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1 Edição 203 EDIÇÃO 203 - ANO 5 - 13 DE JULHO DE 2012 Estação Ecológica Tupinambás recebe homenagem Brasil chega a marca de 600 RPPNs federais ICMBio prepara comemoração de 12 anos do SNUC Presidente Roberto Vizentin participa de audiência pública no Senado Técnicos da GIZ e do KFW visitam UCs fluminenses Instalado Comitê Técnico para avaliar metodologia que classifica relevância de cavernas Instituto recebe micro-ônibus para atividade de educação ambiental no Grande Sertão Veredas Parque Nacional de São Joaquim comemora 51 anos

EDIÇÃO 203 - ANO 5 - 13 DE JULHO DE 2012 · final de semana do XI Encontro dos Povos do Gran-de Sertão Veredas. O evento ocorrerá no período de 12 a 15 de julho no município

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Page 1: EDIÇÃO 203 - ANO 5 - 13 DE JULHO DE 2012 · final de semana do XI Encontro dos Povos do Gran-de Sertão Veredas. O evento ocorrerá no período de 12 a 15 de julho no município

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Edição 203EDIÇÃO 203 - ANO 5 - 13 DE JULHO DE 2012

Estação Ecológica Tupinambás recebe homenagem

Brasil chega a marca de 600 RPPNs federais

ICMBio prepara comemoração de 12 anos do SNUC

Presidente Roberto Vizentin participa de audiência pública no Senado

Técnicos da GIZ e do KFW visitam UCs fluminenses

Instalado Comitê Técnico para avaliar metodologia que classifica relevância de cavernas

Instituto recebe micro-ônibus para atividade de educação ambiental no Grande Sertão Veredas

Parque Nacional de São Joaquim comemora 51 anos

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ICMBio em Foco

Na próxima quarta-feira (18), o Instituto Chico Men-des realiza na sua sede, em Brasília, evento alusivo aos 12 anos de existência do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, criado pela Lei nº 9.985/2000.

A cerimônia começa às 9h e vai ocorrer durante todo o dia, tendo no período da manhã abordagem multi-disciplinar, com a participação do presidente Roberto Vizentin e dos diretores do Instituto, que farão uma apresentação sobre suas áreas de atuação. A partir das 14h, sob coordenação da Procuradoria Federal Especializada, o enfoque será maior na área jurídica. Serão tratados temas como a Lei Complementar nº 140, de 2011, abordando as competências fiscali-zatórias do Instituto Chico Mendes, e painéis sobre populações tradicionais – quilombolas e indígenas e regularização fundiária. Os procuradores federais da sede e das coordenações regionais do ICMBio estarão presentes ao evento, que é aberto a participação de todos os servidores/colaboradores da Casa.

Haverá ainda palestra da Consultoria Jurídica do Mi-nistério do Meio Ambiente e apresentação do pro-jeto “AGU Carbono Neutro”, por Mayra Motta, da Advocacia-Geral da União - AGU, palestra ministra-da também durante a Rio+20. O encerramento será às 18h, com o presidente do ICMBio e o procurador-chefe nacional do ICMBio, Carlos Vitor Andrade.

Segundo nosso procurador, a preocupação na rea-lização desta comemoração “está além da burocra-cia, e sim na implantação efetiva da política. A pro-ximidade da Procuradoria Federal Especializada com o Instituto revela bem o nosso sonho: que as coisas aconteçam para além do parecer, para além da bu-rocracia. Que a política pública seja efetivamente implantada”. Carlos Vitor ressalta que trata-se de um evento do Instituto: “Desde o começo estamos incluindo todos, tentando envolver a Casa toda”.

ICMBio prepara comemoração de 12 anos do SNUC

O SNUCO Sistema de Unidades de Conservação da Natureza foi instituído em 18 de julho de 2000, pela Lei nº 9.985, com o objetivo de estabelecer os critérios e as normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação no Brasil.

O SNUC é considerado um dos modelos de legisla-ção mais sofisticados do mundo no que se refere à conservação dos recursos naturais e apresenta me-canismos que regulamentam a participação da so-ciedade, potencializando a relação entre o Estado, os cidadãos e o meio ambiente.

A publicação está disponibilizada no portal do ICM-Bio, em www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/legislacaoambientalvolume1.pdf.

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Edição 203

Presidente Vizentin participa de audiência no Senado

O presidente do Instituto Chico Mendes, Roberto Ri-cardo Vizentin, participou na segunda-feira (9) de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, no Senado. O objetivo foi debater, na perspectiva do desenvolvimento susten-tável, a proteção à fauna marinha e ao meio am-biente aquático, a perseguição a ativistas ambientais e a defesa dos oceanos após as decisões da Confe-rência da Rio+20.

Os palestrantes mostraram que o Brasil vem sofren-do com a caça de diversas espécies marinhas, em especial de tubarões e arraias, a exemplo do finning – prática ilegal de caça a tubarões e outras espé-cies com a finalidade exclusiva de retirada de suas barbatanas com foco na exportação para países da Ásia. Segundo o diretor-geral do Instituto Guardiões do Mar, Wendell Estol, a atividade ilegal do finning já rende US$ 17 bilhões por ano. “E a carne desses pescados ilegais nem chega à mesa do brasileiro. Al-gumas quadrilhas já foram desbaratadas pela Polícia Federal, mas temos que ampliar isso”, frisou Estol.

Ele propôs, como alternativa ao Brasil, estipular uma moratória proibindo a caça de tubarões em águas brasileiras por pelo menos 20 anos. O presidente Roberto Vizentin admitiu que a moratória pode ser uma opção a ser construída entre os membros do corpo técnico do Instituto Chico Mendes. Ele des-tacou que é preciso avançar na discussão do que o Brasil quer para a sua política ambiental e deixar de lado as polarizações governo versus sociedade.

“Essa tem que ser uma construção conjunta e respon-sável. O ICMBio está para entregar à ministra Izabella Teixeira dois importantes planos – um detalhando o passivo da regularização fundiária das unidades de

conservação federais e outro sobre a geografia dos conflitos existentes dentro dessas áreas protegidas”, frisou Vizentin.

O deputado federal José Sarney Filho (PV-MA), pre-sidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, destacou a importância de se cons-truírem alternativas, a exemplo do Projeto de Lei 35/2012 de sua autoria, que visa a declarar os re-cifes de coral como área de preservação permanen-te proibida de pesca. O professor Filipe de Oliveira Chaves, doutor professor do Departamento de Oce-anografia Biológica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, também participou da audiência pública.

Ainda estiveram presentes, do ICMBio, o coorde-nador-geral de Manejo para a Conservação, Ugo Vercillo, o coordenador de Políticas e Comunidades Tradicionais, Maurício Marcon, e a assessora par-lamentar Tânia Souza. Do Ministério do Meio Am-biente participou a assessora adjunta do MMA para a Conferência da Rio+20, Yana Sobral.

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Deputado Sarney Filho, professor Filipe Chaves, senador Paulo Paim – presidente da CDH, presidente Roberto

Vizentin e diretor-geral Wendell Estol

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ICMBio recebe micro-ônibus para atividade de educação ambiental no Parna Grande Sertão Veredas

Na tarde de terça-feira (10) o presidente do Instituto Chi-co Mendes, Roberto Ricardo Vizentin, recebeu “simbo-licamente” o micro-ônibus para atividade de educação ambiental no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, que engloba os municípios Chapada Gaúcha, Formoso e Arinos, em Minas Gerais, e Cocos, na Bahia.

