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Morte de Dr. Sales consterna Crateús Crateús sedia V Seminário de Combate à Corrupção Eleitoral Leia na coluna Comunicando, como se faz a política da maldade e a campanha do deboche Página 15 SEBRAE, Prefeitura e empresários participam de encontro com deputado Antonio Balhmann Página 12 Crediamigo injetou R$ 578 milhões na economia no 1º semestre Aventuras sobre duas rodas Aos 87 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, morre o médico Francisco Sales de Macedo, deixando um legado de realizações em Crateús, onde construiu sua vida profissional. Página 04 O V Seminário de Combate à Corrupção Eleitoral teve lugar nas dependências do Clube Caça e Pesca de Crateús, na noite do dia 28/8, e teve como palestrante o professor-doutor Cláudio Regis Quixadá e do advogado Leonardo Araújo de Souza, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE). Página 04 Os empreendedores cearenses realizaram mais de 440 mil empréstimos ao programa Crediamigo, do Banco do Nordeste do Brasil, nos primeiros seis meses de 2012. Ao todo, o Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado do Banco do Nordeste injetou R$ 578 milhões no Estado do Ceará no 1° semestre do ano, valor 53,2% superior ao desembolsado no mesmo período do ano passado. Página 06 CORRUPÇÃO ELEITORAL BANCO DO NORDESTE POLÍTICA ECONOMIA O Ceará se mostrou per- plexo ante a notícia de que a esposa do vereador de Fortaleza, Leonelzinho Alencar, Adriana Lúcia Bezerra de Alencar, paga- va tarifa social de energia elétrica e recebia, mediante fraude,míseros trocados do programa Bolsa Família, do Governo Federal.O fato, que não foi negado pelo parlamentar, está sendo objeto de uma CPI a ser instalada na Câmara Mu- nicipal de Fortaleza. Quanto ganha um vere- ador de Fortaleza? Quanto ganha Adriana em atividade que, possivelmente, exerce junto ao Poder Público Mu- nicipal? Pois é; uma dondo- ca, de salto alto, ostentando joias e adornos,recebia dinheiro destinado aos mi- seráveis que, sequer, têm onde cair vivos, porque, mortos, caem em qualquer lugar. Quanta vergonha! Leonelzinho Alencaré filho de um coronel dos Bombei- ros que, na juventude, foi uma das glórias do nosso futsal,mas que também foi protagonista de um dos grandes escândalos, em passado recente, quan- do comandou o Corpo de Bombeiros do Ceará. Le- onelzinho é parente muito próximo do grande verea- dor José Barros de Alencar (In memoriam), político honrado, cujo nome, em Messejana, nomeia praça, escolas, hospital, posto de saúde, associações e deze- nas de entidades sociais. Com que cara Leonalzinho vai pedir o voto do cidadão de Fortaleza, para se reele- ger vereador? Outro dia, postamos aqui que o filho do deputado Mauro Benevides, Afonso Benevides, que é funcio- nário do Senado Federale dono de chic restaurante em Brasília, tinha como gerente do seu comércio um secretário parlamentar lota- do no gabinete de seu pai. Do gabinete do deputado saía a verba que pagava o salário do gerente do chic restaurante. Ou seja: nós contribuintes pagávamos o salário do gerente do restaurante de Afonso Be- nevides. Se fosse o Brasil um país sério, essas patifarias não aconteceriam diante de nossas barbas e cabelos brancos; não aconteceriam diante de nossa juventude que anda perdida, vagando em busca de oportunidades. O deputado e o vereador prometeram devolver o di- nheiro aos cofres públicos, mas isso não é desculpa, não é consolo para nada. Cada um desses políticos pegados em semelhantes falcatruas deveria renun- ciar aos seus mandatos e afastar-se da vida pública. Do contrário, passarão para a história como verdadeiras caras de pau e surripiadores de dinheiro público. Isto vale para todos os políticos não sérios de nosso país, para os que só pensam em se locupletar de cargos ou posições que exercem. Tanto o vereador quanto o deputado mancharam a reputação e nenhum deles é inocente nos dois melan- cólicos episódios. O depu- tado, que iniciou na política como vereador e chegou à presidência do Congresso Nacional, sujou sua ficha no final de uma brilhante carreira. E Leonelzinho Alencar, que sujou o nome logo no início da carreira política, como irá terminar? Tarifa social e bolsa família para dondoca Augusto Rocha, que saiu de Fortaleza rumo a Ushuaia, cruzando os Andes e a Patagônia, lança em livro, no próximo dia 04, sua viagem a Machu Picchu, no Peru, feita numa motocicleta BMW. Página 08 Deputado Antonio Antonio Balhmann com o prefeito Carlos Felipe e articulador do Sebrae Luiz Gonçalves tratam de projeto de utilização de galpão industrial para pequenos empresários Crateús-Ce. Sexta-feira, 31 de agosto de 2012 - Ano XV - N o 346 - R$ 2,50 Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: [email protected]

Edição Nº 346

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Sexta-feira, 31 de agosto de 2012 - Ano XV - No 346

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Page 1: Edição Nº 346

Morte de Dr. Sales consterna Crateús

Crateús sedia V Seminário de Combate à Corrupção Eleitoral

Leia na coluna Comunicando, como se faz a política da maldade e a campanha do debochePágina 15

SEBRAE, Prefeitura e empresários participam de encontro com deputado Antonio BalhmannPágina 12

Crediamigo injetou R$ 578 milhões na economia no 1º semestre

Aventuras sobre duas rodas

Aos 87 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, morre o médico Francisco Sales de Macedo, deixando um legado de realizações em Crateús, onde construiu sua vida profissional.Página 04

O V Seminário de Combate à Corrupção Eleitoral teve lugar nas dependências do Clube Caça e Pesca de Crateús, na noite do dia 28/8, e teve como palestrante o professor-doutor Cláudio Regis Quixadá e do advogado Leonardo Araújo de Souza, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE).Página 04

Os empreendedores cearenses realizaram mais de 440 mil empréstimos ao programa Crediamigo, do Banco do Nordeste do Brasil, nos primeiros seis meses de 2012. Ao todo, o Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado do Banco do Nordeste injetou R$ 578 milhões no Estado do Ceará no 1° semestre do ano, valor 53,2% superior ao desembolsado no mesmo período do ano passado.Página 06

CORRUPÇÃO ELEITORAL

BANCO DO NORDESTEPOLÍTICA

ECONOMIA

O Ceará se mostrou per-plexo ante a notícia de que a esposa do vereador de Fortaleza, Leonelzinho Alencar, Adriana Lúcia Bezerra de Alencar, paga-va tarifa social de energia elétrica e recebia, mediante fraude,míseros trocados do programa Bolsa Família, do Governo Federal.O fato, que não foi negado pelo parlamentar, está sendo objeto de uma CPI a ser instalada na Câmara Mu-nicipal de Fortaleza.

Quanto ganha um vere-ador de Fortaleza? Quanto ganha Adriana em atividade que, possivelmente, exerce junto ao Poder Público Mu-nicipal? Pois é; uma dondo-ca, de salto alto, ostentando joias e adornos,recebia dinheiro destinado aos mi-seráveis que, sequer, têm onde cair vivos, porque, mortos, caem em qualquer lugar. Quanta vergonha! Leonelzinho Alencaré filho de um coronel dos Bombei-ros que, na juventude, foi uma das glórias do nosso futsal,mas que também foi protagonista de um dos grandes escândalos, em passado recente, quan-

do comandou o Corpo de Bombeiros do Ceará. Le-onelzinho é parente muito próximo do grande verea-dor José Barros de Alencar (In memoriam), político honrado, cujo nome, em Messejana, nomeia praça, escolas, hospital, posto de saúde, associações e deze-nas de entidades sociais. Com que cara Leonalzinho vai pedir o voto do cidadão de Fortaleza, para se reele-ger vereador?

Outro dia, postamos aqui que o filho do deputado Mauro Benevides, Afonso Benevides, que é funcio-nário do Senado Federale dono de chic restaurante em Brasília, tinha como gerente do seu comércio um secretário parlamentar lota-do no gabinete de seu pai. Do gabinete do deputado saía a verba que pagava o salário do gerente do chic restaurante. Ou seja: nós contribuintes pagávamos o salário do gerente do restaurante de Afonso Be-nevides.

Se fosse o Brasil um país sério, essas patifarias não aconteceriam diante de nossas barbas e cabelos

brancos; não aconteceriam diante de nossa juventude que anda perdida, vagando em busca de oportunidades.

O deputado e o vereador prometeram devolver o di-nheiro aos cofres públicos, mas isso não é desculpa, não é consolo para nada. Cada um desses políticos pegados em semelhantes falcatruas deveria renun-ciar aos seus mandatos e afastar-se da vida pública. Do contrário, passarão para a história como verdadeiras caras de pau e surripiadores de dinheiro público. Isto vale para todos os políticos não sérios de nosso país, para os que só pensam em se locupletar de cargos ou posições que exercem. Tanto o vereador quanto o deputado mancharam a reputação e nenhum deles é inocente nos dois melan-cólicos episódios. O depu-tado, que iniciou na política como vereador e chegou à presidência do Congresso Nacional, sujou sua ficha no final de uma brilhante carreira. E Leonelzinho Alencar, que sujou o nome logo no início da carreira política, como irá terminar?

Tarifa social e bolsa família para dondoca

Augusto Rocha, que saiu de Fortaleza rumo a Ushuaia, cruzando os Andes e a Patagônia, lança em livro, no próximo dia 04, sua viagem a Machu Picchu, no Peru, feita numa motocicleta BMW.Página 08

Deputado Antonio Antonio Balhmann com o prefeito Carlos Felipe e articulador doSebrae Luiz Gonçalves tratam de projeto de utilização de galpão industrial para pequenos empresários

Crateús-Ce. Sexta-feira, 31 de agosto de 2012 - Ano XV - No 346 - R$ 2,50Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: [email protected]

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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O Brasil é o segundo maior exportador mundial de soja em grãos e seus derivados, farelo e óleos, basicamente. A produção agrícola ame-ricana está em declínio, com níveis insatisfatórios de qualidade com reflexo na produtividade e, conse-quentemente, na produção. Estima-se que para o ano de 2012 haja uma redução de até 100 milhões de toneladas na oferta americana de soja. A exemplo desta oleaginosa, a produção de milho já tem confirmada a queda de 80 milhões de toneladas em relação às estimativas para o recorde que os produtores americanos esperavam co-lher na safra de 2011-2012. Por conta disso, houve au-mento substancial de preços no mercado externo. Só não subiu de forma mais con-tundente pela participação

contida da China, que vem comprando menos soja por conta de seus estoques su-ficientes para os próximos meses e pela redução de importação por conta da desaceleração econômica.

No Brasil, com as cota-ções em alta nos mercados externos e o câmbio corri-gido, são fortes os estímulos da área plantada de grãos nas safras 2012-2013, com des-taque para a soja e o milho. É esperado que na próxima safra o Brasil se transforme no maior produtor mundial de soja, superando os Esta-dos Unidos.

A ampliação da área com soja implicará na redução de áreas com pastagens e de outras culturas como o algodão, o que implicará em mudança profunda na estru-tura da atividade agrícola brasileira.

Fator decisivo para esse sucesso e de todas as demais culturas será a implantação do Plano Agrícola divul-gado pelo Governo, segu-ramente o melhor e mais bem elaborado dos últimos anos. Ele trabalhou os pon-tos chaves: aumentou o financiamento do plantio de grãos, ampliou fortemente a cobertura do seguro rural e, principalmente, voltou a cuidar de uma coisa funda-mental, a assistência técnica na agricultura ao plantador no campo.

A expectativa é de que o aumento da produção e a melhoria da produtividade, que vão dar um importante suporte ao crescimento in-dustrial e à ampliação das exportações, contribuirão sobremodo para a economia brasileira em 2013.

Brasil é destaque no cenário agrícola mundial

Combustíveis: Estoque garante aumento do etanol na gasolinaO diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Alan Kardec, afirmou que existe capacid-ade em estoque suficiente para aumentar a mistura do etanol na gasolina até abril ou maio do próximo ano, quando ocorre a safra de cana de açúcar. “Há condições de elevar a proporção de álcool na gasolina dos atuais 20% para de 22% a 25% no ano que vem”, disse Kardec.

José Maria Bonfim de MoraesMédico cardiologista

Israel Bonfim e Altamiro

CRÔNICA

A morte do grande mú-sico, compositor, poeta, flautista, Altamiro Carrilho, aos 86 anos, fez mourejar as ditosas saudades da mi-nha infância. Os momentos ternos e dadivosos de feli-cidades em Crateús. Israel Teixeira Bonfim era filho de Manoel Bonfim e de Madalena Teixeira Bonfim. Israel era um dos meus pri-mos mais velhos. Lembro--me dele morando na Casa do Tio Zezé, já sacristão da Paróquia do Senhor do Bonfim. Israel apesar da baixa altura se portava com esmero e elegância. Tinha as melhores roupas e inúme-ros pares de sapatos. Usava perfume de qualidade. Era um sacristão competente. Administrava o seu mister com elogiável perfeição. Primava pela ordem e a limpeza. Tinha uma caligra-fia primorosa. Vivi aqueles anos, bem próximo do meu saudoso parente. Mas o que me chamava a atenção, do baixinho, era sua rica dis-cografia. Amava os discos de dobrados e os discos de Altamiro Carrilho. Inicial-mente os velhos discos de

cera e depois os long plays. Adorava ouvi-los no final de noite. Eu, menino gostava muito dos dobrados. A mú-sica, segundo, Yoko Ono, é a linguagem de Deus. A música penetra em nossas almas e nos transforma. A flauta de Carrilho trouxe o choro para a sala de visita. Ao longo de uma vida tão extensa, Altamiro dignifi-cou o chorinho, com os mi-lagres que sua flauta trans-versal operava. E aí, qual uma réstea de sol, meu pai de novo alaga minha alma com o cantar plangente de sua flauta. No fim da tarde quando o sol já se aquietava ele com a sua flauta tirava canções que se perdiam na nossa imaginação. Meu pai era sisudo, mas amava a música. Era componente de uma banda antiga de Crateús. Minha mãe com sua poesia que carregava no seu olhar, no seu sorriso e na sua paz, era uma amante da música. Mais tarde, Alaíde Bonfim lançou um livro com suas músicas preferida-se suas anotações. Foi neste ambiente de ternura que eu passei a minha infância na

querida cidade de Crateús. Maggy, Maria José e Ana Estelita gostavam de tocar bandolim ou violão. A mú-sica é fantástica. Fascinante. Hoje, tudo é saudade. Meu pai é uma canção silenciosa de poente dolente. O amigo Israel partiu entre navetas e turíbulos, incensos e panos roxos da semana santa, escuta os Ave Verum celes-tiais. E hoje, Altamiro silen-cia a sua flauta milagreira. Mas tudo valeu. No meu andar na vida, meu alforje vai cheio destas lembranças amoráveis. Destes quadros de pureza e de inspiração que eu suguei no nascedou-ro da minha vida. E penso que me fez um ser de passo condoído. De olhar moroso. De ternura. De plenitude de paz. Fez-me encher com este lado bom da humanida-de, que Deus nos oferta com generosidade. Uma aula profunda de Teologia que a faculdade nunca vai me dar. São professores poemas. São professores poetas. São versos e métricas que rimam com imensa docili-dade. Mergulho telúrico de encantamento e de lirismo.

