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2 Região de Leiria — 3 — Região de Leiria julho / agosto, 2012 julho / agosto, 2012 Edição Extra // Especial Emigrantes PUBLICIDADE

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2 Região de Leiria — 3— Região de Leiriajulho / agosto, 2012 julho / agosto, 2012

Edição Extra // Especial Emigrantes

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Edição Extra // Especial Emigrantes Edição Extra // Especial Emigrantes

O peso das remessas dos emigrantes em Portugal não para de crescer. Vejamos o caso do mês de maio deste ano, o último que consta nos dados do Banco de Portugal (BP). É preciso recuar a 2001 para encontrar um nível de remessas superior ao regis-tado este ano nesse mesmo mês.

As remessas dos emigran-tes atingiram em maio, de acordo com o BP, 227 mi-lhões de euros. E de maio do ano passado até ao mesmo mês deste ano, os emigrantes fizeram entrar em Portugal quase 2,8 mil milhões de euros. Este valor representa cerca de 1,7% do Produto Interno Bruto de Portugal e equivale à média de 7,8 milhões de euros que todos os dias entram na economia lusa, provenientes do estran-geiro.

Estes são dados que ates-tam a importância não só afetiva – afinal os emigran-tes portugueses representam

uma extensão do país por todo o globo - mas também económica, numa altura em que o contexto nacional deixa perceber as necessidades de financiamento exterior da economia.

Efetivamente, só nos pri-meiros cinco meses de 2012, as remessas dos emigrantes cresceram 17,7 por cento, quando comparados com igual período do ano passado. Sem surpresas, a França é o país de onde é proveniente a maior fatia das remessas com 343,9 milhões de euros chegados entre janeiro e maio. Com 239,7 milhões, a Suíça ocupa o segundo posto de um ranking que conta ainda com a Alemanha (70,9 milhões), Estados Unidos (56 milhões) e Espanha (50,2 mi-lhões) nos lugares seguintes. Nota ainda para as remessas provenientes do Reino Unido e que somam 48,3 milhões de euros, sendo ainda sig-nificativa a transferência de 29,3 milhões provenientes do

Luxemburgo, 18,2 milhões do Canadá, 5,8 milhões da Venezuela e 4,3 milhões do Brasil.

Estes valores não serão estranhos ao reforço do fe-nómeno da emigração que, estimam alguns especialis-tas, estará a atingir valores semelhantes aos registados nas décadas de 60 e 70 do sé-culo passado. Efetivamente, o Governo aponta para a saída de 150 mil portugueses que, em 2011, rumaram ao es-trangeiro à procura de novas oportunidades no mercado laboral. Este incremento do movimento migratório portu-guês está, no entanto, a mos-trar uma realidade diferente daquela que marcou as gera-ções que deixaram Portugal no século passado.

Há uma vaga de jovens licenciados que procura a valorização pessoal no es-trangeiro, construindo a car-reira profissional que o mau momento económico na terra natal tem dificultado. Apesar de se proclamar que existe uma maior facilidade de in-serção no mercado de traba-lho por parte daqueles que contam com habilitações lite-rárias mais elevadas, o certo é que o desemprego entre os licenciados e entre os jovens

regista, atualmente, níveis muito elevados. A título de exemplo, atente-se que no final de março existiam 154 mil jovens, com idade entre 15 e 24 anos, sem trabalho, o que significa uma taxa de desemprego de 36,2%, um valor recorde. Os dados são do Instituto Nacional de Esta-tística e apontam que num só ano cresceu 37% o número de licenciados sem trabalho.

Contributo O peso na economia portuguesa da riqueza produzida pela comunidade emigrante não para de crescer. Já vale cerca de 1,7% do Produto Interno Bruto do país

Quanto vale a emigração portuguesa? 2,8 mil milhões de euros por ano

Fale connoscoSede: Rua D. Carlos I, 2-4 Apartado 102, 2415-405 Leiria-Gare Telefone: 244 819 950 | Fax: 244 828 905 Site: www.regiaodeleiria.ptEmail: [email protected] SMS: 962 108 739

Este suplemento é parte integrante da ação de receção e boas-vindas às famílias emigrantes que vêm passar férias a Portugal, que se realiza na fronteira de Vilar Formoso, entre os dias 29 de julho e 1 de agosto de 2012

Todos os direitos reservados.Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, mesmo que comerciais.

