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Vol. XX • N° 347 • Montreal, 7 de abril de 2016 Cont. na pág 14 Investigador: Filantropia pode ajudar Portugal • Leia artigo na pág. 3 «Punir a América» Campanha eleitoral... • Artigo na pág. 7 Editorial Celebrar a Mulher Por Carlos DE JESUS P or ocasião da celebração do Dia da Mulher, que este jornal levou a efeito no passado sábado para homenagear 16 compatriotas que se têm distinguido pelo seu contributo à comunidade, vem a pro- pósito falarmos da condição feminina dos nossos dias. Há quem esteja convencido que as mulheres já conseguiram de facto, pelo menos nas nossas sociedades ocidentais, a mesma igualdade de tratamento que os homens. Ora isto não só é uma aparência como na verdade ainda há muito caminho a percorrer. Aliás, as conquistas feministas são mesmo de fresca data na história da humanidade. Não passam senão duma ca- mada muito ligeira de verniz com que por vezes nos queremos dar boa consciência. Se repararmos bem há menos de um século que as mulheres adquiriram os mes- mos direitos cívicos que os homens. Aqui, no Quebeque, foi só há 75 anos que as mulheres puderam adquirir o direito de votar e de serem eleitas, como veio lem- brar, na semana passada, o funeral da pri- meira mulher deputada do Quebeque Ma- rie-Claire Kirkland-Casgrain que, apesar de ter sido eleita teve de chamar o marido à cidade de Quebeque para ele lhe assinar o contrato de arrendamento do aparta- mento onde iria residir durante a sessão parlamentar. É que naquele tempo a mu- lher casada não podia assinar nem contra- tos nem sequer ter uma conta bancária em seu nome. Que distância o movimento feminis- ta percorreu nestes três quartos de século! 16° Dia da Mulher - Momento em que Carlos de Jesus, diretor do nosso jornal, re- cebia, na companhia de Norberto Aguiar, editor do LusoPresse e produtor da LusaQ TV, e de Ludmila Aguiar, apresentadora na LusaQ TV, a tela oferecida pela pintora Maria de Lurdes Sabino Cavaleiro. Foto de Jules Nadeau. 16º Dia da Mulher do LusoPresse «Dezasseis anos a valorizar o talento feminino» Por Vitória FARIA O LusoPresse realizou mais uma vez a sua comemoração do Dia da Mulher, uma tra- dição que já tem dezasseis anos, razão pela qual foi esse o número de homenageadas. E para que houvesse continuidade nesta celebração, o jornal pediu às mulheres homenageadas em 2015 pa- ra escolherem uma para a festa deste ano, reservando-se a escolha da 16ª. Leia artigo na página 8. 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652

Editorial Celebrar a Mulher Investigador - Montreal, 15 de ...lusopresse.com/2016/347/Textos corrigidos/WEB_LUSO_7avril.pdf · está, permanentemente, a vangloriar-se do equilíbrio

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Vol. XX • N° 347 • Montreal, 7 de abril de 2016

Cont. na pág 14

Investigador:Filantropia podeajudar Portugal• Leia artigo na pág. 3

«Punir a América»Campanha eleitoral...• Artigo na pág. 7

Editorial

Celebrar a Mulher• Por Carlos DE JESUS

Por ocasião da celebração do Diada Mulher, que este jornal levou a efeitono passado sábado para homenagear 16compatriotas que se têm distinguido peloseu contributo à comunidade, vem a pro-pósito falarmos da condição feminina dosnossos dias.

Há quem esteja convencido que asmulheres já conseguiram de facto, pelomenos nas nossas sociedades ocidentais,a mesma igualdade de tratamento que oshomens. Ora isto não só é uma aparênciacomo na verdade ainda há muito caminhoa percorrer. Aliás, as conquistas feministassão mesmo de fresca data na história dahumanidade. Não passam senão duma ca-mada muito ligeira de verniz com que porvezes nos queremos dar boa consciência.

Se repararmos bem há menos de umséculo que as mulheres adquiriram os mes-mos direitos cívicos que os homens. Aqui,no Quebeque, foi só há 75 anos que asmulheres puderam adquirir o direito devotar e de serem eleitas, como veio lem-brar, na semana passada, o funeral da pri-meira mulher deputada do Quebeque Ma-rie-Claire Kirkland-Casgrain que, apesarde ter sido eleita teve de chamar o maridoà cidade de Quebeque para ele lhe assinaro contrato de arrendamento do aparta-mento onde iria residir durante a sessãoparlamentar. É que naquele tempo a mu-lher casada não podia assinar nem contra-tos nem sequer ter uma conta bancáriaem seu nome.

Que distância o movimento feminis-ta percorreu nestes três quartos de século!

16° Dia da Mulher - Momento em que Carlos de Jesus, diretor do nosso jornal, re-cebia, na companhia de Norberto Aguiar, editor do LusoPresse e produtor da LusaQTV, e de Ludmila Aguiar, apresentadora na LusaQ TV, a tela oferecida pela pintoraMaria de Lurdes Sabino Cavaleiro. Foto de Jules Nadeau.

16º Dia da Mulher do LusoPresse«Dezasseis anos a valorizar o talento feminino»

• Por Vitória FARIA

O LusoPresse realizou mais uma vez a sua comemoração do Dia da Mulher, uma tra-dição que já tem dezasseis anos, razão pela qual foi esse o número de homenageadas. E para quehouvesse continuidade nesta celebração, o jornal pediu às mulheres homenageadas em 2015 pa-ra escolherem uma para a festa deste ano, reservando-se a escolha da 16ª.

Leia artigo na página 8.

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

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Página 27 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

Leite e peixe? Vão à banca!• Por Osvaldo CABRAL

Português ao raio X

Luciana Graça (Leitora de por-tuguês do Instituto Camões na Universi-dade de Toronto)Rubrica produzida emcolaboração com a Coordenação do EnsinoPortuguês no Canadá/Camões, I.P.

«Tratam-se de» ou «trata-sede»? – como dizer?...

Na rubrica desta semana, trazemostambém uma dúvida muito recorrente: aconstrução verbal «tratar-se de», a significar«estar a falar-se de», pode ou não ser utiliza-da também no plural?

E, antes de terminar, aqui ficam, claro,os nossos votos de uma óptima semana!

Casos:• «Tratam-se de prémios conside-

rados injustificados, tais como bónus atri-buídos a três directores […] e a vários cola-boradores […].» (sítio da Agência Finan-ceira, 03-01-2011);

• «Trata-se de prémios que envergo-nham a maioria dos outros concursos debeleza, [em que] o melhor galardão é, fre-quentemente, um carrinho jeitoso.» (sítio«bom dia.lu», 07-03-2011).

Comentário:• «trata-se de» (e não «tratam-

se de»): i) a construção «trata-se de»,com o sentido de «estar a falar-se de», éimpessoal, sendo utilizada, portanto, ape-nas na 3.ª pessoa do singular («trata-sede», «tratou-se de», «tratava-se de»), inde-pendentemente de ser seguida de um nomeno singular ou no plural; ii) logo, nosdois casos acima apresentados, deveríamoster «trata-se de prémios» (assim como de-veríamos ter, também, «trata-se de pré-mio»).

Em síntese:• «tratam-se de» X• «trata-se de» V

L P

Há duas no-tícias importantes dasúltimas semanas quepassaram “escondi-das” do público.

O Gabinete deComunicação do go-verno, que é tão lestoa anunciar as novida-des da governação,“esqueceu-se” de as colocar na agenda.

A primeira tem a ver com os dados divul-gados a semana passada pelo INE sobre oprocedimento dos défices excessivos.

Quem vasculhe os dados fica a saber queos Açores continuam a somar défices para oconjunto, o que não é coisa pouca para quemestá, permanentemente, a vangloriar-se doequilíbrio das contas.

Foram 115,6 milhões em 2013, passoupara 142,7 milhões em 2014 e baixou, à seme-lhança do país, para 55,4 milhões em 2015.

Louve-se o esforço do ano passado, masnão deixa de ser interessante que, nos últimostrês anos, tenhamos uma média de 104,6 mi-lhões por ano, qualquer coisa como 2,8% doPIB anual.

O défice da administração regional reflectebem a percepção que assola cada cidadão aço-riano, segundo a qual o governo estará a gastarem áreas onde não se devia meter, como o ca-so escandaloso da “nacionalização” da Sinaga,retirando ao orçamento recursos que deveriamser aplicados em situações de emergência gra-ve, nas áreas reprodutivas da nossa economia,como as pescas e a agropecuária.

Para estes dois setores essenciais da ativida-de económica regional, o governo tem anunci-ado linhas de crédito, quando é sabido que ospescadores e lavradores já estão atolados atéao pescoço com dívidas e penhoras à porta.

Para um governo que se ofendeu – e muitobem – pelo facto de Passos Coelho o ter man-dado à banca quando solicitou apoio para asintempéries, convenhamos que não fica bem

na fotografia...Mas se não há dinheiro e imaginação para

acudir às áreas reprodutivas desta terra, as quecriam riqueza e emprego, o mesmo já não sepoderá dizer para contratos, programa comempresas públicas falidas, avales e cartas deconforto a dar com um pau.

Há que manter a “rede das dependências”bem alimentada, com um “alforge de subsí-dios” que resulte no habitual farnel eleitoral, aque todos os governos nos habituam.

É aqui que entra a outra história, datadade 15 de fevereiro passado e estampada noJornal Oficial, por despacho nº 273/2016, assi-nado pelo Secretário Regional da Educação eCultura, Avelino Meneses.

Trata-se de uma lista de mais de 200 subsí-dios!

Há para todos os gostos e feitios, que ul-trapassam, no seu conjunto, o meio milhãode euros.

