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D urante um longo periodo desde o surgimento da pandemia do SIDA no mundo e mais especificamente em África, a tarefa onerosa de educação do público em relação a prevenção, cuidados e mesmo algumas vezes o tratamento tem muitas vezes recaido nos ombros das PVHS. Muitas vezes, através do dar testemunho, as PVHS têm desempenhado um papel significativo no aumento dos níveis de sensibilidade das pessoas em África. Não se opondo a isso, as questões estão a surgir como se isso estivesse correcto e/ou é a melhor forma de proceder na luta contra o HIV/SIDA em África. Muitos argumentam que de facto isso constitui uma fronteira simbolica em relação a participação funcional ao invés da participação interactiva das PVHS que não parece reconhecer as PVHS como parceiros iguais no combate ao HIV/SIDA no continente. Este argumento foi colocado no sentido que a participação functional está onde as populações dos infectados e afectados pela epidemia foram mobilizados em grupos ou associações para satisfazer continued on pg 3 Publication HASAP Contenu Actualização do HASAP 4 Pesquisa para Acção 6 Vozes do Terreno sobre o HIV/SIDA 8 Ronda sobre o HIV/SIDA 16 Recursos, Publicações & Conferências 17 Factos sobre o SIDA 19 Edição 7, Março de 2007 Juntos na luta! HASAP continua na página 3> Porque e que nos na maioria das vezes deixamos para as pessoas vivendo com HIV e SIDA (PVHS) falarem sobre o HIV e SIDA ? alguns objectivos Predeterminados, por exemplo materializando o princípio de GIPA, reconhecendo os direitos das crianças a serem ouvidas em quaisquer actos que lhes preocupam, etc. Por outro lado, a participação interactiva envolve as PVHS bem como outros grupos vulneráveis na sociedade, numa análise conjunta que leve aos planos de acção que reflictam as suas necessidades. Esta forma de participação pode apenas ser materializada se a capacidade das PVHS e tais grupos susceptíveis forem fortalecidos. É importante observar que os outros para além das PVHS, esta epidemia ja mutilou e afectou todas as categorias da sociedade, deixando muitos grupos vulneráveis susceptíveis a infecção. É obrigatório envolver de forma suficiente tais grupos com vista a vencer efectivamente a batalha contra o HIV e SIDA. Dando credenciais a este argumento, numa apresentação NOTĺCIAS DO Boletim informativo do Programa de Advocacia e Apoio ao HIV e SIDA da ACORD Levantando vozes Da esquerda para a direita: Donald Kasongi-o Director da ACORD Tanzânia, Asunta Wagura-uma das principais activista das PVHS do Quénia e Directora Executiva da KENWA, Wasai Jacob Nanjakululu- Oficial de Advocacia e Política da ACORD, Ilustre. Raila Odinga – um proeminente Membro do Parlamento Queniano pela Oposição e um aspirante a presidência; todos os panelistas durante o workshop sobre HIV/SIDA, Soberania Alimentar e Comércio patrocinado pela ACORD no Forum Social Mundial do dia 23 de Janeiro de 2007.

Edição 7, Março de 2007 DOHASAP - acordinternational.org · tratamento tem muitas vezes recaido ... no sentido que a participação functional ... tomarem um papel activo nas campanhas

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Durante um longo periodo desde o surgimento da pandemia do SIDA no mundo e mais especificamente

em África, a tarefa onerosa de educação do público em relação a prevenção, cuidados e mesmo algumas vezes o tratamento tem muitas vezes recaido nos ombros das PVHS. Muitas vezes, através do dar testemunho, as PVHS têm desempenhado um papel significativo no aumento dos níveis de sensibilidade das pessoas em África. Não se opondo a isso, as questões estão a surgir como se isso estivesse correcto e/ou é a melhor forma de proceder na luta contra o HIV/SIDA em África. Muitos argumentam que de facto isso constitui uma fronteira simbolica em relação a participação funcional ao invés da participação interactiva das PVHS que não parece reconhecer as PVHS como parceiros iguais no combate ao HIV/SIDA no continente. Este argumento foi colocado no sentido que a participação functional está onde as populações dos infectados e afectados pela epidemia foram mobilizados em grupos ou associações para satisfazer continued on pg 3

Publication HASAP

ContenuActualização do HASAP 4Pesquisa para Acção 6Vozes do Terreno sobre o HIV/SIDA 8Ronda sobre o HIV/SIDA 16Recursos, Publicações& Conferências

17

Factos sobre o SIDA

19

Edição 7, Março de 2007

Juntos na luta!HASAP

continua na página 3>

Porque e que nos na maioria das vezes deixamos para as pessoas vivendo com HIV e SIDA (PVHS) falarem sobre o HIV e SIDA ?

alguns objectivos Predeterminados, por exemplo materializando o princípio de GIPA, reconhecendo os direitos das crianças a serem ouvidas em quaisquer actos que lhes preocupam, etc. Por outro lado, a participação interactiva envolve as PVHS bem como outros grupos vulneráveis na sociedade, numa análise conjunta que leve aos planos de acção que reflictam as suas necessidades. Esta forma de participação pode apenas ser materializada se a capacidade das PVHS e tais grupos susceptíveis forem fortalecidos.

É importante observar que os outros para além das PVHS, esta epidemia ja mutilou e afectou todas as categorias da sociedade, deixando muitos grupos vulneráveis susceptíveis a infecção. É obrigatório envolver de forma suficiente tais grupos com vista a vencer efectivamente a batalha contra o HIV e SIDA. Dando credenciais a este argumento, numa apresentação

NOTĺCIAS

DOBoletim informativo do Programa de Advocacia e Apoio ao HIV e SIDA da ACORD

Levantando vozes

Da esquerda para a direita: Donald Kasongi-o Director da ACORD Tanzânia, Asunta Wagura-uma das principais activista das PVHS do Quénia e Directora Executiva da KENWA, Wasai Jacob Nanjakululu-Oficial de Advocacia e Política da ACORD, Ilustre. Raila Odinga – um proeminente Membro do Parlamento Queniano pela Oposição e um aspirante a presidência; todos os panelistas durante o workshop sobre HIV/SIDA, Soberania Alimentar e Comércio patrocinado pela ACORD no Forum Social Mundial do dia 23 de Janeiro de 2007.

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ÉditorialUma calorosa boas vindas a vocês, nossos leitores desta sétima edição do Boletim Informativo do HASAP com o tema: “Levantando vozes!”À medida que o SIDA continua a afectar as sociedades especialmente os grupos mais vulneráveis como as COVs, viúvas, PVHS, os militares, entre outros actores não têm sido inúteis. Ao nível mundial, diversas iniciativas têm sido empreendidas em diversos sectores para abordar o impacto da epidemia sobre as categorias vulneráveis da população. Diversos como eles podem ser, as iniciativas visam contribuir para uma solução efectiva e duradoura e com impacto na epidemia. A doutrina central para uma sustentabilidade de tais iniciativas e respostas e a participação activa dos grupos vulneráveis, levantando as suas vozes e pontos de vista sobre as políticas, pensamento e prática.

Esta edição do boletim informativo desta alguns dos trabalhos feitos pela ACORD e seus parceiros para levantar as vozes dos marginalizados em diferentes países com o propósito de alcançar os seus objectivos fundamentais – aumentando os níveis de justiça social para a população vulnerável no seio do continente Africano. Nele, exploramos as realizações feitas ao levantar as vozes da maioria dos marginalizados e os desafios enfrentados pelos diferentes grupos que tem se tornaram susceptíveis ao HIV e são vulneráveis ao SIDA por virtude da sua posição na sociedade.

“Dando uma voz às essas pessoas marginalizadas, incluindo as PVHS portanto, vai para além de apenas dá-los espaços para advocar pelos seus direitos a medida que o HIV e SIDA se desenrola, isso significa um esforço deliberado de iluminá-los acerca de outros factores relacionados que tem impacto nas suas vidas e a sua cruzada contra a pandemia especialmente em África. Isso significa engajá-los não apenas nas intervenções específicas do SIDA mas ampliando o escopo para rope as mesmas em outras campanhas populares e relevantes que juntamente com a luta contra o SIDA podia construir a sinergia necessária para tornar este combate sustentável e vencível.”

As diversas questões que fazem parte de “levantando vozes” variam da situação difícil das trabalhadoras de sexo do Burundi e o que tem sido feito através dos esforços da ACORD para ajudá-los a tornarem menos susceptíveis ao HIV, para as ferramentas que têm sido usadas para abordar a situação lamentável das COVs no oeste do Uganda resultando de estudos levados a cabo pela ACORD. Também avaliamos o impacto do estigma e discriminação nas vidas das PVHS bem como aqueles que não estão infectados e o seu papel na alimentação da propagação do HIV/SIDA através do continente. Nesta edição, existe também destaque do trabalho da ACORD entre os combatentes desmobilizados numa das mais antigas guerras civil em Angola.

Esperamos que para alem de fornecer uma boa leitura, “Levantando vozes “ ira também estimular discussão sobre como a ACORD e os parceiros podem fortalecer o envolvimento dos marginalizados nos processos que os afectam.

Gostaríamos de agradecer aqueles contribuintes desta edição sem os quais este caleidoscópio do trabalho expresso nestas páginas não seria possível.

Juntos na luta

Dennis Nduhura, Gestor do Programa HASAP da ACORD

ContribuintesDonald KasongiACORD Tanzânia

Sunday AbwolaPrograma do Norte do Uganda da ACORD

John NajunaPrograma do Sudoeste do Uganda da ACORD

Ilham-OsmanACORD Norte do Sudão

Maria de FatimaACORD Angola

Margret Wamukoya ACORD Quénia

Diane MpinganzimaACORD Burundi

Janah NcubeACORD Quénia

Jacob Wasai ACORD HASAP

Equipa Editorial:Dennis Nduhura, Ellen Bajenja, Jacob Wasai, Emily Byaruhanga com o apoio logístico de Paul Muhwezi

Design & Print:Visual Effects Limited1st Fl - U4 Printers’ Acade,Plot 29A/29B Nasser RoadP. O. Box 8977 KampalaTel: +256 312 264 423Fax: +256 312 263 446Mob: +256 751 601 [email protected]

Les contributeurs à cette édition:

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História de Capa

recente para o pessoal da sede da ACORD em Nairobi, Asunta Wagura, uma das principais activista dentre as PVHS no Quénia duvidou por alto: Porque é que isso é muitas vezes deixado para as pessoas vivendo com o HIV e SIDA (PVHS) de falar sobre o HIV e SIDA. Como é que isso de qualquer forma se tornou em responsabilidade das PVHS de ensinar o mundo sobre isso, falar em relação as pessoas a serem testadas, os métodos de proteção e como viver uma vida saudável assegurando que se tu estás infectado pelo HIV, tu vives positivamente e se tu não estás, protegés aquele status quo? Claramente essa foi uma ponta do icebergue demonstrando a frustração que de facto, as PVHS enfrentam em descartar este papel deliberadamente propositado.

