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EDITORIAL Informativo oficial da Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica Av. Paulista, 491 - 6º Andar - cj. 61/62 - Bela Vista - CEP: 01311-909 - São Paulo (SP) Tel: (11) 3253-6610 - Fax: (11) 3262-1511 - e-mail: [email protected] Jornalista responsável: Renato H. S. Moreira (Mtb 338/86 - ES). Edição nº 19 Ano XIV Out a Dez de 2008 Impresso Especial 7220282900/DR/SPM SBDens CORREIOS FILIADA À: A Conectividade e o Natal A cima de qualquer convicção religiosa, a simbologia do Natal é, sem dúvidas, norteada pelo sentimento de aliança en- tre os povos. Assistimos, todos os dias, a um mundo cada vez mais conectado e em constante transformação. Boas novas, ca- tástrofes, sucessos, fracassos, denúncias, notícias e muito mais nos chegam, a todo momento, e no melhor estilo multimedia jamais imaginado. É virtualmente im- possível, mesmo para um monge tibeta- no, estar verdadeiramente alheio a tudo isso ou a seus efeitos. Estar conectado, no mundo contempo- râneo, não é mais uma questão de opção ou preferência, mas sim de fisiologia! Cada vez mais, o acesso a entidades e pessoas se faz de forma mais veloz. Se usada com inteligência, a conectividade disponível no mundo nos faz, com habi- lidade, levar uma mensagem ao Papa ou ao Presidente dos Estados Unidos, com apenas três ou quatro “escalas”. Um ami- go necessitava enviar uma informação ao presidente francês e, habilidosamen- te, pediu ao diretor de sua empresa que enviasse um fax ao ministro do Comér- cio que, por sua vez, enviou um e-mail ao embaixador brasileiro na França e, em dois dias, o esperado retorno já chegava em sua caixa postal. Todo esse status trás, sempre, a gosto- sa sensação de segurança, de conforto ou, para alguns, de poder. Mas conectividade significa muito mais! Tem a ver com harmonia, respeito, união, solidariedade, responsabilidade e justiça. Até mesmo os opostos são conec- tados. Não haveria razão para o sinal ver- de sem o vermelho; qual seria o objetivo do sim se o não fosse extinto? Osteoblas- tos e Osteoclastos estão irrevogavelmen- te conectados e flagrantemente solidá- rios. A existência de um só é possível com a do outro e vice-versa. Da mesma forma, nossas falhas determinam, inexo- ravelmente, disfunções ou sacrifícios de outros, nossos sucessos iguais efeitos em outros. Assim também somos em nosso meio ambiente. Mesmo quando opostos, definitivamente conectados. Parafraseando o grande pensador La- voisier, podemos enfaticamente dizer que “Na natureza, assim como na vida, nada se perde, nada de cria, tudo se conecta“. Desta forma, mais que fazer votos no anoitecer de 2008, a Sociedade Brasilei- ra de Densitometria quer lembrar a todos que o ano novo que se aproxima repre- senta um importante momento para que possamos relembrar que o sentimento de paz, harmonia e esperança que espera- mos apenas se constrói com uma grande corrente, cujos elos somos todos e cada um de nós, indissociáveis, condenados a uma fantástica dependência mútua, que fará desse Natal um inesquecível exercí- cio de CONECTIVIDADE! Feliz Natal e que 2009 seja pleno! Dr. Sergio Ragi Eis Presidente - SBDens

EDITORIAL A Conectividade e o Natal - sbdens.org.br · fará desse Natal um inesquecível exercí-cio de CONECTIVIDADE! Feliz Natal e que 2009 seja pleno! Dr. Sergio Ragi Eis Presidente

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EDITORIAL

Informativo oficial daSociedade Brasileira de

Densitometria ClínicaAv. Paulista, 491 - 6º Andar - cj. 61/62 - Bela Vista - CEP: 01311-909 - São Paulo (SP) Tel: (11) 3253-6610 - Fax: (11) 3262-1511 - e-mail: [email protected] responsável: Renato H. S. Moreira (Mtb 338/86 - ES).

