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2013 Dia Mundial da Criança
Declaração dos Direitos da Criança 2
Valores... 3
Saúde... 4
Olhares... 5
Na sala de atividades... 6
Miminhos saudáveis... 9
O Cantinho 10
Cuida bem de ti... 11
Canto Poético 12
Torre dos Clérigos 13
A brincar também se aprende... 14
Uma História à tua espera... 15
neste número...
Sejam bem-vindos ao nosso jornal Edu-Care!
A criação deste jornal tem como objetivo primordial a divul-
gação do trabalho lúdico/ pedagógico realizado no serviço de
Pediatria com as crianças jovens e famílias.
Estas atividades são desenvolvidas por uma
equipa multidisciplinar que, em colaboração
com as Educadoras e voluntários do Serviço,
promovem, numa vertente de humanização, um leque de
aprendizagens com recurso a variadas experiências que vão
desde teatro de fantoches, dramatizações, teatro de som-
bras, à música, expressão plástica, culinária, entre outras...
O nosso dia a dia é feito de pequenos momentos que se tra-
duzem em vivências intensas e enriquecedoras para todos,
congregando os saberes das diversas áreas, levando tam-
bém ao exercício de reflexão sobre o trabalho desenvolvido.
Este trabalho feito a muitas mãos conta com a colaboração
de vários parceiros institucionais que, há longa data, promo-
vem atividades semanais no Serviço. São eles
Fundação do Gil: “Hora do Conto” e a “Hora da
Música”; “Saúde Brincando” da ESMAE;
“Música nos Hospitais” da APMHIS; “Histórias
ao Ouvido” das Bibliotecas Municipais e “Narizinho” do
ICBAS.
Façamos jus ao título deste jornal, “EDU-CARE”, dirigindo os
nossos olhares para o que é pedagógico, divertido e que no
colo embalamos!...
Este é o nosso desafio!
As Educadoras
editorial
Departamento da criança e do adolescente
Serviço de pediatria
Nº 1
O jornal nasceu há pouco,
nasceu agora;
nasceu na máquina de escrever,
nasceu na caneta,
na fotografia,
na composição,
na gravura,
nasceu na revisão,
na impressão,
nasceu no grito do ardina
que vende o mundo
em retalhos de notícias.
Passou um dia,
o jornal é de ontem.
Está morto.
Jornal é maravilhoso fenómeno de papel
que nasce e morre
de 24 em 24 horas
Manuel Vieira
Princípio 1º
Todas as crianças são iguais e têm os mesmos direitos,
não importa a sua cor, raça, sexo, religião, origem social
ou nacionalidade.
Princípio 2º
Todas as crianças devem ser protegidas pela família, pela
sociedade e pelo Estado, para que possam se desenvol-
ver física e intelectualmente.
Princípio 3º
Todas as crianças têm direito a um nome e a uma nacio-
nalidade.
Princípio 4º
Todas as crianças têm direito a alimentação e ao atendi-
mento médico, antes e depois do seu nascimento. Esse
direito também se aplica à sua mãe.
Princípio 5º
As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas
ou mentais, têm o direito a educação e cuidados especi-
ais.
Princípio 6º
Todas as crianças têm direito ao amor e à compreensão
dos pais e da sociedade.
Princípio 7º
Todas as crianças têm direito à educação gratuita e ao
lazer.
Princípio 8º
Todas as crianças têm direito de ser socorridas em pri-
meiro lugar em caso de acidentes ou catástrofes.
Princípio 9º
Todas as crianças devem ser protegidas contra o abando-
no e a exploração no trabalho.
Princípio 10º
Todas as crianças têm o direito de crescer em ambiente
de solidariedade, compreensão, amizade e justiça.
Nesta data de inauguração do Jornal, lembramos este dia em que o hospital se vestiu de vivas co-res e alegria, e, ao som de lindas melodias se realizaram inúmeras actividades...
Conhece, resumidamente, os
10 princípios desta Declaração.
Em 1959 a ONU (Organização das Nações Unidas)
escreveu e aprovou a "Declaração dos Direitos da
Criança".
Esta declaração é composta por 10 artigos, muito
simples, que dizem respeito ao que podes fazer. e
ao que as pessoas responsáveis por ti devem fazer
para que sejas feliz, saudável e te sintas seguro.
(É claro que tu também tens responsabilidades para com as
outras crianças e para com os adultos para que também eles
gozem dos seus direitos.)
Alegria
Sempre que começares o
teu dia, lembra-te dos inú-
meros dons que vais rece-
ber, desde o alimento à
saúde do corpo.
Lembra-te também do afe-
to que te tem sido dado, e
de como é importante po-
deres crescer num ambi-
ente de paz.
Tens tantos motivos para
te alegrares!
Esperança
Nunca deixes de acredi-
tar na vida.
Lembra-te sempre:
só podes olhar o futuro
com esperança se vive-
res o presente com reti-
dão.
Justiça
Ninguém deve sentir-se
tranquilo quando sabe
que há pessoas que
passam necessidades, e
que há crianças que não
podem ir à escola e tra-
balham como escravas.
Colabora como puderes
para a criação de uma
sociedade mais justa.
Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem
ser expressas numa só palavra: Liberdade |
Justiça | Honra | Dever |
Piedade | Esperança Winston Churchill
Valores
Falando de AMIZADE em Inglês… Para aprenderes e pintares
O internamento hospitalar
de uma criança ou ado-
lescente é, na maior
parte das vezes, um evento marcante e dramático, tanto
para o próprio como para a
sua família. A experiência
negativa de um interna-
mento prende-se com a
interrupção das rotinas
diárias, a perda de contacto com a família alargada e os
amigos, a necessidade de interação com pessoas estra-
nhas, a perda de privacidade, autonomia e liberdade e a
necessidade de realização de exames e/ ou tratamentos
passíveis de provocar medo ou dor. Alguns doentes cró-
nicos em particular, pela necessidade de internamentos
frequentes ou prolongados, ficam ainda privados de estí-
mulos cognitivos e educativos, o que pode condicionar
atraso na aquisição das principais etapas do seu desen-
volvimento psicomotor ou insucesso escolar.