Ensino profissional: Parceria com empresariado

Empresários ligados à Asso-ciação dos Jovens Empresários (AJE) e o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Edu-cação (Seduc), lançaram o Programa de Cooperação entre o Empresariado Cearense e as Escolas Estaduais de Educa-ção Profissional. O lançamen-to aconteceu na Escola Estad-ual de Educação Profissional Paulo VI, no Jardim América.

A iniciativa tem como ob-

jetivo promover a integração dos estudantes junto ao mer-cado de trabalho no decorrer do curso técnico ministrado nas Escolas Estaduais de Edu-cação Profissional (EEEP). Além disso, busca a inserção dos estudantes em campo de estágio dos cursos de admin-istração, contabilidade, secre-tariado, finanças, comércio e informática.

A implantação das Escolas

Estaduais de Educação Pro-fissional teve início em 2008, com 25 unidades. No ano se-guinte, outras 26 começaram a funcionar. Até agora, o Governo do Estado do Ceará implantou 88 EEEPs, com aproximadamente 30 mil alu-nos matriculados, em cerca de 70 municípios. Até o final da atual gestão, em 2014, o Ceará vai contar com um total de 140 escolas.

Fundada em 30 de maio de 1997

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 503 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

Assessor para assuntos especiais:Francisco Oton Falcão JucáTel.: (85) 3254.5353 / (85)99812637Fax: (85) 3254.8000

Importante:As opiniões assinadas não refletem obrigatoriamente o pensamento do jornal.

Assinaturas ou renovações:Através do E-mail: [email protected] ou pelo telefone (88)

3692.3810.Assinante de qualquer localidade enviar comprovante de depósito bancário por fax ou e-mail:

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Banco do BrasilM. Duarte da Silva - MEAgência: 0237-2 - Conta: 28.765-2

Impressão:Gráfica e Editora Premius

Tiragem por edição: 2.000 exem-plares.

Crateús:Assinatura anual R$ 70,00

Outras localiadadesAssinatura anual R$ 120,00

EDITORIAL

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Esta página, que sempre homenageia gente, hoje fa-lará de um grupo; ao invés de um profissional, vamos exaltar uma profissão: a advocacia!

Narra a história que, há pouco mais de setecentos anos, na heráldica França, mais precisamente na re-gião da Bretanha, viveu um ser iluminado que acumu-lou as funções de sacerdote, advogado e juiz. (Hoje pode nos soar estranho, mas naquele tempo isso era possível em virtude de não vigorar a moderna estrita divisão social das funções).

Por conta de sua extrema sensibilidade social e ful-gurante inteligência, gal-gou aura popular, prestígio comunitário e a reverência dos desvalidos da socieda-de. Foi ele o fundador dessa veneranda Instituição que nos dias atuais chamamos Defensoria Pública.

Reza a lenda que um po-bre, não possuindo dinheiro para comprar comida, apro-ximava-se diariamente, na hora do almoço, da janela da cozinha de um restau-rante e, com o saboroso odor inalado, dava-se por satisfeito. Uma ocasião, o dono do restaurante o inter-pelou sobre o seu repetido e suspeito comportamento e, ouvindo a cândida expla-nação do miserável, exigiu dele pagamento como se ele tivesse de fato comido uma refeição. O causídico dos injustiçados assumiu a defesa do pobre e, no Tri-bunal, fez soar aos ouvidos

do acusador as moedas que exigia, dizendo-lhe: “Considera-te pago com o som dessas moedas”.

Esse operador do direito, batizado Ivo Hélory de Kermartin, que teve seu nome inscrito nos cânones da Igreja Católica como “Santo Ivo”, tornou-se o padroeiro dos advogados. Santo Ivo transformou sua existência terrena em um hino de louvor ao Reino dos Céus. Considerou a erudição que possuía um pergaminho musical para a elaboração das parti-turas mais profundas da humanidade: a Justiça e a Liberdade! Espargiu a sabedoria para fertilizar o terreno árido da arrogância, utilizou com habilidade os pratos da balança da deusa Thêmis, mirou de frente a imparcialidade e dilatou o espírito conciliador para desfazer as supostas ini-mizades que as contendas judiciais tendem a gerar. É ele o símbolo eminente, a bandeira excelsa, o es-tandarte imarcescível da atividade advocatícia.

O ordenamento jurídico brasileiro conferiu ao advo-gado o status constitucional de essencialidade à Justiça. O múnus que lhe foi con-ferido, para efeito de uma escorreita prestação juris-dicional, se assemelha ao do Juiz e ao do Promotor. A Lei assim estabelece, à inteligência do magistério estampado no artigo 6º da Lei 8.906/94: “Não há hie-rarquia nem subordinação entre advogados, magistra-

dos e membros do Ministé-rio Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos”.

Advogar é aceitar a un-ção sacramental do óleo da Justiça! É celebrar um matrimônio de amor com a Liberdade!

Jean Giradoux anunciou que “não há melhor manei-ra de exercitar a imagina-ção do que estudar direito. Nenhum poeta jamais in-terpretou a natureza com tanta liberdade quanto um jurista interpreta a verda-de”.

No último dia 11 de agos-to comemoramos a nossa data. Cabe, sempre, uma acurada reflexão sobre os desafios presentes e futu-ros.

Enquanto categoria que se abriga sob o teto dessa Instituição chamada OAB, cabe-nos abrir a mente e o coração para compreender a razão maior da nossa militância classista: a so-lidificação das pilastras do Estado Democrático de Direito e o acendimento das tochas olímpicas das nossas prerrogativas.

Gestos ousados, atitudes corajosas. Mais do que nunca, os tempos atuais, em que os castelos de so-nhos de velhas utopias ruíram, precisamos praticar ações que enobreçam e dignifiquem a mais bela das profissões.

Crônica da Cidade www.juniorbonfim.blogspot.com

O advogado! Júnior Bonfim | [email protected]

ObservatórioJean Jacques Rousseau

ensinou que “a juventude é a época de se estudar a sa-bedoria; a velhice é a época de a praticar”. O filósofo Sêneca consignou: “Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradual-mente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado o limite ex-tremo dos anos, estes ainda reservam prazeres”. Semana passada o Brasil assistiu o juiz Cesar Peluso, obrigado a se aposentar em virtude da idade, anunciar: “Nenhum juiz condena ninguém por ódio. Magistrado condena em primeiro por uma exigên-cia de justiça. Em segundo, porque reverencia a lei, que é a salvaguarda da própria sociedade. É com amor e em respeito aos próprios réus, que a condenação é um chamado para que se re-conciliem com a sociedade”. Desta forma, e com a voz embargada, Peluso proferiu seu último voto no STF. Após sua fala, ele se emocio-nou e foi homenageado no plenário. Os discursos eram de elogios à maturidade.

VELHOS TRONCOSOs mais vividos, aqueles

a quem a vida beneficiou com uma bagagem maior de astres e desastres, têm sido pouco reconhecidos. Ou melhor, na proporção em que merecem. Cresci vendo homens que cons-truíram belíssimos acervos – seja material, seja moral. Em Crateús, o senhor João Freire, do exíguo espaço de sua barbearia, erigiu um invisível obelisco de respeito e admiração. No dia 18 de agosto deste 2012, abriu as portas do seu lar para receber os amigos e celebrar noventa anos de existência. Parabéns para ele!

VELHOS TRONCOS II

Também como um velho tronco, da árvore genealó-gica dos Sales, era o médi-co e empresário Francisco Sales de Macedo. Faleceu

no último dia 31 de agosto de 2012. Em sociedade com José Fernandes da Silva, que também já partiu para outra dimensão, fundou o maior equipamento médico-hospi-talar privado da região.

A CAMPANHA

No inicio do mês passa-do anotamos que a cam-panha política em Crateús estava morna, modorrenta, maçante. O clima agora está diferente. Começou a esquentar. Uma pesqui-sa, legalmente registrada, indicou que Carlos Felipe lidera com 51%, seguido de Ivan com 31%. Os demais (Maçaroca, Adriana Calaça e Eduardo Machado) ainda não atingiram a marca de dois dígitos. Surge, então, a pergunta: a eleição está ganha para Carlos Felipe? A resposta: Não! A pesquisa é o retrato do momento em que foi realizada. Para fazer uma avaliação mais precisa, há que se fazer o cotejamento dessa pesquisa com outras – anteriores e posteriores. Assim que se passaram as convenções circulou oficio-samente uma pesquisa em que Felipe exibia uma dife-rença bem maior. A partir da próxima pesquisa – quando se realizar a comparação com esta última – é que se poderá traçar um indicativo mais abalizado.

TENDÊNCIAPor exemplo: se na próxi-

ma pesquisa ficar confirmada a tendência de queda de Felipe e subida de Ivan, há uma forte indicação de que os dois caminham para uma polarização acirrada, cujo desdobramento é imprevi-sível. O pior cenário para quem está na frente é perder pontos; em sentido contrá-rio, é por demais otimista a situação de quem está atrás e crescendo. Vejamos as últimas eleições. O exem-plo mais eloquente foi o de Tasso Jereissati, que partiu na frente, com larguíssima folga. Todos o diziam elei-to. Na reta final, caiu e foi ultrapassado por Eunicio e Pimentel. Portanto, ninguém pode cantar vitória neste

momento. Mesmo sem es-tarmos no inverno há muita água para rolar por debaixo da ponte da Ilha.

COMÍCIOSPor falar em Ilha, o bairro

Cidade Nova foi o escolhi-do para o primeiro grande comício de Ivan e Antonio Luiz, sábado passado. A divulgação de um vídeo revelando o uso da máquina por um secretário para fins ilícitos agitou a multidão. No mesmo horário, na sede do distrito de Curral Velho, Felipe e Mauro realizavam também uma grande con-centração.

IMPUGNAÇÕESO TRE julgou os recursos

às impugnações das candida-turas de Carlos Felipe, Lou-renço Torres e Eudes Olivei-ra. Os dois primeiros tiveram os registros deferidos; o último, foi definitivamente indeferido. Em relação a Carlos Felipe pesam sérias denúncias a respeito de má gestão de recursos públicos. Porém, como ainda não existe condenação definitiva, teve a candidatura liberada. Deve ficar alerta quanto ao futuro. Lourenço Torres teve a candidatura impugnada por ter contas desaprovadas no TCM. Porém, conseguiu demonstrar que as irregulari-dades apontadas no Acórdão eram sanáveis. (Em verdade, não existem provas de que Lourenço seja desonesto. Merece ser candidato). O caso de Eudes Oliveira di-fere dos demais. Não se trata de contas públicas. Diz respeito a uma questão de natureza judicial, cujo pro-cesso já transitou em julgado desde 2011. Porém, como os efeitos perduram para o fu-turo, acabaram alcançando-o neste momento.

PARA REFLETIR“A velhice é um estado de

repouso e de liberdade no que respeita aos sentidos. Quando a violência das pai-xões se relaxa e o seu ardor arrefece, ficamos libertos de uma multidão de furiosos tiranos.” (Platão)

Carne seca com mandioquinhaSabor Caseiro Marguê Freire

Ingredientes:500 g de carne-seca cortada em cubos, 1/2 pimentão vermelho picado, 3 colheres (sopa) de azeite, 1/2 xícara (chá) de molho de tomate, 1 tablete de caldo de carne dissolvidos em 500 ml de água, 1 tomate sem pele e sem semente, picados, 1 cebola grande picada, 3 dentes de alho amassados, Cominho, pimenta vermelha, páprica picante, cheiro verde picados a gosto, 2 folhas de louro e 200 g de mandioquinha crua descascada e cor-tada em cubos.

Modo de fazer:Retire o sal da carne seca em água fria de 6

a 8 horas, trocando a água a cada 2 horas. Misture 500 g de carne-seca dessalgada cortada em cubos, 1/2 pimentão vermelho picado, 3 colheres (sopa) de azeite, 1/2 xí-cara (chá) de molho de tomate, 1 tablete de caldo de carne dissolvidos em 500 ml de água, 1 tomate sem pele picados, 1 cebola grande picada, 3 dentes de alho amassa-dos , cominho, pimenta vermelha, páprica picante e cheiro verde picados a gosto, 2 folhas de louro num recipiente fundo, com tampa, e leve ao microondas por 25 minu-tos em potência alta. Acrescente a man-dioquinha crua cortada em cubos e deixe mais 10 minutos em potência alta.

GERAL

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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Morte de Dr. Sales consterna Crateús

Faleceu na madrugada de sexta-feira 31/8, em Fortale-za, o médico Francisco Sales de Macedo, 87 anos, natural de Novo Oriente, sendo que toda a sua vida profissional foi construída em Crateús. Dr. Sales era formado pela Faculdade de Medicina da Bahia (1951), e no ano se-guinte montou consultório em Crateús como clínico geral e oftalmologista,sendo o primeiro médico com esta especializaçãoa atuar em Crateús. Na Bahia casou--se com Sonia Burgos de Macedo com quem teve os filhos Maria da Piedade Bur-gos de Macedo Alves, José Stênio Burgos de Macedo, Francisco Sales de Macedo Junior e Suzete Burgos de Macedo Farias.

Na década de 1960 fundou a Casa de Saúde Santa Tere-zinha, obra que, juntamente com a Policlínica, ensejou a realização de pequenas cirurgias. Posteriormente, associou-se ao seu colega médico, José Fernandes da Silva e, juntos, com vi-são futurista, construíram o Hospital São Lucas, que foi inaugurado em 1979, sendo até hoje o maior hospital de nossa região.

Em agosto de 1966, foi nomeado Interventor Federal do município de Crateús, onde se manteve no cargo até o início de 1967, quando entregou a gestão municipal ao prefeito eleito Raimundo Soares Resende.

Dr. Sales, vinha já há alguns anos com a saúde

abalada e passando por tra-tamentos médicos em Forta-leza, onde passou a residir. Médico e cidadão dos mais estimados e honrados deixou um legado de realizações em Crateús e uma impreenchí-vel lacuna no seio da família e de nossa sociedade.

Seu corpo foi velado na Funerária Ternura, em For-taleza, e levado para sepul-tamento no cemitério Jardim Metropolitano, com grande acompanhamento.

Crateús sedia V Seminário de Combate à Corrupção Eleitoral

Sucateamento da Justiça:Eliana Calmon considera alvarás de soltura poucos

O V Seminário de Com-bate à Corrupção Eleitoral teve lugar nas dependências do Clube Caça e Pesca de Crateús, na noite do dia 28/8, e teve como palestrante o professor-doutor Cláudio Regis Quixadá e do advoga-do Leonardo Araújo de Sou-za, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), e organização do Ministério Público local, na pessoa do promotor de Justi-ça José Arteiro Soares Goia-no, que dirigiu os trabalhos, e da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Crateús. O cerimonial ficou a cargo da Sra. Marta Bezerra, gerente da Unimed de Crateús.

O Seminário contou com a participação do Juizado Elei-toral, da Promotoria Eleito-ral, dos cinco candidatos a prefeito de Crateús e de um candidato a prefeito da vizi-nha cidade de Ipaporanga, que faz parte da mesma Zona Eleitoral de Crateús, além da presença de padres da Igreja Católica,de pastores evangé-licos, de representante dos mais diversos movimentos sociais de Crateús e ainda de expressivo público.

