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1 Edição 199 EDIÇÃO 199 - ANO 5 - 15 DE JUNHO DE 2012 Ministra participa da inauguração das Trilhas Circulares do Parna Tijuca IV Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio inicia avaliação de resumos Oficina de uso público na consolidação de UCs Primeiro parque nacional brasileiro completa 75 anos Estudantes canadenses realizam estágio na Flona São Francisco de Paula Arpa disponibiliza R$ 1,5 milhão para projetos de criação de UCs na Amazônia Divulgado resultado de seleção de bolsistas do Pibic Fauna da Flona Carajás ganha livro em parceria ICMBio-Vale

EDIÇÃO 199 - ANO 5 - 15 DE JUNHO DE 2012 · 2012. 6. 15. · ontem 75 anos. A cerimônia de aniversário contou com a presença do presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, autoridades

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Edição 199EDIÇÃO 199 - ANO 5 - 15 DE JUNHO DE 2012

Ministra participa da inauguração das Trilhas Circulares do Parna Tijuca

IV Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio

inicia avaliação de resumos

Oficina de uso público na consolidação de UCs

Primeiro parque nacional brasileiro completa 75 anos

Estudantes canadenses realizam estágio na Flona São Francisco de Paula

Arpa disponibiliza R$ 1,5 milhão para projetos de criação de UCs na Amazônia

Divulgado resultado de seleção de bolsistas do Pibic

Fauna da Flona Carajás ganha livro em parceria ICMBio-Vale

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ICMBio em Foco

Arpa disponibiliza R$ 1,5 milhão para projetos de criação de UCs na Amazônia

O Programa de Áreas Protegidas da Amazônia - Arpa tem R$ 1,5 milhão para aplicar em projetos de criação de unidades de conservação. As propostas devem ser encaminhadas até 23 de julho por órgãos estaduais que gerenciam UCs e também pelo Insti-tuto Chico Mendes.

"As solicitações de apoio à criação de UCs serão avaliadas conforme a Estratégia de Conservação e Investimentos do Arpa", explica o coordenador do programa, Trajano Quinhões. "A seleção será nego-ciada com os órgãos gestores em reunião do Fórum Técnico do Arpa e definida pelo Comitê do progra-ma, em datas a serem divulgadas."

As instituições devem cadastrar suas candidaturas no Sistema Integrado de Coordenação e Gerenciamen-to do Programa Arpa - SisArpa. As áreas propostas devem estar no bioma Amazônia e não podem ser sobrepostas ou ter conflitos com indígenas ou popu-lações tradicionais, como quilombolas, por exemplo.

O apoio financeiro será para a formulação de diagnósticos ambiental, socioeconômico e fundi-

ário, além da realização de consulta pública sobre a criação das UCs. As áreas propostas também devem integrar o Mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira – Ministério do Meio Ambiente 2007.

O cadastro deve ser encaminhado para a Unidade de Coordenação do Programa - UCP/MMA, pelo ponto focal do órgão gestor – representante do Arpa no órgão gestor de UC – que deverá estar, por sua vez, registrado no Cadastro Nacional de Unida-des de Conservação - CNUC.

O Arpa recebeu repasses de US$ 2,5 milhões para a criação de áreas protegidas na Amazônia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, Banco Mundial/Fundo Global para o Meio Ambiente - GEF e Banco de Desenvolvimento da Alemanha - KfW. Do total arrecadado, ainda faltam ser destinados R$ 1,5 milhão. O restante foi alocado em projetos de 17 novas UCs, que estão em fase de criação, previstos no Plano Operativo de Investimen-tos - POA 2012/2013.

Como fazerO ponto focal do Arpa junto ao órgão deve acessar o SisArpa no endereço www.sistemas.mma.gov.br/arpa2 e, na janela "avaliação", clicar em "solicitação de apoio". Nessa nova janela, deve acessar o campo "processo de criação" e preencher os dados sobre a área proposta para se transformar em unidade de conservação, como nome, grupo, categoria, abrangência (UF/município), área (ha), localização geográfica (shape ou pontos), des-crição das ameaças, fauna, vegetação, relevo, solo, geologia, hidrografia, população existente ou não, número de funcionários do órgão gestor lotados nos municípios, informações sobre o polígono prioritário do Mapa de Áreas Protegidas - MMA/2007 (polígono, importância, urgência e ação prioritária), descrição da importância da área para contenção do desmatamento, grau de implementação do processo de criação, ações propostas para apoio do Arpa e justificativa.

Após análise da solicitação pela UCP/MMA, será solicitado ao órgão gestor (ponto focal) que preencha a Fer-ramenta de Avaliação de UCs - FAUC e o Plano Estratégico Plurianual - PEP, com informações sobre o status do processo de criação e as metas do processo de criação propostas para 2013 e 2014 respectivamente. Mais informações em www.programaarpa.org.br/pt/noticias/arpa/142-convocatoria-processos-criacao.html.

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Edição 199

Parna Tijuca inaugura trilhas circulares

O Parque Nacional da Tijuca (RJ) vai inaugurar nes-te domingo o maior sistema de trilhas sinalizado do Brasil, composto pelos circuitos Major Archer e Castro Maya. A solenidade será realizada às 9h30, no Centro de Visitantes da unidade, localizado no setor Floresta da Tijuca, Alto da Boa Vista. O even-to, que vai contar com as presenças da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, será a primeira ação do Projeto Travessias, que pretende implementar e sinalizar tri-lhas em outros nove parques nacionais.

Os circuitos externo, Major Archer, e interno, Castro Maya, homenagem a dois importantes personagens históricos, tiveram seus respectivos levantamentos topográficos iniciados em abril, quando receberam a sinalização indicativa que servirá de modelo para outros parques. Apesar de trabalhar apenas com trilhas pré-existentes em seu percurso, a integração entre elas é o grande diferencial do projeto, pois res-gata diversos pontos turísticos de considerável valor histórico-cultural para a cidade, apresentando-os de maneira gradual no decorrer dos roteiros.

Idealizadas por Pedro Cunha e Menezes, atual diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do nosso Instituto, as trilhas circulares de longo percurso do Parna Tijuca conduzem os visitantes por mais de 30 quilômetros, contextualizando estruturas históri-cas dos séculos XVIII e XIX, como Capela Mayrink e as ruínas do Sítio Midosi, com panoramas clássicos da unidade como o Pico da Tijuca e o Bico do Papagaio. O circuito interno, com aproximadamente 12 quilô-metros, leva dois dias para ser completado, enquanto o externo, com quase o dobro da extensão, 20 quilô-metros, propõe um roteiro de quatro dias.

Outra novidade provém da sinalização rústica, que es-

tabelece iconografia simples e de fácil entendimento na compreensão dos trajetos a serem percorridos. São setas com tinta nas cores amarela e vermelha, inseri-das principalmente em árvores e rochas. Além disso, dezenas de placas, sendo 52 de madeira plástica feita com resíduos industriais, vegetais, minerais, entre ou-tros, indicarão os destinos e os sentidos dos percursos. Mapas dos circuitos estarão disponíveis para baixar no site do parque e em folhetos detalhados, distribuídos gratuitamente em seus principais pontos.

O Instituto Chico Mendes acredita que a inauguração dos circuitos circulares vai aumentar a visitação e aju-dar, inclusive, no manejo das trilhas, visto que o fluxo de visitantes diários na unidade será dividido ao lon-go dos dois novos trajetos. Em harmonia com pres-supostos da Rio+20, o projeto aposta na visão atual de turismo ecológico que se baseia na colaboração da sociedade para garantir a preservação de áreas verdes, mediante trabalho de educação ambiental agregado aos princípios de conduta consciente em ambientes naturais – conhecer para conservar.

Visitas guiadas durante a Rio+20 Aproveitando as oportunidades decorrentes da Rio+20, o Parque Nacional da Tijuca está realizando visitas guiadas gratuitas desde quarta-feira até 24 de junho. Entre caminhadas leves, médias e com pesado grau de dificuldade, ao todo dez circuitos serão percorridos por monitores ambientais da unidade, que vão guiar visitantes desacompanhados de guias de turismo. A ação possibilita que pessoas que estão na cidade para a Rio+20 possam conhecer o parque, inclusive trechos das duas trilhas circulares, Major Archer e Castro Maya, que serão inauguradas no domingo. Os roteiros são compostos por partes dos circuitos externo e interno des-sas trilhas e por caminhos tradicionais como a Trilha do Estudante e o Bico do Papagaio.

Mapa para o segundo dia do circuito Castro Maya

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ICMBio em Foco

Um marco na conservação ambiental do país, o Par-que Nacional do Itatiaia, criado em 1937, celebrou ontem 75 anos. A cerimônia de aniversário contou com a presença do presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, autoridades municipais e estaduais, ins-tituições parceiras do parque e representantes do conselho consultivo da unidade.

O evento marcou a passagem do cargo de chefia do parque do analista Walter Behr ao seu sucessor, também ambiental, Gustavo W. Tomzhinski. Duran-te a cerimônia foi inaugurada a Exposição Aves, ilus-trando a rica avifauna de um dos mais importantes destinos de observadores de aves do mundo.

O parque, com 28.084,10 hectares, localiza-se na Serra da Mantiqueira, na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Ele fica a sudoeste do Rio de Janeiro, no município de Ita-tiaia, e a sudoeste de Minas Gerais, abrangendo os municípios de Itamonte, Alagoa e Bocaina de Minas. Durante a cerimônia, o estado de Minas Gerais passou ao parque nacional uma área de quase 300 hectares de planalto.

