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EDIÇÃO Nº 47 | MARÇO 2014 | R$ 8,90 PARANÁ SANTA CATARINA RIO GR. DO SUL O M AR DE D ENTRO DE F LORIPA ESTALEIRO EM CRESCIMENTO A nova fase da Sessa em Santa Catarina REMÉDIOS CONTRA ENJOO O que você pode fazer para (tentar) evitar MEU PRIMEIRO BARCO 12 dúvidas na hora de escolher e comprar L AGOA DA C ONCEIÇÃO A polêmica ponte que todo mundo ama HERCÍLIO LUZ

edição nº 47 | março 2014 | r$ 8,90 Lagoa da ConCeição · A polêmica ponte que todo mundo ama ... Y CM MY CY CMY K Aconteceu... Grandes e ... Hoje, 10 a 12% tem que ser o objetivo

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edição nº 47 | março 2014 | r$ 8,90

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O Mar de dentrO de FlOripa

ESTALEIRO EM CRESCIMENTO

A nova fase da Sessa em Santa

Catarina

REMÉDIOS CONTRA ENJOO

O que você pode fazer para (tentar) evitar

MEU PRIMEIRO BARCO

12 dúvidas na hora de

escolher e comprar

Lagoa da ConCeição

A polêmica ponte que todo mundo amahERCíLIO LUz

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Aconteceu...

novo eventoNo quente verão de Jurerê Internacional, Romain Jousselin, Helô e Jaimes de Almeida, Cris Tedesco, Eduardo Gutierrez, Lisa Reidt e Ricardo Kurtz brindaram com Marcio Christiansen, dono do estaleiro (abaixo)

Embaixada FErrEtti Em JurErê intErnacional

A Ferretti elegeu a praia mais famosa

de Santa Catarina para receber

convidados e mostrar o seu novo barco

“ A nova Ferretti foi apresentada pela primeira vez no Brasil nas águas de Jurerê

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“ O Simple on the Beach foi o local escolhido para virar “embaixada” de praia da marca no país

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náutica Sul 11

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Aconteceu...

volta na ilhaPerto de 100 jets participaram do mais famoso passeio

náutico de Floripa: a volta na Ilha de Santa Catarina

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“ O passeio durou cinco horas e foi organizado pela loja Mega Jet

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12 náutica Sul

horas de marDurante a longa travessia, os participantes fizeram uma parada para reabastecimento e outra na Ilha do Campeche, para voltar a reunir o grupo

“ Dar a volta na ilha é o sonho de qualquer dono de jet

“ O passeio foi organizado pela revenda Jetpoint e levou os jets até Porto Belo

muitos jetsO dia bonito contribuiu para que muitos donos de jets aderissem ao passeio, que incluiu várias praias da região e animou bastante a turma

JEt-paSSEio Em balnEário camboriúPraias de Santa Catarina abriram a

temporada nacional de passeios Sea Doo

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Aconteceu...

Grandes e coloridosNa regata, só participam grandes barcos das marinhas de países latino-americanos e, em cada porto, eles são abertos para visitação. Em Itajaí, o público compareceu em massa

vElaS latinoamEricaItajaí sediou a

única escala

brasileira da

regata dos barcos

mais bonitos da

América do Sul

“ Mais de 25 000 pessoas visitaram os grandes veleiros, de seis países diferentes

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ElEiÇÃo na amFriAna Paula da Silva, prefeita de

Bombinhas, é a nova presidente da Associação

dos Municípios da Foz do Rio Itajaí

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criaÇÃo do Grupo náutico

Governo catarinense

cria Grupo de Trabalho

para estimular as ações

náuticas no estado

lEGaliZaÇÃo dE marinaSAtravés da Acatmar, oito marinas de

Santa Catarina foram regulamentadas

Aconteceu...

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Náutica Sul 21

Ao contrário da grande maioria dos estaleiros brasileiros, a Intech Boating, de Santa Catarina, vai bem, obrigado, como garante o empresário José Neto, que, no ano passado, incorporou a Sessa Brasil, mas manteve Massimo Radice na casa

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barcos a quatro mãosJosé Galízio Neto e Massimo Radice agora mais juntos do que nunca e com o objetivo de transformar a Sessa em líder na sua faixa de mercado

C inco anos atrás, o estaleiro italiano Sessa Marine de-sembarcou no país, atraído pelo então estupendo crescimento do mercado brasileiro de barcos. Seu ob-jetivo era exportar alguns de seus barcos para cá e fa-

bricar outros modelos aqui – razão pela qual já chegou procu-rando um parceiro local, que os produzisse no Brasil. Cinco anos depois, o mercado mudou e os planos da Sessa, também – mas ela continua no país e, agora, mais firme do que nunca.

No final do ano passado, a Sessa Brasil foi incorporada pela In-tech Boating, de Santa Catarina, em cujas instalações já eram pro-duzidos os barcos da marca italiana no Brasil. E a incorporação está dando um excepcional empurrão à marca no país, como contam, nas páginas seguintes, os dois responsáveis pela nova fase da Sessa, o empresário José Antônio Galizio Neto, dono da Intech, e Massimo Radice, diretor de produção dos barcos no Brasil. por jorge de souza

Força dupla

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duo o trabalho de conquistar novos clientes, porque o com-prador agora é bem mais exi-gente. Além disso, a oferta au-mentou bastante e, felizmente, por conta da chegada dos im-portados, a qualidade dos bar-cos nacionais também. Mas penso que os fabricantes em ge-ral precisam se acostumar a tra-balhar com margens de lucro bem menores do que no passa-do, porque esta é a nova reali-dade. Não existe mais margens de lucro de 30 ou 40%, como era antigamente. Hoje, 10 a 12% tem que ser o objetivo e, nes-te momento, 5 ou 6% é o que está dando para atingir. Nós es-tamos sacrificando a nossa mar-gem, mas fazemos isso com os dois pés no chão, porque faz parte da nossa estratégia para conquistar mercados. Está, sem dúvida, pior para quem produz, mas bem melhor para quem quer comprar ou trocar de bar-co, porque a oferta aumentou, a qualidade também, mas não os preços. De maneira geral, os estaleiros precisam reaprender o próprio negócio deles.

Dê um exemplo disso...

(José Neto) A questão dos for-necedores de equipamentos

O que mudou com a incor-

poração da Sessa Brasil pela

Intech?

(José Neto) Na teoria, Sessa e Key Largo passaram a ser linhas de barcos da Intech Boating, que também continuará produ-zindo os barcos de serviço da marca Intech. Mas, na prática, nada mudou, porque a Intech já vinha produzindo, desde o prin-cípio, todos os barcos da Sessa Marine no Brasil. A diferença é que, antes, a Sessa era clien-te da Intech e hoje é parte inte-grante dela, digamos assim. De novidade mesmo, só há a nossa nova fábrica, que já foi construí-da pensando nesta incorporação

e no crescimento da produção. Tanto que ela é bem maior do que a anterior.

Como está o mercado náuti-

co brasileiro no momento?

(José Neto) Não posso falar por todos, mas, para nós, está bom. Estamos produzindo qua-tro barcos por mês, entre as li-nhas Key Largo e Sessa e temos a nossa produção já vendida pelos próximos quatro meses, podendo chegar a seis barcos mensais. Claro que a situação do mercado já esteve melhor tempos atrás, que ele está mais competitivo do que aquecido, e que, a cada dia, fica mais ár-

para os barcos, por exemplo. A maioria dos estaleiros sufo-ca os seus fornecedores, porque não permite que eles trabalhem para outras marcas. Todos que-rem “exclusividade”, porque te-mem que eles ajudem a me-lhorar os concorrentes. Isso é uma maldade com os coitados, que não fazem parte do estalei-ro, mas, se ele for mal e fechar as portas, eles quebram tam-bém. Fornecedor que fica pre-so a apenas um estaleiro não cresce, porque depende só da produção dele, e, se o fornece-dor não crescer, também não terá como investir nem, con-sequentemente, como melho-rar a qualidade do que produz. Mas, infelizmente, poucos esta-leiros pensam – e agem – como nós, que tratamos muito bem os nossos fornecedores.

A Sessa veio para o Brasil

cinco anos atrás. Onde ela

pretende estar daqui a cin-

co anos?

(MassiMo Radice) Nossa meta é crescer entre 10 a 15% por ano, tanto em produção quanto em faturamento. Sabemos que não

é algo fácil, especialmente nes-tes tempos, mas temos um plano bem realista para atingir isso. Nos próximos anos, vamos lançar mais três ou quatro novos modelos de barcos, mas todos dentro da fai-xa que elegemos para ser a nossa praia: a das lanchas entre 30 e 50 pés de comprimento. É nela que queremos ser líder de mercado. Ou, pelo menos, estar bem perto disso daqui a cinco anos.

Vocês, então, veem o merca-

do com otimismo...

(José Neto) Eu diria que nós confiamos bastante, tanto no potencial do mercado brasileiro de barcos de lazer, que, a bem da verdade, ainda é tão peque-no que só tende a crescer, quan-to na qualidade dos barcos que produzimos frente à nossa con-corrência. Tenho ouvido bastan-

nova fábrica Na moderna nova sede da Intech Boating, em Palhoça, o galpão está repleto de lanchas sendo construídas e não há sinais de crise

Construir barcos de passeios já estava nos planos do paulistano, ra-dicado há mais de 30 anos em Santa Catarina, José Neto, quan-do ele fundou a Intech Boating, inicialmente para produzir ape-nas barcos de serviço. Mas ele não queria fazer isso sozinho e

imaginou que, um dia, poderia se associar a alguma marca estrangeira. Não poderia ter havido situação mais perfeita do que quando ele conhe-ceu o italiano (hoje mais apaixonado por Florianópolis do que muito ma-nezinho da ilha) Massimo Radice, que buscava justamente aquilo: um es-taleiro parceiro brasileiro. Há três anos, a Intech começou a produzir os barcos brasileiros da Sessa na sua antiga fábrica, em São José, na Gran-de Floripa. E, no ano passado, incorporou de vez a marca, depois de um acordo entre Neto e Massimo — o primeiro ficou dono do negócio e o outro passou a cuidar diretamente da produção dos barcos, na nova e bo-nita fábrica em Palhoça, também nos arredores de Florianópolis. “Duas cabeças pensam melhor do que uma e quatro mãos fazem mais do que duas”, brincam os dois empreendedores, agora mais do que nunca uni-dos no objetivo de fazer a marca Sessa, que já vendeu quase 100 barcos no país, ser uma das maiores do segmento das lanchas de médio porte no Bra-sil nos próximos cinco anos, como contam nesta dupla entrevista a seguir.

“Para nós, está bom” “ Estamos produzindo quatro barcos por mês e nossa produção de quatro meses já está vendida” José Neto

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te os outros fabricantes falarem em “crise no setor”, mas altos e baixos fazem parte de qualquer atividade. Se, neste instante, não se está vendendo tantos barcos quanto há três anos é porque a realidade mudou e é preciso se ajustar a isso. Mas gente interes-sada em ter um barco para passe-ar nos fins de semana continua existindo. Cada vez mais, por si-nal. Cabe aos estaleiros conse-guir meios de chegar até eles.

Muitos estaleiros têm opta-

do por lançar barcos cada

vez maiores como forma de

aumentar o lucro nas unida-

des vendidas e ainda ganhar

prestígio com isso. A Sessa,

que produz lanchas de até 68

pés fora do país, não pensa

em fazer o mesmo aqui?

(MassiMo Radice) Por enquan-to, não. Claro que sabemos construir lanchas maiores e te-mos todos os recursos para isso, tanto de mão de obra nacio-nal quanto de engenharia ita-liana naval. Mas nosso plano, por hora, é ficar mesmo na fai-xa dos barcos de 30 a 50 pés. Não queremos abraçar todo o mercado de uma só vez, pro-duzindo barcos de 18 a 90 ou 100 pés, porque isso não dá cer-to. Os compradores desses ti-pos de barcos são bem distin-tos entre si e isso implica em operações distintas para ven-der e, principalmente, atendê-los. Não dá para misturar tudo nem querer ser líder em todos os segmentos. São quase como marcas diferentes. Temos ple-

na consciência disso e optamos por crescer dentro de uma faixa apenas. Por enquanto.

Mas nesta faixa a concorrên-

cia é bem forte, não?

(José Neto) Sim, mas isso não é de todo ruim para nós. Eu até diria que é bom, porque, como sabemos que produzimos bar-cos de qualidade, a comparação

linha sessa Em breve, o modelo F42 (acima) ganhará uma versão sem flybridge e a linha C (ao lado) terá mais barcos no cardápio, garante a dupla

é algo favorável para nós. Adora-mos quando alguém pede para testar nosso barco e sentir como ele navega. Somos os primeiros a estimular isso, porque temos certeza de que, depois de sen-tir a extrema tranquilidade da navegação das nossas lanchas, a pessoa irá pensar duas vezes an-tes de optar por outro barco. E, se optar, ficará com aquela sen-sação gravada na mente e isso, um dia, a levará a ter uma Ses-sa ou Key Largo, dependendo do estilo de barco que ela prefi-ra. Outro dia, fui apresentado a um rapaz que tem barco de ou-tra marca, mas que já navegou no nosso. Ao saber que eu era da Sessa, ele disse: “É o meu sonho de consumo; um dia eu terei uma!”. É nisso que acreditamos: na qualificação cada vez maior dos donos de barcos, que já não são bobos e sentem a diferença entre um barco e outro. Quan-to mais pessoas experimenta-

“ Os estaleiros precisam aprender a trabalhar com margens de lucro menores. Acabou a era dos 30%” José Neto

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26 Náutica Sul

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rem os nossos barcos, melhor – tanto para eles quanto para nós.

Qual, na opinião de vocês,

é o maior problema do se-

tor náutico do Brasil atual-

mente?

(José Neto) A falta de vontade política de fazer o setor crescer. Como a questão das marinas, por exemplo, que talvez seja o maior gargalo do setor atual-mente. Canso de ver gente que não tem onde guardar o barco que comprou ou, se já tem um barco, não pode trocá-lo por ou-tro maior, porque a sua mari-na não comportaria isso. Clien-tes nossos já deixaram de trocar a Sessa C36 pela C40 porque os equipamentos da marina não su-portariam o maior peso do mo-delo maior. É o mesmo que o sujeito não poder trocar de car-ro, mesmo tendo recursos para isso, porque na vaga que ele tem no estacionamento só cabe car-ro pequeno. A carência de ma-rinas, causada, em boa parte, pe-las dificuldades em conseguir todas as licenças ambientais para construí-las, e a precarieda-de da grande maioria das já exis-tentes, que não conseguem am-pliar pelo mesmo motivo, são, na minha opinião, os dois gran-des entraves práticos do setor no momento. Mas há outros.

