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EDUARDA RAFAELI DE SOUZA 6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Prefácio
O que seria da nossa vida sem as palavras, sem a leitura, sem a poesia, os contos, as crônicas?
Escrever é um ato de prazer, de libertação, que abre espaço, mostra novos caminhos, novas ideias,
diferentes modos de ver a realidade e entendê la. Ler é um ato de nutrir-se, de transgredir, que vai
além da imaginação. Com base na importância da valorização e incentivo à leitura e escrita dos
estudantes da SETREM nasceu um sonho audacioso, quando um grupo de professores da área de
linguagens idealizou o Concurso de Contos, Crônicas e Poesias, em meados de 2005. Sou grata pela
oportunidade de fazer parte deste grupo tão importante para a história da SETREM, para a história do
Concurso. A minha participação constitui uma experiência única e especial, além de me proporcionar
o envolvimento com a riqueza das produções dos nossos estudantes, tanto na escrita quanto na
diversidade das temáticas, também trouxe aprendizagem e troca de experiências com meus colegas
professores da área de linguagens e a certeza que juntos fizemos sempre o melhor possível para a
educação e a valorização da leitura e escrita. Se, no começo, parecia apenas ousadia, hoje o Concurso
mostra-se plenamente realizado. A literatura brasileira enriqueceu-se nessas 15 edições do Concurso
com muitos escritores que passaram por ele, deixando suas marcas, seu trabalho, dedicação,
envolvimento e amor à literatura.
E então o nosso “Concurso de Contos, Crônicas e Poesias SETREM” chegou à sua 15ª edição.
São quinze anos. Fazer quinze anos é um momento único, uma alegria, uma festa, um sonho... nesse
momento os olhos brilham, o coração bate forte, os sentimentos são intensos e queremos
comemorar, e a comemoração se concretiza com outro sonho: a publicação de um livro digital com as
produções literárias de nossos estudantes. Dar condições a esse compartilhamento é sempre louvável
e por isso que vejo com muita alegria, o amadurecimento e consolidação do sonho ser possível porque
meus colegas professores da área de linguagens de hoje sonharam também e, juntos tornamos o
sonho real. Estamos todos muito felizes em poder presentear a comunidade com essa produção
literária. O livro é especial, é contemporâneo e, ao mesmo tempo, reflexivo, pois mostra uma
diversidade de temas contemplados na obra. O livro está um encanto, especialmente porque expressa
os sentimentos de cada um. Cada escritor é o protagonista da sua produção e usa as palavras certas
que se transformam e geram poesias, crônicas, contos... é a imaginação, a criatividade e a inovação
que surgem e, a partir da leitura, vamos sentindo as emoções virem à tona, vibrando na alma e no
pulsar do coração. As palavras evidenciam a luta, os anseios, as paixões e são, inclusive, mais fortes e
ardentes que ações, expressam muito mais do que podemos dizer. Cada linha aqui presente nos
motiva a incentivar mais, a querer mais, a ouvir mais, a ler mais, a ser mais. A subjetividade e a reflexão
marcadas em cada palavra revelam um pouquinho de cada um. E os nossos estudantes/escritores são
os protagonistas desta obra, pois só foi possível a publicação devido a criação dos seus textos, que nos
4
possibilitam sonhar e viajar para longe, sem sequer sair do lugar. Cada estudante é especial por fazer
parte desta história, desse sonho.
Ainda, não poderia deixar de falar que neste ano de 2020 a SETREM comemora 98 anos de
história. Uma história de valorização da educação, da cultura,
4
da arte. E o livro digital é o presente. A SETREM faz aniversário, mas o presente quem recebe
é a comunidade. E assim, enfim, é com muito prazer e alegria, que apresento a vocês o tão sonhado
livro do “15º Concurso de Contos, Crônicas e Poesias SETREM”. É uma bela e merecida homenagem a
todos que, de alguma forma, contribuíram para que essa publicação fosse realizada, e um estímulo
para futuros escritores. Cada texto presente nesta obra deve ser apreciado, cada imagem
contemplada com carinho. Cada personagem aqui descrito deve ser admirado e cada ideia
expressa entre as linhas deve ser refletida. Boa leitura!
SUMÁRIO
O Menino e o Urso ..................................................................................................................... 15
As aventuras do João e o Pirata Patrick ....................................................................................... 17
As aventuras do Bernardo e Leonardo ......................................................................................... 19
2020 - um ano inesquecível ......................................................................................................... 21
A quarentena do vovô sem noção ............................................................................................... 22
Mudanças da vida....................................................................................................................... 23
Borboletas.................................................................................................................................. 25
Vida em quarentena ................................................................................................................... 26
Cuidar de tudo............................................................................................................................ 28
A aventura da casa 7 ................................................................................................................... 34
Uma Aventura na Ilha ................................................................................................................. 35
A borboleta Julieta ..................................................................................................................... 36
Leon e o gênio da lâmpada ......................................................................................................... 37
Coronavírus no Brasil .................................................................................................................. 38
Aventura coronavírus ................................................................................................................. 39
A borboleta azul ......................................................................................................................... 40
Felipe Santo das crianças ............................................................................................................ 41
Papai Noel .................................................................................................................................. 42
O Urso Alberto ........................................................................................................................... 43
A casa na árvore ......................................................................................................................... 44
A menina sonhadora .................................................................................................................. 45
O Tempo .................................................................................................................................... 47
Minha borboleta ........................................................................................................................ 48
Felpo Filva e o coelho que ali não havia ....................................................................................... 49
Outono ...................................................................................................................................... 50
E o que será da nossa gente? ...................................................................................................... 51
Lobos no Espaço ......................................................................................................................... 52
O tempo ..................................................................................................................................... 54
Um mundo cúbico ...................................................................................................................... 55
Jeferson e Oswaldo em uma dupla aventura ............................................................................... 56
A borboleta Flora........................................................................................................................ 57
O estado estranho! ..................................................................................................................... 58
A viagem .................................................................................................................................... 60
O meu mundo encantado ........................................................................................................... 62
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Viagem ao tempo ....................................................................................................................... 65
Pizza........................................................................................................................................... 69
Um latido de socorro .................................................................................................................. 71
Terra .......................................................................................................................................... 73
Quem é você? ............................................................................................................................ 75
Vidas negras ............................................................................................................................... 76
Lágrimas de inverno ................................................................................................................... 77
Internet no isolamento ............................................................................................................... 78
Uma aventura animal ................................................................................................................. 79
Coronavírus ................................................................................................................................ 81
O Peixoto e a tripulação .............................................................................................................. 82
O monstro do jogo ...................................................................................................................... 83
A guerra ..................................................................................................................................... 84
Quarentena ................................................................................................................................ 85
O vírus ....................................................................................................................................... 86
Na estrada da vida ...................................................................................................................... 87
Doces lembranças da minha vida ................................................................................................ 88
O desaparecimento das garotas de Oceana ................................................................................. 89
Combate .................................................................................................................................... 92
A galinha .................................................................................................................................... 93
A mensagem .............................................................................................................................. 94
O ano de 2020 ............................................................................................................................ 95
A visita inesperada ..................................................................................................................... 96
Três tempos ............................................................................................................................... 97
Romeu e Julieta .......................................................................................................................... 98
A ilha ......................................................................................................................................... 99
Direito das crianças e dos adolescentes ..................................................................................... 101
Naufrágio ................................................................................................................................. 102
A quarentena (causada pela propagação do COVID-19) ............................................................. 103
O roubo no momento certo ...................................................................................................... 104
O mar gelado ............................................................................................................................ 105
Alegria ..................................................................................................................................... 106
A cabra e o porco ...................................................................................................................... 108
O cão amigo ............................................................................................................................. 109
Um segundo ............................................................................................................................. 110
O amor ..................................................................................................................................... 111
7
O amigo ................................................................................................................................... 112
Música ..................................................................................................................................... 113
A esperança ............................................................................................................................. 114
O povo toupeira ....................................................................................................................... 115
O gordo detetive ...................................................................................................................... 117
Toda a criança tem direito de... ................................................................................................. 119
O pato e a gata ......................................................................................................................... 120
O segredo do Natal ................................................................................................................... 121
Amor não correspondido .......................................................................................................... 123
O dente .................................................................................................................................... 124
Ser um laçador ......................................................................................................................... 125
Coronavírus .............................................................................................................................. 127
Entre dois mundos .................................................................................................................... 128
Beira-mar ................................................................................................................................. 132
Lua no céu ................................................................................................................................ 133
Uma grande lição de vida .......................................................................................................... 134
Chofer de caminhão ................................................................................................................. 136
O inverno ................................................................................................................................. 137
A vida no campo ....................................................................................................................... 138
A noite ..................................................................................................................................... 139
A fazenda ................................................................................................................................. 140
A vida ....................................................................................................................................... 141
Tudo melhora ........................................................................................................................... 142
O que é felicidade? ................................................................................................................... 143
Criação de um poema ............................................................................................................... 144
Meu amigo baio ....................................................................................................................... 145
Flor .......................................................................................................................................... 147
O sol e a lua .............................................................................................................................. 148
Pipa ......................................................................................................................................... 149
Animais em extinção ................................................................................................................ 150
Amigos & vida .......................................................................................................................... 151
A pior mãe do mundo! .............................................................................................................. 152
Quarentena .............................................................................................................................. 153
Por que chorastes? ................................................................................................................... 154
Um conto ................................................................................................................................. 155
A batalha ................................................................................................................................. 156
8
Covid-19 ................................................................................................................................... 158
O mundo e as diferenças / as nossas diferenças ........................................................................ 159
Um domingo de sol ................................................................................................................... 161
A noite ..................................................................................................................................... 162
A princesa boa .......................................................................................................................... 163
O tempo voa ............................................................................................................................ 165
O que esperar do mundo .......................................................................................................... 167
Poema...................................................................................................................................... 168
Sobre um preconceito antiquado .............................................................................................. 169
Saudades da realidade .............................................................................................................. 170
Momentos difíceis .................................................................................................................... 171
O tempo ................................................................................................................................... 172
Ela, no mar azul ........................................................................................................................ 173
Solidão ..................................................................................................................................... 174
Amizade ................................................................................................................................... 175
Apenas uma chance de amar .................................................................................................... 176
O mundo ideal .......................................................................................................................... 177
Mudanças ................................................................................................................................ 179
Covid-19 ................................................................................................................................... 180
Dentro do vazio ........................................................................................................................ 181
Sozinho no mundo .................................................................................................................... 182
Vivo em um mundo .................................................................................................................. 183
Medo da mentira ...................................................................................................................... 185
O fogo ...................................................................................................................................... 187
No meio do caos ....................................................................................................................... 188
Um olhar diferente ................................................................................................................... 189
O homem que falava com a lua ................................................................................................. 191
Menino serelepe ...................................................................................................................... 195
A história de Guilherme ............................................................................................................ 196
Conexões ................................................................................................................................. 197
Uma carta para o vento ............................................................................................................ 198
Dois corações ........................................................................................................................... 200
A vida no interior ...................................................................................................................... 202
Vermelho ................................................................................................................................. 203
Amar ........................................................................................................................................ 204
No quarto ................................................................................................................................. 205
9
Olhares .................................................................................................................................... 206
Como sou, se nem sei ser? ........................................................................................................ 208
Tudo no seu tempo ................................................................................................................... 209
Enclausurada ............................................................................................................................ 211
Pensamentos............................................................................................................................ 212
O mundo em pandemia ............................................................................................................ 213
Conectados com a saúde .......................................................................................................... 214
A justiça e seu significado ......................................................................................................... 215
Morto ...................................................................................................................................... 216
Natureza .................................................................................................................................. 217
Futebol .................................................................................................................................... 218
O ano de 2020 .......................................................................................................................... 219
Preservar nossas riquezas ......................................................................................................... 220
Covid-19 ................................................................................................................................... 222
Sentimentos ............................................................................................................................. 223
O filho ...................................................................................................................................... 224
Viver ........................................................................................................................................ 226
Arco-íris ................................................................................................................................... 228
Roda-gigante ............................................................................................................................ 229
Quarentena .............................................................................................................................. 231
Juntos! ..................................................................................................................................... 232
Ser mulher ............................................................................................................................... 233
Um momento delicado ............................................................................................................. 235
O vento .................................................................................................................................... 237
Solidão ..................................................................................................................................... 238
2020 ......................................................................................................................................... 239
A desconhecida ........................................................................................................................ 240
Flor do peito ............................................................................................................................. 241
A epidemia ............................................................................................................................... 242
Sonho de futebol ...................................................................................................................... 243
Saudades da escola ................................................................................................................... 245
Por que competições? .............................................................................................................. 246
Se as pessoas fossem estações... ............................................................................................... 247
Não há sentido aqui .................................................................................................................. 248
Ao ver de um pássaro ............................................................................................................... 251
A casa ...................................................................................................................................... 253
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Poemas .................................................................................................................................... 254
Desenhar .................................................................................................................................. 255
Era uma vez uma flor ................................................................................................................ 257
Lembrança da noite anterior ..................................................................................................... 260
Novo mundo ............................................................................................................................ 263
Valor das coisas ........................................................................................................................ 267
Inferno covid-19 ....................................................................................................................... 269
SAR .......................................................................................................................................... 270
A verdade ................................................................................................................................. 272
A dor do amor .......................................................................................................................... 274
Dentro da caixa ........................................................................................................................ 277
Relato para Pero Vaz ............................................................................................................... 278
Quanta coisa mudou ................................................................................................................. 279
A natureza e o homem.............................................................................................................. 281
Carta de Pero Vaz de Caminha .................................................................................................. 283
A moça de amarelo ................................................................................................................... 285
Inesperado ............................................................................................................................... 286
Uma joia chamada vida ............................................................................................................ 287
Belas riquezas .......................................................................................................................... 288
O fruto da terra nova ................................................................................................................ 290
Caro Dom Manuel .................................................................................................................... 292
Nova terra ................................................................................................................................ 294
A grande navegação ................................................................................................................. 296
Nova rotina .............................................................................................................................. 298
A vida sem amor ....................................................................................................................... 299
A carta de Pero Vaz de Caminha ................................................................................................ 300
A descoberta ............................................................................................................................ 301
Conquista ................................................................................................................................. 303
Poemas da vida ........................................................................................................................ 304
Pero Vaz de Caminha ................................................................................................................ 305
Terra à vista ............................................................................................................................. 307
Descoberta ou não? .................................................................................................................. 309
Em chamas ............................................................................................................................... 310
Amizade ................................................................................................................................... 311
Conexão ................................................................................................................................... 312
Primeiro amor .......................................................................................................................... 313
11
O amor ..................................................................................................................................... 314
Movimentos contemporâneos .................................................................................................. 315
O menino de rua ....................................................................................................................... 316
Confusão .................................................................................................................................. 317
O medo .................................................................................................................................... 319
O preconceito ........................................................................................................................... 320
Ele existe? ................................................................................................................................ 321
Família ..................................................................................................................................... 322
Tecnologia ................................................................................................................................ 323
Momentos difíceis .................................................................................................................... 324
A vida ....................................................................................................................................... 325
Na solidão do meu quarto......................................................................................................... 326
Somos humanos ....................................................................................................................... 327
Na hora do consolo ................................................................................................................... 328
Pandemia ................................................................................................................................. 329
Dona de si ................................................................................................................................ 330
Moreno .................................................................................................................................... 331
Uma noite de guerra ................................................................................................................. 332
Os instantes ............................................................................................................................. 334
O pão e a faca ........................................................................................................................... 335
Sinto sua falta .......................................................................................................................... 336
Os amigos ................................................................................................................................ 337
Foguete sem rumo .................................................................................................................... 338
Canções erradas ....................................................................................................................... 339
Tempo ..................................................................................................................................... 340
O dia de amanhã ...................................................................................................................... 341
Injustiças em um mundo perfeito .............................................................................................. 343
Carta ao meu passado .............................................................................................................. 345
Neste vasto e complexo universo .............................................................................................. 348
Onde eu estou? ........................................................................................................................ 349
Amizades ................................................................................................................................. 350
O cavalo ................................................................................................................................... 351
A vida no céu ............................................................................................................................ 352
Adeus ....................................................................................................................................... 353
Saudades do que não aconteceu ............................................................................................... 354
Correntes invisíveis................................................................................................................... 355
12
Fim de semana começou........................................................................................................... 356
Meio ........................................................................................................................................ 357
Só mais um dia ......................................................................................................................... 358
Busca ....................................................................................................................................... 360
Um amor para sempre .............................................................................................................. 361
O grande jovem ........................................................................................................................ 363
Sonho ...................................................................................................................................... 364
Importar-se demais .................................................................................................................. 365
Mundos.................................................................................................................................... 367
Tudo parado ............................................................................................................................. 369
O elo estremecente .................................................................................................................. 370
Eduardo Dal Forno ................................................................................................................... 371
Ainda não esqueci de você ........................................................................................................ 373
A lascívia .................................................................................................................................. 374
Nosso mundo ........................................................................................................................... 375
O som ...................................................................................................................................... 377
Sábado de manhã ..................................................................................................................... 378
A arte e a arte .......................................................................................................................... 380
This is love ............................................................................................................................... 381
Poema sobre felicidade ............................................................................................................ 384
Simplicidade é igual felicidade! ................................................................................................. 385
Digas o que tu cantas e eu te direi quem tu és ........................................................................... 387
Superação ................................................................................................................................ 388
Horas e minutos ....................................................................................................................... 390
Mundo em cores ...................................................................................................................... 391
Amor ........................................................................................................................................ 393
Céu Azul ................................................................................................................................... 394
Dias melhores .......................................................................................................................... 396
Morada .................................................................................................................................... 397
Um sonho de pesadelo ............................................................................................................. 398
Viver e refletir .......................................................................................................................... 400
Circunstâncias .......................................................................................................................... 401
Pétalas ..................................................................................................................................... 402
Amar é... .................................................................................................................................. 403
Divergência entre dois mundos ................................................................................................. 404
Vício fatal ................................................................................................................................. 405
13
Memórias arruinadas ............................................................................................................... 407
O tempo vivido ......................................................................................................................... 409
Você já imaginou? .................................................................................................................... 410
Minhas férias ........................................................................................................................... 412
A problematização da cor ......................................................................................................... 413
Fazer acontecer ........................................................................................................................ 414
Pequenos momentos ................................................................................................................ 415
14
CONRADO MOTTA SIQUEIRA 5º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
15
AUTOR(A): OTÁVIO BUENO CAMARGO
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: ZÉ COLMÉIA
1º LUGAR - CONTOS
O Menino e o Urso
Era uma vez, um menino muito levado que estava sempre fazendo alguma coisa e se chamava
Bruno. Ele era muito inquieto e não parava um minuto.
Uma coisa que amava era andar de bike na floresta. Um dia, estava na floresta e começou a
chover. Ele achou uma casinha e foi se esconder da chuva, mas não sabia que lá era o esconderijo de
uma dupla de ladrões.
Aqueles ladrões eram os mesmos ladrões que estavam sendo procurados pela polícia, porque
tinham roubado um banco da cidade.
Os ladrões fizeram com que ele perdesse os sentidos e o levaram. Vinte minutos depois, ele
acordou na caverna de um urso e Bruno estava desesperado, não por causa do urso, mas sim por causa
de seu tema que era criar uma aventura extraordinária e valia nota.
O menino não tinha medo do urso porque era um urso amigo. E, então, ele foi pedir a ajuda
do urso para voltar para casa a tempo de fazer o tema.
O urso o ajudou e o levou para casa. No caminho, eles encontraram os ladrões. Os dois deram
uma lição neles e os amarraram em um foguete e o acenderam. O urso e o menino ganharam a
recompensa por pegar os ladrões e, no fim, o menino teve uma história para contar para sua
professora e ele tirou dez. O urso ficou rico e gastou tudo em salmão e mel. Os ladrões ninguém sabe
o final, mas acho que não é um final muito legal.
16
MURILO GABRIEL BAIOTTO 2º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
17
AUTOR(A): 2º ANO 222.
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: O PIRATA PATRICK, JOÃO E O 2º 222
2º LUGAR - CONTOS
As aventuras do João e o Pirata Patrick
Um belo dia, em uma cidade chamada Três de Maio, vivia um menino chamado João. Ele
adorava ficar brincando o dia todo e não ajudava sua mãe.
João e a mãe viviam com muitas dificuldades e tinham muitas dívidas. Então, sua mãe resolveu
vender a única ovelha para ajudar nas despesas da casa.
O menino foi vender a ovelha no interior da cidade. Ao chegar em uma fazenda, João foi
recebido por um senhor com chapéu preto e grande. O menino disse que precisava vender a ovelha
para ajudar sua mãe.
Naquele momento, o senhor disse que não tinha dinheiro para pagar pela ovelha e deu ao João
cinco feijões e disse que eles eram mágicos. O menino aceitou os feijões como pagamento e voltou
para casa.
Ao chegar em casa, João mostrou para a mãe os feijões e ela ficou muito brava e triste pegando
os feijões e jogando-os pela janela. Os feijões caíram nos fundos da casa e logo entraram para dentro
da terra.
No dia seguinte, quando João acordou e olhou pela janela, viu um enorme pé de feijão. Então,
o menino resolveu subir para ver o que havia lá no alto daquele pé de feijão.
Quando João chegou lá no topo, viu um enorme navio e encontrou uma porta que estava
entreaberta. João espiou para dentro do navio e tudo estava em silêncio. Ele resolveu entrar e, ao
entrar, encontrou um pirata. O pirata se apresentou dizendo que seu nome era Patrick e que ele era o
primeiro visitante em seu navio.
Patrick o chamou para tomar um café e João contou das dificuldades que sua família estava
passando.
O pirata Patrick ficou muito comovido com a história de João e resolveu ajudá-lo. Ele deu ao
João um mapa para encontrar um tesouro. Se ele encontrasse o tesouro, era dele.
João ficou muito apreensivo, mas aceitou o desafio e começou a desvendar as pistas, pois
queria muito ajudar sua mãe. Ele foi desvendando cada pista e, ao final, o menino encontrou um baú
muito grande e cheio de moedas de ouro.
18
Por fim, como João achou o tesouro, o pirata Patrick deu para ele todo aquele baú com as
moedas de ouro. João levou o baú para casa e deu para sua mãe. Eles conseguiram pagar suas dívidas
e nunca mais passaram necessidades. Eles viveram felizes para sempre.
19
AUTOR(A): LEONARDO HENRIQUE REX
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: LEO
3º LUGAR - CONTOS
As aventuras do Bernardo e Leonardo
Certo dia, Leonardo e Bernardo foram pescar em um lugar que o pai do Leo sempre ia no verão.
Na época tínhamos 6 e 7 anos de idade. Mas naquele dia foi um pouco diferente, havia chovido; então,
além de pescar, também tomamos banho de poça, pois o potreiro estava alagado. Como eu e Bernardo
adorávamos aventuras, nem pensamos duas vezes em pular naquele aguaceiro. Tiramos nossas botas
de borracha e foi uma festa.
Pulamos muito nas poças até ficar com a água bem suja. Caímos de bunda no chão, mas não
demos nem bola continuamos com a brincadeira. Estávamos muito sujos, daí resolvemos tomar banho
na sanga que tinha lá perto para nos limpar um pouco.
Lá também tinha um mato onde resolvemos brincar de esconde-esconde. Foi muito legal, nós
nos escondíamos atrás dos troncos das árvores, atrás das pedras. Aí era minha vez de procurar, então
fiquei perto da sanga com a ideia de derrubar o Ber dentro; e deu certo, quando ele chegou, perto dei
um susto nele que caiu na sanga. O Ber ficou muito bravo comigo, mas, para não deixar ele sozinho
tomando banho de sanga, também entrei para nadar com ele.
Depois de brincarmos muito lá, resolvemos pescar mais pra baixo, onde meu pai estava, e não
tinha pescado nem um peixe porque nós os havíamos espantado pelo barulho que fizemos na água.
Como não pegamos nada, resolvemos vir para casa. Na volta, o Ber estava muito cansado e tinha uma
ladeira para subirmos, e eu ainda tinha energia para brincar. Então, para o Ber esquecer o cansaço, fui
brincando de esconde-esconde com ele até chegar lá em cima.
Na volta para casa, meu pai disse que iríamos em um pesque pague, só que não sabíamos que
iríamos pegar um peixe grande; foi o peixe maior e pesado que eu já tinha pescado na minha vida.
Quase quebrou a minha vara e levou a linha inteira, mas, apesar de sofrermos para tirar o peixe da
água, foi muito legal, uma emoção.
Assim foi nosso dia, pescamos um peixão e brincamos muito como grandes amigos e já
estamos pensando no nosso próximo encontro assim ...
20
ENZO LUDWIG ESPÍRITO SANTO 3º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
5º ANO
21
AUTOR(A): RAFAELLA SPILLARI SIEGLOCH
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: TOTI
1º LUGAR - CRÔNICAS
2020 - um ano inesquecível
Quando o ano começou, eu estava feliz, cheia de planos, rever os colegas da escola, a profe,
enfim amigos, escola, tudo seria normal. De repente, começaram a falar de Coronavírus. No começo
até pensei que seria legal ficar uma semana sem aula, sabe aquela coisa de criança mesmo. Mas aí
comecei a ficar com medo.
Nunca poderia imaginar que um dia iria ver meus pais preocupados, as aulas… ah, as aulas,
sem aulas presenciais… sem ir nos meus avós …
Às vezes me pergunto: que vida é essa? Não posso sair na rua, tudo fechado, as pessoas usando
máscaras, sem se aproximar... parecem com medo umas das outras.
Ah, que saudades que eu tenho de acordar, correr para a parada, pegar o ônibus, de correr
para pegar um lugar para sentar…, de chegar na escola e ver todos os colegas, amiguinhos da outra
turma, do ônibus, enfim, de ver o rosto da profe, sempre nos recebendo com muita alegria, de brincar
na hora do recreio...até do sinal quando terminava a aula.
Medo, insegurança, dias escuros; é assim que vejo. É pior o medo do que vejo.
Eu me pergunto: será que logo poderemos voltar a abraçar sem medo? Correr no colo do
meu vô? Ir ao mercado com a mãe e o pai? Sair brincar na rua? Rever meus colegas, amigos na praça
da igreja? Quando será?
Continuo acreditando que logo tudo vai passar e, como a mãe sempre fala, no final seremos
seres humanos melhores!
22
AUTOR(A): 3º 206
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: OS CRIATIVOS
2º LUGAR - CRÔNICAS
A quarentena do vovô sem noção
Atualmente estamos vivendo uma pandemia da Covid-19, causada pelo coronavírus. Este vírus
surgiu na China na cidade de Wuhan e foi se espalhando pelo mundo. Por isso as pessoas precisam
ficar em quarentena e o vovô Sebastião é muito obediente, está seguindo todas as regras.
Quando o vovô Sebastião sai de casa, vai a vários lugares e, com seu ótimo equilíbrio, vai
trombando em todo mundo que encontra. Ele até usa máscara, mas deixa o nariz de fora, por não se
sentir confortável com ela.
Certo dia, foi à farmácia e comprou um remédio que dizia ser contra o coronavírus. Ele morre
de medo de tomar injeção; por isso, não faz a vacina da gripe.
Quando chega em casa, tira a máscara pelo paninho e esfrega as mãos no rosto. Como ele é
muito cuidadoso, logo depois lava as mãos e passa álcool em gel.
Durante a noite, como está de quarentena e não pode sair, convida os amigos para uma festa
clandestina. Ao invés de oferecer álcool em gel para os convidados, oferecia bebida alcoólica para
passar nas mãos.
Assim, o vovô Sebastião continuou se cuidando muito bem, mas contraiu a Covid-19 para a
surpresa de todos. E a família comprou um alerta idoso e agora ele está sendo vigiado para não sair de
casa.
23
AUTOR(A): FERNANDA ROTILLI SCHAPOWAL
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: CAMALEÃO
3º LUGAR - CRÔNICAS
Mudanças da vida
Eu me deparei com o novo, mas o que é novo? Um novo caminho, um novo fato, uma nova
situação. Fui observando que o novo me apresenta todos os dias, ele está presente em cada escolha
minha e muitas outras que são apresentadas sem eu mesma querer. Para cada escolha minha, há
consequências, e cabe a mim ser responsável pela minha escolha. Já para uma nova situação que foge
do meu querer é preciso entender o grau desse novo caminho. Às vezes fico a imaginar, querendo
soluções, fico com medo do novo, e é neste momento que busco ressignificados que me tomo de
coragem, e me vejo forte, iluminada e dona da minha razão. A alma não aceita não, o coração é
intransigente, preciso adequar o novo, o novo que eu escolhi ou o novo que me foi imposto. O certo é
que, em cada escala da vida, irei vivenciar e construir um novo caminho. Para tudo, serei uma eterna
aprendiz, com a alma leve, na busca constante do meu melhor ser. Que a minha vida possa ser sempre
reinventada e coroada com o prazer do novo. Que no meu caminho eu encontre mais luz do que
escuridão, mais afeto do que desamor, mais fé do que desilusão. Que o novo venha a somar, que o
vigor da vida me mantenha sóbria, lúcida e com a capacidade infinita de amar. Não quero a chatice de
dias tristes e melancólicos, quero o novo para evoluir, para crescer, ser melhor, ser feliz e estar na paz
de todos os espíritos.
24
ISABEL KRUMMENAUER 4º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
25
AUTOR(A): VÍTOR GABRIEL DE ROSSO PINTO
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: BÓRYS
1º LUGAR - POEMAS
Borboletas
Borboletas são tão belas
Têm azuis e amarelas,
Rosas, vermelhas e pretas
Laranjas, verdes e violetas.
Cada uma com sua cor
Embelezando os jardins
Voando de flor em flor
Nas rosas, camélias e jasmins.
Quando voam todas pensam:
“Qual será a mais bela?”
Contemplando a natureza
Percebo a existência da beleza
Presente em cada uma delas.
Cada cor é importante
Para o mundo colorir
Assim como cada pessoa é importante
Pelo simples fato de EXISTIR.
26
AUTOR(A): 4º 202
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: AMIGOS EM QUARENTENA
2º LUGAR - POEMAS
Vida em quarentena
De repente tudo mudou
A quarentena começou
O vírus atacou
E todo mundo se afastou
A vida se modificou
As aulas presenciais pararam
E as remotas começaram
Muitos comércios fecharam
As pessoas se isolaram
No álcool gel e máscara, tá todo mundo grudado
Sem nossos amigos do lado
Brincar e se movimentar só no nosso quadrado
Com a família, pets... Todo aquele cuidado
A vida é sempre aprender
De lavar as mãos não podemos esquecer
O cuidado deve prevalecer
E nossos avós proteger
Quando isso passar
Todos poderemos brincar
Abraçar... Nos reencontrar
Para a escola todos vamos voltar
27
Para o vírus vamos dar tchau
E a vida voltará ao normal
Que tal?
Uau!!!
28
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: POETAS DO 1º ANO
AUTOR(A): 1º ANO 227
3º LUGAR - POEMAS
Cuidar de tudo
Cuidar do meio ambiente
Deixa-me feliz e muito contente
Mostra que sou inteligente.
Cuidar das plantas
Dá-nos esperança
Cuidar dos animais
Para ter saúde e muito mais
Cuidar da água
É uma atitude sábia e muito legal
Pois ela é essencial
Cuidar do planeta é muito especial
É uma atitude genial
29
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: 1º ANO
AUTOR(A): 1º ANO 221
O fundo do mar
No fundo do mar
Mora o tubarão
Ele é muito brincalhão
E gosta de morder de montão.
No fundo do mar tudo é lindo
Os peixes estão sempre sorrindo
com seus amigos água-viva e golfinho.
As tartarugas nadam e brincam
Com o cavalo-marinho
Como é divertido olham que lindo.
Mas nem tudo é tão lindo como parece
Tem o ser humano que não obedece
Joga o lixo onde não deve
e prejudica quem não merece.
Convido você meu amiguinho
Para colocar o lixo no lugar certo
Só assim o nosso planeta vai ficar sempre limpinho.
30
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: PATRICK P.
AUTOR(A): 2º ANO 223
Amar e cuidar da natureza
Eu amo a natureza!
tudo que tem nela é belo
também cuido dela
eu gosto do rio
Deus fez a natureza com graça.
Eu gosto de brincar na natureza
eu amo o azul do céu e do mar
a natureza é linda
as árvores nos dão o ar
eu gosto dos animais.
A gente precisa jogar lixo no lixo!
não devemos cortar as árvores
não podemos desperdiçar a água
por que um dia a natureza poderá acabar.
e todos vamos chorar!
31
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: SUPER POPS
AUTOR(A): 3º ANO 226
O INVERNO
O inverno começou...
O vento embalou
As folhas das árvores todas para o chão.
O inverno é tão frio!
Que não dá para tomar banho de rio!
O inverno é tão frio e chuvoso,
Quando saio meu cabelo fica sedoso.
Quando volto para casa tomo banho,
E meu cabelo fica oleoso.
Quando acordo de manhã meus cabelos ficam bagunçados!
Tomo banho e fico com os dedos enrugados.
Quando tomo chocolate quente,
Fico muito contente!
Antes de poder brincar
Tenho que me agasalhar
Com casaco, touca, luva e cachecol.
Agora sim! Eu posso brincar de pegar,
De jogar bola.
Vamos montar um time da pesada?
Para jogar com uma bola gelada.
Antes de dormir tomo leitinho quentinho
Para ficar com soninho,
Escovo os dentes
Para não ficar doente.
32
Quando vou dormir pego muitas cobertas
Para ficar muito quentinho
No sono das descobertas.
O inverno é tão singelo
Oh! Que belo!
Ainda bem, que o inverno
Não é eterno!
33
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: LUZ
AUTOR(A): 4º ANO 203
A NATUREZA TEMOS QUE CUIDAR
Deus nos deu uma casa prontinha para habitar
E ao ser humano cabia cuidar
O planeta estava perfeito
Cheio de luz, árvores, animais e vida, enfim estávamos todos satisfeitos
Mas o ser humano não cuidou
O homem desmatou
O homem poluiu
O homem não cuidou
E o mundo se revoltou
Os rios encheram
As florestas queimaram
Os animais morreram
O ar poluíram
E as cidades adoeceram
Mas este cenário pode mudar
A natureza temos que ajudar
Para o mundo se curar
Pequenas ações fazem a diferença
Cabe a nós termos consciência
Cada um fazendo a sua parte
O mundo vai ser mais bonito, colorido e forte
34
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: METACARPO
AUTOR(A): BERNARDO BENDER CERVI
A aventura da casa 7
Era uma vez eu menino que se chamava Cleber que morava em Porto Alegre, sua mãe não
trabalhava e seu pai trabalhava na JOHN DEERE em Montenegro.
Cleber não tinha muitos amigos porque só vivia dentro de casa. Ele adorava jogar vídeo game
dormir, etc. Um dia seu pai recebeu uma transferência para trabalhar em Horizontina. Cleber ficou
meio assim de ir morar no interior do RS, mas aceitou a proposta do pai.
Cinco dias depois começou a mudança. Quando chegaram na casa nova, começaram a arrumar
as coisas. Depois que já tinham organizado tudo, Cleber foi dar uma volta no bairro e, nessa volta,
conheceu um outro menino chamado Clebito. O Cleber e o Clebito ficaram muito amigos.
Um dia Cleber e seu amigo estavam passeando quando ouviram uma risada de bruxa na casa
07 e então ficaram com muito medo. Todos os dias eles iam até lá para ver o que a bruxa escondia, até
que um dia, viram-na pendurar roupas de criança no varal. Os curiosos foram lá ver mesmo com muito
medo, pularam o muro e deram de cara com a velha. Eles pularam o muro de volta o mais rápido
possível, mas a bruxa mandou palhaços assassinos irem atrás deles.
O Cleber e Clebito, muito espertos, deixaram mochilas e a bicicleta na frente de casa, então,
aí que a aventura começa. Tã nã nã !!!! Cenas no próximo capítulo ...... kkkkkk achou mesmo que eu
iria deixar o texto pela metade?
Eles fugiram, mas tão rápido que chegaram em Três de Maio sem perceber. Lá, passaram na
frente da casa de dois amigos do Clebito, os amigos eram Bernardo e Enzo. Os quatro passaram por
muitos obstáculos, rios, lama, floresta. Na floresta, Enzo quase foi picado por uma cobra, mas
Bernardo, empinou sua bicicleta e deu com todo o pneu dianteiro na cabeça da cobra fazendo a cobra
morrer.
Quando chegaram ao trevo de Três de Maio, os quatro entraram no banhado, despistando os
palhaços assassinos e aí Cleber e Clebito voltaram para suas casas em Horizontina e Bernardo e Enzo
também.
35
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: GAME WB
AUTOR(A): BRUNO EDUARDO WIPRICH
Uma Aventura na Ilha
Um belo dia de sol, Mario resolveu fazer uma viagem com seu barco novo, chamou seus amigos
para serem os tripulantes do seu barco, carregaram tudo o que precisavam para a grande aventura e
partiram. Mas no meio da viagem viram uma tempestade se aproximando e não tiveram tempo para
voltar, o mar ficou muito agitado e fez com que o barco virasse.
Quando Mario acordou ele estava em uma ilha, ele olhou ao redor e não viu nenhum dos
tripulantes, o barco estava virado em pedras ali perto.
Era uma ilha perdida e não tinha ninguém lá, era um lugar morto, mas ele viu uma caverna
onde pensou que podia se abrigar da chuva. Foi até lá e esperou a chuva parar, quando parou, ele viu
por um buraco a claridade do sol, ele então procurou uma saída para chegar ao outro lado da ilha. E
quando encontrou a saída, Mario viu uma floresta linda e também uma fonte de água, ele estava com
muita sede, foi então até lá.
Quando chegou na fonte, viu um homem misterioso que estava vestindo uma capa de pele de
urso. Esse homem começou a correr e Mario foi atrás dele, gritando:
- Volte aqui, volte…
Mario queria falar com ele, mas ele parecia assustado, até que o homem caiu e Mario então
alcançou ele e ajudou a se levantar, pediu para ele tirar a capa de pele, ele era um velho e tinha uma
barba igual do Papai Noel.
Ele contou para o Mario que também caiu do seu barco nessa ilha, e que fazia muito tempo
que estava ali que nem lembrava mais do seu nome. Depois foram até a casa que ele fez em uma
árvore, ali também estavam pedaços do barco dele. O velho contou que tinha um plano, montar o
barco de novo, mas faltam peças. Mário então disse que poderiam usar as peças dos dois barcos e
montar o barco e sair da ilha.
Depois de alguns dias eles terminaram de montar o barco e finalmente foram embora da ilha.
36
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: CONRADEUS
AUTOR(A): CONRADO MOTTA SIQUEIRA
A borboleta Julieta
Essa é a Julieta
Minha linda borboleta
Que saiu de um casulo escuro e frio
Criou asas, voou... foi viver seus desafios.
Abre as asas Julieta
Mostra tuas cores
Viva teus amores
Pousa no meu ombro
Pousa em uma flor
Transforma o mundo
Em um lugar com mais amor.
E assim como a borboleta
Tudo se transforma
De repente o feio ficou lindo...
Ficou leve e encantador!
37
AUTOR(A): DAVI GLITZKE LIMA
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: LIMA
Leon e o gênio da lâmpada
Era uma vez um garoto chamado Leon. Ele era um garoto solitário.
Um dia ele foi até ao mercado comprar cereal e na caixa de Cereal havia uma foto de um
brinquedo de gênio da lâmpada.
E, como sempre, ia para casa comer seu cereal favorito. Quando foi abrir a caixa de cereal,
encontrou um brinde que era uma lâmpada mágica. E da lâmpada mágica saiu um gênio!!! O gênio se
chamava Eugênio.
Como todo gênio da lâmpada, ele disse: -você pode pedir 3 desejos.
Leon pensou: quais desejos eu posso pedir?
Então ele pediu que queria ter amigos porque ele era solitário e era o sonho dele ter amigos.
Então o gênio falou: -seu desejo será realizado e, naquele dia, ele passou a ter muitos amigos.
Depois o gênio falou: -você tem mais dois desejos. Leon disse: -eu não quero mais desejos,
amigos era tudo que eu queria.
Depois disso, o gênio ficou emocionado com a fala do garoto e deu um abraço nele. Depois
que ele deu um abraço, ele voltou para a lâmpada e foi embora.
Leon viveu feliz para sempre com seus amigos.
38
AUTOR(A): DAVI SEEWALD WEIS
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: PETER P
Coronavírus no Brasil
O coronavírus traz vários problemas pulmonares e respiratórios, deixando o paciente em
estado crítico com respiradores artificiais nos hospitais.
O coronavírus está no mundo todo matando e infectando milhões de pessoas. No Brasil são
102.380 infectados e 10.000 mortes e o número está aumentando a cada dia. Em um dia foram 500
infectados. O primeiro caso foi em 17 de março, em São Paulo. As pessoas infectadas não sabiam e
foram para outras cidades infectando mais pessoas. No Rio Grande Do Sul são 1500 infectados e 33
mortes. Em Porto Alegre são mais de 300 infectados.
Os hospitais estão lotados, nos campos de futebol e quadras estão sendo montados hospitais
de campanha para mais infectados. A fabricação de caixões aumenta devido às mortes. Familiares de
mortos não podem fazer velórios pois podem pegar a doença. As lojas fecham até já ter a cura para o
coronavírus. Os únicos estabelecimentos que podem estar abertos são farmácias, postos de gasolina
e mercados.
Foi decretada quarentena no mundo todo e não pode sair de casa sem motivo, a não ser ir
para farmácias, mercado e postos de gasolina. A polícia está multando quem sair sem motivo com o
custo de R$150,00. Há relatos de policiais que em um dia foram multadas mais de 200 pessoas. Os
bares e festas foram cancelados e as lojas que ainda não fecharam tomam multa também.
A prevenção para o coronavírus é higienizar as mãos, usar máscaras, usar álcool em gel, evitar
aglomerações. A quarentena não tem prazo para acabar.
39
AUTOR(A): ENZO SCHNEIDER WALTER
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: CORONGA
Aventura coronavírus
Certo dia, estávamos em uma aula normal, com todos os colegas próximos uns dos outros, o
recreio com os alunos das outras turmas, professores dando as aulas em todas as matérias. Voltamos
para casa de ônibus como sempre fizemos.
Em seguida, algo que não entendíamos bem começou a acontecer e iniciamos uma aventura
em um mundo novo.
Essa aventura começa quando recebemos um comunicado suspendendo as aulas por causa do
coronavírus ou Covid-19, um vírus de gripe. Não estávamos ligando muito para esse vírus no início,
porque só existia na China, depois a Itália também foi atingida e então começamos a dar mais
importância para ele.
Hoje, ele está em todo o mundo, todos os países têm pessoas doentes e alguns morrendo,
estamos sem aulas presenciais, tem pessoas com mais risco do que as outras de terem a doença, como
os idosos, cardíacos, diabéticos, etc. Essas pessoas precisam ficar mais isoladas que as outras. Todos
estão usando máscaras e passando álcool em gel nas mãos e higienizando tudo.
Por fim, esse inesperado acontecimento mudou o mundo em questão de dias; por isso,
estamos aprendendo novas maneiras de ser e como viver o distanciamento e as novas maneiras que
o vírus exige, até tudo isso passar.
40
AUTOR(A): ERIK LEONARDO GRAF
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: Mano G
A borboleta azul
A borboleta azul
Vivia em um mundo só amarelo
Vivia tão sozinha
Porque as outras eram cor caramelo.
Mas ela é a única que reluz
Com seu brilho tão singelo
E tanto brilho que ela produz
Que as outras ficam branquelas.
Um dia chegaram tantas borboletas feridas
Entrou dentro de casa e pensou:
Vou ajudar todas porque sou uma boa amiga
E nada diferente lhe restou.
41
AUTOR(A): FREDERICO DA SILVEIRA CASALI
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: GUESSEDBONGO
Felipe Santo das crianças
Era uma vez um garoto que morava em Santa Rosa. Ele estudava na escola para deficientes e
todo o dia, na hora do recreio, 3 adolescentes de outra escola entravam na escola de Felipe e eles
batiam nos amigos de Felipe e nele também e, quando batia o sinal, eles fugiam igual uma lebre que
tomou energético.
Felipe tinha 7 anos e ele era mudo. Um dia, Felipe estava deitado chorando e implorando para
Deus dizendo para ele em libras isso: – Deus, por favor me deixe falar, não importa qual for minha voz,
mas me dê, eu a quero porque não é legal apanhar todo o dia e também não poder falar com minha
família sobre isso. Ele já estava perdendo as esperanças – ele ouviu uma voz, eram as trombetas dos
anjos tocando alto para ele.
Deus falava para Felipe que o “mudo fala” e um santo ele se torne. Felipe ficou maior, com 22
anos, para ele se tornar mais maduro e ele não é mais mudo. Felipe conseguia fazer todas a crianças
do mundo felizes com um piscar de olhos. Ele passou a ajudar com os seus poderes a proteger e a
ajudar crianças deficientes assim como ele era. Mas dois meses depois, um demônio saiu do inferno
cheio de ódio e de tristeza. Felipe viu o demônio e lançou o raio da paz no bichano.
O demônio morreu. Mas, antes disso, ele levou 5.000 para o inferno. Ele ficou decepcionado
com Deus, mas não falou nada. Ele criou um portal para o inferno junto com 10.000 anjos para
segurança, né! Eles entraram no inferno dois anjos pegavam 1 criança. Lá era o massacre, os anjos
destruíram tudo no inferno e voltaram salvos todos.
E assim a igreja católica considerou Felipe o santo das crianças e ele viveu salvando e ajudando
todas as crianças do mundo porque ele não queria um mundo ruim; por isso que ele era santo. Pelo
bem do mundo, ele era bem esperto e sempre ia brincar com as crianças no parquinho todas as
semanas.
42
AUTOR(A): GUILHERME CALLEGARO HATJE
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: TOP 20
Papai Noel
O papai Noel é legal.
Bem legal, dá presentes.
Observa as crianças,
e presenteia a criançada.
No Natal ele sai de trenó a voar.
Vai de casa em casa, entrando pelas chaminés.
Vai se sujando e comendo guloseimas.
Se a criança não se comporta, vai é ganhar varada.
As renas ganham cenouras e ele biscoitos com leite.
Melhor deixar se não vai dar ruim.
Ele come sem deixar restos.
Deixa presentes cada um com nome de quem encomendou.
Só avisando se não encomendar vai ganhar aleatório.
Mas não se iluda é só um.
Se não se comportar é carvão.
Olhe pelo lado bom, é churrasco.
43
AUTOR(A): ISABELA LUÍSA FERREIRA
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: GALINHA
O Urso Alberto
Quando os ursos aparecem na tv, falam que eles pegam uma colmeia e botam a mão dentro
para pegar o mel. Só que na vida real eu acho que isso não acontece porque eu já vi um urso e ele só
ficou me encarando com os olhinhos dele, daí eu fiquei pensando:
- Estou com fome.
E ele me respondeu:
- Eu também estou!
Eu fiquei em choque, porque o Alberto leu minha mente!
Então eu fui jantar e o Alberto também, só que ele não comeu mel, ele tomou sopa. Quando
voltei, o Alberto tinha um pedaço de cenoura no focinho e eu e ele rimos muito. Já estava meio tarde,
então pensei em dizer “tchau” para ele saber que eu iria embora e ele deu um tchauzinho de volta
para mim. Quando eu estava saindo, ele pensou:
- Espero que eu a veja mais vezes.
E só depois eu vi que eu tinha lido a mente do Alberto.
44
AUTOR(A): ISABELLE MULLER BAÚ
CATEGORIA INFANTIL
PSEUDÔNIMO: LORENA
A casa na árvore
Construí uma casa na árvore
com tudo que sonhei.
Nunca acontece briga,
pois todos se dão bem.
Temos muita imaginação.
Brincamos de coisas divertidas
durante esse tempão.
No alto da árvore
avistamos um belo lago
onde todo o verão,
nadamos com os patos.
É um lugar abençoado.
A melhor coisa
é ter meus amigos ao meu lado.
Somos muito descolados.
45
AUTOR(A): ISABÉLLI MINETTO
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: BEL M
A menina sonhadora
Era uma vez uma menina muito sonhadora. O nome dela era Estela e morava em Três de Maio.
Ela queria ser dançarina, mas ela morava muito longe e na escola ela não tinha aula de dança. Ela não
dançava bem; então, uns 3 anos depois, ela enviou um vídeo para uma escola de dança em São Paulo
e, depois de 2 meses, ela recebeu o resultado do teste. Estela tinha passado, mas os pais dela não
queriam que ela dançasse, porque eles achavam que não dava futuro e também porque era muito
longe. Mas Estela não desistiu e seguiu em frente em busca do seu sonho. De noite, Estela arrumou
uma mochila com tudo que precisava e ´´FUGIU DE CASA``.
Ela chegou em um aeroporto e foi falar com uma moça e disse que precisava de uma passagem
para São Paulo. A moça disse que ela tinha que pagar R$ 300 e precisava ter um adulto com ela. Mas,
de madrugada seus pais perceberam que a menina não estava mais em casa e acharam que ela tinha
fugido; então ligaram para a polícia. Voltando com a Estela: então ela correu abriu a bolsa de uma
mulher, roubou a passagem da mulher e correu para o primeiro avião que ela viu, deixou a passagem
com a moça e correu para o banco do fundo, e então, no outro dia de manhã, ela chegou em uma
cidade mas não era São Paulo, era Londrina. Ela tinha que pegar voo, mas como já estava de noite, ela
foi procurar um lugar para dormir. Pediu para 5 pessoas, mas só a quinta pessoa deixou a Estela dormir
em sua casa. Tomou um banho e foi dormir. A casa era humilde, mas a moça era bem legal.
No outro dia de manhã, ela saiu da casa da moça e foi para o aeroporto. Ela não falou com
ninguém, sentou no banco com sua mochila, tinha uma mulher do seu lado e ela aproveitou que a
mulher foi no banheiro e abriu a bolsa dela e viu que a passagem era para São Paulo. Então Estela
pegou a passagem e entrou no avião para São Paulo. No outro dia, seus pais estavam indo para SP para
alcançar a filha. A menina chegou na escola de dança, ela se identificou e entrou para sala de dança e
as outras crianças já tinham chegado. Depois de uma semana, seus pais tinham chegado na escola de
dança e procuraram por ela pela escola inteira, até que acharam Estela. Eles conversaram e decidiram
que ela poderia morar na escola de dança. Estela mostrou onde ela iria estudar, dançar e morar. Seus
pais compraram um apartamento em São Paulo e se mudaram, e depois de um mês, ela sofreu um
acidente dançando. Ela quebrou uma perna e tinha que fazer uma cirurgia para botar os ossos no lugar;
mas, na hora da cirurgia, ela passou mal, vomitou e desmaiou e os médicos aproveitaram e fizeram a
logo a cirurgia. Depois do acontecido eles fizeram o curativo na perna e ela ficou cinco meses com o
46
curativo. E os pais dela ficaram paranoicos com isso e decidiram voltar para Três de Maio e não
deixaram a menina dançar, mas ela não queria então ir para lá e se escondeu no quarto da melhor
amiga dela, a Júlia, e seus pais procuraram pela escola inteira e o último lugar foi o quarto da Julia.
Eles acharam Estela e decidiram conversar. Depois da conversa, eles decidiram ficar em SP. Três anos
depois, ela criou um canal no Youtube e ela ficou muito famosa e os inscritos disseram que ela cantava
muito bem. Então ela começou a fazer aula de canto e o professor dela disse que ela iria participar de
um concurso, mas, infelizmente, ela não ganhou. Depois disso, ela ficou chateada e parou de cantar e
voltou a se dedicar só para os estudos e para a dança. Depois de uns anos, ela virou uma dançarina e
Youtuber internacional. E viveram felizes para sempre, OU MELHOR, REALIZAMOS SONHOS PARA
SEMPRE.
47
AUTOR(A): JÚLIO CÉSAR LORO
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: JOSUÉ
O Tempo
O tempo não para!
A vida do ser humano não para!
Correndo, dançando, estudando, pensando,
o tempo não para!
Os momentos bons, ruins.
Qualquer momento não para!
Quando estou brincando,
o tempo passa rápido.
Quando estou triste, o tempo passa devagar.
Parei para pensar, para ver se o tempo para.
Olhando para o relógio,
os ponteiros não param.
Gostaria poder fazer o tempo parar
para os bons momentos da vida eternizar.
Momentos ruins ou bons, na vida eu passarei.
Tudo que é bom acaba.
E tudo que é mal
vai passar!
48
AUTOR(A): LARA DAHMER
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: FOLLMANN
Minha borboleta
Minha borboleta é luz.
Quando voa pelo céu azul.
Linda, lindinha,
parece uma florzinha.