Este tipo de expressão deve fazer com que os peritos de programação da intervenção relacionada com o HIV/SIDA sentam-se e comecem a pensar em relação a como melhor envolver as PVHS bem como aqueles susceptiveis a infecção pelo virus por virtude da sua posição na sociedade, na luta contra o HIV/SIDA em África. Especificamente, uma vez que precisamos de manter o momentum e expandir a interacção significativa dos infectados e afectados com os outros parceiros na luta contra o HIV/SIDA no continente. Em reconhecimento deste facto, a ACORD organizou um workshop recentemente sob os auspícios do Forum Social Mundial em Nairobi sobre o HIV/SIDA, Soberania Alimentar e Comércio cuja agenda foi de explorar as ligações entre a globalização, os Acordos de Parcerias Económicas (APEs), comércio, soberania alimentar e o seu impacto na luta contra o SIDA em África. Ele tambem visava iluminar as organizações que trabalham com as PVHS(pessoas vivendo com HIV/SIDA) e outros grupos vulneráveis ao HIV/SIDA a tomarem um papel activo nas campanhas de comércio justo e a juntar forças com as outras organizações, para dar voz as suas preocupações em relação as regras de comércio injusto. Além disso, isso também procurou sensibilizar as organizações de activistas envolvidas nas campanhas sobre comércio justo, parar com os APEs, acabar com a pobreza e a soberania alimentar para verem as suas campanhas através de

>continuação da pagina 1

Presidente do Conselho de Administração da ACORD, Teopista Akoyi dirigindo-se aos participantes durante o FSM , Nairobi, Dezembro de 2007. (A direita, o Ilustre . Raila Odinga; no meio, Membro do Congresso da Juventude Surda do Quénia ( Kenya Deaf Youth Congress) interpretando em língua de sinais para os participantes surdos)

uma perspectiva do SIDA, à medida que ela continua a ser uma das principais ameaças ao desenvolvimento em África.

Falando durante este workshop em que participaram os delegados do FSM de todo o mundo, uma panelista Asunta Wagura ela própria uma PVHS nas últimas duas décadas se exprimiu chocada que elas no sector do SIDA, conheciam nada sobre os Acordos de Parcerias Económica, embora elas iriam definitivamente ter um impacto sobre as suas vidas e em relação a luta contra o HIV/SIDA em África. Ela apelou aos principais actores anti-APE a envolve-las através da construção da sua capacidade de ampliar os seus horizontes de compreensão de outros factores sociais, económicos e mesmo políticos que têm impacto sobre a luta contra o SIDA em África.Esta revelação candida foi na verdade um testemunho de como a luta contra o HIV/SIDA foi abordada de forma restrita, isolada de outras questões que têm um peso primordial em relação ao sucesso ou perda desta luta. Isso portanto compete aos parceiros a menosprezar as relações do HIV/SIDA com as outras questões sectoriais que podem ter um peso num combate sustido contra esta pandemia em África. Por este motivo, estamos a apelar a todas as organizações que trabalham com PVHS e outros grupos susceptíveis ao HIV/SIDA em África a procura de estar envolvidos em campanhas populares contra a pobreza, poir exemplo, contra o comércio mundial injusto e apoiar a campanha para

o cancelamento da dívida entre outras. Na mesma mesma direcção, as organizações de liderança dos activistas devem de forma deliberada sair do seu caminho para trazer a campanha outras organizações que trabalham com as PVHS e outros grupos marginalizados nas suas sessões de planificação não apenas para as PVHS para lhes iluminar mas também para tais organizações compreenderem a situação das PVHS e tenham uma oportunidade para se educarem bem como sobre como abordar as suas campanhas a partir de um ponto de vista do SIDA.Isso foi portanto muito refrescante bem como desafiador quando no workshop da ACORD no FSM, uma mulher agricultora da Zâmbia deu uma perspectiva comovente de como a sua capacidade como uma camponesa, ela teria sofrido uma dupla tragédia se os APEs fossem implementados. ‘Primeiro perderia o meu modo de vida sustentável à medida que os meus produtos agrícolas seriam forçados a competir com produtos agrícolas baratos

Auteur: Wasai J. NanjakululuAgent de ACORD pour la Politique et le Plaidoyer

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Actualização do HASAP

O HASAP visa promover a aprendizagem, tanto dentro como fora da ACORD, melhorando as respostas ao HIV e SIDA e fortalecendo a capacidade da ACORD de desenvolver parcerias eficazes com as comunidades com o propósito de influenciar o pensamento, políticas e práticas através da pesquisa e advocacia, apoio técnico e partilha de informação. Esta secção fornece informação breve sobre o que tem sido feito durante os últimos meses com vista a satisfazer tais objectivos.

Pessoal da ACORD e parceiros do Sudão, Uganda, Etiópia, Tanzânia, Quénia, Burundi, Ruanda durante o Encontro sobre a Políitica do Local de Trabalho, Kampala, Junho de 2006

Encontro de Kampala sobre a Política do Local de Trabalho O encontro de três dias foi apreciado pelos participantes de diferentes programas da ACORD dos países na regiao, nomeadamente Burundi,Etiopia, Ruanda, Sudao, Tanzania, Uganda, e as organizações parceiras da Cordaid bem como do Secretariado da ACORD. O workshop regional foi realizado em Junho de 2006 com o propósito de, entre outras coisas; trazer abordo todas as pessoas/organizações em sintonia para avaliar a importância de ter uma política do HIV/SIDA para o local de trabalho. Embora algumas organizações já tivessem desenvolvido directrizes e planos de trabalho para abordar o HIV/SIDA no seu local de trabalho, a maioria ainda tinha desafios de assegurar que as suas respectivas direcções

reconhecem o impacto do HIV/SIDA na sua força de trabalho. Além do aumento da sensibilidade dos programas em relação a importância e relevância da implementação da política do local de trabalho nos programas e parceiros da ACORD, este workshop ajudou a dar início ao processo da Política do Local de Trabalho em tais programas. Os planos foram produzidos pelos programas para a implementação da política do local de trabalho durante o workshop

Workshop de Integraçâo do HIV & SIDA no programa de soberania alimentar, Ndjamena, TchadeO workshop de integração do do HIV/SIDA foi realizado em Ndjamena, Tchade de 26 a 29 de Setembro de 2006. O objectivo geral

do workshop foi de introduzir e orientar os programas e parceiros da ACORD na regiao 2 (Tchade, Camarões, Nigéria) primeiro em relação aos fundamentos da integração do HIV/SIDA (porquê e como) nos seus programas de desenvolvimento e mais especificamente nos programas de soberania alimentar sendo actualmente implementados. O workshop que foi apoiado pelo Oficial de Apoio ao Programa do HASAP e do Director da ACORD Tanzânia, suscitou muitas questões incluindo a necessidade de pensar as estratégias que abordam o HIV/SIDA nas regiões de insegurança alimentar da África Ocidental

Workshop de Integração do HIV/SIDA em Maputo, MoçambiqueEste teve lugar de 26 – 29 de Novembro

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Actualização do HASAP

O pessoal da ACORD e parceiros de Moçambique e Angola,durante a formação em integração do HIV e SIDA - Maputo, Novembro de 2006

de 2006 em Maputo, e participaram os membros do pessoal da ACORD Moçambique e Angola. O mesmo foi apoiado pela Oficial de Apoio ao Programa do HASAP, a Sra. Ellen Bajenja e o Director da ACORD Tanzânia- o Sr. Donald Kasongi. O workshop foi multisectorial e incluiu participantes das empresas de comunicação social e associações de PVHS bem os membros do pessoal da ACORD

XVI Conferência Internacional do SIDA, Toronto CanadaEste evento anual foi realizado de 13 – 18 de Agosto e participaram o Gestor do Programa HASAP e do SAN! Coordenador do Uganda.Algumas das áreas destacadas na conferência incluem:i) O importante papel que a nutrição joga na

luta contra o HIV/SIDAii) A necessidade de formar o pessoal

(fortalecer os serviços de cuidados de saúde e as instalações)

iii) A necessidade de mais recursos serem colocados na PTMPF (PTV)

iv) A circumcisão a ser usada como um caminho para prevenir o HIV/SIDA

v) Os jovens a serem incluidos no desenho do programa

vi) A necessidade de mais recursos serem colocados na luta contra o HIV/SIDA – e

o apelo aos países do G8 de abordarem seriamente tais questões.

vii) A necessidade de incluir activamente as PVHS como parceiros activos na luta global contra o HIV/SIDA

viii) Os resultados positivos que vem da pesquisa sobre o uso de microbicidas como uma medida de prevenção do HIV/SIDA.