Quais?

(José Neto) Xi, a lista é enor-me... E não atinge só os que pro-duzem barcos, mas também os que os usam, ou seja, os do-nos de barcos também sofrem

projetos com cautela Por enquanto, a empresa ficará na faixa dos barcos de 30 a 50 pés de comprimento, embora o escritório da Sessa na Itália já tenha lanchas maiores projetadas

um bocado. Eles sofrem no bol-so, na marina, na burocracia e, principalmente, na manuten-ção da embarcação. Barco, no Brasil, é pouco usado e, quan-to menos você usar um barco, mais ele precisará de manuten-ção, para estar realmente pronto quando você for usá-lo. Quem não cuida da manutenção ou não tem um barco de qualidade excepcional que exige um pou-co menos disso, corre o sério ris-co de não poder usá-lo quando, finalmente, surgir a oportunida-de. O cara chega na marina sá-bado de manhã, todo entusias-mado, e descobre que a bateria está arriada ou a fiação em cur-to. Por isso, também é tão im-portante que o barco seja bem construído. Barco de qualidade exige menos manutenção, mas, ainda assim, precisa dela — e é aí que as marinas muitas vezes

falham. Por isso, nas nossas pes-quisas, dedicamos mais atenção ao tipo de uso que o cliente faz com o barco do que ao tipo de barco que ele prefere. Daí, por exemplo, as churrasqueiras, que não existem nas Sessas italianas. Brasileiro gosta de fazer chur-rasco no barco e, portanto, todo barco tem que ter churrasqueira. Isso é adequar um barco ao uso que dele se espera.

A decisão da Sessa Brasil de

se estabelecer em Sant a Ca-

tarina foi acertada?

(José Neto) Não conheço ou-tro estado melhor para uma fá-brica de barcos. Atualmente, o Rio de Janeiro até oferece mais vantagens fiscais, mas, em Santa Catarina, o governo entende os problemas do setor e tenta aju-dar os empresários da área náu-tica, embora ainda exista muito a ser feito, como no caso das ma-rinas, por exemplo. Mas, pelo menos, existe boa vontade e ca-pacidade de ouvir o que o setor precisa. O estado quer realmen-te crescer e já tem uma cultura industrial arraigada. Além disso, tem o benefício da rede de for-necedores náuticos já estabele-cida e da mão de obra bem qua-lificada, além de trabalhadora. O fato de possuir estaleiros do gênero há muito tempo, como a Schaefer, a quem atribuo mui-tos méritos por isso, contribuiu para formar gente especializada,

“ Vamos lançar mais três ou quatro barcos, mas todos na faixa entre 30 e 50 pés de comprimento” MassiMo Radice

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que sabe – e gosta – de construir barcos. Santa Catarina é, hoje, o melhor porto para qualquer es-taleiro de barco de passeio.

Mas quando a Sessa chegou

ao Brasil, pensava, também,

em importar barcos da Itália,

além de produzir alguns mo-

delos aqui. Isso continua?

(MassiMo Radice) Sim, mas não é mais o nosso objetivo. Hoje so-mos uma fábrica brasileira, que produz barcos projetados na Itá-lia e que, se ainda usam alguns componentes importados, é para melhora de qualidade, como, por exemplo, os tecidos dos es-tofados. As importações de bar-cos inteiros, embora possíveis de serem feitas e que faziam parte do plano inicial da Sessa, foram penalizadas pela alta do dólar e pelo injusto aumento nas taxas de importação, que praticamen-te inviabilizaram essas opera-ções. No começo, usamos tam-bém os barcos importados para “testar” o mercado brasileiro e avaliar a aceitação que os nossos modelos teriam aqui. Quando o

sucesso ficou claro, passamos a produzi-los no país, o que já es-tamos fazendo há três anos. E es-tamos tão empenhados nisso que praticamente demos um tempo na produção dos barcos de ser-viço da Intech, para concentrar esforços na produção das linhas Sessa e Key Largo. Neste mo-mento, há seis unidades sendo construídas ao mesmo tempo, o que ocupa a fábrica inteira.

Ao que vocês atribuem o su-

cesso da marca no Brasil?

outra linha Além da linha Sessa, a marca também possui a série Key Largo, de lanchas abertas, que também são produzidas no Brasil pela Intech

(MassiMo Radice) A alguns fato-res, como o bom tripé de susten-tação que temos: a forte marca Sessa, a experiência e recursos para construir bons barcos da Intech e a penetração e força de venda – e pós-venda – das lojas Regatta, que são nosso maior re-presentante no Brasil. Já no que diz respeito aos barcos, um de-les, certamente, é o design mo-derno, algo também muito valo-rizado pelos brasileiros. Mesmo na Itália, país com larga tradi-ção em design, nossos barcos sempre foram muito elogiados pelo estilo, cuja inspiração, mui-tas vezes, veio dos automóveis – e os brasileiros também ado-ram carros. Outro ponto forte é a qualidade dos barcos, tanto na construção quanto na navega-ção. Eles são seguros, têm nave-gação excepcional e baixíssima depreciação no mercado, coisa de apenas 15% em dois ou três anos de uso, o que não se vê por aí. Também navegam bem e rá-pido. Tanto que fazemos ques-tão de colocar os números de performance nas fichas técni-cas, como garantia de que se-rão atingidos. E ainda pratica-mos preços justos, idênticos para qualquer cliente e na média das faixas, embora nossos barcos es-tejam bem acima disso. Ou seja, para o que eles oferecem, são ótimos negócios, porque têm ex-celente valor agregado. E falo isso com absoluta tranquilida-de, porque sei que não serei des-mentido pelos fatos.

(José Neto) E eu assino embaixo.

“ Adoramos quando alguém pede para testar nossos barcos e sentir como eles navegam” José Neto

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Sem título-2 1 25/02/2014 15:12:06

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uma que são duas Um caprichoso filete de água, sobre o qual passa a única ponte que atravessa a Lagoa da Conceição, a divide em duas: a Lagoa de Dentro e a de Fora. Mas a beleza não muda

texto e fotos jorge de souza

Com praias, água salgada e

muito espaço para navegar,

a LAGOA DA CONCEIÇÃO,

em Floripa, é quase um mar

do lado de dentro da ilha

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lagoa da conceição

só de barcoOs restaurantes da Costa da Lagoa (acima) e a praia do Saquinho (ao lado), no extremo norte da lagoa. Para chegar a estes dois lugares, só mesmo pela água

Lagoa da Conceição não é apenas um dos car-

tões-postais da ilha que abriga Florianópolis, ao lado das suas

lindas praias e da Ponte Hercílio Luz (tema de outra reportagem desta edição).

Também não é apenas o local mais vene-rado pelos moradores da ilha, que, com raras

exceções, adorariam viver ou ter uma casa nas suas margens. Tampouco é um mero acidente geográfi-

co no centro da grande Ilha de Santa Catarina, rodeado de morros e cheio d´água. A maior lagoa de Floripa e tudo o que

a rodeia formam uma espécie de ilha dentro da outra, com vida, moradores e costumes próprios — a começar pelo saudável hábito de

usar a própria lagoa como meio de sustento, locomoção e lazer. É qua-se outra ilha. Ou uma ilha do avesso (um punhado de água cercado de ter-

ra por todos os lados e não o contrário), na qual muitos dos seus moradores não sentem a menor falta do restante da cidade para viver bem. A Lagoa da Concei-

ção é um mundo à parte, dentro do universo de belezas e virtudes de Florianópolis.

A

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36 Náutica Sul

tudo na águaBonitas pedras dentro d´água ajudam a tornar a paisagem da lagoa ainda mais bonita para quem sai em passeios de barco. Que, aliás, é o que mais se faz por lá

lagoa da conceição

Divisão das águasNa lagoa, a profundidade está na cara

Embora receba todas as águas que

escorrem dos morros ao seu redor, tanto

das chuvas quanto das nascentes, e tenha

uma única — e estreita — entrada e saída

para o mar, a Lagoa da Conceição é 100%

salgada ou, quando muito, bem salobra. É,

portanto, uma lagoa feita de água do mar

— ou um naco do mar em forma de lagoa, o

que é ainda mais curioso. É, também, bem

rasa em certas partes, como nitidamente

denuncia a diferença na cor da sua água. Ela

é bem escura nos trechos mais profundos,

mas verdinha e clarinha nas margens, onde

deixa ver a areia do fundo. Como nesta

grande área da sua margem nordeste, onde

a profundidade não passa de meio metro,

mesmo na maré alta — algo proibitivo para os

barcos, mas uma delícia para banhos de mar.

Quer dizer, de lagoa.

A ntes mais nada, é bom saber que a Lagoa da Con-ceição é grande. No mínimo, bem

maior do que costumam ser as lagoas ur-banas, aquelas que foram engolidas pelas

cidades, como a da Pampulha, em Belo Ho-rizonte, e Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

De uma ponta a outra são cerca de 15 quilômetros de extensão, o que significa um bom tempo de na-

vegação nos barquinhos de transporte de passageiros, que ali servem de ônibus para os moradores das comuni-

dades que se espalham ao longo da lagoa. É tão ampla que, informalmente, é dividida em duas: a Lagoa de Dentro e a de

Fora, separadas apenas por uma caprichosa passagem bem estrei-ta de água, sobre a qual passa uma ponte (igualmente acanhada)

na principal (na verdade, única) rua que cruza e margeia a parte cen-tral da lagoa. Água é o que não lhe falta.

Por isso mesmo, para os donos de barcos e amantes dos esportes náuti-cos, a lagoa é como um parque natural de diversões. Suas águas, abrigadas e

sem ondas, como as de toda lagoa, são suficientemente seguras mesmo para os

“ Na água, a areia cria linhas bem definidas entre o fundo e o raso. Que é bem raso mesmo

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vela e pescaEmbora seja brindada com bons ventos, há poucos veleiros na lagoa, por causa da profundidade e da altura dos mastros, que não passam sob as pontes. Já os barcos de pesca são abundantes no canal da Barra da Lagoa, onde os manezinhos da ilha ainda falam um idioma quase próprio, expresso nos próprios barcos

quem não tem barco, embarca Pequenas escunas fazem passeios pela área central da lagoa. Mas para conhecê-la direito, o melhor é alugar um barco ou embarcar no programa Floripa by Boat, que leva os visitantes para um tour pela lagoa

“ A lagoa é um centro náutico

por natureza. Mas a altura das

pontes limita o tamanho dos barcos

lagoa da conceição

pilotos e velejadores menos experien-tes, e os ventos que a brindam (espe-cialmente à tarde) têm a intensidade cer-ta para as manobras de windsurf e kitesurf, que sempre tiveram a lagoa como uma espé-cie de templo sagrado – mas, de tempos para cá, também tiveram que dividir a água com as pranchas de stand up padlle, a exemplo de um fe-nômeno que hoje acontece em qualquer canto.

Dadas as suas proporções, a lagoa é quase como um mar de dentro, já que até a sua água é salgada. Quando muito (bem) salobra, já que sua única ligação com o mar acontece através de um estreito, sinuoso e pitoresco canal,

por onde entram e saem todos os barcos. Quer dizer, nem todos, porque a maioria dos proprietários prefere usá-los lá mesmo e nem sente falta ou necessidade de sair para o mar. E ainda ficam a salvo dos humores do tempo, porque toda a lagoa é abrigada dos ventos. “Aqui, dá para usar o barco todos os dias, o ano inteiro”, garante e comemora Alfre-do Jorge, que ninguém conhece pelo nome mas sim pelo apelido “Frango”, dono da maior marina da lagoa, a homônima Marina Lagoa da Conceição, que sabe bem o que diz porque faz isso diariamente – seja a serviço ou a passeio, já que quem vive na beira da lagoa dificilmente resiste aos seus apelos.

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para ver e comerA Costa da Lagoa é uma comunidade bem típica, com uma dúzia de restaurantes à beira d´água, que servem basicamente frutos do mar — até nos recheios dos pastéis. Barquinhos da cooperativa dos barqueiros levam os visitantes até lá

O outro lado da lagoaNa Costa da Lagoa, só se chega de barco, o que a torna melhor ainda

Você pode já ter ido uma dúzia de vezes a Florianópolis. Mas, se

não tiver um amigo bem informado na cidade ou, melhor ainda,

um amigo com um barco na Lagoa da Conceição, muito provavelmente

jamais ouviu falar deste lugar — que, no entanto, é um dos recantos

mais peculiares da ilha e um programão para quem quer almoçar bem

e ainda visitar um local aonde poucos turistas vão. A Costa da Lagoa,

um povoado de pequenas casas, uma igrejinha e cerca de uma dúzia de

rústicos restaurantes à beira d´água, é a mais isolada comunidade da

Lagoa da Conceição e só se chega lá a pé (ao cabo de mais de uma hora

de caminhada) ou de barco — particular ou nos que fazem a travessia do

centrinho da lagoa ou da margem do Rio Vermelho até lá. É um passeio

bem gostoso (no duplo sentido, porque os frutos do mar servidos nos

restaurantes são bem saborosos), diferente (só a travessia da lagoa já

diverte bastante) e que mostra um lado bem pouco conhecido da ilha —

aquele que o turismo de massa ainda não revelou para o país inteiro.

“ A Costa da Lagoa fica tão isolada que não tem ruas nem carros

lagoa da conceição

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lagoa da conceição

alb

er

to s

od

tudo na águaPelo canal da Barra da Lagoa (abaixo) entra e sai toda a água da lagoa. E junto com ela, muitos peixes, que enchem as tarrafas dos pescadores

Peixe é o que não faltaCom menos gente pescando, sobram mais peixes para os que continuam

A Lagoa da Conceição talvez seja

o único lugar do mundo onde a

quantidade de peixes vem aumentando

e não diminuindo para os pescadores.

