e Regiões Metropolitanas

4007-1075www.missoesnacionais.org.br

[email protected]

/missoesnacionais @jmncbbPastores Eli e Valdir

Pr. Valdir com líderes indígenas

8 o jornal batista – domingo, 30/12/12 notícias do brasil batista

Elildes Junio Macharete FonsecaPastor da PIB no Bairro São João, RJ

Os dias 15 a 19 d e n o v e m b r o de 2012 ficaram profundamente

marcados na belíssima histó-ria da Primeira Igreja Batista no Bairro São João (São Pe-dro da Aldeia/RJ), em virtude da celebração dos 44 anos de organização.

Desde o dia 1º de setem-bro de 2012, Deus tem me concedido a honra de ser-vir como pastor da Igreja, conhecendo os desafios transpostos por aqueles que foram usados pelo Senhor desde o tempo de congrega-ção e ao longo desses anos

Remy Damasceno LopesPastor da IB Central em Niterói, RJ

Após pouco mais de um ano sem pas-tor, a Igreja Batista Central em Niterói

(IBCN) deu posse a seu novo pastor, Remy Damasceno Lopes, casado com Silvéria Beatriz de Andrade Lopes, no dia 24 de novembro. O pas-tor Remy deixou o ministério da Missão Batista em Copa-cabana, congregação batista pertencente à Igreja Batista do Leme (IBL), iniciada há sete anos em sua própria resi-dência e que hoje se localiza na Av. Prado Júnior, uma es-tratégica região missionária.

A cerimônia de posse ca-racterizou-se pelo clima fes-tivo, resultante da gratidão a Deus pela forma como todo o processo de definição ministerial transcorreu. Reali-dade perceptível nas palavras revestidas de alegria e nas músicas de gratidão.

O culto de gratidão pela posse do novo pastor apre-

e somando fileiras com os que prosseguem no cumpri-mento da missão outorgada por Jesus.

O pastor Alair dos Santos Lima, titular da PIB em Jar-dim Alcântara (São Gonçalo/RJ) foi o proclamador da Pa-lavra, compartilhando, com piedade e firmeza, edifican-tes reflexões para a Igreja e seus visitantes, pois, por ação e bondade do Senhor,

sentou interessantes e agradá-veis aproximações históricas. O pregador da noite foi o pastor Macéias Nunes, que pastoreava a IBL quando foi iniciado o trabalho missio-nário na residência do pastor Remy e que hoje apoia o trabalho missionário da con-gregação. Foi ele também o pregador no culto de posse do primeiro pastor da IBCN, Philippe Leandro, há quase 25 anos. Também esteve no concílio de formação da Igre-ja, em 15 de março de 1987.

Outro fato interessante en-volve a organização da IBCN. Ela foi formada por um grupo de 30 irmãos egressos da Igreja Batista em Icaraí (IBI), no ano de 1987. Período em que o então adolescente Remy Damasceno Lopes era membro da IBI. Apesar do tempo, o convívio entre o pastor Remy e a IBI mante-ve-se intenso durante todo esse tempo, perceptível pela presença de muitos irmãos dessa Igreja, bem como de seu pastor, Dalton de Souza Lima, no culto de gratidão.

todos os cultos contaram com a “casa lotada”.

Na primeira noite (15/11), dia exato do aniversário da Igreja, foram realizados ba-tismos e homenagem aos membros fundadores, além da outorga do título de pas-tor emérito ao pastor Jairo Luiz Pereira, em reconheci-mento aos aproximados 23 anos de frutífero ministério, como uma das modalidades

A IBCN sai fortalecida por tudo que viveu nos últimos tempos. Após o produtivo e afetivo ministério do pastor Val-demar Figueredo Filho, a Igreja demonstrou maturidade espiri-tual e conseguiu realizar com desenvoltura seu ministério, ao mesmo tempo em que condu-

de expressão de carinho que a Igreja decidiu realizar com o querido obreiro que me antecedeu.

Nos demais dias, a cele-bração prosseguiu com ri-quíssima programação, com a participação dos coros e grupos musicais da Igreja, na liderança do M. M. Eliézer Andrade dos Reis.

Fechando com “chave de ouro”, na segunda-feira, dia

ziu o processo de escolha de um novo pastor. Sem perder a fundamental capacidade de sorrir, percebeu, ainda mais in-tensamente, o fortalecimento e direcionamento de Deus, clara-mente expresso na construção da unidade da Igreja em torno do pastor Remy.

