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Editorial Evangelizar - diocesedeguarulhos.org.brdiocesedeguarulhos.org.br/wp-content/uploads/2016/02/FD_Fevereiro... · na qual o Espírito pôde agir de manei-ra plena, nos assegurando

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Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 20162

Editorial Enfoque Pastoral

Queridos leitores, no início de mais um ano repleto de desafios contamos sempre com sua colaboração na leitura atenta de cada artigo e notícia publicada. Parafra-seando o tema da campanha da fraternidade ecumênica, digo que a Folha Diocesana é nossa reponsabilidade. Cada colaborador que escreve os artigos, os que foto-grafam os eventos e cada leitor é de suma importância para o resultado final de cada edição.

Por falar em reponsabilidade com o bem comum, como isso têm feito falta em nossa querida cidade de Guaru-lhos. Temos comprovado inúmeras irresponsabilidades administrativas. Destaco o surgimento e o crescimento do número de buracos perigosos e de modo particular nas áreas mais periféricas da cidade. As reformas co-meçam e não terminam e outras nem começam mesmo com tantos riscos.

Menciono de modo particular a situação da estrada sen-tido praça oito que é uma vergonha e falta de respeito com a população, são verdadeiras crateras que colocam em risco queda de automóveis e pedestres. É lamentável ver que a cidade de Guarulhos virou casa de ninguém, cada um cuidando do que lhe interessa e bem longe do bem comum.

A irresponsabilidade é também de muitos moradores que jogam móveis e restos de material de construção em qualquer lugar. Em muitas esquinas encontramos aglomerados de material reciclável ocupando as calça-das, atraindo ratos e insetos. Em muitos bairros os carros abandonados e de muitas chamadas funilárias são expla-dos pela vila e deixam tudo muito destruído. As quadras esportivas populares quando reformadas por vereadores ou benfeitores logo estão novamente destruídas.

Tudo isso não é pessimismo, é um aperitivo para que os artigos deste mês e o lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica não sejam apenas mais um mo-mento de conhecimento e encontro entre pessoas que gostam de se encontrar, mas um compromisso pessoal de transformação em vista do bem comum.

Se você tiver alguma denúncia de irresponsabilidade com a nossa casa comum que é a cidade de Guarulhos envie um email com texto e imagem e juntos vamos usar nosso jornal para promover a responsabilidade pela casa comum.

Irresponsabilidade com a casa comum

Iniciamos com alegria mais um ano pastoral, empenhados em concretizar as propostas da Assembleia Diocesana realizada no final do ano passado. Portanto, é importante ter em mente o objetivo das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (2015-2019), CNBB – Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil, que deve iluminar a nossa caminhada pastoral: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igreja dis-cípula, missionária, profética e misericor-diosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica op-ção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino de-finitivo” (DGAE, p.8). Do mesmo modo, as cinco urgências e perspectivas de ação: Igreja em estado permanente de missão; Igreja - casa da iniciação à vida cristã; Igreja lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja – Comuni-dade de Comunidades, Igreja - a serviço da vida plena para todos. Entretanto, torna-se impossível qualquer ação evangelizadora se não contarmos com a presença do Espírito Santo, que habita na Igreja e nos cora-ções dos fiéis, como num templo (cf. 1 Cor 3,16; 6,19). É Ele quem leva a Igreja ao conhecimento da verdade total, uni-ficando-a na comunhão e no ministério, dirigindo-a, mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos. Adorna,

também, com Seus frutos (Ef 4,11-12; 1 Cor 12,5; Gl 5,22), e pela força do Evan-gelho, rejuvenesce a Igreja, renovando--a perpetuamente, levando-a à união consumada com Seu Esposo, Jesus Cristo (Lumen Gentium n.4). Rogamos a Deus que este mesmo Espírito Santo que esteve so-bre Jesus, e O ungiu para anunciar a Boa Notícia aos pobres e o enviou em missão (Lc 4,16-21), também esteja sobre o nosso Bispo, para que condu-za a Diocese, no tríplice múnus de ensi-nar, santificar e governar; e sobre todos os Presbíteros, Religiosos/as, Vigários Forâneos, Assessores e Coordenado-res Diocesanos, Agentes de Pastoral, enfim, sobre todo o Povo de Deus. Concluindo, que neste Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, ano, também, que a Campanha da Fraternidade Ecumênica nos propõe cuidar com responsabilidade do pla-neta, a nossa casa comum, possa-mos contar com ajuda de Maria, mãe da Igreja, mãe da divina misericórdia, na qual o Espírito pôde agir de manei-ra plena, nos assegurando o Bendito Fruto no seu ventre, Jesus, e assim, sermos mais fiéis à missão que nos foi confiada na evangelização, no anúncio da “Palavra de Deus, viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes” (Hb 4,12).

Pe. Otacilio F. LacerdaCoordenador Diocesano de Pastoral

Evangelizarcom a presença e ação

do Espírito Santo

A Caríssimos irmãos e irmãs de nossas pa-róquias e comunidades, paz!

O mês de fevereiro marca a retomada das nossas atividades pastorais, após um justo período de férias. Neste número da Folha Dio-cesana interrompo as minhas reflexões sobre as urgências na evangelização das DGAE, para fazer presente a caminhada pastoral deste ano de 2016.

1. Estamos vivendo o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia. No último dia 02 de fevereiro foi aberta a última Porta Santa em nossa dioce-se, na paróquia Santa Mena, Forania Apareci-da, marcando também o encerramento do Ano da Vida Consagrada, com a presença dos con-sagrados de nossa diocese que tiveram o seu momento especial de celebração do jubileu. Ao longo deste ano as paróquias e as foranias vão organizando as peregrinações nas diver-sas igrejas onde foi aberta a Porta Santa. Toda a diocese está convidada para a Peregrinação diocesana ao Santuário Nacional de Aparecida que acontecerá no dia 17 de setembro.