Varios contactos foram também feitos durante a conferência para possíveis parcerias com a ACORD e o HASAP

Construindo uma rede sustentável para a aprendizagem institucional sobre o estigma e discriminação relacionados com o HIV/SIDA na Tanzânia e no Uganda ACORD HASAP and OXFAM KIC (Knowledge Infrastructure with and between Counterparts) Project

Em reconhecimento do papel do estigma e discriminação jogam na propagação da epidemia do HIV/SIDA, o HASAP está actualmente nas fases iniciais de implementação de um projecto apoiado pela Oxfam Novib em que as melhores práticas usadas pelos parceiros da ACORD

e Oxfam Novib ( e seus afiliados) na Tanzânia e Uganda para contra actuar em relação ao estigma e discriminação enfrentada pelas PVHS será documentada e partilhada. O principal objectivo do projecto é de institucionalizar a aprendizagem estabelecendo um forum de intercâmbio baseado na internet para os membros do portal existente da OXFAM KIC. O portal fortalecerá a troca de experiências (tanto positivas como negativas) e as melhores práticas no Uganda e Tanzânia para fins de aprendizagem sobre a dinámica do estigma e discriminação e como o seu impacto pode ser melhor mitigado

JDia Mundial do SIDA, 1 de Dezembro de 2006O Dia Mundial do SIDA deste ano tinha como tema “a responsabilização” que o HASAP usou na sua mensagem de advocacia que dirigiu aos formuladores de políticas e decisores incluindo os Ministros de Estado, delegados das Embaixadas, representantes do Banco Mundial, etc em todos os países de operação da ACORD. Os programas de Pais por sua vez fornecem feedback sobre o que as organizações tinham

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PESQUISA para a Acção

Mary Katushabe, ACORD Mbarara (Uganda Ocidental ) com o Grupo Teatral de COV de Nyakitunda

Durante o último trimestre do ano, a ACORD/HASAP levou a cabo um número de estudos no seio da Região Africana como parte da sua função de pesquisa.Tais incluem:

O acesso aos ARVs em Moçambique, e Tanzânia. Esta pesquisa avalia as questões enfrentadas pelas PVHS na Tanzânia e Moçambique em relação ao tratamento e fornecerá as constatações bem sucedidas que constituem as bases em que podem ser feitas intervenções para abordar este problema. Associações de Prestadores de Cuidados dos Órfãos da Paroquia (POCAS): Respostas Baseadas na Comunidade em relação ao impacto do HIV e SIDA sobre os agregados familiares na área do programa da ACORD, Distrito de Mbarara, Uganda. Este estudo demonstram a elevada taxa de sucesso de iniciativas comunitárias bem como traçou os desafios sendo enfrentados pelos grupos comunitários que prestam cuidados e apoio para as

viúvas e órfãos do HIV e SIDA.Pesquisa de acção participativa em relação ao Estigma e discriminação na ACORD Tanzânia. Este estudo estabeleceu as bases para as necessidades de intervencão na Tanzânia para abordar o estigma e discriminação enfrentada pelas PVHS

Pesquisa Participativa: Uma Ferramenta para Levantar as Vozes dos Sem Voz no Oeste do Uganda

Najuna John, Point focal VIH et SIDA,ACORD Mbarara - Ouganda

As metodologias de pesquisa participativa quando usadas de forma apropriada podem gerar um leque de informação preciosa que pode ser usada para abordar a necessidade real das pessoas sem voz.Os afectados e infectados pelo HIV/SIDA têm constantemente alterado as necessidades e exigências que variam de acordo com os seus diferentes antecedentes. A pesquisa deve, portanto, ser levada a cabo com vista a avaliar tais necessidades e para tomar as assunções baseadas em teorias ou tendências passadas, como é geralmente feito por

alguns pesquisadores.

A metodologia de pesquisa participativa envolve activamente a população sob investigação, i.e. COVs, viúvas, e as comunidades infectadas e afectadas. Este método evita que a pesquisa levada a cabo em relação as questões relevantes como é muitas vezes o caso. Por exemplo, em Novembro de 2006, a ACORD Mbarara-Uganda, em parceria com o UNICEF, organizou discussões em grupo focal em 18 Paroquias localizadas no distrito de Isingiro com um objectivo de avaliar as necessidades reais das crianças órfãs e vulneráveis do HIV/SIDA em agregados afectados. Em tais discussões em grupo focal, foi gerado muita informação útil:

Os órfãos revelaram que eles não estão a estudar devido ao falhanço de fornecer as exigências escolares necessárias como o ‘fundo de desenvolvimento’, e materiais escolares. Por causa de tais motivos, eles enfrentam a discriminação dos professores e de alunos colegas.As crianças de agregados familiares chefiados por criança revelaram que elas viviam em casas caindo e não tinham bens essenciais tais como o acesso a água, etc.Os idosos nos agregados familiares afectados observaram que eles têm problema de aceder a água de fontes

Edição 7 HASAP/7

PESQUISA para a Acção

distantes para além de cuidarem dos órfãos jovens – (Observe que Isingiro é uma área no Oeste do Uganda que enfrenta grave falta de água.)

A ACORD documentou as constatações que foram disseminadas ao nível do distrito.O motivo para a disseminação foi de chamar a atenção dos líderes que são os decisores e planificadores, com o propósito de abordar as necessidades reais das COVs e seus prestadores de cuidados à medida que foram identificados durante as discussões em grupos focais (DGF). A disseminação tomou a liderança Distrital capaz de considerer as necessidades dos órfãos e dos agregados afectados.Os orçamentos foram preparados e apresentados ao programa do país do UNICEF através do administrador distrital para apoio. Como resultado desta intervenção, 22 agregados familiares chefiados por crianças e doze agregados de famílias afectadas pelo HIV receberam materiais de construção e com 12 tanques de água. No mesmo programa, a ACORD com o apoio da Fundação Ford e do UNICEF organizaram workshops de sensibilização para os parceiros da escola com um objectivo de abordar a situação das crianças órfãs e vulneráveis nas escolas.

Durante a sessão de disseminação de um relatório sobre o impacto das respostas baseadas na comunidade do HIV/SIDA sobre os agregados familiares, uma criança órfã, GIBSON NUWARINDA, de 14 anos de idade foi apresentada como exemplo de um agregado familiar chefiado por uma criança que está a cuidar dos seus 5 irmãos. Ao ouvir isso, as pessoas que foram reunidas para a sessão de disseminação ficaram comovidas e fizeram contribuições financeiras.

O caso de Gibson foi identificado através de uma intervenção de pesquisa que foi realizada. A semelhança, a pesquisa permitiu a identificação de muitas pessoas vulneráveis cujas vozes nunca tinham sido ouvidas. Estes resultados são atribuidos ao uso de métodos de pesquisa participativa que ao invés de serem extractivos eles são orientado para a advocacia e acção, tornando a comunidade nos principais consumidores e beneficiários da pesquisa.

A disseminação é também destacada como um passo crucial no processo de pesquisa à medida que ela fornece a responsabilidade pelo que tem sido alcançado e é um indicador que a pesquisa foi realizada não apenas para fins de utilização pela organização implementadora e os parceiros mas também para uma audiência ainda mais ampla

Estudo sobre o Impacto da Infecção do HIV na Segurança e nos Direitos Humanos no BurundiPor: Diane Mpinganzima, ACORD Burundi

Na sua busca de fazer uma contribuição substancial na resposta da Sociedade Civil, a ACORD em parceria com a Oxfam International, utilizou uma abordagem de integração transversal do HIV/SIDA em programas humanitários e de desenvolvimento no Burundi desde o ano 2004. Esta abordagem não pode ser melhor avaliada que quando a informação sobre o risco, vulnerabilidade e o impacto do HIV/SIDA em relação aos beneficiários foram terminados e publicados. Como resultado disso, um estudo foi realizado em 2005. O seu objectivo em geral foi de compilar informação sobre a situação do HIV/SIDA na área de intervenção com instruções claras e direcção sobre como combater o HIV/SIDA, um tema transversal nos programas com o propósito de limitar o impacto do HIV/SIDA.Mais especificamente, isso significa:

Identificar o conhecimento, as atitudes e práticas ligadas ao HIV/SIDA dos beneficiários dos dois projectos parceiros da Oxfam International (OI): CAPAD e Ligue ITEKAAvaliar os riscos e a vulnerabilidade dos beneficiários em relação ao HIV/SIDA bem como os mecanismos adoptados pela comunidade para combater o HIV/SIDA.Avaliar o impacto do HIV/SIDA em relação a segurança alimentar e as condições de vida dos agregados familiares e os direitos humanos Identificar as necessidades da comunidade relacionadas com a redução de riscos e a vulnerabilidade em relação ao HIV/SIDA

MetodologiaO estudo foi realizado com base no trabalho documentado: fazer uma análise institucional e com base nos estudos em três áreas. As entrevistas realizadas com os coordenadores das organizações e aqueles preocupados com os direitos das PVHS e os facilitadores das federações e camponeses e grupos focais em relação aos beneficiários.

Constatações Principais:O nível de conhecimentos do HIV/SIDA dos beneficiários dos dois parceiros da OI aumentou relativamente, com o conhecimento moderadamente mais elevado para certos aspectos do HIV/SIDA do que outros.Os factores de risco em relação a vulnerabilidade são numerosos e são de diferentes tipos:Principalmente a pobreza e as fracas condições de vida As viúvas, os órfãos e os jovens são os grupos alvos devido a sua elevada vulnerabilidade ao vírus do HIV. Os direitos das PVHS são constantemente violados A segurança alimentar está comprometida pelo flagelo do HIV. Isto serve de testemunho para o desaparecimento de certas culturas e a profunda mudança na forma de vida – camponeses agora sobrevivem com base em actividades de pequenos negócios e outras actividades que os colocam em risco de contrair este vírus mortíferoAs atitudes das pessoas não infectadas com o vírus em relação as PVHS são constatadas de serem favoráveis e postivas em teoria, mas praticamente, o estigma e discriminação no local de trabalho são muitas vezes reportados pelas vitimas

Conclusões/Lições Aprendidas Uma das lições aprendidas é a existência de comunidades vivendo com necessidades imensas no sector de saúde pública. Eles recebem apoio minimo e exigem ser formados, equipados e finanças substanciais essenciais para o seu trabalho.

Um número de direitos violados,

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estabelecidos para fins de sensibilização neste município

Impacto da educação de pares na prevenção do HIV/SIDA no local de trabalho das organizações parceiras da OXFAM International, BurundiInternational au Burundi.

VOZES do Terreno

Os artigos nesta secção constituem uma reflexão de algum do trabalho sendo realizado pela ACORD e em torno do continente Africano nos seus esforços de fortalecer a justiça social através do levantar de voz dos marginalizados na sociedade através de diversas intervenções

Por: Maria de Fatima,ACORD Angola

Por: Diane Mpinganzima,ACORD Burundi

Abaixo estão diversos resumos do trabalho que está sendo realizado pela ACORD Angola para mitigar e aliviar o impacto da epidemia do HIV/SIDA entre a população vulnerável.