19/11, o Coro Jovem apre-sentou – e muito bem – o musical Grandioso, quando a Igreja vibrou com a sua ju-ventude, que tem se despon-tado pelo compromisso com Deus e com a sua Igreja.

Dirigida e sustentada por Jesus, a PIB no Bairro São João tem avançado na pre-gação da Palavra, na comu-nhão e no serviço. Muitas realizações, com a bênção divina, acontecerão e, nessa certeza, a Igreja já se prepara para as celebrações dos 45 anos, quando pregará a Pa-lavra o pastor Geraldo Gere-mias, titular da 3ª IB Macaé e presidente da Convenção Fluminense.

Tributamos ao Senhor toda honra, glória e louvor; e pedimos ao povo batista brasileiro que ore por nós.

Podemos concluir que a IBCN e o pastor Remy po-dem olhar para a história comum, recente e antiga, com gratidão e com a cer-teza de que novas e insti-gantes histórias, Deus está por escrever entre eles e por meio deles.

PIB no Bairro São João celebra 44 anos de organização

Igreja Batista Central em Niterói dá posse a seu novo pastor

Fotos: Patrícia Fonseca

9o jornal batista – domingo, 30/12/12notícias do brasil batista

Rodolfo BarrosPastor da PIB de Rio Tinto, Paraíba

Nossa adoração ao Senhor Jesus Cris-to pelos 13 anos de organização

de nossa igreja foi marcada por muita gratidão, alegria e edificação, não poderia ser diferente, pois, somos uma “Igreja Com Propósito”, comprometida com adora-ção, comunhão, discipula-do, serviço e missões. Nos dias 24 e 25 de novembro de 2012, aconteceram dois abençoados cultos de ação de Graças com a presença dos membros, congregados, amigos e conferencistas con-vidados. Ao Senhor, todo louvor e adoração “porque Dele e por Ele e para Ele são todas as coisas”. Glória pois a Ele eternamente. Amém.

Selio Morais da SilvaColaborador de OJB

Depois de dois me-ses de oficina, a 1ª turma de Clo-wns da Igreja Ba-

tista Ebenézer (Mooca, SP) se apresentou em uma ceri-mônia de formatura muito divertida. O grupo aceitou o desafio da professora de artes cênicas, Camila Faria, para formar um grupo de palha-ços que farão evangelismo e levarão a alegria de Cristo onde for preciso.

Esta foi a primeira apresen-tação para a Igreja e o grupo já se prepara para futuras apresentações no próximo IDE em fevereiro do ano que vem.

A oficina ministrada apre-sentou em sua primeira fase, jogos teatrais e a introdução à mascara do palhaço. Muitos também fizeram a oficina no intuito de perder a timidez

e criar mais desenvoltura na realização de atividades de evangelismo que é a segunda fase do trabalho.

A oficina para novas tur-mas acontecerá a partir de fevereiro de 2013, dando continuidade ao projeto e trazendo oportunidade a mais interessados nesta di-vertida arte.

O presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Pastor Eber Silva, em cumprimento ao que preceitua os artigos 14 e 39 do estatuto desta organização, convoca seus filiados para a Assembleia Geral Anual, a realizar- se nos dias 23 e 24 de Janeiro de 2013, no período de 9h às 17h. No Salão do Teatro Tobias Barreto, localizado na Av. Presidente Tancredo Neves, 2209 – Jabotiana - Aracaju – SE.

Entre outros assuntos serão tratados:Apresentação dos relatórios da secretaria executivaEleição da diretoriaReforma do Estatuto e Regimento Interno

Rio de Janeiro 5 de Dezembro de 2012

Eber SilvaPresidente

CONVOCAÇÃO

PIB de Rio Tinto louva a Deus pelos seus 13 anos

Fotos: Selio Morais

Formandos do curso Clowns na Igreja Batista Ébenezer

10 o jornal batista – domingo, 30/12/12 notícias do brasil batista

João Paulo SouzaCoord. DAER-SUL-MS

Entre os d ias 15 a 18 de novembro foi realizado o Segun-do Congresso dos

Embaixadores do Rei da Região Sul do Mato Grosso do Sul (CONERSUL), uma parceria com ASSIBAS-MS.

O evento ocorreu na ci-dade de Dourados, MS, no Acampamento da Igreja Ba-tista Boas Novas, e foi uma benção. Houve a participa-

ção de 05 embaixadas, com a inscrição de 60 meninos com idades entre 07 a 17 anos e 13 conselheiros.