Edição nº 19 Ano XIV

Out a Dez de 2008

ImpressoEspecial

7220282900/DR/SPMSBDens

CORREIOS

FILIADA À:

A Conectividade e o Natal

Acima de qualquer convicção religiosa, a simbologia do Natal é, sem dúvidas,

norteada pelo sentimento de aliança en-tre os povos. Assistimos, todos os dias, a um mundo cada vez mais conectado e em constante transformação. Boas novas, ca-tástrofes, sucessos, fracassos, denúncias, notícias e muito mais nos chegam, a todo momento, e no melhor estilo multimedia jamais imaginado. É virtualmente im-possível, mesmo para um monge tibeta-no, estar verdadeiramente alheio a tudo isso ou a seus efeitos.

Estar conectado, no mundo contempo-râneo, não é mais uma questão de opção ou preferência, mas sim de fisiologia!

Cada vez mais, o acesso a entidades e pessoas se faz de forma mais veloz. Se usada com inteligência, a conectividade disponível no mundo nos faz, com habi-lidade, levar uma mensagem ao Papa ou ao Presidente dos Estados Unidos, com apenas três ou quatro “escalas”. Um ami-go necessitava enviar uma informação ao presidente francês e, habilidosamen-te, pediu ao diretor de sua empresa que enviasse um fax ao ministro do Comér-cio que, por sua vez, enviou um e-mail ao embaixador brasileiro na França e, em dois dias, o esperado retorno já chegava em sua caixa postal.

Todo esse status trás, sempre, a gosto-sa sensação de segurança, de conforto ou, para alguns, de poder.

Mas conectividade significa muito mais! Tem a ver com harmonia, respeito, união, solidariedade, responsabilidade e justiça. Até mesmo os opostos são conec-tados. Não haveria razão para o sinal ver-de sem o vermelho; qual seria o objetivo do sim se o não fosse extinto? Osteoblas-tos e Osteoclastos estão irrevogavelmen-te conectados e flagrantemente solidá-rios. A existência de um só é possível

com a do outro e vice-versa. Da mesma forma, nossas falhas determinam, inexo-ravelmente, disfunções ou sacrifícios de outros, nossos sucessos iguais efeitos em outros. Assim também somos em nosso meio ambiente. Mesmo quando opostos, definitivamente conectados.

Parafraseando o grande pensador La-voisier, podemos enfaticamente dizer que “Na natureza, assim como na vida, nada se perde, nada de cria, tudo se conecta“.

Desta forma, mais que fazer votos no anoitecer de 2008, a Sociedade Brasilei-ra de Densitometria quer lembrar a todos que o ano novo que se aproxima repre-senta um importante momento para que possamos relembrar que o sentimento de paz, harmonia e esperança que espera-mos apenas se constrói com uma grande corrente, cujos elos somos todos e cada um de nós, indissociáveis, condenados a uma fantástica dependência mútua, que fará desse Natal um inesquecível exercí-cio de CONECTIVIDADE!

Feliz Natal e que 2009 seja pleno!

Dr. Sergio Ragi Eis Presidente - SBDens

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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA

ARTIGO

FRAXTM: podemos aplicá-lo no Brasil?Marcelo de Medeiros Pinheiro1, Bruno Muzzi Camargos2, Victoria Z. C. Borba3

1 · Assistente-Doutor da Disciplina de Reumatologia da Unifesp/ EPM2 · Doutorando do Centro de Pós-Graduação da UFMG. Hospital Mater Dei / MG

3 · Médica do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da UFPR e Presidente da SOBEMOM-PR

O FRAXTM é uma ferramenta de-senvolvida para aglutinar os fa-

tores clínicos de risco para fratura, genéticos e ambientais, e a densida-de óssea do fêmur, com o objetivo de quantificar a probabilidade de fratu-ra por fragilidade óssea em 10 anos. Dessa forma, pode calcular-se o risco de fratura de quadril ou fraturas con-sideradas maiores como vértebra, an-tebraço e úmero.

Por meio de meta-análise, Kanis et al avaliaram os dados primários de nove grandes estudos epidemio-lógicos prospectivos, com cerca de 59.232 indivíduos no total, dos quais 74% eram mulheres. Eles analisaram, ainda, outros desfechos como a qua-lidade de vida e a mortalidade, de acordo com a expectativa de vida de cada país.