A forma como esta experiência é vivida dependerá em
grande parte do motivo e duração do internamento, da
idade da criança, do suporte familiar e da forma como a
criança é acolhida e tratada na instituição hospitalar que
a recebe.
No sentido de minimizar os aspetos negativos desta ex-
periência, foram regulamentados os direitos da criança
hospitalizada, que devem ser postos em prática por todas
as instituições hospitalares e pelos profissionais de saú-
de. Estes direitos estão sintetizados na Carta da Criança
Hospitalizada, que foi aprovada em 1988, em Leiden, na
Holanda, e, mais tarde, divulgada em Portugal pelo Insti-
tuto de Apoio à Criança, e que passo a citar:
1. A admissão de uma
criança no hospital só
deve ter lugar quando os
cuidados necessários à
sua doença não possam ser prestados em casa, em con-
sulta externa, ou em hospital de dia.
São vários os motivos que condicionam o internamento
de uma criança/ adolescente: cirurgia programada ou
urgente; doença aguda (gastroenterite, pneumonia,…)
que exija vigilância mais apertada e/ ou determinado tipo
de terapêutica passível de ser realizada apenas em meio
hospitalar (administração de fármacos por via endoveno-
sa, oxigenoterapia…); doença crónica (diabetes, artrite
idiopática juvenil, epilepsia, doenças pulmonares cróni-
cas,…) para investigação, vigilância, terapêutica específi-
ca e ensino de técnicas terapêuticas; motivos sociais,
pela necessidade de salvaguardar a integridade física e/
ou mental da criança, retirando-a de um ambiente onde
sofre maus tratos, é negligenciada ou está exposta a con-
flitos familiares graves, carências alimentares e/ ou péssi-
mas condições habitacionais. Nestas situações de risco
social, o internamento acaba por ter um papel protetor,
tendo sobretudo um impacto positivo na criança.
Cabe à equipa médica e, nas situações de
risco social, ao serviço social e/ ou ao tribunal,
a decisão de internamento, havendo na maior
parte das situações, critérios bem definidos e
protocolados e que têm sido cada vez mais
restritivos.
A possibilidade da criança se deslocar diaria-
mente ao hospital para efetuar tratamento e/
ou para ser reavaliada, em regime de hospital
de dia, é uma prática cada vez mais defendida
e adotada, e que tem sido responsável por um
decréscimo no número de internamentos e
consequente diminuição do absentismo esco-
lar e laboral.
Marta Rios
Pediatra
(Este artigo vai ter
continuidade no
próximo número do
jornal)
Hospitalização infantil
Dois espaços do Internamento
Hoje a manhã foi de surpresas. Primei-
ro porque estava uma equipa multimé-
dia da BMAG a entrevistar alguns inter-
venientes do projeto ”Histórias ao Ouvi-
do”, Diretora, educadoras, mães e vo-
luntárias. Eu, também fui entrevistada
como voluntária tendo falado sobretudo
da minha esperança de que este pro-
jeto /“semente” dê muitos frutos.
Depois, a surpresa foi não haver ado-
lescentes nas enfermarias com exce-
ção de 1 ou 2 muito doentinhos.
É bom, pensei, é bom porque significa
menos adolescentes a sofrer. Então
dirigi-me com a educadora Angélica,
para a enfermaria dos mais pequeni-
nos. Aí chegou a mais bonita das sur-
presas. Abeirei-me do Diogo de 4 anos,
olhos vivos e um sorriso maroto.
O Diogo é de Cete. Estava acompanha-
do pela mãe, que, sendo uma das
mães a quem pediram uma entrevista,
me deixou a sós com ele. Então inven-
tamos uma história que ele mesmo ini-
ciou, falando de extra terrestres.
Era uma vez…
Três amigos, o Diogo, o Nuno e o Ri-
cardo, pediram aos pais que lhes com-
prassem um fato de astronauta.
Quando tiveram a prenda, cada um
deles, muito vaidoso, vestiu o fato. Co-
mo o fato tinha nas costas uma garrafa
propulsora, cada um carregou no res-
petivo botão e ficou muito inchado e
fofo e, ao mesmo tempo que levanta-
vam as mãos, subiram para o espaço
em grande velocidade. Não demorou
muito tempo e os três amigos pousa-
ram na lua.
Tudo era muito bonito. Havia casa, flo-
res, seres humanos e seres do espaço.
Seres que eram de todas as cores, ver-
des, vermelhos e azuis. Tinham dois
corninhos na cabeça com uma bolinha
na ponta. Eram muito divertidos e logo,
em grande animação, começaram a
brincar uns com os outros. Mas passa-
do um tempo, quando já estavam can-
sados e com saudades das suas ma-
mãs, os três amiguinhos carregaram
num outro botãozinho, levantaram as
pernas e começaram a descer, a des-
cer, a descer e a sentiram-se muito
quentinhos numa caminha muito linda.
O nosso amigo Diogo abriu os olhos
e… estava deitado na sua caminha…
Afinal a ida à lua tinha sido um delicio-
so sonho!
Devo dizer que fiquei enternecida com
esta história e que não mais esquecerei
o olhar maroto de Diogo. 23 de março de 2010
(Armanda Camisão, voluntária)
Os enfermeiros em Pediatria enfrentam cada vez mais de-
safios relacionados com a complexidade das situações de
saúde e doença. Estas exigem uma abordagem interdiscipli-
nar que extravasa a área da saúde e que obriga a um ver-
dadeiro trabalho em equipa. Ser polivalente,
ter facilidade de adaptação e ter capacidade
de actualização constante; são algumas das
características essenciais para “Ser Enfer-
meiro na Pediatria do CHP”.
Ser polivalente – Na Pediatria a fragilidade
da díade criança/ família é um fator que influencia e condici-
ona o desempenho do enfermeiro, no qual terá obrigatoria-
mente que ter conhecimentos e habilidades, que permitam
trabalhar nas diversas áreas do foro médico e cirúrgico que
este serviço abrange.
