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Gazeta A república e o bicho: um artigo sobre a corrupção Pág 6 Rei Juan Carlos, da Espanha, em visita ao Brasil Pág 11 Educação: crédito para a pós-graduação Pág 7 Imperial Ives Gandra Martins fala sobre a Comissão da Verdade Pág. 9 Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Junho de 2012 Ano XVII Número 198 www.brasilimperial.org.br A força da Monarquia Inglesa Rainha Elizabeth II

Educação: crédito para a pós-graduação Imperial Gazeta · do CHEFE DE ESTADO, se aplica a to-dos os poderes de forma democrática (deliberação do CONSELHO DE ESTA-DO formado

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Gazeta

A república e o bicho: um artigo sobre a corrupção Pág 6

Rei Juan Carlos, da Espanha, em visita ao BrasilPág 11

Educação: crédito para após-graduaçãoPág 7

Imperial

Ives Gandra Martins fala sobre a Comissão da Verdade Pág. 9

Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Junho de 2012 Ano XVII Número 198 www.brasilimperial.org.br

A força da Monarquia InglesaRainha Elizabeth II

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GazetaImperialA Gazeta Imperial é uma publicação do Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de reportagens, divulgação de eventos monárquicos e imagens podem ser enviados para [email protected]

Comendador Antonyo da CruzPresidente do Instituto Brasil Imperial

[email protected]

Alessandro PadinEditor e jornalista responsá[email protected]

O Leitor José Olavo Junior faz a seguinte pergunta - Meus queridos companhei-ros Monarquistas tenho uma dúvida. Não sou tão experiente quanto vocês no assunto, e por isso venho humilde-mente perguntar: “Como a Monarquia pretende livrar o povo dos males da Corrupção, se a maldade quem faz são humanos, e são humanos que governam em qualquer sistema? Sei bem que nenhum sistema é perfeito, mas como a Monarquia supera os out-ros nesses aspectos que fogem do al-cance dela?”Sendo mais específico no assunto: Como a Monarquia visa introduzir essa ‘polítca de não corrupção’ no Brasil? Todos sabem a mancha cor-rupta presente na história democráti-ca do país, então se preserva a dúvida de como a Monarquia teria força e meios para ‘limpar’ a mente do povo brasileiro. Trocando em miúdos, sabe como é político corrupto sempre ar-ranja jeito de roubar. A PERGUNTA É MUITO BOA E LEVA O BRASILEIRO À REFLEXÃO. A MONAR-QUIA NÃO FAZ MILAGRES, O SISTEMA

SIM É QUE É PERFEITO.Na republica temos os três poderes e não existe sistema algum que o controle nos seus excessos e/ou nos seus erros. Na teoria os poderes são independentes, mas não precisa de um grande raciocínio para constatar que na prática todos dependem do poder executivo para custear a infra-instrutura e os salários. Se todos dependem economicamente do Executivo podemos dizer que dele são subordinados, alguém tem al-guma dúvida. É só acompanhar os noticiários: Ministério Público sempre de chapéu na mão por mais verbas, Legislativo em cada nova votação de interesse do executivo reivindica sem-pre novas verbas e novos cargos para seus correligionários de campanha.O Pior de tudo é que o presidente da republica é o fiscal dele mesmo ficando livre para fazer o que quiser sem dar satisfação a ninguém, sim o Presidente acumula duas funções; O de CHEFE DE ESTADO que seria o fis-cal dos três poderes, e o de CHEFE DE GOVERNO, que executa. È uma DITA-

DURA disfarçada em DEMOCRACIA.Na Monarquia Parlamentarista Con-stitucional isso não acontece os car-gos de CHEFE DE ESTADO e do CHEFE DE GOVERNO são ocupados por duas pessoas distintas. O primeiro é ocu-pado pelo IMPERADOR (apartidário) e o segundo pelo PRIMEIRO MINISTRO (politico).Quando um dos poderes se desvia das suas funções tais como o Legislativo está agindo na CPI do Cachoeira que só vai investigar somente os Subordi-nados, liberando as Chefias que assim ficam inocentadas de forma automáti-ca e sem divulgação (GRANDE PIZZA), O Imperador convoca o Conselho de Estado e com base nas deliberações, entra em ação o PODER MODERADOR para colocar os legisladores na rota certa e se não se corrigirem ganham o olho da rua. O PODER MODERADOR instrumento do CHEFE DE ESTADO, se aplica a to-dos os poderes de forma democrática (deliberação do CONSELHO DE ESTA-DO formado pelo ministro da defesa, e pelos lideres dos três poderes, e pelos

lideres das associações de classe da sociedade).Com Isso atacamos todas as áreas, seja a corrupção, o crime organizado, etc.Participe ativamente do Instituto Bras-il Imperial, traga novos associados, ajude a criar a militância da cultura monárquica.