Quem garante isso é um deles, morador

da Costa da Lagoa, que se baseia

em dois fatos para contradizer as

evidências contrárias mundo afora. A

primeira: todos os dias, ele sai de casa

para garantir o almoço, ali mesmo, na

lagoa, e jamais volt de mãos vazias — ao

contrário, sempre retorna com peixes de

sobra. E a segunda, bem mais reveladora

do porquê disso: como, atualmente,

há bem menos gente pescando na

comunidade, porque muitos foram

embora, trabalhar na cidade, sobram

mais peixes para os que ficaram... É uma

teoria que faz sentido, como atestam

as tainhas que vivem saltando fora

d´água com a passagem dos barcos e

as tarrafadas que, quase sempre, não

decepcionam os pescadores.

“ Na lagoa, os pescadores não

reclamam. Saem de manhã para

buscar o almoço

Um dos apelos mais irresistí-veis da lagoa é a própria be-leza do seu entorno. Como ela fica encravada entre morros e boa parte da região é área de preserva-

ção ambiental, predomina o verde na paisagem, quebrado, aqui e acolá, por prainhas de areia amare-lada e grandes pedras roliças e claras, que mais pare-cem esculturas da natureza. Além disso, num certo tre-cho, ela é margeada (ou quase isso, já que existe uma rua no meio) pelo mar de dunas brancas que avança até a vizi-nha praia da Joaquina. Quem subir até um dos mirantes da lagoa (como os que há nos restaurantes Mar Massas e Kampai, embora a vista que se tem do alto da rampa de parapente ainda seja a melhor de todas), verá ainda nítidos desenhos na água — tão nítidos que parece que foram pintados. Eles ilustram de maneira cla-ra (nos dois sentidos...), as bruscas mudanças de profundidade, outra ca-racterística da lagoa, que, nas partes rasas, é rasa mesmo. É, talvez, o úni-co cuidado que os donos de barcos devem ter. De resto, é só prazer.

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lagoa da conceição

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ar

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wil

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s

praia e mataO verde domina a paisagem, só quebrado pelas prainhas, como a do Saquinho (ao lado), onde só se chega de barco. E eles chegam até a areia, para garantir a cerveja sempre gelada

Litoral? Não. LagoaNas margens, surgem prainhas como as de ilhas desertas

A Praia do Saquinho, também

conhecida como Praia dos

Macacos (ou vice-versa, já que ela não

tem nome oficial, só apelidos), é a praia

mais afastada (fica no extremo norte

da lagoa, nos limites de uma área de

preservação ambiental) e, por isso

mesmo, a mais preservada da lagoa

(tem mata nativa dos dois lados, daí os

tais “macacos”, que ali existem de fato).

É, também, a mais procurada pelos

donos de barcos quando buscam

sossego e tranquilidade, além de um

visual de praia de ilha deserta (veja

a foto maior e diga se não parece?).

Mas está longe de ser o único reduto

do gênero na lagoa. A margem que

antecede a ponte do canal da barra

é repleta de outras prainhas, todas

pequenas, sem nenhuma marolinha

e ornamentadas com grandes pedras

dentro d´água. São as preferidas das

escunas que fazem passeios e dos

donos de barcos que preferem ficar

meio a bordo, meio na praia, já que

as lanchas chegam até a areia. E a

cerveja fica sempre gelada. Mesmo

depois de horas de praia.

S air de barco para comer é um dos maiores prazeres na lagoa. Suas comunidades têm tradição no preparo de frutos do mar, que ali vão além da habitual sequência

de camarão — que, no entanto, goza, também, da fama de ser a melhor da ilha. A Costa da La-goa, por exemplo, a mais isolada comunidade da lagoa, só acessível de barco, é quase um polo rús-tico-gastronômico, com cerca de uma dúzia de res-taurantes à beira d´água, onde são servidos peixes, siris e camarões que não raro foram tirados horas antes das águas da própria lagoa — que, a despeito da crescente po-luição em certos trechos, ainda tem bastante peixe.

Além de almoços e petiscos, a Costa da Lagoa ainda tem outro atrativo para oferecer: a sua própria comunidade, uma das mais preservadas da ilha, até por conta do próprio iso-lamento geográfico. Lá, as tradições ainda são seguidas à ris-ca, a pesca segue orientando a vida, a conversa com quem che-ga rola fácil, apesar do sotaque manezinho ainda mais carregado, e as benzedeiras costumam ser mais procuradas do que os médicos do centro de Florianópolis. É um pedaço da ilha como ela era anti-gamente, a começar pelo detalhe curioso de que não há nenhum car-ro na Costa da Lagoa, porque sequer há ruas. Mas, pensando bem, pra que ruas, se só se chega lá a pé ou de barco?

Também nas demais comunidades da lagoa, em certos aspectos, os morado-res mais antigos continuam vivendo do mesmo jeito que seus antepassados – ape-

“ Nas prainhas, os barcos param

na areia, o que só aumenta o prazer dos

passeios

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lagoa da conceição

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O entra e sai da lagoao canal da Barra da Lagoa é a única ligação da lagoa com o mar e onde ela é mais peculiar

O estreito e sinuoso canal de águas verdes que você vê

nestas fotos é o único elo entre o mar e a Lagoa da

Conceição. Dada as proporções quase oceânicas da lagoa, é

quase como se fosse um riacho por onde entrasse e escoasse

o Rio Amazonas. Ok, ok, não chega a tanto, claro, mas é

igualmente curioso que este fiapo de água, que mal se vê nos

mapas, alimente uma lagoa inteira, que, de tão grande, é a

primeira coisa que se vê em qualquer imagem aérea da ilha

onde fica Floripa. Curioso, também, é saber que, antigamente,

nem existia um canal e sim um mero braço de água, que só

nas marés mais violentas passava por cima da areia da praia e

permitia sair da lagoa e entrar no mar — ou vice-versa. Mas a

construção de um molhe de pedras na praia e o alargamento

do seu pequeno curso, até a lagoa, mudou a cara da região.

Hoje, a Barra da Lagoa abriga alguns simpáticos restaurantes

onde a maior distração é ver os barcos passar quase rente

às mesas, e uma peculiar mistura de modernidade com as

tradições dos velhos moradores. Ou seja, lanchas reluzentes ao

lado de barcos pesqueiros, mansões de fim de semana coladas

a casinhas de madeira e visitantes milionários papeando com

pescadores manezinhos, cujas famílias vivem ali desde o tempo

em que nem existia o canal. Pelo menos, não com este formato.

tudo passa pelo canalO sinuoso e pitoresco canal da Barra, que os moradores ainda atravessam de canoa, desemboca na praia e tem alguns restaurantes nas margens, onde a diversão é ver os barcos passar

“ A água da lagoa é salgada. Porque o mar a invade pelo canal da Barra

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lagoa da conceição

preservando as tradiçõesA procissão de Nossa Senhora dos Navegantes e as casinhas com barco na porta fazem parte da história da região, que também é contada pelos voluntários do Projeto Barca dos Livros (abaixo), num barco, no meio da lagoa

sar do progresso desenfreado da cidade e da especulação imobiliária acelerada, especialmente na faixa à beira d´água. A procissão em louvor de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira da lagoa, que aconte-ce uma vez por ano, há quase 70 anos, conti-nua atraindo muitos barcos e fiéis emocionados, mesmo após a morte do seu mais tradicional pro-motor, Seu Inacinho, no ano passado. E as casi-nhas de madeira com um barquinho na porta ainda são tão frequentes na paisagem quanto as rendas de bilro nas lojinhas da Avenida das Rendeiras – que, por sinal, não tem esse nome por acaso.

M uito mais do que um mero bairro-distrito de Florianópolis, a Lagoa da Conceição é um reduto de pessoas que amam a lagoa e, cada um a sua maneira, tenta fazer algo para melho-rá-la e torná-la ainda mais atraente a todos. É o

caso do projeto Barca dos Livros, uma espécie de biblioteca comu-nitária a bordo de um barco (pago, quase sempre, pelas próprias do-nas da ideia, as irmãs Tânia, Telma e Tanira Piacentini), que, uma vez por mês, convida quem quiser a ouvir histórias no meio da lagoa. Nada mais apropriado. Quando o barquinho desliga o motor, no meio da lagoa, e uma das voluntárias do projeto começa a contar as histórias, com o barulhinho da água batendo no casco e o vento suave massageando o rosto, qualquer um entende por que a Lagoa da Conceição é muito mais do que um simples cartão-postal de Floripa. É quase outra ilha.

“ A lagoa é como um mar de dentro.

Ou uma ilha do avesso, cercada

de terra por todos os

lados

A Lagoa da Conceição é um bairro-distrito de Florianópolis, mas tem vida quase própria e ocupa boa parte da ilha. De uma ponta a outra, tem cerca de 15 quilômetros de extensão e quase 20 km2 de água, bem no centro da Ilha de Santa Catarina. De tão grande, em qualquer mapa, é a primeira coisa que aparece

Uma ilha dentro da outra

lagoa da conceição

Florianópolis

prainhas e trapichesNas margens, sempre algo de bom aguarda os frequentadores da lagoa. Como as prainhas tranquilas e sem ondas ou os restaurantes da Costa da Lagoa (acima)

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50 Náutica Sul Náutica Sul 51

lagoa da conceição

muita águaA lagoa é bem maior do que se possa imaginar. Mas sempre há um local para desembarcar, seja nas marinas, nos restaurantes ou nas casas particulares, algumas tão grandes quanto o tamanho dos seus píers (ao lado)

passeio garantidoNas águas abrigadas e sem ondas da lagoa, todo dia é dia de navegar. Não importam o vento nem as mudanças no tempo. Por isso, muita gente nem sai de lá para o mar

Melhor que o marNa lagoa, não há vento nem mau tempo que impeça de usar o barco

Dentro da Lagoa da Conceição há uma dezena

de pequenas marinas e uma frota estimada de

cerca de 500 barcos de passeio — todos, contudo,

de pequeno porte, porque a altura das duas velhas

pontes que cruzam a lagoa limitam o tamanho dos

cascos e os mastros dos veleiros. Será que passa?

é a pergunta que todos fazem ao quase raspar a

cabeça no teto da precária ponte que separa a lagoa

em duas partes — e que, por isso mesmo, limita o

uso de suas águas por mais barcos. Não fosse isso,

o movimento seria bem maior, porque, sob o ponto

de vista da navegação, só há vantagens na lagoa em

relação ao mar, que fica ao lado. A começar pelo fato

de que, por ser uma lagoa, não há vento nem mau

tempo que impeça alguém de sair para navegar. Na

lagoa, todo dia é dia de passear de barco.

“ O mar fica ao lado. Mas muitos

donos de barco nem

saem da lagoa, onde sempre dá

para navegar

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52 Náutica Sul

lagoa da conceição

Os ônibus d’ águaPara chegar às comunidades mais afastadas da lagoa, só mesmo de barco

A Lagoa da Conceição não fica em Veneza,

mas nela, tal qual na cidade mais aquática

do mundo, até os ônibus são barcos. Linhas

regulares partem do centrinho da lagoa com

intensa frequência para as comunidades ao

longo das margens e vão parando em “pontos”

instalados em trapiches cobertos e organizados

— tal qual na famosa cidade italiana. “A diferença

dos nossos ‘ônibus’ é que eles têm casco em vez

de rodas”, brinca o condutor de um dos barcos,

que, como todos os demais colegas de profissão,

faz parte da própria comunidade local. Na Costa

da Lagoa, aonde só se chega a pé ou de barco,

os moradores foram ainda mais longe e criaram

sua própria cooperativa de transporte até o

outro lado da lagoa, para atender os moradores

e clientes dos restaurantes do vilarejo. Para

tanto, usaram os mesmos cascos adaptados das

antigas baleeiras nas quais seus antecedentes

pescavam, muitas delas com mais de 100 anos

de mar. Isso, nem Veneza tem.

isso ou aquilo? O mar é tão verde quanto a vegetação que emoldura a praia e contrasta violentamente com o branco da areia. Mas quase ninguém desembarca,

Do barco para a mesao Cabral é o restaurante preferido dos donos de barcos na Costa da Lagoa e por bons motivos

A Costa da Lagoa tem quase 15 restaurantes à beira d´água, um ao lado

do outro, com mesas em grandes trapiches, onde, ali mesmo, param

os barcos que levam os clientes para almoçar — de segunda a segunda,

já que alguns deles nunca fecham. Todos oferecem, basicamente, os

mesmos pratos: muito peixe, siri e camarão no cardápio. Mas, no universo

rústico-gastronômico da Costa da Lagoa, um restaurante se destaca e,

não por acaso, é o preferido dos donos de barcos: este aqui, o Cabral, que

serve um refogado de siri que faz muita gente pôr o barco na água só

para ir até lá almoçar. Ele tem píer próprio, que permite parar, literalmente,

ao lado da mesa. Além disso, seu espaço e conforto são maiores, o que

torna qualquer prato ou petisco na beira da lagoa ainda mais prazeroso.

“ Num certo trecho, a lagoa encontra as dunas. E fica ainda mais bonita

transporte típicoCooperativas da lagoa cuidam do transporte das pessoas de uma comunidade a outra. O serviço é bem organizado, farto e transforma trapiches em “pontos de ônibus”. Só que os da lagoa tem casco em vez de rodas

cabralBoa cozinha, e barco junto à mesa

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NÁUTICA SUL 57

Dependendo da situação, a grande maioria das pessoas enjoa no mar. E o maior problema é que, depois que o mal-estar começa, não há remédio que dê jeito. Mas prevenir é possível. Veja como

Só quem já sentiu na própria pele — ou, melhor dizendo, no estômago, embora o principal causador não seja ele — o desconforto causado pelo balanço inter-

mitente de um barco na água, sabe o quanto o enjoo incomoda. E raros são os que nunca sen-tiram isso, já que a grande maioria das pessoas enjoa no mar. Mas só mesmo quem já teve von-tade de se atirar na água e voltar nadando em busca de alívio imediato sabe, de fato, o quanto o enjoo no mar pode perturbar — bem mais do que apenas “incomodar”. Quando isso aconte-ce, tudo o que se quer é sair dali. E uma pergun-

ta fica martelando na cabeça: por que eu vim?Geralmente, o enjoo começa com um ou

outro bocejo, acompanhado de uma leve tontu-ra. Em seguida, o rosto vai ficando pálido e o cor-po, pesado, como se estivesse fatigado. Logo de-pois, vêm as náuseas — que tanto podem ser leves quanto evoluírem para o vômito, dependendo do organismo de cada pessoa. E o pior é que vomi-tar nem sempre traz alívio imediato. Muitas ve-zes, não traz alívio algum e ainda faz com que as outras pessoas também fiquem enjoadas. Ou seja, acaba o passeio de todo mundo e não apenas de quem está mareado. É um transtorno só.