Ela tem muitas cores
e encontra vários amores.
Voou para longe,
distante de tudo e todos.
Voa, voa borboletinha.
Volte para sua casinha,
porque aqui você encontra
amor e muita cor.
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AUTOR(A): LAURA EDUARDA DOS SANTOS
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: MEL
Felpo Filva e o coelho que ali não havia
Felpo ali não queria ficar,
o que ele realmente queria era escapar.
Um dia Felpo um buraco cavou e fugiu.
Saiu correndo mais rápido
que um tiro de fuzil.
Quando chegou na floresta se arrependeu
pulou, pulou e pulou e num buraco se escondeu,
pois um tigre atrás dele correu.
Felpo Filva, o coelho que ali não havia.
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AUTOR(A): LAVINIA CHRIST
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: HAPPY GIRL
Outono
O dia 20 de Março chega e eu fico meio “assim”,
será que esse ano vai ser mágico pra mim?
O outono é uma estação gostosa,
em que toda pessoa fica mais charmosa.
As folhas caem no chão,
e se vê que os passarinhos namorando estão.
Nas manhãs de domingo eu já acordo sorrindo.
É dia de na coberta se enrolar e o dia inteiro de preguiça ficar.
E quando fica na frente da televisão,
aproveita toda a programação.
E a comida então?
Hummm, sopa e macarrão.
E quando a brincadeira com meus amigos começa a esquentar,
meu casaco já posso tirar.
Que pena, o outono está acabando,
e o inverno já vem chegando.
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AUTOR: LAVINIA TIECHER DA SILVEIRA
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: SONHAR
E o que será da nossa gente?
Em meio à confusão
pra mim, sonhar é a razão.
Tudo está diferente.
E o que será de nossa gente?
Escolas estão fechadas,
empresas desconcertadas,
pessoas desesperadas,
buscam achar a solução.
O mundo está doente
e o que será da nossa gente?
Nesse caos que se instalou,
o vírus se multiplicou.
O planeta se preocupou.
Sem decisão coerente
e o que será da nossa gente?
Famílias mais unidas,
pessoas se adaptando,
buscando novos caminhos.
Tudo será aprendizado.
Vamos confiar minha gente?
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AUTOR(A): LUCAS CECCON RAMBO
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: SPACE WEREWOLVES
Lobos no Espaço
Lobos no Espaço é a aventura épica de Tristan Lycanth meio lobo meio humano, que luta para
salvar seu planeta.
Capítulo 1
Uma história de amor
Era uma vez em uma galáxia distante um planeta chamado STRATUS. Neste planeta vivia uma
ra e Magrol. Eles se apaixonaram e tiveram um filho meio lobo, meio humano que se chamou Magrol
humana chamada Zira e conheceu um sujeito meio lobo, meio humano que se chamava Magrol. Zira
Tristan Lycanth.
Capítulo 2
Uma aventura mortal
Tristan era um garoto destemido, forte e perseverante como seus pais. Quando ficou mais
velho, ele virou o “Guardião da Garra da Liberdade”. Sendo assim, Tristan tinha que proteger seu
planeta de inimigos de outros universos, planetas e galáxias distantes ou próximas.
Então, deste dia em diante, ele teria um trabalho difícil a cumprir, mas, mesmo assim, Tristan
aceitou sem nem hesitar. Certa vez, um menino jovem perguntou a Tristan:
- “O que é a garra da liberdade?” disse o menino.
Tristan respondeu:
- “ A Garra da liberdade é uma associação de protetores de STRATUS”.
O menino agradeceu a Tristan por lhe ter explicado e foi embora cantarolando o hino do país.
Meses depois, eles receberam um alerta de que tinha um antigo tesouro de origem
Stratusiana, com mais de 900.0000 anos de idade e mandaram Tristan para pegar o tesouro e voltar
para STRATUS. Com o tempo que precisasse para trazê-lo de volta para a galáxia Warp, planeta
STRATUS.
Quando Tristan recebeu a mensagem, foi correndo para seu foguete para ir para o planeta
Terra. Os Stratusianos tinham uma tecnologia muito mais desenvolvida que a da terra. Tristan disse:
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- ”Nossa tecnologia é 100.000 anos mais avançada que a da Terra, chegaremos lá rapidinho”
(lembrando que STRATUS é 20 mil anos-luz da Terra).
Uma vez, um sábio Stratusiano disse: “A luta é um jeito de nos defendermos, mas a inteligência
supera a força em qualquer situação”.Tristan nunca entendeu a frase, mas sempre a leva escrita no
bolso.
Chegando na Terra, ele enxergou as árvores, os campos e toda fauna e flora devastada pela
espécie humana e falou:
- “O que?? Este planeta está tão devastado e feio, essa não é a Terra que eu conheci, mas eu
tenho um trabalho a fazer!”.
E assim foi para o local do tesouro. Ao chegar no local, viu um baú e, quando abriu o baú,...
...Havia um mapa com caracteres antigos Stratusianos. Ele teve que desenvolver uma
tecnologia de inteligência artificial para decodificar e decifrar os códigos antigos do papel. Após
decifrar, descobriu que o verdadeiro tesouro está no planeta ZERUNO.
Chegando em Zeruno, cujo solo parece o de Marte, ele viu um real campo de guerra! Estava
tudo destruído e viu uma “parede com uma joia”. Tristan teve que pular por cima do abismo e ao
pegar a joia. O tesouro que ele procurava, disse:
- “Se mexer com o lobo, terá que aguentar o uivo!! Auuuuuuuuuuu”
Capítulo 3
Uma segunda chance
Tristan sentiu pena da Terra e dos Terráqueos e voltou para Terra restaurar a flora e a fauna
e teve que levar os Stratusianos para a terra e restaurar o planeta e conseguiu e quando eles
voltaram para casa o planeta ganhou humanos e animais.
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AUTOR(A): LUIS MIGUEL PELLENS BAUER
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: LMB
O tempo
O tempo passa muito rápido.
Isso temos que concordar:
cinco, dez , vinte , trinta e, de repente, 50.
O envelhecimento é uma prova disso.
O tempo fica acordado toda hora,
no nascer do sol, no final do dia,
sempre presente e na hora,
nunca tem hora de dormir.
Se ele parar todo mundo, para na hora.
Cada coisa tem seu tempo.
O tempo de cada coisa chega, é só esperar,
não adianta chorar ou sofrer…
basta ter paciência, confiança e fé
porque quando você perceber
vai ver que o tempo demora, mas chega.
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AUTOR(A): MARIANA VIAPIANA DALLEMOLE CORRÊA
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: HACKERGIRL
Um mundo cúbico
Em um mundo feito de blocos,
tudo pode acontecer.
É mais legal que todos os jogos,
mas lá você pode sim, morrer.
O objetivo é evoluir
no modo sobrevivência,
com seus amigos você pode se unir
para matar o “Boss” com a essência.
Essa essência diferente
de não se sentir sozinho.
Até negros, brancos e concorrentes
se sentem nesse mundo muito pequenininhos.
Não sei se você já adivinhou
do que eu estou falando.
Foi criado em 2009
acho que do Google você está colando.
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AUTOR(A): MURIEL SKLAR FRITZEN
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: GRÊMIO FANATIC
Jeferson e Oswaldo em uma dupla aventura
Jeferson queria se aventurar. Ele decidiu ir para um local que tem neve. Então ele foi para a
Antártida voando em seu dragão de estimação. Quando chegou lá, falou com um morador local.
Ele falou que existia um caranguejo gigante chamado O ABOMINÁVEL CARANGUEJO DAS
NAVES ou CARANGUEJO YETI, que vigiava um buraco em uma montanha que tinha um tesouro.
Então Jefersom montou em seu dragão e voou até o buraco. Quando ele chegou lá, o
caranguejo fugiu de medo do dragão. Jeferson pegou o baú do tesouro, foi para casa, dividiu com
Oswaldo, seu irmão mais novo.
No dia seguinte Oswaldo queria um tesouro só para ele. Oswaldo montou em seu dragãozinho
e foi até o Egito, ele entrou numa pirâmide, derrotou a múmia que vigiava o tesouro. Voltou para casa
com o tesouro e escondeu no seu quarto.
Jeferson descobriu que Oswaldo pegou um tesouro só para ele. Para não ficar injusto, Jeferson
pegou a parte que deu ao irmão de volta.
Como os dois ficaram felizes. Com as aventuras, eles pegaram o dinheiro e planejaram novas
aventuras.
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AUTOR(A): NATHÁLIA RIGON
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: BORBO
A borboleta Flora
A borboleta Flora
voa por aí afora.
Sendo que tudo que toca aflora
e o néctar ela o devora!
E ela me espera
para voar pelo céu,
sobrevoando a primavera
em busca da mais linda flor-do-céu!
Ela é uma rainha
com cheiro de jasmim.
Ela toca a campainha
da princesa Yasmin.
Na casa da princesa Yasmin
tem chá de morango e mel
e o dormidão tem à meia noite
brincadeiras a fuzel!
Se divertiram de montão.
E felicidade nem faltou
e que presentão:
anel de ouro ela ganhou.
Quando acabou,
triste ficaram,
mas logo passou,
pois as lembranças da festa marcaram!
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AUTOR(A): RAFAEL PINZON
CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO
PSEUDÔNIMO: O ALIEN
O estado estranho!
Era uma vez um estado muito estranho. Acontecia um monte de coisas bizarras nesse estado
e um dia aconteceu uma coisa muito bizarra. Nesse estado um alien chegou em forma de humano e
passou a viver ali. Passou um ano. Aí, numa manhã, ele foi achado pela CIA.
O alien esperto começou a se cuidar mais. Então, quando pensou que tinha despistado a CIA,
parou de se cuidar.
A CIA o localizou numa festa, e quando chegaram, a festa era privada. Pularam o muro e viram
que aquela festa era de aliens, então pensaram se a festa era de aliens, os guardas também eram
aliens.
Aqueles guardas vieram atrás deles e eles começaram a correr para dentro do quiosque e
começaram a procurar um lugar para se esconder dos guardas alienígenas. Então eles chamaram
reforços e, quando os reforços chegaram, entraram na festa de penetra. Foi então que mais reforços
chegaram e prenderam os alienígenas.
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LIDIA KLATT DE OLIVEIRA 9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
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1º LUGAR CONTO
AUTOR(A): GIULIA NICHEL SQUARÇA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GATA MALHADA
A viagem
Na França, no século XV, morava um garoto que sonhava em desbravar o mundo e descobrir
novas terras. Mas ele era ainda um menino, que não conseguia nem se sustentar sozinho; ele morava
com seu pai (um humilde carpinteiro), com sua mãe (uma costureira), seu irmão (que ainda era um
bebezinho) e sua irmã, que ainda ia ao colégio (na época eles só estudavam até mais ou menos a
terceira ou quarta série). Ele (garoto que se chamava Matias) já tinha terminado o colégio e começado
a trabalhar como um engraxador de sapatos, mas lucrava pouco. Depois de tempo engraxando
sapatos, finalmente conseguiu comprar uma pequena barca, e, com ela, começou a ir para o outro
lado da cidade (que era uma cidade costeira) e aprendeu a guiá-la muito bem.
O tempo foi passando, ele ficou adulto, com sua pequena barca em pedaços, então por isso
decidiu arrumar um emprego decente. Com muito esforço e dificuldade, conseguiu o cargo de
marinheiro real, comandado pelo Coronel Mexiquira, um bravo marinheiro que lutou na guerra e
ajudou a França a ganhá-la.
Depois de muita preparação e de se despedir de sua família, ele embarcou no grande navio e
fez rumo às - na época - Índias (você deve estar pensando que já conhece essa história de algum lugar,
não é? Bom, se está pensando isso, está bem enganado, pois a história é muito diferente). Na verdade,
dessa vez ele não se perdeu, mas acabou “descobrindo” uma nova ilha, mas eles não descobriram,
pois ela já é habitada por criaturas estranhas, umas muito grandes e outras nem tanto.
Os tripulantes, morrendo de medo, mas querendo impressionar o Coronel, saíram do barco
rumo ao inexplorado. De repente, estavam de frente com uma estranha criatura de cor magenta e
cinco olhos na cabeça; essa criatura parecia amedrontadora; mas, na realidade, estava com tanto
medo quanto eles. Depois de uma dificuldade imensa para entender o que diziam, descobriram que
essas criaturas na verdade eram amigáveis! (Parou, parou, parou! Que história é essa de serem
amigáveis? Quem foi que escreveu isso aqui? Vamos mudar isso aqui já! Então...) Depois de uma
dificuldade imensa para entender o que diziam, descobriram que essas criaturas na verdade não eram
nada amigáveis! (Agora sim! Que continue a história que está ficando interessante!) Essas horrendas
criaturas jogaram-nos em um portal que ficava em meio a extensa e densa mata.
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Atravessando o portal havia um mundo diferente de tudo o que eles já tinham visto em suas
vidas! Era metade escuro e sombrio e metade claro e animado. Diante deles surgiu um ser estranho
dizendo a eles para escolher um time que o jogo já ia começar; os rapazes ficaram sem entender nada,
só fizeram o que ele mandava. Matias, como era uma pessoa bem animada, obviamente escolheu o
lado claro; quando passou para esse lado, junto com seu colega Frederico, ganharam roupas coloridas,
granadas de luz e armas de arco-íris; quem escolhia o lado sombrio ganhava vestimentas pretas,
granadas de escuridão e armas de relâmpago. O ser que tinha pedido para eles escolherem um lado
apareceu novamente e disse que o lado com mais participantes restantes venceria.
Os rapazes e o coronel atiraram uns nos outros; quando o jogo acabou, o ser reapareceu
dizendo que o lado colorido tinha ganhado, eles comemoraram até aquele ser estranho dizer para os
perdedores: “Até nunca mais!”, jogando-os em um vazio infinito. Antes deles terem reação, os
vencedores (Matias e Frederico) foram enviados por outro portal a um barco.
No barco, eles acharam que estavam seguros, mas um outro barco se aproximou, era um barco
pirata! (Pirata, é sério? Muda os piratas por algo mais criativo! Então...) No barco, eles acharam que
estavam seguros, mas um outro barco se aproximou, era um barco cheio de lêmures malvados! (“Tá”
aí, gostei! Segue teu rumo na leitura, meu chapa!). Os dois amigos ficaram sem reação por um instante,
mas só por um instante mesmo, porque logo depois eles saquearam e desmontaram o navio. Mas,
felizmente, os dois sobreviveram.
Depois de muito navegar em um pedaço de madeira, eles finalmente voltaram à sua cidade,
mas infelizmente o pedaço de madeira se partiu, e, como o Matias era um excelente nadador, chegou
rapidamente à praia; já Frederico, como nadava muito devagar, quando estava chegando à margem,
um enorme e feroz tubarão o engoliu!
Depois disso, Matias voltou muito abalado pelo amigo, mas seguiu sua vida até,
consequentemente, acontecer o que acontece com todos, sua história continuou, continuou e
continuou até chegar a mim e contar a vocês.
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2º LUGAR CONTO
AUTOR(A): TACIANA FERSTER SCHNEIDER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LUZ BRANCA
O meu mundo encantado
Estava na escola. Mais um dia em que terminei os longos trabalhos de final de ano com meus
amigos que foram passados pelos professores. Estava exausta, caminhando pela escola, à espera de
minha mãe, ela viria me buscar, mas seria apenas daqui a três horas... Resolvi deitar-me em um banco,
afastada de tudo e de todos, para descansar um pouco, e acabei adormecendo.
Acordei, senti-me um pouco mais disposta, ainda era dia, mas consegui ver que o sol não ia
demorar-se para ceder ao seu descanso. Levantei, e me surpreendi com o barulho de uma lata de lixo
caindo, que eu mesma havia derrubado sem intenção. Mas algo estava errado. No solo, abaixo de
onde a lata estava, havia um desenho, gravado no próprio chão, parecido com um labirinto. Em um
extremo dele estava uma chave, e, no outro, uma fechadura. Abaixei-me e analisei-o, comecei a fazer
tentativas de achar o caminho correto para a chave, até que descobri.
Distraída, passei o dedo pelo caminho apenas para confirmar minha ideia. Então, aconteceu:
um buraco enorme se abriu no chão, levando ao que pareciam enormes metros abaixo do solo. Parecia
magia, e o estranho é que ninguém estava à vista, o que era muito incomum na escola em que eu
estudava. Novamente algo me chamou atenção: seja lá o que for, estava brilhando no fundo da
abertura, brilhava intensamente, e aumentava gradualmente, sempre cada vez mais e mais forte,
parecia estar chegando até mim, queria sair. Mas então percebi que não era o brilho que aumentava
e se aproximava, e, sim, eu ia despencando, tão rápido, que o vento que colidia comigo nem podia ser
sentido. Parecia durar horas, não chegava nunca, até que finalmente, bati em algo duro e frio.
Depois de um tempo, acordei novamente. Ao que percebi, estava cercada de paredes verdes,
iguais às do desenho abaixo da lixeira que havia derrubado. O sol estava escaldante, brilhando como
nunca havia visto antes. Não se encontrava uma sequer nuvem naquele céu azul. Será que eu estava
naquele labirinto? Bem, só podia ser isso. Não havia nada a fazer a não ser andar. Andar até achar a
saída e me localizar em qual local desse tão grande mundo eu me encontrava.
Comecei a caminhar, seguindo os caminhos que o labirinto me oferecia. Desviava, contornava,
desviava, contornava. É isso que se faz em um labirinto. De vez em quando aparecia uma borboleta ou
outra para me acompanhar, tirando-me um pouco da solidão. Andei alguns minutos, o labirinto nunca
se fechava, mas também nunca se abria. Até que em algum momento virei para a direita e me deparei
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com uma porta, de madeira, bem talhada, uma maçaneta com plantas em sua volta. Acho que
finalmente cheguei ao meu destino.
Abri a porta. Entrei. Vi a cena mais bela, aconchegante e acolhedora de toda a minha vida. Era
um lugar cercado com as mesmas paredes do labirinto, mas nessas havia flores. Havia um grande
salgueiro, com luzinhas amarelas o enfeitando, um balanço de madeira abaixo, com almofadas e livros.
Eu amo livros. Ao lado desse salgueiro, uma fonte, exuberante e, de alguma forma, luminosa. Haviam
coelhos lá, brincando e se divertindo, sem preocupar-se com nada, além do dia de hoje. Ao lado do
balanço, encontrava-se uma mesa, também de madeira, muito bonita, e cheia de frutas, pães, geleias,
guloseimas, bebidas, docinhos, chocolates, dentre tantas outras comidas que eu nem sequer conhecia.
A grama era felpuda, dava para andar nela até mesmo descalça. Mais parecida com um tapete do que
com um mar de folhinhas minúsculas. Um pouco além da fonte, estava uma armação, que segurava
lindos vestidos, iguais aos das princesas sobre as quais eu lia nos livros. Eram de muitas cores,
totalmente variados, rosa pastel, lilás, amarelo, celeste, preto, um branco magnífico. Todos com algo
especial. Alguns tinham babados, outras mangas bufantes, tinham os totalmente lisos, mas com a sua
beleza. Neste lugar, flutuavam bolinhas brancas, deixando-o ainda mais belo. Não havia céu ali, havia
uma luz azul, apenas, que vinha e saía de algum lugar, o infinito talvez. Tudo o que foi mencionado
estava decorado com flores, ramos, folhas.
Dei-me um beliscão. Isso que eu estava vivendo não podia ser real. Por que seria? Bem, o
beliscão só me proporcionou uma leve dor. Não acordei. Então, era apenas vivenciar o momento, e
esperar ele acabar. Se é que isso podia acontecer.
Sentei no balanço de madeira. Aconcheguei-me. Peguei um livro, e quando ia começar a lê-lo,
alguém me chamou. Virei-me assustada, e entrei em pânico quando vi que o salgueiro me olhava. Sim,
ele tinha olhos. E uma boca. Levantei e me distanciei, mas me acalmei um pouco, afinal, se tudo o que
estava acontecendo comigo era real, por que não uma árvore que falava?
O salgueiro, pacientemente, esperou até eu voltar ao balanço e encará-lo. Então começou a
falar:
- Seja bem vinda, mocinha. Aqui, você poderá encontrar a sua paz, para dias preocupantes,
aflitos, para a ansiedade, e assim conseguirá se distrair um pouco também. Não é encantador? Tudo à
sua espera, vestidos lindos feitos para usar, comida à vontade, livros para ler, e, se quiser, uma cama
para dormir. A fonte para seus desejos, e, eu, como amigo e conselheiro. Sei que deve estar assustada,
mas não se preocupe, aqui você está segura, e aqui você pode ficar o tempo que desejar.
Ainda um pouco assustada, falei:
- Por que vim parar aqui? E por que me oferece tudo isso?
- Minha querida, isso não posso lhe dizer. São coisas da magia, do mundo em que vive, elas
apenas acontecem, e você foi escolhida para desfrutar de tudo. O destino sabe que você merece tudo
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isso, pois sabe que é uma pessoa dedicada, carinhosa, amiga, afetuosa, caridosa. Prevê que passará
por fases muito difíceis, e irá precisar desfrutar de tudo isso.
Mais calma, disse:
- Um pouco confusa toda essa história, mas aceito de bom grado. E agradeço muito, por essa
oportunidade única que me oferece. Se assim diz que será, assim aceitarei. Desfrutarei de tudo, o
máximo possível, aproveitando. Mas, como sairei daqui? E para voltar, será sempre a mesma
passagem? E para os dias em que não estarei na escola?
- Ah, isso é muito fácil, minha cara. Para sair, basta dizer em frente à porta que entrou: "a
verdade, a verdade, leve-me agora para a realidade." Para entrar, procure um local onde tenham
flores, de qualquer tipo, e jogue o pozinho que lhe darei, em cima da flor, e sussurre: "para entrar,
para entrar, disseram-me que é só isso que preciso citar." O pó dourado é aquele, ao lado da porta. Se
alguma vez faltar, terá de comer a pétala de uma flor, e recitar a frase de entrada. Será mais demorado,
mas funcionará. Agora, a noite se aproxima, e a preocupação reina lá em cima. Vá agora minha querida,
e volte sempre.
O salgueiro parou de falar. Seus olhos e sua boca deixaram de existir, e o que me restou foi a
surpresa e a alegria da descoberta que fiz. Quase não conseguia acreditar no que estava se passando,
mas como não havia acordado até agora, era provável que fosse verdade. Com certeza voltarei,
salgueiro.
Peguei o pozinho, encarei a porta, e disse: "a verdade, a verdade, leve-me agora para a
realidade!" Senti um puxão em todo meu corpo, e novamente pareceu durar horas até sair dali. Então
senti um ar frio e cortante, e vi que estava em cima do banco em que adormecera. A lixeira continuava
no chão, e o labirinto também. Coloquei-a no lugar novamente, e nesse exato momento, minha mãe
havia chegado na escola. Decidi não contar-lhe nada, nem contarei a ninguém. Meu segredo está
guardado. Apalpei meu bolso, e senti o saquinho com o pozinho dourado. Voltarei, salgueiro, voltarei.
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3º LUGAR CONTO
AUTOR(A): HELENA CELIBATO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GAIA
Viagem ao tempo
Eu sou Serena, meu nome foi inspirado no nome de uma sereia, e hoje lhe contarei uma
história que meu avô Antônio costumava me contar, antes de morrer.
Tudo começou quando ela estava em sua casa. Uma garota. Ela vivia no campo, nunca ia para
a cidade, apenas sua mãe. Adorava construir, e, na maioria de seu tempo livre, ela construía várias
coisas. Seu avô morava com elas, sempre lhe contava histórias, algumas ele até inventava. Um dia ela
estava galpão de sua casa, mexendo em uma caixa de ferramentas velha e preta que nunca havia visto
antes. Procurava um manual de ferramentas, pois tinha 12 anos e não sabia tanto, tinha muito para
aprender.
Enquanto que ela remexia e mexia, encontrou um colar, muito empoeirado. Era dourado em
volta e no meio tinha uma pedra azul. Como era curiosa, começou a olhar atentamente. Em volta
também havia números romanos. Ela não conhecia os números romanos muito bem. E, sem querer,
regulou para 10 anos no passado!
Dali em diante ela viu várias cores: azul, ciano, amarelo e vermelho. Depois que todas as cores
sumiram, ela estava em sua casa, mas bem mais velha. Não fazia ideia do que estava acontecendo. Ela
estava com a mesma roupa daquele ano. Ficou rodando pela cidade por um bom tempo, mas enquanto
caminhava, estranhou uma coisa, tinha um menino que tinha o colar exatamente igual ao dela. Ele
estava em um beco escuro, nem dava pra vê-lo, parecia que estava se escondendo de alguém. Logo
que ela tinha alcançado, ele ficou fazendo um monte de perguntas, até parecia que a conhecia. O
menino tinha estranhado muito, mas quando viu o colar que ela tinha colocado no pescoço, confiou
nela. Ele era dois anos mais velho, depois começou a responder calmamente todas as suas perguntas.
A parte que ele mais fez ela prestar atenção foi quando explicou sobre o colar e a perda.
Ele disse que o colar regulava o ano, e que os dois tinham regulado para o mesmo ano.
Também lhe disse que estava lá fazia dois dias e que havia três homens atrás deles. Ele achava que
eles eram coletores do tempo, que seriam os caçadores dos viajantes do tempo. Como ele sabia disso?
Ele tinha entrado escondido em uma biblioteca velha e, por pura sorte, pegou um livro. No livro estava
escrito que para voltar para casa tinham que construir uma máquina do tempo ou ter dois colares. No
presente eles estavam desaparecidos. Dois dias no passado resultam em dois anos no presente. Agora
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eles têm os dois colares, mas ele disse que não sabia montar a máquina do tempo porque era muito
difícil. Depois de ouvir, ela se apressou em dizer:
- Eu, eu posso construir! Meu avô me ensinou algumas coisas.
- É sério? Que bom! Assim poderemos ir mais cedo. - Disse o garoto todo empolgado.
- E você tem algum tipo de esconderijo? Tipo uma casa de um parente? - Disse ela.
- Bem, não podemos interferir. Se eu falar que sou parente dele, tudo vai mudar, todo o futuro.
Por enquanto, eu não mudei nada. Você também não pode mudar nada! Entendido?
- Sim, capitão!
Os dois começaram a rir.
- Mas respondendo sua pergunta de antes, sim, eu tenho um esconderijo, só que é uma
caverna.
- Aceitável. - Disse ela se segurando para não rir.
Depois da conversa, eles já estavam no centro da cidade, era toda movimentada, havia vários
vendedores, e até mesmo mendigos. Eles estavam comprando algumas comidas, quando a menina se
sentiu observada.
- Ei, vamos logo.
- O que foi? Ainda tenho que comprar os legumes.
- Mas eu me sinto observada. Parece que os olhares estão vindo daquela moita.
Quando o garoto se aproxima da moita, vê alguma coisa refletindo. Logo ele se lembrou, um
dos coletores do tempo tinha óculos. Ele pegou o braço da garota e correu. Os coletores viram que ele
estava fugindo e pularam da moita para correr atrás deles.
- O que você está fazendo?!
- Salvando nossos coros!
- Quê?
- São os coletores do tempo!
Foi um corre-corre. Depois que o garoto e a garota despistaram os coletores, foram pra
caverna.
- Ufa!! Por essa eu não esperava. - Disse ela.
- Nem eu. Vamos começar amanhã, estou exausto.
- "Tá" bom.
Ele tinha arrumado dois cobertores para deitarem em cima. A garota estava sem sono, então
decidiu arrumar um pouco os livros e dicionários que estavam no chão. Enquanto arrumava, ela
encontrou um livro, na verdade parecia mais um diário, porque todas as folhas estavam em branco.
Ela pensou que ele queria começar a escrever no diário, mas não teve tempo. Então ela decidiu
escrever. Escrevia todos os dias no diário, sobre as construções e sobre ela estar gostando só um
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pouquinho do garoto, e que ela pensava que ele também gostava dela, pelo menos foi o que ela
escreveu.
Os dias passaram voando, e os coletores não apareceram mais, eles simplesmente pensaram
que tinham se perdido. Eles tinham terminado a máquina do tempo, claro que metade da vida deles
foi tirada, pois tinham se passado 25 dias, mas eles nem perceberam.
- Eu não acredito, terminamos! - Disse a menina.
- Tem razão. Vamos logo sair daqui.
Eles colocaram os colares em cada espaço proposto para eles. A máquina ligou, eles se olharam
com caras assustadas e felizes. Mas logo que eles iam entrar…
- Achamos vocês! Seus bandidos!
- Mas que porcaria! - Disse o garoto.
- E agora?! - Disse a menina assustada.
- Pega!
O garoto havia pego uma tábua, não muito pesada, mas boa pra machucar.
- Nós não vamos mais atrapalhar no passado, iremos voltar, então por favor nos deixem em
paz! - A garota disse, toda cheia de coragem e esperança.
- Não podemos, vocês virão como…
No meio da fala do coletor, a garota jogou a tábua em cima dele, causando uma dor enorme
em sua cabeça. O garoto rapidamente dá uma tabuada nos outros dois. Assim sobrou um tempo para
eles entrarem no portal. Foi tão rápido! Aquelas cores apareceram de novo e eles chegaram no
presente. Quando chegaram da viagem, estavam no galpão da garota, ela tinha 37 e o garoto 39. Mas
exatamente na hora em que eles chegaram, descobriram que para as pessoas esse tempo que
estiveram no passado é como se eles não tivessem desaparecidos. Mas isso aconteceu somente
quando eles chegaram.
Bem, sabe quem era a menina esse tempo todo? Minha vó, Ana. E o garoto meu avô Antônio.
Foi assim que se conheceram, confuso né? Bem, na verdade os colares (que faziam as pessoas voltarem
no tempo) eram do avô do meu avô e do avô da minha avó. Eles eram amigos, e ferreiros do tempo.
Eu descobri isso há pouco, e vou contar para minha filha, que ela vai contar pra filha dela e assim vai...
de geração para geração. Sabe por quê? Porque essa história não pode ser esquecida.
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GABRIELI RIETH MARASCA 8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
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1º LUGAR CRÔNICA
AUTOR(A): GABRIELI RIETH MARASCA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CAKE
Pizza
Uma massa macia arredondada, recheio de queijo com outros ingredientes, alguns estudiosos
afirmam que tudo começou no Egito, outros afirmam que começou na Itália. Uma divisão de opiniões
que se juntam na hora de apreciá-la, todos os apreciadores de pizza podem confirmar que um jantar
em família com pizza fica mais gostoso, mas sempre tem aquele primo que não gosta de alguma
coisinha da pizza e logo estraga com o apetite das outros integrantes do jantar.
Ela é calórica, saborosa e encontra-se em todas as cidades mais próximas, tem gente que diz
que de uma pizzaria é melhor, outro discorda, aquela pizzaria faz uma pizza melhor. Às vezes realmente
de algumas pizzarias são melhores que as outras, mas todos combinam em uma coisa, o preço deve
baixar! Por melhor que seja a pizza, às vezes é preciso tomar uma facada no bolso para comer uma
pizza feita na hora. Há tamanhos de pizza: a família (que precisa mais que uma pessoa para ingerir a
pizza), a média (que pode ser ingerida “a solo”) e a brotinho (que geralmente é doce, que se come em
uma pegada). Quando é feito o pedido, sempre ficamos na expectativa de que vai ficar pronta rápido,
às vezes parece que quanto com mais fome você está, mais demora para ficar pronta. Essa demora
ganha um acréscimo se você encomenda e mora longe, mas quando a pizza chega, sente um cheirinho
recém saído do forno, aquele queijo derretido... O problema é se tem mais que uma pessoa que gosta
do mesmo sabor, aí começa a disputa mortal de quem come mais rápido para pegar o próximo pedaço,
por exemplo calabresa.
A origem dessa maravilha apetitosa, segundo a história, é egípcia, lá que fizeram uns
experimentos com água e farinha e puseram em cima um molho de tomate ou tomate, uma invenção
que revolucionou o mundo todo com suas maravilhas e sabores. Logo foi parar na respeitável mãe das
massas... Itália, onde aprimoraram a invenção, colocaram umas carnes, salame, batatas talvez, dali
seguiu para o mundo inteiro. Alguns cidadãos preferem comer com garfo e faca, outras pessoas
preferem comer com a mão, mas todos sabemos que o que importa é comer e ficar de barriga cheia.
Com ou sem borda, vem de cada um, por exemplo doce com borda de doce de leite fica uma delícia,
mas nem todos gostam. A borda na pizza salgada talvez estrague o sabor, pois adiciona algo a mais na
pizza, algo que não é necessário, mas isso vai da intuição de como quer comer sua grandiosa massa
redonda com recheio, basta uma palavra para definir o destino de sua pizza.
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Uma questão de extrema importância: a massa da pizza. Por quê? Tem diferença de comer
uma pizza onde a massa se separa do recheio e a que forma um todo. Comer uma pizza separada do
recheio é a mesma coisa que comer pão e depois comer chimia, não é a mesma coisa que comer pão
com chimia, fica melhor... Uma massa fofa pode mudar como você avalia sua pizza, sentir o gosto da
massa com o recheio em uma união de sabores na sua boca é bom demais. O recheio é preferível
quentinho com o queijo derretendo, tudo na hora com algum líquido, de preferência refrigerante de
cola (coca-cola) com gelo e limão, fica uma delícia, deveria experimentar. Tem pizzas boas e tem pizzas
muito boas; uma boa: calabresa, uma muito boa: estrogonofe de carne ou pizza de sorvete...
Todos têm gostos e preferências diferentes, lembre-se: o importante é comer!
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2º LUGAR CRÔNICA
AUTOR(A): LUÍSA GABRIELA PETTER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: DIFERENTE
Um latido de socorro
Um lar, carinho e amor, coisas tão simples, que infelizmente não fazem parte da vida de muitos
cães e gatos. É tão pouco o que eles desejam em comparação ao tamanho do amor que têm a nos
oferecer.
O Instituto Pet Brasil (IPB), de agosto de 2018, estima mais de 172 mil animais tutelados,
165.200 (96%) são cães e 6.883 (4%) são gatos. Esses dados são aterrorizantes por causa de seus
elevados valores, o que me fez refletir as suas causas. Qualquer pessoa, mesmo com um pequeno
papel na sociedade, deveria fazer o mesmo, para que em conjunto possamos mudar a vida dos animais
citados anteriormente.
Em ruas e praças não é difícil avistar animais em situações precárias. Casualmente quem vê os
bichanos nessa situação sente pena, mas para que isso adianta se a pessoa não faz o mínimo possível
para mudar a situação? Pode-se contribuir adotando um bichinho, o que ajuda muito na melhoria das
condições em que muitos se encontram, e também as ONGs a continuarem seus trabalhos. Além de
aumentar a autoestima e segurança de quem o acolhe, beneficia a saúde mental. Quem não tem
condições para adotar, pode doar dinheiro, alimento, material de higiene ou um pouquinho de seu
tempo. Este último nos requer tão pouco, já que uma ou duas horas de uma semana não significam
praticamente nada para nós, enquanto muitos jovens usam aplicativos como o Instagram em torno de
16 horas por semana. Para os bichanos sem casa sua atenção significa muito, já que muitos não a têm
ou nunca a receberam.
Em cidades grandes e pequenas, como Três de Maio, há ONGs de adoção e resgate de animais,
sendo admirável o trabalho dessas pessoas, que abrem mão de um pouco de seu salário e tempo que
poderiam estar com suas famílias para ajudar os animais necessitados.
É compreensível que algumas pessoas, inclusive eu, possuam animais de diversas raças em
nossas residências, afinal eles também merecem um lar. Não é por esse motivo que não podemos
ajudar os animais das ruas. A presente desculpa é apenas um "não vou ajudar" disfarçado de "eu quero,
mas não posso", porque, como já fora dito, não é necessário adotá-los para ajudar.
Qual é a diferença entre um animal "vira-lata" e um com pedigree para quem acredita que
apenas os últimos são bons companheiros? Certamente as respostas seriam as características
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"padrões" e o valor monetário. Mas, afinal, quais são as respostas em relação às diferenças
sentimentais? Nós, humanos, somos um ótimo exemplo de como não há diferenças neste sentido.
Ninguém tem maior intelecto ou amor a oferecer em relação à outra pessoa apenas por suas
características físicas ou sua origem. Somos todos seres vivos que merecem amor, tanto os humanos,
quanto os animais e toda a natureza em geral.
A culpa por tantos animais nas ruas não é apenas das pessoas em geral, mas também do poder
público, seja a prefeitura, o estado ou o país. São poucas e muito flexíveis as leis em relação a quem
as descumpre. O abandono resulta em um triste destino ao animal e um pouquinho de dinheiro do
infrator, se ele for penalizado. Os animais abandonados muitas vezes têm filhotes, aumentando a
população e agravando o problema. Longe de um lar sofrem de fome, desnutrição, parasitas,
atropelamentos e principalmente de falta de amor.
São incompreensíveis os motivos que levam o dono de um gato, por exemplo, a acolhê-lo em
sua casa e dias depois abandoná-lo em um beco sem saída, como um objeto descartável. Há casos em
que a família adota um animal e o deixa quando ele cresce ou apresenta alguma deficiência. Em
algumas situações, a família que adotou o animalzinho não tem mais condições de mantê-lo, mesmo
assim é possível evitar o abandono e o sofrimento do animal, seja entregando-o a uma organização
para acolhimento ou para algum conhecido.
Quem pensa que animais de estimação não sentem amor ou tristeza e usam esta afirmação
como desculpa para o abandono, tem menos noção do que é sentimento do que os mesmos que eles
julgam não o possuir. Eles têm muito a nos ensinar, nenhuma ciência ou fórmula matemática, mas o
amor e respeito verdadeiros. Então, se não puder adotar, ajude. Não necessariamente com dinheiro,
mas com o coração.
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3º LUGAR CRÔNICA
AUTOR(A): BERNARDO KONRADT DOS SANTOS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: FÚRIA DA NOITE
Terra
A Terra foi criada e desenvolvida por várias ocorrências que foram mudando o mundo, neste
texto iremos conhecer as teorias e formas de criação da Terra.
O Criacionismo é uma teoria acreditada por religiosos que são das seguintes religiões:
islamismo, cristianismo, judaísmo, que afirmam que Deus, ou um ser todo poderoso, criou a Terra e o
que há nela. Para nós, Deus fez isso em 7 dias, fazendo assim nosso calendário.
O Evolucionismo é uma teoria aprofundada pela ciência com Darwin, que criou a teoria da
seleção natural na qual havia um ser, e teve que ir se adaptando para sobreviver e isso se denomina
evolução. Podemos afirmar assim que o evolucionismo é algo com evidências históricas e é baseado
na ciência racional, já o criacionismo é baseado na fé, sem evidências, falado e escrito por alguém na
Bíblia. Aí você escolhe se irá ter fé em algo não comprovado ou acreditar no racional.
A evolução destas teorias são bem diferentes, para o criacionismo foi Deus quem criou tudo
como é hoje e o evolucionismo foi que os seres evoluíram até ficarem como são hoje.
Eu já acredito em outra coisa, parecida com as duas teorias, pois eu creio em uma junção das
duas. Eu creio que havia apenas um átomo, ele evoluiu e evoluiu e evoluiu até se transformar em um
animal; o animal evoluiu, multiplicou-se, adaptou-se e assim sucessivamente até criar o que temos
hoje. Então, finalizando esta junção entre duas teorias, com essas ocorrências de evolução e
adaptação, Deus estava sempre olhando lá do céu e comandando tudo, olhando a gente até hoje e nos
comandando ao certo e o correto a ser realizado.
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LARA DANIEL TIECHER 8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
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1º LUGAR POEMAS
AUTOR(A): YASMINN FAORO ELLWANGER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: POEIRA NO UNIVERSO
Quem é você?
Tempo
quem é você?
Um dia passa por mim rápido
Outras vezes, é calmo, sereno.
Tempo, quanto tempo você tem?
Segundos, minutos, horas...
Eu nem sei quem sou,
Tão pouco quem você é.
Num dia sou criança,
No outro acordo menina moça.
E a vida segue o seu trajeto.
Linhas retas, cruzadas, paralelas e opostas.
Viver a vida.
A vida e o tempo.
O tempo traz a experiência com a vida.
A vida revela o tempo e as experiências.
Eu amo viver a vida.
O tempo e a minha vida.
Um elo de ligação.
Minha inspiração de passagem nesta vida.
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2º LUGAR POEMAS
AUTOR(A): EDUARDA BADO DE SOUZA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PIPOCA
Vidas negras
Eles importam,
Eles existem,
Sempre existiram
E hoje persistem.
Agredidos...
Verbalmente, fisicamente
Até mesmo por quem deveria protegê-los
O que passa na cabeça dessa gente?
Por vozes caladas,
Mortes mal explicadas
Lutamos para a verdade
Ser contada
Balas perdidas...
Foi só mais um,
Confundiram preto com assaltante
Mas e quem garante?
Se amanhã não confundem de novo
Dói só de pensar
Em ser morto apenas pela cor da pele
A dor no coração de quem sente
Inexplicável
Ser considerado diferente.
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3º LUGAR POEMAS
AUTOR(A): LÍDIA KLATT DE OLIVEIRA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MAFUYU
Lágrimas de inverno
Como a neve que ainda não derreteu Meus sentimentos estão na sombra
Esse amor que senti ainda está lá
Você se foi, mas ainda estou aqui
Sozinho nessa escuridão
Me conter será em vão
Pois nada do que eu disser
Irá esconder essa emoção
Do amanhã o que esperar?
O que se foi não pode voltar
O adeus talvez, não vai escutar
Sua falta fez meu tempo parar
Mesmo assim tenho que seguir em frente
Mas não dá
Desse encanto não posso me livrar
Essa maldição me perseguirá
As lágrimas podem congelar
As estações podem passar
Mas eu vou estar aqui
Pessoas vêm, pessoas vão
E não existe uma razão
Todas as histórias são iguais no fim
O adeus talvez, não vá escutar
Mas vou seguir e sempre guardar
O amor que existe em mim.
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AUTOR(A): ALÉXIA BERG BOESING
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: Lê
Internet no isolamento
Nos dias de hoje, dela precisamos,
Mas às vezes, deixe-a descansar,
Uma folga da internet, precisamos tirar.
A vista da janela, observe-a,
Respire o ar puro que ela nos dá,
Veja os passarinhos, e ouça-os cantar.
Com a internet, na aula podemos participar,
Aprender coisas novas,
E nossas habilidades melhorar.
Mas, no excesso,
Prejudica o nosso cotidiano,
Por isso, merecemos um recesso.
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AUTOR(A): EDUARDA RAFAELI DE SOUZA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: STYLES
Uma aventura animal
Era uma vez, em um reino encantado, uma cachorrinha, chamada Dolly. Ela era uma Dálmata,
com uma grande mancha preta ao redor do olho esquerdo e várias outras manchas menores
espalhadas pelo corpo todo. Dolly nasceu no palácio do rei e seus pais eram dois Dálmatas muito
bonitos. Ela veio de uma ninhada de sete filhotes: três fêmeas e quatro machos. O rei e a rainha não
queriam mais cachorros além dos pais dela, então resolveram colocar os filhotes para adoção. Seus
irmãos foram adotados rapidamente, mas a pobre Dolly, ninguém quis adotar.
O rei e a rainha decidiram abandoná-la na rua, porque não havia sido adotada, mas Dolly
achava divertido morar na rua, pois lá era livre. No primeiro dia, achou um pedaço de carne no chão,
não pensou duas vezes e comeu. No segundo, catou alguns restos de comida na lixeira e encontrou
alguns pedaços de papelão que usou para se enrolar e dormir. No terceiro, conheceu três outros
animais que também viviam na rua e todos viraram amigos. Mel era uma passarinha muito fofa; Yoko
era uma lontra macho, tão preta quanto a noite; e Omar era um gato muito rabugento, mas
incrivelmente inteligente.
A primeira aventura do quarteto foi quando Omar, Mel e Yoko estavam apresentando a cidade
par Dolly e, de repente, Yoko caiu na fonte encantada no centro do parque do reino e todos pularam
na fonte para se divertir junto com Yoko, que estava quase se afogando. O que eles não sabiam era
que a fonte encantada lhes daria a capacidade de falar...
Certo dia, estava o quarteto descansando na sombra de uma árvore, quando passou um
homem muito esquisito com uma carrocinha coberta com um pano preto e capturou Dolly. Na mesma
hora os três começaram a correr atrás dela.
- Vocês vão pela direita e eu pela esquerda, aí cercamos ele e pegamos Dolly de volta! – Disse
Omar.
Quando perceberam, era tarde demais e homem já havia saído com a carroça e Dolly dentro
dela. Como os amigos eram muito insistentes, seguiram o homem até chegarem em um lugar bem
escondido em uma parte do reino que ainda não conheciam. Quando entraram, depararam-se com
pessoas vestindo macacões pretos, com todos os tipos de “apetrechos” necessários para capturar
qualquer tipo de animal presos em um cinto de couro. Eles saíram do lugar e esperaram até a maioria
das pessoas que estavam ali saírem para eles poderem entrar com mais facilidade. Quando entraram,
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sorrateiramente, depararam-se com várias jaulas pequenas, algumas vazias e outras com algum animal
dentro. Havia animais de todos os tipos, desde indefesos ratinhos, até perigosas águias. O que eles
tinham em comum? Todos falavam, isso mesmo! Este homem que havia capturado Dolly não era nada
mais, nada menos do que um cientista que estava estudando os animais falantes do reino, mas, ao
invés de apenas fazer perguntas aos animais, ele estava torturando-os, com agulhas para analisar o
sangue e algemas e, a depender do animal, focinheiras, para conseguir estudá-los sem se machucar.
Mel, Omar e Yoko ficaram incrédulos com aquela situação e resolveram assustar o homem, o
que deu certo. Dolly, que ainda não estava presa em uma jaula, conseguiu fugir dos braços do cientista
e ficar ao lado de seus companheiros. Depois de terem corrido do homem por toda aquela sala, os
quatro pararam e Mel perguntou ao homem:
- Por que você precisa torturar os animais para fazer sua pesquisa?
E ele respondeu:
- Porque se eu perguntar eles não irão querer participar da pesquisa.
- Mas você já experimentou perguntar antes de capturá-los? – Disse Yoko.
- Não. – Disse o homem em resposta.
- Então da próxima vez não force alguém a fazer algo que você queira se você não sabe se ela
vai querer ou não. – Completou Omar.
- Nós quatro vamos ajudar na sua pesquisa, mas só se você soltar os outros animais e prometer
que não vai mais fazer coisas desse tipo. Ok? – Falou Dolly.
- Eu prometo. – Respondeu o cientista.
Depois disso, os outros animais foram libertados e o quarteto ficou ajudando o homem por
longas horas. Acho que esse é o começo de uma bela amizade!
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AUTOR(A): EDUARDO FERRARI WINCK
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: DUDU
Coronavírus
Coronavírus como podemos explicar
Uma doença no século
Será que iremos nos salvar
Ou ele irá nos matar
Pessoas apreensivas e com medo
Uma histeria de outro mundo
Que veio pra nos mostrar
Que com união e amor tudo vai passar
Crianças, adultos e idosos
Preocupados com a saúde
Não querem sair de casa
Pedindo que Deus os ajude
Nesta turbulência que vivemos
Seguimos por dias melhores
Pedimos que tudo passe
E que logo voltemos a escrever nossa história
O corona nos afastou
Afastou de corpo, pois
Nossa alma e coração
Está conectada com muita união.
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AUTOR(A): FILIPPO DA SILVEIRA CASALI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL: 6º AO 9º
PSEUDÔNIMO: JEFE
O Peixoto e a tripulação
Um belo dia em sua tripulação Peixoto e seus colegas de embarcação estavam navegando e os
Peixotos do barco estavam dançando. Peixoto estava tão feliz que se jogou no mar e deu um mergulho,
estava tudo muito bom, até esse dia chegar ao fim e passar a noite.
No outro dia, o capitão deu uma tarefa para o Peixoto, a tarefa era cuidar das frutas do barco
para que sobrassem para tripulação e eles saíram para desvendar novas ilhas. Nesse tempo Peixoto
ficou no barco cuidando do alimento e aconteceu algo.
O Peixoto ficou com fome e comeu todas as frutas da embarcação e acabou dormindo até não
querer mais. O tempo passou e passou, o chefe e os tripulantes chegaram e viram o Peixoto deitado
de barriga cheia, sem querer falar nada e ficaram bravos com ele.
Não passaram nem dois segundos e ele foi arremessado ao mar, Peixoto nadou para uma ilha
onde encontrou o senhor embananado que o ajudou a arranjar um lugar para passar a noite sem ter
que passar frio. Peixoto agradeceu e contou-lhe o que havia acontecido.
No outro dia estava ele lá colhendo frutas, pois queria voltar para a tripulação e achou que se
pegasse e devolvesse o que tinha comido seria perdoado. Passou tempo e continuou pescando e
colhendo frutas para a tripulação, afinal ele era o maroto, o peixe escroto.
Chegou a hora de voltar para a tripulação, Peixoto estava animado, pois não via sua tripulação
há meses e estava arrependido, ele chegou e mostrou os alimentos, então só entregou e esperou a
resposta da tripulação. Naquele momento sentiu um drama, mas a tripulação aceitou e deu tudo certo
no final.
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AUTOR(A): GUSTAVO SALVADOR
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GUS
O monstro do jogo
Era um dia qualquer, Marinete estava na biblioteca de sua escola, seus amigos estavam
jogando para ver quem iria para o torneio daquele jogo e Marinete queria entrar nesse torneio só para
ficar com o Andrei.
Então ela ia competir com Alex, que tinha vencido de Andrei. Um tempo depois, Marinete
começou a jogar com Alex e acabou vencendo dele, classificando-se para o torneio. Então ele ficou
muito triste por não jogar o jogo favorito dele e saiu da escola.
Como ele estava chateado, o vilão Rocmof se aproveitou e lançou um feitiço da maldade e Alex
se tornou um vilão.
Marinete e Andrei estavam treinando quando pensaram de dar uma parada no jogo, então
foram para fora para conversar e comer, quando Andrei viu o robô.
Andrei fala para Marinete:
- Marinete, corre!
Então eles saem correndo e se escondem, para se transformar em Catman e Catgirl e começam
a lutar. Um tempo se passou e conseguiram destruir o monstro, mas o robô tinha voltado, então
apareceu uma bola vermelha no meio de Catgirl e Catman e os dois encostaram e apareceu outro robô
que era do bem. Eles entraram dentro do robô e começaram a lutar de novo.
Catgirl falou para Catman:
- Por que você está no controle do robô?
Catman responde:
- Porque o robô me encolheu no controle.
Então a Catgirl falou:
- O amuleto, Catgirl!
E caiu um spray de tinta, e Catgirl pintou a janela do robô, então o vilão colocou a cabeça para
fora e Catgirl pegou os óculos do vilão e tirou o feitiço da maldade de Alex.
Depois de tudo resolvido, chegou a hora do torneio, então Marinete deu o controle remoto
para Alex e Andrei deu para Marinete.
Os dois foram jogar o torneio como amigos, pois o bem sempre vence o mal, basta lutar por
isso.
84
AUTOR (A): HENRIQUE AULER LUDWIG
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: IKE
A guerra
Era uma vez um menino chamado Marco, ele adorava ir na casa do seu bisavô Alfredo, pois ele
tinha participado da 2º guerra mundial, e nunca faltavam histórias para contar ao seu bisneto.
Marco sempre pedia histórias ao bisa Alfredo, e ele se encantava com as realizações, mas se
decepcionava quando seu bisa se recusava a contar-lhe o que aconteceu com sua bisa.
Ele sabia que eles se conheceram no meio do treinamento para a guerra, mas ele nunca contou
onde e quando ela morreu e se morreu na guerra ou após a guerra.
Por isto ele não sabe nem o nome dela, muito menos com quantos anos ela morreu. Alguns
anos se passaram e seu bisa faleceu; em seu último suspiro, ele deu uma chave para Marco e disse:
- Meu filho, pegue esta chave, abra o velho baú e pegue meu antigo diário e descubra o que
queria saber!
Em seguida ele morreu. Então Marco fez o que seu bisa disse, pegou a chave, abriu o baú e
pegou o velho diário. Quando ele ia começar a ler, caiu um papel escrito: “Meu filho, se está lendo isto
quer dizer que eu já faleci, se deseja saber o que houve com sua bisa, vá para o dia: 2 de setembro de
1945”. Ele começou a ler e estava escrito o seguinte:
“2 de setembro 1945, 2º Guerra Mundial, último dia de guerra, Eu e Alice estávamos
escondidos atrás das trincheiras recarregando as armas, quando atiraram uma bomba em nós. Alice
me empurrou salvando minha vida, mas sacrificando a sua.”
