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Os Pavilhıes da Fenac, em Novo Hamburgo, sªo o cenÆrio escolhido para mostrar o que os jovens estªo preparando para o nosso futuro Feira Os pesquisadores estªo solta A inovaªo na pauta do dia AlØm dos 300 projetos expostos na Mostratec, pela segunda vez foi disponibilizado aos visitan- tes o Salªo da inovaªo. Empresas pœblicas e privadas puderam apresentar o que estªo fazen- do de melhor e mais moderno para os jovens que tomaram conta do lugar. E ver ainda Ø pouco. O interessante mesmo Ø poder experimentar. E nªo faltou o que fazer: diri- gir um simulador, manipular robs e interagir com novo um experimento eram as opıes para quem parti- cipava deste mundo inunda- do pela tecnologia. CianMagenta AmareloPreto culos 3D para acompanhar uma demonstraªo das novidades do mercado de informÆtica Era possvel atØ visitar a feira dirigindo um simulador que comandava um rob-cmera Um tapete interativo ajudava a conhecer os cursos tØcnicos O encontro jÆ se repete hÆ 25 anos. Jovens pesquisadores de vÆrios lugares do Bra- sil e do mundo inteiro rumam a Novo Hamburgo para mostrar aquilo que descobri- ram e buscar ideias para o que ainda pretendem conhecer. com este esprito que a Mostra In- ternacional de CiŒncia e Tecnologia, a Mostratec, reœne a galera mais curiosa do Ensino MØdio, provando que ainda hÆ muito a ser inventado para o futuro de todo mundo. O Polvo visitou os corredores da Fenac, local escolhido para a Mostratec mais uma vez, e con- versou com quem estava ali disputando um dos prŒmios em jogo (este ano sªo 23 oferecidos pelos patrocinadores) e tambØm com quem que- ria saber um pouco mais sobre o cursos tØcni- cos. Confira nas prximas pÆginas este bate- papo.

Edição extra - Mostratec 2010

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Edição extra do Jornal O Polvo sobre a Mostratec 2010

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Os Pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, são o cenário escolhidopara mostrar o que os jovens estão preparando para o nosso futuroFeira

Os pesquisadoresestão à solta

A inovaçãona pauta do diaAlém dos 300 projetos expostos na Mostratec,

pela segunda vez foi disponibilizado aos visitan-tes o Salão da inovação. Empresas públicas eprivadas puderam apresentar o que estão fazen-do de melhor e mais moderno para os jovens quetomaram conta do lugar.E ver ainda é pouco. O interessante mesmo é

poder experimentar. E não faltou o que fazer: diri-gir um simulador, manipular robôs e interagir comnovo um experimento eramas opções para quem parti-cipava deste mundo inunda-do pela tecnologia.

CianMagentaAmareloPreto

Óculos 3D para acompanhar umademonstração das novidades domercado de informática

Era possível até visitar a feiradirigindo um simulador quecomandava um robô-câmera

Um tapete interativoajudava a conhecer oscursos técnicos

Oencontro já se repete há 25 anos. Jovenspesquisadores de vários lugares do Bra-sil e do mundo inteiro rumam a Novo

Hamburgo para mostrar aquilo que descobri-ram e buscar ideias para o que ainda pretendemconhecer. É com este espírito que a Mostra In-ternacional de Ciência e Tecnologia, a Mostratec,reúne a galera mais curiosa do Ensino Médio,provando que ainda há muito a ser inventadopara o futuro de todo mundo.O Polvo visitou os corredores da Fenac, local

escolhido para a Mostratec mais uma vez, e con-versou com quem estava ali disputando um dosprêmios em jogo (este ano são 23 oferecidospelos patrocinadores) e também com quem que-ria saber um pouco mais sobre o cursos técni-cos. Confira nas próximas páginas este bate-papo.

