Upload
dental-press-editora-ltda
View
241
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Edição V3N4 - Outubro, Novembro e Dezembro de 2009
Citation preview
ISSN 1980-2269
Rev. Dental Press Periodontia Implantol. Maringá v. 3 n. 4 out./nov./dez. 2009p. 1-112
Periodontia eImplantologia
Revista Dental Press de
volume 3, número 4, out./nov./dez. 2009
Sumário
EntrEviStaDaniel Buser
12
ExplicaçõES E aplicaçõESLesão Periapical Implantar: conceito,
classificação e protocolo para diagnóstico e
decisões terapêuticas
Alberto Consolaro, Bruno Aiello Barbosa,
Carlos Eduardo Francischone Júnior,
Renato Savi de Carvalho
25
acontEcimEntoS
10
pErguntE a um ExpErtO papel do fator oclusal no sucesso das
próteses implantossuportadas:
uma análise crítica
Rafael dos Santos Silva
40
caSo clÍnicoSequestro ósseo associado à progressão
agressiva de gengivite ulcerativa
necrosante – relato de caso
Maria Lúcia Rubo de Rezende, Adriana Campos
Passanezi Sant`Ana, Sebastião Luiz Aguiar
Greghi, Euloir Passanezi, Roberta Santos Domin-
gues, Dahiana Rodrigues, Luis Antônio de Assis
Taveira
44
caSo clÍnicoReconstruções maxilares utilizando enxerto
de crista ilíaca
Leonardo Costa de Almeida Paiva, Paulo Rober-
to Ferreira Cerqueira, Vera Cavalcanti de Araújo,
Maria Cristina de Andrade
72
caSo SElEcionaDoCorreção de sorriso gengival: como obter
previsibilidade, precisão e estabilidade a
longo prazo
Wagner Rodrigues Duarte, José Maria Gratone,
Daniela Pretto Januário, Alessandro Lourenço
Januário
54
caSo clÍnicoPrótese parafusada por lingual: uma alterna-
tiva protética para implantes vestibulariza-
dos. Relato de caso clínico
Gustavo Castellazzi Sella, Aline Lopes Gonçalves,
Shizuma Shibata, Antonio Carlos Cardoso
82
artigo inÉDitoComportamento biomecânico de uma próte-
se fixa implantodentossuportada utilizando
implantes curtos
Marcos Daniel S. Lanza, Wellington Márcio dos
Santos Rocha, Lincoln Dias Lanza, Eduardo
Souza Lemos, Marcos Dias Lanza
91
artigo inÉDitoContagem e prevalência de microrganismos
patogênicos e benéficos em indivíduos
tabagistas com doença periodontal crônica
Sérgio Eduardo Braga da Cruz, Tatiana de
Oliveira Sirotto, Juliana Alethusa Velloso Mendes,
Marcelo da Rocha, Marcelo de Paiva Raffaelli,
Magda Feres, Flávia Matarazzo
101
P. gingivalis T. denticola T. forsythia
não-tabagistas
tabagistas
50
40
30
20
10
0
cont
agem
x 1
05
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia / Dental Press International. --v. 1, n. 1 (jan./fev./mar.) (2007) – . -- Maringá : Dental Press International, 2007-
Trimestral.
ISSN 1980-2269.
1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título.
CDD. 617.643005
Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim
aNaLiSta Da iNForMaÇÃo Carlos Alexandre Venancio
ProDuÇÃo GráFica e eLetrôNica Andrés SebastiánFernando Truculo EvangelistaGildásio Oliveira Reis Júnior Tatiane Comochena
iNterNet Carlos Eduardo de Lima Saugo
BaNco De DaDoS Adriana Azevedo VasconcelosCléber Augusto Rafael Soraia Pelloi
DePartaMeNto De curSoS e eVeNtoS Ana Claudia da Silva Rachel Furquim Scattolin
DePartaMeNto coMerciaL Roseneide Martins
SuBMiSSÃo De artiGoS Simone Lima Lopes Rafael
BiBLioteca Jéssica Angélica Ribeiro
NorMaLiZaÇÃoMarlene G. Curty
reViSÃo Ronis Furquim Siqueira
DePartaMeNto FiNaNceiro Roseli Martins Márcia Cristina Plonkóski Maranha
SecretariaLuana Gouveia
iMPreSSÃo Gráfica Regente
EDITORES
Carlos Eduardo Francischone - FOB-USP/Bauru, USC/Bauru
Maurício Guimarães Araújo - UEM/PR
EDITORAS ASSISTENTES
Carina Gisele Costa Bispo - UEM/PR
Flávia Matarazzo - UEM/PR
Flávia Sukekava - FO/USP
PUBLISHERLaurindo Z. Furquim - UEM/PR
CONSULTORES CIENTÍFICOS
Eduardo Feres - UFRJ/RJ
Elaine Cristina Escobar Gebara - FMU/SP
Francisco A. Mollo Jr. - UNESP/Araraquara/SP
Giuseppe Alexandre Romito - FUNDECTO - USP/SP
Hugo Nary Filho - USC/SP
Jean-Paul Martinet - Universidade de Buenos Aires
João Garcez Filho - Clínica particular - Aracaju/SE
Jorge Luis Garcia - Argentina
José Cícero Dinato - UFRGS/RS
José Valdívia - Chile
Juan Carlos Abarno - Uruguai
Luis Antonio Salata - FORP - USP/SP
Luis Lima - USP/SP
Luiz Meirelles - Universidade de GBG
Marco Antonio Bottino - UNESP/São José dos Campos/SP
Mario Groisman - UNIGRANRIO/RJ
Marly Kimie Sonohara Gonzales - UEM/PR
Paulo Maló - Portugal
Paulo Martins Ferreira - USP - Bauru/SP
Ricardo de Souza Magini - UFSC/SC
Ricardo Fisher - UERJ/RJ
Ronaldo de Barcelos Santana - UFF/RJ
Sidney Kina - Clínica particular - Maringá/PR A revista Dental Press de Periodontia e im-plantologia (ISSN 1980-2269) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Marin-gá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspon-dem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabili-dade dos anunciantes.
Assinaturas: [email protected] ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.
5Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 5, out./nov./dez. 2009
Editorial
Sem dúvida alguma, a nossa revista informa e atualiza, cumprindo o seu papel de disseminadora de notícias, de
técnicas, de trabalhos e de destaques do mundo odontológico.
Neste número, a seção “Explicações e Aplicações” apresenta uma abordagem do tema Lesões Periapicais Im-
plantares, permitindo aos profissionais conhecer e evidenciar essa situação clínica, assim como prevenir possíveis
causas e tratar suas implicações e consequências. Já no “Pergunte a um Expert”, é tratado um aspecto da maior
importância para o sucesso de próteses implantossuportadas, que se ressentem ainda de controles clínicos ade-
quadamente conduzidos.
O primeiro “Caso Clínico” apresentado é de ocorrência bastante rara, mas exige conhecimento e tratamento
precisos e rápidos, a fim de evitar a evolução da infecção microbiana, responsável pelo quadro agudo de sequestro
ósseo. No “Caso Selecionado”, é demonstrada a importância do planejamento interdisciplinar na correção do sorriso
gengival, sem a necessidade de intervenções cirúrgicas, procedimentos esses nem sempre de fácil resolução – os
resultados obtidos têm demonstrado, além de aparência estética agradável, uma estabilidade positiva e duradoura.
Os outros “Casos Clínicos” retratam, por um lado, reconstruções maxilares por meio de enxertos de ilíaco (que
têm proporcionado boa integração ao leito receptor e prevenido chances de perda de implantes) e, de outro, uma
alternativa protética bastante viável em implantes vestibularizados, com a utilização de sistemas de parafuso lingual,
os quais exigem apenas habilidade e experiência dos profissionais. Um estudo sobre o comportamento biomecâ-
nico de uma prótese fixa implantodentossuportada, utilizando implantes curtos, assim como um artigo que avalia
a contagem e a prevalência de microrganismos em indivíduos tabagistas, com doença periodontal crônica, trazem
conclusões bastante interessantes e de aplicação imediata para os clínicos.
Participa da “Entrevista” o pesquisador Daniel Buser, da Universidade de Bern, Suíça, considerado um dos
maiores experts na área de Implantodontia. O mesmo demonstra especial interesse pelo estudo da integração
tecidual de implantes dentários e pelos envolvimentos técnicos nessa área. Tem uma liderança inquestionável junto
à comunidade científica mundial, especialmente pelo pioneirismo em relação às superfícies lisas e rugosas, logo no
início do uso de implantes, assim como pelo uso das técnicas de Regeneração Óssea Guiada. Trata-se, portanto, de
um cientista clínico, que não se refere ao passado ou ao presente, mas sempre procura conhecimentos baseados
em evidências, fruto de intercâmbios de ideias e de trabalhos, além de ser presença efetiva e expressiva em eventos
de âmbito internacional.
Prof. Dr. Maurício
Guimarães Araújo
Editores
Prof. Dr. Carlos
Eduardo Francischone
SAC 0800 707 2526Ouvidoria 0800 725 6363
SAC 0800 707 2526Ouvidoria 0800 725 6363
É MUITO MAIS QUE RESPONSABILIDADE SOCIAL. É ÉTICA QUE GERA QUALIDADE.
Para n—s, a Žtica Ž uma consciência que agrega respeito e qualidade de vida a todas as relaç›es. A Neodent trabalha com responsabilidade
social, respeitando as condiç›es ideais para crescer sem agredir o planeta. e despertando ainda a mesma consciência em toda a equipe de
colaboradores e parceiros. Nossa indœstria foi projetada com o conceito Òres’duo ZeroÓ ao meio ambiente. Tratamos 100% dos efluentes
l’quidos e tambŽm o ar, alŽm de promover a coleta seletiva e aç›es internas de preservaç‹o ao meio ambiente. Todo esse cuidado ambiental
foi tomado pensando em você que quando nos procura quer mais do que proporcionar sorrisos, quer proporcionar qualidade de vida.
www.neodent.com.brSAC - 0800 707 2526Ouvidoria - 0800 725 6363
acontecimentos
10 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 10-11, out./nov./dez. 2009
O congresso internacional Osseointegração - 20 anos da experiência brasileira marcou as comemorações dos vinte
anos da chegada ao país da técnica que deu início à Implantodontia moderna, ao permitir a integração entre o osso e im-
plantes de titânio. Nos dias 3 a 5 de setembro, cerca de 4 mil pessoas se reuniram no Palácio de Convenções do Anhembi,
em São Paulo, em mais de 100 atividades de informação, constituídas de conferências internacionais, mesas-redondas,
conferências nacionais, workshops sobre tecnologia aplicada, prêmios de incentivo à pesquisa e uma seção de painéis
científicos com mais de 150 trabalhos expostos.
O presidente de honra do congresso foi Per-Ingvar Brånemark, pesquisador sueco que há 44 anos descobriu o princí-
pio da osseointegração.
No evento, a Editora Dental Press lançou o livro “Inflamação e Reparo”, de Alberto Consolaro. No estande, o autor con-
versou com leitores, autografou e fez dedicatórias nos exemplares adquiridos.
Alberto Consolaro e Gabriela Consalter. Guilherme Martins, Alberto Consolaro e Vinicius
Nicolato.
Silvana Nogueira Borges, Alberto Consolaro, Iva
Maranhão e Ellyuza de Paiva Brasil.
Alberto Consolaro, Wellington Márcio e Ricardo
Magini.
Fernando Esgaib Kayatt e Alberto Consolaro.James Carvalho, Alberto Consolaro e Arlete Barbo-
sa Santos.
Gustavo Sella e Diego Vasconcelos. Diogo Barreto e Alberto Consolaro.Alberto Consolaro e Sérgio Carvalho Costa.
lançamento de livro no congresso internacional osseointegração - 20 anos da experiência brasileira
Acontecimentos
11Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 10-11, out./nov./dez. 2009
O 1º Neodent International Congress superou as expectativas em números de participantes e contou com uma exce-
lente grade científica. O evento aconteceu nos dias 18 a 20 de junho, no Expo Unimed Curitiba.
Dr. Steven Eckert, presidente da Academia Americana
de Osseointegração, foi um dos conferencistas inter-
nacionais.
Os congressistas foram recepcionados pelo Dr. Geninho
Thomé, presidente da Neodent.
As palestras despertaram o interesse dos congressistas
e as salas estavam sempre lotadas.
Anfitriões do jantar festivo: Dr. Geninho Thomé, Dr. José
Guilherme, Dra. Clemilda Thomé e João Alfredo Thomé.
1º neodent international congress, realizado em curitiba/pr
A Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) for-
mou mais uma doutora. Ana Carolina Francischone defen-
deu sua tese de doutorado em setembro, com o trabalho
“Avaliação da qualidade de margem de preparos cavitá-
rios realizados com diferentes técnicas e instrumentos”,
orientado pelo Prof. Dr. José Mondelli.
Na foto, da esquerda para a direita, o orientador do trabalho, Dr. José Mondelli,
os componentes da banca Dr. Sérgio Ishikiriyama e Dra. Ivete Sartori, a nova
doutora Ana Carolina Francishone e os outros componentes Dr. Wladimir Trava
Airoldi e Dr. César Augusto Arita.
Defesa de tese de doutorado na FoB-uSp
12 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 12-24, out./nov./dez. 2009
Entrevista
do Prof. Andre Schroeder, ainda ativo na
Universidade de Bern. Ele me estimulou,
como um jovem estudante, a me envolver
com implantes, e me encorajou a ficar no
ambiente acadêmico e concentrar meus es-
tudos nesse tópico, porque essa área seria
o futuro da Odontologia. Eu não demorei
mais do que cinco minutos para tomar essa
decisão, e aceitar a oferta.