Diretor: Francisco Rebelo dos Santos (C.P. TE nº 421) [email protected]

Diretora Executiva: Patrícia Duarte (C.P. nº 2913) [email protected]

Projeto e edição AJBB Network, Abílio Bebiano

Redação: Carlos S. Almeida (C.P. nº 2830), Cláudio Garcia (C.P. nº 5104), Manuel Leiria (C.P. nº 4159), Marina Guerra (C.P. nº 8516) e Martine Rainho (C.P. nº 2609) ) Fotografia: Joaquim Dâmaso (C.P. nº 5613).

Correspondentes locais: Armindo Vieira (C.P. nº 6771), Artur Ledesma (C.P. nº 2140), Cláudia Gameiro (C.P. n.º 9260) e Sandra Mesquita Ferreira (C.P. nº 8858) [email protected]

Departamento Comercial: Diretora Alda Moreira [email protected] // [email protected]

Distribuição: Gratuita

Publicidade AJBB [email protected] Business CenterRua João de Ruão, nº 1, 1º Escritório 493000-299 Coimbra

Departamento Gráfico: Cristina Silva (Coordenação) Paginação Vítor Pedrosa

Projeto Gráfico: Nick Mrozowski

Impressão: Grafedisport, S.A.

Tiragem: 42.300 exemplares por edição Contactos: Rua D. Carlos I, 2-4 Apartado 102 - 2415-405 Leiria - Gare Telefone: 244 819 950 - Fax: 244 828 905 www.regiaodeleiria.pt

Linha do Assinante Tel.: 808 201 [email protected]

Propriedade: Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. Contribuinte Nº 500 096 805; Capital Social 250.000 euros; Detentores de mais de 10% do capital: Lena Comunicação SGPS, S.A., António Barroca Rodrigues e Joaquim Barroca Rodrigues. Depósito Legal Nº 44 731 - 91. Título registado no ICS sob o nº 100 512.Gerência: Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.

Diretora Geral: Ângela Gil Serviços Administrativos e Financeiros: Catarina Branquinho, Gabriela Alves e Patrícia Santos. [email protected]ços de Sistemas de Informação: Hugo Monteiro [email protected]

Membro de: Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação

Associação Portuguesa de Imprensa

Todos os anos, por esta altura, milhares de portugueses residentes no estrangeiro regressam ao seu país de origem. Vêm para passar férias, rever familiares e amigos ou, nalguns casos, conhecer pela primeira vez

Portugal.De França, da Suíça, do Luxemburgo e vários outros

pontos da Europa, após um longo ano de trabalho e uma demorada viagem rodoviária, convergem em Vilar Formoso. Tratando-se de um regresso ou de uma primeira vez, a entrada em Portugal é sempre uma ocasião especial vivida com uma grande alegria.

A todos saúdo e desejo as boas-vindas ao país que é seu e que os recebe sempre de braços abertos. Quero que saibam que o vosso contributo é cada vez mais reconhecido e valorizado em Portugal. Por todas as razões, o país hoje sabe quão importante é a sua Diás-pora, não apenas em termos económicos, mas também políticos, culturais e da própria identidade nacional.

Tal como tenho feito no passado, apelo para que sejam prudentes na estrada, não deixem de repousar sempre que sentirem fadiga, sigam as indicações do trânsito e colaborem com as autoridades para garantir a segurança rodoviária e para que todos cheguem bem.

Gostaria também de saudar a iniciativa de receção dos emigrantes, a que se associaram as autoridades municipais e regionais, oficiais e privadas.

Aos nossos compatriotas que regressam, as minhas boas-vindas ao vosso país, e os votos de uma ótima estadia e boas férias.

José de Almeida CesárioSecretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Mensagem do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Nos primeiros cinco meses de 2012, as remessas dos emigrantes cresceram 17,7 por cento, quando comparadas com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e maio, as remessas dos emigrantes somaram 1.049,3 milhões de euros, revelam os dados divulgados pelo Banco de Portugal

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A cidadania não tem frontei-ras e a reconhecida adapta-bilidade lusa pode dar frutos. O conjunto de eleitos por-tugueses em todo o mundo, pode constituir-se como uma rede que funciona como lóbi pela afirmação do país a ní-vel global.

Quatro dezenas de depu-tados, senadores, vereadores e autarcas lusodescendentes no estrangeiro reuniram-se em junho em Cascais. Em co-mum: a mesma ascendência e a língua materna. Oriundos do Canadá, Estados Unidos, África do Sul, França e Lu-xemburgo, políticos portu-

gueses e lusodescendentes trocaram experiências go-vernativas.