Mais informações sobre o Parque Nacional do Itatiaia estão disponíveis em www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/ucs-abertas-a-visitacao/188-parque-nacional-do-itatiaia.

Primeiro parque nacional brasileiro completa 75 anos

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Divulgado resultado de seleção de bolsistas do Pibic

O Comitê do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do ICMBio divulgou neste mês o resultado do 6º Edital de Seleção de Propostas de Pes-quisas para a concessão de Bolsas de Iniciação Cientí-fica a estudantes de graduação, durante o período de 1º de agosto de 2012 a 31 de julho de 2013.

Para esse período o ICMBio conta com 13 bolsas Pi-bic-CNPq e oito bolsas CIEE. A partir da 22ª posição na ordem de classificação os estudantes poderão in-tegrar o Programa de Iniciação Científica na modali-dade voluntária, na mesma condição dos alunos com bolsa, perante o CNPq. Bolsas adicionais foram já plei-teadas ao CNPq e, se concedidas, serão distribuídas de acordo com a ordem de classificação.

Dos 33 projetos submetidos, 28 integram a lista final,

considerando a classificação para bolsa e possibilidade de adesão ao voluntariado dos não contemplados com bolsa. Os projetos foram encaminhados por 24 pesqui-sadores orientadores de 16 unidades do Instituto, den-tre UCs, centros de pesquisa e coordenações da sede.

A lista com os selecionados está disponível em www.icmbio.gov.br/intranet/download/arquivos/cgpeq/downloads/Divulgacao_resultado_definitivo-6_PI-BIC-2012-2013.pdf. A tabela contém a lista de orien-tadores em ordem alfabética, os projetos aprovados e os respectivos alunos bolsistas ou voluntários, confor-me critérios estabelecidos no edital.

Mais informações sobre o programa estão em www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-mo-nitoramento/iniciacao-cientifica.html.

IV Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio inicia avaliação de resumos

No último dia 10, encerrou-se o prazo de envio de resumos para a avaliação pela Comissão Científica do IV Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio. Neste ano, centros e unidades de conserva-ção encaminharam um total de 92 trabalhos rela-tando diversas experiências de pesquisa.

Entre elas estão os projetos desenvolvidos pelos 28 bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Ini-ciação Científica - Pibic-ICMBio. Todos eles, e pelo menos um servidor de cada centro ou UC que tiver seu resumo selecionado, participarão do seminário, que neste ano será realizado na Acadebio entre os dias 21 e 23 de agosto.

A programação, a ser lançada em breve, tem como ins-piração o tema “Da Pesquisa à Política Pública”. Haverá palestras, mesas-redondas, apresentação na forma de painéis dos resumos selecionados, exposição de fotos de parques nacionais e outras atividades culturais.

A relação de resumos recebidos encontra-se na Intra-net, em www.icmbio.gov.br/intranet/download/arqui-vos/dibio/download/Lista_de_Resumos_Recebidos_IV_Seminario.pdf. Seus aceites têm divulgação prevista para hoje. Os responsáveis pelo seminário solicitam aos autores que verifiquem se seus resumos constam na lista. Caso não constem, é necessário informar pelo endereço [email protected].

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Fauna da Flona Carajás ganha livro em parceria ICMBio-Vale

A Câmara Municipal de Parauapebas (PA) foi o lo-cal escolhido para lançamento do livro “Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Estudos sobre os Ver-tebrados Terrestres”, no último dia 6, numa parce-ria entre o Instituto Chico Mendes e a Vale. A obra elenca mais de 41 mil registros analisados e cerca de 97% validados, totalizando 944 espécies de ver-tebrados, exceto peixes, todos com evidência cientí-fica na unidade de conservação. “Esperamos que a iniciativa de produzir o livro possa ser um estímulo à continuidade de pesquisa na Flona, contribuindo, dessa forma, para sua gestão e proteção”, frisa o chefe da UC, Frederico Drumond Martins.

Além de caracterizar com textos e imagens cada um dos ecossistemas da Floresta Nacional de Carajás, a obra traz preciosas informações sobre anfíbios, répteis, aves, pequenos, médios e grandes mamíferos e mor-cegos que habitam a região com destaque para as es-pécies ameaçadas e endêmicas. Aliadas às informações das espécies, estão disponíveis fotos que mostram, além de muitas das espécies listadas, a exuberância da região em períodos distintos do ano. Todas as fotos do livro foram produzidas na Flona Carajás ou entorno e todos os animais foram registrados em vida livre, no seu ambiente natural, ou quando capturados durante as atividades de pesquisa.

O ponto de partida para a consolidação da lista co-mentada de vertebrados terrestres da Flona foi a or-ganização dos principais estudos de licenciamento ambiental e de pesquisa realizada na UC e seu en-torno. Foram compilados registros de espécies em vários relatórios, formando uma lista prévia que foi repassada para especialistas convidados, responsá-veis por validarem os dados. Os especialistas foram escolhidos com base na sua participação em traba-lhos na Flona e na experiência que possuem com a fauna amazônica.

Cada especialista confirmou a presença das espécies com base no método de identificação, na expertise do responsável pelo registro, na conferência de material tombado nas coleções científicas e, em alguns casos, na distribuição conhecida da espécie. As informações, antes apresentadas de maneira fragmentada, foram organizadas pela primeira vez de forma sistemática e

ilustrada. A maneira como estavam antes dificultava o acesso às informações tanto para a comunidade científica quanto para a sociedade.

O livro chega como uma referência para futuros estudos e novos projetos na UC. O conhecimento científico sobre a fauna da Floresta Nacional de Ca-rajás, detalhado no livro, é resultado de um trabalho desenvolvido pelo ICMBio em parceria com a Vale. O prefácio é assinado pelo nosso diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade, Mar-celo Marcelino.

A obra detalha a lista atualizada da fauna de Ca-rajás em capítulos a partir de seis grupos taxonô-micos: anfíbios, répteis, aves, pequenos mamíferos, mamíferos voadores, e médios e grandes mamífe-ros. Além dos capítulos específicos, o livro traz uma caracterização geográfica da UC, mostrando toda a sua geodiversidade e um capítulo assinado por nossos analistas indicando as ações prioritárias para conservação da fauna da floresta.

São organizadores da obra o chefe da Flona, Frede-rico Drumond Martins, o engenheiro sênior da Vale, Alexandre Franco Castilho, a professora da Universi-dade Federal Rural da Amazônia, Fernanda Martins Hatano, e os consultores Jackson Campos e Samir Rolim, da AMPLO - Engenharia e Gestão de Projetos. A publicação está disponível em www.icmbio.gov.br/portal/images/LIVRO_Caraj%C3%A1s.pdf.

Fauna da Floresta Nacional de Carajás

OrganizadoresFrederico D. Martins • Jackson Campos • Alexandre Castilho • Fernanda M. Hatano • Samir G. Rolim

ESTUDO SOBRE OS VERTEBRADOS TERRESTRES

Num momento em que a sustentabilidade dita novos hábitos e modos de conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental, o livro A fauna

de vertebrados terrestres da Floresta Nacional de Carajás apresenta importantes estudos que resultam num primoroso levantamento das espécies que habitam

a emblemática unidade de conservação, localizada no sudeste do Estado do Pará. Pela primeira vez, foram organizadas, de forma sistemática e ilustrada,

informações que antes eram apresentadas de maneira fragmentada, dificultando o acesso - tanto para a comunidade científica quanto para a sociedade em geral.

Além de caracterizar, com textos e imagens, cada um dos ecossistemas da FLONA de Carajás, a obra traz preciosas informações sobre as espécies de anfíbios, répteis, aves, pequenos, médios e grandes mamíferos, além de

morcegos que habitam a região - com destaque para as espécies ameaçadas e endêmicas. Assim, este livro chega como uma referência para futuros estudos e análises de impacto referente a novos projetos na Unidade de Conservação, que

é de uso sustentável e deve conviver em harmonia com essas atividades.

Capa do livro

ICMBio em Foco

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Edição 199

Oficina capacita servidoressobre importância e potencial do uso público na consolidação de UCs

A Oficina de Introdução à Gestão do Uso Público em Unidades de Conservação ocorreu na Acadebio entre os dias 29 de maio e 2 de junho. Ela visou sensibilizar e capacitar servidores a entender a dinâmica da visita-ção e compreender a importância e o potencial do uso público na consolidação da unidade de conservação.

Entre outros, os objetivos do evento foram apresen-tar como o ICMBio vem trabalhando o uso públi-co; identificar as características do macroprocesso e como este se insere e dialoga com o planejamento e a gestão da UC; e sensibilizar para a importância e o potencial do uso público para a consolidação de uma unidade de conservação. Em suma, mostrar ao servidor formas de visitação em UC, bases legais para execução das atividades, ferramentas de plane-jamento e estruturação da visitação nas modalida-des de serviço de apoio à visitação.

A justificativa para realização da oficina é que o en-tendimento do uso público é fundamental para o ordenamento da visitação em UC, devendo ser en-tendido como pré-requisito para que se alcance o

máximo de benefícios advindos das atividades de visitação. Por meio do uso público, a visitação pode se tornar uma ferramenta de conservação da bio-diversidade, conscientização ambiental e desenvol-vimento sustentável para comunidades envolvidas, impulsionando outros programas.

Cada vez mais o Brasil desponta como um dos maio-res destinos turísticos de natureza, e as unidades de conservação são os espaços que guardam as maio-res belezas naturais do país. A visitação nas UCs fe-derais vem crescendo e deve ultrapassar o patamar de 5 milhões de visitantes em 2012. Como o Bra-sil sediará grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, a tendência é de aumento expressivo da demanda de visitação nas UCs. Assim, existe cada vez mais a necessidade de ordenar as atividades de uso público e ampliar o leque das atividades de visitação nessas áreas, de modo a encarar essa demanda como opor-tunidade de conquistar a sociedade para a impor-tância da conservação.