Há de tudo na derrama, até um de 49 mileuros para uma empresa do Reino Unido fazerum filme sobre Gungunhana.

Há também uns milhares para o Conti-nente, para a realização de exposições de foto-grafia e afins, sendo o grosso dos donativosdestinado a lançamentos de livros, criação deexposições, teatros, bailinhos, medalhas, estu-dos, projetos de investigação, festivais de músi-ca, encontros, workshops, filarmónicas, Casasdo Povo, cineclubes, orquestras, coros, socie-dades de recreio, chamarritas, simpósios, jazz,um acordeão, trajes, violas da terra, reedições,etc.

Nenhum cidadão porá em causa, certa-mente, este rol de apoios em nome de uma“sociedade que tem demonstrado o seu espíritode iniciativa e a sua capacidade criadora”.

Mas causa impressão que outro rol de di-nheiro e imaginação não se desenrole asserti-vamente pelas atividades reprodutoras da eco-nomia regional, quase todas de pantanas.

Portanto, caro leitor, apreensivo porqueum dia acordará e não tem à mesa leite e peixe?

Não se preocupe.Haverá alguém que lhe encherá a barriga

com subsídios e avales... L P

Câmara Municipal

Apoia serviços de SaúdeOs serviços de saúde, nas extensões da Ribeira Chã e do Cabouco, a partir do

próximo dia 6 de abril, já se encontram informatizados.Esta informatização irá permitir a utilização da plataforma informática MedicineOne

com todas as vantagens a nível receituário, exames complementares de diagnóstico e re-gisto informático adequado de cada utente.

Neste sentido, no dia 9 de maio na freguesia do Cabouco, e no dia 17 de maio nafreguesia da Ribeira Chã, irá estar presente nos respetivos locais de consulta, uma admi-nistrativa dos serviços da Unidade de Saúde de Lagoa, entre as 9h30 e as 12h30, de mo-do a proceder à inscrição dos utentes sem médico de família. Para tal, o utente, deverá fa-zer-se acompanhar dos seus documentos individuais de identificação.

A presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cristina Calisto Decq Mota, salientaque “esta é uma solução, há muito aclamada pelas populações daquelas freguesias, e quesó agora foi possível com o contributo da Câmara Municipal de Lagoa que, apesar denão deter competências na área da saúde, procura de forma estratégica garantir o bem-estar das suas populações, desta feita, com uma melhor prestação de cuidados de saúdeaos utentes lagoenses.” L P

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Página 37 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

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Florianópolis, sua linda!• Por Lélia Pereira Nunes – escritoraAcademia Catarinense de Letras

Quarta-feira, 23 de março outonal,Florianópolis aniversariou. Quantos anos?Não se pergunta a idade de uma mulher... Flo-rianópolis é mulher vaidosa, cheia de charme,a se alongar e abraçar o continente aí em frenteem cenários onde se entrecruzam realidades eos sonhos rendados. A antiga Nossa Senhorade Desterro, a nossa Florianópolis, completou343 anos. Seu marco inicial é o ano de 1673,quando Francisco Dias Velho lançou os fun-damentos da póvoa em duas léguas de terrasem quadra, na Ilha de Santa Catarina e onde,em 1678, erigiu uma capela em louvor a N. S.do Desterro. Finalmente, a cidade acerta o pas-so com a sua verdade histórica, apagando umhiato de 53 anos. Por outro lado, celebramoso aniversário de elevação à Vila e, como tal, selhe ergueu o pelourinho e se estabeleceu o po-der municipal – o Senado da Câmara. Assimsendo, continua valendo o aniversário de 290anos de predicamento de Vila, do ato instituí-do a 23 de março de 1726. Não resta dúvida,são factos históricos legítimos e reconhecidos.Portanto, parabéns Florianópolis!

Meu olhar vagueia enamorado por teu ter-ritório de pura magia, enquanto o sol, de etérealuminosidade, se deita por trás dos morros daterra firme, deixando-te resplandecente de mui-tos tons de púrpura, fúcsia, rosa, numa misturade intensidade cromática e saturação sem igual.Razão de sobra tinha o mestre Amaro SeixasNeto ao te proclamar terra dos casos e ocasosraros.

Cidade-Ilha-Mulher! Caminho por tuasruas desvendando tua intimidade, indo ao en-contro da nossa história cultural com medodoido de vê-la desaparecer no cirandar das gera-ções.

Florianópolis, sua linda! Fazes aniversárioe brinda-nos com a tua boniteza telúrica noregaço do mar e no jeito de pertença do teupovo que carrega, na maneira de ser e de viver,a identidade cultural de Florianópolis, a suamundividência, onde se assenta todo o ima-ginário ilhéu, a criação cultural, celebrativa, so-lar, única.

Afinal, dou por mim a murmurar Maurade Senna Pereira: “Meu corpo é o teu imensocorpo de ilha/e minha alma invade as tuasentranhas participando da tua febre criadora”.

Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina.

Investigador no português no Ontário...

Diz que filantropia pode colocar novamente Portugal no mapa

TORONTO, Ontário – O investiga-dor português Pedro Vieira, que vive no Cana-dá, considerou que a filantropia pode ter umpapel importante no apoio ao ensino de inves-tigação para colocar novamente Portugal nomapa.

“Adoro Portugal e gostava imenso de estarna Europa noutras circunstâncias. Lamentonão haver uma tradição de filantropia tão gran-de não apenas em Portugal, mas na Europaem geral, ao contrário do que se verifica naAmérica do Norte”, disse Pedro Vieira, de 33anos.

O investigador, natural do Porto, está noCanadá há seis anos, leciona no Perimeter Ins-titute, em Waterloo, no Sul do Ontário, é especi-alista em teoria quântica de campos, naqueleque é considerado mundialmente um dos me-lhores centros de investigação e pesquisa defísica teórica.

O projeto em que Pedro Vieira está inseri-do “não é único, é raro”, e será difícil de germi-nar na Europa.

“Um projeto destes será difícil de imagi-nar sem ser no Canadá e talvez nalguns locaisnos Estados Unidos”, afirmou.

O instituto conta com dezenas de alunoscom doutoramentos e mestrados, com a maiorparte dos professores a serem provenientesde vários pontos do globo.

O Perimeter Institute de Física Teóricafoi criado em 1999 na sequência de uma parceirapúblico-privada através do contributo do filan-tropo Mike Lazaridis, fundador da operadorade telemóveis Blackberry. Inicialmente, em2000, o empresário doou 100 milhões de dó-lares canadianos (68 milhões de euros), inves-tindo mais tarde 50 milhões (34 milhões deeuros), em 2008.

“O facto de este instituto funcionaratravés da filantropia revela que há pessoascom muito dinheiroe entidades privadas,que percebem que éum investimentomuito barato para oretorno que podemter”, sublinhou PedroVieira.

Para o emigrante

português, este “é um investimento muito efi-ciente” tendo em conta o possível retornopara a sociedade.

Trata-se de um investimento “puramenteem pessoas”, mas que a longo prazo pode terum impacto enorme porque uma grande partedas revoluções veio da física teórica.

Seria “muito interessante” verificar emPortugal se “por exemplo um Belmiro de Aze-vedo decidisse financiar um instituto da físicateórica de topo”, e pudesse assim colocar Por-tugal no mapa, fazendo do país um dos “cen-tros líderes mundiais da física teórica”.

“Não é um investimento gigantesco, éum investimento empessoas. Se for bem-feita, esta parceria pú-blico-privada é algo,na minha opinião,que funciona melhorainda do que o mode-lo tradicional de uni-versidades e de inves-tigação, baseado emuniversidades que sãotipicamente institui-ções muito grandes, epor isso mesmo, têmuma enorme inércia,mais lentas, mais ine-ficientes do que estes

institutos que funcionam de uma formaexcelente”, realçou.

O físico teórico português tem desenvolvidoum trabalho significativo na área da teoria quânticade campos. Uma das suas contribuições mais impor-tantes é a solução exata para o espetro de uma teoriaquântica de campos em quatro dimensões.

Além de diversas bolsas de investigação, PedroVieira já foi distinguido pelo Governo do Ontárioatravés dos Earlier Research Awards. Em 2015, foigalardoado nos Estados Unidos, pela Alfred P. SloanResearch Fellowships, e foi ainda o vencedor daGribov Medal, distinção atribuída pela SociedadeEuropeia de Física. L P

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Página 47 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Osvaldo Cabral• António da Silva Cordeiro• Luciana Graça• Lélia Pereira Nunes• Fernando Pires• Vitória Faria• Daniel Bastos• Mário Costa• Inês Faro

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-dia(Ver informações: páginas 5 e 16)

wwww.os50anos.com A nossa gente de 1963-2013

75 Napoléon | Montréal [email protected] | 514 282-9976

Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

DE ONDE VIMOS E QUEM SOMOS• Por Fernando PIRES

PPPPPrefácio – Soajo no início dos anos900 estava sob a tutela do Mosteiro da Diocesede Tui.

Contudo, pertencia à fundadora do Mos-teiro de Guimarães, a condessa Mumadona,que pelo que se sabe Soajo era também suapropriedade. A quando do problema entre mãee filho sobre a independência (a influência dosCruzados guerreiros prevaleceu!), a dita con-dessa teria doado Soajo a pastores e caçadores.Ora Soajo, só mais tarde passou para o controleda Diocese de Braga. Este prefácio é datadode 13/10/1995.

Devido à encruzilhada de povos que foi aPenínsula Ibérica, pouco se sabe da origemdos primeiros habitantes da pré-história deSoajo.