“A importância dos luso eleitos na promoção do Por-tugal moderno” foi o tema debatido no encontro. Uma síntese do peso estratégico para um país poder contar com uma relevante comuni-dade que, no exterior, afirma a identidade portuguesa, melhorando a imagem de Portugal. A relevância deste esforço e os resultados que pode obter para o posiciona-mento de Portugal no con-certo das nações, justifica que os luso-eleitos tenham

sublinhado a importância do reforço da articulação de Portugal com as forças polí-ticas de origem lusitana no estrangeiro.

O I Encontro Mundial de Luso-Eleitos – assim se designou o evento - contou com a presença de José Ce-sário, secretário de Estado das Comunidades Portugue-ses. O governante apelou ao “despertar das comunidades portuguesas” para a parti-cipação cívica e política, e incentivou à criação de redes de influência na diáspora, revelou o semanário “Mundo Português”.

O governante deixou bem claro o propósito do evento: “O objetivo é que se conhe-çam, que os políticos de ori-gem portuguesa do Canadá, Estados Unidos, França, África do Sul e qualquer outro país, possam ter con-

tactos uns com os outros, e funcionar em rede”.

Hermano Sanches Ruivo, um dos presentes, relati-vamente ao papel que os luso-eleitos poderão desem-penhar, deixou clara a rele-vância do esforço de afirma-ção política: “Se eu conseguir explicar aos meus 37 pares do executivo na Câmara de Paris por que razão a cultura portuguesa também deve es-tar presente nos eventos (...) eu estarei a colocar Portu-gal no mapa da Câmara”. Já Carlos Morais, responsável do jornal Mundo Português (coorganizador do evento), sublinhou que existem cerca de 10 mil portugueses e lu-sodescendentes detentores de altos cargos políticos. Um capital precioso para colo-car Portugal e o seu patri-mónio cultural, no centro do mundo.

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Lóbi externo Lusodescentes fulcrais para afirmar Portugal Influência É possível ser-se português e, em simultâneo, um cidadão ativo nos países de aco-lhimento? Não só é possível como é desejável. O país quer reforçar o peso político no mundo, com o apoio das comunidades emigrantes

Responsáveis políticos no estrangeiro debateram imagem do país no exterior Foto: Jornal Mundo Português

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Edição Extra // Especial Emigrantes Edição Extra // Especial Emigrantes

José Mário dos Santos Mourinho Félix, o melhor treinador do mundo, é portu-guês. Tem 49 anos, treina o Real Madrid de Espanha (onde vive) e já passou pelo Inter de Milão, de Itália e pelo Chelsea, de Inglaterra. Em Portugal treinou Ben-fica, União de Leiria e FC Porto.

Protagonizou a transferência mais cara de sempre de um treinador, rescin-dindo com o FC Porto rumo Chelsea, que pagou 15 milhões de euros. Nos dra-gões, fez história vencendo quase todas as competições que disputou. Treina o Tottenham, em Inglaterra, onde reside.

Nasceu na Guarda. Vive em França. Representa a identidade portuguesa a nível internacional, graças aos seus es-tudos. Obteve a distinção honoris causa pelas universidades do Rio de Janeiro, Coimbra, Nova de Lisboa e Bolonha. Foi galardoado com o Prémio Pessoa.

O “nosso” Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Para muitos o melhor jogador de futebol da atualidade. Natural do Fun-chal, na Ilha da Madeira, nasceu a 5 de fevereiro de 1985. A sua transferência, em 2009, do Manchester United para o Real Madrid, ficou na história do futebol como a mais cara de sempre: 80 milhões de libras esterlinas, cerca de 94 milhões de euros. A cláusula de rescisão é de mil milhões de euros. Com um ordenado anual de 13 milhões de euros, é o jogador de futebol mais bem pago do mundo. Antes de atingir o atual patamar, Ronaldo passou pelo Sporting Clube de Portugal, clube que o formou. Deu nas vistas e Alex Fergunson, treinador do Manches-ter United, levou-o, em 2003, para Ingla-terra. O currículo de Ronaldo está repleto de prémios. Em 2008 foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA. Nesse mesmo ano, com o Manchester United, conquistou a Liga dos Campeões, sendo considerado o melhor avançado, melhor jogador da competição e sagrando-se melhor marcador. Conquistou a Bota de Ouro à qual juntou outra, da Liga Inglesa.