O evento ocorreu na sede do ICMBio, em Brasília, e contou com as presenças de César Victor do Es-pírito Santo, da Fundação Pró-Natureza - Funatu-ra; dos diretores de Planejamento, Administração e Logística e de Ações Socioambientais e Conso-lidação Territorial em UCs, Silvana Canuto e João Arnaldo Novaes Júnior, respectivamente; do diretor substituto de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade, Fernando Dal’Ava; dos coorde-nadores-gerais de Populações Tradicionais, Daniel Penteado, de Uso Público e Negócios, Ernesto Vi-veiros de Castro, e de Administração e Tecnologia da Informação, Paulo Roberto de Araújo; do procu-rador-chefe nacional, Carlos Vitor Andrade Bezerra; além de outros representantes do Instituto e do gerente-substituto de Projeto do Departamento de Áreas Protegidas do MMA.

A partir de agosto o Parque Nacional Grande Sertão Veredas realizará visitas monitoradas com alunos da rede escolar do entorno da unidade e também com outros grupos, como agricultores, comerciantes, vere-adores etc. A ação faz parte do Termo de Reciprocida-de firmado entre ICMBio e Funatura e previu a aquisi-ção do micro-ônibus com capacidade para 25 pessoas.

As visitas obedecerão ao que está previsto no Plano de Manejo da UC, ou seja, as localidades, capacidade de carga, dentre outros aspectos. Os alunos que participa-rem das visitas à unidade receberão camiseta com logos do parque, do ICMBio e da Funatura e um folder sobre

a unidade. Palestras em sala de aula sobre o Parna e a importância da conservação do Cerrado antecedem a visita à UC. César Victor, da Funatura, destacou que o objetivo é levar a população a conhecer o parque e en-tender melhor sua importância para a região e o país.

O presidente do ICMBio celebrou a iniciativa e assegu-rou que ela tem um significado prático muito grande, pois o micro-ônibus é um instrumento de educação ambiental junto a comunidade dos quatro municípios – Chapada Gaúcha, Formoso, Arinos e Cocos. “Essa re-lação com a sociedade civil, com as organizações, como a Funatura, indicam, mais do que um caminho, uma política que o Instituto tem que seguir para implementar plenamente a gestão de UCs, principalmente daquelas abertas ao uso e à visitação pública. Nesse projeto que a Funatura apresentou e foi contemplado com a aquisi-ção do micro-ônibus, esse veículo tem uma simbologia: ele aproxima e permite que a comunidade, na figura do jovem e da criança, abrace o parque”, destacou.

Ainda segundo Vizentin, trata-se de uma viagem, uma aventura de reconhecimento, de identidade entre o parque e a comunidade. “Isso vale muito mais do que mil palavras sobre educação ambiental em sala de aula. A parceria com a Funatura abre caminho para conso-lidar essa experiência não só no Parque Grande Sertão Veredas, mas para ampliar esse espaço de participação de organizações ambientalistas na gestão das UCs”.

O projeto conta com apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade - Funbio e do Tropical Forest Conserva-tion Act - TFCA, do governo dos Estados Unidos. Antes de ser submetido pela Funatura ao Funbio, o projeto foi discutido com os técnicos do Instituto Chico Mendes que atuam no parque, conforme prevê o Termo de Re-ciprocidade. O documento tem validade até dezembro de 2012, podendo ser renovado.

O presidente Roberto Vizentin vai participar neste final de semana do XI Encontro dos Povos do Gran-de Sertão Veredas. O evento ocorrerá no período de 12 a 15 de julho no município mineiro de Chapada Gaúcha com objetivo de respaldar a importância de se valorizar e manter os recursos culturais e naturais do território do Mosaico.

Segundo Vizentin, “nós vamos embarcar nesse micro-ônibus numa viagem ao encontro e reencontro de Gui-marães Rosa e do Grande Sertão Veredas, retratados numa obra literária que antecipou, como se estivesse a frente do tempo, uma realidade colocada com con-tundência: ou protegemos os ecossistemas em nome do bem comum ou, ao contrário, a consequência disso pode ser a perda da imagem e da representatividade

do Grande Sertão Veredas, que tem sido permanen-temente ameaçado pela expansão de uma fronteira agrícola que marcha sobre os ambientes naturais sem talvez ter a dimensão das consequências imediatas e futuras que o processo tem”.

Por meio do projeto Turismo Ecocultural de Base Co-munitária, financiado pelo Fundo Socioambiental da Caixa, o evento é promovido pelo Instituto Rosa e Sertão, Prefeitura Municipal de Chapada Gaúcha, 11 prefeituras municipais do Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu, Funatura, ICMBio/Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Escola Municipal Santo Agostinho, entre outros parceiros. Mais informações na pági-na do evento no Facebook – http://pt-br.facebook.com/encontrodospovos?filter=3.

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Encontro dos Povos do Grande Sertão Veredas 2012

Carlos Vitor, Ernesto Viveiros, João Arnaldo, Silvana Canuto, Fernando Dal’Ava, Roberto Vizentin, César Victor/Funatura, Daniel Penteado e Fernando/MMA

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ICMBio em Foco

Brasil chega a marca de 600

RPPNs federais

O Instituto Chico Mendes criou na semana passada mais uma reserva particular do patrimônio natural, totalizando seiscentas unidades desta categoria. É a RPPN Corredeiras do Rio Itajaí II, localizada no mu-nicípio de Itaiópolis, em Santa Catarina, com 79,05 hectares. Juntas, as RPPNs federais protegem cer-ca de 480 mil hectares, o que equivale a mais de 440.000 campos de futebol*.

Os proprietários da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí II, Germano Woehl Junior e Elza Nishimura Wehl, realizam diversos trabalhos para preservação do meio ambiente. Além dessa reserva, já possuem oito RPPNs e outra já está em fase de criação. Todas elas estão localizadas nos municípios de Itaiópolis e Gua-ramirim, no estado de Santa Catarina.

Segundo Germano, na área onde está sendo criada a RPPN vive o raro e ameaçado pica-pau-de-cara-ca-nela, Dryocopus galeatus, que está na lista oficial das espécies ameaçadas de extinção. “Quando a área é transformada em RPPN, sua preservação fica legal-mente assegurada mesmo quando não estivermos mais aqui. Eu conheço dezenas de casos de pessoas que amavam a natureza, cuidavam da mata que ti-nham em suas propriedade, não retirando palmito, nem um musgo sequer. Mas, assim que morreram, os sucessores não tiveram a mesma visão e destruí-ram tudo. Isso não acontece quando transformamos a área em RPPN”, destacou Germano.

O estado com o maior número de RPPNs federais é a Bahia, com 93 unidades, seguida de Minas Gerais, 88, e Rio de Janeiro, 64. O Acre está na lanterna, com apenas uma. O bioma Mata Atlântica é o que concentra a maior parte das RPPNs federais (55%). Já o Pantanal tem a maior extensão de área prote-gida pela categoria, com cerca de 244 mil hectares. Na última semana foi criada também a RPPN Flo-rescer, no município de Urubici, em Santa Catarina, com 154,74 ha.

“A criação de RPPNs é fundamental porque significa a compreensão e o apoio da sociedade civil ao esforço público de conservação da biodiversidade. O dever de conservar deve ser de cada um de nós, cidadãos brasileiros. Mas aqueles que têm a oportunidade de destacar parte de sua propriedade particular à per-petuidade na forma de uma reserva particular estão contribuindo significativamente para a conservação ambiental deste país”, destaca o diretor de Criação e Manejo de UCs, Pedro Cunha e Menezes.