2. No próximo dia 10 iniciamos a Quaresma e a Campanha da Fraternidade ecumênica 2016. Na última semana de janeiro aconteceu a formação nas foranias com a exposição da temática da CFe 2016. Em nossas comuni-dades e grupos de rua já estão organizadas as reuniões sobre o tema durante o tempo quaresmal. A Leitura Orante está suspensa e retorna com o subsídio próprio na Folha Dio-cesana de abril, enfocando as Obras de mi-sericórdia corporais e espirituais. Uma data especial desta quaresma serão os dias 04-05 de março, nas 24 horas para o Senhor pedi-das pelo Papa Francisco dentro das ativida-des do Ano Santo da Misericórdia.

3. Começamos a colocar em prática as deci-sões tomadas na X Assembleia Diocesana de Pastoral de 14 de novembro de 2015. Para fomentar e preparar as Escolas da Palavra nas foranias foi preparado um subsídio com uma pequena introdução à Sagrada Escritura. Cada Forania verá a melhor maneira de reali-zar a Escola da Palavra.

4. Neste mês de fevereiro teremos as Assem-bleias Forâneas da Catequese, para as quais

são convocados todos os catequistas. Trata--se de um momento de formação/conscienti-zação do grande passo que precisamos dar na diocese, decisão da Assembleia Diocesana de Pastoral: uma catequese para crianças e adultos com inspiração catecumenal. Trata-se de uma catequese que envolve a vida, a co-munidade e a família dos catequizandos. Peço aos catequistas que se esforcem por participar. Os dias, horários e locais já estão definidos.

5. A quinta urgência na evangelização, Igreja a serviço da vida, também já se encontra con-templada neste início de ano. Neste mês de fevereiro será lançado o subsídio com as qua-tro reuniões a serem realizadas nas paróquias, durante este ano, pelos agentes das pastorais sociais. O tema estará ligado ao tema da CFe 2016, pois se trata da Encíclica Laudo Sí, do Papa Francisco. Sem dúvida, neste ano de eleições, as pastorais sociais devem ser bem esclarecedoras do nosso povo no exercício da cidadania e da busca do bem comum.

6. Pretendo a partir do mês de maio fazer uma Visita Pastoral em cada paróquia, para acom-panhar a caminhada das comunidades, CEBs, grupos de rua. Principalmente a realização da Leitura Orante da Sagrada Escritura. Nesta vi-sita pretendo abordar a questão missionária, a vida em comunidade, a animação bíblica da pastoral das comunidades. Nos Conselhos Forâneos de Pastoral (CFP) que acontecem em fevereiro, falaremos com mais detalhes sobre esta caminhada.

Como podem ver o processo de apli-cação das prioridades escolhidas na Assem-bleia Diocesana de Pastoral vá se dando a lon-go prazo. Nem poderia ser feito rapidamente. Trata-se para todos nós de um processo de conversão pastoral.

Santa Quaresma a todos.

+Edmilson Amador Caetano, O.Cist.Bispo Diocesano

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 20163

ANO NOVONOSSA CAMINHADAPASTORAL

Agenda do Bispo10 19h30 – Missa Catedral – Cinzas11 09h30 – Reunião Geral do Clero – Lavras

14h30 – Equipe de formadores – Lavras20h – Missa Paróquia NS Lourdes

12 05h30 – Missa Paróquia Santa Terezinha09h30 – Atendimento Cúria15h – Encontro com seminaristas – Lavras

13 15-20h - Ass. Forânea Catequese - Sant. São Judas

14 08-14h – Ass. Catequese – Paróquia Santa Cruz19h – Missa comunidade Imaculada Conceição – paróquia Santa Terezinha

16 09h30 - Economato e 13h - Confissões Catedral20h – CFP – Bonsucesso – NS Guadalupe

17 05h15 – Missa Santo Antonio – Vila Augusta09h30 – Atendimento Cúria20h – CFP – Fátima – Santa Rita de Cássia

18 09-12h - Comissão do Regional Sul1 São Paulo19h30 – Abertura CF 2016 – Cidade20h – CFP – Forania Imaculada

19 05h – Missa NS Aparecida e Santa Cruz09h – Reunião com padres assessores do sub regional SP 2 SAV/PV – São Paulo20h – CFP – Forania Aparecida

20 09h – Missa Pastoral Carcerária15-20h – Ass. da Catequese – Forania Fátima20h – Missa Catedral – Past. Universitária

21 08-14h – Assembleia Forânea da Catequese – Forania Aparecida – Capela São José (Cocaia)18h – Missa comunidade S. Miguel Arcanjo – Paróquia Santo Antonio - Pimentas

23 09h30 – Cons. Deliberativo Cáritas e 20h - confissões

24 05h15 – Missa NS Fátima – Tranquilidade09h30 – Atend. Cúria - 14h e 20h Confissões

25 09H30 - CDAE20h – Apres. do Vol 2 Doutrina Social da Igreja

26 05H30 – Missa paróquia Santa Luzia – Mikail10-13h – Reunião na diocese de Santo Amaro20h - confissões

27 08-13h – Amp. Sub Regional SP2 - Sto Amaro19H30 – Missa comunidade Santo Expedito – paróquia NS Fátima - Aracília

28 09h – Missa Comunidade São José Operário – paróquia S. Vicente de Paulo18h – Missa comunidade Santa Luzia – Área pastoral Sagrado Coração de Jesus