Na ocasião, foi chamada a atenção do numeroso públi-co para o fato de ser esta a primeira campanha eleitoral com a aplicação da Lei da Ficha Limpa, que é a Lei

Complementar N° 135/2010.

PALESTRANTESO primeiro palestrante da

noite foi o advogado Leonar-do Araújo de Souza, conse-lheiro da OAB-CE que, com grande saber jurídico, fez um histórico de um movimento que teve início em 1997, com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB à frente, e que desaguou na Lei 9840, ( Lei dos Bispos) que veio a instituir hipóteses de cassação contra candidatos que não teriam tido compor-tamento adequado durante o período eleitoral. A Lei 9840 foi saudada por tantos como a lei redentora da cidadania.

O palestrante fez referên-cia ainda aos efeitos da lei complementar N° 135/2010, a Lei da Ficha Limpa, que vem alijando da vida pública os maus políticos, declaran-do que, só a junção de todas as entidades é capaz de der-rotar a corrupção eleitoral.

O segundo palestrante, o professor-doutor Regis Qui-xadá, peregrino da cidada-nia, citou o momento mágico da cidadania no Brasil. Se-gundo suas palavras, o Brasil mudou e já não existem mais aqueles que se julgam acima da lei. Regis Quixadá citou a imensa dificuldade da aprovação da Lei da Ficha Limpa e contou episódio

ocorrido no gabinete do senador Romero Jucá, que lhe afirmara ser mais fácil um boi voar, do que esta lei passar no Congresso Nacio-nal. Em suas palavras – o boi voou. O palestrante taxou a corrupção eleitoral como um câncer que está destruindo o tecido social brasileiro. Por último, chamou a atenção do grande público presente para o slogan criado pelo bispo emérito Manuel Edmilson da Cruz: “Quem vota em po-lítico corrupto está votando na morte”.

ENCERRAMENTOAntes do encerramento, o

publico presente teve a vez de se dirigir aos palestrantes e ao promotor José Arteiro, com perguntas as mais diver-sas, que foram literalmente respondidas. Na sequência, cada um dos cinco candida-tos a prefeito de Crateús, e ainda um candidato a pre-feito de Ipaporanga, tiveram cinco minutos para falar sobre o processo eleitoral e sobre suas candidaturas. Infelizmente, este tempo foi utilizado como palanque eleitoral, a exceção do tempo utilizado pelo candidato de Ipaporanga, que se limitou ao tema de sua campanha eleitoral e sugeriu mais for-mas de combate à corrupção.

A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, considerou baixa a quantidade de alvarás de soltura concedidos por meio de mutirões carcerários do Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ). Ela atribuiu o resultado aos problemas estruturais dos tribunais de Justiça.

“O CNJ está em débito. Deveria ter analisado muito mais, mas há uma grande dificuldade em razão do sucateamento da primeira instância”, disse. Os muti-rões beneficiam presidiários indevidamente recolhidos por casos como penas ven-cidas ou que preenchem as

condições para concessão de livramento condicional e progressão de regime.

Segundo o balanço divul-gado pela entidade, foram libertados 36,8 mil detentos entre 2010 e 2011, o equi-valente a cerca de 9% dos 415,6 mil processos anali-sados pelo órgão em todo o País. Eliana Calmon acredita que uma maior aplicação de penas alternativas pelos magistrados poderia trazer um alívio para esse cenário. “Temos uma cultura da pri-são, estamos usando muito pouco as penas alternativas”, afirmou.

De acordo com a ministra, os tribunais estaduais en-

frentam falta de servidores e péssima infraestrutura, com destaque para o setor de informática. “Isso dificulta a ação do CNJ”, avaliou. A situação encontrada nas cadeias, segundo a corre-gedora nacional, também é preocupante, pois há déficit de prisões e as que estão em funcionamento mostraram--se em péssimo estado, com “superpopulação e situações sub-humanas”.

A ministra falou, além disso, sobre o prejuízo tra-zido pelo sucateamento dos tribunais de Justiça de todo o País para a fiscalização da corrupção entre juízes. (das agências) Promotor Eleitoral José Arteiro Soa-

res Goiano empenhado na lisura do pleito de 7 de outubro

Advogado e conselheiro da OAB-CE Leonardo Araújo de Souza fez histó-rico sobre as Leis 9840 e 135/2010

Professor-doutor Cláudio Regis Quixadá, um dos articuladores do movimento que culminou com a aprovação da Lei da Ficha Limpa pelo Congresso

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 511 - CentroFone/Fax: (88) 3691.1717NOVA RUSSAS: Rua Pe. Francisco Rosa, 1311 - CentroFone: (88) 3672.0308SANTA QUITÉRIA: Rua Cel. Manoel Alves, 157 - CentroFone: (88) 3628.0374ARARENDÁ: Rua Francisco Mourão Lima, s/n- CentroFone: (88) 3633.1203

MOSENHOR TABOSA: Av. Honório Melo, 25 - CentroFone: (88) 3696.2164NOVO ORIENTE: Rua Elpídio Rodrigues, 266 - CentroFone: (88) 3629.1794QUITERIANÓPOLIS: Rua Acard Deusdete Pedrosa, 247Fone: (88) 3557.1346 / 9992.1379FORTALEZA: Rua Pe. Luiz Filgueiras, 550 - AldeotaFone: (85) 3221.4355Rua Cel. Lúcio, 221 - Centro - TeleFax: (88) 3691.1476 - Crateús-Ce

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Dr. Paulo NazarenoEndoscopia e Cirurgia Laparoscópica

CIDADE

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Léa Batista de OliveiraProcuradora que participou das investigações sobre Carlinhos Cachoeira

“Enquanto não conseguirmos sufocar essa organização, em termos financeiros, ela vai continuar atuando, independentemente de o chefe estar preso ou não”

Acordo com AGU: Luiz Estevão devolveráR$ 468 milhões

Brasília. A Advocacia--Geral da União (AGU) firmou com a equipe do em-presário e ex-senador Luiz Estevão um acordo histórico para o pagamento de R$ 468 milhões aos cofres públicos federais. Porém, à vista, o empresário se comprometeu a pagar R$ 80 milhões - o restante, R$ 338 milhões, serão pagos em 96 parcelas, no valor de R$ 4 milhões.

O acordo foi assinado entre a AGU e o Grupo OK, que pertence ao ex-senador. Os valores referem-se a duas ações de execução de decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) re-lativos ao desvio de recursos destinados à construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, na década de 1990. O dinheiro será repassado aos cofres do Tesouro Nacional.

Uma das ações cobra a multa e outra o débito prin-cipal do valor desviado da obra. Como garantia de que o pagamento das 96 parcelas será feito, a AGU manterá 1.250 imóveis penhorados, além de R$ 2,5 milhões por mês de aluguéis em crédito e mais a penhora de R$ 30 milhões do Grupo OK. Porém, não há consenso sobre o pagamento de R$ 542 milhões. O Grupo OK diverge da AGU sobre os termos para o cálculo da dívida, não reconhecendo os critérios adotados para chegar ao valor final.

A procuradora-geral da União, Helena Maria de Oliveira Bettero, disse que não houve concessões por parte da União em relação aos valores cobrados. ´É o maior valor (já acordado para pagamento) em caso de corrupção. Representa uma mudança de paradig-ma. É um resgate de valores muito grande e recompõe patrimônio público”, disse a procuradora.

O advogado do Grupo Ok, Marcelo Bessa, disse que o empresário acompanha todo o processo da negociação e está tranquilo em relação ao desfecho. “É uma decisão pragmática. Por uma ques-

tão pragmática, retomamos a busca por um acordo”, acrescentou.

Lalau

O superfaturamento no TRT de São Paulo virou um caso emblemático, pois en-volveu o então presidente do tribunal, Nicolau dos San-tos Neto, conhecido como Lalau, que foi aposentado e condenado à prisão domi-ciliar. O então senador Luiz Estevão foi cassado pelos seus pares.

O presidente do TRT da 2ª Região, Nelson Nazar, comemorou o acordo e disse que ele representa um resga-te da confiança da sociedade na Justiça. “Representa o resgate da fé que o povo brasileiro tem na Justiça e a competência dos advoga-dos da União. Conta com o nosso apoio”, completou o presidente.

DECISÃO VAI EVITAR BLOQUEIO DE CONTAS

Brasília. O ex-senador Luiz Estevão mesmo negan-do que sua empreiteira tenha desviado dinheiro da obra do TRT de São Paulo, disse que assinou o acordo para poder desbloquear as suas contas bancárias.

“Por incrível que pareça, embora eu negue, é melhor eu pagar e tirar esse aprisio-namento”, disse Estevão à reportagem sobre o acordo firmado com a Advocacia--Geral da União.

“Tem o ditado ´devo, não nego e pago quando puder´. Eu sou contrário: não devo, nego e pago sob coação”, disse.

“Eu preciso trabalhar e tocar minha vida. É inad-missível que bloqueiem as contas dos meus filhos e as empresas. É um drama para toda minha família”, disse. “Continuarão bloqueados só imóveis que somarem R$ 1,2 bilhão, que é o triplo do acordo e servirá como garan-tia. O resto será liberado”, completou.

O casoEm 1992, o TRT-SP ini-

ciou licitação para construir o Fórum Trabalhista de São Paulo. A Incal venceu a lici-tação e se associou ao em-presário Fábio Monteiro de Barros. Em 1998, auditoria do Ministério Público apon-tou que só 64% da obra do fórum havia sido concluída, mas que 98% dos recursos haviam sido liberados. A obra foi abandonada em outubro de 98, um mês após o então juiz Nicolau dos San-tos Neto deixar a comissão responsável pela construção.

Uma CPI na Câmara in-vestigou a obra em 99. A quebra dos sigilos mostrou pagamentos vultosos das empresas de Fábio, da In-cal, ao Grupo OK, de Luiz Estevão. Durante as inves-tigações, foi descoberto um contrato que transferia 90% das ações da Incal para o Grupo OK.

Milionários: gastos de Neymar viram tema da Forbes

Neymar, 20, é tema da revista americana Forbes. Mas o que a conceituada publicação especializada em negócios trata em relação ao atacante do Santos e da sele-ção brasileira, porém, não é o futuro dentro de campo, e sim fora dele.

A publicação questiona se Neymar não está pavimen-tando o caminho da falência com gastos milionários em bens como imóveis e veí-culos.

Segundo a revista, a lista de gastos do jogador apenas nos últimos dois anos inclui: um apartamento triplex no valor de R$ 1,5 milhão e uma mansão de R$ 2 milhões, ambas no litoral norte de São Paulo; um flat de R$ 300 mil em São Paulo; um carro Porsche Panamera Turbo de R$ 300 mil; uma cobertura de R$ 2 milhões para a mãe de seu filho, em Santos, além de R$ 30 mil mensais que dá

como ajuda a eles. O valor mais alto gasto por

Neymar, de acordo com a re-vista americana, no entanto, foi na compra de um iate de R$ 15 milhões. Além disso, o gasto anual com o barco, calculam, é de R$ 240 mil.

A Forbes destaca que o brasileiro não está entre os jogadores mais bem pagos do mundo, em levantamento tradicionalmente feito pela própria revista e publicado em abril deste ano.

De acordo com a publica-ção, Neymar recebe do San-tos, cerca de R$ 8 milhões por ano. Além do salário o atacante ainda recebe cerca de R$ 8 milhões anuais de patrocinadores como a Nike e a Red Bull.

Os dados da Forbes, po-rém, dizem respeito a valo-res já atrasados de Neymar. Estimativas mais recentes dizem que o jogador santista pode estar ganhando mais de

R$30 milhões anuais. Os jogadores mais bem

pagos do mundo- David Beckham, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, respectiva-mente,- recebem anualmente entre R$ 73 milhões, R$ 86 milhões. “Sem dúvida ele [Neymar]está gastando de-mais”, afirma Christina Set-timi, autora da reportagem sobre os salários milionários no futebol.

A revista afirma que Ney-mar é o grande astro do futebol brasileiro e um dos mais promissores jogadores do mundo na atualidade. No entanto, a publicaçãoconclui que a camisa 11 do santos ainda precisa a aprender a jogar com seu dinheiro.

Delta: Membros da CPI do cachoeira pedem mais quebras de sigilo

Integrantes da CPI do Ca-choeira estão pressionando o presidente do colegiado para a aprovação de novos requerimentos de quebra de sigilo de empresas su-postamente envolvidas no esquema do contraventor goiano. Deputados e senado-res querem que seja marcada nova reunião administrativa nesta semana quando esses pedidos deverão ser analisa-dos. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) é um dos que es-tão reivindicando o acesso a dados bancários, telefônicos e fiscais de pessoas jurídicas

que, segundo ele, receberam milhões por meio da constru-tora Delta.

“Nossa assessoria técnica revela que já há um repasse de mais de R$ 413 milhões da empreiteira Delta para es-sas empresas supostamente organizadas para o desvio de recursos, que são públicos, com origem nos cofres da União, de estados e muni-cípios. Portanto, é essencial para o trabalho desta CPI que os sigilos bancário, fiscal e de dados destas pessoas jurídicas sejam quebrados”, defendeu ele na reunião da

CPI. O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) alertou para a existência de 18 em-presas consideradas fantas-mas e apresentou ranking das maiores beneficiadas pela Delta: a SP Terraplana-gem Ltda recebeu R$ 45,4 milhões; Power Engenharia, R$ 43,1 milhões; JSMS En-genharia e Terraplanagem, R$ 39 milhões; Soterra Ter-raplanagem, R$ 36 milhões; SM Terraplanagem, R$ 35 milhões; e MPB Serviços, R$ 30 milhões.

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Ministra Eliana Calmon – Corregedora nacional da JustiçaObservando que “os advogados são fiscais diários da atividade de cada magistrado”

“Precisamos estar muito atentos porque, a corrupção chegou ao Poder Judiciário e precisa ser barrada de imediato, com muito vigor”

BANCO DO NORDESTE

Crediamigo injetou R$ 578milhões na economia cearense no 1° semestre

Disciplinamento: Proposta proíbe “corredores” por motocicleta, motoneta e ciclomotor

Banco do Brasil em Quixadá: Suspensa exclusividade nos consignados

Advogados pedem saída de Toffoli

Os empreendedores ce-arenses realizaram mais de 440 mil empréstimos ao programa Crediamigo, do Banco do Nordeste do Brasil, nos primeiros seis meses de 2012. Ao todo, o Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado do Banco do Nordeste injetou R$ 578 milhões no Estado do Ceará no 1° semestre do ano, valor 53,2% superior ao desembolsado no mesmo período do ano passado.

A evolução dos emprésti-mos cearenses acompanha o desempenho global do Programa, que teve cresci-mento rigorosamente igual. Em toda a área de atuação do Crediamigo (região Nordes-te e estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janei-ro e Brasília), o Programa desembolsou o valor recorde de R$ 1,96 bilhão, com mais de 1,3 milhão de operações

realizadas. No estado do Ceará, o valor médio desses empréstimos é de R$ 1,1 mil.