António Horta Osório é presidente do banco Lloyd, em Inglaterra, onde atual-mente reside. Convidado por Emilio Botín para se juntar ao Grupo Santan-der, Horta Osório criou, a partir do zero, o Banco Santander de Negócios Portu-gal, tornando-se presidente executivo.

Médico neurologista, neurocientista que trabalha no estudo do cérebro e das emoções humanas. Os seus estudos sobre a ciência cognitiva têm sido de-cisivos para o conhecimento das bases cerebrais da linguagem e da memória. Vive nos Estados Unidos da América.

Aos 18 anos, e depois de dois anos no curso de teatro no Conservatório de Lisboa, deixou Portugal rumo a Nova Iorque. Iniciou a carreira no cinema em 1982, com a participação no filme “The Soldier”. Marcou presença em muitas outras películas. Reside em Los Angeles.

José Manuel Durão Barroso é o atual presidente da Comissão Europeia, cargo que ocupa desde 23 de novembro de 2004. Em Portugal, Durão Barroso foi ministro dos Negócios Estrangeiros e, entre 2002 e 2004, primeiro-ministro. Atualmente reside em Bruxelas.

Atriz. Nasceu em Boston a 2 de dezem-bro de 1983 mas é portuguesa. Estudou na Escola de St. Julian’s, em Carcavelos, e, aos 16 anos, estreou-se na telenovela “Jardins Proibidos”. É uma das co-prot-agonistas da série “NCIS: Los Angeles”. Vive nos Estados Unidos da América.

O comendador Armando Lopes é proprietário da rádio Alfa, órgão de comunicação que emite 24 horas por dia para a comunidade portuguesa que reside em Paris, que ascende aos 800 mil habitantes. É uma referência entre os imigrantes portugueses em França.

Mourinho

André Villas-Boas Eduardo Lourenço

Ronaldo

Horta Osório António DamásioJoaquim de Almeida

Durão Barroso

Daniela Ruah

Armando Lopes

Sucesso A prata da casa vale ouro em todo o mundo

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Gabinetes de Apoio ao EmigranteAveiroAveiro 234 406 497,[email protected] Mealhada 231 281 240gabpresidencia @cm-mealhada.pt Murtosa 234 830 [email protected]

Castelo BrancoFundão 275 779 [email protected] Penamacor 277 394 [email protected] Vila de Rei 274 890 010 [email protected]

CoimbraArganil 235 200 [email protected] Mira 231 480 550 [email protected] Vila Nova de Poiares 239 420 [email protected]

GuardaAguiar da Beira, 232 689 100,[email protected] Almeida 271 571 962 [email protected] Celorico da Beira 271 747 400gabemigrante @cm-celoricodabeira.pt Figueira Castelo Rodrigo 271 319 [email protected] Fornos de Algodres 271 700 160gae.cm.fornosdealgodres @gmail.com Gouveia 238 493 [email protected] Guarda 271 220 705cecilia.espinhaco @mun-guarda.ptManteigas 275 980 [email protected] 279 880 [email protected] Pinhel 271 410 000gabinete.emigrante @cm-pinhel.pt Sabugal 271 753 [email protected]

LeiriaÓbidos 262 955 [email protected]

ViseuCastro Daire 232 315 [email protected] Lamego 254 611 342gab.apoio.emigrante @cm-lamego.pt Mangualde 232 619 880serv.educacao @cmmangualde.ptMoimenta da Beira 254 520 [email protected] Nelas 232 945 184 [email protected] Penalva do Castelo 232 640 020gab.emigrante @cm-penalvadocastelo.ptSanta Comba Dãoadelina.silva @cm-santacombadao.pt Sátão, 232 982 [email protected] Tondela 232 811 [email protected] Nova de Paiva 232 601 328 [email protected] Vouzela 232 740 [email protected]

Todas as semanas, o RE-GIÃO DE LEIRIA oferece aos seus leitores histórias de vida de quem deixou a nossa região para ir viver para o estrangeiro ou histórias de quem escolheu Leiria para se instalar. De qualquer uma das formas, a migração está sempre presente.

São inúmeros os casos e, mesmo depois de um ano de existência desta que é uma rubrica fixa do semanário, material não falta. Experiên-cias, situações, curiosidades, alegrias, tristezas, enfim. Os emigrantes e os imigrantes têm muito para contar. É pela riqueza destas histórias e porque queremos conhecer quem está connosco e acom-

panhar quem teve de deixar a sua terra, que o jornal pro-cura brindar quem nos lê com testemunhos de quem está a viver a migração.