Graduado e pós-graduado em Odontologia pela Universidade de Bern, Suíça. Foi pesquisador na Harvard School of
Dental Medicine em Boston, EUA, de 1989 a 1991, e realizou um período sabático na Baylor College of Dentistry em
Dallas, EUA, em 1995, e na Universidade de Melbourne, Austrália, de 2007 a 2008. O seu principal interesse científico é na
área de integração tecidual de implantes dentários, na interface osso-implante, na regeneração óssea em defeitos alveolares,
regeneração óssea guiada, enxertos autógenos e substitutos ósseos, assim como estudos de longo prazo sobre implantes
dentários. É cirurgião oral e atualmente professor e chairman do Departamento de Cirurgia Oral e Estomatologia, assim
como é diretor executivo da School of Dental Medicine da Universidade de Bern na Suíça. É autor ou coautor de mais
de 200 publicações científicas, além de livros e capítulos de livros, em especial da Série ITI Treatment Guide. Além do seu
trabalho, o Prof. Buser foi presidente da European Academy of Osseointegration (EAO) de 1996 a 1997, presidente da
Sociedade Suíça de Implantologia Oral de 1999 a 2002 e presidente da Sociedade Suíça de Cirurgia Oral e Estomatologia
de 2002 a 2007. Ele também é atualmente presidente do Board da Swiss Implant Foundation e membro do Board da
Osteology Foundation. É Fellow do ITI desde 1986, com um papel ativo nessa organização desde então. Foi membro de
vários comitês do ITI, mais recentemente Chairman do Comitê de Educação e integrante do Board de Diretores. Em 2007
foi nomeado Presidente Eleito, assumindo o cargo de Presidente em 2009.
Daniel Buser
É uma honra entrevistá-lo para essa
respeitada revista brasileira. O que
você pode nos contar sobre o início
de sua carreira, a evolução e como se
tornou o que é hoje, um dos princi-
pais expoentes e líderes da Implanto-
dontia em todo o mundo?
Eu iniciei meu envolvimento com im-
plantes em 1983, através da influência
13
Daniel Buser
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 12-24, out./nov./dez. 2009
24
Entrevista
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 12-24, out./nov./dez. 2009
Daniel Buser
- Presidente do ITI - International Team for Implantology.
- Graduado e pós-graduado em Odontologia pela
Universidade de Bern, Suíça.
- Professor e chairman do Departamento de Cirurgia Oral e
Estomatologia da Universidade de Bern, Suíça.
- Diretor executivo da School of Dental Medicine da
Universidade de Bern na Suíça.
- Presidente do Board da Swiss Implant Foundation e
Membro do Board da Osteology Foundation.
- Fellow do ITI desde 1986.
Entrevistador
Waldemar D. Polido
- Doutor e mestre em Cirurgia Bucomaxilofacial
pela PUC/RS.
- Residência em CTBMF pela Universidade do
Texas, Southwestern Medical
Center at Dallas, EUA.
- Coordenador do curso de Especialização em
Implantodontia da ABO/RS, Porto Alegre.
- Fellow do ITI e chairman da Seção Brasil de
2007 a 2009.
- Clínica privada em Porto Alegre/RS.
Explicações e aplicações
25Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 25-39, out./nov./dez. 2009
Lesão Periapical Implantar:
conceito, classificação e protocolo para
diagnóstico e decisões terapêuticas
Alberto Consolaro, Bruno Aiello Barbosa, Carlos Eduardo Francischone Júnior, Renato Savi de Carvalho
CONCEITO E NOMENCLATURA
A Lesão Periapical Implantar representa um
processo inflamatório agudo ou crônico locali-
zado na região periapical de um implante. Essa
doença foi inicialmente descrita como uma enti-
dade clínica em 1993, por Harold I. Sussman44,
como “doença endodôntica implantar”. Nos re-
latos seguintes, a Lesão Periapical Implantar foi
referida como Lesão Periapical no Implante ou
Peri-implantite Retrógada19,22,31,35,36,39,41,42,48.
Em 2007, Balshi, Wolfinger e Balshi6 apre-
sentaram uma casuística de 39 Lesões Periapi-
cais Implantares em 35 pacientes, sendo que
38 dos implantes foram proservados por perí-
odos superiores a 15 anos, com uma média de
4,5 anos de controle. A prevalência da Lesão
Periapical Implantar foi reportada como fre-
quente em 0,26% a 7,8% dos implantes16,38,54.
Tal como ocorre nos ápices dos dentes na-
turais com a pericementite, na Lesão Periapical
Implantar a inflamação inicialmente é aguda e
restrita aos tecidos imediatamente localizados
na periferia do terço apical dos implantes. Nes-
sa fase o processo pode durar algumas horas
ou dias, mas é subclínico, sem sinais e sintomas,
mesmo imaginologicamente.
À medida que a causa persiste e o processo
inflamatório se prolonga por vários dias, pode-
mos ter duas evoluções diferentes (Esquema 1):
• Primeira forma de evolução. Se a
causa da Lesão Periapical Implantar é de baixa
intensidade e associada a bactérias com baixa
virulência, a inflamação aguda inicial evolui para
a fase crônica com formação de granuloma com
áreas de tecido de granulação que podem ocu-
par até uma área de aproximadamente 1cm de
diâmetro (Fig. 6). O número necessário de cé-
lulas e componentes teciduais para fazer frente
a esse tipo de agressão dificilmente ultrapassa
essas dimensões.
Em analogia com os dentes naturais, seria
semelhante ao Granuloma Periapical, um pro-
cesso não-supurativo33 que, no caso dos im-
plantes, não evoluiria para o cisto periodontal
apical pela falta de restos epiteliais de Malassez
exclusivos do ligamento periodontal normal.
No esquema 1 apresentamos a dinâmica
das duas possíveis evoluções de uma Lesão
Periapical Implantar e seus respectivos estágios
intermediários.
Alberto Consolaro, Bruno Aiello Barbosa, Carlos Eduardo Francischone Júnior, Renato Savi de Carvalho
37Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 25-39, out./nov./dez. 2009
REFERÊNCIAS
1. ASHLEY, E. T.; COVINGTON, L. L.; BISHOP, B. G.; BREAULT, L.
G. Ailing and failing endosseous dental implants: a literature
review. J. Contemp. Dent. Pract., Cincinnati, v. 4, no. 2,
p. 35-50, May 2003.
2. ATAULLAH, K.; CHEE, L. F.; PENG, L. L.; LUNG, H. H.
Management of retrograde peri-implantitis: a clinical case
report. J. Oral Implantol., Abington, v. 32, no. 6,
p. 308-312, 2006.
3. AYANGCO, L.; SHERIDAN, P. J. Development and treatment
of retrograde peri-implantitis involving a site with a history of
failed endodontic and apicoectomy procedures: a series of
reports. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 16,
no. 3, p. 412-417, 2001.
4. BALSHI, T. J. Preventing and resolving complications
with osseointegrated implants. Dent. Clin. North Am.,
Philadelphia, v. 33, no. 4, p. 821-868, 1989.
5. BALSHI, T. J.; PAPPAS, C. E.; WOLFINGER, G. J.; HERNANDEZ,
R. E. Management of an abscess around the apex of a
mandibular root form implant: clinical report. Implant Dent.,
Baltimore, v. 3, no. 2, p. 81-85, 1994.
6. BALSHI, S. F.; WOLFINGER, G. J.; BALSHI, T. J. A retrospective
evaluation of a treatment protocol for dental implant periapical
lesions: long-term results of 39 implant apicoectomies. Int. J.
Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 22, no. 2,
p. 267-272, Mar./Apr. 2007.
7. BECKER, W.; BECKER, B. E.; NEWMAN, M. G.; NYMAN, S.
Clinical and microbiologic findings that may contribute to
dental implant failure. Int. J. Oral Maxillofac. Implants,
Lombard, v. 5, no. 1, p. 31-38, Spring 1990.
8. BRETZ, W. A. et al. Treatment of retrograde peri-implantitis:
clinical report. Implant Dent., Baltimore, v. 6, no. 4,
p. 287-290, Winter 1997.
9. BRISMAN, D. L. The effect of speed, pressure, and time on bone
temperature during the drilling of implant sites. Int. J. Oral
Maxillofac. Implants, Lombard, v. 11, no. 1, p. 35-37, 1996.
10. BRISMAN, D. L.; BRISMAN, A. S.; MOSES, M. S. Implant
failures associated with asymptomatic endodontically treated
teeth. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 132, no. 2,
p. 191-195, 2001.
11. CAPLAN, D. J.; WEINTRAUB, J. A. Factors related to loss of root
canal filled teeth. J. Public Health Dent., Raleigh, v. 57,
no. 1, p. 31-39, Winter 1997.
12. DENNISON, D. K.; HUERZELER, M. B.; QUINONES, C.;
CAFFESSE, R. G. Contaminated implant surfaces: an in
vitro comparison of implant surface coating and treatment
modalities for decontamination. J. Periodontol., Chicago,
v. 65, no. 10, p. 942-948, 1994.
13. EL ASKARY, A. S.; MEFFERT, R. M.; GRIFFI, N. T. Why do
implants fail? Part I. Implant Dent., Baltimore, v. 8, no. 3,
p. 173-185, 1999.
14. ERIKSEN, H. M. Endodontology: epidemiologic
considerations. Endod. Dent. Traumatol., Copenhagen,
v. 7, no. 5, p. 189-195, Oct. 1991.
15. ERIKSSON, R. A.; ADELL, R. Temperatures during drilling
for the placement of implants using the osseointegration
technique. J. Oral Maxillofac. Surg., Philadelphia, v. 44,
no. 1, p. 4-7, Jan. 1986.
16. ESPOSITO, M.; HIRSH, J.; LEKHOLM, U.; THOMSEN, P.
Differential diagnosis and treatment strategies for biologic
complications and failing oral implants: a review of the
literature. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 14, no. 4, p. 473-490, 1999.
17. ESPOSITO, M.; HIRSCH, J. M.; LEKHOLM, U.; THOMSEN, P.
Biological factors contributing to failures of osseointegrated oral
implants. (I). Success criteria and epidemiology. Eur. J. Oral
Sci., Copenhagen, v. 106, no. 1, p. 527-551, Feb. 1998.
18. ESPOSITO, M.; HIRSCH, J. M.; LEKHOLM, U. et al. Biological
factors contributing to failures of osseointegrated implants
(II). Etiopathogenesis. Eur. J. Oral Sci., Copenhagen,
v. 106, no. 3, p. 721-764, June 1998.
19. FLANAGAN, D. Apical (retrograde) peri-implantitis: a case
report of an active lesion. J. Oral Implantol., Abington,
v. 28, no. 2, p. 92-96, 2002.
20. FRIBERG, B.; JEMT, T.; LEKHOLM, U. Early failures in 4,641
consecutively placed Branemark dental implants: a study
from stage 1 surgery to the connection of the completed
prosthesis. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 6, no. 2, p. 142-146, Summer 1991.
21. JALBOUT, Z. N.; TARNOW, D. P. The implant periapical
lesion: four case reports and review of the literature. Pract.
Proced. Aesthet. Dent., Mahwah, v. 13, no. 2,
p. 107-112, Mar. 2001.
22. KLINGE, B.; GUSTAFSSO, N. A.; BERGLUNDH, T. A
systematic review of the effect of anti-infective therapy in
the treatment of periimplantitis. J. Clin. Periodontol.,
Copenhagen, v. 29, p. 213-225, 2002. Supplement 3.
Lesão Periapical implantar: conceito, classificação e protocolo para diagnóstico e decisões terapêuticas
38 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 25-39, out./nov./dez. 2009
23. LIN, S.; MAYER, Y. Treatment of a large periradicular lesion of
endodontic origin around a dental implant with enamel matrix
protein derivative. J. Periodontol., Chicago, v. 78, no. 12,
p. 2385-2388, 2007.
24. McALLISTER, B. S.; MASTERS, D.; MEFFERT, R. M. Treatment
of implants demonstrating periapical radiolucencies. Pract.
Periodontics Aesthet. Dent., Mahwah, v. 4, no. 9,
p. 37-41, 1992.
25. MEFFERT, R. M. How to treat ailing and failing implants.
Implant Dent., Baltimore, v. 1, no. 1, p. 25-33, 1992.
26. MEFFERT, R. M. Periodontics and peri-implantitis: one and the
same. Pract. Periodontics Aesthet. Dent., Mahwah, v. 5,
no. 9, p. 79-82, 1993.
27. MOMBELLI, A. Etiology, diagnosis and treatment considerations
in peri-implantitis. Curr. Opin. Periodontol., Philadelphia,
v. 4, p. 127-136, 1997.
28. MOMBELLI, A.; BUSER, D.; LANG, N. P. Colonization of
osseointegrated titanium implants in edentulous patients. Early
results. Oral Microbiol. Immunol., Copenhagen, v. 3,
no. 3, p. 113-120, 1988.
29. MOMBELLI, A.; LANG, N. P. Antimicrobial treatment of peri-
implant infections. Clin. Oral Implants Res., Copenhagen,
v. 3, no. 4, p. 162-168, 1992.
30. NOVAES, A. B. J.; NOVAES, A. B. Immediate implants placed
into infected sites: a clinical report. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 10, no. 5, p. 609-613, Sept./Oct.
1995.
31. OH, T. J.; YOON, J.; WANG, H. L. Management of the implant
periapical lesion: a case report. Implant Dent., Baltimore,
v. 12, no. 1, p. 41-46, 2003.