“Antigos militares no Bié, Angola, beneficiam de capacitação em ITS e HIV/SIDA”Antigos oficiais do exército foram sensibilizados em relação aos perigos das ITS e HIV/SIDA. A capacitação em ITS e HIV/SIDA foi realizada para os antigos militares em 5 comunidades do Bié, um distrito de Angola. O propósito dessas capacitações foi dos grupos por sua vez sensibilizarem as comunidades sobre como evitar as ITS e o HIVSIDA. No fim das sessões de capacitação, os formandos exprimiram o seu apreço pela formação e sentiram-se mais equipados para formar e sensibilizar os membros da sua comunidade em relação a como combater o HIV/SIDA

“Responsabilização”“Responsabilização” foi o slogan do Dia Mundial do SIDA de 2006 em Angola. Na Huila, a rede de organizações de luta contra o HIV/SIDA preparam um programa exaustivo de celebrações deste dia. Diversas comissões foram criadas para

cada actividade do dia Mundial do SIDA – a ACORD fez parte da Comissão Operação Stop. O papel da Operação Stop, foi de mobilizar recursos para a ASPALSIDA (Associação de Pessoas Vivendo com o HIV/SIDA) cujo ponto mais alto foi o Dia Mundial do SIDA. Para além da Operação Stop, uma Marcha e uma vigília também tiveram lugar naquele dia

“Parabens ACORD!”Un projet intitulé “Prévention du VIH et Um projecto com o nome “prevenção do HIV/SIDA e Malária no Cunene (Angola) usando Stepping Stones” foi proposto pela ACORD a HAMESET, um projecto sob direcção do Ministério da Saúde para a prevenção do HIV/SIDA, Tuberculose, e Malária. Uma estimativa de 352, 000 USD foi oficialmente entregue a ACORD no Cunene no Dia Mundial do SIDA para aquele efeito

“Comite Provincial para a luta contra o SIDA no Cunene, promove troca de experiências e intercâmbio”A ACORD participou recentemente num encontro regional para intercâmbio e troca de experiências entre os actores envolvidos no trabalho do HIV/SIDA no Cunene, sul de Angola e em Ohangwena, norte da Namibia. O propósito do encontro foi de fazer uma análise da situação do HIV/SIDA na regiao bem como para conceber estratégias regionais

“A ACORD contribui para a redução da disseminação do HIV/SIDA em Luanda”A Unidade Nortenha da Área de Programa da ACORD em Angola, sedeada em Luanda, continua a facilitar o estabelecimento e apoio a grupos comunitários. Durante o ano 2006, no distrito Municipal de Cazenga, na provincia de Luanda, 5 comunidades foram

A educação de pares foi utilizada como uma estratégia pela ACORD para integrar socialmente o HIV/SIDA em 8 organizações parceiras da OXFAM international. As vantagens desta abordagem são atribuidas ao facto de os educadores de pares serem treinados a encorajar os seus colegas propondo lhe alguns modelos padrões de bom comportamento, informação que eles precisam e apoiam nos processos de tomada de decisões e a fazerem escolhas comportamentais saudáveis. O estudo foi realizado em 2005, dentre os beneficiários do programa conjunto da OI para a integração do HIV/SIDA no Burundi, demonstrou a adopção de atitudes positivas entre mais de 70 % dos trabalhadores.Objectivo:

Fazer políticas e regras no local de trabalho que sejam favoráveis e tomem em consideração, questões relacionadas com o HIV/SIDA e sua

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VOZES do Terreno

pena na promoção da política do local de trabalho porque os trabalhadores pagos têm sido difícil encontrar tempo fora do horário de trabalho para os encontros e sessões de sensibilização sobre o HIV/SIDA, onde aí continua a existir muitas lacunas na informação fornecida para os trabalhadores da ONG de desenvolvimento mas também devido a uma falta de uma atitude de apoio por parte de alguns empregadores nos

prevenção. Reduzir o impacto do HIV/SIDA ao nível institicional

MetodologiaSensibilização da direcção para assegurar a aderência ao programa do HIV/SIDA no local de trabalhoIdentificação e capacitação de 95 educadores de pares dos quais 53 eram homens e42 mulheres.Desenvolver uma guia para os educadores de pares para a prevenção do HIV/SIDA no local de trabalho Programar dias de sensibilização em cada organização Produção e distribuição de materiais de IEC materials (cartazes, panfletos e calendários) para aumentar o conhecimento sobre HIV/SIDA

Resultados256 sessões foram organizadas e realizadas com o propósito de fortalecer a troca de informação sobre questões relacionadas com o HIV/SIDA. 568 trabalhadores e suas famílias (960 esposas e 1704 crianças) participaram em tais sessões de encontro 8 documentos de política do HIV/SIDA no local de trabalho foram desenvolvidos e assinados pelos oficiais responsáveis nas respectivas organizações120 trabalhadores foram ao Aconselhamento e testagem Voluntária (ATV)38016 preservativos foram disponibilizados nos distribuidores e utilizados.10 trabalhadores foram referenciados as associações apropriadas e estão actualmente sob os ARVs.

Conclusão:O envolvimento dos chefes das instituições foi um aspecto invalioso na realização do programa do HIV/SIDA do local de trabalho. O compromisso dos beneficiários do programa (os trabalhadores) devem ser procurados em todas as fases de implementação da integração do HIV/SIDA na política do local de trabalho, é importante atribuir a responsabilidade do combate ao HIV/SIDA no local de trabalho aos educadores de pares escolhidos pelos seus colegas para garantir a confidencialidade e para equipá-los com a formação apropriada. O combate ao HIV/SIDA é um esforço feito que vale a

casos onde por exemplo um trabalhador é constatado de ser seropositivo. Isso é tao importante para fortalecer a acção de prevenção e de combate ao HIV/SIDA, redução de estigma e discriminação e a promoção de responsabilização porque o medo e ignorância silenciosa dentre os trabalhadores sobre a pandemia que retardam o combate ao HIV/SIDA no local de trabalho.

Prevenção do HIV/SIDA entre as Trabalhadoras do sexo através de actividades de geração de rendimento no Burundi Por:Diane Mpinganzima, ACORD Burundi

A ACORD, através do CECM (Cooperativa de Poupanças e de Crédito Mútuo), Burundi, concedeu um esquema de empréstimo para mulheres com múltiplos parceiros sexuais (trabalhadoras de sexo- TS) como um meio de reduzir a sua vulnerabilidade ao HIV/SIDA e ao mesmo tempo, usar esta oportunidade para abordar o género e as questões relacionadas com o HIV/SIDA. A associação de trabalhadoras de sexo designada de Garukiraho (significando de “Pare Aqui”) iniciou com 30 membros mas actualmente tem apenas 12 membros activos dentro da faixa etária dos 18 aos 45 anos. Os membros foram apoiados pela ACORD a formar uma associação de microfinanças. Alguns dos membros deixarm completamente

a prostituição e estão ocupadas em actividades de geração de rendimentos tais como a produção e a venda de óleo de palma nos mercados, o que teve um grande impacto a todos os níveis da sua participação no trabalho de sexo comercial. “Estou no mercado o dia inteiro e não tenho tempo ou a enérgia para ir ficar a beira do caminho a procura de clientes” disse uma das antigas TS.

Desde que a organização de micro-finanças foi constituida, algumas das senhoras viveram os benefícios directos que foram como se segue: (i) 4 das 12 fizeram teste de HIV/SIDA (ii) elas estão melhor informadas sobre o HIV/SIDA, os métodos de protecção e como viver positivamente se forem diagnosticadas

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HIV+ (iii), elas dispendem mais tempo na organização que com os seus clientes (iv), elas adoptaram tolerância 0% em relação as relações sexuais não protegidas: “ Porque sabemos que se eles recusam o preservativo deve haver um motivo por trás disso” disse uma das TS voluntária. Mas o progresso não tem sido uniforme como opinou uma TS:” A ACORD ajudou-nos a deixar a prostituição com o propósito de dispender o nosso tempo nas actividades de geração de rendimentos mas existem problemas e algumas de nós não são capazes de deixar completamente a prostituição porque ela (prostituição) traduz-se em dinheiro precioso e rápido de que nós precisamos.”No entanto as vantagens ultrapassam as desvantagens como explicou um trabalhador social:

“Anteriormente, uma pessoa podia as encontrar num bar a espera de clientes mas agora elas estão ocupadas com outras coisas,dentro do quadro da organização de crédito, a situação está melhor. Existem também indicadores que elas usam os preservativos lhes são fornecidos uma vez que elas não têm mais as gravidezes indesejadas como anteriormente.”

A maioria dessas mulheres quer deixar completamente o trabalho de sexo comercial. Portanto existe o potencial real de ter uma impacto óptimo com muito pouco esforço – isto significa um pouco mais de apoio e de formação.

As Lições Aprendidas:Identificar e trabalhar com os mais vulneráveis e os mais marginalizados pode reduzir permanentemente o impacto do HIV/SIDA nas suas vidas. É possível obter uma mudança nas práticas comportamentais de risco pela população vulnerável através da iniciação de actividades de geração de rendimentos mesmo com um apoio financeiro minimo As trabalhadoras de sexo comercial que não têm quaisquer outras oportunidades económicas podem ser capazes de deixar completamente esta ocupação de uma vez dado o apoio económico e psicossocial

Estigma: O curso que incuba o HIV e SIDA em África

No dia 1 de Dezembro de 2006, o Mundo focalizou no HIV e SIDA e no nosso escritório, tomamos o espaço e tempo para celebrar o dia.Tivemos um grande almoço, a sensibilização do SIDA regalia foi circulado para os trabalhadores e teve lugar uma discussão. Um mulher extremamente corajosa :Asunta Wagura que é a Directora Executiva da Rede do Quénia de Mulheres com SIDA (KENWA), uma organização de Mulheres Quenianas Vivendo com HIV e SIDA, e alguns membros da sua equipa, passaram a tarde conosco para falar sobre o HIV e SIDA e o impacto que ele tem tido nas suas vidas. Ela colocou-nos uma pergunta resonante; porque e que nós muitas vezes deixamos para as pessoas vivendo com HIV e SIDA (PVHS) falarem sobre o HIV e SIDA? Como é que surgiu que isso se tenha tornado a responsabilidade das PVHS de ensinar o mundo sobre isso, falar sobre as pessoas serem testadas, como nós nos protegemos a nós próprios e a nossa saúde e assegurar que se estás infectado tu vivas positivamente e se tu és seronegativo tu protejas aquele estado? Todos nos temos a responsabilidade de falar sobre este vírus que tem profanado as nossas comunidades e para muitos de nós, nossas vidas. A maioria dos Africanos tem sido afectada por este vírus envolvente e assim temos de faze-lo nossa preocupação manter a discussão e dialogar sobre o mesmo e como podemos conquistá-lo. No entanto, a trajectoria do estigma tem exacerbado e em muitas ocasiões tinha um efeito contrário em relação ao progresso alcançado por aqueles que se levantam para combatê-lo.