O público da oficina foi de servidores envolvidos com a questão da visitação em UCs ou com interesse de iniciar a implementação do uso público em suas uni-dades de proteção integral ou de uso sustentável. A coordenadora de Diagnóstico e Ordenamentos da Vi-sitação, da nossa CGEUP, Sônia Kinker, explicou que “essa oficina, que chamamos de básica, foi para nive-lar o conhecimento das equipes das UCs em relação aos conceitos e às diretrizes institucionais para o de-senvolvimento do uso público. Foi muito bom poder ouvir a experiência de cada um e estimular a equipe a vivenciar o uso público em suas unidades. Ter esse retorno deles foi recompensador”, declara Sônia.

A oficina teve participação de 30 pessoas. Entre as atividades do evento, houve aulas expositivas, pa-lestras, debates, exercícios individuais e em grupo, além de atividades práticas de campo. O curso é pré-requisito para outros cursos da CGEUP como de pla-nejamento, trilhas e interpretação no ano que vem.

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Participantes durante oficina

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ICMBio em Foco

Parna marinho relança Programa Comunidade em Abrolhos

No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Parque Na-cional Marinho dos Abrolhos, no estado da Bahia, relançou o seu Programa Comunidade em Abrolhos de maneira emocionante. Desta vez os visitantes foram os comunitários da Reserva Extrativista de Cassurubá (BA), que comemoravam os três anos de criação da Resex, que protege importantes áreas de manguezais e é considerada berçário da biodiversi-dade da região dos Abrolhos.

O Programa Comunidade em Abrolhos foi criado em 2009 com o propósito de aproximar o público que vive no entorno da UC. Em uma visita orientada, cerca de 200 pessoas da comunidade conheceram a unidade, aprendendo a sua importância para a con-servação e o uso sustentável dos recursos naturais da região.

Segundo o chefe do parque, Ricardo Jerozolimski, que acompanhou a atividade, “neste momento de discussão sobre criação e ampliação das unidades de conservação na região de Abrolhos, foi muito im-portante interagir com os comunitários e perceber o interesse de todos em proteger a unidade, pois a maioria dos visitantes desta vez era pescadores e pescadoras artesanais que, além de se emocionarem

com a beleza do lugar, compreenderam a necessida-de da proteção deste ambiente tão rico”.

Apesar de morar tão próximo, a maioria dos presen-tes contou que ainda não conhecia a UC. Outros, principalmente pescadores mais antigos, relembra-ram momentos vividos na região e chamaram a aten-ção para a oportunidade de receber atenção diferen-ciada, pois desta vez estavam sendo recebidos como turistas, algo novo para muitos deles.

A Marinha do Brasil foi parceira na iniciativa e, após almoço coletivo, convidou todos para conhecer o Farol, importante auxílio visual para a navegação na região, construído em 1861, no Reinado de D. Pe-dro II e em funcionamento na Ilha Santa Bárbara, a maior ilha do arquipélago de Abrolhos.

A lancha Black Tuna também contribuiu para o sucesso da atividade. Neste ano o Programa Co-munidade em Abrolhos conta com a parceria da organização Ecomar Brasil por meio do projeto “En-cantamar: Educando seu olhar para construir seu lugar”, que tem patrocínio do Fundo de Direitos Di-fusos do Ministério da Justiça e junto com o parque está coordenando as ações do programa na região.

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Comunitários caminham na Ilha Santa Bárbara

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Edição 199

Flona Chapecó resgata sua história

Um evento no Dia Mundial do Meio Ambiente foi realizado na Flo-resta Nacional de Chapecó para valorizar a cultura local e importantes personagens relacionados à área. O encontro foi realizado na sede da UC, em Guatambu (SC), e teve como objetivo reunir seu conselho consultivo, moradores da comunidade e funcionários mais antigos, proporcionando um momento de integração e aproximação com a história da Flona, contada por quem ajudou a construí-la.

Entre conversas e contação de histórias, em volta de um “fogo de chão” acompanhado de pinhão e chimarrão, em referência à cultura local e para amenizar o frio, os participantes puderam “viver e reviver” a história inicial da Flona a partir de “causos” contados pelos senhores Oscar Ribeiro de Melo, José Celias Vaz e Alcides Machado da Silva, primeiros funcionários da UC, e Onó-rio Heuko e João Chaves, que trabalham na área desde 1968 e têm profundo conhecimento dela, com a colaboração de Neiva Maria da Silva, também servidora da unidade há muitos anos.

Dentre as histórias, contaram sobre o período em que parte da mata nativa existente na área foi cortada para dar lugar aos plan-tios experimentais de pinus, eucalipto e araucária, por motivação governamental em testá-los sob diferentes condições de culti-vo, pois na época, década de 1960, quando a área passou pela administração do Instituto Nacional do Pinho - INP e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF, havia a intenção e preocupação com o abastecimento florestal do país. Relataram que nessa época o desenvolvimento e a instalação de serrarias na região intensificaram significativamente a exploração da madeira disponível na mata nativa, com destaque para o pinheiro brasi-leiro (araucária), que então poderia ser processado, gerando a necessidade de desenvolver espécies de rápido crescimento, num contexto de crescente demanda por madeira, identificando um vínculo com a questão ambiental para Flona à época.

Partilharam que a produção desenvolvida na Flona não foi só dos plantios para produção de madeira, mas também a produção de mudas que abastecia a própria unidade e o mercado da região e, em alguns períodos, a produção de erva mate. Os plantios de pinus ainda podem ser vistos na UC, como os localizados às mar-gens da rodovia SC-283, em sua entrada principal. É importante, contudo, o entendimento de que a existência dessas espécies exóticas na unidade está relacionada ao seu contexto histórico e que atualmente a Flona possui outros objetivos, pautados no uso múltiplo dos recursos florestais, na pesquisa científica, com ênfase em métodos de manejo florestal sustentável, além do fo-mento à educação ambiental e ao uso público.

Esses relatos em roda de conversas, além de outras entrevistas re-alizadas no dia, foram registrados e farão parte do vídeo que está sendo produzido para contar um pouco da história da UC, de suas características gerais e importância para a região. O vídeo está

sendo feito pela Sombrero Filmes, no âmbito do Projeto de Gestão Participativa em UCs, conduzido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida - Apremavi, tendo como objetivo a divulgação da Flona à sociedade em geral, especialmente aos mo-radores das comunidades vizinhas, escolas e demais pessoas que possuem relação com a unidade.

O encontro entrou para a história da Flona, representando a inten-ção da gestão da UC em valorizar a área e as pessoas que fizeram parte de sua história e mostrar disponibilidade em ser parceira dos moradores da região onde se insere. Para Fabiana Bertoncini, ges-tora da Floresta Nacional de Chapecó, a ideia da realização do evento se fundou na oportunidade imperdível que representa a disposição de servidores que acompanharam a UC desde o seu início para socializar suas experiências e vivências diante dos mais de 50 anos da unidade. O Conselho Gestor da Flona, na busca do entendimento do legado existente na UC e das perspectivas de sua gestão, demandou esse entendimento histórico como também a realização de encontros que incorporassem confraternização entre os conselheiros. “Com a realização do evento, ganhamos no es-treitamento dos vínculos e das parcerias para gestão da Flona, não só com os conselheiros, mas também como equipe do ICMBio que está a frente de sua gestão”, comenta Fabiana.

A chefe da UC destaca ainda que o evento possibilitou de manei-ra fácil e agradável essa apropriação da história, o entendimento da missão/vocação da unidade desenvolvida ao longo do tempo frente a diversos contextos políticos e mesmo históricos. “O res-gate e a valorização da história oral da Flona nos dá o sentido de realidade dinâmica, não a partir da renegação do passado, mas de sua incorporação num processo de desenvolvimento contínuo de adaptação e aprimoramento diante das mudanças da sociedade e do ambiente. Essa história partilhada se constitui em bagagem que não representa um fardo, mas sim experiência que nos habili-ta ao presente e futuro”, conclui Fabiana.

Evento ocorreu em volta de um “fogo de chão”, na sede da UC

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ICMBio em Foco

Resex Arióca-Pruanã discute elaboração do seu plano de uso

A segunda etapa das atividades para implementa-ção do Plano de Uso da Reserva Extrativista Arióca-Pruanã (PA) contou com a presença das 27 comu-nidades existentes na Resex, no período de 30 de maio a 7 de junho. Conforme acordado na primeira rodada de reunião, ocorrida na última semana de abril, os moradores trouxeram suas sugestões, crí-ticas e demandas conduzidas pelo consultor Jorge Pinto, contratado com recursos do programa Arpa para construção do plano.

Segundo o consultor, os diálogos com os comuni-tários foram feitos de forma participativa e demo-crática, envolvendo diversos atores sociais dentro da reserva, entre extrativistas, caçadores, pescadores, pequenos madeireiros e agricultores. “Junto com eles pudemos construir um acordo de gestão e con-

vivência, mostrando a melhor forma de usar os re-cursos naturais da reserva, conservando-os para as futuras gerações”, analisa o consultor.

O analista Patrick Jacob, gestor da unidade, ressalta ainda a importância da elaboração do Plano de Uso. Para ele, “a implantação deste plano auxiliará nas ativi-dades de gestão da Resex, além de minimizar os con-flitos internos existente entre os próprios moradores”.