29 19H30 – Assembleia eletiva da Cáritas

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 20164

Por isso a abertura do ano letivo do Seminário – o Coração da Diocese, se dá em um retiro. Sem dúvida tam-bém se enfatiza a formação intelectu-al, psíquica, afetiva e moral de cada candidato ao ministério sacerdotal. Mas o retiro tem um lugar especial na vida formativa de todo o seminarista. Tivemos uma semana de retiro, de encontro e intimidade com o Senhor sob a orientação do Pe. Dr. Gilvan, da Diocese de Osasco. Lá, no retiro, rezamos sobre a espiritualidade do PADRE DIOCE-SANO. Pois, somos desejosos de ter maior clareza sobre a identidade e espiritualidade do padre secular, aprofundamos neste assunto para que no futuro, como padres, possam todos os seminaristas viver e realizar a vontade de Deus. Rezamos que o padre secular é um homem público, o homem da misericórdia, homem santo, homem por natureza urbano, homem culto, homem do debate, homem da ora-ção, homem habilidoso, homem da Palavra, homem iluminador, homem pneumatóforo, pai espiritual, referen-cia pra a sociedade e homem da soli-dão. Supõe-se então da necessidade da consciência clara da missão que

lhe é confiada. Missão esta vivida em plena comunhão com o Bispo nas funções de ensinar, santificar e gover-nar (orientar). O Prefácio romano para a ordenação dos padres, o Prefácio consecratório, descreve o tríplice mi-nistério presbiteral referindo-se a três episódios bíblicos que correspondem precisamente às três funções da co-laboração do Padre com o Bispo. Os Padres são comparados aos setenta homens prudentes que ajudaram a Moisés governar o povo, aos filhos de Aarão que cooperaram com o pai na tarefa de santificar o povo por meio da celebração das funções sangra-das, aos auxiliares dos Apóstolos que ajudam a pregar a fé em todo o mun-do. Essas comparações falam por si. Que nós, diocesanos de Gua-rulhos, possamos nos colocar em uma attitude de oração pela perse-verança e santidade de nossos semi-naristas. Que, como povo de Deus, batizados, nos sintamos de forma muito direta e concreta responsáveis pela formação de nossos jovens que, na busca da santidade, deixam tudo para o serviço do Reino.

Padre Francisco G. Veloso JrReitor do Seminário

Vida Presbiteral VocaçãoCAMINHADA DO

SEMINÁRIO DIOCESANO

Em um artigo a revista Ma-rketing Católico, o Cardeal Orani Tempesta, O. cist. diz que: “ nós sacerdotes, so-mos, naturalmente pelo Sa-cramento da Ordem os dis-pensadores da Misericórdia Divina”. Sobre todos os filhos e filhas de Deus. Somos os canais desta poderosa e be-néfica Água Viva, que jorra incessantemente do coração de Deus para aplacar e erra-dicar os males que afligem os fiéis, particularmente pelo Sa-cramento da Confissão. Ele ressalta que em todos os Sacramentos que ministramos, a Misericórdia de Deus se faz presente a to-dos que se abrem a recebe--la. Pois quando agimos com Misericórdia para com o pró-ximo estamos sendo canais da Misericórdia Divina que está presente em todos os corações. Quando nos abri-mos à misericórdia Divina ela passa agir de forma ple-na em nossas vidas. Pois ela provém do Coração (Cordis) amoroso de Deus e cobre todas as nossas misérias (Mi-sere). É o coração de Deus

que vem até as nossas misé-rias para nos salvar. Nossos paroquiamos estão envoltos em várias cor-rentes, que os escravizam aos vícios levando a várias doenças físicas e psíquicas. A misericórdia nos chama a nascer de novo partir da ação benigna do Espírito Santo. Renunciar a vida passada e nos despojarmos do homem velho como nos diz São Paulo na carta aos Efésios. Deus é misericordio-so, mas é preciso que parar-mos de julgar uns aos outros, vivermos na transparência dos nossos relacionamen-tos em todos os lugares que convivemos. Como nos en-sina São Paulo: “ Já não há judeu nem grego, nem escra-vo, nem homem nem mulher, pois todos vós sois de Cristo” (Gl 3,28-29). Que a cada irmão que nos procurar para o Sa-cramento da Reconciliação, encontre em nós verdadeiros canais da graça Santificante, que este seja um ano miseri-cordioso para todos!!!

Padre Paulo LeandroRepresentante do Clero

Padres, os dispensadores da Misericórdia

“Necessitamos a cada dia descobrir na vida do padre diocesanoa razão de ser de sua existência e como manter na sua atividade

apostólica a sua relação com Deus.”Dom Aloísio Cardeal Lorscheider

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 20165

FormaçãoFalando da Vida

O Papa Francisco na sua encíclica Laudato si que em Português significa Louvado sejas, traz para reflexão a ideia de ”Casa comum” que na verdade se refere a Terra. A Campanha da Frater-nidade deste ano inspirada nessa encí-clica, com o tema: Casa comum, nossa responsabilidade, nos convida a refletir sobre o meio ambiente cuja degradação afeta todos os seres vivos. A busca egoística pelo poder, pelo dinheiro, pelas conquistas materiais corrompe o ser humano atingindo a sua consciência e alterando os seus valores. É difícil pensar no outro quando a regra que dirige as nossas ações é: em primeiro lugar eu, em segundo eu, em terceiro eu e em quarto, a minha fotografia. É isto que tantos livros e palestras nos ensinam com o enfoque do Valorize a si mesmo. Como pensar e cuidar do bem comum, da casa comum numa socieda-de que supervaloriza o bem individual em detrimento do coletivo? Talvez a resposta seja paradoxal, pois ao menos por egoís-mo vamos ter que aprender a pensar cole-tivamente já que se não cuidarmos da casa comum, no futuro não haverá o indivíduo nem o individual. Vamos ter que aprender por força que cuidar da casa comum é, em última análise, cuidar de si mesmo. De fato, a ganância sem fim de grupos que querem ganhar cada vez mais, produz catástrofes que se voltam contra os próprios idealizadores numa espécie de tiro que sai pela culatra. A tragédia do rompimento das barragens em Mariana é exemplo disso. O descaso com questões ambientais segue o modelo do quanto me-nor o custo maior o lucro, sem levar em conta as possíveis consequências para o meio ambiente e para as pessoas. Mas o progresso em nome do pró-