Marco, quando terminou de ler, começou a chorar, pois entendeu porque seu bisa não falava
sobre ela; resolveu folhear, na folha seguinte estavam as alianças e uma foto dos dois juntos e escrito:
“2 de setembro de 2005, hoje nasceu Marco, meu bisneto, esta também é a última folha de
meu diário, por isto, antes de falecer quero dar as alianças para ele para poder uni-lo com alguém!”
Marco chorou mais ainda, ajoelhou-se, pegou as alianças, apertou-as firme e orou:
Bisa Alfredo, eu fiz o que o senhor me pediu, agora entendi porque o senhor nunca falou dela,
mas agora está junto a ela. Contarei aos meus filhos suas lindas histórias e repassarei as alianças para
meu filho, que direi para continuar a passar as alianças.
85
AUTOR (A): JOÃO PEDRO BERGER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LESTINO
Quarentena
Quarentena e agora!
O que fazer, temos que nos prevenir
Das bactérias ruins com máscaras, luvas
E até ficar longe de pessoas
Não é férias nem nada
Não é momento de felicidade
E sim de tristeza, não podemos visitar
Quem nós gostamos, não podemos
Chegar muito perto, temos que nos prevenir
Quanto mais respeitarmos
A quarentena, mais rápidos nós sairemos
Sabemos que todos querem sair da quarentena
Para visitar os nossos parentes e próximos
Queremos que tudo isso acabe, vamos respeitar tudo
E pensar positivamente.
86
AUTOR (A): LETÍCIA KLEYN DO ROSÁRIO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: AZUL
O vírus
O covid- 19.
Mais conhecido como coronavírus.
Se espalhou pelo o mundo inteiro.
E muita gente já infectou.
Ao Brasil já chegou.
Começando pela China.
Passando pelo mundo inteiro.
Mostrando como é forte.
As escolas fecharam.
Comércios também.
Todos precisam ficar em casa.
E quando saírem, usar máscara e álcool gel.
Os idosos são os com mais risco.
Então temos que nos cuidar.
Para o vírus se afastar.
E todos ficarem bem.
87
AUTOR (A): LETÍCIA TONINI NITZCHE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: TICI
Na estrada da vida
Na estrada da vida
Somos todos passageiros.
Tudo passa rápido
Por isso temos que ser ligeiros.
Na estrada da vida
Devemos aproveitar cada momento
Pois não sabemos o amanhã
Nem sabemos o conceito.
Na estrada da vida
O importante é aproveitar
Sair com os amigos
E sempre festejar.
Na estrada da vida
Existem vários obstáculos
Mas devemos olhar pra frente
Sempre desviando os buracos.
Na estrada da vida
Dias ruins iremos ter
Mas sempre agradecendo
Pois Ele nos deixou nascer.
88
AUTOR (A): MARIA JULIA GAUER TESCHE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MAJU
Doces lembranças da minha vida
Como criança, nos tempos da minha infância querida
As mais lindas histórias de ficção escutava
Vindas do fundo do seu coração
Com sabedoria e amor as contava
Também na fase da minha adolescência
Lindas histórias de ficção consigo ler
Como as das 20 mil léguas submarinas
As angústias dos personagens consigo entender
Enquanto o Nautilus navegava com os personagens dormindo
Que foram acordados com um forte choque
Pensando que o Nautilus num iceberg bateu
“Como se safar desta ?” foi seu enfoque
Em pânico os tripulantes pelo capitão Nemo procuraram
Embora sabendo que o Nautilus de lado estivesse deitado
que ao chegar ao seu encontro com bússola em mãos
buscava a posição do Nautilus na carta e seu estado tão desajeitado
Presos no iceberg, Nautilus e sua população,
Sentiram um leve movimento no casco... O Nautilus levemente se endireitava
E os personagens viram espaço entre as paredes de gelo
Calmamente subiram à superfície, como tudo se ajeitava!
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AUTOR (A): MARIA VITÓRIA DECKMANN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BISCOITO
O desaparecimento das garotas de Oceana
Há muito, muito, mas muito tempo atrás, em um reino chamado Oceana, governava o rei Luis
Vicent e sua mulher rainha Sara. Sara havia falecido no verão passado, mas deixou para Luiz três belas
filhas, todas com um dom único. Rebeca era a mais velha e estava com 15 anos, e tinha o dom da
pintura; a segunda filha, Ayla, estava com 13 anos e escrevia como ninguém; a caçula, Lívia, tinha 9
anos e amava cantar. Além de seus incríveis dons, as meninas tinham um dom em comum que haviam
herdado da mãe. Tratava-se de uma ligação entre elas, as garotas conseguiam sentir quando alguma
estava em perigo, o que fazia elas se tornarem muito unidas, superando até a morte mãe. Após a
morte de Sara Vicent, o reino Oceana entrou em total luto, até o dia em que receberam um convite do
reino vizinho para um concurso de talentos entre reinos. Lívia e Rebeca adoraram a ideia, pois
gostavam muito de expor seus talentos, já Ayla não era muito de chamar atenção, era mais tímida ...
Mas até que gostou da ideia pelas irmãs.
Então chegou o tão esperado dia, o dia da ida, as carruagens estavam prontas e o rei,
apressado, não gostava de atrasos. Os quatro chegaram somente à tardinha, a primeira a botar o pé
fora daquela carruagem foi Ayla; a garota quase caiu dura no chão, nunca tinha visto tanta gente em
um só lugar, as outras meninas ficaram admiradas pelo tanto de pessoas que estavam lá. Logo, a criada
do reino vizinho chegou para acompanhar o rei e as filhas até os quartos, o rei ficou em um e as garotas
em outro. As garotas estavam bem cansadas em relação a isso, principalmente Ayla, que era mais
reservada. Então logo dormiram e só acordaram na manhã seguinte.
Às 6 horas em ponto, as três levantaram, Lívia e Rebeca estavam muito animadas, Ayla,
sonolenta como sempre, acabou levantando, não queria ficar para trás, afinal não conhecia nada
naquele lugar. Naquela manhã, aconteceu a apresentação de princesas e príncipes, conversaram
muito, e até que as garotas fizeram amizades. Até conhecer Sabrina Critrino, a princesa de um reino
um pouco distante dali, ela se apresentou para Rebeca como quem fosse dar a mão para um inseto.
Rebeca, apesar de ser a mais velha, era inocente, então cumprimentou Sabrina normalmente e feliz,
até porque achou Sabrina uma pessoa legal. Só achou mesmo, Sabrina sentiu muita inveja de Rebeca,
sabia dos lindos quadros que Rebeca pintava e observou os lindos vestidos que vestia. Já deu pra
perceber que não gostava nada disso.
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A menina foi cumprimentar Lívia, e também sentiu muita inveja, pois Rebeca tinha falado
sobre a bela voz da irmã e comentado bastante sobre ela, Sabrina não gostou muito dela também. Já
com Ayla a coisa foi um tanto diferente, não sabia muito sobre ela e achou a menina bem
desinteressante; mesmo assim não foi com a cara dela. Rebeca até comentou com Ayla sobre Sabrina,
falou que parecia uma princesa sábia e muito legal, Ayla que era bem mais ligada que as outras irmãs
avisou:
- Cuidado, Rebeca, não conhecemos aquela garota direito, tenho um pressentimento que isso
não vai dar em algo bom.
Rebeca não deu bola para a irmã, achou-a preocupada demais com pouca coisa. Então a tarde
chegou, Lívia queria passear pelo campo e Rebeca foi junto, Ayla, como sempre, queria ler e
certamente escrever um pouco, então não aceitou ir com elas. As irmãs conheciam Ayla então não
reclamaram e lá se foram elas. Lívia cantarolando e Rebeca conversando consigo mesma sobre o que
a irmã disse de Sabrina... Tudo estava indo bem, até Lívia escutar passos.
- O que é isso, Rebeca?!
- Acalme-se, Lívia, não deve ser na...
Antes de Rebeca terminar a frase, um garoto a atacou dizendo para ficar quieta; Rebeca só
sabia gritar para Lívia correr, e, sim! Ela corria como ninguém correu antes, enquanto uma garota de
máscara a perseguia. Enquanto isso, no quarto, Ayla já sabia que havia algo errado, ela levantou
depressa e saiu em direção à porta, mas quando foi abrir:
- Ayla, depressa, Rebeca foi pega!
- Como assim? Conte o que aconteceu!!
- No caminho, vamos, depressa!!
Lívia contou tudo o que aconteceu para Ayla, a menina estava cansada e com medo, mas Ayla
a acalmou, dizendo que iria dar tudo certo. As duas garotas foram em direção a leste, nos fundos do
castelo, o rei Luís dizia que lá é o lugar mais escondido de todos os castelos, por isso Ayla pensou que
poderiam ter deixado Rebeca por lá. Porém, a pessoa que raptou Rebeca também era bem esperta. Já
no lugar em que Rebeca estava, as coisas estavam diferentes, ela até se encontrou com Sabrina…
- Ah, que pena, Rebeca não terá suas chances no concurso, porque não irá participar, Rebeca
admirada com a coragem de Sabrina, pronunciou :
Sabrina, porque fez isso comigo? Achei que fôssemos amigas …
Não deu um minuto para Rebeca perceber que estava falando com as paredes. Resolveu ficar
quieta e pensar em como ela podia sair de lá. Enquanto isso acontecia, Ayla e Lívia tentavam achar um
jeito de achar Rebeca, e também quem a pegou… Lívia se descuidou e sem querer foi para o lado
oposto da irmã.
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Lívia ficou em total desespero, não sabia nada sobre o castelo e muito menos sobre as
florestas. A menina começou a sentir uma dor de cabeça horrível e acabou desmaiando; após isso, o
mesmo garoto que raptou Rebeca, levou-a para o velho porão. Ayla naquele momento já estava
perdendo a cabeça sem as irmãs, sem nem um pouco de água ou comida e muito menos noção do que
fazer, ela sentia algo muito ruim. Lívia foi jogada ao lado de Rebeca, até que Sabrina a acorda, quando
fala:
- Ora, ora, e não é que meu parceiro te achou? Por um milagre do destino, haha.
Rebeca já sabia o que passava na mente de Lívia, "Mas você não era legal?" Duas garotas
inocentes que deveriam ter ouvido a irmã. Agora Ayla estava tentando ser resistente, ela estava indo
bem. O vento estava forte e o rei preocupado com as filhas, apesar de saber o quanto elas eram fortes
não tinha notícia das garotas desde a manhã. Ayla caminhou muito e nada de Lívia, nem sequer uma
pista. Até que esbarrou em algo, era uma capa e nela tinha uma chave com um papel, que parecia
estar molhado. Era um tipo de mapa? Sim! Um mapa. Mostrava todos os lugares do castelo e
especialmente no porão havia um círculo vermelho. Já que não era boba nem nada do tipo, caminhou
muito para voltar para o castelo, até porque estava mais do que longe de lá. Chegando no castelo, Ayla
se deparou com o som do concurso e sem querer trombou com seu pai, que perguntou:
- Ayla, cadê suas irmãs? Não vejo vocês há tempos!
- É uma longa história papai, mas confie em mim, você logo as verá.
Luis não entendeu muita coisa, mas confiou na filha; Ayla desceu as escadas o mais rápido
possível e entrou no porão. Lá estavam elas, Rebeca e Lívia, Ayla ainda se defendeu, enquanto soltava
as garotas.
- Eu avisei vocês, eu sempre soube que não ia dar certo fazer amizade com essa garota; andem,
depressa! As garotas correram para cima deixando o porão e lá estava Sabrina se apresentando no
concurso, até que viu as três garotas na porta, fez ela um olhar espantado, descendo do palco, fazendo
Sabrina e Lívia subirem até lá. Bom, o final quase sempre é feliz, e esse também foi, as garotas
ganharam o concurso junto com mais um garoto de outro reino. Mas ainda não estava totalmente
tudo resolvido, Rei Luis, depois de saber do que Sabrina e companhia fizeram, falou com rei e rainha
de seu reino, deixando-a envergonhada por tanta inveja.
Não seja invejoso, aprecie o talento das pessoas e encontre o seu!
92
AUTOR (A): MATEUS NICOLI SKLAR
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MISTERIOSO
Combate
Eu amo jogar
E meus amigos eu vou kilar
Nesse combate não há chance
Eu irei te destruir com o
Meu poder deslumbrante
Depois de te derrotar
Irei treinar
Com minha força
Irei aumentar
Então irei jogar
Até te derrotar
Se prepara para esse
Fite que com meu ataque forte
Irei te ganhar
Se tentar fugir
Irei te caçar.
93
AUTOR (A): MIGUEL DOS SANTOS WEDDIGEN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MALUQUINHO
A galinha
Uma galinha era louca
Ela andava com um jeito
de louca caminhava bêbada
para todo o lado.
Esta galinha era muito
doida que até comia milho
com sal, não deixava
ela de mascar.
Essa galinha é tão louca que
me dá dó de matar …
Anda para lá e pra cá
eu não aguento mais.
Por favor, alguém me salve!
Eu vou morrer se essa galinha
cacarejar…
Com voz de engasgada
nem bota ovo.
O que bota mesmo é uma pena
do seu bolso…
Até falar ela sabe!
Chega, eu me demito,
eu não aguento mais, essa galinha cacarejar.
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AUTOR (A): MISAEL HENRIQUE FOLLMANN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MISA
A mensagem
Hugo menino,
Inteligente e teimoso
Filho órfão
De anotações misteriosas.
Hugo queria ver
A máquina funcionar
A chave estava
No pescoço de Isabelle a dançar.
Ele pegou a chave
Isabelle saltou
Sua mão o segurou
E no chão aterrissou
Hugo tinha medo
Que Isabelle queimasse
Tudo aquilo
Que seu pai anotasse.
Que daí sua máquina
Não funcionasse
Como havia
Sua mente imaginado.
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AUTOR (A): NATALIA BOICZUK
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: NATI B.
O ano de 2020
Quando chegamos ao final do ano de 2019, comemoramos com muita alegria com nossas
famílias e amigos a chegada do ano de 2020; tínhamos tantos sonhos, projetos e metas para serem
realizadas durante o novo ano que se iniciava. Assim, passamos os meses de janeiro (férias escolares),
fevereiro (retorno das aulas escolares e carnaval), então chegou março, e com ele muitas informações
sobre uma nova doença que abalava o mundo “COVID-19 (coronavirus)” e esta doença chegava ao
Brasil.
Nossas vidas mudaram o rumo de uma hora para outra, o nosso dia a dia não seria mais o
mesmo. O país, estados e municípios entravam em alerta geral, escolas não poderiam mais dar aulas,
comércios com portas fechadas e as pessoas dentro de suas casas, esperando por normas e decretos
de como seria viver a partir da chegada da doença coronavírus no Brasil. Também chegaram o medo
e a preocupação de como seria passar por esse momento difícil que não estávamos preparados para
enfrentar.
Só tínhamos a certeza de que nossos sonhos, projetos e metas para 2020 teriam muitas
mudanças, nossa forma de estudar, trabalhar, comprar, ir ao supermercado, posto de combustível,
academia, áreas de lazer, ... de um dia para o outro nossas certezas se tornavam incertezas.
Assim, chegou o mês de abril e nossos dias continuavam com muitos cuidados com nossa
saúde e dos nossos familiares, nossas preocupações também continuavam as mesmas em relação à
doença do coronavírus e com nossa vida no meio social e econômico. Nesse mês tínhamos a
comemoração da Páscoa, uma data muito especial, pois esperamos o coelho com os ovos de chocolate
e agradecemos a ressurreição de Jesus Cristo, em outros anos sempre foi uma data muito comemorada
com os familiares. Mas esse ano foi diferente, tínhamos os mesmos motivos para comemorarmos o
dia de Páscoa, mas o nosso ânimo não era o mesmo, por mais que quiséssemos em nosso interior
tínhamos um sentimento de tristeza.
Não sabemos como vai ser daqui pra frente, o que vai vir nos próximos meses, mas precisamos
acreditar que tudo isso vai passar e que nosso 2020 ainda pode ter um final feliz, pois temos um DEUS
que olha por nós, vamos orar e agradecer cada dia de vida e saúde que temos; isso por mim, por você,
nossos amigos, famílias e todas as pessoas desse mundo, do qual fazemos parte.
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AUTOR (A): PEDRO HENRIQUE PAZINATTO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PETER P
A visita inesperada
Este ano recebi uma visita,
Que mais parecia uma presente de grego
O tipo de visita que irrita,
Incomoda e bota medo
Minha visita é importada!
Mas como que pode ser visita se não foi convidada?
Ela veio lá do Oriente,
E visitou muita gente!
Veio da China a desgramada,
Não é chique, mas é muito viajada!
Já foi para Espanha e Itália,
E por onde passou, deixou sua marca registrada
Não é educada, nem comportada
Entram todos os lugares, sem ao menos ser chamada
E é quase prima do Cascão,
Pois corre léguas da água e sabão!
Ninguém aguenta mais esta sacana!
O jeito é andar mascarado
E para completar o disfarce
Avental e álcool gel também podem ser usados!
Meu amigo “covid”
Tua partida é chegada
Vá embora seu “corona”, e não leve mais nada!
Vamos todos ficar em casa e nossa família será guardada.
97
AUTOR (A): VALENTINA ZILLMER KOCHHANN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: VZK
Três tempos
Do passado é só lembranças
O presente eu sei de cor
O futuro está por vir
Eu espero que seja melhor
Mas se seu passado foi de
Muita alegria e prazer
Faça o que puder no presente
E deixe o futuro em haver
Ontem, hoje e ontem
Prefiro que seja agora
Pois não sei se amanhã chego
O ontem já foi embora
O amanhã está por vir
Ontem ficou na história
O agora posso ver e sentir
Depois guardar na história
Ontem, hoje e amanhã
Eu não deixo hoje de fora
Porque o agora está no hoje
E o hoje está no agora.
98
AUTOR (A): ALEX LAVARDA WEBER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MR.W
Romeu e Julieta
Vou contar para vocês
uma história porreta
de um rapaz chamado Romeu
e uma moça chamada Julieta.
Romeu arriscando sua vida
para poder encontrar
sua amada Julieta
e do seu amor poder lhe falar.
Quando os dois se conheceram
não podiam imaginar
que o amor dos jovens
não poderia rolar.
Seu pai, de família Capuleto
não iria aceitar
um rapaz de família Montéquio
para sua filha namorar.
Porém, o amor entre os jovens era tão forte
que ninguém poderia imaginar
que nem as famílias e nem a morte
jamais conseguiriam os separar.
99
AUTOR (A): ANA JÚLIA ECKERT SCHNEIDER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BORBOLETA
A ilha
Era uma vez três amigos, Ana, Raquel e Pedro, eles iriam fazer uma viagem no final de ano,
para Nova Iorque. Eram 10 horas de viagem, estavam com muito medo de algo dar errado, mas
estavam super animados.
Quando entraram no avião, já tinham percebido que havia algo errado, não tinha ninguém
apenas eles, mas mesmo assim continuaram lá. Quando o avião pousou, perceberam que não estavam
em Nova Iorque e sim em uma ilha no meio do nada. Eles ficaram desesperados, saíram do avião
percebendo que o piloto não estava mais ali. Tentaram achar um sinal para saírem, mas nada
aconteceu.
Em seguida, eles ficaram andando pelo lugar, até que encontraram uma pequena casa, onde
havia tinha um pequeno quarto. Já sabiam onde poderiam dormir, mas não o que iriam comer e beber.
Andaram mais um pouco e acharam um rio, com vários animais e árvores em volta. Eles ficaram
muito felizes, pois não iriam mais passar fome e sede. Os dias foram se passando, eles ficavam cada
vez mais preocupados.
Duas semanas depois eles acordaram assustados ao som de um avião pousando, assim foram
correndo para ver o que estava acontecendo lá fora. Eles viram duas pessoas saindo do avião, eles
ficaram observando escondidos. Foram se aproximando cada vez mais até ficarem um em frente ao
outro e assim começaram uma conversa. Eles se chamavam Jonas e Bruna, e tiram parado ali pelo
mesmo motivo que a Ana, Raquel e Pedro.
Jonas e Bruna estavam muito assustados, por isso Ana e Pedro os levaram para a pequena casa
para eles se acalmarem. Enquanto isso, Raquel foi pegar algumas comidas para eles conseguirem
tomar um simples café da manhã. Depois disso, todos fizeram uma roda e começaram a conversar e
pensar sobre o motivo deles estarem ali.
Passaram semanas e semanas. Nada mudou. Todo dia a mesma coisa. Acordavam, tomavam
um simples café, iam buscar comida para não passarem fome, ficavam conversando um pouco e iam
dormir novamente.
Até que um dia resolveram dar uma volta para verem se encontravam algo novo. Andaram
muito até encontrarem alguém desmaiado. Era o piloto dos aviões. Todos ficaram muito surpresos,
pois pensavam que ele havia morrido; mas não, ele estava ali o tempo todo. Acordaram e levaram-no
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para a pequena casa, explicaram tudo que havia acontecido, pois ele não se lembrava. Depois de um
tempo conversando, fizeram a seguinte pergunta a ele:
- Você sabe como podemos voltar?
Ele respondeu:
- Claro, vou ligar para alguém vir aqui nos buscar!
E assim foi, ligaram para alguém vir buscá-los. Após isso, chegou um helicóptero e levou-os
para casa.
101
AUTOR (A): ARTHUR DALLA CHIEZA ZIMMER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SEMPRE ALERTA!
Direito das crianças e dos adolescentes
Todas as crianças
Tem direito à proteção,
Devem ser amparadas
Conforme previsto na declaração.
A criança deve ser bem cuidada,
Pois é sempre prioridade
Ter saúde e boa alimentação
E ser tratada com dignidade.
Cada um deve ter um lar,
e com a criança não é diferente.
Precisa de cuidados
E amor de muita gente.
Toda criança tem o direito
de se divertir e brincar,
Mas principalmente
de ir à escola para estudar.
Não podemos esquecer
Que são muitos os direitos,
E em especial
A dignidade e o respeito!
A família é a grande responsável,
Deve cuidar, amar e proteger.
Pena que ainda vemos tantas injustiças e
atrocidades a mesma a cometer.
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AUTOR (A): AUGUSTO HERMES RITTER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: A.R
Naufrágio
Em uma manhã fria
Um menino estava num barco
Com suas pernas trêmulas
E quase congelando.
Após algumas horas
Enquanto jantava
Percebeu que ali mesmo
O barco afundava.
Ele procurou alguém
E logo se desesperou
Todos estavam assustados
Mas de nada adiantou.
A cada minuto
Mais o barco afundava
O menino não sabia o que fazer
Nem mesmo pensava.
Apesar de estar confuso
Algo ele já esperava
Sabia que naquele dia
Seria o fim de sua jornada
103
AUTOR (A): EDUARDO KAUFMANN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: NARUTO
A quarentena (causada pela propagação do COVID-19)
No mês de março a pandemia chegou ao Brasil, ocasionando mortes e muitos casos
inesperados. Abalei-me com a notícia, pois tinha acabado de entrar em um colégio novo e já estava
quase me acostumando com a nova rotina, estava animado. Achei que seriam poucos dias de
quarentena, que tudo voltaria ao normal logo; mas a quarentena que começou em março, continua
até agora (junho, mês atual). O mais engraçado disso tudo, é que antes não via a hora que chegar em
casa, de poder jogar no meu computador, de poder descansar um pouco. Hoje, não vejo a hora de
voltar para a escola, de rever meus amigos, de ficar fora de casa pelo menos por uns minutos! Minha
mãe sempre reclamava que eu estava na internet, hoje eu mal acordei, ela já diz: ‘’Naruto, você já ligou
o computador?’’.
Na vida acontecem coisas inesperadas, que de alguma forma fazem a gente valorizar os
momentos. Nunca foi tão esperado o momento de rever os amigos. De poder abraçar, conversar e sair
de casa! Eu espero que esse caos passe logo, estou com saudade da minha rotina!
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AUTOR (A): EDUARDO LOTTERMANN REIS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: REIS DU
O roubo no momento certo
Era uma vez, em um passado não muito distante, um rei chamado Pedro; o reino de Pedro era
imenso, com diversas casas, lojas, plantações e muito mais. Ele era muito querido por todo o povo,
pois costumava fazer diversas comemorações em nome do reino em que todos poderiam participar;
ele também era visto diversas vezes nas ruas como uma pessoa “normal’’.
Mas um dia Pedro estava no meio de uma dessas comemorações e um sábio parou e lhe disse:
"Rei Pedro, um dia essas festas lhe trarão problemas’’.
Pedro, por ser extremamente respeitoso com religiões e coisas do tipo, reduziu um pouco as
comemorações, apenas em datas muito especiais.
Quando o rei foi para sua cama dormir, ele escutou sons pela janela, mas ignorou. Então alguns
dias depois era o aniversário do reino, e como era uma data muito especial, ele fez uma comemoração
muito grande. Aí ele se lembrou do senhor que lhe disse sobre as comemorações com todo o reino,
então ele decidiu ir para seu castelo.
No momento em que Pedro foi para o castelo, muitos de seus guardas reais estavam distraídos
por conta da festa. E um grupo de bandidos percebeu isso e decidiram tentar entrar, o que ficou muito
mais fácil já que os guardas estavam distraídos.
Quando os bandidos entraram, foram muito silenciosos até o local em que ficavam as riquezas
e objetos de valor do rei; mas um guarda os avistou e alertou os que estavam a sua volta. Rapidamente
um grupo de guardas chegou, mas os bandidos fugiram e se separaram pelo castelo.
Lá dentro um bandido entrou no quarto em que o rei estava, então fez o rei desmaiar com
uma paulada na cabeça; outro bandido ficou em uma sala próxima ao local que eles queriam roubar,
então fez um som que significava que ele precisava de distração. Imediatamente outro bandido correu
e os guardas o perseguiram.
No tempo em que um bandido distraía o guarda, o outro entrou rapidamente na sala das
riquezas e pegou o máximo de objetos valiosos e saiu correndo para uma janela e pulou. O bandido
que fez a distração percebeu que a porta estava aberta e os objetos haviam sido furtados, então ele
deu um grito avisando aos outros para fugirem.
Os ladrões fugiram com os objetos de valor e o rei, quando acordou, resolveu nunca mais fazer
festas.
105
AUTOR (A): GABRIELA DALAVECHIA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GABI YUNI
O mar gelado
Em alto mar gelado
Viajantes do submarino Náutilos
Navegavam para fugir
De um inverno congelante.
Com as águas geladas
Os icebergs vão surgindo
No escurecer da noite um barulho,
Os viajantes amedrontados
Ficam bem apavorados.
Está tudo de pernas para o ar
Enfim chegam ao chão
Uma ideia surge em seguida
“Vamos chamar o capitão”.
Desesperados e aflitos
Capitão os tranquiliza
Conserta o submarino
E prosseguem a viagem.
Existe a expressão
“Se o mar te derruba,
Chama o capitão,
Que as águas geladas
De volta te levarão”.
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AUTOR (A): GABRIELLE LACKS BUENO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SPRING
Alegria
Alegria é contagiante, passe adiante.
Alegria é a vida, então sorria.
Alegria é viver e não deixar para depois.
Alegria é a família que não te abandona.
Alegria é cada momento, é só prestar atenção.
Alegria é nosso Senhor que nos cuida.
Alegria é ser quem é.
Alegria é tudo isso, é muito mais.
Só sei que hoje escolhi ser alegre.
Ser alegre é ser forte.
Ser alegre é ter fé.
Ser alegre é ser justo e saber o que quer.
Sou menina pequena, mas sei que quero justiça.
Sei que sou pequena.
Mas sou forte.
Já passei por muita coisa.
Coisas ruins e boas, mas que me deixaram cada vez mais forte.
Cada um tem seu dom e sua história.
Um dia eu conto a todos.
Mas agora me conheça só por Spring
Que significa primavera
Pois aprendi com ela, que mesmo que me cortem, eu volto inteira.
Sempre digo, a vida é como montanha russa.
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Tem altos e baixos, muitas lições que aprendo a cada subida e descida.
Esse é o fim da minha POEMAS.
E fica como uma lição para vida.
Sempre ser forte, não importa a situação.
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AUTOR (A): GIOVANNA RAMOS CASTRO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: DJ TABU
A cabra e o porco
Conta-se que há muitos anos, havia em uma fazenda uma cabra e preguiçosa e um porco
caprichoso. A cabra nada fazia e ainda vivia atrapalhando a vida do porco, que só pensava em limpar
seu chiqueiro e ensinar a cabra a ser caprichosa e ela não queria de jeito nenhum.
O porco vivia sobrecarregado de serviço na fazenda e vivia mal-humorado, enquanto ela só
queria saber de comer e passear pela fazenda e dormir. Em nada o ajudava com o serviço da casa, já
que moravam juntos e toda vizinhança falava mal dela e de sua preguiça e relaxamento.
Uma bela noite a cabra se acordou e estava morrendo de fome, foi à cozinha ver alguma coisa
para comer, e, sem perceber que estava fazendo muito barulho e muita sujeira, acordou o porco, que
achou que estavam invadindo sua casa e roubando.
O porco desceu para ver o que estava acontecendo, e ela estava fazendo apenas um
“lanchinho”; mas quando foi acender a luz, sua cozinha estava imunda e toda bagunçada, ele quase
desmaiou.
Imediatamente fez a cabra limpar tudo e mandou ela dormir e que nunca mais fizesse o que
fez novamente. Ela ficou muito brava e passou a madrugada toda limpando, e enquanto limpava
pensava de como era relaxada e preguiçosa. Tinha tanta coisa para limpar que ela prometeu a si
mesma que iria mudar, porque viu tudo o que o porco passava sozinho.
O porco notou que, com o passar dos dias, a cabra foi ficando mais caprichosa e começou a
conversar mais com ela, e foi a cada dia ia ensinando coisa boas que ela aprendia com facilidade; e ele
foi ficando mais feliz porque seu trabalho na fazenda rendia muito mais do que antes.
Então, a cabra que era preguiçosa ficou muito trabalhadeira e o porco deixou de ser mal-
humorado e gostou que sua casa vivia limpa e arrumada, graças à ajuda mútua de cada um. E cada
pessoa que passava pela fazenda ia contando de vizinho em vizinho de como as coisas mudam e de
como a casa da cabra preguiçosa ficou linda e arrumada, e essa história ficou famosa na redondeza
por muitos anos, sendo contada pelas pessoas, de geração em geração.
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AUTOR (A): HELENA THAYNA RODRIGUES
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ANELEH
O cão amigo
Em uma pequena cidade nos Estados Unidos, na praça morava um cão, seu nome era Haiti,
todos os dias ele ficava em frente à faixa de pedestres esperando para ajudar alguém sozinho passar.
Todos os que ficavam olhando estavam admirados, mas não queriam o adotá-lo, pois ele
estava completamente sujo, cheio de feridas. Mas ele nunca desistiu, dizem os moradores que ele
queria ter uma família, pois sempre foi maltratado.
Ele era um cão tão inteligente, e tão querido. Até que um dia um homem achou o coitado e
levou-o para sua casa. Deu um banho e nunca viu tamanha beleza, seu pelo era branco com preto, mas
não dava para ver, pois tinha muita sujeira, e sua fome era tão grande que comia muita ração.
Os anos se passaram e Haiti cresceu, mas seu dono ficou amargo, cruel, rude, e nada gentil. Às
vezes Haiti mordia alguma coisa ou fazia xixi no lugar errado e seu dono deixava-o sem comida, e batia
muito nele.
Até que um dia resolveu fugir e voltar para a praça, os moradores ficaram boquiabertos com
a tamanha beleza do cão, mas ele não queria ficar com ninguém, pois tinha tanto medo de ser
maltratado de novo. Tinha vezes que via seu “ dono” passar com outro cachorro e ficava tão, mas tão
triste, que todos ouviam choros quando ele passava.
Ao longo do tempo, ele sobreviveu na rua, pois as pessoas generosas, humildes, tratavam ele
tão bem. Um dia ele resolveu passear, mas bem na hora que atravessou, um carro apareceu e... foi
atropelado e não sobreviveu. Várias pessoas vieram tentar ajudar, mas já era tarde...
Dizem que todos que passavam pela praça lembravam de Haiti, sua alma está guardada e
muitos acreditavam que ele era um bom cachorro. De uma coisa eu sei, não é nada legal ser maltratado
e passar fome.
Haiti nunca foi completamente amado mas sempre sonhou em ser, nunca teve família antes
daquele homem mau. Hoje em dia muitas pessoas não sabem de sua história, mas pessoas que
presenciaram a presença daquele cachorro nunca o esqueceram e sempre tentam manter a sua
história viva.
110
AUTOR (A): HENRIQUE SPARRENBERGER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: NÃO TENHO IDEIA
Um segundo
Esse sou eu, um cavalinho ainda mamando na minha mãe. Mas minha mãe e meu pai não eram
quaisquer cavalos. Minha mãe uma tubiana, que ganhou o teste de morfologia e também competidora
do freio de ouro. Meu pai, um baio ruano que ganhou também o teste da morfologia e é laçador de
laço comprido. E eu era um picassinho, com as crinas e o rabo branco e uma estrela na cabeça. Daí que
veio meu nome: Estrela das Cinco Pontas.
Eu cresci. Era o cavalo perfeito. Primeiro ganhei na minha morfologia. Depois, no meu outro
dono no laço comprido. E, por último, no freio de ouro com um terceiro dono. Isso até meus três anos.
Mas, venderam-me para um casal com dois filhos. Eu era o cavalo, porém meu novo dono
começou a me treinar para tambor. No início não entendi bem o que era. Depois com o tempo aprendi.
Então, no meu primeiro campeonato eu estava lá, alcançando o primeiro lugar, até que ele fez 15
segundos e eu 16 segundos. Por isso, fiquei em segundo lugar.
Meu dono ficou fraco até que morreu. Com isso, ela assumiu a cabanha. Tive filhos com uma
égua malhada. Tinham tudo meus filhos, menos um título que deixei de lado. Mas, o filho do homem
não.
Então, voltei com tudo até que ganhei na prova do tambor cinco vezes consecutivas. Ao todo
quarenta prêmios. Com isso, aposentei-me e fiquei feliz.
111
AUTOR (A): ISABELLA SCHUSTER LUCAS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: FROZINHA
O amor
Eu sinto, você sente
Quase todos nós sentimos
Sentimos amor por
Nossos amigos mais íntimos
No dia dos namorados
Podemos expressar nosso amor
Todos ficamos encantados
Demonstramos com ardor
A quem queremos perto
Podemos demonstrar amor
Morando embaixo do meu teto
Nunca sentirá dor
Às vezes o amor nos deixa infeliz
Mas não podemos nos abalar
E sim pensar em quem nos deixa feliz
E só podemos celebrar
Podemos sentir amor
Nos momentos mais difíceis
Mas mesmo assim
Ele nos lembra dos mais difíceis.
112
AUTOR (A): JOÃO VÍTOR SECCONI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CAMALEÃO
O amigo
Ah, o amigo...
É um ser que nos habilita ter poderes imagináveis.
Nos inspira a sermos melhores.
Aquele que mesmo distante está presente nos dando força.
Sim, é aquele que nos apoia e nos dá coragem nos momentos de medo.
Amigo não abandona. Amigo é luz!
É aquele que vem nos trazendo sempre em suas mãos um pouco do seu coração.
O que há de melhor em si, deseja ao outro. Sem egoísmo e inveja.
Quem tem um amigo, tem um tesouro. Basta cuidar e alimentar o sentimento de amor e
humildade.
Pois junto do seu amigo, tem o que há de mais valioso na vida.
A parceria e cumplicidade.
E sim do chamado amigo!
Amigo, basta olhar e a ajuda está presente.
Não sente vergonha de estar em seu lado
Pois em cada mão, existe um coração.
113
AUTOR (A): JÚLIA LUIZA FERNANDES EIFERT
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: JU0602
Música
Música me inspira.
Ouço todo dia.
Gosto de cantar.
Para todo mundo escutar.
A melodia me faz dançar
E por aí fico a cantarolar.
Também gosto de escutar.
E com ela descansar.
A música me faz sonhar.
Com passos leves.
Pareço flutuar.
Na sala da minha casa.
Estou feliz em dançar.
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AUTOR (A): KATARINA DUARTE OLCZEWSKI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PAVOA DOURADA.
A esperança
Às vezes a vida
Faz a gente refletir
Às vezes você chora
E outras vezes, se mata a rir
Mas de repente
Paramos, e não nos encontramos
Ficamos parados
Sem entender.
A vida passa rápido
Chega de hesitar
Temos que aproveitar
Não podemos parar.
Quando vemos, envelhecemos
E a infância vai se perdendo
Se a sua infância já passou
Aproveite o tempo que lhe restou.
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AUTOR (A): KATHLEEN OJCZENASZ STEIN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: DEMIGOD
O povo toupeira
Em um pequeno bairro, vivia Lino, um garoto alegre, cheio de vida. Ele gostava muito de visitar
seu avô que morava em um belo sítio, com árvores em abundância. Certo dia, passeando pelo sítio,
encontrou um buraco e, curioso, se aproximou, mas, como sempre, o desastrado escorregou. Caindo
e caindo no gigantesco buraco, o garoto esperou impacientemente o final deste estranho túnel. Mas,
ao chegar, em vez de aterrissar no chão duro, ele se vê em um grande travesseiro, cinza e sujo.
- Você pode, por favor, sair de cima de mim?
Surpreso, ele se depara com uma enorme toupeira! Ela, então, solta um grito, e logo mais e
mais bichanos aparecem para deter Lino. Sem aparente motivo, ele é preso. E começam a fazer
perguntas ao inocente:
- Como você, um mero humano, conseguiu vir aqui?!
Estranhando a definição usada para descrevê-lo, ele fala:
- Eu caí em um enorme buraco que me trouxe para cá.
Com aparente raiva, ela se volta para os seus companheiros:
- Como podem fazer tamanha burrice de deixar o buraco aberto!
- Desculpe-nos Komae! - Eles respondem nervosos.
- Joguem o garoto no fogo!
Lino grita em protesto, mas cada vez mais e mais toupeiras parecem gritando a favor da morte
do garoto. Ele não entendia, afinal, o que havia feito de errado a elas?! Até que um toupeira de
aparência velha fala:
- Para que tanta gritaria! Não se pode mais dormir em paz! - Mas ao olhar para o pequeno
menino, ele arregala os olhos. - Mas o que este filhote de humano faz aqui?
- Alguém deixou o buraco aberto, ó grande Hajac. O filhote passou por ele!
- Não, eu caí, foi um acidente! - Lino se defende.
- Então ele não tem culpa! - Quando via que Komae iria interferir, apressou-se em dizer:
- Vamos reunir Os Principais e discutir o que fazer a respeito, não podemos tomar decisões
precipitadas.
Assim, dito e feito, depois do que pareceram horas e mais horas, o toupeira que chamam de
Hajac veio até Lino, puxou-o para um lugar onde ninguém poderia ouvir e disse:
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- Filhote de humano, ouça bem, você tem uma tremenda sorte, nós o deixaremos ir, mas você
tem que prometer que tudo o que viu aqui não contará a mais ninguém. Não ouse voltar a este lugar,
muito menos contar a outros. O que tem ou existe aqui é o maior segredo de sua vida.
Depois disso, Lino nunca mais viu ou ouviu falar deste povo, guardou seu segredo para sempre.
E você também deverá guardar, ou temer a fúria de Komae!
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AUTOR (A): KYARA OJCZENASZ STEIN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PEDRA
O gordo detetive
Tarde da noite, na janela do seu escritório, o detetive Jonnes sentia que o vento uivava,
trazendo um frio inesperado. E então, a porta do seu escritório se abriu, entrando uma visita suspeita,
que com a voz rouca falou:
- Boa noite Sr. Jonnes! Vim aqui pedir sua ajuda, pois há algum tempo, pessoas vêm
desaparecendo misteriosamente, toda noite, na minha cidade. Preciso que o Sr. investigue o caso.
Aceita?
- Quem é você? - Pergunta o Sr. Jonnes, estranhando a tal visita.
- Bom, sou o prefeito, chamo-me Ben. - Responde o prefeito, orgulhoso.
Ouvindo isso, o detetive fala:
- Caso suspeito o seu, Sr. Ben, gosto disso! Aceito o caso!
Sendo assim, na manhã seguinte, depois de tomar um generoso café da manhã, partiu para a
cidadezinha um animado detetive, bastante acima do peso. Ao chegar lá, começa a investigar e
questionar os moradores perto do local suspeito, e descobre que são três as pessoas desaparecidas.
Mas o que lhe chama a atenção foi uma mulher que viu um homem desconhecido, à noite, andando
pela estrada, mas quando se virou para o lado, ele não estava mais lá.
O intrigado detetive, depois de conhecer a sorveteria da cidade, foi conversar com o prefeito,
e apresentou sua ideia:
- Como são poucas as pistas Sr. Ben, acho que vou fazer o caminho de um homem desaparecido
que uma mulher afirmou ver. É minha única pista interessante!
- Olhe, detetive Jonnes... - Começou o prefeito Ben, assustado pela situação chegar a esse
ponto. – … pode fazer isso, mas cuidado, muito cuidado!
Sendo assim, o guloso detetive Jonnes, que passou os últimos dias recolhendo pistas, foi à
noite na famosa avenida onde o homem foi avistado.
Estava andando no meio da rua quando, de repente, pisando em um bueiro, caiu dentro dele.
E, adivinhem só?! Ficou entalado. Depois de passar a noite toda preso no bueiro, o esperto detetive já
tinha a solução. Assim que amanheceu, a cidade encontrou-o esperando pacientemente o prefeito,
que o ajudou a tirá-lo de lá.
- Estimado prefeito, já tenho a solução para os desaparecimentos.
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- Como?! Se o Sr. passou a noite entalado neste bueiro?! – Perguntou o curioso prefeito.
Sorrindo o detetive falou:
- Exatamente! Olhem dentro do bueiro!
E para a surpresa de todos, quando procuraram lá dentro, encontraram os desaparecidos!
E assim termina nossa história, com o Sr. Jonnes triunfante por resolver o caso, e um prefeito
envergonhado por não cuidar dos bueiros de sua cidade.
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AUTOR (A): LAURA ENGSTER DA SILVA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CACAU
Toda a criança tem direito de...
Todos temos muitos direitos,
Mas você conhece,
Os direitos da criança
E do adolescente?
Toda criança
Tem direito de ser criança
Brincar e se divertir
E ninguém pode impedir
Toda criança
Tem direito de
Acesso ao ensino gratuito
Pois todos devem aprender e estudar muito
Toda criança tem direito de
Creche e pré-escola
Aprendendo com atividades
Entre os zero e cinco anos de idade
Toda criança
Tem direito
De libertar sua criatividade
Independente de sua idade
Toda criança tem direito de
Ser respeitada e amada
Independente de sua cor, gênero,
Religião, sexualidade...
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AUTOR (A): MANUELA MANTOVANI MEDEIROS DE FARIAS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: YUKI
O pato e a gata
Era sexta feira, um dia nublado, chegaram em casa 2 meninas junto com uma gatinha chamada
Whiskas, que logo se apegou muito à família e, enquanto explorava sua nova casa, acabou esbarrando
com um pato que ficava perto da porta da cozinha. Ele logo tornou-se seu melhor amigo, ele não era
de falar muito, tinha suas penas mais alaranjadas perto da cabeça, e o resto todo branco, seus olhos
eram pretos e fundos, usava uma roupa mais listradinha, como se fosse de festa junina. Enquanto
Whiskas tinha seus pelos dourado-queimado, misturando-se com preto, seus olhos eram verdes cor
de esmeralda e gostava muito de falar, adorava dormir nas camas de seus donos; e quando a mãe das
meninas chegava, ela miava e miava e a mãe botava ração em seu potinho, enquanto ela conversava
com o pato…
- Sr. Pato, tudo bem? - E o pato respondia com o silêncio.
- Hehe, entendo… você não é de falar muito né?
- ...
- hm - respondeu a gatinha triste pelo grande “fora” que havia recebido de um amigo tão
próximo. O que ela não sabia é que ela estava comprometida em um amor grande pelo Pato… E quando
percebeu que estava apaixonada pelo Sr. Pato, decidiu demonstrar o seu amor.
- Eh…. Sr. Pato? ...
-...
- Eu queria te dizer uma coisa… que parece estranho... Eh… bom… hehe…. É que assim: eu te
a-amo! - Uma falha em sua voz e a sensação de alívio por falar o que precisava falar há muito tempo,
só que… O Pato não respondeu nada…
- POR QUÊ? POR QUÊ? VOCÊ NUNCA ME RESPONDE, SEMPRE ME DEIXA FALANDO SOZINHA!
ATÉ AGORA!? Eu acho que se eu for embora você…. você nem vai ligar…. - e assim dito saiu pela janela
da cozinha, dando uma última olhada nos olhos profundos do Pato e indo embora…. Jamais retornou
naquela casa, mas o que ela não sabia era que o Pato… era apenas um encosto de porta.
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AUTOR (A): RAFAELA BUSANELLO SPOHR
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: NUBLADO
O segredo do Natal
Quando chega perto do Natal, é uma alegria para muitas crianças, pois o Papai Noel vem
chegando, o que significa que vamos ganhar presentes e um monte de coisas legais.
Mas você já reparou numa coisa? Que imagina só! Que chato deve ser quando tem aquelas
pessoas que não acreditam em Papai Noel? Perde toda a magia da data.
Agora, depois de tanta enrolação, vou chegar ao ponto em que quero chegar. Vou contar uma
história, que fala de uma criança, que perdeu toda a sua infância, pois seus pais nunca falaram para
ela, nem sequer tocaram no assunto que o Papai Noel existe.
Sim, isso deve ser muito triste e entediante, pois que graça tem um Natal sem presente nem
Papai Noel!
Enfim, ela pensava nisso, até que um dia ela estava na escola e sua amiga falou que queria
ganhar uma boneca do Papai Noel, a menina teve uma ideia e pensou: “É hoje que eu descubro a
verdade!”
Chegou a noite e a menina ficou olhando para o azul do céu, esperando algum sinal, mas nada.
Estava quase pegando no sono, quando ouviu um barulho que não pode ser descrito em palavras
conhecidas, um barulho jamais ouvido por ela. Decidiu ver o que era, e quando espiou para fora, viu
como se fosse sua casa envolvida por algo transparente, que às vezes brilhava como se fosse quando
uma gota de água cai no rio, num barulho estranho e indescritível.
Decidiu ir ver o que fez o barulho, então pulou na árvore muito próxima de seu quarto (já usada
várias vezes quando queria se esconder ou pensar em algo), e ficou em silêncio, esperando ouvir o
barulho.
E foi isso que aconteceu novamente, só que a menina descobriu o causador do barulho. Era
uma coisa que ela nunca tinha visto antes, era parecido com um homem, só que menor; era quase de
seu tamanho (que não era muita coisa), tinha o cabelo despenteado, era um menino, estava todo de
preto, e parecia estar decidido em ultrapassar a barreira pela qual somente ele não conseguia passar,
pois a menina conseguiu ir e vir, assim como tudo ao seu redor.
Parecia que o menino não tinha notado a sua presença, pois nem olhou em sua direção. Mas,
sem querer, a menina derrubou um galho, assim fazendo ele parar sua tentativa sem sucesso de
atravessar o “portal”. Ao perceber sua presença, fugiu.
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Muitos anos se passaram e aconteceram várias vezes isso, cada ano a menina conseguindo
mais informações descobriu que o menino conseguia ir em todas as casas com um presente em cada,
menos na dela.
O tempo se passou, até que um dia a menina estava com 15 anos e em uma noite de Natal ela
decidiu já ficar esperando no telhado, bem camuflada, o garoto (que provavelmente estava com 15
anos também) para descobrir afinal o porquê daquele mistério todo.
Passados uns minutos, ela o encontrou, saiu de sua camuflagem e o pegou de surpresa,
fazendo-o escorregar e cair na estrada. A menina agiu rápido e desceu do telhado e fez várias
perguntas ao garoto, e no final descobriu que era ele quem entregava os presentes e sempre era
confundido com Papai Noel. Não sabia o porquê uma “bruxa” largou uma maldição na casa dela para
que ela não ganhasse presente, pois seus ancestrais a irritaram.
No final ela conseguiu quebrar a maldição e eles combinaram que sempre que chegasse o
Natal, conversariam e se divertiriam um pouco, e foi isso que aconteceu.
O tempo se passou e os dois tinham 18 anos, eram amigos próximos, e não ficavam muito
contentes em se ver somente no Natal. Então, o menino desistiu de sua carreira, mesmo que nessa
condição tinha que aguentar as desaprovações e julgamentos de seus conhecidos; ele superou, pois
ele sentia mais que somente amizade pela garota, gostava muito dela, e não sabia ele que ela também
sentia o mesmo por ele. E, quando ele criou coragem, confessou seus sentimentos para ela, e no final
eles estavam namorando. E tiveram uma vida muito alegre e divertida.
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AUTOR (A): ALTEMAR GONÇALVES BRANDÃO FILHO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ALGUÉM APAIXONADO
Amor não correspondido
Amores não correspondidos
Sempre sofridos e doídos
Mas sempre lindos
E nunca esquecidos
Para ser correspondido
Você tem que ter um amor sincero
Pois se a beleza não é primordial
Algo tem que ser o diferencial
Para ter um amor correspondido seja sempre natural
Assim sendo, seu amor virá ao natural
Tudo isso é muito doido
Talvez eu esteja sendo afoito
Meu amor será viral
Preencherá teu coração
Mais que uma pandemia mundial.
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AUTOR(A): ARTHUR EICKHOFF
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: É ELE
O dente
Certo dia, um menino de sete anos de idade, perdeu seu primeiro dente. O sonho dessa criança
era colocar o dente embaixo do travesseiro quando fosse dormir, e no dia seguinte, olhar embaixo do
travesseiro, e ver um chocolate.
Mas o menino, era muito mal educado.
E seus pais se aproveitaram disso, e falaram para o menino que pessoas que não obedecessem
os pais não iriam ganhar chocolate com os dentes. Assim o menino ficou chocado.
Então colocou na cabeça que só iria ser obediente aquele dia, e depois iria voltar ao normal.
Mas os pais descobriram, então fizeram um plano, quando o filho dormir, pegar e esconder o dente
do filho. A noite chegou, e a mãe falou:
- Filho! Hora de dormir, vai para a cama!
- Ok, mãe!
Então o filho foi para a cama, dez minutos depois adormeceu.
Uma hora se passou, e então a mãe foi para o quarto do menino.
Escondida, colocou a mão embaixo do travesseiro, e tirou o dente.
O menino teve um pesadelo.
Enquanto dormia, sonhou que a fada do dente veio buscar seu dente, mas o pai achou que era
uma mosca, e então pegou um mata-mosca e matou a fada.
Após esse acontecimento, o filho acordou no momento exato, no meio da madrugada.
O filho então foi para o quarto da mãe e do pai chorando, eles perguntaram o que aconteceu.
Então o filho se arrependeu de ter pensado em de comportar só para ganhar o chocolate,
então quis tentar obedecer os pais sempre.
E foi dormir, no dia seguinte, acordou com muitos chocolates debaixo do travesseiro.
Mas seus pais logo contaram a verdade sobre a fada dos dentes.
O filho superou, mas ficou feliz com os chocolates.
125
AUTOR (A): BERNARDO PEREZ CARVALHO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ALAN SARES
Ser um laçador
Da fazenda ou de algum rodeio
Das luzes ou dos sons das arenas
Foi naquele momento no fundo da alma algo insistente
Que você soube que queria ser um laçador
Mas o que você não sabia era o tempo que isso levaria
As horas, os dias, os meses e os anos que isso levaria
Por que ser uma laçador é nunca se acomodar
É se dedicar para ser o melhor
Por que um laçador só recebe por uma vitórias no final do dia
As pessoas só veem os breves momentos na arena
Os momentos de glória debaixo das luzes
Os momentos de derrota que parecem durar a vida toda
Elas não veem o esforço o tempo de treino para ver sua habilidade
O tempo que leva para fazer o seu cavalo
O tempo de criar a sintonia perfeita com o homem e o animal
Para ser um grande laçador é necessário dar tudo de você
Sacrifício, sangue, suor e lágrimas
Mas é através desses momentos que os campeões são feitos
E que nascem as lendas, a vida de um laçador é ganha sem garantia
Depende do quanto nos dedicamos
De volta ao brete, você consegue sentir todos os músculos do seu cavalo embaixo de você
Você se desliga de tudo, da música, do barulho e do público
É só você o seu cavalo, o boi e o seu parceiro
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Tudo pronto para correr na batalha
Com um simples balançar de cabeça
O resultado pode variar toda vez que você acertar
Impulsionado pela confiança, confiando que está preparado
Lembre-se os maiores campeões têm memória curta.