* Valor obtido considerando as maiores dimensões da Fe-deração Internacional de Futebol para campos de futebol, que são de 120 m na linha lateral e 90 m na linha de fundo.

Como criar uma RPPN?

Os interessados em ter seu imóvel transformado em Reserva Particular do Patrimônio Natural devem aces-sar o Sistema Informatizado de Monitoria de RPPN - SIMRPPN pelo site www.icmbio.gov.br/rppn, para preenchimento do requerimento. Os procedimentos que antes eram realizados manualmente agora são realizados via internet, tornando o processo mais simples e transparente.

José Luciano de Souza, técnico da Coordenação de Criação de Unidade de Conservação, esclarece que o sistema documenta cada etapa do processo de criação e realiza cerca de 70% da análise que antes era executada manualmente. “O SIMRPPN fornece informações sobre o andamento do processo, per-mitindo o acompanhamento tanto pelos técnicos do Instituto como pelo proprietário da reserva propos-ta”, afirma Luciano.

Os procedimentos para a criação de uma RPPN es-tão disponíveis na publicação “Roteiro para criação de RPPN Federal”, que pode ser acessada em www.icmbio.gov.br/rppn.

Pica-pau-de-cara-canela (Dryocopus galeatus) na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí II

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Projeto Terra do Meio avançaDurante a oficina com os gestores das unidades de conservação que compõem o Projeto Terra do Meio, do Ministério do Meio Ambiente, foram definidas as quantias que serão aplicadas em cada UC, de um to-tal de 10,8 milhões de euros (R$ 27,4 milhões). Des-se recurso, 6,9 milhões de euros (R$ 17,5 milhões) são doações da Comunidade Européia e o restante é contrapartida do governo brasileiro. A oficina foi realizada de 25 a 28 de junho, em Altamira (PA).

Repartição do recurso

• Esec Terra do Meio

Recurso alocado: R$ 1.243.000

Processos apoiados: plano de manejo, sinalização, com-pra de equipamentos, termos de compromissos, levan-tamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade, construção de infraestrutura, demarcação, pesquisa, reu-nião de conselho e atividades de proteção.

• Parna Jamanxim

Recurso alocado: R$ 1.135.000

Processos apoiados: plano de manejo, formação do con-selho, sinalização, compra de equipamentos, termos de compromissos, levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade, demarcação, reunião de conselho e ati-vidades de proteção.

• Parna Serra do Pardo

Recurso alocado: R$ 1.264.000

Processos apoiados: plano de manejo, formação do con-selho, sinalização, compra de equipamentos, termos de compromissos, levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade, reforma da base operacional, demarca-ção, reunião de conselho e atividades de proteção.

• Resex Rio Xingu

Recurso alocado: R$ 495.000

Processos apoiados: sinalização, compra de equipamen-tos, termos de compromissos, levantamento socioeconô-mico e da cadeia da dominialidade, reunião de conselho e atividades de proteção.

• Resex Rio Iriri

Recurso alocado: R$ 423.000

Processos apoiados: sinalização, compra de equipamen-tos, termos de compromissos, levantamento socioeconô-mico e da cadeia da dominialidade, reunião de conselho e atividades de proteção.

• Resex Riozinho do Anfrísio

Recurso alocado: R$ 861.000

Processos apoiados: sinalização, compra de equipamen-tos, construção da base administrativa, demarcação es-tratégica, reunião de conselho e atividades de proteção.

• Resex Verde para Sempre

Recurso alocado: R$ 1.406.000

Processos apoiados: plano de manejo, sinalização, compra de equipamentos, termos de compromissos, levantamen-to socioeconômico e da cadeia da dominialidade, reforma da base operacional, demarcação, reunião de conselho e atividades de proteção.

• Flona Altamira

Recurso alocado: R$ 802.000

Processos apoiados: sinalização, compra de equipamen-tos, termos de compromissos, levantamento da cadeia da dominialidade, demarcação, reunião de conselho e ativi-dades de proteção.

• Flona Trairão

Recurso alocado: R$ 1.167.000

Processos apoiados: sinalização, compra de equipamen-tos, termos de compromissos, levantamento da cadeia da dominialidade, reforma da base operacional, demarca-ção, reunião de conselho e atividades de proteção.

"Aplicamos a ferramenta de avaliação de unidades de conservação e fizemos um planejamento estraté-gico plurianual, que permite avaliar a efetividade da gestão de UCs, monitorar o Projeto Terra do Meio e definir as metas para os próximos anos", explicou o coordenador do Terra do Meio e do Arpa, Trajano Quinhões. As ferramentas utilizadas possibilitam, ainda, acompanhar o avanço dos processos de con-solidação das UCs e orientar o trabalho dos gestores e órgãos executores.

Após definir as metas, os gestores negociaram os valores e elaboraram um Plano de Trabalho com a definição das atividades e tarefas por semestre. Pro-jeto Terra do Meio inclui 11 unidades de conserva-ção, sendo nove delas federais.

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ICMBio em Foco

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Os corredores quenianos Ben Kiplimo Mutai e Paskalia Chepkorir Kipkoech conquistaram no do-mingo (8) a 6ª Meia Maratona das Cataratas, dis-putada em Foz do Iguaçu (PR). Cerca de 2.300 atletas enfrentaram três graus de temperatura e participaram da prova, que nesta edição estreou novo percurso, praticamente todo dentro do Par-que Nacional do Iguaçu.

Na categoria masculina, dois quenianos e quatro brasileiros despontaram dos demais antes mesmo da primeira metade do trajeto. No fim da corrida, 33 segundos separaram os cinco primeiros coloca-dos. Ben Kiplimo Mutai chegou em primeiro – com o tempo de 1h2min3s – na sua primeira participação na Meia Maratona das Cataratas. “Estava muito frio, mas eu estava me sentindo bem e consegui fazer uma boa prova”, analisou o campeão, que aprovou o percurso. “É muito bom, e a organização da prova atendeu os corredores muito bem. Espero voltar no ano que vem”, elogiou.

O segundo colocado foi Giovani dos Santos, com

1h2min12s – o segundo melhor tempo do ano em meias-maratonas realizadas no Brasil em 2012. “Com certeza foi um excelente tempo, a diferença foi pouca [para o vencedor], e esse ano bateu na trave. Espero que ano que vem possa fazer gol”, brincou o corredor, que ficou entre os cinco primeiros nas três vezes em que participou da prova. Em outubro, Giovani participará do Mundial de Meia-Maratona, na Bulgária. Completando o pódio, Damião Ancel-mo de Souza terminou em terceiro (1h2min24s); Abraham Kiplagat, do Quênia, com o tempo de 1h2min26, na quarta colocação; e José Márcio Leão da Silva, na quinta posição, em 1h2min36s.

No feminino, a queniana Paskalia Chepkorir Kipko-ech ditou o ritmo na maior parte da prova feminina e conquistou a primeira colocação com 1h8min20s. Para a corredora, o ritmo imposto pelo pelotão de elite e a baixa temperatura dificultaram a vitória. “O frio e a umidade do ar dificultaram, valorizando ainda mais a conquista”, disse. A também queniana Flome-na Cheyech Daniel terminou na segunda colocação (1h10min1s) e a portuguesa Jéssica Augusto foi a ter-ceira (1h14min28s). Roselaine de Souza Silva foi a mais bem colocada entre as brasileiras, chegando na quarta posição, com o tempo de 1h15min1s. Bicampeã em 2010 e 2011, Dorkas Kiptarus terminou na quinta po-sição, em 1h15min12s.