O II CONERSUL foi mar-cado por competições bí-blicas e esportivas, muitas mensagens de edificação e um louvor bastante ani-mado , a l ém de m u i t a s brincadeiras e confrater-nização entre as embaixa-das. O tema do congresso foi uma reflexão de como ter uma vida de integri-dade a luz da Palavra de

Deus e foi maravi lhoso poder ouvir, ver e sentir Deus der ramando bên -çãos na vida de todos os participantes.

No final do II CONERSUL, os conselheiros das cinco embaixadas participantes elegeram a Diretoria do DAER-SUL, composta por: Coordenador, irmão João Paulo da Igreja Batista Me-morial de Dourados, MS; Vice Coordenador, irmão Sandro, da Igreja Batista Monte Sinai de Dourados,

MS; Diretor de Finanças, irmão Timóteo Borba da Igreja Batista Boas Novas de Dourados, MS; Diretor de Liturgia, irmão Heliton, da Igreja Batista União de Ponta Porã, MS; Diretor de Comunicação, irmão Gilgerto, da Igreja Batista Monte Sinai de Dourados, Ms; e Diretor de Esportes, irmão Altierres Rocha, da 2ª Igreja Batista de Doura-dos, MS.

A Diretoria eleita e todos os conselheiros presen-

tes se comprometeram em trabalharem unidos com a finalidade de fazer um trabalho cada vez melhor, investindo tempo, vida e oração, sabendo que nosso trabalho não é vão no Se-nhor, pois nosso objetivo é causar uma transformação de vida em cada embai-xador nos aspectos físico, moral, social e espiritual, para que eles cresçam na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Embaixadores do Rei do Mato Grosso do Sul participam do

II CONERSUL

11o jornal batista – domingo, 30/12/12missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

O apoio das igrejas e crentes brasi-leiros ao traba-lho de Missões

Mundiais em 2012 resultou em conquistas que ajuda-ram a transformar vidas pelo mundo, testemunhando do amor de Deus. Entre elas está a marca recorde de mais de 750 missionários e a abertura de sete novos campos: dois países na Ásia (não citados por questões de segurança) e em cinco na África (Benin, Cama-rões, Chade, Togo e Ser-ra Leoa). Assim, a JMM já está presente em 72 países, também o maior número já alcançado.

No período, foram nome-ados e enviados aos campos 141 missionários, assim divididos: 24 efetivos, 16 temporários, 34 Voluntários Sem Fronteiras e 67 missio-nários da terra. Como fru-to do trabalho dos batistas

brasileiros, 10.301 pessoas aceitaram Cristo como Sal-vador e Senhor. Com isso, para a honra e glória de Deus, 2.803 pessoas foram batizadas em cumprimen-to à ordenança de Cristo. Rendemos graças ao Senhor porque, como fruto desse esforço missionário, 1.617 frentes foram iniciadas e mais 33 igrejas foram orga-nizadas.

No entanto, é preciso que haja mais gente envolvida e mais igrejas comprometidas em apoiar o envio de missio-nários preparados e dispostos a testemunhar pelo poder do Espírito a povos ainda não alcançados pelo Evangelho de Cristo.

Segundo o Pr. João Mar-cos Barreto Soares, diretor executivo da JMM, a meta é chegar a 900 missionários em um total de 80 países até o final de 2013. Ele revela que o alvo financeiro para o Dia Especial de Missões Mundiais em 2013 é de R$ 15,7 milhões.

“Pode parecer muito di-nheiro, mas se cada um dos quase 2 milhões de batistas brasileiros contribuir confor-me o que Deus inspirou seu coração, superaremos este grande desafio”, diz o pastor.

O Pr. João Marcos desafia os crentes a refletirem sobre o fato de que em um mun-do com mais de 7 bilhões de pessoas, há cerca de 4 bilhões delas que jamais ou-viram falar de Jesus Cristo.

“Em 2013, quero desafiá-lo a, juntamente com a JMM, tes-temunhar de Cristo às nações. Pelo poder do Espírito Santo que recebemos, queremos alcançar Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da Terra. Convido você também a mobilizar seus amigos, fa-miliares, líderes e igrejas. Sonho em ver cada batista compreendendo sua vocação, sua missão e integrado neste grande movimento, para que, tomados de amor e repletos do poder do Espírito façamos parte do projeto de Deus para o mundo”, convoca o pastor.

Missões Mundiais rumo a novos campos

Missionários no Sudeste da Ásia testemunham o Evangelho de Cristo

Pr. João Marcos fala sobre os avanços de Missões Mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

O casal missioná-rio Boaz e Rute (pseudônimos) estão em um país

no Sudeste da Ásia para teste-munhar o Evangelho de Cris-to. Eles chegaram há pouco mais de dois meses e já estão se adaptando à realidade do campo.