Contudo, aventuramo-nos a dizer que háem Soajo gentes com características nórdicas.E nisso a arquitectura granítica da terra soajeirapode testemunhar de elementos dessa influên-cia nórdica dado que Visigodos, Suevos e Cel-tas habitaram o norte de Portugal.

Para aqueles que não conhecem Soajo, en-contra-se entre duas serras ao longo do RioLima, uma com o mesmo nome, com 1 442metros de altitude, e a outra, que é a Serra da A-marela.

Geograficamente Soajo começa na mar-gem direita do Rio Lima e acaba no alto da Pe-drada. Como raianos estamos aproximada-mente a sete quilómetros da vizinha Galiza.

Soajo foi, outrora, como outras aldeiasportuguesas, recanto ignoto de Portugal. Foie é uma terra de partidas e regressos comomuito bem o pinta o nosso poeta soajeiroLuís Barbosa no seu poema “Hino à TerraMãe”. Estas partidas começaram talvez depoisda primeira República e da Guerra de 1914-1918, mas foi durante a implantação florestale a Guerra Colonial que começou “o salto”,rasgando novos horizontes para a liberdadedo povo da “Terra Mãe”.

Voltando à história, o que se conheceuaté à data sobre Soajo é que o seu nome teriasurgido pela primeira vez no testamento dacondessa Mumadona, datado de 997, no Mos-teiro de Guimarães.

Mais adiante, as Inquirições promulgadaspor D. Afonso III, em 1258, dão-nos contada criação de Santi Martini de Soaji (hojeSoajo).

Finalmente, para os que não conhecemSoajo, foi nos forais entre o Douro e o Minho,promulgados em 1514 por D. Manuel I, queSoajo acedeu a concelho, e que manteve até1852 o que hoje nos é devido.

Soajo possui um património cultural naci-onal do qual fazem parte monumentos nacio-nais tais como o Pelourinho, os Espigueiros emuitas casas de granito hoje restauradas.

A propósito dos Espigueiros, não po-demos deixar de mencionar o Espigueiro desegunda classe, que era o canastro de vara-verga,e que desapareceu sem ser carta postal. Aquelesque o Joaquim Lopes fazia para ajudar os maispobres da terra.

Antes da emigração, a subsistência dossoajeiros deve-se à agro-pastoril comunitarista,que teve nos costumes e na alimentação uma

função determinante.Alguns dos ex-

emplos comuns co-mo modo de vida daaldeia eram: a eira doPenedo (para secar omilho), a parteira, ocaminho de rega, asalfaias agrícolas, o fer-mento para a levedurado pão, o forno, o la-gar para o vinho, omoinho, o boi dopovo, assim como aentreajuda nos traba-lhos da terra.

Pode dizer-se queo “comunitarismo”em Soajo esteve e estáduma certa maneiraenraizado na família, deixando quase de manei-ra visceral um apego aos bens herdados dosfamiliares.

Visto de fora, Soajo é para várias freguesiasdo concelho uma comunidade solidária na de-fesa dos seus interesses. E nisso os soajeirostêm dado provas. Construíram nos anos 40uma das melhores escolas primárias daqueletempo. Construíram nos anos 50 uma das me-lhores casas do povo do país. Rasgaram, em1954, uma estrada que ligou Soajo à CentralElétrica do Lima, implicando o carreto de pedrafeito por carros de bois onde cada familiar daaldeia participou de maneira diferente.

Fundaram em 1975 um jornal que hojeenaltece a freguesia. Revindicaram para Soajoa restauração de casas de valor arquitetural, quehoje podem acolher um certo número de turis-tas. Arranjaram caminhos públicos.

Existe também em Soajo um certo res-peito mútuo quando se trata de prestar home-nagem aos mortos. Assim, quando alguém daterra morre, um familiar de cada casa prestahomenagem ao defunto, na sua casa, ou entãoacompanha-o até ao cemitério. Antigamente,depois do enterro, havia o chamado “nicho”,ou seja, pão e vinho e por vezes algum condutoque distribuíam aos mais necessitados queacompanhavam o funeral.

Um dos exemplos de solidariedade dossoajeiros é a atividade desta noite. Esperemosque não seja a última (mesmo se por certas ra-zões fui excluído da organização). Esperemosque este encontro não seja o último. Em 1997Soajo fará mil anos de existência. Faço aquiem Montreal apelo a todos os soajeiros domundo que gestos como este se repitam.

Ref.: A. Lopes de Oliveira: Soajo umaaldeia diferente.

Luís Polanah, n-8 Comunidades Cam-ponesas do Parque Nacional, S. Gerês.

António Lourenço Fontes, EtnografiaTransmontana, comunitarismo Barroso.

Câmara Municipal de Valdevez, BoletimCultural, Gepa, junho 1983.

Crónica datada de Montreal, 13 de setem-bro de 1995.

L P

O voo dos pardaisVoam em bando os pardaisirmanados de sonhos inocentesà procura de pródigas sementesabundantes nos dourados trigais.

Chilreando alegres melodiaspousam os destemidos pardaispor breves instantes nos beiraisanunciando o raiar dos dias.

Durante o apelo da naturezacriam ninhos de amor frugaisdoces-abrigos de pura beleza.

Chegada a hora da partidavoam em bando os pardaisrumo ao céu da nova vida.

Daniel Bastos, “O voo dos par-dais”, in Terra.

L P

Desenho da autoria de OrlandoPompei.

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Página 57 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Feliz Natala todos!

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Página 67 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Campanha eleitoral americana (4)

«PUNIR A AMÉRICA»• Por António da Silva CORDEIRO

Nas eleições realizadas na terça-feira,22 de março, Hillary Clinton e Donald Trumpganharam muito à vontade as Primárias doArizona. Os dois líderes esperam com essasvitórias não prolongar muito a chegada à respe-tiva nomeação. No mesmo dia, Bernie Sandersdestroçou Hillary Clinton nos caucusus de Ida-ho e de Utah. Ted Cruz venceu em Utah ga-nhando 40 delegados, porque a contagem finalfoi superior a 50%. A margem da vitória deClinton em Arizona foi tão grande que, emnúmero de delegados, quase compensou a vi-tória de Sanders em Idaho e Utah. É de notarque o Senador Sanders tem ganhado em quasetodos os estados que fazem caucusus em vezdas Primárias.

No seu discurso de aceitação da vitória,Clinton referiu-se mais aos acontecimentosde Bruxelas e aos comentários feitos pelos doislíderes republicanos: “A última coisa de queprecisamos... são líderes que incutam mais me-do. Perante o terror, a América não entra empânico. Não construímos muros ou voltamosas costas aos nossos aliados. Não podemosatirar fora tudo o que sabemos acerca do quefunciona e do que não funciona e [não vamos]começar a torturar. Este é o momento para aAmérica liderar, não se agachar. Vamos liderar,derrotaremos o terrorismo e defenderemos osnossos amigos e aliados”.

Clinton mostrou o apoio que tem dosidosos e dos não-brancos democratas; Trumpaumentou os seus números com os votos dosanti-imigração que constituem um bloco gran-de nos estados da fronteira sul. As duas vitóriasde Sanders deram-lhe uma grande dose de ím-peto para as eleições seguintes. Os bons núme-ros de Trump no Arizona anulam as tentativasdo establishement republicano de o impedir dechegar à convenção republicana, já com o má-gico número de 1237 delegados. Trump seguiua sua regra desta campanha: muito mais fraconos estados que usam caucusus. Estes estadosforam os últimos, para os republicanos, a usarcaucusus. A concorrência às urnas, principal-mente por parte da juventude, tem sido altís-sima, o que favorece tanto Trump como San-ders.

No processo eleitoral do Arizona acon-teceu algo muito estranho e que deverá ser in-vestigado pelo Departamento da Justiça. Osdois maiores distritos eleitorais são maiorita-riamente hispanos e afro-americanos. Acon-tece que houve alterações nas leis eleitorais quecausaram sérios problemas. As filas para votarchegaram a ter esperas de cinco horas (algocondenável em qualquer país do terceiro mun-do). Houve, nesses dois distritos eleitorais,gente que votou cinco horas depois da horalegal do fecho das urnas. Isto autorizado porjuízes, uma vez que os funcionários estaduaisquereriam simplesmente fechar as portas e aca-bar com a extensão do prazo de voto. Comoem muitos outros estados, há milhares e milha-res de pessoas que votam pelo correio ou vo-tam antecipadamente, isto é, vota-se em certoslugares com 30 dias de antecedência. Tudo istoaconteceu porque em muitos estados há tenta-tivas de dificultar o sistema de votação e de re-gisto para votar. A pessoa com a responsabi-

lidade das eleições é escolhida pelo governador. Nocaso do Arizona, foi uma senhora que decidiu que,no maior distrito eleitoral (incluindo Phoenix), comcerca de 230 postos de voto, fosse reduzido a 60 lu-gares de votação, o que significa uma redução de cer-ca de 70 por cento. Esta senhora já admitiu o seu er-ro e pediu desculpa, aceitando toda a responsabilidade,mas não pedirá a demissão. Só na América.

Outra nota interessante: as eleições em novem-bro não são limitadas à escolha do Presidente. Tam-bém se elegem todos os membros da Câmara dosRepresentantes (têm um mandato de apenas doisanos) e um terço do Senado, que este ano é de 24 Re-publicanos e 10 Democratas (têm mandatos de seisanos). O establishment republicano está muito preo-cupado porque, se o partido perder a Presidência, se-rá muito possível perder por arrasto 5 a 7 lugares noSenado, o que significa perder também o atual con-trolo do Senado.