Ter facilidade de adaptação – As grandes transformações
que o CHP tem vindo a sofrer, nomeadamente durante o
processo de construção do Centro Materno Infantil do Norte,
trouxeram aos enfermeiros que trabalham em Pediatria
grandes desafios. A passagem para o Hospital Maria Pia e a
posterior integração de um Hospital Pediátrico num só servi-
ço, exigiu que enfermeiros que anteriormente trabalhavam
em áreas especializadas – lactentes, nefrologia, cirurgia; se
adaptassem rapidamente a prestar cuidados em especiali-
dades pediátricas distintas e a crianças desde os dias de
vida até aos 18 anos.
Capacidade de actualização – A capacida-
de de actualização constante decorre de
todas as mudanças que se têm verificado
ao longo do tempo. As várias exigências em
cuidados especializados na área da pedia-
tria exigem que os enfermeiros se mantenham constante-
mente actualizados sobre técnicas, procedimentos e inter-
venções específicas, no sentido de dar uma resposta eficaz
às necessidades das crianças internadas.
Em jeito de conclusão, posso dizer que ser enfermeiro na
Pediatria do CHP é um desafio constante e uma oportunida-
de de crescer profissionalmente, para todos aqueles que
trazem a Pediatria no coração. Fátima Couto
Enfermeira especialista em Pediatria
Perante as adversidades da doença em período de interna-
mento a que são submetidas as crianças, é nosso dever
sermos mais pró-ativos e inovadores, orientando as nossas
sinergias em programas educativos e recreativos que mini-
mizem o impacto da sua estadia em contexto de interna-
mento.
Congratulo-me com a presente iniciativa, de âmbito pedagó-
gico, por constituir uma mais valia com a criação deste es-
paço que permite à criança/ adolescente/ família exprimir e
registar o seu sentir e a sua perceção desta situação. Rosária Vale
Enf. Chefe do Serviço
Ser Enfermeiro em Pediatria no CHP
Estar no hospital não é como todos
pensam! As pessoas dizem: " vai pas-
sar rápido, vais ver..." Mas na verdade
os minutos parecem horas e o que
mais me custou foi ter de ficar na cama.
A cama é como uma prisão, mas nin-
guém se apercebe, pois só os pacien-
tes estão nela. As pessoas pensam que
estar nela é uma regalia, mas, na ver-
dade, estar na cama significa ficar de-
pendente de todos os que nos rodeiam:
enfermeiros, médicos... Além disso,
não é fácil olhar para os nossos cole-
gas de quarto e vê-los sofrer, enquanto
nós estamos muito bem e sem dores.
Este tempo em que estive no hospital
foi tão bom como mau, pois há pacien-
tes que sofrem bastante. Ouvir o seu
choro ou até ver as suas dores é horrí-
vel e não recomendo a ninguém. As
pessoas ficam mais meigas connosco
só porque estamos aqui. o que é estra-
nho, porque as pessoas deviam ser
sempre queridas connosco! A parte boa
é que as enfermeiras e os médicos são
ambos fantásticos. Basta tocar num
botão e eles vêm o que precisamos.
Penso que, como tudo no hospital é
novo, isso assusta no inicio, os sons
que as máquinas fazem são estranhos
e pensar como seria se nunca tivésse-
mos sido operados, como ficaríamos.
Podem não acreditar, mas, antes de
entrar para o bloco operatório, pensa-
va: " vou morrer, ou se algo correr
mal..." Mas, afinal, correu tudo bem e
agora estou a descrever esta minha
primeira operação, ou seja, a primeira
impressão sobre o hospital! Ana Teresa Cabral, 13 anos
A Matemática e os Jogos na Educação
Pré-Escolar
A definição de Matemática o final do século XX, tendeu
para uma aceitação entre os matemáticos como: A ciência
das regularidades (padrões). Segundo esta definição, o
trabalho do matemático consiste em examinar padrões
abstractos, tanto reais como imaginários, visuais ou men-
tais. Ou seja: os matemáticos procuram regularidade nos
números, no espaço, na ciência e na imaginação e as teo-
rias matemáticas tentam explicar as relações entre elas.
A relação entre o jogo e a matemática constitui-se numa
abordagem significativa, principalmente na educação pré-
escolar, pois é neste período que as crianças devem en-
contrar o espaço para explorar e descobrir elementos da
realidade que a cerca. A criança deve ter oportunidade de
vivenciar situações ricas e desafiadoras, as quais são pro-
porcionadas pela utilização de jogos como recurso peda-
gógico.
O ensino da matemática na educação pré-escolar deve
dar prioridade ao avanço do conhecimento das crianças,
perante situações significativas de aprendizagem sendo
que o ensino através dos jogos deve acontecer de forma a
ajudar no ensino do conteúdo, proporcionando a aquisição
de ferramentas e o desenvolvimento operativo da criança.
Quando falamos em jogos pensamos no seu carácter lúdi-
co e divertido. De facto, as crianças facilmente se sentem
atraídas pelo jogo, que constitui um importante factor de
motivação. Os processos matemáticos envolvidos nos
jogos promovem a comunicação aliada à tomada de deci-
sões, ao planeamento e definição de estratégias.
Os jogos são parceiros fundamentais desde os primeiros
anos de vida, devendo-se implementá-los desde cedo no
ensino pré-escolar, no desenvolvimento do raciocínio lógi-
co-matemático.
É importante que os jogos sejam adaptados para as dife-
rentes idades das crianças, desenvolvendo assim as dife-
rentes vertentes do raciocínio, como: a seriação, a classifi-
cação, as relações numéricas ou as relações espaciais.
O objectivo é que os conceitos matemáticos sejam cons-
truídos pela criança como resposta aos problemas reais
que surgem no seu dia a dia, em que a criança compreen-
da os termos de maior, menor e maior e utilizar critérios
lógico de seriação, em que agrupe objectos pelas suas
semelhanças ou pelos seus critérios comuns, como por
exemplo, juntar as peças de um jogo pelas cores ou os
animais pelo local onde vivem, em que a criança conheça
a sequência numérica e faça corresponder o número que
se vai dizendo em voz alta a um objecto que se aponta.
O principal objectivo do ensino da matemática é desenvol-
ver a capacidade de resolver problemas, contribuindo para
tornar as crianças autónomas do ponto de vista intelectu-
al, fornecendo-lhes instrumentos que lhes permitam ser
competentes nesta sociedade em permanente transforma-
ção.