Percurso A edição 2012 foi disputada em novo trajeto, pra-ticamente todo dentro da reserva. A mudança ga-rantiu mais segurança aos atletas e proporcionou maior contato com as riquezas naturais do parque. “A corrida superou todas as expectativas. Os atletas se superaram, com uma disputa muita acirrada do

Quenianos vencem e quebram recordes da 6ª Meia Maratona das Cataratas

começo ao fim, e cravaram ótimos tempos”, disse Thadeus Kassabian, diretor da Yescom, co-organiza-dor da prova.

A mudança de percurso, que ficou mais plano, e o alto nível dos concorrentes também favoreceram a queda nos tempos em relação às edições anteriores, em espe-cial no feminino. Paskalia Chepkorir Kipkoech baixou mais de cinco minutos o tempo de Dorcas Kiptarus (1h13min31s), computado em 2011, ainda no percur-so antigo.

“A categoria teve um nível muito forte este ano. A Paskalia tem um dos quatro melhores tempos do mundo em meia-maratona, e isso explica esse desem-penho fantástico”, analisou o diretor-técnico da pro-va, Tadeu Natálio, da Associação Procorrer. Já no mas-culino, Ben Kiplimo Mutai baixou em 58 segundos o tempo realizado no percurso na corrida do ano pas-sado, vencida por Franck Caldeira. “Desta edição em diante, esses são os tempos que devem ser levados em conta para efeito de recorde”, explicou Natálio.

Premiação Os cinco melhores nas duas categorias levaram o troféu em homenagem aos 100 anos do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná e dividiram R$ 60 mil — a melhor premiação do Brasil em provas des-sa categoria. Os campeões faturaram R$ 12 mil; os segundos e terceiros lugares ficaram com R$ 8 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Os quartos lugares rece-beram R$ 3 mil; e os quintos, R$ 2 mil.

A realização da prova é da Concessionária Catara-tas do Iguaçu S/A e do ICMBio/Parque Nacional do Iguaçu. A organização fica a cargo da Associação Procorrer de Incentivo ao Esporte e da Yescom. A promoção é da RPCTV, com patrocínio da Itaipu Bi-nacional e apoio da Caixa Econômica Federal, Fundo Iguaçu, Power Ade, Fila, Duty Free Shop e Mabu Ho-téis & Resort. A prova tem supervisão e certificação da Confederação Brasileira de Atletismo, Federação Internacional de Atletismo e Associação Internacio-nal de Maratonas e Corridas de Rua.

Apolonio Rodrigues, chefe-substituto do parque, Gustavo Costa Rodrigues, cordenador-geral da CGPLAN/Diplan, seu irmão Daniel Costa e Jorge Pegoraro, chefe da UC

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Mais de dois mil atletas participaram da maratona

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Parque Nacional de São Joaquim comemora 51 anos

No dia 6 de julho, o Parque Nacional de São Jo-aquim, situado na região serrana do estado de Santa Catarina, completou 51 anos de sua cria-ção. Uma pequena cerimônia foi realizada para homenagear pessoas que se destacaram na his-tória da unidade.

O prefeito de Urubici, Adilson Jorge Costa, que apóia as ações do parque principalmente nas áreas de edu-cação ambiental e visitação, e Marcelino Costa Filho, servidor aposentado recentemente com mais de 30 anos de serviço público, com passagem pelo IBDF, Iba-ma e ICMBio, foram homenageados. João Rodrigues de Mattos foi o destaque do evento. No ano de 1957, em sua obra técnico literária, ele expôs a importância da criação de uma área protegida na região.

Segundo Michel Omena, chefe do parque nacional, João foi um visionário que viu sua ideia ser con-templada em 1961 pelo Decreto nº 50.922, com a criação da unidade. “Este senhor, que completa 87 anos este mês, vislumbrou o que poderia ser a alter-nativa para a devastação das Matas de Araucárias na região, aliando preservação e desenvolvimento, por meio do turismo ecológico, termo que na época nem se falava”, destacou.

Atualmente o parque vem se fortalecendo, rea-lizando a sua regularização fundiária com apoio da Coordenação-geral de Consolidação Territorial e também buscando ordenar a sua visitação com uma proposta de portaria de regulamentação junto a Coordenação-geral de Uso Público e Negócios, já que a unidade é uma das mais visitadas no país e referência no turismo de inverno e natureza no estado de Santa Catarina.

Parque Florestal

Com este título, queremos chamar a atenção para a ne-cessidade de ser criado um Parque Florestal ou uma Re-serva Florestal em São Joaquim. O lugar mais adequado para organizar este parque é no Morro da Igreja, em Santa Bárbara, com 1.885 m. É ali que nasce o Rio Pelotas, na face sul do morro. É próximo dali que nasce também o Rio Lavatudo. Segundo informações, o Rio Tubarão tam-bém nasce na face leste, ou um braço principal sobre os Aparados. O Rio Umbicá também nasce próximo a este morro. Além de preservar a flora e fauna, tem importância geográfica e turística. Geográfica, porque é a nascente dos rios acima citados e também devido à própria fisionomia da região. Para o turismo será de grande valor devido à altitude, clima seco e agradável; paisagem florística dos peraus da Serra Geral; e as nevadas de inverno.

Neste sentido o estado de Santa Catarina tem se descui-dado bastante. Há muito deveria olhar com muito carinho para o problema florestal do estado. Esse apresenta ainda muita floresta, mas dentro de 30 ou 40 anos não haverá mais árvores para as serrarias. Portanto, é hora de fazer al-guma coisa já que a União e o estado quase nada fizeram neste sentido. Só o parque do Kenya é maior que todas nossas reservas florestais. A Argentina tem três ou quatro vezes mais áreas organizadas em parques que o Brasil.

João Rodrigues de Mattos,1957

João Rodrigues de Mattos, sua esposa Nilza e seu neto Guilherme

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Estação Ecológica Tupinambás recebe homenagem

O Instituto Oceanográfico - IO/USP abriu suas por-tas no dia 3 de julho para homenagear a Estação Ecológica Tupinambás no mês de seu aniversário. A unidade está completando 25 anos de criação e 12 anos de implementação no litoral norte de São Paulo. A cerimônia foi patrocinada pela DuPont, Iate Clube de Ilhabela e Iate Clube de Barra do Una.

O evento foi prestigiado por 160 participantes entre pesquisadores de renomadas instituições de pesqui-sa do estado de São Paulo, secretário de Meio Am-biente de São Sebastião, Comodoros dos Iate Clubes de Ilhabela e Barra do Una, Petrobras e delegado da Marinha do Brasil em São Sebastião.

Os participantes do evento puderam visitar o globo Science on Sphere do Museu do Instituto Oceanográ-fico, que projeta as mudanças climáticas na superfície do planeta, além de contemplar uma exposição foto-gráfica da última expedição de avistagem de cetáceos no entorno da Esec Tupinambás. Foram apresentadas as datas para as próximas expedições de avistagem e abertas inscrições para embarcações e monitores.

A parceria da unidade com as instituições de pes-quisa do estado de São Paulo foi reforçada em 2011 com os estudos para elaboração do plano de ma-nejo, realizados com recursos de compensação am-biental em parceria com unidades de conservação do litoral norte, academia e ONGs. As expedições contaram com apoio de 67 pesquisadores voluntá-rios, além de infraestrutura e equipamentos do Ins-tituto Oceanográfico, Centro de Biologia Marinha/USP e de unidades de conservação estaduais.