prio progresso produz efeitos de um plane-ta que está doente. Poluição, mudanças climáticas, falta d’água, degradação social são sintomas inequívocos dessa doença. A ética virou lama, contaminou rios e espalhou doenças. É preciso recuperá-la com urgência antes que seja tarde. Neces-sitamos de uma nova ordem que esteja acima dos interesses econômicos, um elo moderador e inteligente que ratifique a ideia de que não pode haver paz nem segurança que não seja em favor da vida. Os recursos dessa terra não podem ser privilégio de al-guns, porque pertencem a todos. Vale a pena recordar a conhecida fábula sobre a rã e o escorpião. Conta a história que um escorpião precisava atra-vessar o rio e como não sabia nadar, pe-diu à rã que lhe transportasse até à mar-gem oposta. A rã argumentou que não poderia atendê-lo, pois tinha medo do seu ferrão mortal. O escorpião ponderou que jamais faria isso, pois se o fizesse, se-ria também o seu fim. A rã considerando razoável esse argumento resolveu dar-lhe carona, porém no meio do caminho o es-corpião não resistindo a tentação picou--lhe mortalmente com o seu ferrão. A rã contorcendo-se em dores exclamou: Seu louco! Agora morremos nós dois. O es-corpião com uma risadinha respondeu: Sinto muito, essa é a minha natureza. Todos, compartilhamos a terra, nossa casa comum. Todos, almejamos algo no futuro, a outra margem. Todos, somos passageiros nessa viagem. Será que a nossa convivência como passagei-ros comuns obedecerá a natureza instinti-va e perversa do escorpião que fere quem lhe faz o bem? Ou será que podemos recuperar a nossa identidade de filhos de Deus promovendo a justiça que corre qual riacho que não seca? Depende de nós.

Romildo R. AlmeidaPsicólogo Clínico

CUIDAR DA CASA COMUMÉ CUIDAR DE SI MESMO

Com imensa alegria quero partilhar com vocês um pouco desta maravilhosa obra de cunho Teológico, Mariológica e espiritu-al; o Tratado da Verdadeira De-voção da Virgem Maria. Doutrina essa, elaborada há séculos por este grande santo da Igreja, que até os dias de hoje, é aprecia-da e reconhecida pela Igreja, no que tange a teologia mariana. No decorrer no ano de 2015, junta-mente com um grupo de padres consagrados a Nossa Senhora por este método, tivemos uma reunião com nosso bispo Dom Edmilson, onde foram possí-veis todos os esclarecimentos a respeito deste trabalho aqui em nossa Diocese, ate mesmo, por-que se olharmos com docilidade somos uma Igreja Mariana, cuja padroeira é a Imaculada Con-ceição de Maria e as nossas fa-ranias, têm como patrona uma nossa Senhora; que riqueza e que sinal divino. Nesta ocasião Dom Edmilson me confiou à res-ponsabilidade de acompanhante espiritual dos coordenadores de grupos, que preparam os que vão se consagrar nas paroquias de Guarulhos onde existe este trabalho como também, em algu-mas comunidades de vida: Sla-lom, Nova Canaã, como também, as irmãs da Arca de Maria, que tem como carisma a propagação do Evangelho por Meio de Nossa Senhora. Como São Luíz Maria, “não temos receio de insistir na palavra “escravo”, no significado de uma total e incondicional en-trega”. O magistério da Igreja nos ensina que devemos tributar a Maria Santíssima, Mãe de Deus e Nossa, culto de veneração, de afeto e imitação de suas virtudes. A consagração a Nossa Senho-ra nos faz imitar a Jesus Cristo, que se quis submeter a Ela, por nosso amor. Faz-nos reconhecer os sublimes direitos glórias de Maria, Mãe de Deus, Rainha dos

Corações. Faz-nos receber mais graças, porquanto, mercê de sua cooperação na obra redentora, Maria é a mediadora universal de todas as graças e favores divinos. E nos une mais fortemente entre nós. Esta devoção nos traz pre-ciosas vantagens: Melhor hon-raremos a Deus, porque Maria dirigirá todas as nossas ações, com perfeição, para a glória divi-na. Santificar-nos-emos mais de-pressa e com maior segurança, pois esta devoção nos faz mor-rer inteiramente a nós mesmos e assemelhar-nos a Jesus e Ma-ria. Nossas boas obras, passan-do por Maria, antes de chegar a Deus, serão por Ela purificadas, acrescidas e aformoseadas, mais seguramente aceitas por Jesus, que ama divinamente a sua Mãe. Ajudaremos mais eficazmente o nosso próximo, pois Maria saberá bem empregar nossos bens em favor dos que nos são caros, e de todos a quem devemos ajudar. Em outras palavras, dentre todas as devoções marianas, salien-tamos a Escravidão de Amor. A escravidão de amor é um estado de total dependência de Maria, no qual, embora conservando a nossa liberdade, no entanto, dela não nos queremos servir senão para glória de Deus e de Maria, estreitando o mais intimamente possível os laços que, já como filhos, a Ela nos prendiam afe-tuosamente. Mediante o ato de consagração, que se dá depois de um certo período formação confiamos-lhe nosso ser intei-ro, com suas potencialidades, a inteligência, a vontade, nossos membros, nossa capacidade de afeto, nossa sensibilidade, enfim, o nosso eu total. Que Santíssi-ma Virgem, sempre nos ampare e nos impulsione à obediência da fé. Deus abençoe a todos e no coração de Nossa Senhora, Es-teja toda nossa querida Diocese.

Pe. Salvador Rodrigues de Brito Vigário Foraneo - Bonsucesso

A Total Consagraçãoa Maria Santíssima

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 20166

Aconteceu Abertura da Porta Santanas Foranias

27/12 - Forania Fátima

20/12 - Forania Bonsucesso

28/12 - Forania Imaculada

Santuário Nossa Senhora do Bonsucesso

Paróquia Nossa Sra de Fátima – Jardim Aracília

Santuário São Judas Tadeu

A Abertura da Porta Santa da Forania Aparecida ocorrerá no dia 02 de Fevereirona Paróquia Santa Mena - veja as fotos em nosso site e na próxima edição

Documentos: RG, CPF, comprovante de endereçoInscrição: R$ 50,00 - Mensalidade: a partir de R$ 80,00.