32. PARK, S. H.; SORENSEN, W. P.; WANG, H. L. Management and
prevention or retrograde peri-implant infection from retained
root tips: two case reports. Int. J. Periodontics Restorative
Dent., Chicago, v. 24, no. 5, p. 422-433, 2004.
33. PEÑARROCHA-DIAGO, M.; BORONAT-LOPEZ, A., LAMAS
PELAYO, J. Update in dental implant periapical surgery. Med.
Oral Patol. Oral Cir. Bucal, Valencia, v. 11, no. 5,
p. e429-e432, Aug. 2006.
34. PEÑARROCHA-DIAGO, M.; BORONAT-LOPEZ, A.; GARCÍA-MIRA,
B. Inflammatory implant periapical lesion: etiology, diagnosis and
treatment-presentation of 7 cases. J. Oral Maxillofac Surg.,
Philadelphia, v. 67, no. 1, p. 168-173, 2009.
35. PIATTELLI, A.; SCARANO, A.; BALLERI, P.; FAVERO, G. A. Clinical
and histologic evaluation of an active "implant periapical lesion":
a case report. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 13, no. 5, p. 713-716, 1998.
36. PIATELLI, A.; SCARANO, A.; PIATELLI, M. et al. Implant
periapical lesion. Clinical, histological and histochemical aspects.
Int. J. Periodontics Restorative Dent., Chicago, v. 18,
no. 2, p. 181-187, 1998.
37. PIATELLI, A.; SCARANO, A.; PIATELLI, M. Abscess formation
around the apex of a maxillary root form implant: clinical and
microscopical aspects. A case report. J. Periodontol., Chicago,
v. 66, no. 10, p. 899-903, Oct. 1995.
38. QUIRYNEN, M.; VOGELS, R.; ALSAADI, G. et al. Predisposing
conditions for retrograde peri-implantitis, and treatment
suggestions. Clin. Oral Implants Res., Copenhagen, v. 16,
no. 5, p. 599-608, 2005.
39. REISER, G. M.; NEVINS, M. The implant periapical lesion:
etiology, prevention and treatment. Compend. Contin. Educ.
Dent., Newtown, v. 16, no. 8, p. 768, 770, 772, 1995.
40. ROSENBERG, E. S.; TOROSIAN, J. P.; SLOTS, J. Microbial
differences in 2 clinically distinct types of failures of
osseointegrated implants. Clin. Oral Implant Res.,
Copenhagen, v. 2, no. 3, p. 135-144, 1991.
41. ROSS-JANSAKER, A. M.; RENVERT, S.; EGELBERG, J.
Treatment of periimplant infections: a literature review. J. Clin.
Periodontol., Copenhagen, v. 30, no. 6, p. 467-485, 2003.
42. SCARANO, A.; DOMIZIO, P. D.; PETRONE, G.; IEZZI, G.; PIATELLI,
A. Implant periapical lesion: a clinical and histological case report.
J. Oral Implantol., Abington, v. 26, no. 2, p. 109-113, 2000.
43. SHAFFER, M. D.; JURUAZ, D. A.; HAGGERTY, P. C. The effect
of periradicular endodontic pathosis on the apical region of
adjacent implants. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral
Radiol. Endod., St. Louis, v. 86, no. 5, p. 578-581, 1998.
44. SUSSMAN, H. I.; MOSS, S. S. Localized osteomyelitis secondary
to endodontic-implant pathosis. J. Periodontol., Chicago, v. 64,
no. 4, p. 306-310, 1993.
45. SUSSMAN, H. I. Cortical bone resorption secondary to
endodontic implant pathology: a case report. NY State Dent.
J., Albany, v. 63, no. 9, p. 38-40, Nov. 1997.
46. SUSSMAN, H. I. Endodontic pathology leading to implant failure:
a case report. J. Oral Implantol., Abington, v. 23, no. 3,
p. 112-115, 1997.
47. SUSSMAN, H. I. Implant pathology associated with loss of
periapical seal of adjacent tooth: clinical report. Implant Dent.,
Baltimore, v. 6, no. 1, p. 33-37, Spring 1997.
48. SUSSMAN, H. I. Periapical implant pathology. J. Oral
Implantol., Abington, v. 24, no. 3, p. 133-138, 1998.
49. SUSSMAN, H. I. Tooth devitalization via implant placement: a
case report. Periodontal Clin. Invest., Port Washington, v. 20,
no. 1, p. 22-24, Spring 1998.
Alberto Consolaro, Bruno Aiello Barbosa, Carlos Eduardo Francischone Júnior, Renato Savi de Carvalho
39Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 25-39, out./nov./dez. 2009
Alberto Consolaro E-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Alberto Consolaro
• Professor titular em Patologia da FOB-USP e da
pós-graduação da FORP-USP.
Bruno Aiello Barbosa
• Doutorando em Patologia Bucal pela FOB-USP.
Carlos Eduardo Francischone Júnior
• Professor de Implantodontia da Universidade Sagrado
Coração – USC.
Renato Savi de Carvalho
• Professor de Implantodontia da Universidade Sagrado
Coração – USC.
50. TOZUM, T. F. et al. Diagnosis and treatment of a large periapical
implant lesion associated with adjacent natural tooth: a case
report. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol.
Endod., St. Louis, v. 101, no. 6, p. e132- e138, June 2006.
51. WATANABE, F.; TAWADA, Y.; KOMATSU, S.; HAA, Y. Heat
distribution in bone during preparation of implant sites: heat
analysis by real-time thermography. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 7, no. 2, p. 212-219, Summer 1992.
52. WEIGNER, R.; AXMANN-KREMAR, K.; LOST, C. Prognosis of
conventional root canal treatment considered. Endod. Dent.
Traumatol., Copenhagen, v. 14, no. 1, p. 1-9, Feb. 1998.
53. ZABLOTSKY, M. H.; DIEDRICH, D. L.; MEFFERT, R.
M. Detoxification of endotoxin-contaminated titanium
and hidroxyapatite-coated surfaces utilizing various
chemotherapeutic and mechanical modalities. Implant.
Dent., Baltimore, v. 1, no. 2, p. 154-158, Summer 1992.
54. ZHOU, W. et al. Endodontic treatment of teeth induces
retrograde peri-implantitis. Clin. Oral Implants Res.,
Copenhagen, Aug. 2009.
pergunte a um Expert
40 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 40-43, out./nov./dez. 2009
O papel do fator oclusal no sucesso das
próteses implantossuportadas:
uma análise crítica
As reabilitações protéticas sobre implantes têm re-
volucionado o tratamento dos pacientes parcial ou total-
mente desdentados. No entanto, alguns cuidados, princi-
palmente em relação ao planejamento, são imprescindí-
veis para uma resolução estética e funcional satisfatória
em curto e longo prazo.
A oclusão tem sido considerada um dos principais
fatores que determinam a longevidade da prótese sobre
implantes, responsável por possíveis insucessos, desde a
perda óssea cervical ao redor dos implantes até a perda
do implante ou fratura da prótese. Apesar dessa crença
ter sido frequentemente assumida como verdadeira por
muitos profissionais, ela não é suportada pela literatura
científica de qualidade até os dias atuais.
Talvez um dos melhores exemplos seja em relação
a qual esquema oclusal funciona melhor para determi-
nado tipo de prótese sobre implante. Sendo assim, será
que próteses sobre implante com diferentes suportes e
tamanhos – como as totais fixas (implantossuportadas),
overdentures (suporte misto), unitárias ou fixas parciais
implantossuportadas – devem ser ajustadas com diferen-
tes configurações oclusais? Até o momento, a ausência
de ensaios randomizados controlados de qualidade deixa
essa pergunta sem resposta. Em geral, as recomenda-
ções encontradas na literatura para as próteses sobre
implantes são similares às encontradas para as próteses
convencionais sobre dentes. Em uma revisão de literatu-
ra, Wood e Vermilyea11 concluíram que o esquema oclu-
sal para as próteses sobre implantes deve basear-se na
ausência de interferências oclusais nos movimentos ex-
cursivos, no direcionamento das cargas para o longo eixo
dos implantes e na diminuição de cargas laterais – todos
esses cuidados historicamente consagrados na prótese
convencional sobre dentes.
Wennerberg, Carlsson e Jemt10, em 2001, estudaram
a relação entre as variáveis oclusais e a satisfação com
o tratamento, além de aspectos clínicos e radiográficos,
de 109 pacientes reabilitados com próteses totais fixas
implantossuportadas mandibulares. Após um período de
8 anos, em média, a maioria dos pacientes reportou uma
melhora significativa na condição bucal, tanto em relação
ao conforto quanto à mastigação, independentemente da
condição oclusal presente, a qual também variou. Cerca
de 58% dos pacientes apresentaram contatos em dentes
anteriores quando em máxima intercuspidação, enquan-
to 10% apresentaram dentes posteriores com mordida
aberta uni ou bilateral. Ainda, após o período de uso da
prótese, 65% apresentaram oclusão balanceada bilateral
e 15% desoclusão pelo canino. A média de reabsorção ós-
sea marginal ao redor dos implantes foi de 0,5mm durante
Rafael dos Santos Silva
43Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 40-43, out./nov./dez. 2009
Rafael dos Santos Silva
rEFErênciaS
1. CARLSSON, G. E. Critical review of some dogmas in
prosthodontics. J. Prosthodont. Res., Amsterdam, v. 53,
no. 1, p. 3-10, Jan. 2009.
2. CELLETTI, R.; PAMEIJER, C. H.; BRACCHETTI, G.; DONATH,
K.; PERSICHETTI, G.; VISANI, I. Histologic evaluation of
osseointegrated implants restored in nonaxial functional
occlusion with preangled abutments. Int. J. Periodontics
Restorative Dent., Chicago, v. 15, no. 6, p. 562-573, Dec.
1995.
3. HOBKIRK, J. A.; WISKOTT, H. W. Biomechanical aspects of oral
implants: consensus report of Working Group 1. Clin. Oral
Implants Res., Copenhagen, v. 17, p. 52-54, Oct. 2006.
Suplement 2.
4. LINDQUIST, L. W.; CARLSSON, G. E.; JEMT, T. A prospective
15-year follow-up study of mandibular fixed prostheses
supported by osseointegrated implants: clinical results and
marginal bone loss. Clin. Oral Implants Res., Copenhagen,
v. 7, no. 4, p. 329-336, Dec. 1996.
5. LINDQUIST, L. W.; CARLSSON, G. E.; JEMT, T. Association
between marginal bone loss around osseointegrated
mandibular implants and smoking habits: a 10-year follow-up
study. J. Dent. Res., Alexandria, v. 76, no. 10, p. 1667-1674,
Oct. 1997.
6. LOBBEZOO, F.; VAN DER ZAAG, J. NAEIJE, M. Bruxism: its
multiple causes and its effects on dental implants - an updated
review. J. Oral Rehabil., Oxford, v. 33, no. 4, p. 293-300, Apr.
2006.
7. MISCH, C. E. Prótese sobre implantes. São Paulo: Ed.
Santos, 2006.
8. OKESON, J. P. Management of temporomandibular
disorders and occlusion. 4th ed. St. Louis: C. V. Mosby,
1998.
9. TAYLOR, T. D.; WIENS, J.; CARR, A. Evidence-based
considerations for removable prosthodontic and dental implant
occlusion: a literature review. J. Prosthet. Dent., St. Louis,
v. 94, no. 6, p. 555-560, Dec. 2005.
10. WENNERBERG, A.; CARLSSON, G. E.; JEMT, T. Influence
of occlusal factors on treatment outcome: a study of 109
consecutive patients with mandibular implant-supported fixed
prostheses opposing maxillary complete dentures. Int. J.
Prosthodont., Lombard, v. 14, no. 6, p. 550-555,
Nov./Dec. 2001.
11. WOOD, M. R.; VERMILYEA, S. G. A review of selected dental
literature on evidence-based treatment planning for dental
implants: report of the Committee on Research in Fixed
Prosthodontics of the Academy of Fixed Prosthodontics.
J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 92, no. 5, p. 447-462,
Nov. 2004.
Rafael dos Santos Silva
• Professor adjunto do departamento de Odontologia da
Universidade Estadual de Maringá/PR.
• Mestre e doutor em Reabilitação Oral pela FOB-USP.
• Especialista em Prótese pela USP-Bauru.
• Especialista em DTM e Dor Orofacial pelo CFO.
Endereço para correspondência
Rafael dos Santos SilvaE-mail: [email protected]
caso clínico
44 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 44-53, out./nov./dez. 2009
* Doutora e professora associada, disciplina de Perio-
dontia do departamento de Prótese, Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
** Doutor e professor da disciplina de Periodontia do
departamento de Prótese, Faculdade de Odontologia
de Bauru, Universidade de São Paulo.
*** Doutor, professor titular e chefe da disciplina de Pe-
riodontia do departamento de Prótese, Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
**** Mestre em Reabilitação Oral, opção Periodontia, pela
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade
de São Paulo.
***** Especialista em Periodontia pela Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
****** Doutor e professor associado da disciplina de Patolo-
gia, departamento de Estomatologia, na Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
Palavras-chave
Gengivite ulcerativa necrosante.
Sintomas. Diagnóstico. Necrose.