Nos próximos dias 21 e 22, no município de Oeiras do Pará, a equipe de trabalho da Resex Arióca-Pru-anã finalizará o plano de uso juntamente com re-presentantes de todas as comunidades da unidade, num último debate, a fim de consolidar as informa-ções coletadas em campo.

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Reunião na comunidade Palmeiras

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NGI de Itaituba na Semana do Meio Ambiente

No período de 4 a 9 de junho, foi realizada a I Semana do Meio Ambiente de Itaituba. A ação foi resultado da integração entre NGI de Itaituba (PA), liderado pela equipe da Floresta Nacional do Crepori; Secretaria Mu-nicipal do Meio Ambiente de Itaituba; Instituto Federal do Pará - IFPA; e Escola Estadual Tecnológica do Pará.

A Semana, que teve como público alvo os jovens es-tudantes, compreendeu várias atividades educativas. Foram realizadas três mesas-redondas com os temas “O aproveitamento energético na região do Tapa-jós”, “A atividade mineral no Tapajós” e “Atividade florestal no Tapajós”. Também ocorreram oficinas de olericultura, replicação e plantio de mudas, plano de ação para municípios verdes do Corredor Tapajós-Abacaxis e apresentação de proposta de lei para criação de um horto municipal.

Durante o período foi aberto espaço para exposição de trabalhos científicos de alunos do ensino supe-rior e do ensino técnico de Itaituba. Foram expostos projetos de pesquisa sobre manejo de produtos flo-restais não madeireiros, contaminação de nascentes de rios, recuperação de áreas degradadas, aprovei-tamento de resíduos sólidos, reciclagem e combate ao desperdício de água. Os dois melhores trabalhos, nas categorias de ensino técnico e superior, foram premiados com certificado de honra ao mérito.

No dia 7 foi percorrida uma trilha ecológica guiada no Parque Nacional da Amazônia, com o apoio da Associação Amigos do Parque da Amazônia. Trinta alunos foram selecionados para participar da trilha, conhecer os atrativos do parque e aproveitar as tri-lhas de aventura, aprendendo um pouco mais sobre os diversos tipos de ambientes da Floresta Amazôni-ca e a riqueza da sua flora e fauna.

Já no dia 8, as atividades foram concentradas na Escola Estadual Tecnológica do Pará, onde as dis-cussões sobre o aproveitamento de resíduos sólidos foram mais intensas. Houve exposição de materiais reciclados, desfile de roupas ecológicas, apresenta-ção de alunos acerca de atividades poluidoras do meio ambiente e uma mesa-redonda para discutir a questão do lixão e a necessidade de dar destinação correta aos resíduos sólidos produzidos pelo muni-cípio. O encerramento do evento foi realizado com uma grande festa junina ecológica, na quadra do IFPA. Alunos do ensino médio e superior prepararam suas barracas de comidas típicas, utilizando produ-tos reciclados.

Todas as atividades propostas nessa Semana tiveram como objetivo sensibilizar os jovens para a impor-tância de discutir os problemas ambientais que mais afligem a cidade de Itaituba e levá-los a se sentirem atores na discussão do futuro da região. No final do evento, foi visível o engajamento dos alunos e professores desde as reuniões de planejamento até os debates nas mesas-redondas.

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Programação procurou sensibilizar os jovens para a importância de discutir os problemas ambientais

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Programa de Voluntariado movimenta Abrolhos

Desde agosto de 2011, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, localizado no extremo sul da Bahia, seleciona todos os meses voluntários para serviços nas atividades de apoio ao uso público executadas no seu Centro de Visitantes e no Arquipélago dos Abrolhos. Para concorrer a uma vaga é preciso ser maior de 18 anos e ter interesse em contribuir nas atividades de educação e conservação ambiental.

A duração do serviço voluntário varia entre 15 e 30 dias e conta com a participação principalmente de estudantes de nível médio e superior. No ano de 2011, por exemplo, além de estudantes da região de Caravelas, como os do Curso Técnico em Guia de Turismo, foram voluntários estudantes vindos de inúmeras instituições de pesquisa de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

O trabalho dos voluntários consiste basicamente em apoiar os monitores ambientais da unidade, com os quais recebem capacitação prévia e informações neces-sárias para que o trabalho atinja os melhores resultados. É voltado para a recepção de escolas e visitantes que buscam informações na sede da unidade. Além de te-rem à sua disposição uma mostra de banners com infor-mações sobre o parque e uma réplica de baleia jubarte em tamanho natural, conduzem os visitantes por uma trilha ecológica em ambiente de restinga e manguezal.

No arquipélago, a principal atividade é a recep-ção aos barcos de turismo e condução dos visi-tantes pela trilha ecológica da Ilha Siriba, onde os turistas podem observar a paisagem, fauna e flora locais. Mas os voluntários também par-ticipam de atividades de educação ambiental e prestam apoio aos pesquisadores que realizam pesquisas no parque.

Mariana Aguiar, aluna do mestrado em Ecologia e Evolução da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, foi ao arquipélago estudar os bancos de fanerógamas marinhas (grama ma-rinha) e chamou atenção para a oportunidade de participar do voluntariado: “Mergulhei e andei por lugares lindos, além de ter conhecido pessoas novas e interessantes como os moradores da ilha e os turistas e pesquisadores que passaram pela casa do ICMBio. Todos os monitores ambientais foram simpáticos e prestativos, me ajudando sem-pre que precisei”.

Ellen Prates Noronha, professora de Ciências da rede pública de Alcobaça, que passou 25 dias no arqui-pélago, destaca que que “é uma experiência ímpar, repleta de situações que fomentam nossa vivência como educadora e como educanda, pois nos são propiciados grandes momentos de aprendizagem”.

O Programa de Voluntariado foi implementado pelo ICMBio em 2009 a partir da Instrução Normativa nº 03/2009. Seu objetivo é incentivar a participação da sociedade e aproximá-la da gestão das áreas protegidas e da conservação da biodiversidade por meio do trabalho voluntário em unidades de conservação federais e centros de pesquisa e conservação. Mais informações sobre o programa em www.icmbio.gov.br/portal/servicos/seja-um-voluntario.html.

Voluntária conduz turistas no arquipélago

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Evento fortalece inserção da BR-163 nas políticas governamentais de agricultura familiar

O Instituto Chico Mendes juntamente com a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, o Serviço Florestal Bra-sileiro - SFB e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazô-nia - Ipam realizaram em Itaituba, no Pará, entre 22 e 24 de maio, oficina sobre Políticas Públicas de Apoio a Agricultura Familiar operacionalizadas pela Conab e pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social.

No evento foram abordados temas referentes à Política de Garantia de Preço Mínimo - PGPM, Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, cujos objetivos principais são incentivar a agricultura familiar, promover ações vinculadas à distri-buição de produtos agropecuários a pessoas em situação de risco alimentar e à formação de estoques estratégicos, contribuir para a inclusão social e promover a cidadania.

Além desses temas foram apresentadas experiências dos extrativistas da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (PA), que estão acessando a PGPM na venda da borracha, e também do município paraense de Novo Progresso, que conseguiram inserir na alimentação escolar do município os produtos oriundos da agricultura familiar pelo PAA.

Durante a oficina, os participantes desenvolveram diversos trabalhos em grupo e conseguiram simular a elaboração de uma proposta no PAAnet para compra via Conab com doação simultânea – CPR Doação. O grupo conseguiu identificar organizações nos seus municípios que pode-rão ser beneficiárias e acessar o Programa de Aquisição de Alimentos. Alguns participantes se comprometeram a reunir e discutir com suas organizações uma estratégia para acessar essas políticas de apoio à agricultura familiar e promoção dos produtos da sociobiodiversidade.

A oficina foi mais um passo, dentro do planejamento estra-tégico do Instituto Chico Mendes e parceiros, na busca da implementação dessas políticas públicas junto aos agricul-tores familiares e extrativistas. Ainda estão previstos outros eventos como esse nos municípios pólos de Altamira, Porto Trombetas e Santarém. Ao término desse ciclo de divulgação será realizado evento de avaliação dos resultados alcançados.

Maria Jocileia, analista do ICMBio lotada na Floresta Na-cional de Itaituba I (PA), explica que as políticas de apoio à agricultura familiar e ao extrativismo já existem há algum

tempo. “No entanto, poucas pessoas têm acesso a elas na nossa região devido principalmente à falta de informação. A oficina vem sanar um ponto crítico, divulgando políticas e programas aos agricultores, principal público alvo, e en-sinando a eles o caminho para acessá-las”, ressalta.

Ainda segundo Jocileia, “a participação dos grupos que re-presentam a base dos agricultores familiares foi excelente. Todos ficaram bastante animados com a possibilidade de incremento de renda familiar comercializando produtos por meio das políticas e programas operacionalizados pela Co-nab, pelo MDA e MDS”.

Participaram da capacitação 26 representantes de insti-tuições governamentais, da sociedade civil e lideranças de comunidades localizadas às margens das rodovias BR-163 (Cuiabá-Santarém) e BR-230 (Rodovia Transamazônica). Elas são parte da área de influência das florestas nacio-nais situadas no Distrito Florestal Sustentável da BR-163, abrangendo os municípios de Trairão, Itaituba, Rurópo-lis, Novo Progresso e Jacareacanga, região oeste do Pará. Participou ainda um representante de Guarantã do Norte (MT), que representou o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município.

Para realização da oficina contou-se com o apoio do PNUD/BRA/08/023 – Conservação da Biodiversidade e Pro-moção do Desenvolvimento Socioambiental e do Projeto BR-163/FAO: Floresta, Desenvolvimento e Participação.