Por: Janah Ncube: Gestora Temática de Género da ACORD

Fora de muitas coisas perspicazes, Asunta afirmou, resolver naquele momento que eu partilharia esta experiência:

Alguma vez em meados de 2006, uma amiga que estava a procura na internet encontrou um relatório noticioso que estava a destacar uma apresentação que eu tinha feito em 2003 num think-tankEncontro sobre possíveis futuros da região da África Austral. Os factos demonstram a região mais profanada no mundo pelo HIV e SIDA é a África Austral e as pessoas mais afectada são mulheres devido a sua fisiologia e o seu desempoderamento baseado nos papéis, responsabilidades e identidades de género. A minha intenção neste encontro foi de trazer as questões, contextos e o estatuto das mulheres da África Austral para o centro das nossas discussões. Assim antes de eu ir para o centro da minha apresentação ilustrei um perfil de uma mulher que podia ser facilmente encontrada em diversos países da região.Pedi a minha audiência para imaginar uma mulher grávida caminhando para uma clínica a 3 km de distância, transportando lenha na sua cabeça, com um bebé nas suas costas e uma filha apertando as mãos engalfinhando-se com as notícias devastantes por descobrir que ela está infectada pelo HIV. Prossegui importunando com os desafios que as mulheres enfrentam usando esta mulher imaginária, contudo típica. As notícias reportam que a minha amiga encontrou por acaso no entanto foi escrita de uma forma que me identificou como uma mulher Africana valente vivendo com o HIV e SIDA. O escritor percebeu erradamente a minha ilustração e tomou-a de ter significado a mim.

Quando a minha amiga destacou este artigo específico eu não posso mesmo começar a explicar o pânico e desorientação que passei. Fiquei assustada a pensar que as pessoas que tinham lido aquele artigo ficaram com a impressão que eu era seropositiva. Para dizer que estava zangado e louca constitui uma atenuação do que eu senti. Estava tão preocupada sobre o que os outros pensaram, como este erro podia ter confundido seriamente o meu perfil, imagem, perspectivas e percepções sobre mim. Com certeza eu consegui que a organização fosse responsável pelo relato incorrecto para corrigir a história dentro

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de 48 horas o que foi feito com desculpas pródigas. Durante 3 anos existiu este facto errado sobre mim na internet o que podia ter evocado todo o tipo de percepções sobre mim. Todos os estereótipos, a negatividade que nos colocamos sobre aqueles vivendo com este vírus dominou a minha mente. Apesar do facto que pensei que sou tão progressiva em tais assuntos, quando isso me afectou ao nível pessoal, demonstrei o desdém de muitos de nos não estão ansiosos a confessar que temos para aqueles infectados pelo HIV. Ouvindo a Asunta lembrou-me este incidente e como nos sempre pensamos que o HIV é problema de outra pessoa e não o vemos como de nós próprios. Isso fez lembrar-me como nos relacionamos com piedade com aqueles que sofrem de doenças relacionadas com o HIV no entanto sabem que nenhuma pessoa alguma vez deseja piedade porque não existe dignidade. Isso demonstra-me como responder a aqueles que têm o vírus do HIV.

O problema com o estigma é que está enraizado nas pessoas ao nosso redor e na nossa auto- reflexão baseada na nossa socialização. O estigma é sobre percepções, estereótipos e expectativas que os outros têm acerca de nós e o nosso comportamento. Uma pessoa pode aceitar que eles têm o vírus do HIV mas a sua família e a comunidade pode descarregar sobre elas a sua bagagem que diz ‘esse é teu problema, tu o mereces’. A minha questão com o artigo na internet não foi baseado no facto de se eu estava infectada pelo HIV ou não, isso estava para além do assunto, a questão era sobre o que tem sido dito sobre mim e quem pode ter lido e o que eles pensaram de mim e se eles me conheciam ou não. Isto constitui um desafio para mim própria e para os outros que nos precisamos de avaliar nós próprios em relação a nossa relação e envolvimento com o vírus do HIV.

Precisamos de avaliar as nossas crenças que informam como nos relacionamos com aqueles que vivem com ele e quem pode estar doente devido a doenças relacionadas.

Os líderes comunitários têm uma elevada responsabilidade em demonstrar liderança quando isso vem para a questão de estigma. Todos nós temos sido afectados por este

vírus de uma forma ou de outra e é sobre o período de confrontarmos isso abertamente e directamente. Precisamos todos de assumir responsabilidade pelos elevados níveis de HIV e SIDA no nosso continente e constatar que somos parte do problema quando permitimos o estigma ditar quão engajado como os assuntos relacionados com sexo, promiscuidade, desempoderamente das mulheres que não podem negociar por sexo seguro nas suas relações, violência em casa e nas nossas comunidades

etc. No entanto, um facto permanece, à medida que os elevados níveis de estigma continuam nas nossas sociedades, a batalha de combater o HIV e SIDA ainda está fora a medida que o estigma o incuba. Por causa do medo que muitos têm de descobrir o seu estado ou de revelar o seu estado é baseado em saber quão mal, negativamente ou erradamente eles serão respondidos pela sua família e redes sociais. O estigma que envolve o HIV e SIDA é uma trajectória que temos de banir nesta geração para salvar as gerações vindouras.

Combatendo o HIV/AIDS no Norte do Sudão Soudan

Por: Ilham-Osman,ACORD Norte do Sudão

A ACORD Norte do Sudão trabalha em Khartoum, a capital do Sudão, Kassala e Red Sea (Leste do Sudão). O tema de HIVSIDA implementa as suas actividades de materializar quarto objectivos específicos interrelacionados, nomeadamente:i) Garantir os direitos económicos e sociais

das mulheres e homens vivendo com o HIVSIDA

ii) Reduzir o risco de infecção do HIV entre mulheres e homens na faixa etária

reprodutiva e em crianças.iii) Construir as capacidades de

organizações locais que trabalham no HIV/SIDA

iv) Assegurar políticas do HIV/SIDA sensíveis e apropriadas e melhoria do compromisso político

Para abordar tais objectivos, são empregues diferentes estratégias e metodologias incluindo

i) Integração do género em diferentes níveis do programa, planeamento, implementação, monitoria e avaliação bem como ao nível institucional. ii), combinando advocacia com actividades práticas iii) abordando a sustentabilidade organizacional e financeira.

As principais actividades para garantir os direitos das pessoas vivendo com o HIV e SIDA incluem:1. Provisão de aconselhamento psicológico

para mulheres e homens vivendo com HIVSIDA

2. Provisão de capacidades e formação em gestão de negócios para PVHS e os membros das suas famílias afectados.

3. Fornecer apoio educacional para crianças afectadas pelo HIV/SIDA (órfãos e filhos de PVHS).

4. Fornecer apoio institucional para Associações de Cuidados para PVHS através do pagamento de custos administrativos (renda do escritório, incentivos para um secretária a tempo parcial e despesas de comunicação), bem como fornecer-lhes equipamento, por ex. Computador, impressora, etc.

5. Fornecer formação em planeamento estratégico, gestão, liderança, advocacia, direitos humanos e gestão de micro-finanças.

6. Fornecer donativos para as Associações de Cuidados de PVHS para serem usados como micro-crédito para os membros da associação.

7. Pagamento de custos de viagens e alojamento para os representantes de outras partes do Sudao para participarem nos encontros da assembleia-geral das Associações de Cuidados de PVHS para satisfazer as condições legais do registo da HAC (Comissão da Ajuda Humanitária).

8. Organizar campanhas de advocacia e seminários com os políticos para assegurar que os direitos das PVHS

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estejam plasmados nas políticas.9. Focalizando no combate ao estigma

relacionado com o HIV/SIDA nas sessões de aumento da sensibilização.

10. Envolvimento em todas as fases do ciclo de projecto:

Identificação do problema e prioridades: através de encontros e consulta com Associações de Cuidados de PVHS e seus membros. Desenho de Projecto: Através da participação dos representantes do Associações de Cuidados do Povo Sudanês vivendo com HIV/SIDA nos encontros de planificaçãoImplementação: Selecção de beneficiários, provisão de micro-finanças Envolvimento em todas as campanhas de advocacia e aumento de sensibilização.Monitoria e avaliação: Participar nos encontros mensais dos parceiros para a monitoria, reporte e feed-back à ACORD em relação ao progresso da intervenção de micro-finanças

O Programa de HIV/SIDA no Local de Trabalho: Uma perspectiva da ACORD Quénia

Por: Sra. Margaret Wamukoya,ACORD Quénia

Depois da expansão da política oficial do local de trabalho, o secretariado indicou um ponto focal para assumir a liderança na implementação da política.Como ponto de partida, foram disponibilizados preservativos (masculinos & femininos) para os trabalhadores no escritório. Inicialmente os distribuidores de preservativos foram colocados nas casas de banho onde mais pessoas os teriam acedido mais livremente mas enfrentaram alguns desafios. O edifício que alberga a ACORD é

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pertença da igreja e a direcção não podia concordar com isso.

Por esse motivo, os distribuidores de preservativos foram colocados na recepção onde eles são acedidos tanto pelos trabalhadores como pelos outros visitantes como um assunto é prosseguido pela direcção do edifício.

Desde o princípio, houve uma mistura de reacções em relação a questão do preservativo por parte dos trabalhadores. Alguns dos comentários feitos foram:‘ Estamos a promover a imoralidade’ ‘ As pessoas devem ficar com os seus parceiros e ser fiéis ’.‘O que os visitantes irão pensar de “Nós” ‘a medida que os preservativos estão na área da recepção’.

No entanto, alguns trabalhadores deram boas vindas ao passo dado como ‘mais tarde do que nunca”.

A partir dessas declarações, é discernível que diferentes pessoas na sociedade ainda estão a manter uma cultura ou crenças religiosas que são retrógradas para o combate ao HIV/SIDA. É portanto imperativo que para aumentar a sensibilidade da pandemia a medida que a maioria dos trabalhadores não a sentem que lhes preocupa contudo agora constitui um facto conhecido que ‘se não está infectado. ‘com o propósito de ajudar a melhorar as vidas das PVHS, a ACORD no Quénia identificou um grupo designado de ‘grupo de sensibilização sobre o laço vermelho de órfãos e viúvas de Majengo ’ que fabrica laços vermelhos e os distribuidores de preservativos e vendem para ganhar a vida. Os distribuidores e os laços foram comprados deste grupo e também aconselharam as partes interessadas a comprar a partir deles.

Outros grupos estão sendo identificados com que a ACORD podia articular e partilhar informação. Até agora o Director Executivo da Rede Queniana de Mulheres com SIDA ( Kenya Network of Women with AIDS) foi convidada a falar aos trabalhadores no Dia Mundial do SIDA como parte de um programa maior de rede de articulação.