Resumo
A gengivite ulcerativa necrosante (GUN) é uma infecção aguda caracterizada
por necrose e ulceração da gengiva marginal, sangramento espontâneo e dor
de moderada a grave. Complicações não são frequentes e estão relacionadas
com a evolução rápida e com formas agressivas da doença. A seguir, será
apresentado um caso raro de sequestro ósseo decorrente de evolução rápida
de GUN, seu manejo e análise histológica. O caso envolve um paciente do
gênero masculino, de 17 anos de idade, que se apresentou à Faculdade de
Odontologia de Bauru/Universidade de São Paulo relatando severa e dolorosa
inflamação da gengiva marginal. O exame clínico e a anamnese levaram ao
diagnóstico de GUN. Realizou-se limpeza local e antibioticoterapia durante sete
dias. Ao quinto dia, houve a ocorrência de um sequestro ósseo entre os dentes
26 e 27. A involução completa do quadro agudo foi observada no sétimo dia.
No entanto, uma profundidade de sondagem de 5mm permaneceu no sítio do
qual o sequestro foi removido, denunciando a perda de inserção local e alteran-
do o diagnóstico inicial de GUN para periodontite ulcerativa necrosante (PUN).
A análise microscópica do fragmento revelou tecido ósseo com lacunas, tanto
celulares quanto vazias, atividade osteoclástica, espaços medulares com neu-
trófilos e reabsorção periférica. A evolução agressiva da GUN deve ser pronta-
mente reconhecida e tratada, para evitar complicações e sequelas decorrentes
dessa infecção microbiana do tecido ósseo.
Sequestro ósseo associado à progressão
agressiva de gengivite ulcerativa necrosante –
relato de caso
Maria Lúcia Rubo de REzENDE*, Adriana Campos Passanezi SANT`ANA*,
Sebastião Luiz Aguiar GREGHI**, Euloir PASSANEzI***, Roberta Santos DOMINGUES****,
Dahiana RODRIGUES*****, Luis Antônio de Assis TAVEIRA******
52
Sequestro ósseo associado à progressão agressiva de gengivite ulcerativa necrosante – relato de caso
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 44-53, out./nov./dez. 2009
Osseous sequestrum associated with the aggressive
progression of necrotizing ulcerative gingivitis
ABSTRACT
Necrotizing ulcerative gingivitis (NUG) is an acute infection characterized by necrosis and ulceration of the marginal gingiva, spontaneous bleeding, and moderate to severe pain. Complications are not frequent and are related to rapid evolution and aggressive forms of the disease. A rare case of osseous sequestrum resultant from a rapid evolution of NUG, its management and histological analysis will be presented here. The case involves a 17 year-old male patient, who referred to the School of Dentistry of Bauru, University of São Paulo, due to severe and painful inflammation of the marginal gingiva. Clinical examination and anamnesis confirmed the diagnosis of NUG. Gentle local cleaning and administration of systemic antibiotic were maintained for seven days. By the fifth day, an osseous sequestrum occurred between teeth 26 and 27. Complete involution of the acute condition was observed by the seventh day. Nevertheless, a probing depth of 5mm remained at the site from which the sequestrum was removed, confirming the local clinical attachment loss and altering the initial diagnosis of NUG to necrotizing ulcerative peridontitis (NUP). Histological analysis revealed bone tissue with cellular and empty lacunae, osteoclastic activity, marrow spaces with neutrophils and resorption at the sequestrum’s periphery. Aggressive evolution of NUG must be promptly recognized and treated to avoid sequels and complications resultant from this microbial infection of the bone tissue.
KEYWORDS: Necrotizing ulcerative gingivitis. Symptoms. Diagnosis. Necrosis.
rEFErênciaS
1. ARANEGA, A. M. et al. A profilaxia antimicrobiana nos
consultórios odontológicos. Rev. Odontol. Araçatuba,
Araçatuba, v. 25, n. 1, p. 33-38, 2004.
2. ARMITAGE, G. C. Development of a classification system for
periodontal diseases and conditions. Ann. Periodontol.,
Chicago, v. 4, no. 1, p. 1-6, Dec. 1999.
3. BOYAPATI, L.; WANG, H. L. The role of stress in periodontal
disease and wound healing. Periodontol. 2000,
Copenhagen, v. 44, p. 195-210, 2007.
4. CARRANZA, F. A.; KLOKKEVOLD, P. R. Infecções gengivais
agudas. In: NEWMAN, M. G.; CARRANZA, F. A.; CARRANZA,T.
H. Periodontia clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004. p. 267-276.
5. CLEREHUGH, V.; TUGNAIT, A. Diagnosis and management
of periodontal diseases in children and adolescents.
Periodontol. 2000, Copenhagen, v. 26, p. 146-168, 2001.
6. COGEN, R. B. Acute necrotizing ulcerative gingivitis.
In: GENCO, R. J.; GOLDMAN, H. M.; COHEN, D. W.
Contemporary Periodontics. St. Louis: C.V. Mosby, 1990.
p. 459-465.
7. CORBET, E. F. Diagnosis of acute periodontal lesions.
Periodontol. 2000, Copenhagen, v. 34, p. 204-216,
2004.
8. FENOLL, B. A.; PEREZ, S. A. Enfermedades periodontales
necrosantes. Med. Oral Patol. Oral Cir. Bucal, Valencia,
v. 9, p. 118-119, 2004. Supplement.
53
Maria Lúcia Rubo de Rezende, Adriana Campos Passanezi Sant`Ana, Sebastião Luiz Aguiar Greghi, Euloir Passanezi, Roberta Santos Domingues, Dahiana Rodrigues, Luis Antônio de Assis Taveira
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 44-53, out./nov./dez. 2009
9. FITCH, H. et al. Acute necrotizing ulcerative gingivitis.
J. Periodontol., Chicago, v. 34, p. 422-426, 1963.
10. GENCO, R. J. et al. Models to evaluate the role of stress in
periodontal disease. Ann. Periodontol., Chicago, v. 3,
no. 1, p. 288-302, July 1998.
11. GENCO, R. J. et al. Relationship of stress, distress and
inadequate coping behaviors to periodontal disease.
J. Periodontol., Chicago, v. 70, no. 7, p. 711-723, July
1999.
12. GLICKMAN, I.; CARRANZA, F. A. Acute gingival infections.
In: ______. Glickman´s clinical Periodontology.
Philadelphia: W. B. Saunders, 1979. p. 135-154.
13. HOLMSTRUP, P.; WESTERGAARD, J. Doença periodontal
necrosante. In: LINDHE, J. Tratado de Periodontia
Clínica e Implantologia Oral. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1999. p. 178-192.
14. HORNING, G. M. Necrotizing gingivostomatitis: NUG to
noma. Compend. Contin. Educ. Dent., Lawrenceville,
v. 17, no. 10, p. 951-962, Oct. 1996.
15. HORNING, G. M.; COHEN, M. E. Necrotizing ulcerative
gingivitis, periodontitis, and stomatitis: clinical staging and
predisposing factors. J. Periodontol., Chicago, v. 66,
no. 11, p. 990-998, Nov. 1995.
16. JIMENEZ, M.; BAER, P. N. Necrotizing ulcerative gingivitis in
children: a 9 year clinical study. J. Periodontol., Chicago,
v. 46, no. 12, p. 715-720, Dec. 1975.
17. JOHNSON, B. D.; ENGEL, D. Acute necrotizing ulcerative
gingivitis: a review of diagnosis, etiology and treatment. J.
Periodontol., Chicago, v. 57, no. 3, p. 141-150, Mar. 1986.
18. KINANE, D. F.; HODGE, P. J. Periodontal disease in
children and adolescents: introduction and classification.
Periodontol. 2000, Copenhagen, v. 26, p. 7-15, 2001.
19. KRISTOFFERSEN, T.; LIE, T. Necrotizing gingivitis. In:
LINDHE, J. Textbook of clinical Periodontology.
Philadelphia: W. B. Saunders Company, 1984. p. 202-218.
20. LISTGARTEN, M. A. Electron microscopic observations on the
bacterial flora of acute necrotizing ulcerative gingivitis.
J. Periodontol., Chicago, v. 36, no. 4, p. 328-339,
July/Aug. 1965.
21. LOESCHE, W. J. et al. The bacteriology of acute necrotizing
ulcerative gingivitis. J. Periodontol., Chicago, v. 53, no. 4,
p. 223-230, Apr. 1982.
22. LOPEZ, R.; BAELUM, V. Necrotizing ulcerative gingival lesions
and clinical attachment loss. Eur. J. Oral. Sci., Oxford,
v. 112, no. 1, p. 105-107, Feb. 2004.
23. MARCENES, W. S.; SHEIHAM, A. The relationship between
work stress and oral health status. Soc. Sci. Med., Boston,
v. 35, no. 12, p. 1511-1520, Dec. 1992.
24. MARUCHA, P. T. Treatment of acute gingival disease. In:
NEWMAN, M. G. et al. Carranza’s clinical Periodontology.
10th ed. Philadelphia: W. B. Saunders, 2006. p. 706-713.
25. MURAYAMA, Y. et al. Acute necrotizing ulcerative gingivitis:
risk factors involving host defense mechanisms. Periodontol.
2000, Copenhagen, v. 6, p. 116-124, Oct. 1994.
26. PARAMETER on acute periodontal diseases. American
Academy of Periodontology. J. Periodontol., Chicago, v. 71,
no. 5, p. 863-866, May 2000. Supplement.
27. PINDBORG, J. J. et al. Occurrence of acute necrotizing
gingivitis in South Indian children. J. Periodontol., Chicago,
v. 37, no. 1, p. 14-19, 1966.
28. SHANNON, I. L.; KILGORE, W. G.; O’LEARY, T. J. Stress as a
predisposing factor in necrotizing ulcerative gingivitis.
J. Periodontol., Chicago, v. 40, no. 4, p. 240-242, 1969.
29. SILVA, A. M. da; NEWMAN, H. N.; OAKLEY, D. A.
Psychosocial factors in inflammatory periodontal diseases:
a review. J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 22, no. 7,
p. 516-526, July 1995.
30. TAIWO, J. O. Severity of necrotizing ulcerative gingivitis
in Nigerian children. Periodontal Clin. Investig., Port
Washington, v. 17, no. 2, p. 24-27, Fall 1995.
Roberta Santos DominguesFaculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP)Al. Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 CEP: 17.012-901 – Bauru / SPE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
54 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 54-71, out./nov./dez. 2009
caso Selecionado
Wagner Rodrigues Duarte, José Maria Gratone,
Daniela Pretto Januário, Alessandro Lourenço Januário
A exposição excessiva de tecido gengival no
ato do sorriso é comumente chamada de sorriso
gengival1. Uma das causas de um sorriso gengival
é a erupção passiva alterada, situação em que os
pacientes também apresentam dentes com propor-
ções alteradas (quadrados), pois a gengiva não
migra apicalmente em direção à junção cemento-
esmalte (JCE) após a erupção ativa e recobre par-
cialmente a coroa anatômica dos dentes. A erupção
passiva alterada é classificada em tipo I e tipo II.
O tipo I é caracterizado por uma grande quantida-
de de tecido gengival (mucosa queratinizada), en-
quanto no tipo II a quantidade de gengiva é limita-
da5. De acordo com a relação entre a crista óssea
vestibular e a JCE, os tipos I e II podem ser subdivi-
didos em subgrupos A e B. No subgrupo A, a crista
óssea está localizada a mais de 1mm apicalmente
à JCE, portanto, existe uma região adequada para a
inserção conjuntiva na superfície radicular. Por outro
lado, o subgrupo B exibe uma crista óssea muito
próxima à JCE (menos de 1mm)5. A diferenciação
dos tipos de erupção passiva alterada é de extre-
ma importância para se determinar a abordagem
cirúrgica correta, ou seja, um paciente do tipo IA
(excesso de gengiva com relação normal crista ós-
sea-JCE) poderia ser tratado por um procedimento
de gengivectomia de bisel externo3. Por outro lado,
um paciente do tipo IB (excesso de gengiva com
a crista óssea muito próxima à JCE) necessita ser
tratado com um procedimento que envolve a eleva-
ção de um retalho, pois osteotomia e osteoplastia
devem ser realizadas3. A erupção passiva alterada
Correção de sorriso gengival:
como obter previsibilidade, precisão
e estabilidade a longo prazo
Resumo
A correção cirúrgica do sorriso gengival decorrente de uma erupção passiva alterada é um procedimento comumente
realizado em Periodontia. Uma das dificuldades desse procedimento é a obtenção de um arquitetura gengival harmoniosa
bilateralmente, assim como a definição precisa dos contornos gengivais, os quais são importantes na estética do sorriso.
Portanto, os reparos cirúrgicos são relativamente frequentes, o que é algo problemático tanto para o paciente como para
o periodontista. O caso clínico aqui apresentado descreve um protocolo utilizado há vários anos pelo nosso grupo para
a correção de sorrisos gengivais, o qual oferece previsibilidade, precisão e tem possibilitado resultados estáveis a longo
prazo, sem a necessidade de reparos cirúrgicos.
Palavras-chave: Sorriso gengival. Erupção passiva alterada. Aumento estético de coroa clínica.
71Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 54-71, out./nov./dez. 2009
Wagner Rodrigues Duarte, José Maria Gratone, Daniela Pretto Januário, Alessandro Lourenço Januário
rEFErênciaS
1. ALLEN, E. P. Use of mucogingival surgical procedures to
enhance esthetics. Dent. Clin. North Am., Philadelphia, v. 32,
p. 307-330, 1988.
2. BARRIVIERA, M.; DUARTE, W. R.; JANUÁRIO, A. L.; FABER, J.;
BEZERRA, A. C. A new method to assess and measure palatal
masticatory mucosa by cone-beam computerized tomography.
J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 36, no. 7, p. 564-568,
2009.
3. BORGHETTI, A. et al. Cirurgia plástica periodontal. 1. ed.
São Paulo: Artmed, 2002.