Utilizando cálculos de probabilida-de e diversas metodologias estatís-ticas, foi possível identificar a rele-vância de cada fator de risco em cada estudo em particular. Os principais fatores clínicos de risco identificados foram idade, dados antropométricos, fratura prévia, história fratura de quadril (pai ou mãe), tabagismo atu-al, consumo de álcool, uso de glico-corticosteróides, relato de artrite reu-matóide e outras causas secundárias, de acordo com o sexo e origem étnica. A seguir, realizaram revisões siste-máticas de cada um desses fatores de risco, a fim de identificar a consistên-cia das informações e dos achados em diversos estudos populacionais.

Em breve, a Organização Mundial de Saúde deverá recomendar a utili-zação do FRAXTM para indicação de tratamento de pacientes de risco e tomada de decisão por órgãos gover-namentais e gestores de saúde. Ba-seado nisso, cada país pode utilizar melhor os recursos de saúde, base-ando-se nos custos diretos, indiretos e nas QALYs.

No entanto, no Brasil, ainda, não estamos autorizados a utilizar essa ferramenta, uma vez que não dispo-mos de banco de dados prospecti-vos de referência. Até o momento, as populações que podem usá-lo são China, Reino Unido, Itália, França, Espanha, Turquia, Japão, Suécia e Estados Unidos (caucasianos, pretos, hispânicos, asiáticos).

Embora não possuamos grandes estudos epidemiológicos em amostra representativa da população brasilei-ra, sabe-se que a prevalência dos fato-res clínicos de risco são semelhantes a estudos norte-americanos e euro-peus. Da mesma forma, os brasileiros não possuem grandes diferenças es-tatísticas de densidade óssea da colu-na lombar e fêmur proximal quando comparados com populações cauca-sianas. Em geral, a densidade óssea de mulheres brasileiras se aproxima mais das européias do que das norte-americanas. Por outro lado, de acordo

com quatro estudos nacionais (Marí-lia, Sobral, Fortaleza e Porto Alegre), sobre a incidência de fratura de qua-dril, possuímos risco de fratura di-ferente das populações utilizadas no FRAXTM (Estados Unidos da América, Europa e Ásia).

Com isso e baseado na ausência de dados brasileiros sobre a influência de cada um dos fatores de risco se-lecionados pelo FRAXTM, incluindo a medida da massa óssea, assim como a interação entre eles, não se deve uti-lizar essa ferramenta em nossa popu-lação. Assim, mais estudos se fazem necessários para estabelecer os pon-tos de corte específicos da densidade óssea e do risco de fratura por osteo-porose no Brasil.

Além disso, os valores de interven-ção de tratamento, propostos para os Estados Unidos (3% para quadril e 20% para fraturas maiores), podem não ser, necessariamente, os mesmos do Brasil.

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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA

Após o cancelamento do congres-so da IOF, devido aos aconte-

cimentos geopolíticos ocorridos na Tailândia, a ISCD ofereceu à IOF sua hospitalidade, compartilhando seu evento anual, programado para Orlando, Flórida (EUA), de 11 a 14 de março de 2009.

Desta forma, serão realizadas vá-rias mesas e sessões plenárias con-juntas (IOF-ISCD), o que cobrirá a maioria dos temas previstos para o Congresso da IOF de Bangkok. Vá-rios dos palestrantes previstos para o evento da IOF estarão em Orlando, dando o tom necessário a um grande evento. Os detalhes da programação científica serão divulgados em bre-ve. A ISCD está oferecendo a todos os registrados no congresso da IOF, cujos trabalhos haviam sido aceitos para o evento da Tailândia, a opor-tunidade de apresentá-los durante o evento de Orlando. Os apresen-

tadores dos trabalhos terão 50% de desconto para se registrarem no congresso ISCD-IOF.

Para fazer sua inscrição, entre no site da SBDens e clique no link que está disposto na notícia sobre o evento. Preencha o formulário de inscrição e envie por fax para o nú-mero indicado no formulário (obser-ve os valores especiais descritos na seção II do formulário). Para mais informações sobre a programação científica preliminar, visite o site da ISCD (www.iscd.org.br).

Importante: Apesar dos traba-lhos previstos para Bangkok esta-rem pré-aprovados para Orlando, os organizadores não podem, neste momento, garantir que as apresen-tações orais serão também acomoda-das na programação. O prazo limite para a submissão dos trabalhos para Orlando é 12 de Janeiro de 2009. Não perca essa oportunidade!