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Os cursos técnicostambém fazemparte da vida dasamigas que vieramda Escola JussaraPolidoro, de Cano-as. Vanessa eJenifer fazemSegurança doTrabalho e queremseguir na profis-são, mas em ramosdiferentes. �Voutentar fazer vesti-bular para Medici-na e me especi-alizar em Medicinado Trabalho�, falaJenifer. Já Vanessagosta mais dequímica, área quequer seguir nafaculdade deEngenharia.

�Pretendo estudar Eletrônica naLiberato e por isso vim conhecer aMostratec�, explica o estudantena Escola Marechal Rondon,enquanto visita uma estande derobótica na feira.

Priscila Fratti Rissi17 anos

Vanessa Castanho,17, Karolyne Duarte,17, e Jenifer Moura, 17

�Hermanos� buscampaz nos estádios

O Pré-Salpassado alimpo

Jovens eslovacosbuscam energia solar

A paixão pelo futebol motivou o trabalhodos argentinos Maurício Paulino, 17, e FrancoFeris, 16. Os �hermanos� pesquisaram em di-versas equipes do futebol argentino quanto àviolência dentro e fora de campo. �Temos afama de ser muito violentos, principalmenteos torcedores�, conta Maurício. Comparadocom os times brasileiros, os estudantes afir-mam que as torcidas tupiniquins são bemmais amistosas. �Acreditamos que no Brasilo torcedor se sente mais seguro e, por isso,menos violento�, conta Franco. A solução queos jovens pesquisadores dão é simples: edu-cação desde muito cedo. �Se o ensinamentocomeçar desde o berço será bem mais fácillidar com esse problema no futuro e podercontar com o esporte mais pacífico�, finalizaFranco.

Uma das maioresriquezas do nossoPaís foi o tema dapesquisa dos jo-vens de Criciúma,Santa Catarina,

Edmar dosSantos, 22, eAna Carolinados Santos, 20.

Os dois fizeram uma maquete de como seráfeita a exploração da reserva do pré-sal,descoberta pela Petrobrás no ano passado.�Decidimos tratar do tema pois muitas pes-soas ainda têm dúvidas sobre como seráfeita essa operação completa�, conta Ana. Opré-sal é uma gigantesca reserva de pe-tróleo e gás natural. Comela, o Brasil poderácomercializar o líquidopara vários países domundo e investir em se-tores importantespara a população.�A exploração dopré-sal vai mexercom a economiabrasileira e nossotrabalho tentaambientar umpouco as pessoassobre essas mu-danças�, finalizaEdmar.

Vindos da Eslováquia,Michal Zajacek, 20, IvanHapeo, 20, chegaram pela primeira vez noBrasil para trazer uma pesquisa relacionadacom algo que temos em abundância por aqui:o sol. Os meninos, estudantes do curso deFísica, sempre foram apaixonados por astro-nomia, e decidiram pesquisar mais sobre oastro-rei e dos benefícios da energia solar. Oexperimento trazido por eles calcula a quan-tidade de energia solar de determinado locale como ela pode ser aproveitada. �Podemossaber quanto de energia cada período do diapossui. Isso facilita na hora de aplicar isso

para benefício da so-ciedade, em casas,prédios, etc.�, contaMichal. Essa é a se-

gunda vez que os ci-entistas apresentam o

trabalho fora de seu país deorigem. A primeira foi em

uma feira na Tunísia.

Ana e Edmar

Maurício e Franco Michal e Ivan

Leonardo Juliani, 13,Sapucaia do Sul

Ciência a serviço da sociedade

O trio passeava pelaMostratec e buscavamais opções sobre afutura profissão. Dostrês, somente Viniciusjá faz um cursotécnico no Institutode Educação de Ivoti,mas pensa em trocar.�Estudo Informática,mas não estougostando�, conta. Osoutros dois aindaestão na sétima sérieno 25 de Julho, emNovo Hamburgo eassumem quecontinuam muitoindecisos.� Por issoviemos ver aMostratec�.

�Estou terminando um curso técnicode robótica e pretendo continuarestudando sobre isto. Até construium robô que está lá em casa�, contao estudante da Escola JussaraPolidoro.