In AGUIAR, J. S. Jogos para o ensino de conceitos: Leitura e Escrita na
pré-escola. Papirus.
Elvira Meireles
E assim nasceu o cartaz a dar as boas vindas à PRIMAVERA! Há poucos dias, o do VERÃO!
As crianças internadas ou as que aguardam a cirurgia
aprendem/ revêem noções, com os jogos existentes,
de relação espacial, lateralidade e reconhecimento de
cores e formas; noções de conjunto, seriação pelas
cores, formas ou tamanhos; lógica dedutiva.
Fases de construção destes dois placards com materiais recicláveis, para as salas de espera da consulta ex-terna.
“…bip, bip-bip, bip-tim-potim,
Ptum-ptam, bip, bip,”: as ono-
matopeias ganham identi-
dade sonora e aquilo que
se afigura ser meros ruí-
dos de um serviço hospi-
talar passa a ser música.
Protagonizada pela equipa
da Associação Portuguesa de
Música nos hospitais (APMHIS)
encontra-se desde 2006 a embalar
ruídos, a criar laços de harmonia sonora
entre a comunidade médica-hospitalar no
Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar
do Porto.
Esta associação desenvolve
um trabalho de humanização e
de envolvimento da comunida-
de hospitalar através da músi-
ca. É seu objetivo criar mo-
mentos de música e de arte
envolventes, únicos e autênti-
cos junto da criança, da mãe e do pai que a acompa-
nham, do médico, do enfermeiro, das educadoras que
dela cuidam, e do assistente operacional atento, que as-
siste à preocupação e angústia de todos os que lhe pres-
tam o seu melhor e o seu cuidado.
Este encontro entre estas duas entidades, APMHIS e
Serviço de Pediatria, surge pela mão da Dra. Margarida
Medina. Assim se inicia a história: uma médica, na altura
Directora de Serviço, preocupada em oferecer aos seus
pequenos utentes e famílias um cuidado mais próximo,
humanizador e acolhedor.
Nos dias que hoje se contam, a filosofia de humanização
e proximidade continuam a vigorar neste serviço. Duas
vezes por semana, durante duas horas ouve-se, faz-se e
cria-se música com todos. A equipa de músicos cresceu
e de apenas duas músicas: Ana Clement e Dulce Morei-
ra passaram a ser mais três: Marta Oliveira, Susana Ri-
beiro e Goreti Santos.
O trabalho é concretizado em dupla e com um carrinho
apetrechado de instrumentos e de
objetos sonoros aparentemente
estranhos: as traqueias desaprovei-
tadas das incubadoras dão azo a
tubos de harmónicos, as seringas
transformam-se em singelas flautas
de êmbolo. Surpreender e tornar o
universo de internamento hospitalar
num local de cultura, de arte e de saúde para o bem-
estar de todos os que por aqui passam. Na semana da
criança, de 27 a 31 de Maio, para além das intervenções
de música decorrem ainda diversas atividades desenvol-
vidas pela APMHIS e pela equipa de educadoras.
Narizinho
Saúde brincando
Projeto de voluntariado iniciado pelos alunos de Medicina do ICBAS, e alargado, atualmente, a todos os alunos da UP.
Projeto iniciado nos anos 90 patrocina-dos pelo Rotary Club nos serviços de Pediatria dos Hospitais do Porto. Hoje em dia é desenvolvido pela Escola Su-perior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.
Dia do Gil
O Projeto “Histórias ao Ouvido” é desenvolvido em
parceria com as Bibliotecas Municipais do Porto, com o
apoio da Escola Virtual da Porto Editora e JP Sá Couto
(computadores portáteis).
Com uma dinâmica própria, e numa vertente terapêutica, serve-se
das histórias para levar às crianças, jovens e famílias momentos de
descontração e bem estar, entretendo-as, fornecendo metáforas
para a vida, ajudando-as a lidar com os estados emocionais e a pro-
curar alternativas para as mudanças e condicionamentos que o in-
ternamento acarreta.
“Contar histórias é um instrumento sensível para evocar os pensa-
mentos das crianças, identificar as suas distorções, e ajudá-las para
de forma mais acurada dar sentido ao seu mundo.” (Friedberg,
1994)
“Ouvir histórias pode ajudar as crianças a perceber e encontrar for-
mas para lidar com as suas experiências” (Storytelling Arts of India-
na, 2010)
“… as metáforas terapêuticas e a fantasia guiada oferecem esco-
lhas às crianças numa forma atrativa e efetiva sem prescrição verbal
ou comportamental” (Fazio , 1992)
Objectivos do Projeto
Desenvolver um programa terapêutico de promoção e
animação da leitura no internamento.
Proporcionar momentos de bem-estar, a partir do livro
e da leitura.
Realizar oficinas de expressão plástica com as crian-
ças/ jovens internados e suas famílias.
Desenvolver pequenos projetos de teatro de fantoches
com as crianças.
Incentivar as famílias a serem eles próprios a contarem
histórias aos seus filhos e a estimularem-nos para a
leitura;
Formar voluntários na arte de contar como instrumento
terapêutico, para intervirem neste projecto.
Disponibilizar apoio escolar orientado por professores
voluntários na situação de internamento prolongado.
Alguém disse " ser voluntário é ser mãos, é ser sorriso".
É verdade e isto vê-se no Projeto Histórias ao Ouvido a
que pertenço, contando histórias, fazendo jogos ou ou-
tras atividades direcionadas para estas crianças hospita-
lizadas.
Resultante da minha anterior experiência profissional no
ensino, colocou-se a hipótese de auxiliar um menino vin-
do da Guiné, o Mamadu, que com quase 7 anos ainda
não tinha iniciado a escolaridade. Assim o fiz. Desloquei-
me diariamente ao Hospital e começamos com o ensino
da leitura e da escrita. Foi uma experiência incrível ven-
do o seu entusiasmo e o seu progresso a acontecer.