Foram inscritas 55 embarcações para as próximas expedições, que estão sendo coordenadas pelo pes-

quisador Marcos Santos, do IO/USP, e pelo diretor de Meio Ambiente do Iate Clube de Barra do Una e Iate Clube de Ilhabela, Julio Cardoso. As expedições têm sido uma boa oportunidade de conscientização ambiental do setor náutico e de levantamento inédi-to das populações de cetáceos do litoral norte.

Segundo Michel Mahinques, diretor do IO/USP, a instituição recebe com muito bons olhos a parce-ria entre academia, sociedade civil e ICMBio em prol da conservação de Alcatrazes, seja nas iniciativas de extensão, como as expedições de avistagens, ou nas iniciativas de pesquisa e regulamentação, como o plano de manejo e a criação do Parque Nacional Marinho do Arquipélago dos Alcatrazes no entorno da Esec Tupinambás, em Alcatrazes.

Neste mesmo dia foi realizada uma reunião no Insti-tuto de Biociências da USP para discutir um monito-ramento ambiental a longo prazo para a região da estação ecológica, iniciativa inédita para embasar a gestão baseada em monitoramento marinho de pa-râmetros físicos, químicos e de biodiversidade.

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Painéis retratam última expedição de avistagem de cetáceos

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ICMBio em Foco

Instalado Comitê Técnico para avaliar metodologia que classifica relevância de cavernas

Foi realizada nos dias 28 e 29 de junho a 1ª reu-nião do Comitê Técnico Consultivo para acompa-nhar e avaliar a aplicação da Instrução Normativa nº 2/2009, do Ministério do Meio Ambiente, nos processos de licenciamento ambiental. A norma apresenta a metodologia para classificar o grau de relevância das cavidades naturais subterrâneas. O Comitê Técnico Consultivo, instituído pela Portaria nº 32/2012, do ICMBio, tem a finalidade de propor ao MMA o aprimoramento das regras previstas na IN. São 13 instituições participantes, sob a coorde-nação do Cecav.

Durante a reunião foi discutido e aprovado o regi-mento interno do comitê. Além disso, o Cecav apre-sentou uma síntese dos problemas identificados du-rante a aplicação da instrução normativa. Para esse estudo, diversas fontes foram consultadas, incluindo processos de licenciamento, artigos científicos e re-sultados de workshops, além de contribuições en-caminhadas ao centro por consultores e instituições que compõem o comitê.

Mais três reuniões foram agendadas para este ano. A próxima, marcada para os dias 22 e 23 de agosto, contemplará a apresentação de diagnóstico da apli-cação da IN por parte dos órgãos licenciadores e em-preendedores. Haverá também apresentação sobre a análise das unidades espaciais local e regional previs-tas na IN, assim como dos princípios e conceitos que deveriam ser considerados na revisão da legislação.

Buscando a representatividade da sociedade e dos se-tores diretamente relacionados ao tema, participam do comitê Dibio, Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama, Serviço Geológico do Brasil - CPRM, Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente - Abema, Universidade Federal de Lavras, Sociedade Brasileira de Espeleologia, Redespeleo Brasil, Instituto Brasileiro de Mineração, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia - Abiape e Departamen-to Nacional de Produção Mineral - DNPM.

Seminário debate gestão de UC no Vale do Ribeira

A Reserva Extrativista do Mandira, em São Paulo, acaba de participar do I Seminário de Criação de Par-ques Municipais e Mosaicos de Unidades de Conser-vação e a Gestão Compartilhada de Áreas Protegidas no Vale do Ribeira, promovido pelo Consórcio de Se-gurança Alimentar do Vale do Ribeira - Consad-VR, no município de Barra do Turvo (SP).

O evento, no dia 28 de junho, contou com a partici-pação de gestores e da população afetada pela cria-ção de unidades de conservação. O ICMBio integra o Consórcio de Segurança Alimentar, representado pelo analista ambiental e chefe da reserva extrativis-ta, Valtency Negrão da Silva.

Os principais temas debatidos foram a gestão com-partilhada de unidades de conservação da natureza, implementação de instrumentos de gestão e parti-cipação da sociedade na criação de novas unidades

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Evento reuniu gestores e comunitários da Resex Mandira

de conservação de proteção integral no Vale do Ri-beira. As deliberações do seminário foram no senti-do de efetivamente se implantarem os instrumentos de criação e gestão de unidades de conservação assegurados pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação nos diversos níveis de governo e com a efetiva participação da sociedade.

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Campos de Palmas constrói plano de manejo

O Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas (PR) realizou nos dias 26 e 27 de junho Oficina de Planejamento Participativo, importante oportunidade de envolvimento da sociedade na proposição de dire-trizes para a gestão da unidade. Conselheiros e pro-prietários de áreas na UC participaram da atividade.

O evento faz parte da construção do plano de manejo do RVS, que começou a ser elaborado em abril deste ano e tem previsão para ser finalizado em julho de 2013. A empresa responsável pelo desenvolvimento do documento é a STCP Engenharia de Projetos Ltda, que possui experiência na área ambiental e florestal.

No mês de junho também foram feitos os trabalhos de socioeconomia, sob responsabilidade do sociólogo Air-ton Laufer. Além disso, quatro reuniões abertas foram realizadas com as comunidades dos assentamentos Colina Verde e Recanto Bonito, proprietários do entor-no da UC e proprietários do interior do refúgio.

O Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas foi criado em 2006, possui cerca de 16 mil hectares e se localiza nos municípios de Palmas e General Carneiro.

A unidade foi criada porque a área do médio Rio Iguaçu é considerada como de importância biológica extremamente alta para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos.

Outros motivos foram a inserção das prin-cipais nascentes do Rio Chopim e uma do Rio Iratim, que possuem grande impor-tância para a região, e a proteção de um ambiente singular extremamente frágil, formado pelos últimos remanescentes de Campos Sulinos (estepe gramíneo-lenho-sa) em bom estado de conservação no Paraná, sob intensa pressão de uso, além de capões e florestas de galeria compos-tas por Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucárias), possuindo ainda formações brejosas (várzeas) que abrigam espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

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Conselheiros e proprietários de áreas na UC participam da oficina

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ICMBio em Foco

Em evento raro, peixe-boi amazônico é visualizado no Parna Anavilhanas

As expedições de campo do projeto “Monitoramen-to de hábitats e alimentação de peixe-boi amazôni-co no baixo Rio Negro e baixo Rio Tapajós”, coorde-nado pelo Cepam, têm auxiliado no levantamento dos registros de alimentação da espécie, assim como no monitoramento da qualidade da água dos lagos do Parque Nacional de Anavilhanas (AM), Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (PA) e Floresta Nacional do Tapajós (PA). As atividades ocorrem em parceria com a Universidade Federal do Amazonas - UFAM, as UCs envolvidas e o CMA.

Segundo Luciana Crema, analista ambiental e coor-denadora do projeto, a expedição realizada no início de julho no Parna Anavilhanas proporcionou ótima recompensa aos esforços da equipe. ”Conseguimos visualizar e registrar, por meio de filmagens, dois indivíduos de peixe-boi. Considerando que é um animal discreto, arisco e de difícil avistamento, esse registro raro só foi possível depois de muita persis-tência e dedicação. Posso afirmar que fiquei muito emocionada quando um dos indivíduos apareceu bem em frente à canoa, não esperava tanta proximi-dade”, destaca Luciana.