POR REGINA HATAKEYAMA

Como conv i ver bem com

O MAL DO MAR

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58 NÁUTICA SUL NÁUTICA SUL 59

“ Quando alguém no barco enjoa, todo mundo sofre. Ou, pior ainda, enjoa junto

Além disso, surge uma sensação de cansaço, tão insuportável que tira a disposição até mesmo para conversar. Por isso, a pessoa enjoada qua-se sempre fica calada e recolhida num canto do barco (muitas vezes na cabine, o que é pior ain-da, porque a falta de ventilação só agrava o mal-estar), na esperança de que o enjoo vá embora sozinho. Até porque a “vergonha” de estar na-quela situação constrangedora, enquanto todos os outros a bordo se divertem, é ainda mais hu-milhante. Nessas horas, tudo o que se quer é che-gar logo onde quer que seja ou tentar dormir, so-nhando em acordar como quem desperta de um pesadelo.

Exagero? Quem costuma sofrer deste mal, que os médicos chamam de “cine-tose” ou “enjoo do movimento”, sabe muito bem que não existe exagero al-

gum nisso. E quem já testemunhou alguém pro-fundamente mareado a bordo sabe o quanto os outros passageiros sofrem junto. Seja pela preo-cupação com a vítima (que pode até desidratar seriamente, se não parar de vomitar, especial-mente se for criança) ou porque o próprio pas-seio pode terminar mais cedo, justamente por causa disso — já que, às vezes, a única saída é retornar ao porto e desembarcar a pessoa. Mas, uma vez em terra firme, tudo passa em questão de minutos.

Porém, nem todo mundo enjoa da mesma maneira. Há os que sentem apenas uma leve

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zonzeira, enquanto outros desabam logo nos pri-meiros balanços do barco. Estes, em geral, pade-cem do mal desde a infância, quando até as cur-vas de uma estrada sinuosa ou certos brinquedos de ação do parquinho de diversões transforma-vam-se em pesadelos instantâneos.

A diferença é que, naqueles casos, bas-tava parar e descer. Já num barco fica mais difícil e, por isso, é preciso estar preparado para lidar com a própria pro-

pensão a enjoar. Antes de mais nada, é preciso saber que dormir pouco, beber muito ou comer exageradamente antes ou durante a saída de bar-co são um atalho certeiro para a indisposição. Além disso, recomenda-se evitar fumar, comer doces, tomar café ou qualquer outra bebida à base de cafeína, como a Coca-Cola, que, inclusi-ve, erroneamente costuma ser sugerida como an-tídoto para os desarranjos estomacais. Nada po-deria ser mais bombástico para um mareado…

O correto é: quem costuma marear deve procurar um médico, que, muito pro-vavelmente irá receitar um antieméti-co, nome que se dá aos medicamentos

contra enjoo. Ele deve ser tomado bem antes de embarcar no barco, de preferência já no dia ante-rior, porque depois que o enjoo começa os remé-dios são de pouca serventia. O enjoo é o típico caso em que prevenir é mesmo o único remédio.

Deve-se, também, ficar sempre fora da cabi-ne e onde o balanço do barco seja menos per-ceptível, como na popa e jamais na proa. Mas é necessário fugir de cheiros fortes, como o de combustível ou comida, e tentar olhar só para o horizonte, evitando movimentar a cabeça. Ou-tro cuidado importante é sentar-se perto da bor-da de sotavento (ou seja, por onde o vento “sai” do barco), para, caso precise vomitar, o vento le-var tudo para a água — e não para dentro do bar-co, o que fatalmente fará com que os outros pas-sageiros enjoem e até vomitem também.

Entrar na cabine, ficar olhando para baixo ou tentar ler é tudo o que não se deve fazer. Pro-

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60 NÁUTICA SUL

ENJOO

“ O que causa o enjoo é o desencontro de informações entre o que os olhos veem e os labirintos dos ouvidos sentem

cedimentos assim funcionam como um gatilho para o enjoo e levam, inevitavelmente, ao mal-estar estomacal, embora não exista nada de erra-do com o estômago e sim com o cérebro, porque é ele que está recebendo informações contradi-tórias, principalmente dos olhos e do labirinto, uma parte do ouvido responsável pelo equilíbrio do corpo. Assim, enquanto o labirinto informa ao cérebro que a cabeça está se movendo, os olhos mostram que tudo está parado. E é este confli-to que embaralha o sistema nervoso central, que

tem como uma de suas funções comandar os movimentos e a postura do corpo.

O resultado dessa confusão é uma espécie de pane de comandos e uma série de alterações orgânicas, como contração do estômago, secre-ção de sucos gástricos, tontura, suor frio, mal-es-tar, vômitos, fraqueza e palidez — que podem piorar muito se o enjoo for prolongado e o mare-ado acabar ficando desidratado. Daí a recomen-dação de, após seguidos vômitos, servir água para a pessoa mareada.

“A causa mais comum do enjoo do movimento é a hipersensibilida-de do labirinto, mas o problema pode, também, ser provocado

por uma labirintopatia, aquilo que de manei-ra geral chamamos de labirintite”, explica Fer-nando Ganança, especialista em otoneurologia, ciência que estuda a audição e o equilíbrio do corpo. “Mas este problema só é encarado como doença quando traz limitações sérias ao cotidia-no da pessoa, como quando uma criança não consegue sequer ir para a escola sem ficar enjo-ada no carro”.

Remédios: para prevenir, não para remediarparte deles vendidos livremente nas farmácias, embora com um ou outro efeito colateral.

Por isso, o correto é sempre consultar previamente um médico, para que ele indique o medicamento mais eficaz e o modo mais seguro de usá-lo. Esta regra se aplica, também, aos medicamentos fitoterápicos e homeopáticos. Os primeiros podem provocar efeitos tóxicos, se não administrados corretamente. Já os homeopáticos podem simplesmente não surtir efeito algum — mas, em situações de emergência, podem ser tomados em conjunto com os

convencionais, pois não ‘brigam’ com eles.

De todos os medicamentos do gênero, o mais popular é o Dramin, que é considerado seguro, mas com o inconveniente de provocar sonolência, o que pode acabar com a graça dos passeios. Mas também são bastante usados o Dramamine, Plasil, Meclin, Stugeron e até Buscopan e Racutan. As reações (boas ou ruins) aos fármacos,

contudo, variam de uma pessoa para outra. Por isso, algumas preferem alternativas como os adesivos de escopolamina, que liberam o medicamento gradualmente por até três dias, ou, ainda, acupuntura e outros métodos naturais.

Certo mesmo é que não adianta tomar o remédio que for quando o enjoo já começou. O correto é tomá-lo sempre antes, bem antes, de embarcar, para dar tempo de fazer efeito.

Se você sabe ou suspeita que pode ficar mareado,

deve tomar algum remédio contra enjoo um bom tempo antes mesmo de embarcar. A tontura, náusea, suores frios, palidez e outros sintomas ligados ao enjoo do movimento são causados pelo aumento de uma ou mais substâncias no organismo, chamadas receptores neurais, como a dopamina, histamina, serotonina e acetilcolina, que afetam as estruturas relacionadas ao vômito e ao equilíbrio. São nestes receptores neurais que agem os medicamentos — boa

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Trata-se de uma forma de terapia ainda pou-co conhecida, baseada em exercícios fre-quentes para os olhos, cabeça e corpo, que estimulam a parte do labirinto que respon-

de pelo equilíbrio — como uma espécie de simula-ção do balanço do mar. “Normalmente, são neces-sárias cerca de oito a doze sessões no consultório de um otoneurologista para surgirem os primeiros resul-tados”, diz Fernando Ganança. “Depois disso, o pa-ciente aprende os exercícios e pode fazê-los em casa mesmo”. “Com a reabilitação vestibular, o organis-mo da pessoa se acostuma de tal forma com a movi-mentação que o balanço do barco vira apenas mais um deles e o corpo nem sente”, completa a otorri-nolaringologista Maria Cristina Cury, professora da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto.

É um sopro de esperança para quem vive de-pendente de medicamentos contra enjoos (Dra-min, adesivos de escopolamina, etc., etc.), que por atuarem no sistema nervoso quase sempre causam sonolência. E sonolência, tal qual o pró-prio enjoo, também tira a graça de qualquer pas-seio no mar. Portanto, o negócio é prevenir, por-que, depois que o enjoo começa, nem remédio ajuda. Só mesmo voltar para terra firme.

“ Para os que enjoam, uma boa notícia: já existem exercícios que “acostumam” o corpo aos balanços de um barco

Portanto, relaxe: não há nada de errado com o fato de você, eventualmente, ficar en-joado. Mesmo quem vive na água está sujei-to ao “mal do mar”. Se serve de consolo, gran-des navegadores também enjoam. Amyr Klink, por exemplo.

Mas também é verdade que, com o tempo, o corpo se “acostuma” aos movimentos do barco e a pessoa passa a enjoar cada vez menos. Tan-to que já existe até um tipo de treinamento para isso, chamado “reabilitação vestibular”.

Enjoo: o que é mito e o que é verdade?Embarcar de estômago vazio evita o enjoo.MITO O certo é alimentar-se normalmente antes, mas apenas com refeições leves.

Fechar os olhos diminui o desconforto causado pelo enjoo.VERDADE porque cessa o conflito entre as informações vindas da visão e do labirinto.

Beber refrigerante alivia a náusea, já que provoca arrotos.MITO As bebidas gasosas aumentam a sensação de estômago cheio e, por

isso, fazem o enjoo piorar.

É possível habituar-se ao balanço dos barcos.VERDADE porque, com o tempo e as saídas frequentes de barco, o organismo se adapta aos estímulos que provocam o enjoo do movimento.

Os medicamentos são inúteis depois que o enjoo já começou.VERDADE Eles devem ser tomados preventivamente antes dos estímulos conflitantes que desencadeiam o enjoo. Depois, pode ser difícil até

reter o medicamento no estômago.

Bebês não sofrem de enjoo causado pelo movimento.VERDADE Crianças recém-nascidas não têm, ainda, o sentido da visão completamente desenvolvido e, por isso, não sofrem com o “equívoco” das informações.

Conversar evita enjoar.MITO Conversar apenas distrai. Mas pode atenuar o desconforto se a pessoa ficar olhando para fora do barco e não para a outra pessoa diretamente.

Pilotar o barco é bom para combater o enjoo.VERDADE porque o piloto tem o controle parcial da situação e isso ajuda a diminuir o conflito de informações que gera o enjoo.

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64 NÁUTICA SUL NÁUTICA SUL 65

ENJOO

pelo menos, se

acostume um

pouco com o

balanço do corpo.

Nem tente

ler, fotografar,

cozinhar, olhar

pelo binóculo e

ficar mandando

mensagens pelo

celular, porque

tudo isso acentua

o mal-estar.

Escolha

um lugar

confortável e

bem ventilado

do convés para

ficar. Mas sempre

do lado de fora!

É melhor sentir

frio do que ficar

zonzo dentro do

aconchego da

cabine.

Mantenha

o olhar

fixo no horizonte,

quando o barco

estiver em

movimento, sem

ficar olhando para

a água, e tente não

pensar em nada.

Não

tente

ficar compensando

o balanço natural

do barco com o

seu corpo. Faça

como se estivesse

montado num

cavalo: suba e

desça com o

movimento dele.

Fique

na popa,

onde balança

menos nos barcos

pequenos, mas

bem longe de

qualquer tipo de

fumaça de motor,

o que, infelizmente,

é frequente nas

lanchas.

Só coma

alimentos

fáceis de digerir

e em pequenas

porções de cada

vez, durante o

passeio. E beba

bastante água.

Ficar sem

ingerir nada

deixa a pessoa

debilitada.

Deitar

logo

após comer pode

provocar náusea

intensa. Dê um

tempo após cada

lanche. Mas,

se o enjoo apertar,

deite e fique de

olhos fechados.

Se

enjoar,

tente dormir.

O sono ajuda

a recuperar as

forças, faz passar

o tempo e permite

conviver melhor

com o mal-estar.

Se

resolver

dar um mergulho

no mar, evite

beber água

salgada, porque ela

costuma provocar

enjoo imediato —

apesar de

muitas pessoas

dizerem

o contrário.

Tome remédio

contra enjoo no

mínimo uma hora

antes de embarcar,

para dar tempo de

fazer efeito, já que

os medicamentos

são preventivos, não

corretivos.

Durma

bastante e

bem no dia anterior

e não tome nenhum

tipo de bebida

alcoólica na véspera.

Cansaço e ressaca

não combinam com

o balanço do mar.

Alimente-se

normalmente

antes do passeio,

mas sem exageros.

Estômago cheio

provoca enjoo. Vazio

demais, também.

A bordo,

evite

gorduras,

temperos, coisas

demasiadamente

salgadas ou bebidas

com cafeína, como,

por exemplo,

Coca-Cola. Fumar

também pode.

Evite entrar

na cabine

ou olhar para baixo.

Pode dar tontura na

hora. Se for sair para

pescar, apronte todo

o material antes de

subir no barco.

Se tiver que

entrar na

cabine, evite fazê-lo

no início do passeio,

a fim de permitir

que seu organismo,

1

2truques para (tentar) não enjoar15

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9 1011

121 2 3 4

PODE

Pão

Bolacha água e sal

Banana

Melão

Granola

Arroz

Água sem gás

Suco de fruta

Água de coco

NÃO PODE

Salgadinhos

Biscoitos em geral

Doces em geral

Carne

Maionese

Camarão

Cerveja

Refrigerante

Bebidas destiladas

As comidinhas e bebidas que fazem bem — ou bem mal — para os mareados

O que pode e o que não pode!

Com a cabeça

fixa, movimente

seguidamente, por

dez vezes, os olhos

para a direita e a

esquerda. Depois,

repita o exercício

erguendo os olhos

para cima e para

baixo.

Com um dos braços

estendido, aproxime

e afaste o dedo

indicador do nariz,

acompanhando o

movimento com os

olhos. Faça isso até

que sinta um ligeiro

desconforto, ou seja,

quando seu braço

começar a perder

força e coordenação.