ISCD e IOF realizam encontro conjunto em 2009

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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA

ARTIGO CIENTÍFICO

O termo “Sarcopenia” vem do Grego, "pobreza de carne" e

significa a perda de massa muscu-lar que ocorre fisiologicamente com o envelhecimento. É considerada patológica e integra a síndrome da fragilidade do idoso quando asso-ciada a diminuição da capacidade funcional.

Com a idade, a partir dos 40 anos aproximadamente, perde-se cerca de um terço da massa muscular , em torno de 0.5% a 1% ao ano até os 65 anos e um pouco mais velozmente a partir daí.

O aumento da expectativa de vida da população mundial e consequen-temente da população idosa, a sar-copenia vem se tornando uma ques-tão de saúde bastante relevante no mundo desenvolvido. A sarcopenia e a perda de força muscular conse-quente, está relacionada a redução do equilíbrio, perda de agilidade, quedas e fraturas. O menor IMC também está relacionado a menor massa óssea, integrando a osteopo-rose a esse quadro.

A sarcopenia está presente na sín-drome de fragilidade do idoso onde se observa diminuição dos níveis de andrógenos, hormônio de cres-cimento e IGF-1. Ocorrem altera-ções do Sistema Nervoso Central e

Periférico com diminuição do nú-mero de neurônios motores após os 60 anos. Nesses pacientes as citoci-nas pró-inflamatórias IL-6 e TNF-a encontram-se aumentadas. A baixa ingestão protéica contribui para as alterações decorrentes de uma má nutrição. O resultado é a diminuição do número de fibras musculares tipo I e II (principalmente tipo II). O dé-

ficit de vitamina D e a consequente elevação do PTH também contri-buem para a sarcopenia.

A perda percentual de massa magra superior a 46% está associada à mor-te, independente da doença de base. Esta mesma perda está relacionada às infecções oportunistas, doenças pulmonares e maior mortalidade após fratura de fêmur proximal.

Sarcopenia – Densitometria além da BMD

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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA

A densitometria óssea (DXA) de corpo total é capaz de avaliar a com-posição corporal total e segmentar. De maneira precisa e acurada, com pouca radiação (1-5 μSv ) e pequeno tempo de exame (5-15 min), a DXA fornece dados relativos à massa gor-da total e em regiões do corpo como a região ginóide (ao nível dos qua-dris) e andróide (ao nível do abdo-me), massa magra total e segmentar, e percentis em relação a curvas de normalidade. Até o momento curvas referenciais nacionais (brasileiras) ainda não são disponíveis.

Através da DXA pode ser definido um índice relativo de massa muscu-lar (RSMI) derivado da quantidade de massa magra apendicular (medi-da em membros superiores e inferio-res) dividida pela altura em m2.

Segundo Baumgartner(5), a redução da massa muscular esquelética em dois desvios-padrão abaixo da média de controles jovens e saudáveis pa-reados para a mesma etnia (T-score) pode ser considerada patológica.

Assim:

MMA = massa magra apendicular (braços + pernas) em gramasAltura = em metrosRSMI = índice relativo de massa muscularRSMI = MMA/altura2

Considerando-se a classificação proposta por Baumgartner, são con-siderados sarcopênicos:

- Homens com RSMI < 7,26 kg/m2 (prevalência até 24% entre os 65 e os 70 anos);- Mulheres com RSMI < 5,45 kg/

Referência Bibliográfica:

1. Annu Rev Public Health 22: 355 e 375, 2001

2. Diabetes Care 17: 961 e 969, 1994

3. Roubenoff et cols Curr Op Clin Nutr Met Care 6: 295-9, 2003

4. Morais et cols J. Nutr H Ag 10: 4; 272-83, 2006

5. Baumgartner RN et al. AM J Epidemiol 147: 755-63, 1998

6. Journal of Clinical Densitometry 9(2): 191–197, 2006

Dra. Laura MendonçaReumatologista (RJ)

Diretoria Científica SBDensCDPI e Clínica Rad. Emílio Amorim

m2 (prevalência acima de 50% aci-ma dos 80 anos)

São cuidados a serem tomados para a máxima exatidão da DXA na avaliação da Composição Corporal:

- Realizar os exames preferivel-mente antes das refeições;- Aquisições devem ser realizadas com posicionamento adequado;- Os pacientes devem retirar me-tais, sapatos e outros adereços;- Durante a análise a visualização plena dos tecidos moles é funda-mental para a inclusão correta das áreas (regiões de interesse);- Realizar exames em serviços que contem com equipe habilitada em densitometria.