127
AUTOR (A): BRUNA EDUARDA SCHORR
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BONECA
Coronavírus
Devemos todos nos cuidar
Para coronavírus não pegar.
Usar máscara e álcool gel
Pois o corona é cruel.
Devemos todos ficar em casa nos cuidando
Pois o corona está matando.
Temos poucos leitos
Para abrigar os suspeitos.
Precisamos todos agradecer
Aos que no hospital trabalham
Pois eles sim batalham.
As crianças e idosos são os mais afetados
Mas precisamos todos ficar afastados.
Fique em casa para sua segurança
Pois o vírus está rondando a vizinhança.
Quando tudo isso terminar,
Vamos à escola voltar,
E os colegas novamente abraçar.
Vídeo aulas estão acontecendo
Para o conteúdo não estar perdendo.
É isso que eu tenho para falar
Fique em casa e vamos cooperar.
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AUTOR (A): BRUNA GARCIA NAGEL
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PRINGLES
Entre dois mundos
Era uma vez, há muito tempo atrás, havia dois reinos, o dos humanos e o dos híbridos (pessoas
com orelhas e rabo de animais), os reinos eram divididos por uma floresta escura e fechada. O reino
dos humanos não sabia da existência do reino dos híbridos, pois nenhum se atrevia a chegar perto da
floresta que os separava. Já os híbridos tinham uma lenda sobre os humanos. Mas não sabiam se a
lenda era verdadeira.
Certo dia, duas crianças estavam brincando. Hansuke e Yunna.
- Vamos brincar na floresta! – Diz Hansuke.
- Você está louco?! – Diz Yunna.
- Vamos! Vai ser divertido! – Diz Hansuke.
- Não sei não... – Diz Yunna.
- Não vai me dizer que está com medo – Diz Hansuke.
- Não estou! Ok, vamos! – Diz Yunna.
Chegando lá, foram brincar de esconde-esconde.
Então Hansuke começou a procurá-la, Mas não a encontrou, Já estava escurecendo. Então ele
decidiu voltar para casa, correndo. Ele avisou sua mãe, então ela ligou para a polícia, mas eles falaram
que não poderiam fazer buscas na floresta, pois a entrada era proibida. Depois, foram avisar o orfanato
em que Yunna morava, sobre o que havia acontecido.
Enquanto isso, Yunna estava andando pela floresta, já muito cansada e com sede, avistou uma
casa. Ela chegou e bateu na porta, quando desmaiou de desidratação.
Logo em seguida uma mulher abriu a porta, mas ela não era uma simples mulher, nela havia
uma cauda, orelhas enormes e dentes pontudos.
Ela a pega e a coloca no sofá, alguns minutos depois ela acorda e diz:
- Onde eu estou?
- Que bom que você acordou! Eu fiz umas panquecas venha comer!
- Ok, mas... quem é você e onde eu estou?
- Prazer, eu sou Carmem, você está na minha casa.
- Essas orelhas e essa cauda são de verdade?
- Sim, você não tem?
129
- Não.
- O que você é, pequena?
- Eu sou uma humana! Você, não é?
- Eu sou um Híbrido, somos parecidos com os humanos, as únicas diferenças é que temos
orelhas maiores, dentes maiores, e uma cauda.
- Como é seu nome?
- Yunna!
- Que nome bonito! Mas como você chegou aqui?
- Eu estava brincando com meu amigo na floresta e me perdi. E acabei chegando aqui.
- Quantos anos você tem, pequena?
- Eu tenho nove anos.
E a conversa foi interrompida por um garoto que vinha descendo as escadas.
- O que está acontecendo aqui, mãe?
- Vem cá filho, quero te apresentar uma garota! Ela é um ser humano!
- Um ser humano de verdade!? Eu pensei que humanos não existissem! Podemos ficar com
ele? É muito perigoso atravessar a floresta novamente!
- Você tem razão, filho. Ela teve sorte de não ser atacada quando estava vindo para cá. Então,
sim. Podemos ficar com ela!
- Eu não acredito que temos um humano de verdade! Esse é o dia mais feliz da minha vida!
- Ok, filho; mas temos que manter isso em segredo. Se descobrirem que ela é um humano,
podem querer fazer experimentos com ela.
- Vou deixar vocês dois conversando para se conhecerem melhor, pois vou ir ao trabalho.
- Ok, mãe.
- Obrigada, senhorita Carmem!
- Não foi nada querida! Comportem-se!
Então Yunna corre dá um abraço nela e diz:
- Eu não sei o que aconteceria comigo se vocês não me acolhessem. Muito obrigada mesmo!
E a senhora Carmem responde com os olhos cheios de lágrimas:
- Sabe Yunna, eu e meu marido Ricardo tentamos ter mais um filho, mas infelizmente
descobrimos que eu não posso mais engravidar. Você é uma filha que eu nunca tive. Muito obrigada!
- Como é seu nome? - Yunna pergunta.
- Eu me chamo Hiroshi, mas pode me chamar de Hiro! E você?
- Eu sou a Yunna! Quantos anos você tem?
- Eu tenho doze, e você?
- Eu tenho nove!
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E assim, viraram amigos! Yunna foi matriculada na escola de Hiro.
Depois disso, Hiro foi mostrar a casa para Yunna. Ela ficou chocada com o tamanho, pois
morava em um orfanato.
Quando chegou no quarto que Hiro mostrou a ela, quase não acreditou no que viu, tinha uma
cama de casal e um closet. Tinha até um banheiro individual. Ela pensou que estava sonhando!
No dia seguinte, foi para a escola acompanhada por Hiro, usando uma touca e uma cauda falsa.
Algumas pessoas pediram sobre ela a Hiro, e ele explicou que seus pais a tinham adotado.
Hiro era o garoto mais popular da escola por ser rico e bonito.
Algumas garotas faziam bullying com Yunna, pois ela nunca tirava sua touca. Tinham inveja da
beleza dela e achavam que ela gostava de Hiro.
O tempo passou, e Yunna estava com quinze anos e Hiro com dezoito.
Eles eram muito próximos um do outro, e começaram a sentir que havia algo mais que
amizade.
Na festa de dezesseis anos de Yunna, Hiro a pediu em namoro. E ela aceitou. No outro dia, eles
contaram para seus colegas a novidade e as garotas que faziam bullying com a Yunna não ficaram
felizes, e então uma delas tirou a touca de Yunna, e todos viram que ela não era uma híbrida.
- Gente! Ela é um Humano! Vocês não conhecem aquela lenda?
- Verdade! O meu pai é um cientista! Ele com certeza vai querer fazer experimentos com ela!
- Chega! – Diz Hiro. Ela é um humano sim! Um humano legal, divertido, fofo, bonito e
companheiro! Esteve comigo desde os meus doze anos de idade!!!
Quando eles chegaram em casa, contaram para a senhora Carmem e para o Senhor Ricardo o
que havia acontecido, e decidiram que, para salvar a vida da Yunna dos Experimentos científicos, eles
deveriam fugir, apesar de todos os perigos da floresta.
- Hiro, você não precisa se arriscar por mim!
- Claro que preciso! Eu te amo! Sempre estarei com você! Vamos formar uma família. Eu e
você!
- Vocês saem hoje mesmo, meu filho, pois a qualquer momento aquele cientista, pai de sua
colega virá procurar Yunna.
Então eles almoçaram, pegaram um bom valor em dinheiro, e foram.
Passaram umas quatro horas caminhando, quando avistaram uma cidade. Eles foram até lá e
encontraram um homem alugando uma casa.
Alguns meses se passaram, Hiro e Yunna estavam olhando o Jornal Nacional, que noticiou:
"Hoje fazem sete anos do desaparecimento de Yunna Finn, que aos nove anos de idade, estava
brincando com seu amigo Hansuke Gotta na floresta proibida."
131
Um ano se passou, e eles se casaram. Meses depois, nasceram Aiko e Luka, um casal de gêmeos
que traria a união dos povos.
Decidiram revelar a verdade sobre os dois reinos, e descobriram que na floresta que os
separava não havia perigos e ela virou um lindo bosque. Os dois reinos se tornaram um, de híbridos e
de humanos onde viveram felizes para sempre!
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AUTOR (A): CAIO WEIRICH FERREIRA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: STARLIGHT
Beira-mar
A iluminação da lua revela os passos na areia
Que minha família deixou,
Ao semear a tradição do Rio Grande.
O chimarrão e o churrasco,
As boleadeiras e o cavalo.
Tem também as nossas lendas,
Que desde piá eu aprendi a contar.
Mãe e Pai não eram ricos,
Eles tinham um pequeno rincão,
E um grande coração.
Todo dia de manhã,
Eu ia ver a boiada,
Abria a porteira e tratava,
Caminhava até a escola
E estudava.
E até hoje eu me lembro,
Em que campos meus descendentes
Me ensinaram a laçar,
Nesta vida, Beira-Mar.
133
AUTOR (A): CLARA DOCKHORN HENDGES
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LUA DE CRISTAL
Lua no céu
Quando eu olho para o céu,
Nada posso ver
Só vejo a lua que me guia,
E me faz o bem querer.
Aos nossos olhos ela parece ser pequena,
Parece até caber numa janela
Mal todos sabem,
A enorme beleza que há nela.
Nela há um brilho imenso,
Que ilumina mais que uma vela
E toda vez que penso,
Quero ser como ela.
Ela ilumina todo o caminho,
Mas ainda me sinto só
Junto com os meus pensamentos,
Vago pela cidade sozinha.
134
AUTOR (A): ELLEN HUBER VEIT
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LOLA ABC
Uma grande lição de vida
Em uma nublada tarde de inverno, Catarina estava se preparando para uma grande viagem
que faria juntamente com o seu pai para os Alpes suíços. Ela estava muito ansiosa, pois poderia escalar
as montanhas, fazer bonecos de neve e se divertir muito. Ela faria a viagem, pois havia se esforçado
muito para a conquistá-la, tirando acima de 9.5 em todas as matérias. Então, como “prêmio”, ela e seu
pai fariam a viagem.
Faltava apenas um dia para ir àquele lugar tão esperado, quando, de repente, o telefone tocou:
- Drrrill...drrril!
O seu pai imediatamente foi atender:
- Alô, oi, primo! Em que posso te ajudar?
O primo responde:
Minha cachorra foi atropelada! Você pode vir examiná-la?
- Claro que posso, pois sou um bom veterinário e amo animais.
O pai avisou Catarina do ocorrido e também que não iria demorar muito. Catarina pensou
positivamente que o pai logo voltaria e fariam a viagem no dia seguinte. Mas não esquecia que talvez
o pai demoraria por causa da neve na estrada e se o cachorro havia se machucado gravemente.
O tempo passava e Catarina ficava cada vez mais preocupada com o seu pai, que não voltava
para casa. Quando percebeu que o sol já estava se pondo, ela resolveu ligar para ele.
O pai não atendeu. Resolveu ligar para o primo que estava com ele. Ao atender, percebeu uma
voz triste e desanimada. Perguntou o porquê de ele estar assim. Ele respondeu que sua cachorra tivera
que fazer uma cirurgia e que a mesma deveria ficar em repouso, sob observação médica.
Como Catarina não tinha mãe, pois a havia perdido num acidente, teve que passar a noite
sozinha em casa. Rezava muito para que seu pai voltasse pela manhã bem cedinho para a grande
viagem tão esperada.
No outro dia Catarina escutou o seu celular tocando e imediatamente pulou da cama para
atendê-lo. Era seu pai! Ele falou que precisaria cancelar a viagem, pois teria que observar a cachorra
de seu primo, após ter feito a cirurgia e iria contratar uma babá para ficar com Catarina. Catarina ficou
muito triste pelo ocorrido e também por ter que ficar com uma babá que ela mal conhecia.
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Quando a babá chegou, logo foi informada sobre a situação pela qual Catarina estava
passando. Catarina estava em seu quarto triste, quase chorando.
A babá tentou animá-la falando que a vida às vezes nos reserva estas surpresas e que nem
sempre as coisas acontecem como gostaríamos. Convidou-a para brincar de esconde-esconde. Como
Catarina era pequenina, entrava e escondia-se em qualquer armário. Elas se divertiram muito e nem
perceberam o tempo passar.
Quando começou a escurecer, elas resolveram tomar banho e jogar cartas. Após tomarem
banho, comeram morangos com chocolate, usaram pijamas e jogaram cartas por muitas horas. Era
por volta de uma hora da manhã e elas resolveram dormir. Catarina deitou na cama e logo dormiu.
Após ter dormido 30 minutos, começou de sonhar com sua mãe.
No sonho, sua mãe deu-lhe uma grande lição de vida: “Nem tudo na vida é como queremos,
mas não podemos perder a esperança. A vida é curta e tudo pode acontecer, então viva e aproveite
cada instante, pois isso só acrescentará coisas boas.”
No outro dia, ela e a babá foram passear no parque. Quando voltaram, o pai de Catarina havia
chegado. Sob orientação dele, Catarina foi tomar seu banho e trocar de roupa, pois estava suja.
Conversando com ele mais tarde, relatou ter aprendido uma grande lição: “Na vida, nem tudo que
almejamos, acontece como e quando queremos.”
O pai de Catarina ficou muito feliz com a maturidade da filha, pois ela estava conseguindo
conciliar o fato ocorrido no seu dia. Em seguida, falou da viagem que programara acontecer no próximo
final de semana.
Para completar a alegria de Catarina, ficou sabendo que o cachorro do seu primo estava se
recuperando muito bem. Além de curtir os Alpes, poderia, em algum momento, divertir-se com a
cachorra.
Enfim, chegou o grande dia. Catarina e seu pai saíram bem cedinho de sua casa para chegarem
ao aeroporto, para irem aos Alpes. Chegando lá, depararam-se com uma placa dizendo que todos os
voos haviam sido cancelados por conta de uma nevasca. O pai de Catarina pensou que sua menina
ficaria triste, mas tão grande foi sua surpresa ao escutar: "Nem sempre as coisas são como
gostaríamos."
Voltando para casa, resolveram fazer marshmallows na lareira e jogar um jogo de tabuleiro.
Assim, os dois também se divertiram e aprenderam uma grande lição. Poder estar com seu pai,
curtindo aquele momento abençoado em família, deixava Catarina realizada e muito feliz.
136
AUTOR (A): FELIPE MARASCA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CHOFER
Chofer de caminhão
Por aqui apenas um honesto brasileiro,
por nome chofer caminhoneiro,
No bolso pouco dinheiro,
na bagagem saudade de um parceiro,
que me deixou,
na curva ele tombou.
Transportando progresso do Brasil,
em troca de humilhação,
mas com orgulho de ser chofer de caminhão...
137
AUTOR (A): ISABELLA HETTWER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CONQUISTER
O inverno
O inverno chegou,
trouxe com ele chuva e frio,
as nuvens carregadas
e a água subiu no rio.
O Sol quando aparece
muito fraco, quase nada aquece.
As folhas que na calçada bailam,
lembranças do outono.
Nada melhor do que um cobertor,
um pouco e sono e preguiça.
O vento sopra assobiando
e o céu escuro vai ficando.
No verão há alegria,
no verão há amor.
Obrigado inverno por chegar,
Mas já pode ir embora por favor.
138
AUTOR (A): LARISSA FIORIN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CONCEITUAL
A vida no campo
Manhã gelada
Dia de muito frio
O sol nem nasceu ainda
Mas o dia no campo já vai começar.
As flores com gota de orvalho
Sinal que o inverno está chegando
O cheiro de terra molhada
Deixam o campo ainda mais colorido.
O céu azul como gota de tinta no papel
As nuvens que parecem algodão
Plantações prontas para a colheita
Estradas de chão...
Máquinas preparadas para início da colheita
Agricultores preocupados com a produção
Dias de frio e muita geada
Não está sendo fácil.
Mas no final dias melhores estão por vir
Resultados positivos
Afinal a vida no campo nunca decepciona
Tudo é planejado por Deus.
Maravilhas que ninguém explica
Sensações de paz, tranquilidade
Uma vida fascinante
Tudo criação de Deus.
139
AUTOR (A): LAURA SCHMITZ GREIWE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: TÍTULO INDEFINIDO
A noite
Quando a escuridão chega
E o mundo se cala,
O silêncio prevalece.
O som, antes alto e dominante,
Adormece, desaparece.
Nada mais se mexe ou se manifesta.
Ruídos se tornam inexistentes.
O corpo, adormece.
A alma, medita.
A mente, descansa plenamente.
Tudo decide parar.
A natureza dá uma pausa.
As pessoas se aconchegam.
O silêncio toca a alma
Bem lá no fundo.
Quando se vê,
A noite já passou.
O dia chega,
E aparecem os primeiros raios de sol,
Para aquecer os corações
De quem verdadeiramente ama.
140
AUTOR (A): LUCAS JOSÉ CASALI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LAVOURA
A fazenda
Em um dia claro,
Uma vaca suja
Uma senhora velha
Um trator saindo do galpão.
Um gato molhado
Um baú trancado
Um chinelo estufado
E um cavalo trotando.
Uma princesa estudando
Um príncipe procurando
Uma janela batendo
Uma cadeira arrastando.
Um computador se estragando
Uma mesa se despedaçando
Uma folha voando
Uma árvore caindo aos pedaços.
141
AUTOR (A): LUISA KARAS MARTINI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LU
A vida
Acordar e viver
Ver que posso aproveitar cada momento da minha vida
É algo incrível.
Fatos tristes vão acontecer
E são eles que nos fazem aprender,
Que a vida devemos viver.
Eles mostram-nos que a vida devemos aproveitar
O presente vivenciar
E o passado relembrar.
Devemos curtir cada momento,
Porque uma hora tudo isso vai acabar
E quando acabar, não terá mais como voltar.
Então...
Aproveite e viva,
A vida que está a te esperar...
142
AUTOR (A): MARINA DE OLIVEIRA GAERTNER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CHOCOLATE
Tudo melhora
Tudo vai melhorar, basta a gente acreditar.
Temos que viver e não delimitar o que fazer.
Sempre tente satisfazer as suas vontades.
Porque algum dia pode ser tarde.
Não seja covarde, vá em frente.
Solte-se de suas correntes.
Seja diferente, viva intensamente.
Espere ansiosamente, algo vai chegar para alegrar.
Você não deve arregar.
Apenas se alegrar.
Mas também não pode se empoderar.
Mas também temos que moderar.
Existe perigo e isso eu confirmo, e reafirmo.
Tudo tem seu lado ruim.
O ruim não é o neguim, e sim o branquim com seu preconceito.
Ele não é bem-aceito...
Todos têm o mesmo direito, o mesmo valor.
143
AUTOR (A): NICOLY GLITZKE LEVY
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CERTAS PALAVRAS
O que é felicidade?
A felicidade é ser feliz,
Simplesmente é estar de bem com a vida.
A felicidade é gostar de mim mesmo,
É estar com a alma leve, ter paz.
A felicidade não está fora da gente, está no nosso coração.
É viver com vontade,
É ter lealdade,
É ter intimidade.
Para ser feliz não é preciso de muito,
Basta ter uma família e boas amizades.
A felicidade sempre trará novidades,
É preciso ter humildade e simplicidade,
É preciso de paciência também!
Não complique! E sim descomplique.
Viva do seu jeitinho e com amor.
Viva com muito amor.
144
AUTOR (A): RAFAEL HETTWER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: EU, EU MESMO
Criação de um poema
Para fazer um poema
É fácil ter uma ideia,
Tendo um lápis na mão
A ideia flui como água num
Salto de avião.
Quanto mais lemos,
Mais ideias temos,
para assim facilitar nossa criação
Com ideias criativas e bons pensamentos
que de tão bons parecem até um filme de televisão.
Agora chegou a parte mais divertida,
que é brincar com as letras ...
Pode escrever uma bela frase,
E com algumas frases um
Belo poema você criará.
O poema está chegando ao fim,
mas a brincadeira
Não precisa acabar,
Lendo esse poema uma ideia você terá,
para, talvez um dia,
Um poema criar.
145
AUTOR (A): RAFAELA MARIANE BERTOLDO BOZZ
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PRENDA
Meu amigo baio
Eu era uma prenda,
Delicada e faceira...
Adorava ouvir lendas,
Que meu avô contava para mim.
E aquele ali
É meu cavalo Baio.
Que juntos adorávamos
Cavalgar em maio!
Mas teve um dia...
Que meu pai
Se apertou nos pila
E me falou:
“Vou ter que
Vender teu amado cavalo Baio!”
Aquilo foi como uma facada,
Senti as pernas cansadas, minhas mãos tremiam.
Vi naquele dia que eu não ia aguentar.
Fui comer, não tive fome...
Tentei ver TV, não pude.
Olhei pela janela, mas daquela altitude eu não poderia pular.
Mas pensei em me acalmar e esperar o amanhecer.
Naquele dia,
Lágrimas sagradas
Escorriam no meu rosto...
146
Meu mundo inteiro estava exposto.
E ainda me perguntava
Se nunca mais iria
Cavalgar em maio
Com meu velho amigo Baio?
As semanas foram passando...
E eu não estava mais aguentando
Com uma grande ferida
Aberta em meu coração
Então meu pai chegou
E me falou:
“Enxugue essas lágrimas
Teu cavalo está contigo
Para cavalgar não só em maio!
Mas o ano todo com teu velho Baio amigo!”
147
AUTOR (A): ALLANA CRISTINA APPELT WENING
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CARAMELO
Flor
Mais um dia,
Mais uma vida,
Mais uma flor em um mundo incolor,
Mas essa flor tem cor,
Cor de paz e amor,
Cor mais bela e singela,
Que brilha ao amanhecer, esse é o seu viver,
Que incentiva a vida com um sorriso de uma bailarina.
E quando o sol se põe a flor morre
Deixando suas pétalas tão lindas e singelas colorirem o horizonte.
Que traz a paz de meu rapaz.
Que sorri uma última vez antes de que seja chamado.
Para já sorrindo e rindo, revendo nossas lembranças.
E esperando sua hora de brilhar.
148
AUTOR (A): AMANDA FONTOURA KNOB
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ESTRELA 7
O sol e a lua
O sol às minhas costas
A lua à minha frente
O vento torrente
Aproximado a mim,
Faz-me sentir insuficiente,
A galáxia em seus olhos,
Deixa-me consciente,
De que sua felicidade
É o meu melhor presente.
149
AUTOR (A): ARTUR MANARA PIOVESAN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SR. LUCKY
Pipa
Eu sou como uma pipa
Que voa quase livre entre o céu
Por que quase me perguntas
“Por que está presa a um carretel?”
Pode voar, porém tem limites
Há sempre alguém que a controla
Dirigindo-a pelo ar, sempre trazendo-a de volta
De volta pra realidade que há
Abaixo das alturas que ela alcança ao esvoaçar.
150
AUTOR (A): BERNARDO FAREZIN FERRI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: JOSÉ GREGORY
Animais em extinção
Ó meu mundão
Peço-lhe perdão
Mas por favorzão
Não tenha mais animais em extinção
Os animais em extinção
Sofrem também
Sem extinções
Mas pelo bem.
151
AUTOR (A): FLÁVIA WERNER FLACH
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: AMIGA
Amigos & vida
Quando o dia amanhecer,
O pássaro há de encantar,
Um sonho de entardecer,
Com os amigos podemos extravasar.
Ao longo do dia novas aventuras,
Que a paz e a alegria invadam a vida,
Cheia de sucesso e conquistas,
Para adicionar ao meu estilo de vida.
Os amigos a gente preza com carrinho,
Eu conto porque o instante existe,
Contando com eles sempre no caminho,
Contando com eles sempre no caminho.
152
AUTOR (A): GABRIELA PERINAZZO KUHN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MORENA
A pior mãe do mundo!
Joana está trancada no quarto, sem comer há um dia, pois novamente brigou com sua mãe!
A mãe de Joana é uma senhora de 40 anos que trabalha em uma escola e se estressa muito
com o trabalho.
Quando a mãe de Joana chega em casa, ela briga muito, pois Joana nunca faz as coisa que a
mãe pede.
Joana por sua vez reclama que a mãe não lhe dá atenção, não conversa com ela, não é sua
amiga e assim as duas acabam brigando!
Depois desta última briga, as duas resolveram pedir ajuda a uma psicóloga, pois não sabiam
mais como conversar. Dona Jéssica (mãe de Joana) ficou viúva muito cedo, precisou trabalhar para
sustentar a filha e não conseguiu dar toda a atenção para Joana.
Com a ajuda da psicóloga as duas conseguiram conversar e colocar as suas diferenças.
Dona Jéssica contou para Joana como ela sofreu na sua gravidez, como desejou ser mãe, e
como teve uma gravidez difícil. As duas choraram muito, abraçaram-se e fizeram as pazes.
Jéssica também chorou, pediu desculpas à mãe e prometeu ajudá-la, pois Joana entendeu
como a mãe a amava e como ela era especial para a mãe.
Hoje elas são grandes amigas, Joana ajuda a mãe nas tarefas domésticas. Assim, quando Dona
Jéssica chega em casa, elas têm tempo para conversar e contar como foi o dia das duas.
Jéssica, hoje, é uma menina feliz e estudiosa, organizada e muito querida.
Dona Jéssica, sente muito orgulho da filha.
As duas hoje se dão muito bem!
153
AUTOR (A): GUSTAVO AUGUSTO WESCHENFELDER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GORDO-DA-MEIA-NOITE
Quarentena
Quarentena, quarentena Por que tão difícil de entender?
Não é para o nosso mal…
Mas também não é só “bem”
Mal? Por que mal?
Ficar em casa em dia de semana
Poder comer o que quiser
E ainda por cima, quem tem preguiça
Nem precisa se mover!
Acham que é boa?
Também não posso dizer.
Sabe porque eu acho isso
Já, já mostro a vocês.
Ficar parado o dia inteiro
Faz perder massa muscular
Comer o dia inteiro
Só vai te fazer engordar.
E ainda por cima
Tem o isolamento social
Ou seja, ver os amigos?
Só por vídeo-chamada ou call.
Esses são os motivos
Da quarentena ser imperfeita
Mas não dá de rebelde não
Se não Covid pega você.
154
AUTOR (A): IASMIN LUISA FRITSCH
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: POR QUE CHORASTES
Por que chorastes?
O azul do mar a brilhar
E o tempo rápido a passar
A menina já cresceu
E o menino já amadureceu.
As borrachas a apagar
E os lápis a rabiscar
Os gatos a miar
E os cachorros a latir.
As minhas lágrimas a correr
Iguais às o rio Nilo ao entardecer
A dor que eu sinto
Jamais será curada, será igual a uma alma rasgada.
Os meus pés, já não sinto mais
Pois aquilo não mudará nunca mais
O meu coração já deixou de amar
Pois aquela vez foi de chorar.
155
AUTOR (A): MATEUS FRANKE HERBERTS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: EU MESMO MESMO EU
Um conto
Hoje pode ser um dia normal para alguns, diferente para outros. Mas nenhum dia será como
este, este é o dia em que conheci meu cachorro Toby. Ele é um cachorro alegre e gosta de brincar. Foi
um dos momentos mais legais da minha vida. Então, estou passando aqui para dizer isso: que muitas
pessoas podem ter momentos legais ou tristes, nem tudo é perfeito, o que importa é ser feliz, ser legal
com as pessoas e ser gentil. A vida pode levar a lugares belos e aos ruins também, mas, como algumas
pessoas dizem, a vida é uma aventura, não importa se você é rico ou pobre, isso não faz diferença. O
que importa é ser feliz, como já disse antes. Depois desse discurso, vou falar um pouco mais de mim,
sou uma pessoa legal, faço amigos rápido, gosto de jogar bola e de brincar com meus amigos. Ai, ai,
como a vida passa rápido, agora quando já somos grandes, nem nos lembramos de como éramos
menores. Esse pode até ser um dia normal, mas nunca vai ser esquecido.
156
AUTOR (A): MATHEUS HENRIQUE SELTENREICH MARTINELLI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: INTER
A batalha
Em uma noite, Airton, um homem alto, feio, gordo e de 12 anos, recebe um telefonema do
exército real, dizendo que ele iria participar da guerra. Ele não sabia como reagir e como iria contar a
seu pai, mas pensou muito e disse: “Pai, eu fui eleito a participar da guerra.” E o pai, surpreso, fala:
“Mas que guerra, pois se for a guerra contra a Inglaterra, essa vai ser daqui a um mês.”
Airton responde: “Então já mandaram para eu ir me preparando, só pode.”
Pai responde: “Deve ser.”
Depois dessa longa conversa, eles vão dormir, por estar tarde e por estarem bem cansados.
Acordando, Airton, toma seu café da manhã, escova os dentes e vai logo contar a seus amigos. Eles,
quando escutam, riem muito. E Airton, bravo, grita:
- Eu vou participar, ganhei até uma carta do exército!
Coitado de Airton, mal sabia que tinha caído numa peça.
Então, Airton volta para casa decepcionado por seus amigos não terem acreditado. Seu pai,
vendo-o triste, avisa:
- Seus amigos devem estar rindo, pois não foram convocados para a guerra. Nem se estressa
filhão.
Depois da fala de seu pai, Airton reflete: “Será que eu fui convocado para a guerra, pois eu sou
fraco e pançudo. Será que não se enganaram de casa. Deve ser por isso que meus amigos estavam
rindo, pois não tem chance de eu ser convocado.” Airton não sabia no que acreditar, ele e seu pai não
sabiam se a carta era verdadeira, ou se tinham se enganado de casa.
Porém tiveram uma ideia genial, comprariam um calendário, pois não tinham e iriam
marcando os dias até dia 1º de setembro, que seria o próximo mês. E já que não tinham a certeza de
que Airton fora convocado, compraram todos os equipamentos necessários para a guerra. Gastaram
um dinheirão.
A partir desse momento se iniciava uma vida diferente, que nela eles viveriam cada dia como
se fosse o último; viveriam normais como antes, brincando, divertindo-se, comendo e dormindo.
Aproveitariam muito seus dias, pois não tinham a certeza do destino.
E no dia 31 de agosto, Airton e seu pai estavam prontos para tudo, e naquele momento bate
alguém à porta, eles se assustam, mas eram apenas seus amigos, e o Otávio fala:
157
- Airton, era tudo uma brincadeira, não há guerra nenhuma, naquela carta eu queria dizer que
a guerra seria meu aniversário, que é hoje, e seria uma batalha de nerf, de água e com futebol de
sabão.
Airton fala:
- Mas por que, quando eu fui à sorveteria, não me falaram nada?
Otávio responde:
- Não falamos nada pois queria que fosse uma surpresa, e eles só sabiam, pois me ajudaram a
organizar a festa. Mas os outros também não sabiam.
Airton fala:
- Então tá, “bora se divertir.”
Airton e todos se divertiram muito, jogaram muito futebol, acertou muitas pessoas com a nerf
de água e a normal, sujaram-se e cansaram muito. Esse foi um dos dias mais felizes e legais de sua
vida, por saber que não iria à guerra, mesmo gostando de guerras, não queria ir, pois era muito novo
e poderia morrer.
A partir dali Airton viveu uma vida incrível e foi a muitas guerras, de verdade. Matou muitas
pessoas e ajudou a levar seu país à vitória. Ele fez história no exército, virando até presidente do país.
Airton só viveu coisas emocionantes, mas nunca esquecerá de seus amigos.
158
AUTOR (A): MATHEUS RENDES EICKHOFF
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: VÍRUS DO DIABO
Covid-19
Agora estou em casa
Estudando, mas nem sempre me concentrando.
Às vezes me exercitando ou brincando,
aprendendo a ficar só em casa.
O mundo parou.
O celular virou prioridade, aprendemos novas maneiras de viver,
mas paramos para ouvir melhor, temos mais tempo para sonhar.
E quando tudo isso acabar, o que vai ficar.
Muitas mortes ou muitas vidas,
Novas escolhas e modo de vida,
A cura chegou e o Brasil se emocionou.
159
AUTOR (A): MIGUEL FELIPE ENGSTER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BLACK NIGHT
O mundo e as diferenças / as nossas diferenças
Ele enxerga o mundo de forma diferente
Eu vejo de forma coerente
Ela tem olhos azuis
Eu tenho olhos castanhos.
O Douglas é negro, eu sou branco
A Maria tem cabelos escuros,
Eu tenho os cabelos loiros.
Meu irmão gosta da janta
Eu do café da manhã
Cada um do seu jeito,
Esperando o amanhã.
Eu gosto de viajar
Minha mãe gosta de ficar em casa
Artur tem chulé
Darlan tem cheiro de asa.
Mateus é mais quieto
Eu sou conversador
Meu pai gosta do celular,
Meu avô do computador.
O mundo é diferente
Todo dia, tocando em frente
Com amor e paciência
Levo a vida sempre contente.
160
Como o sábio diz:
“Somos iguais nas diferenças”
Vivemos felizes
Tendo as nossas crenças.
161
AUTOR (A): MURILO CESAR KLEINPAUL
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BERG ALLEN
Um domingo de sol
Em um dia ensolarado, com um percurso em mente, ocorreu com um passeio inusitado com
minhas cachorras, era para ser um momento diferente. Tina, que ama caminhar, e Cacau, que parece
uma “mula empacada”, que não simpatiza com a caminhada na rua, amedrontada, fica estagnada.
Tina parecia estar totalmente satisfeita com o passeio, sentia-se livre e até curiosa, enquanto
Cacau permanecia no colo, pois parecia que não sabia caminhar.
Quando chegamos ao final do percurso, tinha um cachorro, que só incomodava; Tina ficou de
boa com ele, mas Cacau queria mordê-lo, quase conseguiu. Lembrando, ela tem nove meses e Tina
deve ter três anos.
As personalidades de ambas são totalmente opostas, ambas são dóceis, mas elas têm atitudes
diferentes. Cacau é totalmente variável, mudando de atitudes em todos os momentos, enquanto Tina
quer agradar a todos e é muito receptiva e acolhedora.
162
AUTOR (A): PEDRO DE ASSIS BRASIL ROMAN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BATATA
A noite
A noite é escura, se se machucar ela te cura
Tem a noite e o dia, só que um é claro e outro é romântico.
A noite tem animais belos, tipo a coruja, mas o que eu vejo é um varal com roupa suja.
Tem o morcego que à noite vive e de dia tem sossego.
Os dois são legais, o dia e a noite também.
Mas foi à noite quando eu conheci você, meu bem.
163
AUTOR (A): PIETRA BUSANELLO BUENO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BERY
A princesa boa
Era uma vez uma princesa que tinha um coração de ouro e ajudava todo mundo. Mas tinha
uma coisa que a incomodava, nunca soube a razão de ser chamada de princesa, pois não tinha nenhum
poder, muito menos uma vida fácil e, como estava prestes a completar 18 anos, decidiu ir atrás disso
para descobrir o que tinha de especial. Decidiu pedir ajuda as suas amigas e todas aceitaram.
Então, no dia do seu aniversário, elas se prepararam e foram falar com o rei das princesas.
Chegando ao castelo, foram recebidas pelo rei e foram para sala de reunião e lá decidiram que
precisavam falar com mago real para ver se ele poderia dizer a elas onde encontrariam a resposta para
isso. Chegando lá, não acharam o mago, então tiveram que dar uma olhada em seu quarto para ver se
achavam algo. Depois de um tempo procurando, acharam um bilhete dizendo que o mago havia ido
visitar a bruxa Amélia no sul e que se precisassem dele era só ir até lá pelo portal dentro do guarda
roupa; e lá foram elas atrás do mago. Chegaram lá, cumprimentaram o mago e pediram onde era
necessário ir para encontrar a explicação dela não ter mágica alguma. Ele deu-lhe um feitiço que a
transformou em uma bela moça, que ia cuidar cada passo de Melissa e ia dar poder para ela.
Os dias foram passando, e, quando voltaram para falar com o mago, a moça admitiu que isso
deveria ser um engano, pois não tinha conseguido achar nenhuma magia que combinasse com Melissa.
Eles deveriam ter nomeado Melissa como uma simples menina e não como princesa, já que não havia
magia que combinasse com ela. Melissa ficou muito triste e não queria mais falar sobre isso; então
suas amigas e o mago conversaram e chegaram à uma conclusão, deveriam ir falar com o gabinete das
princesas. O mago combinou de fazer o portal para as princesas irem. No outro dia elas entraram no
portal, mas Melissa ficou, pois acreditava que isso não ia adiantar nada, tinha certeza de que não era
princesa.
As princesas foram até o gabinete e perguntaram para secretária quando podiam entrar para
falar com a rainha, mas infelizmente a rainha não estava e não sabiam quando ela ia voltar. O problema
era que elas só tinham doze horas para passar pelo portal, senão ele se fechava e elas teriam que voltar
a pé. Depois de muito tempo ela voltou, as princesas foram falar com ela e descobriram sua magia,
mas já era tarde, o portal tinha se fechado.
Na casa do mago, ele e Melissa tentavam fazer o portal se abrir novamente. Depois de
tentarem muito, conseguiram e as princesas voltaram para lá muito felizes. Contaram para Melissa
164
que ela era uma princesa sim, uma princesa de coração bom, essa era sua magia, ajudava todos que
precisavam na hora que precisavam. Melissa ficou muito feliz e, a partir dali, sempre sonhava que
estava ajudando os outros.
165
AUTOR (A): TONNY RETTORE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SUBMARINO
O tempo voa
Como o tempo voa...
Ser criança é como ser um avião
Pois é uma época em que você voa na imaginação
É como a primavera,
Colorindo nossas mentes para uma nova estação.
Como o tempo voa...
Se perde a ingenuidade
Estou desenvolvendo responsabilidade
São como exemplo as ondas do mar
às vezes altas e revoltadas, às vezes calmas e rasas
É a passagem para a vida adulta
E isso tem nome: adolescência.
Como o tempo voa...
Já estou tendo um emprego,
Preocupações com contas
Uma família para cuidar
Sem tempo para brincar
E assim nos tornamos adultos, um tempo muito longo em nossas vidas
Cheio de dores e alegrias.
Como o tempo voa...
Pensando bem, o tempo em que somos adultos não é tão longo assim
Já estou sentindo dores nas costas
Cabelos de algodão
Netos para brincar e ter no coração
Sinto que já cheguei na última estação
166
Dessa vida que foi mais rápida do que eu imaginei.
Agora estou aqui, nos meus últimos suspiros,
Escrevendo essa mensagem para todos aqueles
Que pensam que a vida é para sempre
Para que entendam que a vida é como uma gota d’água
E por isso durante seu caminho não guarde mágoas,
Pois quando você menos espera, essa gota já se foi.
167
AUTOR (A): ANA LUÍSA BENEDIX
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PERDIDA EM UM MUNDO
O que esperar do mundo
Às vezes sinto que nada vai mudar
Que o tempo passa sem passar
Que as amizades podem acabar
E que o futuro não há de se esperar
Tenho a esperança de que tudo se ajeite
E que o universo entre em órbita com as constelações
Que a vida se transforme em um quebra cabeça
Cheio de peças que desenvolvem diversas ações.
Espero das pessoas responsabilidade
Consciência, atitude e respeito.
Usar a voz para falar e não para julgar
E assim acabar com o preconceito.
Pessoas são julgadas, sem necessidades.
Muitos votos de culpa em inocentes
Perseguidas pela sociedade
Dizendo não ser diferentes.
Nada vai mudar, mas quero acreditar.
Que em algum dia posso pensar
Que em um belo lugar vou morar
E que poderei descansar.
168
AUTOR (A): ARTHUR RAFAEL JALOWIETZKI GRUN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: TUIZINDELASS
Poema
Saudades de poder sair
Com meus amigos sorrir
Saudades de quando íamos a festas
E nos divertíamos muito.
Saudades de quando jogávamos vôlei
Treinávamos de monte até enjoar
o que a gente só queria era jogar.
Saudades de subir as escadas da escola
Saudades de encontrar a gurizada
Gostava da minha turma agitada
Com as cadeiras jogadas,
e o caderno na mão
Saudades do que a gente arruma
Saudades da minha turma.
169
AUTOR (A): EMYLI HERBERTZ ABREU
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: UMA GAROTA NEM NEGRA NEM BRANCA
Sobre um preconceito antiquado
Eu não consigo respirar
Antes um pedido de socorro
Agora um grito de guerra
Desse povo que engoliu o choro
E lutou contra essa miséria.
De um comentário insignificante
Nasce um preconceito horripilante
Daqueles que almas morrem
Mas que o povo se cansou de ver
Então não deixarão mais acontecer.
Protestos e reuniões começaram
Todos por uma só causa
Um preconceito antiquado
Que antes temos que dizer que foi aceito
Mas que no século XXI vai ser parado.
E no ano de 2020
Inicia-se uma nova era
Era de revolta
Do tipo em que todas as raças participam
Com um objetivo
Um mundo onde ser negro não é esquisito.
170
AUTOR (A): ENZO GRAEBNER FERRARI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: OZNE
Saudades da realidade
Pelo que estamos passando,
fora da realidade.
Brincar, correr, jogar,
é do que sinto muita saudade.
Só ficar em casa,
não é nem um pouco legal.
Toda criança,
precisa brincar afinal.
Saudades que eu tenho,
da minha sala de aula.
Meus amigos e professores,
Neste mundo sem alma.
Este mundo virtual,
me deixa preocupado.
O que vai ser no futuro,
um futuro não considerado.
171
AUTOR (A): ÉRICA LETÍCIA LORO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PRINCESA DO FF
Momentos difíceis
Vivendo um momento de preocupação
Nosso principal aliado
Não é a aglomeração
Ao contrário a vida e a solidariedade
O momento exige de todos nós distância.
Shows, parques e lugares públicos
Já não são mais importantes
Hoje a saúde e o bem-estar de todos
É a principal preocupação.
Motivos antes importantes, festas e diversão
Agora não fazem parte de nossa realidade
Já que a vida é a principal motivação
Para não perdermos familiares
Fique em casa! É a melhor solução.
172
AUTOR (A): ERICK GUSTAVO KRAUSE RAMBO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GAIA
O tempo
O tempo
Não perdoa
Ele
Nos atordoa
O tempo
Passa rápido
Ele
Não é interrompido
O tempo
É muito traiçoeiro
Ele
Não é seu parceiro
Escrevendo este poema
O tempo já passou
Horas e horas
E o poema se acabou
Baquetando uma baqueta com outra baqueta.
173
AUTOR (A): GUILHERME HENRIQUE KURZ
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GK
Ela, no mar azul
Ela vive num mar azul, meio que afogada
Nem sem de quê, nem sem por quê
A vida não faz nada.
Ela quer gritar, mas não tem palavras
Apenas dela saem gritos e lágrimas
Não sei de onde, nem por quê.
E talvez esta seja a primeira vez
Que ela tudo sente em ter alma
E nada sai, apenas escassez.
Mal dela que vive atormentada
Nem sei por quê, acho que é nada
Mas nem por isso vou dar uma pesquisada.
Descobri uma coisa,
Uma coisa nunca ouvida,
Ela não estava perdida,
Estava apenas curtindo a vida.
174
AUTOR (A): ISABEL MARIA DE OLIVEIRA GAERTNER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LAÇO DE FITA
Solidão
Solidão é uma arma na mão
Sozinha de novo estou
Mesmo rodeada de pessoas
A solidão continuou.
Sentia-me assim
Até me encontrar
Eu precisava realmente de mim
Agora não enxergo mais o fim.
Encontre-se na sua solidão
Até se sentir bem com sua imensidão
Estar insatisfeita consigo
é um perigo.
Enquanto não se encontrar
Alguém não se deve procurar
Pois estar insatisfeita consigo
Afasta-lhe o amigo.
175
AUTOR (A): JULIA KIESEL SCHONS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: JU SCH
Amizade
Fran é uma menina querida
Ela e sensacional
É minha amiga preferida
Tenho por ela um amor incondicional .
Juntas nós brincamos
E também estudamos
É uma amizade muito boa
Que eu quero para a vida toda.
176
AUTOR (A): JULIA VALENTINA DINIZ HARTMANN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ÓRBITA
Apenas uma chance de amar
Ame ao próximo como a ti mesmo
Ame a sua família
Ame agora
Ame com gestos, com palavras.
Aprenda a amar aquilo que dói
Ame suas dores, seus medos
Ame os silêncios, as mentiras
Ame aquilo que faz parte de você.
Ame seus projetos
Não seus objetos
Ame os riscos, as vontades
Aprenda a amar as tempestades.
Se em tantos momentos
Deixamos de amar por orgulho
Sem tempo de sorrir
Ame o começo, ame o final.
Seja verdadeiro, seja realista
Ame enquanto há tempo
Ame a você e ame por você
E acima de tudo, comece por você.
A vida passa tão depressa
Portanto, ame sem pressa
A vida
Temos apenas uma chance de viver.
177
AUTOR (A): LARA LUÍSA GENZ BAZANA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: EART
O mundo ideal
Pergunto
Por que alguém tem de ser julgado?
Apenas pela cor da sua pele
Apenas pela sua origem?
Apenas por suas escolhas.
Todos temos os mesmos direitos
Somos iguais por dentro
Por que temos que julgar uns aos outros
Se vamos todos para o mesmo lugar?
A sociedade é injusta
Para algo acabar
Precisa-se de muita luta, protestos
Que às vezes causam até agressões.
As pessoas sentem ódio umas das outras
Na maioria das vezes nem saber o porquê
Mas já estão acostumadas a se julgarem
Que isso começa a ser algo automático.
Vivemos em um mundo indiferente
Onde cada um constrói sua própria loteria
Cada um forma suas próprias ideias
Mas muitas vezes isso vai longe demais.
Devemos ter mais consciência
Colocar-se mais no lugar dos outros
Tentar sentir o que os outros sentem
178
Julgar menos e conhecer mais.
Se cada um fizesse sua parte
Não julgando uns aos outros
Sem ao menos conhecer
Viveríamos em um mundo mais leve
Um mundo em que chamamos
De “o mundo ideal”.
179
AUTOR (A): LETICIA GABRIELLE SPILLARI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ROSAS VERMELHAS
Mudanças
Atualmente estamos vivendo uma situação atípica, em que não sabemos como agir e nem o
que pensar. Ligamos a televisão, o rádio, acessamos o face, entramos no Google e o que ouvimos e
vemos? Covid-19, mortes, falta de leitos, contaminação em massa, depoimentos deprimentes,
sepultamentos em grande quantidade.
Nossa vida se resumindo em Coronavírus, meios de transmissão e prevenção. Não sabemos ao
certo em que acreditar, o que é certo ou o que é errado. Só sabemos que tudo mudou.
Nosso mundo mudou, nossas ideias mudaram, tudo mudou. E como mudou tudo, também
mudou nossa maneira de ver o mundo, a família, a escola, a sociedade. Como podemos ser felizes sem
a convivência com as outras pessoas, sem poder conversar pessoalmente com nossos amigos, colegas,
professores, parentes... Pois é, a partir dessa experiência percebemos o quanto é importante o
convívio, o quanto precisamos de um abraço.
Por outro lado, estreitamos mais ainda os laços familiares e conhecemos o aconchego de nosso
lar.
Tudo mudou... Mas temos que aceitar as mudanças e adequar-nos da melhor forma possível
para passarmos com saúde mental suficiente para continuarmos nossas vidas.
180
AUTOR (A): LORENZO BECKERT MENEGON
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CABEÇA DE GELO
Covid-19
Estamos passando por um momento difícil, mas tudo isso vai passar
E só termos calma e paciência que a cura vai chegar
Se você a quarentena respeitar, tenho certeza de que covid nenhum o vai abalar.
Pense nos seus avós, idosos, velhinhos, se você quer vê-los bem
Respeite a quarentena, não se meta em aglomeração,
Pois assim podemos achar uma solução.
A máscara e o álcool em gel são nossos aliados,
Se tiver que ir à farmácia, eles vão estar lá esperando
Prontos para ajudar.
Faça atividades em casa, sua saúde também importa,
Assista a sua série favorita, fale com seus familiares,
E se a saudade bater forte, faça uma vídeo chamada,
Seja com amigos ou familiares,
O importante é se proteger contra o covid-19.
181
AUTOR (A): LUISA BLUM
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ATENA
Dentro do vazio
Eu acordo e não sei onde estou
Chamo a todos
Ninguém responde
Sinto-me uma imbecil
Olho em volta e vejo apenas vazio.
Caminho na escuridão,
O que sinto é solidão,
Tento lutar,
Mas ainda assim,
Choro sem ninguém escutar.
As lágrimas tomam conta,
Não me sinto pronta,
Pronta para ver minha vida acabar,
Pronta para as verdades encarar,
O controle da minha vida preciso recuperar.
Longe da multidão,
Permito-me pensar,
Permito-me respirar,
Preciso sair do vazio,
E um caminho encontrar.
182
AUTOR (A): LUMA DE CASTRO REINEHR
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: HERA
Sozinho no mundo
Foi abandonado
Ficou sozinho no mundo
Sem ninguém
Levado ao orfanato.
No meio de crianças rebeldes
Que não conhecem o amor de uma família
Cheio de dor, aflito
Chorava dia após dia.
Até que um dia foi adotado
Levado do orfanato
Para bem longe
Onde era muito torturado.
A família saiu da cidade
Deixando o pobre coitado
Na casa amarrado
Sem comida, nem água.
Morreu de fome
Sozinho na casa
Sem ninguém, só.
183
AUTOR (A): MAÍSA GEOVANA ROSSI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ALGUÉM
Vivo em um mundo
Vivo em um mundo
Onde nada mais é tão verdadeiro
Deixo para depois
Tudo que é importante para mim
Precisamos viver
Aproveitar
Valorizar
Demonstrar amor.
Sei que é fácil falar, difícil fazer
Só quero que alguém consiga me entender
Que a vida é curta,
O fim vem logo ali
Então sorria mais
E faça os outros rirem
Seja verdadeiro
Mais que um amigo
Precisamos entender que quem foi
Nunca voltou.
Vivo em um mundo
Onde tudo é motivo de guerra
Pessoas humilham umas às outras
Sem motivo algum
Temos que nos acalmar
E respirar
Respeitar a todos
Sem distinção.
184
Sei que é fácil falar, difícil fazer
Só quero que alguém consiga me entender
Que não importa o gênero
A cor
Ou o cabelo
Somos todos iguais
Só falta você ver
E também entender
Que o tempo passa rápido
E depois pode ser tarde para se arrepender.
Então viva intensamente
Mas lembre-se de
Que todos somos humanos
Somos todos iguais
Temos o mesmo sangue.
Por mais que seja difícil
Reclame menos
Agradeça a vida
Que todos nós temos
Ame tudo e todos
E nunca se esqueça
Tome uma atitude se quer que algo mude.
185
AUTOR (A): PIETRA OLIVEIRA COSTA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LIE
Medo da mentira
O medo
O que podemos falar sobre o medo
Medo de nós mesmos?
Medo de altura?
Medo das pessoas?
Ou medo das mentiras?
Existem momentos difíceis,
Onde descobrimos com quem podemos contar,
Ou quem está mentindo.
Momentos onde nós mesmos cansamos nossas mentes
Momentos onde nos perguntamos
O que está acontecendo!?
Os sorrisos às vezes não são sinceros
Escondem uma escuridão,
Uma tristeza,
Escondem o medo.
Pessoas quietas podem ser barulhentas,
Barulhentas por dentro.
É engraçado como memórias podem se tornar medos
Medos inexplicáveis causados por uma simples mentira.
Você pode chorar,
Está tudo bem,
Já pensou na dor?
Ela vai passar e você vai ficar bem.
186
A lua parece solitária
Como se estivesse chorando em um céu luminoso
Você pode se sentir assim também.
É normal,
Está tudo bem,
Mas não desista pelo medo das mentiras.
187
AUTOR (A): RENAN POERSCH ZAHARKO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BAIXA MEMÓRIA
O fogo
O fogo não traz nenhum problema
Mas é bem quente
E também queima.
O fogo pode queimar alguém
Mas se souber usá-lo
Não queima ninguém.
O fogo pode nos ajudar
Esquentar nossa comida
Para fome não passar.
Ele pode iluminar
E a ver o nosso caminho
Pode nos ajudar.
188
AUTOR (A): SARAH BORGESS TIM
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: S
No meio do caos
Quando os canhões soam na noite
O medo entra em meu corpo
O céu é um completo clarão
E dali caem pais, mães, irmãos.
O dia chega
E com ele a tristeza
Todos limpam o sangue da rua
Os soldados acham que assim aliviarão sua culpa.
A noite volta
Cortinas se fecham
Os corpos caem
E assim ficamos em isolamento eterno.
Ficamos então nesse ciclo infinito
Destroços que já foram casas
Casas que já foram lares
E lares onde moravam famílias.
189
AUTOR (A): CAMILA ADAM
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: DESCONHECIDO
Um olhar diferente
É difícil encontrar alguém
com um olhar diferente,
que te faça bem
em momentos complicados.
É difícil encontrar alguém
que te faça rir,
sem motivo algum.