Cursos: violão, guitarra, violino, contrabaixo, técnica vocal, te-clado, flauta doce, flauta transversal, bateria e percussão, teoria musical, coro e musicalização infantil.

Crianças, adolescentes e jovens até 15 anos devem vir acom-panhados pelos pais ou responsáveis.

Informações e local de inscrição:Rua Mandaguari 88 – Bom Clima – GuarulhosTel: 11 49654460 - [email protected]

Atendimento: Sábados das 9 às 16h,Terça quarta e quinta das 19 às 22h

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 2016

Aconteceu

No dia 22 de dezembro de 2015 às 19h ocorreu a apre-sentação do Sarau de músicas Natalinas com a equipe Dioce-sana de Música e Liturgia na Livraria Paulinas no centro da cidade.

Sarau da EDM

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A Congregação das Irmãs Paroquiais de São Francisco esteve em festa no Domingo dia 17 de Janeiro 2016. Na capela Santo Antônio de Pá-dua, Paróquia Santuário Nossa Senhora do Bon-sucesso, Diocese de Guarulhos- SP Com a presença dos Sacerdotes Pe. Carlos (Reitor do Santuário) , Pe. Thiago , Pe. Renato, Pe. Valdocir, Pe. Rodrigo Burim e da Diocese de Guaru-lhos, Pe. Candido Região Santana e Pe. Tômas de Curitiba – PR. E representantes das Congregações Religiosas das Irmãs Filhas de Stella Maris, Frater-nidade Esperança, Irmãs Caridade de Otawa, Irmãs do Instituto Jesus Maria José e de amigos vindos de Pedreiras – MA, e de diversas regiões de São Paulo e com a comunidade local. Celebramos os Primei-ros Votos de Irmã Erisneude Linhares de Sousa e o Jubileu de Ouro de Irmã Lucila Martina Martendal e Irmã Maria Margarida Deiss.

Dom Edmilson Amador Caetano Bispo da Diocese de Guarulhos, Presidente da Celebra-ção destacou que dentro do Ano da Vida Con-sagrada é um privilégio celebrar Primeiros Votos e Jubileu de Ouro das Irmãs. Uma iniciando esse projeto de amor e doação, as Jubilandas agrade-cendo a Deus pelos cinquentas anos de vivência desse amor doando-se a Deus e aos irmãos. A vida Consagrada é chamada a viver uma cumplicidade esponsal com Jesus expres-sando na Igreja essa entrega total, estando dis-ponível a fazer tudo o que Ele disser, transfor-mando as realidades de tristeza com o vinho da alegria. Rendemos graças a Deus por essas Ir-mãs pedindo a Deus que lhes conceda alegria e perseverança em sua caminhada.

Irmã Iria e Irmã Maria das Virgens - IPSF

Jubileu de Ouroe Primeiros Votos

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 20168

Aconteceu Retiro para Mulheres fortalece espiritualidade

“Nós, Mulheres, precisamos sa-ber o nosso valor e o nosso lugar”. Essa é uma das diversas frases de valorização às mulheres em Retiro, dia 13 de dezembro, organizado pela Comunidade Católica Resto de Israel. Sob o tema, “Curando as marcas do passado”, num am-biente orante e acolhedor, incluin-do adoração ao Santíssimo Sacra-mento com padre Cleber Leandro, todas foram motivadas a utilizar a Palavra de Deus, principalmente nas situações de conflitos. O psi-cólogo e missionário da Voz dos

Pobres, Francisco Gerino, refletiu entre outros trechos bíblicos, o (9, 1-6), onde Deus dá poder aos dis-cípulos para curar enfermidades e expulsar demônios. Houve ainda convidadas especiais como Néia, que atua junto ao padre Alberto Gamberini do programa da Rede Vida de Televisão, “Encontro com Cristo”, Cleo, da Aliança da Miseri-córdia, e companheiras de missão. O encerramento foi de Irmã Celina da Casa Arca de Maria, sendo que a animação teve violão e vozes de Alessandra Souza, Juliana Pinheiro e Mariana Pincerno.

Missa das equipes doTerço dos Homens

No dia 11 de dezembro, a equipe do Terço dos Homens diocesano, assessorada pelo Padre Johnny Bernardo, pro-moveu a primeira Santa Missa diocesana com as equipes dos Terços dos Homens das mais

diferentes Paróquias da Diocese de Guarulhos. O Terço dos Homens tem a missão de resgatar para o seio da Igreja os homens , de diferentes idades, com o objeti-vo de se reúnem para rezar pela comunidade e pelas famílias.

Formação

Neste Ano Santo da Misericórdia podemos imaginar que a realidade de encontro extraor-dinário com a Misericórdia de Deus, sejam so-mente as Portas Santas. Este tempo de graça desejado e instituído pelo Santo Padre, possui diversas ações eclesiais, pois seu grande desejo é que todas as pessoas tenham acesso ao per-dão de Deus. Desta forma o Papa Francisco criou os missionários da Misericórdia para este Ano Jubi-lar, ou seja, são padres do mundo inteiro, eleitos e enviados na Missa da Quarta feira de Cinzas deste ano em Roma, para pregarem com des-treza sobre o Amor de Deus, e perdoar pecados (crimes canônicos), que gerem excomunhão; Quando um confessor habitualmente se depara com um penitente que tenha cometido um crime canônico (roubar a Eucaristia para ri-

tuais sacrílegos, agressão física ao Papa, o des-cumprimento de uma norma do Vaticano, como ordenar um novo bispo sem o mandato pontifí-cio, ou ainda um padre que tenha quebrado o sigilo do sacramento da confissão ou absolvido um cúmplice em relação a pecados contra o sex-to mandamento, e outros), deve de forma sigilo-sa escrever ao Supremo Tribunal da Penitenciaria Apostólica, informando sem citar nomes, o caso e esperar uma forma especifica de absolvição do pecado e uma penitência própria para cada caso. Todavia durante este Ano Jubilar, os mis-sionários da Misericórdia, poderão acolher a tais penitentes e dar-lhes a absolvição imediata após a confissão do pecado. Vejamos o próprio Papa Francisco falar “Serão sacerdotes a quem darei autoridade de perdoar mesmo pecados reserva-dos à Sé Apostólica, para que se torne evidente a amplitude de seu mandato. Serão sobretudo

sinal vivo de como o Pai acolhe a todos aqueles que andam à procura de seu perdão” (Misericor-diae Vultus); Esta iniciativa entre tantas outras deste ano especial nos faz entender que a “Misericór-dia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Miseri-córdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de ser-mos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” (Misericordiae Vultus). Em cada uma das ações próprias deste tempo fa-vorável descubramos que sempre o Pai deseja nos comunicar seu Amor sem limites, para que sejamos “Misericordiosos como o Pai”.