Antonyo da CruzPresidente do Instituto Brasil Imperial

Palavra do Presidente

Na república temos os três poderes e não existe sistema algum que o controle nos seus excessos e/ou nos seus erros. Na teoria os poderes são independentes, mas não precisa de um grande raciocínio para constatar que na prática todos

dependem do poder executivo para custear a infra-instrutura e os salários

A MONARQUIA NÃO FAZ MILAGRES, O SISTEMA SIM É QUE É PERFEITO

Brasil

Em surpreendente artigo publicado na edição do dia 11 de junho de 2012 do Jornal Folha de S.Paulo, o embaixador Rubens Rícupero desta-cou a importância simbólica da Rain-ha Elizabeth. Com o título “Carência de símbolos”, o texto é um grande estímulo para os monarquistas de todo o País. Veja na íntegra:

Custa a crer que os britânicos exult-antes e extáticos nas festas da rain-ha também façam parte da morosa e macambúzia União Europeia. Com-pare-se as multidões às margens do Tâmisa com os furiosos protestos nas ruas de Atenas ou os desesper-ançados ocupantes da Puerta del Sol em Madri!Em termos de recessão e retrocesso econômico, o Reino Unido atraves-sa fase pior que a da Grande De-pressão dos anos 30. Em agosto do ano passado, os motins e saques em cidades britânicas davam a im-

pressão de uma dissolução dos laços de coesão social.No entanto, a bem orquestrada es-tratégia da festa dos 60 anos do reinado foi o suficiente para fazer esquecer as inquietações recentes. Quase se criou a ilusão de que esta-vam de volta os dias do apogeu do império britânico no jubileu da rain-ha Vitória em 1897. O que faz afinal do Reino Unido uma categoria tão à parte do resto da Europa, para não dizer do mundo?Jacques de Bourbon Busset es-creveu que nunca havia encontrado um membro dos governos europeus no exílio em Londres, durante a Se-gunda Guerra Mundial, que secreta-mente não tivesse preferido ter nas-cido britânico.A frase é injusta porque, não tendo sido ocupado pelos nazistas, o Re-ino Unido viu-se poupado do triste espetáculo de traições dos colabo-racionistas nos demais países.Derrotar a tentativa de invasão não foi, porém, um golpe de sorte ou

fruto da insularidade. A tenacidade e o heroísmo da Força Aérea e do povo explicam muito do resultado. Como Winston Churchill comentou sarcasticamente aos franceses: “A diferença é que nós britânicos so-mos menos inteligentes que vocês. Não percebemos que tínhamos sido derrotados e continuamos lutando”.O triunfo do jubileu contém duas lições significativas. A primeira é que, não obstante o exagero de afirmar que a globalização aposen-tava o velho Estado-nação, nada conseguiu de fato superar a força do sentimento nacional. Em tem-pos de guerra ou crise, o que sus-tenta os britânicos é o “God Save the Queen”, o “Rule Britannia”, as cores da bandeira, o orgulho de um passado comum, de herança partil-hada.O francês Charles de Gaulle se sen-tiria justificado ao ver que, ante a Europa das pátrias, de pouco vale o pálido e quimérico conceito da pá-tria europeia.

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Alessandro PadinEditor e jornalista responsá[email protected]

Antonyo da CruzPresidente do Instituto Brasil Imperial

SÍMBOLOSCarência de

A segunda lição é sobre a vantagem dos símbolos, no caso, a de uma pessoa que encarna simbolica-mente a nacionalidade, o passado e a continuidade das gerações.Acima de partidos e facções, sem o desgaste das decisões do dia a dia, a figura da rainha é um paradoxo: não controlando o governo das cois-as, ela possui o poder de agir sobre as pessoas e os corações.Não basta, contudo, estar separado da responsabilidade do governo. É preciso ser ou parecer decente, digno, detentor das virtudes que todos gostariam de ter. “Um fraco rei”, dizia Camões, “faz fraca a forte gente”.Não só de bens vivem os homens, mas também de valores culturais, imateriais, das imagens criadas pela arte, a cultura, a história. Precisamos, como perceberam os britânicos, de algo além da razão e do interesse, de símbolos que atu-am sobre as emoções, sobretudo, o afeto e a solidariedade.