4. CAMARGO, P. M.; MELNICK, P. R.; CAMARGO, L. M. Clinical
crown lengthening in the esthetic zone. J. Calif. Dent. Assoc.,
Sacramento, v. 35, no. 7, p. 487-498, 2007.
5. COSLET, J. G.; VANARSDALL, R.; WEISGOLD, A. Diagnosis and
classification of delayed passive eruption of the dentogingival
junction in the adult. Alpha Omegan, New York, v. 70,
p. 24-28, 1977.
6. JANUÁRIO, A. L.; BARRIVIERA, M.; DUARTE, W. R. Soft tissue
cone-beam computed tomography: a novel method for the
measurement of gingival tissue and the dimensions of the
dentogingival unit. J. Esthet. Restor. Dent., London, v. 20,
no. 6, p. 366-373, 2008.
7. JANUÁRIO, A. L.; GRATONE, J. M.; DUARTE, W. R. Princípios
estéticos e planejamento reverso. In: JOLY, J. C.; CARVALHO, P.
F. M. de; SILVA, R. C. da. Reconstrução tecidual estética.
Procedimentos plásticos e regenerativos periodontais e peri-
implantares. 1. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2009.
p. 63-114.
8. KAO, R. T.; DAULT, S.; FRANGADAKIS, K.; SALEHIEH, J. J. Esthetic
crown lengthening: appropriate diagnosis for achieving gingival
balance. J. Calif. Dent. Assoc., Sacramento, v. 36, no. 3,
p. 187-189, 2008.
9. KURTZMAN, G. M.; SILVERSTEIN, L. H. Diagnosis and treatment
planning for predictable gingival correction of altered passive
eruption. Pract. Proced. Aesthet Dent., Mahwah, v. 20,
no. 2, p. 103-108, 2008.
10. REDDY, M. S. Achieving gingival esthetics. J. Am. Dent. Assoc.,
Chicago, v. 134, no. 3, p. 295-304, 2003.
Endereço para correspondência
Wagner Rodrigues DuarteSCN Quadra 2 Lote DEdifício Liberty Mall, Torre B – sala 516CEP: 70.712-903 – Brasília / DFE-mail: [email protected]
Wagner Rodrigues Duarte
Especialista em Periodontia, Unesp-Araraquara. Douto-
rado e pós-doutorado em Periodontia, Tokyo Medical
and Dental University, Japão. Professor dos cursos de
especialização em Periodontia e Implantodontia, Ipesp,
Brasília/DF. ITI fellow.
José Maria Gratone
Especialista em Prótese Dental, UFU, Uberlândia.
Professor convidado dos cursos de especialização em
Periodontia e Implantodontia, Ipesp, Brasília/DF.
Daniela Pretto Januário
Mestre em Periodontia S.L.Mandic. Professora dos cur-
sos de especialização em Periodontia, Ipesp e ABO/DF.
Alessandro Lourenço Januário
Especialista em Periodontia, ABO, Brasília/DF. Mestre e
doutor em Clínica Odontológica/Periodontia, Unicamp-
Piracicaba. Professor coordenador dos cursos de
especialização em Periodontia e Implantodontia, Ipesp,
Brasília/DF. ITI fellow.
caso clínico
72 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 72-81, out./nov./dez. 2009
* Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilo-
facial do Hospital Regional do Agreste, Caruaru/PE.
** Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofa-
cial. Coordenador da Residência em Cirurgia e Trau-
matologia Bucomaxilofacial do Hospital Regional do
Agreste, Caruaru/PE.
*** Professora regente da disciplina de Patologia Bucal
do curso de Odontologia e pró-reitora da Faculdade
São Leopoldo Mandic, Campinas/SP.
**** Preceptora da Residência em Cirurgia e Trauma-
tologia Bucomaxilofacial do Hospital Regional do
Agreste, em Caruaru/PE.
Palavras-chave
Implante dentário. Transplante ósseo.
Aumento do rebordo alveolar.
Resumo
A reabilitação de pacientes com severa atrofia maxilar e que desejam utilizar
próteses implantossuportadas, geralmente, necessita de procedimentos de
aumento do suporte ósseo. Esses, na maior parte dos casos, são realizados
utilizando-se materiais de enxertos, sendo o osso autógeno o material que me-
lhor satisfaz as características do enxerto ideal. O presente trabalho tem como
objetivo mostrar três casos clínicos com pacientes que apresentaram-se com
maxilas atróficas, sendo os mesmos reabilitados por meio de enxertos de crista
ilíaca, utilizados em bloco e particulados, antes da colocação dos implantes.
Reconstruções maxilares utilizando enxerto
de crista ilíaca
Leonardo Costa de Almeida PAIVA*, Paulo Roberto Ferreira CERQUEIRA**,
Vera Cavalcanti de ARAúJO***, Maria Cristina de ANDRADE****
80
Reconstruções maxilares utilizando enxerto de crista ilíaca
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 72-81, out./nov./dez. 2009
Maxillary reconstructions using grafts of iliac crest
ABSTRACT
The rehabilitation of patients with severe maxillary atrophy and those who want to use implant-supported prosthesis, usually, needs procedures to increase the bony support. These, in most of the cases, are accomplished through materials of grafts, being the autogenic bone the material that best satisfies the characteristics of the ideal graft. The present paper has as objective show three clinical cases with patients that presented with maxillary atrophy which were rehabilitated through grafts of iliac crest, used in block and particulated, previously to the placement of the implant.
KEYWORDS: Dental implantation. Bone transplantation. Alveolar ridge augmentation.
rEFErênciaS
1. BABBUSH, C.; SHIMURA, M. Five-year statistical and clinical
observations with the IMZ two-stage osseointegrated
implant system. Int. J. Oral Maxillofac. Implants,
Lombard, v. 8, no. 3, p. 245-253, 1993.
2. BARONE, A.; COVANI, U. Maxillary alveolar ridge
reconstruction with nonvascularized autogenous block bone:
clinical results. J. Oral Maxillofac. Surg., Philadelphia,
v. 65, no. 10, p. 2039-2046, 2007.
3. BOYNE, P. J.; JAMES, R. A. Grafting of the maxillary sinus
floor with autogenous marrow and bone. J. Oral Surg.,
Chicago, v. 38, no. 8, p. 613-616, 1980.
4. CAWOOD, J. I.; HOWELL, R. A. A classification of the
edentulous jaw. Int. J. Oral Maxillofac. Implants,
Lombard, v. 17, p. 232-236, 1988.
5. CHOUKROUN, J. et al. Platelet-rich fibrin (PRF): a second-
generation platelet concentrate. Part V: histologic evaluations
of PRF effects on bone allograft maturation in sinus lift. Oral
Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod.,
St. Louis, v. 101, no. 3, p. 299-303, Mar. 2006.
6. ELLA, B. et al. Septa within the sinus: effect on elevation of
the sinus floor. J. Oral Maxillofac. Surg., Philadelphia,
v. 46, no. 6, p. 464-467, Sept. 2008.
dentária. Pacientes que perderam elementos
dentários há vários anos são candidatos pro-
pensos aos enxertos ósseos. O uso do enxerto
de ilíaco é enormemente adotado nas recons-
truções maxilares, por ser osteocondutor e os-
teoindutor, conter células progenitoras, ter boa
arquitetura estrutural e ser um leito doador de
quantidade óssea adequada para as reabilita-
ções maxilofaciais. A inserção dos implantes em
um segundo estágio cirúrgico ainda é o melhor
protocolo, visto que aguarda-se a integração do
enxerto ao leito receptor, visando diminuir as
chances de perda de implante por motivo de
falha de enxertia.
81
Leonardo Costa de Almeida Paiva, Paulo Roberto Ferreira Cerqueira, Vera Cavalcanti de Araújo, Maria Cristina de Andrade
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 72-81, out./nov./dez. 2009
7. GAZDAG, A. R. et al. Alternatives to autogenous bone grafts:
efficacy and indications. J. Am. Acad. Orthop. Surg.,
Rosemont, v. 3, no. 1, p. 1-8, Jan. 1995.
8. HAAS, R. et al. Five-year results of maxillary IMZ implants.
Br. J. Oral Maxillofac. Surg., Edinburgh, v. 36, no. 2,
p. 123-128, Apr. 1998.
9. JENSEN, J.; SINDET-PEDERSEN, S.; OLIVER S. J. Varying
treatment strategies for reconstruction of maxillary atrophy
with implants: results in 98 patients. J. Oral Maxillofac.
Surg., Philadelphia, v. 52, no. 3, p. 210-216, Mar. 1994.
10. JUNG, Y. S. et al. Spontaneous bone formation on the
maxillary sinus floor in association with an extraction socket.
Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 36,
no. 7, p. 656-657, 2007.
11. MANNAI, C. Early implant loading in severely resorbed
maxilla using xenograft, autograft, and platelet-rich plasma in
97 patients. J. Oral Maxillofac. Surg., Philadelphia, v. 64,
no. 9, p. 1420-1426, Sept. 2006.
12. NYSTRON, E. et al. A 9-14 year follow-up of onlay bone
grafting in the atrophic maxilla. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 38, no. 2, p. 111-116, 2009.
13. PEJRONE, G. et al. Sinus floor augmentation with
autogenous iliac bone block grafts: a histological and
histomorphometrical report on the two-step surgical
technique. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 31, no. 4, p. 383-388, 2002.
14. SCHAAF, H. et al. Sinus lift augmentation using autogenous
bone grafts and platelet-rich plasma: radiographic results.
Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol.
Endod., St. Louis, v. 106, no. 5, p. 673-678, Nov. 2008.
15. SCHLEGEL, K. A. et al. Sinus floor elevation using
autogenous bone or bone substitute combined with platelet-
rich plasma. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral
Radiol. Endod., St. Louis, v. 104, no. 3, p. e15-e25, 2007.
16. TATUM, H. J. Maxillary and sinus implant reconstructions.
Dent. Clin. North Am., Philadelphia, v. 30, no. 2,
p. 207-229, 1986.
17. THOR, A. et al. Bone formation at the maxillary sinus floor
following simultaneous elevation of the mucosal lining and
implant installation without graft material: an evaluation of
20 patients treated with 44 astra tech implants. J. Oral
Maxillofac. Surg., Philadelphia, v. 65, no. 7, p. 64-72, 2007.
18. TILOTTA, F.; LAZAROO, B.; GAUDY, J. F. Gradual and safe
technique for sinus floor elevation using trephines and
osteotomes with stops: a cadaveric anatomic study. Oral
Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod.,
St. Louis, v. 106, no. 2, p. 210-216, 2008.
19. UCKAN, S. et al. Use of a resorbable nut system for
simultaneous implant insertion and maxillary sinus floor
elevation. J. Oral Maxillofac. Surg., Philadelphia, v. 65,
no. 9, p. 1780-1782, 2007.
20. VRIELINCK, L. et al. Image-based planning and clinical
validation of zygoma and pterygoid implant placement in
patients with severe bone atrophy using customized drill
guides. Preliminary results from a prospective clinical follow-
up. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 32,
no. 1, p. 7-14, 2003.
21. WATZEK, G. et al. Treatment of patients with extreme
maxillary atrophy using sinus floor augmentation and
implants: preliminary results. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 27, no. 6, p. 428-434, 1998.
22. YERIT, K. C. Rehabilitation of the severely atrophied maxilla
by horseshoe Le Fort I osteotomy (HLFO). Oral Surg. Oral
Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., St. Louis, v. 97,
no. 6, p. 683-692, 2004.
23. YURA, S. A combination of three minimally invasive surgical
procedures for implant placement in the posterior maxilla
with insufficient bone quantity. Oral Surg. Oral Med. Oral
Pathol. Oral Radiol. Endod., St. Louis, v. 106, no. 2,
p. e1-e5, 2008.
24. ZIJDERVELD, S. et al. Anatomical and surgical findings
and complications in 100 consecutive maxillary sinus
floor elevation procedures. J. Oral Maxillofac. Surg.,
Philadelphia, v. 66, no. 7, p. 1436-1438, 2008.
Paulo Roberto Ferreira CerqueiraRua Pastor Rubens Fernandes Prado, 75CEP: 55.014-395 – Caruaru / PEE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
caso clínico
82 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 82-90, out./nov./dez. 2009
* Especialista em Implantodontia pela APCD-Araçatu-
ba. Mestrando em Implantodontia pela Universidade
Federal de Santa Catarina.
** Alunos da graduação em Odontologia na Universi-
dade Federal de Santa Catarina.
*** Mestre e doutor em Reabilitação Oral pela USP.
Pós-doutorado pela Universidade de Minnesota.
Professor titular da Universidade Federal de Santa
Catarina. Coordenador do curso de doutorado em
Implantodontia da Universidade Federal de Santa
Catarina.
Palavras-chave
Implante malposicionado. Prótese so-
bre implante. Prótese parafusada por
lingual.
Resumo
A Implantodontia tem demonstrado que a colocação de implantes não é uma
tarefa das mais difíceis. A dificuldade reside em posicionar os implantes ade-
quadamente para instalação, de maneira que o clínico possa optar pelo melhor
sistema de retenção, de acordo com sua opinião: parafusada, cimentada ou
cimentada-parafusada. Os problemas gerados por implantes malposicionados
têm trazido muitas complicações na hora de confeccionar as próteses. Na
tentativa de ilustrar uma forma de resolução desses problemas, o presente
trabalho descreve um caso clínico de prótese unitária parafusada por lingual.
Na região do primeiro molar inferior esquerdo, um implante – que havia sido
instalado com inclinação vestibular – teve sua posição corrigida por meio des-
se sistema de retenção de prótese. Assim, conferiu-se ao trabalho protético
estética vestibular sem aparecimento de cinta metálica, estética oclusal seme-
lhante à das coroas cimentadas e, ao mesmo tempo, reversibilidade.