Assim continuamos algumas se-
manas, mas mais tarde teve que
terminar porque finalmente o Ma-
madu ia ter um lar onde viver
uma vida mais normal, que não
aquela no Hospital. Iria ter um
ensino numa escola pública, com
amigos, mas estes passinhos no Hospital foram-lhe úteis
e ajudaram à sua integração. A vida nos hospitais é mes-
mo assim! Uns vão, outros vêm, e cá estamos nós para
os acolher... e ser mãos... e ser sorriso… Maria Eugénia Valente
Desde 2005 que temos o orgulho de per-
tencer à família dos 28 núcleos hospitala-
res apoiados pela Fundação do Gil.
Semanalmente a magia da “Hora do Con-
to” e da “Hora da Música” proporcionam
momentos de alegria, entretenimento e
diversão, animando as manhãs de sextas
feiras a todos os que nelas participam.
Receita do bolo do Agrião:
Ingredientes:
2 Chávenas de farinha de trigo com fermento
1 Chávena (chá) de óleo
2 Chávenas de açúcar
1 Molho pequeno de agrião lavado
1 Pitada de sal
3 Ovos inteiros
Modo de preparação:
Colocar no liquidificador ou com a varinha mágica o açúcar,
os ovos, o óleo e os agriões.
Juntar a mistura com a farinha e mexer com uma colher de
pau, até misturar tudo.
Levar ao forno numa forma de buraco untada com manteiga
e polvilhada. Deixar cozer a 180ºC até o bolo se apresentar
cozido. Desenformar depois de arrefecer.
O Agrião
O agrião é um vegetal folhoso muito nutritivo composto por água, muitas vitaminas e minerais!
As suas vitaminas mais abundantes são a vitamina A, essencial para a visão e saúde da tua pele, a vitamina C que é
importante para aumentar a resistência do teu organismo às infeções e ainda as vitaminas do complexo B responsáveis
pelo crescimento e produção de energia.
Possui ainda minerais como o fósforo e o ferro que evitam a fadiga mental e estão ligados à produção de glóbulos ver-
melhos do sangue. O cálcio ajuda a promover a saúde dos teus ossos e dentes. Como tem muita fibra, ajuda a que o teu
intestino funcione melhor.
Podes comê-lo ao natural, numa salada, em sandes e também como ingrediente de sopas.
Neste espaço aprende-se a ter uma alimentação saudável, e experimentam-se algumas receitas… Desta
vez, o eleito foi o agrião.
A adoção de um estilo de vida saudável, nomeadamente
através de uma alimentação completa, variada e equilibrada,
assume especial importância durante a infância, sendo esta
uma fase de crescimento e desenvolvimento físico e intelec-
tual. Os hábitos alimentares são adquiridos durante os pri-
meiros anos de vida, tornando-se, por isso, fundamental
atuar precocemente. Neste sentido, a Unidade de Nutrição
do CHP – HSA realizou algumas atividades de educação
alimentar no internamento de Pediatria.
A primeira sessão de educação alimentar foi realizada no
dia 14 de Março do presente ano, onde foram abordados
conceitos sobre alimentação saudável através de uma expo-
sição interativa com posterior elaboração de jogos/ materiais
didáticos, alusivos ao tema. Conjuntamente foi elaborada
uma receita saudável de um bolo de agrião, com o objetivo
de proporcionar às crianças uma experiência saborosa da
mesma forma que aumentamos a ingestão de produtos hor-
tícolas. Esta experiência revelou-se bastante enriquecedora,
uma vez que as crianças mostraram bastante curiosidade
em conhecer um novo hortícola e aprenderam formas diver-
tidas de inseri-lo na alimentação.
A segunda sessão de educação alimentar foi concretizada a
15 de Abril, dando especial ênfase à importância da inges-
tão de fruta. Assim, para além da visualização de um Power-
Point, tiveram a oportunidade de experimentar e descobrir
novos e deliciosos sabores de fruta (papaia, manga, mirtilos,
framboesas,...). Todos participaram com entusiasmo e fica-
ram a conhecer melhor a importância de uma alimentação
saudável e colorida. Esta atividade foi dinamizada pela Nu-
tricionista (Dra. Carla Silva) e estagiárias (Ana Martins e An-
dreia Brandão) da Unidade de Nutrição do CHP.
O
A ssim chamamos ao nosso espaço do
Hospital de Dia de Pediatria.
Como qualquer serviço de Pediatria também nós, no nosso “cantinho”,
vivemos rodeados de risos, choros, birras ou mimos, contos de fadas ou
histórias de gente grande… mas é aqui, que o Amor pelos outros é vivi-
do plenamente.
E é destas vivências que queremos trazer notícias, quer através das
obras dos nossos ocupantes quer através do relato das suas peripécias.
E começamos com a “PRIMAVERA” da autoria da Carolina, pintada com
as cores da alegria que irradia dos seus 6 anitos.
Enf. Maria José
Enf. Olinda
“PRIMAVERA” Carolina
Quem trabalha por amor
A toda a hora e momento
Aliviando a todos a dor
Mostra um lindo sentimento.
E neste “cantinho”, para além do trabalho dedicado de todos os pro-
fissionais de saúde, há também voluntárias que tentam amenizar
os momentos difíceis e de sofrimento que algumas crianças passam pe-
riodicamente para receber o seu tratamento. Apoiam-nas em tarefas es-
colares e proporcionam-lhes momentos de
animação através da realização de activida-
des utilizando as novas tecnologias de infor-
mação. Partilham das suas alegrias, desafios,
conquistas; anseiam por boas melhoras; e,
acima de tudo, sentem-se gratas por conse-
guirem fazer uma criança feliz nas circunstân-
cias em que se encontram. Voluntária Ana
Também por cá há poetas...
O pastor, a ovelha, o lobo e a couve Sequência das viagens:
Viagem 1: pastor e ovelha Viagem 2: regresso do pastor Viagem 3: pastor e lobo Viagem 4: regresso com ovelha Viagem 5: pastor e couve Viagem 6: regresso do pastor Viagem 7: pastor e ovelha
Quantos triângulos: 24
Quantos quadrados: 35
A. 2 B. 1 C. 3 D. 3 E. 1 F. 1
Elvira Rosa
(avó do Tiago)
O verão está a chegar! E com ele a vontade de uma boa banhoca no mar, no rio…
Segue atentamente os conselhos que se seguem e aprende algumas regras de
convívio com o sol, para passares umas férias divertidas e tranquilas …
Vais ver como é fácil brincar no Verão sem apanhar um escaldão. E lembra-te ... Por cada vermelhidão muitos sinais mais
tarde te aparecerão. E quantos mais sinais te aparecerem mais cuidado com o sol terás que ter. Eis uma boa razão para ao
sol fazeres uma boa proteção.