Da Redação do IBI

Rubens Ricúpero: “Acima de partidos e facções, sem o desgaste das decisões do dia a dia, a figura da rainha é um paradoxo: não controlando o gover-no das coisas, ela possui o poder de agir sobre as pessoas e os corações. Não basta, contudo, estar separado da responsabilidade do governo. É preciso

ser ou parecer decente, digno, detentor das virtudes que todos gostariam de ter. “Um fraco rei”, dizia Camões, “faz fraca a forte gente”.

José Cruz/ABr

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Um reinado de 60 anos: período que incluiu 12 presidentes americanos, 6 papas, 12 primeiros-ministros britânicos - começando com Winston Churchill -, a queda do muro de Ber-lim, a dissolução da União Soviética, a formação da União Europeia, o fim do Império Britânico e o crescimento de uma Comunidade Britânica multi-rracial.O que a Rainha Elizabeth II fez, en-tretanto, foi reinar, não governar: a marca estabelecida por ela não está na esfera do governo. A monarquia moderna não dá início a guerras nem molda as políticas domésticas. Assim, enquanto a Grã-Bretanha e a Comunidade Britânica celebram seu jubileu de diamante, as pessoas começam a pensar nas perguntas inevitáveis: quais foram os feitos dela, afinal? Que diferença ela fez? Como devemos avaliar os anos dela no trono? Durante décadas do reina-do da rainha, os governos britânicos se viram ocupados com a “gestão do declínio” - do império e da vitória na 2.ª Guerra para o status de potência intermediária. Neste período, a in-fluência e o simbolismo da coroa se fizeram presentes em tudo. A rainha não se opôs a mudanças nem aju-

Por que aRAINHAArtigo

é importantePor seis décadas, coube a Elizabeth II influenciar sem governar; enquanto Thatcher se

negava a condenar o apartheid, por exemplo, a monarca defendia um mundo multirracial

Publicado no Jornal O Estado de S.Paulo com traduzido por Augusto Calil

05dou a Grã-Bretanha a evitá-las. Em vez disso, ela possibilitou a mudan-ça sem desespero.Sua permanência conferiu aos britânicos a confiança em si mesmos de que necessitaram. O poeta Philip Larkin disse-o bem: Numa época em que nada resistiu / Em que tudo pi-orou ou estranho se tornou / A bon-dade dela nunca nos traiu / A rainha jamais mudou.Tudo isso é mesmo ótimo. Mas, de-pois de 60 anos, seria de se esperar mais. Houve alguma mudança que possa ser atribuída diretamente a ela? Em se tratando das monar-quias modernas, a influência é mais facilmente detectada do que a ação - mas seu poder às vezes dura mui-to mais, especialmente diante da transição de império colonial para Comunidade Britânica cosmopolita. Como Princesa Elizabeth, ela visitou a Cidade do Cabo com os pais em 1947, pouco antes de o império se desfazer e a Comunidade Britânica moderna e multirracial vir à tona. Depois da viagem dela, num famoso discurso transmitido, ela anunciou o compromisso de sua vida, “seja ela curta ou longa”, à família de países conhecida hoje como Comunidade Britânica.Um ano mais tarde, o Partido Na-cional Africâner chegou ao poder e os anos do apartheid tiveram início. É sabido que, durante a visita de 1947, o pai dela, George VI, ficou indignado diante da oposição das autoridades ao desejo dele de con-decorar sul-africanos negros (ou não brancos, nos termos da época) pelo serviço prestado durante a guerra. Parece claro que a filha dele com-preendeu sua atitude e concordou com ela.Esse compromisso primário com a natureza multirracial do contexto da Comunidade Britânica emergente - em vez de uma tentativa revanchista por parte dos brancos para reafirmar sua mão firme no controle, por ex-emplo - foi mantido na consciência e no coração dela durante todo o seu reinado.Sem ambiguidades. Não houve nenhum tipo de ambiguidade na contribuição dela para a transfor-mação de um Império Britânico rela-tivamente racista numa Comunidade sólida e multirracial.A fotografia dela dançando com o presidente negro de Gana, Kwame