Esta é também uma forma de dar uma pequena amos-tra de cada lugar a quem está a pensar emigrar.

Italianos, espanhóis, me-xicanos, cubanos, polacos, finlandeses, ingleses, sérvios, bielorrussos, ucranianos, franceses, japoneses, ale-mães e brasileiros, uma pa-rafernália de nacionalidades com quem já tivemos opor-tunidade de contactar e que residem no distrito de Leiria ou concelho de Ourém.

O trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2011, per-

mitiu ao REGIÃO DE LEIRIA obter o Prémio de Jorna-lismo Diversidade Cultural, na categoria de Órgãos de Informação Regionais e Lo-cais. Esta distinção é levada a cabo pelo Alto Comissa-riado para a Imigração e Diálogo Intercultural, que visa “distinguir trabalhos no âmbito da diversidade cultural, realizados por jor-nalistas com título profis-sional”. Assim se percebe a importância desta secção.

O prémio refere-se apenas a uma parte da rubrica: aos imigrantes que estão em Lei-ria. Como antes foi referido, semanalmente, de forma in-tercalada, conjugamos esta vertente com a outra: leirien-ses que estão espalhados por todo o mundo.

A cada semana, continua-remos a mostrar as gentes que chegam até ao nosso distrito e a Ourém e o que fazem “os nossos” por esse mundo fora.

Leiria É o ponto de partida dos nossos emigrantes. Para onde vão? O REGIÃO DE LEI-RIA preo cupa-se em saber onde estão as gentes da terra e convida-os a partilhar a experiência de viverem num país diferente

Há uma região que nos uneAcompanhamos de perto o fenómeno da migração

Os jornalistas do REGIÃO DE LEIRIA premiados mostram o troféu Foto: Joaquim Dâmaso

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Edição Extra // Especial Emigrantes Edição Extra // Especial Emigrantes

Há já alguns anos que en-trar em Portugal com o seu automóvel se tornou mais rápido. Há novas autoes-tradas que ligam o país à vizinha Espanha. Contudo, algumas dessas vias fun-cionavam sem custos para o utilizador (SCUTS). Mas há vários meses que a utili-zação dessas autoestradas obriga ao pagamento de portagem.

As principais portas de acesso ao país, nomeada-mente a A22 no Algarve a A25 no norte e A24 no centro, não contam com qualquer dispositivo que permita o pagamento da portagem em dinheiro. O mesmo se passa noutras au-

toestradas no país, apenas dotadas com portagens ele-trónicas (geralmente nas au-toestradas que apenas têm portagens eletrónicas, esse facto está assinalado em si-nalética apropriada). Para os utilizadores dessas au-toestradas com automóveis de matrícula portuguesa, usar estas vias implica ter um dispositivo Via Verde ou então pagar a portagem, na semana subsequente à pas-sagem na autoestrada, num balcão dos CTT ou numa loja Payshop.

Para os utilizadores que circulam com veículos de matrícula estrangeira, a Estradas de Portugal criou recentemente dois novos

sistemas. Se é o seu caso, tome nota do seguinte:

Um dos novos sistemas é o EASYToll. Permite o paga-mento automático de porta-gens eletrónicas, bastando para tal a associação de um cartão bancário (Mas-tercard e Visa) à matrícula da viatura. A Estradas de Portugal garante que ao condutor não será sequer necessário sair da viatura: introduz o cartão bancário no terminal de pagamento e o sistema associa auto-maticamente a matrícula do veículo ao cartão bancá-rio. As portagens devidas serão diretamente debita-das na conta associada ao cartão. Esta adesão é válida por 30 dias sendo possível a qualquer momento alte-rar matrículas ou cancelar a adesão, bastando ligar para o telefone 707 500 501 (em Portugal) ou 00 351 212879555 (a partir do es-trangeiro). A adesão a esta

modalidade é possível na EN13 – Vila Nova de Cer-veira, na A24 em Chaves, na A25 em Vilar Formoso e na A22 em Vila Real de Santo António.