Em 26 de março, o Senador Bernie Sanders ob-teve uma grande vitória em três estados: Washington,73 por cento; Alasca, com 82 por cento; e Havaí,com 73 por cento. A vitória em Washington, com101 delegados, foi muito importante para Sanders,mas Clinton, no sábado, ainda mantinha uma dife-rença a seu favor na contagem de cerca de 280 dele-gados regulares e 440 super-delegados (estes são esco-lhidos/convidados à convenção, não são eleitos).

Foram três os estados com caucusus onde San-ders se tem desempenhado muito bem. Além disso,a participação das populações, principalmente noestado de Washington, foi enorme. O grande benefí-cio destas vitórias para Sanders é o significativo au-mento das doações para a sua campanha permitindo-lhe manter-se na luta e preparar-se para a publicidadecaríssima dos mercados de New York e Pensilvânia.Ele também aproveita para continuar a desafiar Clin-ton relativamente às suas ligações com a Wall Streete ao seu record de política externa, de que ele discorda.Estas vitórias não eram inesperadas: os três estadostêm relativamente baixas percentagens de negros elatinos.

Clinton tem que lutar muito para conseguir ovoto jovem, que frequentemente tem problemas comas fontes de angariação de fundos para a sua campa-nha (Wall Street e gente ligada às indústrias fósseis).No entanto, e apesar dos problemas de Hillary Clin-ton, neste momento das Primárias ela tem mais votosdo que qualquer outro candidato, incluindo Trump.Ela obteve mais 2,6 milhões de votos que Sanders, eum avanço no número de delegados maior do queObama tinha nesta altura da campanha de 2008.

Gostaria de partilhar um simples comentáriode um leitor de The New York Times: “Não é deadmirar que Putin abertamente e a China secreta-mente gostem de Trump. Se Trump for avante como seu plano “América Primeiro”, eu prognosticoque os Europeus farão a sua paz com a Rússia. Putinficará feliz por acomodar os Europeus a fim de afastaros Americanos definitivamente do continente. ANATO deixará de existir. A China também aproveita-rá a oportunidade de afastar o poder militar americanoda Ásia, fazendo aberturas amigáveis ao Japão e àCoreia do Sul. Os árabes do Golfo muito provavel-mente voltar-se-ão para a China (que já é o seu maiorconsumidor) como seu protetor. The icing on thecake? A OPEC, liderada pelos Saudis, fixará o preçodo óleo em Yen ou Euro a fim de punir a América.Concluindo, Trump diminuirá grandemente a in-fluência da América no mundo”.

Nota final: como poderá Trump ganhar com73% das mulheres do país contra ele? Mesmo queconsiga ganhar na Convenção, não pode ganhar asPresidenciais com tais números. Conseguir fazê-lomais presidencial é como esperar que um gato ladre.

Whiting , New JerseyL P

Na Missão de Santa Cruz

Ciclo de cinema em português“A Gaiola Dourada” foi o primeiro filme a ser exibido no contexto de um ci-

clo de cinema em português organizado pela Coordenação do Ensino de Português noCanadá e Consulado-Geral de Portugal em Montreal em parceria com a Missão de SantaCruz. No dia três de abril, mais de cem pessoas foram até ao salão grande da Missão deSanta Cruz para assistir à projeção gratuita do filme que foi um sucesso de bilheteira.Uma homenagem aos portugueses emigrados em França, a projeção do filme “A GaiolaDourada” foi também o pretexto para o lançamento de um concurso intitulado “ViverNum Dois em Um: ser português e montrealense” dirigido a todos os estudantes deportuguês entre os 10 e os 17 anos.

O próximo filme em destaque é “O Pátio das Cantigas” de Leonel Vieira. A novaversão (2015) do clássico do cinema português (1942) será exibida ao ar livre no pátio daMissão de Santa Cruz no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas a10 de junho.

Em setembro e inserido numa atividade ecuménica com a participação da SinagogaPortuguesa e Espanhola, a mais antiga congregação judaica no Canadá, será a projeçãodo filme “O Cônsul de Bordéus”. O filme realizado por Francisco Manso e João Correacelebra os feitos heróicos de Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal em Bordéusem 1940, ano da invasão da França pela Alemanha nazi na sequência da Segunda GrandeGuerra.

Para encerrar o ciclo de cinema em português de 2016 será ainda exibido. em data aanunciar, o filme “Os Gatos não Têm Vertigens” de António Pedro Vasconcelos, sobrea amizade improvável entre um rapaz de 18 anos proveniente de uma família disfuncionale uma mulher de 73 com dificuldade em aceitar a morte do marido. L P

Salada de atum• Por Mário COSTA*

Quando, pouco depois de completar 18 anos, aluguei apartamento e fui viversozinho, a família preocupou-se. Aquilo que era normal no Canadá não era habitual emPortugal, onde quase sempre os filhos ficam em casa dos pais até se casarem.

A minha mãe apoquentou-se e até chorou. A minha tia dizia-lhe que o “pássaro sa-iu do ninho e foi à sua vida”, mas servia-lhe de pouco conforto… Imagino-a, embrenhadanos seus pensamentos e inquietações: “Estará ele bem? Já terá jantado?”.

A alimentação, sobretudo, parecia ser a principal preocupação. A minha prima Me-la deu-me um livro de receitas, O Cozinheiro Prático.

– Não vale a pena, eu não percebo nada de cozinha. Mas não te preocupes, que eunão passo fome! – disse-lhe eu para a tranquilizar.

– Mas o livro ensina pratos muito básicos – teimava ela.– Começa sempre por dizer para fazer um refogado e eu nem isso sei fazer!...– Mesmo isso, o livro diz-te como fazer. E olha: quando não estiveres com paciência

para cozinhar podes fazer uma salada de atum. Resulta sempre.Aceitei o livro, claro, que já alguém dera à minha prima. Já não tinha capa, mas era

de facto muito útil, pela simplicidade com que explicava todas as receitas. Utilizei-o algu-mas vezes e – desculpem a imodéstia – tornei-me mesmo um especialista na confeção dealguns pratos. Costeletas à dinamarquesa, por exemplo.

Já não utilizo muito O Cozinheiro Prático. Tenho-o numa estante na cozinha, aspáginas amarelecidas pelos anos. Um dia destes, passa para as mãos do André, quandoele próprio sair do ninho e for à sua vida.

E nos dias em que não tenho paciência, sigo o conselho da Mela: faço uma saladade atum.

* Antigo coordenador da Equipa Portuguesa da Radio Centre-Ville. L P

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16º DIA DA MULHER DO LUSOPRESSE

«DEZASSEIS ANOS A VALORIZAR O TALENTO FEMININO»• Por Vitória FARIA

O LusoPresse realizou mais uma veza sua comemoração do Dia da Mulher, umatradição que já tem dezasseis anos, razão pelaqual foi esse o número de homenageadas. Epara que houvesse continuidade nesta celebra-ção, o jornal pediu às mulheres homenageadasem 2015 para escolherem uma para a festa desteano, reservando-se a escolha da 16ª.

O Clube Portugal em Montreal foi o localescolhido para o jantar e a sua bela e ampla sa-la encheu-se completamente, mal deixando li-vre a pista de dança para que mais tarde a festapudesse continuar numa soirée dançante ani-mada por Júlio Lourenço.

Finda a refeição, deliciosa e bem servidacomo sempre, Ludmila Aguiar, que já nos tinhaexposto brevemente o programa da noite,convidou o diretor do LusoPresse, Carlosde Jesus, e o chefe de redação do jornal e di-retor da LusaQ TV, Norberto Aguiar, paraque fizessem um pequeno histórico desta ce-lebração da mulher portuguesa.

Seguiu-se a chamada duma primeira home-nageada do ano passado, Luísa Querido,para que viesse contar as razões da sua escolha.Porém, antes mesmo de o fazer, ela pediu queviesse à mesa uma mulher que sempre tem atu-ado na sombra, seja em prol do jornal, seja doprograma de televisão, Anália Narciso. Sódepois desta pequena homenagem ela revelouter escolhido Fernanda Salgueiro e poruma razão muito simples: pelos seus 32 anos

como conselheira social no Centro de AçãoSócio-Comunitária de Montreal e 20 anos deempenho como professora na Escola Portu-guês do Atlântico.

A convidada seguinte a apresentar a suamulher foi Odete Cláudio que anunciouter escolhido Olga Loureiro, uma senhoraque apesar dos seus 83 anos continua a traba-lhar ativamente nas diversas obras da MissãoSanta Cruz, e isto desde a sua chegada ao Canadáhá mais de vinte anos.

Jacinta Amâncio, a diretora da CaixaDesjardins Portuguesa declarou que a sua esco-lha recaia sobre Cristina da Silva, uma pes-soa cheia de mérito na comunidade e que dirigedois infantários.

Foi então a vez de Paula de Vascon-celos apresentar a mulher sua escolhida, masna realidade esta não precisava de apresentação,pois tratava-se de Joaquina Pires. Quemnão a conhece no Plateau, assim como o seutrabalho junto da Câmara Municipal e a sua lu-ta contra a pobreza?

A deputada do Partido Liberal do Canadáde St-Lambert/Brossard Alexandra Men-des achou que merecia a homenagem Eliza-bete Silva, não só pela sua dedicação à EscolaPortuguesa de Brossard, mas também peloapoio generoso que deu à sua campanha elei-toral.

Para Maria Fernanda Oliveira, outramulher das quinze homenageadas no ano pas-sado, a escolha recaiu sobre Inês Gomes.Ao longo de muitos anos esta senhora tem si-do uma força muito ativa no Grupo Coral da

Missão Santa Cruz.Quanto a Sílvia

Garcia quis dar a co-nhecer uma mulherque muito a estimu-lou, e que é talvez amais jovem do grupodeste ano, AnabelaMonteiro. Esta jo-vem é a assessora po-lítica de Jean Rous-selle, deputado doPartido Liberal doQuebeque de Vi-mont, em Laval.