O próximo passo do projeto será a realização de uma expedição em agosto à Resex Tapajós-Arapiuns

e Flona Tapajós. Além de realizar o monitoramento da qualidade dos lagos e levantamento das espécies de plantas utilizadas na alimentação, a equipe tam-bém irá dedicar parte do tempo para a busca ativa da espécie.

“Esperamos ter a oportunidade de registrar a pre-sença de peixe-boi amazônico também nas duas UCs do Pará, já que, antes do projeto, o CMA reali-zou atividades com a espécie, inclusive com reabili-tação e soltura de dois filhotes no Lago Anumã, na Resex Tapajós-Arapiuns”, comenta Luciana.

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Peixe-boi avistado pela equipe

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Ubajara recebe plantio de mudas

O Parque Nacional de Ubajara, no Ceará, recebeu na semana passada o plantio de 14.600 mudas. A iniciativa, estimulada pela campanha "Plante uma árvore. Semeie esta ideia", do Grupo Edson Queiroz, foi da Assembleia Legislativa Cearense.

O objetivo do projeto é estimular a criação e recu-peração de áreas verdes do estado, propiciando aos seus habitantes uma vida mais saudável e em har-monia com a natureza. O parque nacional recebeu 80 espécies de plantas produzidas pela Casa da Ár-vore de Ubajara que, desde o ano passado, prepara as mudas. O plantio é parte do Programa Pegada Carbônica, que irá compensar a emissão de carbono da Assembleia. O projeto se insere na Agenda Am-biental da Administração Pública - A3P, aderido há um ano.

Segundo Humberto Bezerra, chefe do Parna, “a iniciativa contribui para a recuperação da área de mata úmida, localizada na sede administrativa da UC. Anos antes de sua instalação, a área foi utiliza-da para cultivo, e após a reformulação do plano de manejo, em dezembro de 2012, foi sugerida a sua recuperação“.

O projeto se encontra em fase experimental no Par-que Nacional de Ubajara. O objetivo é estendê-lo para áreas degradadas dentro da unidade, que eram antigos sítios, onde a presença de espécies exóticas é muito grande. “Pretendemos formalizar esta par-ceria com a Empresa Pureatmospherebrasil, que deu início ao projeto de reflorestamento de áreas degra-dadas na sede do parque”, explica Humberto.

O cálculo de emissão de carbono foi realizado pelo biólogo Ávila Capiberibe. Frota de veículos, gasto de energia, tecnologia utilizada e geração de lixo da Assembleia Legislativa foram levados em conside-ração. Com o resultado, foram apresentados meios

de reduzir e compensar as emissões. "Quando você diminui o desperdício, acaba economizando dinhei-ro. Como alternativa de compensação, indicamos o plantio de árvores", afirma Capiberibe. Em parceria com a Casa da Árvore, o biólogo customizou as ár-vores e fez todo o estudo das leis ambientais, que levou dois meses para ser concluído.

De acordo com ele, a escolha do Parque Nacional de Ubajara se deu devido à segurança que isso apresen-ta. "Quem refloresta tem a certeza de que, daqui a dez anos, outra pessoa não irá derrubar aquela ár-vore. O investimento é seguro, pois o parque conta com sistemas de proteção mantidos pelo Instituto Chico Mendes e com todo o aparato legal", ressalta.

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Área recebeu 14.600 mudas de 80 espécies

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Operação Mupera II: em Defesa da Mata Atlântica

A Estação Ecológica de Murici (AL) e a Reserva Bio-lógica de Pedra Talhada (AL/PE), dois dos últimos fragmentos bem preservados da Mata Atlântica, receberam entre os dias 26 de junho e 2 de julho a operação de fiscalização Mupera II. Com a partici-pação de fiscais da Floresta Nacional Nísia Floresta, Reserva Biológica Santa Isabel e estações ecológicas Murici e Raso da Catarina, o objetivo foi coibir ilícitos ambientais como roubo de madeira, caça e constru-ções ilegais.

A fiscalização teve como pontos fortes a presença institucional com rondas nas UCs e nos seus entor-nos, barreiras diurnas no final de semana na Esec para coibir a ação de caçadores, barreiras noturnas no entorno da Rebio para repreender a retirada ile-gal de madeira e vistoria de bares e estabelecimen-tos comerciais.

Como resultado, apesar do curto período da opera-ção, um caçador foi autuado, uma cutia abatida e uma espingarda calibre 32 foi apreendida e o infra-tor conduzido à delegacia de Murici, além da autua-ção e embargo de uma construção irregular na Esec.

Segundo o chefe da Esec Murici, Jailton José Ferreira Fernandes, os resultados foram bons apesar do cur-to tempo da operação. Nova ação deverá ser realiza-da em breve para que se mantenha o planejamento e as metas previstas para a proteção das unidades de conservação sejam alcançadas.

Ely Enéas, Esec Raso da Catarina; Paulo Medeiros, Flona Nísia Floresta; José Tadeu, Rebio Santa Isabel; Jailton Fernandes, Esec

Murici; e José Tiago, Esec Raso da Catarina

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Elefante-marinho visita APA Baleia Franca

A Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca rece-beu a visita de um elefante-marinho, que permaneceu até dia 5 de junho no canto norte da praia do Rosa, município de Imbituba (SC), quando retornou ao mar.

Após saber do seu possível encalhe, a unidade enca-minhou uma analista ambiental ao local para verifi-car as condições do animal. "O filhote é uma fêmea, juvenil, que mede cerca de 2 m 86 cm de compri-mento. Ela apareceu nos rochedos, ambiente muito similar ao encontrado nas colônias reprodutivas, es-tava em bom aspecto, bem nutrida, porém bastante cansada, o que demostrou a necessidade de descan-so", explica Luciana Moreira, chefe substituta da UC.

No início da semana passada, equipe formada pela veterinária especialista em animais marinhos, Cris-tiane Kolesnikovas, da ONG R3 Animal, pelo ana-lista ambiental Dan Pretto, do CMA, pelo sargento Marcelo Duarte, da Guarnição da Polícia Ambiental que atende o Cetas, e por integrantes da Polícia Am-biental de Laguna se dirigiu até o local. A avaliação da veterinária revelou que o animal estava em exce-lente condição física, reagindo bem à aproximação, bem nutrido e com coloração de mucosas normal. A contenção foi descartada por ser um processo extre-mamente estressante e que poderia causar danos à condição do animal, havendo risco de morte durante a manipulação. O animal foi monitorado no sentido de verificar alterações, entretanto retornou ao mar.

Em caso de encalhes, um protocolo homologado pela APA Baleia Franca deve ser seguido. "O objetivo

do protocolo é articular a rede de instituições que podem contribuir nos casos de ocorrência de enca-lhes, seja de animais vivos ou mortos. Neste caso, tivemos o apoio da Polícia Ambiental, R3 animal e CMA", explicou Luciana Moreira.

Elefante-marinho fêmea de passagem pela APAEquipe composta por analista, veterinária e Polícia Ambiental

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Técnicos da GIZ e do KfW visitam unidades de conservação fluminenses

Líderes responsáveis pela cooperação Brasil-Alema-nha da GIZ e do KfW estiveram, no final de junho, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Parque Natural Municipal das Montanhas de Teresópolis, na Área de Proteção Ambiental Guapimirim e na Estação Ecológica Guanabara, no estado do Rio de Janeiro. O objetivo foi visitar experiências relaciona-das à proteção da biodiversidade e à prevenção de riscos e adaptação a mudanças climáticas no con-texto da cooperação.