Outra possibilidade será a aquisição de um cartão pré -pago , denominado TOLLCard. Tem a validade de um ano, é adquirido pre-viamente ao uso da autoes-trada e pode ter um saldo de cinco, dez, 20 ou 40 euros. Pode ser comprado com di-nheiro ou cartão bancário e o saldo do cartão pode ser consultado na internet. Uma vez adquirido o cartão, o automobilista terá de en-viar uma SMS com o código do cartão (o próprio cartão tem instruções sobre este procedimento). Se o saldo do cartão se esgotar, o cliente é avisado por SMS.

Este cartão pode ser ad-quirido, anuncia a EP, nos Welcome Points do Easy Toll, nas estações dos CTT

Inovação A Estradas de Portugal (EP) desen-volveu dois novos sistemas de pagamento de portagens que pretendem diminuir o incómodo causado aos condutores de veículos com matrícula estrangeira

SCUTComo pagar as portagens nas novas autoestradas?

Pague portagens, parques e combustíveis sem complicações

Está aí o mês de agosto e, com ele, o habitual regresso dos emigrantes à sua terra natal para mais um período de férias.

Este ano, importa alertar todos aqueles que cruzam as nossas fronteiras para as alterações legislativas que resultaram na introdução de portagens nas ex-SCUT (vias sem custos para o utilizador). Assim, desde o passado mês de dezembro passaram a ser portajadas as autoestradas A22 (Via do Infante), A23 (Beira Interior), A24 (In-terior Norte) e A25 (Beira Litoral e Alta), as quais que se juntaram às A4, A41, A42 (Grande Porto), A17, A25 e A29 (Costa da Prata) e A28 (Norte Litoral).

Com 21 anos de experiên-cia, a Via Verde assume-se como a solução universal ao viabilizar o pagamento de portagens – em toda a rede de autoestradas portugue-sas – de uma forma rápida, cómoda e fácil. Através das diferentes soluções dispo-nibilizadas pela Via Verde (Ver caixa “Uma necessidade, várias soluções”), o paga-mento é feito de uma forma automática e com total se-gurança, não precisando de deslocar-se a um ponto de pagamento de cada vez que passa numa portagem e evi-tando, desta forma, os custos administrativos a suportar por cada transação que rea-lize em pós-pagamento.

Para além do pagamento nas portagens em sistema de pagamento eletrónico (iden-tificável através dos pórticos colocados sobre as autoes-tradas), os identificadores Via Verde são o meio privile-giado de pagamento para as autoestradas com barreiras físicas de portagem (através dos corredores devidamente

identificados para o efeito), podendo, também, ser uti-lizados no pagamento auto-mático de pontes, de parques de estacionamento e de abas-tecimento de combustível na rede GALP.

Uma necessidade, várias soluçõesProcurando dar resposta às necessidades daqueles que visitam o nosso país, a Via Verde criou um conjunto de cómodas soluções que evi-tam a necessidade de des-locações posteriores a lojas, sempre que pretenda regula-rizar os seus pagamentos de portagens:

Via Verde VisitorsO Via Verde Visitors é um dispositivo eletrónico tempo-rário dirigido aos condutores com veículos de matrícula estrangeira. Para alugar o “Via Verde Visitors”, basta que possua um cartão de cré-dito de um dos sistemas in-ternacionais de pagamento,

emitido por uma entidade estrangeira, com validade superior a 90 dias e aceite pela Via Verde Portugal. Este dispositivo pode ser alugado em qualquer loja Via Verde.

O Serviço Via VerdeO serviço Via Verde é comer-cializado aos clientes que possuam um cartão de dé-bito nacional. Recentemente foi disponibilizada a possi-bilidade de poder ser asso-ciado a um cartão de crédito emitido por uma entidade nacional.

Rent-a-carA Via Verde celebrou com algumas rent-a-car um proto-colo de cooperação que pos-sibilita às referidas empresas a disponibilização do serviço Via Verde na sua frota. O ser-viço encontra-se atualmente disponível na Avis, Europcar, Guerin, Hertz e Travelrent - Algarve, estando em fase de negociação com outras empresas de rent-a-car.

Via Verde Uma solução de pagamento universal

Lançada em abril de 2001, a Via Verde conta com 21 anos de experiência no mer-cado. Atualmente com mais de três milhões de clientes,

a Via Verde processa 600 mil transações diárias, com origem em cerca de mais de 3.000 quilómetros de au-toestradas; 93 parques de

estacionamento; 98 postos de abastecimento da rede Galp e 17 controlo de acessos a centros urbanos e comple-xos de escritórios.