Estes ensinamentos foram retirados e adaptados da revista BRINCA E APRENDE COM O ZÉ PINTAS. | Sol… Férias…
Cuidados a ter… da ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE CANCRO CUTÂNEO (www.apcc.online.pt | [email protected])
Eu vou, eu vou…
Eu vou p’ra praia, eu vou…
Passarinhos a chilrear
É hora de acordar,
O sol começa a brilhar,
São horas de brincar.
Acordo bem cedinho,
Quero flocos e leitinho,
Lava a cara e o dentinho,
Protetor e chapéu é certinho.
Eu vou, eu vou…
Eu vou p’ra praia, eu vou…
À bola vou jogar,
Com raquetes vou brincar
Castelos vão crescer,
Até a digestão se fazer.
Cuidado com o mar,
Quando fores nadar.
À sombra vais ficar,
Não vás é queimar.
Ei!... Está na hora de regressar.
Eu fui, eu fui …
Eu fui à praia, eu fui… (2 x)
Horas de brincar ao “Sol e Sombra”
Horas mais seguras:
Início da manhã, até às 11:00 horas, e final da tarde, depois das 17:00 horas.
A sombra é maior que os objetos.
Horas arriscadas:
Entre as 11:00 e as 12:00 horas, e entre as 16:00 e as 17:00 horas.
A sombra é igual aos objetos.
Horas mais perigosas:
Entre as 12:00 e as 16:00 horas.
A sombra é menor que os objetos.
A que cor do semáforo
corresponde a minha pele?
Eu vou, eu vou…
Eu vou p’ra praia,
eu vou…
Se tens cabelo e olhos casta-nhos e ficas facilmente mo-reno, também tens que ter cuidado com o sol.
Se tens pele e cabelos escuros ou negros, ape-sar de não ficares habitu-almente vermelho com o sol, também não deves ficar exposto nas horas mais perigosas.
Se tens cabelo ruivo ou louro, olhos azuis ou verdes e pele clara com ou sem sardas, vais corar facilmen-te ao sol. Tens então que ter muito cuidado com o sol!
Quando o sol está alto e quente, procurem uma sombra fresca, no beiral da escola ou debaixo de uma grande árvore. Bebam muita água, sobretudo quando estiver calor.
Raios Ultravioleta Intensidade e reflexão
A intensidade dos UV, aumenta com a altitude. - A neve pode refletir até 85% dos UV.
80% dos UV passam através das nuvens.
20% dos UV podem ser refletidos na relva ou cimento.
A areia seca reflete 20%, mas a areia molhada pode refletir 40%.
A água reflete até 50% dos UV e mais de 50% dos UV atingem 50cm de profundidade.
Os vidros filtram bem os UVB, mas permitem a penetração de parte dos UVA.
Em relação ao vestuário e proteção solar:
Evita tecidos porosos, quanto mais transparente menos protege
Para roupa fina, prefere as cores escuras
Nunca expor a pele mais sensível
E quanto ao protetor solar (sempre 30+):
A eficácia inicia-se 30 minutos após a aplicação
(não esquecer de o aplicar antes de sair de casa)
Reaplicar após o banho
Não deverá servir para justificar exposições prolongadas
E não te esqueças:
Na escola ou no jardim, na piscina ou na praia, o sol é todo igual, por isso, tens que
te proteger sempre que estás exposto ao sol.
Lembrando Miguel Torga, dois poemas:
Canto poético
Abrem-se as portas
A vida desponta
O mundo recebe-te
Há tempo à tua espera
Sem prazos marcados
Sem horas contadas
Sem caminhos escolhidos
Constrói o teu sonho
Com razão e emoção
Torna-te o herói da esperança
E agarra o arco-íris.
Ser criança é acreditar
Num mundo colorido
Ser criança é pensar
Na fantasia, no sorriso, na brincadeira
Ser criança é não sentir o perigo
Ser criança é viver
Entre o sonho e a realidade
Ser criança é ser
Curiosa e observadora
Ser criança
É ser a promessa que vai acontecer
A esperança
Que é sempre uma criança.
Angélica Morais
Então eu seria uma criança feliz
Se à segunda-feira se pudesse correr livremente pelos prados
e as flores desabrochassem numa explosão de cor…
Se à terça-feira se contemplasse o céu
no seu mistério de um azul sem fim…
Se à quarta-feira se retirassem as máscaras
e a verdade brotasse…
Se à quinta-feira a alegria entrasse nos corações…
Se à sexta-feira todos se dessem as mãos…
Se ao sábado os pais contassem aos filhos histórias de encantar…
Se ao domingo a beleza do silêncio se renovasse em cada ser…
Então eu seria uma criança feliz,
e a minha canção voaria por sobre as casas,
dançaria entre os ramos das árvores,
e à hora do crepúsculo repousaria sobre os mares do mundo,
tornada canção de embalar,
a encher de paz e de ternura os sonhos das crianças.
Anónimo
Bem-vindos à poesia!
São histórias de encantar!
Ao escrevê-las, eu queria
que as soubésseis contar.
Algum ensinamento
elas querem transmitir.
Contudo o meu intento
é também fazer sorrir.
Leiam-nas com o coração,
para terem grande alegria!
Com essa pequena acção
obterão muita magia!
Minervina Dias,
Crescer com Versos, Gailivro
Pois eu gosto de crianças!
Pois eu gosto de crianças!
Já fui criança, também...
Não me lembro de o ter sido;
Mas só ver reproduzido
O que fui, sabe-me bem.
É como se de repente
A minha imagem mudasse
No cristal duma nascente.
E tudo o que sou voltasse
À pureza da semente.
O menino ouve, atento, a voz da mãe. Das páginas do livro que ela tem entre as mãos, brota um mundo encantado . . .