Por último, é reconhecido que tem sido

geralmente uma resposta positiva e uso do preservativo. Inicialmente, a maioria dos trabalhadores bem como os visitantes eram envergonhados mas com o tempo a maioria ganhou coragem e agora leva abertamente os preservativos para eles próprios e mesmo para os seus amigos e membros da família. A sensibilização da existência e uso do preservativo feminino também melhorou

Promoção dos Direitos das PVHS no Norte do Uganda

Por: Abwola Sunday, Assessor Técnico do HIV /SIDA- ACORD Uganda

Com apoio da Fundação FORD, a ACORD Uganda apoiou o fórum do distrito do Gulu da rede de PVHS para realizar o exercício de avaliação das necessidades em quarto povoações.A Rede de PVHS do Distrito constatou que as pessoas vivendo com HIV/SIDA têm quase problemas semelhantes em diferentes áreas que eles visitaram. O exercício foi feito deliberadamente como uma das estratégias para promover a participação das PVHS na identificação das necessidades com o propósito que as agências de desenvolvimento que prestam serviços de HIV/SIDA no distrito podem melhor servir as PVHS.Foi constatado que os serviços de intervenção do HIV estão baseados nos períodos dos projectos em quase todos os povoados.Os provedores de serviços de HIV/SIDA apoiam intervenções específicas e não existe um provedor que fornece serviços exaustivos de HIV/SIDA.Os serviços fornecidos são extremamente apoiados portanto deixando as pessoas em risco de falta de serviços em certos períodos. No entanto, as PVHS apreciam o

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trabalho dos parceiros que lhes servem.

A comunicação social foi envolvida nesta campanha de advocacia. Por exemplo, todas as 3 estações de FM locais deram tempo de antena a rede de PVHS uma vez por semana para o último trabalho de advocacia

Os desafios comuns entre as PVHS no Norte do UgandaO problema violência sexual & baseado em género (SGBV) não está sendo abordado em quase todas as intervenções de projectos pelos parceiros de HIV/SIDA em Uganda.

O ATH (Aconselhamento e Testagem do HIV) não está distribuído equitativamente na maioria dos IDPs, algumas áreas não tem um fácil acesso a este serviço.

Em todos os povoados visitados, a SGBV não está sendo abordada embora as PVHS reportam sofrer da SGBV em suas casas.

Foi também observado que os ARVs não são facilmente acedidos pelos clientes que são elegíveis para o tratamento devido a distribuição inadequada dos ARV no Distrito de Gulu.

A falta de apoio nutricional para pessoas vivendo com HIV/SIDA torna as PVHS mais vulneráveis aos efeitos secundários dos ARVs o que por sua vez exacerba o não cumprimento.O estigma e discriminação ainda persistem e certamente afecta a qualidade dos serviços especialmente na unidade sanitária onde as PVHS são vistas como um fardo

pelos trabalhadores de saúde (à medida que elas ‘aumentam a carga de trabalho’).

Ao nível comunitário, alguns prestadores de cuidados tendem a esquecer-se dos clientes acamados devido a pobreza. Os prestadores de cuidados reclamaram de clientes que fazem exigências que eles não podem satisfazer.

As comunidades estão ainda para apreciar plenamente o conceito de vida positiva

tornando a integração das PVHS na sociedade um pouco difícil. Foi também observado que o apoio educacional para os filhos de pessoas vivendo com HIV/SIDA era inexistente.

As ONGs e OCBs existentes que estão a operar ao nível da comunidade são alegados de gerir erradamente os recursos dirigidos as pessoas vivendo com o HIV/SIDA, alguns mobilizam recursos em nome das PVHS mas logo que eles têm acesso a aqueles recursos, os desencaminham para os seus próprios fins.

A pobreza está altamente dilacerando entre as PVHS levando a fracas condições de vida. Isto e especialmente deplorável uma vez que a toma de ARVs exige que uma pessoa tenha pelo menos alguma fonte de rendimento para satisfazer outros custos de transacção mesmo se os ARVs são gratuitos.

Isto está ligado com a falta de conhecimento sobre as AGR (Actividades de Geração de Rendimentos) existentes e mesmo onde as capacidades de gestão de AGR, as PVHS também falharam de receber serviços de cuidados domiciliários de qualidade devido as fracas instalações e falta de capacidades nesta área entre os actuais provedores.

O envolvimento dos homens nos cuidados e apoio as PVHS constitui na verdade um desafio bem como não mencionando que poucos homens têm declarado abertamente o seu estado serológico em relação ao HIV comparado com as mulheres portanto eles ainda acham isso difícil de identificar eles próprios com esta pandemia. Talvez isso seja especialmente porque o aconselhamento de casais ainda não está enraizado nas comunidades.

As recomendações feitas pelos membros da rede de PVHS durante a avaliação:

Os homens vivendo com o HIV & SIDA devem ser encorajados ser voluntários para os serviços de aconselhamento e ao acesso aos ARVs. Os membros da comunidade devem ser encorajados a aceder aos serviços de ATV para promover uma vida positiva.Encorajar as PVHS para juntar aos

clubes pós-teste para partilhar a informação e troca de experiências.Os membros da rede de PVHS devem fortalecer e encorajar o aconselhamento de casais.Os líderes comunitários devem criar uma atmosfera para diálogo entre os membros da família das PVHS e os seus parentes.As visitas regulares devem ser feitas pelos parceiros para fazer o acompanhamento e encorajar os casais modelo.As PVHS devem ser apoiadas a iniciar AGR para melhorar o rendimento do seu agregado familiar.O quadro legal deve ser fornecido em relação as trabalhadoras de sexo.Fortalecer a educação e distribuição do preservativo para reduzir a vulnerabilidade a infecção pelo HIV/SIDA

Levantando Vozes das Pessoas Vivendo com HIV e SIDA no Noroeste da Tanzânia – Lições emergentes.

Por Donald Kasongi, Coordenador da ACORD Tanzânia

LAs lições de duas décadas em confrontar o HIV na Tanzânia indicam que o fundo para respostas deve transportar as vozes das Pessoas Vivendo com HIV e SIDA.Qualquer resposta, a qualquer nível de intervenção, desde a prevenção passando pelo tratamento e cuidados ate a mitigação do impacto, deve reconhecer a necessidade de plena participação daqueles directamente afectados.O trabalho da ACORD na Tanzânia nos princípios de 2000 até 2006 tem focalizado na exploração das dimensões culturais, económicas e sociais dos direitos, papéis e

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responsabilidades das Pessoas Vivendo com HIV/SIDA nos contextos institucionais e comunitários. O foco mais abrangente é de contribuir para a melhoria nas políticas e práticas das pessoas em assegurar resposta as necessidades específicas daqueles directamente afectados pelo HIV e SIDA

A Tanzânia está entre os 42 países que são signatários da Declaração da Cimeira de Paris sobre o SIDA (1994) reconhecendo a inclusão das Pessoas Vivendo com o HIV e SIDA como parceiros chave em todos os níveis de tomada de decisão e na prestação no continiuum das intervenções relacionadas com o SIDA desde a prevenção aos cuidados e tratamento.Estima-se que a Tanzânia tinha 2 milhões de pessoas vivendo com HIV ate os finais de 2006.

Cerca de 55,000 pessoas vivendo com HIV estavam a aceder ao tratamento anti-retroviral ate Dezembro de 2006, enquanto a meta para finais de 2007 é de alcançar 150,000 pessoas elegíveis.As associações e redes de PVHS ao nível distrital e nacional. A maioria das associações é inclusiva tanto de homens como de mulheres, embora as associações de mulheres estejam a aumentar. O aumento das redes tem visto

Pessoal da ACORD com a comunidade Masai, Nordeste da Tanzânia

uma desarmonia entre as associações, largamente devido ao falhanço de gerir a dinâmica do grupo.

As comunidades de PVHS reconhecem as mudanças de políticas que o país está a atravessar no sentido de formalização e popularização da abordagem baseada em direitos ao SIDA através do alinhamento das respostas para assegurar participação, inclusão e equidade. As PVHS estão representadas no Conselho Multisectorial dos Comités de SIDA nos Governos Locais, nas Redes da Sociedade Civil e nas Comissões da Tanzânia para o SIDA.

As reflexões participativas organizadas pelas associações de PVHS na Região do Lago da Tanzânia e facilitadas pela ACORD em relação a capacidade de resposta do estado e dos actores não estatais em relação aos direitos das PVHS identificaram as seguintes lições:

Existe uma compreensão limitada dos direitos e das necessidades especiais das Pessoas Vivendo com HIV e SIDA.

Os esforços institucionais para desenvolver as parcerias entre os titulares de direitos e as associações de PVHS estão em falta de recursos

e estratégias de fortalecimento de capacidades.

Os processos de tomada de decisões ainda excluem as PVHS na determinação de intervenções prioritárias, e estratégias de apoio.

Os sistemas de governação confiados em relação a orientação das respostas são fracos e não estão ligados as normas de prestação de contas no apoio as PVHS e suas associações são caracterizadas pela ausência de padrões de desempenho.

Os sistemas de apoio não são desenhados para responder de forma flexível na gestão de expectativas das PVHS e suas redes de articulação.

A falta de aprendizagem sistemática em relação aos processos e aos resultados na política de prestação e no apoio metodológico para tornar as redes capazes de desempenhar as responsabilidades esperadas.

A relação convencional entre redes de PVHS e as instituições de apoio assumidas de ser que do total dos

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recipientes e do total dos provedores respectivamente.

O estigma e discriminação continuam a ser um desafio chave nas comunidades.

A aprendizagem conjunta e cruzada fraca entre as instituições de apoio e redes de PVHS torna a gestão do conhecimento ineficaz.

Existe uma participação limitada da comunicação social como instituições retransmissoras para a partilha de informação e experiências na popularização das abordagens baseadas em direitos em relação ao HIV e SIDA.

Existe um crescente médio de elitismo nas redes de PVHS resultando em fragmentações de alianças e de varias formas de exclusão social dos beneficiários do apoio.

Os sistemas de apoio não têm considerado suficientemente as várias dimensões da equidade, particularmente de género, idade e os níveis de vulnerabilidade.

Os sentimentos de desespero

caracterizando nos grupos de PVHS levando a um foco limitado para melhor saúde com pouca consideração de auto-estima e a auto-imagem positiva.

Tais lições assinalam paucidade em manter espaço para os direitos e os benefícios das PVHS, e portanto diminuiu as oportunidades de levantar as suas vozes.