É difícil encontrar alguém
que te olhe com pureza.
Alguém que veja o mundo
como uma menina de quatro anos.
É difícil encontrar alguém
que seja verdadeiro
e mude sua forma de enxergar as coisas.
Eu conheço alguém assim
e tem dias que eu sinto tanta falta
de poder pegá-la no colo
e simplesmente abraçar.
Amar é para poucos,
eu me sinto tão bem ao seu lado,
sinto-me leve
e acima de tudo eu mesma.
190
Então, por favor,
segura a minha mão
e nunca mais solte!
191
AUTOR (A): CHIARA SAYURI BRUMATI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PÉTALAS DE PORCELANA
O homem que falava com a lua
Em uma época remota, quando Imperadores reinavam sobre a Terra, o mais jovem Imperador
conhecido, Altairvar Kristjann, apaixonara-se por uma linda mulher, Arina Castiello, a terceira filha do
Arquiduque Ain Castiello. Seu amor era muito grande, mas, como todos os contos de fadas têm seus
prós e contras, esse infelizmente não era diferente. Altairvar era conhecido com um sanguinário, que
travava guerras pela simples e pura vontade de ver sangue no chão, além de gostar de ver seus inimigos
implorando miseravelmente por suas vidas. Já Arina era gentil e amável, tinha uma etiqueta quase
impecável, além de uma alta inteligência, também era cortejada por vários homens do Império.
Altairvar já estava ciente de que seu amor não seria facilmente correspondido, e entendia o
porquê. Entretanto ele também não mudaria seu jeito por ninguém, nem por seus pais ou amigos (se
é que tinha amigos); então também não mudaria por sua amada, pois estava ciente de que se sua
amada não o amasse com ele era, não o amava verdadeiramente; isso partia o coração de Altairvar.
Certa noite, quando a lua brilhava lindamente, Alty (apelido de Altairvar) foi para a sacada de seus
aposentos e olhou a lua.
- O que lhe deixa tão triste, pequeno Imperador?
Alty olha ao redor e percebe que não tem ninguém, intrigado e com curiosidade para saber de
quem era a voz misteriosa, pergunta:
- Com quem falo? Responda-me a pergunta e lhe direi o que tanto me entristece. - Indaga o
Imperador, buscando saber com quem fala.
- Quem sou? Hum… Pergunta difícil de se responder, tenho vários nomes, mas o mais popular
seria “lua” - Responde - Porém, como fui eu que puxou assunto primeiro, permitirei que me chame
por meu nome verdadeiro, Tsuki.
- Falo com a “lua”? A lua que brilha no céu à noite? - Pergunta-lhe com ar de dúvida.
- Sim, com a lua, a que brilha no céu à noite, por quê? Conhece outra lua? - Fala com um tom
de curiosidade.
- Não, não conheço mais ninguém com o nome de “lua”!
- E a minha resposta? - Indaga Tsuki relembrando sua primeira pergunta.
- Amor, amor não correspondido. - Responde com tristeza em sua voz.
192
- Amor? Por uma garota? Ou é um garoto? Como sabe que não é correspondido? Já disse a
essa pessoa como se sente?
- Uma garota… E como sei? Simples, ninguém em sã consciência gostaria de um “sanguinário”!
- Fala alterando um pouco sua voz.
- O pequeno Imperador é um sanguinário? - Pergunta duvidando de Alty.
- Alty, pode me chamar de Alty, Tsuki.
- Alty, você é um sanguinário? - Refaz sua pergunta.
- Sou conhecido como sanguinário, porém não sou tão fanático por sangue. - Responde.
- Então, como pode ter certeza?
- Tendo! Já tentei falar com ela, e ela… deu respostas curtas e depois saiu correndo, como se
tivesse visto um monstro. - Indaga novamente com um ar de tristeza.
- Alty, nem tudo é o que parece ser… Às vezes pessoas fogem, não por terem medo, mas
vergonha. Pense bem, talvez essa donzela o ame, apenas não sabe como dizer! - Tenta encorajar o
pequeno Imperador.
- … - Sem resposta.
- Tenho que ir, mas Alty, na próxima vez que eu brilhar tão forte como hoje, venha falar comigo
novamente! E me conte se conseguiu se declarar para essa bela dama. - Tsuki faz essa afirmação
enquanto desaparece rapidamente.
- Sim… da próxima vez irei lhe dizer, até lá Tsuki. - Diz o Alty já se virando e indo para dentro
de seus aposentos.
Alguns meses se passam e Tsuki nunca voltou a brilhar tão forte como naquela noite; Alty, até
chegou a pensar que era coisa de sua imaginação, ou apenas um sonho, muito louco e estranho. Mas,
mesmo se tivesse sido apenas um sonho ou sua imaginação, estava determinado a se confessar para
Arina!
Durante um banquete que ocorria uma vez por ano, Alty pensou em se confessar e dizer tudo
o que nunca havia conseguido dizer, contudo foi pego de surpresa, não sabia que o filho mais velho do
Duque Astrada, Lorelei Astrada iria propor casamento em frente a todas aquelas pessoa! E para
completar a sua infelicidade, Arina estava completamente apaixonada por Lorelei! Alty não sabia o
que fazer, seu plano havia sido arruinado e seu coração quebrado em pedaços. Mas queria que sua
amada fosse feliz, mesmo que não com ele, permitiu o casamento e alguns dias depois,
especificamente no noite de casamento de Arina e Lorelei, Tsuki brilhou novamente, tão linda e
radiante como uma vez já brilhara.
- Alty! Como foi? Conseguiu se confessar? - De repente Tsuki apareceu, agindo como se o visse
todos os dias.
- … - Nada, sem resposta.
193
- Alty? - Pergunta com um tom de preocupação.
- Não… Não me confessei, e agora nesse exato instante está se casando com “seu amado” -
Alty declara com raiva!
- Alty… Talvez ela não fosse feita para você. - Tsuki diz com um pouco de hesitação.
- Meu peito dói! Estou com raiva de mim mesmo por ter aceitado o casamento dele! Eles me
machucaram e eu ainda apoiei isso! - Com a voz mais alterada, ele grita com raiva de si mesmo.
- Seu coração deve doer mesmo… Para o “imperador sanguinário” estar com tanta dor e
irritado, mas não fique aflito Alty, o amor é assim mesmo - Fala como se entendesse do assunto.
- Já se apaixonou? - Com dúvida se “A Lua” pudesse se apaixonar.
- Sim… pelo sol, mas não podemos nos aproximar… - Fala como se lembrasse de velhos tempos.
- Entendo… - Apenas concorda, sem saber o que dizer.
- Mas Alty, eu nunca ouvi você chorar por essa dama, então vou perguntar, REALMENTE ama
essa donzela? - Com dúvida de que Alty não a amasse, pergunta-lhe.
- … - Sem resposta, apenas, como se estivesse tendo um esclarecimento sobre seus
sentimentos.
- Não.... sei… Eu realmente não sei, Tsuki. - Enfim responde.
Tsuki dá um sorriso, como se estivesse dizendo, “Talvez não a amasse tanto quanto pensa, e
isso é bom para você Alty, pois mesmo que não possa falar sempre comigo, eu sempre pude vê-lo… E
fico feliz por você, pois é meu amigo.”
- Alty, tenho de ir novamente… Sinto muito por nosso tempo ser muito curto, então lhe darei
uma compensação, veremo-nos novamente quando for a hora! - Diz, enquanto desaparece
rapidamente.
- Certo, veremo-nos novamente quando for a hora! Então, até breve Tsuki!!! - Afirma como
se os momentos em que conversasse com Tsuki fossem os melhores de sua vida.
Anos depois…
- Papai!!! Olhe a lua! Tsuki veio novamente para falar com a gente!!! - Diz com entusiasmo
uma voz infantil feminina.
- Sim filha, Tsuki voltou para podermos conversar - Afirma Alty.
- Heheh! Estou feliz! - Diz a pequena princesa.
- Sim… Eu também, você foi o maior presente que eu já recebi, minha pequena Adele. - Afirma
enquanto sorri gentilmente para sua filha.
- É Adelaide Kristjann, papai! - Fala sorrindo.
- Há quanto tempo, Alty e Adele! - Diz Tsuki aparecendo de repente novamente. - Vejo que
cuidou bem do meu mais precioso presente, Alty! - Diz quando vê a menina crescida, bonita e bem
cuidada, e com um sorriso enorme no rosto.
194
- Claro, afinal é a minha pequena filha, Adelaide!
A história de Altairvar Kristjann chegou ao fim, mas e a história de sua pequena filha, Adelaide
Kristjann? A dessa pequena criança nem sequer começou, ainda será uma história muito emocionante,
isso sim!
- Tsuki! Está falando com quem? - Ouve-se uma voz familiar.
- Com ninguém, com ninguém pequena Adele.
195
AUTOR (A): EDUARDO BUDEL ARENHART
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SAHARAHARRA
Menino serelepe
Olha essa palhaçada na janela da cozinha,
o menino serelepe está na casa da vizinha.
Seja dia, seja noite, o menino não descansa
e agora no momento ele amansa uma onça.
Viu um gato no telhado, e saiu na bodocada,
o gato chamou um macaco, que lhe deu umas palmadas.
Depois disso ele chorou, gritou e esperneou,
mas o macaco era mau e por isso o espancou.
Antes de chegar em casa, ele roubou sua vizinha,
deu pedrada na janela e foi logo para cozinha.
Quando abriu a geladeira, ele viu uma galinha,
então pegou silenciosamente uma bela coxinha.
Como era serelepe não estava satisfeito,
pegou uns caramelos e mascou com muito efeito.
Quando ele foi para casa, o vizinho achou suspeito,
e com isso ficou bravo e delatou-o sem respeito.
Ao chegar em casa, o menino apanhou,
e depois daquele dia serelepe nunca parou.
Reprovou anos na escola e foi se comportando,
hoje em dia ele é padre, um bom samaritano.
196
AUTOR (A): ENZO GABRIEL BALKAU
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: GABRIEL VERISSIMO
A história de Guilherme
Seus poderes foram adquiridos com uma experiência forçada dos nazistas, na Segunda Guerra
Mundial. Eles criaram armas biológicas e decidiram testá-las em crianças e a única sobrevivente foi
Guilherme que, com tanto poder em suas veias, as máquinas que o seguravam e mediam a potência
de seus poderes, à medida que foram injetadas colapsaram e explodiram. Agora ele consegue
controlar e modificar qualquer tipo de átomo, e devido a esse experimento, sua aparência continuou
como a de um menino de 12 anos, mas sua mentalidade nunca mais foi a mesma.
Ele, às vezes, tem surtos que não consegue controlar e acaba extravasando tudo em uma
grande explosão e destruindo tudo à sua volta. Ele ainda não sabe seus limites. Bom… ainda não, talvez
ele não tenha um, mas nunca testou até então.
Hoje ele está em uma contenção para super-humanos, e para fugir precisará criar um plano
para a fuga com seus amigos. E como será sua vida lá fora?
197
AUTOR (A): HELOÍSA BUTZKE KOTZ
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SINA
Conexões
Uma vez me disseram
que o mundo atual se baseia em duas coisas,
tempo e dinheiro.
E concordo plenamente.
Pensei melhor no assunto
e há mais uma coisa,
as conexões
físicas e emocionais.
Que unem territórios e continentes,
unem amizades, relacionamentos
unem passados e destinos,
crianças e jovens.
Então, é bom ou não,
Depende da percepção.
Conexão faz a transformação,
Com a sua permissão.
A decisão é sua.
Experimentar a conexão,
Pessoas e internet,
Que mundo de confusão!
198
AUTOR (A): LARA DANIEL TIECHER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ROSA BRANCA
Uma carta para o vento
Decidi escrever a ti,
que tu possas atender meus pedidos,
não vá embora!
Sem antes prestar o que tenho escrito.
Peço para que não nos traga nada de ruim,
peço que não perca esta carta,
peço que permaneça leve assim,
e atenda minha ideia farta.
Atualmente, os dias mudam com rapidez,
pessoas podem atuar sem nenhuma dificuldade,
e te conto mais uma vez,
que isso só as leva à maldade.
Não me diga que vê violência,
em nosso mundo pode existir muita dor,
e ainda existem maiores indiferentes,
que causam problemas com a nossa cor.
Atenda meu pedido e me traga felicidade,
aquela que pode trazer de volta a união,
aquela que nos deixa longe de amarguras,
e aquela que salva de afogar-se na escuridão.
Busque e espalhe esperanças,
não vá atrás de desigualdades,
vento, leve o mundo à mudança,
199
já estou cansada de barbaridades.
Faça uma boa viagem,
não esqueça de minha carta responder,
esperarei sua mensagem,
vento, deixo em tuas mãos a mudança acontecer.
200
AUTOR (A): LAURA MAHLER MARCHEWICZ
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: KITTY
Dois corações
O que vai ser de mim? O que vou fazer agora? Por que isso aconteceu? A culpa foi minha? Eu
fiz algo errado? Será que esse sentimento vai durar para sempre? Por que dói tanto?
Oi, eu me chamo Cristina, mas pode me chamar de Kitty. Você deve estar se perguntando o
que são essas perguntas, então vou contar o que isso significa.
Há exatos 14 meses me apaixonei por um garoto, conhecemo-nos e começamos a conversar;
tudo começou a ficar cada vez mais intenso, mais sério, ele era tão lindo, querido, atencioso, fofo,
inteligente, dedicado, ia para cá e para lá jogar futebol, era bom em tudo o que fazia. Passamos por
tanta coisa juntos, foi tanto tempo, ele me fez muito feliz, diria que fui a pessoa mais feliz desse mundo.
Ele se chamava Manoel, tinha uma irmã mais nova chamada Camila, ela é uma menina muito especial,
igual ao irmão; hoje em dia ainda falo bastante com ela, tornou-se uma grande amiga para mim.
Há uns 4 meses, Manoel começou a agir de forma estranha comigo, saía com pessoas sem
avisar, bloqueava o celular toda vez que eu chegava perto dele, não me contava mais sobre seu dia,
estava faltando muitos treinos de futebol, estava indo mal na escola. Começou a se afastar cada vez
mais de mim e eu não fazia ideia do porquê, achava que ele estava se apaixonando por outra garota,
que nossa magia tinha apagado, nossa conexão, a química, tinha ido embora e o amor não existia mais.
Depois de um mês agindo assim, ele quis terminar, então tive certeza de que ele realmente não me
amava mais, fiquei triste, com raiva, chorei, sofri, doeu, doeu muito, fiquei durante um longo tempo
sofrendo por ele, afinal ele foi meu amor durante muito tempo.
Ainda sinto sua falta, saudades das conversas, saudades das risadas, saudades dos momentos
pelos quais passamos juntos, saudades de sua companhia, saudades do seu abraço, saudades do seu
cheirinho, saudades do seu beijo, saudades do seu conforto, saudades sua.
Quando eu era pequena, sonhava em crescer, estudar, morar em uma casa enorme como uma
princesa e ter meu príncipe encantado. Pois bem, Manoel foi o meu príncipe encantado, estudei muito
e cresci, mas descobri que, quando somos crianças queremos crescer, quando crescemos queremos
voltar do início; um joelho ralado dói menos que um coração partido, as brincadeiras são mais
interessantes do que responsabilidades, os problemas crescem junto com você, e sua vida muda em
um piscar de olhos.
201
Voltando a minha história com Manoel... Após o término, descobri que ele estava agindo assim
pois foi diagnosticado com um melanoma metastático no estágio 4 (câncer de pele que se espalhou
pelo cérebro, pulmão, fígado e ossos), ele estava fazendo tratamento com radioterapia, imunoterapia
e quimioterapia.
Quando soube disso só consegui chorar e entrar em desespero, não acreditei no que estava
acontecendo, tudo fez sentido, mas por que ele não me contou, será que estava com medo de que eu
fugisse? Imediatamente fui até o hospital onde ele estava sendo tratado e fiquei ao seu lado durante
todo o tratamento; quando completou 2 meses de todo esse sofrimento, Manoel faleceu. Eram 2 horas
e 17 minutos da manhã, eu estava em casa dormindo, pois no dia seguinte teria prova de matemática.
Acordei com uma ligação da mãe de Manoel, a Lili, fiquei com ela no hospital até a hora do velório.
Hoje está fazendo um mês desde a morte de Manoel, ainda não acredito que ele não está mais
aqui, que eu nunca mais o verei; a única recordação que tenho dele são as fotos, as roupas, seus
pertences, nossos vídeos. Não consigo, não dá para acreditar que ele se foi, ele se foi. Lili me deu todos
os pertences de Manoel e disse para eu decidir o que fazer com eles, resolvi doar suas coisas.
Então essa é minha deixa, adeus Manoel, agora você poderá finalmente ficar em paz, minha
eterna estrelinha no céu, espero que esteja bem, que tenha feito novos amigos, com certeza todos
devem tê-lo adorado. Saiba que sempre terá um lugar no meu coração, que sempre vou amá-lo, e
nunca o esquecerei.
Com amor, Kitty.
202
AUTOR (A): LEO WINTER WEISE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: TIO SÉRGIO
A vida no interior
Ai, a vida no interior...
Aqui o trabalho é duro e, por isso, às vezes, dá vontade de vender fora tudo.
Aqui o leite é da teta da vaca, e o cream cheese de colono é nata.
No interior não tem Uber, mas de cavalo “nós vai” até o açude.
Minha fragrância é de estrume, e “nós brinca” de bolinha de gude.
Despertamos com as galinhas e “nós come” de café pão com chimia.
Cagamos na patente e cuidamos dos bichos da gente.
A pescaria rola solta e “nós dá” em cima das moças.
Nós corremos descalços e temos bicho de pé e chulé.
Roubamos mexerica do vizinho com o Zé.
E, bem, a vida no interior é muito boa,
Até conhecer a patroa.
203
AUTOR (A): LUIS FERNANDO ZIMMERMANN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: VERMELHO 116
Vermelho
Existem inúmeras cores
Cada uma com o seu significado
E pensando nisso
Escolho o vermelho.
Vermelho é a cor do amor
É a cor da paixão
Também a cor do coração
Batendo uma forte emoção.
Vermelho é a cor
Do sangue
Que corre nas veias
De um colorado feliz.
Vermelho é a cor
das belas rosas
que enfeitam por aí
inúmeros jardins.
Vermelho é a cor do time
Do meu e de muitos corações
Chama-se ele
O internacional.
204
AUTOR (A): LUISA RAFAELA ALMEIDA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: AMAR
Amar
Amar, um sentimento tão delicado
Mas muito complicado
Um sentimento sem “definição”
Não sabe se quer ajudar ou machucar.
É tão difícil demonstrar,
Mas, ao se manifestar, só quer nos machucar.
É cruel pensar assim,
Mas é o que faz em mim.
Machuca sem perceber,
E quando percebe
Magoou sem querer.
205
AUTOR (A): LUISA SABINO DA SILVA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MAR
No quarto
Aquela menina de cabelos pintados
Sozinha ouve sua respiração,
Esquece qualquer ideia
E transforma sentimentos em pulsação.
Dentro do quarto ela tem força
Que forma um êxtase de alegria.
Mas não permite que ninguém a conheça
Pois por amor, ela faz o que ninguém faria.
Ela é uma menina intensa
Mas ouve músicas de solitário
E conta suas histórias começando
apenas com “meu querido diário”.
Quando entra no seu quarto
Tudo se transforma
E qualquer problema vai embora.
Ela se conforma
Que ela mesma é sua companhia mais “da hora”.
206
AUTOR (A): MARIA EDUARDA CORSO ZUCATTO SCHULTZ MULLER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: NÃO SEI QUEM SOU
Olhares
Muitas vezes sou boba e desajeitada
Quieta e calada,
Mas isso não significa
Que eu não pense nada.
Às vezes guardo para mim,
os meus oceanos de pensamentos sem fim,
desenvolvi esse hábito,
mas sei que é o pior para mim.
Sempre que começo a falar,
Para os lados começo a olhar,
Dá-me um pavor de encontrar,
Um rosto que, de repente, desvia o olhar.
Eu sei que realmente não devo ligar,
Porque todo mundo pode errar,
Mas eu não consigo parar,
Parece que vão me crucificar.
Sei que você que está lendo
Não deve estar entendendo,
Mas é que eu não sei quem sou,
Não sei pra onde vou.
E não sei o que estou escrevendo.
Quando falam para “olhar para dentro”
Vou para frente do espelho,
207
E não vejo nada além de uma folha em branco
Que alguém ainda está escrevendo.
Por fim, eu concluí, que não conheço nada do mundo,
nenhuma experiência relevante, talvez uma fração de segundo.
Mesmo assim sigo confiante, de talvez um dia fazer algo importante,
E talvez desatar o nó na minha garganta, que se tornou gigante.
208
AUTOR (A): MARIANA DOCKHORN HENDGES
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LUA
Como sou, se nem sei ser?
Se escrevo, não vivo,
E se vivo, não escrevo.
E por isso,
Inspiro-me para escrever,
Sobre a vida que não irei viver.
E ainda penso em coisas aleatórias,
Coisas sem sentido,
Talvez de um jeito metido.
Porque eu acho,
Que eu sempre quero demais,
Mas na vida só tem de menos.
Eu acho,
Que eu sempre quero de tudo,
Mas no mundo só tem de nada.
E eu acho,
Que eu sempre quero de mim,
Mas em mim, só tem de outros.
Então, como sou eu,
Se nem eu sei quem sou?
Espero descobrir só,
Descobrir que sou tudo aquilo que sempre sonhei,
E sou nada mais que apenas eu.
209
AUTOR (A): MARTINA RIBEIRO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: LUNYNHA
Tudo no seu tempo
Olá, meu nome é Mary, estou aqui para contar uma história, a minha história, mas não se
engane, não será um daqueles contos românticos e banais com príncipes a cavalo ou de princesas que
adormecem por décadas. Sou uma adolescente do século 21 e isso não acontece comigo! Embora o
que venho contar tenha a influência do famoso cupido, aquele que teve um romance muito famoso
com a princesa Psiquê, a deusa da alma.
Tudo começou em um aniversário de uma amiga. Ao chegar na festa, notei várias pessoas
diferentes aos meus olhos, não liguei muito, então fui logo conversar com uma amiga, a Isa. A Isa é
meio moleca, exagerada, mas perfeita para mim. Nós temos uma coisa em comum, convivemos melhor
com garotos do que com as garotas. Lembro-me de quando nos conhecemos, ela me contou sobre
seus amigos e todos eram garotos, e não vi malícia em seu tom, percebi que era apenas amizade
mesmo. Eu também sou assim, as meninas da minha idade nem sempre são legais... Você sabia que
garotas podem ser cruéis às vezes? Então, sempre fiz mais amizades com os meninos! Talvez por isso,
teríamos sido as únicas a notar os três garotos sentados no sofá ao lado. Logo puxamos um papinho e
então estávamos conversando nós cinco.
O garoto ao meu lado era muito bonito e engraçado, todos na verdade, mas o Jack me chamou
atenção. Conversamos muito, mas em certo ponto da festa as garotas de fora da nossa rodinha deram
a ideia de jogarmos “verdade ou desafio”. Entramos na brincadeira também! Eram muitas pessoas,
então a garrafa não parava de frente para mim, nem do Jack, então continuamos conversando, eu e
ele, como se ninguém estivesse por perto.
Eu sempre penso que, quando estou conversando com pessoas novas, eu me modifico, fico
alegre e procuro mostrar apenas o melhor de mim, transformo-me em uma Mary confiante! Com Jack
não foi diferente, havíamos nos conhecido naquele dia, há menos de uma hora. Mas fui logo
perguntando em quais as jovens da festa ele teria interesse. Ele ficou tímido, então usei o melhor
argumento para convencê-lo: “eu sou uma estranha, que mal vou lhe fazer? Para quem vou contar?”
Ele balançou a cabeça rindo, pegou o celular e digitou quatro nomes, todas eram minhas amigas! Dei
um sorrisinho meio sem graça e disse “ok”. Ele me olhou nos olhos e disse: “Você queria seu nome
aí?” Naquele momento senti tanta euforia, nem mesmo eu compreendia o porquê, mas no fundo eu
210
queria, então eu respondi: “Eu me iludo fácil!” Levantei rápido e fui à mesa buscar um refrigerante
para beber.
A festa continuava incrível, dancei muito e quase esqueci o que havia acontecido, se não fosse
o quase... Voltei ao sofá, sentei ao lado de Jack e continuamos a conversar, mas agora nossas risadas
vinham acompanhadas de sorrisinhos bobos e olhos brilhantes. Meu Deus, que brega! Mas eu amei!
Sabe quando você sente que parece tudo está dando certo? Tão certo ao ponto de parecer errado?
Foi isso! Resolvi arriscar! Ninguém estudava na minha escola, não ririam de mim amanhã, certo?
Pensei... Não deu outra, coloquei minha mão próxima a dele e aos poucos, calmamente, demos as
mãos. Parece cena de filme de romance adolescente! A diferença é que nesses romances as pessoas
não têm vergonha e timidez, nós tínhamos! Neste momento agradeço a almofada que estava
escondendo a cena! Ficamos assim por um tempo, encostei minha cabeça em seu ombro e assisti-o
mexer em seu celular, confesso que não estava interessada no celular dele, apenas na sua companhia...
E ele era tão querido.
A festa estava acabando, então chegou a hora de ir embora. Naquela noite eu iria dormir na
casa da minha vovó, então poderia refletir sobre o acontecido. Quando cheguei à casa da vovó, fui
logo subindo ao quarto de hóspedes onde eu dormiria. Eu me joguei na cama e já fui procurando meu
celular. Nossa! Naquele momento realmente me senti em um filme, em uma daquelas cenas em que
a garota fica em dúvida se deve mandar mensagens ou não. Mandei um “oi”, ele rapidamente
respondeu. Acho que estava esperando o meu “oi”. Então conversamos por um longo tempo. Era
incrível, mas eu sentia a necessidade de ser sincera com ele; então disse o que pensava, disse que não
entendia o que havia acontecido, mas que tinha gostado, ele riu e disse que pensava o mesmo... Amor
na adolescência é algo tão puro, tão incrível... Não nos beijamos, era só uma vontade imensa de estar
junto. Chega a ser fofo!
Foi isso! Talvez não a história mais empolgante, mas foi simples, puro e inesquecível! Hoje,
somos aquela espécie de “namoradinhos”, por conta da idade sabe? Tudo no seu tempo. Mas eu
pressinto que vai dar certo! Já fazem 7 meses que estamos juntos, entendemo-nos tão bem! Tudo
graças a uma festa qualquer e uma almofada no lugar certo! As coisas acontecem quando precisam
acontecer...
211
AUTOR (A): MILENA SCHEFFLER ALLEBRANDT
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MI
Enclausurada
Eu estava presa,
Acorrentada pela solidão,
Vendada pelo medo,
Sem ter como fugir.
Pela janela, via o mundo,
Mas era tudo tão diferente,
Não tinha o mesmo tumulto.
Não dava pra sentir o abraço.
As lembranças de bons momentos
Passavam pela minha cabeça.
E os sentimentos bagunçavam
Minha mente.
O mundo estava sem cor.
A tristeza tomava conta.
Não havia mais esperança,
Nem o brilho no olhar.
Dentro de quatro paredes,
Dias e noites pareciam iguais.
Era preocupante.
O coração doía a cada momento,
Estava Enclausurada!
212
AUTOR (A): VICTOR WEISS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SENHOR PENSADOR
Pensamentos
Penso, penso e penso
Penso em um tema
Penso de modo intenso
Penso em um poema
Penso no que eu penso.
Penso, penso e repenso
Mas nunca entendo
Quando realmente eu não penso?
Penso em você que está lendo
Penso em mim que estou escrevendo
Penso em quem está partindo
Penso em quem está nascendo.
Penso, penso e penso
Penso a todo momento
Penso até dormindo!
Só não sei se é verdade
Tudo o que eu penso.
213
AUTOR (A): ALEXANDRE HENRIQUE GRIEBLER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ISSO FRED
O mundo em pandemia
É difícil escrever alguma coisa sobre o que estamos vivendo atualmente, é claro que já houve
outros momentos como este no passado, porém é a primeira vez em que eu passo por isso (e espero
ser a única).
Como é engraçado pensar como tudo isso surgiu, claro que ainda as hipóteses não são
confirmadas, mas comer morcego também não dá. Tanta comida boa que existe no mundo, para que
isso, esses morcegos vieram do mercado de Huanan, que também vendia frutos do mar e animais
vivos. A outra hipótese é que foi criado em laboratório para melhorar a economia do país e que seria
uma vacina contra o HIV, acho uma boa hipótese, tudo para não pensar nos morcegos.
Assim foi, seja culpa dos morcegos ou alguma vacina que deu errado, o vírus se espalhou muito
rapidamente, começou em dezembro de 2019 e já no dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial
da Saúde declarou o surto de pandemia por causa do Covid-19. Atualmente, os casos confirmados
chegam a 7.620.750 em mais de 188 países e o Brasil atinge mais de 830 mil casos.
Com quase três meses de quarentena, os brasileiros estão vivendo essa realidade como leva
todas as coisas, com humor. Na internet vemos quase todo dia memes sobre o Coronavírus e sobre
como estão as pessoas em quarentena. Claro que a brincadeira é válida, desde que todos tenham
consciência do que é esse vírus, que é uma pandemia. O mundo está lutando contra ele e devemos
seguir os mandamentos do Ministério da Saúde, ficar em casa e tomar todos os devidos cuidados,
passando álcool em gel e lavando bem as mãos.
Além disso, muitas pessoas devem pensar "ah, mas esse Corona não mata ninguém, é só uma
gripezinha, nem é tão perigoso assim". Realmente, muitas pessoas se curam facilmente dessa doença;
no entanto o grande problema está na facilidade com que o vírus se espalha, pois os hospitais não
estão preparados para o número elevado de pessoas que estão sendo infectadas diariamente, por isso
todo cuidado é necessário. Portanto, fique em casa, o Covid-19 não é brincadeira. Cuide-se. Proteja-
se.
214
AUTOR (A): EDUARDA LETICIA REIDEL
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ELA
Conectados com a saúde
Aulas chatas e repetitivas
Até começar a pandemia
Já são meses de distanciamento
Eu nem sabia o que dizia!
Reclamava de tudo
Da rotina, das amizades...
A nova vida online
Fez surgir apenas saudades.
Saudades de quase tudo
Saudades até do que não fazia
Nem tudo a tecnologia pode substituir
Vá-se embora pandemia!
Sempre há males que vêm para o bem
Toda experiência tem aprendizado
Saudades até do mais simples
E de quem tinha ao meu lado.
A pandemia ensinou
Cuidar mais da saúde e das amizades
Vá embora tudo de ruim
Desconecta essa saudade!
215
AUTOR (A): ESTHEFAN BORELLA CESA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: EU
A justiça e seu significado
A justiça detém-se a um significado?
Um ato?
Seria ela quem ditaria o seu destino?
Seria ela uma dádiva ou teria um significado obstinado em nossas vidas?
Seria um tesouro vindo das profundezas da alma?
Ou um resultado evolucionista?
No mundo,
Há justiça?
Não seria nele onde se encontra a discriminação?
A violência?
Não seria nesse mesmo mundo onde se encontra a justiça?
Hipocrisia e contradição.
Nesse mundo onde a vida é envenenada pelo remorso
A justiça incapaz
O mundo decaindo
Desfazendo-se em sangue de inocentes
E os detalhes mantiveram a sua decisão intacta.
Abra os olhos!
Perceba:
Os detalhes da vida são mensuráveis
Mas os seus significados são infinitos.
Nossas escolhas passadas
Mostram que somos atualmente
E o quão desprovido de justiça somos.
Então, o que é justiça?
216
AUTOR (A): FELIPE DALEMOLLE CENEDESE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: HEROBRINE E O RENEGADO
Morto
Morto não fala, nem respira,
Morto não vê, muito menos atira.
Se mexer com o que é meu,
Simplesmente sorria.
Morto não anda, muito menos corre,
Mas se você enxergar algum,
Simplesmente chore.
Mas se não puder chorar,
Saia sem olhar pra traz.
E simplesmente corre.
217
AUTOR (A): FELIPE STEFFEN WALTER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CANETA
Natureza
Na vida, tudo é difícil,
e requer dedicação.
Somos parte da natureza,
e na natureza.
Todos somos irmãos.
O amor é tudo na vida.
Não somos nada sem o amor.
O amor nos deixa
mais sociáveis e aceitáveis
do que nossa natureza permite.
218
AUTOR (A): GABRIEL PRESTES SPARREMBERGER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CRUYFF
Futebol
O menino pegou a bola,
saiu correndo que nem boleiro.
Chegou na área,
e driblou o zagueiro.
Depois olhou para frente,
e ficou para trás o zagueiro.
Chutou em arco,
sem chances para o goleiro.
A bola entra em arco,
e a rede balançou.
Depois disso a torcida,
seu nome gritou.
Ele já tinha cartão amarelo,
e foi comemorar no impulso.
Tirou o manto para prestigiar,
e da partida foi expulso.
219
AUTOR (A): GABRIELY KUNZ
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: PANDEMIA EM 2020
O ano de 2020
E o ano de 2020
Que tinha tudo para dar certo
E está sendo um fracasso.
Assim alguns diriam,
Eu chamo esse fracasso de aprendizado.
Estamos aprendendo
O valor de um abraço,
O valor de visitas,
O valor de amigos perto,
E o valor da família.
Estamos vendo a importância de um emprego,
A importância de um médico,
E o quanto nossa rotina faz falta.
Os estudos a distância no começo foram bons.
Hoje sentimos falta,
Falta de colegas,
Falta de professores,
Falta de provas e atividades.
Estamos vendo todos os dias milhares de mortes no mundo inteiro,
Famílias sofrendo pelas perdas.
Agora temos que nos enquadrar ao mundo
Usando máscaras, luvas, entre outros.
E eu me pergunto todos os dias
O porquê de tudo isso
Tão triste o que estamos vivendo,
O que vai nos restar se não for a morte,
Vão ser lembranças de algo ruim
Que 2020 teve que passar.
220
AUTOR (A): GUILHERME FRITZEN WERNER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MESTRE
Preservar nossas riquezas
O mundo, o nosso Planeta Terra,
Nossa maior riqueza
É nosso lugar, nossa casa,
Mas a tratam com impureza,
Não a preservando,
Só com ela acabando,
Destruindo nossa vida, o nosso lar.
Temos que ser menos egoístas
E no futuro também pensar,
Deixar um planeta limpo
Para nosso neto poder morar
E ser feliz como nós,
Para nossos descendentes
Um planeta saudável
Com pessoas conscientes.
Não vamos estragar nosso mundo
Vamos preservar a natureza
E ter lá no fundo
Um pouco de amor
Pela nossa vida,
E nela botar um pouco de cor
Plantar uma árvore ou uma flor
Seja o que for,
Venha fazer esse favor.
Eu te faço esse clamor,
Que tem muito valor.
Valorize sua vida,
Não desmate a natureza,
221
Faça o que é correto com clareza,
O mundo é uma beleza.
A nossa parte, vamos cumprir.
E assim, sem deixar qualquer impureza
O planeta Terra vai sorrir!
222
AUTOR (A): LEONARDO SPARRENBERGER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: FALCÃO
Covid-19
Por que você veio bem agora?
não precisava assustar
sabíamos que existia
e agora veio para ficar.
Um vírus ingrato
o que dizer de você
queremos a cura
e você quer nos adoecer.
Estamos atrás de vacinas
para acabar com a situação
se você não for embora agora
quando irá então?
Estamos em quarentena
esperando isto acabar
para retornarmos às aulas
e o ano retomar.
223
AUTOR (A): MURILO BARRICHELLO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: AUTOR DESCONHECIDO
Sentimentos
Ter sentimentos é algo confuso.
Você gosta, mas se machuca.
Machuca, mas depois gosta.
Você nunca vai ser feliz até compreender.
Que a vida só é feliz quando se aprende a sofrer, depois sorrindo, lembrando-se de tudo
aquilo que apenas serviu para fortalecer.
Tudo tem um propósito, nada vai ser em vão, sempre tem uma aprendizagem boa ou ruim.
224
AUTOR (A): PIETTRA SEGER DE ASSIS
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: NÓS
O filho
Um homem muito jovem
logo quis se mandar,
pediu sua herança
e para muito longe foi morar.
Esbanjando seu dinheiro
logo ele acabou,
a região estava sem comida
com fome ele ficou.
E quando nessa vida
dificuldades passou a encontrar,
voltou para os braços do pai
e com ele tentou se reconciliar.
Arrependeu-se profundamente
e percebeu o que tinha feito,
falou para seu pai que
não o chamar de filho era um direito.
Seu pai muito feliz ficou
acabara de ver,
o seu filho perdido
novamente aparecer.
Vendo a situação
com raiva seu irmão ficou,
ele não entendia
225
por que seu pai se alegrou.
Isso aconteceu porque a família
é o maior valor,
até quando o mundo acabar
juntos vamos continuar a lutar.
226
AUTOR (A): ROBERTA FISCHER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MENINA
Viver
Viver…
É um eterno cair e levantar
É arte
É recomeçar
É amor
É liberdade
É compartilhar momentos.
É felicidade, mas também tristeza
É paz, mas também caos.
Viver é sonhar, pois se não existirem sonhos,
Por que ainda está aqui?
Viver é um mistério
É todo dia uma nova surpresa
Uma nova experiência.
Viver é aprender com seus próprios erros
É evoluir cada dia mais
É começar uma nova etapa.
É muitas vezes estar sozinho
E ter que ser forte e dar a volta por cima
É dar valor para as coisas simples da vida
É aquele abraço
Estar com quem ama
Apreciar a natureza
227
É simplesmente... agradecer.
A vida é muita curta
para perder um segundo
faça hoje
dê o seu melhor hoje
sorria hoje
faça o bem hoje
Seja feliz… pois ninguém sabe o dia de amanhã.
228
AUTOR (A): UNCAS NIAN PROCÓPIO KNUPPE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: UK
Arco-íris
Diante de um azul, com inúmeras estrelas, sol e lua, tem-se um arco-íris
que se comparado com o céu é uma noiva sem véu.
Quando cai a noite, ele se esbanja e se esconde.
Na manhã com o sol com cor de mel o breu se esconde.
A luz penetra em uma gota de chuva, é onde você o encontra.
Cortando o céu de um lado até o outro, ele demonstra sua beleza.
Viram-se todos os olhos em sua direção, ele demonstra toda sua gratidão.
Brilhando mais forte ainda para fazer brilhar o olho da população.
Com a chuva caindo sobre o mundão, ele se mostra forte, mantendo sua posição.
Com o fim da chuva, vem também o fim do arco-íris.
Ele vai perdendo seu brilho, até que vê-lo seja impossível.
Com a reação da população cada vez com mais perdição
De não mais poder idolatrar o brilho, que de alegria enchia seu coração.
229
AUTOR (A): ALICE BOHNEN SEGATTO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: INCERTO
Roda-gigante
A vida nunca para
Você nunca sabe o que o espera
Nunca sabe quem você não irá ver mais
Quem entrará em sua vida
Ao mesmo tempo em que você conhece alguém, você pode perder outro.
A vida às vezes nos leva para outro lado
Damos meio volta e chegamos ao começo
A vida é uma roda-gigante
Nunca para, sempre gira para um lado ou outro
Ela é incerta.
Viva-a como você quiser
Siga olhando para frente
Você pode se perder, mas continue
Talvez há algo que está esperando você, se seguir,
Se der errado, pelo menos você tentou.
Tente ser você mesmo
Realize seus sonhos
Se encontrar uma pedra, passe ao redor dela
Se encontrar uma rosa, agregue-a com você
Se não se sentir bem, vá com calma, vá do seu jeito.
A vida é uma roda-gigante
Nunca se sabe o dia de amanhã
Nada é certo
Ninguém é perfeito e isso é normal
230
Vá como você quer, com seu tempo.
Curta os momentos com quem você ama
Ame-se, agradeça, cuide de você mesmo
Sempre terá tristezas, mas também alegrias
Não desista porque alguém falou algo
Continue e mostre para ela que você conseguiu.
E no final das contas
Nunca se esqueça
A vida é uma roda-gigante
E às vezes ela nos vira de cabeça.
231
AUTOR (A): AUGUSTO CAETANO LINHARES
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: S H I N I G A M I
Quarentena
Que tempo é este que estamos vivendo?
O tempo é perdido, de medo
Ou de simplesmente ir sobrevivendo.
Em casa dormindo, comendo e trabalhando
Ou simplesmente se atrapalhando
A rotina está às avessas.
O pai, o filho e a mãe sempre juntos
Coisa que nunca acontecia
Muitas vezes brigamos
Mas sempre nos reconciliamos.
232
AUTOR (A): BRENDA MACHADO FELDEN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ALGUÉM
Juntos!
Nasci em uma sociedade
Onde a igualdade é quase nula
Julgam-te por ser diferente
Insultam-te nas ruas.
Como se o que fôssemos por fora
Mudasse o que somos por dentro
Lutando por nossos direitos
Como se fosse uma perda de tempo.
Julgando todos
Somente pelo que parecem ser
Estamos aprendendo a nos defender
De quem deveria nos proteger.
Agressões físicas e mentais
O aumento de mortes é evidente
É esse país que eu quero?
Um lugar imprudente?
Na base da persistência e em busca de justiça
Jamais iremos desistir
Todos contra o preconceito
Juntos vamos conseguir!
233
AUTOR (A): BRUNA ISABELLY BONAPAZ DE SOUZA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: UMA MULHER QUALQUER
Ser mulher
A Mulher é considerada
como um objeto,
Passa de mão em mão pelos homens que
tocam, estupram, maltratam e abusam.
Ser mulher é ser corajosa,
é enfrentar os desafios,
é lutar, sem temer,
é ser destemida e corajosa,
para lutar pelos seus direitos.
Mulheres merecem respeito e igualdade!
Sororidade, amor próprio e aceitação!
Ser mulher é desafiador,
É lutar contra uma sociedade preconceituosa
e discriminadora, que não aceita o seu real valor!
Ser mulher é lidar com os assédios todos os dias!
Mulher não deve ser tratada como objeto!
Mulher deve ser tratada como uma rainha, dama,
ela sabe se cuidar sozinha sem a ajuda de ninguém.
A mulher deve ser respeitada,
assim como ela respeita o próximo.
Todos somos iguais,
devemos ter os mesmos direitos.
234
Somos iguais independente do sexo,
feminino ou masculino, mas...
O masculino é o que faz a dor,
E o feminino é o que fica calado e sofre.
235
AUTOR (A): EDUARDA BUSANELLO SPOHR
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: CHUVA
Um momento delicado
Muitas vezes é mais fácil desistir
Porque achamos que não iremos conseguir
Sem ao menos persistir
E acabamos a nos redimir
À tentação.
Às vezes chama mais atenção
E temos a sensação
De estar fazendo algo em vão.
Chorar
Não é motivo de se envergonhar.
Momentos tristes poderão se agravar
Mas podemos nos ajudar.
Sei que é fácil falar
O quanto é preciso sonhar
Mas devemos lembrar
O que nos fará voar.
Devemos sempre tentar
Algo novo para experimentar.
Ou com um texto opinar.
Tudo bem às vezes errar,
Não precisa se estressar
Porque isso só vai ensinar
O quanto é preciso para acertar.
As notícias virão
Acalma esse coração
Pois senão você pode perder a noção
E se estressar por tanta pressão.
O melhor é relaxar
236
Que tudo vai melhorar
Só é preciso acreditar
Para esse momento passar.
237
AUTOR (A): EDUARDO RUSTICK UHRY
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: DURUSTICK
O vento
O vento passa pelo mundo
Voando até meu rosto
Trazendo lembranças lindas
Que vivi e revivi.
Eu ando e vou sentindo
O vento soprando
E eu voando
nas estrelas viajando.
Assim vai indo
Até se repetindo
Indo e vindo
Num ciclo infinito.
238
AUTOR (A): ENOVER MACHADO TEIXEIRA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: TOMATE
Solidão
Emanuel era um menino que morava em uma pequena casa com seus pais e sua avó, eles
moravam em uma casa normal, não muito luxuosa. Seu pai trabalhava em uma empresa na cidade
vizinha e sua mãe era gerente de uma pequena loja na cidadezinha.
Emanuel estava no sétimo ano, jogava videogames, tinha seu grupo de amigos na escola e
tirava as melhores notas de sua turma. Ele era muito apegado a seu pai; toda sexta-feira quando seu
pai chegava do trabalho os dois saíam para fazer alguma coisa, seja jogar futebol ou tomar sorvete. O
pai de Emanuel era um exemplo para ele, ele não se via sem seu pai.
Certo dia, Emanuel notou que seu pai estava atrasado, parecia que ele não chegaria nunca em
casa. Após passarem duas horas das 18, horário em que o pai de Emanuel chegava em casa, a mãe de
Emanuel recebeu a notícia: o pai havia falecido. A família ficou devastada, Emanuel não sabia o que
faria sem seu pai.
Conforme o tempo passava, o mundo de Emanuel ficava mais escuro. Nem ele entendia os
outros, nem os outros o entendiam. Falavam seus amigos:
- Já se passaram meses e nós tentamos de tudo, o que deveríamos fazer?
Nada do que faziam melhorava a situação de Emanuel e, com o tempo, ele percebeu que não
era só seu pai quem ele havia perdido, toda a cidade havia desaparecido, o menino já nem ligava mais.
Ele não enxergava ninguém, fazia uma semana, até que ele subitamente encontrou uma mulher, Paula.
Paula tentou conversar com Emanuel, mas, em um primeiro momento, ele não deixava ela se
aproximar. Com o tempo ele aceitou a ajuda de Paula.
Paula e Emanuel conversaram por um mês e Emanuel finalmente voltou a enxergar o mundo
em sua volta. Sua mãe e sua avó estavam chorando de emoção ao ver que Emanuel conseguia perceber
a presença delas outra vez. Na escola, os amigos de Emanuel fizeram a maior festa após verem o amigo
curado e feliz de novo. Emanuel percebeu que não eram as pessoas que o haviam deixado e, sim, ele
que não conseguia vê-las mais. Emanuel estava sim passando por um péssimo momento e ele sua
família foram muito gratos por Paula ter feito seu trabalho da melhor maneira possível.
A partir dali, Emanuel viveu sua vida normalmente e passou a visitar o túmulo de seu pai todas
as sextas-feiras.
239
AUTOR (A): JOÃO HENRIQUE DE ALMEIDA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º
PSEUDÔNIMO: DIKE
2020
O ano está sendo difícil
Não podemos discordar
A aula virtual
É preciso frequentar.
Escrever as equações
Multiplicar e dividir
São algumas das coisas
Que eu faço por aqui.
Em português as orações
Sindética e assindética
Decorar preposições
E saber qual é a regra.
Educação física é complicado
Temos vídeos para fazer
A vergonha se manifesta
Mas eu não posso correr.
Máscaras, álcool gel
Todos temos que usar
Aprender e respeitar
Para a família abraçar.
240
AUTOR (A): JULIA BUBLITZ TIECHER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: SON OF THE MOON
A desconhecida
Pudera eu imaginar um dia
Que tanta beleza o destino me traria
Presa em um surreal corpo humano
Pelo qual qualquer um lutaria;
Beleza que age de imediato
Encanta-me com todo prazer
Enche de alegria minha alma
Limpa a tristeza do meu ser;
Mais brilhante que o sol
Mais suave que uma flor ao luar
Em contos e fábulas históricas
Mais bela que ela não há;
Nem mesmo os Românticos
Clássicos amantes da perfeição
Poderiam descrever tal figura
Que amo com meu coração.
241
AUTOR (A): JULIA CABRAL
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ANALUA
Flor do peito
A flor que nasce em cada um
Na dor ou no amor
Em cada um brota
Uma floresta de infinitas possibilidades.
Seja para
Vencer ou falhar
Só aceite!
Permita-se florescer
E assim talvez os espinhos sumam
Deixando seu jardim crescer.
Acredite!
No tempo certo, você vai florescer.
242
AUTOR (A): JULIA GUARDA LARA HOLZ
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ESPERANÇA
A epidemia
Ele é um vírus que veio para ficar, está matando muita gente e não conseguimos mais
aguentar, quando tudo isso vai acabar?
Usamos máscaras para nos proteger ficamos em casa para ele não nos achar e com tudo isso
as pessoas continuam a morrer, porém precisamos vencer.
E quando ele for embora, como iremos ficar?
Irá servir de lição, para toda população?
As pessoas que não estão se importando vão se infectar e tomara que Deus nos proteja e todos
consigamos nos salvar.
243
AUTOR (A): KAIKE ISRAEL FRITZEN
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ANÔNIMO
Sonho de futebol
Que esporte maravilhoso
Que jogo com meu corpo
Para driblar e chutar
Marcar com concentração.
Eu posso estar sem chuteira
Mas não importa nessa hora
E a quadra toda molhada
Não me faz ir embora.
É preciso criatividade
Sem contar na agilidade
Tem que ter capacidade
Superando a dificuldade.
Bom ou ruim pode jogar
Não precisa dar show
Pode errar ou acertar
Basta jogar com coração.
Não é por dieta, regime
É por simples diversão
Mas sonho em jogar
Profissional algum dia.
Quero mais é jogar
Sem meu medo de errar
Quero mais é acertar
244
Sem que haja um placar.
Seja vitória ou derrota
O que vale é a paixão
Pois sempre vale a pena
Para minha diversão.
245
AUTOR (A): KAMILLI REUTER DUTRA
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: KIM LIP
Saudades da escola
Antes dava tudo para ficar em casa
Mas, agora,
Não vejo a hora
De ir para a escola.
Ah! Que saudades!
Dos professores, do carinho e da atenção.
Da sala de artes,
Do chafariz,
Da bagunça com os colegas
O que antes era considerado
Estranho daria tudo para vivenciar.
Ficar longe dos amigos
É uma tristeza!
Saudades das tretas que rolavam
Que eram uma beleza.
Do restaurante e do bar
Também sinto falta
Lá faziam muitas gordices
Que até ficava sem ar
Que delicia!
246
AUTOR (A): LETÍCIA GABRIELA BARD
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: TATY A
Por que competições?
Por que competições?
Na escrita não há um melhor
Se escrita é singular
Não se deve comparar.
Por que competições?
Cada um deve escrever
O que quer dizer
E vocês não sabem escutar.
Por que competições?
Para sempre um ganhar
E todos interrogar
Por não saber no que falhou.
Por que competições?
Ninguém quer se comparar
De amigos perder ou ganhar
E assim todos os anos.
Não importa se é Conto, Crônica ou Poema
Não se deve comparar
Pois cada criação é única
Nesse concurso basta ter sorte e ganhar.
247
AUTOR (A): LUISA PLETSCH GUNTHER
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: BORBOLETA
Se as pessoas fossem estações...
As pessoas podem ser comparadas às estações do ano! Elas nascem, florescem e desaparecem.
Como primavera, verão e outono... elas não podem ficar eternamente! E o inverno, virá como
sempre... para congelar ou acender de vez.
Pessoas como primavera são metamórficas! Renascem e desabrocham junto com a flores...
tornam-se inesquecíveis. E o verão, o que falar das pessoas que incendeiam igual a essa estação?!
Alguns dias queimam, outros fazem chover... sempre intensas.
Outono são como pessoas que mudam após situações difíceis... transitam entre a alegria e a
tristeza!
O inverno, ah, o inverno! A mudança para o frio traz consigo desafios e diferentes humores…
Mas se acalmem!
Logo a primavera volta para ser inesquecível outra vez!
248
AUTOR (A): MARIA LUISA PINZON CANSSI
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: MALU
Não há sentido aqui
Vamos lá
Já vou deixar bem claro
Aqui nenhum sentido entrará
Ou talvez até entre
Mas lógica não terá.
Rimas até pode aqui achar
Mas perdidas com toda certeza estarão
Espalhadas e sem nexo algum
Partes rimando, e outras não
Ai meu deus
Que confusão.
Bem, tive uma ideia
Vou escrever coisas sem sentido
Em línguas aleatórias
Só para o coitado do leitor
Ter que ir para o Google
Usar o tradutor.
Apples are red
Les raisins sont violets
Bananer er gule
¿Quién dijo que soy un muggle?
Sicher verrückt, vielleicht Muggel
Winogrona są zielone
Appelsiner er appelsiner
249
Wacht even
Che mi sono perso
Tämän sekaannuksen keskellä
Melhor voltar ao português
Já acabei de falar coisas sem sentido
Sobre a criatividade
O vento veio
E ela levou
Para o mais longe que pode.
É assim que termina
No início perdição
Agora total confusão
Mas eu tentei contar
O próprio título já deu o aviso
Não há sentido aqui.