Lucas Camilo Farias,16, Canoas

Paredes feitas de arroz etubos de pasta de dente

Aprender em3D é bemmais legal

Os gêmeos turcospreocupados com o meio

ambienteO meioambienteé um temabastanteabordadoentre ostrabalhosda Mos-t r a t e c .Felipe dosS a n t o sMachado,17, alunode mecâ-nica daFundaçãoLiberato,comproua ideia dodesenvol-

vimento sustentável e criou uma parede paradivisórias de escritório feita de casca de ar-roz e embalagens de pasta de dente.O produto, completamente reciclável, ainda

por cima tem mais qualidade e custa 8%menos que as usadas hoje em dia. �A parteexterna é toda feita com material de garra-fas PET�, conta Felipe. Segundo o jovem, aprodução de sua experiência é bastante viá-vel, além de ser mais em conta. �Contei coma ajuda de laboratórios da Feevale, da Liberatoe ainda de uma empresa privada. Foi superfácil de produzir o material. Por isso, acreditoque ele poderá ser usado e ainda ajudar napreservação da natureza.�

Os estudantesde Infor-mática de

Brasília aposta-ram numa tecnologia que está em voga: o

3D. Frederico Alencar, 16, Henrik Rezende Costa,17, e Edson Lopes da Costa, 20, criaram uma es-pécie de jogo para ajudar no aprendizadode cri-anças e adolescentes. O equipamento, feito pe-los meninos em casa mesmo, pode ser aprovei-tado para qualquer disciplina. No projeto apre-sentadonaMostratec,aescolhida foiaMatemá-tica. �Oobjetivodoprogramanãoéensinar,massim dinamizar o aprendizado de quem estiverjogando�, conta Edson. 3D foi uma escolha dosrapazes para que o jogador possa ficar imersodentrodoqueestáaprendendo. �Seaescolha forBiologia, por exemplo, o alunopoderá ver célulase órgãos como se estivesse dentro do corpo hu-mano�, afirma Frederico. O trabalho, com o usoda tecnologia 3D, levou cerca de cinco mesespara ser concluído.

Além de irmãos gêmeos, os turcos Ege eArda Ergonen são apaixonados pela pesqui-sa. Os dois, que são filhos de médicos, cria-ram uma nova forma de separar o plástico ea prata de placas de raio-X, essas usadas emexames como tomografias. �Encontramos aforma menos poluente e mais barata pararealizar o processo�, conta Arda. Os jovensdescobriram uma bactéria que produz umaenzima capaz de separar os dois elementossem poluir o meio ambiente. Apesar de mui-to jovens, os gêmeos não se intimidam comum projeto que trata de um tema bastanteadulto. �Lá na Turquia aprendemos desde cedoa pesquisar e realizar descobertas que aju-dem no nosso aprendizado. Por isso, jáestamos acostumados com temas sérios as-sim�, conta Ege. Essa é a primeira visita dosgêmeos ao Brasil. Os dois já haviam apre-sentado sua pesquisa na Holanda, esse ano.

Felipe Machado

Frederico , Henrik e Edson Ege e Arda

Não importa se eles são latinos, europeus ou asiáticos. Os jovens pesquisadores que apresentamseus trabalhos na 25a Mostratec pensam em um bem comum: auxiliar e melhorar a vida dapopulação. A gente deu um giro pelos pavilhões da Fenac e bateu um papo com alguns deles!

Fernanda do Amaral,14, Luiz Greff, 14, eVinicius Werle, 15

CianMagentaAmareloPreto

Expediente - Jornal O Polvo - Bark Comunicação

Edição:Edição:Edição:Edição:Edição: Maurício CarvalhoRedação:Redação:Redação:Redação:Redação: Gisele SantosDiagramação:Diagramação:Diagramação:Diagramação:Diagramação: Alexandra Korndörfer

Fotografia:Fotografia:Fotografia:Fotografia:Fotografia: Homero SchuchEstagiário em Arte:Estagiário em Arte:Estagiário em Arte:Estagiário em Arte:Estagiário em Arte: Guilherme FernandesImpressão:Impressão:Impressão:Impressão:Impressão: Gazeta do Sul