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Trabalhos em grupo durante oficina

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Estudantes canadenses realizam estágio na Flona São Francisco de Paula

A Floresta Nacional de São Francisco de Paula (RS) re-cebeu nos meses de abril e maio os estudantes de Técnicas em Bioecologia, José Luís Levasseur e Amélie Lacroix-Dehours, provenientes do Cégep of Sherbrooke, Québec, Canadá. Eles permaneceram hospedados na UC por sete semanas, realizando diversas atividades programadas para o estágio e acompanhando as roti-nas da Flona. Isso só foi possível pelo convênio da UC com o Instituto Federal de Educação, Unidade de Bento Gonçalves, o apoio da Coordenação Regional 9 e a co-laboração do analista da Floresta Nacional de Piraí, no Paraná, Gustavo Nabrzecki.

O estágio é obrigatório para conclusão do curso de três anos. Uma vez aprovado o relatório de estágio em apresentação oral na escola de origem, o estu-dante obtém o título de Técnico em Bioecologia, tornando-se apto a auxiliar pesquisadores em ativi-dades de campo e outros procedimentos.

Na última semana o trabalho maior foi preparar os relatórios de estágio, que englobou todas as ativida-des da UC, tais como reunião do conselho consul-tivo, visita de escolas e universidades, encontro de educadores na Flona, encontro de produtores rurais no município, visita a outras UCs da região, acom-panhamento e auxílio a campo de pesquisadores de diversas instituições – já que a Flona São Francisco de Paula sedia dezenas de pesquisas nos mais diver-sos táxons –, auxílio no inventário florestal feito pelo engenheiro florestal da UC e plantio de araucárias.

Amélie e José também aceitaram dois desafios de P&D (Projeto e Desenvolvimento) propostos pela UC, que são ideias desenvolvidas durante os estágios, de acordo com o interesse do estudante e acordados com a UC. Os P&Ds desenvolvidos resultaram em dois jogos interativos sobre a fauna e a araucária e um mapa das Américas sobre fauna residente e migratória, de ocorrência comum entre o Canadá e o Brasil. O material será usado em atividades de edu-cação e sensibilização ambiental na Flona.

“Ficamos impressionados com a gestão participativa envolvendo toda a comunidade – professores, estu-dantes, outras organizações etc. Realmente gostamos da experiência, que nos permitiu aprender muitas coi-sas novas. Queremos agradecer a todos que tornaram isso possível”, declararam José Luís e Amélie.

Normalmente a UC recebe estagiários de ensino médio ou universitário no período de férias de verão, de várias cidades do Rio Grande do Sul e algumas vezes de outros estados. Após a visita em 2011 de uma comissão de professores do Instituto Federal de Educação e do colé-gio canadense foi acordada essa nova possibilidade. Se-gundo Edenice Souza, chefe da UC, o desafio foi muito gratificante para todos os envolvidos e com certeza um aprendizado também para os servidores, pois o interesse comum na área ambiental aproximou a todos, superan-do as dificuldades de comunicação. Em Québec, apesar de haver dois idiomas considerados oficiais, o francês é o idioma principal e o inglês fica em segundo plano.

Esta nova parceria enriquece ainda mais o Progra-ma de Ensino da Flona “São Chico”, nos Campos de Cima da Serra. Mais informações sobre a UC e região em www.florestanacional.com.br.

Estagiária da UERGS Michele, analista Soligo, estagiários canadenses José Luis e Amélie, servidores Edenice,

Damiane e Gustavo, e professor Daniel Ayub

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Extratores de palmito na mira do ICMBio

Fiscais dos parques nacionais do Itatiaia e da Serra da Bocaina e ainda da Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira realizaram ação conjunta com o Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal de Resende (RJ), na madrugada do dia 29 passado. O trabalho resultou na apreensão de aproximada-mente 600 kg de palmito-juçara (Euterpe edulis), bem como na prisão de três infratores encontrados em acampamento.

O palmito foi extraído ilegalmente de uma área de mata, na região de Visconde de Mauá, dentro dos limites da APA Serra da Mantiqueira. Ao final foram contabilizadas 912 unidades de palmito-juçara in natura. Em virtude do tempo decorrido e por ser um produto altamente perecível, a totalidade da carga teve que ser destruída.

Os três criminosos foram presos em flagrante e en-caminhados à Delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda (RJ), seguindo posteriormente para o presí-dio Ari Franco, na cidade do Rio de Janeiro. Cada um

deles foi autuado no valor de R$ 304 mil por cortar indivíduos de espécie ameaçada de extinção no inte-rior de unidade de conservação federal.

A espécie em questão é chave para manutenção da saúde da Mata Atlântica já que produz grande quan-tidade de frutos durante praticamente todo o ano, consumidos por várias espécies de aves e mamíferos, importantes dispersores de sementes da floresta. En-tretanto, a espécie encontra-se ameaçada de extinção pela demanda para consumo humano, já que a pal-meira tem que ser morta para a retirada do palmito.

Atualmente, na região do Vale do Paraíba, que com-preende os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, apenas em poucas áreas no interior do Parna Ita-tiaia, APA Serra da Mantiqueira e APA Municipal da Serrinha do Alambari existem populações significa-tivas da espécie. Este fato mostra mais uma vez a importância da preservação do Parque Nacional do Itatiaia e seu entorno. Ontem, a unidade de conser-vação completou 75 anos de criação.

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Fiscais de três UCs e Guarda Civil Municipal de Resende participaram da operação

Cerca de 600 kg de palmito-juçara foram apreendidos

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Projeto do CNPT registra presença de onça-parda na Resex Chapada Limpa

Armadilhas fotográficas recentemente instaladas na Reserva Extrativista Chapada Limpa, no Maranhão, captaram imagens de diversas espécies, de diferentes níveis tróficos, naquela UC. As imagens incluem até espécies ameaçadas de extinção, reforçando a impor-tância da Resex para a conservação da biodiversidade.

O equipamento foi adquirido pelo projeto “Poten-cialidades da Resex Chapada Limpa para implemen-tação de um sistema de Pagamento por Serviços Ambientais - PSA”, que vem sendo executado pelo nosso CNPT em parceria com pesquisadores colabo-radores. O projeto procura avaliar os serviços am-bientais relacionados a recursos hídricos, sequestro e estoque de carbono e manutenção da biodiversi-dade (fauna e flora) prestados pela Resex.

A escolha de locais estratégicos para instalação das câmeras teve por base o conhecimento tradicional de extrativistas locais. Segundo os pesquisadores colaboradores Andréa Cantanhede, professora da

Universidade Federal do Maranhão, e Hádamo An-drade, ambos especialistas em fauna, a participação de extrativistas, como o Sr. Raimundo da Conceição, conhecido como Seu Raimundinho, tem sido fun-damental para o sucesso dos estudos de fauna no projeto. Já foram registradas, entre outras, espécies de tatu, paca, porco do mato, mustelídeo, veado, pássaro e até mesmo onça-parda ou suçuarana.

Segundo o coordenador do projeto, analista Bruno Gueiros, do CNPT, as imagens registradas pelas ar-madilhas vêm corroborar os relatos das populações tradicionais residentes na Resex, que vivem basica-mente da coleta de bacuri, em relação à riqueza da fauna ainda existente na região. Para Bruno, a ma-nutenção da biodiversidade é, sem dúvida, mais um importante serviço ambiental prestado pela Resex Chapada Limpa, sobretudo considerando o avanço de monoculturas como soja, eucalipto e cana-de-açúcar em detrimento de importantes áreas do Cer-rado Amazônico nessa região do Maranhão.

Onça-parda (Puma concolor)

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Apresentada carta-proposta pela melhoria da pesca artesanalPrimeiro de junho foi dia de muito trabalho e come-moração em Cajueiro da Praia, município piauiense. Os pescadores e marisqueiras que participaram dos Encontros de Pesca do Timonha e Ubatuba apresen-taram, para diversas instituições do Piauí e Ceará, as propostas construídas coletivamente, desde final de 2010 até março de 2012, para melhorar a pesca artesanal praticada no estuário e a vida das famílias que dependem desta atividade.

O projeto “Sensibilização de pescadores/as para a gestão compartilhada no estuário dos rios Timonha e Ubatuba (PI/CE)” foi desenvolvido durante o I Ciclo de Gestão Participativa. Teve como principal objetivo construir de forma participativa um Plano de Prote-ção do estuário e propostas para o desenvolvimento socioambiental das comunidades de pescadores do estuário dos rios Timonha e Ubatuba pela sensibiliza-ção dos participantes do projeto para a importância da gestão compartilhada dos recursos pesqueiros.

O dia 1º de junho foi preparado para dar visibilidade à situação da pesca no estuário e apresentar as pro-postas construídas com o objetivo de estabelecer par-cerias com as instituições locais e regionais. O evento, realizado no Salão Paroquial, teve a participação de pescadores e marisqueiras das comunidades que ro-deiam o estuário desses dois rios, um deles o Rio Uba-tuba, que faz a divisa entre os dois estados – Cajueiro da Praia e Coroa Grande, no Piauí, Chaval, Chapada, Leitão, Venâncio e Bitupitá, no Ceará.

Também estiveram presentes representantes de insti-tuições como colônias de pescadores, Capitania dos Portos do Ceará, Superintendência da Pesca e Aqui-cultura e Superintendência da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ambas do Piauí, nossa Coordenação Regional 5, Federação dos Pescadores do Piauí, Movi-mento dos Pescadores do Piauí, Sebrae PI/CE, CINE/PI, Instituto Federal do Piauí e Instituto Federal do Ce-ará, prefeituras de Chaval e Cajueiro da Praia, Secre-taria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, secretarias de Meio Ambiente de Barroquinha (CE) e de Agricultura de Cajueiro da Praia (PI), coordenação dos cursos de Biologia das universidades Estadual e Federal do Piauí, Embrapa Meio Norte e as ONGs Care e Comissão Ilha Ativa, do Piauí, e Capacit, do Ceará.