Concluindo, o DXA é o padrão ouro para avaliação da composição corpo-ral e, embora os padrões brasileiros ainda não tenham sido validados, os parâmetros referidos por Baumgart-ner podem ser utilizados, com a de-vida observação em nossos laudos.

Lista dos aprovados no exame da ISCD (out/2008)

DIC

OS

:O

PE

RA

DO

RE

S:

Adriana Braga de Castro Machado1. Alexandre A. Bastos Moura2. Alexandre França3. Antonio C. Monteiro4. Ariel W. Antunes5. Augusto D. Borborema6. Cacia Santos 7. Claudia R. de Velasco8. Claudia S. Gadelha9. Clelia R. Miranda 10. Cristiane G. Gobo11. Cristina Teresa M. Irizun12. denilson Jose de Souza13. Emanuel. F de Paula14. Estephan J. Moana15. Felix Manorl S. Pinto Alvares16. Fernando F. Guastella17. Flavio Tavares F. Da Silva18. Francisco de Assis Pereira19. Francisco Herlanio C. Carvalho20. Jose Miguel Dora21. Luciana Tupy Tavares22. Luiz Marchesi Neto23. Maisa M. de Martino24. Manoel Chaves Filho25. Marcelo A. Silva26. Marcelo Canto Caota 27. Marcelo Jundurian28. Marcia C. Almeida29. Marcio A. Nogueira30. Marco Aurielo B. Xavier31. Maria de Fatima S. Gonçalves32. Marise Crivelli33. Milton A. Eduardo Gonzalez34. Mirley Prado35. Ob Tavares36. Olivio Brito Malheiro37. Paulo H. G. Maccagnan38. Raul Paniagua Riascos39. Reynaldo Oliveira Magalhaes40. Sandra M. Sanches41. Sergio Tahan Vilarinho42. Thiago Lins Almeida43. Vinicius S. Junqueira44.

A1. ntonio Julio Silva FilhoBruno Muzzi Camargos2. Carmen R. Souza Franco3. Cristiane Silva Campos4. Daniel Freitas Neto5. Elena M. Phelippe Gesser6. Gabriela Leusin Regio7. Jose Marcelo8. Livia Maria S. Molinari9. Marcia Diniz Pontes 10. Miriam T. Mattevi11. Myrta B. Toni Secches12. Patricia Costa Bezerra 13. Rafael de C. Sciammarella14. Rosangela Mrs. Heckert15. Thelma C. Filgueiras16. Ulisses Godoy17.

Saiba mais em www.sbdens.org.br

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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA

Trabalhos premiados no II BRADOO – a vez da produção científica nacional

Além da excelente coletânea de palestras, o II Bradoo foi o mais

robusto que já tivemos, em termos de produção científica nacional. A comissão julgadora, encarregada da seleção dos trabalhos para premia-ção, surpreendeu-se positivamente com a alta qualidade científica dos estudos incritos e teve que ir aos de-talhes para definir as premiações.

Com este elevado nível científi-co, a apresentação dos temas livres e pôsteres do evento recebeu elo-gios de congressistas e também de convidados internacionais como os professores John Bilezikian e Mi-chael Mclung que, inclusive, pres-tigiaram pessoalmente a sessão de happy pôsteres, interagindo com autores e apresentadores dos te-mas.

Um sistema on-line de avaliação foi disponibilizado pela organiza-ção e permitiu que especialistas de diferentes áreas pudessem eleger os trabalhos de maior relevância cien-tífica apresentados.

Nesta etapa, os nomes dos au-tores e de seus serviços de origem foram omitidos para conferir maior isenção à escolha feita pela comis-são julgadora. De forma semelhan-te aos eventos internacionais, os trabalhos que alcançaram maior pontuação foram selecionados para apresentação oral, permanecendo os demais para apresentação sob forma de pôsteres.