Padre Weber Galvani Chanceler do Bispado

O Ano Extraordinário da Misericórdiae seus Missionários

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 2016 9

Na história de Israel, muitas mu-lheres e homens denunciaram as injustiças, exigindo a conversão da sociedade e a implantação de uma sociedade justa e solidária. A Bíblia registra apenas alguns profetas da palavra escrita. O profeta Amós escreve numa época de muita religiosidade e pouca justiça social. As palavras dele nos levam a perceber que a religião possui profunda inserção social. De nada vale prestar culto a Deus e os pobres continuarem a ser oprimidos. “Fundamenta sua pregação profética numa denúncia social aguda, cha-mando a atenção para um progresso econômico que não se traduzia em igualdade e justiça para todos. Sua de núncia aponta para uma situação de caos social, onde as relações afe-tivas estavam se rompendo (cf. Am 2,6-8). Com suas denuncias, Amós revela que a fé em Deus estava sen-do manipulada pela religião oficial (cf Am 4,4-5)”. O professor Luiz Alexandre Solano Rossi afirma que: “A situa-ção descrita por Amós em seu livro é a de indivíduos que, durante o dia, exploravam as pessoas e, mais tar-de, se refugiavam no templo. Eles queriam estar próximos de Deus, contanto que pudessem estar dis-tantes de todos os outros que eram diariamente violentados por eles mesmos. Todavia, poderíamos afir-mar que não há como ter comunhão com Deus e, ao mesmo tempo, opri-mir as pessoas; não há comunhão vertical quando não há comunhão horizontal; e seria impensável amar a Deus que não vemos se negligen-ciarmos aqueles que vemos. Uma das mais belas peças teológicas dos profetas pode muito bem ser assim resumida: não há conhecimento de Deus quando não há comunhão e solidariedade com os mais pobres”.

Amós compara a prática da justiça com uma fonte que jorra água limpa e com um rio perene(...) A Jus-tiça não pode ser comparada a um rio temporário (...) A organização do povo da Bíblia na caminhada foi sendo desen-volvida a serviço do projeto do reino de Deus. Vejamos alguns exemplos:

- Organizar a comunidade para que re-solvam seus problemas (Ex 18,13-27)- Manter a limpeza do acampamento (Dt 23,13-14)- Cuidar e tratar da água a ser con-sumida (cf. Lv 11,36)- Saber comer alimentos bons (Gn 1,11-12)- Repartir com os pobres (Dt 24,19-22)- Cuidar das árvores e bosques (Lv 19,25; cf. Ap 22,2; Dt 20,19)- Respeitar e remunerar bem o tra-balho alheio (Dt 24,14-15; Tg 5,1-6)- Saber descansar (Ex 20,8-11)

Apesar de todas as denún-cias do povo da Bíblia, de homens e mulheres comprometidos com a justiça de Deus, das denuncias fei-tas por Jesus de Nazaré a respeito de um ritualismo que privilegiava os puros e marginalizava os impuros, ainda hoje podemos dizer que Deus não se agrada das ricas e pomposas cerimônias quando elas desviam a atenção do povo diante das enor-mes injustiças sociais e ambientais. Amós anuncia a justiça. Je-sus também anuncia a justiça. Pelo batismo, somos chamados a viver como discípulos e discípulas de Cristo: cristãos unidos para traba-lhar para o bem da humanidade e a preservação saudável do planeta.

Fonte: Texto base da CF Ecumênica 2016 – CNBB e Revista Vida Pastoral

Celia Soares de SousaTeóloga

BíbliaLiturgia

“Quero ver o direito brotar como fontee correr a justiça qual riacho que não seca”

(Am 5,24)

O papa Francisco nos pediu que “a Quaresma deste Ano Jubi-lar seja vivida mais intensamente como tempo forte de experimen-tar a misericórdia de Deus”. A passagem pela porta santa pre-tende nos proporcionar uma ex-periência única: entrar num novo tempo e espaço, para construir uma nova relação com Deus e com a comunidade, renovar a graça do próprio Batismo. Falando especificamente dos Evangelhos dos domingos da Quaresma, é na força da Palavra que Cristo vence as tentações no deserto (1º domingo). É na bata-lha espiritual que vivemos, em nível pessoal e comunitário, que redes-cobrimos Cristo como Homem e Deus, como “o Filho muito amado”, e assim nos reconhecermos filhos e filhas de Deus como Ele (2º do-mingo). Especialmente neste ano veremos o rosto misericordioso do Pai nos Evangelhos do 3º ao 5º do-mingo. Somos chamados a fazer a mesma experiência do filho pródigo e da pecadora perdoada: experi-mentar o nosso limite, reconhecer o nosso pecado, e acolher a infinita misericórdia divina que nos dá uma nova chance de conversão. Na Iniciação Cristã de Adultos, o tempo quaresmal é uma última etapa de preparação aos sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. E toda a comunida-de, no período da quaresma, refaz a caminhada batismal junto com os que receberão os sacramentos, orando por eles e com eles. Por