2

OS EXERCÍCIOS QUE AJUDAM UM BOCADO

Movimente a cabeça

alternadamente para

a direita e para a

esquerda, para cima e

para baixo. Faça isso

o mais rápido que

conseguir.

Dando uma de

malabarista, jogue

uma pequena bola

de uma mão para a

outra, fazendo-a passar

por cima da cabeça.

O mais importante

é acompanhar os

movimentos da bola

com os olhos.

O que você pode praticar, em casa, para não sofrer no barco

Sentado, jogue uma

bolinha para cima,

pegando-a com a mesma

mão. Acompanhe o

movimento com os olhos.

Faça isso 20 vezes. E

repita o processo em pé.

Com um dos braços

estendidos, acompanhe

com os olhos e a cabeça

fixa, o dedo indicador

em um movimento que

descreva um grande

círculo, nos sentidos

horário e anti-horário.

5 7Novamente de pé, jogue

a bolinha na parede e

pegue-a de volta, sem

desgrudar os olhos dela.

9 1011

12Fique descalço e

ande em linha reta,

tomando o cuidado

de manter a cabeça

erguida e olhando

sempre para a frente,

como uma modelo

na passarela. Faça

isso entre três e cinco

minutos.É o exercício mais

simples — e o mais

cansativo. Sente e

levante de uma cadeira

por dez vezes seguidas.

De pé, levante

um dos joelhos

e passe uma

bolinha por baixo

da coxa. Repita o

movimento, com

o lado oposto.Continue andando

em linha reta,

só que agora

olhando para

cima e para baixo,

alternadamente.

Em seguida,

sem parar, ande

por mais alguns

minutos em linha

reta, olhando

para os lados,

alternadamente

para a direita e a

esquerda.

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68 Náutica Sul

a ponte que o encanta

o arquiteto

e fotógrafo

joel pacheco

cresceu vendo a

ponte hercílio

luz do quintal

de sua casa. Para

homenageá-la, criou

uma linda exPosição

fotográfica

Era uma vez um garoto que cresceu ven-

do esta paisagem no quintal de sua

casa — que ficava praticamente debai-

xo da ponte. Muitos anos depois, já cres-

cido e formado em arquitetura (não poderia ter ha-

vido inspiração maior...), ele descobriu o prazer da

fotografia. E passou a registrar, sob os mais diferen-

tes ângulos e horas do dia, a ponte que frequentava

suas mais tenras lembranças da infância, quando

lançava barquinhos de papel nas águas do Estreito,

entre a ilha e o continente, só para vê-los passar por

debaixo da ponte magnífica, que tanto orgulhava

os moradores de Florianópolis.

Se, para qualquer catarinense, a quase cen-

tenária Hercílio Luz é um símbolo do próprio es-

tado e uma imagem que ninguém se cansa de

admirar (apoie-se ou não a milionária novela na

qual se transformou a sua reforma, que, por si-

nal, ninguém aposta um centavo de que vá ficar

pronta no final deste ano, como prometido pe-

las autoridades), para o florianopolitano — e or-

gulhoso manezinho da ilha — Joel Pacheco, ela

é bem mais do que isso. É uma velha amiga des-

de os tempos de criança, que ele recentemente

homenageou com uma linda exposição fotográ-

fica, aqui reproduzida em parte.

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ele e a ponteO visual da ponte-símbolo de Florianópolis sempre fez parte da vida de Joel Pacheco, que, ao virar fotógrafo, passou a documentá-la nos mais diferentes ângulos e horas do dia

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Náutica Sul 7170 Náutica Sul

hercílio luz

“ De qualquer ângulo que se olhe, ela enche os olhos. ‘É a nossa Golden Gate’, diz o fotógrafo

dois símbolos da ilhaDuas paixões de Joel, juntas, no mesmo cenário: a ponte quase centenária e uma típica canoa baleeira, outro símbolo de Floripa

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“ Quando criança, ele fazia barquinhos de papel e os lançava sob a ponte, que fica sobre o quintal de sua antiga casa

dia e noiteSempre que surge um novo ângulo, luz ou inspiração, Joel sai para fotografar a ponte, que fica praticamente sobre sua antiga casa, ao lado do forte (no detalhe)

A lém de arquiteto, fotógrafo

e programador visual, Joel

Pacheco também é um pro-

fícuo pesquisador da cultu-

ra da ilha de Santa Catarina e sua es-

treita ligação com os Açores, de onde

vieram muitos dos seus primeiros habi-

tantes. Tanto que já produziu três livros

do gênero, sendo um deles dedica-

do apenas às baleeiras, barcos-íco-

nes tanto em Florianópolis quanto nas

suas irmãs portuguesas. O mais recen-

te deles, Arquitetura e Paisagem — Flo-

rianópolis e Açores, foi lançado no final

do ano passado e, como não podia dei-

xar de ser, no caso de um competente

fotógrafo, com lindas imagens.

Sobre a ponte Hercílio Luz, ele diz. “É

uma obra belíssima e de uma fotogenia

que enche os olhos de qualquer fotógra-

fo. Para quem, como eu, se acostumou a

vê-la todos os dias, desde os tempos de

garoto, seria de se esperar certa indife-

rença, com o passar dos anos. Mas isso

jamais aconteceu. Nunca me cansei de

admirá-la. É a nossa Golden Gate”.

hercílio luz

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74 Náutica Sul Náutica Sul 75

hercílio luz

“ Ninguém acredita que a reforma da ponte fique pronta este ano. Nem o engenheiro que fiscaliza a obra

visual que não cansaJoel é apenas mais um que não cansa de olhar para a ponte, mas transformou este gosto em belas imagens, que continuam sendo produzidas. Como as obras da sua interminável reforma (acima), que ele também critica

Será que agora vai?Éuma unanimidade na cidade,

tanto quanto a que a coloca

como símbolo maior da ilha

e do próprio estado: com a

dinheirama que já foi gasta nas

ações de reforma da Hercílio

Luz (nenhuma delas concluídas

na sua integralidade), daria para

construir várias pontes como ela.

Dez em cada dez moradores de

Floripa garantem isso e revoltam-

se com a “roubalheira” que,

segundo eles, sempre norteou a

tão falada reforma da ponte, uma

novela que se arrasta desde 1982

e que, agora, está tendo mais

um capítulo — aparentemente,

o mais sério de todos, embora

ainda esteja longe de um final

feliz. Mas há quem discorde.

Para o engenheiro Wenceslau

Diotallévy, responsável pela

fiscalização dos trabalhos de

reforma da ponte, com os

estimados R$ 200 milhões que

devem custar a reforma da Hercílio

Luz (talvez, um pouco mais...), não

se construiria nem metade dela.

Ou, melhor dizendo, isso sequer

seria feito, porque não existem

mais pontes iguais a ela, que usa

um sistema hoje único no mundo,

de barras de aço com olhais em

vez de cabos. “A reforma da ponte

é uma obra bem mais complexa

do que as pessoas imaginam”, diz.

“Mas o pior já passou”.

Por “pior” entenda-se a

construção de uma base (meio

submarina, meio fora d´água, que,

na concepção, é quase outra ponte

em si), sobre a qual será apoiado

o vão central da Hercílio Luz, para

que ela possa, enfim, ser reformada.

Ou seja, na ponte mesmo, nada

ainda foi feito. Até agora, todo

o trabalho (“que ninguém via,

porque era feito debaixo d´água”,

defende-se o engenheiro) foi de

infraestrutura para permitir a

reforma, o que deixa antever que

o prazo estipulado pelo governo,

mais uma vez, não será cumprido.

“Acho bem difícil a ponte ficar

pronta até o final deste ano, como

prometido, mas talvez só atrase

alguns meses”, diz o engenheiro,

que, no entanto, garante que, se ela

não fosse reformada, não duraria

muito tempo mais. “Do jeito que

a sua estrutura está deteriorada,

eu não daria mais do que uma ou

duas décadas para ela vir abaixo

e, aí sim, seria uma tragédia para

todos os catarinenses, porque seria

como se o Rio de Janeiro perdesse

o seu Cristo Redentor.” Wenceslau

é outro apaixonado pela ponte que

simboliza o seu estado.

A polêmica reforma da ponte-símbolo de Santa Catarina continua dando o que falar.E reclamar

uma ponte em quatro temposO Estreito antes da ponte (abaixo) e ela sendo construída, até ficar pronta, em 1926. Em 1982, começaram os problemas e a novela da reforma, que se arrasta até hoje

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Seus filhos vão adorar. E você também vai cur-tir. Mas é preciso correr, porque o parque inflável

Acqualândia, o maior do gênero na América Latina, montado den-tro do mar da praia da Barra Sul, em Balneário Camboriú, só fica-rá em atividade até o final deste mês de março. Depois, só no ve-rão do ano que vem. Mas vale a pena tentar chegar lá a tempo de colocar os pequenos (ou nem tão pequenos assim, já que mesmo os adultos podem se divertir, além de serem acompanhantes obriga-tórios no caso de crianças abaixo

dos oito anos de idade) para pular nas camas elásticas, deslizar nos escorregadores, escalar uma mon-tanha de cinco metros de altura e até ser ejetado por uma catapulta, tudo inflável, à prova de machu-cados e dentro d´água, em plena praia, a poucos metros da areia. É uma grande folia. E ainda quei-ma muitas calorias.

“A criançada pira com os brinquedos e o pessoal que fre-quenta academia também cur-te adoidado o parque, porque ele exercita o corpo inteiro”, diz o dono da brincadeira, Thauan Bar-duzzi, que é surfista e sempre so-

nhou em trabalhar perto da água. Um dia, pesquisando na internet, ele descobriu uma empresa ale-mã que fabrica estes brinquedos infláveis de grandes proporções, para uso em piscinas, represas ou águas abrigadas, e o transformou num negócio, que só em Balneá-rio já existe há cinco anos. “Hoje, a praia é o meu escritório”, diver-te-se ele, também, por sinal.

O Acqualândia ocupa uma área de 900 metros quadrados no trecho mais tranquilo da praia, onde não há ondas e a profundi-dade, dependendo da maré e do tipo de brinquedo, varia entre 80

Mar que vira parqueEm Balneário Camboriú, o Acquática, um curioso parque inflável que diverte crianças e adultos em plena praia, está com os dias contados — porque está terminando mais uma temporada. Mas ainda dá tempo!

centímetros a dois metros. Não há risco algum, apesar dos tom-bos e mergulhos que fazem parte da própria brincadeira. Crianças pequenas brincam acompanha-das por um adulto (que nem paga para se divertir também) e, quan-do o mar fica de ressaca, os brin-quedos são recolhidos e o parque não abre – embora isso seja bem raro naquele ponto da praia.

Gostou? Então, corra, por-que estes são os últimos dias da temporada deste ano do parque aquático mais inusitado do país. E que custa R$ 25 por uma hora ou R$ 70 o dia inteiro.

coisa de louco O Iceberg (ao lado), que mistura escalada com mergulhos de cinco metros de altura, é o brinquedo favorito da temporada. E não são só as crianças que se divertem nele

Grande área de lazer O Acquática ocupa uma área de 900 metros quadrados na beira da praia e oferece um “circuito” de brinquedos que diverte e exercita qualquer pessoa

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por giselle gAmbiAzi

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Você e seu barco

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O que é bom saber, para escolher

(bem) o barco certo para você

A vela ou a motor?Veleiros exigem muito mais conhecimento, ou seja, será necessário aprender a velejar razoavelmente bem para manejá-lo. Mas são barcos que não fazem ruídos, tornando a navegação bem mais prazerosa. No entanto, são bem mais lentos, embora tenham um custo de uso de praticamente zero em relação aos barcos a motor, já que o seu combustível é o vento — que é grátis.

Para o mar ou para a represa?Esta é uma decisão importante, porque barcos para uso no mar precisam ser um pouco maiores, por questões de segurança — ondas, por exemplo. Já para uso em águas abrigadas, como as de baías ou represas, qualquer barquinho na faixa dos 18/20 pés serve.

Para usar com a família ou sozinho?Isso irá definir até o tamanho do próprio barco e se ele precisa de cabine ou não. Se o seu objetivo principal for, por exemplo, pescar, dificilmente sua família irá junto nos passeios, portanto, basta um barco menor e aberto. Mas o ideal é ter um barco que contemple as duas coisas, ou seja as saídas com muitas ou poucas pessoas, dependendo do dia. Detalhe importante: se o barco for para uso da família inteira, envolva pelo menos a sua esposa na escolha do modelo, para criar mais “intimidade” do barco com todos de casa.

À vista ou parcelado?Não empate todo o seu dinheiro na compra de um barco novo. Até porque você irá precisar gastar um pouco mais com equipamentos. A maioria dos estaleiros já oferece opção de parcelamento e alguns bancos já financiam a compra de barcos. Mas se for um barco usado, tente comprá-lo à vista, já que, parcelado, os juros são mais altos.

Para dormir ou apenas passear?Se você quer um barco apenas para passear, ou seja para sair e voltar horas depois, prefira uma lancha aberta e com bons sofás, já que todo mundo acabará ficando o tempo todo no convés mesmo. Mas se o seu objetivo for dormir uma noite ou outra a bordo, ou ter um lugar para descansar durante os passeios, opte por uma lancha com cabine ou, então, um veleiro.

Proa aberta ou fechada?A maioria das lanchas pequenas, de até 23 pés, tem a proa aberta, ou seja, com sofás também na frente do barco. Com isso, cabem até mais pessoas a bordo. Já nos barcos com proa fechada, o que significa que tem cabine, esta área coberta é bem útil para descansar ou guardar objetos durante os passeios — além de, eventualmente, permitir dormir a bordo.

Lancha com motor de popa ou centro-rabeta?O motor de popa é mais barato, deixa mais espaço a bordo e tem manutenção mais fácil. Já o motor de centro-rabeta tende a ser mais silencioso, não ocupa espaço na plataforma de popa e dá mais es tabilidade ao casco, porque distribui melhor o peso a bordo.

Motor a diesel ou a gasolina?Se a lancha for usada para esquiar, por exemplo, o motor deverá ser a gasolina, para gerar arrancadas mais rápidas. Por outro lado, o consumo e a autonomia são bem melhores com motores a diesel. Na hora da compra, o motor a gasolina leva vantagem, pois é mais barato. Mas, na hora de vender, os motores a diesel valorizam o barco.