Segundo Rute, o primeiro choque foi a língua, e por isso os missionários estão estudando o idioma local quatro horas por dia, de se-gunda a sexta.

“Não tem sido fácil este pri-meiro contato com a língua, pois há palavras que nunca tí-nhamos visto anteriormente. No entanto, o som das letras e até algumas vezes lembram o português”, conta Rute. “O curso durará nove meses, e esperamos que ao fim desse período estejamos nos co-municando razoavelmente na língua daqui”, acrescenta.

Boaz tem atuado em uma escola de futebol que fica próximo à casa onde os mis-sionários estão morando. Ele tem ido aos treinos duas

vezes por semana, e isto tem ajudado justamente com a prática do idioma local. “Nesta escola de futebol, temos ensinado valores cris-tãos após os treinos”, diz Boaz, que teve a oportuni-

dade de compartilhar seu testemunho de vida com alunos muçulmanos da esco-la. “Devido à confiança que os técnicos conquistaram, os alunos vêm, compartilham suas vidas, e no final falamos

abertamente de Deus”, relata o missionário.

O casal finaliza agrade-cendo as intercessões e o sustento enviado pelos ir-mãos brasileiros e faz alguns pedidos de oração. “Ore por

nosso aprendizado da lín-gua e cultura, saúde e por sabedoria para compartilhar sobre o Reino. Ore também pelos povos não alcançados da região em que estamos”, concluem Boaz e Rute.

Missionário compartilha o Evangelho com jovens alunos de escola de futebol no Sudeste da Ásia

12 o jornal batista – domingo, 30/12/12 notícias do brasil batista

Bruno T. SeitzPastor e colaborador de OJB

No ano de 1912 o trabalho batista no Rio Grande do Sul estava ainda

em seus primórdios. Já havia no Estado nove igrejas ba-tistas: Formosa, S. Cruz do Sul (1893), Leta, Linha 11 Leste, Ijuí (1895), Alemã de P. Alegre (1898), Emanuel, Panambi (1906), 1ª Brasileira de P. Alegre (1910), S. Fran-cisco do Alto Uruguai (1910), Linha 5, Ijuí (?), Invernadas, Linha Uma Norte, Ijuí (1911) e Guarany das Missões, atual Linha República (1911). Ha-via nesse ano sete pastores batistas no Rio Grande do Sul: Augusto Matschulat, João Nettemberg, Frederico Roberto Leiman, Guilherme Leiman, Frederico Feuerhar-mel Matschulat, Alberto La-fayette Dunstan e o recém--consagrado Orestes Gomes de Andrade e Silva. Outros três haviam servido também: Joaquim Makewitz (“pastor leigo” da IB Leta), Carlos

Roth (1901-1908) e Alexan-dre Klavin, que foi consagra-do em 1904 e faleceu em Ijuí um ano após.

Em 1912, no dia 16 de abril, foi organizada a décima igreja batista no Rio Grande do Sul, a IB da Linha 10, Ijuí, com membros saídos da IB Leta. Em 21 de agosto de 1927 essa igreja reintegrou-se com a “igreja-mãe”, motivo de júbilo para ambas.

As igrejas alemãs e a leta já haviam organizado, em 15 de outubro de 1910, a Asso-ciação das Igrejas Batistas do Rio Grande do Sul, que em 1940 passaria a fazer parte da CBRS como a “Associação Teuto-Brasileira”; em 1964, desligou-se e tornou-se a Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil.

O trabalho estava se desen-volvendo bem porque, em 10 de março de 1911, Alberto Dunstan havia se mudado de Santos/SP para Porto Alegre e assumira o pastorado da PIB Brasileira, que ele mesmo ha-via organizado em 1910. Ao chegar, ele logo viajou para

Ijuí, onde organizou, ainda que precariamente, algumas igrejas, das quais algumas prosperaram e outras se ex-tinguiram naturalmente pela mudança de seus membros.

Em 1912, dizem os rela-tórios, a PIB Brasileira tinha três Escolas Dominicais em Porto Alegre: na Rua Ramiro Barcelos (sua sede), na Rua Gal. Caldwell e na Rua Dr. Silverio; havia vários “pontos de pregação” no interior e na Capital.