Também pensei que tinha acabado
Mas fiquei com pena
Do leitor, coitado
Bem, aqui vai a tradução
Das línguas aleatórias:
Maças são vermelhas
Uvas são roxas
Bananas são amarelas
Quem disse que eu sou trouxa?
Maluca com toda certeza, trouxa talvez.
Uvas são verdes
Laranjas são laranjas
Espere um minuto
Que eu me perdi
No meio dessa confusão.
250
Pensou mesmo que faria algum sentido?
Pois bem, agora sim posso acabar
Com minha frase preferida
Porque mesmo que você procure
Não há sentido aqui.
251
AUTOR (A): MILENA JOST BURTZLAFF
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: AQUELA QUE VOA COM OS PÁSSAROS
Ao ver de um pássaro
Se ela soubesse
Que eu a sinto
Que não está sozinha
Que não está perdida.
Ela canta
Sua voz carrega uma jornada
Melancólica
Vazia.
Ela dança
Seu corpo fala
Desperta
Liberta.
Se eu pudesse
Eu falava para ela
Que ela é minha
Que ela é vida.
É triste
Ela traz consigo
Toda a beleza
Toda a pureza.
Mas por dentro
Um lugar escuro
Cheio de incertezas
252
Um coração.
Ela voará comigo
Será liberta
Deixem-na voar
Libertem-na.
Eu a amo
Por que vocês não a amam?
Eu só quero o bem dela
Por que vocês a machucam?
253
AUTOR (A): MOISES ANDREI RETORE
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ABACATE
A casa
A casa era verde
Como as árvores
A casa era bela
Como os lagos.
Bela era a casa
Possuía janelas vermelhas
Como as rosas
As janelas eram belas
Como as paisagens.
A casa muito bela era
Possuía portas brancas
Como as plumas
As portas eram belas como as pazes.
A casa bela não é mais
Agora é acinzentada
Como as malícias
A casa bela não é.
254
AUTOR (A): PEDRO BOHNEN SEGATTO
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: ESCREVER NÃO É COMIGO
Poemas
A vida é um grande poema,
É uma canção sem verso e melodia,
POEMAS não é apenas rima,
É uma história de vida.
O poema é a liberdade da mente,
Pensando e escrevendo com seu coração,
É por meio das palavras,
Que um poeta expressa,
seus sentimentos.
Poema não é e nunca foi,
Apenas um amontoado de palavras,
Ela é a alma do poeta,
Escrita em papel.
Eu sou grato todos os dias,
Quando eu pude escrever,
Essas lindas palavras inventadas,
Que vocês agora estão lendo.
255
AUTOR (A): RAFAEL TISSOT FRUHLING
CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO
PSEUDÔNIMO: RAFITAS
Desenhar
Desenho para me distrair
Desenho para me sobressair
Assim, de repente
Quando estou sorridente
Desenho pela arte
Desenho pelo amor
Desenho porque é um hobby do qual sinto o sabor
Desenho não para ser notado
Nem copiado
Mas para ser amado
Por cada retrato
Por mim desenhado.
256
EDUARDA DALLAVECHIA 3º ANO – ENSINO MÉDIO
257
1º LUGAR CONTO
AUTOR(A): ANDRESSA COSTA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ALASKA
Era uma vez uma flor
O sol já havia invadido meu apartamento esta manhã, o dia estava lindo e eu só queria ficar na
cama; não me lembro de nada da noite passada, somente de pequenos flashbacks. A ressaca estava
me matando, mas combinei de sair com as garotas e passarmos o dia todo juntas; levantei da cama e
olhei a hora: 9h38min. Eu estava muito atrasada (normal); tirei a velha camisola cinza e coloquei meu
vestido azul rodado e meu All Star branco favorito, não havia mais tempo para ajeitar o cabelo e passar
uma make, saí o mais rápido possível.
9h57min. Eu estava presa no trânsito e provavelmente levaria mais de uma hora para chegar
à cafeteria; paguei o uber e comecei a correr desviando das pessoas na calçada, até que finalmente
cheguei. As garotas estavam encostadas nos carros e não me viram chegar.
- Ei! Desculpa o atraso, problemas no trânsito.
- Sem problemas, amiga, mas e aí, como que foi? – Ashley
- O quê?
- Ai, meu Deus, você não lembra? – Riley
- Alguém pode me explicar do que vocês estão falando?
- Você e o Caio! - Sidney
- Não acredito! Eu não me lembro de nada! (risos)
- O que é isso no seu braço? – Riley
- Não sei, provavelmente devo ter me batido em algum lugar.
Meu braço estava roxo e, além disso, eu estava com dor em todo o meu corpo, será que eu
havia bebido a ponto de cair e me machucar? Mas... eu e Caio Le Roux... Inacreditável! Caio Le Roux é
um dos garotos mais populares da universidade, qualquer menina faria de tudo para ficar com ele,
principalmente minhas amigas (risos).
Chegamos a Balneário Camboriú e fomos para o shopping; Ashley e Sidney teimaram que
precisavam urgentemente de roupas novas. Riley e eu fomos para a praça de alimentação e sentamos
em uma das mesas; eu me sentia tão cansada e Riley percebeu isso. Colocamos os assuntos em dia e
então eu tive um flashback que me deixou muito nervosa.
- Anne, você está bem?
258
- Não sei... Lembrei-me de algo, mas não consigo me lembrar de todos os detalhes; a
lembrança não estava nítida o bastante, aí não sai bem, estou confusa.
- Calma, amiga, respire fundo; fique aqui que vou chamar as meninas para irmos para
casa. Já volto.
Eu estava me sentindo estranha, de repente um milhão de sentimentos e emoções tomaram
conta de mim, e eu senti dor. Eu precisava sair dali, peguei o elevador mais próximo e desci, corri em
direção à praia, eu precisava ficar sozinha. Meu celular começou a tocar: Riley. Não atendi, apenas me
sentei na areia e senti a brisa do mar. Alguma coisa havia acontecido comigo, eu podia sentir... e aquela
dor, eu não conseguia me livrar dela e então todo meu corpo começou a doer e senti-me enjoada.
Procurei a farmácia mais próxima e, quando a moça foi me atender, eu apaguei.
Acordei em uma cama de hospital, vi médicos, enfermeiras, policiais passando várias e várias
vezes pelo corredor. O que estava acontecendo? Como eu cheguei aqui? Chamei uma das enfermeiras
e, pela sua expressão, nada disso era bom. Ela chamou um dos médicos e policiais entraram no quarto.
- Anne Daphné? 20 anos? Mora em Florianópolis? – Falou um dos policiais.
- Sim, sou eu mesma.
- Você sabe por que está aqui?
- Não...
- O que se lembra de ter feito ontem à noite?
- Não me lembro de nada, acordei muito cansada hoje de manhã e tive pequenos
flashbacks de quando eu estava em uma festa da universidade.
- Notou algo de diferente em você, além do cansaço pelo excesso de álcool?
- Minha amiga havia percebido marcas roxas nos meus braços, mas não me lembro de
ter me machucado em nada; pelo que eu me lembre e sei eu não tinha nenhum hematoma até ontem.
O policial terminou o interrogatório, que me deixou totalmente perdida e todos saíram, com
exceção da enfermeira de olhos castanhos mel que sentou na cadeira ao lado da minha cama. Ela
estava nervosa, então olhou para mim, respirou fundo e disse:
- Ontem à noite os policiais receberam uma denúncia anônima de alguém da
universidade, alegando que uma garota foi vítima de estupro durante a festa... Essa garota é você,
Anne.
Sem palavras. Sem reação. Não consigo acreditar, não pode ser verdade, se eu fosse a tal da
garota eu saberia.
- Eu sei como é esse sentimento, já passei por isso quando tinha a sua idade, mas por
mais doloroso que seja, você precisa se lembrar, quem foi a última pessoa com quem esteve ontem?
259
Caio Le Roux. Será que ele foi capaz de... Meu Deus. Vários flashbacks surgiram na minha
mente, as lembranças começaram a ficar nítidas e a verdade veio à tona: eu fui vítima de estupro, tive
meu corpo violado e senti aquela dor novamente, mas agora ela era mais forte e então eu gritei.
Um ano se passou, Caio Le Roux foi preso por abuso sexual, não só a mim, mas houve várias
denúncias depois que meu caso veio à tona. Recebi várias mensagens de apoio pelas redes sociais,
meninas que passaram pelo mesmo falaram comigo e ajudaram bastante. Mas eu não era a mesma
Anne, a minha vida havia mudado, aquela flor havia morrido, eu me senti vazia por muito tempo; com
minhas amigas ao meu lado, eu superei algumas coisas; mas os flashbacks à noite ainda não me deixam
dormir.
Se um dia eu superar, é porque eu não estou mais vazia e sim completa. Mas enquanto esse
dia não chegar, o choro e os gritos da madrugada ainda serão constantes.
260
2º LUGAR CONTO
AUTOR(A): ISABELA BOMBARDELLI CERESER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: SHANGHAI
Lembrança da noite anterior
Era um dia frio de outono, as folhas secas preenchiam as ruas vazias da cidade. Eu caminhava
sozinha à procura de algo que despertasse lembranças da noite anterior, que ainda se manifestava de
forma confusa em minha mente, com grandes lacunas. O vento gelado que tocava meu rosto suscitou
a primeira memória lúcida.
Lembro-me de estar em meu apartamento sozinha, envolvida por um volumoso roupão de
banho e bebendo certamente a garrafa de vinho mais cara que encontrara. Sinto que se tratava de
uma noite especial, mas ainda não recordava o porquê. Levanto para fechar a janela que dispersava
uma brisa fria e seca à sala e paro para admirar as luzes da cidade, o brilho das estrelas era ofuscado
pelo centro luminoso de Paris. Solto um suspiro profundo; a ansiedade tomava conta do meu ser.
Continuo caminhando pelas ruas, absorta em devaneios. Não compreendia o motivo pelo qual
minhas memórias estavam confusas, como se minha própria mente as houvesse ocultado. Chego ao
café mais próximo do meu prédio e peço um croissant e um café expresso. Nenhum atendente
responde ao meu pedido ou sequer se vira em minha direção. Sem entender, sento à mesa mais isolada
próxima à janela e, enquanto aguardo meu pedido, resolvo ler o jornal com as principais notícias do
dia. De relance, vejo um nome familiar, Louis Vaux, o que me leva a mais uma lembrança da noite
passada.
Após vestir-me de maneira elegante o suficiente para uma típica noite em Paris, recebo um
telefonema do porteiro do prédio alegando que o senhor Louis me aguardava na recepção. Recordo-
me da sensação ao escutar seu nome, um misto de euforia e felicidade que me dava calafrios. Eu desço
após alguns minutos e encontro-o sentado na recepção; vestia um terno xadrez italiano e sapatos que
seguramente pagariam alguns meses do meu aluguel; seu perfume amadeirado era o aroma
predominante no ambiente. Sei que se tratava de alguém desconhecido até o momento, mas também
alguém muito importante para os fatos que se sucederiam à noite.
Resolvo então ler a notícia que estampava seu nome na capa do jornal. O início do artigo
revirou meu estômago: “O milionário Louis Vaux é preso em flagrante na noite de sexta-feira...”.
Congelei. Começo a me questionar se realmente gostaria de relembrar tudo que havia acontecido na
noite anterior. Estávamos juntos, penso eu, será que foi minha culpa? O que fizemos? Por que só ele?
261
Eram muitas perguntas, cujas respostas, até então, eu não recordava. Respiro fundo e crio coragem
para continuar: “...ao atirar em uma jovem em local público. Evidências apontam que foi um crime
passional.”
Meus pensamentos se voltam novamente ao ocorrido. Lembro então de entrar no carro de
Louis e ser levada a um renomado restaurante da cidade. Ao chegar, vejo que temos companhia para
o jantar, um casal de amigos de Louis: Nora e Paul, que se mostram muito gentis ao longo da noite.
Recordo-me, finalmente, do que me levara a conhecê-lo. Havia baixado há alguns dias um aplicativo
de relacionamento por insistência das minhas amigas, que diziam que eu deveria parar de me
preocupar tanto com o trabalho e arrumar algum tempo para me divertir e conhecer pessoas novas;
foi então que o encontrei e começamos a conversar, ao passo que resolvemos marcar um encontro
para nos conhecermos melhor. Aparentemente, uma péssima ideia.
Percebo então que o meu pedido estava demorando para chegar, mas, como havia perdido a
fome após rememorar tantas informações impactantes, nem me preocupei. Segui a leitura sobre o
crime, que relatava que, após exames psicológicos, constatou-se que Louis apresentava indícios de
psicopatia. Eu estava atordoada. Como pude me envolver com alguém assim?
Após o jantar, continuamos conversando sobre assuntos diversos, até que Louis foi ao
banheiro. Eu estava encantada por ele, sentia-me muito bem com sua presença e de seus amigos.
Estava feliz por estar ali. Após algum tempo, Paul e Nora resolveram ir embora, diziam estar cansados
e agradeceram pela companhia. Finalmente, estávamos a sós. Louis se mostrava um homem muito
culto e interessante, mas me deixava um pouco desconfortável quando punha seu olhar fixo no meu;
era muito penetrante.
Cansada de esperar, resolvo pegar o jornal e deixar o café, sem causar nenhuma confusão.
Dirijo-me até uma praça pouco movimentada e sento em um banco vazio. Sentia-me invisível, como
se ninguém percebesse minha presença ali; contudo, aquilo não me entristecia, pois, nesse momento,
preferia estar só. Estava curiosa para descobrir onde Louis estava agora e, principalmente, quem era a
vítima, visto que, mesmo com todas as lembranças, ainda não conseguia recordar do restante.
Continuei lendo, entretanto, sentia-me cada vez mais ansiosa. Tudo que estava descrito ali eram
informações das quais já tinha conhecimento, sobre sua história de vida, família etc. Resolvi então
parar de ler e tentar descobrir por mim mesma a verdade sobre o que realmente ocorrera.
Novamente reflito sobre o que se passou na noite antecedente. Recordo que pedi para ir
embora, pois já estava ficando tarde. Louis, entretanto, começou a se mostrar insistente, pedindo-me
para que ficasse. Primeiramente, aceitei, mas conforme o tempo passava, ele se tornava mais
obsessivo e compulsivo, obrigando-me a permanecer ali, com ele. Eu estava nervosa, não entendia o
que estava acontecendo e o motivo dele estar assim. Lembro-me de que tentei fugir, e foi então que
tudo aconteceu.
262
Sugeri a ele que saíssemos do restaurante e fôssemos dar uma volta, admirar a cidade; após
ponderar sobre o assunto, ele aceitou. Senti uma imensa sensação de alívio. No caminho da mesa até
a porta do restaurante ele segurava meu braço discretamente e encarava-me com um olhar obcecado,
ainda que sem levantar suspeitas das pessoas ao redor. Eu sentia em minha nuca escorrer um suor
frio, repleto de medo e insegurança.
Conforme caminhávamos em direção ao carro, minha mente idealizava maneiras de escapar
dali. Eu sentia muito medo do que viria a acontecer. De súbito, quando cheguei ao meu limite,
desvinculei meu braço do dele rapidamente e corri em direção ao lugar mais movimentado que vi. Foi
então que senti uma dor imensurável em minhas costas e caí ao chão. Ele havia me dado um tiro.
Ao lembrar de tudo isso, levantei abruptamente do banco em que estava sentada e olhei em
minha volta. Eu era a garota baleada. Eu era o motivo pelo qual Louis havia sido preso.
Ainda assim, havia algo que não fazia sentido em minha cabeça. Como eu estava ali, se a última
lembrança que tenho da noite anterior é de cair ao chão? Pensava em mil possibilidades. Pelo menos,
o ocorrido no café agora fazia sentido, o sentimento de invisibilidade também. Eu não estava
realmente ali. Mas, então, eu ainda estou viva?
263
3º LUGAR CONTO
AUTOR(A): ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GAIA
Novo mundo
Aiden abriu lentamente os olhos, desorientado pela forte luz que incidia em seu quarto. Após
alguns segundos percebeu que não estava em seu quarto, mas sim em um ambiente completamente
diferente, um quarto de hospital com as janelas e luzes quebradas, sem qualquer sinal de outras
pessoas. A luz que o acordara vinha da janela, revelando no exterior um ambiente urbano onde a
natureza retomava seu lugar. Sem saber quando ou onde estava, Aiden decidiu levantar e explorar em
busca de informações; saindo de sua cama percebeu que não estava usando roupas comuns de
hospital, e sim uma espécie de uniforme com um número bordado na parte superior. No quarto não
havia qualquer mobília além da cama e de uma velha mesa no canto oposto, ao se aproximar percebeu
que havia alguns papéis no chão, mas estavam completamente destruídos, como se fossem bastante
antigos.
A porta do quarto levava a um longo corredor, onde era possível visualizar o que lhe parecia a
recepção. Andando, Aiden encontrou um receituário médico, em que a última data marcada era 28 de
março de 2022, o que causou grande estranhamento porque não tinha qualquer memória que pudesse
indicar quando fora a última vez que estivera acordado ou porque havia sido deixado sozinho nesse
lugar. Aiden dirigiu-se à recepção, encontrando mais um ambiente completamente vazio, com exceção
dos móveis antigos e da natureza que começava a tomar conta das paredes. Ele se dirigiu até a porta,
vendo pela primeira vez o exterior, caminhando para fora, via-se uma paisagem perturbadora: os
prédios, as ruas, os carros, tudo estava completamente intacto, à exceção das plantas, que pareciam
reclamar seu lugar, como se todas as coisas vivas tivessem simplesmente desaparecido.
Ao olhar para trás viu o prédio de onde saíra, no qual se lia “Centro de Pesquisa e Tecnologia
Global”, logo abaixo de um grande logo que lhe parecia muito familiar. Aiden decidiu seguir andando
por entre as construções, em busca de qualquer indicação do que acontecera, ou melhor ainda, de
outros seres humanos. Seguiu o caminho dos prédios por algum tempo, percebendo que todos eles
possuíam o mesmo logo, até mesmo os carros parados no meio da rua tinham essa insígnia.
Eventualmente encontrou um prédio que lhe parecia diferente dos demais; aproximando-se da
escadaria que levava à porta lia-se “Biblioteca e monumento em memória do passado”. Curioso,
264
empurrou as grandes portas, revelando um cômodo gigantesco, com altas estantes cheias de livros
nas paredes e diversas mesas com objetos no centro, como se fosse uma espécie de museu.
Uma mesa em especial chamou sua atenção; ao se aproximar viu um grande livro aberto com
o título “História da Humanidade”; intrigado, Aiden começou a lê-lo. A história começava com o
surgimento dos primeiros Homo Sapiens, passando pela descoberta do fogo, da agricultura, a
formação das grandes civilizações, a dispersão dos humanos pelos continentes, os grandes impérios e
conquistas, seguidos pela Idade Média e, mais tarde, a formação dos Estados Modernos, levando até
a era contemporânea. Seguindo, vinha o século XXI, mas Aiden procurava pelo ano de 2021, buscando
respostas sobre o que havia acontecido; o livro continuava no ano de 2020, quando o fim do mundo
contemporâneo ocorreu. Esse ano foi o ápice da inconsequência e ganância humana, passando por
tensões políticas, incêndios ambientais, a maior pandemia do século e grandes revoluções populares.
Em setembro desse mesmo ano a Terra atingiu seu limite, iniciando uma série de erupções
vulcânicas, terremotos e grandes maremotos que assolaram o planeta, devastando grande parte da
América, África e Europa. Os sobreviventes se agruparam e fundaram a “Sede de Esforços Globais para
Reconstrução e Preservação da Espécie Humana”, cujo símbolo era o logo que Aiden havia visto nos
prédios. As nações se uniram em um único lugar, construindo moradias, escolas e centros de pesquisa,
esperançosas de que uma segunda chance lhes havia sido dada, para evoluir e prosperar de um modo
consciente, sustentável e, acima de tudo, humano. O livro infelizmente acabava no início de 2021, com
a fundação dessa nova nação, sem qualquer indício do que aconteceu depois.
Frustrado, Aiden decidiu passar a noite por ali mesmo e continuar sua procura no dia seguinte,
quem sabe com mais sorte. Na manhã seguinte, depois de procurar sem sucesso por grande parte da
biblioteca, deparou-se com um relatório de pesquisa sobre vida artificial e semi artificial. Segundo a
pesquisa, os cientistas da Sede haviam descoberto o que gerava a consciência nos seres vivos e
pretendiam recriá-la em seres semi artificiais, nos quais o corpo seria revestido com um tecido
semelhante à pele, e os órgãos capazes de se auto sustentar indefinidamente, dando origem a seres
teoricamente imortais e plenamente conscientes, humanos. A página seguinte estava completamente
destruída, tornando impossível saber se o experimento havia sido bem-sucedido ou não, a única coisa
visível era uma frase, que dizia “experimento nº 1- data de realização- 25/03/2022”.
Depois dessa página destruída, o tema da pesquisa mudava, falando sobre uma nova forma
de energia que vibrava em ondas, mais potente do que qualquer outra forma de energia já descoberta.
A ideia era produzir essas ondas em uma espécie de sala que captaria essa frequência e transformaria-
a em energia, o grande problema é que essas ondas eram capazes de atravessar praticamente
qualquer material. A data de teste estava prevista para dia 28/03. Essa era a última data de que se
tinha registro, não podia ser apenas uma coincidência. Movido pelo desejo de compreender que tipo
de acontecimento poderia deixar apenas um sobrevivente, Aiden foi até o prédio indicado na pesquisa,
265
entrando em uma recepção idêntica à do prédio onde acordara. Seguindo pelos corredores, encontrou
uma sinalização indicando o laboratório principal, cuja porta estava aberta, dando espaço a um amplo
ambiente com uma divisão transparente estilhaçada no chão.
Nesse momento todas peças se juntaram para Aiden, o teste de energia dera completamente
errado, as paredes não foram capazes de conter as ondas, que, ao atravessarem os vidros, espalharam-
se atingindo todos os seres vivos em seu caminho. Devido a sua frequência capaz de atravessar até
mesmo concreto, a matéria viva não foi capaz de sobreviver, desintegrando-se por completo. Duas
coisas, porém, não faziam sentido, como as plantas haviam sobrevivido? E mais importante ainda,
como ele havia sobrevivido? Lembrava de ter lido sobre o efeito das ondas no sistema nervoso,
explicando o porquê de as plantas terem sobrevivido, mas não conseguia compreender porque ainda
estava vivo; confuso e desorientado, saiu correndo do laboratório, parando ofegante em frente a uma
porta de vidro; olhando profundamente para seu próprio reflexo, percebeu o número em sua blusa:
00125032022.
Uma mistura de sentimentos atingiu-o como uma bomba, Aiden era o primeiro experimento
de vida artificial, criado apenas alguns dias antes da destruição completa de todos os seres vivos. Viera-
lhe à memória o fato de não ter sentido fome ou frio desde que acordou, sobrevivera porque não era
humano; pelo menos não completamente, era apenas uma consciência humana em um corpo, se é
que podia chamar-se assim, uma estrutura artificial. Frustração, medo e desespero o atingiram, como
não percebera que não era humano? Todos os seres vivos haviam sido extintos? Estaria ele destinado
a viver para sempre sozinho neste planeta? Era muito para processar de uma vez só, não somente era
um experimento, como também era a última criatura com uma consciência na Terra.
Decidiu juntar algumas coisas que considerava importante em uma mochila e partir, não havia
nada que esse lugar pudesse lhe oferecer; a Terra é um grande planeta, em algum lugar alguém ou
alguma coisa pode ter sobrevivido. Aiden, determinado, deixou a Sede, sem olhar para trás, iniciou sua
jornada pelo que chamara de Novo Mundo, afinal de contas, tinha toda a eternidade.
266
RAFAELA ZWAN DA SILVA 2º ANO – ENSINO MÉDIO
267
1º LUGAR CRÔNICA
AUTOR(A): MARIA CAROLINA DIAS BINSFELD
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: MAR
Valor das coisas
A cada dia que passa surpreendemo-nos mais com a vida, como sabemos tão pouco em meio
a todo universo. Quando achamos que entendemos o caminho a se seguir, ele nos dá um nó e vemo-
nos perdidos e sozinhos. Ao invés de ficarmos espantados e sentados no sofá vendo quantas novas
mortes ocorreram, que possamos renascer em nós mesmos, que possamos ver a luz que há no meio
de tanta escuridão. Talvez é isso que toda essa situação quer nos mostrar: a luz que há dentro de cada
um e como pequenas coisas têm enorme valor.
Precisamos estar afastados fisicamente e muito unidos mentalmente para vencer este desafio
e lutar pela vida. Muitos valores e coisas simples são aclamadas, como gentileza, solidariedade,
empatia e amor ao próximo. Passamos muito tempo correndo contra o tempo para darmos conta de
todos os afazeres diários e esquecemos do principal: da nossa vida, da vida da nossa família. Isso ocorre
em famílias de classe alta e baixa, pessoas de todas as raças e etnias, de todos os países, dos mais
desenvolvidos aos mais precários.
Todos estávamos esquecendo do principal, do mais simples, de cuidar e dar valor ao nosso
tempo e à nossa vida. De repente todos começaram a agradecer e valorizar o que tinham, de repente
o mundo se uniu, de repente países “perfeitos” se viam em meio ao caos, pessoas se iam e um mar de
tristeza vinha... De repente não, isso ocorria todos os dias, cada dia um pouco, mas não percebíamos.
Por que é necessário que ocorra uma epidemia mundial para que percebamos princípios simples? Por
que é necessário que ocorra pânico em todo o mundo para que enxerguemos as pessoas com um olhar
mais calmo e doce, para que sentemos e conversemos com nossa família, com amigos distantes... por
quê?
O alerta vinha todos os dias, mas era sempre ignorado! Que a partir de hoje estejamos unidos,
que percebamos que o que realmente importa não é o tanto de dinheiro que se tem ou onde se vive
e sim o valor da sua vida, de sua família. Por que do que adianta ter todas as “maravilhas” materiais se
não se tem alegria e paz em seu próprio coração e lar? Que com toda essa crise possamos ver uma luz,
possamos agradecer pela nossa vida e renascer todos os dias em nós mesmos, com um olhar mais
calmo e cuidadoso perante os outros.
268
Isso é um alerta, um aprendizado para toda a humanidade. Não é só sobre mim ou você, é
sobre todos nós!
269
2º LUGAR CRÔNICA
AUTOR(A): VINÍCIUS DOS SANTOS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ROGERIO WATER
Inferno covid-19
Hoje, aqui conversando com meus botões, deu um clic ao me dar conta que nem no meu pior
pesadelo acreditaria que teria saudades de levantar às 6 horas da manhã para pegar o transporte e ir
à escola, isso é loucura... Mas estou com saudades sim... achando terrível levantar 7:50, ficar em casa,
sendo que antes dessa pandemia dia perfeito era quando não tinha que ir a lugar nenhum, ficar sem
fazer nada. Jamais pensei que sentiria saudade de ter dor nas pernas depois de um treino intenso, que
sentiria saudade de ter um trabalho de escola difícil para ser feito em grupo na casa de alguém.
Passar o dia trancado no quarto, falando literalmente com o celular e o notebook, que
passaram a ser meus companheiros, é pra ser uma coisa normal, mas isso está deixando todo mundo
louco, estressado. Coisas simples como um tererê na praça com os amigos se transformaram numa
miragem, nenhuma risada de algum fato doido na escola, nenhuma briga, nenhum jogo para apostar
quem é o melhor, nada...
Se antes a rotina era cansativa, pelo menos existia; agora é como se fosse todo dia igual, tanto
faz se tem chuva ou sol, não muda em nada ficar em casa; se é dia de semana ou final de semana, não
dá pra sair mesmo. Feriado ou não, nada muda, nenhuma novidade, nenhuma emoção nova, nenhuma
torcida, nada... só esperar o dia terminar para outro começar da mesma forma.
Em outros tempos, nessa época fazia contagem regressiva para esperar as férias, para
descansar, ficar de boa e sem compromisso; agora a única coisa que interessa é quando poderemos
voltar ao normal, retomar a tal rotina que antes parecia chata, mas que era a melhor coisa que a gente
tinha e não sabia.
270
3º LUGAR CRÔNICA
AUTOR(A): ANA CAROLINA MULLER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ALL
SAR
Aposto que, desde que os seres humanos começaram a formular ideias coerentes, existia
alguém insatisfeito. Alguém que não se satisfazia facilmente ou quase nunca. Aquela pessoa chata,
irritante, até ranzinza, que ficava emburrada sempre que algo não saía conforme o planejado; posso
quase assegurar que os maiores vilões da história eram ou são assim.
Atualmente o ato de reclamar é tão corriqueiro que chega a fazer parte do nosso caráter. Mal
nos damos por conta e já estamos desgostando de algo, falando mal, a cara se enrugando numa
careta... Exigir faz parte da nossa cultura; ter tudo na mais perfeita ordem.
Mas essa crônica não se refere aos perfeccionistas e sim àqueles têm de tudo e ainda
reclamam. Não tudo no sentido máximo da palavra, mas tudo no sentido de dispor condições para
viver, exatamente o que tantos não têm.
No momento em que escrevo, querido leitor, além de estar acontecendo uma terrível
pandemia, também há protestos e caminhadas contra o racismo que perpetua (in) conscientemente
nas entranhas da sociedade e que já tirou muitas vidas deste plano. E mesmo com tantas discussões
sérias a serem tratadas, ainda me surpreendo com o egoísmo natural do ser humano de ignorar o
mundo a sua volta e reclamar do EaD (Ensino a Distância).
Claro que não há muito que fazer para nós, jovens, além de participar de campanhas, assinar
petições, fazer doações e tentar conscientizar ao máximo as pessoas ao nosso redor; a não ser que
entendêssemos sobre o assunto e participássemos de pesquisas em laboratórios. É muito raro
encontrar uma pessoa que conheça seus privilégios e reconheça que não é o padrão e que,
principalmente, não há padrão.
A parte mais destacada desta história sempre foi ver o filho chorando para o papai que quer
tanto um iPad no seu aniversário, enquanto a que deveria ser mais conhecida ficava a poucos metros
dali, contando sobre um outro filho, esse sem pai, chorando por não ter o que comer.
Há tantas histórias precisando desesperadamente entrar em foco que acabamos nos perdendo
e damos voz às mais fáceis de serem contadas. É isso que você quer continuar fazendo?
271
GABRIELA VASCONCELLOS 1º ANO – ENSINO MÉDIO
272
1º LUGAR POEMAS
AUTOR(A): VITOR PETRY THIELE
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: JACINTO
A verdade
A verdade precisa ser contada
Aquilo que aconteceu
Não me diga que não foi nada!
E foi na dúvida que adormeceu.
O céu escureceu,
A lua no alto ascendeu
E às suas fraquezas cedeu.
Ao despertar, encontrou-se aliviado
Não passava de um sonho!
Era o que havia pensado.
Entretanto, com um olhar medonho,
Pôs-se a lembrar
Com sua cabeça a latejar
E os olhos lacrimejar.
Em meio a tortuosas lembranças
Viu-se numa estrada sem fim
E já sem esperanças
Conseguiu enxergar a verdade, enfim.
Mas havia algo de errado,
Para seu desagrado
Por essa situação já havia passado.
Após descobrir
O que por tanto tempo buscou
Decidiu os olhos abrir
273
E subitamente despertou.
A verdade precisa ser contada
Aquilo que aconteceu
Não me diga que não foi nada!
274
2º LUGAR POEMAS
AUTOR(A): FRANCIELI JANTSCH PEDÓ
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: BUTTERFLY
A dor do amor
A dor dói
A dor do amor
A dor do não amor
A dor da perda.
Por que dói tanto?
Por que dói tanto a dor do amor?
Dor do vazio?
Dor da solidão?
Ah, se ele soubesse
A dor do amor
Por que não me nota?
Por que me rejeita?
Dói meu amor, dói
Jogue-me em seus braços
Encha-me de beijos
Não deixe doer.
Não machuca meu coração
Pois ele é só seu, minha paixão
E dói vê-lo assim
Sem dar bola para mim.
Não me deixe ir
Não me deixe escapar
275
Eu quero ser sua, só sua
Mas não posso deixar de falar.
Você é minha única esperança
Para uma vida melhor
E se você partir
Eu vou ficar na pior.
Eu sei que exagerei
Mas sem meus “te amo”
Nunca correspondidos
A vida perde o sentido.
Você me traz vida
Você me deu tudo aquilo que nunca pedi
Você faz eu me sentir viva
Você me trouxe o amor que eu perdi.
“I love you”
“Je t'aime”
Já tentei de tudo
E você de nada notou.
Ilusão é amar
Sabendo que você não me ama
Mas eu o amo mesmo assim
Minha alma por você clama.
É complicado amar
Sem podê-lo tocar
Sonhar
Sem podê-lo abraçar.
Você deixou meu coração ferido
Morrendo de dor
276
Sei que não é fácil conviver comigo,
Por isso, entendo, meu amor.
Esse sentimento só causa dor
A dor do amor
Amar machuca
Machuca a alma, machuca o coração.
Você me causa dor, meu amor
Eu só quero vê-lo feliz
Sei que novos romances virão
Mas é só você que mora no meu coração.
277
3º LUGAR POEMAS
AUTOR(A): RAFAELA ZWAN DA SILVA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: FOREST
Dentro da caixa
Quando o mundo enlouqueceu
Todos foram para um lugar
Presos dentro da caixa
Começaram a pensar.
A saudade da voz humana
Situação tão singular
Sozinhos dentro da caixa
Começaram a pensar.
Para a memória solta
Música para lembrar
Barulho dentro da caixa
Começaram a pensar.
Com tantos meses imobilizados
Foi tempo de repensar
Juntos fora da caixa
Começaram a mudar.
278
AUTOR (A): ANA LARA DE OLIVEIRA DE PAULA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: OLIVIA
Relato para Pero Vaz
Saímos de Portugal
Sem rumo e sem direção,
Achamos uma terra
Com uma beleza sem igual.
Lá encontramos pessoas
Com costumes e crenças diferentes
Surgiram assustados
Com arcos e flechas na nossa frente.
Eram pardos e nós brancos
Estavam pelados e nós vestidos
Não tinham nada e nós tudo
Mas era esse nada que a gente queria.
Queríamos o ouro que eles tinham,
E especiarias trouxemos para trocar
Assim realizamos,
Uma das primeiras trocas comerciais.
Fomos com intuito do catolicismo doutrinar
Uma missa de Páscoa fizemos para rezar
A pregação começou, mas sequer prestou atenção
E de fundo a buzina tocou e ao som dela o índio dançou.
O rei de Portugal entendeu,
Que muito daquela cultura se absorveu
Sobre isso concordamos
Que o bem devemos plantar.
279
AUTOR (A): ANA LAURA ZIMMERMANN RIETH
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: SANDUÍCHE
Quanta coisa mudou
Pero Vaz chega então a uma terra desconhecida,
De primeira vista, desabitada...
Ou será que não...
Até então, ninguém tinha posto os pés ali,
Melhor dizendo, ninguém que não fosse daquela vasta terra nova.
Contudo, logo que chegaram, viram que não estavam sozinhos.
Humanos que não se importavam em andar nus,
E que tinham uma visão muito diferente do mundo...
Cada vez aquela nova terra se tornava mais fascinante.
Cada vez todos tinham mais vontade de desvendar os mistérios
que aquele lugar desconhecido guardava.
Ninguém fazia ideia de tudo que podia acontecer,
Tinha lugares belos a se conquistar,
Lutas a lutar....
Quanta morte, quanto sangue foi derramado...
E tudo isso por um vasto, mas simples pedaço de terra que já tinha donos,
Pessoas que viviam lá de geração em geração
Foram escravizadas, mortas e violentadas.
Naquele pequeno pedaço de mundo,
Que até então era um paraíso sem perigos...
E foi assim que o racismo começou.
280
Aqueles pobres negros tiveram que mudar a sua vida
Mudar a sua religião e também a sua língua
A vida que antes era simples e leve
Tornou-se pesada e complicada...
Quem diria que aquelas lindas embarcações
Com pessoas diferentes e bem vestidas,
Iam mudar completamente a vida
Daqueles pobres seres humanos,
Que não viam problema em andar nus,
Com ossos em suas bocas,
E que acreditavam que os deuses controlavam sua vida....
281
AUTOR (A): ANITA EDUARDA SCHOSSLER JOST
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: MINNIE DE ALEGRIA
A natureza e o homem
Onde está a natureza?
As matas, as flores coloridas?
Para onde foi tanta beleza?
Será que foram esquecidas?
Talvez, mas não é só isso não,
É o homem, com seu ingrato coração
Só pensa na fama e no dinheiro
Só sabe à vida dizer não.
Até age como um ladrão!
Um ladrão da vida
Um ladrão da paz
Por conta própria ele não faz
É um ser tão incapaz!
Tão incapaz que gera violência
Diz não à obediência
Não tem prudência
Nem um pouco de coerência
Só liga para a tendência
E não pensa na sobrevivência.
O homem tanto fala
Que é preciso preservar
Mas como querem dar exemplo a outros homens
Se a própria espécie já começam a matar?
Por que não dão um basta na poluição?
282
Por que não param de matar os animais?
Por que insistem que isso é coisa da vida?
Até quando estes seres mentirão?
Quanto tempo precisam para na real cair?
Quando o homem a natureza ajudará?
O melhor é logo começar a agir,
Ou tempo para viver não sobrará!
283
AUTOR (A): BETINA HERMES RITTER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: CRISTAL
Carta de Pero Vaz de Caminha
A caravela saiu de Portugal
Chegaram a uma terra,
Habitada por homens nus
Que seguravam arcos e flechas.
Assustados,
Não deixavam que chegassem muito perto,
Faziam sinais para se comunicarem
E chamavam atenção dos portugueses por serem tão desinibidos.
Aos poucos foram se amigando
E deixando os desconhecidos se aproximarem
Demonstravam que naquela terra havia ouro e prata
E costumes bem diferentes.
Com o tempo começaram a explorar aquela terra
Foram desbravar as florestas
Na busca de compreender melhor aquele local
E perceberam como ele era rico.
Sua intenção era fazer uma troca com os índios
Então ofereceram especiarias em troca do ouro
Dessa forma foi realizada,
A primeira troca entre esses dois povos tão diferentes.
Perceberam que essas pessoas
Não tinham religião
Então realizaram uma missa
284
Para doutriná-los.
Deram-se por conta que
O melhor fruto que poderiam retirar dela
Seria salvar aquelas pessoas e
Esta deveria ser a principal semente a ser lançada.
285
AUTOR (A): CAROLINA LOTTERMANN REIS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: RINGO STAR
A moça de amarelo
A vida é frágil demais para não viver
Fico a pensar como vou rebater o sono
Sem teu bom dia ao amanhecer
A vida é curta demais pra não perceber
Que sem tua risada e carisma tudo fica pesado.
É viver cada momento como se fosse único
Conhecer as coisas boas e aprender com elas
É tentar levar a vida…
Antes que seja tarde
Antes que não volte mais.
Você deixou um legado em nossos corações
Que sua partida não apaga
Que o conhecimento que aqui deixou não apaga
O carinho que aqui deixou não apaga
O cuidado não apaga.
286
AUTOR (A): ELISA DA SILVA FOLETTO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: STITCH
Inesperado
O mundo mudou rapidamente para todos
Uma pandemia se instaurou em todo o globo
E com isso veio um novo conceito de viver
Quarentena, a reclusão de indivíduos.
Vinte e quatro horas por dia em quatro paredes
Isso é inesperado
Mas é algo que ajuda a se redescobrir
Aprender novas maneiras de ser.
Descobrir novos talentos ou aperfeiçoá-los
Redecorar a casa, mudar o ambiente
E mudar a forma de ver o mundo
De começar a apreciar as pequenas coisas.
Quando iríamos imaginar sentir falta da escola
De acordar cedo, estar cheios de coisas para fazer
De todos dias ver nossos amigos
De abraçar, de tocar.
Nunca imaginei sentir falta do toque
E com esse distanciamento percebi que
Precisamos ser tocados por quem amamos
Bem como do ar que respiramos.
287
AUTOR (A): FRANCISCO CASSOL RAYMUNDO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: LINCO LAU
Uma joia chamada vida
A vida é uma joia
Joia que todos os seres vivos têm
Mas quando a pessoa é lambisgoia
Já dá pra ver o que vem.
Uma pessoa antipática parece que foi mordida por uma jiboia.
Às vezes quando um antipático está calmo, dá vontade de dizer “amém”
Outras coisas que a vida tem são as paranoias.
Mas às vezes as pessoas vão além
Ficam imaginando claraboias
Enquanto estão na escuridão do além.
288
AUTOR (A): GABRIEL SCHMITZ DA SILVEIRA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: 64BYTES
Belas riquezas
Viajando o mar profundo
No mar de longe acharam terra
Ao longe de tudo isso
Belíssimas donzelas de pele parda.
Parecidos e parecidas, diferentes
Parelhos à gente
Porém, diferentes
Havia maneiras de descobrir
Descer e aferir.
Viventes sem nada
Imigrantes carregando consigo a manada
Com esperança de reter
Todas riquezas guardadas.
De uma forma ou de outra
Contaram-nos das riquezas
Que ali procurávamos.
Aqui todos vivem despidos
Sem quaisquer vestimentas
Pintados e armados
Com perigo no plano.
Não dispõem valores materiais
Mas as fontes são úberes
Farto como o solo
289
Aqui portamos riqueza
Carecíamos de povoar este solo.
290
AUTOR (A): JOICE YASMIN STEVENS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ZÉ DAS COUVES
O fruto da terra nova
Nesta carta, descrevo à Vossa Alteza
O fruto de nossa navegação.
Esta terra, com certeza,
Será muito mais do que há de ter
Em nossa imaginação.
Na quarta-feira, avistamos terra!
Arvoredos, serras e montes.
O sol, já adentrando no horizonte,
E ainda, um pouco distantes
Dali, permanecemos naquela noite.
Amanhecia a quinta-feira, fizemos vela,
Da terra já não estávamos distantes.
Avistamos homens acudindo pela praia,
Quem diria, éramos um tanto semelhantes.
Pardos e bem-feitos
Andavam nus, sem nenhuma cobertura.
Era um povo de muita inocência
E de nossos interesses nem tomaram ciência!
O povo já nos mostrava confiança
Mas era um povo sem crenças
Sem interesses cristãos
Que horror! Mostramos indignação.
Temos de lhes propor uma salvação.
291
Tragam as cruzes, povo inocente.
Venham, apresento-lhes sua salvação.
E eles, sem a menor indignação,
Cravaram as cruzes no chão!
O dia da missa chegou.
O povo já conseguíamos catequisar
E aos poucos desta terra íamos tirar
O motivo pelo qual viemos.
Mas fique tranquilo, povo amigo,
Estamos salvando vocês do maior castigo!
Digo a você, Vossa Alteza,
Que um fruto já colhemos,
Salvamos essa gente do pecado.
Mas este é só o começo,
O melhor ainda colheremos!
292
AUTOR (A): JULIA BANDEIRA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: JULIETA
Caro Dom Manuel
Escrevo-lhe para contar da terra nova.
Aos 22 de abril
Chegamos ao monte Pascoal.
Coisa igual nunca se viu
Quando fomos ancorar.
Avistamos homens de bons corpos
Com arcos e fechas a carregar
E as suas vergonhas a mostrar.
Um deles, ao ver o colar do capitão,
A terra nova apontou com a mão.
Que há ouro lá ainda não posso afirmar,
Temos que explorar.
No domingo de Páscoa, ao amanhecer,
Capitão determinou missa na ilha
Depois de montar um altar.
Estiveram com prazer, todos a rezar.
Mais tarde, ao caminhar,
Descobrimos que aqui
Muita água há
Nesta terra, querendo, tudo dá.
Um lugar muito rico:
Árvores, frutos e animais têm cá.
Há muito para Vossa Alteza aproveitar
E muitas almas que podemos salvar.
Todos podem ser convertidos
Se assim Vossa Alteza desejar.
E é isso que nesta terra vi,
Beijo as mãos de Vossa Alteza,
293
Deste porto seguro,
Da já vossa ilha de Vera Cruz.
Hoje, sexta-feira
1º de maio de 1500.
294
AUTOR (A): KAIOHANA DAL FORNO SCHWINN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: MEDUSA
Nova terra
Depois de horas viajando,
finalmente acharam terra,
mas muito além disso,
várias mulheres belas.
Antes de descerem da navegação,
precisaram analisar o chão
e como tudo ali seria.
Mesma espécie, mas diferente,
será gente da gente
ou pessoa diferente?
Só haveria um jeito de saber,
descer e conhecer.
Estranharam nossa chegada,
nós de roupa arrumada,
eles apenas sem nada,
seria outra forma de viver.
Conforme os dias se passavam,
mais e mais nos socializamos
em busca de determinadas riquezas
e do que pudéssemos extrair daquele lugar.
Os índios em forma de sinais nos contaram
que embaixo daquela terra
havia o que procurávamos.
295
Aqui sigo escrevendo
detalhando cada coisa que vou vendo
cada pedaço dessa cultura tão diferente.
Aqui todos vivem nus,
armados e pintados
com uma religião diferente.
Aqui eles não têm bens como nós
mas os rios são fontes férteis,
assim como o solo,
aqui temos tudo o que queremos,
devíamos povoar essa terra.
296
AUTOR (A): LEONARDO DIEL MARMITT
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: FORGET
A grande navegação
Pero Vaz era um homem esperto,
Foi designado para reportar
A viagem visando um lugar incerto
Para o imperador a par ficar.
A viagem durou meses,
Muitas dificuldades para chegar,
Enquanto velejavam
Pensavam que encontrariam burgueses.
Quando chegou a sexta feira,
Mal podiam acreditar:
Estavam em terra firme,
Para uma nova história contar.
Quando das naus desceram,
Foram cercados por desconhecidos
Que em grande número compareceram
Para revistar aqueles novos tecidos.
Foram apelidados de índios,
Algo que até hoje permanece,
O que não permaneceu
Foi o respeito pela ingenuidade.
Os viajantes tinham segundas intenções.
Mas quem poderia defender os nativos
Se trocavam por tecidos e espelhos
297
Coisas que hoje são perfeições?
Os portugueses eram bons negociadores,
Logo viram o ouro e a prata,
Sentiam vergonha dos pudores,
Essa é uma parte que a história bem retrata.
Logo viraram amigos,
Festejavam e brincavam,
Pero Vaz anotava
E o imperador desinformado não ficava.
Encantaram-se com os índios,
Que agora estavam à vontade,
Aquele povo novo
Precisava voltar para a Majestade.
A viagem de volta se aproximava,
Dois representantes ficaram,
O imperador estimava
Que aquela terra seria colonizada.
298
AUTOR (A): LUISA SPILLARI SIEGLOCH
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ESTRELA NEGRA
Nova rotina
Deve ser perigoso
Deve ser assustador
O mundo inteiro lutando
Contra um vírus devastador.
Deve ser confuso
Crianças não vão à escola
Festas, baladas, jantas ou ir até o parque
Torna-se difícil pois não pode haver aglomeração.
O medo ronda
A angústia sufoca
O desespero toma conta
A insegurança machuca.
Quando voltará tudo a ser
Como era antes?
Perguntamos todos os dias,
Pois o corona cansa.
299
AUTOR (A): MARCOS HENRIQUE MOUSQUER DOS SANTOS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: UM APAIXONADO
A vida sem amor
A vida sem o amor é como um dia sem a luz.
É como um céu sem suas estrelas.
É como um simples vazio.
É como uma profunda tristeza.
A vida sem o amor
É como água que não mata a sede.
É como alimento que não mata a fome.
É inverno sem frio.
É primavera sem flores.
O amor, está em tudo
E necessita estar.
Ele é como oxigênio.
Sem ele
Não podemos respirar.
300
AUTOR (A): MARIA ANTÔNIA DALCIN CLASSMANN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ANA
A carta de Pero Vaz de Caminha
A partida de Belém aconteceu na segunda feira,
Às oito da manhã chegaram às ilhas Canárias.
Em busca de expansionismo, saíram os portugueses
Velejando pelo longo mar, observando a natureza.
No dia seguinte içaram as velas e seguiram a terra.
Mais tarde avistaram uns homens pela praia.
Lançaram os batéis e esquifes ao mar
E todos os capitães vieram para conversar.
Um vento forte sudeste acompanhado de muitas chuvas
Balançou suas naus fortemente.
Avistaram homens nus que eram muito diferentes
Possuíam a pele parda com bons rostos e narizes.
Os cabelos dos sujeitos eram lisos e raspados,
Uns deles possuíam uma cabeleira de penas amarelas
Sua cultura possuía muitos detalhes,
Com várias mulheres belas.
A terra é abundante de muitos bons ares,
Praias lindas e formosas,
Águas são muito infinitas
E por si muito graciosas.
Não sabemos se há na terra ouro ou prata
Ou algum fruto que se possa tirar.
O mais importante é salvar essa gente,
Isso Vossa Alteza deve lançar.
301
AUTOR (A): MATHEUS BAÚ CASAGRANDE
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: BOTIJÃO BLINDADO
A descoberta
Escrevo um pequeno resumo
Da carta de Pero Vaz,
Que um homem de muita importância
Uma bela carta faz.
Dia nove foi a partida.
Uma esperançosa despedida,
Os convocados despedindo-se de suas queridas,
Com a esperança de encontrar novas vidas.
Dia vinte dois foi a chegada.
Avistaram o grande litoral,
Um grande monte redondo
Que nomearam Monte Pascoal.
Logo após sua chegada,
Avistaram homens pintados até o pescoço,
Mas com algo estranho em sua bora,
Em seu beiço havia um buraco e dentro dele um osso.
Eram homens grandes e largos,
Sua cor de pele... pardos,
Enquanto viam aqueles barcos,
Seguravam com firmeza em suas mãos grandes arcos.
Estavam na praia largados
E se demonstravam preocupados.
Eram todos homens pardos e pintados
302
Todos inteiramente pelados.
Os primeiros contatos foram logo em seguida,
Lá se foram os portugueses de cabeça erguida,
Abaixaram suas armas em seguida
Impressionados com aqueles colares diferentes, cheios de vida.
Levaram-nos para o barco e lá festejaram,
Viram o colar de ouro do capitão,
Os portugueses logos suspeitaram
E comprovaram quando o índio apontou para ilha com a mão.
Os portugueses foram adiante e entraram na floresta.
A missão estava quase completa,
Visitaram os índios e suas ocas,
Que mais de trinta índios confortam.
Todos foram coletar madeira e formar uma grande cruz
Para rezar ao menino Jesus.
A missão foi completa sem tecnologia e mecanismos,
Antes de partir foi rezada a missa que implantou o Cristianismo.
303
AUTOR (A): STEPHANI WITCZAK DOMENIGHI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: MARIE CURIE
Conquista
A mulher era vista como inferior,
Não podia fazer o mesmo que eles,
Não possuía força, nem fervor.
Era somente escrava daqueles.
Era vista como um objeto insignificante.
Aproveitavam-se de seu corpo como queriam.
A culpa era da saia provocante
E se questionava, como bruxa a veriam.
Nem votar ela podia,
Eles tiraram seu direito de falar,
Apenas servia para cuidar da moradia,
E quando intervia, eles a iam calar.
Ela era tratada como incapaz,
Mas agora a força é sinônimo de feminilidade,
Será que as mulheres alcançaram a paz?
Ou esse “era” ainda é uma realidade?
304
AUTOR (A): THALES CARVALHO PETRY
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: TATAPETRY
Poemas da vida
Tem gente que pensa que POEMAS
é coisa que se faz com letras e versos.
Mas POEMAS não se faz com palavras, não.
POEMAS a gente escreve com a vida,
Com a alma e o coração.
Na POEMAS da vida, cada linha representa um sentimento
E cada letra, um suspiro.
É na POEMAS da vida
Que um homem encontra o melhor de si,
Conhece suas fraqueza e fortalezas,
Quando chora e quando ri.
305
AUTOR (A): VITOR HENRIQUE HAMMES
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: VÍTOR HAMMES
Pero Vaz de Caminha
Pero Vaz escreve uma carta,
Que avista novas plantas,
Que vê montes altos,
E nomes as descobertas dá.
Pero Vaz escreve uma carta,
Desembarca em terra desconhecida,
Conhece novos povos
Que fora do padrão estão.
Então, contato com os nativos eles tentam estabelecer,
Mas os nativos só uma coisa admiravam:
Seus objetos de ouro e prata
E com os navegantes pouco se importavam.
Então, uma missa para celebrar a chegada fizeram,
Padre começou a falar,
E os nativos se aproximaram,
Pelas celebrações demonstraram interesse.
Uma nova cultura o escritor e seus companheiros encontraram,
Ficaram surpresos com seus atos,
Ficaram surpresos com seus pensamentos.
Ao rei informarei:
Que terra rica!