Ana Maria

Rodrigues defendeu a sua candidata à home-nagem deste ano, a Dr.ª Adélia Ferreira,como uma advogada que dedicou grande parteda sua carreira a defender os mais oprimidosda nossa sociedade, as mulheres e as criançasvítimas de violência doméstica.

Isabel dos Santos, como artista que é– teatro, cinema, televisão – escolheu por suavez uma artista, esta da canção. São Medina,fadista que gravou vários discos e que cantatambém em francês e inglês, abriu o caminhoa uma nova geração de cantores da nossa comu-nidade.

Julie Pereira, que não podia estar pre-sente, fez-se representar por Raul Mesquitapara dar a conhecer a sua escolhida. Tratava-sede Olga Raposo, a diretora da Escola Por-tuguesa de Laval, pela sua dedicação ao ensinoda nossa língua.

Helena Loureiro, a chefe proprietáriados restaurantes PortusCalle e Helena, achouque era altura de tirar da sombra discreta emque sempre se manteve Júlia Soares, e con-tou como ela a ajudou nos seus princípios aachar os produtos que precisava para os seusrestaurantes. A homenageada estava de fériasem Portugal, mas estavam presentes as suasfilhas Fátima e Manuela, que seguem elas mes-mas os passos da mãe, gerindo com a mesmaeficácia a empresa familiar (Épicerie Soares etFils) e sempre com um sorriso para todos osclientes.

A escolha de Clementina Santos, umadas vozes do Radio Centre-Ville, recaiu sobreAlice Cabral Ribeiro. Mas, exatamenteporque nesse dia tinha sido o funeral-nacionalde Marie-Claire Kirkland-Casgrain, não pôdedeixar de começar por uma homenagem a essamulher de exceção que foi a primeira mulherdeputada, ministra e juíza no Quebeque. Emseguida, a própria homenageada explicou a ra-zão da sua participação desde há 10 anos namaratona do Hospital Geral Judeu, assim co-mo a organização de jantares de gala, com ofim de angariar fundos para a pesquisa sobreos cancros femininos.

Coube a Cristina Paulino apresentara última mulher escolhida por outra mulher eanunciou que era Maria de Lourdes Sabi-no Cavaleiro. Contou então como foi elaque lhe deu o gosto da língua através das peçasde teatro que montava na escola portuguesa.Maria de Lourdes é pintora, mas este talentoera um segredo quase desconhecido fora docírculo de amigos. Contudo, pudemos vê-lopatente no quadro que teve a gentileza de ofe-recer para ser vendido em leilão a fim de angariarfundos para o programa da LusaQ TV.

Foi então a vez do diretor do jornal, Car-los de Jesus, apresentar a escolha do Luso-Presse: Nisa Remígio. Tendo nascido emMontreal dum pai açoriano e duma mãe lisbo-eta voltou para os Açores quando tinha apenasnove anos. Depois dos estudos e ter sido pro-fessora de português e francês, voltou para oCanadá onde estudou biologia e cinema. Temtrabalhado em documentários sobre a emigra-ção, nomeadamente com Humberta Araújo (Os50 anos da emigração portuguesa) e recente-mente com Joaquina Pires. Digitalizou milha-res de documentos respeitantes aos emigrantesaçorianos e faz parte da organização do “Café

com Letras”, evento em que participam aman-tes de poesia de muitas nacionalidades. Emcurta mensagem ela apelou a que não nos es-queçamos nunca das pioneiras, aquelas queabriram o caminho às gerações vindouras.

No final, Norberto Aguiar veio fazeros seus agradecimentos a António Moreira,presidente do Clube, à Caixa Portuguesa, assimcomo a todos os colaboradores do jornal e doprograma televisivo; também deu um lamirésobre os projetos para o futuro.

Clementina Santos leu então uma mensa-gem de Daniel Loureiro, que não pudera estarpresente, e que enquanto Conselheiro das Co-munidades Portuguesas aproveitou a ocasiãopara desejar as maiores felicidades à LusaQ TV,ao jornal LusoPresse, à celebração do Dia daMulher, assim como a toda a equipa. Fez votosde grande sucesso para continuarem a informara comunidade, aproveitando ainda para felicitartodas as mulheres homenageadas nesta festa.

Além do quadro oferecido por Maria deLourdes Sabino Cavaleiro com acima dissemos,o qual foi adquirido por Joaquina Pires, houveoutro presente. Helena Loureiro ofereceu umcupão válido para quatro pessoas para o restau-rante Portus 360, o qual será inaugurado aindaeste mês, e que foi arrematado pela Fátima eManuela Soares.

Esta tradição do Dia da Mulher do Luso-Presse que já dura há dezasseis anos tem-se re-novado ao longo do tempo, procurando for-mas novas de homenagear as mulheres da co-munidade portuguesa. Assim, já houve um anodedicado às empresárias e outro às cantoras,por exemplo. Também tem contado com apresença de mulheres em destaque, como fo-ram a Dr.ª Maria Barroso, primeira dama por-tuguesa e a Dr.ª Manuela Aguiar, antiga vice-presidente da Assembleia da República. Teveainda presentes nos seus almoços e conferên-cias deputados e ministros do governo, comoNathalie Rochefort e Lise Thériault, então mi-nistra da Imigração e hoje vice-primeira-minis-tra. Decerto, para o próximo ano uma outrafórmula inovadora vai ser encontrada parahonrar as Mulheres da Comunidade; enquantoeste ano ainda há que festejar os 20 anos deexistência do LusoPresse. L P

Luísa Querido escolheu Fernanda Salgueiro, aocentro. Porém, pediu à plateia uma salva depalmas para Anália Narciso, «a Mulher que tra-balha na sombra». Foto de Jules Nadeau.

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Página 97 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

A S S E M B L E I A - G E R A L A N U A L

Convocam-se os societários da Caixa Desjardins Portuguesa à Assembleia-Geral Anual que se realizará:

DData: 23 de Abril de 2016 HHora : 14h 30 LLugar : Associação Portuguesa do Canadá 4170 rue Saint-Urbain, Montreal

para apresentação do Relatório Anual aprovado pelo Conselho de Administração, contendo o Balancete financeiro, o relatório das actividades do Conselho Fiscal e outras informações

prescritas pela lei. Decidir sobre a distribuição dos excedentes anuais, dos juros a pagar às quotas-permanentes, e às quota-partes de distribuição.

Será também efectuada a eleição para os lugares vagos no Conselho de administração e no Conselho Fiscal. Está previsto igualmente um período reservado a perguntas e respostas sobre

as actividades da Caixa.

EEleições

Queira notar que, aquando das eleições, é elegível toda a pessoa física que é societário de pleno direito(1) há mais de 90 dias e que não seja inelegível segundo a lei sobre as

cooperativas de serviços financeiros e que ela não exerce uma função incompatível em virtude do código de deontologia da Desjardins. Todo o candidato deverá consentir por escrito a

um inquérito de segurança e de crédito que lhe diga respeito e deverá comprometer-se a desenvolver os conhecimentos e as competências requeridas para o exercício da sua função como

dirigente. Uma candidadura só poderá ser submetida à Assembleia-Geral se um pré-aviso assinado por um societário de pleno direito e contra assinado pelo candidato, for entregue até

às 15h 00 do dia 19 de Abril de 2016.

Os formulários de candidatura, cujo uso não é obrigatório, estão disponíveis na Caixa.

Todos os societários da Caixa estão cordialmente convidados a participar nesta assembleia.

(1) Entende-se por societário de pleno direito, todo o indivíduo de origem ou descendência portuguesa

- Prémios de presença

- Distribuição das bolsas de estudo aos recipiendários Paula Bernardino, Secretária

GALERIA DOS PORTUGUESES PIONEIROS DA IMIGRAÇÃO

QUER «DAR-SE A CONHECER» À COMUNIDADE CANADIANATORONTO, Ontário – A Galeria

dos Pioneiros Portugueses em Toronto pre-tende dar-se a conhecer à comunidade cana-diana em geral e a outras culturas, disse hojeà agência Lusa a curadora do espaço.

“Embora o espaço seja dedicado aosportugueses, pretendo ir mais longe, abran-gendo toda a sociedade canadiana, com oenvolvimento de outras culturas. A galeria éuma parte vital da história canadiana, somosum país de diferentes culturas”, afirmou An-drea da Costa, de 24 anos.

A Galeria dos Pioneiros Portuguesesfoi criada em 2003 com o objetivo de home-nagear os portugueses pioneiros na imigra-ção para o Canadá pelos lusodescendentesJosé Mário Coelho (já falecido), BernardetteGouveia e Manuel DaCosta.

O espaço está nas novas instalaçõesdesde 2013, devido ao contributo determi-nante do empresário Manuel DaCosta, atu-

almente o único envolvido no projeto.Foi na doca “Pier 21” em Halifax, no dia

13 de maio de 1953, que o navio ‘Saturnia’atracou, desembarcando os primeiros 218 imi-grantes portugueses, com os respetivos vistosde trabalhos, muitos deles provenientes dosAçores, Madeira e alguns do continente. Essesimigrantes foram denominados de ‘Pioneiros’.

Atualmente, o espaço está a destacar nasua exposição o papel das mulheres portugue-sas, e pretende num futuro próximo apresentarum trabalho relacionado com os jovens luso-descendentes de segunda geração.

“Na entrada da galeria estamos a destacar opapel das mulheres portuguesas que têm sido umpouco esquecidas. Vamos também focar-nos bre-vemente na segunda geração de luso-descendentesmais através de histórias, temas que são muitoscomplexos, mas que a galeria pretende abordar”,sublinhou Andrea da Cos-ta.