Na primeira parte do evento, foi apresentada uma li-

nha do tempo contando a história do projeto e dos diversos encontros e atividades realizados ao longo deste ano e meio. Logo após, pescadores e maris-queiras do Grupo dos Doze, formado por quatro representantes de cada município, apresentaram as propostas construídas nos encontros para o Ordena-mento e Zoneamento da Pesca, que contempla su-gestões para fiscalização, criação de berçário de pes-ca e para disciplinamento de conflitos de uso entre diferentes técnicas de pesca. Depois disso, foi a vez das instituições convidadas, reunidas com os pesca-dores e a equipe técnica do projeto, responderem à pergunta “Com qual das propostas apresentadas sua instituição poderia contribuir e de que maneira?”. Três grupos de trabalho foram formados e correspon-deram à apresentação de cada tema das propostas.

O próximo passo será levado adiante pelo Grupo dos Doze com ajuda técnica e logística do ICMBio – leia-se APA Delta do Parnaíba e Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos - CMA/PI –, da Comissão Ilha Ativa e apoio da Ca-pacit. O desafio será planejar o caminho conforme a contribuição sugerida pelas instituições.

Ao final, foi servido o almoço na Base Multifuncio-nal do CMA no Piauí e a confraternização festiva aconteceu no Ginásio de Esportes, com a realiza-ção de uma roda de dança circular promovida pelas meninas do grupo Manamaní, de Belém. Depois de tanto trabalho e concentração, a alegria tomou con-ta dos participantes.

GT da Melhoria da Renda do Pescador foi o mais concorrido

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ICMBio atende demanda por orientação sobre manejo de produtos florestais não madeireiros

No dia 2 de junho, a equipe gestora da Floresta Na-cional do Crepori realizou no município de Jacarea-canga (PA) o ciclo de palestras “Manejo de produtos florestais não madeireiros e o caso do óleo-resina de copaíba”. A atividade foi demandada pela pró-pria comunidade local, que retomou recentemente o manejo comercial dos recursos florestais não ma-deireiros e sentiu necessidade de mais informações sobre boas práticas e orientações para comercializa-ção, principalmente, de óleo-resina de copaíba.

O evento teve como objetivo principal esclarecer ques-tões ligadas ao planejamento do manejo; motivar a continuação da atividade com melhoria das técnicas de coleta e armazenamento; apresentar o estado do mercado regional; e registrar as principais demandas de apoio ao extrativismo da comunidade local.

Para participar do ciclo de palestras foram convi-dados Dárlison Fernandes, analista da Floresta Na-cional do Tapajós (PA), Murel Schroeder, consultora florestal, Márcio Sousa, técnico florestal do Instituto Socioambiental, e Daniela Pauletto, engenheira flo-restal do Serviço Florestal Brasileiro. Durante o even-to foram discutidas as experiências da Flona Tapajós e a importância do manejo correto; os aspectos da comercialização de produtos florestais não madei-reiros, ressaltando a experiência da Terra do Meio; as boas práticas para o manejo de óleo-resina de copaí-

ba; o GT de óleos vegetais da BR-163; e a experiência de apoio ao manejo de andiroba em Santarém (PA).

O ciclo contou com participação maciça da comuni-dade local, indígenas, coletores e associados da coo-perativa de extrativistas da região. Ao final, foi realiza-da mesa de encaminhamentos e demandas, na qual ficou registrado o pedido da comunidade para reali-zação de capacitação em boas práticas de manejo de copaíba, de andiroba e castanha-do-pará, e a neces-sidade de fazer intercâmbio com outras unidades de conservação que já possuem elevada experiência com o manejo de produtos florestais não madeireiros. Já está prevista uma atividade de capacitação em mane-jo de copaíba em parceria com a Funai e o SFB, assim como o levantamento do potencial produtivo da co-paíba na região do Rio das Tropas, projeto aprovado no último edital da nossa Dibio.

A atividade que teve como foco todo o município de Jacareacanga foi apenas o primeiro passo para o iní-cio do processo de construção do Plano de Uso dos moradores da Flona Crepori. Apesar da lista de be-neficiários da UC ainda não estar fechada, estudos têm sido realizados para garantir os direitos das po-pulações que há muito tempo já habitam a região e utilizam os seus recursos naturais. Para essas e para a gestão da Flona, o incentivo e apoio ao manejo dos recursos florestais não madeireiros é prioridade.

Participantes do ciclo de palestras

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A Floresta Nacional de Passa Quatro (MG) promo-veu diversas atividades em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Os eventos foram re-sultado de parceria entre o seu Núcleo de Educa-ção Ambiental - NEA com a Secretaria Municipal de Educação de Passa Quatro, a APAE do município e a Unimed Circuito das Águas.

As atividades tiveram início no dia 3 de junho com um passeio ciclístico promovido pela Unimed, sain-do do município de Itanhandu até a Flona, onde os ciclistas foram recepcionados pela equipe do Núcleo de Educação Ambiental, que lhes deu as boas-vin-das e apresentou a UC. No dia 4, houve encontro de professores da rede municipal de ensino no au-

ditório da Flona. Eles assistiram palestra proferida pelo ex-delegado de polícia, Iran Rodrigues, sobre os problemas de indisciplina que enfrentam em sala de aula e a fundamental importância do papel dos professores na formação de cidadãos íntegros.

Nos dias 5 e 6 de junho os alunos “mais que es-peciais” da APAE apresentaram duas peças teatrais para alunos de escolas municipais de Passa Quatro no auditório da UC e participaram de atividades lú-dicas promovidas pelo NEA. Paralelamente, houve exposição fotográfica e histórica da Revolução de 32, no jardim central da Flona, cuja autoria é do fotógrafo Carlos Brito. Também ocorreu exposição de artesanato da Casa do Artesão de Passa Quatro.

Chegada dos ciclistas à Flona

Flona Passa Quatro comemora Semana do Meio Ambiente

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Silvânia realiza oficina de reciclagem

A Floresta Nacional de Silvânia (GO) comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente realizando no dia 5 de junho, na sua sede, a I Oficina de Reciclagem da Flona. O objetivo foi despertar a população, espe-cialmente as crianças, quanto às possibilidades de reutilização de materiais na produção de objetos de-corativos e utilitários, influenciando na mudança de hábitos e comportamento, especialmente quanto à destinação e produção de resíduos domésticos.

Durante todo o dia crianças, adolescentes e pro-fessores de cinco escolas municipais, estaduais e

conveniadas do município tiveram oportunidade de produzir instrumentos musicais, arranjos decorati-vos e brinquedos a partir da reutilização de mate-riais como garrafas plásticas, caixa de ovos, sacolas plásticas, arame, madeira, dentre outros.

Por solicitação da Secretaria Municipal de Meio Am-biente, desde quarta-feira e até hoje, a oficina está sendo replicada em três escolas da zona rural. Na segunda-feira o resultado das oficinas será exposto à comunidade silvaniense e, posteriormente, entregue aos jovens artesãos.

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Conselho do Parna Serra da Bocaina realiza visitas de campo

Uma das principais atividades incluídas no Plano de Ação do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Serra da Bocaina para 2012 foi realizar visitas de campo às três áreas que a atual gestão está priori-zando – Caminho de Mambucaba-Trilha do Ouro, Trindade e Estrada Paraty-Cunha.

Essa prioridade faz parte da estratégia do chefe do Parna, Francisco Livino, de otimizar a reduzida capa-cidade gestora da unidade por meio de ações com foco nas áreas de maior visitação e visibilidade da UC. Livino acredita que a implementação dessas três áreas é fundamental para alavancar o Parna, colo-cando-o entre os três parques nacionais mais visita-dos do Brasil. O principal objetivo das visitas é con-tribuir para que os conselheiros conheçam melhor as realidades da unidade in loco, subsidiando assim suas tomadas de decisão nas reuniões do conselho.

A primeira visita de campo ocorreu em março, em Trindade, distrito de Paraty (RJ). A região do Parna em Trindade é a única com atrativos marinhos e inclui duas das mais belas praias de Paraty e uma piscina natural no mar, cercada de vegetação nativa e de histórias de caiça-ras. Essa proximidade entre mar, Mata Atlântica, serra e pequenos rios compõe uma paisagem de grandes atra-tivos para o visitante, abrigando um tesouro inestimável em biodiversidade. Segundo o conselheiro João Lutz, a visita foi boa de acordo com o tempo disponibilizado, porém, tem muito mais coisas para se conhecer nessa área do parque. Para ele, o bom relacionamento da As-sociação de Barqueiros de Trindade - ABAT com o Parna foi o que chamou mais atenção durante a visita.

Em maio foram realizadas mais duas visitas, ambas no Caminho de Mambucaba-Trilha do Ouro: uma em São José do Barreiro (SP), onde se inicia a trilha, e outra no Sertão de Mambucaba, Angra dos Reis (RJ), onde a tri-lha tem seu término. O Caminho de Mambucaba tem sua operacionalização turística consolidada há bastan-te tempo, o que a consagra como a mais famosa das “Trilhas do Ouro” que cortam a Bocaina. A trilha histó-rica contribui para a integração cultural da Bacia do Rio

Paraíba do Sul com a região do litoral sul fluminense.