Que terra cheia de beleza,
Terra cheia de águas,
306
Tudo poderia ser do vosso rei.
E por fim uma carta foi enviada
O rei a recebeu
E uma terra toda foi conquistada.
307
AUTOR (A): VITÓRIA DAL FORNO SMOLA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: BRASIL
Terra à vista
Com boa vontade
Vem este Capitão
Escrever a Vossa Alteza
Nova terra encontrou.
Ao andar léguas e léguas
Sinais de terra avistou
Muitas ervas compridas
Dado nome de Rabo-de-asno.
Afinal avistamos a terra!
Primeiro o nome Monte Pascoal
Depois Terra de Vera Cruz.
Muitos homens encontrados
Pardos, todos nus
Bons rostos e narizes bem feitos
Seus cabelos são lisos
Nas mãos arcos e setas.
Não fizeram nenhum gesto de cortesia
Mas olharam nossas vestimentas
Tudo era novo
Para aqueles que eram os donos.
Reparou no colar
Olhou o castiçal
Mostraram-lhes um papagaio
Deram-lhes comida
O rosário fez sinal que queria
Mas depois devolveu a quem lhe dera.
Se havia ouro ainda não sabíamos
Aquele povo puro
308
Amigo parece ser.
No domingo de Páscoa
Primeira missa realizada
E foi ouvida por todos
Com muito prazer e devoção.
Aos poucos confiança ganhamos dos índios
Lugar lindo e mágico encontramos, Vossa Alteza,
Comida boa também encontramos.
Povo dócil
Fácil de ser catequizado
Essa terra e suas águas
Infindas e graciosas
Enfim um paraíso terrestre!
309
AUTOR (A): YASMIM HELENA SEIDEL
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: BRISA
Descoberta ou não?
A navegar pelo oceano, de longe avistava
diversos botelhos.
Chegando-se mais perto, a Terra de Vera Cruz encontraram;
de longe se enxergava o Monte Pascoal.
Observar, ancorar, desembarcar;
nesta ilha desconhecida.
Nativos se encontram nela,
pardos de cor amarela.
Traziam consigo arcos e flechas;
nus, com suas vergonhas à mostra.
Prata, ouro e madeira,
por quinquilharias europeias queriam trocar.
Esquivos eram os indígenas,
em relação aos navegantes.
Tempo a passar,
começaram então a se amigar.
Indígenas de tal inocência,
não possuíam nenhuma crença.
Portugueses honravam sua religião;
por isso queriam ficar em comunhão.
Oriundos de um país católico,
uma missa seria realizada.
Europeus queriam assim catequizar,
para a semente do evangelho plantar.
310
AUTOR (A): ANA ÉRICA HERRMANN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ANNE JAMMES
Em chamas
E esse fogo todo?
Preciso protestar!
Tudo o que ele quer agora é queimar,
Arrebatado, a se alastrar.
Não é hora de lamentar e sim de ajudar!
Mais uma vez
Agimos com estupidez.
Os pássaros pararam de cantar,
Onde foram morar?
Os animais que tinham suas rotas
Hoje estão perdidos.
As árvores que queimaram
Precisamos replantar.
A floresta pede,
Vamos ajudar!
A queimada é como uma fornalha
Que se fomenta com o desamor
Vamos mudar!
Vamos amar!
311
AUTOR (A): AUGUSTO CORTESE ORTHMANN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: COQUINHA GELADA
Amizade
Não me importo se é verão ou se é inverno,
Não me importo se está quente ou frio,
O que realmente importa
É estar próximo de quem se gosta.
Tudo fica mais fácil estando com alguém,
Alguém que ajude a alegrar,
Alguém que ajude a acalmar,
Alguém que possa confortá-lo em seus piores momentos.
Uma verdadeira amizade é eterna
E uma falsa logo desmorona.
312
AUTOR (A): BRUNA NAYELE ECKHARD TKRONBAUER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: BILY
Conexão
Temos uma conexão
E ninguém pode mudar,
Nem mesmo o tempo poderá separar,
Uma conexão que ninguém pode explicar.
Almas conectadas pelo amor
Mesmo distantes se entendem,
Um sentimento sem começo,
Uma conexão de calor.
Conexão que transmite emoções,
Parecem várias estações,
Permite novas experiências,
Trazendo várias essências.
313
AUTOR (A): EMANUEL TOBIAS HOLSCHER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: FIO DE MIJECA
Primeiro amor
Não... Não é que a esqueci por completo,
Eu aprendi a viver sem alguém ao meu lado.
Sinceramente não sei como você está.
Não sei e nem quero saber.
Você me machucou demais, e você sabe disso.
Aprendi que não devo confiar nas pessoas cegamente,
Pois uma hora a realidade bate na sua porta e, poxa,
É a pior que alguém pode sentir.
Você foi meu primeiro amor,
Pois foi o primeiro em quem eu pude confiar até certo ponto...
Eu não quero ver ninguém mal
Apesar da dor que você e outras pessoas causaram no meu psicológico.
Eu sou um humano que só deseja o bem...
Sei que sou uma pessoa difícil e teimosa,
Todos sabem disso, mas é meu jeito.
Eu não fui o suficiente pra mim
Porque para você eu fui suficiente demais.
Eu me arrependo de ter dado meu amor
A alguém que não sabia amar
Como eu a amava.
Eu pretendo compartilhar meu poema,
Com amigos queridos que precisam saber
Que nem tudo é perfeito.
Não sou a vítima,
Mas também não sou a que afundou este navio.
314
AUTOR (A): ENZO HENRIQUE ZIRBES
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: EL BIABLO
O amor
Assim como a lua
Que brilha à noite e guia o caminho,
Assim como a música
Que pode ser cantada por qualquer um,
Assim como o céu
Que é azul como água,
Assim como a água
Que é azul como o céu,
Assim como a semente
Que só nasce em terra,
Assim que é a natureza
Bela como nós,
Não existe amor sem mim,
Não existo sem você!
315
AUTOR (A): GABRIELA VASCONCELLOS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ATENA
Movimentos contemporâneos
Em um palco escuro, com as sombras das luzes, no silêncio esperando a música começar, com
todo o calor do momento, os jovens dançarinos felizes e ao mesmo tempo nervosos, em cima daquele
palco, prontos para se apresentar.
E no instante em que a música toca, os jovens começam a dançar sorridentes, sentindo o
momento, a música em seu peito. Com o medo tomando seu corpo, aquele medo de errar, e todas
aquelas pessoas do auditório olharem para você e até mesmo os avaliadores cochicharem, pois você
errou e deu para perceber.
A dança fazendo todo aquele povo sentir a música junto, os movimentos do corpo dos
bailarinos que se espalhavam por todos os cantos do palco, com emoção, paixão, alegria e com aquele
nervosismo tomado pelos jovens que o público conseguia sentir claramente.
As meninas felizes e delicadas faziam passos leves e contemporâneos; já os garotos, uma coisa
mais formada, pesada e elaborada, os movimentos eram juntos, mas ao mesmo tempo, opostos, mas
que se encaixavam perfeitamente. Os passos da coreografia eram totalmente ligados com o tema, com
o que queriam expressar.
O auditório inteiro sorrindo e aplaudindo para o grupo, cheios de câmeras e flashes gravando
e fotografando aquele belo momento que será inesquecível para todos.
Dançando várias e várias vezes e vestindo-se nos camarins por trás do palco; os dançarinos
cansados agradecem e recebem aquele afeto bom, uma sensação boa de estarem sendo observados
e adorados por todas aquelas pessoas. E, naquele momento, para eles parecia que não existia chão,
nem paredes, nem nada, tudo maravilhoso e emocionante e todo o nervosismo acaba e a alegria
juntamente com cansaço vem tomando força, dentro de cada um.
316
AUTOR (A): HENRIQUE BASSO GUNTHER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GRANDE POETA
O menino de rua
Havia um menino de rua,
ele adorava jogar bola,
mesmo que às vezes tropeçava no quebra-mola.
Seu pai era doutor
e seu filho sonhava em ser jogador
por toda sua habilidade.
Seus dribles eram tão fabulosos
que deixava os adversários assustados,
passando de todos alvos.
317
AUTOR (A): JOANA BLEDOFF TORMES
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: LUA
Confusão
Vivemos em uma alucinação coletiva permanente.
Será que algum dia vamos nos encontrar?
Isso é possível?
Essas indagações não saem da minha mente.
Esconda,
Não mostre,
Finja,
Todos dizem.
Eu sou diferente?
Devo me importar?
Devo contar?
Ou apenas ignorar?
Ninguém consegue responder,
São tantas dúvidas,
Medos,
Angústias.
Nosso maior inimigo
Somos nós.
Temos medo
De nos descobrir.
É melhor ignorar,
Deixar transparecer,
Ocultar
318
E esconder.
Não lutar,
Simplesmente se encaixar,
Mais confortável,
Menos desgastante.
Perdemos nossas identidades facilmente,
Inacreditável.
Vale a pena?
É insignificante.
Se olharmos com atenção,
Percebemos que ninguém é culpado
E sim vítima
De si mesmo.
319
AUTOR(A): JOAO PEDRO PIERI DE QUADROS SANDRI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: FEXHOY
O medo
Muitas vezes o medo faz de nós seres covardes. Existem vários tipos de medo, porém o
medo de errar é o pior de todos. O melhor jeito de aprender é errando, você vê o que errou para que
da próxima vez faça diferente. Errar uma vez é humano, porém errar duas vezes é burrice. O medo é
perigoso, porém nos ajuda a ter senso. Excesso de coragem também pode ser considerado burrice,
inteligente é aquele que não corre riscos à toa, quase o oposto de alguém corajoso. O ser humano é
frágil, mas só sobreviveu na natureza até hoje porque teve medo, medo do desconhecido, medo do
maior, mas nunca teve medo de errar e evoluir com esses erros. Essa é a fórmula do sucesso, nunca
ter medo de errar.
320
AUTOR (A): JULIA KARAS MARTINI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: AURORA
O preconceito
Nosso mundo é cheio preconceito
Seja por sua raça, religião,
Classe social e educação.
As pessoas generalizam e têm hábito de julgar
Um fato ou uma situação.
Devemos parar com isso,
Pois todos queremos
Um mundo com respeito
Onde não exista preconceito.
Negro, branco, homem, mulher,
Somos todos gente
Não importa o diferente
Ninguém é perfeito.
Todos temos defeitos,
Devemos saber lidar
Com o assunto preconceito,
Quem o pratica não tem respeito.
321
AUTOR (A): JULIA MONIQUE ALBRECHT ERTHAL
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GATO RISONHO
Ele existe?
Oh Deus, por que existis, se não Vos apresentais,
por que existis, se não nos mostrais o Vosso poder,
por que existis, se não dissestes quem sois,
por que existis, se não fizestes um milagre diante dos olhos do Vosso povo?
A Vossa gente está descrédula da Vossa existência.
Confesso que eu também estou a desistir da crença,
Oh Senhor, nesses últimos tempos, não tendes me ajudado muito,
a minha mulher, Anastácia, morreu de varíola,
a minha filha, Morgana, preferiu fugir com seu marido a viver comigo,
todos os meus irmãos e irmãs não falam mais comigo,
tantas tragédias em minha vida, e nenhuma vez, oh Senhor, ajudastes.
Não creio mais em Vossa existência,
não creio em Vossos milagres,
não creio mais em Vós e agora
tenho certeza de que Vos odeio.
Disse o tolo: como odiar alguém que não existe?
322
AUTOR (A): LAURA ELYRA PIRES ZIEBERT
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: JULIANA
Família
Família é sinônimo de alegria, amor.
Alegria que contagia, que possibilita novos sentimentos,
Sentimentos de muito clamor,
Clamor por novos rumos.
Cada família tem seu modo de viver,
De ser, de agir, de conviver.
Nesses laços de convivência,
Crescer e amadurecer...
A família é o nosso lar
Em quem podemos confiar.
Sempre uma alegria estando ao lado dela,
Uma felicidade, uma dificuldade que surge,
Uma emoção inexplicável.
Sem a família não somos nada,
É com ela que nos tornamos mais encorajados.
Nossa dignidade, nosso caráter
Fortalece se estamos nela apoiados.
323
AUTOR (A): LAURA KONZEN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: MEDUSA
Tecnologia
A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica-
Informacional, ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, quando novas tecnologias foram sendo
implantadas no campo da ciência, favorecendo as diversas áreas de conhecimento. Em contrapartida,
emergem também algumas problemáticas ligadas aos avanços, como transtornos psicológicos,
decorrentes da nomofobia e, por outro lado, a democratização do conhecimento.
Primeiramente, deve-se ressaltar os transtornos psicológicos que vêm aumentando
gradativamente com o uso das redes sociais; entre eles destacam-se ansiedade, depressão,
esquizofrenia, entre outros. O mau uso desses meios também pode gerar casos de bullying, que é um
dos problemas mais enfrentados nas escolas.
O compartilhamento de imagem pelo Instagram ou Facebook impacta negativamente no sono,
a autoimagem aumenta o medo da população de ficar por fora de acontecimentos, causando
facilmente a depressão. Com isso, devemos ajudar e conscientizar as pessoas com nomofobia para que
aos poucos possam largar o vício.
Dessa forma, a falta de diálogo sobre o tema pode ser um dos motivos pelo qual o número de
pessoas com transtornos e nomofobia só aumenta; com ajuda, podemos minimizar esses problemas e
tornar as redes sociais mais adequadas em relação à saúde.
324
AUTOR (A): LOUISE LASTA KLATT
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: DÉIA
Momentos difíceis
Ninguém espera
Mas acontecem
Momentos de tristeza,
Angústia no coração.
Retrospectiva em nossa cabeça,
Momentos bons ainda existirão.
A saudade é inevitável,
Não há como voltar atrás.
Ninguém esquece,
Mas sim supera.
Ninguém entende como é essa dor.
Nunca mais poder vê- lo.
Dói no coração
Perder alguém que ama tanto
Não tem explicação.
325
AUTOR (A): LUCAS ANTONIO LANZANOVA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GALACTUS
A vida
Sem mesmo ter permitido,
A vida nos prega peça.
Tudo vai perdendo o sentido
E o tempo passa depressa.
Outro dia ainda era uma criança
Sem planos, largado ao vento.
Agora rotina e cobrança
Tendo que correr pra vencer o tempo.
A semana parece curta,
As folgas cada vez mais raras,
Falta imaginação para vencer essa luta,
E as opções cada vez mais caras.
Agora tudo parece confuso,
Sei bem que não é só dever,
A cabeça aperta feito parafuso,
Mas em breve uma solução vai haver.
326
AUTOR (A): MATHEUS ALI MELLO ASSAD
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: TSUK
Na solidão do meu quarto
No céu, as estrelas brilham;
Na noite, a chuva cai;
Uma dor no meu peito,
Saudade de você de dentro de mim não sai.
Na solidão do meu quarto,
Meu peito grita por ela;
Mas se ela não me quer, eu parto,
Ainda sentindo saudades dela.
Já me conformei que não dá;
Já me conformei que não terei seu amor;
Seguindo em frente
Nessa vida de muita dor.
Segui minha vida adiante,
Já não sei se sinto amor;
Fazendo versos em um dia de sol radiante,
Mas que para mim já não tem cor.
327
AUTOR (A): RICARDO BASSO GUNTHER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: QUARENTENA CANSATIVA
Somos humanos
Um período de superação
Em que não se pode estender a mão.
O vírus não para,
Por isso vale a prevenção.
A vida de todos é valiosa,
Então não deixe esse cuidado se restringir só a nossa.
Esse momento serve como uma lição
E precisamos aproveitar cada segundo
E não deixá-los irem em vão.
Essa minúscula ameaça não pode nos atingir de forma negativa,
Porque a nossa grandeza não nos deixa viver a vida.
Somos fortes e vamos superar,
Independente dos problemas que vamos enfrentar
Porque somos humanos!
328
AUTOR (A): SAMARA CAROLINE RIFFEL MARTINS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: Luz do Luar
Na hora do consolo
Tão complexa e ao mesmo tempo tão simples,
passa momentos felizes e também tristes.
Amizade não se pede e muito menos se compra,
mas sim conquista e enfim aperfeiçoa.
Ter um amigo por perto deixa-nos realizados,
ainda mais se for aquele que estará para sempre ao seu lado.
A amizade é como uma planta, deve ser cultivada,
pois quando vinda de apenas um lado pode ser acabada.
Muitos erros são cometidos, mas não se deixe abalar,
se a amizade for verdadeira, irá superar.
Valorizado deve ser aquele que o apoia até o fim,
pois ele permanecerá em conquistas e até em algum momento ruim.
Privilegiado é você, se tem um ombro para chorar,
saiba que é neste que você pode confiar.
Amigo não se importa se você desabar,
pois estará ali para consolar.
Então, pense bem, é melhor sofrer em conjunto,
ou ser infeliz e sozinho?
329
AUTOR (A): TAINÁ EDUARDA LEONARCZYK
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: Eduarda Dal Berto
Pandemia
Estamos vivendo em um mundo
Onde tudo nos foi tirado.
Sair com família e amigos
Tornou-se algo complicado.
Viver uma pandemia não é fácil,
Sentimos saudades da vida de antes.
De sair de casa sem máscara,
De trabalhar, estudar e juntar...
Estamos enfrentando muitas perdas,
Às quais nem conseguimos acompanhar.
Hospitais sempre lotados com novos casos,
Famílias, amigos e pessoas que amamos a nos deixar.
Mas sabemos que teremos solução,
Ficar em casa, proteger-se e lavar a mão.
Basta agir de forma correta e ter paciência
Para podermos nos ver e aquecer o coração.
330
AUTOR (A): VANESSA ROBERTA WILLERS ZAVASKI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: PERSÉFONE
Dona de si
Ela é rara, é incomum,
Não quer saber de mais nada,
Quer sair e divertir-se,
Farrear e curtir.
É extraordinária,
É guerreira,
É indecifrável,
É inexplicável.
Faz com que suas vontades
Tornem-se sonhos e realidades.
Ousa e aposta
Sem medo, mesmo indisposta.
Sua felicidade contagia,
Sua essência nos inspira,
Luta pelos seus direitos,
com bravura encontra um jeito!
Ela é dona de si!
331
AUTOR (A): VANESSA VANDERLEIA DOS SANTOS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: VIOLETTA
Moreno
Moreno, lindo Moreno,
Sua cor me deixa assombrada,
Sua pele queimada
Que traz muito ardor.
Moreno cheio de encantos,
Quem me dera ser Moreno,
Para contigo lutar,
Moreno, lindo Moreno.
Seus olhos trazem encanto,
Procuro-o canto a canto,
Pois um dia vou encontrá-lo,
Cheio de encanto quero contemplar.
Moreno que da África trouxeram,
Pensaram em escravizar,
Mas veio a lei Áurea para libertar,
Moreno, lindo Moreno.
Por que chora tanto assim,
Suas lágrimas umedecem
O chão do nosso Brasil
Com o céu cor de anil.
332
AUTOR (A): BERNARDO LORENSET BENEDETTI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ANZHELIM ZDES
Uma noite de guerra
A noite vem rastejando, a escuridão se levanta.
Seguido a isso vem o silêncio.
É quando eu penso:
Nós estamos bem.
É quando eu penso:
Isso pode mudar de repente.
O silêncio desaparece, ouço um alarme.
Está batendo forte no bairro, alguém perdeu um filho.
É quando eu penso:
Quem fez o errado?
É quando eu penso:
O mundo se torna tão vazio.
Mais tarde, fica quieto novamente.
Mas algo está errado e eu me sinto sufocado.
É quando eu penso:
O que fizemos de errado?
É quando eu penso:
Como o amor ao ódio se formou?
Eu fico perplexo,
Por que as bombas estão caindo?
Mais cedo eu estava com ela,
Agora ela é cinzas.
É por assim que eu fico,
Sozinho e pensando: por que isso está acontecendo?
333
Sou só eu,
Ou o grito alarmante é da natureza?
É assim minha mente,
Elas são cinzas e nós somos cadáveres,
É assim que eu penso:
As bombas estão caindo.
334
AUTOR (A): BIBIANA PEREZ CARVALHO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: NO IDEA
Os instantes
Guardados em pensamentos
Passam despercebidos
Como o movimento do vento.
Alguns nos fazem sorrir,
Outros nos fazem sofrer,
Mas qual o sentido dos instantes
Se não os sentimentos que nos fazem ter?
São lembranças que não voltarão,
Que nunca se apagarão
No meio da imensidão
Do nosso coração.
335
AUTOR (A): CHRISTIAN ECKERT SCHNEIDER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ALEMÃO
O pão e a faca
Você é o pão e a faca,
O cálice e o vinho.
Você é o girassol na grama da manhã
E a roda ardente do sol.
Você é o avental branco do padeiro
E os pássaros do pântano que de repente voam.
No entanto, você não é o vento no pomar,
As maçãs no balcão,
Ou o castelo de cartas.
E você certamente não é o ar com cheiro de pinheiro.
Não há como você ser o ar com cheiro de pinho.
É possível que você seja o peixe embaixo da ponte,
talvez até a boina na cabeça do general,
mas você não está nem perto
para ser o campo de flores ao entardecer.
Eu sou a lua nas árvores
A xícara de chá da mulher trabalhadora.
Mas não se preocupe, eu não sou o pão e a faca.
Você ainda é o pão e a faca,
Você sempre será o pão e a faca.
336
AUTOR (A): DAIANE TERESINHA WIEBBELLING DA SILVA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: SUA NETA
Sinto sua falta
Hoje faz exatas 14 semanas que te perdi.
A ficha não cai, a cabeça dói.
Não poder mais ver teu sorriso todo findi.
Não ouvir falar sobre boi.
Queria ter curtido mais nossos últimos momentos,
Ter dito mais uma vez o quanto te amo.
São tantos sentimentos,
Isso tudo é muito novo.
Não sei se um dia vou conseguir entender,
Foi tão rápido tão de repente.
Como não vi antes, como deixei acontecer?
A saudade só aumenta gradativamente.
Obrigado por fazer parte da minha vida.
Sinto tua falta e esta nunca vai passar.
Saiba que tua história foi linda
E o que aprendi contigo vou repassar.
337
AUTOR (A): ERIC RAFAEL WEIMER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: BATMAZINHO
Os amigos
Amigos dessa jornada
Percorrem essa linda estrada
Cada um da sua maneira.
Fomos desafiados a crescer
Para libertar o nosso ser
Das amarras do passado.
Vencemos,
Crescemos
E vivemos momentos inesquecíveis.
Dias muitos intensos
Que jamais se apagarão
De nossos corações.
Cada um continuará a sua jornada
E quem sabe na próxima estrada
Possamos nos reencontrar.
338
AUTOR (A): FELIPE FRANKE HERBERTS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: CRAZY
Foguete sem rumo
Nos céus a voar,
Procurando um rumo,
Mas sem poder se orientar.
O foguete sai a voar,
Mas novamente sem rumo a tomar,
Somente no céu
Ele pode habitar.
O combustível um dia acabará,
E a Terra ele irá encontrar
Onde, por fim, um rumo terá.
339
AUTOR (A): HENRIQUE DE MARTINI MUNHOZ
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: HENRY MARTINM
Canções erradas
Assaltado pela manhã amarga
Sonho opaco
Pelo cemitério de meu sentimento
Tirado de mim.
Fluindo no mar do desespero
Cada momento mais longe
De onde eu queria estar
De quem eu queria ser.
Ó! Marcha Fúnebre.
O som eterno da melodia
Consumindo meus últimos momentos.
Transparente dor
Enlaça pela minha alma
Cerrando meus olhos
Para o sono eterno.
Essa é minha reminiscência.
340
AUTOR (A): JÚLIA PRESTES SPARREMBERGER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ESTRELA
Tempo
Tempo, 5 letras e 2 sílabas.
É difícil de ter, sabemos.
Hoje não posso,
Hoje não tenho tempo,
Tão monótono,
Sempre ouvimos ou falamos.
Ouvimos "Não deixe para fazer amanhã o que pode fazer hoje".
Cumprimos? …. Na maioria não.
Por quê?..... Porque estamos ocupados, sem tempo.
Temos um dia corrido….
Loucos para chegar em casa e descansar.
Chegamos e o que fazemos?
Mexemos no celular.
E reclamamos, não tenho tempo de ficar com a família.
Reclamar? Fácil.
Fazer? Oh, coisa difícil.
Tentamos arrumar tempo?
Não….. Por quê?
Porque é tão monótono, deixe as coisas como estão.
Para que mudar?
E assim sempre ficamos na mesma.
341
AUTOR (A): LAIS ROBERTA GENZ
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GIRASSOL
O dia de amanhã
Quem tem certeza sobre o dia de amanhã? Peguei-me pensando nisso hoje, logo que acordei
e assisti às notícias da manhã. Quem diria quatro meses atrás que estaríamos quase que totalmente
privados de qualquer contato real com o mundo exterior, além das paredes de nossas próprias casas.
Quem diria que lojas estariam fechando, pessoas estariam se afastando e andando de máscaras nas
ruas, centenas estariam em hospitais sem a família para estar a seu lado porque o risco é muito grande.
Com certeza cada vez mais vemos como não somos donos do dia de amanhã, e, que
por mais que tentemos controlá-lo, ele pertence ao acaso. Mas, e se ao invés de tentar controlar o dia
de amanhã, prestássemos mais atenção no hoje? Por mais que toda nossa rotina tenha mudado
drasticamente, alguns velhos hábitos insistem em se adaptar para continuarem presentes. E isso
exemplifica como o ser humano prioriza algumas ações e desconsidera outras, ambas de extrema
importância, mas com motivações diferentes. O motivo disso é simples: é sempre mais fácil tentar
controlar algo exterior a nós do que tentar corrigir nossos próprios erros.
Com isso, agora vemos o lugar de embalagens de picolé, latinhas de refrigerante e tampas de
plástico ser tomado por montes e montes de máscaras, recolhidas de praias que costumavam estar
lotadas e agora estão desertas. Nas ruas, pessoas sendo atacadas por causa da sua cor de pele ou
orientação sexual, quando na verdade deveriam estar apoiando uns aos outros por todos estarem de
uma forma ou de outra passando pela mesma crise. Famílias que acabaram perdendo seus empregos,
arriscando-se nas ruas e vendendo seus pertences para no fim do dia ter pelo menos um pão sobre a
mesa e um lugar para dormir, mostrando como a fome ainda é um grave problema, esquecida no fundo
da gaveta de coisas a se fazer para tornar o mundo um lugar melhor.
E é aí que o cuidado com o dia de hoje entra, tudo isso não são efeitos excepcionais de uma
pandemia, são coisas que milhares de pessoas vivenciam todos os dias, ou até mesmo durante sua
vida inteira. Porém, estamos tão cansados das notícias repetitivas, dos números que crescem tão
rápido, que nem nos damos conta, exaustos pela rotina maçante, e caindo em si de tudo que sempre
esteve acontecendo ao redor do mundo. Tudo que nunca recebeu a devida importância, qualquer
notícia fora dessa bolha em que vivemos, torna-se um bode expiatório para redirecionar atenção.
Mas tudo tem seu lado positivo. Com esse “novo estilo de vida”, temos tempo para parar e
pensar. Sem a correria do trânsito e de reuniões intermináveis, podemos nos dar a chance de um
342
momento de calmaria, para ver o mundo ao nosso redor com outros olhos. Ver que, por mais terrível
que tudo que estamos enfrentando seja, portas se abriram. Portas para a aproximação familiar, para
aprender novas coisas, para se interessar por novos assunto e se engajar em novos projetos e causas.
Para perceber que, talvez, tudo isso seja apenas um pedido de socorro da mãe Terra, que se cansou
de sofrer e ver tanto sofrimento, que quer mostrar a todos o poder que boas atitudes podem ter, que
decidiu que era a hora de mostrar para o mundo como nossas ações têm consequências para além de
nós mesmos.
E, por fim, imagino que são nesses momentos que a chamada esperança toma forma de pessoa
e convive conosco, pois é a ela que devemos nos agarrar ao invés de querer mudar o que pode
acontecer. É preciso ter esperança de que dias melhores virão, mas não se esquecer de tentar tornar
o dia de hoje um dia melhor, já que o que fazemos hoje é o que realmente pode encaminhar o dia de
amanhã. Se cada um faz a sua parte, podemos tornar o mundo um lugar melhor, sem nem mesmo sair
de casa.
343
AUTOR (A): LARISSA GEWEHR LUTZ
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: UM SONHADOR
Injustiças em um mundo perfeito
Quando a humanidade veio ao mundo,
Ela tinha um propósito:
Conviver em harmonia com o todo,
Mas sinto que não conseguimos.
A fauna e a flora estão desaparecendo
E não por causas naturais,
E, sim, por causa dos seres humanos
Que estão degradando-as lentamente.
As florestas estão cada vez menores,
Os rios mais poluídos,
As espécies de diversos animais extintas
E indivíduos ignorantes diante desta realidade.
Assim continuamos vivendo,
Destruindo a única casa que temos
E, como se isso não bastasse,
Estamos matando uns aos outros.
Após tantas lutas, as diferenças ainda são vistas como ameaça,
Seja cor da pele, religião, cultura ou classe social,
Os injustiçados não conseguem fazer sua voz ser ouvida,
Pois, infelizmente, os opressores gritam mais alto.
Então, precisamos mudar nossas atitudes
Em todos os aspectos,
Sendo mais humanos
344
Com os outros e com a natureza.
A humanidade pode mudar o mundo para melhor,
Basta praticar ações corretas
Sempre visando o bem-estar do próximo e do meio ambiente
Para, assim, conseguirmos ter um futuro próspero.
345
AUTOR (A): LAURA BLUM
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: VÊNUS
Carta ao meu passado
Nem sempre eu fui quem jurei ser, nem sempre fiz aquilo que jurei fazer. A vida não segue o
rumo que queremos, não somos aquilo que desejamos ser, mas sim o desenho inacabado do que
idealizamos para nós. A vida passa muito rápido, em um piscar de olhos consigo reviver a minha e
perceber o quão medíocre fui. Bem-vindos a minha carta, a que eu especialmente dirijo ao meu
querido e velho amigo, o passado. Aquilo que já fui e nunca mais serei. Essa carta também é para
minha amada, que partiu antes de mim, deixando um vazio e fazendo-me esquecer o que um dia foi
amar.
Posso afirmar que nunca fui um homem perfeito, eu tinha meus defeitos. Ainda muito jovem
tive de lidar com problemas familiares. Meu pai morrera sem que eu pudesse me despedir, morreu
longe da família e infelizmente nunca tivemos notícias de seu corpo. Ele era meu exemplo, minha
inspiração. Infelizmente não viveu muito conosco para termos muitas lembranças juntos, mas recordo
claramente de sua voz ao declamar as POEMASs que escrevia:
“Já pedi que esqueças o futuro,
pois minha alma aos prantos
jaz no mar profundo.
Sou poço sem fundo,
sem forçar para continuar a vida,
esqueço quem fui e quem seria,
para assim me entregar à morte,
minha velha amiga”.
É impossível afirmar que seus poemas sempre faziam sentido, mas eram uma forma de distraí-
lo dos horrores das guerras. Ao contrário, minha mãe sempre esteve presente. Mulher independente,
criou três filhos sozinha, era conhecida como a melhor juíza do estado e nunca revelava suas fraquezas.
Entretanto, morreu mais jovem do que previa. Com seus cinquenta anos faleceu por conta de um
câncer no coração. Não fizemos funeral, acreditávamos que a melhor forma de nos despedirmos era
enfrentar a dor fria e rapidamente. Minha mãe foi cremada e suas cinzas espalhadas em um campo de
lavandas ao sul de Minas Gerais.
346
Anos se passaram e cada filho seguiu seu próprio caminho. O irmão mais velho se tornou um
renomado médico do exército; o do meio, um grande empresário em São Paulo; e eu segui a carreira
de juiz e permaneci aqui em Minas. Nós nunca nos reuníamos, conversávamos por cartas raras vezes,
mas era como se cada um estivesse aos poucos desligando-se do que um dia foi e conheceu. Esse foi
um dos meus primeiros erros, não perceber o quão importante a minha família era para mim e o
quanto eu deveria ter me dedicado a ela.
De modo algum posso declarar que minha vida foi infeliz, pois eu tinha um bom trabalho para
aquela época, uma ótima reputação dentro do governo e muitos sonhos. Mas eu não sabia o quão
rápido tudo poderia mudar, esse foi um dos indícios de que a vida é mais frágil do que pensamos. Em
pouco tempo, mais precisamente em 1920, eu era um dos juízes mais famosos do país, reconhecido
por ser muito inteligente. De repente, ela entrou em minha vida e mudou muitos dos meus planos.
Quando digo “ela”, refiro-me à mulher que mudou minha vida, Caroline, meu eterno amor.
Conhecemo-nos por meio do trabalho, ela era uma advogada de sucesso vinda do leste de Minas e eu
um famoso juiz da capital. Depois de anos namorando, finalmente nos casamos, uma cerimônia
pequena e simples para dois afortunados. Os anos se passavam e o nosso amor nunca deixara de
crescer, mas, como é de conhecimento de todos, nada é para sempre.
Todos os anos, levando em conta a nossa alta renda familiar, planejávamos uma viagem para
um lugar de sua escolha, principalmente valorizando a cultura brasileira. Contudo, certo ano ela
adoeceu repentinamente e partiu um mês depois, deixando-me sozinho novamente. Nós vivemos dez
anos juntos, mas nunca havíamos tido filhos. Esse foi meu segundo erro, eu deveria ter aproveitado
mais a companhia dela ao invés de me dedicar tanto ao trabalho, que muitas vezes não era tão
importante, mas para mim havia se tornado uma escapatória da realidade cruel em que vivíamos,
principalmente em razão de toda a industrialização e processo de mudanças que estavam acontecendo
no país.
Naquele ponto da minha vida eu percebi como estava vendo tudo de um modo errôneo, como
estava vivendo nas sombras de quem eu realmente quis ser. No mesmo ano da morte de Caroline, eu
percebi que não possuía mais nada, nada que realmente me motivasse a viver, e eu sabia que não
poderia continuar assim. Tentei mudar, alterei meus hábitos, deveres e inclusive mudei a forma como
via o mundo. Porém, um sentimento escuro ganhava força dentro de mim. Com o tempo eu voltei a
ser quem um dia fui, um menino sonhador; mas nunca voltei a ser o mesmo de antes e todos à volta
percebiam a diferença.
Com o tempo fui adoecendo, observando as pessoas a minha volta e a sua felicidade. Em
dezembro de 1964 faleci, o motivo, desconhecido; não foi doença nenhuma que me matou, morri
sufocado pelos meus próprios sentimentos e pensamentos. Eu era feliz, sim, mas nunca valorizei.
Durante os últimos anos de minha vida procurei ajudar o máximo de pessoas que eu conseguia, pois
347
isso me distraía um pouco da dura realidade que vivia, principalmente porque naquela época o Brasil
passava por maus momentos em razão da Segunda Guerra Mundial e início da Guerra Fria.
Termino minha carta dizendo que não fui o homem que queria ter sido. Eu errei em muitas
coisas, em muitas situações e é claro que eu não perdoava meus erros, afinal um bom perfeccionista
não deixa nenhuma ação sua passar em branco. Eu perdi muitos momentos que seriam valiosos em
minha vida e, olhando para trás, percebo o quão frágil eu fui. Que aqueles que me amaram me
perdoem, porque eu não fui quem deveria ter sido e só vejo isso depois de morto. A vida é um sopro,
meu pai dizia, e ele não poderia estar mais certo. Por isso viva, mas viva sem arrependimentos, sem
medos e sem dúvidas, pois só se vive uma vez.
Ao meu passado eu agradeço, pois foi ele que me ensinou a crescer, levantar e, apesar de tudo,
aprender com meus erros. Por fim, encerro aqui a minha história, que se eu pudesse reescrever o faria,
mas não há mais tempo para tal. Sendo assim, aproveite o seu tempo, pois somos todos escravos dele
e da morte, são essas as duas únicas certezas que possuímos, independentemente da época em que
vivemos, das condições que possuímos e do local em que residimos. Por isso, apenas viva.
348
AUTOR (A): LORENZO SAVICKI SCHNEIDER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: RONALDINHO
Neste vasto e complexo universo
Neste vasto e complexo universo
Compreendemo-nos e conhecemos,
Mesmo com poucas coisas
Pensativos e sempre dando-lhes valor.
Através de amizades verdadeiras
Percebemos os valores da vida,
Mesmo que às vezes não gostemos
Perseverança é o que nos resta.
Para o universo somos pó,
Pó que pode ajudar muito a tudo e a todos.
Às vezes nos tornamos desprezíveis,
Mas isso deve nos motivar a sermos melhores.
Coisas boas acabam por vir com o tempo,
Somente basta acreditar,
Que um dia o trabalho duro
Trará recompensas.
Continuamos vivendo
Sabendo que o fim é certo,
Com uma vida normal
Neste vasto e complexo universo.
349
AUTOR (A): MARIA CLARA SCHONARTH
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: JONAS
Onde eu estou?
Estou sozinha à noite.
Sem saber o que fazer.
Não sei aonde todos foram.
Mas quero mesmo saber?
Caminho mais um pouco.
Agora perdida em memórias,
Memórias de meus amigos.
Sem saber onde estão todos,
Será que estão todos em lugar nenhum?
Ou eu que estou perdida em mim mesma?
Eu sei que devo me libertar.
Mas é nessa batalha,
Que não sei como poderei ganhar.
Afinal é comigo mesma,
Que terei que lutar.
350
AUTOR (A): MARIA EDUARDA BRUXEL SPILLARI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: PAZ3579
Amizades
Tenho amizades
Que são muito importantes,
Não as troco por nada
Em nenhum instante.
Sempre quando acordo
Tenho esperança de um dia
Repleto de paz
Em sua companhia.
Confiança...
É o que não falta,
Trato com muito carinho e proteção,
Pois ninguém é capaz de estragar
A nossa união.
Com muita coragem
E dedicação,
Amizade sempre
É primeira opção.
351
AUTOR (A): PEDRO HENRIQUE HORBACH
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: IGLECIO
O cavalo
Só quem tem um cavalo
Pode descrever essa emoção,
Galopeando pelos campos,
O gaúcho se destaca
Cultivando a tradição
E desbravando esse Rio Grande bagual.
352
AUTOR (A): RENAN EDUARDO FISCHER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GORDINHO
A vida no céu
Nossa vida não está mais nas tramas
tecidas ao redor da casa ou a algumas ruas de distância:
uma série de histórias sobre o ar
abriu entre os dedos, depositou-se lentamente
nos jardins avermelhados de Escallònia,
onde um dia uma pequena história se enraizou.
Uma nuvem arrancada do céu pelo vento
volta com suas bordas desgastadas,
subúrbios antigos onde morangos florescem,
dos quais apenas sapos são gananciosos.
Sabemos o que acontece - e acontece
somente em outro lugar.
O último avião que sobrevoou casas
foi o Macchi da nossa infância,
mas ouvimos o acidente
atrás das colinas há muitos anos.
353
AUTOR(A): SOFIA BORGES ZIMMERMANN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: LUZ
Adeus
Adeus! Ainda estou tentando entender,
para falar bem a verdade
não sei como pude deixar isso acontecer;
estou feliz pela coragem de encerrar,
mas confusa com toda a situação,
como tão rápido tudo se desfez?
Desculpa-me se tive que contar,
precisei me livrar do peso da culpa,
ainda durmo com o peso da saudade,
com a dúvida do que mais poderia ter acontecido.
Nesse momento me pego sozinha pensando,
será que fiz a coisa certa?
Talvez me precipitei...
para essa pergunta não terei respostas,
meu Deus, o que fui fazer?
Quero você de volta na minha vida,
não consigo evitar,
mesmo sendo errado
pelo menos pude pôr um fim nessa história.
Agora já está tudo acabado,
tentei me enganar,
mas sempre soube: o errado foi ter começado.
354
AUTOR(A): TIAGO CAMARGO COLETO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: COLETO
Saudades do que não aconteceu
Ai, que saudades que eu tenho
Da vida que não vivi,
Da música que não dancei,
Do doce que não comi.
Ai, que saudades que tenho
Da garota que não namorei,
Do beijo que não beijei,
Da festa em que não participei.
Ai, que saudades que tenho
Da viagem que não viajei,
De tudo que não fiz,
De tudo que não falei,
De todos que não amei.
Só não tenho saudades
Desse conto que escrevi.
355
AUTOR (A): VALÉRIA LETÍCIA GRIEBLER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ALUADO
Correntes invisíveis
Era uma vez, em uma pequena cidade, uma menina chamada Valentina. Ela era jovem,
sonhadora e estudiosa. Dedicava-se para realizar os seus sonhos e todos a admiravam por isso. E o
melhor de tudo é que sua família e seus amigos a apoiavam muito.
Certo dia, ela conheceu um garoto. Ele não era um ícone de beleza, porém era engraçado e
fazia Valentina sentir-se bem. Ele dizia ter se apaixonado por ela e logo ela se apaixonou por ele e eles
começaram um relacionamento. A família de Valentina não gostava dele, mas deixaram a menina livre
para fazer suas escolhas.
O início de um relacionamento é sempre mágico, ela estava muito feliz, porém estava cega de
amor. Ele começou a manipulá-la, e logo ela havia se afastado de seus sonhos, de seus objetivos e de
sua família. Quando se deu por conta, tinham se passado dois anos e ela estava afundada em tristezas
e longe de seus sonhos como nunca esteve antes. Valentina sabia que o motivo disso tudo era sua
relação tóxica, mas estava apegada demais.
Até que decidiu que era melhor acabar com tudo de uma vez. Era melhor sofrer por um mês
ou dois por causa do término do que ficar presa e sofrer por anos em uma relação que claramente não
estava lhe fazendo bem. Pediu para que ele fosse até sua casa para que pudessem conversar, mas ele
não foi; então ela ligou para ele, queria fazer logo enquanto ainda tinha coragem.
Depois que ela terminou com o menino que amava, ela chorou muito. Mas não era para
menos, acabava de terminar uma relação de quase dois anos por meio de uma ligação.
Porém, após um mês, sem ela perceber, parou de chorar e sua vida melhorou mais do que ela
esperava. Ela voltou a sorrir, voltou a estudar, alcançou seus objetivos do mês, entrou para a academia;
enfim, ela percebeu o peso que tinha tirado de sua vida e conseguiu focar novamente. Ela agora era
livre novamente.
356
AUTOR (A): ADRIEL SECCONI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: SEXTOUU
Fim de semana começou
Começou segunda-feira,
Mal consigo levantar,
Já sinto a pressão subindo,
Acho que vou desmaiar.
Terça-feira, mais um dia,
Levanto-me novamente,
Com o sorriso de sempre,
Sinto-me um sobrevivente.
Quarta-feira, está na metade,
Só mais um esforço
E o sucesso é garantido,
Volto a dormir, sentindo-me um astrofísico.
Quinta-feira, quase lá,
Saio até mais arrumado,
Cabelo penteado
E sapato engraxado.
Sexta-feira, aleluia,
Agora é só diversão,
Sair com os amigos,
Durmo até no chão.
A energia é tanta,
Até me abraçou,
Dá-lhe que dá-lhe meu povo,
Fim de semana começou.
357
AUTOR (A): ANDRIELI FERNANDA ZAMBERLAM
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: METADE
Meio
É um poema.
Não tem início,
Nem fim,
Só meio.
Não tem início,
Porque esqueci.
Não tem fim,
Porque não vivi.
Só tem meio,
Porque é agora.
Não lembro do início,
mas era meio.
Meio também é fim,
até que deixe de ser.
E por aqui chego,
Ao fim,
Que pode ser início
Mas sempre será meio.
Fim.
Quer dizer…
Meio!
358
AUTOR (A): ANNA LAURA REICHERT
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: AMANHÃ
Só mais um dia
7 horas, já levantou.
7:30, já se arrumou.
8 horas, já correu.
8:30, muita água bebeu.
9 horas, está na hora de ir.
9:30, para as fotos sorrir.
10 horas, - não tomei café da manhã.
10:30, - não me importo com isso, você come amanhã.
11 horas, com os produtores se encontrar.
11:30, outro contrato fechar.
12 horas, - já dá para almoçar?
12:30, - por favor querida, está tentando engordar?
13 horas, - amor, que horas vamos nos ver?
13:30, - de noite, querida, eu vejo você.
14 horas, mais roupas provar.
14:30, - eu avisei que o zíper não ia fechar.
15 horas, - que tamanho me deu?
15:30, - PPP querida, deveria ser o seu.
16 horas, - agora vamos para o lanche?
16:30, - nem pensar, quer que seu cabelo desmanche?
17 horas, ligar para o namorado.
17:30, outra vez deu ocupado.
18 horas, finalmente chegar em casa.
18:30, e de novo ele se atrasa.
359
19 horas, a janta preparar.
19:30, ele só pensa em trabalho, nem quer conversar.
20 horas, já tem que ir embora.
20:30, - desculpa meu bem, trabalho de última hora.
21 horas, nem consegue mais com isso se abalar.
21:30, os remédios tomar.
22 horas, já adormeceu.
Mais uma vez, o dia não viveu.
Será que amanhã vai acordar?
Finalmente essa rotina infeliz vai quebrar?
Mais um dia presa na dor,
Parou de buscar paz e amor.
Ela é só mais uma que não pode ver
O quão, sem isso, feliz podia ser.
360
AUTOR (A): BRENDA ANDERLE HUBER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: JOGO
Busca
As pessoas dizem que o amor é um jogo,
Um jogo que você simplesmente não pode vencer.
Se há um jeito, eu irei encontrar um dia.
Eu acho que você se pergunta por onde eu estive,
Eu procurei encontrar um amor dentro de mim,
Eu voltei para te avisar.
Meus amigos se perguntam o que há de errado comigo,
Tenho algo por você, e eu não consigo deixar de lado.
Algumas pessoas dão a volta ao mundo por amor,
Mas elas podem nunca encontrar o que sonham ter.
O que você não faz por amor?
Você já tentou de tudo, mas você não desiste.
361
AUTOR (A): CAETHEL BARRICHELLO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: BATMAN
Um amor para sempre
Depois de tudo que aconteceu te amarei,
como se fosse uma primeira vez,
preciso te encontrar mais uma vez
para dizer que te amo.
Amo de uma maneira inexplicável,
de uma forma inconfessável,
de um modo que é contraditório.
Você é luz, é paixão
e sempre foi o meu amor.
Porque você foi mais que um amor de verão,
sempre foi a minha paixão,
é o meu amor.
Não consigo viver sem você,
não consigo não ter você,
a minha vida não vale nada sem você,
sem seu sorriso,
sem seu carinho e seu leve abraço.
Não viverei sem você,
sem ter você,
por isso irei me entregar para você,
para que eu entregue o meu amor por você,
pois meu amor não pode ser descrito em palavras.
É um sentimento maior que tudo,
sentimento que não pode ser descrito em versos ou poemas,
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é um sentimento chamado AMOR.
O poema traz a paixão de um homem por sua amada que acabou falecendo e deixando-o
com o com saudades. Sua saudade foi tão longa e tão dolorosa que o homem decidi tirar sua vida
para dar o seu amor a sua amada e encontrá-la onde ela estiver.
363
AUTOR (A): GABRIEL HENRIQUE FERREIRA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: TAIÃO TRATOR
O grande jovem
Grande jovem, não escute
o rufar da guerra nos tambores,
não se jogue na batalha
com as mortes e seus terrores.
Sei que a luta vai espancar,
e que, onde a sorte se traça,
o punho direito onde bate,
vai com uma dor que não passa.
Mas a guerra é pior que a morte,
e temo que não saboreie
o encanto fino do porre
ao fim da guerra bebendo cachaça.
364
AUTOR (A): GABRIELA MENEGHETTI RIBEIRO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: 10CONHECIDO
Sonho
Acordei no meio da noite,
Calcei meus chinelos de dedo,
Fui até o banheiro,
Fechei a porta e olhei-me no espelho.
Fechei meus olhos por um instante.
Quando abri estava em outro mundo,
Um lugar estranho,
Um lugar completamente diferente.
Não existe dinheiro, nem tecnologia,
Não existe guerra, nem preconceitos.
Um lugar cheio de vida
Com uma energia inexplicável.
Pela primeira vez eu sinto,
Sinto o que nunca havia sentido antes.
Sinto paz, sinto calmaria,
Queria que todo mundo pudesse sentir
Pelo menos por um instante, por um segundo...
Tique-taque! Era o relógio, os ponteiros marcavam 6 horas.
Hora que acordo todos os dias,
Hora que acordo para o mundo real.
Tudo era um sonho, qual é o preço da realidade?
365
AUTOR (A): JÚLIA ARNT LINKE
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: FAITH
Importar-se demais
Não consigo dormir. Viro-me. Reviro-me. O problema não é a cama, muito menos a posição. É
meu pensamento, um turbilhão deles, na verdade. “Dormimos quando não pensamos em nada”. O
que é nada? A escuridão seria nada? O início seria nada? Qual foi o nosso início? De onde viemos? Para
onde vamos? Por que eu não consigo dormir? A resposta: ansiedade. Sem motivo aparente. Ela
simplesmente vem.
Pesquisei no Google a definição de ansiedade: “Preocupação intensa, excessiva e persistente
e medo de situações cotidianas. Podem ocorrer frequência cardíaca elevada, respiração rápida,
sudorese e sensação de cansaço.” Vendo a última parte, nem parece tão ruim. Os sintomas fisiológicos
que ele me deu são parecidos com os que você sente quando corre. Bom se fosse. Ao contrário de uma
corridinha, na qual você se sente com o dever cumprido, sente todos os seus músculos trabalharem,
libera endorfina e fica automaticamente feliz; numa crise de ansiedade você não fica feliz, não sente
que fez o que deveria, muito pelo contrário. E torce para que dessa vez acabe; dessa vez, porque você
sabe que com certeza vai ter uma próxima.
Se não acontecer amanhã, talvez aconteça depois de amanhã, ou talvez daqui a uma semana,
uma quinzena, um mês? Ou até mesmo daqui a uma hora. Esperar a nova crise chegar já me deixa
ansiosa. Gosto de ter tudo sob controle, saber o que vai acontecer, quando, onde, como, por quê. Aí
comecei a ter as crises, e meu mundo virou de cabeça para baixo. Porque agora tem uma parte da
minha vida que é incontrolável, e só me resta aceitar e aprender a lidar.
Quando se tem ansiedade, é como se tivesse uma voz na sua cabeça constantemente dizendo
que você vai falhar, por conta disso você deixa de fazer coisas que você queria. Você sente que tudo
que faz precisa ser perfeito e que mesmo que nove pessoas gostaram do que você fez e uma não,
alguém não gostou e é a esse fato que todos os seus pensamentos se direcionam. Você fica se
perguntando o que fez de errado e o fato que talvez não seja culpa sua nem sequer perpassa sua
mente.
Entendi que ansiedade é uma constante espera, você sente que está sempre esperando
alguma coisa. Ansiedade são todas as conclusões, normalmente inexatas que você tira quando algo
acontece, todos os cenários criados na sua cabeça. Ansiedade é falta de autoconfiança, é achar que
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tudo de ruim que acontece é culpa sua. Ansiedade é estar constantemente preocupada, é ter pânico,
medos irracionais, mas que parecem tão reais. Ansiedade é pensar demais, é se importar demais.
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AUTOR (A): LAURA ROBERTA KREBS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ALOEVERA
Mundos
Samanta acordou com café na cama, mas não era um dia especial, sua mãe anunciou que
estava grávida e elas iriam jantar em algum restaurante oriental. A vida delas era muito boa, a mãe
trabalhava em uma transnacional e Samanta estudava no melhor colégio da cidade. Nunca faltou nada
na casa delas, sempre tinham além do necessário.
Enquanto isso, em outro mundo, mas na mesma cidade, Gabriel acordava com a briga do
barraco ao lado, sua mãe estava em algum ônibus a caminho da casa da sua patroa, seu café da manhã
seria alguma bolacha. A vida deles não era muito boa, muitos dias faltava comida e quando chovia a
casa enchia de lodo. Mas Gabriel era feliz, ele tinha amigos na rua em que morava, e ia à escola da
comunidade. Não tinha grandes planos para a sua vida, não tinha um emprego dos sonhos e nem
objetivos. Gabriel não criava expectativas, assim nunca ficava decepcionado.
Já Samanta pensava em ser atriz ou modelo. Bruna tinha grandes planos para a filha, médica
ou juíza era o sonho dela. Samanta frequentava escola integral, ela levava uma lancheira repleta de
pacotinhos plásticos. Ela era privilegiada, mas não sabia disso, pensava que todos tinham as mesmas
coisas que ela, pois seus contatos viviam todos como ela.