Apesar da exposição permanente da gale-ria destacar o papel dos ‘Pioneiros’ com objeti-

vos e histórias daquela vaga de imigraçãoocorrida na década de 1950 (1953 a 1956), asegunda geração de jovens lusodescendentesserá a “próxima aposta da galeria, pois estãobem inseridos na comunidade canadiana eestão a afastar-se um pouco da cultura portu-guesa”.

A Galeria dos Pioneiros Portugueses járecebeu mais de 500 visitantes na sua novalocalização e está atualmente a desenvolverum trabalho em colaboração com estudantesda Universidade York, e com o professor Gil-berto Fernandes, na recolha de dados para acriação de recursos audiovisuais para a galeria.

O espaço, que habitualmente tambémrecebe turmas de diversas escolas, tem aindaum papel educacional, pois retrata o “contri-buto que os pioneiros desempenharam nodesenvolvimento de Toronto”, mas vai alémdisso, pois não é apenas a história dos portu-gueses, mas a história canadiana, referiu aresponsável.

Correção:Na sequência do artigo publicado

na edição de 24 de março de 2016 a propósitoda visita da escritora infantil Humberta Ara-újo à Escola Portuguesa de Laval, gostariade fazer um esclarecimento:

No artigo em causa vem mencionadoque sou a representante do Instituto Ca-mões, o que não é o caso e temo que possater suscitado alguma confusão aos leitoresdo jornal. O meu papel é o de apoiar o tra-balho da Coordenação do Ensino na áreade Montreal, representando-a em diferentesatividades e contactos sempre que é neces-sário. A Coordenação do Ensino de Portu-guês no Canadá/Camões I.P. tem a sua sedeem Toronto e a Coordenadora e represen-tante do Instituto Camões no Canadá é aDra. Ana Paula Ribeiro.

Obrigada ao jornal LusoPresse por terestado presente nesta iniciativa em Laval.

Inês FaroL PL P

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Página 107 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

16° Dia da Mulher do LusoPresse

Reportagem fotográfica, da autoria de Jules Nadeau,das respetivas Homenageadas e suas cúmplices.

Maria Fernanda Oliveira escolheu Inês Gomes. Isabel dos Santos optou por São Medina. Odete Cláudio convidou Olga Loureiro.

Helena Loureiro escolheu Júlia Soares - rep. pelas filhas. Raul Mesquita foi incumbido de honrar Olga Raposo. Luísa Querido chamou Fernanda Salgueiro.

Lurdes Cavaleiro teve a preferência de Cristina Paulino. Paula de Vasconcelos escolheu Joaquina Pires. Tina Santos apadrinhou Alice Ribeiro.

Ana Maria Rodrigues escolheu Adélia Ferreira. Jacinta Amâncio decidiu-se por Cristina Silva. Nisa Remígio foi a galardoada do LusoPresse.

Alexandra Mendes convidou Elisabete Silva. Anabela Monteiro teve a preferência de Sílvia Garcia.

O jovem montrealense Wesley Timóteo, que alinha noClube Os Belenenses de Lisboa, também quis colaborarcom o LusoPresse ofertando um quadro seu já equipadode cruz de Cristo ao peito.

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Página 117 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

V I V E R N U M D O I S E M U M : S E R P O R T U G U Ê S E M O N T R E A L E N S E

Concurso para os alunos (entre os 10-13 e entre os 14-17 anos) das escolas portuguesas ou cursos de Português em Montreal

Considerado uma homenagem aos emigrantes portugueses em França o filme “A Gaiola Dourada” é uma homenagem a

todos os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo. Valores como a família, a partilha à volta da mesa de jantar, a

dedicação ao trabalho, a celebração das festas religiosas ou a luta pela preservação e transmissão das tradições portugueses às

gerações seguintes, entre outros, unem todas as comunidades portuguesas no mundo. Mas cada comunidade portuguesa tem as

suas próprias características de acordo com o país onde se instala. São essas especificidades da comunidade portuguesa em

Montreal que queremos celebrar: sob o mote “Viver num Dois em Um: ser português e montrealense”, promovemos um concurso

que visa saber a forma como os estudantes das escolas comunitárias ou de cursos de língua portuguesa, jovens das segunda e

terceira geração de portugueses, vivem a sua herança portuguesa em Montreal. Os estudantes que queiram participar no

concurso podem partilhar as suas experiências seja através de um conto (ficção ou não-ficção) com base numa experiência

pessoal, mas podendo também recorrer a fotografias antigas, entrevistas a familiares, etc.. O importante é dar asas à

imaginação. Os trabalhos podem ser apresentados por escrito ou vídeo, etc. Ganha o mais original!

Os trabalhos a concurso serão divididos e avaliados em duas faixas etárias diferentes: haverá assim um grupo de alunos com

idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos e outro grupo de alunos com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos. A

entrega dos trabalhos deve ser feita até sábado dia 14 de maio na secretaria da Missão de Santa Cruz. Deve constar a

indicação do nome, idade, morada, telefone ou email. No caso de ser o vencedor será contactado dois dias antes do dia 28 de

maio, ou seja, dia 26, quinta-feira.

Os vencedores serão anunciados no dia da festa de final de ano das Escolas Santa Cruz e Lusitana no sábado de 28 de

maio. O vencedor do grupo 14-17 anos receberá um cheque-prenda de $60 da Renaud-Bray e o do grupo 10-13 de 40$. Os

segundos e terceiros lugares receberão livros em português. Todos os participantes receberão um diploma de participação. Os

três trabalhados vencedores terão destaque nos meios de comunicação comunitários, assim como na página de Facebook da

Coordenação do Ensino de Português no Canadá – Montreal.

O Concurso “Viver num Dois em Um: ser português e montrealense” é uma iniciativa da Coordenação do Ensino de

Português no Canadá/Camões I.P. em parceria com o Consulado de Portugal em Montreal e com as Escolas da Missão de Santa

Cruz.

A330 da Azores AirlinesTem como madrinha Nelly FurtadoO novo avião da frota Azores Airlines foi batizado, no passado dia

23 de março, pela cantora e atriz luso-canadiana Nelly Furtado, numa cerimóniapresidida pelo Chefe do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.

Esta nova aeronave, com o nome de Ciprião de Figueiredo (importante fi-gura histórica da Região), representa um marco na história do Grupo SATA. Éum virar da página, reforçando não apenas uma nova e moderna imagem daCompanhia como também a expansão da frota a operar nas rotas interatlânticas,EUA e Canadá.

A renovada imagem da Azores Airlines revela uma forte ligação emocionalcom os Açores, pelo que foi definida a representação de um cachalote e a pre-sença da cor verde, alusiva à riqueza ambiental do arquipélago, em cada um doslados do avião.

O novo avião tem capacidade para 280 passageiros e 10 toneladas de carga.É parte da estratégia do Grupo a aquisição de um segundo aparelho, uma claraaposta quer no reforço das rotas de longo curso quer no conforto dos passageiros,elevando o posicionamento de modernidade e inovação da Companhia AéreaAçoriana.

O Grupo SATA e a Azores Airlines irão continuar a privilegiar a segurançae qualidade, obedecendo aos mais elevados padrões definidos pelas autoridadesdo setor, nomeadamente a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

Mais informações em: https://www.azoresairlines.pt/ L P

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Rodado em Lisboa e nos Açores“Cinzento e Negro” estreia nos cinemas a 19 de maio

“Cinzento e Negro”, a nova longa-metragem de Luís Filipe Rocha produzida porLuís Galvão Teles, chega às salas de cinema nodia 19 de maio. O público tem agora oportuni-dade de ver este filme que arrecadou já váriosprémios em diversos festivais de cinema, in-cluindo Melhor Longa-Metragem, Melhor Re-alização, Melhor Argumento, Melhor AtrizPrincipal, Melhor Ator, Melhor Fotografia eMelhor Banda Sonora Original, entre outros.

Rodado entre Lisboa e as ilhas açorianasdo Faial e do Pico, “Cinzento e Negro” é umahistória de traição, roubo e fuga, de perseguiçãoe vingança. É uma história de amor, solidão emorte, marcada pelo ritmo da música que MárioLaginha compôs para o filme e pela fotografiade André Szankowski. De entre o sólido elen-co de atores, destacam-se as participações deJoana Bárcia, Filipe Duarte, Miguel Borges eMónica Calle.

Em 2015, “Cinzento e Negro” chamou aatenção dos programadores dos festivais decinema, que o selecionaram para integrar váriascompetições nacionais e internacionais: oMontreal World Film Festival (Canadá), o Fi-gueira Film Art – Festival de Cinema da Figueirada Foz (Portugal), o festival Caminhos do Ci-nema Português (Portugal), a Mostra Interna-cional de Cinema de S. Paulo (Brasil) e o Mon-tanha Pico Festival (Portugal).

“Cinzento e Negro” conseguiu impres-sionar os júris, tendo sido o grande vencedor

do Figueira Film Art – Festival de Cinema daFigueira da Foz, ao arrecadar os prémios deMelhor Longa-Metragem, Melhor Argumento(Luís Filipe Rocha), Melhor Realização (LuísFilipe Rocha, ex-aequo), Melhor Atriz Principal(Joana Bárcia) e Melhor Fotografia (AndréSzankowski). No festival Caminhos do Cine-ma Português, “Cinzento e Negro” viu reco-nhecida a sua capacidade de comunicação coma audiência ao ganhar o Prémio do Público,tendo ainda vencido nas categorias de MelhorAtor (Filipe Duarte) e de Melhor Banda SonoraOriginal (Mário Laginha).