No primeiro dia, 23 de junho, após discussão com representantes do MMA sobre os desafios no âmbi-to da proteção do clima e da biodiversidade, foram realizadas visitas às áreas afetadas pelos eventos ex-tremos no município de Teresópolis e também ao Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópo-lis, com conversas com representantes políticos e da

academia. Os principais pontos de interesse foram sobre os custos de adaptação às mudanças climáti-cas e de prevenção de catástrofes e gestão de riscos e impactos da cooperação Brasil-Alemanha.

A visita ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi realizada no dia seguinte. Em reunião, tratou-se da relação entre mudanças climáticas, proteção da biodiversidade e uso sustentável da terra. Os partici-pantes conheceram o Centro de Visitantes da Sede Teresópolis da UC e a sala interativa e assistiram a um vídeo sobre os atrativos do parque. Após co-nhecerem algumas iniciativas realizadas a partir de um Projeto Demonstrativo da Mata Atlântica (PDA) apoiado pela GIZ e pelo KfW, como a criação de um Centro em Referência da Biodiversidade, os visitan-tes caminharam pela trilha suspensa do parque em meio à Mata Atlântica preservada.

Caminhada pela Trilha Suspensa do Parna Serra dos Órgãos em meio à Mata Atlântica preservada

Visita ao Centro de Visitantes do Parna Serra dos Órgãos pelos representantes da GIZ e do KfW

Em seguida, os participantes da comitiva desceram a serra e visitaram a APA Guapimirim e a Esec Guana-bara. Falou-se sobre adaptação às mudanças climáti-cas e o papel dos manguezais. Após visita embarcada pelas UCs, um lanche foi preparado pela Cooperativa Manguezal Fluminense, que também foi criada a par-tir de Projeto PDA. Os representantes da cooperativa falaram da importância daquele projeto para eles e suas famílias, que hoje têm parte ou até toda a renda provenientes de atividades para as quais foram capa-citados naquele projeto: restauração florestal, artesa-nato ou condução de embarcação.

Ao final das visitas, os participantes declararam mui-ta satisfação pelo que haviam visto e discutido. Al-guns dias depois, por e-mail, as palavras de Ingrid Prem, da GIZ, foram: “A visita e as conversas foram muito positivas e eles ficaram impressionados com o

trabalho de vocês. Todos voltaram para a Alemanha levando novas experiências e boas impressões da Mata Atlântica e das iniciativas”.

Participaram da visita Norbert Gorißen, chefe da Di-visão Internacional e Assuntos da União Européia em Energias Renováveis do Ministério do Meio Am-biente da Alemanha; Peter Hilliges, responsável do KfW - Banco de Desenvolvimento da Alemanha para biodiversidade, florestas tropicais, mudanças climá-ticas e desenvolvimento rural na América Latina; In-grid Prem, coordenadora de projetos da cooperação Brasil-Alemanha no âmbito da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento - GIZ e responsável pelos projetos apoiados pelo Ministério do Meio Ambien-te da Alemanha no setor Florestas Tropicais no Bra-sil; e Jean Boubli, coordenador técnico do Projeto Monitoramento da Biodiversidade da GIZ.

Comitiva alemã visita o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis

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Políticas públicas para agricultura familiar em unidades cearenses

As reservas extrativistas Batoque e Prainha do Canto Verde realizaram, de 25 a 29 de junho, seminário so-bre políticas públicas voltadas à agricultura familiar a serem implementadas nas reservas cearenses. O evento ocorreu no município de Beberibe, na Resex Prainha do Canto Verde.

No seminário foi analisada a aplicabilidade do Pro-grama de Aquisição de Alimentos - PAA, Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE e da Política de Garantia de Preço Mínimo para Produtos da So-ciobiodiversidade - PGPMBio nas reservas extrativis-tas do Ceará.

Visita de campo foi realizada com as instituições participantes para que a realidade das UCs e suas práticas produtivas fossem conhecidas. Posterior-mente, o grupo participou de um ciclo de palestras e debates, seguido de aula prática para acesso ao PAAnet. As lideranças comunitárias puderam expor suas expectativas e dificuldades para implementação dos programas.

O evento foi finalizado com a elaboração de uma proposta de aplicabilidade dos programas PAA, PNAE e PGPMBio nas reservas extrativistas Batoque e Prainha do Canto Verde, sistematizando as contri-buições de todas as instituições presentes e os enca-minhamentos para alcançar esse objetivo. A equipe

das duas UCs acredita que o seminário foi muito importante para que parcerias entre as instituições fossem firmadas em prol da implementação de po-líticas públicas nas unidades e realização de outras atividades futuramente.

Além do ICMBio, participaram Conab, Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Cooperativa de Prestação de Serviços e Assistência Técnica - Copasat, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará - Ema-terce, Coordenação do PNAE-Ceará da Secretaria de Educação, além de lideranças das comunidades do Batoque e da Prainha do Canto Verde.

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Lideranças comunitárias apresentam suas expectativas na implantação de programas de agricultura familiar

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Tapirapé-Aquiri realiza projeto para agricultura sustentável

Entre os dias 2 e 5 de julho, aconteceu a primeira campanha de campo do projeto "Sistemas Produti-vos Agroecológicos para a Agricultura Familiar do Entorno do Mosaico de Carajás". A ação é fruto de parceria entre Universidade Federal Rural da Amazô-nia - UFRA e ICMBio, sob coordenação da professora Andrea Siqueira Carvalho.

Sob a supervisão do analista ambiental Manoel Del-vo Bizerra dos Santos, a equipe multidisciplinar com cinco estagiários dos cursos de Biologia, Engenharia Florestal e Zootecnia se deslocou até o entorno da Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri. Eles visitaram seis lotes de agricultores familiares para conhecer a reali-dade local e realizar um diagnóstico socioambiental.

O objetivo é desenvolver propostas de sistemas pro-dutivos agroecológicos rentáveis para pequenos pro-prietários rurais cuja área faz divisa com o Mosaico de Unidades de Conservação de Carajás. Na primeira etapa, dez propriedades serão visitadas. Posterior-mente, serão compilados os dados e elaborados projetos que sejam adequados à realidade local, com bases agroecológicas, de modo a fornecer uma alternativa sustentável de renda a essas famílias.

Reunião do Conselho

O Conselho Consultivo da Flona Tapira-pé-Aquiri esteve reunido nos dias 5 e 6 de julho. Na pauta, projetos de educa-ção ambiental e extensão rural previstos para este ano e apresentação do status da implantação da Mineração de Cobre - Projeto Salobo, no interior da Flona. Representante da minerado esclareceu dúvidas sobre as condicionantes e com-pensações atribuídas no licenciamento do projeto. No dia 6, os conselheiros se deslocaram até o local do projeto, que está em fase de implantação e cujas operações devem começar ainda este ano. A empresa mineradora irá retirar 12 milhões de toneladas de concentrado de cobre por ano do interior da Flona, podendo chegar a 24 milhões de tonela-das ano com a ampliação.

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ConselheirosProjeto para agricultura sustentável

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ICMBio em Foco

Analista do ICMBio desenvolve estudo sobre efeito do petróleo da Amazônia em plantas aquáticas

Artigo de autoria da analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversi-dade Amazônica - Cepam, Luciana Carvalho Crema, que trata do efeito de petróleo da Amazônia em plantas aquáticas foi publicado na primeira edição do ano do periódico Acta Limnologica Brasiliensia – volume 24, nº 1.