A média de 10,7 mil ope-rações de crédito realizadas por dia nos primeiros seis meses do ano expandiu em 16,7% a carteira ativa do Crediamigo, que alcançou saldo de R$ 1,4 bilhão ao fi-nal do período. A quantidade de clientes ativos também cresceu consideravelmente, em comparação com o final de 2011, passando para 1,2 milhão de empreendedores.

De acordo com o diretor de Gestão do Desenvolvimento do Banco do Nordeste, Stélio Gama Lyra Júnior, “os resul-tados do Crediamigo foram fortemente impactados pela consolidação do Programa Crescer, importante estraté-gia do Programa Brasil Sem Miséria. As projeções até dezembro sinalizam o alcan-ce de perto de R$ 4 bilhões

em recursos aplicados pelo Programa”.

Inadimplência abaixo de 1%

O maior volume de em-préstimos não alterou a inadimplência do Crediami-go, que permaneceu abaixo de 1%. Os empréstimos com atrasos entre 01 e 90 dias re-presentam apenas 0,81% da carteira ativa do Programa.

As taxas de juros do Cre-diamigo são a partir de 0,64% com a linha de crédito “Crescer- Solidário”, acres-cida de Taxa de Abertura de Crédito de 1% sobre o valor liberado. Para esses emprés-timos, o prazo de pagamento é de até 12 meses. A garantia é aval solidário de grupo com três a dez pessoas, ou de “bancos comunitários” com participação de 15 a 30 empreendedores.

Está em análise na Câmara dos Deputados, em Brasí-lia, proposta que veda aos motociclistas a passagem entre veículos de filas ad-jacentes ou entre a calçada e carros de fila adjacente a ela, utilizando o chamado “corredor”. O projeto de lei (PL) 3626/12, do deputado federal Inocêncio Oliveira (PR-PE), também obriga condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores a circular exclusivamente pelo centro da faixa de rolamento do trânsito.

As punições serão estabe-lecidas pelo Código de Trân-sito Brasileiro (CBT), san-cionado pela Lei 9.503/97). O projeto estabelece ainda que os ciclomotores (veícu-los com até 50 cilindradas) devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento,

preferencialmente no cen-tro da faixa mais à direita, sempre que não houver via própria, o que já está previs-to no CBT.

O autor da proposta ex-plica que tem sido comum a tomada do chamado “corre-dor” pelos motociclistas, que circulam entre os carros. “O problema em tal situação é a constante violência que acompanha o uso do espaço entre os veículos, entre as

faixas de trânsito, com espe-lhos retrovisores arrancados, chutes na porta e muitos sustos”, afirma. Ele destaca ainda que são constantes os acidentes com vítimas resul-tantes desse comportamento.

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. (das agências)

A Justiça suspendeu a ex-clusividade que o Banco do Brasil detinha na concessão de empréstimos consignados para servidores municipais, aposentados, pensionistas e estagiários de Quixadá. A decisão foi tomada pelo juiz Fabiano Damasceno Maia.

O contrato entre a Prefeitu-ra e o banco foi firmado em 18 de junho de 2008. O prazo de vigência estabelecido foi de 60 meses. Com isso, a folha de pagamentos do Município passou a ser paga via Banco do Brasil.

Era ainda estabelecida exclusividade à instituição financeira na concessão de empréstimos com desconto em folha de pagamento.

A Defensoria Pública e o

Ministério Público Estadual entraram com ação civil pública contra o dispositivo. O argumento era de que a liberdade de escolha dos servidores sofria restrição.

A Prefeitura defendeu a legalidade do contrato e reforçou que ele não se li-mitava aos pagamentos de servidores e fornecedores, mas incluía, também, o ge-renciamento de receitas e despesas oriundas de re-passes federais, estaduais e convênios.

Mesmo assim, o juiz da 3ª Vara de Quixadá considerou haver prejuízo aos servido-res, na medida em que havia restrição ao acesso a emprés-timos consignados concedi-dos por outras instituições,

que poderiam eventualmente praticar juros menores, taxas inferiores e condições mais vantajosas.

O magistrado concedeu liminar que suspendeu a cláusula do contrato que estabelece a exclusividade na concessão do crédito consignado. Além disso, estabeleceu multa de R$ 1 mil por dia, no caso de a Prefeitura deixar de adotar providências para que algum servidor que assim deseje consiga tomar crédito de outra instituição financeira. As informações são da as-sessoria de imprensa do Tri-bunal de Justiça do Estado do Ceará.

Brasília. Dois advogados de São Paulo entraram no Senado com pedido de im-peachment do ministro José Antonio Dias Toffoli(foto), do STF, por não ter se de-clarado impedido de julgar o processo do mensalão.

A exemplo de processos de impeachment do presidente da República, são os sena-dores que analisam pedido

semelhante contra integran-tes do Supremo.

A representação é assinada pelos advogados Guilherme Abdalla e Ricardo Salles, filiado ao PSDB. Na peti-ção, eles argumentam que Toffoli não poderia julgar o mensalão e deveria se declarar impedido e, como não o fez, deve ser alvo de um impeachment.

Toffoli foi sub-chefe da Casa Civil quando José Dir-ceu, réu no mensalão, era o ministro. O ministro do Supremo também já foi advogado do PT. Os advo-gados sustentam que, em causas penais, o juiz deve se declarar suspeito por ter aconselhado uma das partes no processo.

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Espiritualidade)Subir para Deus, descer aos humanosAlmir Magalhães

Vou me inspirar num dos maiores místicos do século XX, Thomas Merton, para consolidar esta reflexão. Monge Trapista, nascido em 31 de janeiro de 1915 e falecido de forma curio-sa em 10 de dezembro de 1968, sendo considerado um mártir. Era da Abadia de Gethsemani, Kentucky, centro-sul dos Estados Unidos. Escritor, Poeta e Ativista Social.

Como referência, tomo as indicações de uma excelente publicação, de autoria de Antonio Getúlio Bertelli (um estudioso de Merton), intitulado Mística e compaixão – a teologia do seguimento de Jesus em Thomas Merton (Paulinas, 2008).

Para este monge, o conceito de compaixão é um corretivo de mística: “nenhuma mística é autên-tica se não se converte em compaixão”. A compaixão implica desta forma uma responsabilidade sobre o outro, sobretudo os que estão em situação de

abandono e de exclusão. Sendo assim, “a compai-xão corrige e equilibra a mística: a experiência do encontro com o mistério de Deus não se dá unicamente na interioridade fechada, mas na exterioridade face a face com o outro” (cf. A. Getúlio, p. 18).

Aqui aponto para o título deste artigo – a mística deste autor é apresentada segundo um duplo movi-mento – vertical: subir para Deus, ter este encontro com o mistério divino e outro movimento horizontal: descer aos humanos. Daí se conclui que a plenitude da espiritualidade do segui-mento se dá não de forma unilateral, eu e meu Deus, mas quando este encontro provoca a compaixão, a so-lidariedade, com a situação dos outros. Esta situação tem nomes, locais, endere-ços e é fácil de ser encon-trada em nossos bairros e paróquias.

Parece que há, no nosso entender, uma lacuna e um descompasso entre a espi-

ritualidade de Merton com a espiritualidade predomi-nante, na medida em que sobrevivemos espiritual-mente numa verticalidade, num olhar para cima e ter vontade de armar nossas tendas no êxtase, na catar-se, no bem-estar que esta incomensurável experiência proporciona (cf. Mt. 17, 1-5 – Cena da transfiguração: Como é bom estarmos aqui Senhor! Vamos armar três tendas...).

Não estou descaracteri-zando esta espiritualidade, mas refiro-me à lacuna, ao descompasso, e que para a espiritualidade ter sua completude precisa de um outro elemento – descer aos humanos.

O atual papa, quando do discurso inaugural da Conferência de Aparecida no dia 13 de maio de 2007, afirmou que “santidade não é fuga para o intimismo ou para o individualismo reli-gioso, tampouco abandono da realidade urgente dos grandes problemas econô-micos, sociais e políticos da

América Latina e do mun-do, muito menos fuga da realidade para um mundo exclusivamente espiritual”. (DI n. 3 e no Doc. 148). Vê-se, portanto, que o papa assina embaixo, com esta sua afirmação, das ideias de Merton.

Relevante também na espiritualidade de Thomas Merton é que ele une místi-ca e profecia. Diante do seu contexto, vivendo num país poderoso, foi o primeiro padre católico a denunciar a violência no seu país, a imoralidade da guerra do Vietnã, a condenar o uso da bomba atômica numa su-

posta “guerra justa”. Sobre a guerra contra o Vietnã, “considerou chocante e antievangélica a atitude do cardeal Francis Spellman, arcebispo de Nova York, abençoando os canhões que iriam destruir milhares de vidas humanas, crian-ças, mulheres e adultos no Vietnã”. (Fato já bastante conhecido e de domínio público, citado no livro de A. Getúlio, p. 80).

Acredito que o conheci-mento dos escritos deste místico, pode nos ajudar a entender o que significa uma espiritualidade do se-guimento de Jesus. Sua ex-

periência de conversão teve um processo e um ritmo – do mundo ao mosteiro, vi-vendo o paradigma clássico de desprezo ao mundo, fuga mundi. Depois de viver 17 anos como monge, perce-beu que não há oposição, mas sim distinção entre sagrado e profano, natural e sobrenatural. Em 1958, acorda: Se sua mística não se transformar em compai-xão, não está vivendo na verdade. Cada um tem o seu processo, mas é preciso movimentar-se nos dois polos: subir a Deus para descer aos humanos.

Consignado: BMG pagará indenização por desconto indevido

Proposta: Governo quer cortar impostos da telefonia

TSE: Campanha orienta voto em ficha limpa

O Banco BMG foi con-denado a indenizar aposen-tado vítima de fraude, que teve descontos indevidos em sua aposentadoria. O valor da indenização é de R$ 2,4 mil. A decisão foi da 3ª Câmara Cível do Tribu-nal de Justiça, que manteve a sentença da 1ª Vara da Comarca de Pacajus.

A vítima da fraude foi o idoso de iniciais F.R.S., de 73 anos. Foram realizados empréstimos em seu nome no BMG, no valor de R$ 3.840, e também na BV Financeira, de R$ 4,6 mil. O aposentado disse não ter tomado nenhum dos

empréstimos.Além da indenização a

que o BMG foi condena-do a pagar, a BV também recebeu determinação de ressarcir o valor de R$ 2,19 mil. Os descontos indevidos já haviam sido devolvidos.

Após a condenação na primeira instância, o BMG recorreu ao TJ. O banco argumentou que podem ter sido usados documentos falsos por terceiros, mas considerou que não teria meios para evitar a fraude e, portanto, não poderia ser responsabilizado.

São Paulo. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse no dia 23 /08, na capital paulista, que o governo estuda diminuir a carga tributária federal das telecomunicações e que deve discutir o assunto também com os Estados. Esses tributos, segundo o ministro, são muito altos no Brasil, representando, em média, 40% da fatura de uma conta de telefone, por exemplo. “Nós precisamos

enfrentar esse problema”, reforçou.

A medida, de acordo com Paulo Bernardo, é uma res-posta à demanda do país, por novas tecnologias como a banda larga móvel, que apresentou aumento de 100% em 2011. No Brasil, 25% dos telefones celula-res já têm disponibilidade para internet, informou o ministro.

UniversalizaçãoPaulo Bernardo lembrou

que o governo pretende lan-çar o Plano de Universali-zação da Internet até o final de 2013 e que, para isso, o país precisará ter toda disponibilidade de tecnolo-gias existentes, como cabo, rádio, wireless e satélite.

O ministro disse que, em reunião que teve com a pre-sidenta Dilma Rousseff, na última terça-feira, foi discu-tido o uso da frequência de 700 mega-hertz (MHz) para a banda larga. Ele informou

que o governo avalia fazer uma licitação dessa frequ-ência no segundo semestre de 2013. Hoje, a frequência de 700 MHz é destinada à radiodifusão, usada basica-mente pelas emissoras de televisão aberta. A licitação, de acordo com ele, depende da desocupação dos 700 MHz, que deve ocorrer até 2016.

A Justiça Eleitoral come-çou a divulgar a campanha Voto Limpo, por meio de peças publicitárias no rádio e na televisão. As mensa-gens pretendem estimular os eleitores a participar do processo eleitoral e a esco-lher candidatos ficha limpa,

ou seja, sem problemas na Justiça. De acordo com informações do TSE (Tri-bunal Superior Eleitoral), a campanha é composta por cinco filmes e cinco peças de divulgação para rádio.

Cada peça publicitária tem 30 segundos e trata de

temas relacionados à Lei da Ficha Limpa, que vale para as eleições municipais de outubro deste ano. Os filmes e a propaganda de rádio alertam os eleitores para a importância de pesquisar o passado dos políticos e conhecer as propostas de

cada um. As mensagens da campa-

nha incentivam a participa-ção no pleito de eleitores de todas as idades, inclusive os que têm 16 e 17 anos e os maiores de 70 anos, para os quais o voto é facultativo.

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Dr. Francisco Janildo LealClínica Médica - Cirurgia GeralGineco - Obstetrícia - CREMEC- 3235

GERAL

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Tasso Jereissati, ex-senador (PSDB), depois de almoço com a prefeita Luizianne Lins (PT). Os dois são rivais históricos.

“E devo dizer que fiquei surpreso sobre como a prefeita é bem informada e tem equações para os problemas de Fortaleza na sua cabeça”

Augusto Rocha, nasci-do e criado em Oeiras, no sertão do Piauí, é mestre em economia pela Universida-de Federal do Ceará – UFC. Vive em Fortaleza onde exerce o ofício de Servidor Público Estadual investido no cargo de Auditor Fis-cal. Augusto lançará o seu segundo livro no Centro de Eventos Aldeota, em Fortaleza. O primeiro, Eu vou no Bombo! Aponta-mentos de um motonauta, publicado em 2010, relata uma aventura de motoci-cletas pelos caminhos da América do Sul, partindo de Fortaleza em direção à Ushuaia, cruzando os Andes e a Patagônia sob chuva, frio e ventos extremos. A pequena cidade de Ushuaia, capital da Terra do Fogo, no extremo sul da Argentina,

repousa às margens do ca-nal de Beagle no ponto mais austral do planeta possível de ser alcançado por veícu-los sobre rodas. A aventura durou 43 dias e percorreu cerca de 22.000 km.

No próximo dia 04 de setembro, Augusto nos apresentará Sagandina, seu segundo livro. Em dezem-bro do ano passado o autor viajou novamente em sua motocicleta, desta vez com destino à cidade sagrada dos Incas, a legendária Machu Picchu, que completava 100 anos de seu descobrimento científico. Augusto partiu de Fortaleza na companhia de dois amigos, o Sáris e o Moacir, e da companhei-ra Tahí, para uma nova aventura que durou 26 dias percorrendo 14.800 km passando pelo Peru, Chile

e Argentina. O livro conta sua saga através da cordi-lheira dos Andes, passando por montanhas com 4.800 metros acima do nível do mar, e pelo deserto mais seco do mundo, o temível e fascinante Atacama, no norte do Chile. Em lingua-gem simples e acessível o autor desnuda seus anseios, medos e prazeres, desmisti-ficando o fascinante mundo das viagens motociclísticas. Ao final do livro o leitor constatará que viajar de moto, apesar de sedutor, não tem glamour e que o motociclista fica sempre ex-posto ao frio, calor, chuva, poeira, fumaça e odores. Contudo é justamente essa inserção na paisagem que torna charmosa esse tipo de viagem.