é importante

Nkrumah, durante a celebração de independência daquele país em 1961, indignou os brancos sul-af-ricanos. Não se tratou de uma afir-mação de suas políticas, mas nem por isso a mensagem contida nesse gesto perdeu sua força diante dos milhões de cidadãos da Comuni-dade: a rainha estaria ao lado deles, independentemente de sua raça, et-nia e nacionalidade.Em outros momentos, a rainha tel-egrafou sua posição de maneiras menos públicas, mas não menos ób-vias. Poucos sabem, por exemplo, o que a rainha diz nas audiências par-ticulares semanais com seus primei-ros-ministros, nem o que estes dizem a ela - nem mesmo o gabinete sabe isso. Mas havia uma diferença inegável entre a atitude dela e a de Margaret Thatcher com relação ao apartheid.A primeira-ministra se opôs às san-ções contra a África do Sul e rece-beu uma condecoração do governo sul-africano, enquanto a rainha clar-amente esperava que uma África do Sul multirracial pudesse voltar para a Comunidade Britânica. Por mais que a rainha não pudesse di-tar a conduta de Thatcher enquanto primeira-ministra, seu claro apoio ao movimento antiapartheid ajudou a relativizar - sem enfraquecer - a posição da primeira-ministra aos ol-hos do mundo.Em nenhum momento o apoio dela foi mais claro do que na sua mani-festação de júbilo diante da liber-tação de Nelson Mandela em 1990.Três anos antes de Mandela ser elei-to presidente, a Elizabeth II não hes-itou em convidá-lo para uma reunião do grupo dos Chefes de Governo da Comunidade Britânica, indicando sua crença de que ele já era o líder do país - ao menos do ponto de vista moral.E ela não demorou em fazer uma visita de Estado à África do Sul após a eleição dele, em 1994 - parabeni-zando o Parlamento sul-africano pela transformação do país e felic-itando Mandela pelo papel desem-penhado nessa mudança. Para tor-nar sua admiração e apoio ainda mais claros, ela concedeu posteri-ormente a Mandela a mais elevada honraria do país, a Ordem do Mérito.

Os mesmos valores que definiram a posição da rainha em relação à

África do Sul também nortearam o “relacionamento especial” da Grã-Bretanha com os Estados Unidos. Este relacionamento não consiste numa aliança igualitária com base no poder duro, embora o relaciona-mento entre os Exércitos e serviços de informações seja de grande prox-imidade. No fim, trata-se de uma aliança alicerçada na afinidade: os dois países são unidos por crenças partilhadas no respeito aos direitos humanos, no estado de direito, no governo democrático, na liberdade de empreendimento e na diversi-dade - valores que a rainha simboli-za tanto institucional quanto pes-soalmente.Quando ela esteve em Jamestown, Virgínia, em 2007, para comemo-rar o 400.º aniversário da primeira colônia inglesa permanente no Novo Mundo, ela celebrou o idioma hoje partilhado por quase todo o mundo,

que encontrou seu primeiro abrigo do outro lado do Atlântico naquele momento. Mas, com o maior dos cui-dados, ela também cumprimentou os líderes indígenas que representa-vam as tribos que tiveram o primeiro contato com os ingleses naquela época - gesto que só teria ocorrido a uma pessoa dotada de grande sensibilidade e conhecimento da história americana, comprometida com a democracia multirracial.O respeito dela pelas tribos e sua afeição pelos EUA e os americanos são fundamentais para o presente e o futuro do relacionamento entre os dois países.Essas qualidades refletem com pre-cisão a política do governo, mas, diferentemente da arte de governar, a atitude dela emana do coração. A rainha não é uma líder política, mas, de maneiras profundas, ela liderou a política de sua era.