21 anos de história

Há dois novos métodos que prometem facilitar a circu-lação de automóveis com matrícula estrangeira em au-toestradas apenas dotadas de portagens eletrónicas. O EASYToll permite o paga-mento das portagens através da associação de um cartão bancário à matrícula da via-tura. Pode ainda optar pela aquisição de um cartão pré-pago, o TOLLCard, que pode ser carregado com cinco, dez, 20 ou 40 euros. Tem a duração de um ano e pode ser adquirido com dinheiro ou cartão bancário. É ativado com o envio de uma mensa-gem de texto por telemóvel

2ou em www.ctt.pt. Pode ainda ser comprado em várias áreas de serviço em Portugal e em Espanha, uni-dades hoteleiras aderentes e postos de turismo.

Outras duas possibili-dades, porventura menos práticas, passam pela aqui-sição de um título pré-pago, pronto a utilizar, com um custo fixo de 20 euros, com utilização ilimitada durante três dias ou o aluguer de um Dispositivo Temporá-rio Via Verde Visitors. O aluguer custa seis euros na primeira semana e 1,5 eu-ros nas semanas seguintes e obriga ao pagamento de uma caução de 27,5 euros. A estes custos há a acrescer, naturalmente, o preço das portagens das autoestradas utilizadas.

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Se é proprietário de um imóvel para habitação que arrendou ou planeia arren-dar, ou se, por outro lado, equaciona arrendar uma ha-bitação, saiba que depois do verão as regras vão mudar. A ideia é agilizar o mercado de arrendamento.

A nova lei foi aprovada em junho e deve entrar em vigor no mês de outubro. Prevê, entre outras altera-ções, que as rendas até aqui congeladas venham a ser atualizadas num espaço de cinco anos. Será necessá-rio ao inquilino provar in-capacidade financeira para “escapar” ao processo de atualização das rendas.

Importa lembrar que a atualização das rendas vai levar em linha de conta os rendimentos dos agregados familiares. Por exemplo, inquilinos com mais de 65 anos de idade ou com inca-pacidade superior a 60 por cento, e com dificuldades económicas, contarão com cinco anos de transição e no final deste tempo o Es-tado poderá subsidiar par-cialmente a renda. E nestes cinco anos, o aumento anual não pode ser superior a 25% do rendimento dos inquili-

nos. Quem ganhar 500 ou menos euros por mês fica sujeito a uma taxa de es-forço que não pode superar os 10%.

Caberá ao senhorio avan-çar com o processo de atua-lização, num processo que se quer negociado entre as duas partes. As rendas refe-rentes a contratos anteriores a 1990 sofrerão aumentos limitados por lei, de acordo com o rendimento dos agre-gados familiares. A média dos valores propostos por inquilino e senhorio deverá ser o suporte para calcular o novo valor da renda. Se o acordo se revelar impossí-vel, o inquilino deverá sair sendo indemnizado com um valor equivalente a cinco anos de rendas. A saída do inquilino não será ime-diata. Contará com o prazo de seis meses para deixar o imóvel. Por outro lado, se os inquilinos deixarem de pagar duas ou mais rendas mensais, poderá avançar o despejo. Acresce que os senhorios poderão avançar com processos de despejo em caso de necessidade de realizar obras profundas no imóvel ou avançar com a sua demolição.

Rendas Saiba o que vai mudar

A partir do início de 2013, o calendário português vai sofrer um corte de quatro feriados. São eles o feriado de Corpo de Deus (feriado móvel celebrado 60 dias após a Páscoa), o de 5 de outubro (que assinala a implantação do regime re-publicano em Portugal) o 1 de novembro (Dia de Todos

os Santos) e ainda o dia 1 de dezembro (Restauração da Independência). Esta alteração resulta de uma alteração ao Código de Tra-balho. Ainda neste âmbito, foi igualmente introduzida uma alteração no número de dias de férias dos traba-lhadores. Para além dos 22 dias estes tinham direito a

três dias suplementares por assiduidade. Esta compen-sação para os trabalhadores mais assíduos desaparece também no próximo ano, a não ser que exista outro entendimento por parte da entidade patronal.

Sabia que em 2013 há quatro feriados que vão desaparecer?