A última visita de campo, a ser realizada na Estrada Paraty-Cunha, já está programada para acontecer no dia 6 de julho. A estrada é a principal via de li-gação entre as vertentes litorânea e serrana. É uma região de grande beleza cênica ao mesmo tempo em que conserva a história natural e do tropeirismo dos tempos do ouro das Minas Gerais.

Até o momento, as visitas tiveram resultados satisfató-rios pois possibilitaram maior integração entre os con-selheiros e permitiram melhor observação dos detalhes da realidade do parque nessas áreas como belezas, conflitos, desafios e oportunidades. Em todas as visitas houve a presença de um conselheiro local enriquecen-do a atividade com histórias e informações.

Apesar das visitas acontecerem nas áreas priorizadas pela gestão da UC, houve preocupação por parte da presidência do conselho em suprir as demandas dos conselheiros no que se refere às informações sobre as demais áreas do parque. Tal preocupação será re-solvida com a realização de um seminário em que as instituições conselheiras que representam as áreas não beneficiadas com as visitas apresentarão a reali-dade local e suas ações na área do Parna e entorno.

Cachoeira Santo Isidro, no Caminho de Mambucaba

João

Em

ílio

Rodr

igue

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ICMBio em Foco

Curso Gestão em Mosaicos

Estão abertas até o próximo dia 24 as inscrições para o Curso Gestão em Mosaicos, organizado pela Divisão de Mosaicos e Corredores Ecológicos, da Diman, com apoio da Coordenação-geral de Gestão de Pessoas.

O curso visa a formação de gestores de unidades de conservação e parceiros sobre legislação, gestão, monitoramento e sustentabilidade dos mosaicos no Brasil. A capacitação se aplica aos servidores do ICMBio, MMA e de órgãos governamentais de meio ambiente responsáveis pela gestão de unidades de

PESSOAS EM FOCO

Curso de Atualização em Armamento, Abordagem e Emprego de Tecnologias Menos Letais

institucionais com validade até dezembro de 2012. As avaliações psicológicas e o curso serão de 7 a 14 de julho na Acadebio. Confira os selecionados no Portal da CGGP, em www1.icmbio.gov.br/ead/file.php/1/paginas/inscricoes/2012/arquivos/Curso_de_Atualizacao_em_Armamento_Abordagem_e_Em-prego_de_Tecnologias_Menos_Letais.pdf.

conservação estaduais e municipais com o seguinte perfil: gestores e equipe de unidades de conserva-ção ou representantes de órgãos governamentais de meio ambiente que vêm trabalhando para a articu-lação e a implementação das iniciativas de Mosaicos de Áreas Protegidas.

O período de realização é de 13 a 17 de agosto, na Acadebio. Mais informações e inscrições no ícone Educação Corporativa do Portal de Gestão de Pesso-as – www.icmbio.gov.br/cggp.

Divulgada a lista de selecionados para participar do Curso de Atualização em Armamento, Abordagem e Emprego de Tecnologias Menos Letais. O curso é composto por três módulos eliminatórios: tiro, abor-dagem e tecnologias menos letais. Direcionado aos agentes de fiscalização com porte de armas, o curso tem como objetivo a renovação do porte de armas

Curso de Fiscalização: Módulo Fauna

O Curso de Fiscalização: Módulo Específico de Fauna, previsto para acontecer de 30 de julho a 4 de agosto, foi adiado para o período de 10 a 15 de setembro. Quando abrirem as inscrições nova-mente, os que já se inscreveram deverão apenas confirmar a participação na nova data do curso e encaminhar a carta/e-mail de autorização da chefia imediata.

O curso visa aprimorar fiscais para atuar em ações de fiscalização de infrações que afetem primordial-mente organismos pertencentes à fauna, com exce-ção dos considerados recursos pesqueiros, conforme definição constante na legislação. Mais informações em www1.icmbio.gov.br/ead/file.php/1/paginas/ins-cricoes/2012/cursos/Curso_Especifico_de_Fiscaliza-cao_Modulo_Fauna.html.

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Edição 199Edição 199

CURTASUCs comemoram Dia do Meio Ambiente com plantio

Equipe da Área de Proteção Ambien-

tal Guapimirim e Estação Ecológica

Guanabara (RJ) realizaram plantio

para comemorar o Dia Mundial do

Meio Ambiente. No dia 5, servidores

e funcionários terceirizados dessas

duas UCs realizaram plantio de 50

mudas de espécies nativas. A área

escolhida foram as margens do Rio

Guapimirim, em terreno que era usa-

do como pasto e que vem sendo re-

cuperado há cerca de um ano e meio.

Em menos de uma hora o plantio foi

concluído. Todos louvaram a oportu-

nidade de por as mãos na terra e po-

der contribuir para a recuperação da

APP de um dos rios mais limpos que

desaguam na Baía de Guanabara.

Mundial do Meio Ambiente. O objetivo

da atividade foi conscientizar o públi-

co acerca da importância de atos sim-

ples na preservação do meio ambiente,

como separar o lixo orgânico do reci-

clável, utilizar meios de transporte que

não emitam gases tóxicos e incentivar o

plantio de mudas. Segundo o secretário

municipal de Meio Ambiente, Airton

Brissow, o plantio de mudas durante o

evento é uma ação pontual, mas sim-

boliza algo extremamente importante

na atualidade, incentivando o público

jovem a realizar ações como essas e en-

sinar aos demais sobre a importância

deste assunto.

Parte da equipe leva mudas para plantio

APA

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uana

bara

o êxito das outras etapas. Além da parceria

e presença de vários órgãos institucionais

da União e dos dois estados, o ponto for-

te foi a mobilização da comunidade, que

rendeu cerca de 160 participantes entre

moradores, pescadores, alunos de escolas

e de uma universidade. O resultado foram

quatro toneladas de lixo retirado das anti-

gas ocupações das ilhas, sucata e restos

de construção. Todo o material retirado foi

encaminhado à reciclagem. Novas etapas

já estão agendadas em outros municípios.

Com o surgimento de competição saudável

entre os municípios e comunidades, cresce a

mobilização em cada etapa e quem ganha

é o Parque Nacional de Ilha Grande, melhor

preservado, e a comunidade, mais integrada

e sensibilizada.

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uivo

Par

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rand

e

Quatro toneladas de lixo foram coletadas

e encaminhadas à reciclagem

Rio + Limpo beneficia Parna Ilha Grande

Foi realizada no último domingo a ter-

ceira etapa do Projeto Rio + Limpo,

nos municípios de Icaraíma (PR) e Na-

viraí (MS), nas ilhas do extremo norte

do Parque Nacional de Ilha Grande. O

evento que já passou por outros dois

municípios paranaenses lindeiros ao

parque, Guaíra e Alto Paraíso, repetiu

Humaitá celebra Dia do Meio Ambiente

O ICMBio de Humaitá, situado no sul do

Amazonas, apoiou atividades de coleta de

lixo na calha do Rio Madeira, plantio de mu-

das e pedalada ecológica, incluindo alunos do

Projovem e do Centro do Menor, em iniciativa

da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura

e em parceria com o Ibama e a Universidade

Federal do Amazonas, para comemorar o Dia

Paul

o Sa

nti

Pedalada Ecológica

Capacitação em produção e oferta de mudas

A Floresta Nacional de Nísia Flores-

ta, no Rio Grande do Norte, sediou a

capacitação em produção e oferta de

mudas para a restauração florestal da

Mata Atlântica da região Nordeste. O

curso, oferecido pelo Serviço Florestal

Brasileiro por meio do Fundo Nacional

de Desenvolvimento Florestal, aconte-

ceu entre 28 de maio e 1º de junho e

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ICMBio em Foco

ção ilegal realizada na UC. A despeito do

tempo reduzido, a equipe considerou os re-

sultados satisfatórios. A estratégia é realizar

operações periódicas de curta duração, sub-

sidiadas pelo levantamento de informações

e mapeamentos prévios, integrando fiscais

das diversas unidades da região.

Parna Tijuca na TV

No último domingo foi exibido o ter-

ceiro episódio da série “Terra: Lotação

Esgotada”, no Fantástico, gravado no

Parque Nacional da Tijuca (RJ) com Luiz

Fernando Lopes, engenheiro florestal

e analista da UC. A edição abordou o

tema água e mostrou um pouco mais

da relação que aquela floresta tem com

a questão e a importância para a qua-

lidade de vida na cidade do Rio. Para

ver o episódio, basta acessar http://

fantastico.globo.com/Jornalismo/

FANT/0,,MUL1680903-15605,00-UM

+BILHAO+DE+PESSOAS+NO+MUN

DO+NAO+TEM+ACESSO+A+AGUA

+LIMPA.html.

Pontões Capixabas é tema de reunião no ICMBio

O presidente do ICMBio, Roberto Vi-

zentin, recebeu na última terça-feira,

em seu gabinete, a senadora Ana Rita

(PT-ES). Ela foi parabenizá-lo pela pos-

se recente no Instituto e tratar de ade-

quações e problemas que estão ocor-

rendo no Monumento Natural Pontões

Capixabas, localizado nos municípios

de Pancas e Águia Branca (ES). Hoje,

mais de cinco mil famílias vivem na

área dos Pontões. Durante a conversa,

a senadora acertou um encontro entre

o presidente do ICMBio e as lideranças

do Movimento dos Pequenos Agricul-

tores que vivem na região. A intenção

é resolver os problemas que a popula-

ção camponesa tem sofrido na área. O

encontro foi marcado para o dia 12 de

julho, em Brasília.

contou com a participação de técni-

cos de entidades de diversos estados

da região Nordeste. Seu objetivo foi

fortalecer a produção e oferta de mu-

das florestais nativas da Mata Atlânti-

ca pela capacitação de produtores. O

conteúdo do treinamento envolveu co-

nhecimentos sobre técnicas de coleta,

beneficiamento e armazenamento de

sementes, forma de propagação vege-

tal, sistemas de produção de mudas,

tratamentos fitossanitários, manejo de

mudas nos viveiros, atendimento às

normas de segurança no trabalho, le-

gislação de sementes e mudas, instala-

ções e equipamentos mais adequados,

aspectos da comercialização e organi-

zação em rede.