Segredo
Sei um ninho
e o ninho tem um ovo;
e o ovo, redondinho,
tem lá dentro um passarinho
novo.
Mas escusas de me tentar:
nem o tiro nem o ensino;
quero ser um bom menino,
e guardar
este segredo comigo,
e ter depois um amigo
que faça o pino
a voar.
Notícias … de uma Torre majestosa, orgulhosa, ex-libris da cidade do Porto, testemunha de uma cidade em mudança há 250 anos .
2 013 assinala os 250 anos de existência da Torre
dos Clérigos, uma das marcas do período barroco
mais importantes do país e que está classificado
como monumento nacional desde 1910. A Irmandade dos
Clérigos aproveitou o simbolismo da data para lançar um
programa de comemorações de forma a valorizar e potenciar
o monumento que é considerado por muitos, como o ex-líbris
da cidade do Porto.
No âmbito das comemorações a Irmandade assinou um pro-
tocolo com a autarquia do Porto, com vista a implementar um
programa de ação para a recuperação, requalificação, valori-
zação e divulgação daquele espaço religioso, desenvolvendo
uma série de atividades em parceria. Ao abrigo do mesmo, a
Câmara do Porto tem como objetivo abrir um posto municipal
de turismo (i-point) no interior do edifício. Outro dos grandes
objetivos é reabilitar todo o monumento, uma obra que será
executada a longo-prazo e que tem um orçamento estimado
na ordem de um milhão e meio de euros, segundo o padre
Américo Aguiar, presidente da Irmandade dos Clérigos.
“Estamos esperançados que se possam lançar as obras de
recuperação em todo o edifício ainda durante 2013.
Um ano pleno de iniciativas
O programa de comemora-
ções pretende recuperar o es-
pírito de Nicolau Nasoni, arqui-
teto italiano, autor do projeto
original da Torre dos Clérigos, que nada cobrou pelo serviço
e que, por isso, foi admitido na Irmandade dos Clérigos.
Para lembrar os sabores mais invictos, foi lançado um bom-
bom denominado “Clérigos”, em parceria com a confeitaria
Arcádia e que pode ser adquirido quer na Torre, quer na pró-
pria confeitaria. Mas o bombom não é, no entanto, o único
projeto ligado aos sabores. A Irmandade está a estudar a
possibilidade de construir a torre em chocolate e à escala
real. Para isso, estima que sejam necessárias, aproximada-
mente, 14 toneladas de chocolate. Américo Aguiar, revela
também que a celebração dos 250 anos dos Clérigos servirá
para lançar brochuras em vários idiomas sobre a história do
monumento.
Estão também a ser escritas uma coleção de quatro obras
sobre a História dos Clérigos, pela pena de quatro autores
distintos. Segundo o presidente da Irmandade, um dos auto-
res, Hélder Pacheco, investigador e cronista das culturas e
tradições populares do Porto, está a escrever um livro sobre
a Torre e a sua relação com a cidade. Germano Silva, ex-
jornalista e historiador portuense, vai fazer uma história da
Irmandade dos Clérigos para ser vendida aos turistas, em 15
línguas diferentes. A cargo de Francisco Queiroz está uma
publicação que incide na perspetiva da história da arte do
património da Igreja e da Torre dos Clérigos. Por fim, foi tam-
bém convidado a participar na coletânea o arquiteto Manuel
Montenegro, que vai trabalhar sobre a pers-
petiva arquitetónica do monumento.
Já foram lançadas uma edição comemorativa
do livro “Uma Aventura no Porto”, das autoras
Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, com
um capítulo dedicado à Torre dos Clérigos e
uma edição limitada de postais alusivos à
Torre dos Clérigos, dos CTT de Portugal.
Os 250 anos da Torre dos Clérigos também
ficarão para sempre eternizados na face de
uma moeda de 2 euros pois já foi publicado
em Diário da República (DR) a Portaria que
autoriza a emissão da moeda comemorativa.
Concertos, exposições, conferências, progra-
mas para as escolas e para diferentes ida-
des, além de parcerias com as principais ins-
tituições culturais da cidade estão também
contempladas na programação geral.
Nicolau Nasoni,
o arquiteto
Nicolau Nasoni nas-
ceu, no dia 2 de Ju-
nho de 1691, em S.
João de Valdano, a 50
quilómetros de Floren-
ça, em Itália. Sabe-se
muito pouco da sua adolescência. Ignora-se,
inclusive, que tipo de estudos terá seguido.
Mas sabe-se que aos 22 anos mostrou interesse pelas artes
que passou a estudar, em Siena de onde passou a Roma.
Aos 32 anos de idade estava na Ilha de Malta, a trabalhar,
como pintor - decorador para o grão-mestre da Ordem de
Malta, o português D. António Manuel de Vilhena. Em No-
vembro de 1725 foi convidado para vir trabalhar no Porto,
nas obras da Sé, também como pintor - decorador. São da
sua autoria as pinturas ainda existentes nas paredes da ca-
pela mor. Artista de reconhecidos méritos, exerceu no Porto,
e no norte de Portugal, uma intensa e importante atividade.
Quase se pode dizer que não há no Porto obra arquitetónica
de alguma importância que não tenha a marca de Nasoni:
Clérigos, lógia da Sé, igrejas da Santa Casa da Misericórdia
do Porto, do Terço e de Nossa Senhora da Esperança; pala-
cete de S. João Novo e casas da Prelada, do Chantre, de
Ramalde, do Viso; o Palácio do Freixo... Nos Clérigos, a sua
obra mais emblemática e mais representativa do seu fulgor
artístico, trabalhou de graça e empenhadamente. Tornou-se
irmão leigo da Irmandade e, quando morreu, pobre, com 82
anos de idade, a 30 de Agosto de 1773, dez anos depois de
ter concluído a Torre dos Clérigos, quis ser sepultado no in-
terior do templo que havia construído – a igreja dos Clérigos.