Em 1912, no dia 6 de maio, nasceu em Montene-gro/RS o pastor Adelmir Mo-acir Schroeder, que viria a ser um grande obreiro do Se-nhor. Casado com Edelmira Wailler da Silva, fez o curso por Extensão do Seminário do Rio, em Porto Alegre, e foi consagrado ao ministé-rio em 1º de novembro de 1944. Pastoreou várias igre-jas efetiva ou interinamente e pelo menos duas são frutos diretos de seu ministério: Matias (hoje uma congrega-ção rural) e Palmares do Sul. Foi Presidente e Secretário-

-Correspondente-Tesoureiro da Junta Estadual Batista, secretário e Tesoureiro da Convenção. Foi um dos in-centivadores da fundação do Seminário Teológico Batista do Rio Grande do Sul. O destaque de seu trabalho, no entanto, foi no Colégio Batista, onde foi secretário por muitos anos e, nas férias dos diretores, também serviu como diretor interino. Seu trabalho zeloso na área da educação o levou a ser elei-to presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Rio Grande do Sul, cargo que ocupou por vários anos. Faleceu em 10 de agosto de 1999.

O ano de 1912 também marcou a chegada do pri-meiro missionário enviado pela Missão Batista de Öre-bro, Suécia. Antes havia sido enviado outro missionário, em atenção a pedidos feitos por imigrantes suecos, mas Adolf Larsson faleceu ao chegar ao Rio de Janeiro, em 1894. Somente 18 anos depois veio o missionário

Erik Jansson. Ele chegou a Porto Alegre em 15 de junho de 1912 e ficou hospedado por quase três meses na casa do pastor Alberto Dunstan, antes de poder seguir para o seu destino, a Região No-roeste do Estado. Em 15 de setembro ele realizou o pri-meiro culto em Guarany das Missões e, em 1914, organizou a segunda igreja batista nessa cidade. A obra missionária batista sueca se expandiu pela região com a chegada de Anna Malm, noiva de Jansson, e do pastor Carlos Olaf Svensson, o que propiciou a fundação de vá-rias outras igrejas. Em 1919 foi organizada a Conven-ção Evangélica Batista Sul--Riograndense, que também se desenvolveu e, em 1952, tornou-se a Convenção das Igrejas Batistas Independen-tes, de âmbito nacional.

“Ó Senhor, aviva a tua obra no decorrer dos anos; faz que ela seja conhecida no decor-rer dos anos” (Hc 3.2). Que a oração de Habacuque seja também a nossa oração.

Luciene FragaAssistente de coordenação do Departamento de Ação Social da CBB

Nos dias 15, 16 e 17 de novembro de 2012, o depar-tamento de Ação

Social da CBB promoveu o I Encontro Nacional de Co-ordenadores de Ação Social das Convenções Batistas es-taduais, regionais e organiza-ções auxiliares na cidade de Recife. Estiverem presente 21

convenções e organizações, com um total de 28 partici-pantes.

Tivemos momentos com a exposição da metodologia e o panorama estratégico do DAS. Palestra sobre políticas públicas, devocionais, pa-norama de trabalho de cada Convenção, organização e a construção de uma visão alinhada através de um pla-nejamento participativo.

Veja aqui quais conven-ções e organizações partici-param: Mineira, Centro Amé-

rica, Piauiense, São Paulo, Sul Mato-grossense, Norte Riograndense, Paraibana, Paranaense, Pernambuco, Pioneira do Sul, Tocantins, Baiana, Distrito Federal, Ca-rajás, Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará, Junta de Missões Nacionais, Associação dos Diáconos Batistas do Brasil, União Fe-minina Missionária Batista do Brasil, Seminário de Educa-ção Cristã-SEC, Casa Batista da Amizade-PE e Convenção Batista Brasileira.

Departamento de Ação Social da CBB

I Encontro de Coordenadores de Ação Social da CBB

Centenários Batistas Gaúchos em 2012

Planejamento participativo

Reflexão sobre cidadania

Coordenadores de Ação Social reunidos

13o jornal batista – domingo, 30/12/12notícias do brasil batista

Por Marcos Vinicio Dias Ribeiro

Os alunos da 24ª turma do curso de Bacharel em Teologia do Se-

minário Teológico Batista de Itaperuna – SETEBI apre-sentaram os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) no auditório Pr. Heitor An-tonio da Silva. As monogra-fias, apresentadas por cada aluno com enfoque distinto, fizeram abordagem em varia-dos temas da Teologia, bem como na ação da Igreja nos tempos atuais.