“Effect of Urucu oil (Brazilian Amazon) on the biomass of the aquatic macrophyte Eichhornia crassipes (Mart) Solms (Pontederiaceae)” foi pro-duzido pela nossa colega, mestre em Aquicultura, em parceria com José Francisco Vicente Biudes e Antônio Fernando Monteiro Camargo, ambos do Centro de Aquicultura e Departamento de Ecolo-gia do Instituto de Biociências da Universidade Es-tadual Paulista - Unesp.

O estudo teve como objetivo verificar o efeito de di-ferentes dosagens do petróleo da província petro-lífera de Urucu, na Amazônia Central, na biomas-sa viva e morta da macrófita aquática Eichhornia crassipes (aguapé) – que ocorre abundantemente na região – e em características físicas e químicas da água. O experimento teve 84 dias de duração, sendo que a cada sete dias foram determinados biomassa viva e morta de E. Crassipes, valores de temperatura, pH, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido, além das concentrações de nitrogênio e fósforo total da água.

“Concluímos que um derramamento de petróleo pode provocar mortalidade total em uma população de uma espécie de macrófita, mas não em uma ou-tra. Isso pode alterar a diversidade de espécies de ma-crófitas na região impactada. No caso de Eichhornia crassipes e Pistia stratiotes, um derramamento de pe-tróleo de Urucu pode favorecer E. crassipes, a espécie menos sensível ao petróleo”, afirma Luciana Crema.

O artigo pode ver visualizado em www.scielo.br/scielo.php?pid=S2179-975X2012005000019&script=sci_arttext.

Luciana Crema e o experimento

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CURTASRivulídeos são tema de oficina

Terminou na última sexta-feira a Oficina de Planejamento do Plano de Ação Na-cional dos Rivulídeos, realizada na Aca-debio. O objetivo foi trabalhar o PAN, elaborando a parte II da Matriz de Plane-jamento. Fabrício Escarlate, do Conselho Estadual de Política Ambiental - Copam, que supervisionou a oficina, explica que os Rivulídeos são peixes com caracterís-ticas bastante peculiares, grande parte deles ameaçados por conta de empre-endimentos ou atividades rurais em seus hábitats, por exemplo. Em termos de composição do plano, Escarlate afirma que os objetivos estão sendo alcança-dos, mas que o documento é apenas o começo. “Ele tem um prazo de cinco anos de execução. Monitorias anuais são realizadas para avaliar sua execução e efetividade, o que pode ser modificado ou melhorado”, declara. O evento foi so-licitado pelo Cepta e teve a participação de cerca de 30 pessoas.

Plano de Manejo de RPPN em Santa Catarina

Foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (6) a Portaria nº 80, que aprova o plano de manejo da Reserva Parti-cular do Patrimônio Natural Serra do Lucin-do, localizada no município de Bela Vista do Toldo, em Santa Catarina.

ICMBio publica duas instruções normativas

O Instituto Chico Mendes publicou semana passada no Diário Oficial da União duas ins-truções normativas que estabelecem normas e diretrizes para a conservação de suas unidades. A Instrução Normativa nº 26 estabelece dire-trizes e regulamenta os procedimentos para elaboração, implementação e monitoramento de termos de compromisso entre o ICMBio e populações tradicionais residentes em unida-des de conservação onde a sua presença não seja admitida ou esteja em desacordo com os instrumentos de gestão. Já a IN nº 27 define os critérios para credenciamento e autorização dos serviços de condução de visitantes com fins recreacionais, educacionais ou de pesquisa, nas áreas de domínio público da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim e na Estação Ecoló-gica da Guanabara, localizadas no estado do Rio de Janeiro. Na Esec, a normativa estabelece somente a condução dos visitantes para fins educacionais ou de pesquisa. As instruções normativas podem ser consultadas no ende-reço www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=06/07/2012&jornal=1&pagina=84&totalArquivos=256.

Participação no Congresso de Mastozoologia

Os analistas ambientais da Reserva Biológica do Guaporé (RO), Celso Costa Santos Júnior, chefe da UC, e Sandro Leonardo Alves, atu-almente aluno de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Zoologia da Universidade Federal do Pará e Museu Paraense Emílio Goel-

di, apresentaram três trabalhos científicos durante o VI Congresso Brasileiro de Mas-tozoologia, ocorrido de 25 a 29 de junho, na cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul. Os trabalhos “Mamíferos não-voa-dores da Reserva Biológica do Guaporé: estado atual do conhecimento”, “Asso-ciações interespecíficas entre primatas na Reserva Biológica do Guaporé, Rondônia, Brasil” e “Registro de Chrysocyon brachyu-rus (Carnivora, Canidae) no sudoeste do estado de Rondônia, Brasil” apresentam resultados de pesquisas que vêm sendo desenvolvidas desde 2011 na unidade, exceto o último que trata de um registro inédito ocorrido em região do entorno da UC. Os colegas também participaram do Concurso de Fotografia realizado durante o evento, expondo fotografias de espécies de mamíferos ocorrentes na UC. A ida ao congresso teve apoio financeiro da nossa Coordenação de Apoio à Pesquisa.

Sítios Geológicos

Nosso colega Ricardo Marra, do Cecav, participou na semana passada, como re-presentante do MMA, de reunião do Gru-po de Trabalho Interministerial - GTI que deverá atuar na oficialização da Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleonto-lógicos - Sigep. O GTI, com prazo de du-ração de 60 dias, deverá propor o marco legal estabelecendo o Sistema Brasileiro para o Sigep, dando poderes para criar áreas de interesse geológico, o que inclui o Patrimônio Espeleológico brasileiro.

Foto da capa

A imagem da capa é de Júlio Gonchorosky, analista ambiental do Parque Nacional do Iguaçu (PR). O registro foi feito na Floresta Nacional de Ipanema (SP) e faz parte do portfólio desenvolvido como resultado do primeiro Curso de Fotografia do ICMBio, realizado na Acadebio, em maio.

Equipe da oficina

Adi

lson

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Conselhos

Portaria publicada na semana passada renova o Conselho Consultivo da Floresta Nacional de São Francisco de Paula, no estado do Rio Grande do Sul. Já nesta semana foram criados os conselhos de-liberativos da Reserva Extrativista Mata Grande, no Maranhão, e da Reserva Ex-trativista Arióca Pruanã, no Pará.

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NO FOCO

Arara entregue no Posto de Fiscalização “Patauá” da Floresta Saracá-Taquera, em Terra Santa, no Pará. A foto foi registrada por Andréa de Oliveira Raimundo, lotada na Flona.

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Revista eletrônica semanal

Editores

Ana Carolina Lobo da Silveira (jornalista) Ivanna Costa BritoLísias de Moura

Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Projeto Gráfico / Diagramação

Danilo Bezerra de Jesus

Revisão

Thaís Alves de Lima

Supervisão Geral

Cláudia Camurça

Colaboraram nesta edição

Adilson Borges – Parna Iguaçu; Celso Costa Santos Júnior – Rebio Guaporé; Cris Almeida – Acadebio; Fernando Pinto – DCOM; Francileia Lobo de Souza – Flona Tapirapé-Aquiri; Jailton Fernandes – Esec Murici; Kelen Luciana Leite – Esec Tupinambás; Leandro Goulart – Parna Serra dos Órgãos; Letícia Verdi – MMA; Luciana Carvalho Cre-ma – Cepam; Luciana Moreira – APA Baleia Franca; Marcia Casarin Strapazzon – RVS Campos de Palmas; Michel Omena – Parna São Joaquim; Mirele Almeida – Resex Batoque; Sandra Tavares e Thaís Alves – DCOM; Valtency Negrão da Silva – Resex Mandira.