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Comprar antes ou depois do verão?Após o verão, os preços tendem a diminuir um pouco — mas não muito. Mas a maior vantagem de comprar um barco após o verão é que, se ele for novo, a entrega acontece mais rápido, porque, com menos pedidos, os estaleiros produzem os barcos em menos tempo. Mas, a partir de setembro, o movimento aumenta de novo.

Com broker ou diretamente?Os brokers têm conhecimento do mercado náutico e po dem apresentar boas opções, além de dar orientação para a compra. Mas se você preferir agir sozinho, frequente clubes náuti cos e converse bastante com marinheiros e donos de barcos, para se informar bem sobre os modelos.

12na hora de escolher e comprar o primeiro barco

dúvidas

Barco grande ou pequeno?Escolha o tamanho exato da sua experiência e do seu bolso. Na dúvida, comece com um barco pequeno, que exige menos — menos manutenção, menos experiência, menos dinheiro. Aqueles que já começam com os maiores podem se frustrar com as peculiaridades de uma atividade que ainda não conhecem bem. Deixe os grandões para depois.

Novo ou usado?Se o barco for novo, você poderá montá-lo da maneira que qui ser, escolhendo o motor e os equipamentos. Também terá a certeza da procedência, garantia e ainda pode pagar a prazo. Já a principal vantagem do barco usado é o preço mais acessível, o que também diminui a diferença a menos em dinheiro na hora de vendê-lo.

78 náutica sul náutica sul 79

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o risco maior na água

Você e seu barco

Fogo15 cuidados para evitar o inimigo número um dos barcos — que, não, não são os naufrágios!

E se o fogo começar? O ABC da emergência

ABCDispare o extintor e

feche o ambiente, para abafar o fogo

Corte a passagem de combustível para o motor

Desligue imediatamente a chave geral do barco

Antes de dar a partida no motor, respire fundo. Se sentir cheiro de combustível a bordo, não ligue.

Se o barco tiver motor de centro, instale um exaustor no paiol, para eliminar os vapores do combustível, principal risco de explosões.

Jamais guarde gasolina nos paióis, especialmente dentro de embalagens plásticas, que nem de longe são apropriadas para isso.

Nada de gambiarras na parte elétrica do barco. Fios e conectores são os principais gatilhos na maioria dos incêndios a bordo.

Curto-circuitos são a principal causa de incêndios em barcos. E os maiores motivos, mau estado dos fios e sobrecarga de energia.

Todos os fios devem ser estanhados, para evitar a corrosão. E os circuitos devem ser protegidos por disjuntor ou fusível.

O motor de arranque precisa ter fusível próprio, para que, em caso de pane, não haja curto-circuito.

A bateria deve ficar longe do motor, bem presa e sempre acima da linha d’água do casco. Bateria solta e molhada é risco na certa.

Álcool perto da churrasqueira e da cozinha é sempre um perigo. Mantenha-o longe e prefira o gel em vez do líquido.

Botijões de gás, quando inevitáveis a bordo, devem ficar nas áreas externas do barco, mas protegidos do sol.

Mantenha sempre um extintor perto do piloto. Nos barcos maiores, o ideal são três: um com ele, outro na proa e um terceiro na popa.

Os tanques de gasolina devem ficar bem afastados do motor, a fim de evitar o contato com o calor gerado por eles.

Prefira tanques de alumínio ou polietileno. Os de aço inox podem causar vazamento nas soldas se as chapas forem finas demais.

Vistorie todas as braçadeiras das mangueiras por onde passa o combustível a cada seis meses. E use duas em vez de apenas uma.

Se permitir que fumem a bordo, faça com que isso aconteça apenas do lado de fora, jamais dentro da cabine.

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80 náutica sul

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PARANÁ EstalEiros

• BassboatTel. 41/3029-0512www.bassboat.com.br Lanchas para pescaCuritiba

• EngetecTel. 41/3383-0182www.engetecbrasil.com.br Botes de alumínio, infláveis e lanchasSão JoSé doS PinhaiS

• Vom Wasser Tel. 41/3344-5806www.evw.com.brLanchas Curitiba

• Way BrasilTel. 41/3278-7433www.waybrasil.comLanchas Triton e QuestCuritiba

• Wind NáuticaTel. 41/3383-1865www.windnautica.com.br Veleiros Curitiba

MoTores e eQuipaMenTos

• BritaniteTel. 41/[email protected] de salvatagem Quatro barraS

• Fort CarTel. 41/3673-2386www.fortcarreboques.com.brFábrica de carretas Curitiba

• Mar SulTel. 41/3443-6024 www.marsulservicos.com.brMotores ManGuaratuba

• NautimaxTel. 41/3333-0410www.nautimax.com.brMotores Volvo penta Curitiba

• Piqui Naval Tel. 41/[email protected]órios de aço inox Guaratuba

• RetiparTel. 41/3016-0206www.retipar.com.brretífica, peças e acessóriosCuritiba

• SeparTel. 41/3324-7205www.separ.com.br Carregadores de bateria, divisores e conversoresCuritiba

• Volvo Penta Brasilwww.volvopenta.com.brFabricante de motoresCuritiba

Lojas e serViços

• Bankoc/Almir Capotas

Tel. 41/3282-4804www.bankoc.com.brCapotas e revestimentosSão JoSé doS PinhaiS

• BerneckTel. 41/2109-1513www.berneck.com.brpainéis de madeira teca arauCária

• Centro NáuticoTel. 41/3366-7677www.centronautico.netBarcos, motores e equipamentosCuritiba

• Ciclonáutica44/3425-1267www.ciclonautica.com.brLanchas Ventura e rionáutica, jets e motores YamahaLoanda

• Despachante Marítimo JBTel. 41/3333-6660Legalizações, registros e cursos náuticosCuritiba

• DiprofiberTel. 41/3373-0057www.diprofiber.com.brMaterial para laminaçãoCuritiba

• First YachtTel. 41/3333-0410www.firstyacht.com.brLanchas azimut e atlantis Curitiba

• Horst TransporteTel. 41/3275-7228

Transporte de barcos Curitiba

• InteryachtsTel. 41/4102-7362www.interyachts.com.br Lanchas intermarine Curitiba

• Kapazi Tapetes Tel. 41/3232-8282www.kapazi.com.brTapetes náuticos Curitiba

• Kapot CapotariaTel. 41/3333-7122www.kapot.com.brFábrica de capotasCuritiba

• Lakshmi Tel. 41/3392-6002www.moveislakshmi.com.brMarcenaria com teca CamPo LarGo

• Loba do Mar Tel. 41/3027-7788www.lobadomar.com.breletrônicos, despachante, cursos Curitiba

• Londrináutica Tel. 43/3328-5858www.londrinautica.com.brLanchas, jets e motoresLondrina

• Marine Service Tel. 41/3665-9393oficina, motores, elétrica Curitiba

• MM Náutica Tel. 41/3333-9011www.mmnautica.com.brLanchas, motores, equipamentos Curitiba

• Náutica Gold Fish Tel. 43/3347-1509www.nauticagoldfish.com.brLanchas Mestra, Metal Glass; motores evinrude; jets sea DooLondrina

• Náutica ParanáTel. 43/3336-1900www.nauticaparana.com.brLanchas Fs e Ventura; jets e motores MercuryLondrina

• Náutica Wilke Tel. 41/3442-2519www.nauticawilke.com.br

Manutenção e fabricação de peças. representante Fischer pandaGuaratuba

• Nautipar Tel. 41/3016-0020www.nautipar.com.brrepresentante FerrettiCuritiba

• Paraná Boats Broker Tel. 41/7819-1854www.paranaboats.com.brLanchas singularCuritiba

• Piçarras Tel. 41/3472-1438posto e equipamentos Guaratuba

• PromarTel. 41/3254-1502www.promar.com.brFábrica de tintas Curitiba

• RionáuticaTel. 44/3262-6365www.rionautica.comLanchas, jets e motores evinrudemarinGá

• Sailing Shop NáuticoTel. 41/3079-3040www.shopnautico.com.br Veleiros e acessórios Curitiba

• Schneider NavalTel. 41/3283-5893www.schneidernaval.com.br peças de inox e madeiraCuritiba

• SeparTel. 41/3324-7205www.separ.com.br Lanchas singularCuritiba

• SP MarineTel. 41/3233-3636www.spmarine.com.brLanchas intermarineCuritiba

• Sport Náutica FozTel. 45/3573-3151www.sportnauticafoz.com.brLanchas, jets e motores MercuryFoz do iGuaçu

• Vip BoatTel. 41/9841-3838www.vipboat.com.brLanchas nacionais

e importadas Curitiba

• YamanáuticaTel. 41/3333-3738www.yamanautica.com.brLanchas, motores suzuki e Yamaha e jets YamahaCuritiba

• Yacht BrasilTel. 41/3343-6800www.yachtbrasil.comLanchas importadas azimut Grande, Benetti, Cabo e sea rayCuritiba

SAN TACA TA RI NA

esTaLeiros

• Armada YachtsTel. 48/3242-9600www.armada.com.brLanchas PaLhoça

• Azimut YachtsTel. 47/3249-7700www.azimutyachts.com.brLanchasitaJaí

• BB BarcosTel. 48/3255-3590www.bbbarcos.com Veleiros e catamarãs imbituba

• Blujoi CatamarãsTel. 47/4009-0341www.blujoi.com.brTrawlers e catamarãs JoinviLLe

• Brasboats Tel. 48/3242-4927www.brasboats.com.brLanchasPaLhoça

• Brunswick Boat Group

Tel. 47/3025-4984www.bayliner.com.brLanchas Bayliner e sea rayJoinviLLe

• Catarina Yachts Tel. 47/3404-6801www.catarinayachts.comLanchas e veleiros naveGanteS

• Century Yachts Tel. 48/9119-1991www.centuryachts.com.br

Lanchas itaJaí

• Dream Boats www.dreamboats.com.br Canoas de madeira JaraGuá do SuL

• FibrafortTel. 47/3249-9958www.fibrafort.com.brLanchas Focker itaJaí

• FS YachtsTel. 48/3243-1990www.fsyachts.com.br Lanchas biGuaçu

• Gamper NáuticaTel. 47/3442-2456www.gampernautica.com.br infláveis São FranCiSCo do SuL

• Império YachtsTel. 47/3045-3080 www.imperioyachts.com.brLanchas DM itaJaí

• Intech Boating

Tel. 48/3259-0484www.intechboating.comLanchas São JoSé

• KalmarTel. 47/3348-2916www.kalmar.com.brLanchas e veleiros itaJaí

• Krause Boats Tel. 48/4107-0260www.estaleirokrause.com.brLanchas PaLhoça

• LancerTel. 48/32429840www.lanceryachts.com.brLanchas PaLhoça

• Mastro d’AsciaTel. 48/3238-2314www.mastrodascia.com.br Lanchas nomad FLorianóPoLiS

• Ocean LifeTel. 48/3342-0204www.evolveboats.com.brLanchas evolve biGuaçu

• Psari Boats Tel. 47/3365-0906

www.psari.com.brLanchas Camboriú

• Sail Master Tel. 48/3343-8930www.sail-master.com.brinfláveis São JoSé

• Schaefer YachtsTel. 48/2106-0001www.schaeferyachts.com.brLanchas phantom PaLhoça

• Sea CrestTel. 48/3278-1252www.seacrest.com.brLanchas São JoSé

• Sessa Marine Brasil

www.sessamarine.comTel. 48/3278-1169Lanchas São JoSé

• Singular Boats Tel. 48/3341-3343www.singularboats.comLanchas PaLhoça

• Top Line Yachts Tel. 48/4109 -0414www.toplineyachts.com.br. Lanchas biGuaçu

• Zeta YachtsTel. 48/9982-2118www.zetaestaleiro.com.brLanchas PaLhoça

MoTores eeQuipaMenTos

• Boa Vista ReboquesTel. 47/3433-4815www.boavistareboques.com.brFábrica de reboques itaJaí

• De Vento em PopaTel. 47/9977-0676Mecânica de motores Camboriú

• ElberTel. 47/3542-3000www.elber.ind.brGeladeiras e freezers aGronômiCa

• Formula Import Tel. 47/3473-0088

www.formulaimport. com.br Geradores, gaiutas, vigias, condicionadores de ar e equipamentos hidráulicos JoinviLLe

• Hoffmann Tel. 47/3348-1069www.heliceshoffmann.com.br Fábrica de hélices itaJaí

• Motor MarineTel. 47/3264-1439 assistência técnica de motores baLneário Camboriú

• Nautcar CarretasTel. 48/3257-6243 www.nautcar.com Fabricante de carretas FLorianóPoLiS

• Optolamp – HE Tel. 47/3369-4184www.optolamp.comiluminação e sinalização para barcos Porto beLo

• Pirâmide ReboquesTel. 47/3473-1078www.piramidereboques.com.brFábrica de reboquesJoinviLLe

• Real Marítima Tel. 48/3348-7885autorizada Volvo FLorianóPoLiS

• XexeumarTel. 48/3243-2726www.xexeumar.com.br Fábrica de peças de inoxbiGuaçu

Lojas e serViços

• American BoatTel. 47/3427-2143www.americanboat.com.br Lanchas importadas Chris Craft JoinviLLe

• AcrilatecTel. 48/3257-1038www.acrilatec.com.br peças em acrílico São JoSé

• AJX Tel. 48/3222-7752

www.ajxtec.com.brTorres de abastecimento e equipamentos de fibra para marinas FLorianóPoLiS

• Alenáutica Tel. 48/3244-4466www.alenautica.com.brLanchas Ventura, oficina e loja náutica FLorianóPoLiS

• Armazém NavalTel. 48/3225-9370www.armazemnaval.com.brLoja Yanmar e Holt nautos; oficina FLorianóPoLiS

• Beneteau Tel. 48/3066-2222Lanchas e veleiros biGuaçu

• Boat Sul Tel. 47/3367-6813www.boatsul.com.brLanchas importadas sunseeker e Cobalt biGuaçu

• Brasil Adventure (by Dente)Tel. 47/3366-3114www.bydente.com.brVenda e reparo de jetsCamboriú

• Brisa YachtsTel. 48/9133-7418www.brisayachts.com.brLanchas singularFLorianóPoLiS

• CalamarTel. 48/3244-3863www.calamarsc.com.brpeças e serviços náuticosFLorianóPoLiS