As bancas examinadoras foram formadas pelos pro-fessores: Rômulo Vinícius Dias, Josué Pereira Brum, Isaac Ferreira Pimentel,

Eimaldo VieiraEx-pastor da Primeira Igreja Batista de Pureza

Sou grato ao pastor Elieser Teixeira Freitas pelo privilégio que me concedeu de ofe-

recer esta notícia ao povo batista brasileiro.

A Primeira Igreja Batista de Pureza tem uma história dig-na de um livro. Como con-tavam meus pais, ainda não convertidos, a Igreja nasceu debaixo de uma árvore, num lugar bem distante da vila, conhecido como Fazenda dos Quarenta. Foi organi-zada em 8 de novembro de 1912. Depois de se reunir em diversos lugares, adqui-riu a propriedade onde per-manece até hoje, a quinze passos da estação ferroviária e em frente ao Jardim, única opção pública de romance e lazer das famílias pure-zenses.

O antigo templo lá está ain-da hoje, com pequenas mo-dificações. Vários foram os

pastores da Igreja nestes cem anos, alguns como visitantes, outros, residentes. Entre eles podemos mencionar A. B. Christie, Antonio Mello, João Barreto da Silva, Israel José Pinheiro, Gumercindo Ce-sário da Silva, Luís Henrique Mendel, Walter Luiz Terra Peixoto, sendo atualmente pastoreada pelo Pastor Elieser Teixeira Freitas, ao lado de sua dedicada esposa, irmã Célia Marli.

O Centenário foi marcado por diversas celebrações du-rante todo o ano, sendo que a programação da última semana aconteceu na quadra esportiva do Colégio Estadual Geraque Collet. Pregaram e cantaram convidados espe-ciais como pastor Anderson Clayton e Ministério Everal-do Morais no dia 3; pastor Geovar Poubel e Ministério Getsêmani no dia 4; pastor Zezinho e Ministério Apo-calipse nos dias 5 e 6; pastor Marcelo Amaral e Ministério Sai da Tenda no dia 7; pastor Geraldo Jeremias e Ministério

Trazendo a Arca no dia 8; Vigília de Oração pelo Cen-tenário no dia 9; Noite dos membros de todos os tempos e Ministério Altos Louvores no dia 10; realização de 28 batismos pela manhã, Car-

reata do Centenário à tarde, noite com o pastor Aécio Pinto Duarte e ainda o Con-junto Altos Louvores, os três eventos no mesmo dia 11.

Foi feita uma foto-lembran-ça do dia do Centenário,

com fotos de membros da Igreja, o que oferece uma ideia do que Deus está fa-zendo hoje com Pureza e esta que o pastor Elieser chamou “A Geração do Cen-tenário”.

Alunos do curso de Bacharel em Teologia do SETEBI apresentam TCC

PIB de Pureza é Centenária

Aluno Leandro dos Santos Rezende apresentando a sua monografia

Alunos do SETEBI acompanharam atentos às apresentações Uma das bancas examinadoras do TCC

ConviteA Igreja Batista do Campo dos Afonsos

convida a todos para o culto de Ação de Graças

pelos 25 anos de ministério do seu Pastor

Data: 30/01/2013 Horário: 19:30

Rua Frei Sampaio, 605 Marechal Hermes Rio de Janeiro/RJ

Tel. 3390- 4846

Joaquim José da Silva Jr.

Carlos Rogério, Marcos Vi-nicio Dias Ribeiro, Marcus Gomes Salomé, Waxuel Pereira Rodrigues, Kátia Botelho Brum e Francisco Jucá.

Temas apresentados foram:Luciano Beloni Sueth – “O

Lugar da Pregação no Minis-tério Pastoral”.

Carlos Fernando Gomes Filho –“Missões Urbanas na Comunidade Carente”.

Aristidis Machado Macedo – “A Mentoria do Neo-Pastor na Perspectiva de Paulo”.

Ademir Samuel Moreira - “A Oração Bíblico Teoló-gica”.

Claudio Adão Prado da Silva - “A Relevância da EBD nos Dias de Hoje”.

Vanir dos Reis Silva – “Jus-tificação pela Fé”.

Leandro dos Santos Rezen-de – “O Valor da Pregação Expositiva na Vida da Igreja”.

Getro Barbosa de Oliveira Junior – “Ministério Pasto-ral com Ênfase no Perfil do Pastor”.

Rivalnir Gonçalves Teixeira – “Arqueologia Bíblica: Arca de Noé, Fantasia ou Reali-dade?”