A nova lei foi aprovada em junho e deve entrar em vigor no mês de outubro. Prevê, entre outras alterações, que as rendas até aqui congeladas venham a ser atualizadas num espaço de cinco anos. Será necessário ao inquilino provar incapacidade financeira para “escapar” ao processo de atualização das rendas

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Dia 1 de novembro, também conhecido como “dia do bolinho” deixa de ser feriado

Page 8: edição extra emigrantes

16 Região de Leiria — 17— Região de Leiriajulho / agosto, 2012 julho / agosto, 2012

Edição Extra // Especial EmigrantesPUBLICIDADE

Desde o final de abril que para ver televisão em Portu-gal, é necessário contar com equipamento preparado para as emissões em TDT. Conse-quentemente, é bem possível que ainda tenha de efetuar a transição uma vez chegado ao destino. Se já tem uma te-levisão equipada com recetor digital, provavelmente não terá de fazer grandes ajus-tes. Ou se for assinante de uma operadora de serviços de televisão, tem o problema resolvido.

Caso contrário, atente no seguinte: se a sua televisão

tiver sido adquirida recen-temente, verifique se está equipada com um descodifi-cador integrado compatível com a tecnologia DVB-T (os manuais de instruções têm essa indicação e é necessá-rio ter em conta que mesmo que tenha uma televisão preparada para as emissões digitais de outro país, não quer dizer que funcione em território português. É que a norma seguida no nosso país não é idêntica à de ou-tros países europeus). Se for o caso, e se o televisor tiver um recetor da norma e com a

norma MPEG-4/H.264, basta-lhe sintonizar a televisão e ela deverá captar os canais TDT. Se não tiver um des-codificador integrado, terá de adquirir um. Atualmente, já é possível adquirir desco-dificadores por cerca de 20 euros. Uma vez adquirido o descodificador, ligue-o ao seu cabo da antena e à televisão (usualmente através da ficha SCART ou HDMI). Siga as instruções e sintonize. Em boa parte dos casos, estes procedimentos são o bas-tante para assegurar que veja TDT. É possível que tenha de

redirecionar a sua antena, que esta não seja adequada ou que exista um qualquer problema técnico adicional. Pode ainda acontecer que esteja a tentar captar a TDT numa zona apenas servida pelo sinal transmitido via sa-télite. Nesse caso, a solução proposta é a instalação de DHT (TDT complementar). Trata-se da receção de te-levisão por satélite, através da instalação de uma antena parabólica. Se, ainda assim, não conseguir ver televisão, o ideal é contactar um téc-nico autorizado.

TDT A forma como vemos televisão mudou. Descubra como

A nova plataforma digital de televisão permite, para já, a captação de quatro ca-nais: RTP1 e RTP2, SIC e TVI. Existe um quinto canal que pode ser sintonizado e que se destina a conteúdos em alta definição, mas que ainda não se encontra em funcio-namento

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O processo de liberalização do sector elétrico em Por-tugal não é novo. Mas agora está a ser sentido pelos con-sumidores domésticos. Isto quer dizer que chegou a al-tura de escolher um entre os vários fornecedores de eletricidade que existem no mercado.

Assim, desde o início deste mês de julho que os consumidores com potência contratada igual ou superior

a 10,35 kVA (essa informação está na sua fatura de eletri-cidade) veem as tarifas até aqui contratadas extintas. Mas este tipo de potência não é aquela que a maioria dos consumidores tem con-tratada, sendo usual apenas em habitações com grandes necessidades energéticas, com sistemas de aqueci-mento central a eletricidade, por exemplo. A esmagadora maioria dos consumidores

contam com potência abaixo daquele valor e nesse caso, as tarifas reguladas serão extintas em 2013.

Na prática, os consumido-res devem começar a com-parar preços de eletricidade praticados pelas empresas fornecedoras. Os preços es-tão disponíveis no site da en-tidade reguladora do sector em www.erse.pt

Se o consumidor optar por não mudar, a partir do

momento em que as tarifas são desreguladas será defi-nido um novo preço a cada três meses. Ficar no regime regulado significa sofrer aumentos de três em três meses. Por exemplo, se usu-frui de tarifas bi-horárias ou tri-horárias, se não mudar de empresa fornecedora, es-sas tarifas vão continuar a existir, mas serão mais caras a cada trimestre. O ideal é consultar os sites da ERSE

(entidade reguladora) ou mesmo da Associação Por-tuguesa para a Defesa do Consumidor DECO (www.deco.pt) para perceber qual o preço que mais convém para o seu caso.

Saiba que se pretender mudar de fornecedor de ele-tricidade, não será necessá-rio interromper o serviço e não necessitará sequer de mudar de equipamentos.

Atenção, está na hora de escolher uma nova tarifa elétrica