Prótese parafusada por lingual:
uma alternativa protética para implantes
vestibularizados. Relato de caso clínico
Gustavo Castellazzi SELLA*, Aline Lopes GONÇALVES**,
Shizuma SHIBATA**, Antonio Carlos CARDOSO***
89
Gustavo Castellazzi Sella, Aline Lopes Gonçalves, Shizuma Shibata, Antonio Carlos Cardoso
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 82-90, out./nov./dez. 2009
Lingual screw-retained prostheses: An alternative
prosthetic solution for buccal positioned implants.
A case reportABSTRACT
Implantology has shown that the insertion of implants is not one of the most difficult task. The difficulty lies in properly positioning the implant to be installed so that the clinician can choose the best retention system, according to his opinion: screwed, cemented or screwed-cemented. The problems caused by misplaced implants have brought many complications at the time of manufacturing the prosthesis. In an attempt to illustrate one way of solving these problems, this paper describes a clinical case of a single crow prosthesis screwed by lingual. In the region of the lower left first molar, an implant - which had been installed with vestibular inclination - had its position adjusted by means of this prosthesis retention system. Thus, it was given to prosthetic work buccal aesthetics appearance without showing the metallic collar, occlusal esthetics similar to that of cemented crowns and, at the same time, reversibility.
KEYWORDS: Poorly positioned implant. Implant supported prostheses. Lingual screw-retained prostheses.
rEFErênciaS
1. ADELL, R.; ERIKSSON, B.; LEKHOLM, U.; BRANEMARK, P.
I.; JEMT, T. Long-term follow-up study of osseointegrated
implants in the treatment of the totally edentulous jaw. Int.
J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 5, no. 4,
p. 347-359, 1990.
2. ADELL, R.; LEKHOLM, U.; ROCKLER, B.; BRANEMARK, P. I. A
15-year study of osseointegrated implants in the treatment
of the edentulous jaw. Int. J. Oral Surg., Copenhagen,
v. 10, no. 6, p. 387-416, 1981.
3. BECKER, W.; BECKER, B. E. Replacement of maxillary
and mandibular molars with single endosseous implant
restorations: a retrospective study. J. Prosthet. Dent.,
St. Louis, v. 74, no. 1, p. 51-55, 1995.
4. BEZERRA, F. L. B.; ROCHA, P. V. B. Próteses parafusadas x
próteses cimentadas: uso de incrustação em cerâmica para
obturação do canal de acesso do parafuso de retenção
oclusal. 3i Innovations Journal, [s.l.], v. 3, n. 1, p. 6-10,
jan./jun.1999.
5. BRANEMARK, P. L.; SVENSSON, B.; VAN STEENBERGHE,
D. Ten-year survival rates of fixed prostheses on four or six
implants ad modum Branemark in full edentulism. Clin. Oral
Implants Res., Copenhagen, v. 6, no. 4, p. 227-231, 1995.
6. CHEE, W.; FELTON, D. A.; JOHNSON, P. F.; SULLIVAN, D. V.
Cemented versus screw-retained implant prostheses: which
is better? Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 14, no. 1, p. 137-141, 1999.
7. CHICHE, G. J.; PINAULT, A. Considerations for fabrication
of implant-supported posterior restorations. Int. J.
Prosthodont., Lombard, v. 4, no. 1, p. 37-44, 1991.
8. DINATO, J. C.; WULFF, L. C. Z.; BIANCHINI, M. A. Adaptação
passiva: ficção ou realidade? In: DINATO, J. C.; POLIDO, W.
D. Implantes osseointegrados: cirurgia e prótese. São
Paulo: Artes Médicas, 2001. p. 309-310.
9. EKFELDT, A.; CARLSSON, G. E.; BORJESSON, G. Clinical
evaluation of single-tooth restorations supported by
osseointegrated implants: a retrospective study. Int. J.
Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 9, no. 2,
p. 179-183, 1994.
90
Prótese parafusada por lingual: uma alternativa protética para implantes vestibularizados. Relato de caso clínico
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 82-90, out./nov./dez. 2009
10. FRANCISCHONE, C. E.; ISHIKIRIAMA, S. K.; VASCONCELOS,
L. Próteses parafusadas x próteses cimentadas sobre
implantes osseointegrados: vantagens e desvantagens.
In: VANZILLOTTA, O. S.; SALGADO, L. P. S. Odontologia
integrada: atualização multidisciplinar para o clínico e o
especialista. Rio de Janeiro: Pedro Primeiro, 1999. p. 199-215.
11. FREITAS, R.; ALMEIDA JR., A. A.; OLIVEIRA, J. L. G. Tubo-
parafuso: uma alternativa viável para próteses fixas implanto-
suportadas. ImplantNews, São Paulo, v. 5, n. 5, p. 519-525,
out./set. 2008.
12. GUICHE, T. D. L. Load transfer in screw- and cement-retained
implant fixed partial denture designs. J. Prosthet. Dent.,
St. Louis, v. 72, p. 631, 1994. Abstract.
13. GUICHE, T. D. L. et al. Passivity of fit and marginal opening
in screw- or cement-retained implant fixed partial denture
designs. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 15,
no. 2, p. 239-246, 2000.
14. JEMT, T.; LINDEN, B.; LEKHOLM, U. Failures and complications
in 127 consecutively placed fixed partial prostheses supported
by Brånemark implants: from prosthetic treatment to first
annual checkup. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 7, no. 1, p. 40-44, 1992.
15. KENT, D. K.; KOKA, S.; FROESCHLE, M. L. Retention of
cemented implant-supported restorations. J. Prosthodont.,
Copenhagen, v. 6, no. 3, p. 193-196, 1997.
16. LANEY, W. R.; JEMT, T.; HARRIS, D.; HENRY, P. J.; KROGH, P. H.;
POLIZZI, G. et al. Osseointegrated implants for single-tooth
replacement: progress report from a multicenter prospective
study after 3 years. Int. J. Oral Maxillofac. Implants,
Lombard, v. 9, no. 1, p. 49-54, 1994.
17. LEKHOLM, U.; VAN STEENBERGHE, D.; HERRMANN, I.;
BOLENDER, C.; FOLMER, T.; GUNNE, J. et al. Osseointegrated
implants in the treatment of partially edentulous jaws: a
prospective 5-year multicenter study. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 9, p. 627-635, 1994.
18. LEVINE, R. A.; CLEM, D.; BEAGLE, J.; GANELES, J.; JOHNSON,
P.; SOLNIT, G. et al. Multicenter retrospective analysis of the
solid-screw ITI implant for posterior single-tooth replacements.
Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 17,
no. 4, p. 550-556, 2002.
19. LINDQUIST, L. W.; CARLSSON, G. E.; GLANTZ, P. O.
Rehabilitation of the edentulous mandible with tissue-
integrated fixed prostheses: a six-year longitudinal study.
Quintessence Int., Berlin, v. 18, p. 89-96, 1987.
20. MICHALAKIS, K. X.; HIRAYAMA, H.; GAREFIS, P. D. Cement-
retained versus screw-retained implant restorations: a critical
review. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 18,
no. 5, p. 719-726, 2003.
21. NADIN, M. A.; MORO, A. L.; GALI, J. P.; NADIN, P. S. Prótese
parafusada lateralmente: a evolução no mecanismo
de retenção da prótese fixa sobre implantes. Revista
Odontológica de Araçatuba, Araçatuba, v. 25, n. 1,
p. 49-52, jan./ jun. 2004.
22. NAERT, I.; QUIRYNEN, M.; VAN STEENBERGHE, D.; DARIUS, P.
A six-year prosthodontic study of 509 consecutively inserted
implants for the treatment of partial edentulism. J. Prosthet.
Dent., St. Louis, v. 67, no. 2, p. 236-245, 1992.
23. SCHELLER, H.; URGELL, J. P.; KULTJE, C.; KLINEBERG, I.;
GOLDBERG, P. V.; STEVENSON-MOORE, P. et al. A 5-year
multicenter study on implant-supported single crown
restorations. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 13, no. 2, p. 212-218, 1998.
24. SINGER, A.; SERFATY, V. Cement-retained implant-supported
fixed partial dentures: a 6-month to 3-year follow-up. J. Oral
Maxillofac. Implants, Lombard, v. 11, no. 5, p. 645-649,
1996.
25. TAYLOR, T. D.; AGAR, J. R. Twenty years of progress in implant
prosthodontics. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 88, no. 1,
p. 89-95, 2002.
26. VALBÃO JÚNIOR, F. P. B.; PEREZ, E. G.; BREDA, M. Alternative
method for retention and removal of cement-retained implant
prostheses. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 62, no. 2,
p. 181-183, Ago. 2001.
27. VIGOLO, P.; GIVANI, A.; MAJZOUB, Z.; CONDIOLI, G. Cement
versus screw-retained implant-supported single-tooth crowns:
a 4-year prospective clinical study. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 19, no. 2, p. 260-265, 2004.
28. ZARB, G. A.; SCHMITT, A. The edentulous predicament: a
prospective study of the effectiveness of implant-supported
fixed prostheses. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 127,
no. 1, p. 59-65, 1996.
29. ZARB, G. A.; SCHMITT, A. The longitudinal clinical effectiveness
of osseointegrated dental implants in anterior partially
edentulous patients. Int. J. Prosthodont., Lombard, v. 6,
no. 2, p. 180-188, 1993.
30. ZARB, G. A.; SMITH, A. The longitudinal clinical effectiveness
of osseointegrated dental implants: the Toronto study Part III:
problems and complications encountered. J. Prosthet. Dent.,
St. Louis, v. 64, no. 2, p. 185-194, 1990.
Gustavo Castellazzi SellaRua Jonathas Serrano, nº 825 – Jardim QuebecCEP: 86.060-220 – Londrina / PR E-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
artigo inédito
91Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 91-100, out./nov./dez. 2009
* Mestre em Prótese Dentária (PUC-MG). Aluno de
pós-graduação nível doutorado em Reabilitação Oral
(FOB-USP).
** Professor adjunto da Faculdade de Odontologia
UFMG. Doutor em Periodontia (FOB-USP).
*** Professor associado da Faculdade de Odontologia
UFMG. Doutor em Dentística (FOB-USP).
**** Professor adjunto da Faculdade de Odontologia
UFMG. Doutor em Materiais Dentários (FO-UFMG).
***** Professor na pós-graduação da PUC-MG. Doutor em
Reabilitação Oral (FOB-USP).
Palavras-chave
Biomecânica. Implantes dentários.
Prótese parcial.
Método dos elementos finitos.
Resumo
Os implantes osseointegrados utilizados para reabilitação do edentulismo total
mostram um elevado grau de previsibilidade terapêutica. Entretanto, surgiu a
necessidade de extrapolar as alternativas de tratamento com implantes para
pacientes parcialmente edêntulos. Diante disso, vários estudos têm sido dire-
cionados para avaliar a possibilidade de unir tais implantes a dentes naturais,
visto que o comportamento biomecânico dessas duas estruturas apresenta
peculiaridades distintas. Utilizando-se o método de elementos finitos (MEF),
foram construídos dois modelos para simulação do comportamento mecânico
de uma prótese fixa de união rígida entre o dente natural e o implante osseoin-
tegrado de 6,0mm, variando a quantidade de implantes envolvidos. Na análise
quantitativa, pôde-se observar que, na prótese com um implante, a máxima
tensão SEQV foi de 49,73MPa; enquanto, para a prótese com dois implantes, a
máxima tensão SEQV foi de 28,96MPa. A análise dos resultados permitiu con-
cluir que a colocação de um implante adicional promove uma maior ancoragem
ao conjunto protético, porém, a utilização de implante reduzido unido ao dente
natural favorecerá uma mobilidade do órgão dentário.
Comportamento biomecânico de uma prótese
fixa implantodentossuportada utilizando
implantes curtos
Marcos Daniel S. LANzA*, Wellington Márcio dos Santos ROCHA**,
Lincoln Dias LANzA***, Eduardo Souza LEMOS****, Marcos Dias LANzA*****
99
Marcos Daniel S. Lanza, Wellington Márcio dos Santos Rocha, Lincoln Dias Lanza, Eduardo Souza Lemos, Marcos Dias Lanza
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 91-100, out./nov./dez. 2009
Biomechanical aspect of combined
tooth-implant supported fixed partial denture
using short implantsABSTRACT
Osseointegrated implants used for rehabilitation of total edentulism show a high degree of therapy predictability. However, there is the need to extrapolate treatment options with implants for partially edentulous patients. Subsequently several studies have been directed to assess the possibility of joining such implants to natural teeth, since the biomechanical behavior of these two structures has its own peculiarities. Using the finite element analysis (FEA), two models were constructed to simulate the mechanical behavior of a fixed prosthesis with rigid union between natural tooth and a 6.0 mm osteointegrated implant, varying the number of implants involved. In quantitative analysis, it was observed that in the prosthesis with one implant the maximum SEQV stress was 49.73 MPa, whereas for the prostheses with two implants the maximum SEQV stress was 28.96 MPa. The results showed that the placement of an additional implant promotes greater anchoring to the prosthetic joint, however, the use of small implants attached to the tooth will favor the tooth mobility.
KEYWORDS: Biomechanics. Dental implants. Partial prosthesis. Finite element analysis.
rEFErênciaS
1. BENZING, U. R.; GALL, H.; WEBER, H. Biomechanical aspects
of two different implant-prosthetic concepts for edentulous
maxillae. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard,
v. 10, no. 2, p 188-198, 1995.