“Cinzento e Negro” é uma coproduçãoentre a Luz Mágica Produções (Brasil) e a por-tuguesa Fado Filmes, de Luís Galvão Teles,que, com quase 20 anos de existência, é umadas mais antigas e ativas produtoras de cinemaem Portugal, tendo produzido filmes comoElas, Jaime, Nha Fala, Dot.com, Fados ou OGrande Circo Místico.

O filme estará em exibição em várias salasde cinema espalhadas pelo país, sendo toda ainformação sobre a exibição e outros temasrelacionados com esta longa-metragem atua-lizada regularmente em www.facebook.com/fadofilmes.pt

Link para trailer: https://vimeo.com/138517150

Link para download de imagens e presskit(sinopse, ficha técnica, biografias do realizadore elenco principal): https://we.tl/YylLiV0hIA L P

No Uruguai...Em San Carlos preserva-se manifestações açorianas

O Diretor Regional das Comunida-des afirmou, em San Carlos, no Uruguai, que oapoio do Governo Regional às Casas dos Aço-res e a outras dezenas de organizações e pro-motores individuais “contribui para a valoriza-ção” da diáspora, mas também “para a afirma-ção da Região no mundo”.

Paulo Teves, que falava sábado num en-contro com a comunidade açordescendente naCasa dos Açores do Uruguai, salientou que “oGoverno dos Açores aprecia e valoriza o rele-vante trabalho” desenvolvido por esta institui-ção, considerando que tem “contribuído eficaz-mente para aproximar esta comunidade dosAçorianos que residem no arquipélago”.

“Para além do desenvolvimento de umapolítica de apoios e de estímulos às Casas dosAçores, o Governo tem promovido o diálogoe incentivado o trabalho entre estas institui-ções, tendo em vista a partilha de ideias e proje-tos comuns”, frisou Paulo Teves, apontandocomo exemplos a Formação Açores para diri-gentes (2015) e para jovens (2016) das comu-nidades, assim como a Taça da Autonomia,que junta as Casas dos Açores da América doSul.

Na intervenção que proferiu neste encon-tro, que contou com a apresentação de dançasaçorianas pelo grupo da Casa dos Açores, Pau-lo Teves salientou também o “importante pa-pel desempenhado pelos grupos folclóricos

na preservação e divulgação das tradições ge-nuinamente açorianas”.

“Estes agrupamentos preservam e perpe-tuam as manifestações de natureza popular dosAçores e contribuem para a coesão social dascomunidades”, afirmou.

Nesse sentido, adiantou que “o Governodos Açores está a desenvolver um sítio na In-ternet que congregará os grupos dos Açores edas comunidades de emigrantes e seus descen-dentes”.

“Reconhecemos e muito nos orgulha apersistência e o empenho em manter vivas astradições culturais dos vossos ancestrais, pas-sados mais de dois séculos e meio da chegadados Açorianos a este país”, frisou Paulo Teves.

No âmbito da visita que realizou ao Uru-guai, o Diretor Regional das Comunidades reu-niu-se com a presidente do Município de SanCarlos, Alba Rijo, num encontro em que desta-cou “a importância da presença açoriana nodesenvolvimento social, cultural e identitário”desta cidade.

A cidade de San Carlos, fundada em 1763por cerca de uma centena e meia de famíliasaçorianas, preserva, ainda hoje, nas suas vivên-cias e manifestações culturais, caraterísticas tipi-camente açorianas.

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Com delegação da AICEPPortugal na feira alimentar SIAL

Portugal vai estar presente na grande feira do setor alimentarSIAL Montreal, que tem lugar no Palais des Congrès, de 13 a 15 docorrente mês de Abril. O stand nacional, organizado pela AICEP emcolaboração com a PortugalFoods, contará com cinco empresas desetores diferentes (Prisca Alimentação, Imperial, RealSabor, Nutricafése WaterBunkers) que, prosseguindo uma estratégia de expansãointernacional, vêm a Montreal mostrar a excelente qualidade dosprodutos alimentares portugueses a potenciais parceiros no mercadocanadiano. Naturalmente que gostaríamos de contar com a presençados portugueses no Stand de Portugal!

Para mais informações: https://www.sial-network.com/

FEIRA MEDIEVAL DE RESENDEA IV Feira Medieval organizada pelo Externato D. Afonso

Henriques – Resende irá decorrer durante o próximo dia 15 de abril.Programa da Feira Medieval:10:00 – Abertura da Feira11:00 – Desfile temático11:30 – Atuação da Afontuna12:30 – Repasto Medieval14:00 – Atividades medievais19:30 – Ceia medieval20:30 – SARAU– Classe de espada– Musica Medievo– Encenação– Bailias Medievais– Afontuna.

No âmbito das comemorações do4º aniversário da elevação de Lagoa a cidade,no dia 11 de abril de 2016, a Câmara Municipalde Lagoa irá promover uma série de ações, queincluem o lançamento da nova imagem doMunicípio.

Esta renovação da identidade abrange umconjunto de atividades e peças que irão po-tenciar a comunicação entre a Câmara Muni-cipal, os Lagoenses e a própria região, tendosempre em linha de conta a celebração da efe-méride.

Este dia será assinalado com a divulgaçãodo novo logótipo e plano de comunicaçãopara o Município, cuja estratégia assentou navalorização do seu passado, de inegável rele-vância para a região, e na sua crescente moder-nidade tecnológica que posiciona a Lagoa “narota do futuro”.

O lançamento da nova imagem inclui, en-tre outras ações, a inauguração da sinalética deboas-vindas e de espaços de referência, assimcomo o lançamento da aplicação mobile, cujoobjetivo é promover as valências culturais, gas-tronómicas e tecnológicas, potenciando aoferta do Concelho, numa ótica de forte pro-moção turística da cidade de Lagoa.

O programa de comemorações abre coma atuação das bandas Sociedade FilarmónicaEstrela D´Alva e Banda Lira do Rosário e pro-longar-se-á durante todo o dia com atividadeslúdicas para as crianças, a decorrer um poucopor todas as freguesias do Concelho. O dia

encerrará com a atuação das tunas Tunídeos eTuna Com Elas.Dia 11 de abril

Lagoa comemora elevação a cidadeL P

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EDITORIAL...Cont. da pág 1

Mas, como dissemos, ainda há muito por fazerpara que uma justa igualdade se verifique. Porexemplo, no campo político, mesmo se o no-vo governo federal de Justin Trudeau conseguiureunir um conselho de ministros paritário, me-tade homens e metade mulheres, a verdade éque nas instâncias políticas e decisionais dagrande maioria das empresas as mulheres bri-lham pela sua ausência. E que dizer das trágicasestatísticas diárias das mulheres vítimas de abu-sos sexuais ou de violência conjugal? Das mu-lheres que não são pagas o mesmo salário pelotrabalho equivalente de um homem? Das mu-lheres monoparentais sem a menor ajuda dospais? E assim por diante.

Mas, como diz o ditado – quando me olhome desolo, mas quando me comparo me con-solo – a verdade é que a situação das mulheresfora do Ocidente é ainda muito pior. Sobretudoquando a tradição ou a religião – ou as duasjuntas – as relegam a um papel de cidadãos desegunda classe.

É por exemplo o caso do Japão. Um paístecnologicamente moderníssimo, que já foi asegunda maior potência económica mundial eque continua definhar, com uma baixíssimataxa de fecundidade dos casais, uma populaçãoenvelhecida, as fronteiras fechadas à imigração,mas, e sobretudo, porque metade da sua popu-lação está condenada ao desemprego devidoao peso da tradição. É verdade, a quase totali-dade das mulheres casadas japonesas não temuma atividade profissional. Está condenada aviver em casa para se ocupar do marido e dosfilhos quando os há. E, no entanto, a mulherjaponesa é instruída, educada, vai à universidadee trabalha enquanto solteira. Mas só em tra-balhos temporários mal remunerados. Logoque se casa, a tradição manda que ela fique emcasa. É malvisto que uma mulher casada tra-balhe fora do lar.

Agora imaginem o que acontece quandoa tradição se alia à religião. Aí temos uma situa-ção explosiva. Aí temos não só a recusa damulher no espaço público senão acompa-nhada de um membro masculino da família,mas temos sobretudo a recusa mesmo que amulher se possa instruir, aprenda a ler e a escre-ver.

É o que se passa nos países de religiãomuçulmana tradicionalistas onde vigora a cha-ria que considera um crime deixar a mulher ir àescola. A jovem tristemente famosa MalalaYousafzai, quase que pagou com a vida o quererdefender o direito das meninas do Paquistãoirem à escola. Os talibãs não lhe perdoaram asua militância e enfiaram-lhe um tiro na cabeça!

Felizmente que ela sobreviveu. Menos sor-te teve a primeira-ministra daquele país, Bena-zir Bhutto, que apesar de pertencer a uma dasfamílias mais poderosas do país, foi assassi-nada num atentado suicida durante um comíciopolítico em 2007.

Assim vai a condição feminina no nossotempo. E enquanto assim vai, muitas e muitasmais iniciativas teremos que promover parasublinhar, melhorar e promover os direitos damulher por toda a parte.

Telefone e fax: (514) 849-9966Alain Côté O. D.

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Em Lisboa

Treinos de captaçãoA “SCOUT” irá realizar pela terceira

vez em Lisboa treinos de captação de futebolexclusivamente para atletas portugueses ou lu-sodescendentes, que atuem fora do nosso país,nascidos em 1998, 1999, 2000, 2001, 2002,2003, 2004, 2005, 2006 e 2007.

Iremos ainda realizar pela primeira vez,treinos de captação para o Futebol Femininoexclusivamente para atletas portuguesas ou lu-sodescendentes, que atuem fora do nosso país,nascidas em 1997, 1998, 1999 e 2000.