A apresentação de cada TCC foi aberta ao público e também é uma das atividades mais importantes e sine qua non para a conclusão do Cur-so de Bacharel em Teologia no SETEBI, pois os alunos que estão findando seus estu-dos podem, neste momento, demonstrar destreza com referência a literatura, o bom trato com o discurso e suas nuances e seu esmero com

os temas escolhidos a ponto de empolgar tanto a Banca Examinadora como aos ou-tros alunos que assistiram as defesas.

A Solenidade de Forma-tura da 24ª turma do curso de Bacharel em Teologia

do Seminário Teológico Ba-tista de Itaperuna – SETEBI foi no dia 08 de dezembro às 19h00 no Templo da Primeira Igreja Batista de Itaperuna à Avenida Cardo-so Moreira, 691 – Centro – Itaperuna-RJ.

14 o jornal batista – domingo, 30/12/12 ponto de vista

Em 2013, nossa igreja usará o “Presente di-ário”, antigo “Pão di-ário”, como subsídio

para devocionais nos lares dos seus membros. Fui ler as devocionais e me encantei com uma, muito profunda e tão simples, que ainda não me ocorrera. Seu título é “Vontade” e seus suportes são o Salmo 40.8 e Mateus 6.10. Neste último texto, o foco é a expressão de Jesus “Seja feita a tua vontade as-sim na terra como no céu”.

Começam a circular os au-gúrios para 2013. Alguém postou no Facebook: “2013 será só vitórias!”. Soa-me triunfalismo ingênuo. Não será um ano só de vitórias. Haverá derrotas, tropeços, choro e frustrações. Um pas-tor que passe um ano inteiro sem se frustrar precisa se examinar. Há algo muito estranho com ele. Um crente

Altemir FarinhasEmpresário e administrador com especialização em Finanças e Engenharia Econômica e MBA de Responsabilidade Corporativa

O ranking dos de-sejos: 1º Casa própria; 2º Carro zero; 3º Casa na

praia ou chácara; 4º Viagem (nacional ou internacional); 5º Novos eletrodomésticos ou eletrônicos (televisão, computador, outros). Esse é o ranking dos desejos e a cada desejo realizado outro surge no lugar. Os nossos desejos são infinitos, porém os nos-sos recursos financeiros são finitos.

Como não estourar a conta no fim do ano?

Com planejamento, é pre-ciso escrever o que pretende fazer ou comprar. O ato de escrever ativa o nosso cons-ciente e inconsciente, é uma ação motora e visual. Ao perceber que os gastos são

que passa um ano sem ter problemas já deve ter che-gado ao céu há, pelo menos, um ano. Quando comentei com uma pessoa sobre essa declaração, ela me respon-deu tratar-se de “declaração profética” e por isso não po-dia ser contestada. Como ando meio defasado com as novidades evangélicas (e não quero me atualizar, pois mui-tas delas me deprimem), não sei exatamente o que é “de-claração profética” e o que a torna acima de ponderação e de reparo. Porque vejo tantas que nunca dão certo que não sei por que não se pode con-testá-las. Já me insurgi contra o tal de “perdão profético”, em que a pessoa queria que eu pedisse perdão à África pela escravidão. Por quê? Porque sou branco? Meus ancestrais vieram da Europa e se acabaram aqui no cabo da enxada. Nunca tiveram

maiores que os recursos, é possível readequar os gastos, reduzindo e cortando o que não for necessário. É comum no final do ano as pessoas usarem mais a emoção do que a razão, e isso é prejudi-cial a saúde financeira.

Por que fazemos promessas nesta época e ao longo do ano não conseguimos cumprir?

Qual nosso maior erro? Não paramos de pensar e imaginar como será o futu-ro, mas o maior erro é ape-nas sonhar. No final de ano ocorre uma concentração de conversas e perguntas nesse sentido, dúvidas, questiona-mentos e muitas promessas. Ao não escrever seu sonho, seu desejo, ele continua sen-do uma nuvem que com o tempo vai se dissipando. É preciso transformar esse de-sejo que é imaterial em algo concreto, real e possível de ser conquistado. Escreva com riqueza de detalhes, escreva seu desejo e o que precisará para realizá-lo. Recomendo

escravos e trabalharam como se o fossem. Esse modismo de “proféticos” enseja muita inconveniência.