Duas categorias de trabalhos científicos foram premiadas duran-te o II Bradoo: Osteometabolismo e Densitometria. Em densitometria, o prêmio recebe o nome do nosso saudoso fundador e primeiro presi-dente da SBDens, dr. Antonio Car-los Araújo de Souza.

Os vencedores receberam um certificado da premiação e, os se-lecionados dentre as aoresentações orais, um cheque no valor de três mil reais patrocinados, respectiva-mente, pela SOBEMOM/Eli Lilly (Osteometabolismo) e SBDens (Densitometria).

VENCEDORES:Dentro da categoria densitometria

óssea, o prêmio foi conferido ao tra-balho CALCIFICAÇÃO VASCULAR E BAIXA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE FÊMUR EM IDOSOS dos autores Camille F. Danilevicius e Rosa Maria R. Pereira, da FMUSP. O objetivo do estudo foi o de avaliar a associação entre densidade mine-ral óssea (DMO) e calcificação da aorta abdominal em idosos da co-munidade. Foram avaliados 1.041 idosos com idade superior à 65 anos. Radiografias da coluna lom-bar foram realizadas para análise da calcificação de aorta abdominal nos segmentos correspondentes às vér-tebras L1- L4. Para cada segmento lombar foi dada uma pontuação de zero a três segundo Kaupila et al, 1997. A DMO foi avaliada por dual-energy X-ray absorptiometry (DXA). Utilizou-se correlação de Spearman e variáveis com significância esta-tística foram incluídas na regres-são logística tendo como variável dependente a calcificação de aorta. Concluiu-se que existe associação positiva entre baixa DMO no fêmur total e calcificação de aorta abdo-minal em idosos da comunidade reforçando a hipótese da presença de mecanismos fisiopatológicos co-muns entre essas duas patologias.

Escolhido como o melhor tema li-vre em osteometabolismo, o traba-lho EFEITO DA DEXAMETASONA SOBRE A BIOLOGIA DE OSTEO-BLASTOS HUMANOS DE CULTU-RA PRIMÁRIA E A PARTICIPAÇÃO DA QUINASE ACOPLADA À IN-TEGRINA (ILK) E INTEGRINA ß1 NESTE PROCESSO sob autoria de Naves, M. A. da UNIFESP - EPM; com colaboração de Caparbo, V.F. e Rosa Maria R. Pereira, da FMUSP e Teixeira, V.P.C. da UNIFESP – Esco-la Paulista de Medicina. No estudo, a influência da dexametasona sobre a sinalização da quinase acoplada à integrina (ILK) e a integrina ß1 foi estudada em osteoblastos (OB). Utilizando-se de culturas primárias

Presidente da SBDens, dr. Sergio Ragi Eis, entrega premiação a uma das vencedoras: dra. Camille F. Danilevicius, autora do melhor tema livre em Densitometria – Prêmio Antonio Carlos Araújo de Souza

Foto: arquivo SBDens

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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA

Trabalhos premiados no II BRADOO – a vez da produção científica nacional

de OB humanos, foram analisadas a viabilidade celular, apoptose, ade-são celular e expressão proteíca de ILK e integrina ß1 (Western Blot). Concluiu-se que a dexametasona acarreta diminuição de viabilidade dos osteoblastos e que a redução da expressão de integrina ß1 é um pos-sível mecanismo envolvido neste processo. Além disso, a ILK não se mostrou influente nestes processos celulares, gerando a necessidade de estudos posteriores.

Na categoria melhor pôster em os-teometabolismo, o trabalho premia-do foi VALIDAÇÃO DE UM IMU-NO-ENSAIO ENZIMÁTICO PARA DOSAGEM PLASMÁTICA OU SÉ-RICA DE FGF-23, sob autoria de Martin, R. M. e colaboradores, re-presentando a Unidade de Doenças Ósteo-metabólicas - Disciplina de Endocrinologia e o Laboratório de Hormônios e Genética Molecular do HC / FMUSP. No trabalho, o imu-no-ensaio para dosagens sangüíne-as de FGF-23 - recurso diagnóstico para avaliação de causas genéticas e adquiridas de raquitismo hipofosfa-têmico e outros distúrbios no me-tabolismo do fósforo foi avaliado. O objetivo foi validar um método ELISA para a dosagem de FGF-23 em plasma e soro obtidos a partir de coletas sanguíneas. Conclui-se que o método apresentou excelente de-sempenho podendo ser empregado para as dosagens de FGF-23.