Os treinos realizam-se em Lisboa nos dias30 e 31 de julho de 2016.

As inscrições são limitadas e serão aceitespor ordem de chegada.

Para obter toda a informação poderá con-sultar o site (www.scout.com.pt).

Poderão ver as fotos da 2ª edição na nossapágina do facebook:

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.982316418479658.1073741829.882621735115794&type=3

Em 2015, participaram 73 atletas proveni-entes de 16 países: Alemanha, Áustria, Bélgica,Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos,França, Inglaterra, Luxemburgo, Macau, PortoRico, Suécia e Suíça.

Neste momento temos 40 atletas inscritospara a próxima edição provenientes de 12 paí-ses: Canadá, Emirados Árabes Unidos, Espa-nha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Islân-dia, Luxemburgo, Macau, Panamá, Suécia e Sui-ça.

Scout – Eventos DesportivosTelemóvel: 00351 964440150 L P

Açores com representação no Conselho das Comunidades?

O Subsecretário Regional da Presi-dência para as Relações Externas reuniu-se, emLisboa, com o Secretário de Estado das Comu-nidades Portuguesas, num encontro que permi-tiu “dar um importante passo” relativamenteà participação institucional dos Açores noConselho das Comunidades Portuguesas.

Rodrigo Oliveira manifestou satisfaçãocom a “valorização e o entendimento” de JoséLuís Carneiro sobre as comunidades açorianas,enquanto “importante ativo que, na sua singu-laridade, valoriza todo o país”, mas tambémno que se refere “à relevância e ação do Gover-no dos Açores no seu relacionamento com adiáspora”.

“Com esse entendimento, foi possível darum importante passo no que toca à participa-ção institucional dos Açores no Conselho dasComunidades Portuguesas”, frisou RodrigoOliveira, recordando que, em 2014, o GovernoRegional apresentou um parecer no âmbitoda revisão da organização e funcionamentodeste órgão consultivo da República que “de-fendia uma representação efetiva e de plenodireito dos Governos Regionais, assim comoa possibilidade de participação do ConselhoMundial das Casas dos Açores, justas preten-sões que não foram então consagradas, nemtidas em conta”.

“É, por isso, de destacar o convite que,pela primeira vez, foi endereçado ao Presidentedo Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, para

o próximo Conselho das Comunidades Portu-guesas e o compromisso assumido nesta reu-nião, em concordância com uma proposta doGoverno Regional, de ser convidado o Conse-lho Mundial das Casas dos Açores”, salientouo Subsecretário Regional.

A reunião, que se realizou em fins de março,serviu ainda, segundo Rodrigo Oliveira, para“uma importante partilha de informação sobreas prioridades e medidas de ambos os governosno que diz respeito ao relacionamento com adiáspora”.

Neste encontro, o Subsecretário Regionaldeu nota das diversas dimensões do trabalhoda Direção Regional das Comunidades no âm-bito da diáspora açoriana, “desde o atendi-mento a emigrantes regressados nas nove ilhas,passando pela parceria com diversas institui-ções da diáspora no âmbito da cultura, do ensi-no, do apoio social e, naturalmente, da promo-ção da Açorianidade e da Região, com destaquepara o trabalho com as Casas dos Açores, mastambém as visitas às comunidades açorianas etoda uma série de iniciativas e programas que,todos os anos e com enfoque em diferentesdimensões do relacionamento dos Açorescom a sua diáspora, a Direção Regional dasComunidades leva a cabo”.

“Foi um encontro de grande utilidade, doqual sai um compromisso claro de maior proxi-midade, articulação e complementaridade entreos governos da República e dos Açores noque diz respeito ao relacionamento com as

diásporas”, frisou Rodrigo Oliveira.L P

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Campeonato da Major League Soccer

Impacto perde de novo• Por Norberto AGUIAR

O Campeonato da Major LeagueSoccer continuou este fim de semana com adisputa da quarta jornada. Os resultados, dos9 de 10 jogos, voltaram a ser surpreendentes,com derrotas, ou se quiserem, vitórias inespe-radas, isto já para não falar nos empates verifi-cados. Neste domínio, a surpresa maior vaipara o Orlando City FC, que ao defrontar oTimbers de Portland, como todos sabem ocampeão de 2015, goleou esta equipa por 4-1!Um resultado excelente para um conjunto queapenas começa agora a sua segunda temporadanesta liga. Para este resultado, muito contribuiuo fenómeno Kaká, pois foi ele que dinamizoutoda a equipa, ao marcar um golo, assistir adois, e só não apontou o quarto, de penálti,porque, como bom companheiro que é, o ofe-receu ao jogador que sofreu a respetiva falta...

Depois de dois empates (2-2 e 1-1) nosprimeiros dois jogos, quando se pensava queo Orlando City FC pudesse ganhar, na medidaem que defrontava duas equipas acessíveis (RealSalt Lake e Chicago Fire), isto pela classificaçãoobtida na época passada, a vitória apareceuquando menos se esperava, primeiro em casado Nova Iorque City (1-0), uma equipa queapesar de ser este o seu segundo ano de exis-tência, tal como a equipa da Florida, tem muitaambição na prova, mercê dos meios postos àsua disposição. Depois da vitória na grandemetrópole americana, os homens da cidadedo Walt Disney repetiram a dose, vencendoagora o campeão Timbers, e logo por um resul-tado que não deixa a mínima dúvida.

Dois empates, duas vitórias, em quatrojogos disputados, fazem do Orlando de Kakáo primeiro classificado da zona Este da MajorLeague Soccer. É também o Orlando City, pe-los resultados que se vê, a única equipa queainda não perdeu na sua série.

Impacto perdeAntes de disputada esta quarta jornada,

era líder desta série Este o Impacto de Mon-treal, cujo pecúlio era de seis pontos, fruto deduas vitórias em três partidas. Mas com a idano sábado passado a casa do Sounders de Se-attle, que até então havia perdido todos osseus jogos, o Impacto viu-se batido pelos ver-des esmeraldas do Pacífico por 1-0... Com estaderrota, de certa forma esperada, não fosse oSounders uma das formações mais fortes da li-ga, o Impacto viu-se assim arredado do primei-ro lugar, que cedeu para o Orlando City.

Tendo começado a época disposto a fazerfigura, o Impacto vê-se logo à quarta jornadajá com duas derrotas, mesmo se sofridas contraduas das boas equipas da MLS (Dallas FC eSounders de Seattle).

Pior do que os montrealenses na zonaEste está o Nova Iorque Red Bull, equipa que,em 2015, ganhou o Campeonato das 34 jor-nadas (Supporters Shield), digamos assim, eque neste início de temporada já leva três der-rotas no bornal... Isto sem falar no ColumbusCrew, finalista da Taça MLS, que neste precisomomento se encontra na última posição destaconferência, com apenas dois pontos, resul-tantes de dois empates...

Pelo que se viu até agora, a temporada de2016 arrisca-se a ser ainda mais competitivapara esta zona Este que em 2015, com todasas equipas a mostrarem que têm possibilidadesde lutar por um lugar na fase final da MLS.

Dallas FC lideraAntes desta quarta jornada, o Sporting

Kansas City liderava a zona Oeste só com vi-tórias (três). Mas sábado, apesar de jogar emcasa, os azuis do centro dos Estados Unidosviram-se batidos pelo rival de zona Real SaltLake. Uma derrota inesperada, isto na medidaem que o Sporting, em casa, é pouco menosdo que imbatível.... Ajuste-se que os homensdo Utah não partem para esta época, como deresto no ano passado, como favoritos aos lu-gares do pódio, o que ainda torna mais surpre-endente a vitória. Mas há que dizer, por ser dejustiça, que o Real Salt Lake está a surpreenderneste início de temporada de tal maneira que éa única equipa invencível da sua zona, igualan-do, neste caso, o Orlando City da zona Este.

Mas apesar da boa prestação do Real, é,no entanto, o Dallas FC que lidera a classifica-ção desta zona, com 10 pontos, mais um doque o Sporting Kansas City e dois do Real SaltLake, se bem que tenha mais um jogo dispu-tado.

É nesta zona Oeste que está inserida aformação do Timbers, o campeão de 2015,que depois dos quatro jogos disputados estáno penúltimo lugar, com apenas quatro pon-tos.

Outra equipa a ter em consideração, pelatradição, já que é a equipa que tem mais títulosconquistados na liga, mas também pelo plantelque possui, é o La Galaxy de Steven Gerrard,Giovani dos Santos, Nigel de Jong, RobbieKeane, Ashley Cole, entre outras vedetas, masque igualmente já tem uma derrota e um empateem tão poucos jogos.

Moral da história. A Major League Soccer,neste capítulo, o do equilíbrio, é única no mun-do. Basta dizer que em quatro jornadas dispu-tadas todas as equipas já perderam pontos!

Resultados da jornada:• Sounders de Seattle x Impacto, 1-0• Whitecaps de Vancouver x La Galaxy de LosAngeles, 0-0• Revolution Nova Inglaterra x Nova IorqueRed Bull, 1-0• Sporting Kansas City x Real Salt Lake, 1-2• Chicago Fire x União de Filadelfia, 1-0• Dallas FC x Columbus Crew, 1-1• Rapids do Colorado x Toronto FC, 1-0• San Jose Earthquakes x DC United, 1-1• Orlando City FC x Timbers de Portland, 4-1.

Próximo jogo do Impacto:Sábado, dia 9 de abrilEstádio Olímpico, às 16 horasImpacto x Columbus Crew.

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Mauro Biello, o novo timoneiro do Impacto. Em quatro jogos, já duas derrotas!

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