�O Rio de Janeirocontinua lindo...�O jovem carioca Matheus Wollmann 17, já tinha vindo ao RS para

fazer um tour por Gramado, Canela e Porto Alegre. Seus colegas depesquisa, Aluízio dos Santos, 18, e Michael Barreto, 17, no entanto,estão conhecendo o Estado pela primeira vez. �Achamos que eramais frio. Até estávamos torcendo que desse uma esfriada, pra genteaproveitar�, brinca Michael. Essa é a primeira apresentação que eles fazem deseu projeto em uma feira grande como a Mostratec. Alunos do curso de Eletrôni-ca, os meninos afirmam que é mito a violência que muitos afirmam assolar o Riode Janeiro. �Não é assim como a TV mostra. Claro que há violência, mas basta secuidar um pouco que está tudo tranquilo�, conta Aluízio. Cartão-postal do Brasil, oRio é um dos lugares mais visitados do mundo, e eles explicam o motivo. �Moramos

em Niterói, que é bem perto. Mas estamossempre no Rio por causa das praias e dos pon-tos turísticos. O Corcovado todo mundo deveria conhecer�, convidaMatheus.

Eles vieram de várioslugares do globo

Cientistas da terra dodulce de leche e do tangoPela primeira vez no Brasil, os argentinos Pedro Masut, 12, Carlos

Mesa, 12, e Maria Esperanza Niez, 13, já conseguiram se apaixonar.Eles vieram com o pai de Pedro, e estão adorando a experiência deconhecer pessoas de vários países nos pavilhões da Mostratec. �OBrasil é lindo. Muito mais lindo que a Argentina�, brinca Pedro. Como

a visita ao País agora é a trabalho, já que eles estão com um projeto nafeira, os três pretendem retornar de �vacaciones� para curtir as nossas praias

e o verão brasileiro. �Já ouvi falar muito das praias daqui. Dizem que sãolindas�, conta Maria Esperanza. Lá na Argentina, eles também viajam bastante. A

dica que eles deixam para nós é conhecer a região sul do país, onde se encontra acidade de Ushuaia, também conhecida como �fim do mundo�. �Lá é maravilhoso.Mas bastante frio�, afirma Pedro. A outra dica de viagem dos �hermanos� é Bariloche,claro. �No inverno é cheio de turistas brasileiros�, conta Carlos. Além de turismo, osjovens argentinos recomendam também as delícias gastronômicas de seu país. �Nin-guém tem um doce de leite como o nosso�, brinca Pedro.

Eles viajaram mais de 4,5 milquilômetros para participar pelaprimeira vez da Mostratec. Os jo-

vens manauaras Matheus Ferreira, 17,Caio Cavalcante, 18, e Thiago Oliveira, 19,

pisaram pela primeira vez em solo gaú-cho, mas já gostaram do pouco que conhe-

ceram. �A cidade de Novo Hamburgo é muitobonita. Deve ser bem legal morar aqui�, afirma Matheus. ComoManaus é uma das capitais mais quentes do Brasil, mesmo o climaameno da primavera gaúcha assustou os meninos, que estavamsentindo frio. �Saímos de lá com 35 graus. É bem diferente, mas

estamos curtindo�, afir-ma Thiago. Manaus éuma das cidades commaior PIB do Brasil, masmesmo assim os garo-tos contam que existebastante preconceito.�Algumas pessoas pen-sam que é só florestas ematas. Que há índios pe-las ruas�, conta Caio. Arealidade, no entanto, ébem diferente. Por cau-sa da Zona Franca deManaus, a produção nacidade é grande, mas

sempre com um olhar crítico para a preservação do meio ambien-te. �Mesmo desenvolvida, nossa cidade cuida das suas riquezasnaturais. As empresas da Zona Franca não podem poluir e preci-sam preservar�, conta Thiago.

De Manausparapassarfrio no RS