Adaptado de “Comemorações–250 Anos da Torre dos Clérigos”–Irmandade dos Clérigos,
“…para a minha alma eu queria uma torre como esta assim alta,
assim de névoa acompanhando o rio” Jorge de Sena
Boa diversão! A brincar também se aprende… A. O nome de três cereais:
1. Massa, arroz e batatas
2. Cevada, centeio e trigo
3. Arroz, milho e feijão B. Na roda dos alimentos aprendes a:
1. Comer de forma saudável
2. Cozinhar
3. Consertar pneus C. Autora do conto “A Menina do Mar”:
1. Alice Vieira
2. Florbela Espanca
3. Sophia de Mello Breyner Andresen
D. Poeta Português, autor de “Os Lusíadas”:
1. Cesário Verde
2. Fernando Pessoa
3. Luís Vaz de Camões E. Som produzido pelas galinhas:
1. Cacarejar
2. Grasnar
3. Piar F. Som produzido pelo cavalo:
1. Relinchar
2. Bramir
3. Rugir
Nesta sopa de letras encontras oito ingredientes para fazer uma sopa de agrião. Eles estão dispostos em todos os sentidos e direções.
a.
Atividade de lógica para agu-çares os teus pensamentos e desafiares a mente… : O pas-tor, a ovelha, o lobo e a couve
Um pastor tem que atravessar um rio, levando consigo uma ovelha, uma couve e um lobo. Porém, o seu barco só lhe per-mite levar um acompanhante de cada vez, fazendo com que vá-rias viagens sejam necessárias. Além disso, a ovelha não pode
ficar sozinha com a couve, nem o lobo pode ficar sozinho com a ovelha.
Como é que o pastor pode concretizar a sua tarefa?
Quantos quadrados vês na figura a.?
Quantos triângulos há na figura b.?
b.
Motoristas e peões devem obedecer aos sinais de trânsito. Pinta esses sinais com as cores corretas.
O vermelho é p’ra parar,
O amarelo é p’ra esperar
E o verde quer dizer
Que eu já posso atravessar!
Preenche cada parte da flor com seu respetivo nome.
Une os pontos...
Descobre e assinala o ca-minho que o Zé Pintas tem de percorrer para ir protegido para a praia com o Rufias.
Uma história à tua espera... Apenas um rapaz
Era uma vez um rapaz bravio que gostava de pregar partidas e fazer matulices, só por
embirração. Era muito antipático este rapaz.
Mas emendou-se. Eu conto como foi.
Um dia, por maldade, deu-lhe na veneta atormentar uma pobre
velhota, que vivia numa casinha pobre, à beira do povoado.
Foi para uma pedreira que havia perto e pôs-se a atirar pe-
dras e a rebolar pedregulhos, que iam cair no quintal da
velhota. Para o que lhe havia de dar!?
No fim do seu feito, já cansado, aproximou-se da casa
da velhinha, para ver de perto os resultados da sua
proeza. Andava a velhinha a recolher as pedras, es-
palhadas pelo quintal.
— Foi uma bênção que me caiu do céu — dizia a
velhinha. — Precisava, há que tempos, de con-
sertar o muro do quintal, mas não tinha for-
ças para trazer tantas pedras. Se não
fosse esta avalanche…
O rapaz ficou de boca aberta. E
mais sem fala ficou quando a velhi-
nha lhe propôs:
— Bom rapazinho, importas-te
de me ajudar a consertar o mu-
ro?
Ele, que tinha de fazer de conta que era um bom rapazinho, não teve outro remédio. Passou o
resto do dia a acartar pedras, as pedras que ele lançara do alto do monte.
No fim da tarefa, a velhota agradeceu-lhe o trabalho e deu-lhe um grande boião de mel. O ra-
paz lá se foi, cansado e a lamber os beiços, um tanto confundido. À noite, quando se deitou, es-
tava cá com uma dor nas costas, que não lhes digo nada! Mas regalado com o mel que a velhi-
nha lhe dera.
Ora pois! Serviu-lhe de emenda. Mudou de intenções. Não posso garantir se, dessa vez em
diante, nunca mais pregou partidas. Um diabinho não se transforma de repente num santinho. É
exigir demais. Mas, na verdade, deixou-se de brincadeiras tolas.
Sem que possa ser considerado um virtuoso rapazinho, também já não é um venenoso rapa-
zote. Nem rapazinho, nem rapazote. Apenas um rapaz. Nem muito mau, nem muito bom. Como
quase toda a gente, aliás.
António Torrado escreveu
Cristina Malaquias ilustrou
A edição deste jornal só foi possível com a generosa colaboração da
Alliance Française de Porto.
À Direção e a todos os colaboradores um Bem hajam!
Lê esta mensagem num espelho e descobre o que está escrito ...
R E S P E C T A P A
D I G N I T E K R L
E U S A B U L E O L
F L L M D N I G T E
E A D I A M B A E G
N M U T J M E L C R
S O L I D A R I T E
E U J E U R T T I S
L R I T E J E E O S
E D U C A T I O N E
Les Droits des enfants | Les mots mêlés
Allégresse
Amitié
Amour
Défense
Dignité
Education
Egalité
Jeu
Liberté
Protection
Respect
Solidarité
Le monde des enfants: les jeux | Le coloriage
Ci
ta
çõ
es
..
.
Les enfants sont comme on les élève.
Poetas são homens que conservaram os olhos da cri-
ança. (Alphonse Daudet)
Qualquer criança me desperta dois sentimentos:
ternura pelo que ela é e respeito pelo que poderá vir
a ser. (Louis Pasteur)
If you want your children to be intelligent, read
them fairy tales. If you want them to be more in-
telligent, read them more fairy tales. (Einstein)
Podemos facilmente perdoar uma criança que tem
medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os
homens têm medo da luz. (Platão)
Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a.
(Johann Goethe)
Acabadinho de chegar mais um “Olhar”,
desta vez em verso
O Hospital e a Menina
Vou ao hospital
para o tal que é sempre igual.
o hospital das janelas fechadas,
o hospital dos médicos
o hospital das mãos abençoadas
o hospital que não tem plantas
mas é o hospital das crianças.
É o hospital que me acolhe,
que me acarinha e me ajuda a ficar curada
é o Hospital das estrelinhas brilhantes
é o Hospital das crianças bonitas.
Carolina Júnior
7 anos Hospital de Dia
Última hora...