Era feliz, mas sempre achava que podia ser mais. Quem sabe se ela comprasse o último
aparelho eletrônico seria completa. Tem gente que a chamaria ingrata, outros ambiciosa. Samanta
reclamava de muitas coisas, e agradecia por algumas, tinha grande habilidade para conversar com
pessoas e convencê-las a fazer coisas.
Um dia os dois jovens se encontraram caminhando no centro da cidade, Gabriel invejava a boa
vida da menina e a seguiu. Samanta percebeu a companhia e questionou, ele disse que era um engano,
e continuaram a caminhar. Novamente ela se incomoda e pede distância, ele mente que estava
procurando emprego.
Ela liga para a sua mãe e finge que ele está contratado como jovem aprendiz. No suposto
primeiro dia de trabalho ele vai até a empresa e é barrado na entrada. Ele percebe que foi enganado.
Samanta está em casa se sentindo culpada e pensando se ele acreditou.
Decide ir até a empresa, onde encontra Gabriel sentado na frente. Ela se desculpa e questiona
a vontade do menino. Ele inventa que queria reformar a casa da sua mãe, o que não é mentira, mas é
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uma desculpa para conseguir o emprego. Ela conversa com sua mãe e consegue um emprego para ele.
Errar é humano, assumir o erro é caráter.
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AUTOR (A): LÍVIA PETRY HOLZ
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ALGUÉM
Tudo parado
Empresas tornando-se cada vez maiores
E eu acreditando em ações melhores;
O céu estava coberto de fumaça
E as estrelas já não tinham mais toda graça;
Trocamos a grama pelo asfalto
E o mar encheu-se de plástico
Até que um vírus privou todos os nossos laços.
Tudo parado e eu tentando sobreviver
Em um mundo que eu não havia sonhado,
Disseram para a gente se esconder
E os aplausos passaram a ser uma forma agradecer.
Mas a Terra voltou a respirar,
Porque a fumaça não continuou a se espalhar.
Quando encontramos a solução,
A esperança inundou o nosso coração,
Todos preferiram o mundo que encontramos
Ao invés do que deixamos;
Dançamos, pulamos e abraçamos
E de amor nos contaminamos;
Tudo isso para entender
Que nunca podemos esquecer
De um mundo melhor para se viver.
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AUTOR (A): LORENZO KONDRA BRUXEL
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: HEROBRINE17832904
O elo estremecente
Tudo isso é um absurdo, há dúvida de si mesmo,
Falta de vontade de viver, tudo conectado, tolice.
É a dormência cuidada
Eu fui bloqueado pela vida e pela luz.
Mas a angústia vai romper com um estalo
Que derrete silenciosamente como uma lágrima.
Na sua natureza profunda
Vai acertar a luz nos meus olhos.
E novamente se liberta
A lealdade à sua própria estrela
Com um senso de luz e natureza
Em sua plenitude destemida.
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AUTOR (A): LUIZA DINIZ CASSOL
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: FALLON
Eduardo Dal Forno
A partir do dia em que o conheci
Minha vida mudou,
Ganhei não apenas um amigo,
Mas sim, uma inspiração.
Sempre lembrarei do dia em que nos conhecemos,
Você aproximou-se de mim,
Começamos a conversar
E desde então, tornamo-nos inseparáveis.
Você foi luz na minha vida,
Com você aprendi o significado de amizade verdadeira.
Quando mais precisei de ajuda,
Você sempre esteve aqui.
Hoje eu só sei sentir saudades, Dudu.
Você tornou minha vida muito mais feliz.
Estou sofrendo,
Mas sei que desejaria ver-me seguir em frente.
Serei eternamente grata por tê-lo tido em minha vida.
Peço desculpas pelos meus erros,
Pelas vezes que não o escutei,
E mesmo assim, você sempre esteve aqui.
Quando me sinto sozinha,
Com medo de tudo,
Lembro que você sempre estará comigo.
372
Tenho certeza que estou bem protegida.
Prometi a você que viajaríamos juntos,
E cumprirei minha promessa.
Mesmo você não estando comigo
Levá-lo-ei no meu coração para qualquer lugar do mundo.
É como dizem,
Ninguém entra nas nossas vidas por acaso.
Eu sei que a nossa amizade é para sempre
E tenho certeza de que nossos destinos ainda se cruzarão.
Agradeço por tudo que fez por mim,
Pelos nossos momentos juntos,
Por ter confiado na nossa amizade desde o primeiro dia.
Amá-lo-ei para sempre e infinitamente.
373
AUTOR (A): MARIA VITÓRIA DE OLIVEIRA BAZANA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ANY
Ainda não esqueci de você
Levou um tempo para eu entender, eram dias pensando somente em você.
Queria de todas as maneiras impossíveis dessa vida encontrá-lo.
Eu chorei e não foi pouco, desejei e sonhei.
Você era um sonho, o meu sonho.
Encontrei-o diversas vezes sonhando acordada.
Estávamos de mãos dadas, você sorria para mim e sabíamos exatamente aonde ir.
Você cantou pra mim e eu me encantei por você.
A cena chegou ao fim, você se despediu, a cena que deixou a desejar, talvez um dia iremos
nos encontrar.
Você foi, mas ficou em mim. Não vou mentir, fiquei envolvida e você saiu da minha vida.
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AUTOR (A): MELISSA HOFFMANN FAGUNDES
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: DONNA SHERIDAN
A lascívia
Com a luxúria no olhar,
É a dádiva e o castigo,
Ama-me com volúpia,
Pois cá, possuo-te nua e frígida.
A íris radiante
Brilha como a luz de mil estrelas,
E do que adiantaria o'Salvador,
Sem pecadores.
Pois tu és o veneno que trago no pulsar de minhas veias,
O sangue ardente,
O cálice,
O pecado mais gostoso
Que rasteja em minha mente,
E esse amor quase fatal
Mudou-me,
Tal como a incoerência do destino.
E eu, despido de amor,
Estremeço ao seu toque,
E como uma tela sobre o cavalete
Meu corpo clama por arte.
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AUTOR (A): RAFAELA GOMES SCHINAIDER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: CÉU
Nosso mundo
O mundo é tão pequeno
Pode me julgar e pode me abraçar.
Você pode esperar os arrependimentos,
Mas em um mundo tão pequeno,
Não há espaço para recomeços.
Não há espaço para ouvir,
Não há espaço para vibrar,
Nesse mundo tão pequeno,
Será que se pode pensar?
Em um mundo tão pequeno,
Os julgamentos são demais.
Mas será que todos enxergam
O que você passou lá atrás?
As informações são poucas,
Mas somos obrigados a saber,
Puxados de ambos os lados,
Forçados a vencer.
Nesse mundo tão pequeno,
Somos forçados a escutar
As histórias mostradas,
Não sabemos no que acreditar.
Nosso mundo é pequeno,
Mas seu estrago é letal.
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O que está acontecendo com a humanidade
É fora do normal!!
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AUTOR (A): THIAGO PLATERO CENEDESE
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GOL QUADRADO/ BOLACHEIRO
O som
O seu som me enriquece.
Só você me faz sorrir.
E quando eu ouço,
Tudo fica bem mais tranquilo.
O seu som é meu abrigo.
Quando não ouço,
O mundo fica em silêncio.
Sem você, o que ia ser de mim?
Com você ao meu lado,
Consigo me distrair.
Com o seu som,
Consigo ser feliz.
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AUTOR (A): AMANDA GABRIELA WÄCHTER MOTTA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: UNICÓRNIO MÁGICO
Sábado de manhã
Era um lindo sábado de manhã,
Na rua corriam a brincar
Dois jovenzinhos felizes
Amarelinha iam pular.
A menina, sempre alegre e brincalhona,
Encantava todos os meninos da vizinhança.
O menino, com sua bola do Barcelona,
Corria ao encontro dela cheio de esperança.
Todas as manhãs de sábados eram assim.
Os dois amigos passavam horas brincando.
Jogando bola, correndo e cantando
Até a hora do almoço.
E esse grande laço de amizade
Cada vez mais se fortalecia.
Mas nada nunca mudara
De como já fora um dia.
Anos se passaram e cada um tinha sua família.
No mesmo bairro moravam
e a amizade permanecia.
Como de costume sábado era o encontro.
Os amigos conversavam em harmonia,
Seus filhos corriam aos arredores
E eles em pura sintonia.
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E assim foi por anos.
A amizade dos dois garotinhos
Da infância para vida
Construída, vivida e divertida.
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AUTOR (A): ANA CLARA PANIZ DONAZZOLO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: UMA ARTISTA SEM NOME
A arte e a arte
Eu precisava escrever um texto. Era mais que necessário; era urgente! O problema é que não
tinha ideias. Quer dizer, ideias tinha, mas nenhuma me satisfazia.
Falar sobre amor? Clichê. Falar sobre como estou enfrentando o isolamento social? Nem eu
sei! Falar sobre as gotas caindo da torneira em um ritmo frenético até se tornarem um filete esguio de
água? Muita física envolvida.
E foi aí que eu me lembrei de uma tirinha que vira algum tempo atrás. Era a curta história do
artista que não tinha ideias, até que percebeu que esse vácuo era sua arte. Nesse emaranhado de
metalinguagem, que é toda e qualquer arte, é que ela está em sua forma mais complexa - ou simples,
dependendo do ponto de vista. A inspiração do artista pode ser a falta dela.
Eu precisava escrever um texto. Quando vi, tinha escrito esse.
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AUTOR (A): ANA JULIA CASSOL
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: PASSIONE
This is love
Amora Costa sempre foi uma garota que vivia rodeada de pessoas. Em casa tinha seus pais,
sempre presentes e que faziam de tudo para vê-la feliz. Na escola, as amigas que não a abandonavam
nunca, juntas formavam o trio mais inseparável que o colégio inteiro já havia visto. A vida amorosa
então, não havia nem o que dizer, era perfeita. Amora namorava desde seus 15 anos o mesmo garoto,
Guilherme Araújo, seu fiel companheiro. Ele a respeitava, acompanhava suas aventuras e incentivava
a namorada a estar sempre presente na vida das amigas.
O trio inseparável – Amora, Laura e Teodora – havia planejado toda sua existência; elas haviam
decidido em qual universidade estudar, em qual cidade e apartamento morar, quais viagens fazer e
milhares de outros planos infinitos. Contudo, a vida não é um percurso fácil e planejado, ela gosta de
surpreender e Amora conheceria logo as surpresas reservadas a ela.
Com 19 anos, a garota e as amigas se mudaram para um prédio próximo da faculdade de São
Paulo. Cada uma tinha seu próprio apartamento, gostavam de privacidade; moravam em andares
próximos e sempre estavam se visitando; quando não podiam se ver, lotavam os aplicativos com fotos
e mensagens, não se desgrudavam um segundo. Amora também não morava com o namorado, o casal
achava que por enquanto deveriam ter cantinhos separados, porém é claro que pensavam na ocasião
em que morariam juntos.
Entretanto, foi naquela tarde chuvosa de sexta-feira que a vida e os planos de Amora Costa
seguiram outros caminhos. A menina e o namorado haviam combinado de maratonar a série mais
atual do momento. Amora havia sido dispensada de seu estágio e por isso Guilherme havia ido até o
mercado comprar algumas guloseimas, acabando por deixar o celular no apartamento. Enquanto
conversava com as amigas, Amora ouviu o toque do aparelho do namorado; assim que chegou à sala
para atender, o som parou, era um amigo da faculdade ligando, então ela nem se preocupou; somente
quando o toque recomeçou, ela atendeu e sentiu as coisas ficarem estranhas.
Tão logo colocou o celular no ouvido, reconheceu que a voz não era de um homem e sim de
uma mulher. Em seguida não houve “alô?”, mas, sim, “amor?”. O mundo de Amora, assim como o céu
do lado de fora, desabou. A garota não esperava por isso, sempre confiou no namorado, nunca
percebeu nada de errado. É, infelizmente não podemos escolher como terminar relacionamentos e
muito menos prever corações partidos. Amora não precisou ouvir mais nada para dar fim a ligação do
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celular de Guilherme, como também não quis ouvir suas explicações meia boca quando ele retornou
do mercado. Ela apenas deu fim ao relacionamento, mandou uma mensagem às amigas e chorou o
resto do dia encolhida na cama.
***
No sábado de manhã, logo que acordou, Amora sentiu que precisava de um remédio para dor
de cabeça e, sabendo que não encontraria em casa, foi direto para a farmácia mais próxima comprar
uma cartela. A chuva ainda não havia parado, estava um pouco mais calma, ao contrário da garota,
que continuava triste e sentindo-se perdida. Para Amora, parecia que sua vida queria deixá-la pior
ainda, pois no caminho até a farmácia seu guarda-chuva estragou e toda sua roupa e cabelo ficaram
molhados. Todavia, a vida não apresentava somente coisas ruins, já que uma mulher, que poderia ser
considerada um ser de luz e nunca seria esquecida por Amora – assim como a palavras ditas por ela –
, aqueceu um pedaço de seu coração.
Ao notar a menina cabisbaixa e encharcada, tal mulher sentiu compaixão e aproximou-se para
ajudar a jovem. Começou compartilhando o próprio guarda-chuva, prosseguiu perguntando o que
havia acontecido. Amora, que havia sentido algo especial vindo da outra, contou que havia sido traída
e que não tinha sorte com nada. A mulher, sem demora, finalizou dizendo “meu bem, ninguém precisa
do amor de outro alguém para ser feliz e realizado. Como você vai amar outro alguém se não ama a si
própria primeiro? É preciso ter positividade para que as coisas deem certo; comece com isso e as coisas
começarão a melhorar.” Rapidamente elas se despediram. Amora entrou na farmácia, pegou o
remédio sem nem notar que a dor de cabeça havia passado e partiu para casa.
***
Sentindo sua aura mais leve, a garota sentiu que precisava aproveitar mais de sua própria
companhia. Logo que chegou em casa largou tudo na mesa da cozinha e foi cuidar de si. Passou o dia
longe do celular, refletiu sobre a vida, cuidou da pele, do cabelo e do espírito. À noite, decidiu procurar
um roteiro de viagem, iria aos destinos mais procurados do Brasil sozinha; estava a fim de se conhecer
mais, de aprender a conviver consigo mesma.
***
Um mês depois, Amora estava no aeroporto se despedindo de suas amigas, iria ao Nordeste,
para as praias mais paradisíacas que havia visto nas fotos e blogs da internet. Passaria duas semanas
inteiras apreciando tudo solitária. Sentia que esse era o pontapé inicial para amar a si mesma, afinal o
que é melhor do que ficar distante de conhecidos para se autoconhecer? E assim foi sua primeira
experiência de viagem aos estados nordestinos: Amora conheceu praias tão belas quanto às
caribenhas, avistou pessoas de diversas nacionalidades e belezas únicas. Fotografou tudo, desde o mar
até os turistas. Ela pensava em como esse retiro espiritual – assim nomeado por ela mesma – daria um
ótimo editorial para a revista que sonhava em trabalhar, a Colors.
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Após desfrutar profundamente de sua paz interior e amor próprio, a menina retornou a São
Paulo com uma bagagem ainda maior. Carregaria para sempre o ensinamento presente nas palavras
da mulher naquele dia chuvoso, ela havia sido essencial para a mudança de Amora. A garota não se
achava capaz de viver solitária, tanto que sempre tinha a companhia de seu ex-namorado ou das
amigas no apartamento, mas aprendeu a sentir o amor e a espalhá-lo. E foi dessa forma que Amora
produziu um de seus maiores projetos de trabalho e de vida.
No dia do término com Guilherme, ela havia sido dispensada de seu estágio e não imaginava
que seria contratada por outra revista tão cedo – Amora fazia faculdade de Jornalismo na USP –,
porém, depois de seu retiro espiritual, já se sentia mais confiante e preparada. Com isso, montou um
arquivo reunindo todas as suas ideias e fotos, enviando para a Colors, revista brasileira com circulação
mundial, que possuía diversos editoriais modernos e de empoderamento feminino.
Algumas semanas depois, Amora recebeu um e-mail confirmando sua vaga no estágio, assim
como a disponibilidade de uma coluna semanal para o artigo planejado pela garota, o “This is love”.
Ele tinha como finalidade espalhar a ideia do amor próprio e o cuidado com sua própria alma. O
objetivo da menina era fazer com que mais mulheres se descobrissem autossuficientes e se
aceitassem; já nos primeiros meses da coluna o sucesso foi garantido. O editorial ficou famoso
mundialmente; depois que a faculdade de Amora terminou, ela já era consagrada no mundo inteiro e
havia conseguido uma vaga permanente na revista.
Ela se sentia imensamente realizada e agradecida pelo conselho da mulher desconhecida
naquela ida até a farmácia; graças a ela foi possível espalhar a semente do amor e abrir-se para novas
oportunidades e relacionamentos. Amora, assim como suas leitoras, sentia-se completa sozinha; ela
tinha o desejo de namorar e casar, mas independente da companhia, sabia se respeitar e amar, e esse
fato nada e nem ninguém poderia mudar.
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AUTOR (A): AUGUSTO ALENCAR TRATSCH ROSSI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: A.A MARECHAL
Poema sobre felicidade
Sorrir, curtir o hoje,
celebrar a vida, esquecer o ontem,
não ter medo do amanhã.
Deixe a felicidade tomar conta da sua mente.
Dance, prove que é livre
não somente entre conhecidos,
Prove que a sua mente está liberta.
Palavras não conseguem demonstrar um sentimento,
Porém um sorriso, uma risada,
Leva a alma a uma paz inexplicável,
o que poderia ser difícil através de palavras.
Sem hora para acabar, sem hora para acordar,
e, sim, para curtir a vida.
A alegria nos faz descobrir o espírito pessoal,
Perceber quem está ao redor e o valor de cada pessoa.
Demonstrar, ser capaz de sentir apenas com gestos,
Sorrir em sentir a batida de uma música.
Esse é o poder da felicidade:
Fazer-nos perceber o quanto estamos livres.
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AUTOR (A): AUGUSTO FISCHER ROBERTI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ESCRITOR
Simplicidade é igual felicidade!
Na grande São Paulo, vivia um grande empresário, dono de diversas empresas de
reconhecimento internacional. Queria sempre mais patrimônio, que mais países comprassem seus
produtos, ou seja, cada vez mais dinheiro em seu bolso. Evidentemente sua bonificação por seus
trabalhos era alta, ademais, não é um trabalho fácil e exige muito empenho, dedicação e, sem sombra
de dúvida, muito estresse e pouco tempo com a família. Por falar nisso, sua esposa e seus dois filhos
sentiam falta do marido e pai, até nos fins de semana o homem não parava de trabalhar para garantir
o perfeito funcionamento de suas multinacionais. Depois de anos sozinha e esperando-o chegar, sua
esposa o intimou e a ele disse: “Se você não passar mais tempo com sua família nós três iremos embora
desta casa!” O homem, então preocupado, no dia seguinte planejou uma viagem em família.
A viagem seria para uma praia paradisíaca do México; a família pegou um avião e partiu. Eles
ficariam por 5 dias viajando, todos os dias estavam lotados de atividades muito interessantes, radicais
e de envolvimento com pessoas, no caso, entre os próprios familiares. Despertavam cedo, café, almoço
e janta eram entre os quatro, algo muito incomum no cotidiano (o empresário deixou seu ‘‘braço
direito’’ no comando do trabalho). Estavam sendo dias muito cansativos; nos fins da tarde, todos
sentavam-se na sacada do hotel à beira-mar para relaxarem e conversarem juntos, como uma
verdadeira família. Desta maneira, o homem estava cada vez mais feliz e querendo ficar mais tempo
com sua mulher e filhos. Porém, nestes fins de tarde, sempre observavam um homem mais velho,
barbudo e descalço que, com um barquinho de madeira e uma rede de pesca, ficava meia hora no mar
e sempre voltava com algo em torno de 50 ostras.
Até que no último dia de viagem, com seu pensamento de gestor, o homem de negócios, que
sabia falar espanhol por conta de sua profissão, desceu para a praia e foi trocar uma ideia com o
pescador.
-Você nunca pensou em comprar um barco maior e com mais instrumentos de pesca?
-Por que eu compraria?
-Assim, você conseguiria mais ostras, para obter mais lucro.
-Eu pesco para consumo próprio, meu e de minha família.
- Mas com isso você consegue pescar um número 10 vezes maior de ostras, tornar-se-ia um
grande fornecedor de uma grande compradora, ganhando muito mais dinheiro e ficando rico.
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-Tudo bem, eu entendi você, mas por que está me dando dicas para ficar rico?
-Porque com isso você poderia ter o que quisesse, viver em uma ilha ou praia paradisíaca,
sentir a natureza e não ter mais problemas em sua vida.
-Muito obrigado por tudo isso, mas eu já sou muito rico, tenho uma família linda com quem
passo o maior tempo dos meus dias; vivo em um lugar paradisíaco, não tenho nenhum tipo de
incômodo ou estresse e tenho a oportunidade de oferecer alguns pescados fresquinhos e vindos
diretos do mar para quem eu amo, além de ter vida e muita saúde.
Após ouvir isso, o empresário nunca mais foi o mesmo e percebeu que deve aproveitar o seu
tempo na Terra, ver seus filhos crescer, cuidar de sua família e ser grato, por tudo e todos. Passou a
levar a vida de uma forma mais simples e, com isso, mais feliz.
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AUTOR (A): BERNARDO ANTÔNIO JAHN BARROS
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: LEOPOLDO
Digas o que tu cantas e eu te direi quem tu és
A música está acompanhando o povo brasileiro desde o início de sua história. Foi criada a partir
da mistura de elementos europeus, africanos e indígenas, trazidos pelos colonizadores portugueses,
além de escravos e nativos que já habitavam essa terra. Ainda por ser uma forma genuína de expressar
opiniões e visões que o mundo reflete, ela também demonstra as condições socioculturais nas quais
os indivíduos estão inseridos.
Nessa perspectiva, dentre os estilos musicais mais populares no Brasil, o samba antigamente
tinha um lugar de destaque. Esse estilo musical, por sua vez, era mais praticado entre os negros,
revelando letras que mostravam os seus desejos de libertação. Durante o Regime Militar brasileiro, no
entanto, a MPB (música popular brasileira) seguia o movimento cultural brasileiro tropical, o qual tinha
em suas letras ideais que mostravam a indignação do povo frente à realidade, porém com uma
indignação reprimida, pois a censura reinava no solo brasileiro. Exemplo disso é a letra da música de
Geraldo Vandré, “Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores”: “Vem vamos embora que esperar não é
saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Os versos relatam a insegurança, imploram a
tomada de decisão e a luta pelos direitos, tendo em vista o cenário da época.
Na realidade brasileira atual, o funk é o estilo mais popular e abrangente. Ele surgiu nas favelas
do Rio de Janeiro, onde antigamente existiam DJs que buscavam inovar ritmos de músicas similares às
dos negros. Já na atualidade essas músicas são diferentes. A maioria de seus autores usa palavras de
baixo calão, incentivando a violência, o uso e o tráfico de drogas. Esses compositores, na maioria das
vezes, são pobres e frequentam diariamente locais que os inspiram a compor suas músicas. Nesse
sentido, os temas mais frequentes envolvem a discriminação, a desigualdade, a violência e o
desrespeito, ou seja, seu próprio contexto social. Embora esse estilo apresente uma grande expansão
comercial, ele continua obtendo grande resistência na sociedade.
Portanto, é muito importante que as pessoas incentivem a música brasileira, afinal ela nos
representa, conta a nossa história e muda-a também. Paciência, coordenação, capacidade de
memorização e de concentração são alguns benefícios que a música nos dá. Independentemente de
sua classe, etnia, cor e raça, todos conhecem a música e ouvem-na no decorrer dos dias. Existem
pessoas que vivem da música e assim trilham a história.
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AUTOR (A): BIANCA KONZEN SANAYOTTO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: FLOR BRANCA
Superação
Todo mundo, alguma vez na vida, teve medo algum medo, independente de qual for. Para
mim, desde muito pequena, encarar uma plateia sempre foi muito desafiante; era como se meu corpo
esfriasse e paralisasse pelo simples fato de eu ver uma multidão na minha frente; tornava-me outra
pessoa. Eu tentava pensar em coisas boas, concentrava-me em outros assuntos, mas nada adiantava,
era sempre a mesma sensação.
Em minha adolescência, participava do grupo de teatro da minha escola (confesso que era por
obrigação, pois o sonho da minha mãe sempre foi me ver atuando e dando orgulho às pessoas, sem
contar que ela sempre quis também que eu fosse famosa), que sempre apresentava peças teatrais em
épocas festivas, de diversos assuntos que havíamos ensaiado durante o ano inteiro. Nos ensaios eu
me sentia muito bem, o que parece impossível para quem faz de tudo para ficar longe de um palco ou
de uma apresentação. Eu me sentia livre, eu era eu, alegre, empoderada, dramática e sentimental
(quando necessário).
Certa vez, em uma das últimas peças que ensaiamos, fui escolhida para ser a personagem
principal, Alice, do filme “Alice no País das Maravilhas”. Fiquei tão entusiasmada que aceitei sem
pensar; o figurino era deslumbrante, a menina era incrível e simpática, adorada por todos. Depois de
meses de ensaio, chegou o dia da apresentação. Mesmo sendo somente para os pais e familiares, eu
estava assustada, com medo e tímida. Só de olhar por uma pequena fresta atrás da cortina para aquela
plateia de 50 pessoas já fiquei branca de nervosismo; porém, mesmo duvidando da minha própria
capacidade, eu sabia que eu era capaz de entrar lá e dar o meu melhor.
Cinco minutos antes, concentrei-me e pensei na pessoa que eu era durante os ensaios. Eu
acreditava em mim mesma e era isso que bastava. O apresentador já tinha feito sua fala e sua
introdução; era minha vez! Entrei, com o suor escorrendo entre meus dedos e meu pescoço, não tinha
mais como desistir. Olhei para a plateia, vi minha família, toda orgulhosa e feliz. Eu não poderia
decepcioná-los.
As cenas foram passando, passando e passando. Deu tudo certo! Nem percebi em qual
momento meu nervosismo foi embora, eu simplesmente me deixei levar. As palmas no final me
deixaram tão forte que percebi que o teatro era o que eu queria para o meu futuro. Sim! Eu queria
continuar fazendo isso, e, até hoje, com 20 anos, agradeço a minha família por ter tomado a iniciativa
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de me colocar naquele grupo e insistir sempre, dando apoio. Além de superar meus medos, percebi o
que eu realmente amo fazer. Sou muito grata por tudo e não me arrependo de nenhum segundo. Ou
seja, nada na vida se alcança facilmente, precisamos passar por dificuldades e superá-las para
percebermos o quão forte somos.
390
AUTOR (A): BRENDA LUISA BUTTINGER RODRIGUES
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: PARIS
Horas e minutos
O barulho de sua voz é agudo
Ecoando no meu quarto escuro.
Eu preciso de um escudo
Contra seu golpe duro.
O mundo gira.
O sonho acabou.
Sua cor me inspira.
Tudo terminou.
O frio já não me incomoda.
Tudo que sinto é dor.
Meu amor fora da moda.
Sua culpa, despertador.
391
AUTOR (A): CAMILA LENA MARTINI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: OBSERVADORA
Mundo em cores
A década era de 60. Encontrava-me sentada no chão da sala olhando encantada as notícias na
televisão 20 polegadas que meu pai comprou na loja aqui da esquina. Sim, tivemos que escolher entre
ela ou o sofá e, desde então, aquela tela com imagens em preto e branco se tornou meu passatempo
preferido (é claro que naquele momento meia hora em contato com a tecnologia era o máximo que
podíamos ter sem que excedesse a conta de luz no fim do mês). O mundo naquela época tinha tantos
problemas que eu, com apenas 10 anos de idade, nem podia imaginar. As leis já existiam, mas a
exclusão de mulheres e negros era comum no dia a dia, sem contar nos homossexuais, dos quais nem
ouvia falar. Ninguém acreditava que, décadas depois, aquilo tudo mudaria. E ainda não acreditam.
Hoje, encontro-me em uma das ruas mais movimentadas da cidade, repleta de outdoors
reluzentes que distraem os motoristas enquanto esperam aborrecidos em meio ao congestionamento.
As vitrines das lojas decoradas com panos e objetos coloridos, as árvores e canteiros trazem um ar
aconchegante – mesmo que ninguém as perceba – e as pessoas andam pela calçada como se não
pudessem perder nem mais um segundo de suas vidas. Eu, como sempre fui uma boa observadora,
passo o dia analisando tudo o que ocorre por aqui e, a cada dia que passa, sinto que sou um relógio
parado em meio a todo esse caos.
A tecnologia tornou-se o brinquedo das crianças, os filmes nos levam a qualquer lugar do
mundo, no mais distante das nossas imaginações, as televisões já contam com imagens atrativas e
coloridas; mas é incrível como tudo ainda parece preto e branco, igualzinho a 1964. É intrigante pensar
que tudo mudou e ao mesmo tempo nada muda. As pessoas vão às ruas em busca de seus direitos –
o que não ocorria no meu tempo de infância -, a Constituição impõe leis de igualdade de gênero, raça,
etnia, orientação sexual, mas nada funciona se a sociedade permanece a mesma. Em pleno século XXI
deparo-me com pessoas menosprezando as outras, como se fossem objetos; mulheres sendo mortas
por serem mulheres; homossexuais sendo vítimas de atos discriminatórios e negros sendo
assassinados pela sua cor. É lastimável. E tudo isso se torna pior ainda pela lei que garante igualdade
a todos ser a mesma que absolve policiais por matarem homens negros, pelo simples fato de distinção
de cor entre suas peles. Policiais que atiram em crianças de 14 anos só por estarem no lugar errado,
na hora errada. É chocante como esses acontecimentos diários não assustam mais as pessoas a ponto
de fazê-las mudar suas atitudes e serem humanas.
392
De nada adianta estar dez horas por dia no trabalho para acumular riquezas se você não for
capaz de chegar em casa, beijar sua mulher e dar a devida atenção aos seus filhos. Encaminhar
mensagens feministas e criticar uma mulher em uma festa por estar usando um vestido curto demais.
Postar “Black Lives Matter” nas redes sociais sem saber a importância e a luta por trás disso só porque
todos estão fazendo. Você não vai ser uma boa pessoa por representar ser o que não é. A vida é muito
mais do que um simples Iike no Instagram. A tecnologia não é o que torna as pessoas ruins, mas como
elas a utilizam. Sua falsidade não vai salvar o mundo, mas sua empatia, justiça e boa vontade vão. É
disso que o mundo precisa, de pessoas e não de objetos. A humanidade precisa ser “humana”, senão
nada do que ocorrer importa.
393
AUTOR (A): CARLOS EDUARDO JALOWIETZKI GRÜN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: POETA
Amor
Dor
394
AUTOR (A): DIEGO GABRIEL SARTORI
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: KODOKUSHI
Céu Azul
Ahh, se pudesse voar e nunca mais pousar
Você iria direto ao céu azul que brilha, certo?
Esquecendo as tristezas que já passou;
Começando a entender o que é esta dor.
E quando esses sentimentos tocarem,
Dentro de você tudo mudará;
É como acordar de um sonho em um novo mundo.
Então abra a suas asas e voe.
Você sabe que se conseguir superar, vai encontrar o que procura,
Então, continue tentando se libertar;
Para àquele azul, céu azul,
Como se toda a civilização fosse embora,
A enferrujada, antiga janela quebrou-se.
Você está tão cansado de olhar para essa gaiola,
Da qual você se joga para fora.
Sem nunca olhar para trás,
Isso faz você latejar e perder o ar;
E você chutou a janela até abrir para fugir.
Você disse que se pudesse correr,
Você iria conseguir;
Você está sendo tentado por aquela distante, distante voz.
Deslumbrante, ela agarra sua mão até você perseguir o céu azul.
Eu compreendo
395
Que você está caindo,
Mas, ainda assim,
Continue atrás da luz!
396
AUTOR (A): DIEGO RIETH
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: VILAREJO
Dias melhores
Tudo estava diferente,
da chuva há mais de dois meses
que nenhuma gota caía.
O céu sempre claro, azul.
A grama já morta,
árvores morrendo.
Animais passando fome,
rachaduras pelo chão.
Ali, naquele pequeno vilarejo,
sempre a esperança ainda tinham
de que dias melhores iam chegar.
Aquele sol deu lugar à chuva,
Tudo amanheceu diferente,
Havia pássaros a cantar,
pessoas a conversar.
A poeira virou lama,
árvores, verdes.
Iniciava um novo ciclo,
Era hora de recomeçar.
397
AUTOR (A): EDUARDA DALAVECHIA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: IPÊ AMARELO
Morada
Foi naquele dia,
corri pra ver o mar
e você estava na areia...
a paisagem era linda
e o laranja do fim de tarde
ficava tão bem em você...
e agora eu me sinto
longe de casa
quando você vai embora,
porque na verdade,
quando você vai embora
minha casa não existe.
E sobre os meus pensamentos:
você está neles
e em todas as partes de mim.
398
AUTOR (A): FELIPE ALBERTO ZILLMER KOCHHANN
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: COLORADO
Um sonho de pesadelo
Luana e Rodrigo eram um casal apaixonado, pois é, eram. Eles amavam muito um ao outro,
eram suas caras metades, mal sabiam que um dia tudo isso iria acabar por causa de um terceiro que
entrou na relação do casal.
A rotina de Luana era muito corrida, saía de casa cedinho, ia para o trabalho, voltava só de
noite; enquanto a rotina de Rodrigo era dormir o dia inteiro e acordar só pra comer, isso porque ele
trabalhava na madrugada; não era nenhum tipo de traficante, era apenas um entregador de jornal.
Mas isso não os impedia de fazer amor, tinham o fim de semana inteiro para se curtir.
Rodrigo, certo dia, acordou antes de Luana, preparou um belo café da manhã, mas com um
sanduíche meio diferente. Ela foi morder o sanduíche e viu uma aliança, logo ela pensou que ele a
havia pedido em casamento, ela foi correndo até Rodrigo e falou que queria se casar. Rodrigo foi no
mesmo dia agendar tudo, igreja, festa e lua de mel.
Em um dia normal de trabalho do Rodrigo, por volta das 3h30min da madrugada, volta para
sua casa, pois passou mal. Chegando lá, ouviu uns gritos, os mesmos gritos que Luana costumava gritar
para Rodrigo. Então ele, suspeitando de algo, entrou devagarinho no quarto, dito e feito: Luana estava
transando com seu melhor amigo, Ricardo. No momento em que viu, Rodrigo saiu correndo e
chorando, passou a noite na rua.
No outro dia, Luana liga para ele pedindo desculpas; ele recusa só pede para ela jogar suas
roupas pela sacada, pois não queria nem olhar na cara de seu ex-amor. Com apenas um trocado de
dinheiro e duas passagens para Cancun, não sabia para onde ir; sua família não morava por perto, o
único amigo que tinha era Ricardo, mas no momento deveria estar fazendo sexo com Luana.
Rodrigo precisava de um lugar para dormir, achou um hotel com diária de 400 reais, era o mais
barato na grande Rio de Janeiro; ele não tinha este dinheiro, mas havia duas passagens com tudo pago
pra Cancun e várias moedas das Olimpíadas de 2016. Dirigiu-se até uma casa de penhores, conseguiu
300 reais com as moedas, mas ainda não conseguia cobrir uma diária; então resolveu criar uma rifa,
intitulada como “Ajude Rodrigo”, o grande prêmio eram duas passagens para o México, com tudo
pago.
399
Ele saiu vender em um dos bairros mais ricos do Rio, Copacabana; conseguiu vender todos os
números e teve dinheiro para pagar 7 diárias no Hotel. Houve um homem que comprou cem números,
pois Rodrigo contou a história que havido acontecido, o homem sentiu pena e dispôs-se a ajudar.
No dia em que ocorreu o sorteio, a vitória foi para este homem; mas como eram duas
passagens, o homem convidou Rodrigo para fazer a viagem juntos e, no fim das contas, Rodrigo foi
morar com ele e viveram felizes como uma família.
400
AUTOR (A): GABRIELA KIESEL
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: ALGUÉM
Viver e refletir
Hoje o sol nasceu,
O pássaro cantou,
A flor floresceu
E o meu dia iluminou.
Viver, curtir, compartilhar,
Faça tudo para aproveitar.
Não importa o que falam
E muito menos o que pensam.
Já pensou em viajar?
Conhecer o mundo lá fora?
Ou em aproveitar coisas novas?
O mundo é grande e “da hora”.
Não pense duas vezes,
Às vezes, amanhã já será tarde,
Tarde para curtir a família,
Tarde para falar um "eu te amo" para seu filho.
Sonhe, imagine, tenha fé no amanhã.
Mas viva o hoje, o presente, o agora.
Sorria, cante, dance e curta o sol de cada dia
E pense que tudo é uma melodia.
Ninguém sabe o dia de amanhã,
Por isso, apenas faça,
Faça para merecer,
Faça para viver.
401
AUTOR (A): GIOVANA CAROLINA ASSENHEIMER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: MEINE LIEBE
Circunstâncias
Palhaços, mágicos, bailarinas e acrobatas,
elefantes, macacos, tigres e leões.
Ambiente de alegria, risos e diversão,
felicidade transbordando em todos os corações.
Ao cair da noite, ao encerrar do espetáculo,
o circo fecha suas portas,
enjaula sua fonte de dinheiro,
pobres criaturas.
E se a polícia chegar, com pecúlio é possível driblar.
Ego,
Egoísmo,
Ganância;
O fim se parece com o início.
Sofrimento, dor e angústia,
as pobres vidas irracionais
são condenadas à prisão perpétua,
infelicidade transbordando em todos os corações.
402
AUTOR (A): HENRY GASS SALOMÃO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: NEYMAR
Pétalas
Cai a pétala da rosa
em queda livre até o chão,
Se alguém a tivesse cuidado?
Mas ninguém tomou essa decisão.
Desfazendo-se
pétala por pétala,
agora todos choram
mas ninguém antes acreditou nela.
Essa pétala é o Brasil,
os espinhos são como políticos brasileiros.
A rosa é tão bonita,
mas seus espinhos muito traiçoeiros.
A rosa no chão
muito me fez pensar,
se o Brasil já está no chão
por que os espinhos não param de aumentar?
403
AUTOR (A): KAUANA RAFAELA KRAMER
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: LUZ DO LUAR
Amar é...
Algo sem explicação,
É sentir frio em pleno verão,
É sentir algo diferente
E ao mesmo tempo atraente.
É amar sem pensar no depois,
Só no agora e nada mais,
É viver sem ter medo
Do que pode acontecer.
É sentir o coração
Bater mais forte
Quando você passa
Ou diz um “oi”.
É passar a vida inteira
Vivendo por aquela pessoa especial
Sem ter medo das consequências
Sem pensar em recompensa.
Amar é tudo isso
E muito mais...
404
AUTOR (A): MARIA EDUARDA WAECHTER DA SILVA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: TULIPA ROSA
Divergência entre dois mundos
A sociedade tem dois lados.
De um, o proletariado
Buscando mais direitos
Lutando por igualdade.
De outro, os donos do mundo
Comandam, além de fábricas e empresas,
A vida, a política, tudo a fundo.
São a elite, os donos das riquezas.
Formam-se dois mundos opostos
Que nunca irão ser postos
No mesmo local de influência
Devido às ideias com grande divergência.
O povo pobre que luta
Todo dia vence uma disputa
Contra o descaso dos eleitos
Que são contra a igualdade de direitos.
Mal sabem que de nada valem
O prestígio e o poder,
Pois, quando vierem a morrer,
Consigo nada levarão.
405
AUTOR (A): MATEUS FUHR DICK
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: DICK VIGARISTA
Vício fatal
No subúrbio da cidade de Santos, vivia, nos anos 70, um rapaz chamado Emerson. Ele era muito
batalhador e trabalhava como frentista em um posto de gasolina. Não ganhava muito, mas era feliz
com o que tinha. Emerson tinha um hobby arriscado: gostava muito de jogar pôquer. Frequentava
diariamente um bar próximo à sua casa, onde jogava por dinheiro. Era conhecido por ser o melhor
jogador da cidade, pois nunca havia perdido um jogo. Ele sempre apostava pouco, para não arriscar
perder muito. Mas, um dia, as coisas mudaram.
Um jogador desconhecido entrou no bar, trajando um terno branco e usando um relógio de
ouro em seu pulso. Ele foi bem direto: desafiou Emerson para um jogo. Ele não hesitou em aceitar,
pois queria manter sua reputação de melhor jogador da cidade. O desconhecido puxou um maço de
dinheiro e colocou em cima da mesa onde Emerson se encontrava e, em seguida, sentou-se na cadeira.
Emerson não tinha suficiente para participar da partida, mas mesmo assim resolveu jogar, dando a
desculpa de que tinha dinheiro guardado em sua casa. O jogo enfim começa. Emerson estava
embriagado e não conseguia jogar direito. Estava sendo massacrado pelo adversário. Não havia volta.
Emerson perdeu.
O desconhecido foi claro: Emerson tinha que pagar sua dívida em uma semana. Em seguida, o
desconhecido foi embora. Emerson, embriagado, não entendeu bem o que se passava. Acertou a
comanda do bar com o dono e foi para casa. No outro dia, acordou lúcido e foi trabalhar, como fazia
diariamente, sem se lembrar do que havia acontecido na noite passada. Passou-se o prazo que
Emerson tinha para arranjar o dinheiro que devia ao desconhecido. Porém, Emerson não se lembrou
da dívida, pois estava bêbado na noite em que perdeu. O desconhecido pediu para o dono do bar onde
Emerson morava e foi até a sua casa para cobrar a quantia que Emerson lhe devia. Ele bateu na porta
e esperou. Ninguém atendeu. Emerson estava dormindo. O desconhecido resolveu arrombar a porta
da casa. Entrou com facilidade. Escutou Emerson roncando e foi até seu quarto para cobrá-lo. Entrou
gritando:
-Onde está meu dinheiro? - Disse o desconhecido.
-Que dinheiro, rapaz? O que você está fazendo aqui? - Indagou Emerson.
-O dinheiro que você me deve por perder a partida de pôquer!
-Não me lembro de nada, senhor.
406
-Ou você me paga agora ou você é um homem morto!
-Quanto é que eu devo?
-Quinze mil reais.
-Eu não tenho nem quinhentos.
-Então, só me resta enfiar uma bala na sua testa.
-Mas, senhor, prometo que pagarei assim que arrumar o dinheiro; pode demorar um
pouco, mas juro que irei pagar. - Disse Emerson, apavorado.
-Tarde demais. Disse o homem, apontando uma arma para Emerson.
Ouve-se um barulho de tiro ecoar pela vizinhança. Cachorros começam a latir. Todos
sabem que algo ruim aconteceu. O dono do bar vai até a casa de Emerson para ver o que se passava.
A porta estava aberta. Ele entrou na casa e foi até o quarto, onde encontrou Emerson deitado, sem
vida. Não havia sinal do assassino. O dono do bar chamou a polícia e, logo em seguida, avistou uma
arma na mão direita de Emerson. A polícia então chegou e, pelos indícios, pensou que Emerson havia
tirado a própria vida por causa de sua dívida. Emerson foi enterrado em um cemitério local, mas a
verdade nunca foi descoberta.
407
AUTOR (A): MAUREN JULIA BLUME
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: GIRASSOL
Memórias arruinadas
Meu pai sempre foi meu herói, minha pessoa preferida e meu porto seguro; desde criança era
para ele que eu contava todas as minhas aventuras e minhas mágoas. Um homem brincalhão, nunca
me xingava, sempre me acolhia; ao contrário de minha mãe, uma mulher dura, difícil de lidar, colocava
de castigo e nunca me entendia. Os dois pareciam feitos um para o outro e não como tantos pais dos
meus colegas, que sempre brigavam ou já estavam separados.
Com o apoio do meu pai e o receio da minha mãe, saí de casa aos dezessete anos; fui para a
faculdade da cidade vizinha, morar sozinha, ficar livre de todas as regras da minha casa. A minha mãe
me visitava toda a semana, levava lanches e conversávamos por horas; ela me contava de seus
inúmeros tombos e acidentes, que cada vez eram mais frequentes e com mais hematomas. Já meu pai
raramente aparecia, pelo trabalho ou alguma outra emergência, mamãe não gostava de falar muito
sobre o assunto.
Dois anos depois, encontrei minha alma gêmea, meu príncipe dos sonhos, a pessoa que eu
achava que seria um pai tão incrível como o meu para nossos filhos. Os primeiros meses foram
maravilhosos, mas com o tempo começaram as decepções e brigas, essas que ficaram cada vez piores
e um dia apanhei. Sem pensar duas vezes, saí e fui direto encontrar meu pai, meu para sempre porto
seguro.
Mas foi chegando em casa que meu mundo caiu de vez, o herói virou vilão e a chata virou uma
mulher forte. Vi meu pai entrar bêbado em casa, gritando e batendo na minha mãe, foi aí que percebi
que aqueles hematomas nunca foram de tombos e as emergências do meu pai eram com o bar. Tudo
o que consegui fazer foi ligar para a polícia de longe, e depois confortar a minha mãe e agradecer por
tudo o que ela fez por mim para me proteger e criar.
Foi nesse dia que tudo se esclareceu e ao mesmo tempo foi arruinado. O pai divertido foi
sempre resultado do álcool; a mãe fechada foi sempre por causa do medo; os pais separados dos meus
amigos viraram o que eu sempre quis. Todas as brincadeiras e segredos viraram nada e todas as brigas
com minha mãe viraram arrependimentos.
Tive todas as minhas memórias estragadas em cinco minutos, e dali em diante precisei ser o
porto seguro de quem sempre me protegeu, mesmo sem eu perceber e valorizar, minha mãe. Em uma
408
família só, em uma noite só, duas mulheres foram agredidas pelo amor de suas vidas e com corações
partidos e dores tornaram-se mais fortes.
409
AUTOR (A): MILENE LAÍZ ECKERT
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: LIS
O tempo vivido
As pessoas acabam não aproveitando a vida pensando no dia de amanhã. Pensando na prova
ou no texto que irão fazer, pensando no trabalho que têm que entregar na data limite, no serviço que
devem fazer até determinada hora. Por essas razões, as pessoas acabam não aproveitando por
completo o “hoje”, por se perder pensando no “amanhã”. Elas esquecem de abraçar, beijar,
demonstrar afeto e se importar com as pessoas que estão ao seu redor, porque existem outras coisas
que são marcadas com mais relevância que tais atitudes.
Por isso, o tempo se faz, geralmente, limitador da relação entre as pessoas. Limita o tempo de
visita, o tempo de participação em uma roda de conversa, o tempo que não tem, ou até que pode
“perder” por escutar um pouco o outro. E isso, é o mais comum na relação entre as pessoas,
principalmente na contemporaneidade, já que a vida é mais corrida e movimentada; as pessoas
possuem família, trabalho e estudam ao mesmo tempo e esquecem que todo dia compartilham o seu
dia a dia com outras pessoas que podem também ter a mesma rotina e que necessitam de uma
pequena demonstração de atenção.
Por essas razões, as pessoas acabam não conciliando as tarefas com o “humano” da vida.
Acabam dando muito mais importância às coisas materiais ao invés de dar atenção ou brincar com o
seu filho, por exemplo. Esquecem que o mais importante da vida não é o bem material e sim a essência
da pessoa, principalmente quando falam “aquela pessoa, de certa forma, mudou a minha vida”. Isso
sim, fez valer bem o tempo vivido.
410
AUTOR (A): PAULA MOMBACH NYSTROM
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: LUZ DO ENTARDECER
Você já imaginou?
Você já imaginou?
Um vírus abalar o mundo e adiar tudo o que tanto planejou.
Você já imaginou?
Ter que ficar em casa e cancelar o que tanto sonhou.
Você já imaginou?
Quem poderia imaginar?
Mais de mil mortes por dia e um Governo que não quer se pronunciar.
Quem poderia imaginar?
Hospitais sem nenhuma estrutura para de todos os doentes cuidar.
Quem poderia imaginar?
Moradores de rua expostos ao vírus porque nem máscaras têm para usar.
Quem poderia imaginar?
E o que vamos fazer?
Mesmo depois de tanto tempo não sabemos como o vírus vencer.
E o que vamos fazer?
Se ficar em casa pode salvar vidas, mas muitos parecem esquecer.
E o que vamos fazer?
Se a necessidade de ver os amigos é maior do que a vontade de se proteger.
E o que vamos fazer?
E como vou aprender?
Se sem aula e sem professor não consigo entender.
E como vou ensinar?
Se pessoalmente meus alunos não posso ajudar.
E como vou trabalhar?
Se para fora de casa não posso ficar.
411
E como vou proceder?
Se nem meus familiares posso mais ver.
A saída é esperança encontrar,
e, acima de tudo, em casa ficar.
Da nossa família cuidar
e para quem não entende, aconselhar.
Não perder a empatia com quem está no grupo de risco,
e fazer disso um compromisso,
para somente assim superarmos tudo isso.
412
AUTOR (A): RAIRA DE FATIMA OGENIO
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: URSINHO CARINHOSO
Minhas férias
No verão passado, eu e meu amigos fomos para uma casa na praia, na cidade onde aconteceria
um festival de música famoso. O lugar era impecável, a varanda do terceiro quarto do corredor dava
de frente para o mar, a brisa da noite sacudia as cortinas brancas que cobriam as janela, a lua refletia
para dentro da casa formando um cenário perfeito para tocarmos violão e cantarmos todos os dias.
Ao nascer do sol, tomávamos café e começávamos a arrumar as sacolas e roupas para ir para
a praia até o horário do almoço, que era quando começávamos a nos arrumar pra curtir a tarde de
músicas, que contava com muitos artistas famosos e pessoas que vinham de todo lugar do mundo para
prestigiar. Esse dia em especial ficamos até mais tarde no local, pois não achávamos uma de nossas
amigas.
Enquanto a lua tomava o lugar do sol, nosso grupo ficava mais preocupado com ela, que não
vinha ao local programado de nos encontrarmos na hora de sair; ligávamos, procurávamos entre as
pessoas e não a encontrávamos. Resolvemos voltar pra casa e, se ela não voltasse até um horário,
ligaríamos para a polícia. Quando entramos na casa, estava ela dormindo no sofá; todos aliviados,
porém com raiva, acordamo-na, que disse que voltou mais cedo pois estava com dor nos pés.
Logo, nos últimos dias, não nos separamos mais, voltávamos do festival quando todos
entravam em acordo para voltar pra casa. Resumindo, foram as melhores férias da minha vida, era um
sonho viver aquilo com todos os meus amigos, curtir um festival de músicas, a praia, ficar até altas
horas conversando, brincando, jogando jogos de tabuleiro e bebendo. Era um sonho tão real, porém,
meu despertador tocou e percebi que estava em mais um verão normal, na minha casa, com minha
família. Acho que a aventura ficará para o próximo ano.
413
AUTOR (A): TAMÍRIS TRÄSEL
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: HARMONIA
A problematização da cor
Humanos, todos iguais
Da mesma forma, simultaneamente no sangue.
Não há classe nem cor
No momento em que tem-se respeito pelo amor.
É por um “coisa de preto”
Que se lesiona um coração.
É por uma mera zombaria
Que populariza a outros.
Humanos, todos com suas ambições.
Branco, preto ou amarelo,
Não devemos transfigurar
A cor da pele em uma imperfeição.
Seja qual for a cor,
Todos detêm a alternativa
De refletir acerca da circunstância
Com respeito pela igualdade.
Livre-se dessa arrogância.
Tenha em mente os males dessa humanidade.
O combate é diário
Ajude a si, ajude a todos.
414
AUTOR (A): VITÓRIA TORMÖHLEN PEREIRA
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: TESOURO DA BASE
Fazer acontecer
Por onde ando
Não sei dizer.
Só sei que sinto
Vontade de viver.
Eu tenho um sonho,
Porém tenho medo.
Eu vejo um futuro
Que não necessita só de dinheiro.
Eu vejo o amor.
Eu vejo a dor.
Eu me vejo
Com alma de sonhador.
Sonho um dia
Poder me vencer,
E como policial
A justiça poder fazer.
415
AUTOR (A): YASMIM ISABEL RETORE
CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO
PSEUDÔNIMO: CANÁRIO
Pequenos momentos
Vivemos tão rápido que não aprendemos a dar valor para as pequenas coisas; não vemos
como é bom chegar em casa e receber beijos molhados do nosso cão; como é maravilhoso caminhar
de meia pela casa e sentir um leve friozinho nos pés; como é delicioso degustar de um cafezinho
depois do jantar... Acho que, para sermos felizes e completos, devemos amar cada coisinha que
fazemos todos os dias, assim aprendemos a aproveitar e dizer que nossa vida valeu a pena.
416
LAURA ROBERTA KREBS 2º ANO – ENSINO MÉDIO