• Cleo MullerTel. 47/3043-0497Lanchas sea GoldJoinviLLe

• Cia. da PraiaTel. 48/3269-5988www.companhiadapraia.com.brBarcos e equipamentosFLorianóPoLiS

• Coltri SubTel. 48/3348-2114www.coltrisub.itCompressores para recarga de ar FLorianóPoLiS

• Estofatec Tel. 48/7812-6727

revestimentos náuticosSão JoSé

• First YachtTel. 48/3027-1038 www.firstyacht.com.brFLorianóPoLiS ebaLneário Camboriú

• Floripa NáuticaTel. 48/3243-2232 www.floripanautica.com.brLanchas e motores biGuaçu

• GuaíbaTel. 48/3304-7223 www.guaibanautica. com.brBarcos e equipamentosFLorianóPoLiS

• Gurupés NáuticaTel. 47/3366-1410www.gurupes.com.brVeleiros Bramador e catracas sea Winch baLneário Camboriú

• Inter Coatings Tel. 48/3349-9090www.intercoatings.com.brTintas marítimasitaJaí

• Interyachts Tel. 48/3365-9570www.interyachts.com.brLanchas intermarineFLorianóPoLiS

• Jet Hause Tel. 48/[email protected] e manutenção de jetsFLorianóPoLiS

• Katavento Capas Náuticas Tel. 48/3225-7600www.kataventocapas nauticas.com.brCapas e reparos de velasFLorianóPoLiS

• Jet Point Tel. 47/3361-0294www.jetpoint.com.br Venda e manutenção de jetsCamboriú

• L.A. InfláveisTel. 47/3369-4711www.lainflaveis.net infláveis, serviços náuticosPorto beLo

Onde encontrar

82 Náutica Sul Náutica Sul 83

Page 43: edição nº 47 | março 2014 | r$ 8,90 Lagoa da ConCeição · A polêmica ponte que todo mundo ama ... Y CM MY CY CMY K Aconteceu... Grandes e ... Hoje, 10 a 12% tem que ser o objetivo

• Mar & CiaTel. 47/3423-3351Loja, oficina e despachante JoinviLLe e São FranCiSCo do SuL

• Mar&Mar NáuticaTel. 48/3365-9570www.maremarnautica.com.brVenda de barcos novos e usados; aluguel FLorianóPoLiS

• Marina da ConceiçãoTel. 48/3232-0345www.marinada conceicao.com.brVenda de lanchas FLorianóPoLiS

• Marine ExpressTel. 47/3367-7167www.marinexpress.com.breletrônicos, geradores e equipamentosCamboriú

• Mega Jet & BoatsTel. 48/3246-4546www.megajet.net revenda e assistência técnica de jets, lanchas e motores de popa São JoSé

• Mídia SignsTel. 47/3367-2192www.midiasigns.com.bradesivos para barcosCamboriú

• Moto JeansTel. 49/3319-2480 www.motojeans.com.brLanchas Ventura, jets sea Doo e motores envirude ChaPeCó

• Náutica Mané FerrariTel. 48/7811-8391www.nauticamaneferrari.com.br. Lanchas, equipamentos, transporte e serviços geraisFLorianóPoLiS

• Náutica TecnimarTel. 47/3361-1120 e 47/9117-6622www.tecnimar.com.brManutenção e reparos Camboriú

• Nautipar Tel. 47/3363-1336www.nautipar.com.brrepresentante FerrettiCamboriú

• NautiserviTel. 47/3369-9001www.nautiservi.com.br

Venda e reparo de lanchasPorto beLo

• Pier 33Tel. 48/3285-3333www.pier33.com.brrevenda schaefer biGuaçu

• Pino www.pino.com.brroupas, botas e acessórios de neoprene Porto beLo

• Paulo Marques Tel. 48/9911-9488www.pmoyd.wordpress.comprojetos de barcosFLorianóPoLiS

• Power News Baterias Tel. 48/3241-0908revenda de baterias São JoSé

• Pro NáuticaTel. 48/3232-1963www.pronautica.com.brVenda e manutenção de jets; venda de lanchas; roupas e equipamentos para jet e wakeboard; flyboard FLorianóPoLiS

• RC NáuticaTel. 48/3240-4731acessórios para lanchasFLorianóPoLiS

• Real Class SulTel. 47/3028-1230www.powerboats.com.brLanchas real ClassJoinviLLe

• Rinaldi Yacht DesignTel. 47/3348-1354www.rinaldi-yd.comprojetos de barcositaJaí

• Sailing InternationalTel. 47/3366-2753www.melim.com.brLoja náutica Camboriú

• Rio Marine ServiceTel. 48/3236-2107www.coppercoat.com.brDistribuidor de resina anti-incrustante FLorianóPoLiS

• Sanautica JoinvilleTel. 47/3028-0888www.sanautica.com.brVenda e assistência Brp e Mercury; lanchas JoinviLLe

• SC YachtsTel. 48/3222-0052www.scyachts.com.brLanchas sessaFLorianóPoLiS

• Sea Doo-Mega Jet Tel. 48/3246-4546Venda e oficina de jets São JoSé

• Só NáuticaTel. 47/3361-9393www.sonautica.com.brVenda e oficina Camboriú

• SP MarineTel. 47/3361-6139www.spmarine.com.brLanchas intermarine baLneário Camboriú

• SquadramarineTel. 48/3365-9613www.squadramarine.com.brLanchas, veleiros, manutenção e administração de obras FLorianóPoLiS

• Sul YachtsTel. 48/3012-1444www.sulyachts.com.brLanchas multi-marcasFLorianóPoLiS

• Trans AcácioTel. 48/3342-0653www.transacacio.com.brTransporte de barcosFLorianóPoLiS

• Transportadora Dois IrmãosTel. 48/3245-5566www.g2irmãos.com.brTransporte de barcos, máquinas e motoresSanto amaro da imPeratriz

• Ultramar International

Tel. 48/3236-2611jets e componentes para estaleirosFLorianóPoLiS

• Universo Náutico Tel. 47/3361-0005www.universonautico.com.brLanchas armada, Cimitarra e ecomarinerbaLneário Camboriú

• Velas OceanoTel. 48/3223-6051Velas e capasFLorianóPoLiS

• Via NáuticaTel. 48/3205-1212www.vianauticasc.com.brLanchas Fs e Brasboats e motores Mercury São JoSé

• X-FloatTel. 48/3346-0999www.xfloat.com.br equipamentos FLorianóPoLiS

• Yacht BrasilTel. 47/3368-6870 www.yachtbrasil.comLanchas importadas baLneário Camboriú

RIO GRANDE DO SUL

esTaLeiros

• AllfibrasTel. 51/[email protected] Lanchas Millenium tramandaí

• Cia. Câmara Tel. 51/3035-5080www.ciacamara.com.br Veleiros e trawlers Porto aLeGre

• Delta Yachts Tel. 51/3431-3007www.deltayachts.com.br VeleirosPorto aLeGre

• Estaleiro CimitarraTel. 51/3388-4444www.cimitarra.com.brLanchas Porto aLeGre

• HF Marine – SolaraTel. 51/3718-1838www.hfmarine.com.brLanchas Porto aLeGre

• Ilha SulTel. 51/3482-2010www.ilhasulnauticas.com.brCascos de alumínio Porto aLeGre

• MüllerTel. 51/9866-6755www.estaleiromuller.com.brLanchas e veleiros

Santa Cruz do SuL • Nautiflex

Tel. 51/3697-1544www.nautiflex.com.br

Botes e balsas salva-vidasbroChier

• Ocean BoatsTel. 51/3627-4399www.seagoldlanchas.com.brLanchas sea Gold imbé

• Quality MarineTel. 51/3482-1697 www.qualitymarine.com.brVeleiros e lanchas barra do ribeiro

• SkipperTel. 51/3311-8476www.skipper.com.br Veleiros Porto aLeGre

• Sunset BoatsTel. 51/3427-3566www.sunsetboats.com.br Lanchas intruder CanoaS

• Vilas Boas NáuticaTel. 53/3228-1383www.vilasboasnautica.com.br Barcos de aço PeLotaS

MoTores e eQuipaMenTos

• Farol NáuticaTel. 51/3242-1085www.farolnautica.com.br Fábrica de mastros Porto aLeGre

• Manotaço Tel. 51/3268-4611www.manotaco.com.brFábrica de mastros Porto aLeGre

• MarnáuticaTel. 51/[email protected] Volvo penta CanoaS

• Nautiway MotoryamaTel. 51/[email protected] Mercury e YamahaPorto aLeGre

• Nautos Tel. 54/3026-1600 www.nautos.com.brequipamentos para veleiros CaxiaS do SuL

• Port MarinneTel. 51/3337-4788www.portmarinne.com.br

Lanchas e equipamentosPorto aLeGre

Lojas e serViços

• Aventura Brasil Tel. 51/3341-9858www.aventurabrasilrs.com.brinfláveis e alumínioPorto aLeGre

• Bica Jet Tel. 51/3375-0033www.bicajet.com.brjets e motores Porto aLeGre

• Central NáuticaTel. 51/3268-4695www.centralnautica.orgBroker e charters Porto aLeGre

• EmesulTel. 51/3347-4747artigos de fibra de vidro

Porto aLeGre

• Equinautic Tel. 51/3268-6675www.equinautic.com.br

Veleiros Laser e pico e equipamentos Porto aLeGre

• Kali NáuticaTel. 51/3037-4872www.kalinautica.com.brLanchas, motores e serviços São LeoPoLdo

• Marina das Flores

Tel. 51/3203-2002www.marinadasflores.com.brLanchas solara Porto aLeGre

• Marítima

Tel. 51/3061-4261www.maritima.eng.brLanchas, veleiros, e vistoria Porto aLeGre

• Moto Sportwww.motosportyamaha.com.brjets e motores YamahaereChim, PaSSo Fundo, Sâo LuíS GonzaGa, São borJa, Carazinho, trêS PaSSoS, FrederiCo WeStPhaLen e PaLmeira daS miSSõeS

• Multináuticatel. 54/3229-0405www.multinautica.com.br peças para estaleiros CaxiaS do SuL

• Nautiescola Tel. 51/3203-2177www.nautiescola.comHabilitação náutica Porto aLeGre

• Nautipar Tel. 51/3337-4788www.nautipar.com.brLanchas Ferretti Porto aLeGre

• Nautisul tel. 51/3264-4000www.nautisul.com.brLanchas e equipamentosPorto aLeGre

• Nautiway MotoryamaTel. 51/[email protected], jets e equipamentosPorto aLeGre

• Olimpic Sails tel. 51/32666-0523www.olisails.com.brVelas de competição e lazerPorto aLeGre

• Piccolo SailsTel. 51/3266-7196www.piccolosails.com.brVelas, lonas e capasPorto aLeGre

• Port MarinneTel. 51/3337-4788www.portmarinne.com.br Lanchas, motores e jetsPorto aLeGre

• Powered by Kri KriTel. 51/3024-3757www.krikri.com.brLoja e oficina de jets

Porto aLeGre

• RefrináuticaTel. 51/4101-2233www.refrinautica.com.brrefrigeração embarcada

Porto aLeGre

• SanáuticaTel. 55/3412-3907www.sanautica.com.br

Lanchas e motoresuruGuaiana

• Sul Boats Tel. 51/8118-8008www.sulboats.com.brLanchas Triton Porto aLeGre

• Sul Náutica Tel. 51/3269-2332equipamentos náuticos Porto aLeGre

• Turbo Moto Náutica51/3084-7200Lanchas Ventura e motores MercuryPorto aLeGre

• Vascopopa55/3312-4398www.vascopopa.com.brLanchas Ventura, jets e motores YamahaSanto anGeLo

• Vida NáuticaTel. 53/3278-8675www.vidanautica.com.brLanchas, jets, motores Mercury e acessóriosPeLotaS

Divulgação

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DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected]

COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Haroldo Rodrigues (edição de arte), Aldo macedo (imagens), maitê Ribeiro (revisão).

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DIRETOR COmERCIAl Afonso palomares [email protected]

DIRETORA DE mERCADO náuTICOmariangela bontempo

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pARAná - SAnTA CATARInA | GEREnTE REGIOnAl Gustavo Ortiz [email protected], tel. 41/3044-0368 e 41/7820 2931

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NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. um Editora ltda. – ISSn 1413-1412. março de 2014. Jornalista responsável: Denise Godoy (mTb 14037). Os

artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.