O SIDA constitui uma questão de desenvolvimento, e portanto deve ser considerada no âmbito dos quadros mais abrangentes de desenvolvimento ao nível nacional e local. Na articulação do apoio futuro as PVHS e suas redes de articulação através das respostas institucionais, os quadros que contribuem para as intervenções baseadas em direitos continuarão a ser críticos. Ao considerar os cenários futuros para a construção de apoio eficaz as PVHS e suas redes, as seguintes recomendações são inevitáveis:

Constitui um facto consumado (fait accompli) que a exigência de apoio as PVHS individualmente e através das suas redes continuara a crescer, e portanto as instituições de apoio devem fortalecer a prontidão através da aceleração da aprendizagem e da construção de alianças.A mobilização de uma liderança

motivada no avanço da agenda da abordagem baseada em direitos no apoio as PVHS e suas redes tem de ser mantida, juntamente com a crescente participação das empresas de comunicação social na negociação de informação sobre o que funciona.Existe uma necessidade urgente de abordar as barreiras em relação a expansão, incluindo a capacidade humana e mobilização de fontes sustentáveis de financiamento de intervenções de nível local.A arquitectura da contribuição em recursos a todos os níveis oferece pouca esperança da prontidão de recursos. A capacidade futura de prestação de apoio efectivo ao nível comunitário dependerá da actual boa vontade dos titulares de direitos para investir na expansão e sustentação dos cuidados e do tratamento.Existe uma necessidade urgente de passar dos diálogos abrangentes para uma compreensão contextual do estigma dentro do contexto local e contextos institucionais.Alinhar as parcerias baseando-se numa compreensão exaustiva dos direitos e responsabilidades de todos os grupos nas relações institucionais. Assegurar que existem estratégias de comunicaçao juntamente acordadas para facilitar o fluxo recíproco de expectativas e informação estratégica entre os parceiros.Promoção da ligação das redes de articulação das PVHS deve ser considerado ser um ingrediente importante no fortalecimento da capacidade.As instituições de apoio devem dedicar recursos suficientes (tempo, aprendizagem) para compreender o contexto em que o apoio para as redes de PVHS é fornecido.Os factores das parcerias devem ser cuidadosamente geridos. As parcerias baseadas em fluxos de recursos para as PVHS sem resultados claros podem apenas ser respostas as necessidades e a danificação da auto-estima

“. . . A não ser que as Pessoas Vivendo com o HIV & SIDA

elas próprias anunciam as suas vozes e são escutadas pelos formuladores de políticas e as

instituições de serviços, as decisões relacionadas com os direitos e benefícios das PVHS continuaram sendo feitas sem elas…”

- Carolina Kabika, Presidente, Mulheres da Tanzânia Vivendo com o HIV/SIDA, Mwanza, Dezembro de 2006

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Uma avaliação comunitária do acesso a prevenção e tratamento do HIV e proteccao dos direitos humanos

Dois ensaios focalizando nos benefícios da prevenção do HIV da circuncisão masculina foram interrompidos cedo, depois dos pesquisadores constatarem que a operação estava a reduzir as taxas de transmissão do HIV em metade.

A crença que a circuncisão pode ajudar a prevenir a transmissão do HIV está aí desde os anos 1980s. Numerosos ensaios de pequena escala constaram esta de ter efeitos positivos ao longo dos anos mas não foi até um ensaio de larga escala pela Agência Nacional de Pesquisa sobre o SIDA da França constatou que a circuncisão reduz as taxas de transmissão de 60% em homens Sul-Africanos, que os cientistas sentiram que eles tinham uma evidência clara para suportar as suas ideias.

Ninguém está inteiramente certo porque a circuncisão oferece efeitos de protectores mas isso pode ser devido a

Ronda do HIV/SIDA

forma com que a cabeça do pénis endurece depois da remoção da pele interna. A camada das células sobre o lado interno da pele interna (conhecida como células de Langerhans) também foram constatadas de ser particularmente susceptível a infecção pelo HIV, dai que a sua remoção possa bem reduzir o risco de transmissão do HIV.

Os últimos ensaios, realizados pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos demonstram menos ligeiramente os cortes dramáticos na transmissão que no ensaio Sul-Africano mas ainda fornecem uma prova definitiva que a circuncisão pode ajudar a interromper a infecção pelo HIV. O primeiro realizado entre homens dos 18 aos 24anos de idade em Rakai, Uganda, demonstraram uma redução nas infecções de 48%, enquanto a segunda, levada a cabo entre homens dos 15-49 anos de idade em Kisumu, Quénia, demonstraram uma queda de 53%. Por razões éticas, ambos os

ensaios foram interrompidos cedo para que todos os participantes pudessem ser oferecidos uma circuncisão.Embora a circuncisão masculina tenha o potencial de reduzir dramaticamente a transmissão do HIV (um estudo em PLOS de medicina em Julho de 2006 previu no sentido de podia evitar quase 6 milhões de infecções durante os próximos vinte anos), existem muitos receios verdadeiros que isso pode também ter efeitos negativos.

Com uma grave falta de trabalhadores de cuidados de saúde em muitos dos países onde a prevalência do HIV é mais elevada, existe um perigo que os homens possam procurar a operação de pessoas sem nenhuma formação médica. Circuncisões não seguras transportam o risco de infecção, ferindo e envenenando o sangue, e se uma faca não esterilizada ou um bisturi é usado,

Empresa agrícola, Norte do Uganda

A circuncisão definitivamente provou cortar a transmissão do HIV Dezembro de 2006

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existe uma pequena possibilidade que o HIV, hepatites ou uma outra infecção nascida do sangue pudesse ser passada em diante. Se os homens tentam ter sexo antes da sua ferida ter curado, isso pode também aumentar o risco de infecção pelo HIV.

Muitos estão preocupados que uma ênfase sobre a circuncisão pode também fazer com que os homens abandonem o preservativo e aumentar um comportamento sexual arriscado na crença que a operação oferece uma protecção completa contra o HIV. De facto, os preservativos continuam de longe a ser uma forma mais eficaz de prevenção da transmissão se forem usados correctamente. Não está claro se a circuncisão protege contra as outras infecções transmitidas sexualmente e, ao contrário um preservativo, isso possa prevenir a gravidez.

Tanto a ONUSIDA como a Organização Mundial da Saúde tem advertido que embora os resultados da “Circuncisão masculina nunca deve substituir os outros métodos eficazes conhecidos de prevenção e devem sempre ser considerados como parte de um pacote de prevenção exaustivo,” a OMS afirma num comunicado de imprensa, acrescentando que um pacote exaustivo incluía, “o uso correcto e consistente dos preservativo masculino ou feminino, redução no numero de parceiros sexuais, retardamento do inicio das relações sexuais, e o aconselhamento e testagem do HIV.”

Para um panorama dos actuais ensaios, e as vantagens e desvantagens da circuncisão masculina como um método de prevenção do HIV, vide AVERT’s HIV and circumcision page:http://www.avert.org/circumcision-hiv.htm(PLOS Medicine, ANRS 1265 Trial, Nov 2005;PLOS Medicine, Impact of Male Circumcisionon HIV, July 2006; WHO press release,13/12/06; NIH Press Kit)

Fome o próximo grande inimigo na Guerra contra o SIDA

Se espera que a alimentação em breve substituía a medicação como a maior necessidade ” dizem os peritos que a fome e mal nutrição estão a tornar-se na luta dupla contra o SIDA e os médicos e peritos de saúde dizem que milhões de pessoas infectadas no mundo em desenvolvimento estão rapidamente a aproximar o ponto mais elevado onde a alimentação irá substituir os medicamentos como a maior necessidade.Na conferência do SIDA em Toronto, Canada, Stephen Lewis, Enviado Especial das Nações Unidas sobre o HIV/SIDA em África, chamou a falta de financiamento para a alimentação de “loucura.”

Os peritos dizem que os trabalhadores de saúde no Terceiro Mundo devem ver a segurança alimentar como sendo não menos importante para a saúde de uma pessoa do que os medicamentos correctos e verificações regulares.Sem uma nutrição adequada, as pessoas que sofrem de SIDA não podem absorver os medicamentos necessários para abrandar o vírus. Como no caso de Israel, os efeitos secundários de tomar os comprimidos sem alimentação pode levar os pacientes a negligenciarem o tratamento.“Quando tu tens os medicamentos e não tens alimentação... então o maior problema se torna a segurança alimentar,” disse o Professor da Universidade de Harvard, Dr. Paul Farmer, fundador da Partners in Health (Parceiros na Saúde), uma missão medica pioneira nas montanhas do Haiti que da tratamento gratuito a milhares.Ao nível mundial, se estima que 3.8 milhões de pessoas com SIDA necessitem de apoio alimentar este ano, possivelmente subindo para 6.4 milhões até 2008, de acordo com o Programa Mundial de Alimentação.

Para mais informação vide http://www.msnbc.msn.com/id/15607479/

RECURSOS, Publicaç õ es & Conferê ncias

RecursosDesenvolvimento Positivo Um manual para pessoas vivendo com HIV que tem sido aclamado como um recurso crítico para o desenvolvimento e sustentabilidade de iniciativas de apoio e advocacia de grupos de base para pessoas vivendo com HIV/SIDA. O manual surgiu da colaboração e experiências de centenas de pessoas com HIV/SIDA de todo o mundo. Ele foi concebido para ajudar as pessoas vivendo com o HIV/SIDA a ficarem envolvidas, estabelecer ou redireccionar os seus próprios grupos, melhorar as suas capacidades, ou partilhar as suas habilidades com os outros.O manual e também útil para liderar workshops e para formadores e facilitadores que têm estado a dirigir grupos por algum tempo ou que estão ajudar os outros a criarem os seus próprios grupo.Para mais informação, vide: http://www.gnpplus.net/cms/article.php/Positive_Development

Ou contacte:GNP+ Central SecretariatInternational Coordinator, P.O. Box 11726,1001 GS Amsterdam, The Netherlands,Tel.: +31.20.423.4114, Fax: +31.20.423.4224E-mail: [email protected], web site:http://www.gnpplus.net

Guia de Formação Genérica e Manual de Integração do HIV e SIDA Estes manuais de recursos úteis são um resultado da vasta experiência do HASAP na formação de Facilitadores e Trabalhadores de Desenvolvimento de diferentes níveis em todo o continente Africano sobre como integrar o HIV/SIDA. A sua qualidade genérica e terminologia explicativa torna fácil usa em todos os contextos.