isso a vivência desta Quaresma, neste Ano da Misericórdia, tem que ser única para cada um de nós. Pessoalmente e em comuni-dade, precisamos fazer o caminho para receber o abraço do Pai Mi-sericordioso. Na Quaresma, toda a liturgia (a palavra de Deus, os ritos e símbolos, os cantos e a música) ajudam a refazer a caminhada do nosso batismo, para renovarmos os compromissos batismais na Vigília Pascal. O jejum, a ausência de flores, o acompanhamento es-sencial para a música simbolizam um ambiente de deserto, para que o mais importante seja percebido por nós: o chamado a viver como filhos de Deus. Comecemos com o passo certo, com a direção que nos dá o primeiro salmo da Liturgia das Horas na Quarta-feira de Cinzas: “Bendize minha alma ao Senhor, e todo meu ser bendiga seu santo nome! Bendize minha alma ao Se-nhor, e jamais te esqueças de ne-nhum de seus favores! Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda tua enfermidade...” Salmo 102(103). O salmo aponta que o que faz a con-versão acontecer é a experiência do amor de Deus na comunidade. Vamos então, fazer deste tempo de Quaresma um tempo favorável, um momento de salvação. Para que se cumpra em nossas vidas a profecia de Ezequiel: “o vosso co-ração de pedra se converterá em novo, novo coração!”

Pe. JairAssessor Diocesano de Liturgia

A Quaresma noAno da Misericórdia

DIA HORÁRIO ORGANIZAÇÃO ATIVIDADE LOCAL

7-9 Shalom Retiro de Carnaval CDP

7-9 8:00 RCC Reavivai Virgo Potens

10 CINZAS CINZAS CINZAS CINZAS

11 9:30 CP Reunião Clero Seminário

13 15 - 20 Forania Imaculada Encontro sobre o RICA

13 14:00 SAV/PV Reunião Catedral

13 9:00 Cebs Encontro SP II a definir

13 14:00 Carcerária Reunião Catedral

13 Saúde Romaria Estadual Aparecida

13 14:00 Pastoral Criança Ass. Eletiva São José

13 14:30 IAM Assessores Catedral13-14 Enc. Mat. Sta Mena Encontro matrimonial CDP

14 8- 14 For. Bonsucesso Encontro sobre o RICA

14 13:00 ECC Ret. dirigentes Seminario

14 Pastoral Familiar Formação Bonsucesso a definir

15 20:00 Pastorais Sociais Reunião Coordenação Sede Past. Criança

16 10:00 Pastoral Criança Reunião Sede da Pastoral

16 9:30 Economato Conselho Administrativo Cúria Diocesana

16 13:00 Forania Imaculada Confissões para quaresma Catedral

16 20:00 Forania Imaculada Confissões para quaresma Catedral

16 20:00 For. Bonsucesso CFP Jd. Fortaleza

17 19:30 Forania Fátima CFP Jd Cumbica

18 20:00 Forania Imaculada Confissões para quaresma N. Sra. de Lourdes

18 20:00 Forania Imaculada CFP a definir

18 9:00 PPI Reunião Sede Diocesana

18 CF 2016 CF na Cidade a definir

19 20:00 Forania Imaculada Confissões para quaresma N. Sra. Aparecida - Jd. Vl. Galvão

19 20:00 Forania Aparecida CFP a definir

20 15-20 Forania Fátima Encontro sobre o Rica

20 20:00 Past. Universitária Missa Abertura do Ano Letivo Catedral

20 Fé e Política Formação por forania a definir

20 Dia todo ECC - Foranias Fátima e Bonsucesso

Formação para dirigentes Jd. Cumbica - todo espaço

20 8:00 Pastoral Criança Missão e gestão Sede da Pastoral

20 8:30 Vicentinos Reunião Conselho Central Cumbica

20 14:00 Pastoral Criança Ass. Eletiva Sto AntonioPimentas

20-21

8:00 PPI Capacitação Tranquilidade

21 8-15 Forania Aparecida Encontro sobre o RICA

21 Pastoral Familiar Formação Aparecida a definir

21 14:00 For. Bonsucesso Fornação para tesoureiros Bonsucesso

23 9:30 Caritas Conselho deliberativo CDP

23 20:00 Forania Imaculada Confissões para quaresma Sto. AntônioMaria Claret

23 20:00 Forania Aparecida Confissões para quaresma Palmira

23 20:00 Forania Aparecida Confissões para quaresma Mikail

24 20:00 Forania Aparecida Confissões para quaresma São Josétarde e noite

24 20:00 Forania Aparecida Confissões para quaresma Bela Vista

25 20:00 Forania Imaculada Confissões para quaresma Santo AntônioVila Augusta

25 20:00 Forania Aparecida Confissões para quaresma Sta Rosade Lima

25 20:00 Pastorais Sociais Enc. Doutrina Social da Igreja CDP

25 9:30 CDAE Cons. Assuntos econômicos Cúria Diocesana

26 20:00 Forania Imaculada Confissões para quaresma Santo AntônioVila Augusta

27 Dia todo ECC - Forania Aparecida

Formação para dirigentes CDP

27 Fé e Política Enc. pré-candidatos católicos a definir

27 15:00 Escola Diaconal Enc. aspirantes ao diaconato Escola de Minis-térios

27 14:00 Pastoral Criança Assembleia Eletiva N.Sra. deBonsucesso

27 8:00 Pastoral Criança Missão e gestão Sede da Pastoral

27 8:30 Catequese Escola Foranias

27 9:30 Batismo Reunião Equipe a definir

27 Encontro Ampliado Encontro Ampliado SP II Sto Amaro

27-28

8:00 PPI Formação capacitadores Sede Diocesana

28 RCC Formação coordenadores a definir

28 14:30 Saúde Agentes da pastoral CDP

28 Pastoral Familiar Formação Imaculada a definir

29 19:30 Caritas Ass. Eletiva CDP

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 2016

Programe-se Fevereiro 2016

AniversariantesNascimento 09 (1987) Pe. Pedro Nacélio 17 (1983) Pe. Rodrigo G. Burim 19 (1982) Pe. Cleber Leandro22 (1980) Pe. Welson Oliveira23 (1956) Pe. Gildarte A. Costa