2. BUSER, D. et al. Long term evaluation of non-submerged
ITI implants part I: 8 year life table analysis of a prospective
multi-center study with 2,359 implants. Clin. Oral Implants
Res., Copenhagen, v. 8, no. 3, p. 161-172, 1997.
2) A colocação de implantes adicionais no
contexto da prótese favorece uma melhor dis-
tribuição das tensões, tendo em vista que as
tensões foram reduzidas.
3) O tipo de liga utilizada na infraestrutura
metálica exerce papel fundamental no deslo-
camento do conjunto protético, tendo em vista
um maior deslocamento na região do pôntico,
devendo ser preferíveis as de maior módulo de
elasticidade.
3. CARTER, D. R.; HAYES, W. C. Compressive behavior of bone
as a two-phase porous structure. J. Bone Joint Surg.,
Boston, v. 59, no. 7, p. 954-996, 1977.
4. FUGAZZOTO, P. A. et al. Implant/tooth connected restorations
utilizing screw-fixed attachments: a survey of 3,096 sites in
function for 3 to 14 years. Int. J. Oral Maxillofac. Implants,
Lombard, v. 14, no. 6, p. 819-823, 1999.
5. FUGAZZOTTO, P. A. Shorter implants in clinical practice:
rationale and treatment results. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 23, no. 3, p. 487-496, 2008.
100
Comportamento biomecânico de uma prótese fixa implantodentossuportada utilizando implantes curtos
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 91-100, out./nov./dez. 2009
18. NEVES, F. D. das et al. Short implants: an analysis of
longitudinal studies. Int. J. Oral Maxillofac. Implants,
Lombard, v. 21, no. 1, p. 86-93, 2006.
19. PESUN, I. J. et al. Histologic evaluation of the periodontium
of abutment teeth combination implant/tooth fixed partial
denture. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 14,
no. 3, p. 342-350, 1999.
20. PJETURSSON, B. E.; LANG, N. P. Prosthetic treatment planning
on the bases of scientific evidence. J. Oral Rehabil., Oxford,
v. 35, p. 72-79, 2008. Supplement 1.
21. RANGERT, B. et al. Mechanical aspects of a Brånemark
implant connected to a natural tooth: an in vitro study. Int. J.
Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 6, no. 2,
p. 177-186, 1991.
22. RENOUARD, F.; NISAND, D. Impact of implant length and
diameter on survival rates. Clin. Oral Implants Res.,
Copenhagen, v. 17, p. 35-51, Oct. 2006. Supplement 2.
23. RENOUARD, F.; NISAND, D. Short implants in the severely
resorbed maxilla: a 2-year retrospective clinical study. Clin.
Implant Dent. Relat. Res., Hamilton, v. 7, p. S104-S110,
2005. Supplement 1.
24. SHEETS, C. G.; EARTHMAN, J. C. Tooth intrusion in implant-
assisted prostheses. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 77,
no. 1, p. 39-45, Jan. 1997.
25. SUANSUWAN, S.; SWAIN, M. New approach for evaluating
metal-porcelain interface bonding. Int. J. Prosthodont.,
Lombard, v. 12, no. 6, p. 547-552, 1999.
26. VAN ROSSEN, I. P. et al. Stress-absorbing elements in dental
implants. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 64, no. 2,
p. 198-205, Aug. 1990.
27. WAKABAYASHI, N. et al. Nonlinear finite element analyses:
advances and challenges in dental applications. J. Dent.,
Kidlington, v. 36, no. 7, p. 463-471, 2008.
28. WEINSTEIN, A. M.; KLAWITTER, J. J.; COOK, S. D. Implant-bone
interface characteristics of bioglass dental implants. J. Biomed.
Mater. Res., Hoboken, v. 14, no. 1, p. 23-29, 1980.
29. WENG, D. et al. A prospective multicenter clinical trial of 3i
machined-surfaced implants: results after 6 years of follow-up.
Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 18,
no. 3, p. 417-423, 2003.
Marcos Daniel S. LanzaRua Ancona, 65/ Bandeirantes – PampulhaCEP: 31.340-720 – Belo Horizonte / MGE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
6. FUGAZZOTTO, P. A. et al. Success and failure rates of 9mm
or shorter implants in the replacement of missing maxillary
molars when restored with individual crowns: preliminary
results 0 to 84 months in function. A retrospective study.
J. Periodontol., Chicago, v. 75, no. 2, p. 327-332, 2004.
7. GALLOZA, A. et al. Biomechanics of implants and dental
materials: applications of engineering mechanics in medicine.
Puerto Rico: University of Puerto Rico, 2004.
8. HERRMANN, I.; LEKHOLM, U.; HOLM, S.; KULTJE, C. Evaluation
of patient and implant characteristics as potential prognostic
factors for oral implant failures. Int. J. Oral Maxillofac.
Implants, Lombard, v. 20, no. 2, p. 220-230, 2005.
9. HOSNY, M. et al. Within-subject comparison between
connected and nonconnected tooth-to-implant fixed
partial prostheses: up to 14-year follow-up study. Int. J.
Prosthodont., Lombard, v. 13, no. 4, p. 340-346, 2000.
10. LANG, N. et al. A systematic review of the survival and
complication rates of fixed partial dentures (FDPs) after
an observation period of at least 5 years. II: combined
tooth-implant-supported FDPs. Clin. Oral Implants Res.,
Copenhagen, v. 15, p. 643-653, 2004.
11. LEMMERMAN, K. J.; LEMMERMAN, N. E. Osseointegrated
dental implants in private practice: a long-term case series study.
J. Periodontol., Chicago, v. 76, no. 2, p. 310-319, 2005.
12. LIN, C. L. et al. Mechanical interaction of an implant/tooh-
supported system under different periodontal supports and
numbers of splinted teeth with rigid and non-rigid connections.
J. Dent., Kidlington, v. 34, no. 9, p. 682-691, Oct. 2006.
13. LIN, C. L.; WANG, J. C. Nonlinear finite element analysis of a
splinted implant with various connectors and occlusal forces.
Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Lombard, v. 18,
no. 3, p. 331-340, 2003.
14. MENNICUCCI, G. et al. Tooth-implant connections: some
biomechanical aspects based on finite element analyses. Clin.
Oral Implants Res., Copenhagen, v. 13, no. 3, p. 334-341,
2002.
15. MIDDLETON, J.; JONES, M.; WILSON, A. The role of the
periodontal ligament in bone modeling: the initial development
of a time-dependent finite element model. Am. J. Orthod.
Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 109, no. 2, p. 155-162,
1996.
16. NAERT, I. E. et al. Biologic outcome of implant-supported
restorations in the treatment of partial edentulism. Clin. Oral
Implants Res., Copenhagen, v. 13, no. 4, p. 381-389, 2002.
17. NAERT, I. et al. A six year prosthodontic study of 509
consecutively inserted implants for the treatment of partial
edentulism. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 67, no. 2,
p. 236-245, 1992.
artigo inédito
101Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 101-110, out./nov./dez. 2009
* Mestres em Odontologia, área de concentração
Periodontia, pela Universidade de Guarulhos/SP.
** Coordenadora do programa de mestrado em Odon-
tologia, Universidade de Guarulhos/SP.
*** Professora assistente do departamento de Odonto-
logia da Universidade Estadual de Maringá/PR.
Palavras-chave
Doenças periodontais. Tabagismo.
Microbiologia.
Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar a contagem e a prevalência dos micror-
ganismos do complexo vermelho (Treponema denticola, Porphyromonas gin-
givalis e Tannerella forsythia) e do complexo azul (Actinomyces gerencseriae,
Actinomyces israelli e Actinomyces naeslundii) na microbiota subgengival em
indivíduos tabagistas e não-tabagistas com doença periodontal crônica. Foram
selecionados 50 voluntários com periodontite crônica (25 tabagistas – T e 25
não-tabagistas – NT). Os indivíduos foram submetidos a exame clínico perio-
dontal e microbiológico. Os parâmetros clínicos avaliados foram profundidade
de sondagem, nível clínico de inserção, placa supragengival visível, sangramen-
to gengival, sangramento à sondagem e supuração. De cada indivíduo foram
coletadas entre 6 e 12 amostras de biofilme subgengival, avaliadas para seis
espécies bacterianas por meio da técnica Checkerboard DNA-DNA Hybridiza-
tion. Os resultados clínicos foram semelhantes entre os grupos (T e NT). A
exceção foi o percentual de sítios com sangramento gengival, sendo que o
grupo T apresentou uma média inferior (9,54 ± 15,31) comparada ao gru-
po NT (39,44 ± 25,13 – p < 0,001). A única diferença microbiológica foi a
contagem de A. gerencseriae diminuída no grupo de tabagistas (p < 0,05).
Em conclusão, os perfis clínico-microbiológicos de indivíduos tabagistas e não-
tabagistas com periodontite crônica podem ser considerados semelhantes.
Contagem e prevalência de microrganismos
patogênicos e benéficos em indivíduos
tabagistas com doença periodontal crônica
Sérgio Eduardo Braga da CRUz*, Tatiana de Oliveira SIROTTO*,
Juliana Alethusa Velloso MENDES*, Marcelo da ROCHA*, Marcelo de Paiva RAFFAELLI*,
Magda FERES**, Flávia MATARAzzO***
108
Contagem e prevalência de microrganismos patogênicos e benéficos em indivíduos tabagistas com doença periodontal crônica
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 101-110, out./nov./dez. 2009
Assim como os dados clínicos, os dados micro-
biológicos não mostraram diferenças muito mar-
cantes entre os indivíduos tabagistas e os não-
tabagistas.
Apesar de o fumo ser considerado um fa-
tor de risco para a periodontite crônica, é im-
portante relatar que, em termos de diferenças
na microbiota desses indivíduos, a literatura é
controversa. Assim como no presente estudo,
vários outros também não mostraram diferen-
ças profundas na composição das microbiotas
de tabagistas e não-tabagistas2,31.
Considerando que as microbiotas de taba-
gistas e não-tabagistas com periodontite crônica
são semelhantes, a falta de resposta desses in-
divíduos à terapia periodontal e a evolução mais
rápida da doença podem estar mais intimamente
ligadas a fatores de resposta do hospedeiro8.
CONCLUSÃO
Os resultados obtidos neste estudo de-
monstraram que os perfis clínico-microbiológi-
cos de indivíduos tabagistas e não-tabagistas
são semelhantes.
Counts and prevalence of pathogenic and
benefic microorganisms in smokers with chronic
periodontal diseaseABSTRACT
The aim of the present study was to compare the levels and the prevalence of bacterial red complex (Treponema denticola, Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythia) and blue complex (Actinomyces gerencseriae, Actinomyces israelli and Actinomyces naeslundii) in the subgingival microbiota of smokers and non-smokers with chronic periodontitis. Fifty subjects with chronic periodontitis were enrolled (25 smokers – S e 25 non-smokers – NS). Subjects received clinical and microbiological examination. The clinical parameters evaluated were probing depth, clinical attachment level, visible plaque index, gingival bleeding index, bleeding on probing and suppuration. Six to twelve subgingival biofilm samples were collected per subject, and evaluated for six bacterial species using the Checkerboard DNA-DNA hybridization technique. The clinical results were similar between the groups (S and NS). The exception was the percent of sites with gingival bleeding. The S group showed a lower mean (9.54±15.31) compared with the NS group (39.44±25.13 – p < 0.001). The only microbiological difference was the reduced level of A. gerencseriae in smoking group (p < 0.05). In conclusion, the clinical-microbiological profiles of non-smoking and smoking subjects with chronic periodontitis were similar.
KEYWORDS: Periodontal diseases. Smoking. Microbiology.
109
Sérgio Eduardo Braga da Cruz, Tatiana de Oliveira Sirotto, Juliana Alethusa Velloso Mendes, Marcelo da Rocha, Marcelo de Paiva Raffaelli, Magda Feres, Flávia Matarazzo
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 101-110, out./nov./dez. 2009
rEFErênciaS
1. AMERICAN ACADEMY OF PERIODONTOLOGY. International
workshop for a classification of periodontal diseases and
conditions. Ann. Periodontol., Chicago, v. 4, no. 1, p. 38,
1999.
2. APATZIDOU, D. A.; RIGGIO, M. P.; KINANE, D. F. Impact of
smoking on the clinical, microbiological and immunological
parameters of adult patients with periodontitis. J. Clin.
Periodontol., Copenhagen, v. 32, no. 9, p. 973-983,
2005.
3. ARAUJO, M. B. W.; HOVEY, K. M.; BENEDEK, J. R.;
GROSSI, S. G.; DORN, J.; WACTAWSKI-WENDE, J. et al.
Reproducibility of probing depth measurements using a
constant force electronic probe: analysis of inter- and intra-
examiner variability. J. Periodontol., Chicago, v. 74,
p. 1736-1740, 2003.
4. BÁNÓCZY, J.; SQUIER, C. Smoking and disease. Eur. J.
Dent. Educ., Copenhagen, v. 8, p. 7-10, Feb. 2004.
Supplement 4.
5. BERGSTRÖM, J.; BOSTRÖM, L. TTobacco smoking
and periodontal hemorrhagic responsiveness. J. Clin.
Periodontol., Copenhagen, v. 28, no. 7, p. 680-685,
2001.
6. BOSTRÖM, L.; BERGSTRÖM, J.; DAHLÉN, G.; LINDER, L. E.
Smoking and subgingival microflora in periodontal disease.
J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 28, no. 3,
p. 212-219, 2001.
7. CALSINA, G.; RAMÓN, J. M.; ECHEVERRÍA, J. J. Effects of
smoking on periodontal tissues. J. Clin. Periodontol.,
Copenhagen, v. 29, no. 8, p. 771-776, 2002.