O melhor pôster em densitome-

Dra. Marize Lazaretti entregando o prêmio à dra. Rosa Maria Pereira, autora do melhor tema livre em Osteometabolismo

Foto: arquivo SBDens

tria óssea foi EVOLUÇÃO CLINICA APÓS SUSPENSÃO DO USO PRO-LONGADO DO BISFOSFONATO EM PACIENTES OSTEOPORÓ-TICAS, sob autoria de Silva, A.G.; Lana, J.M.; Kunii, I. além de ter contado com participações de José Gilberto H. Vieira e Marise Laza-retti-Castro. O estudo foi realizado na Unifesp - EPM e no laboratório Fleury. O estudo acompanhou modi-ficações do metabolismo ósseo e da densidade mineral óssea (DMO) em

pacientes que suspenderam o uso de alendronato (ALN). Ensaios labora-toriais de P1NP e CTX foram realiza-dos. Concluiu-se que o uso de alen-dronato fornecido pelo SUS foi capaz de suprimir os marcadores de remo-delação óssea e que, após três meses de suspensão do tratamento, o CTX e P1NP já haviam se elevado signficti-vamente, não evidenciando sinais de hiperssupressão óssea. A densidade mineral óssea não se alterou e 45% das pacientes perderam significati-

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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA

A casa da Densitometria brasileira

Desde outubro último, a SBDens vem conduzindo as obras de re-

forma e regularização de sua sede pró-pria, adquirida em setembro. A nova sede está sendo preparada para que possa oferecer plenas condições para que nossa entidade possa expressar e desenvolver todos os seus projetos e desafios em curso.

Nos 70 m2 de área, estão sendo pre-paradas recepção, sala de reuniões, secretaria, arquivo, sala da direção, copa e banheiro. Espera-se que a nova sede esteja pronta até o final do mês de janeiro, quando uma inauguração

será programada e comunicada aos sócios, brevemente.

Nas palavras do filósofo romano Cí-cero, "Meu preceito aos que constro-em é que o proprietário deveria ser um enfeite para a casa, e não a casa para o proprietário." Assim, a SBDens esta-rá sempre aberta a todos os que têm apoiado e trabalhado para que esse so-nho de 15 anos fosse, hoje, realizado – os verdadeiros enfeites da nossa casa.

A nova sede fica na rua Itapeva, 518, conjuntos 111 e 112, bairro Bela Vista – São Paulo (SP), CEP 01332-000, Edi-fício Scientia.Obras estão em fase de conclusão

vamente massa óssea, questionando a segurança da suspensão temporá-ria do bisfosfonato, especialmente nos casos mais graves.

Com toda a qualidade da produção científica demonstrada, ficou claro que o maior prêmio de todos foi, na verdade, concedido ao evento e seus participantes! Além daqueles men-cionados acima, a comissão cientí-fica parabeniza a todos os pesquisa-dores e orgulhosamente espera que no III Bradoo novos pesquisadores se juntem a esta comunidade, mo-tivo de orgulho para aqueles que fazem do nosso país uma presença cada vez mais marcante na comuni-dade científica mundial.

Os trabalhos premiados podem ser acessados no site da SBDens, pelo link http://www.sbdens.org.br/arquivos/trabralhos-bradoo.doc.

SBDens cria Departamento de Profissionais aliados após II Bradoo

Com a criação do Departamento de Profissionais Aliados, em primeiro de dezembro último, a SBDens entra em uma fase in-teiramente nova de sua existência.

Sua vocação destinada à excelência, agora, poderá ser usada para também alçar os operadores de densitômetros, o que pos-sibilitará um maior envolvimento com a técnica, dando a estes importantes elementos da equipe densitométrica o seu devido valor e respeito profissionais.

A filiação de operadores poderá ser efetuada no site da SB-Dens. Colegas médicos: estimulem seus operadores a partici-par. Operadores: filiem-se e participem da SBDens. Ela tam-bém é sua!