CTP, Impressão e Acabamento — IBEP Gráfica

pRESIDEnTE E EDITOR Ernani paciornik

VICE-pRESIDEnTE Denise Godoy

84 Náutica Sul

Page 44: edição nº 47 | março 2014 | r$ 8,90 Lagoa da ConCeição · A polêmica ponte que todo mundo ama ... Y CM MY CY CMY K Aconteceu... Grandes e ... Hoje, 10 a 12% tem que ser o objetivo

PARANÁ AN TO NI NA

• Clu be Náu ti co de An to ni naTel. 41/3432-1331 www.nautico-online.com.br

CAIOBÁ

• Ia te Clu be de Cai o báTel. 41/3452-1545 www.icc.org.br

• Marina BaliTel. 41/3473-5174/99742209

GUARATUBA

• Porto Marina GuaratubaTel. 41/3472-1624

• Iate Clube de GuaratubaTel. 41/3442-1535/3222-6813 www.iateguaratuba.com.br

• Marina do SolTel. 41/3442-1178 [email protected]

• Marina GuarapescaTel. 41/3472-3791 www.marinaguarapesca.com.br

• Marina Vela MarTel. 41/3442-1909

• Porto EstaleiroTel. 41/3472-2609 www.portoestaleiro.com.br

PARANAGUÁ

• Iate Clube de ParanaguáTel. 41/3422-5622

www.icpgua.com.br

www.icpgua.com.br

• Marina Velho MarujoTel. 41/3424-4672 [email protected]

• Marlim Azul Marina ClubeTel. 41/3422-7238

• Porto Marina OceaniaTel. 41/3423-1831 portomarinaoceania @yahoo.com.br

PONTAL DO SUL

• Cond. Náutico Ilha do MelTel. 41/3455-1580

• Cond. NáuticoIlhas do SulTel. 41/3455-1380

• Iate ClubePontal do SulTel. 41/3455-1145/3264-1153

• Marina AragãoTel. 41/3455-1392

• Marina Central NáuticaTel. 41/3455-1528

• Marina LagamarTel. 41/3455-2187 marinalagamar.com.br

• Marina Las PalmasTel. 41/3256-1709

• Marina Quebra-MarTel. 41/3455-1222

• Marina Sete MaresTel. 41/3455-2177

• Marina Vale do SolTel. 41/3455-2282 [email protected]

• Ponta do PoçoTel. 41/3455-1450

• Porto MarinaMares do SulTel. 41/3455-1447 www.marinamaresdosul.com.br

SAN TA CA TA RI NA

BIGUAçU

• Marina Pier 33Tel. 48/3285-3333

• Marina Terra FirmeTel. 48/3285-1524 www.marinaterrafirme.com.br

• Marina 3 MaresTel. 48/3243-1199 www.marina3mares.com.br

BOMBINHAS

• Marina ArvoredoTel. 47/3393 4653

• Marina Canto GrandeTel. 47/3393-3227

CAMBORIÚ

• Ia te Clu be de Cam bo riúTel. 47/3367-0452

• Jet Point (só jets)Tel. 47/3361-0294 www.jet point.com.br

• Ma ri na By Den te (só jets) Tel. 47/3366-3114 www.byden te.com.br

• Ma ri na Cam bo riúTel. 47/3367-3699

• Ma ri na Oce a noTel. 47/3366-8564www.marinaoceano.com.br

• Ma ri na Off Sho reTel. 47/3361-0765

• Ma ri na VipTel. 47/3361-9393ma ri na@so nau ti ca.com.br

• Te des co Ma ri naTel. 47/3361-1420www.te des co ma ri na.com.br

• Vi la Ma ria Ma ri na Clu beTel. 47/3361-4721lo bo do marsc@ter ra.com.br

FLORIANÓPOLIS

• Ia te Clu be deSanta CatarinaTel. 48/3225-7799www.icsc.com.br

• La goa Ia te Clu beTel. 48/3232-0088www.lic.org.br

• Marina da ÂncoraTel. 48/3269-6356

• Marina Barra da LagoaTel. 48/3232-4657

• Ma ri na Blue FoxTel. 48/3369-0185

• Ma ri na da Con cei çãoTel. 48/3232-1297

• Ma ri na da CroaTel. 48/3266-1980 www.marinadacroa.com.br

• Ma ri na ClubTel. 48/3284-5080

• Ma ri na do CostãoTel. 48/9972-2143www.costaogolf.com.br

• Ma ri na FortalezaTel. 48/3232-3296

• Ma ri na Gua ráTel. 48/3232-9614

• Ma ri na ItaguaçuTel. 48/3348-7084

• Ma ri na da La goa/Pro Náu ti caTel. 48/[email protected]

• Ma ri na Ma rinaTel. 48/3235-2418www.ma ri na marina.com.br

• Ma ri na Pon ta da Areia (Fe do ca)Tel. 48/3232-0759www.chef fe do ca.com

• Ma ri na Ponta Norte Tel. 48/3284-1558

• Ma ri na Recanto da LagoaTel. 48/3232-2260

• Ma ri na Ribeirão da IlhaTel. 48/9925-9188

• Marina Santo AntônioTel. 48/3233-0009www.marinasantoantonio.com.br

• Marina Sea EscapeTel. 48/3248-3596www.seaescape.com.br

• Marina Verde MarTel. 48/3232-7323www.marinaverdemar.com.br

GOv. CeLSO RAMOS

• Marina São SebastiãoTel. 48/3262-7414www.marinasaosebastiao.com.br

ITAjAí

• ANITel. 47/9146-2020

www.culturanautica.org.br

ITAPeMA

• Marina do GalegoTel. 47/3368-3474

jOINvILLe

• CN Porto do SolTel. 47/3427-2143www.centronauticoportodosol.com.br

• Ia te Clu be Boa VistaTel. 47/3433-4429

• Joinville Iate ClubeTel. 47/3434-1744www.joinvilleiateclube.com.br

• Marina das Garças Tel. 47/3467-3801 www.marinadasgarcas.com.br

• Nass MarinerTel. 47/3427-4915

• SociedadeRecreativa MarbiTel. 47/3437-4124

LAGUNA

• I.C. LagunaTel. 48/3644-0551

PIçARRAS

• Marina ParkTel. 47/3345-0338www.marinaparksc.com.br

POR TO Be LO

• CN Por to Be loTel. 47/[email protected]

• IC de Por to Be loTel. 47/3369-4333

• Ma ri na Atlân ti daTel. 47/3369-5665

• Ma ri na Cos ta Man saTel. 47/3369-4760ma ri na cos ta man [email protected]

• Ma ri na Por to Be loTel. 47/3369-4570

• Ma ri na Porto do RioTel. 47/3369-4000www.marinaportodorio.com.br

SÃO FRANCISCO DO SUL

• Capri Iate ClubeTel. 47/3444-7247www.capriiateclube.com.br

• Clube NáuticoCruzeiro do SulTel. 47/3444-2493

• Iperoba Hangaragem NáuticaTel. 47/9922-0070

• Marina NautilusTel. 47/3444-7172www.marinanautilus.com.br

Marinas e Iates Clubes

86 Náutica Sul Náutica Sul 87

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RIO GRANDe DO SUL

OSÓRIO

• Fa zen da Pon talTel. 51/9971-1793www.fa zen da pon tal.com.br

• La goa da Pin gue laIate ClubeTel. 51/3628-8080www.pin gue lai a te clu be.com.br

PeLOTAS

• Veleiros Saldanha da GamaTel. 53/3225-5399www.veleirossaldanhadagama.com.br

PORTO ALeGRe

• Clu be dos Jan ga dei rosTel. 51/3268-0080www.jan ga dei ros.com.br

• Ia te Clu be Guaí baTel. 51/3268-0397www.ia te clu be guai ba.com.br

• Marina SulTel. 51/3203-1944www.marinasul.com.br

• Marina da CongaTel. 51/9899-2894www.marinadaconga.com.br

• Marina das FloresTel. 51/3203-2002www.marinadasflores.com.br

• Marina DatelliTel. 51/3018-1001

• Marina do LessaTel. 51/9967-3036

• Marina Ilha BelaTel. 51/3211-7551

• Marina Porto 30Tel. 51/3022-3217

• Marina Vitória RégiaTel. 51/3211-7938

• NautiescolaTel. 51/3203-2177www.nautiescola.com

• Píer 340Tel. 51/3264-6800www.pier340.com.br

• Porto Alegre Boat ClubTel. 51/9956-1033www.portoalegreboatclub.com.br

• Sava ClubeTel. 51/3269-1984www.savaclube.com.br

• Veleiros do SulTel. 51/3265-1733www.vds.com.br

TAPeS

• Clu be Náu ti co Ta pen seTel. 51/3672-1209www.nauticotapense.com.br

RIO GRAN De

• Rio Gran de Yacht ClubTel. 53/3232-7196www.rgyc.com.br

SÃO LOUReNçO

• Iate Clube São Lourenço do SulTel. 53/3251-3606www.icsls.com.br

vIAMÃO

• Clube Náutico ItapuãTel. 51/3494-1355www.clubenauticoitapua.com.br

Marinas

1 A parte do casco do navio que fica abaixo da linha-d’água em plena carga (que fica submersa) • 2 Os apêndices encontrados em animais como o polvo,

usados na obtenção de alimento e movimentação • 3 O segundo maior curso d’água da América do Sul • 4 Piloto que conduz navios através de canais de

acesso, rios etc., onde a navegação requer conhecimento da área • 5 Conjunto de peças que constituem a armação estrutural do navio, que inclui cavernas,

longarinas, quilha, cadaste etc. • 7 Graduação mais inferior das praças da Armada • 9 Pequeno barco, movido a remo • 10 Reino africano cuja capital é

Rabat, banhado pelo Atlântico e pelo Mediterrâneo • 11 Um tipo de cata-vento usado em meteorologia • 13 violenta tempestade, com ventos em forma de

turbilhão e fortes chuvas • 15 Local com instalações apropriadas para a construção ou reparo de barcos • 16 Peixe semelhante à garoupa, vive nas águas

costeiras tropicais, geralmente sobre fundos rochosos ou arenosos • 17 Território autônomo do Caribe que pode se tornar um estado norte-americano

• 18 Conduzir uma embarcação a reboque ou puxar por meio de cabo, sirga, corda etc. • 19 Ter náuseas • 21 Um dos dois países sul-americanos que não são

banhados pelo mar • 23 vento típico das regiões marinhas, suave, fresco, agradável • 26 A letra I do Alfabeto Fonético Internacional..

1 Formação constituída de rochas cristalinas que avançam em relação ao mar e terminam de forma abrupta e escarpada

• 6 O maior afluente da margem esquerda do Amazonas • 8 enchova em conserva, muito usada em aperitivos e pizzas • 9 Cidade litorânea cearense

próxima à praia de jericoacoara • 12 A “cidade maravilhosa” • 14 Terreno pantanoso das margens de lagoas e desaguadores de rios; constitui a base

da cadeia alimentar dos oceanos • 15 vara de madeira que é colocada transversalmente em certa vela, para mantê-la aberta • 18 Qualquer peça ou

ressalto para cobrir outra peça • 20 Choque das ondas sobre a praia, banco, recife ou qualquer outro obstáculo • 22 O continente que é três vezes mais

extenso do que a europa • 24 Um combustível para barcos • 25 Um ingrediente da moqueca • 27 Prolongamento do costado da embarcação, acima do

convés descoberto • 28 Danificado, estragado • 29 Subordem de répteis, sinônimo de serpentes • 30 Famosa série de filmes estrelados por johnny Depp.

Você eNteNde de mar?

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orad

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Respostas na página 83

HORIZONTAIS

VERTICAIS

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us L

ehm

ann

cruzadas náuticas

Nome deste local

Náutica Sul 89

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“É hora de pescar em paranaguá”

É fácil encontrar o paranaense Roald Andretta, conside-rado um dos melhores pescadores esportivos do país. Ou ele está no escritório da sua empresa, a Loba do

Mar, em Curitiba, que tanto ministra cursos náuticos quan-to organiza torneios de pesca, ou pescando — só que, nes-te caso, o difícil é saber onde, já que ele viaja o país inteiro em busca dos melhores troféus. Mas Roald nutre uma pre-dileção especial pelas águas que, segundo ele próprio, fazem

parte do “seu quintal”: as da baía de Paranaguá, que, sem ne-nhum bairrismo, ele elege como uma das mais piscosas do país — “tanto dentro quanto fora da baía”, acrescenta. E ele vai mais longe. “Neste momento, as águas da região de Pa-ranaguá estão melhores ainda, por causa do intenso movi-mento de navios no porto...” — uma aparente contradição, que ele explica abaixo por que isso é tão bom para os pesca-dores. Confira.

Um dos maiores pescadores do país, o paranaense Roald Andretta explica, sem nenhum bairrismo, por que as águas da mais famosa baía do Paraná estão

entre as melhores do Brasil para quem gosta de pescar. E já!

1 2 3Porque estamos na época em que

as águas atingem a maior temperatura

e, com isso, a maioria das espécies entra

em intensa atividade. Só que, além disso,

há outro fator bem peculiar este ano: o

grande movimento de navios aguardan-

do para entrar no porto de Paranaguá.

Alguns deles chegam a ficar semanas

próximos à barra, e ficam parados por

tanto tempo que, na prática, acabam se

transformando em “atratores artificiais”

para as espécies de curso, que se con-

centram ao redor dos navios, atraídos

pelos organismos que ficam grudados

nos cascos. Corricar perto deles é peixe

na certa. É uma pesca fácil e que rende

muitas sororocas, cavalas, xareletes, guai-

viras e pequenos dourados.

Os rios que vêm dos manguezais do

fundo da baía — e que são muitos! — são ri-

quíssimos em robalos e ali é bem difícil al-

guém voltar para casa decepcionado. O

mesmo acontece entre a Ilha do Mel e a

Ilha das Palmas, já nas águas abertas da

baía, onde há muitas lajes de pedra, todas

marcadas nas cartas náuticas. São pesquei-

ros manjados, velhos conhecidos dos pes-

cadores, mas que sempre rendem boas

pescarias, com pescadas, sargos, badejos

e garoupas em boa quantidade, além dos

próprios robalos. Em Paranaguá, não é pre-

ciso ir longe para se divertir bastante. Mas,

quem não quiser perder tempo e ir direto

ao ponto, o melhor sempre é contratar um

guia de pescaria. Aqui, eles estão todos os

dias na água e achar um disponível é fácil.

Em vez de dizer “onde” eu prefiro di-

zer “qual” é a modalidade de pesca me-

nos praticada aqui, mas que gera muita

adrenalina para qualquer pescador. É a

pesca de arremesso com iscas artificiais,

especialmente nas águas fora da bar-

ra da baía — como, por exemplo, perto

dos navios, como expliquei antes. Quan-

do você encontra um cardume ou vê as

aves mergulhando freneticamente sobre

as sardinhas, o melhor é parar o barco e

ficar arremessando as iscas artificiais na

água. Dá um prazer danado ver os pei-

xes atacando os jigs e é uma pescaria

que rende bem mais exemplares. Mas a

verdade é que se dar bem nas águas de

Paranaguá não é difícil. Aqui tem peixe

pra todo mundo.

Por que agora é hora de ir pescar em Paranaguá?

E quais são os outros bons pesqueiros, dentro e fora da baía?

Na sua região, onde quase ninguém costuma pescar, mas deveria?

ar

qu

ivo

pe

sso

al

3 perguntas

versÃo eleTrÔNiCa GrÁTis Acesse www.nautica.com.br/nauticasul e baixe, de graça, esta edição de NÁUTICA SUL

EDIÇÃO Nº 47 | MARÇO 2014 | R$ 8,90

PARANÁ

SANTA CATARINA RIO GR. DO SUL

O Mar DentrO Da Ilha

ESTALEIRO EM

CRESCIMENTO

A nova fase da

Sessa em Santa

CatarinaREMÉDIOS

CONTRA ENJOO

O que você

pode fazer para

(tentar) evitar

MEU PRIMEIRO

BARCO

12 dúvidas

na hora de

escolher e comprar

Lagoa da ConCeição

HERCÍLIO LUZ

A polêmica ponte que todo mundo ama

90 náutica sul

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