8. CHARALABOPOULOS, K.; ASSIMAKOPOULOS, D.;
KARKABOUNAS, S.; DANIELIDIS, V.; KIORTSIS, D. Effects
of cigarette smoking on the antioxidant defence in young
healthy male volunteers. Int. J. Clin. Pract. Oxford, v. 59,
no. 1, p. 25-30, 2005.
9. CHECCHI, L.; CIAPELLI, G.; MONACO, G.; ORI, G. The
effects of nicotine and age on replication and viability of
human gingival fibroblasts in vitro. J. Clin. Periodontol.,
Copenhagen, v. 26, no. 10, p. 636-642, 1999.
10. GENCO, R. J. Current view of risk factors for periodontal
diseases. J. Periodontol., Chicago, v. 67, p. 1041-1049,
Oct. 1996. Supplement 10.
11. GRASWINCKEL, J. E. M.; VAN DER VELDEN, U.; VAN
WINKELHOFF, A. J.; HOEK, F. J.; LOOS, B. G. Plasma
antibody levels in periodontitis patients and controls.
J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 31, no. 7,
p. 562-568, 2004.
12. HAFFAJEE, A.; SOCRANSKY, S. Relationship of cigarette
smoking to the subgingival microbiota. J. Clin.
Periodontol., Copenhagen, v. 28, no. 5, p. 337-388,
2001.
13. HANIOKA, T.; TANAKA, M.; TAKAYA, K.; MATSUMORI, Y.;
SHIZUKUISHI, S. Pocket oxygen tension in smokers and
non-smokers with periodontal disease. J. Periodontol.,
Chicago, v. 71, no. 4, p. 550-554, 2000.
14. HOLMES, L. G. Effects of smoking and/or vitamin C
on crevicular fluid flow in clinically healthy gingiva.
Quintessence Int., Berlin, v. 21, no. 3, p. 191-195,
1990.
15. KAZOR, C.; TAYLOR, G. W.; LOESCHE, W. J. The prevalence
of BANA-hydrolyzing periodontopathic bacteria in smokers.
J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 26, no. 12,
p. 814-821, 1999.
16. KERDVONGBUNDIT, V.; WIKESJÖ, U. M. E. Effect of
smoking on periodontal health in molar teeth.
J. Periodontol., Chicago, v. 71, no. 3, p. 433-437, 2000.
17. LÖE, H.; THEILADE, E.; JENSEN, S. B. Experimental
gingivitis in man. J. Periodontol., Chicago, v. 36,
p. 177-187, May/Jun. 1965.
18. MAGER, D. L.; HAFFAJEE, A. D.; SOCRANSKY, S. S. Effects
of periodontitis and smoking on the microbiota of oral
mucous membranes and saliva in systemically healthy
subjects. J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 30,
no. 12, p. 1031-1037, 2003.
19. MATARAZZO, F.; FIGUEIREDO, L. C.; CRUZ, S. E.; FAVERI,
M.; FERES, M. Clinical and microbiological benefits of
systemic metronidazole and amoxicillin in the treatment of
smokers with chronic periodontitis: a randomized placebo-
controlled study. J. Clin. Periodontol., Copenhagen,
v. 35, no. 10, p. 885-896, 2008.
20. NATTO, S.; BALJOON, M.; ABANMY, A.; BERGSTRÖM, J.
Tobacco smoking and gingival health in a Saudi Arabian
population. Oral Health Prev. Dent., New Malden, v. 2,
no. 4, p. 351-357, 2004.
21. PALMER, R. M.; SCOTT, D. A.; MEEKIN, T. N.; WILSON, R.
F.; POSTON, R. N.; ODELL, E. W. Potential mechanisms of
susceptibility to periodontitis in tobacco smokers.
J. Periodontal Res., Copenhagen, v. 34, no. 7,
p. 363-369, 2000.
22. PERSSON, R. E.; KIYAK, A. H.; WYATT, C. C. I.; MACENTEE,
M.; PERSSON, G. R. Smoking, a weak predictor of
periodontitis in older adults. J. Clin. Periodontol.,
Copenhagen, v. 32, no. 5, p. 512-517, 2005.
110
Contagem e prevalência de microrganismos patogênicos e benéficos em indivíduos tabagistas com doença periodontal crônica
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 101-110, out./nov./dez. 2009
23. PETROPOULOS, G.; MCKAY, I. J.; HUGHES, F. J. The
association between neutrophil numbers and interleukin-
1α concentrations in gingival crevicular fluid of smokers
and non-smokers with periodontal disease. J. Clin.
Periodontol., Copenhagen, v. 31, no. 5, p. 390-395, 2004.
24. RAWLINSON, A.; GRUMMITT, J. M.; WALSH, T. F.;
DOUGLAS, C. W. Interleukin 1 and receptor antagonist
levels in gingival crevicular fluid in heavy smokers versus
non-smokers. J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 30,
no. 1, p. 42-48, 2003.
25. RIVIERA-HIDALGO, F. Smoking and periodontal disease.
Periodontol. 2000, Copenhagen, v. 32, p. 50-58, 2003.
26. SOCRANSKY, S. S.; HAFFAJEE, A. D. Evidence of bacterial
etiology a historical perspective. Periodontol. 2000,
Copenhagen, v. 5, p. 7-25, Jun. 1994.
27. SOCRANSKY, S. S.; HAFFAJEE, A. D.; CUGINI, M. A.; SMITH,
C.; KENT JR., R. L. Microbial complexes in subgingival
plaque. J. Clin. Periodontol., Copenhagen, v. 25,
no. 2, p. 134-144, 1998.
28. SOCRANSKY, S. S.; SMITH, C.; MARTIN, L.; PASTER, B. J.;
DEWHIRST, F. E.; LEVIN, A. E. “Checkerboard” DNA-DNA
hybridization. Biotechniques, London, v. 17, p. 788-792,
1994.
29. TORRUNGRUANG, K.; NISAPAKULTORN, K.;
SUTDHIBHISAL, S.; TRAMSAILOM, S.; ROJANASINSUTH, K.;
VANICHJAKVONG, O. et al. The effect of cigarette smoking
on the severity of periodontal disease among older Thai
adults. J. Periodontol., Chicago, v. 76, no. 4, p. 556-572,
2005.
30. UMEDA, M.; CHEN, C.; BAKKER, I.; CONTRERAS, A.;
MORRISON, J. L.; SLOTS, J. Risk indicators for harboring
periodontal pathogens. J. Periodontol., Chicago, v. 69,
no. 10, p. 1111-1118, 1998.
31. VAN WINKELHOFF, A. J.; BOSCH-TIJHOF, C. J.; WINKEL,
E. G.; VAN DER REIJDEN, W. A. Smoking affects the
subgingival microflora in periodontitis. J. Periodontol.,
Chicago, v. 72, no. 5, p. 666-671, 2001.
32. YLÖSTALO, P. V.; SAKKI, T. K.; LAITINEN, J.; JARVELIN, M.
R.; KNUUTTILA, M. L. E. The relation of tobacco smoking
to tooth loss among young adults. Eur. J. Oral Sci.,
Copenhagen, v. 112, no. 2, p. 12-16, 2004.
Flávia Matarazzo Av. Mandacaru, 1550CEP: 87.080-000 – Maringá / PRE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
111
normas de apresentação de originais
Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 111, out./nov./dez. 2009
— A REVISTA DENTAL PRESS DE PERIODONTIA E IMPLANTO-
LOGIA, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de artigos
de investigação científica, relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de
interesse solicitados pelo Corpo Editorial, revisões significativas, comunica-
ções breves e atualidades.
— Os artigos serão submetidos ao parecer do Corpo Editorial da Revis-
ta, que decidirá sobre a conveniência ou não da publicação, avaliando como
“favorável”, indicando correções e/ou sugerindo modificações.
— A cada edição o Corpo Editorial selecionará, dentre os artigos con-
siderados favoráveis para publicação, aqueles que serão publicados ime-
diatamente.
— Os artigos não selecionados serão novamente avaliados para as
edições seguintes. Depois de um ano sem serem selecionados os mesmos
poderão ser devolvidos para os autores.
— A Dental Press, ao receber os artigos, não assume o compromisso
de publicá-los.
— Os artigos podem ser retirados a qualquer momento antes de se-
rem selecionados pelo Corpo Editorial.
— As afirmações assinadas são de responsabilidade integral dos au-
tores.
— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pareceres de Co-
mitê de Ética.
TExTO
— O texto deve ser apresentado num programa editor de texto (com o
máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract
e referências), em duas cópias impressas e duas em CD.
— Não deve-se utilizar notas de rodapé.
— Exige-se correção do Português e do Inglês.
— Os textos devem ser acompanhados do resumo estruturado (Ob-
jetivos, Metodologia, Resultados e Conclusões) em Português e Inglês que
não ultrapasse 250 palavras, bem como de 3 a 5 palavras-chave também
em Português e em Inglês.
— Os textos devem ter, na primeira página, identificação do autor
(nome, instituição de vínculo, cargo, título, endereço, e-mail) que não ultra-
passe 5 linhas.
— Por motivo de isenção na avaliação dos trabalhos pelo Corpo Edi-
torial, a segunda página deve conter título em Português e Inglês, resumo,
palavras-chave, abstract, keywords, omitindo nomes ou quaisquer dados
referentes aos autores.
COMPLEMENTOS DO TExTO
— As fotos ou imagens devem ter originais com qualidade apresentá-
vel, preferencialmente em CD, com imagens em alta resolução (300 dpi, em
formato JPG ou TIFF).
— Os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados
pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.
— Os quadros, tabelas e figuras (com suas respectivas legendas) de-
verão ser incluídos no texto, porém em folhas separadas, e numerados em
algarismos arábicos.
— Os gráficos devem ser apresentados em CD. Caso não seja possível,
devem ser desenhados com tinta preta em papel vegetal.
REFERÊNCIAS
— A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as
mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação.
— Todas as referências listadas devem ser citadas no texto e todos os
autores citados no texto devem constar na lista de referências.
— Com o objetivo de facilitar a leitura do texto, fica determinado que as
citações dos autores no texto serão numéricas.
— Devem ser normalizadas as abreviaturas dos títulos dos periódicos
de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.
— As referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo
às normas da ABNT 6023 - 2002, não ultrapassando o limite de 30, confor-
me os exemplos a seguir:
LIVRO COM UM AUTOR
BRASKAR, S. N. Synopsis of oral Pathology. 5th ed. St. Louis: Mosby,
1977.
LIVROS COM ATÉ TRÊS AUTORES
HENDERSON, D.; McGIVNEY, G. P.; CASTLEBERRY, D. J. McCraken’s
removable partial Prosthodontics. 7th ed. St. Louis: Mosby, 1985.
LIVRO COM MAIS DE TRÊS AUTORES
APRILE, H. et al. Anatomia odontológica orocervicofacial.
5. ed. Buenos Aires: El Ateneo, 1975.
CAPÍTULO DE LIVRO
GONÇALVES, N. Técnicas radiográficas para o estudo da articulação tempo-
romandibular. In: FREITAS, A.; ROSA, J. E.; FARIA, S. I. Radiologia odonto-
lógica. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1988. p. 247-258.
TESE E DISSERTAÇÃO
PEREIRA, A. C. Estudo comparativo de diferentes métodos de exa-
me, utilizados em Odontologia, para diagnóstico da cárie dentá-
ria. 1993. Dissertação (Mestrado) –Faculdade de Saúde Pública, Universi-
dade de São Paulo, São Paulo, 1993.
ARTIGO DE REVISTA
CAPELOZZA FILHO, L. Uma variação no desenho do aparelho expansor rápi-
do da maxila no tratamento da dentadura decídua ou mista precoce.
R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 4, n. 1, p. 69-74,
jan./fev. 1999.
STEPHAN, R. M. Effect of different types of human foods on dental health in
experimental animals. J. Dent. Res., Chicago, v. 45, no. 3, p. 1551-1561,
1966.
— Todos os artigos devem ser enviados registrados, preferencialmente
por Sedex com porte pago, e encaminhados para:
Dental Press International
Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5,
CEP 87.015-180 - Maringá/PR
Fone/Fax (0xx44) 3031-9818
E-mail: [email protected]
Etapas para publicação de artigos
112 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 3, n. 4, p. 112, out./nov./dez. 2009
chegada do artigo na editora
envio de e-mail acusando recebimento do artigo
seleção de dois consultores
envio de uma cópia do artigo, juntamente com o questionário, aos consultores
em caso de reprovação, envio para um terceiro consultor
envio eletrônico ao autor para correções
reenvio aos consultores (caso solicitado)
ao retornar, será pré-selecionadopara uma edição
submetido à correção bibliográfica
diagramado conforme critérios da revista
revisão da diagramação
envio para aprovação do autor
fechamento da edição
última correção editorial
produção gráfica
1º Chegada do artigo na editora por Correios ou e-mail ([email protected]). 2º Envio de e-mail acusando o recebimento do artigo. 3º Seleção de dois consultores. 4º Envio eletrônico do artigo sem identificação dos autores, com formulário de avaliação, aos consultores. 5º Em caso de reprovação, envio para um terceiro consultor. 6º Envio eletrônico ao autor para correções. 7º Reenvio aos consultores (caso solicitado). 8º Ao retornar, será pré-selecionado para uma edição. 9º Submetido à correção bibliográfica e normalização. 10º Diagramado de acordo com critérios da revista. 11º Revisão da diagramação. 12º Envio para aprovação do autor. 13º Fechamento da edição. 14º Última correção editorial. 15º Produção gráfica.