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon(foto), disse que não ficou surpreen-dida com o voto do revisor do julgamento do mensalão, Ricardo Lewandowski, pela condenação de réus, em con-cordância com o do relator, Joaquim Barbosa.

Havia uma expectativa da defesa de que o voto de Lewandowski fosse divergen-te em relação ao de Barbosa, depois de atritos entre os dois ministros no início do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

“Não surpreendeu. Ao que o relator disse, há provas periciais e documentais, e dificilmente se poderia voltar

para trás. Mas a questão não é dos que já estão condenados, é o núcleo duro do mensalão o que nos interessa”, disse Calmon, que esteve em São Paulo em um seminário sobre transparência pública.

A corregedora disse que a pacificação do STF deve estar

surpreendendo as pessoas. “Ao contrário do que muita gente pensa, o Supremo está unido na linha de terminar o julgamento o mais rápido possível. Embora advogados tenham usado de todos os meios para procrastinar, não conseguiram.” (das agências)

Aventuras sobre duas rodas Corregedora: “Núcleo duro” do mensalão é o interesse

Oportunidade de Negócio

Vende-se casa dúplex recém-construída, no local mais valorizado da cidade, com 3 suítes (uma com varanda), gabinete, banheiro social, varanda, jardim gramado, garagem, área de serviço, quin-tal com piso cerâmico, porta principal e janelas em vidro fumê, piso em

porcelanato nos dois pa-vimentos, ampla sala de estar e cozinha, dispen-sa, túnel de ventilação, 4 banheiros com boxes em vidro fumê, escada e soleiras em granito preto, corrimão em inox, por-tões em alumínio, sancra, acabamento de primeira, ligada à rede coletora de

esgoto e rede telefônica, calçamento, calçada em piso cerâmico, interfone, pintura em látex e textura. Recebe-se imóvel de me-nor valor (terreno/casa) e carro. Tratar pelos fones: (88)3692.3810,(88) 9249.4157,(88) 8855.8392 e (85)9909.8296.

CASA DÚPLEX NOVA

Candidatura: João Paulo anuncia renúnciaDepois de receber mais uma condenação do Supremo Tribunal Fed-eral (STF), desta vez por lavagem de dinheiro, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) renunciou à candidatura a prefeito de Osasco e foi obrigado a aceitar o vice da chapa, Jorge Lapas, como seu substituto. Abatido e emocionado, o deputado disse a correligionários, em re-uniões ao longo do dia, que foi injustiçado pelo STF.

Corregedoria: Postura do STF será farol para a JustiçaO julgamento dos réus da ação conhecida como processo do mensalão, em curso no STF, “ser-virá de balisa para a Justiça e deverá repercutir em todas as instâncias no País”, avaliou a cor-regedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.Ela estima que os próximos votos dos ministrosdeverãoseguir “a linha até aqui mostrada, e as decisões serão um farol para iluminar o futuro”.

CIDADE

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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Ricardo Lewandowski – Ministro do9 STF, revisor do processo do mensalão, sobre a reação negativa ao voto pela absolvição do ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha.

“Já esperava. As críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho”

Cheyla Motapsicopedagoga

ARTIGO

Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro(foto), que pas-sou por uma reforma há pouco tempo, é o museu brasileiro com o mais rico acervo. Por sua localização estratégica para defesa da cidade, a região que abriga o museu- a Ponta do Calabouço- foi, até 1908, uma área militar. Nos anos 1920, a Ponta foi aterrada e reurbanizada para acolher a Exposição Internacional comemorativa do Centenário da Independência do Brasil e, em 1922, o museu foi cria-do, reunindo um acervo de cerca de 258 mil itens. Pelas preferências de seu fundador, Gustavo Barroso, a coleção é mais rica em peças do século XIX e nos temas militares. O MHN mantém galerias e exposições permanentes e temporárias, além de uma biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda, do Arquivo Histórico com im-portantes documentos manus-critos, aquarelas, ilustrações e fotografias. Antes de entrar, o visitante deve observar o pré-

dio, pela belíssima arquitetura colonial portuguesa. No pátio, há canhões dos séculos XVII e XIX, alguns deles, obras de arte. Há também as travas da forca de Tiradentes e seus instrumentos de dentista e o punhal de Lampião. Dentre os exemplares existentes,

constam nomes importantes como, Juan Gutierrez, Au-gusto Malta e Marc Ferrez, e do Centro de Referência Luso-Brasileira. As Áreas de reserva Técnica, Laboratório de Conservação e Restauração e Numismática podem ser previamente agendadas.

Por Renata Pimentel

O humorista Renato Aragão demitiu o motorista que o chamou de Didi, nome que lhe deu fama desde à época dos Trapalhões, segundo infor-

mações da colunista Fabíola Reipert. Parece que Renato tem mesmo o pavio curto e ao ser cumprimentado pelo funcionário com um: ‘bom dia, seu Didi’, ele retrucou dizendo: ‘não é seu Didi não,

é doutor Renato’ e mandou demiti-lo.

O assunto já está entre um dos mais comentados no Twit-ter e os usuários do microblog comentaram a atitude do hu-morista.

Um passeio pela História VIII

Renato Aragão demite motorista por chamá-lo de Didi

Rangel Cavalcante

Eles amanhã?

ARTIGO

A gente andando um pou-co pelo velho mundo acaba por acreditar que o brasilei-ro é o povo mais feliz e mais otimista do planeta. Por aqui as pessoas se mostram tristes, temerosas do futuro, ricos e pobres sofrendo as consequências de uma das maiores, e talvez a maior, crises econômicas vivi-das pelos mais opulentos países da Europa. Cientes do próprio drama, que en-frentam com seriedade, os europeus, principalmente os franceses e alemães olham para a gente como se tives-sem vontade de dizer: “nós somos vocês amanhã”. O pessoal aqui não entende como o Brasil e os brasilei-ros, diante do quadro mun-dial, parecem não entender a profundidade do mal que afeta a comunidade finan-ceira internacional, não se dando conta de que a doen-ça é altamente contagiosa. Um jornalista daqui faz uma análise dizendo que o Brasil age como se fosse uma autarcia, aquela situa-ção imaginária de um país que vive de suas próprias riquezas, sem precisar de

ninguém, nem de vender nem de comprar para outros povos. Vivemos a euforia da gastança. Enquanto os nossos cidadãos gastam praticamente tudo o que ganham – temos um dos menores índices de poupan-ça por habitante do mundo – o governo dá o exemplo, na base do “todo apurado é lucro”. E torra o dinheiro do contribuinte, que já suporta uma das mais impiedosas cargas tributárias já vistas, sem um controle eficiente dos gastos, calcado em prioridades, em austeridade e sobretudo num rigoroso combate à corrupção. Nota que o Brasil os últimos meses já buscou no exterior empréstimos que passam dos dois bilhões de dólares, na sua maioria tomados por estados e municípios já bastante endividados, que vão gastar tudo em projetos muitos dos quais de discutível prioridade. Enquanto os europeus, no-tadamente os portugueses, os espanhóis e os gregos, lutam para manter os em-pregos que ainda têm, os nossos patrícios esquecem

toda a prudência, gastam os salários, se endividam nos cartões de crédito e cheques especiais. E viajam para Miami, cruzando nos aero-portos, sem perceber, com patrícios seus que chegam dos Estados Unidos e da Europa, expatriados pela perda do emprego que pôs fim ao sonho do sucesso no exterior. É preciso que os brasileiros tomem consci-ência de que a crise está à porta deles. Ela atinge os principais compradores de nossas matérias primas e de produtos industrializa-dos, que estão comprando menos ou quase nada. Isso pode se traduzir logo em desemprego, pois ninguém vai manter trabalhador em fábrica, na mina ou no co-mércio se não produz ou vende. Vendo os milhares de espanhóis enfrentando o frio das madrugadas – ainda está frio por aqui – nas filas de agências de emprego, sem conseguir trabalho, dá mesmo para a gente pensar que se esses homens e mi-lhares não serão uma visão de nós amanhã.

INJUSTA CAUSA

ARTIGO

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Adísia Sá José Maria Pimenta Lima

Educação de primeiro mundo em Sobral

Seca, o desastre da construção

ARTIGO ARTIGO

O sistema de ensino surgiu no mundo no Século IX, sob a forma de Universidade, com o objetivo de produzir conhecimento e mais poder para o Estado. Inicialmen-te, formou intelectuais e, no final do Século XIX, a Universidade incorporou a missão da pesquisa e exten-são, compromissada com a geração de conhecimento e a capacitação das gerações futuras. Sem a Universidade não haverá boa educação bá-sica já que ela tem a missão de formar professores para o

ensino fundamental e médio.A Universidade tem tido

um papel importante na evo-lução das técnicas e, conse-quentemente, no crescimento da produtividade agrícola e pecuária. As áreas exploradas em todo mundo com as ati-vidades agrícolas e pastoris estão praticamente exauridas, principalmente agora em que o mundo inteiro se pre-ocupa com pesquisas sobre desastres naturais, identi-ficação de riscos de secas, enchentes, desertificação e a busca da sustentabilidade.

Sem dúvida, este valoroso trabalho não prosperaria sem o conhecimento científico e tecnológico gerado pela a universidade, quer seja ela pública ou privada.

No Brasil, as culturas agrí-colas, ao longo dos últimos 50 anos, têm obtido avanços fantásticos na produtividade, aumentando em até dez, vinte ou mais vezes. Na pecuária, nesse mesmo período foram implantados arrojados pro-gramas de fertilização “in vitro”, inseminação artificial em prol da melhoria racial

dos rebanhos leiteiros e de corte, com alcances com-paráveis aos do ranking de países de primeiro mundo.

Há de se ressaltar que a Universidade tem tido função estratégica nesses alcances. Sem ela, indubitavelmente, seria impossível a obtenção desses resultados, que in-fluenciaram diretamente na produção de alimentos para mais de 8 bilhões de habi-tantes e animais do planeta.

Por sua vez, o conhecimen-to e a tecnologia são instru-mentos imprescindíveis ao

crescimento sustentável do agronegócio do Brasil. A Embrapa tem apresentado papel fundamental no desen-volvimento das pesquisas e na produção de novas tecno-logias agrícolas e pecuárias, além de contribuir com a agroindústria. E todos os seus técnicos foram buscar o conhecimento em cursos de pós-graduação, doutorado e mestrado nas mais diversas Universidades do Brasil e do exterior.

Outros sim, é importante e imprescindível que estes

avanços gerados pela pes-quisa, através da interlocução entre a Universidade e o Poder Público, cheguem na ponta, beneficiando direta-mente o produtor através de políticas públicas e outras ações que tornem possível e viável as fantásticas técnicas que tanto têm contribuído para os avanços da agricul-tura e pecuária em todo o mundo.

Eduardo Aragãos | Eng.º Agrônomo e Economista com mestrado em Economia Rural

Gazeta no Campo

A força da universidade na agropecuária

Sobral tem 27 colégios de primeiro mundo para crianças pobres. A notícia, recebida com euforia pelos sobralenses, saiu no jornal O Globo. Quando soube do fato, pensei logo na alegria que tomou conta da cidade, rindo à toa. Aliás, a infor-mação nos envolveu a todos cearenses, principalmente os que vivem o ensino de nossa terra.

A Prefeitura de Sobral me passou amável email dando ciência do fato e satisfeita com os resultados produzidos pela comuni-dade escolar da rede muni-cipal. E não é para menos, acrescento. Chegar a essa estatística – 27 colégios de primeiro mundo para crian-ças pobres não é tarefa fácil, sabendo-se quão alto é o in-vestimento em equipamen-

tos escolares, professorado qualificado e, sem esquecer, o engajamento da comuni-dade nesse desiderato. Ou seja, todo sobralense estava ligado ao que se passava nas suas escolas, mantidas pela municipalidade graças ao seus compromissos tributá-rios. Ou seja, todos estavam satisfeitos com o que agora vem a público.

Um parêntese: eu tinha consciência de que uma ad-ministração modelar se faz pela fidelidade à terra onde fincadas estão as suas raí-zes. Projeta-se a construção de 11 Centros de Educação Infantil (creches) para que os pais deixem seus filhos em boas mãos enquanto vão trabalhar e as crianças tenham um dia num espaço de cuidado/zelo e de ins-trução/estimulação. Outra

boa notícia da Princesa do Norte: serão construídas novas escolas de ensino fundamental, as primeiras de tempo integral.

Outro ponto me chama a atenção na administração de Sobral: a sua preocupação com a valorização do ma-gistério e com a qualificação da gestão escolar, com foco na aprendizagem. Assim, alunos e professores vivem um momento precioso: cada um recebendo o que de me-lhor, graças a uma gestão séria, competente e com-prometida com a sua terra e a sua gente.

Tudo que foi noticiado me alegrou e espero ver tudo de perto, olho no olho do prefeito e nas realizações que perenizarão seu nome na história de nossa terra.

Os dois desastres naturais mais frequentes no nosso Estado são as enchentes e as secas. Estes mais fre-quentes, enquanto aqueles acontecendo num calen-dário mais espaçado do tempo. Só para ilustrar um pouco mais este raciocínio, mesmo em 2012 o Ceará vivenciando uma seca das maiores dos últimos 50 anos. Bastou uma chuva de 130mm para destruir o canal do Granjeiro que corta a cidade do Crato e dá vazão às águas caudalosas que descem com força da chapada do Araripe.

Falo deste exemplo para não rememorar as grandes enchentes de 1940, 1974 e 2004 que carregaram com elas muitos açudes e grandes áreas de plantações dos nossos agricultores fa-miliares, provocando uma verdadeira seca d´água no interior do Ceará.

Ao contrário das enchen-tes, as secas são fenômenos naturais lentos, que gostaria de chamar fenômenos das construções, pois foram nestes anos que as grandes obras hídricas do nosso Estado foram erguidas. A começar pela construção do Cedro, quando o impe-rador disse que hipotecaria a última joia da Coroa para não ver nenhum nordestino morrer de sede.

Depois do Cedro vieram os açudes do Choró Limão, Orós, Banabuiú, Castanhão, o canal do trabalhador, o eixão das Águas e tomara Deus que não se quebre esta lógica e esta seca de 2012 sirva para consolidar de vez a integração das bacias do São Francisco com a do Jaguaribe, como também o Cinturão das Águas, projeto de Cid Gomes.

Além destas grandes e importantes obras o Dnocs,

em convênio com o Estado, prefeituras e outras institui-ções, construiu centenas de açudes de médio e pequeno porte, como também perfu-rou milhares de poços pro-fundos para dotar o nosso Estado de fontes alterna-tivas de abastecimento de água. Tudo isso foi feito ou iniciado em anos de falta de chuva no Ceará.

Toda esta estrutura cen-tenária de armazenamento de água, de monitoramento destes recursos, exige tam-bém um programa agressi-vo de eletrificação trifásica, com força motriz para que o Estado muito em breve possa arrancar da terra com irrigação uma produção de grãos igual ou superior à que a agricultura de se-queiro produz num ano de inverno dentro da média histórica.