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relevante de alimentação e nutrição

ConferênciasA 1 Conferência Cientifica e de Saúde da Africa Oriental e a 33 Exibição Internacional Medic Africa

Local: Serena International Conference Centre, Kampala, UgandaDatas: Quarta-feira, 28 ate Sexta-feira, 30 de Marco de 2007Tema: RESPONDENDO AOS DESAFIOS DA SAÚDE NA ÁFRICA ORIENTAL Sub-temas: Recursos Humanos para a saúde e qualidade dos cuidados

Ligando a pesquisa de saúde a politica e praticaCombatendo as doenças emergentes e re-emergentes

Organizado sob os auspícios da Comunidade da Africa Oriental pelo Ministério da Saúde do Uganda, a Organização Nacional de Pesquisa da Saúde do Uganda (Uganda National Health Research Organization), e a Associação Medica do Uganda (Uganda Medical Association), com o apoio da FSG Communications Ltd, London, England, UK O primeiro encontro está sendo coordenado em Kampala através de um comité presidido pelo Professor Emmanuel Kaijuka, Comissário dos Serviços de Saúde no Ministério de Saúde do Uganda. Mas antes deste comité ser estabelecido houve um conjunto de vastos encontros onde participaram figuras seniores de toda a região, para uma tempestade cerebral (chuva de ideias) o que o assunto deve ser. Uma página na internet foi estabelecida para fornecer informação essencial sobre o encontro: www.eachealthconf.org

Registro para participar em quaisquer das sessões da conferência terá uma taxa base de US$30 (ou equivalente) e não haverá alguma cobrança para apenas visitar a exibição da Medic Africa.Para informação adicional, por favor contacte:

RECURSOS, Publicaç õ es & Conferê ncias

Mais especificamente, o Guia de Formação Genérica em Integração constitui um manual passo a passo para facilitadores e formadores e incorpora quarto conceitos na integração do HIV/SIDA: O HIV e SIDA como uma questão de desenvolvimento, direitos humanos, integração interna e externa, participação e parcerias. Enquanto o Manual da informação que apoia os facilitadores usando o Guia Genérico do Formador da ACORD sobre Integração do HIV & SIDA. Ele foi desenhado para formadores no trabalho de desenvolvimento que apoiam outras organizações para responderem efectivamente ao HIV & AIDS usando uma abordagem de integração

O HIV/SIDA e a Segurança Alimentar e Nutricional da Evidencia a Acção Por: Stuart Gillespie e Suneetha KadiyaA revisão serve como um recurso valioso para as instituições lutando para confrontar as implicações do HIV/SIDA para as politicas e programas relevantes a alimentação e nutrição.Com base numa evidência detalhada de mais de 150 estudos integrando diversas disciplinas (incluindo a nutrição, economia, epidemiologia, e sociologia), ele construiu um retrato do que e conhecido sobre as interacções entre HIV/SIDA e segurança

alimentar e nutricional, e o que este conhecimento implica para a política

The East African Community, Arusha, TanzaniaDr. Stanley Sonoiya,Health Coordinator,East African Community (EAC),AICC Building, Kilimanjaro Wing (5th Floor),P. O. Box 1096, Arusha, Tanzania:E-mail: [email protected] or [email protected] [email protected]: +255 - (0) 27 - 2504253/8 orCell Phone: +255 - (0) 784535448Fax: +255 - (0) 27 - 2504255/2504481

Ministry of Health - Republic of UgandaProf. Emmanuel M. Kaijuka,Commissioner for Health Services (QA)Ministry of Health, Plot 6 Lourdel Rd,WandegeyaP.O. Box 7272 Kampala UgandaTel: +256- (0) 41-340884 Fax: +256- (0)41-340887Cell Phone: +256 (0) 772 503860E-mail: [email protected] or [email protected] Communications – London, England, UKBryan PearsonManaging Director, FSG Communications Ltd Vine House, Fair Green, Reach, CambridgeCB5 OJD, UKTel: +44 (0)1638 743633 Cell Phone: +44 790 999 72 56Fax: +44 (0)1638 743998Web: www.fsg.co.uk Email: [email protected] Exhibitions only on behalf of FSGCommunications Ltd.

Susan Oloo-Oruya,Executive Conference ManagerReal useful Travel and Marketing Co,AEE Building, Karen Road, Nairobi, KenyaTel: +254 (0) 20 883307 or Cell: +254722725434Email: [email protected] Conference on AIDS and STIs inAfrica, ICASA 2007

A Historia por detrás do ICASAComo a principal conferencia cientifica e

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Factos sobre o SIDA

comunitária sobre o HIV/SIDA em Africa, a ICASA proporciona aos países acolhedores a oportunidade para um aumento da sensibilização de massas sobre a epidemia entre a sua população.Ela também apresenta uma avenida para a troca de experiências, construção de capacidades e revisão do progresso para os trabalhadores do HIV/SIDA ao nível dos países e da região bem como um meio de geração de apoio politico e de mobilização de recursos para a campanha para parar a epidemia.

Como é que ela começou?Com a participação em edições recentes em media de entre 4000 e 6000 participantes de dentro e fora de Africa para uma semana de duração, a ICASA constitui também uma oportunidade para aumentar as potencialidades de turismo do país acolhedor.A história do ICASA inicia com a formação da Sociedade do SIDA em Africa que iniciou em 1988 quando cientistas reuniram-se em Estocolmo, Suécia e decidiu-se formar um grupo de oito pessoas para reunir e trocar ideias.Um ano mais tarde, os mesmos se reuniram em Marseilles, França e decidiram que a Sociedade do SIDA em Africa devia realizar os encontros do ICASA em países Africanos e não no Ocidente.A primeira conferência do ICASA foi realizada em Arusha, Tanzânia em 1988, depois mudou para o Ocidente em 1989 com um número de encontros alternando-se entre a Europa e a América do Norte.

Depois passou de volta para a Africa em Kinshasa, Republica Democrática do Congo (RDC), então Zaire em 1990.Personalidades acreditadas com a formação da ICASA são o Prof. Mbuk do Senegal, Prof. Soyinka, Nigéria e o actual Presidente da ICASA 2005, Dr. Damet de Cote d’ Ivoire, Dr Owili, Queniano e o Dr. Mpele e Dr. Karenganyi da Republica Democrática do Congo, Prof. Hamny da Tanzânia, Prof. Latek e Prof. Luo da Zâmbia e Prof. Latif do Zimbabwe.Depois estão os Prof. Salema, Prof. Fakia do Sudão, Prof. Mkubiri da Tunísia entre outros.O acolhimento correcto da conferência tradicionalmente alterna entre países Francófonos e Anglófonos Africanos. Dai

que em 1995, a ICASA foi para Kampala, Uganda (9 ICASA) 1997, Abidjan, Cote d’ Ivore (10 ICASA), 1999 Lusaka, Zambia (11ICASA), 2001 Ougadogou, Burkina Faso (12 ICASA), 2003, Nairobi, Quénia, (13 ICASA), 2005, Abuja, Nigéria (14 ICASA).

QuestõesA história da guerra contra o HIV e SIDA começa com a história de sucesso do Uganda que começou a surgir na 9ª Conferencia Internacional de DTS e SIDA em Africa (ICASA) quando o país desempenhou o papel de anfitrião da ICASA em Kampala.

Muitos resultados dos estudos lançados na conferência indicavam que a epidemia do SIDA começou to nivelar nas zonas urbanas, com taxas entre as mulheres, especialmente aquelas que estão grávidas, continuando a subir constantemente nas áreas semi urbanas da periferia.Alem disso, uma taxa de prevalência elevada e o tamanho da taxa de novas infecções foram observadas de ocorrer entre os militares.Foi também a partir da 9ª ICASA em diante quando a necessidade de empenho político

Sabias que??

Agora existe uma forte evidência que homens circuncidados são cerca de metade de ser susceptíveis de adquirir o HIV através de sexo heterossexual.Não existe um risco conhecido de transmissão de HIV para colegas trabalhadores, clientes, ou consumidores a partir de contacto em indústrias tais como os estabelecimentos de fornecimento de alimentos De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, aproximadamente uma em cada quatro pessoas nos Estados Unidos infectados com o HIV não sabem sobre isso.O estigma que rodeia o HIV/SIDA constitui o maior contribuinte para a disseminação da doença, resultando nas pessoas acreditarem que elas não estão em risco de HIV, e desse modo não tomam respostas apropriadas para a doença (por. ex. discutindo o HIV/SIDA com um parceiro, usando o preservativo, ser testado). Para aqueles vivendo com o HIV/SIDA, o estigma torna isso difícil de manter o tratamento ou revelar o seu estado para os parceiros.Mais de um milhão de pessoas nos Estados Unidos agora estão a viver com o HIV/SIDA, o maior número desde o início da epidemia

Passatempo sobre SIDAQuanto tempo passa desde que o primeiro caso de HIV/SIDA foi reportado???Os vencedores deste passatempo figurarão na próxima edição deste boletim informativo.

As resposta devem ser enviadas antes de 30 de Junho de 2007 para:

ACORD- HASAPPlot 1272 Ggaba RoadP.O. Box 280 Kampala, Uganda

nomeadamente os direitos à confidencialidade e privacidade. As atitudes e o comportamento retogrado demonstrado em relação a algumas pessoas infectadas nem sempre é o resultado da crueldade ou más intenções. O medo constitui a maior barreira a comunicação, conduta e coexistência entre os que vivem com o HIV/SIDA e aqueles que não vivem.

Em relação a questão de violação dos direitos humanos, a discriminação está sempre presente e manifesta-se em muitas formas diferentes, mesmo se ela for algumas vezes dificil de dar evidência material de certas formas de discriminação. Os direitos que são muitas vezes violados tomam a forma de ataques físicos (como violação) o direito à abrigo, para trabalhar e para a herança de propriedade etc. Consequentemente, devido a falta de meios para ventilar as suas reclamaçoes, tais vitimas perdem os seus direitos a cuidados de saúde, escolarização e a participação social

>continuação da pagina 7

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KAMPALA :Plot No. 1272 Ggaba Road,Block 15 Nsambya,P. O. Box 280Kampala, Uganda

Tél : (+256) 414 267 668/266 596E-mail: [email protected]

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CONTACTO DO HASAP

Uma marcha ‘STOP EPAs’ organizada pela ACORD dirigida a Delegação da União Européia no Quénia com o movimento da sociedade civil em África durante o Fórum Social Mundial em Nairobi. Liderando a marcha logo imediatamente a direita do homem numa camisete preta esta a Gestora do Tema Género da ACORD -Jane Ncube (de óculos) do Zimbabué.30, 000 petições foram recolhidas e apresentadas para a UE urgindo a mesma para parar os EPAs

Uma secção dos participantes durante um Workshop internacional patrocinado pela ACORD sobre HIV/SIDA, Soberania Alimentar e Comércio durante o Fórum Social Mundial no dia 23 de Janeiro de 2007.

ACORD, an African led international NGO, works in over 18 countries in sub-Saharan Africa to promote justice for the most marginalised groups. HASAP, the HIV/AIDS Support and Advocacy Programme, established in 2001, aims to enhance the quality and impact of ACORD’s HIV/AIDS programmes through technical support, the strategic coordination of research and advocacy initiatives, information sharing, networking and alliance building with other actors.