Mas o “Presente diário” me lançou luzes com a me-ditação de 21 de janeiro de 2013. A melhor oração que poderemos fazer é que a von-tade de Deus se cumpra em nossa vida. Seja ela qual for. Mesmo que a vontade dele seja que tenhamos problemas semelhantes aos de Jó. A von-tade de Deus é sempre “boa, perfeita e agradável” (Rom. 12.2). O problema é que muitos de nós queremos que a nossa vontade prevaleça. E a nossa vontade é triunfar, não ter problemas, passar o ano incólume a crises, ser abençoado em tudo. Como a criança, que quer apenas sorvetes, balas e bombons. Mas essas coisas não são as melhores para sua nutrição balanceada.

que compre um caderno (um diário) e escreva no topo de cada folha um desejo, depois no corpo da folha escreva suas metas, objetivos e planos para conquistar seu sonho. A cada mês consulte seu caderno e verifique o andamento das coisas, quais foram os seus sonhos, o que foi conquistado e o que você está fazendo para que eles se realizem.

Como fazer um planejamento financeiro

eficaz no fim do ano?Quais as dicas? Faça o seu

planejamento financeiro jun-to com a família. Escreva todas as receitas e despesas, separe as suas despesas por “categorias”, por exemplo: HABITAÇÃO, depois rela-cione todas as despesas dessa categoria; aluguel ou pres-tação, condomínio, água, energia elétrica, manuten-ção, outras. ALIMENTAÇÃO, depois relacione todas as despesas dessa categoria; supermercado, panificadora, feira, outros. Para que seja

Pessoalmente, eu gostaria que algumas coisas me su-cedessem em 2013. Elas me fariam sentir-me muito bem. Mas, honestamente, não sei se é o melhor que Deus tem para mim. Algumas dessas coisas podem ferir a vontade de Deus para mim, e a von-tade dele deve prevalecer so-bre a minha! E já experimen-tei que, todas as vezes que sou estabanado e imponho meu querer, me dou mal. O voluntarismo espiritual (“Eu quero, eu determino, eu exi-jo!”) me soa como arroubo de adolescente espiritual. E malcriado, ainda por cima. Um cristão maduro deve ter aprendido com seu Salvador a orar “Pai, se queres afasta de mim esse cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Luc. 22.47). Esta oração não foi feita por um sem fé, como dizem os te-leevangelistas. Foi feita pelo

eficaz, delegue algumas tare-fas e escolha um dia de cada mês para essa reunião. Um é o responsável por arquivar as contas pagas, outro por preencher a planilha, outro por conferir os valores, e assim por diante. Essa tarefa não dura mais de uma hora, isso quer dizer que por ano você investe 12 horas do seu tempo ou menos de 0,14% das horas de um ano. Faça a projeção para os próximos 12 meses, isso ajuda a prever momentos difíceis e a organi-zar a vida financeira.

Quais os passos para alcançar os resultados de metas financeiras?

Primeiro criar as metas, os objetivos, escrever o que quer alcançar e como se pro-põe a fazer isso. Segundo, acompanhar semanalmente o que foi proposto. Faça um diário de suas realizações e também os motivos por não ter conseguido alcançar sua meta. Terceiro, comemore. Isso mesmo, ao alcançar uma meta faça algo para marcar

homem que mais privou de comunhão com o Pai. Manti-nha comunhão com ele antes do mundo existir (João 17.5).

Por isso, antes de pedirmos uma série de coisas a Deus, muitas delas legítimas, que tenhamos o bom senso de orar, dizendo: “Que em 2013 a tua vontade se cumpra em minha vida, seja ela qual for!”. Não há lugar mais se-guro para se viver que no centro da vontade de Deus. Tanto sua vontade geral para nós (atenção, nada a ver com a Vontade Geral, de Rous-seau!), como sua vontade específica para nós.

Por isso, ore assim: “Meu Pai, que tua vontade se cum-pra em minha vida, neste novo ano!”. Se a vontade do Senhor se cumprir em sua vida, seu 2013 será um ano muito abençoado. E, o mais importante, Deus será glorificado!

esse momento, para come-morar com a família, para reconhecer o seu empenho, sacrifício e determinação.

O que fazer quando não conseguimos executar os planos programados

no início do ano?Ao verificar que o ano co-

meçou e nada mudou, mude! Pare o que está fazendo e reveja seus projetos, seus planos, a sua vida. Muitas pessoas começam algo e não terminam, ficando com um sentimento de culpa, procure ajuda, procure um conselheiro. Loucura é fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes.

A alma do preguiçoso dese-ja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta (Provérbios 13.4). Todo o trabalho do homem é para a sua boca, e contudo nunca se satisfaz o seu espí-rito (Eclesiastes 6.7). Deleita--te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração (Salmos 37.4).www.equilibriofinanceiro.com.br

15o jornal batista – domingo, 30/12/12notícias do brasil batista