BELO HORIZONTE: Lula participa de ato pró-PatrusO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia sua participação ativa nas campanhas municipais em comício de seu ex-ministro Patrus Ananias (PT), que disputa a prefeitura de Belo Horizonte com o atual chefe do Executivo municipal, Marcio Lacerda (PSB). Lula teria ficado “muito de-cepcionado” com a postura do prefeito e com os “duros ataques” que Lacerda passou a fazer ao PT após a oficialização do rompimento.

4,5% AO ANO: Importação deve crescer com alta do consumoO Governo Federal estima que o país gastará US$ 58 bilhões ao ano com a importação do de-rivado de petróleo a partir de 2020. O cálculo é do secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Martins. Tal dispêndio, diz, faz parte de um cenário traçado pelo ministério, que prevê um aumento de 4,5% do consumo de gasolina ao ano até 2020.

ARTIGOS

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Nomemy Lobel, da produtora Vem-Ver, responsável pelo vídeo do garoto judeu Nissim Ourfali, 13. O link virou febre no Youtube

“Ele é um menino normal. Por ser mais tímido, reservado, tem um quê de humor. Acho que falta assunto no País”

Ademar Mendes BezerraPresidente do Tribunal Regional Eleitoral no Ceará

O TRE e a valorização do voto

ARTIGO

Ao completar 80 anos, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recorre à sua histó-ria, de olho no presente e vislumbrando o futuro, para reiterar o compromisso com a democracia. Quando da instalação da Justiça Eleito-ral no Ceará e no Brasil, em 1932, em meio às fraudes, a vontade popular era substi-tuída pela vontade de quem detinha o poder. Foi preciso a derrocada da República Velha, a chegada dos vo-tos secreto e feminino e do sistema proporcional do sufrágio para termos a esperança de que a partir desse instante a democracia restaria implantada.

Mesmo nos tempos de turbulência, nos anos 1960 e 1970, com ameaças à li-berdade de expressão, a Jus-tiça Eleitoral cumpriu o seu papel. Organizando eleições para Senado, Câmara Fede-ral, Assembleias Legislati-vas, Câmaras Municipais e Prefeituras, em todos os recantos do País, a Justiça Eleitoral levava um alento e mostrava que a democracia estava ali, tal qual a vege-tação miúda, que após as primeiras chuvas brota nos sertões. Com o processo de redemocratização lento e

gradual, voltamos a eleger pelo voto direto o presiden-te da República.

Assim como a sociedade, a Justiça Eleitoral foi ama-durecendo e se modernizan-do. A implantação das urnas eletrônicas, exemplo para o mundo, nos garante hoje um processo eleitoral seguro, muito diferente daquele de 80 anos atrás.

Nas próximas eleições, a Justiça Eleitoral perma-necerá vigilante, buscando organizar um pleito sem vícios, com eleições limpas. Afinal, foi por iniciativa da própria sociedade que nas eleições deste ano teremos a aplicação de uma nova lei, chamada de Ficha Limpa, porque procura impedir a eleição de políticos que desrespeitam o cidadão e a coisa pública.

Hoje, a nossa respon-sabilidade é ainda maior. Mas não podemos deixar de lembrar a este mesmo eleitor que também tenha a responsabilidade na hora em que estiver diante da urna eletrônica. Se ela – urna – nos proporciona um processo seguro, sozinha não é capaz de tudo. Não nos garante, por exemplo,

o voto consciente. A Justiça Eleitoral faz um alerta ao eleitor: procure conhecer a história dos candidatos e vote nos melhores. Não nos iludamos com promessas fáceis e oferecimento de vantagens em troca dos votos.

O TRE do Ceará tem procurado fazer a sua parte, aproximando-se do cida-dão. Nas próximas eleições, seções serão instaladas em comunidades indígenas e quilombolas, tornando mais fácil o seu acesso ao voto. Acessibilidade também tem sido a nossa preocupação com os mais de um milhão e meio de cearenses portado-res de alguma deficiência. Lançamos uma campanha para que esses eleitores pos-sam se identificar e tenham melhor acesso à sua seção eleitoral.

Para finalizar, quero reite-rar o apelo ao eleitor: valo-rize o seu voto, símbolo do poder que emana do povo. Ele é capaz de desencadear uma revolução. E dirijo-me especialmente aos jovens eleitores. Lembremo-nos sempre da frase do escritor Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”. Boa eleição a todos!

Pecuária: R$ 2 milhões serão investidos

Pelo Facebook: aluna denuncia escola sucateada e se torna ídolo

Um montante de R$ 2 milhões em investimentos está previsto para a pecuária cearense, com a parceria firmada dia 24/08, entre o Governo do Estado e a Com-panhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). R$ 1,24 milhão, vindos da Chesf, e R$ 800 mil, provenientes do governo estadual, serão aplicados em projetos em formação de pastagem para

reserva alimentar e convi-vência com o semiárido.

A ação abrange 850 famí-lias de produtores rurais em 60 comunidades do Ceará. 50 delas recebem sistema de irrigação de salvação para poço tubular raso e as outras 800 trabalharão de forma coletiva em 110 hectares. A pretensão é entregar a essas comunidades 16 ensiladei-ras, 16 enfardadeiras, 16

segadeiras e 50 fatiadeiras de palma forrageira.

As máquinas serão co-locadas à disposição sob Termo de Concessão de Uso. A contrapartida das famílias será preparar a área e o fornecimento de insumos para a execução do projeto. A primeira parcela sai em novembro.

Porta sem maçaneta, fios desencapados, carteiras que-bradas e ventiladores que dão choque. Isadora Faber, de 13 anos, não imaginava em Florianópolis (SC) que a ideia de postar as fotos de sua escola na Internet cau-saria tamanha repercussão. “Eu sempre reclamei, mas nunca adiantou. Pensei que publicar poderia fazer com que a prefeitura se sensibili-zasse. Mas não tinha noção do que estava por vir”, diz a aluna da sétima série, de voz tímida e dedos muito afiados.

Em pouco mais de um mês, a página Diário de Classe, que Isadora criou no Facebook, recebeu mais de seis mil “curtir” e cada uma das publicações tem dezenas de comentários elogiosos à garota que não teve medo de mostrar a situação da Escola Básica Municipal Maria To-mázia Coelho.

Mas o apoio é de desco-nhecidos. Dentro da escola, onde ela estuda há mais de sete anos, desde o início do ensino fundamental, a ini-ciativa tem sido duramente

criticada. Muitos amigos afastaram-se e os professores consideram um absurdo. Tal-vez por eles também serem vítimas.

Ao lado da foto do vidro quebrado da fachada do prédio, está o vídeo que mostra a desordem na aula de Matemática. Também há comentários sobre o fraco desempenho dos professores auxiliares. Com mensagens tão diretas, não dava para esperar que os professores apenas ignorassem a página. (das agências)

Gravidez: Pílula falha, e mulher é indenizada

O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) condenou o laboratório Schering do Bra-sil Química e Farmacêutica a pagar R$ 60 mil, além de uma pensão mensal no valor de um salário mínimo, para a costureira M.G.S., que, em 1998, engravidou mesmo fazendo uso de anticoncep-cional.

A costureira afirmou que sofreu abalo psicológico com a surpresa, pois a fa-mília não passava por boas condições financeiras e citou que o produto não possuía o devido composto ativo.

Para se defender, a em-presa alegou que terceiros podem ter colocado o anti-concepcional no mercado e

explicou que o produto sem eficácia foi fabricado para testar as máquinas.

Após decisão de 2009 sobre o pagamento da repa-ração moral, nesta semana, a 7ª Câmara Cível reduziu a data de pagamento da pensão para o dia em que a criança completasse 18 anos.

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Crateús - Ce

ARTIGOS

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Área 1213 - 8802 5067 OU 190

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SEBRAE, prefeitura e empresários participam de encontro com deputado Antonio Balhmann

SEBRAE, Prefeitura de Crateús e um grupo de em-presários locais mantiveram um encontro, dia 11/8/12, no restaurante O Wanderley, com o deputado federal An-tônio Balhmann, promovido pelo SEBRAE-CE, através do Escritório Regional de Crateús. O objetivo do encon-tro teve como pauta principal a solicitação de espaços em galpões industriais já exis-tentes na cidade, construídos pelo Governo do Estado, para abrigar indústrias de calçados e de confecções que aqui se estabeleceram temporaria-mente e que, posteriormente, deixaram desocupados tais galpões, bem como várias pessoas desempregadas.

Referido encontro teve ainda como ponto forte ou-vir a palavra do Deputado Balhmann sobre as expec-tativas quanto à geração e oportunidades de novos negócios e possibilidades de investimentos em nossa re-gião. O parlamentar ressaltou ainda a oportunidade que a região tem para promover o beneficiamento da pedra em minério de ferro, já que a região tem este potencial e não apenas a extração para exportação da pedra bruta.

Na ocasião, o deputado recebeu das mãos dos em-presários liderados pelo SE-BRAE- Escritório Regional de Crateús, representado por seu articulador Luiz Gon-

çalves, o projeto de reforma e adequação de galpões já existentes para abrigar oito empresas locais. Referido projeto consta de orçamen-to no valor de aproximado de R$ 250.000,00 e mais a concessão deste espaço (Gal-pão) para o funcionamento e produção através de Micro e Pequenas empresas de nosso município.

O deputado Balhmann re-cebeu ainda, como demanda de Crateús, das mãos do empresário Osvaldo Melo, da empresa Tina Condimentos, que já faz parte do mini--distrito Industrial de Crate-ús, um projeto de reforma e melhorias para sua empresa e também para a empresa

Doces e Delícias.O deputado prometeu aos

empresários locais avaliar as demandas no sentido de viabilizá-las, para que em-presas de Crateús possam ter

um espaço satisfatório e con-dizente com suas atividades.

A mencionada reunião en-cerrou-se com um almoço no restaurante “O Wanderley” e com a esperança de que, em

Crateús, teremos dias me-lhores para nossas empresas, especialmente as pequenas indústrias de transformação.

Luiz Gonçalves coordena projetos de viabilidade econômi-ca para Crateús e Região, junto ao Sebrae

Osvaldinho Melo, da Tina Condimentos, representou o empresariado de Crateús no encontro

Irregulares: Mutirão da Justiça solta 25 mil presos

Taradão: Condenado no caso Dorothy Stang é libertado

Porte de drogas é alvo de consulta

Poliafetiva: Escritura reconhece união afetiva a trêsMutirão promovido pelo

Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ) para revisar pro-cessos de presos de todo o Brasil teve como resultado a soltura de 25 mil detentos, cujos processos judiciais apresentavam irregularida-des. Alguns presos possuíam benefícios que permitiam a

liberação dos apenados. Os números são referentes

aos ex-detidos liberados no período de fevereiro de 2010 a dezembro de 2011, e corresponde a 9% do total de 310 mil processos anali-sados.

O CNJ constatou ainda irregularidades nas prisões

brasileiras, desde o coman-do de unidades prisionais por detentos até a falta de condições sanitárias para os presos. Por outro lado, 68 mil novos presos ingressa-ram no sistema prisional. (da Folhapress)

O fazendeiro Regivaldo Pe-reira Galvão(foto), o “Tara-dão”, condenado a 30 anos pela morte da missionária Do-rothy Stang, foi libertado por determinação do ministro do STF, Marco Aurélio Mello. Ao cruzar o portão de saída da pe-nitenciária, Galvão ajoelhou-se na calçada e fez uma oração.

Brasília. A Câmara dos Deputados vai submeter à consulta pública, o antepro-jeto de lei que descriminaliza o porte de drogas e o plantio para consumo próprio. A proposta, elaborada por uma comissão de juristas, é deixar livre de imputação penal o plantio em casa e o porte de uma dose suficiente para dez dias de consumo.

A medida valerá para qual-quer tipo de drogas. No caso da maconha isso corres-ponde a 25 gramas, mesma quantidade especificada na lei de Portugal, na qual a comissão se inspirou.

Com 113 mil assinaturas, o

texto do anteprojeto foi en-tregue ontem ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que mandou disponibilizar a pro-posta no portal de consulta pública da Casa na Internet, o E-Democracia. O docu-mento estará disponível para consulta até o fim deste ano.

O objetivo da proposta, se-gundo informou o diretor da Fundação Viva Rio, Rubem César Fernandes, é garantir tratamento de qualidade e uma rede de apoio integral ao dependente, sem o risco de sofrer perseguição ou preconceitos. Os líderes do movimento esperam atingir

1 milhão de assinaturas até 2013, quando o texto defini-tivo deve começar a tramitar.

A comissão responsável pelo texto contou com o auxílio de segmentos da área policial e das igrejas católica e evangélica, antes arredios a qualquer concessão sobre o assunto.

“A ideia é que o tema deixe de ser caso de polícia e passe para a área de saúde”, infor-mou Pedro Gadelha, presi-dente da Fiocruz e da Comis-são Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD), que lidera o movimento.

Uma Escritura Pública de União Poliafetiva que, de acordo com a tabeliã de notas e protestos da cidade de Tupã, interior de São Paulo, Cláudia do Nasci-mento Domingues,pode ser considerada a primeira que trata sobre uniões poliafe-tivas no Brasil. Ela, tabeliã responsável pelo caso, ex-plica que os três indivíduos: duas mulheres e um homem, viviam em união estável e desejavam declarar essa situação publicamente para a garantia de seus direitos. Os três procuraram diversos tabeliães que se recusaram a

lavrar a declaração de con-vivência pública. “Quando eles entraram em contato comigo, eu fui averiguar se existia algum impedimento legal e verifiquei que não havia. Eu não poderia me recusar a lavrar a declaração. O tabelião tem a função pú-blica de dar garantia jurídica ao conhecimento de fato”, afirma.

Ela conta também que se sentiu bastante a von-tade para tornar pública essa união envolvendo três pessoas, já que havia um desejo comum entre as par-tes, se tratava de pessoas

capazes, sem envolvimento de nenhum menor e sem litígio. “Internamente não havia dúvida de que as três pessoas consideravam viver como entidade familiar e desejavam garantir alguns direitos. Minha dúvida é com as questões externas à relação. Não há legislação que trate sobre o assunto. A aceitação envolve a matura-ção do direito. Nesse caso, foi preciso atribuir o direito a partir de um fato concreto. Será que haverá algum ques-tionamento?” reflete.