Ordenação06 (2011) Pe. Salvador Rodrigues 06 (2011) Pe. Cristiano Aparecido 07 (1987) Pe. Lauro Luiz Vizioli07 (1999) Pe. Dr. Paulo Afonso 20 (1993) Pe. Antonio Bosco 20 (1993) Pe. Dr. José Carlos

ATENÇÃO COLABORADORES:Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo30 linhas, com corpo 14. Caso venha com um número maior de linhas,

faremos a redução proporcional do conteúdo.10

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Vai Acontecer

Folha Diocesana de Guarulhos | Fevereiro de 2016

IMPRESSO ESPECIAL7220993744 - DR/SPMMITRA DIOCESANA

CORREIOSFOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS:

Diretor Geral: Pe. Marcos V. Clementino - [email protected] Resp.: Rodrigo M. Lovatel - MTB. 46.412 - SP Secretária: Caetana Cecília Filha | Orientação Pastoral: Pe. Otacílio F. LacerdaEditoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves - 11 991346144Impressão: Gráfica Marmar - Fone: 11 7830-2554Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210Contato: 11 2408-0403 - Email: [email protected]: 28.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br

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Especial

O tema Campanha da Fraternidade deste ano “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema, “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a jus-tiça qual riacho que não seca” (Am 5,24), quer nos fazer refletir sobre o tema central do Saneamento Básico. Pela quarta vez Campanha é realizada de forma ecumênica.

E o que é Saneamento Básico?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social. Quando falamos de saneamento básico não esta-mos apenas querendo tratar das questões relativas ao esgoto sanitário (com sua produção e o descarte de forma correta), mas também do abastecimento de água potável, da limpeza urbana, do manejo dos resíduos sólidos, do controle de meios transmisso-res de doenças e da drenagem de águas pluviais.

Mas por que discutir sobresaneamento básico no Brasil?

Por conta da fragilidade e muitas vezes ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país. Há uma enorme diferença entre as regiões brasi-

leiras em todos os componentes do saneamento básico. As cidades mais desenvolvidas apresentam elevados índices de coleta e tratamento de esgoto, de acesso à água potável, de reciclagem de resídu-os sólidos, especialmente nas regiões sul e sudeste. Já as cidades mais afastadas apresentam números muito baixos. Alguns números nacionais:

É por isso que o Objetivo Geral da CF pro-põe “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”. O tema e lema da campanha deste ano es-tão em sintonia com a encíclica Laudato Si do papa Francisco, que propõe uma abordagem ecológica integral, e não apenas tratar alguns aspectos das questões ambientais, pois cada ser criado por Deus coabita nesse mesmo espaço comum, cada um se relacionando e dependendo do outro, formando a complexa e interligada estrutura de nosso planeta. E nossa Casa Comum está sendo ameaçada, por-tanto não podemos ficar calados. Assim como na Laudato Si, a CF chama todas as pessoas de boa vontade a assumir a res-ponsabilidade pelo cuidado com nosso planeta - é dirigida “a cada pessoa que habita neste planeta”,

“quer entrar em diálogo com todos acerca da nos-sa casa comum” (LS 3). O Papa Francisco deixa claro que não quer falar apenas da questão “do verde”, mas das diferentes formas como a vida está sendo explorada e destruída: dos atuais modelos de produção e consumo de bens, da exploração desenfreada da natureza, onde tudo é descartável, inclusive as pessoas. Quando a justiça ambiental acontece, por consequência, a justiça social se inicia, pois princi-palmente os mais pobres são afetados. Além dis-so, a partir do momento que são atingidos níveis satisfatórios dos aspectos do saneamento básico, o resultado é uma boa condição de saúde – e aqui precisamos entender a saúde não apenas como ausência de doença, mas um estado de completo bem-estar: físico, social e mental. E esta saúde não pode ser privilégio de alguns, mas direito de todos, sem exceção. No entanto a mudança exige de nós um ou-tro estilo de vida, uma busca por outros valores, que não seja pautado pelo consumismo extremo e pela busca incessante de suprir as nossas necessidades, sem pensar no espaço onde habitamos. O objetivo não é dar receitas prontas, mas pensar numa nova prática, para que nossas atitudes diárias sejam re-pensadas e a partir daí a transformação social pos-sa ser realizada. E esta transformação cabe a cada um de nós, pois é a fé que deve nos impulsionar ao compromisso social, ao compromisso com o outro.“O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projeto de amor, nem se arrepende de nos ter cria-do. A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum.” (LS 13) Que possamos viver esta Campanha com a certeza de que é realmente “nossa” a responsabi-lidade pela Casa Comum. Há muito para ser feito e nenhum de nós poderá dizer que não soube como colaborar. Obviamente cabe aos governos – federal, estadual, municipal – a criação das infraestruturas de saneamento básico. Mas acima de tudo respon-sabilidade é de cada um de nós. Não podemos pas-sar por esta Campanha como se o assunto não fos-se conosco, como se nada pudesse ser feito. Cada um - e todos nós – pode dar a sua contribuição.

- Mais de 100 milhões de pessoas no país ainda não possuem coleta de esgotos e apenas 39% destes esgotos são tratados, sendo despejados diariamente o equivalente a mais de 5 mil pis-cinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza.

- O Brasil está entre os 20 países do mundo nos quais as pessoas têm menos acesso aos ba-nheiros. Na América Latina as pessoas têm mais acesso aos celulares do que aos banheiros.

- O Brasil gera cerca de 150.000 toneladas di-árias de resíduos sólidos e cada indivíduo gera por dia cerca de 1,0kg de resíduos.

- O Brasil apresenta uma situação de explora-ção e uso predatório de seus recursos hídricos, sem preocupação com os altos índices de perda de água potável e sem planejamento. Exemplo disto é a situação difícil pela qual passamos o ano passado, e ainda estamos passando, com a falta de água aqui em Guarulhos e na capital e grande São Paulo.

Abertura da CFE para aCidade de GuarulhosDia 18/02 a partir das 20h

Adamastor – Centro

CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA