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o n ENERGIA SEM LIMITES · SETEMBRO 2009 · Nº14 GÁS NATURAL A aposta numa energia de futuro EDP RENOVÁVEIS DOIS ANOS DE SUCESSO À ESCALA GLOBAL CAMPOS DE FÉRIAS JOVENS APRENDEM A SER ADULTOS RESPONSÁVEIS

EDP ON 14 - Gas Natural

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on ENERGIA SEM LIMITES · SETEMBRO 2009 · Nº14

GÁS NATURALA aposta numa energia de futuro

EDP RENOVÁVEIS DOIS ANOSDE SUCESSO À ESCALA GLOBAL

CAMPOS DE FÉRIAS JOVENS APRENDEM A SER ADULTOS RESPONSÁVEIS

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editorialedp

Paulo Campos CostaDIRECTOR DE MARCA

E COMUNICAÇÃO

Temos uma nova assinatura

EDP mudou este mês asua assinatura, passando de“Sinta a nossa energia”para “Viva a nossa energia”.

Mudámos porque o posicionamento da EDPevoluiu. A produção e dis-

tribuição de energia são cada vez mais ac-tividades participadas vividas pela socieda-de. O imperativo de limitar o impacto sobre o ambiente aumentou as responsabi-lidades de quem produz e de quem conso-me energia. Ao contrário de outros produ-tos, na energia todos os cidadãos são consumidores. Quer-se energia mais bara-ta, mais limpa, mais sustentável e todosquerem ter uma palavra a dizer na formade atingir esse objectivo.

A EDP tem vindo a antecipar esta redesco-berta da importância da energia, acolhendo eincorporando no seu modelo de negócio os novos micro-produtores, a flexibilidade comer-cial exigida pelos clientes preocupados comcompetitividade, poupança, redução de emis-sões, ou apoiando iniciativas sociais, culturais,científicas promotoras de desenvolvimento sustentável.

É esta dinâmica acrescida, esta forma maisactiva e participativa de viver a energia que que-remos traduzir com a assinatura. Queremos queos nossos clientes desfrutem da nossa energia,do nosso entusiasmo, do nosso dinamismo, porpoder contribuir para um mundo melhor paraas gerações seguintes.

“Viva a nossa energia”.

A

EM 2009

EM 2004

EM 2006

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fórum sustentabilidade cultura edp causasíndice

Setembro

*25 Anos EDP As imagens quemarcaram esta importante etapana vida do Grupo EDP. Umquarto de século cheio de boasenergias

Resultados Passados 12 mesesAntónio Mexia, presidente doConselho de AdministraçãoExecutivo, faz o balanço de umano de gestão

Gripe A A empresa estápreparada para a pandemiaanunciada, através do Plano deContingência. Conheça todos ospormenores

SMILE Entrou em funcionamentoum inovador sistema informáticocomum a Portugal e Espanha,para os grandes clientes a nívelibérico

Click Idea Os seis vencedoresdas 2ª e 3ª edições destainiciativa, bastante participada,falam sobre as suas ideiasbrilhantes

Campanha Brasil Há mais dedez anos em território brasileiro,as empresas do Grupoadoptaram recentementea marca EDP

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A EDP está nosÍndices deSustentabilidadeDow Jones pelosegundo anoconsecutivo

10EDP REN OVÁVEIScelebra 2º aniversáriorepleto de sucessos

f i c h a t é c n i c a

On é uma edição bimestral

Proprietário EDP – Energias de Portugal, SAPraça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680 Fax: 210 012 910 [email protected] Director Paulo Campos CostaEditora Peninsula Press SLRua dos Correeiros 120, 4º esq. , 1100-168 LisboaAdministrador executivo Stella Klauhs [email protected]ção Eduardo Marino (editor), Joana Peres (redactora), Marta Conceição, Miguel Freire (arte), Alexandre Almeida, e Adelino Oliveira (fotografia), Ana Godinho (revisora)Coordenação EDPMargarida GlóriaDistribuição gratuita Portugal - 23.000 exemplares; Espanha- 3.500 exemplares; Brasil- 3.200 exemplaresHeska Indústrias TipográficasCampo Raso, 2710-139 Sintra, PortugalTelf. +351 21 923 89 58 (Geral)Fax. +351 21 923 89 51

Isenta de registo na E.R.C., ao abrigo do decreto regulamentar 8/6, artigo 12º nº1-a

22Media DayIniciativa inéditana área decomunicaçãoempresarial

Mercado

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mercado inovação portfolio capital humano quem é quem índice

Causas A Fundação apresentouas 12 instituições contempladas no Programa EDP Solidária

Watt Drive A EDP já permiteque os actuais e futuroscondutores dos veículoseléctricos utilizem a primeirarede de seis pontos decarregamento na cidade deLisboa

Central Aberta O Centro de Produção Sines e o Aproveitamento Hidroeléctricode Castelo do Bode foram palcodo projecto “Dia Central Aberta”

SGD A nova versão do Sistemade Gestão Documental permiteconsultar e controlar o acesso a todos os documentos do Grupo em Portugal

Jovens TalentosColaboradores que sedestacaram pelo seu trabalho,competência e espírito de equipa

Circu ito Fechado As notíciasimportantes, o caminho para a eficiência, reuniões,inaugurações e os momentosfelizes da nossa família

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GÁS NATURAL36Mais limpa,económica,segura eeficiente, esta forma de energiarepresenta o futuro

54CAMPOS DE FÉRIAS A animação que a EDP proporcionaaos jovens

Tema de capa

46Quem É QuemEntrevista ao Prof. Oliveira Fernandes

60CAPITAL HUMANO Maria João Martins é a nova Directora de RecursosHumanos

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cultura edp25 ANOS

Reconhecimento

HÁ RELAÇÕES QUE NÃO DURAM TANTO, MAS HÁcolaboradores que estão na empresa há mais de 25 anose que, nem por isso, pensam “divorciar-se”. Sinal de quea EDP é um lugar feliz para trabalhar!

Este ano, foram mais de 100 os colaboradoresreconhecidos pela sua dedicação.

Em Braga, na capital do Minho, foram homena-geados 90 colaboradores no Auditório Nacional deExposições de Braga.

O parque natural da serra de São Mamede foi ooutro local escolhido, mais a sul, para esta cerimó-nia. Aqui, a recepção foi efectuada no Centro de Artes e Exposições tendo como cenário uma exposição de pintura da autoria de colegas da EDPapresentada pelo Clube de Pessoal.

Tanto António de Almeida, em Braga, como AntónioMexia, em Portalegre, congratularam os homenagea-dos, pessoas que ao longo de uma vida, com o seu em-penho e dedicação, contribuíram e contribuem para ocrescimento, consolidação e sucesso do Grupo EDP.

Dias especiais que nunca se esquecem. Aqui ficamalguns momentos para mais tarde recordar…on

BRAGA

EM 2009, COMO VEM SENDO TRADIÇÃO, A EDP HOMENAGEOU MAIS DE UMA CENTENA DECOLABORADORES QUE VESTEM A CAMISOLA PELA EMPRESA HÁ MAIS DE DUAS DÉCADAS.UM AGRADECIMENTO ESPECIAL A QUEM FEZ E CONTINUA A FAZER CRESCER O GRUPO

25ANOS

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cultura edp25 ANOS

MERECIDOPORTALEGRE

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os cordões da bolsa edp

ENERGÉTICAS DERAM ÂNIMO À BOLSA

EDP SUPERA OS 11 MIL MILHÕESCOM CICLO HISTÓRICO DE SUBIDAS

DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 20 AGOSTO 2009

COM SUBIDAS ACIMA DE 1%, AS DUAS EMPRESAS IMPULSIONARAM Oprincipal índice. Subida do preço do petróleo deu uma ajuda.

A bolsa portuguesa fechou ontem em alta ligeira, em contraciclo coma maioria dos mercados europeus. O principal índice nacional, o PSI-20,subiu 0,33%, para os 7603,10 pontos, animado pelos ganhos superiores a 1%da EDP e da Galp Energia. Na Europa, o sentimento dominante foi negativo, reflectindo a divulgação das reservas de crude nos Estados Unidos, cujos valores desiludiram o mercado.

As empresas energéticas foram quem mais puxou pela bolsa nacional.A EDP subiu 1,54%, para os 2,83 euros, enquanto a Galp valorizou 1,30%,para os 9,77 euros, beneficiando esta última da valorização superior a 1%do preço do petróleo.

Na banca, o dia foi de comportamentos contraditórios. O BCP ganhou 0,32%, para os 0,93 euros, tendo chegado a negociar nos 0,94 euros, o valor mais alto desde Outubro de 2008. O BPI fechou a subir0,25%, para os 1,97 euros, com o BES a cair 0,61%, para os 4,41 euros.

O destaque de ontem vai para a Altri, que apreciou 3,96%, para os 2,75euros, depois de a empresa ter revelado que vai aumentar o preço da pas-ta de eucalipto em 40 dólares a tonelada. Também em alta esteve a PT, aoavançar 0,55%, para os 7 euros, num dia marcado pela divulgação de umaauditoria encomendada pelo Governo da Guiné-Bissau, que acusa a operadora de "má gestão" da Guiné Telecom e da Guinetel. on

DIÁRIO ECONÓMICO, CRISTINA BARRETO, 27 DE AGOSTO 2009

AS ACÇÕES DA EDP SOBEM PELA OITAVA SESSÃO CONSECUTIVA EM LISBOA.É o ciclo de ganhos mais prolongado desde pelo menos 1997. Na sessãode hoje, os títulos da eléctrica avançavam 1,65% e quebraram a barreirapsicológica dos três euros (3,02 euros) pela primeira vez desde Setem-bro do ano passado, altura da falência do banco Lehman Brothers.

Trata-se da oitava valorização seguida da empresa liderada por Antó-nio Mexia, algo que nunca aconteceu nos últimos 12 anos.

Com este desempenho, a EDP volta a valer mais de 11 mil milhõesde euros em bolsa, reforçando o estatuto de maior empresa cotada naEuronext Lisbon. A Galp aparece em segundo lugar, com um ‘cap' de8,75 mil milhões.

O balanço de 2009 também é positivo para os accionistas da EDP, jáque a eléctrica acumula ganhos de 12% este ano. on

DESEMPENHO EDP 21 MAIO - 27 AGOSTO 2009

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MAIS 32% NA RENOVÁVEISOs lucros da EDP Renováveis aumentaram32% no 1º semestre de 2009. A quarta com-panhia eólica do mundo obteve, neste perío-do, um lucro líquido de 66 milhões e aumen-tou o seu EBITDA em 19%, para 271 milhõesde euros. No final da primeira metade desteano, a empresa, presente em seis países daEuropa, para além dos Estados Unidos e Bra-sil, somava 5.301 MW Brutos de capacidadeeólica instalada. Actualmente, a empresa temem construção 1.261 MW e uma carteira deprojectos de 28.304 MW.Em termos de capacidade instalada, a EDP Renováveis acrescentou, no último ano, 1.455MW Brutos, com um aumento de 38% em relação ao primeiro semestre de 2008. A pro-dução eléctrica entregue no primeiro semes-tre ascendeu a 5,253 GWh (Gigawatt-hora),mais 33% do que no mesmo período de 2008.

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resultadosedp

Balanço

NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009, A EDP REGISTOU resultados líquidos recorrentes de 505 milhões deeuros, o que representa mais 7% do que em idên-tico período do ano passado.

Em relação ao EBITDA consolidado, o Gruporegistou uma subida de 2% em relação ao primei-ro semestre de 2008, com valores que cresceramde 1.585 milhões para 1.611 milhões de euros. Noque diz respeito ao EBITDA recorrente, o aumen-to foi de 7%, para os 1.607 milhões de euros. Estesnúmeros foram apresentados no passado dia 30 deJulho, no auditório da sede da EDP numa confe-rência de imprensa onde estiveram presentes António Mexia, Presidente do CAE, e Nuno Alves, Administrador Financeiro do Grupo. Naspalavras de António Mexia, a subida de 7% do resultado líquido recorrente no primeiro semestredeste ano “mostra o valor da estratégia de cresci-mento e de cobertura de risco e sobretudo de efi-ciência que tem sido prioridade nesta companhia”.

De acordo com a apresentação de resultadosdo 1º semestre de 2009, a EDP chegou ao final doprimeiro semestre com lucros de 479 milhões deeuros, menos 32% do que em período homólogono ano passado. Esta quebra deveu-se, sobretudo,a menores ganhos de capital, uma vez que no pri-meiro semestre de 2008 a empresa beneficiou da

entrada em bolsa da EDP Renováveis, que rendeuà empresa 405 milhões de euros. Contudo, segun-do analistas financeiros, os números acabaram porsair ligeiramente acima do esperado. E prevêemque o segundo semestre deste ano irá ser mais po-sitivo, devido à política de hedging da produçãoliberalizada, ao fortalecimento do real (moeda bra-sileira) e à esperada melhoria sazonal da EDP Renováveis.

Analisando os números do primeiro semestre,o EBITDA consolidado cresceu 2% impulsionadopor actividades liberalizadas na Península Ibérica(mais 100 milhões de euros) e operações eólicas(mais 44 milhões), o que representa “resultadospositivos de decisões certas no momento certo nagestão de risco nos mercados energéticos”.

Os custos operacionais desceram, por seu lado,2% para 843 milhões, reflectindo ganhos de eficiên-cia no primeiro semestre. De acordo ainda com operíodo em análise, os custos com pessoal dimi-nuíram 6%.

As eólicas e hídricas representaram 90% do investimento operacional de expansão no 1º semestre de 2009. A capacidade instalada deprodução cresceu 16% para 18.888 megawatts(MW). As centrais em construção (até Junho des-te ano) representavam cerca de 3.800 MW. on

A Energias do Brasil registou resultadoslíquidos de 129,4 milhões de euros(380,1 milhões de reais) no primeiro semestre deste ano, valor que represen-ta um aumento de 55% relativamenteao período homólogo em 2008. O investimento operacional totalizou 96milhões de euros neste semestre: €34Mna expansão da capacidade de produ-ção, com a construção da central a car-vão de Pécem com CAE (720MW, detidaem 50% pela Energias do Brasil), cujaentrada em operação está prevista paraDezembro de 2011, e com a conclusãoda central hidroeléctrica de Santa Fé(29MW), que entrou em funcionamen-to em Junho deste ano; e €22M na redede distribuição de electricidade. Neste semestre, a contribuição da Ener-gias do Brasil para o EBITDA consolida-do foi afectada negativamente, pela depreciação de 11% do Real contra oEuro (impacto negativo de 29 milhõesde euros no EBITDA).

O RESULTADO LÍQUIDO RECORRENTE DA EDP SUBIU 7% NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO, ATINGINDO OS 505 MILHÕES. OSLUCROS DA COMPANHIA CAÍRAM 32% EM COMPARAÇÃO COM O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008, MAS MESMO ASSIM FICOUACIMA DE TODAS AS PREVISÕES DOS ANALISTAS.

MAIS 63% NO BRASIL

POSITIVO

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2 ANOSA COMPRA DA NORTE-AMERICANA HORIZON WINDEnergy, a 7 de Julho de 2007, por cerca de dois mil milhões de euros, converteu a nível mundial a EDP no4º maior player em termos de capacidade eólica ins-talada e o 2º com maior capitalização bolsista no sec-tor das energias renováveis. Este foi um dos maioresnegócios alguma vez feitos, por uma empresa portu-guesa no estrangeiro, tornando a EDP num playerincontornável à escala mundial.

Para celebrar esta data especial, António Mexia,presidente executivo da EDP, esteve nas instalaçõesdo Centro de Telecondução e Despacho Eólico da EDPRenováveis, no Porto, numa videoconferência comjornalistas e administradores em Espanha, Brasil e Es-tados Unidos, onde fez um balanço do sucesso destaimportante operação de compra. Um local que nãofoi escolhido ao acaso.

Afinal, de acordo com a arquitectura técnica efuncional definida pela EDPR para o seu WEMS - WindEnergy Management System, que integrará e har-monizará a operação e gestão do desempenho ope-racional de todos os seus activos eólicos, trata-se doprincipal Centro de Operações do Grupo, comuni-cando com um Centro de backup para o mercadoeuropeu localizado em Oviedo e a curto prazo comum Centro em Houston para o mercado norte-ame-ricano.

Em 2012, através desta infraestrutura localiza-da no Porto, será possível gerir centralizadamenteem tempo real, cerca de 7.000 aerogeradores dis-tribuídos por 270 centrais eólicas em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Polónia, Roménia, Esta-dos Unidos e Brasil, com uma potência total insta-lada de 10 GW.

BALANÇO DE UMA HISTÓRIA DE SUCESSONa realidade, a Horizon, empresa sediada em Hous-ton, Texas, abriu caminho para a criação da EDPR. Emdois anos, a capacidade instalada quase triplicou paramais de 2.100 MW, com 18 mil em pipeline “o equiva-lente a 40 vezes a capacidade de uma central a gás”,segundo António Mexia. O crescimento será de 1.400MW por ano, até 2012. Este negócio permitiu diversi-ficar as fontes de receita, reduzindo os riscos de umportfólio mais restrito e das limitações regulatórias. -Com delegações em Nova Iorque, Oregon, Califórnia,Colorado e Minnesota, a EDPR conta com mais de 200funcionários e está a desenvolver uma carteira demais de 10.500 MW em mais de 15 estados. A empre-sa inaugurou em Julho passado a sua 18ª wind farmnos Estados Unidos, situada no estado de Illinois. OsEstados Unidos da América são, actualmente, o mer-

SE HÁ DOIS ANOS A NOTÍCIA DA COMPRA DA AMERICANA HORIZON PELA EDP SURPREENDEU TODA A GENTE, HOJENÃO RESTAM DÚVIDAS QUANTO AO SUCESSO DA OPERAÇÃO. O GRUPO PORTUGUÊS PASSOU A SER UM PLAYER ÀESCALA GLOBAL NO NEGÓCIO DAS EÓLICAS: É O 4º A NÍVEL MUNDIAL E O 2º COM MAIOR CAPITALIZAÇÃO BOLSISTANO SECTOR DAS RENOVÁVEIS.

edpEDP RENOVÁVEIS

mercado

de bons ventos

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O Centro de Operações da plataforma norte americana está actual-mente localizado em Houston na área de Gestão de Energia, levandoa cabo funções técnicas ligadas ao O&M e de interacção com os mer-cados de electricidade e off-takers, executadas por equipas distintasa trabalhar conjuntamente, sendo o comando e controlo remoto dascentrais eólicas realizado em outsourcing pela empresa APX. Com o crescimento acelarado da capacidade instalada e com a evo-lução organizativa da EDPR esta actividade de outsourcing será durante 2010 gradualmente internalizada através da integraçãodas centrais eólicas na plataforma WEMS (Wind Energy Manage-ment System).

Ao nível corporativo, envolvendo as plataformas norte-americana eeuropeia, ocorreram, nos últimos tempos, importantes iniciativas comuns, relacionadas com as actividades da Telecondução, Despa-cho e Gestão da Performance Operacional (KPIs, relatórios técnico-económicos e arquivo histórico) que foram recentemente concluidas:

- Realização de uma RFP (Request for Proposals) no mercado inter-nacional para implementação de uma solução técnica e funcional comum para toda a EDPR, de modo a garantir as necessidades decrescimento e evolução da plataforma WEMS existente.

- O trabalho desenvolvido no âmbito do TPO (Technical Project Office)da EDPR, permitiu uma elevada partilha de conhecimento e compre-ensão mútua das especificidades dos diferentes mercados, de modo apossibilitar a harmonização de processos e implementação das melhores práticas. Foi desenvolvido um modelo operativo global paraa EDPR, envolvendo todas as questões relacionadas com a estruturaorganizativa, processos e infraestruturas técnicas complementares nãoincluidas no âmbito da RFP do WEMS.

De acordo com a arquitectura definida para o WEMS, tendo em con-ta os elevados riscos operacionais resultantes da adversidade clima-térica extrema que ocorre pontualmente em Houston, optou-se pordistribuir físicamente a infraestrutura técnica do centro de opera-ções entre Dallas e Houston. Em Dallas existem condições técnicase de segurança excelentes ao nível do Data Center e do sistema de comunicações com as diferentes centrais eólicas e com a plataformaeuropeia. Nas instalações de Houston serão remotizadas as váriasposições de operação para assegurar a gestão operacional em tem-po real dos activos eólicos, funcionando em permanência com recur-sos humanos em regime de turnos, tal como acontece actualmenteno Porto e em Oviedo. Em caso de necessidade, estes operadores poderão ser deslocados para Dallas com a devida antecedência deforma a garantir a continuidade do serviço.

Numa lógica de prestação de serviços, a equipa técnica do Centrode Telecondução e Despacho de Houston, actuará técnica e comer-cialmente de acordo com o modelo organizativo e processos defi-nidos, asssegurando o adequado suporte às funções da área de Gestão de Energia.

CENTRO DE TELECONDUÇÃO E DESPACHO DOS EUA

cado onde se regista o crescimento mais rápido na área da energia eólica, facto que explica o interesse dos maioresplayersdesta área por esta região geográfica. De acordo comdeclarações do presidente do Grupo EDP, “o mix existenteentre as leis governamentais e federais permite uma diver-sidade regulatória, livre de questões legais, favoráveis à instalação de parques eólicos de grande capacidade”.

QUEM CONTROLA A PRODUÇÃO COM ORIGEM NO VENTOTratando-se de um processo industrial com grande dis-persão geográfica, um sistema centralizado de coman-do-controlo e de gestão do desempenho operacional emtempo real, é fundamental para melhorar a rentabilida-de dos activos, a qualidade das operações e garantir ocumprimento dos requisitos regulatórios nos diferentesmercados.

edpEDP RENOVÁVEIS

mercado

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Através destes Centros de Operações do Grupo,dotados de sistemas informáticos e de comunica-ções de última geração e funcionando em perma-nência com pessoal em regime de turnos, é possí-vel executar diferentes tipos de telecomandos sobre os aerogeradores e subestações, conhecer oseu estado de funcionamento em cada instante,bem como interagir operacionalmente com os diferentes stakeholders internos e externos.

Actualmente, a partir dos Centros do Porto eOviedo, onde já está implementado o WEMS - Wind

Energy Management System, são geridas 83 cen-trais eólicas, com uma potência total instalada de2 GW, 1482 aerogeradores de sete fabricantes e 22modelos diferentes. Os restantes activos em explo-ração na Europa, Estados Unidos e Brasil são pro-visóriamente supervisionados por sistemas dial-upproprietários dos diferentes fabricantes de aeroge-radores, estando a ser iniciado o seu processo deintegração gradual no WEMS em simultâneo comos novos activos que entrem em exploração até2012.

MERCADO DE CAPITAISA Oferta Pública Inicial (IPO) da EDPR foi a maioroperação realizada na Europa, em 2008. Desde 31de Janeiro que se sabia qual a intenção da EDPR,porém a operação foi lançada oficialmente só nodia 15 de Maio, onde António Mexia anunciou o intervalo de preços das acções e a publicação doprospecto. Seriam colocados em Bolsa até 25% daEDPR, dos quais 5% eram destinados ao retalho (colaboradores e pequenos investidores) e 20% ainvestidores institucionais.

Dia 19 de Maio começou a primeira fase da Ofer-ta Pública de Subscrição (OPS), e foram milharesos pequenos investidores que acorreram a subs-crever as acções da EDPR. Depois de terminada asegunda fase, dia 30 de Maio, viu-se que a procu-ra tinha superado em muito as expectativas da em-presa, com os pedidos 87,9 vezes superiores ao to-tal de 45 milhões de acções destinadas ao públicoem geral. Por sua vez, a venda a investidores ins-

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titucionais registou uma procura 6,1 vezes supe-rior aos 150 milhões de acções destinadas a estesegmento. Devido à procura desmedida, o rateiotornou-se obrigatório. A empresa conseguiu cati-var 158.503 accionistas particulares, dos quais 38mil já detinham capital da EDP. Cerca de 3.800 tra-balhadores também receberam acções da empre-sa. Em termos de número de accionistas, a EDPRconseguiu o lugar da terceira maior empresa cotada da Bolsa.

No caso dos grandes investidores institucionais,a procura superou em mais de 6,1 vezes a oferta.Este segmento foi determinante na fixação do preço - foi-lhes alocado 17,3% do capital - e a garan-tia de 77% do encaixe de 1,57 mil milhões de euros.No total, a EDPR contou com 189,5 mil subscritoresnacionais, 1.528 comunitários e 1.201 do resto domundo. Com esta operação, a empresa encaixou1,568 milhões de euros (encaixe bruto incluindo ogreenshoe), tendo-se registado 187 mil ordens. on

“Estes dois anos têm sido, ao mesmo tempo, desafiantes e divertidos. Como colaborador desdeos primeiros tempos, vi esta companhia transfor-mar-se, de uma forma exemplar. Uma pequenaequipa cheia de talento passou a ser um gigante líder nesta indústria, reconhecida por muitos comoa melhor entre as melhores.

Apesar dos recursos limitados, o desafio dosprimeiros tempos foi, de uma forma inteligente,tentar ir atrás de todas as oportunidades de ne-gócio. Depois, foi encontrar formas de construir parques eólicos, enquanto se mantinha o foco nodesenvolvimento do negócio.

Quando a EDP adquiriu a Horizon, tínhamosuma boa equipa executiva e questionávamo-nospara onde esta nova parceria nos iria levar. Empouco tempo percebemos que a EDP significava

negócio e que a velocidade iria aumentar. O novodesafio era criar programas que alavancassema experiência existente para uma estrutura quecaptasse e retivesse este conhecimento em processos bem organizados. Este esforço não erafácil, e poderia ser visto, por alguns, como doloro-so e intrusivo. Contudo, pela minha experiência,muito daquilo que foi atingido, acrescentou elegância e eficiência à companhia e criou uma plataforma, através da qual a EDPR pode colocarmuitos MW no terreno em cada ano.

Claro que houve erros pelo caminho – e haverámais. Mas, feitas as contas, gostei verdadeiramen-te desta jornada. Apreciei ver pessoas e sistemasevoluírem com força e é com grande expectativaque aguardo pelo que esta companhia irá fazer nospróximos anos.”

TESTEMUNHOS DE QUEM TRABALHA NA EDP RENOVÁVEISNORTH AMERICA

MARY COMTE

Para esta especialista em Energia as principais mu-danças foram:

- A voz dos colaboradores conta.- A companhia tem uma visão de nível elevadode realização.- A estrutura e os procedimentos são implemen-tados a tempo.- O nosso ambiente de trabalho é aberto e honesto. Os colaboradores têm uma paixãopelo negócio e estão dispostos a dar mais desi para atingir os objectivos.- Há oportunidades para viajar, e temos frequentemente a visita de outros colabora-dores de outras localidades.- A partilha de conhecimentos é comum e colectivamente sentimos que somos autoresdos nossos projectos e esforços.- Trabalhar para uma companhia EDPR signifi-ca cooperar – sentir que somos parte de umamáquina bem oleada.

VERONICA HALLUM

“Trabalhar na Horizon já antes da sua aquisição,deu-me uma nova perspectiva da companhia.Faço parte da Horizon há cerca cinco anos e vi acompanhia crescer de um punhado de gente paraa posição onde se encontra agora. O respeito e ocarisma que a empresa mostrou, ao longo destesanos, deu-me uma vontade renovada de conti-nuar o que estamos a conseguir. Neste momen-to, ao fazer parte da EDPR, tenho uma maior cons-ciência de todo o processo e desloquei o meu focode uma companhia empresarial pequena parauma visão muito mais vasta. Manter a nossa em-presa na frente do pelotão dá-me um grande sen-tido de responsabilidade e competitividade. Espero ver a Horizon, juntamente com a EDPR,atingir a sua maturidade e todo o seu potencial.”

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MATTHEWHENDRICKSON

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EDP PREPARADA PARA A GRIPE A

O GRUPO EDP TEM DEFINIDO UM PLANO DE Contingência, desde 2007, aprovado pelo Conse-lho de Administração Executivo da EDP, para umaeventual gripe pandémica, uma ameaça que pro-mete assolar toda a Europa no próximo Outono.

12 SEMANAS CRÍTICAS

Para a elaboração deste Plano foram considera-dos três pressupostos: assegurar os serviços essenciais a um nível equivalente ao normal noque diz respeito às expectativas dos clientes; período crítico de duração da situação de pan-demia de 12 semanas; a ausência até 40% dos colaboradores por períodos de cerca de duassemanas.

A activação do Plano de Contingência EDPserá decidida pelo CAE tendo em conta a evo-lução da situação da Gripe e as orientações dasautoridades nacionais de saúde. A decisão sobre a utilização de equipamentos de protec-ção individual será feita considerando a situa-

ção particular de uma instalação, de um localou de uma região, sempre mediante aconselha-mento das entidades nacionais de saúde.

O Plano de Contingência de cada empre-sa/gabinete da EDP tem como funções, entreoutras, estabelecer a composição do respecti-vo Gabinete de Gestão da Gripe, identificarserviços essenciais (com vista a facilitar a apli-cação dos procedimentos definidos pelas autoridades de saúde na preparação para a resposta à pandemia), assim como as condi-ções, recursos e meios para assegurar o fun-cionamento desses mesmos serviços.

SERVIÇOS ESSENCIAIS GARANTIDOS

O Plano também garante a existência de determinados equipamentos de prevenção eprotecção contra a propagação do vírus: equi-pamentos para o pessoal operacional, utiliza-ção pelos clientes dos contactos via telefone eInternet, e meios de protecção para o atendi-

O QUE FAZER?

Se ficou subitamente com febre (superior a 38ºC) e apresenta mais algum ou alguns destes sintomas (tosse, dores de garganta, musculares e/ou cabeça, olhos inflamados, mal-estar geral, vómitos ou diarreia) suspeiteque pode estar infectado com Gripe A.• Contacte por telefone o Gestor da Gripe do Edifício ou da Empresa: peça máscaras e luvas.

• Adopte medidas de distanciamento para evitar contaminar outras pessoas

• Ligue para a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24)

• Em caso de dúvida, envie um mail [email protected]

(Para mais informações não deixe de consultar o anexo informativo 7 do Plano de Contingência Gripe A)

COMO PROTEGER-SE A SI E AOSOUTROS?• Sempre que tossir ou espirrar tape o nariz e a boca com lenço de papel, deitando-o em seguida para o lixo

• Lave as mãos frequentemente com água e sabão

• Se tiver sintomas de gripe guarde uma distância de, pelo menos, um metro, quando falar com outras pessoas

• Se tiver sintomas de gripe fique em casa,não vá trabalhar e evite locais com muitaspessoas

• Evite cumprimentar com abraços, beijos ou apertos de mão

• Se não tiver as mãos lavadas, evite mexernos olhos, no nariz e na boca

mento ao público que não possam ser substi-tuídos por outra via.

Com este plano a empresa garante a conti-nuidade de negócio e os serviços essenciais àcomunidade. Foram tomadas medidas para assegurar o normal funcionamento dos centrosde produção e dos centros de condução da redeenergética e de apoio aos clientes.

Para os serviços de back-office, durante esteperíodo, será incentivado sempre que possívelo teletrabalho (ou trabalho à distância), visan-do a diminuição de risco de contágio. O pro-blema será gerido tendo em conta o evoluir da situação, de acordo com as indicações das entidades nacionais de Saúde. on

A EDP ASSEGURA QUE ESTÁ PREPARADA PARA GARANTIR A CONTINUIDADE DO

NEGÓCIO E DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS, NOMEADAMENTE O FUNCIONAMENTO DOS

CENTROS PRODUTORES, DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA E O

APOIO AOS CLIENTES. ESTÁ TUDO PREVISTO NO PLANO DE CONTINGÊNCIA.

cultura edpPLANO DE CONTINGÊNCIA

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EM PORTUGAL E EM ESPANHA, NA comercialização de gás, electricidade e serviços, noback-office e front-office, todas as empresas comer-cializadoras do grupo EDP terão um sorriso comum,transversal e orientado aos clientes de maior consu-mo, com vista à eficiência operacional e à superiori-dade de execução.

Através desta ferramenta, o utilizador obtém umavisão de 360º da informação do cliente, eliminando anecessidade de duplicar a informação existente.

Com o SMILE, gerir a informação de clientes é já umatarefa mais fácil em Portugal. Se antes era necessárioabrir diversos sistemas para consultar a informação relativa a um cliente, através do SMILE é possível visua-lizar em simultâneo dados de Vendas, Contratação &Switching, Facturação, Cobranças e Dívida, bem comotodos os dados necessários para a renovação contra-tual, pedidos ou reclamações.

Como sublinha Cruz Morais, administrador exe-cutivo da EDP, “este projecto vai permitir às forçascomerciais melhorar a sua capacidade de actuaçãojunto dos clientes e vem, no fundo, potenciar a pró-pria actividade comercial da EDP”.

Este sorriso terá impacto em dois países (Portugale Espanha), duas culturas, duas línguas, seis empre-sas do Grupo (EDP Comercial, EDP Soluções Comer-ciais, EDP Gás, HC Energía, CHC e Naturgas) e em cer-ca de 500 utilizadores finais, em 13 locais geografica-mente dispersos, que suportam serviços aos clientesde maior consumo. “O SMILE é o primeiro projecto daEDP que integra diferentes geografias, diferentes em-presas e diferentes negócios”, afirma Cruz Morais.

Considerada por muitos uma solução revolucio-nária para o Grupo EDP, o SMILE arrancou em Portugal a 13 de Julho de 2009 e tem estreia marcada para Espanha a 13 de Outubro de 2009,

com o arranque da HC e CHC.O enfoque desta solução é a criação de valor,

aumentando a eficiência dos processos, e a qualida-de do serviço e optimizando o TCO (Total Cost of Ownership) dos sistemas de informação de suporte.

Neste contexto, esta solução traz inúmeras van-tagens, de entre as quais se destacam:

• Aumento de eficiência operacional, através daoptimização e uniformização de processos esistemas de informação do Grupo, actuandocomo um player ibérico;• Aumento da capacidade de fidelizar e conquis-tar clientes de maior valor, através de melhorinformação comercial e da prestação de umserviço de excelência;• Melhoria do controlo do risco operacional, atra-vés da maior fiabilidade e capacidade de con-trolo interno dos processos. on

UM SORRISO COMUM,já sentido em Portugal!

O SMILE É UM INOVADOR SISTEMAIBÉRICO DO GRUPO EDP, QUE ESTÁ EMFUNCIONAMENTO EM PORTUGAL, DESDEO DIA 13 DE JULHO DE 2009.ESTA SOLUÇÃO VISA A UNIFORMIZAÇÃO EOPTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS COMER-CIAIS, NO MERCADO IBÉRICO LIBERALI-ZADO DE ENERGIA, PARA O SEGMENTOB2B.

cultura edpSMILE

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cultura edpCLICK IDEA

Ideias BRILHANTESNUNO CARDOSO“A minha ideiapode salvar uma vida”

A ideia de Nuno Cardoso, 39 anos, surgiu quan-do teve de ir com o pai ao hospital e passou porsi um polícia com um crachá onde constava o seunome e o seu grupo sanguíneo. “Acho que os nos-sos colaboradores que têm funções operacionaise que trabalham na rua devem, para o bem oupara o mal, ser conhecidos pelos nomes, poistêm um contacto com o público. E adicionalmen-te, como profissão que acarreta algum risco, devem ter a indicação do seu grupo sanguíneo.Em caso de acidente poderão ser socorridos maisrapidamente e, quem sabe, isso pode significarsalvar uma vida”.

O responsável pelo Departamento de Inova-ção da EDP Distribuição é a prova de que vale apena insistir. Na primeira edição da Click Idea játinha enviado uma proposta – a instalação deprojectores em todas as salas de reuniões – masapesar de não ter ganho, não baixou os braços.

No seu entender, a Click Idea é uma iniciati-va muito interessante. “Digamos que a Click Ideaé a ferramenta macro de recolha de ideias naEDP Distribuição. Terá a ver tanto com ideias tec-nológicas como com ideias tão simples como estaque propus. Uma pessoa que está a trabalhar noexterior todos os dias e que ao fazer determina-da tarefa vê que as coisas não estão bem talcomo estão, deve ter a iniciativa e deve podertransmitir a alguém que algo não está bem”.

E sabe que os colaboradores estão motiva-dos para participar. “Ainda ontem estive a trocarimpressões com um colega meu que estava mui-to entusiasmado pelo facto de ver que a sua ideiaestava a ser acarinhada. É importante haver essetipo de eco para as pessoas”. Quanto à sua ideiavencedora, diz, sem vaidades: “Fico satisfeito seo sistema for implementado, porque estou con-vencido que é uma medida que poderá ajudar asalvar a vida de uma pessoa”.

CARON MARTIN“Um futuro melhor para os nossos filhos”

Caron Martin, administradora de Projectos eOperações, da Edp Renewables NA, propôs acriação de bolsas de estudo para descendentesde colaboradores da EDP. A sua ideia, vencedo-ra, surgiu de uma necessidade que tinha e quelogo a transformou em oportunidade. “Tenhoum filho na faculdade e sentimos algumas difi-culdades em pagar as suas propinas. Deixámosde comprar muitas coisas para ajudá-lo a pagaros estudos, pelo que a existência de uma bolsade estudos seria muito útil para nós”.

No futuro, o seu filho, e muitos outros fami-liares de colaboradores da Edp Renewables NA,terão a possibilidade de serem ajudados pela em-presa, enquanto fazem o seu percurso académi-co, ou na entrada no mercado de trabalho, nocampo das energias renováveis. “Participei nes-ta iniciativa, porque penso que a minha ideia po-derá ser benéfica para os colaboradores e as suasfamílias, e oferecer uma oportunidade para elesusarem a sua bolsa de estudos para irem à escola e para se tornarem técnicos nesta área ouaproveitarem outras oportunidades de trabalhorelacionadas com energia eólica”.

Para Caron Martin, a Click Idea é uma ópti-ma forma para apresentar ideias. “Ficaria mui-to feliz se visse a minha ideia implementada,porque mostraria que a EDP valoriza as opi-niões e inputsdos seus colaboradores”, refere.Para todos os colaboradores da EDP deixa amensagem: “Se alguém tiver uma ideia, quenão deixe de apresentá-la, mesmo que sintaque os seus pensamentos são complicados depôr em prática. Envolvam-se pessoalmente,nunca saberão se vale a pena, se não tenta-rem”. Caron trabalha no parque eólico MapleRidge, desde Maio de 2005, desde a fase deconstrução. Anteriormente, trabalhou na GEdurante cinco anos.

RICARDO MESSIAS“Temos de observar oque nos rodeia”

Sem grandes cálculos matemáticos, relacio-nada com palavras cruzadas, uma mistura en-tre números e letras. Sem poder levantar ovéu sobre a sua ideia, Ricardo Messias, 32anos, apenas diz que a sua ideia “foi umaadaptação de serviços que já existem noutrasentidades públicas, de forma a facilitar o con-tacto com a empresa”. Uma ideia simples quesurgiu também de forma simples: “Simples-mente, observando o que nos rodeia”. Foi aprimeira vez que participou. Ganhou na segunda edição e já participou na terceira.

“A Click Ideia é o único processo transver-sal à EDP, não tem fronteiras geográficas, nãotem fronteiras de chefia, um estagiário estáao mesmo nível que o presidente da empre-sa. As pessoas devem sentir-se envolvidas eestimuladas a participar porque qualquerideia é válida”, garante Ricardo Messias, quevê o concurso como uma sala comum em queas pessoas vão contribuindo com ideias queisoladas podem não ter tanto interesse, masque em conjunto podem ser fortes. “Já vi quemuitas ideias não foram premiadas, mas es-tão a ser acompanhadas e isso é que é a ver-dadeira motivação: ver uma ideia com poten-cial ser acompanhada”.

Ricardo Messias está há seis anos na EDP.Começou no Laboratório, mudou para a Dis-tribuição, e actualmente está no Planeamen-to de Redes. Em relação à Click Idea diz: “Se apessoa for constantemente desafiada, o cére-bro não pára e estamos sempre a inovar. Hojeé cada vez mais rara uma ideia original, poisestamos numa sociedade com uma velocida-de de comunicação estonteante. Algures nomundo já alguém pensou em quase tudo. Masse a pessoa se mantiver atenta e tiver curio-sidade, acho que só pode vir a ter boas ideias”.

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cultura edpCLICK IDEA

PARTICIPAR É FÁCIL, NÃO CUSTA NADA E ATÉ DÁ PRÉMIOS. AO MESMO TEMPOCONTRIBUI PARA UMA EDP MAIS EFICIENTE E COMPETITIVA. FOI O QUEFIZERAM ESTES SEIS COLABORADORES QUE PARTICIPARAM NAS 2ª E 3ª EDIÇÕES DA INICIATIVA CLICK IDEA E VENCERAM COM TODO O MÉRITO.

JOSÉ NETO “Vale a penacontribuir com ideias”

A ideia é ainda confidencial, mas pode adiantar-se que está relacionada com a forma de comer-cialização. José Neto apenas vestiu a pele de con-sumidor de serviços, que, no fundo, todos somos.“Dou o exemplo das telecomunicações: somosmuito flexíveis quando se trata a mudar de ope-radora, basta que nos dêem as melhores condi-ções”. Assim, num mercado cada vez mais com-petitivo, o objectivo da sua ideia é o de tentarconvencer os consumidores eventualmente maisinfluenciáveis a não mudar de fornecedor.

José Neto nasceu na Nazaré, em 1974. Licen-ciado em Engenharia Aeroespacial pelo Institu-to Superior Técnico, fez uma pós-graduação deturbinas a gás. Integrado na Central de Setúbal,está na EDP há nove anos, uma empresa queconsidera “cheia de oportunidades, que se estáa internacionalizar”.

Na sua opinião, a iniciativa Click Idea é ópti-ma, porque “permite que as pessoas vejam queas ideias, por mais simples que sejam, podemser implementadas. Ver uma ideia a tornar-serealidade dá um certo gozo e tira a desculpa àspessoas que dizem: ’se eu mandasse fazia assimou assado’. Aqui existe um canal onde a pessoapode, de facto, ser tomada em consideração”.

“Vale claramente a pena participar. Pela minha experiência pessoal, mesmo quando nãose vence, só o facto de poder contribuir e da nossa ideia ser estudada já vale a pena”. E vaiparticipar na próxima edição? “Sempre que tiver uma ideia, concorro. Mesmo que não ganhe mais vez nenhuma não há problema. Afinal somos 12 mil trabalhadores e satisfazer todos de uma assentada seria muito difícil.”

FILIPE VASCONCELOS“É um baróme-tro do empenha-mento dos colaboradores”

“A minha ideia tem a ver com a solução de umproblema no dia-a-dia, de uma necessidade quesentia”, começa por dizer Filipe Vasconcelos, 31anos, colaborador na área de Planeamento eControlo de Gestão da EDP Distribuição. Ao tra-balhar fora da rede EDP sentia a falta do acessoaos contactos, do “quem é quem”. E lembrou-seque talvez fosse benéfico para todos que essesmesmos contactos fossem disponibilizados noportal da EDP, com acesso apenas para os cola-boradores, mesmo que se trabalhe fora da intra-net da empresa.

Garante que o que o motivou não foi o factode saber que podia ser premiado, mas sim de seruma hipótese de se resolver o problema que sen-te no seu dia-a-dia. Não esperava ser o vence-dor, “mas sabe bem. Primeiro porque resolve umproblema que sentimos, depois é um reconhe-cimento de que a ideia é válida”.

A vantagem deste tipo de concursos é o dedar, de uma forma mais directa, o acesso a pe-quenas inovações. Do ponto de vista operacionalresolvem-se problemas e as pessoas vêem os benefícios. “Este tipo de iniciativas, de forma con-tinuada, vão introduzindo melhorias sucessivasna estrutura da empresa, que são benéficas paratodo o Grupo”, conclui Filipe Vasconcelos.

Quando foram divulgados os resultados, “re-cebi uma série de telefonemas de colegas a di-zer: ‘ganhaste, ganhaste!’ Ou seja, as pessoas es-tão atentas, eu próprio vou ver quais as ideiaspremiadas. A Click Idea é um bocadinho um ba-rómetro do empenhamento dos colaboradores.Há muita gente dedicada na EDP, que quer verque as coisas são implementadas e que as suasideias, de facto, contam”.

No final, deixa a mensagem: “Participem, nãoé preciso ter um coelho na cartola. As boas ideiassão simples e é vantajoso participar”.

TOM STEBBINS“A empresamostra aberturaàs ideias”

Para Tom Stebbins, a Click Idea trouxe uma opor-tunidade de partilhar uma ideia com a empresae com os colegas de trabalho, que não seria pos-sível no dia-a-dia. “É importante existir um fó-rum de ideias, fora do rumo normal do trabalho,para que o negócio possa melhorar e evoluir paranovas áreas”, refere este responsável de projec-tos da Edp Renewables NA.

A sua ideia consiste em olhar para os empre-endimentos sob uma nova perspectiva, com osolhos de outro departamento. “Nos negócios naárea da energia eólica, trabalhamos para o mer-cado de energias renováveis, mas o nosso clien-te é o da área da construção. Contudo, os nossosesforços de desenvolvimento estão muitas ve-zes afastados deste sector. A minha ideia é fazeressa ponte, com as empresas de construção, einiciar conversações e relações de forma a servir melhor as suas necessidades, quando estivermos prontos para começar uma obra”.

Esta é uma das ideias que já está a ser imple-mentada. A equipa do Nordeste americano irávisitar alguns parques eólicos em construção naárea do Midwest e o objectivo é reunirem-se como pessoal operacional para encontrar formas deoptimizar os processos, envolvendo as partesnuma discussão atempada de ideias e, desta maneira, fazer face aos desafios que venham aenfrentar. Apesar deste modus operandi exigircompromissos por parte da administração e umalocamento de recursos, “a nossa empresa mostrou grande abertura à minha ideia e reagiurapidamente para implementá-la”, sublinhou.

“Penso que esta é uma grande oportunida-de para os colaboradores poderem partilhar assuas ideias com a administração e saber que assuas opiniões são ouvidas e implementadas sem-pre que possível”, diz Tom Stebbins, que actual-mente desenvolve parques eólicos.

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O que é VENCER PARA VOCÊ?

CRESCIMENTO E RESULTADOS – Queremoscrescer de forma rentável, aplicando bem osrecursos disponíveis. Queremos que os nos-sos resultados sejam um motivo de satisfaçãopara os nossos acionistas, clientes e colabo-radores. Queremos que a valorização da nos-sa cotação em bolsa seja um estímulo para osnossos investidores.

ORGANIZAÇÃO E EFICIÊNCIA – Necessitamoster a organização adequada para crescer eter níveis superiores de eficiência. Deve sersimples, ágil e pouco hierarquizada. É ne-cessário desenvolver uma política de auste-ridade, reestruturar processos e formas defazer para sermos mais eficientes. O nossoobjectivo na Distribuição é bater a empresade referência, ano após ano.

PESSOAS E CULTURA– Necessitamos ter as pes-soas certas nos cargos certos. Elas são o nossomaior activo. Queremos promover um ambien-te que estimule a aprendizagem contínua. Ondeas pessoas se sintam bem, se desenvolvam e aju-dem a desenvolver os outros. Queremos a exce-lência em tudo o que fazemos. Temos de actuarsempre como líderes.

INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE – Temos quecolocar a inovação no centro do diálogo estra-tégico. Queremos que a inovação seja uma atitude constante e não uma obrigação regula-tória. É necessário alcançar a liderança comuma visão de longo prazo e com o risco contro-lado, ou seja, de forma sustentável e sustenta-da. Queremos assegurar a longevidade do negócio e a sua convivência equilibrada com todos os stakeholders.

EM ABRIL, UMA PERGUNTA FOI LANÇADA NOS CORREDORESDOS PRINCIPAIS ESCRITÓRIOS DA EDP NO BRASIL: O QUE ÉVENCER PARA VOCÊ? JUNTO COM A INDAGAÇÃO, UM SINAL DEV FEITO POR MÃOS QUE REMETEM AOS COLABORADORES, NASDIVERSAS ÁREAS DE ATIVIDADE: ELETRICISTAS, EXECUTIVOS EPESSOAL DE ESCRITÓRIO.

AS QUATRO VERTENTES DO VENCER:

cultura edpBRASIL

O TEASERERA APENAS O PRIMEIRO PASSO DE UMA ampla campanha de mobilização da EDP no Brasil para um programa que se propõe a trans-formar a forma de trabalhar de todo o Grupo, prin-cipalmente os gestores.

“Trata-se de um programa que vai transformara EDP no Brasil numa empresa de Alto Desempe -nho, implantando um novo modelo organizativo,com novos responsáveis, uma nova cultura, comnovos comportamentos, uma nova aspiração, com um conjunto de inicia-tivas estratégicas, estruturantes parao nosso futuro”, explica António Pitade Abreu, diretor-presidente do Gru-po no Brasil.

Pela definição, já dá para perceberque se trata de algo grande que vaimexer com toda a organização. Defato, o programa durará cerca de umano e exigirá importantes mudanças de compor-tamento. Em contrapartida, pretende colocar aEmpresa em outro patamar em termos de desem-penho, tanto do ponto de vista operacional quan-to de Recursos Humanos.

Dentro desse objetivo, projetos importantes foram lançados, em várias áreas da EDP, do RH ao

Financeiro. Antes de se chegar aos projetos, noentanto, foi estabelecido um conjunto de compor-tamentos e regras de ouro (ver anexos), para aju-dar todos a trabalharem melhor e a atingirem oobjetivo de Vencer. Dentro desse processo, os ges-tores são peça fundamental Para tanto, assinaramum documento se comprometendo com uma sé-rie de mudanças na forma de gestão, com maiorresponsabilidade perante a equipe e a Empresa.

O conjunto de comportamentos e re-gras de ouro levou em consideraçãoquatro vertentes, nas quais a Empresapretende vencer: Crescimento e resulta-dos, Organização e eficiência, Pessoas ecultura, Inovação e sustentabilidade.

“Queremos desenvolver liderança emcrescimento, em eficiência, em susten-tabilidade e inovação. Para nós, venceré crescer de forma rentável, remuneran-

do adequadamente os nossos acionistas e os nos-sos colaboradores”, destaca Pita de Abreu.

“Estas quatro vertentes são em tudo conver-gentes com os três pilares estratégicos do nossoacionista controlador, o Grupo EDP: crescimentoorientado, eficiência superior e risco controlado”,acrescenta. on

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cultura edp

EVOLUÇÃO DA MARCA

CAMPANHA

De onde vem a sua energia?Vem da luz do sol.Dos ventos e dosbons momentos.A energia é assim,na natureza e emtodo o lugar.A energia que vem de você, é a mesma que nos faz sonhar.

EDP. Uma boa energia.De onde vem a sua energia – pra viver?

EDPUma boa energia Foi dessa forma que a EDP mostrou a sua identida-de aos brasileiros. O jingle serviu de pano de fundopara comerciais em rádios e TV e anúncios em veí-culos impressos. A marca EDP circulou por todo opaís, de norte a sul, de leste a oeste. Toda acampanha da Boa Energia foi desenvolvida pormeio da técnica de light paint, que significa literal-mente pintura com luz. Formas, riscos e desenhoscom luz deram um toque mais do que especial aologo da EDP e aos modelos. Uma maneira lúdica edivertida de caminhar pelo universo EDP.

Brasil adota a marca EDP

A HOLDING E AS EMPRESAS NO BRASILadotaram o nome da matriz portuguesa. Alémdisso, a assinatura "uma boa energia" acompa -nha a nova marca. A EDP quer espalhar a sua boaenergia pelo Brasil. A identidade traduz os valo-res do Grupo, que é um dos líderes mundiais nageração de energia limpa.

Segundo António Pita de Abreu, diretor-pre-sidente da EDP no Brasil, a empresa está viven-do uma fase de transformação para se tornar referência no mercado de energia. "A EDP, acom-panhada do sorriso, é uma marca única, de expressão mundial. Queremos ser vistos com osorriso, com uma boa energia", disse Pita deAbreu.

Em 2007, Portugal realizou um estudo damarca EDP, que atualmente está avaliada em€616 milhões. Com a sua utilização no Brasil, a

tendência é que esse valor ganheainda mais espaço no mundo."Alinha mos as empresas e todos pas-sam a sentir-se mais EDP", acreditaFlávia Ramos, consultora de marca ecomunicação.

São milhares de colaboradores,culturas diferentes, mas apenas umúnico espírito de Grupo, de família EDP.Para Miguel Setas, diretor vice-presi-dente de Comercialização e Novos Ne-gócios, haverá crescimento na visibili-dade e na presença da empresa no mercado,além de reforçar a credibilidade junto às institui-ções, autoridades e acima de tudo, aos clientes."Também queremos que todos os colaboradorestenham orgulho de ser EDP, de pertencer a umagrande empresa de sucesso", afirma. on

Com foco na integração dos negócios daEDP no Brasil, treinamento lotou salas eagitou o ambiente de trabalho dos colabo-radores durante dois mesesNos meses de Junho e Julho os colaborado-res da EDP no interior de São Paulo, no Es-pírito Santo e em Tocantins mudaram suasrotinas diárias para participar de mais umaedição do Sou EDP, treinamento com dura-ção de três horas e meia que tem como objetivo mostrar a importância do colabo-rador para a estratégia da companhia. O foco da iniciativa foi a integração dos negócios do Grupo no Brasil: geração, comercialização e distribuição, nas verten-tes do Programa Vencer. Rico em imagense jogos para a criação de um ambiente envolvente de aprendizado. Foi esse climaque a equipe encontrou no Sou EDP 2, quemais uma vez, contou com o apoio dosenergizadores, colegas que usam parte do

seu tempo de trabalho para disseminar acultura EDP. Com isso, a EDP espera queseus colaboradores sejam pessoas entu-siastas, que contagiam os outros e que nãoreceiam expressar as suas emoções. Pes-soas que promovem os valores e que refor-çam a cultura da empresa, através de umaforma de estar fomentadora do espírito deiniciativa, da ambição e da excelência.

COM MAIS DE UMA DÉCADA NO PAÍS, A COMPANHIA QUERCONSOLIDAR A IMAGEM DO SORRISO E A MENSAGEM DEBOA ENERGIA. FAZER OS COLABORADORES SE SENTIREMPARTE DA FAMÍLIA EDP É O OBJETIVO DA MUDANÇA.

SOU EDP 2

CAMPANHA BRASIL

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ENCONTRO DE AGENTES

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cultura edpEDP SOLUÇÕES COMERCIAIS

CONJUGAR UMA PRÁTICA DE GESTÃO centralizada com a operação implementada ao lon-go do território continental não é tarefa fácil, mas aEDP Soluções Comerciais sabe fazê-lo de maneiraúnica. Ao exercer a sua actividade em parceria comdiversas empresas prestadoras de serviços especí-ficos, é natural o envolvimento numa prática de ges-tão orientada para as pessoas. Nesse sentido, foramrecentemente organizados dois encontros com pres-tadores de serviços que actuam em duas das áreasmais sensíveis: o atendimento e as leituras.

ENCONTRO DE AGENTESTodos os anos se realizam encontros com os agen-tes, com o intuito de analisar a parceria. Mas a reu-nião deste ano trouxe novidades. Foram apresenta-das duas novas medidas para tornar mais eficienteo trabalho do agente: a instalação de um novo sis-tema informático e a implementação de um mode-lo de gestão mais eficaz.

nas PESSOAS A EDP SOLUÇÕES COMERCIAIS ACREDITA QUE A EXCELÊNCIA DO SERVIÇO ESTÁ NAS PESSOAS. COMO SÃO ELAS O INGREDIENTEDO SUCESSO, A EMPRESA APOSTA NA ORGANIZAÇÃO DE ENCONTROS REGIONAIS E NACIONAIS, QUE SERVEM PARA REFORÇAROS LAÇOS. UMA FORMA DE MOTIVAÇÃO, QUE SE FAZ SENTIR NO ATENDIMENTO AO CLIENTE FINAL.

O segredo está

Como este evento não vive só de testemunhos,balanços e perspectivas para o futuro, os parceirosda EDP Soluções Comerciais foram convidados a participar numa acção de formação sobre técnicasde vendas. Esta acção, realizada pela empresa ExelFormação, foi reconhecida como importante pelosparticipantes, devido aos conhecimentos adquiridospara a melhoria do desempenho da sua actividadede atendimento e vendas.

PRESTADORES DE SERVIÇO DE LEITURASA actividade de leituras foi integrada na EDP Soluções Comerciais em Junho de 2007. A empresadesenhou um plano de acções orientadas para ocliente, no sentido de concretizar as possíveis melhorias, para o processo e para a actividade noterreno. Nesta vertente, e porque é nas pessoas quese encontra o potencial maior, a empresa promoveuo primeiro encontro nacional de prestadores de serviço de leituras.

Participaram neste evento 40 empresas pres-tadoras de serviço de leituras, que teve comoprincipal objectivo alinhar os responsáveis na von-tade de melhorar a qualidade desta actividade.Uma acção considerada fulcral para a credibilida-de da empresa, não só pelo rigor que se reflectena facturação, como pelo contacto que é estabe-lecido com o cliente.

Foi ainda apresentado um plano de comunica-ção e de formação dos leitores em boas práticas,nomeadamente, na área comportamental e de relacionamento. O programa intitulado "Leitura Cer-ta = Cliente Satisfeito" tem a colaboração da con-sultora My Change e baseia-se na metodologia delearning maps, já utilizada, com muito sucesso, noutras actividades da EDP. Uma iniciativa recebi-da com grande entusiasmo, onde os responsáveispelas diferentes empresas deixaram a garantia clara do seu compromisso para com o sucesso deste programa. on

ENCONTRO DE LEITORES

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cultura edpTARGET EDP EUROPA

TargetHC Energ

ía

Target

EDPR Target

Naturgas

Target

EDP Gás

TargetEDP Port

ugal

ESPANHA

PORTUGAL

EDP

Ibéricafalam a mesmaTesourarias

A UNIFORMIZAÇÃO DAS TESOURARIAS DE VÁRIAS empresas do Grupo EDP é já uma realidade em Portu-gal e Espanha. Graças ao Projecto TargetEDP Europa,que entrou em produção nos passados meses de Maioe Junho, a EDP Valor, EDP Gás, EDP Renováveis (excep-to EUA), HC Energía e Naturgas passaram a ter uma úni-ca plataforma de Gestão de Tesouraria, cumprindo-se ogrande objectivo deste projecto: optimizar as diversasfunções, centralizando a tesouraria operacional.

Da análise realizada, ficou patente que os procedi-mentos usados na EDP Valor (onde esta aplicação foi estreada) eram mimetizados ou aplicáveis nas restan-tes geografias, pelo que a adopção destas condutas comuns foi efectuada e o roll-out garantido. As quatrogeografias, alvo deste roll-out, representam mais de 24mil fluxos mensais de tesouraria, em cerca de 76 ban-cos. As vantagens deste processo são múltiplas. Permi-

te uma visão consolidada e centralizada dos fluxos financeiros para todas as empresas da Península Ibéri-ca e localizações na Europa da EDP Renováveis, facili-tando processos de mobilidade entre empresas por usode uma plataforma única sob o mesmo manual de ope-rações. Além de criar sinergias por homogeneização deprocedimentos de todo o conjunto de instrumentos financeiros, optimiza processos e permite ganhos deperformance, através da adopção das melhores práti-cas do mercado.

VISÃO CONSOLIDADA EM TEMPO REALA uniformização tecnológica e funcional dos interfacesa implementar entre o TargetEDP e cada um dos ERP’s(Enterprise Resource Planning) contabilísticos de cadageografia, foi outro dos de safios. Um trabalho que foirealizado em conjunto com os outsourcers locais destasaplicações. Conseguiu-se assim pela primeira vez colo-car todos os sistemas contabilísticos e de suporte dasdiversas geografias abrangidas a ‘’falar’’ com um siste-ma único de gestão de tesouraria através de tecnologiae protocolos standard - trata-se de uma porta abertapara um conjunto de ideias, projectos e ambições doGrupo. Com a sua implementação, é já possível à holdingobter em tempo real uma visão consolidada dosfluxos financeiros das empresas do Grupo em Portugale Espanha, com base na informação de extractos ban-cários e de posição de tesouraria de curto prazo.

A médio prazo prevê-se que com a evolução da ini-ciativa Target para novas fases, seja possível convergire optimizar todos os fluxos financeiros do Grupo EDP naRegião num único ERP Financeiro Corporativo. Este pro-cesso será alcançado através da configuração de outrasfuncionalidades, como a gestão do cash flow forecast, oorçamento de tesouraria e a gestão da dívida e deriva-dos, dotando o Grupo de um painel financeiro paraacompanhamento de todos os seus fluxos financeirosem tempo real.

O sucesso do Projecto resulta da energia de todosque nele colaboraram: Equipa de Projecto e todos osque não fazendo parte da mesma, contribuíram parasuperar o desafio! on

ERP Financeiro Corporativo

HC Energía EDPR Naturgas EDP Gás

Sistemas de Back-Office

Plataforma Target One - ERP Financeiro

XI

Market Feeders

BPO de Comunicações Multibancária (Fluxos Financeiros: Extractos/Pagamentos/Recebimentos)

Bancos

Outsourcers Locais

Outsourcers EDP Portugal

A UNIFORMIZAÇÃO DOS SISTEMASDE TESOURARIA DE PORTUGAL EESPANHA JÁ COMEÇOU E É MAISUM DESAFIO TORNADO REALIDADEPELO GRUPO EDP. PELA PRIMEIRA VEZ TEMOS UMSISTEMA ÚNICO A SUPORTARPROCESSOS DE TESOURARIA E AINTERAGIR COM OS DIFERENTESSISTEMAS DE BACK-OFFICE.

LÍNGUA

EDP Portugal

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O ENCONTRO, REALIZADO A 22 E 23 DE JUNHO,teve início em clima de descontracção. Um a um, os par-ticipantes puseram à prova as suas habilidades culinárias, e prepararam o seu próprio jantar de Sushi,perante as instruções de alguns mestres na matéria.

Durante a manhã seguinte, foram apresentados edebatidos alguns temas que frequentemente ocupamum lugar de destaque na agenda mediática. “MIBEL eRegulação” foram os temas de arranque, apresentadospor João Manso Neto, administrador da EDP. Qual a im-portância da regulação para o desenvolvimento do sec-tor energético e do próprio país? Em que fase se encon-tra o MIBEL e porque é necessária regulação ibérica con-junta na electricidade e no gás? Estas foram algumasdas questões inevitáveis que estiveram presentes no debate. Seguiu-se o tema “O Mercado Liberalizado”, detalhado por Jorge Cruz Morais, administrador da EDP,que explicou como tem evoluído o mercado da electri-cidade desde a sua liberalização e como é que a EDPmarcou presença no mercado livre.

A temática “Inovação” foi apresentada aos jornalis-tas por António Vidigal, administrador da EDP Inovação,que apresentou os projectos inovadores que a empre-sa está a desenvolver em diversas áreas, como é o casoda energia offshore, energia solar, mobilidade eléctrica,redes inteligentes e eficiência energética. Por fim, hou-ve ainda tempo para Nuno Alves, administrador da EDP,fazer um ponto de situação da performance financeirada empresa. Para Ruben Bicho, da agência Reuteurs,“as apresentações foram muito esclarecedoras, direc-tas e precisas. A informação foi clara.”

DE JORNALISTAS A GESTORESDurante a tarde, os jornalistas vestiram a pele de ges-tores, e jogaram o Jogo do Sector Eléctrico, moderadopor Pedro Neves Ferreira, director de Planeamento Ener-gético da EDP. Este jogo é uma simulação de várias em-presas eléctricas a actuar no mercado, com um com-portamento competitivo. As decisões de planeamentode capacidade a que o jogo obriga ajudaram os partici-

MEDIA DAY EDP

UM DIA CHEIO DE NOTÍCIAS

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O futuro chega todos os dias com ideias extraordinárias de todos ostamanhos e feitios, vindas do Grupo.

pantes a terem consciência do comportamento e complexida-de do mercado da energia.

Para Ana Suspiro, do jornal i, o jogo foi bastante interessan-te. “Deu para aprender algumas coisas, sobretudo pela parteprática. O mercado eléctrico é muito complexo e aqui consegui-mos ter percepção disso”. Uma opinião partilhada por FaustoCoutinho, jornalista da Antena 1, que chegou à conclusão de que“ é mais fácil escrever notícias”. Miguel Ganhão, do Correio daManhã, salientou que o encontro foi importante, porque “umacoisa é carregarmos no interruptor e acendermos a luz; outra éperceber como é que a energia chega às nossas casas”.

UMA EMPRESA ABERTA AO EXTERIORO Media Day terminou com a intervenção de António Mexia, queapresentou as linhas gerais da estratégia da EDP, até 2012. “Aideia de fazer o Media Day “mostra que a EDP é uma empresaaberta ao exterior e que privilegia a total transparência e a par-tilha do conhecimento, não só no seu interior, mas também como exterior. Foi uma oportunidade para conseguirmos estar comquem é responsável pela comunicação fora da companhia.”

Por fim, cada um dos jornalistas presentes entrevistou pes-soalmente o Presidente do Grupo. No final do encontro, o saldofoi positivo e a opinião foi unânime: é um evento a repetir. on

MAIS DE 20 JORNALISTAS ACEITARAM O CONVITEDA ENERGIAS DE PORTUGAL PARA UMA INICIATIVAINÉDITA NA ÁREA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL:O MEDIA DAY EDP! O ENCONTRO TEVE COMOOBJECTIVO ANTECIPAR E EXPLICAR ALGUNS TEMASQUE SÃO ABORDADOS NOS MEDIA, RELACIONADOSCOM A ACTIVIDADE DO GRUPO.

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Volume por área geográfica dos fornecedores Volume de compras Grupo EDP 2008

NO ANO PASSADO, EM METADE DOS concursos da EDP, pelo menos uma das58 empresas portuguesas conseguiu che-gar à fase final de negociação. Um sinalde que as empresas nacionais começama conseguir corresponder às necessida-des do Grupo. Este ano, no primeiro en-contro de fornecedores, a empresa lan-çou novos desafios.

Numa óptica de aproximação, a EDPjuntou cerca de uma centena de parti-cipantes no primeiro encontro de for-

necedores, realizado no dia 9 de Julho,em Lisboa. A resposta foi positiva, tan-to pelos representantes das empresasque estiveram presentes, na sua maio-ria órgãos de gestão, como pelo net-working proporcionado neste evento.Durante a sessão foi apresentado o pla-no de investimentos da empresa, quecontempla um investimento médioanual de 3 mil milhões de euros, até2012, em geração, distribuição e ener-gias renováveis em todas as geografias.

Só em Portugal, incluindo a contrata-ção de serviços com fornecedores, a EDP vai investir cerca de 5,5 mil milhões de euros, até 2012. Foi assimque a empresa desafiou todos os seusfornecedores a crescerem juntamentecom o Grupo, a nível nacional e inter-nacional, numa lógica de competitivi-dade e inovação.

António Mexia, presidente do Gru-po, revelou que nos últimos dias adju-dicou contratos de manutenção de par-

ques eólicos, 70% dos quais fora dePortugal. "Mais de metade desses me-gawatts foram adjudicados a uma em-presa portuguesa." O presidente su-blinhou, por outro lado, que apesar dese tratar de um "Dia do Fornecedor","não há almoços grátis", pelo que "namaior parte dos concursos o critériopreço é fundamental. Isso e o nosso sis-tema de procurement dá-lhes a garan-tia de que estão num concurso trans-parente", referiu Mexia. on

PROCURANDO UMA MAIOR APROXIMAÇÃO, A EDP LANÇOU NOVOS DESAFIOS NOPRIMEIRO ENCONTRO DOS FORNECEDORES DO GRUPO. UMA INICIATIVA INÉDITA, QUEJUNTOU CERCA DE UMA CENTENA DE EMPRESAS PORTUGUESAS. NO FINAL, ANTÓNIOMEXIA DEIXOU O DESAFIO: “VENHAM CRESCER CONNOSCO!”

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NovosDESAFIOS

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inovaçãoO futuro chega todos os dias com ideias extraordinárias de todos ostamanhos e feitios, vindas do Grupo .

A EDP DISTRIBUIÇÃO, ATRAVÉS DO DEPARTAMENTOde Inovação e Desenvolvimento da Direcção de Tecno-logia e Inovação, e a EDP Inovação, em colaboração coma Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto ea CIN, estão a desenvolver um verniz reflector para apli-cação em condutores nus de linhas aéreas. O objectivoé a redução do impacto da radiação solar na explora-ção das linhas aéreas nos períodos de maior calor, sobretudo no Verão, conferindo aos cabos maior capa-cidade para reflectir a radiação solar incidente e dissi-par a energia térmica permitindo, assim, que estes sejam operados a uma menor temperatura para a mes-ma carga. O potencial interesse para utilities, como aEDP Distribuição, reside na possibilidade de aumentar

a capacidade das linhas para a mesma temperatura máxima de operação, de um modo simples, sem gran-des alterações da infra-estrutura existente e, portanto,diferindo investimentos. As estimativas são encorajado-ras: o crescimento será tanto maior, quanto maiores forem os valores de radiação solar e de temperaturaambiente, prevendo-se que possa chegar até aos 13%na Alta Tensão (AT) e aos 35% na Média Tensão (MT),para as condições atmosféricas típicas de Portugal.

DA TEORIA À PRÁTICAEm Julho, iniciou-se uma experiência piloto para a veri-ficação das potencialidades do verniz reflector em ope-ração real. Procedeu-se à substituição de três arcos na

subestação de Évora por três idênticos, sendo que umarco permaneceu descoberto, outro ficou parcialmen-te coberto por verniz (na parte exposta ao sol) e o terceiro foi totalmente coberto por verniz. A intervenção realizada por uma equipa TET (TrabalhosEm Tensão) do prestador de serviços CME, contou coma colaboração da MNRD-SUL (Departamento de RedesSul da Direcção de Manutenção) e da AOEVR (Área Ope-racional de Évora), tendo sido ainda adjudicado ao Cen-tro de Geofísica da Universidade de Évora a medição periódica dos parâmetros climatéricos.O passo seguinte será a avaliação do comportamentodo verniz, através da comparação das medições efec-tuadas com as estimativas iniciais. on

Soluçãoradiosa

POR VEZES, AS SOLUÇÕES SÃO MAIS SIMPLES DO QUEIMAGINAMOS MAS, NEM POR ISSO, MENOS INOVADORAS.O REVESTIMENTO DAS LINHAS AÉREAS OU COATING DECABOS NUS, NA SUBESTAÇÃO DE ÉVORA, É UM EXEMPLODE UMA IDEIA QUE SE PODE TORNAR, A CURTO PRAZO,RESPLANDECENTE. PERCEBA DE QUE MANEIRA.

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DESCRIÇÃO DOS TEMAS OU APENAS CABEÇA

causasedpcapacidade económica e empenho social

Uma Família em CRESCIMENTOA FAMÍLIA EDP CONTA, DESDE JULHO, COM MAIS DOZE INSTITUIÇÕES. SELECCIONADOS ENTRE MAIS DE 200

CANDIDATOS, ESTES NOVOS MEMBROS TÊM AGORA A RESPONSABILIDADE DE TRABALHAR EM CONJUNTO COM A

FUNDAÇÃO. E A MENSAGEM DO ADMINISTRADOR-DELEGADO NÃO PODIA SER MAIS CLARA: “O QUE NÓS FAZEMOS

NÃO É FINANCIAR AS VOSSAS INSTITUIÇÕES, MAS SIM O VOSSO TRABALHO”.

A FUNDAÇÃO EDP ASSINOU, NO PASSADO DIA 9 de Julho, protocolos com as doze instituições con-templadas pelo Programa EDP Solidária 2009. As boas--vindas foram dadas pelo Administrador-Delegado daFundação EDP, Sérgio Figueiredo, frisando que “o quefazemos não é financiar as vossas instituições, mas simo vosso trabalho”.

Sérgio Figueiredo acrescentou que a Fundação querser vista como parceira e não como simples patrocina-dora. “Partilhamos causas”, salientou, adiantando quese pretende fazer um controlo rigoroso dos efeitos dosapoios dados e juntar, ainda, às quantias entregues, valores como inovação, criatividade e imaginação.

O responsável pela Fundação falou, em seguida, danova Bolsa de Valores Sociais – uma Bolsa na qual sãocotadas as instituições que se movem nesta área e acei-tam trabalhar à luz de critérios de transparência –, eafirmou que as empresas de sucesso do futuro serãoaquelas que saibam formar redes sociais e trabalhar não“para” as pessoas mas “com” as pessoas. “A FundaçãoEDP é algo que faz parte da cadeia de valor da EDP.O vosso sucesso é uma das razões essenciais da nossaexistência”, concluiu.

Nesta edição do Programa “EDP Solidária”, a Fun-dação EDP recebeu 229 projectos. De acordo com o regulamento do programa, o Júri, constituído por Valente de Oliveira, Fernando Ruas, Jardim Gonçalves,Manuel Antunes e Francisco de la Fuente Sánchez,que presidiu, em representação da Fundação EDP, decidiu, desta forma, apoiar os projectos apresentadospelas instituições seleccionadas. on

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

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AJP – Acção para a Justiça e PazMERCEARIA SOLIDÁRIA

Local: Granja do Ulmeiro, Soure/ CoimbraAbrangidos:Cerca de 400 pessoas, numa 1ª fase.Criação de uma infra-estrutura socioeconómicaque promoverá o empreendedorismo local, cria-ção de parcerias territoriais de prevenção e com-bate à pobreza e exclusão social. Um espaço ondeserá possível trocar bens e serviços, escoar o excedente da agricultura familiar, aproveitar, valorizar e reciclar os saberes já existentes.Objectivos: Prevenir e combater a exclusão social, promover o desenvolvimento comunitário,aumentar a qualidade de vida da comunidade, facilitar-lhe formação e informação. Justificação: Território deprimido; quantidade elevada de casos unifamiliares.

Percip – Plataforma das Estruturas Representativas das Comunidades de Imigrantes em PortugalCOMUNIDADES AUTO-FINANCIADAS

Local: LisboaAbrangidos: Cerca de 120 pessoas.Criação de Comunidades de Autogestão Finan-ceira (CAF), que põem as suas poupanças emcomum para conceder créditos solidários. Pre-

tende-se favorecer a integração socio-económi-ca de grupos marginalizados em Portugal.Objectivos:Adaptar e impulsionar a implemen-tação do modelo CAF em Portugal; servir de experiência piloto para a implementação do modelo de réplica noutros países da Europa. Justificação: Dificuldade em aceder ao créditoe fracos recursos financeiros.

Mundos de Vida CONSTRUIR FAMÍLIAS

Local: Vila Nova de Famalicão/BragaAbrangidos: Cerca de 36 (não especificado núme-ro de crianças também envolvidas).Programa de formação parental para famílias emrisco, fomentando a construção de um ambiente familiar positivo através da troca e conhecimento deexperiências. Pretende-se analisar o ambiente familiar educativo despistando e prevenindo com-portamentos de risco das crianças.Objectivos: Desenvolvimento de competências parentais e pessoais das famílias mediante a análi-se e reflexão do ambiente familiar educativo e per-cepção das concepções dos pais em relação à edu-cação dos filhos. Promover o papel activo das crian-ças e melhorar a sua relação familiar e desenvolvi-mento educacional.Justificação: Sendo uma base familiar estável

essencial para o desenvolvimento equilibrado dacriança é necessário actuar nessa base e prevenircomportamentos de risco.

Santa Casa da Misericórdia de CascaisESCOLINHA DE RUGBY DA GALIZA (ERG)

Local: CascaisAbrangidos: 130 crianças.Interiorização de valores próprios desta moda-lidade como o espírito de grupo, a entreajuda e solidariedade e a aceitação da diferença.Objectivos: Promoção de novos valores, integração social, estimular o sucesso escolar eo gosto pela aprendizagem. Justificação: Iniciar a prevenção de comporta-mentos desviantes.

Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de AvancaREABILITAR UM SORRISO

Local: Estarreja/ AveiroAbrangidos: Número não identificado.Criação de um Banco de Ajudas Técnicas que pre-tende ceder equipamentos como soluções múltiplasadaptadas às diferentes necessidades das pessoascom dependência contribuindo para a sua autono-mia e retardando a sua institucionalização.

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causasRESPONSABILIDADE SOCIAL

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Objectivos: Retardar a institucionalização; melho-rar a qualidade de vida; facilitar os cuidados de vidaquotidianos; melhorar a auto-estima; informar; evitar o desperdício de equipamentos e permitir oacesso a quem mais necessita. Justificação:População envelhecida e dependentecom fracos recursos financeiros.

Cooperativa S. Pedro - Educação e Reabilitação de Cidadãos com Deficiência, CRLVIVER COM QUALIDADE E EM SEGURANÇA - BANCO DEEQUIPAMENTOS E TECNOLOGIAS DE APOIO (B.E.T.A.)

Local:Oeiras/LisboaAbrangidos:Cerca de 10 mil.Pretende-se disponibilizar ajudas técnicas a baixocusto para pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência.Objectivos: Contribuir para a melhoria da qualida-de de vida de pessoas idosas, com deficiência ou mobilidade reduzida e suas famílias, minimizando oimpacto dos factores geradores de exclusão e pro-movendo a igualdade de oportunidades, através detecnologias de apoio. Justificação: Necessidade de prevenir e oferecerigualdade de oportunidades.

BIPP - Banco de Informação de Pais para PaisCRIAÇÃO DE UM ESPAÇO BIPP

Local:Cascais e LisboaAbrangidos: Número não identificado.Centro de atendimento personalizado onde se pre-tende orientar os utentes encaminhando-os paraum gabinete especializado, via portal BIPP (reco-lhe e cruza a informação necessária para dar a resposta ao pedido). É criado um plano de orienta-ção e apoio na sua concretização.Objectivos:Orientar as famílias facilitando o aces-so a informação e possibilitando às crianças comnecessidades especiais e aos seus familiares umavida com sentido. Justificação: Pretende ser um projecto de inclu-são social e orientação, colmatando, desta forma,uma deficiência do nosso sistema de apoio social.

Centro de Artes do Espectáculo de Viseu - Associação Cultural e Pedagógica TECELÕES DE HISTÓRIAS

Local:ViseuAbrangidos: 70 alunos.Minimizar o risco de exclusão social e abandono escolar, contribuindo para uma melhoria de quali-

dade de vida de jovens que pertençam a turmas PCA(Percurso Curricular Alternativo) através de váriasexpressões artísticas.Objectivos:Desenvolvimento da autoconfiança e aautonomia pessoal e social; desenvolvimento das ca-pacidades expressivas e criativas dos alunos; desen-volvimento da maturidade intelectual e emocional.Justificação: A relação com contacto escolar mos-trou a realidade social das turmas PCA, um númeroelevado em risco. Necessidade urgente em actuar.

Associação de Solidariedade Social de AlquerubimBANCO DE AJUDAS TÉCNICAS

Local:Albergaria-a-Velha/ AveiroAbrangidos:Número não especificado.Aquisição de equipamentos específicos para emprés-timo a dependentes desfavorecidos como forma deminimizar os seus problemas físicos e sociais tornan-do os cuidados básicos de saúde e higiene menospenosos.

Objectivos: Alargar o número de beneficiários. Melhorar a qualidade de vida de dependentes como empréstimo de equipamentos específicos a cadacaso tornando a vida quotidiana mais leve. Justificação: Fracos recursos económicos que im-possibilitam o acesso a estes equipamentos, muitosdeles de valores elevados.

Associação LavoisierJARDINAR PARA REABILITAR

Local:LisboaAbrangidos:Cerca de 2.000 beneficiários/ano .Formação nas áreas de psicologia e recuperação dojardim e horta biológica, e criação de espaço de con-vívio inter-geracional onde serão realizados ateliersde jardinagem e outras actividades ao ar livre.

Objectivos:Difusão do conceito jardim e horta bio-lógica como instrumento de reabilitação e de cria-ção de excedentes que podem ser comercializados;promoção do ambiente e de uma alimentação sau-dável; dinamização de espaços de convívio inter-ge-racionais; reabilitação de espaços da comunidadepor responsabilização social. Pretende-se realizaruma monitorização quantitativa do projecto atravésdo cálculo dos indicadores de avaliação do projecto(antes, durante e no fim). Justificação:Ao longo do trabalho da Instituição foiidentificada a necessidade de apoio na área da pre-venção em saúde mental em risco de exclusão social, reduzindo assim vários problemas.

ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de PortugalPRODUZIR MAIS, INFORMAR MAIS = PONTES PARA A IGUALDADE

Local:LisboaAbrangidos: 163.500 indivíduos.Reestruturação e reequipamento de uma estruturaque produz documentação em Braille e/ou formatoampliado criando um Cento de Produção Documen-tal (CPD).Objectivos: Reestruturar/reequipar e proceder aobras de melhoramento da estrutura, no sentido dea converter para um serviço eficaz e rentável, comníveis de qualidade elevados e que responda às necessidades das pessoas com deficiência, da ACA-PO e da comunidade em geral. Justificação:Melhoramento nas instalações e equi-pamentos.

Centro de Apoio Social e de Animação de SegadãesLOJA SOCIAL E IDOSO VIRTUAL Local: Segadães/AveiroAbrangidos:10 idosos locais; 20 visitantes/mensaise população local.Criação de uma loja social onde serão disponibiliza-dos todo o tipo de artigos em segunda mão que serão vendidos por um valor simbólico. A loja socialserá gerida pelos idosos, utentes do centro de dia,com o apoio das novas tecnologias, motivando-ospara uma vida activa. A sua sustentabilidade será garantida ainda através de prestação de serviços de lavandaria e costura, aumentando a empregabilida-de na região. Objectivos: Garantir sustentabilidade do centro, dinamizar o centro; motivar os seus utentes e pres-tar um apoio comunitário e social, ao dar oportuni-dade de acesso a artigos a um valor simbólico. Justificação:Dificuldades em geral, sustentabilida-de económica e necessidade de motivar os idosos àvida activa.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Laboratório de NUTRIÇÃO O HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA, EM LISBOA, INAUGUROU A 24 DE JUNHO, O SEU LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO – UM PROJECTOCONCRETIZADO GRAÇAS AO APOIO DA FUNDAÇÃO EDP. A INAUGURAÇÃO FOI PRECEDIDA DA ASSINATURA DE UM PROTOCOLODE COLABORAÇÃO ENTRE A FUNDAÇÃO EDP E O CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA CENTRAL, E.P.E – HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA.

SÉRGIO FIGUEIREDO, ADMINISTRADOR-EXECUTIVOda Fundação EDP, frisou que, todos os anos, “entre500 a 600 crianças poderão vir a beneficiar de umaqualidade de vida completamente diferente, a par-tir do momento em que lhes é feito um diagnósti-co correcto”. E Laura Silveira, vogal executiva doConselho de Administração do Centro Hospitalar deLisboa Central, referiu que “o Hospital de D. Estefâ-nia solicita sempre o apoio das instituições; e hojeem dia a responsabilidade social é uma realidadeque tem de ser difundida”.

O Estudo Nutricional é determinante na saúdedas Crianças e Adolescentes e pode ser preditivo deuma série de doenças na idade adulta. A existência

de um Laboratório de Nutrição destinado a avaliar,tão completamente quanto possível, o estado nutricional em toda a idade pediátrica, é fundamen-tal para que um Hospital Pediátrico possa cumprirnesse campo, com maior eficácia, a sua missão dezelar pelo bem-estar da criança.

O Laboratório de Nutrição, que estará disponívelpara utilização por todos os profissionais das várias áreas hospitalares e extra-hospitalares, tornou-se

possível pelo apoio dado pela Fundação EDP, queadquiriu dois equipamentos para determinação dacomposição corporal. Estes equipamentos são designados por Pea Pod (para recém-nascidos e lactentes) e Bod Pod (para crianças de idade escolar e adolescentes) e utilizados para fins clínicos, de investigação e de formação.

A colaboração entre a Fundação EDP e o Hospital de D. Estefânia iniciou-se na primeirametade de 2008 e envolveu também as associ-ações Música nos Hospitais e Operação NarizVermelho com vista a proporcionar o desenvol-vimento de um projecto no domínio da acção deanimação lúdico-cultural. on

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sustentabilidadeAMBIENTE VS ENERGIA

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Deixe-seCARREGAR!

A MOBILIDADE ELÉCTRICA CHEGOUMAIS CEDO DO QUE MUITOSESPERAVAM. E A EDP JÁ PERMITEQUE OS ACTUAIS E FUTUROS CON-DUTORES DOS VEÍCULOS ELÉC-TRICOS UTILIZEM A PRIMEIRAREDE DE SEIS PONTOS DECARREGAMENTO EM LISBOA.

MUITO SE TEM OUVIDO FALAR EM mobilidade eléctrica no país, e a verda-de é que Portugal está no bom caminho:é, actualmente, um dos primeiros paísesdo mundo a ter uma política integradapara a mobilidade eléctrica e uma redede carregamento de âmbito nacional. Em2011 prevê-se que este número chegueaos 1.300, e que seja compatível com to-das as marcas de veículos.

Com esta implementação, Portugalassume-se claramente como pioneirona adopção de um novo paradigma demobilidade sustentável, que permitiráreduzir as emissões de CO2 e a depen-dência energética do exterior.

A EDP foi uma das impulsionadorasdesta política desde o início. Em Setem-

bro do ano passado, durante a Sema-na Europeia da Mobilidade, a empresainaugurou a sua rede aberta ao públi-co em geral, tendo sido realizada umamostra de veículos eléctricos junto aoMosteiro dos Jerónimos, em Belém.Uma iniciativa que abriu o historial dainfra-estrutura de carregamento de ve-ículos eléctricos na via pública em Por-tugal, que constituiu uma referência aonível europeu.

Após a semana da mobilidade, arede manteve-se, até agora, em funcio-namento com acesso limitado à frotade veículos da Polícia Municipal de Lisboa e da EDP. O objectivo foi o de testar, em segurança, a utilização des-te tipo de equipamentos na via pública,

nas exigentes condições técnicas ecomportamentais do ambiente urbano.

Os equipamentos de fornecimentode electricidade instalados são ainda umprimeiro estágio de desenvolvimento,que permitiu definir a próxima geraçãode infra-estrutura de carregamento.

Hoje, qualquer pessoa pode utilizaruma rede de seis pontos de carrega-mento, na cidade de Lisboa. Para talnecessita, apenas, de um kit de acessocom as chaves e manual de utilizaçãodos pontos de carregamento, e um dís-tico identificador de acesso permitido,que deverá ser colado no veículo.

Esta rede é um primeiro apoio da EDP,Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa E-nova e EMEL aos veículos eléctricos. on

Na fase piloto, que durará até 2011, a rede para a Mobilidade Eléctrica é constituída por um conjuntode 25 municípios – Lisboa, Sintra, Porto, Vila Nova deGaia, Loures, Cascais, Braga, Almada, Guimarães,Coimbra, Leiria, Viseu, Setúbal, Viana do Castelo, Avei-ro, Torres Vedras, Santarém, Faro, Évora, CasteloBranco, Guarda, Beja, Portalegre, Bragança e VilaReal. Estes concelhos apresentam características dedensidade populacional, situação geográfica estra-tégica, volume de tráfego automóvel e proximidadegeográfica com eixos viários estruturais, propiciado-ras da criação de uma rede homogénea para o lan-çamento da mobilidade eléctrica em Portugal.A rede para a Mobilidade Eléctrica, sob a marca Mobi-E, contará com pontos de carregamento lento– com duração de seis a oito horas, que permite oaproveitamento da energia eólica produzida duran-te a noite –; e pontos de carregamento rápido – 20 a30 minutos, para carregamentos feitos durante o dia.A entidade Gestora Mobi-E, promovida pela Inteli eEDP, integrará as várias empresas Comercializado-ras da Mobilidade Eléctrica e assegurará que o abas-

tecimento pode ser efectuado em qualquer pontoexistente no país, de forma a garantir uma rede aber-ta, universal e focada no utilizador.

Novo sistemaFoi apresentado um conceito para o sistema de ges-tão da rede de carregamento, com um protótipo deum poste desenvolvido pela Efacec com a EDP Inova-ção, Critical Software, NovaBase e CEIIA. Os sistemasa serem desenvolvidos para a rede permitirão umvasto leque de funcionalidades interactivas, como oenvio de sms aos utilizadores sobre o estado de car-ga do seu veículo ou o acesso a informação sobretoda a rede através de um simples PDA.

IncentivosPara incentivar a utilização de veículos eléctricos, oGoverno e os municípios da rede piloto estão a criarum conjunto de benefícios que facilitam a sua aqui-sição e utilização:• Isenção de ISV (Impostos sobre Veículos) e IUC (Im-posto Único de Circulação);

• Subsidiação, até 2012, à aquisição dos primeiros5.000 VE por particulares até 6.500 euros (no casode entrega de um veículo para abate). • Deduções em IRC: frotas de empresas sujeitas a somente 50% da tributação.• Obrigatoriedade de pré-instalação eléctrica nas garagens dos novos edifícios a partir de 2010. • Prioridade à circulação de VE nas vias de alta ocupação (VAO); • Criação de zonas preferenciais de estacionamentopara VE nos centros urbanos;• Criação de zonas de emissão reduzida, facilitandoo acesso a VE. • Administração central e municípios da rede pilotorenovarão 20% das suas frotas com veículos sememissões, a partir de 2011. • Compra de 20 veículos de demonstração a dispo-nibilizar nos pontos de carregamento.

Consequências da aposta na mobilidade• Primeira fábrica de baterias de veículos eléctricosda Europa vem para Portugal: A Renault-Nissan

25 MUNICÍPIOS NA FASE PILOTO

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sustentabilidadeAMBIENTE VS ENERGIA

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Programa deECO-CONDUÇÃOMAIS AMBIENTE, MENOS CUSTOS E MAIS segurança são a chave do novo programa de eco-condução da EDP, que teve uma apresentação paraa macro-estrutura da empresa, no passado dia 7 deJulho, e que contou com a presença do conceitua-do piloto Pedro Lamy. Esta acção foi promovida pelaEDP Valor, em colaboração com a DSA e empresasclientes. Várias sessões de formação a colaborado-res de todas as empresas do Grupo pretendem aler-tar para a necessidade de redução do consumo decombustível, das emissões de gases poluentes e doscustos de manutenção da frota EDP. Ao mesmo tem-po, vão contribuir para o aumento da segurança rodoviária e do conforto na condução.

Neste âmbito, estão previstas sessões de forma-ção em condução 4x4, para condutores de pick-upsda EDP e sessões de eco-condução para colabora-dores que percorrem um maior número de quiló-metros, que tiveram sinistros ou que apresentamuma maior variação de consumos face à média dosegmento. Porque a eco-condução é com todos nós,seja um eco-condutor exemplar! on

GIJÓN LIVING CAR

Veículos eléctricos a circular pelas ruas,carregadores espalhados por diversospontos da cidade e um amplo estudo sobre o comportamento das redes de dis-tribuição em relação aos carros eléctri-cos são três dos objectivos que marcaramo Gijón Living Car. Trata-se do primeiroprojecto do programa Movele, do Institu-to para el Ahorro y la DiversificaciónEnergética (IDAE), que foi agora lançadoe no qual a HC se envolveu plenamente.

A empresa energética assumiu o com-promisso de fomentar o uso destes veí-culos e de analisar o comportamento dasredes eléctricas perante este novo tipode consumo. Proprietária de 87% das redes de distribuição do principado dasAstúrias, a HC Energía estudará medidaspara impulsionar o uso de carros eléctri-cos e permitirá, durante um período, arecarga gratuita em carregadores liga-dos às suas redes de distribuição, à semelhança do programa que o Grupo

desenvolve em Portugal. Mas muito maisserá feito no caminho da sustentabilida-de. Para começar, a empresa irá adqui-rir veículos eléctricos para a sua frota deserviço de Operação e Manutenção, oque será a rampa de lançamento para odesenvolvimento de outros compromis-sos assumidos no Gijón Living Car. Seráainda instalado um posto de abasteci-mento para alimentação destes tipo deveículos à porta da HC.

Já este ano, a empresa tinha desen-volvido em conjunto com o EuropeanCentre for Soft Computing, a segundafase do programa Ecofamilias, que per-mite conhecer os hábitos de consumoenergético de alguns lares e propor medidas de poupança energética. Na página web, a HC Energía disponibilizaum espaço denominado Hogares Eficien-tes, para que os clientes possam calcu-lar o consumo e adoptar medidas econo-mizadoras. on

anunciou que Portugal, a par do Reino Unido,foi o país escolhido para construção de uma fá-brica de baterias para automóveis eléctricos.Trata-se de um investimento que foi negocia-do com o Governo e que inclui um projecto--piloto com o objectivo de criar uma rede deabastecimento destes veículos. A fábrica de ba-terias de iões de lítio - uma tecnologia moder-níssima - destinada ao abastecimento de carros eléctricos, que vai criar 200 postos detrabalho e representa um investimento de 250milhões de euros, deverá começar a funcionarem 2012. A capacidade anual da fábrica seráde 60 mil unidades. A aliança Renault-Nissanestá a estudar com outros governos europeusoutras localizações para fábricas de baterias,de forma a dar resposta à procura. • Rede de automóveis eléctricos diminui depen-dência petrolífera;• Benefícios e isenções fiscais incentivam com-pra de carros eléctricos;• Potencia energias renováveis.

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MELHORAR A VIDA DOS PEIXES

Empenhada no desenvolvimento cada vez maissustentável, a HC Energía criou uma barreirasónica que dará mais qualidade de vida à fau-na fluvial do rio Onís. Desta forma, evitará queas espécies entrem no canal que alimenta aCentral Hídrica de Caño fazendo com que sigamo percurso natural da corrente. Este dispositi-vo encontra-se, actualmente, em fase experi-mental para se conseguir um perfeito funcio-namento. A barreira emite sons e vibrações quesão captados pelos peixes, evitando a entradana zona de alimentação da central. Esta tecno-

logia desenvolveu-se de modo experimental emostrou eficácia em mini-centrais do ReinoUnido e dos EUA. A Central de Caño é uma dasprimeiras barreiras instaladas nas Astúrias, fru-to de um importante trabalho que permitirámelhorar as condições de vida da fauna fluvial.Este tipo de acções, entre tantas outras já rea-lizadas pela empresa, minimizam o risco decontaminação e mostram, claramente, o exem-plo de compromisso de melhoria contínua doGrupo, respeito pelo meio ambiente e interes-se pelo desenvolvimento sustentável. on

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sustentabilidadePOR UM AMBIENTE MELHOR

edp

ALÉM DO HABITUAL PATROCÍNIO, ESTEano a EDP aproveitou o evento para despertar mentalidades: distribuiu52.000 lâmpadas eficientes. A acção decorreu no camião EDP que estacionoujunto à meta de cada uma das etapas daVolta. Uma forma de promover a susten-tabilidade que está integrada no ECO, oPrograma de Eficiência Energética daEDP, que vai permitir poupar 20.925 MWh– o equivalente ao consumo anual de7.800 famílias portuguesas. O camião levou eficiência energética a todos equem o visitou só trouxe vantagens paracasa: conselhos úteis de como ser ener-geticamente mais eficiente e um conjun-to de quatro lâmpadas economizadoras.A compensação das emissões de CO2 (dió-xido de carbono) resultantes das acçõesde comunicação desenvolvidas no âmbi-to da Volta a Portugal, foi outra das preocupações da EDP.

Outro momento alto, foram os oito ciclistas que decoraram a fachada da sededa empresa, no Marquês de Pombal, emLisboa, a pedalar com muita energia.

Ao patrocinar esta prova de ciclismonacional pelo sexto ano consecutivo, aEDP procurou mobilizar todos os partici-pantes e espectadores da corrida para asboas práticas ambientais e para a práti-ca do desporto saudável. on

71ª VOLTA A PORTUGAL EM pedalar com eficiência

A EDP APROVEITOU O

EVENTO PARA DESPERTAR

MENTALIDADES E

DISTRIBUIU 52.000

LÂMPADAS EFICIENTES

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sustentabilidadePOR UM AMBIENTE MELHOR

edp

NO ÂMBITO DO PROGRAMA ECO, A EDPdesenvolveu, em parceria com o National Geographic Channel, e com o apoio da ADE-NE, um projecto inovador e ambientalmentesustentável – a Casa Eficiente NGC by EDP. UmT2 comum, com cerca de 100m2, localizadono Parque das Nações, junto ao Pavilhão doConhecimento, onde se deram sugestões de

comportamentos, equipamentos e soluçõesde construção eficientes aos visitantes.

A Casa Eficiente foi inaugurada no Dia daEnergia – 29 de Maio – e esteve aberta ao público até ao dia 5 de Setembro.

O sucesso foi notório, pois foram recebi-das perto de 20.000 visitas em pouco maisde um mês. on

BICICLETA A EDP DESTACOU-SE MAIS UMA VEZ NA 71.ª

VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA. ESTE ANOA EMPRESA PARTICIPOU NO ACONTECIMENTOCOM INICIATIVAS INOVADORAS.

edp5D verdeA edp5D desenvolveu o primeiro produtoecológico no mercado energético, o edp5Dverde. Ao aderir a este produto contribuirápara o desenvolvimento das energias reno-váveis. É-lhe garantido que a quantidade deenergia equivalente ao seu consumo anualé produzida através de energias renováveis,recebendo, anualmente, um certificado

que comprova este facto. Ao aderir, terá à disposição um segurode assistência técnica, sem anuida-des, onde pode beneficiar de assis-tência qualificada nas áreas de elec-tricidade, gás, electrodomésticos ear condicionado, ficar a par das últi-mas tendências e notícias sobre o am-

biente e eficiência energética, envia-das bimestralmente para o seu correio

electrónico, e acesso a um conjunto debenefícios e descontos exclusivos que o con-

vidam a uma viagem sensorial. on

EMISSÕES ZERO

Casa eficiente

RESPONSABILIDADE DENTRO DE PORTAS

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cultura edpCENTRAL ABERTA

O CENTRO DE PRODUÇÃO SINES E O Aproveitamento Hidroeléctrico de Castelo do Bodeforam palco do projecto “Dia Central Aberta”, umaproposta do Departamento de Comunicação da EDPProdução (DPCM), que desenvolveu esta acção, nopassado mês de Maio, em três momentos: entida-des e instituições; escolas e público em geral. Ambas as instalações participaram activamente na organização e execução deste projecto, tendo o resultado final sido considerado bastante positivo,segundo as opiniões dos visitantes, que manifesta-ram o desejo de que a acção se repita.

Como curiosidade, registe-se que foram mais de500 os visitantes que tiveram o desejo de conhe-cer, não só as instalações em questão, mas igual-mente todos os aspectos relacionados com o sec-tor energético em Portugal. Foram sessões bastan-

te participadas, onde as questões locais tiveram oseu natural destaque. As dúvidas levantadas pren-deram-se sobretudo com aspectos técnicos ligadosà produção de energia e à gestão da rede eléctri-ca, tema sobre o qual ainda existe um grande des-conhecimento geral.

A transparência e a disponibilidade para explicar osvários pontos foram os aspectos que os visitantes maisgostaram. E todos ficaram admirados pela grandiosi-dade e complexidade das instalações. "Ah! Agora já começo a perceber a razão da factura mensal de ener-gia", exclamou alguém, na visita ao Castelo do Bode.Em Sines, o presidente da Câmara teceu elogios à acção e ao comportamento que a Central sempre temevidenciado ao longo dos tempos.

De salientar que foi efectuado um convite per-sonalizado às escolas das áreas de influências das

instalações abrangidas.O administrador António Castro foi o anfitrião em

Sines, cabendo, em Castelo do Bode, o mesmo papel a José Franco. De salientar que, para além dosrespectivos responsáveis pelas duas instalações, Jorge do Carmo e Carlos Rosário, participaram activamente vários quadros da empresa, nomea-damente, Guadalupe Madeira, da Direcção para aGestão Integrada dos Assuntos Ambientais (DGA).

Tratou-se de uma jornada de Comunicação Externa de extraordinária importância que visou,sobretudo, reforçar os laços de colaboração com acomunidade envolvente, permitindo, desta forma,a concretização de um relacionamento mais profí-cuo e significativo entre os visados. O objectivo éque acções semelhantes ocorram todos os anos,em diversas instalações. on

CASTELO DO BODE

SINES

COMUNIDADEReforçar laços com a

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fórumquer saber?

gásnaturalA On pergunta:

Qual é a principal vantagem do Gás Natural em relação a outras fontes de energia?

Perguntámos aos colaboradores pela intranet e recebemos 237 respostas

= “A principal vantagem da utilização do gás natural, com certeza refere--se às baixas emissões de CO2 por se tratar de um combustível menospoluente que os combustíveis de origem fóssil. Aqui no Brasil, actual-mente, o preço não está tão competitivo se comparado a outras fontesde energia. Os problemas com a Bolívia, fizeram com que a oferta fossediminuída, prejudicando o fornecimento e, consequentemente, elevan-do os preços no mercado nacional.”

= “Gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, de origem fóssil, isolados ou misturados ao petróleo. É incolor, inodoro, atóxico e mais leveque o ar. É composto pelo gás metano, etano, propano, butano e outros emmenores quantidades. As suas unidades básicas de medida é o metro cúbi-co com 20ºC de temperatura e pressão de uma atmosfera absoluta. É for-temente económico, pois além de economizar cerca de 60% de combustí-vel, o gás natural não produz depósitos de carbono no motor aumentandoseu bom funcionamento e retardando a necessidade da troca de óleo, alémde emitir menor quantidade de poluentes, tem melhor rendimento térmi-co. É altamente seguro, pois é armazenado em recipientes especiais de resistência e durabilidade, é instalado longe da rede, para que em casos devazamentos o fluxo de gás seja interrompido, e produz menor impacto am-biental. A desvantagem do gás natural é a dificuldade em transportá-lo, poisocupa muito espaço e é mais difícil de ser liquefeito. Pode ser utilizado emônibus e automóveis substituindo o diesel, álcool e gasolina.”

= “O gás natural pode ser encontrado em duas formas, diluído em óleo ou na suaforma gasosa. Tem sido utilizado no mundo como combustível, corresponden-do a 20% de todas as energias produzidas. Associado às reservas bolivianas, ofornecimento contínuo, segundo estimativas, deve perdurar durante 600 anostrazendo segurança e garantias ao consumidor. O facto de o Grupo EDP aderirao gás natural demonstra o interesse no desenvolvimento sustentável, além deo facto de muitas indústrias e outras ramificações do comércio em geral já ade-rirem ao gás natural como fonte de energia por ter influência directa na quali-dade do produto final, tal como vidro, cerâmica, alumínio etc.”

= “O seu fornecimento é ilimitado e sem interrupções. Ano após ano, mais e maisjazidas de gás natural são descobertas. O Gás Natural é uma energia fóssil, limpapor excelência: Liberta, por unidade de energia produzida, menos dióxido de car-bono; o teor de enxofre é residual; não produz cinzas nem resíduos sólidos, etc.”

= “Tem um leque de aplicações m uito amplo: na indústria, em particular a cerâ-mica, nas residências para cozimento e calefacção, nos veículos e na geraçãode energia eléctrica.”

= “Além do preço competitivo, a energia gerada pelo gás natural é menos poluen-te: o maior benefício desta fonte, apesar de ainda não ser a ideal, nestes diasde colapso ambiental. Um passo a mais para uma vida realmente sustentávelno nosso planeta!”

COMENTÁRIOS

PORTUGAL 158respostas

Baixas emissões de CO2

52,7%Alternativa directa aos derivados do petróleo

26,6%

Fornecimento contínuo

12,7%

Preço competitivo

8% BRASIL 37ESPANHA 42

respostas

respostas

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GÁS NATURAL

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Gás NaturalENERGIA DE FUTURO

QUEM É QUEM NA EDP GÁS

EDP Gás SGPSJoão Manso Neto - Presidente Conselho Administração Jorge Cruz Morais - AdministradorCarlos Mata - AdministradorMassimo Rossini - Administrador

EDP Gás DistribuiçãoAntónio Marques de Sousa- Administrador-Delegado

EDP Gás Serviço UniversalJoão GuimarãesPresidente Conselho de Administração EDP Gás ComercialJorge Cruz MoraisPresidente Conselho de AdministraçãoEDP Gás Propano Massimo RossiniPresidente Conselho de AdministraçãoNaturgas EnergiaFernando BergasaConselheiro - Director-Geral

João Manso Neto Jorge Cruz Morais Carlos Mata Massimo Rossini

Fernando Bergasa António Marques de Sousa João Guimarães

MAIS LIMPO, ECONÓMICO, SEGURO E EFICIENTE. O FUTURO ENERGÉTICO PASSA, SEMDÚVIDA, PELO GÁS NATURAL. SAIBA COMO A EDP TEM REFORÇADO A SUA PRESENÇANESTE NEGÓCIO. E QUAIS OS PRÓXIMOS DESAFIOS.

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A EDP COMPROU, NO PASSADO MÊS DE JULHO,activos da espanhola Gas Natural e reforçou a po-sição de 2.ª maior empresa de distribuição de gásna Península Ibérica. O Grupo EDP, através da suasub-holding para o negócio de gás em Espanha, Naturgas Energía, adquiriu à Gas Natural SDG, S.A.as respectivas sociedades de distribuição e comer-cialização (incluindo comercialização de último recurso) de Gás Natural nas regiões da Cantábria eMúrcia e activos de distribuição de Gás Natural emalta pressão nas regiões do País Basco, Astúrias eCantábria. Este conjunto de activos representa cer-ca de 2.860 quilómetros de gasodutos, 248.000pontos de abastecimento de gás, 11,0 TWh/ano degás distribuído e 210.000 clientes de comercializa-ção de gás incluindo ainda uma carteira de comer-cialização de electricidade e outros serviços nestasregiões.

Com esta aquisição, a EDP reforça a posição desegunda maior empresa de distribuição de gás noseu core market, a Península Ibérica, aumentandoa quota de mercado em pontos de consumo de gásde 11% para 14%, e reforça o peso das actividadesreguladas e de baixo risco no seu portfólio de negócios.

O Gás Natural é uma área de negócio do Grupo,na qual a aposta estratégica tem sido reforçada pelos diversos investimentos e parcerias. O maisflexível e menos poluente de todos os combustíveisfósseis, continua a ser uma solução energética dehoje e amanhã. Há estudos que indicam que o gás

existente em reservas provadas de Gás Natural ésuficiente para garantir a satisfação da procuramundial nos próximos 70 anos. Para a EDP, estaárea é uma aposta estratégica há mais de dez anos,quer em Portugal quer em Espanha.

A EDP Gás S.G.P.S., S.A., sub-holding para a áreado gás detida a 100% pela EDP, é responsável pelagestão de todas as actividades desenvolvidas peloGrupo EDP ao longo da cadeia de valor do gás, designadamente aprovisionamento, transporte, distribuição e comercialização, a nível ibérico. A suaactividade é operacionalizada por empresas queactuam sob a marca EDP Gás em Portugal e, em Espanha, sob a marca Naturgas.

GÁS EM PORTUGALEm Portugal, na sequência da separação das activida-des de distribuição e de comercialização de Gás Natu-ral, e ainda da distribuição e comercialização de gáspropano, ditadas pela legislação relativa à abertura domercado do Gás Natural, a EDP Gás está a adaptar asua estratégia de actuação de forma a responder aosrequisitos legais e regulamentares, tendo para esteefeito criado quatro empresas que actuam no merca-do português com quatro submarcas distintas: EDPGás Distribuição, a EDP Gás Serviço Universal, EDP GásComercial e EDP Gás Propano.

EDP GÁS DISTRIBUIÇÃOA esta empresa foram atribuídas as funções deoperador da rede de distribuição, à qual têm aces-

so, em condições de igualdade, todos os agentesde mercado que pretendam fornecer Gás Naturala clientes na zona de concessão litoral norte. AEDP Gás Distribuição é responsável pela operaçãoe manutenção da rede de distribuição. Tratando-se de uma empresa de serviço público de distri-buição de Gás Natural, a EDP Gás Distribuição cen-tra a sua actividade no desenvolvimento e explo-ração da sua rede pública de distribuição na re-gião litoral norte de Portugal (29 concelhos dosdistritos de Porto, Braga e Viana do Castelo). Esteserviço foi concessionado em 1993, tendo sido as-sinado com o Estado português, em 2008, umnovo contrato de concessão que vigorará até2048.

Em 2010, o Gás Natural chegará a Paços de Ferreira e Lousada e, até final de 2012, prevê-seque a EDP Gás Distribuição abasteça progressiva-mente novos Concelhos: V. N. Cerveira, Caminha,Valença e Paredes de Coura, cobrindo os 29 Con-celhos da concessão e esperando atingir, nessadata, os 240 mil pontos de abastecimento.

O sistema de distribuição da EDP Gás Distri-buição tem por base a sua rede primária que, ligada ao gasoduto da REN Gasodutos S.A., temcomo objectivo levar o gás aos 29 Concelhos dasua área de concessão, dos Distritos do Porto,Braga e Viana do Castelo. A rede primária permi-te o transporte do gás até às zonas de consumo,onde as redes secundárias fazem a ligação finalao consumidor.

O GÁS COMO NEGÓCIO

REDE DE GASODUTOS DA PENÍNSULA IBÉRICA O GÁS NATURAL CHEGA À PENÍNSULAIBÉRICA ATRAVÉS DE GASODUTOS DETRANSPORTE LIGADOS A FRANÇA EAO NORTE DE ÁFRICA E, TAMBÉM,POR VIA MARÍTIMA ATRAVÉS DEBARCOS METANEIROS QUE ENTRE-GAM O GÁS NOS TERMINAIS.

Margem bruta

Ebitda

EDP GÁS EM NÚMEROS

EDP Gás (M€) JUNHO 20092008

298207

152121

Colaboradores

N.º Clientes

Pontos abastecimento

Transporte (Km)

Distribuição (Km)

JUNHO 2009

446887.000906.000

338 8,861

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GÁS NATURAL

capa

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GÁS EM ESPANHAA marca Naturgas Energía nasceu de um conjuntode empresas de gás do País Basco (Bilbogas, Gas-nalsa, Donostigas e Gas de Euskadi). Algumas de-las com mais de 100 anos de história, foram priva-tizadas em 2003 pela Hidrocantabrico, agora HCEnergía, sob o nome de Naturcorp. E ainda se incorporaram outras empresas como a Gas de As-túrias, Gas Figueres e, em 2008, adquiriu-se a GasMérida.

A empresa deixou de ser, unicamente, distribu-dora de gás para ser uma operadora energética integrada que oferece gás, electricidade e serviçosenergéticos de valor acrescentado. Para tal, desen-volve numerosas actividades: abastecimento, trans-porte, distribuição e comercialização de Gás Natu-ral, assim como comercialização de electricidade.A Naturgas Energía oferece, também, serviços ener-géticos como inspecções e manutenção. A cogera-ção é, também, um negócio em que a companhiaestá a trabalhar actualmente.

A estrutura accionista é composta pela HC Ener-gía, com 65,6%, pela EVE (Ente Vasco de la Energía,del Gobierno Vasco) com 30,3%; e pelo Ayuntamien-to de San Sebastián, com 4,1%.

A Naturgas é a segunda maior distribuidora degás no mercado espanhol, sendo também transpor-tadora de gás e comercializadora de gás e electri-cidade. Está presente, com infra-estruturas próprias,em oito comunidades autónomas: País Basco, Astúrias, Catalunha, Castela e Leão, Estremadura,Madrid, Múrcia e Navarra. Nas duas primeiras é líder em gás, e é também o segundo operador deelectricidade do País Basco.

A companhia detinha, a 30 de Julho, cerca de

EDP GÁS SERVIÇO UNIVERSAL

É uma empresa detida a 100% pela EDP Gás Dis-tribuição, criada em finais de 2007. É a comercia-lizadora de último recurso retalhista para a zonade concessão da EDP Gás Distribuição, sendo res-ponsável pelo fornecimento de Gás Natural nomercado regulado. De acordo com o estabeleci-do na legislação em vigor, todos os contratos ac-tivos com a concessionária passaram, em 1 de Ja-neiro de 2008, para a titularidade do comerciali-zador de último recurso retalhista.

Órgãos SociaisJoão Guimarães - Presidente do Conselho de AdministraçãoAmérico Fernandes - AdministradorNuno Fitas Mendes - Administrador

700 mil pontos de abastecimento, mais de 627 milclientes de gás, e 52 mil de electricidade. A dimen-são das redes de gás é de quase 6.000 quilóme-tros. Uma coisa é certa: estes valores crescerão,notavelmente, quando a CNC e a CNE autorizarema recente operação de compra dos activos à GasNatural em Cantábria e Múrcia. Cantábria irá con-verter-se na nona comunidade autónoma espanho-la em que a Naturgas Energía estará presente cominfra-estruturas próprias.

INVESTIMENTOS E INFRA-ESTRUTURASEstá actualmente em curso a construção do gaso-duto Euskadour, infra-estrutura estratégica queassegurará o abastecimento energético do nortede Espanha e do sudeste francês, permitindo diversificar as fontes de abastecimento ao possibi -litar o intercâmbio de gás entre o sul e o norte daEuropa. O Euskadour ligará as redes da NaturgasEnergía e da TIGF (Total Infraestructures Gaz deFrance), em França, contribuindo para diminuir odéfice actual de ligações entre a Península Ibéri-ca e o resto da União Europeia.

Com uma extensão total de 318 quilómetros, oEuskadour implica um investimento superior a 180

EDP GÁS COMERCIAL

É uma empresa detida a 100% pela EDP GásSGPS, criada em finais de 2007. Assegura a comercialização de Gás Natural no mercado liberalizado em Portugal e actua como front--office das empresas desta unidade de negócionos mercados de trading e sourcing internacio-nais.

Órgãos SociaisJorge Cruz Morais - Presidente do Conselho de AdministraçãoJoão Manso Neto - AdministradorMassimo Rossini - Administrador

EDP GÁS PROPANO

É uma empresa detida a 100% pela EDP Gás Distribuição, criada em 2008. É responsável pelonegócio de comercialização de gás de petróleoliquefeito, que inclui a operação e manutençãoda rede.

Órgãos SociaisMassimo Rossini - Presidente do Conselho de AdministraçãoJoão Guimarães - AdministradorNuno Fitas Mendes - Administrador

EDP GÁS DISTRIBUIÇÃO

A EDP Gás Distribuição reúne um conjunto de accionistas nacionais e internacionais, cujo prestígio,experiência e solidez financeira garantem o sucessode um projecto com esta dimensão e exigência.

• EDP Gás SGPS, SA (71,9%)• GDF SUEZ E.S. (25,4%)

Para além destes, a EDP Gás conta ainda com a par-ticipação accionista das Câmaras Municipais da ÁreaMetropolitana do Porto, Braga e Vale do Ave (2,7%).Foto sede EDP Gás Dist. / SU

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA NATURGAS ENERGÍA

Manuel Menéndez - PresidenteJoão Manso Neto - Vice-PresidenteJorge Cruz Morais - AdministradorFernando Bergasa - Conselheiro - Director-GeralMassimo Rossini - AdministradorCarlos Mata - AdministradorRepresentantes de accionistas locais

Órgãos Sociais:António Gomes de Pinho - Presidente do Conselho de AdministraçãoAntónio Marques de Sousa - Administrador-DelegadoCarlos Mata - VogalAna Pinto - VogalMiguel Stiwell - VogalRepresentantes da GDF (Gaz de France)

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ABC DO GÁS NATURALGás Natural – gás combustível rico em metanoque provém de jazidas naturais. Nele existem, emquantidades variáveis, hidrocarbonetos mais pesados que se liquefazem à pressão atmosféri-ca, bem como vapor de água; pode também con-ter compostos de enxofre, tais como o hidrogé-nio sulfurado e outros gases não hidrocarbona-dos, como o gás carbónico, o azoto ou o hélio. OGás Natural é um hidrocarboneto gasoso.

Gás Natural Comprimido (GNC) – Gás Naturalarmazenado sob pressão em botija e utilizadopara alimentar os motores dos automóveis.

Gás Natural Liquefeito (GNL) – Gás Natural quefoi liquefeito pelo abaixamento da sua tempera-tura, geralmente para facilitar o seu transporte.

Gasoduto – conduta que permite transportarum gás combustível a alta pressão e a grandedistância. Pode ser nacional ou internacional eservir uma ou várias regiões. Quando transitaatravés de um país designa-se por gasoduto detrânsito.

Hidrocarboneto – composto químico formado unicamente por carbono e hidrogénio.

Prospecção – investigação, numa determinadaregião, do solo e subsolo, através da aplicação detécnicas apropriadas (cartográficas, geológicas,geofísicas, etc.), com o objectivo de descobrir petróleo ou Gás Natural.

Terminal metaneiro – conjunto de instalaçõesdestinadas à transformação de um fornecimen-to intermitente de metano líquido transportadopor mar num fornecimento contínuo de gás paragasodutos.

milhões de euros. Neste momento, estão a decor-rer as obras do último troço da segunda fase dogasoduto (Bergara-Irún), que totaliza 90 quilóme-tros. A Naturgas Energía prevê concluir a constru-ção do Euskadour em meados de 2010.

GASODUTO EM GUIPÚZCOAA Naturgas Energía iniciou, em Junho, as obras dogasoduto na zona industrial de Hernani, que requererá um investimento de dois milhões de euros. A infra-estrutura permitirá abastecer a cres-cente procura de Gás Natural nessa zona. Serácomposta por uma Estação de Regulação e Medi-da (ERM) em Osinaga e por um gasoduto de trans-porte secundário. Este gasoduto irá da cidade deHernani até ao polígono industrial de Eziago, com2,5 quilómetros de extensão, e será ligado, mediante a ERM, ao gasoduto de rede básica Tolosa-Rentería, propriedade da Naturgas Energía.

Prevê-se a sua finalização no mês de Outubro.

A história do Gás Natural começou há milhões de anos. Segundo algumas indi-cações históricas foi descoberto na Pérsia en-tre 6000 a.C. e 2000 a.C., onde era usado paramanter aceso o “fogo eterno” – símbolo deadoração de uma seita local. A Europa desco-briu-o no século XVII, porém não despertougrande interesse. Apenas há cerca de 200anos, é que Alessandro Volta descobriu o potencial energético do Gás Natural, ao veri-

ficar que as bolhas emergentes da água, nolago Maggiore, ardiam com chama azulada.

Em 1821, as ruas de Fredonia, perto deNova Iorque, eram iluminadas por Gás Natu-ral, meramente porque o gás emergia espon-taneamente de um buraco no chão, à saída dacidade. O facto de a canalização ser feita emmadeira e chumbo constituía um obstáculoimportante à generalização da distribuiçãodeste combustível, nomeadamente por ques-

tões de segurança. Não havia mecanismos fiá-veis para transportar o gás até às casas, o queimpedia assim a sua utilização para aqueci-mento, cozinha e outros usos, sendo apenasutilizado para iluminação pública. Desde o início do século XX, a electricidade substituiuo gás e tornou-se a principal fonte de ilumi-nação. Mas, actualmente, o paradigma é outro: o gás ocupa, hoje, um lugar cada vezmais importante no mundo.

BREVE HISTÓRIA DO GÁS

NATURGAS ENERGÍA: NOVA IMAGEM

A Naturgas Energía, marca da EDP para onegócio do gás em Espanha, alterou o logótipo ficando de forma evidente asso-ciada ao Grupo EDP. Como se pode verifi-car, o símbolo passou de azul a vermelhoe faz referência ao Grupo.

A nova imagem veio normalizar a cor,respeita a coerência de formato relativa-mente às restantes marcas do Grupo eganha uma maior visibilidade enquantomarca comercial.

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GÁS NATURAL

capa

EficienteA chama azul produzida pelo Gás Natural é forte e constante, permitindo cozinharcom maior eficiência e em menos tempo.

O fornecimento de Gás Natural é constante, pois o sistema é permanente e nãoestá sujeito a quebras.

SeguroO facto de ser mais leve que o ar faz com que o Gás Natural se dissipe rapidamente,em caso de fuga.

Além disso, chega à casa do consumidor através de condutas, o que evita o armazenamento dentro de casa e elimina o uso de botijas e os riscos inerentes.

EconómicoO preço do Gás Natural é competitivo quando comparado com os combustíveis tradicionais, ou seja, a electricidade e os gases de petróleo liquefeitos (canalizadosou de garrafa), reduzindo significativamente os seus custos energéticos mensais.

Permite prolongar a vida útil dos equipamentos, pela ausência de gases ácidos ecompostos de enxofre, que os corroem.

APLICAÇÕES

Em casa, pode ser utilizado para cozinhar, lavar e secar, na obtenção de água quen-te, aquecimento e climatização. Oferece a máxima economia com equipamentosmodulares que podem adaptar-se a grande parte das necessidades existentes.• Os fogões a Gás Natural, por exemplo, vêm agora equipados com dispositi-

vos mais modernos como acendedor electrónico e sistemas que cortam apassagem de gás se a chama se apaga.

• Os fornos a Gás Natural são programáveis, dispõem de auto-limpeza e acen-dimento automático. O vapor de água da combustão do gás permite, nestesfornos, que os alimentos não fiquem ressequidos.

• O Gás Natural também se aplica às máquinas de lavar louça e roupa, queusam água aquecida por caldeira ou esquentadores de água, conseguindosubstancial economia de tempo e dinheiro.

• Os esquentadores a Gás Natural produzem água quente de imediato e semlimite, funcionando somente quando é necessário, o que permite uma eco-nomia de energia máxima. Os acumuladores armazenam água quente paraquando há necessidade, em vários pontos e em grande quantidade.

• As caldeiras de aquecimento mistas (aquecimento mais água quente) de ele-vado rendimento são reguláveis e programáveis, aquecendo a água que cir-cula em circuito fechado nos radiadores ou convectores que compõem o sistema, proporcionando assim o conforto necessário a qualquer momentoe não consomem ar do interior da habitação.

CURIOSIDADES

• O Gás Natural é extraído de jazidas naturais subterrâneas, muitas vezes as-sociado a jazidas de petróleo;

• O transporte do Gás Natural desde as jazidas aos centros de distribuição faz-se por gasoduto e/ou via marítima (GNL, ou Gás Natural Liquefeito, transpor-tado em barcos metaneiros);

• O Gás Natural utilizado em Portugal é proveniente da jazida argelina de Hassi R'Mel, chegando ao nosso país através de um sistema de gasodutosque ligam Portugal ao norte de África e, por via marítima, é proveniente da Nigéria entrando em Portugal pelo Terminal Metaneiro de Sines;

• Os maiores produtores de Gás Natural são a Rússia e os países do MédioOriente. Todavia há jazidas de Gás Natural um pouco por todo o mundo, nomeadamente na Europa do Norte e Leste, em África, América do Norte,América do Sul, Extremo Oriente, etc.

FORMADO POR UMA MISTURA DE HIDROCARBONETOS LEVES, O GÁSNatural é mais limpo, económico, eficiente e seguro do que os outros tipos deenergia fóssil. Ao ser queimado, emite menos substâncias que prejudicam omeio ambiente.

É transportado por condutas instaladas no subsolo, reduzindo o movimen-to dos camiões e a poluição do ar. Substitui o uso da lenha, evitando o abate deárvores e outros tipos de combustíveis poluentes como o carvão e o petróleo.

É considerado a alternativa energética do futuro e a mais ecologicamentecorrecta de que podemos dispor, numa escala compatível com as elevadas necessidades energéticas da humanidade a nível global.

VANTAGENS

Limpo• O Gás Natural é uma fonte de energia mais limpa e ecológica.• Os produtos resultantes da sua queima são inodoros, isentos de óxido de enxofre epartículas de fuligem.

• Não apresenta restrições ao nível ambiental e não piora a qualidade do ar.• Reduz problemas de poluição e controlo do meio ambiente, evitando gastos comsistemas anti-poluentes e com tratamento de efluentes.

SAIBA MAIS SOBRE O GÁS NATURAL

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HISTÓRIA DE VISÃO E CORAGEM

Com as aquisições da Naturcorp (Gas de Euskadi, Bilbogas, Gasnalsa, Donostigas) e, posteriormente, da Portgás, o Grupo EDP começou a desenvolver as actividades de transporte, distribuição e comercializaçãode Gás Natural na Península Ibérica.

Em 2006, com a criação da EDP Gás, SGPS, deu-se um significativo passo àfrente no que diz respeito à gestão integrada de toda a cadeia de valor do Gás,desde o aprovisionamento, ao abastecimento dos Ciclos Combinados do Grupona Península, até ao fornecimento aos Clientes finais.

O Grupo EDP fez esta aposta — que, face aos resultados produzidos nos últi-mos anos, não se pode hesitar em definir como ganhadora — tendo em vista oaproveitamento que do Gás Natural é possível fazer-se, quer em termos de desen -volvimento do negócio das infra-estruturas reguladas, quer na vertente comer-cial, alargando cada vez mais o âmbito geográfico da sua intervenção e propor-cionando aos seus Clientes uma carteira mais alargada em produtos e serviços.

No domínio do aprovisionamento e negócio grossista, a EDP Gás passou a as-segurar uma visão integrada da carteira de Gás do Grupo e uma gestão integra-da das flexibilidades contratuais disponíveis. Numa primeira fase, entre 2006 e2008, o foco incidiu em primeiro lugar no reforço da carteira de aprovisionamen-to, a qual era manifestamente curta, face às necessidades de crescimento previs-tas no plano de negócios do Grupo, quer para efeitos de geração, quer para comercialização. Enquadram-se neste esforço a parceria com a Sonatrach, queconstituiu pela sua extensão um acordo inovador entre fornecedor e utilizador deGás Natural, e ainda a extensão e flexibilização dos contratos de fornecimento àscentrais de Castejón e do Ribatejo.

Ainda no mesmo período, a EDP Gás começou a desenvolver uma ges-tão optimizada de todos os contratos da carteira do Grupo, com transfe-rência de contingentes de gás entre Centrais em Portugal e Espanha, ven-das e aquisições spot e revisão, com bons resultados, de preços contra-tuais. Este esforço de optimização deverá ser continuado nos próximosanos, constituindo um desafio para a EDP Gás melhorar ainda mais a com-petitividade e a flexibilidade da sua carteira, num enquadramento particu-larmente difícil nos mercados ibérico e internacional de gás.

Com este espírito, a EDP Gás, através de um ambicioso plano de investimen-tos, tem conseguido alcançar, nos últimos anos, um nível de crescimento da car-teira de Clientes, na sua área de concessão, sem igual a nível nacional. E é com omesmo espírito e com um esforço financeiro ainda superior que o Grupo EDP,através da sua participada Naturgas, protagonizou recentemente uma das maio-res aquisições de activos de transporte e distribuição de Gás Natural na Penínsu-la Ibérica, cujos frutos serão visíveis no curto prazo.

Apesar das diferenças técnicas existentes entre gás e electricidade, umaempresa com a tradição da EDP nas actividades de transporte e distribuiçãode energia por redes, consegue aproveitar vantagens sinérgicas, em particu-lar no que concerne à partilha de procedimentos, sistemas e ao facto de secriarem oportunidades, nas áreas em que as actividades coincidem, na ges-tão conjunta da construção, manutenção e renovação das infra-estruturas.

No plano comercial, com a abertura do mercado português do Gás Natural para Clientes domésticos, a partir de 2010, a EDP terá condiçõesímpares para, através de ofertas dual product complementadas com ser-viços de valor acrescentado, fidelizar a sua carteira de Clientes em Portu-gal, à semelhança do que já acontece em Espanha, com as suas participa-das HC Energía e Naturgas.

Os benefícios para o Grupo são mais que evidentes, também tendo em consi-deração a experiência acumulada nos últimos anos nas actividades de suporteao negócio: os sistemas, a gestão do ciclo comercial, o atendimento, o tratamen-

to das reclamações e todas as actividades típicas de back-office serão desenvol-vidos a partir das actuais plataformas da EDP Soluções Comerciais e EDP Valor.Será possível optimizar o ciclo e os roteiros de leitura, com ganhos em produtivi-dade. Os Clientes terão menores transtornos, podendo passar a receber uma úni-ca factura e beneficiando de uma única rede de pontos de atendimento.

Os Projectos recentemente lançados no âmbito do Grupo irão permitir,para além de uma desejada uniformização de práticas, um modelo de organização de maior eficiência, cujos benefícios serão visíveis, quer paraa EDP quer para os seus Clientes.

A história do Gás na EDP, remonta a um passado bem mais longínquo do quese possa pensar: os menos jovens certamente se lembrarão da CRGE - Compa -nhias Reunidas de Gás e Electricidade – que operou durante décadas na zona deLisboa e que foi, de alguma maneira, pioneira na comercialização dual fuel. De-vido a várias vicissitudes, esta história foi, há anos, abruptamente truncada mas,felizmente, o Grupo EDP foi capaz, com visão e coragem, de “retomar o assunto”com ainda maior ambição.

Compete-nos a nós escrever aquela que será daqui a 30 anos a históriado Gás na EDP.

Massimo Rossini, Administrador EDP Gás SGPS

OPINIÃO

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GÁS NATURAL

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O futuro próximoDO MERCADO DO GÁS

gináveis. A partir do final de 2008, com a crise econó-mica que atravessamos, os preços spot caíram e sur-giram em muitos mercados “bolhas de gás”.

No entanto, a maioria dos produtores e grandesoperadores não está a oferecer gás barato a prazoslongos: preferem aguentar até que a crise passe. Agrande maioria está convencida que, com o rearran-que da economia, o mercado voltará a estar curto porque essa é a situação estrutural: consumos a disparar e capacidade de fornecimento limitada. Exis-tem muitos projectos de exportação de gás, principal-mente de GNL, mas não se têm confirmado as deci-sões de investimento. Normalmente, são projectos mui-to onerosos, por vezes situados em países com situa-ções políticas complexas onde o financiamento é com-plicado, outras vezes situados em zonas tecnicamen-te desafiantes e cujo tempo de materialização e reali-zação é longo (entre cinco e dez anos).

Do lado da procura, a volatilidade também tem aumentado. O peso cada vez maior do consumo para

MUITAS ANÁLISES PROSPECTIVAS TÊM APONTADOo Gás Natural como um sucessor do petróleo ou comoum combustível de transição para uma economia sus-tentada por uma energia limpa.

Ambas as visões têm o seu lado de verdade e o seulado de idealismo. O peso do Gás Natural no cabaz deenergia primária mundial tem crescido de forma sus-tentada, quer pela conquista de novos mercados geo-gráficos, quer pelo seu sucesso enquanto combustívelpara geração eléctrica e, nesta trajectória, tem deslo-cado combustíveis fósseis rivais, nomeadamente pro-dutos petrolíferos. O Gás Natural representa um saltoqualitativo em termos de emissões, face aos combus-tíveis fósseis tradicionais, que pode ser visualizado daseguinte forma: se quiséssemos evoluir de uma socie-dade baseada no carvão e no petróleo para uma sociedade sem emissões, dois terços do caminho podem ser feitos com gás. Adicionalmente, as ener-gias renováveis já actuam hoje como substitutos doGás Natural, quer através do solar térmico, no segmen-to residencial, quer através da produção eólica, na geração de electricidade.

Mas, por outro lado, a vitória do Gás Natural não éassim tão absoluta: o petróleo e o carvão têm e conti-nuarão a ter um peso fundamental nos cabazes ener-géticos das principais economias. E os mercados de GásNatural ainda apresentam um conjunto de caracterís-ticas que dificultam a vida dos actores que nela operam,dos produtores aos clientes, atrasando assim a afirma-ção de todo o potencial desta forma de energia.

Alguns dos problemas encontram-se do lado da ofer-ta: como a produção está muito concentrada num con-junto limitado de fornecedores e os custos de transpor-te são relativamente elevados, os mercados têm umaforte matriz regional. Nos Estados Unidos e no ReinoUnido/Noroeste Europeu, uma maior atomização daprodução permitiu o desenvolvimento de mercados líquidos, com preços autónomos gerados pelo encon-tro entre oferta e procura em mercados organizados.No resto da Europa e na Ásia, um número reduzido defornecedores detém frequentemente o poder de mer-cado, operando através de contratos bilaterais de lon-go prazo, com volumes importantes, preços indexadosao petróleo e com cláusulas de take-or-pay que obri-gam o comprador a um compromisso de aquisição fir-me da quase totalidade do contrato. No caso do mer-cado europeu, esses fornecedores são a Rússia, a Noruega e a Argélia, sendo este último dominante nasexportações para o sul da Europa. Historicamente, esses fornecedores, apesar de usarem a sua posição de

mercado, mantêm um bom registo em termos de fiabilidade de fornecimento. Uma excepção recente temsido o comportamento da Rússia nas suas disputas coma Ucrânia, com impacto nos seus clientes a jusante.

Adicionalmente, o lado da oferta tem manifestadouma certa instabilidade. No princípio da década, coma chegada ao mercado de muitos projectos de expor-tação de GNL (Gás Natural Liquefeito), na Nigéria, noEgipto, no Qatar, em Trinidade e Tobago e na Malásia,viveu-se um período favorável para os clientes, com alguma concorrência entre fornecedores e preços maisacessíveis e desligados das cotações do petróleo. A par-tir de 2005, o aumento da procura mundial (provoca-do por mais centrais de ciclo combinado, novos termi-nais norte-americanos, a crise nuclear japonesa e oaparecimento de novos grandes compradores como aChina e a Índia) veio inverter a situação: o mercado ficou curto, os fornecedores fizeram-se mais rogados,os preços subiram e voltaram a indexar-se ao petróleoe os valores nos mercados spotatingiram picos inima-

O PESO DO GÁS NATURAL NO CABAZ DE ENERGIA PRIMÁRIA MUNDIAL TEM CRESCIDO

DE FORMA SUSTENTADA, QUER PELA CONQUISTA DE NOVOS MERCADOS GEOGRÁFI-

COS, QUER PELO SEU SUCESSO ENQUANTO COMBUSTÍVEL PARA GERAÇÃO ELÉCTRICA.

Carlos Mata, Administrador EDP Gás SGPS

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EDP GÁS ATINGE 200.000 CLIENTES EM PORTUGAL

A EDP Gás, através das suas con-cessionárias do Serviço Públicode Distribuição e Comercializa-ção de Gás Natural na Área Lito-ral Norte, atingiu uma carteiraque já ultrapassa os 200.000clientes em Portugal. Este núme-ro constitui um marco na actividade da empresa, que é já a segunda operado-ra no mercado nacional e ibérico. Uma política comercial arrojada, com cres-cimentos da ordem dos 20.000 novos clientes ano (mais de 10% de cresci-mento), e um forte investimento em infra-estruturas que este ano ultrapassaos 30 M€ em Portugal (ultrapassando já a rede de distribuição os 3.000 km),levaram a este resultado. Estes resultados da EDP Gás em Portugal, confir-mam o Grupo EDP como o mais importante grupo económico portuguêsno negócio do Gás Natural na Península Ibérica.

GÁS NATURALCHEGOU A FELGUEIRAS

O Gás Natural chegou amais um concelho da áreade concessão da EDP GásDistribuição, Felgueiras,onde foram ligados os pri-meiros clientes no final deAgosto.

O projecto do Gás Natural naquele concelho inclui quatro quilóme-tros de rede primária e nove quilómetros de rede secundária, já cons-truídos. Estão ainda projectados mais 14 quilómetros de rede secundá-ria. Estas infra-estruturas localizam-se nos arruamentos mais centraisda cidade de Felgueiras. A rede permitirá abastecer mais de mil poten-ciais clientes do mercado doméstico e algumas dezenas do mercado pequeno terciário. Até ao final do ano prevê-se a ligação dos primeirosclientes no concelho de Vila Verde (distrito de Braga).

A implementação do Gás Natural em Portugal foiuma das operações mais bem sucedidas, mesmoquando comparada com outras em países com larga tradição de utilização do Gás Natural.

Devido ao facto de os subsídios comunitáriosterem sido dirigidos regionalmente, surgiram asactuais distribuidoras regionais de serviço públi-co. Surgem, e/ou aparecem mais tarde dentro damesma lógica, as distribuidoras que hoje conhe-cemos: Duriensegás, Dourogás, Portgás, Lusita-niagás, Beiragás, Tagusgás, Lisboagás, Paxgás eMedigás , que são concessionárias do serviço público de distribuição de Gás Natural. A gasifica-

ção das infra-estruturas iniciou-se há cerca de 12anos tendo sido a Portgás a primeira a ligar umcliente a Gás Natural (1997).

Em todas elas existia um accionista comum, aagora Galp Energia, bem como dois parceiros internacionais que transmitiram o know how : aItalgás, hoje ENI, e a GDF na Portgás.

O Gás Natural foi sempre entendido em Portu-gal como uma convenience, excepto em Lisboaonde por razões históricas sempre foi utilizado ogás de cidade aparecendo aí como utility.

Na área de concessão da EDP Gás Distribuição,e particularmente no Porto, o gás sempre foi vis-

to como algo perigoso, tendo a maior parte do seuconsumo ficado confinado ao doméstico novo, fru-to da legislação que obriga os prédios, aquandoda sua construção, a terem infra-estruturação paragás.

A taxa de penetração, em toda a área de con-cessão, tem tido nestes últimos dois anos um cres-cimento acentuado, fruto das políticas comerciaisadoptadas. A partir de Janeiro de 2008, a Portgáspassa a actuar no mercado com a marca da EDPGás e insere-se nesta nova realidade passando aexistir três empresas: EDP Gás Distribuição, EDPGás Serviço Universal e EDP Gás Propano.

UM PROJECTO DE SUCESSO

geração eléctrica, segmento com uma grande variabi-lidade da procura (que tem aliás aumentado com acrescente introdução de capacidade eólica), torna difícil gerir carteiras de importação com base em con-tratos rígidos como são os contratos tradicionais a lon-go prazo de gás de tubo ou GNL . No passado, um úni-co fornecedor internacional fornecia uma única com-panhia de gás em cada país, com um único preço. Hojeem dia, com a liberalização da generalidade dos mer-cados finais, vários fornecedores fornecem várias gran-des companhias de gás ou de electricidade em cadamercado regional, com diferentes fórmulas de preço.A probabilidade de, num dado momento, uma dessasfórmulas estar fora de mercado é significativa. Comoos contratos têm uma obrigação de consumo mínimo(take-or-pay), o agente que se encontrar nessa situa-ção pode ter um forte incentivo a colocar gás no mer-cado ao desbarato, mesmo perdendo dinheiro e arras-tando outros concorrentes para a mesma situação.

Esta situação verifica-se, com particular acuidade,

no mercado ibérico de gás. A península funciona emtermos gasistas quase como uma ilha, com uma fortecomponente de importação de GNL e uma interliga-ção fraca com o resto do continente. O reforço destainterligação, até agora muito incipiente do lado fran-cês, será fundamental para a estabilização do merca-do ibérico, um dos mercados energéticos que mais temapostado no gás.

Portanto, existe um desequilíbrio estrutural entreas duas extremidades da cadeia de valor do Gás Natu-ral. Como resolver o problema? Aumentando a liqui-dez dos mercados finais, através de uma maior diver-sificação de importações, de uma maior interconecti-vidade dos mercados regionais, da criação de merca-dos secundários de volume e de capacidade, do aumento da capacidade de armazenagem operacio-nal. Deste modo, poderá o Gás Natural continuar a cres-cer como combustível fóssil de eleição e fomentar, defacto, uma “economia do gás”.

É neste quadro relativamente difícil que a EDP Gás

vem operando e fazendo crescer a sua carteira deaprovisionamento. Como o tem feito? Através de par-cerias com fornecedores, como foi o caso da Sona-trach, que permitiu acrescentar 1.3 bcm/ano à cartei-ra, adaptando os contratos de fornecimento às cen-trais às reais condições de funcionamento, transferin-do contingentes entre contratos da carteira, intervin-do nos mercados spot e de médio prazo como com-prador e vendedor, efectuando swaps físicos e utili-zando armazenagem, em suma, fazendo uma gestãointegrada da carteira, única maneira de maximizar ovalor da mesma.

Com um mercado mais estabilizado ou mais dinâ-mico, o Gás Natural irá continuar a aumentar a sua importância na economia e na vida de todos nós e aEDP Gás irá estar presente nesse processo, evoluindopermanentemente a sua gestão do aprovisionamentode modo a maximizar o valor das actividades que lhesucedem: comercialização de gás e geração de electri-cidade. on

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GÁS NATURAL

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A EDP Gás tem vindo a reforçar a sua responsabilida-de social, em diversas vertentes. Desde acções diri-gidas às populações da área de concessão que cum-prem o objectivo de promover diversas causas, comoa sustentabilidade energética, a solidariedade sociale a adopção de hábitos de vida saudáveis; até ao pa-trocínio de eventos associados a causas sociais. Fique a conhecer algumas das mais marcantes.

INICIATIVAS EDP GÁS

Eu = energia natural Campanha que percorre escolas com o objectivo demostrar o papel vital que a energia assume no nos-so quotidiano, sensibilizando os mais novos para aimportância da eficiência energética. Discutem-se temas como o impacto da utilização da energia nasalterações climáticas e vantagens da utilização do GásNatural, enquanto energia mais limpa na transiçãopara as energias renováveis. Uma iniciativa que começou no último ano lectivo mas que continuaráno ano 2009-2010.

Todos a andar Estas acções, organizadas pela EDP Gás, em Conce -lhos da área de concessão, visam angariar fundospara a Liga Portuguesa contra o Cancro, promoven-do a prática de exercício físico. Já foram realizadasacções na Póvoa de Varzim e em Guimarães, em Maiodeste ano e, em Agosto, em Esposende.

PATROCÍNIOS EDP GÁS

• Corrida do Homem e da Mulher (Matosinhos, Se-tembro de 2009) – receitas das inscrições revertema favor da Liga Portuguesa contra o Cancro;

• Porto Bike Tour (2007, 2008 e 2009) – pretendeprevenir o consumo de substâncias psicoactivas eestimula a prática de exercício físico;

• IV Caminhada da Solidariedade (Póvoa de Varzim,Julho de 2009)

• 10.ª Corrida Festas Cidade do Porto (Junho de2009)

• Caminhar pela Igualdade (Porto, Dezembro de2008) – Associação Nacional de Esclerose Múltipla;

OUTRAS ACÇÕES

• Operação tampinhas (em curso) - A EDP Gás participana acção de recolha de tampinhas, entregando-as àLipor que utiliza o valor de venda na doação de equi-pamentos médicos, ortopédicos ou similares. Em 2008entregaram 22 kg.

• Recolha de alimentos (Páscoa 2009) – Associação Ajudaris (Porto);

• Recolha de roupa, calçado, livros e brinquedos (Natal2008) – Junta de Freguesia de Ramalde (Porto);

• Obra do Frei Gil (Outubro de 2008) No âmbito do projecto GIRO do GRACE (Grupo de

Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial), a EDP Gásassegurou o sistema de rega automática, as árvores eas plantas das novas instalações da instituição de soli-dariedade social. O arranjo do jardim foi garantido porseis voluntários da empresa; • Plantação de árvores (2008)

Como forma de compensar o papel consumido em2007, a EDP Gás plantou árvores na sede e nas novasinstalações da Obra do Frei Gil.

Em Espanha, a Naturgas Energía desenvolve umaactiva política de patrocínios, mantendo um firme com-

promisso com a vida social, cultural e desportiva do PaísBasco. Das várias iniciativas, destacam-se as seguintes:

PATROCÍNIO DE INSTITUIÇÕES

Cultura• Museu Guggenheim de Bilbau; • Museu Artium de Vitoria; • Fundação Kursaal de Donostia–San Sebastián;

Ciência e investigação• DIPC (Donostia Internacional Physics Center) – centrode investigação tecnológica localizado em Donostia-San Sebastián;

Desporto• Naturgas Energía Sub-23: equipa de ciclismo que visapromover a formação de jovens e fomentar a práticadeste desporto;

• TAU Baskonia: patrocínio do campus internacional deVerão para jovens (Julho, em Vitoria);

• Pelota Basca: apoio que visa revitalizar um desportocaracterístico do País Basco, masque atravessa umasituação delicada.

EDP GÁS E A COMUNIDADE

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agência de energia do porto

quem é quem

PROFESSOR CATEDRÁTICO DA FEUP (FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO) HÁ 30 ANOS E EX-SECRETÁRIO DEESTADO EM DOIS EXECUTIVOS, EDUARDO DE OLIVEIRA FERNANDES É UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS EM POLÍTICAS ENERGÉTICAS NONOSSO PAÍS. EM ENTREVISTA À ON, O PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE ENERGIA DO PORTO DEFENDE UMA APOSTA MAIS FORTE NO GÁSNATURAL E GARANTE QUE TEMOS CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS, EM TERMOS GEOESTRATÉGICOS, PARA VENCER ESTE NOVO DESAFIO.

Na era das energias renováveis, qual será o papeldo Gás Natural?O Gás Natural é uma forma de energia fóssil que,durante muito tempo, foi desprezada, em benefí-cio do petróleo. Hoje, aparece como sendo o fós-sil mais limpo e oferece oportunidades à sua utili-zação, extremamente favoráveis aos valores ambien-tais do nosso tempo. Não estou a dizer que são asmelhores condições, mas na vida o óptimo é ini-migo do bom. E, portanto, há aqui um período detransição que deverá demorar pelo menos 50 anos,em que o Gás Natural vai ter uma expressão mui-to significativa.

Pensa que o Gás Natural adquiriu uma importân-cia crescente, devido a existir uma maior conscien-cialização ambiental ou pela potencial escassez dopetróleo?Não sei se a palavra consciencialização não serámuito generosa. Mas é pelas condicionantes am-bientais que se coloca essa importância. A escassezdo petróleo ainda não é verdadeiramente um fac-to. Vamos tendo ameaças do Pico de Hubert, a par-

tir do qual consumimos mais do que exploramos,mas o que nós sabemos é que o recurso é finito. E,com a excepção do carvão, que podemos dizer queé praticamente infinito, temos que, a certa altura,usar soluções ínterim, como o Gás Natural, quenos permitam ir preparando para a mudança.

Falou num período de transição de 50 anos, por-quê? Nestas coisas não é fácil apontar um período comgrande rigor, porque são muitos os dados em jogo.Veja o que esta crise fez, só num ano, pela reduçãono consumo dos combustíveis entre nós. Fez aqui-lo que as renováveis todas juntas não teriam feito.Portanto, quer dizer que quem estiver neste con-texto como um observador atento e isento, não teminteresse nenhum em criar situações de pânico. Oque me parece é que, estando o petróleo numa si-tuação relativamente confortável para os próximos50 anos, independentemente do seu consumo con-tinuar a crescer, é de crer que o Gás Natural acom-panhe, neste processo de transição na utilização doscombustíveis fósseis, um período de 50 anos. Pro-

vavelmente nem conhecemos suficientemente bemas reservas do Gás Natural, até porque algumas daszonas onde ele se expande são relativamente igno-radas. Digo 50 anos, porque é o tempo de uma ge-ração.

Do ponto de vista ambiental, qual é o impacto doGás Natural quando comparado com outro tipo deenergias?Para fazermos essa avaliação temos de ter presen-tes duas referências: o conteúdo de CO2 potencial-mente emitido versus poder calorífico (porque es-tes combustíveis são para produzir calor, a partirdo qual produzem energia eléctrica); e as emissõesde CO2 quando o combustível é queimado, emfunção das condições da queima. Ora, o que veri-ficamos é que, em relação ao tal poder calorífico, ocarvão emite o dobro de CO2 do que o Gás Natu-ral, e o petróleo, dois terços do carvão. Quer dizerque o Gás Natural está, de facto, no fundo da listados emissores de CO2. Este é o primeiro slide quejustifica o interesse pelo Gás Natural. Mas há o se-gundo slide que é também muito importante.

EDUARDO DE OLIVEIRA FERNANDES

“O GÁS NATURAL ATRAVESSA UM MOMENTOHISTÓRICO EM PORTUGAL”

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Aquela relação poder calorífico/emissões é uma re-lação teórica, porque, na prática, para nós poder-mos utilizar o carvão sob a forma de electricidade,vamos enfrentar a situação curiosa de só conseguir,com as tecnologias existentes, aproveitar cerca de30% do poder calorífico do carvão sob a forma deenergia eléctrica. A produção de electricidade vemcom uma carga de CO2 agravada por este facto.Com o petróleo, esse rendimento seria potencial-mente um pouco mais alto, e com o Gás Naturalexistem tecnologias, nomeadamente a do ciclo com-binado, que permitem duplicar esse rendimento.Isto mostra que também no processo de conversãopor queima o Gás Natural permite produzir elec-tricidade com muito maior eficiência e, portanto, menores emissões de CO2.

E quais são as vantagens na óptica do consumidor?Os consumidores não existem; o que existe são oscidadãos. Ora, os cidadãos querem um bom am-biente, para eles e para os seus filhos e netos. Apa-rece aqui um conceito cheio de potencial, que é oconceito de sustentabilidade. O cidadão quer satis-fazer as suas necessidades energéticas, mas quer queisso seja feito com o mínimo possível de prejuízopara o ambiente local e global, isto é, aquele que se

relaciona com o aquecimento global e suas conse-quências nas alterações climáticas, devido às emis-sões de CO2. E estará sensibilizado para fazer essasopções em termos dos valores ambientais. Mas es-tas coisas são muito complicadas, porque muitasvezes temos aqui um certo ciclo vicioso do ovo eda galinha. As novas oportunidades energéticas sãonaturalmente mais caras e a energia tem que sernão só amiga do ambiente mas de custo acessívelpara propiciar a competitividade da economia e obem-estar. E cabe aos líderes da sociedade anteci-par as soluções que vão de encontro àquilo que sãoas expectativas. Penso que é absolutamente funda-mental, da parte das lideranças sociais e políticas,que se encontrem os mecanismos que justifiquem,junto dos cidadãos, essas opções, como as do pre-ço, da facilidade do acesso, etc. É muito interessan-te ver que nos anos 80 se criou, na Alemanha, umsistema de “venda” da electricidade renovável maiscara que a convencional. E pagava-a apenas quemqueria. A electricidade dentro dos cabos não se dis-tingue nada, mas havia pessoas que pela sua con-vicção declaravam estar disponíveis para pagar a

electricidade renovável. Este, digamos, que é umestádio de uma certa perfeição na abordagem des-tas questões. Quando em Portugal se lançou ogrande programa favorável às energias renováveis,nos finais de 2001, a ideia foi fazer incidir o sobre-custo das renováveis fazendo aumentar suavemen-te o preço da tarifa eléctrica para toda a gente, fa-zendo recair sobre todos os cidadãos o ónus daopção renovável. Foi uma opção política projecta-da no futuro com que toda a gente agora se rego-zija. Porque, evidentemente, saberíamos que se ti-véssemos uma abordagem igual à da Alemanhaninguém se inscreveria. E isso não é um juízo so-bre a população, porque não tem tido escolha atéagora. Antes é um juízo mais demolidor sobre oslíderes na área da energia.

De que forma é que Portugal se poderá tornar maisindependente em relação aos países produtores?Nessa matéria, temos sido muito hábeis. Recordojá o período antes do 25 de Ab ril, em que Portugaltinha uma política do “orgulhosamente sós” e nãotinha problema de aprovisionamento em combus-tíveis. Havia uma vintena de fornecedores, comgrande equilíbrio da repartição do aprovisionamen-to. Eu penso que por aí não teremos problema, des-

de logo porque pertencemos a um clube rico; emsegundo lugar, porque temos recursos na proximi-dade; em terceiro lugar, porque temos uma frentemarítima que é absolutamente invejável do pontode vista do aprovisionamento do Gás Natural. Demaneira que não sei por que temos de nos preo-cupar com isso para além do normal.

Como é que estamos em relação à Europa?Nós não temos ligações ainda por gasoduto, maselas virão muito rapidamente. Nestas questões daenergia o importante é haver uma multiplicidadede fontes ou vias de aprovisionamento. E quan-do contrato com a Argélia pensou-se logo, e mui-to bem, em utilizar Sines como uma plataformapara a gaseificação do Gás Natural, e fazer impor-tação com metaneiro, nomeadamente a partir daNigéria, etc. Agora, nós sabemos das reservas quehá, por exemplo, no Brasil. A mim não me co-move minimamente se a empresa “a” ou “b” temmuito sucesso nos poços do Brasil. Porque eu te-nho a certeza que a empresa não se comove mi-nimamente com a sorte dos seus consumidores.

Agora, interessa-me muito saber, em abstracto,que existem poços de Gás Natural no Brasil. Cla-ro que existem os mercados internacionais, maseu acho que os portugueses ainda não aprende-ram a lição de que a energia é um recurso escas-so e de grande responsabilidade estratégica. Isso éevidente no facto de ainda não termos uma estra-tégia de eficiência energética. Fala-se muito disso,mas é um projecto sem rosto.

Pensa que Portugal pode ser uma alternativa viá-vel no abastecimento à Europa?Com a reversibilidade dos gasodutos, a platafor-ma de Sines tem condições absolutamente excep-cionais. Não esquecer que Sines é Europa, e queestá quase a meio caminho das plataformas doBrasil ou das Caraíbas, em relação aos portos deHamburgo e outros.

Que medidas poderiam ser adoptadas paraevitar crises no sector energético?Acho que do ponto de vista de Portu-gal, somos muito pequeninos. Éverdade que gastamos imensotempo a discutir esses cenáriosinternacionais, quando devería-

mos usar o tempoa encontrar as solu-ções para os nossosproblemas. É muitoimportante, face àquestão energética,que nós saibamos en-contrar as soluções quenos garantam a segurançado aprovisionamento. E o pri-meiro passo para a salvaguarda doaprovisionamento é a racionalidade daprocura. Temos tido uma grande varieda-de de líderes nesta área, e as pessoas esque-cem- se que há três objectivos na políticaenergética: a segurança do aprovisionamen-to; a economia em termos de custo comofactor de produção e acessibilidade para obem-estar; e o ambiente. A segurança doabastecimento pode ser lida, não em fun-ção das crises lá fora, mas das nossas pró-prias necessidades – e nós não fazemos isso.O que eu verifico é que nós, em Portugal,

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quem é quemEduardo de Oliveira Fernandes

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temos grande parte destas estruturas energéticas entregues a pessoas que não são verdadeiramentedo métier. E o que verifico é que somos um paísaltamente ineficiente. Já o sabemos, do ponto devista da riqueza, que temos uma das produtivida-des mais baixas da Europa. E do ponto de vista daenergia, é a mesma coisa.

E que medidas estruturantes é que defende para onosso país?Quando este Governo estava prestes a tomar pos-se, um jornal diário perguntou-me o que é que eudesejava de um Ministério da Economia. E eu de-sejei aquilo que tenho desejado sempre: que o res-ponsável pela energia (que não é preciso que sejaobrigatoriamente o da Economia), não vão para estafunção fazer uma aprendizagem em exercício. Eusei que existem muitas modalidades de formação,mas que não seja ninguém que vá encarar isto comouma formação de Novas Oportunidades. Ora, oque nós verificamos é que é isso mesmo o que temacontecido. Este Governo que agora termina fun-ções, teve uma política de energia cuja estratégia foiconsiderada consensual, tirando a questão do nu-clear. Mas depois, quando chega à parte da aplica-ção, as coisas não funcionam. O Gás Natural atra-

vessa um momento histórico em Portugal. Emtermos geo-estratégicos tem uma condição óptima para aceder ao recurso Gás Natural;mas Portugal usa electricidade para muitos usosde calor, o que é um erro ambiental crasso. Qua-se devia ser proibido fazer um chá com electri-cidade. E aí há um espaço para o Gás Natural. Jáexistem sistemas de rede bastante difundidos. O que seria necessário era criar os mecanismosde tarifa, de impostos, de taxação que fossem

favoráveis em casos em que a concorrência da elec-tricidade é claramente menos favorável ao am-biente. Essa visão não está no terreno. Tudo oque seja usos de calor em termos de tarifa úni-ca da electricidade, o custo é quase o dobro doGás Natural. Se formos para a tarifa bi-horá-ria, é praticamente o mesmo preço. Agora emtermos de CO2, nem se fala, dado o mix mé-dio das energias primárias com que se produza electricidade em Portugal ter uma forte mar-ca da presença do carvão. Tínhamos todo ointeresse em ter políticas para o Gás Natural,com muito maior agressividade.

Em que consiste a actividade da Agência de Energiado Porto?Poderíamos dizer que as agências de energia sãoum pouco descendentes da ideia que surgiu coma Cimeira da Terra, em 1992, com a criação daAgenda XXI e das Agendas XXI locais. As Agên-cias locais deram às cidades um protagonismo queaté aí estas não tinham. As cidades estavam mui-to diluídas na gestão dos países. O que não faziasentido. Ao gerir a cidade, onde residem afinal aspessoas, resolvo parte dos problemas daquelas.Por outro lado, é mais fácil à cidade estabeleceruma interacção com os seus governados do queuma superestrutura de carácter administrativocentralizado. As pessoas até podiam ser as mes-mas, mas o ambiente e o quadro da decisão mo-difica-se completamente. Hoje em dia, existemmais de 300 agências de energia na Europa, divi-didas em três categorias: nacional; regional/inter-municipal; e municipal. Esta é municipal, masdentro de pouco tempo dará origem a uma agên-cia metropolitana. Até Dezembro temos de terum modelo novo, ainda não sabemos quantosmunicípios vão aderir, mas o objectivo é estabe-lecer esta interacção com os utilizadores de ener-gia, no sentido de uma lógica de proximidade, de

procurar uma interacção para a eficiência. Esta-mos agora nesta luta, no sentido de estimular apenetração do Gás Natural, para fins em que eleconcorre com vantagens com a electricidade. Porisso, também estamos a avançar, em nome daAgência de Energia, com este projecto da Centralde trigeração para a baixa portuense. Por outrolado, vamos fazendo exercícios de diagnóstico. AoPorto, durante 50 anos, foi-lhe imposto o ser umacidade exclusivamente eléctrica, foi feita cobaiapara utilizar a electricidade dos projectos hidroe-léctricos nacionais. Quando, curiosamente, a Cen-tral da Tapada do Outeiro atingiu o fim da idadee aparece um novo projecto do ciclo combinadodo Gás Natural, é este ciclo combinado que vemtrazer o gás ao Porto. E ao trazer o gás ao Porto,constrói o pipeline que permite depois fazer pi-cagens para abastecer todo o país por aí acima.Mas os utilizadores continuam, por atavismo, ausar electricidade nas suas casas, e não estão aber-tos, nem encontram os tais argumentos económi-cos suficientemente fortes para fazer a mudançaque se impõe para os próximos 50 anos . on

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“É MUITO IMPORTANTE, FACE À QUESTÃO ENERGÉTICA, QUE NÓS SAIBAMOS ENCONTRAR AS SOLUÇÕES QUE NOS GARANTAM A SEGURANÇA DO APROVISIONAMENTO”

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cultura edpGESTÃO DOCUMENTAL

SGD:mais eficaz,mais funcional

A NOVA VERSÃO DO SISTEMA DE GESTÃOdocumental (SGD) resultou das recomendações efec-tuadas pelo Grupo de Trabalho, constituído em 2007,para fazer um diagnóstico das práticas de gestão docu-mental no Grupo EDP. Esta equipa reconheceu que umadas medidas de curto prazo passava pela necessidadede se desenvolver um projecto de actualização da ver-são do SGD, que é usado por todas as empresas do Gru-po em Portugal. O SGD já não era actualizado desde2004 (estamos a falar de 20 instâncias de SGD com cer-ca de 8.000 utilizadores), independentemente do Gru-po ter necessidade de fazer uma opção mais profundae abrangente no que se refere à escolha de uma nova

solução/ferramenta que sirva uma nova estratégia paragestão documental a nível global.Com efeito, o SGD é uma aplicação que permite a

criação, o registo e o acompanhamento de toda a cor-respondência tratada nas empresas do Grupo em Por-tugal, possibilitando uma consulta dos documentos e ocontrolo do acesso aos mesmos. O Grupo já o utiliza hámais de dez anos, mas o SGD tem, agora, novas funcio-nalidades, tornando-se assim uma ferramenta aindamais eficaz. Esta aplicação foi concebida de raiz, em 1988, exclu-

sivamente para a EDP Distribuição. Mais tarde outrasempresas do Grupo adoptaram-na e, neste momento,

COM A NOVA VERSÃO DO SISTEMA DEGESTÃO DOCUMENTAL JÁ É POSSÍVELCONSULTAR E CONTROLAR O ACESSO ATODOS OS DOCUMENTOS DO GRUPOEM PORTUGAL. A APLICAÇÃO, QUE NÃOERA ACTUALIZADA DESDE 2004, TEMAGORA NOVAS FUNCIONALIDADES.SAIBA POR QUE É MAIS EFICAZ.

“O que gostaria de sublinhar tem muito que ver como "modo de fazer" - EDP Way, ou seja a capacidade interna de mobilizar equipas com colaboradores devárias empresas com muita experiência e conhecimen-to aplicado, que são fundamentais para a realizaçãode projectos que envolvem as aplicações informáticase a forma como se põem a funcionar no dia-a-dia dasempresas, que nos demonstram que na grande maio-ria das situações e dos desafios, existe essa compe-tência e esses colaboradores para os gerir e para ossuperar. De facto, todos os que participaram neste pro-jecto mostraram essa competência para executar eesse é o aspecto mais importante, sem dúvida.”Carlos Raposo – EDP SA / Direcção de Desenvolvi-mento Organizacional

“Foi gratificante ver o papel determinante que o SGDmantém nas empresas em Portugal e constatar odiagnóstico correcto das necessidades e a satisfaçãodas mesmas através do SGD. Além do trabalho des-

envolvido, é de valorizar a interligação conseguidacom a equipa da Logica, bem como a relação com aequipa de utilizadores EDP e utilizadores chave dasempresas, que permitiu identificar e melhorar a apli-cação. Pessoalmente, a experiência da formação foipara mim um desafio compensador enquanto forma-dora. De realçar o feedback positivo dos formandose as relações interpessoais que se estabeleceram.”Vera Correia – EDP SA / Direcção de Sistemas de Informação

“Destaco neste Projecto a possibilidade de formar umapopulação que nada conhecia acerca do SGD, ou erautilizadora de apenas algumas funcionalidades, desconhecendo o total potencial da aplicação. Paratal, contribuiu um eficaz diagnóstico de necessidades,efectuado previamente com a envolvência das Empre-sas, que permitiu definir as tipologias de acções ne-cessárias a cada grupo.Indispensável foi a mobilização de novos Formadores,

essenciais ao cumprimento do plano de formação, eaos quais foi assegurada prévia formação sobre as novas funcionalidades a implementar. Em termos logísticos, e na óptica de racionalização decustos, procurou-se minimizar o impacto das desloca-ções dos Colaboradores, realizando a formação emseis salas, equipadas para o efeito, em quatro locali-dades.Referenciar também que os diversos eventos ocorre-ram em ambiente de formação desenvolvido especi-ficamente para o efeito, sendo a documentação disponibilizada electronicamente no Libnet, evitando-se assim a impressão de alguns milhares de manuais. Destaco finalmente o elevado grau de satisfação dosformandos com as novas funcionalidades que a apli-cação proporciona, pela forma como a formação foiconduzida, e também pela envolvência que lhes foiproporcionada na captação de sugestões de futu-ras melhorias.”Pedro Rocha - EDP Valor / PFM

TESTEMUNHOS DE QUEM ESTEVE MAIS ENVOLVIDO NO MELHORAMENTO DESTA PLATAFORMA:

Pedro Rocha, Carlos Raposo, Vera Correia (em primeiro plano) Carlos Santos, Emília Rato,Virgínia Andrade, Margarida Portela, CecíliaRibeiro, Francisco Valente e Rita Almiro (da esq. para a dir. em segundo plano).

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cultura edpGESTÃO DOCUMENTAL

NOVAS FUNCIONALIDADES DO SISTEMA DE GESTÃO DOCUMENTAL

• a uniformização dos vários SGDs do Grupo EDP: dadas as necessidades específicas de cada empre-sa do Grupo EDP. Este upgradepermitiu que as fun-cionalidades em produção numa determinada ins-tância/empresa, fossem colocadas nas restantes;• a delegação de acessos (que permite que, quan-do um colaborador se ausenta, outro colabora-dor tenha acesso aos documentos que entretan-to lhe sejam endereçados permitindo que estessejam tratados);• o processo de encaminhamento de documentos (épossível encaminhar com apenas um único enca-minhamento para vários SGD’s, endereçar viaAdress Book, etc..) e também a inclusão de novosformulários;

• o conceito de "Área de Trabalho", permitindo o en-foque do colaborador nos documentos que devetratar;• a pesquisa avançada bastante mais potente e eficaz;• alteração de templates, introduzindo-lhes melho-rias (por exemplo a Carta PN da EDP SC, a inclusãode campo "cc",etc);• uma nova template da Proposta de Deliberação;• a possibilidade de inserir assinatura digitalizada;• a optimização das consultas /vistas predefinidas;• a alteração/correcção de atribuição de documentosa "Processos" e a "Entidades Externas";• a interligação do Lotus Notes Email com o SGD - novobotão para envio de e-mail formal e para acesso aosformulários SGD.

o SGD já conta com cerca de 8000 utilizadores.Porém, a aplicação não estava adaptada parafuncionar num modelo "Multiempresa" e a cons-tatação de que muitos dos novos colaboradoresnão tinham sido devidamente formados, foramdeterminantes para se lançar o projecto de re-visão e melhoramento do SGD.

DESENVOLVIMENTOIN HOUSEO projecto de upgrade demorou cerca de seismeses, e envolveu colaboradores internos dasvárias empresas do Grupo EDP, que se respon-sabilizaram pela formação em cascata centrada

nas novas funcionalidades (ver caixa "Novas fun-cionalidades do Sistema de Gestão Documen-tal"). De facto, uma das vertentes mais comple-xas deste tipo de projectos é a que se relacionacom a "Formação" de um vasto número de co-laboradores, pela logística que envolve e pelosprazos a cumprir, sublinhando-se que, no casopresente, a articulação com a PFM da EDP Va-lor, foi determinante, mas havia uma condicio-nante. Só dispunha de um formador credencia-do para o SGD, o que obrigou a recorrer a oito"Formadores" de várias empresas, que deramuma resposta eficaz e com qualidade.

“Nesta versão 3.5 do SGD foram disponibilizadasdiversas novas funcionalidades, que certamenteirão agradar e até surpreender os seus utilizado-res, como aliás já se verificou nas mais de 100 acções de formação realizadas. Dentre essas novas funcionalidades, destaco a "carta PN emWord", pois a introdução do Word como editor das"cartas PN" possibilitará agilizar ainda mais o con-tacto (escrito e formal) dirigido aos clientes finais,aspecto naturalmente de grande importância paraa EDP SC. A este propósito, relembro que o SGD(através das "cartas PN") e o SGDCONT (um "deri-vado" do SGD, concebido especificamente parautilização no Call Center) estão na base do regis-to, arquivo, e interligação com o SAP IS-U, dos con-tactos estabelecidos entre a EDP SC e os mais de6.000.000 de clientes finais de electricidade. Finalmente - e atendendo à sua importância nocontexto EDP, à evolução dos requisitos dos seusutilizadores, e à vertiginosa evolução das TI's -

penso que o SGD deveria ser objecto de ciclos derevisão mais frequentes.”Carlos Santos / EDP Soluções Comerciais

“Independentemente do Grupo EDP ter necessida-de de apostar numa nova ferramenta para serviruma nova estratégia para a gestão documental anível global, como já foi referido, este projecto derevisão e melhoramento do “velhinho” SGD, leva-do a cabo por uma equipa multidisciplinar, cumpriuo seu objectivo com sucesso. Tive a oportunidadede, em 1999, e enquanto utilizadora, fazer parte deum outro grupo considerado piloto, dos GQL e CASC,para a implementação deste, na época novo, Siste-ma de Gestão Documental na Holding. Agora, fa-zendo parte da equipa de utilizadores chave e comocolaboradora da Secretaria-geral e Assessoria Ju-rídica, SGAJ, Direcção do Centro Corporativo com características de funcionamento muito específicase de natureza muito especial, posso afirmar que as

alterações até agora introduzidas vieram facilitarem muito algumas das nossas tarefas diárias. Dasjá muitas diferenças existentes entre as versões —a anterior e a nova — destaco em primeiro lugar “oprocesso de encaminhamento de documentos” porser feito de uma vez só. Para a SGAJ o cumprimen-to do processo “Registar, Classificar e Divulgar o Documento” assume a maior relevância porque issose traduz em fazer chegar mais rápido as delibera-ções do Conselho de Administração Executivo, CAE,a todos os destinatários dessa divulgação (ex. CAdas Empresas do Grupo EDP e Direcções do CentroCorporativo). Outras também importantes nodesem penho desta Secretaria são a Pesquisa avan-çada que é muito mais potente e eficaz e ainda afutura Interligação do Lotus Email com o SGD. Porfim, é com particular agrado que hoje dou conta demaior interesse na utilização deste Sistema no Cen-tro Corporativo, e da comunicação facilitada comos outros SGD das diferentes Empresas de modo

DIRECTOR DE PROJECTOCarlos RaposoGESTOR DE PROJECTO (DSI)

Vera Correia

FORMAÇÃO Responsável:Pedro Rocha (EDP Valor)

LOGICAChefe Projecto: Francisco ValenteRita Almiro

EQUIPA EDP - Utilizadores

Margarida Portela (EDP Valor)

Virgínia Andrade (EDP Distribuição)

Cecília Ribeiro (EDP Holding)

Emília Rato (EDP Produção)

Carlos Santos (EDP SC) - António Pancas (EDP SC)

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edp wayGESTÃO DOCUMENTAL

De igual forma, para se garantir a "entrada em pro-dução do novo SGD "sem grandes impactos, foi neces-sário recorrer a um plano gradual de implementações,com desfasamento entre as várias empresas abrangi-das e respectivos utilizadores, suportado num "plano decomunicação específico", elaborado em articulação ecom o apoio da DMC, que foi determinante.

CONCLUSÃO EM SETEMBROAlém da uniformização destas novas funcionalidades,

este upgrade do SGD permitiu que fosse realizado, aonível do Grupo, um conjunto de acções de formação, queenvolveu cerca de 5000 colaboradores e que visou dotá--los de conhecimentos sobre a plataforma de Gestão Do-cumental das Empresas do Grupo em Portugal. A conclusão do projecto irá acontecer durante o mês

de Setembro com a entrada em produtivo de umanova funcionalidade que é inovadora e que passa pelaintegração do SGD com o e-mail Lotus Notes, permi-tindo duas acções fundamentais. A primeira é a pos-

sibilidade de aceder a um botão que permite enviar um"E-mail Formal" que fica registado directamente noSGD e que cumpre com os requisitos de complianceque nem sempre estavam a ser cumpridos (muita dacomunicação e da tomada de decisões formais aindacircula por e-mail e nem sempre cumpre os requisi-tos de "integridade e de rastreabilidade" que devemser observados); e a segunda é a possibilidade de se-leccionar directamente os formulários de comunica-ção formal do SGD. on

igual e que nos aproxima. Há que melhorar aindamais até que num futuro próximo, quem sabe, um Sistema de Gestão Documental Global nos unificará.”Cecília Ribeiro /EDP SA – Secretaria Geral e Asses-soria Jurídica

“Para a EDP Distribuição, em particular, o SGD sem-pre teve um significado muito especial, dado quefoi desenvolvido e implementado na empresa hámais de 10 anos. Foi na época um projecto quetrouxe de facto uma nova dinâmica fomentandouma mudança cultural, com a inclusão de novosmétodos de trabalho, implementação de novas tec-nologias e logo, novas formas de acesso à informa-ção. Presentemente, foi com muito prazer que integrei esta equipa de projecto, relevando o espí-rito de equipa e profissionalismo de todos os meuscolegas. Sublinho ainda, como factores positivos,o conjunto de funcionalidades implementadas, bem

como toda a logística associada a um projecto des-ta índole, com o envolvimento de todas as empre-sas do Grupo em Portugal.”Virgínia Andrade / EDP Distribuição

"Foi muito interessante coordenar e acompa-nhar uma Equipa dinâmica de 10 formadores,que participou na programação e execução deum plano de realização de 30 sessões e que en-volveu quase todos os Colaboradores da EDP Va-lor. Na verdade, participaram, nas diferentes ses-sões informativas, 447 pessoas .As dificuldades de coordenação não existiram epude sentir o entusiasmo de todos.Acompanhei e orientei algumas sessões e pudetambém compreender como as várias Equipasda EDP Valor se motivaram em torno das melho-rias das funcionalidades do SGD.O Sistema de Gestão Documental está a ser uti-lizado há vários anos e carecia de algumas alte-

rações. Contudo, o que me pareceu mais interes-sante, foi verificar que as melhorias correspon-deram às necessidades sentidas por todos."Margarida Portela / EDP Valor

Foi gratificante participar neste projecto por vá-rios motivos.O principal e óbvio tem que ver com o facto demelhorarmos a performance da ferramenta etambém dos colaboradores que a utilizam.Mas não menos importante foi constatar queuma equipa como esta, formada por pessoas quenão se conheciam, ter o mesmo espírito de coo-peração.Refiro-me à equipa nuclear e também a todosque comigo participaram na EDP Produção parapôr em curso o plano de Formação Interna paraas novas funcionalidades, Responsáveis das UO’s,Responsáveis da RHDR e Formadores.Emília Rato / EDP Produção - GQP

TESTEMUNHOS DE QUEM ESTEVE MAIS ENVOLVIDO NO MELHORAMENTO DESTA PLATAFORMA:

DADOS SOBRE O PROJECTO DE FORMAÇÃO

Nº de Formadores envolvidos- 10 Nº de acções de formação- 117 (cerca de 13 formandos p/acção, mobilizando para o efeito 6 salas de formação em 4 localidades diferentes)Formação Geral em Sala- Total de formandos - 788Formação Novas Funcionalidades- Total de formandos - 708Formação em cascata nas Empresas- 3.400Total de horas de formação- 13.845 hDocumentação de suporte:- Novo manual de formação completo (ver Libnet)- Novo manual só com as Novas Funcionalidades (ver http://libnet.edp.pt)

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cultura edpCAMPO DE FÉRIAS

O CAMPO DE FÉRIAS DA EDP DE CASTELO DE BODEtem duas vertentes: acampamento, para os jovens de 13e 14 anos, onde experimentam viver em tendas; e as vi-vendas para os jovens de 15 anos. Todos os restantes es-paços são comuns. Muitos destes jovens estão cá pelaprimeira vez, mas há quem tenha passado antes pelosCampos de Palmela ou da Árvore, onde a faixa etária dosparticipantes vai dos 6 aos 12 anos. O Campo de Fériasde Castelo de Bode existe desde 1984. Alguns dos parti-cipantes, mais tarde tornam-se monitores; outros sãopais que querem que os seus filhos sigam a tradição.

Quando a ON visitou esta estrutura, os jovens esta-vam na preparação do espectáculo final. As actividadessão constantes: de manhã, à tarde e à noite. “Eles nun-ca param”, garante Catarina, chefe de campo da equi-pa pedagógica. Cada grupo (turno) permanece 13 dias.Chegam a uma sexta, dia do acolhimento, e vão-se em-bora numa quarta-feira. O Campo começa a funcionarno final de Junho, assim que terminam as aulas (esteano, a 26/06), e encerra no início de Setembro (a 02/09).São cinco turnos (A, B, C, D e E), no total.

No turno que visitámos, o C, encontrámos duas realidades: Tribos (13 e 14 anos) em acampamento eVivendas (15 anos). No último turno houve também asAldeias, constituídas por um grupo de jovens de 16anos. “Jovens que já tinham frequentado o campo, mascujas saudades eram tantas que queriam regressar”.

NESTE CAMPO RESPIRA-SE UM ARSAUDÁVEL. BASTA OLHAR PARA OSJOVENS QUE PARTICIPAM NAS MAISVARIADAS ACTIVIDADES DO CAMPOPARA PERCEBER: AQUI SÃO FELIZESE APRENDEM LIÇÕES QUE SERÃOÚTEIS PARA O SEU FUTURO.

Castelo de Bode é assim: deixa marca. Na hora da despedida é ver toda a gente a chorar. “Muitos fazemamizades aqui, que perduram durante anos. E depoisvêm com as famílias, mostrar o sítio onde passaram ajuventude”, conta Catarina.

SERÃO “OÁSIS”? A PALAVRA É DOS UTENTESTodos os campos de férias da EDP estão, devido a alte-rações regulamentares, em processo de licenciamento.As instalações deste campo já se encontram conformese, actualmente, está em fase de adequação a área exterior ao campo, onde se encontram as vivendas. “Esteano recebemos o certificado de conformidade na áreaalimentar”, explica Pedro Baltazar, um dos responsáveisda EDP Valor – PRH. Esta certificação demonstra, tam-

bém para a ASAE, que os Campos cumprem todos osrequisitos de qualidade e segurança alimentar.

Temos vindo a melhorar as condições do Campo,de Março até Julho requalificou-se a rede de esgotose certificou-se a ETAR, já que todo o circuito primáriode esgotos era de 1950.

No Inverno, as obras vão continuar, nomeadamen-te na adaptação da zona das vivendas, com melhora-mentos ao nível paisagístico e de estruturas. O desafioé trabalhar para a sustentabilidade do espaço: econo-mizar água e energia. Foram criadas também acessi-bilidades a todos os espaços, o que permite receberjovens com mobilidade reduzida.

E, pela primeira vez, este ano, o Campo recebeu umjovem nestas condições. A EDP espera que extracto do

Há experiências que marcam para a vida e, quantomais fantásticas e intensas forem, serão guardadasna nossa memória para sempre como verdadeirostesouros. Foi exactamente isto que aconteceu, esteano, no decorrer do Turno B (que decorreu entre 10e 22 de Julho, N. do R.) em Castelo de Bode, com omeu filho João. As expectativas dele eram muitas eera contagiante o entusiasmo com que ele aguar-dava a data da partida. O Campo de Férias já nãoera desconhecido porque tínhamos tido a oportu-nidade de o visitar e verificar que reunia todas ascondições necessárias para acolher o João, que sofre de Distrofia Muscular, doença que o impedede andar e realizar as mais diversas actividades dodia-a-dia, mas que não lhe tira a alegria de viver, deaprender e de fazer novos amigos.

Foi, pois, com enorme satisfação que verificá-mos terem sido criadas todas as condições de aces-

sibilidade e conforto para que o João pudesse serrecebido em Castelo de Bode, permitindo-lhe usu-fruir de todas as valências do Campo. As infra-estru-turas, agora existentes (rampas, casa de banho), sãoo resultado de um trabalho sério e efectivo no sen-tido da verdadeira integração das pessoas com deficiência e deveriam ser exemplo para as mais diversas alterações a levar a cabo por todo o País,para que Portugal pudesse deixar de ser, de uma vezpor todas, um país do Terceiro Mundo. Para alémdos aspectos logísticos que, como já disse, supera-ram todas as nossas expectativas, não posso deixarde destacar a enorme disponibilidade humana emreceber o João desde o início de todo o processo,tanto por parte da EDP, na pessoa do colega PedroBaltazar, como por parte da "Desprendimento", queencarou a participação do meu filho como um ver-dadeiro desafio. Foi, sem dúvida, um desafio plena-

mente alcançado, tendo constituído para o João umaexperiência única, traduzida na alegria com que nosconta as actividades em que participou, na formaemocionada como fala de todos os monitores que oacompanharam e no desejo de voltar ao Campo.

Há quem diga que Castelo de Bode tem umamística; na minha opinião, essa mística existerealmente, mas resulta de um trabalho competen-te e empenhado de todas as pessoas envolvidase, a mim, que sou mãe de um adolescente comlimitações que o impedem de viver a vida em todaa sua plenitude, só me resta dar o testemunho público do sucesso do vosso trabalho que se traduz, de forma inequívoca, no brilho do olhar doJoão quando fala do regresso a Castelo de Bode.Para o ano contem com ele...

Helena Pereira Guimarães

Para o ano contem com ele!

CASTELO DE BODE“Tá-se bem” no Campo!

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cultura edpCAMPO DE FÉRIAS

testemunho da sua mãe (ver caixa) incentive outros colegas a inscrever filhos nas mesmas condições.Quanto às actividades, aqui não há lugar para

descanso. “Temos de ser sempre mais originais, elespróprios são exigentes connosco, mas tudo fazemospara os surpreender. O plano de actividades começa aser trabalhado em Fevereiro pelos monitores para quequando chegue o Verão esteja tudo organizado.”No acampamento apela-se a um espírito mais com-

petitivo entre equipas, muito saudável. Nas vivendasapela-se a um espírito mais de união. Há competição,mas mais no âmbito de auto superação individual. E mui-tos atingem limites que nunca pensaram atingir. Os gru-pos são bastante heterogéneos: 122 participantes, 24monitores, chefia de 4 elementos.

Este ano, a EDP Valor fez uma campanha de divul-gação mais intensa, entre os seus colaboradores. “Fo-mos aos locais de trabalho incentivar os colegas a ins-crevê-los, mas nem todos estão virados para isto. A EDP,nos anos 80, tinha 26 mil candidatos, neste momentotem 2 mil potenciais candidatos”, revela Pedro Baltazar.Contudo, este ano, a tendência começou a inverter-se.As inscrições excederam as expectativas. Para que cons-te “as entidades oficiais consideraram que estes cam-pos são um oásis dentro dos que existem no país”.

DINÂMICA DE MANHÃ À NOITEAqui não há televisão e há o mínimo de Internet. Pra-ticam actividades que estão ausentes da sua rotina. Odia-a-dia é intenso. Começa às 8h00 com um progra-ma de rádio, feito pelos monitores. Até às 9h00 fazema sua higiene, limpam as tendas. Depois das manhãsmuito agitadas, há sempre bastante animação nas mesas. Uma dinâmica durante as refeições onde sejuntam todos os grupos, em competição animada, entre gritos. “Normalmente saem sempre roucos, as-sim como nós”, garante Catarina. Em termos de acti-vidades está tudo organizado. Nada é deixado ao aca-so. “Vivemos muito os pormenores”, garante a moni-tora. Nas vivendas, o objectivo é mais pedagógico: for-mar a partir de quatro equipas, uma família. As activi-dades são exigentes: BTT, canoagem, raides de 10 horas, orientação. A finalidade é a auto superação. Háquatro casas, divididas para rapazes e raparigas. Todos os dias dormem, tomam o pequeno-almoço,deixam a casa arrumada e partem para a aventura.São eles que gerem as casas. Todas as noites, a famí-lia reúne-se para fazer a partilha, falar sobre aquiloque estão a sentir, aprender a ouvir e respeitar os outros, e partilhar momentos. E quando voltam paracasa, já levam mais amigos e valores na bagagem… on

ZÉ PEDRO, 15 anos, Vila Real, diz: “Foi uma expe-riência bastante agradável. As actividades foramespectaculares. A equipa de monitores é excelen-te. Quando aqui cheguei não conhecia ninguém,mas já levo muitos amigos. Espero poder repetirpara o ano, nas Aldeias. Podia ter vindo em anosanteriores, os meus pais tentaram sempre fazercom que eu viesse, mas consegui adiar sempre. Esteano, fui eu que me auto convenci, e não estou nadaarrependido! Aprendi a ter espírito de equipa, organização e responsabilidade”.

JOANA, 15 anos, Santarém: “No início, há uns anos,foi um bocado difícil, não conhecia ninguém, massenti que acabámos por crescer e que puxaram pornós. Os monitores sabem falar connosco, ser nos-sos amigos, divertir-nos... É uma experiência bru-tal! Quando começa a chegar o campo de férias jáestá tudo ansioso, em contagem decrescente. É aquique se revêem os amigos. Aprendemos a ser res-ponsáveis e, acima de tudo, a respeitar os outros, aigualdade de direitos, e a cumprir regras. Chorosempre imenso quando tenho de ir embora”.

JOANA VICENTE, 13 anos, Alverca. “Fui para Pal-mela com 11 anos, e já há dois anos que venho paraaqui. Acho que os campos são muito giros porquefazemos actividades novas todos os dias. Aqui façoamigos novos, pois somos todos de sítios diferen-tes, mas ao conviver é fácil sermos amigos. Ensi-nam-nos a tratarmos bem toda gente e a trabalharem equipa. Quero continuar a vir até aos 16 anos.No final, trocámos mails e números de telefone. Hásempre muita gente triste. Todos os anos há sem-pre muita gente a chorar, mas eu farto-me de rirpara não chorar também”.

Testemunhos

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Campo de Férias EDPCastelo de Bode

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NO CAMPO DE FÉRIAS DO CASTELO DE BODE CADA DIA É VIVIDO COM INTENSIDADE. E QUEM TEM A SORTEDE PASSAR POR LÁ, SABE QUE CADA MEMÓRIA É GUARDADA COMO SE DE UM TESOURO SE TRATASSE. ASFOTOS QUE SE SEGUEM NÃO DEIXAM DÚVIDAS: NINGUÉM VAI ESQUECER O VERÃO DE 2009!Fotos: Alexandre Almeida

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MARIA JOÃO MARTINS CEDO COMPREENDEUque as suas escolhas profissionais tinham que es-tar ligadas às Pessoas. Iniciou a sua actividadenuma Empresa de Recrutamento e Selecção, ondedeu vida a essa Unidade de Negócio, durante trêsanos. Ingressou posteriormente na empresa RimaSistemas e Comunicações, onde após ter desen-volvido funções como Especialista na área de Recursos Humanos, veio mais tarde a assumir asfunções de Directora de Recursos Humanos. Se-guiu-se um período onde exerceu funções na áreade Consultoria de Recursos Humanos e Gestão daMudança tendo sido Membro da Comissão Exe-cutiva da Iberconsult e Partner da área de HumanCapital na Deloitte. Em 2006, dado o seu forte espírito empreendedor, lançou o seu próprio pro-jecto empresarial, a My Change, uma empresa comcore business na área de Change Management.

Licenciada em Psicologia e Ciências da Educa-ção pela Universidade de Lisboa, tem uma espe-cialização em Orientação Escolar e Profissional eé Certificada em Coaching de Executivos pela Escola Europeia de Coaching de Madrid, para alémde inúmeros cursos efectuados ao longo do seupercurso profissional.

Lê muito, pratica como estilo de vida o autoconhecimento e auto-aprendizagem contínua. Temcomo hobby passear-se pelas livrarias ou sites, paradescobrir os “últimos temas”.

A SUA MAIOR OBRAÉ casada com um engenheiro, gestor numa em-presa imobiliária ligada a um grupo financeiro, quetem por paixão o mar e a vela, o que a leva a ve-lejar também sempre que nos fins-de-semana obom tempo convida. Tem dois filhos, o João, de17 anos, que se prepara para entrar na Universida-de na área de Engenharia Informática e a Sofia, de13 anos, que frequentará no próximo ano lectivo o8º ano. Tem nestes seus dois filhos, a sua maiorrealização pessoal e a crença profunda que cresceao mesmo tempo com eles, em novas formas deolhar o Mundo. Com os seus pequenos jovens,todos os dias a Maria João aprende coisas novas e

esforça-se por estar online, dialogante e num mes-mo cumprimento de onda. Acredita que se edu-cam os filhos, mas que estes também têm a capa-cidade de nos fazer reinventar e descobrir pers-pectivas novas.

Maria João Martins considera-se “uma pessoade Equipa” e uma das suas preocupações é “fa-zer acontecer através do envolvimento e mo-tivação”. “Acredito que pela comunicação seconsegue sempre mais. Sei que é importan-te desafiar, controlar e reconhecer, e tenho a certeza de que a Confiança é abase para conseguir liderar da melhorforma projectos, pessoas e parcerias”,considera a Directora.

PRIORIDADES PARA O FUTUROEm relação aos novos desafios enquantoresponsável estratégica de RH, Maria JoãoMartins tem como prioridades apoiar o Gru-po EDP na implementação dos objectivos estra-tégicos traçados para o futuro e ser um StrategicPartner; assim como contribuir de uma forma integrada com as empresas do Grupo EDP, tantoao nível nacional como internacional, para umagestão óptima dos RH e alinhamento estratégico,incentivando a Gestão da partilha das boas práti-cas de RH dentro do Grupo EDP. Quer ser umafacilitadora da transferência de boas ideias, pro-jectos e resultados. A responsável quer “estar per-to do Negócio”, através de um diálogo aberto econstante com Líderes, DRH’s dos Negócios eGeografias e estruturas, como estímulo ao encon-tro de soluções e dinamização de iniciativas inova-doras que desenvolvam e potenciem a Equipa EDPe, ainda, estimular a Cultura EDP para os com-portamentos e valores desejados.

Na sua visão, a diferenciação da EDP está nasua globalidade e diversidade, “com uma presen-ça no Mundo que é um enorme motivo de Orgulho. Ousada na forma como se lança paraIno var e muito Green, fazendo um traba lho extraordinário de relação com o Mercado e coma Comunidade”, concluiu Maria João Martins. on

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ESTIMULAR A CULTURA EDP, TRABALHAR COM AS EMPRESAS DO GRUPO, ESTARPERTO DO NEGÓCIO E IMPLEMENTAR OS OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS DEFINIDOSPARA O FUTURO SÃO OS OBJECTIVOS DA NOVA DIRECTORA DA DERH. CHAMA-SEMARIA JOÃO MARTINS É LICENCIADA EM PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO.

AMBIÇÃO E PAIXÃO

“Ser EDP é iluminar cada vez mais partes doMundo, de forma sustentável. É Liderar. É serInovador e ter Obsessão por fazer acontecer,fazer bem e querer ir mais longe. É ter cons-ciência social. É praticar o Sorriso com Clien-tes, com Colegas, na nossa equipa e com asoutras equipas. É compreender que na nos-sa marca está um ADN de excelente relaçãocom o Mercado, Clientes, Stakeholders e colegas, a praticar todos os dias, visandoobjectivos comuns, num Grupo com tanta diversidade. Para tudo isto, ser EDP pressu-põe ambição e paixão, para conseguirmosexceder e conquistar novos patamares”.

Maria João Martins

“Quero estar perto daspessoas e do negócio”

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JOAQUIM ROCHA“Espero ajudar a consolidar a cultura EDP”

Joaquim Rocha coordena, des-de Agosto último, a Direcção deRecursos Humanos da EDP Gás,um novo desafio colocado a esteprofissional que, ao longo dequase três décadas de trabalhona EDP, afirma gostar muito doque faz: trabalhar com pessoaspara desenvolver todos, a suaequipa e os seus clientes.

Provindo da colheita de 1960 e do signo Escorpião, Joaquim Rocha con-sidera-se um homem com sorte, que começou naquele dia 13 em quenasceu e se foi desenrolando ao longo destes 48 anos. De família humilde de Lourosa, Santa Maria da Feira, fez a sua formação básica noseminário das Missões da Consolata, fugindo dessa forma ao mundo fabril, sobretudo da cortiça e calçado que caracterizam o meio ondecresceu. Tendo deixado o seminário já com formação em filosofia e teologia, não deixou a formação humanista e o interesse pelas pesso-as. Complementou o seu percurso com o curso de História, enquantojá trabalhava nos Serviços Municipalizados da Feira e, depois, na EDP.

Ao longo dos quase 30 anos de trabalho na empresa, Joaquim Rocha teve ocasião de fazer quase tudo e de conhecer muita gente. Começou na área comercial, em 1981, passou pela informação de ges-tão e acabou na área de pessoal, para onde estava mais talhado. Ao lon-go dos 24 anos que passou na EDP Distribuição, teve ainda ocasião paracoordenar os processamentos de activos e de pensionistas e tratar doorçamento e controlo dos custos, tendo evoluído para a área de desen-volvimento das pessoas.

Pelo meio teve ainda oportunidade para ajudar a criar uma família,onde espera contribuir para a felicidade da Odília, da Catarina e do João.

Em 2005, este responsável correspondeu a mais um desafio, tendoassumido a coordenação da Direcção de Recursos Humanos da EDP Produção. Com a sorte do costume, nestes quatro anos e meio de Produção, teve o privilégio de conhecer um novo mundo nesta nossagrande EDP, de ligar-se a muita e boa gente e de ter ajudado a preparara empresa, com rejuvenescimento da estrutura e das pessoas, para esteciclo positivo de crescimento e de construção, sobretudo na área hídri-ca.

O Gás é uma área que vai agora conhecer melhor. O que mais gos-ta nos desafios é de conhecer novas realidades e estabelecer novaspontes e relacionamentos com outras pessoas, o que tem cultivadonos muitos anos de colaboração em ONG’s e associações diversas eque, espera que este novo desafio lhe proporcione. A dimensão ibérica da EDP Gás é, na sua opinião, o aspecto mais inovador do ciclo que agora começa.

Consciente de fazer parte desta nossa EDP, “que promove o desen-volvimento das pessoas, das ideias e dos negócios”, espera ajudar aconsolidar a cultura EDP – o ser EDP, os seus valores e princípios – emtodas as suas áreas de actuação.

ADÍLIA PEREIRA“Os valores EDP são vividos por todos”

Na EDP há quatro anos, AdíliaPereira inicia agora um novodesafio: coordenar a Direcçãode Recursos Humanos da EDPProdução. Trata-se, segundoas suas palavras, de uma opor-tunidade de conhecer o negó-cio da Produção e alargar “ho-rizontes” numa altura muitointeressante de crescimentoda empresa.

Adília Pereira iniciou a sua carreira profissional como advogada e estagiou numa empresa do Grupo Espírito Santo, na Direcção de Recursos Humanos. Esse estágio traçou o seu futuro profissional, ligado desde sempre ao tema de Gestão de Pessoas.

Esteve no Jornal Expresso, durante seis anos, tendo assumido a Direcção nos dois últimos. Na General Electric (GE), como Directora deRecursos Humanos, viveu uma experiência profissional marcante dadaa importância estratégica da função de RH na GE. Em 2001, integrouo Comité de Direcção da Aventis Pharma Portugal e, no dia 1 de Junho de 2005, iniciou um novo projecto profissional na EDP, enquan-to Directora do Gabinete de Desenvolvimento de Quadros.

Esteve até Julho último à frente da Direcção de Gestão de Recur-sos Humanos de Topo (DRHT).

Licenciada em Direito, Ciências Jurídico-Económicas pela Faculda-de de Direito da Universidade de Lisboa, tem uma graduação em Direito do trabalho pela mesma faculdade e uma pós-graduação emRecursos Humanos pela Universidade Católica.

É casada e tem dois filhos, que são a sua fonte de Vida. O ManuelMaria, com dois anos, e a Maria, com quatro e uma fã incondicionalda EDP, para quem o sorriso é branco porque as pessoas são muito felizes na EDP.

Considera-se uma líder com foco na motivação da equipa, o queimplica conhecer bem os seus colaboradores, as suas competências,expectativas e lançar desafios de acordo com as mesmas,

Adília Pereira encara o novo desafio na EDP Produção como umaoportunidade para “alargar horizontes” e conhecer de perto o negó-cio desta empresa, numa fase muito interessante, de crescimento. “Ogrande desafio é fazer um bom trabalho que leve a que a função deRH seja considerada estratégica, uma parceira de negócio”, destaca aresponsável.

A Directora aproveita para salientar a excelente capacidade de Exe-cução da EDP em relação à estratégia definida, adiantando que “os resultados atingidos são a prova dessa excepcional capacidade”.

“Ser EDP é pertencer a uma grande companhia onde os valoressão vividos por todos os colaboradores e as oportunidades de desen-volvimento pessoal e profissional são reais”, concluiu Adília Pereira.

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TalentosJovensO seu desempenho, envolvimento,

competência e espírito de equipa, têm-se destacado nas tarefas das muitas empresas do Grupo.

VÍTOR CABRAL tem 38 anos, 16dos quais ao serviço da EDP. Ges-tor de obra no Departamento deRedes AT/MT Sul da Direcção deProjecto e Construção da EDPD,destaca o seu empenho e desejopermanente de domínio das acti-vidades que lhe são propostascomo o segredo do seu sucesso profissional. Sempre que otempo deixa, tem como maior prazer os passeios em famí-lia, assim como ler um bom livro. Philip Roth e José Sarama-go estão entre as preferências deste licenciado em Automação e Electrónica Industrial. Mas não tem heróis: “Nãodistingo ninguém em particular, prefiro destacar todos aque-les que com pequenos gestos de simplicidade e verticalida-de me marcaram e me recordo em momentos críticos”.

Para JOÃO ALMEIDA, 29 anos, a prin-cipal função, actualmente, é prepararbiberões de duas em duas horas du-rante a noite. Não estamos a falar dasua profissão, mas sim da sua novaetapa na vida pessoal, que desempen-ha tão zelosamente como as funçõesque tem na EDP, onde é chefe de De-partamento de Controlo e Desenvol-vimento de Compras na Plataformade Negociação e Compras da EDP Va-lor. Há cinco anos no Grupo, agrada-lhe a possibilidade de trabalhar emvários projectos em simultâneo e, emparticular, a “oportunidade de conse-guir interagir com as várias geogra-fias onde a empresa actua, com des-

taque para a coordenação do projec-to de desenvolvimento e implemen-tação do Sinergie em todas as empre-sas do Grupo, projecto que já ganhoudois prémios internacionais”. Os ob-jectivos do seu trabalho resumem-seassim: Desenvolvimento e gestão deferramentas de procurement trans-versais a todo o Grupo EDP; Consoli-dação e comunicação da informaçãorelativa a todas as compras do Grupo;Gestão e manutenção da área corpo-rativa de fornecedores do siteda EDP.Além das fraldas e biberões, quandotem tempo livre, João Almeida temcomo hobbies restaurar uma Vespade 1960 e fazer windsurf.

Revela que o facto que mais contribui para oseu sucesso na EDP é o empenho que dedicaàs suas actividades, além da vontade contínuaem aprender. CLAINER DONADEL está noGrupo há 4 anos e contribui para o desenvol-vimento de estudos de planeamento do siste-ma eléctrico da Distribuição de Média Tensão,visando o crescimento do mercado de ener-gia eléctrica. Este jovem colaborador nasceuem 1980 e, neste momento, é engenheiro deplaneamento júnior. Licenciou-se na prestigia-

da Universidade Federal do Espírito Santo,no Brasil, e concluiu o mestrado em Enge -nharia Eléctrica pela mesma Universida-de. Como hobbiesde eleição elege apenasdois: passear com a família e ir ao cinema.

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JOSÉ ANTONIO DE LA GUERRA,36 anos, é responsável pelamanutenção da Central Eléc-trica de Aboño, em Espanha.Uma função que nem sempreé fácil. Por isso mesmo, ele dizque para assegurar a eficiên-cia da Central e a direcção daequipa técnica, a capacidadede escutar e manter a calmaem situações complicadas é abase do segredo. Desta for-

ma, transmite para a equi-pa segurança e confiança

para que se consigam superarcom êxito os momentos even-tualmente mais difíceis. Hánove anos na EDP, José temconsciência de que o seu trun-fo é a capacidade de trabalhoe o compromisso para com aempresa. Quando não está atrabalhar, o que gosta mesmoé de dormir toda a manhã e deficar na conversa com os ami-gos e a familia à mesa, depoisde uma boa refeição, acom-panhada de um bom vinho.

Estar num departamento pequenomas bastante transversal, que lhepermite trabalhar com várias áreas eunidades de negócio, e com bastan-te autonomia é, no entender deRUIEUSTÁQUIO, 28 anos, o facto quemais contribui para o sucesso da suacarreira na EDP. O Gestor de Risco,que está no Grupo desde 2005, é licenciado em Economia e tem ummestrado em Finanças. A sua funçãopode descrever-se da seguinte forma:desenvolver modelos que permitamao Grupo ter uma visão integrada dorisco dos seus negócios, assim comoo Controlo de Risco e definição de

Melhores Práticas. Quando dá umafolga às suas tarefas profissionais, afamília e os amigos vêm em primeirolugar. Passar tempo de qualidade comeles é algo de que não dispensa as-sim como ler (“A Vida num Sopro”, deJosé Rodrigues dos Santos, foi a últi-ma obra a parar na sua mesa de ca-beceira), ouvir e tocar música, prati-car desporto e, é claro, viajar. Um so -nho? “Poder viajar no tempo”. En-quanto não o cumpre vai vivendo fe-liz perto das pessoas de quem gosta,esperando que o clube do seu cora-ção, o Sporting, lhe dê só alegrias.Será que vai ter sorte esta época?

TIM HERTEL tem apenas 30 anos, mas já conta comuma larga experiência no campo técnico. É responsá-vel por prestar assistência técnica a todos os depar-tamentos da EDPR, de forma a assegurar a boa cons-trução e operacionalidade dos parques eólicos. Adi-cionalmente, auxilia os seus pares europeus na reali-zação de projectos especiais para a companhia, incluindo a manutenção de sistemas computorizados,a implementação de condições de monitorização dasturbinas eólicas e o EMS (Entreprise ManagementSystem) da EDPR. Estudou na Academia Naval dos Estados Unidos da América, onde se formou em 2001e considera que o principal recurso do Grupo EDP é, inquestionavelmente, os seus colaboradores. “Desdeo topo à base, sem excepção, todas pessoas de cadadepartamento foram capazes de me ensinar algo sobre a sua área de especialização, de forma a que eupróprio possa melhorar as minhas capacidades téc-nicas”. Tim encontra-se neste momento a tirar umMBA na Rice University e gosta de correr, kite boar-ding e tem um gosto especial por carros antigos.

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EDP PRODUÇÃO ORGANIZA SEMINÁRIO

A EDP Produção, na qualidade membro da ESReDA - European Safety, Reliability & Data Association, foi responsável pela organi-zação do 36º seminário, subordinado ao tema "Lessons Learnedfrom Accident Investigation". O evento realizou-se em Coimbra econtou com a presença de parceiros industriais e académicos queintegram a associação, envolvendo cerca de 70 participantes de 12países europeus e dos Estados Unidos da América.Criada em 1992, a ESReDA é uma associação europeia que tem comoobjectivos a investigação e formação em matéria de fiabilidade, disponibilidade, mantenabilidade e segurança através da criaçãode grupos de trabalho, que promovem o intercâmbio de informa-ções e dados nos domínios da segurança e fiabilidade.

A EDP, através da equipa de projec-to do reforço de potência de Picote,entregou, no dia 10 de Julho, o primeiro comboio turístico eléctri-co em Portugal à cidade de Miran-dela. Um resultado do excelente relacionamento entre a Câmara Municipal e a empresa, que temacarinhado actividades locais, sobretudo as relacionadas com acultura e preservação do patrimó-nio. Os mirandeses receberam este“presente” durante as festas da cidade, tendo sido abrilhantadopela soberba actuação dos gaiteirosde Miranda, que teve a presença decentenas de mirandeses. A chegadado comboio ao Largo D. João III, e asua inauguração numa viagem atéà Casa da Cultura, foi o momentoapoteótico. Uma das muitas formasque a empresa evidencia de estar ede participar nas iniciativas das comunidades onde está inserida.

DO VAPOR AO ELÉCTRICO

TODOS À FEIRA

A HC Energía marcou,na primeira quinzenade Agosto, presença naFeira Internacional deExposição das Astúrias(FIDMA – Feria de Mues-tras de Astúrias. Esteano sob o mote “¡Súbe-te! Energía que respon-de”, o stand da HCEnergía disponibilizou uma zona comercial com informação sobre os produtos eserviços, onde os visitantes tiveram a oportunidade de registar-se nas melhoresofertas de luz, gás e serviços da empresa, como por exemplo os produtos “funcio-na” e “facturación electrónica”. Além do carácter informativo, a HC apresentouuma zona lúdica composta por uma montanha interactiva e um muro de leds, ondequem entrava neste mundo luminoso vislumbrava a sua imagem sob numerosassilhuetas e formas. Já o jardim exterior, destinado aos mais pequenos, foi trans-formado em vários ateliers, onde a diversão foi constante e contagiante.

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BELEZA REALÇADA

Há um novo brilho no Palácio Revillagi-gedo, uma das jóias arquitectónicas deGijón. A Fundação Hidrocantábrico levou a cabo a iluminação artística des-te monumento e da Capela de San JuanBautista, en Gijón, sede do Centro Cultural Cajastur Palacio Revillagigedo.Um investimento de 85 mil euros, queincluiu a instalação de 62 luminárias,que ressaltaram a arquitectura do em-

blemático palácio. Uma das principaispreocupações foi preservar o carácterhistórico do edifício e realçar os seus ele-mentos característicos. E conseguiu-se,pois a Fundação já tem experiência nes-ta matéria há mais de uma década. Nes-te capítulo, já são realidade as ilumina-ções do edifício histórico da Universidadde Oviedo, a Real Basílica e a Santa Cueva de Covadonga, entre outras.

VIAGEM CIENTÍFICA

A equipa de projecto da central de Lares pa-trocinou uma aventura inesquecível aos alu-nos da escola básica de Lares. As criançaspartiram à descoberta de um mundo cientí-fico e aterraram no Visionarium, um centrode ciência interactivo em Santa Maria da Fei-ra. Trata-se de um museu semelhante ao daCidade das Ciências, de La Villette (França),

ou ao do Exploratorium, de S. Francisco(EUA), onde se podem realizar experiênciasmanipulando os equipamentos expostos.Uma iniciativa da Associação Empresarial dePortugal, no sentido de promover a culturacientífica do país. Esta viagem é mais umaprova do bom relacionamento da EDP comas comunidades onde investe.

EUREKA EM PORTUGAL

O aproveitamento hidroeléctrico do Alqueva foi, no passado mêsde Maio, anfitrião de cerca de 50 deputados parlamentares depaíses europeus, que integram o programa inter comunitárioEUREKA. Uma visita que resultou num melhor conhecimentodo sistema eléctrico português e da dinâmica de desenvolvi-mento do Grupo EDP, sobretudo em torno de projectos renová-veis – água, sol e vento –, respondendo a uma aposta clara, quernacional, quer europeia, na concretização de uma redução subs-tancial dos gases de feito de estufa emitidos.

ALQUEVA RECEBE VISITAS DO MUNDO

Num programa promovido pela DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia), relacionado com visitas técnicas a instalações do sector das energias renová-veis, um grupo de 40 elementos de diversas embaixadas – Angola, Áustria, Malta, Líbia, Hungria, Venezuela, Nigéria, entre outros - visitaram, em Julho, o aproveitamento hidroeléctrico de Alqueva. No local, realizaram-se duas apresentações. A primeira focou aspectos relacionados com o desenvolvimento doparque hidroeléctrico e a estratégia de desenvolvimento do Grupo EDP, e a segunda centrou-se na descrição pormenorizada da instalação. Desta visita resul-taram diálogos interessantes entre os diversos intervenientes, sobre o sector eléctrico e seus condicionalismos.

Em sintonia com as aspi-rações da EDP, o TeamUp visa dar continuida-de à consolidação dasequipas, desenvolvendoum trabalho orientado para os grupos da organização – os líderes dedirecção, departamento e grupo de actividade – que detêm maior capacidade para influenciar comportamentos individuais e da equi-pa. Já se realizaram dois workshops, conduzidos pela My Change, em-presa parceira da Soluções Comerciais - um em Lisboa, outro em Con-deixa, dedicados ao tema “Liderar e Facilitar a Mudança” -, e ainda a1ª Manhã de Conferência, na mesma linha temática dos workshops.Até ao final deste ano, o Team Up vai andar pelo Grupo a desafiar e mo-tivar líderes. Mais acções irão acontecer nestes meses sobre o temacentral do Team Up, de onde se destacam debates temáticos sobre tex-tos, as acções de follow-up dos trabalhos sobre liderança e duas ses-sões de encerramento que se irão consolidar no encontro de trabalha-dores da EDP Soluções Comerciais, a realizar-se no Centro e Sul do País.O Conselho de Administração da Empresa, absolutamente envolvi-do na dinâmica do programa, acredita que, pelas suas característi-cas, o Team Up dará um contributo importante no fortalecimentodo capital humano da empresa, e uma nova perspectiva sobre a for-ma de liderar num ambiente de negócio que é, hoje, muito mais com-plexo e competitivo.

TEAM UP: LIDERANÇA E RESULTADOS

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1º STEERING COMMITTEE LEAN II

Realizou-se, em Junho, o primeiro SteeringCommittee do projecto Lean II da EDP Solu çõesComerciais. Os principais objectivos da reunião,que contou com a presença do Conselho de Administração da empresa, directores e equipas envolvidas no programa de activi -dades, foram a partilha colectiva dos resul -tados alcançados e a comunicação dos desafios

para as próximas etapas.Os líderes das equipas constituídas em 2009

– Reclamações e Gestão da Dívida – relataramo balanço dos trabalhos desenvolvidos ao nívelda formação das pessoas - acção fundamentalpara a aquisição dos conceitos da filosofia Lean- e ainda, os resultados do diagnóstico dos pro-cessos em análise e os próximos passos dos tra-balhos a levar a cabo.

A mensagem final do Encontro da EDP Solu-ções Comerciais coube a Cruz Morais, presiden-te do Conselho de Administração, que realçoua importância da continuidade do projecto Leanno Grupo. Não só do ponto de vista de susten-tabilidade do negócio, como também a influên-cia que um projecto com estas característicastem para o fortalecimento da capacidade de re-acção, já que se constitui como um instrumen-to para o envolvimento de todos os colabora-dores.

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PLATAFORMA DECONTRATAÇÃO PÚBLICA

Com a entrada em vigor do novo Código dos Con-tratos Públicos DL18/2008, e de forma a cum-prir com a obrigação legal, foi adjudicada à Saphety Level - Trusted Services, SA, em regimede ASP (Application Service Provider), uma Pla-taforma de Contratação Pública com vista aocumprimento dos requisitos definidos para os“Sectores Especiais” (sectores da água, da ener-gia, dos transportes e dos serviços postais). A contratação resultou da iniciativa da Pla-taforma de Negociação e Compras (PNC) daEDP Valor, para fazer face a uma necessida-de do Grupo, tendo sido efectuada uma con-sulta de mercado a oito empresas a operarno sector. Foram, em seguida, analisados ossistemas propostos, e realizou-se um works-hop com cada concorrente. A Saphety Level - Trusted Services, SA foi a em-presa seleccionada para a disponibilização daPlataforma de Contratação Publica, no âmbi-to do Código dos Contratos PúblicosDL18/2008, estando a solução para a realiza-ção de procedimentos já pronta.

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A HC Energía criou, no mercado liberalizado de energia em Espan-ha, uma nova comercializadora. Arecente empresa nasceu da uniãoentre a HC e a CIDE, uma empre-sa de 220 pequenas distribuido-ras eléctricas, que se encontramrepartidas por diferentes pontosdo país. Com esta união nasceu aChc Energía, uma soc iedade par-ticipada em 50% pela HC e pelaCIDE, que trouxe em Maio um mil-hão de clientes. Desde o mês deJulho, uma boa parte da carteiradestas distribuidoras já é clienteda Chc Energía.Na nova empresa, cada sócioacrescenta valor: as pequenas dis-tribuidoras de energia associadasà CIDE oferecem à Chc a forte liga-ção que mantiveram, durantemais de cem anos, com os seus

clientes, enquanto que a HC Ener-gía vem proporcionar à nova co-mercializadora o know-howden-tro do mercado eléctrico.O modelo de negócio da nova em-presa centrar-se-á em manter arelação de proximidade com ocliente e oferecer uma amplagama de serviços e produtos rela-cionados com o abastecimentoeléctrico, tal como têm vindo a fa-zer as pequenas eléctricas asso-ciadas à CIDE, como a HC.Um dos grandes passos é o incre-mento da carteira comercial doGrupo em Espanha. A nova comer-cializadora irá operar nas zonas

onde as pequenas distribuidorasestão presentes. No resto de Espanha, a HC Energía continuaráo seu intenso trabalho de comer-cialização. A proactividade dacompanhia no mercado livre deenergia tem permitido obter per-centagens mais elevadas de clien-tes liberalizados do que o resto dosector. Cerca de 40% dos clientesda HC estão no mercado livre,quando a média do país ronda os10%. A maior parte desses clien-tes elegeram também a ofertadualque lhes permite juntar numúnico contrato os abastecimentosde gás e electricidade.

CHC ENERGÍANO MERCADOPARA VENCER

EDP JUNTO DO PÚBLICO

A EDP esteve, uma vez mais, representada nas fei-ras da Ascensão e de Santiagro. Na da Ascensão, navila de Alenquer, a empresa marcou presença comum expositor dedicado aos Centros de ProduçãoCar regado e Ribatejo. Já em Santiago do Cacém, nafeira Santiagro, o standda EDP era dedicado ao Cen-tro de Produção de Sines. A afluência do público foisignificativa, demonstrando grande curiosidade, emespecial pelo funcionamento de uma central e pelaimplementação de medidas a nível ambiental.

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