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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Marco Aurélio MelloMinistro do STF, mostrando-se contrário à antecipação de voto do ministro Cezar Peluso, que se aposenta dia 3/9

“A ordem natural das coisas tem uma força muito grande, que você não pode inverter, porque aí gera a insegurança”

ESCRACHANDOVIOLÊNCIA CRESCENTE

Não adianta mais falar. Fortaleza torna-se uma das mais violentas cidades do Brasil, guardadas as proporções com São Paulo e Rio de Janeiro. As man-chetes dos jornais se ocu-pam, em largos espaços, do registro de assassinatos brutais, não importando as vítimas, entre jovens e velhos, mulheres e crian-ças, em meio ao tráfico de drogas, prostituição e desgraças equivalentes. A polícia, com estrutura de aparência, é apenas um meio de combater o que não sabe e o que não pode e onde o governo aplica, sem planejamento adequado, milhões e milhões do di-nheiro do contribuinte sem um mínimo de resultado convincente. Dirão que nas outras grandes cidades (e nas pequenas), o problema é o mesmo. Verdade. Mas importa, para nós, o que está à nossa porta. A lição jornalística é: um cachorro atropelado em nossa rua é, para nós, notícia mais importante do que um terremoto nas Filipinas. Então, Fortaleza, em meio a um trânsito desesperada-mente paralisado, torna-se inabitável, bairro a bairro. E ainda falam em Copa do Mundo. Como vai ser? Um caos do tamanho do lado invisível da lua. (Regina Marshall – Jornalista)

MemóriaEsse vereador Leonel-

zinho, desde muito cedo, passou a conviver com a impunidade. Um dos gran-des escândalos envolvendo o comandante do Corpo de Bombeiros do Ceará, em um passado recente, deve estar bem vivo em sua me-mória. E na Câmara Muni-cipal, o corporativismo lhe deu forças para desafiar as leis e a moral, maculando sua própria vida pública e decepcionando a juven-tude, defensora de outros modos de se fazer políti-ca no território nacional. (Edison Silva –Jornalista)

Toga protegidaEm meio à campanha e

ao julgamento do mensa-lão, poucos atentaram para

uma importante medida assinada por Dilma Rous-seff. Agora é lei: em pro-cessos ou procedimentos relacionados a delitos pra-ticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir pela formação de um conselho para, por exemplo, decretar a pri-são de seus membros. Na prática, a nova lei permite a figura do juiz sem rosto. Há estimativas de que, atualmente, 400 juízes são, ou se sentem ameaçados pelo crime organizado no Brasil. (Fábio Campos – Jornalista)

Perversão eleitoralOs primeiros dias da

campanha eleitoral pelo rádio e TV põem a claro a perversidade do sistema eleitoral brasileiro, sobre-tudo, a divisão escandalo-samente desigual de tempo entre os candidatos, bem como o da falta de trans-parência do financiamento privado da campanha. O fato de haver mais partidos concorrendo no primei-ro turno expõe de forma mais clara e contundente para o eleitor o absurdo da distribuição do tempo, favorecendo uns poucos candidatos em detrimento dos outros. É o retrato do atraso político e cultural e da desigualdade preva-lecente nas várias expres-sões da formação social brasileira. Isso precisa ser abolido para o Brasil construir uma verdadeira democracia. Já o finan-ciamento privado – fator de corrupção – precisa ser substituído pelo financia-mento público. Mas, nesta campanha, já deveria ser publicada a identidade dos financiadores de cada can-didato, antes das eleições, para que o eleitor possa embasar com mais critério o seu voto. Essa é uma in-formação fundamental que continua sonegada. (Valde-mar Menezes – Jornalista)

DemorouA exemplo das demais

fontes de Justiça deste País, a Comissão de Anis-tia do Ministério da Justiça também anda a passos de cágado. Tanto que só agora, com mais de vinte anos de atraso, vai levar

a julgamento o9 processo de anistia do jornalista e professor Olavo Sampaio. E assim mesmo porque foi incluído na prioridade as-segurada aos idosos. Faria agora 84 anos. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

MensalãoEsse julgamento do

maior escândalo já visto no Brasil promete um des-file de talentosos juristas e muitas surpresas. O ex-mi-nistro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, defensor do executivo José Roberto Salgado, do Banco Rural, disse que o voto do revisor Ricardo Lewandowski pela absolvição do deputa-do João Paulo Cunha (PT--SP) abriu caminho para o triunfo da tese do caixa 2, a versão apresentada por um núcleo de réus do mensalão para tentar justi-ficar saques em espécie na boca do caixa. A “briga” de inteligência entre Joaquim Barbosa e Lewandowski beira à genialidade na área. Dois gigantes. Mas ainda falta muita água passar sob a ponte. Os ministros do STF mal tem tempo para respirar, enquanto nós, pessoas do povo e os ci-dadãos em geral, torcemos apenas por um detalhe fun-damental – que tudo termi-ne provando que mesmo neste Brasil, recheado de homens públicos corruptos e corruptores, o crime não compensa. Haverá final mais feliz?

Foi só ‘agá’ e nada mudou

Depois de uma proibição de comercialização de no-vas linhas, que não passou de jogo de cena, suspensa em poucos dias mediante meras promessas, a ope-radora TIM ainda não se emendou e os usuários continuam tendo suas li-gações derrubadas. É fato que muitos dirigentes das agências ditas regulado-ras, ao concluírem seus mandatos, recebem pom-posos cargos nas empresas prestadoras dos serviços. Talvez venha daí a indiscu-tível e generosa tolerância ante as irregularidades co-metidas. (Neno Cavalcante – Jornalista)

As cicatrizes são muitas. Existem aquelas metafóricas utilizadas pelos escritores quando querem nos falar so-bre os desamores - as “cica-trizes do peito”, e também as empregadas pelos médicos psicanalistas que nos falam sobre os traumas da infância, as marcas escondidas no inconsciente – as “cicatrizes da alma”. Mas, eu vou falar sobre as cicatrizes da pele, muitas escondidas, outras visíveis ou camufladas.

Na formação do cirurgião plástico, um dos primeiros capítulos a serem estudados é a cicatrização da pele. As suas fases e a sua necessida-de primordial para existência da vida. Algumas vezes, esta cicatriz não fica como nós queremos, ou por falta de cuidados devidos ou pela qualidade intrínseca da pes-soa. Então vamos esclarecer a diferença entre a cicatriz hipertrófica e o queloide, que poucas pessoas sabem realmente do que se trata.

Toda cirurgia necessita de um corte, mesmo que este seja quase puntiforme, como é o caso da lipoaspiração. E todo corte passa por um processo de cicatrização, que depende de três fases: infla-matória, proliferação e matu-ração. Não vamos entrar em detalhes dessas fases, mas todas são importantes para o resultado final. Quando fazemos a sutura, dizemos que ocorre uma cicatrização por primeira intenção (a segunda intenção é quando ela fica aberta e o próprio organismo faz todo processo,

e a terceira é quando, devido uma infecção, só é suturado em um segundo tempo).

No caso da cicatriz hiper-trófica, existe um alargamen-to da cicatriz por motivos de tensão no local, ou por essa se encontrar em um local de muita movimentação, como próximo de articulações. A cicatriz fica alargada e pode ficar um pouco alta. O tratamento mais adequado é a ressecção da cicatriz, to-mando maiores cuidados no pós-operatório (imobilização e curativos mais bem feitos).

Com relação ao queloide o problema é mais complexo. Existe uma falha, ou um des-controle quanto ao termino da hora parar de cicatrizar. É como se,mesmo após bem cicatrizado, ainda houvesse um aporte de substâncias (como fibroblastos) para o local, fazendo com que aquela cicatriz aumentasse de tamanho. E se for resse-cada toda cicatriz, no caso do queloide, ela irá voltar ainda maior. Portanto, é muito importante o cirur-gião diferenciar e explicar ao paciente o que deve ser feito.Então, o tratamento do queloide deve ser precedido pelo diagnóstico do mesmo. De uma maneira prática, observamos que os bordos do queloide ultrapassam a cicatriz (como um bolo que sai da forma), outra carac-terística do queloide é o prurido (ele coça muito). O tratamento deve feito de ma-neira progressiva, seguindo os passos de complexidade. Inicialmente, após estar bem

cicatrizado (em torno de três semanas da cirurgia), pode ser aplicado no local um gel ou uma placa de silicone, que irá impedir a formação de mais microvasos no local. Outra arma importante é a utilização de corticoide, a Triancinolona é o mais in-dicado, devendo ser massa-geado sobre a cicatriz. Esse corticoide, também pode ser injetado sob o quelóide, em sessões espaçadas de um mês, com cuidado para não formar depressões. Em casos recidivados existe um tipo de radioterapia, a Betaterapia, que é feita até 48 horas após a ressecção do queloide.

As cicatrizes são necessá-rias para realização de qual-quer cirurgia plástica. Elas são colocadas nas dobras, nos locais mais escondidos, camufladas com suturas internas nas regiões menos visíveis. O mais importante é esclarecer que toda cicatriz pode ser refeita se não esti-ver boa. Devemos esperar em torno de um ano para fazer qualquer retoque cirúr-gico, e orientar ao paciente neste intervalo, a utilização de cremes adequados (como hidratantes, protetor solar ou para prevenir estrias) são importantes.

Enfim, se a cirurgia plás-tica é uma obra de arte, a cicatriz é a assinatura que o cirurgião não gostaria de firmar, mesmo sabendo que ela sempre estará lá.

Gazeta Saúde)Cicatrizes

Isaac Furtadocirurgião plásticoCRM-5243, RQE-1429

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Hermenegildo, urgente! Sar-cástico e irreverente, irônico, mordaz e inteligente, fazendo um mô pra vocês.Aos fumantes da cannabis sativa, a popular maconha, seja do Maranhão ou do Para-guai, uma estrondosa notícia: a Câmara dos Deputados vai submeter à consulta pública o anteprojeto de lei que des-criminaliza o porte de drogas e o plantio de ervas para uso próprio. Aí o sujeito, pra evi-tar a compra ao traficante, vai produzir em casa, no quintal ou no jardim. Tudo muito bonitinho, e mais bonitinho ainda é que ele pode conduzir até 25 gramas da malvada. Só quero ver o que vai apa-recer de nego plantando e

vendendo na informalidade a produção caseira ou até mesmo o baseado artesanal. Só quero ver a chuva de empregos que vai surgir na informalidade, e o preço que vai alcançar a semente. Aí, um caboclo viciado pergun-tou se a planta pega de galho. E já tem nego fazendo teste com semente de coca; pois, se no Ceará já tão plantando maçã, pera, morango, e uva, neste clima tropical, por que então a Erythroxilum Coca não há de aqui prosperar? É mais emprego, mais renda e mais qualidade de vida. O que você acha? _ Acho, sim, que a agricultura familiar vai tomar um grande impulso, especialmente se receber o

apoio do Pronafre.Masss, não pense o Dr. Ku-trizuma Cals, aquele que acabou de fechar o blog, que eu o esqueci. Minhas lem-branças dele serão eternas e vêm desde o fundamentalis-mo do Pio XII, quando ele se deitava, dadivoso, com os colegas de classe. Naquele tempo, o horário do recreio era dedicado por ele à brin-cadeira de cavalinho – os colegas montavam-se nele. Daí o tempo passou e ele entrou na fase do ploc-ploc dos tamancos do Dr. Sholl, da calça justa de helanca, da bebida alcoólica e dos rebites nos velhos carnavais. Foi aquela fase: “se meu fusca falasse”. Depois, entendeu

de casar e procriar, mas sem esquecer o Pio XII, até atingir a profissão de blogueiro, que todo mundo conhece. Pois é: nesta fase,surgiu então uma doméstica e mútua corna-gem, ou seja: tanto ele levava chifre da mulher, como metia chifre em mulher casada. Agora por último, apegou-se às redes sociais (ele é louco por uma rede, de preferência com um cachorrinho Joly dentro dela) e, nas suas tui-tadas, mostrou-se na web ao lado de um new love, para mostrar à ex-mulher que ainda tá vivo e não tá podre. É uma quenguinhaperiguete de beira de praia, de nome Rose Jamille que, igual à Geni do Chico Buarque, dá

pra qualquer um. Então-se vamos jogar bosta nos dois pelas redes sociais.Bem me ensinava meu pro-fessor de casto português: Nada como um dia atrás do outro com uma noite no meio.Novidades na política: Tem um candidato a prefeito de Crateús que diz já haver con-cedido 7.800 empregos e, se eleito, vai empregar o dobro desse pessoal para desviar

a linha do trem do meio da cidade de Crateúspor causa dos crimes. E tem um candi-dato a vice-prefeito, que está fazendo concorrênciaao Lu-cas Evangelista, propagando sua candidatura em versos de cordel, no horário eleitoral, porém, sem o som da viola. Isto é que desamina o eleitor.Ademã que vou em frente. Os cães ladram, mas a caravana passa.

Cantinho da Poesia

Afrouxando o Riso

À minha mãe

O número da égua

Crateús de OntemFaz 43 anos que, no dia 2

de setembro, Crateús chorou copiosamente a morte de um dos seus filhos mais queridos – o médico Olavo Cavalcante Cardoso.

Olavo nasceu a 15.08.1925, rebento de Maria de Lourdes Cavalcante Cardoso e de Miguel de Araújo Cardoso. Formou-se em Medicina pela Faculdade Fluminense de Niterói,antiga capital do Estado do Rio de Janeiro, em 1952, e retornou ao seu torrão natal, onde desenvol-veu com amor e persistência a carreira que abraçara. Dr. Olavo foi um dos fundado-res e proprietários da Poli-clínica de Crateús, além de médico do 4° Batalhão de Engenharia de Construções. Casado com Idelzuite Xime-nes Cavalcante, tevecom ela os filhos: Márcia, Sásquia,

Olavo Junior, Miguel Neto e José Neto.

Dr. Olavo era de estatura baixa e de compleição física avantajada. Como médico, tornou-se um benfeitor da cidade pelo coração extrema-mente caridoso que possuía. Enveredou pela política e, em 1962, foi eleito prefeito de Crateús, numa disputa com o advogado Gonçalo Claudino Sales, filho de Novo Oriente, mas que havia adotado Cra-teús como sua terra.

Assumiu o cargo de pre-feito em janeiro de 1963, quando deu início ao desen-volvimento de um trabalho digno de elogios. Em junho de 1966, em plena época da ditadura militar, por ques-tões políticas e ideológicas, teve o mandato cassado pela Câmara Municipal, ficando afastado do poder. Em seu

lugar, foi nomeado como interventor do município o também médico Francisco Sales de Macedo, que gover-nou o município até o inicio do ano seguinte.

Seu afastamento da Prefei-tura não impediu, no entanto, a aguerrida missão de traba-lhar em benefício do povo da sua terra. No seu consultório, continuou fazendo o mes-mo atendimento caritativo, sempre com o objetivo de proteger os mais humildes habitantes de sua terra.

Quando contava 44 anos, a 02 de setembro de 1969, Dr. Olavo foi tragicamente assassinado por questões de terra, na localidade de Xavier, onde possuía uma propriedade rural.

O caso teve início quando, por volta das 10 horas da-quele dia, Olavo alugou uma

camioneta Rural pertencente ao conhecido motorista de praça, Flor, e juntos segui-ram para o lugar Xavier, a fim de resolver uma questão de terra com seus vizinhos. Segundo comentários, por falta de acesso, o carro não tinha como chegar até a casa dos litigantes, motivo porque, armado e a pé, seguiu até lá. Não houve conversa, e sim, uma discussão entre o médico e os seus desafetos que haviam construído uma cerca invadindo as terras do médico.

O motorista, que ficou no lugar onde estava o carro, ouviu alguns disparos de arma de fogo e, em seguida, a notícia de que Dr. Olavo recebera seis facadas. O mé-dico foi colocado no carro e, ainda vivo,foi transportado para Crateús, porém não re-

sistiu e morreu na localidade de Grota, próximo ao Açude Municipal, distante três qui-lômetros da cidade.

José Cândido, que se res-ponsabilizou pelo crime, recebeu balaços disparados por uma pequena pistola conduzida pelo Médico. Três dos assassinos foram presos, mas dois outros se refugia-ram. Apenas José Cândido, baleado, assumiu o crime, enquanto os outros nega-ram, mas a polícia e o povo suspeitaram que todos, em número de cinco, foram cul-pados, especialmente o autor intelectual do crime, Manoel Lino, que fugiu.