Cláu

dio

Pint

o

Momentos do curso promovido pelo SFB

Fiscais da Esec Raso da Catarina, APA Costa dos Corais,

Flona Nísia Floresta, Rebio Atol das Rocas e CGPRO

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Professor Cesár, alunos do CIEF

e Cristino Pereira, do ICMBio

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Presidente Vizentin recebe senadora

Semana do Meio Ambiente em Sete Cidades

O Parque Nacional de Sete Cidades (PI) ce-

lebrou o Dia do Meio Ambiente com várias

apresentações proporcionadas pelos alunos

das escolas municipais do entorno da UC e

cidades vizinhas. Moradores do entorno e

das cidades de Piripiri, Brasileira e Piracuruca,

além de turistas que visitavam a UC no dia,

participaram da programação. Karlla Celma,

chefe da unidade, exaltou a presença de to-

dos e também a mobilização nacional que

estava acontecendo em todo Brasil naquele

momento em torno do meio ambiente. A

professora Franciesme, representando a Se-

cretaria Municipal de Educação, falou do or-

gulho da sociedade piracuruquense em ter

em seu território um lugar tão maravilhoso e

de tamanha importância. O show ficou por

conta dos alunos do Centro Integral de Es-

tudo Fundamental - CIEF.

Operação Mãe Natureza

Para coibir ilícitos ambientais na Es-

tação Ecológica Raso da Catarina, no

norte da Bahia, e na Estação Ecológica

de Murici, em Alagoas, foi realizada de

28 de maio a 6 de junho a Operação

Mãe Natureza. A ação contou com a

participação de fiscais da Esec Raso da

Catarina, APA Costa dos Corais, Flona

Nísia Floresta, Rebio Atol das Rocas e

CGPRO. Foram realizadas incursões

diurnas e noturnas a pontos críticos

mapeados pela equipe de proteção da

Esec Raso da Catarina, onde foi loca-

lizado e destruído acampamento de

caçadores, sendo apreendida, além de

armas e outros petrechos de caça, uma

caminhonete Ford Ranger e devida-

mente autuados os infratores. Na Esec

Murici, foram atendidas demandas da

Polícia Federal e embargada constru-

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Edição 199

Reunião preparatória para PAN Aves da Amazônia

O nosso Centro Nacional de Pesquisa

e Conservação de Aves Silvestres - Ce-

mave coordenou, nos últimos dias 5

e 6, na sede do Instituto Chico Men-

des, reunião preparatória ao Plano de

Ação Nacional para Conservação das

Aves da Amazônia, o PAN Aves da

Amazônia. O evento contou com a

participação da Coordenação de Pla-

nos de Ação de Espécies Ameaçadas

de Extinção - Copan, de pesquisado-

res do Inpa, Museu Paraense Emílio

Goeldi e Museu de Zoologia da USP,

bem como de servidores do Parque

Nacional do Viruá (RR) e Reserva Bio-

lógica do Gurupi (MA). Os objetivos

principais do encontro foram definir

as espécies e áreas contempladas, o

cronograma de preparação da ofi-

cina de elaboração do PAN e a pro-

gramação dessa oficina. Os próximos

passos envolverão a preparação de

diagnóstico (Parte I do livro do PAN)

e da oficina propriamente dita, que

está marcada para o período de 22 a

26 de outubro.

Publicação sobre diretrizes da Encea começa a ser distribuída

A nossa Coordenação de Educação Am-

biental, em conformidade com a reco-

mendação Conama nº 14/2012, divulga a

publicação “Encea – Diretrizes para Estraté-

gia Nacional de Comunicação e Educação

Ambiental em Unidade de Conservação”,

que será enviada a todas as coordenações

regionais, unidades de conservação e cen-

tros de pesquisa do ICMBio. A distribuição

do material tem como finalidade fortalecer

a implementação das diretrizes contidas

na publicação. A Encea é um instrumento

orientador que visa promover o alinhamen-

to das ações de educação ambiental e co-

municação (programas, projetos e ações)

para gestão das unidades de conservação,

estimulando a articulação de gestores fede-

rais, estaduais e municipais e da sociedade

civil, na implementação de processos edu-

cativos que promovem o protagonismo so-

cial na gestão pública da biodiversidade. O

documento em formato digital está dispo-

nível no portal do ICMBio, em www.icmbio.

gov.br/portal/images/stories/comunicacao/

publicacao_encea.pdf.

Flona Silvânia promove cavalgada ecológica

A Floresta Nacional de Silvânia (GO) e o

Grupo Tropa de Elite promoveram no dia

10 de junho a VII Cavalgada Ecológica

de Silvânia, que contou com a participa-

ção de aproximadamente 400 cavaleiros

e amazonas. A cavalgada, com início às

11h, percorreu as principais ruas do mu-

nicípio, seguindo em direção à sede da

Flona, onde se deu o encerramento da

atividade com o oferecimento de um al-

moço aos participantes. A atividade é par-

te do calendário da UC para a Semana do

Meio Ambiente e teve por objetivo desper-

tar a atenção da comunidade local para

a necessidade de preservar o Cerrado na

região, especialmente nascentes e áreas

de preservação permanente. Neste ano o

destaque ficou por conta da significativa

participação de crianças e adolescen-

tes. A atividade movimentou o muni-

cípio e a região com a presença de

pessoas de vários municípios vizinhos.

Além de propiciar maior proximidade

com o meio ambiente, a Cavalgada é

fator de integração entre familiares,

vizinhos e amigos.

Equipe do Cemave e colaboradores durante reunião

Arq

uivo

Cem

ave

Ops!

Na matéria “Cepam e Cepta avaliam

peixes continentais brasileiros”, na

revista eletrônica ICMBio em Foco

nº 198, a lista publicada como sen-

do de famílias avaliadas pelo Cepam

não está correta, contendo inclusive

famílias avaliadas anteriormente pelo

Cepsul. As famílias amazônicas ava-

liadas durante a oficina na penúlti-

ma semana de maio foram Anosto-

midae, Batrachoididae, Clupeidae,

Crenuchidae, Cynodontidae, Engrau-

lididae, Hemiodontidae, Lepidosire-

nidae, Ophichthidae, Osteoglossi-

dae, Parodontidae, Pristigasteridae,

Sternopygidae e Synbranchidae.

Cavalgada ecológica percorre ruas de Silvânia

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Mor

ais

Blog ICMBio na Rio+20

Desde maio, o ICMBio conta com novo

canal de comunicação para divulgar

notícias da Conferência das Nações

Unidas sobre Desenvolvimento Sus-

tentável. O blog ICMBio na Rio+20

apresenta cobertura dos eventos para-

lelos e oficias da conferência. O acesso

ao blog pode ser feito pelo endereço

www.icmbio.gov.br/blogrio/.

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Aproveitando o inverno gelado no Sul do Brasil, Marcos Hiroshi Taniwaki, analista do Parque Nacional de São Joaquim, em Urubici (SC), registrou essa bela paisagem pouco comum em nosso país. A foto foi tirada à tarde, em agosto de 2010, quando a temperatura, segundo nosso colega, era de -2º com sensação térmica de -17º.

NO FOCO

199ICMBio em Foco

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ICMBio em Foco

Divisão de Comunicação - DCOM

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

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ICMBio em Foco

Revista eletrônica semanal

Editores

Ana Carolina Lobo da Silveira (jornalista) Ivanna Costa BritoLísias de Moura

Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Diagramação

Danilo Bezerra de Jesus

Revisão

Thaís Alves de Lima

Supervisão Geral

Cláudia Camurça

Colaboraram nesta edição

Bruno Gueiros – CNPT; Cláudio Pinto – Flona Nísia Floresta; Cris Almeida – Acadebio; Cristino Pereira da Silva – Parna Sete Cidades; Edenice Brandão Avila de Souza – Flona São Francisco de Paula; Edgard de Souza Andrade Júnior – Flona Passa Quatro; Elmano Augusto – DCOM; Ely Enéas Sousa – Esec Raso da Catarina; Fabiana Berton-cini – Flona Chapecó; Fabiana Prado – Coedu; Fernando Pinto – DCOM; Ivan Salzo – Coape; João Carlos Pedreira – DCOM; Juliana Cristina Fukuda – APA Guapimirim/Esec Guanabara; Kátia Torres Ribeiro – Coape; Loscar – Parna Tijuca; Marcelo Souza Motta – Parna Itatiaia; Mara Pais – Parna Serra da Bocaina; Maria Jociléia Soares da Silva – Flo-na Itaituba; Michelle Araujo – Assessora de Imprensa da senadora Ana Rita; Patricia dos Passos Claro – CMA; Patrick Rabelo Jacob – Resex Arióca-Pruanã; Paulo Santi Cardoso da Silva – Flona Humaitá; Renata Membribes Rossato – Cemave; Renato Cézar de Miranda – Flona Silvânia; Ricardo Jerozolimski – Parna Abrolhos; Romano Pulzatto Neto – Parna Ilha Grande; Sandra Bertolo – CGGP; Sandra Tavares – DCOM; Simone Albarado Rabelo – Flona Crepori; Thaís Alves – DCOM.