Com grande acompanha-mento, o corpo de Olavo Cardoso foi sepultado no Cemitério São Miguel de Crateús, no dia seguinte ao de sua morte. Neste mês de

setembro de 2012, 43 anos após o trágico incidente, o túmulo de Dr. Olavo ainda é visitado diariamente. No Dia de Finados, todos os anos, ocorre verdadeira romaria ao seu jazigo. O médico era muito querido e procurado por causa do seu espírito humanitário. Para muitos devotos de sua alma, ele permanece como um santo milagreiro. Na capela de seu túmulo há fotografias de pes-soas supostamente curadas pelo médico, além de uma grande lista de nomes, ex--votos, fotografias, bilhetes e cartas com pedidos e com agradecimentos por milagres a ele atribuídos.

Com certeza, Olavo goza das glórias eternas, em re-compensa pela caridade feita a tantas pessoas humildes em nossa nesta terra.

Olavo Cavalcante Cardoso

Sei que um dia não há ( e isso é bastanteA esta saudade, mãe!) em que a teu ladoSentir não julgues minha sombra errante,Passo a passo a seguir teu vulto amado.

_Minha mãe! Minha mãe! – a cada instanteOuves. Volves, em lágrimas banhado,O rosto, conhecendo soluçanteMinha voz e meu passo acostumado.

E sentes alta noite no teu leitoMinh’alma na tua alma repousando,Repousando meu peito no teu peito...

E encho os teus sonhos, em teus sonhos brilho,E abres os braços trêmulos, chorando,Para nos braços apertar teu filho!

Margarida era uma mu-lher ciumenta de seu mari-do. Dessas que lhe conferia as cuecas, os bolsos das cal-ças e da camisa, a agenda do telefone e até o rastro que ele deixava ao caminhar sobre pedras.

Certo dia, Apolônio, seu

marido, estava sentado len-do o jornal, quando foi surpreendido pela mulher, que quase lhe arrebenta a cabeça com uma frigideira.

_ Que foi isto, Margarida?_ Encontrei o nome e o

número de uma rapariga chamada Marilu, no bolso

de sua calça._ Que nada, minha filha, é

o nome da égua e o número da aposta que fiz no Jóquei Clube. Não lembra que ganhei?

Passou-lhe uns dias e Apolônio, lendo o seu jor-nal, foi novamente surpre-

endido com uma porrada na cabeça, desta vez, com a panela de pressão.

_ E agora, o que foi Mar-garida?

_ A égua ligou...

Flávio Machado

Olavo Bilac

TIRADASHermenegildo Catão

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Blenda Camerino F. C. MourãoODONTOPEDIATRIA/PERIODONTIA - CRO-CE: 5567

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

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ComunicandoPOLÍTICA DA MALDADE

Um de nossos candida-tos a prefeito, no programa eleitoral gratuito pelo rádio, taxou de elefante branco da Ilha a UPA-24 Horas, porque ainda não foi inaugurada, e pôs a culpa no prefeito. Ora, a UPA– 24 Horas é obra fe-deral e estadual, foi lançada aqui pelo secretário Estadual de Saúde Arruda Bastos. A cobrança deve ser dirigida ao governador Cid Gomes e à presidenta Dilma. Por que o candidato não se referiu tam-bém à Policlínica? Aquela Unidade de Saúde é estadual, e se encontra concluída há um ano.Porque então não foi ainda inaugurada? Seria tam-bém por culpa do prefeito?

Há um quê de malandra-gem nesta descabida acu-sação. As duas Unidades de Saúde, tão cedo irão funcio-nar e o problema é a falta de médicos e os equipamentos que elas necessitam para funcionar. Quase todos os problemas de saúde, no País, têm como causa a carência de médicos, a boa ou má vontade de médicos para residir no Interior ou para prestar serviço no Interior. Mais de 70% dos médicos cearenses residem e traba-lham na Capital. Perguntem a um deles se quer vir traba-lhar no Curral Velho ou na Cabeça da Onça? A oposição também vem batendo forte

contra a taxa de iluminação pública cobrada pela Coelce e isso não faz sentido, pois a taxa de iluminação foi aprovada pela unanimidade dos vereadores, do mesmo modo como foram aprovadas as contas do ex-prefeito Zé Almir – “no escuro”.

CAMPANHA DO DEBOCHE

A oposição, ao invés de ir ao rádio e apresentar uma campanha limpa, adotou a estratégia de produzir uma campanha para combater o adversário pelo lado do deboche e do desrespeito, com a finalidade de incutir na cabeça do eleitor de Cra-teús uma falsidadepolítico--ideológica. Fica claro o in-cômodo, mas essa estratégia é extremamente perigosa e de resultados duvidosos. Quem bate agrega rejeição. Quem bate, abre o flanco para apanhar. A estratégia do deboche e do desrespeito utilizada pela oposição é consequência de desespero e pode empurrar o candidato da situação para o ataque. A caixa de ferramentas do can-didato de situação, aberta nas emissoras de rádio durante o programa eleitoral, pode produzir estragos maiores do que o que se espera, não apenas no candidato cabeça--de-chapa, mas também naqueles que o acompanham como apoiadores da sua campanha eleitoral. O candi-

dato de situação deixou claro o seu recado ao opositor, por ocasião do V Seminário de Combate à Corrupção Elei-toral, realizado dia 28/8, no Clube Caça e Pesca.

CARROS DE SOMEm que pese o debate

realizado durante a reunião da Plenária do Fórum Social Local, realizada com a pre-sença da Promotoria Pública de Crateús, Guarda Munici-pal e Ronda do Quarteirão e de proprietários de carros de som, no sentido de que providências sejam adotadas para diminuir o impacto so-noro que fere os ouvidos da população de Crateús, após mais de um mês, nada de concreto foi realizado neste sentido. Os carros de som continuam enlouquecendo a cidade, principalmente quando trafegam pelas ruas centrais onde se localiza a zona comercial.

O problema da poluição sonora em Crateús não vem merecendo a devida atenção por parte dos órgãos compe-tentes, apesar de ser também um problema de saúde públi-ca. São raros os casos em que providências são tomadas pela Guarda Municipal ou pela Polícia Militar.Os car-ros de somdeitam e rolam pela cidade, com o som na altura que bem querem seus proprietários e não sofrem a menor advertência no senti-do de diminuírem a potência

do som de suas propagandas.Trafegam pelo centro da ci-dade, em vagarosa marcha, azucrinando os ouvidos da população e emperrando o trânsitonas ruas de maior movimento.

COMO DESCARTAR PILHAS E BATERIAS USADAS?

Já nos reportamos aqui, no sentido de que a Secre-taria do Meio Ambiente se manifeste sobre como devemos proceder para des-cartar pilhas comuns e alca-linas usadas em lanternas, rádios e brinquedos, bem como baterias diversas usa-das em celulares e outros equipamentos eletrônicos. As pilhas e baterias de uso doméstico apresentam um grande perigo quando des-cartadas incorretamente. Na composição dessas pilhas são encontrados metais pesa-dos como: cádmio, chumbo, mercúrio, que são extrema-mente perigosos à saúde humana. Dentre os males provocados pela contami-nação com metais pesados está o câncer e mutações genéticas.

Só para esclarecer, as pi-lhas e baterias em funciona-mento não oferecem riscos, uma vez que o perigo está contido no interior delas. O problema é quando elas são descartadas e passam por deformações na cápsula

que as envolvem: amassam, estouram, e deixam vazar o líquido tóxico de seus interiores. Esse líquido se acumula na natureza, ele representa o lixo não bio-degradável, ou seja, não é consumido com o passar dos anos. A contaminação envol-ve o solo e lençóis freáticos prejudicando a agricultura e a hidrografia. Justamente por serem biocumulativas é que surgiu a necessidade do descarte correto de pilhas e baterias usadas. Que a SE-MAM estabeleça locais ou encarregue os coletores do lixo reciclável a prestarem esse serviço.

PODA DE ÁRVORES – RESPOSTA TÍMIDA

Até que enfim, surgiu uma resposta, ainda que tímida, às inúmeras denúncias feitas por este jornal, sobre a poda radical feita em árvores que compõem a paisagem urbana de Crateús. Reportagem do Diário do Nordeste, do dia 25/8, assinada por Silvana Claudino, dá conta de que a população deste município “mudará de hábitos” em decorrência da preservação ambiental, no que depender do Conselho Municipal do Meio Ambiente que, em sua última reunião, tomou deci-são inédita: “recomendar que os moradores de Crateús não efetuem poda desnecessária de árvore constante da Arbo-

rização Urbana, no período de agosto a dezembro de 2012”, exceto quando em conflito com rede de energia elétrica, água, esgoto ou si-nalização de trânsito.

A recomendação do Con-selho, estranhamente, se refere ao período de agosto a dezembro de 2012 e nisso vai um grande e lamentável erro. As podas radicais em árvores nunca devem ser executadas seja qual for o ano, seja qual for o período ou os meses. As podas radicais dizimam as árvores. Limitar o período de podaé a mesma coisa que aconselhar a poda. Melhor seria, então,ao Conselho, desaconselhar o plantio de árvores, a vê-las maltratadas, sem folhagem e sem galhos, sem produzir sombra e sem contribuir para a melhoria do nosso clima.

Não falta ao secretário Wanderley a consciência dos prejuízos causados, ao meio ambiente, à Natureza e à fau-na com a perda das árvores. No entanto, falta criatividade à SEMAM. Por que, então, não dirigir uma correspon-dência elogiosa a pessoas que cuidam bem das árvores plantadas em frente a suas residências? Por que não enviar uma recomendação ou dirigir um pedido para que esta ou aquela planta seja bem cuidada? Com boa vontade, tudo produz bons resultados.

Flash do PassadoOs Venâncios

Aos primeiros anos de mi-nha saudosa infância em Cra-teús, tomei conhecimento da família Venâncio, aqui residente. Os Venâncios eram proprietários de uma gleba de terra de criar e plantar, situada à margem direita do rio Poti, que foi comprada pelo Exér-cito Brasileiro, em 1954, para servir de instalação ao 4º Ba-talhão Ferroviário, depois, 4º BEC e, hoje, 40º Batalhão de Infantaria. Chegava-se àque-las terras pela então conhecida Passagem dos Venâncios. Naquelas terras cultivavam a cana de açúcar e havia um engenho puxado a boi, onde se fabricavam produtos deri-vados da cana.

Os Venâncios, também,

eram proprietários de uma loja de tecidos na esquina do Mer-cado Velho, com uma frente para a Rua Barão do Rio Bran-co e outra para a Rua Moreira da Rocha. Na parte interna do velho mercado, num canto contíguo à loja, eles montaram uma engenhoca para vender caldo de cana, a popular ga-rapa, que nós meninos cha-mávamos de “garapeira dos Venâncios”. Foi lá que tomei meu primeiro copo de garapa, pagando “dois tostões” ou 20 centavos de Cruzeiro, com direito a uma colherinha de bicarbonato de sódio, para sentir a efervescência da de-liciosa bebida que, até hoje, não consigo esquecer.

Atualmente, tudo o que

existe e se relaciona à família, afora seus descendentes, é o bairro dos Venâncios que se formou ao lado daquelas terras e se tornou o maior bairro da cidade onde, além da Unidade Militar do Exército, conta a presença da Justiça Federal, com conjuntos habitacionais, barragem para o abastecimen-to de água, colégio, creche, emissora de rádio, templo católico, postos de combus-tíveis, além de permitir duas saídas de Crateús, com destino à Fortaleza, sendo uma via Su-cesso e outra via Independên-cia. O bairro dos Venâncios possui ruas calçamentadas e até asfaltadas. A cidade cresce para o lado daquele bairro.

César Vale

Romário, deputado federal (PSB) acusou treinador da Seleção brasileira, Mano Menezes, de ter “interesses dúbios”. A resposta do técnico veio em seguida:” o Romário é um aproveitador que precisa de espaço na mídia”

“Você é medroso, você é o pior treinador de todos os tempos as Seleção”

Planejamento: Salário mínimo em 2013 seráR$ 670,95

O Ministério do Planeja-mento fixou em R$ 670,95 o valor do salário mínimo a partir de janeiro de 2013. Essa é a proposta que o governo federal incluiu no Projeto de Lei Orçamentá-ria Anual (Ploa) enviado em 30/08 ao Congresso Nacional. O novo valor é 7,9% maior que os R$ 622 pagos atualmente.

A Ploa traz a previsão de gastos do governo para o próximo ano. O novo valor do mínimo passa a

ser pago a partir de feve-reiro, referente ao mês de janeiro. O reajuste inclui a variação de 2,7% do Pro-duto Interno Bruto (PIB) de 2011 e a estimativa de que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) previsto para o ano de 5%.

A ministra do Planeja-mento, Miriam Belchior, afirmou que o orçamento previsto para o próximo ano é de 2,140 trilhões.

A estimativa do governo

é que cada R$ 1 de avanço no mínimo gere despe-sas de R$ 308 milhões ao governo. Com isso, o aumento de R$ 48 conce-dido pelo governo causará impacto de cerca de R$ 15,1 bilhões aos cofres públicos.

O INPC é o índice uti-lizado nas negociações salariais dos sindicatos e faz parte do acordo de evolução do salário míni-mo fechado entre governo e centrais sindicais.

GERAL

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O 40° Batalhão de Infantaria de Crateús, dentre as comemorações alusivas à Semana do Exército, promoveu formatura no pátio interno do quartel, dia 24, para homenagear o Soldado Brasileiro. Oito oficiais e sargentos foram agraciados com medalhas, entre os quais, o subcomandante do 40° BI, major José Bonifácio e o capitão Paulo Camelo (fotos). Durante o evento, foi lida a Ordem do Dia do comandante do Exército Brasileiro, general de Exército Enzo Martins Peri. O comandante do 40° BI, ten. Cel. José Eduardo de Andrade, dirigiu sua mensagem à tropa, às autoridades civis e militares, aos colegiais e ao público presente.

Valorize o meio ambiente. Enfeite a frente de sua residência com uma árvore frondosa, viçosa e produtora de sombra generosa.

Notas Sociais

ARTE & CULTURAConterrâneo Francisco de Assis Rodrigues de Almeida, nosso ALMEIDINHA, artista plástico na arte da Xilogravura e consagrado em todo o mundo como mestre nessa arte, acaba de ser convidado pela Bangkok University Gallery (BUG), na Tailândia, para expor as suas obras na “Paperworks Transculturais Narrações”. A BUG abriu suas portas ao público em 1996. Desde então, a galeria pretende ser o centro de aprendizagem e espaço para a arte contemporânea de artistas locais e internacionais. Almeidinha vai estar presente neste grande evento da cultura internacional, empunhando a Bandeira do Brasil e com Crateús no coração. A exposição será realizada no período entre 17 de novembro e 13 de dezembro vindouro em Bangkok, capital da Tailândia. Força, Almeidinha!

Parabéns a Juscileide Vale, que marca folhinha amanhã e vai comemorar a data em família.

Parabéns a Mimosa Veras, que vai celebrar vida na praia, dia 02, em companhia da mana Mariinha e do cunhado Henrique.

César Vale www.gazetacrateus.com.br