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Uma das realidades a que o povo brasileiro se acostumou, é a de que na história republicana brasileira, sempre que se acha que chegamos ao fundo do poço, descobrimos que o buraco não tem fundo, para o nos-so desespero.E aí está o escândalo, mais um, do Sr. Carlos Cachoeira, notório contra-ventor (bicheiro) do Brasil central. No qual estão enredados notórios políticos da situação e da oposição, entre os quais, para surpresa geral da nação, se encontra o senador Demóstenes Torres, o qual chama Cachoeira de professor. A surpre-sa foi, em função do dito senador, ser um dos mais combativos da oposição, frente aos desmandos dos governos petistas e seus satélites, a ponto de em plenário, o dito sena-dor meter o dedo na cara do coronel Sarney, presidente do Senado. Mas agora temos de ver, ou melhor, ouvir Demóstenes (esse nome, agora, soa impróprio ao personagem) dando serviço ao bicheiro, praticamente um empregado do contraventor, do qual em função de sua amizade re-cebe presentes caros, e segundo as escutas altas somas em dinheiro. Não só o dito senador, mantem esse tipo de relação, com esse tipo de gente, mas também outros vários parlamentares, entre eles Stepan Nercessian, no seu primeiro man-dato como deputado federal, para desgosto de seus eleitores no Rio de Janeiro. Isso tudo não devia causar grande surpresa, pois já dizia Rui

A república e o

Luís Severiano Soares RodriguesEconomista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói e Artista Plástico

BICHOArtigo

Barbosa – “no Império o parlamen-to era um escola de estadistas, na república uma praça de negócios”, e o grande negócio em questão é espoliar o povo brasileiro, ou seja, o povo não elege os seus represent-antes, elege sim os seus espolia-dores. Isso é a república brasileira.O esquema Cachoeira mostrou o grau de sofisticação e complexidade a que chegou a corrupção no Brasil, nesse caso para manter suas práti-cas ilícitas, bem como roubar din-heiro público e continuar fazendo a festa, na cara do povo que sua pra viver. O esquema todo gira entorno da compra de parlamentares, com o dinheiro vindo da contravenção e dos desvios em licitações, através de grandes empreiteiras vinculadas ao esquema, a nível local e nacion-al, através de licitações (quando as há) fraudadas. O esquema não se restringe a parlamentares, mas tam-bém a governadores, como se viu o de Goiás e o do Distrito Federal, re-spectivamente da oposição e da sit-uação, sendo o caso do governador do DF, mais um, dos já vários, que indicam a sua vinculação com práti-cas heterodoxas em benefício próp-rio. O governador do Rio de Janeiro também se viu envolvido, mas não diretamente ao esquema Cachoeira, mas por suas relações explícitas de amizade com o dono da construtora Delta, a mega construtora do esque-ma Cachoeira, conforme fotografias publicadas pelo ex-governador Ga-rotinho, na internet, fotos de uma fes-ta em Paris (eles são sofisticados). Cabral não foi chamado a depor na CPMI, por não ter sido flagrado nos

Wilson Dias/ABr

O esquema Cachoeira mostrou o grau de sofisticação e complexidade a que chegou a corrupção no Brasil, nesse caso para manter suas práticas ilícitas, bem como roubar dinheiro público e continuar fazendo a festa, na cara do povo que sua pra viver

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Monarquista, anuncie o seu produto ou serviço neste espaço

A república e ogrampos telefônicos que pegaram Cachoeira e os demais, mas frente às proporções, em bilhões de reais, de aumento que os contratos da Del-ta (do seu amigo) tiveram no Estado do Rio de Janeiro, em sua gestão, merece uma CPI própria, e nessa ele não poderia faltar, pois seria a CPI do Cabral, e o deputado “Cândido” Vaccarezza, não teria como passar e-mail´s de solidariedade e proteção ao mesmo. Para Cabral não se achar injustiçado, o ex-governador Garotin-ho, também merece uma CPI, para explicar as suas relações com ONGs de fachada.

Voltando ao Cachoeira, temos aqui todo um esquema, a ser desmon-tado, com empresas de fachada fi-nanciando campanhas eleitorais, depósitos em contas de laranjas, venda de imóveis em negociações cruzadas para despistar a receita federal, como no caso da venda da casa do governador de Goiás, onde o comprador pagou R$ 1.500.000,00 em dinheiro, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo, e andar com essa quantia no “bolço” fosse seguro no Brasil. O esquema Cachoeira, também, é agressivo, como foi no caso de deslocar a

máfia do partido da república (par-tido do Garotinho) do ministério dos transportes, para passar a controla-lo e os esquemas internos já conhe-cidos. Para isso fornecendo fontes a revistas de circulação nacional, no caso a Veja, expondo o esquema dos outros. Esse caso é revelador, pois com investigações sérias, toda a podridão republicana brasileira seria revelada, mas a república não pode mostrar suas entranhas, senão ela estaria decretando o seu fim.A CPMI, que se está realizando no Congresso Nacional, nada mais é do que uma encenação de opereta

bufa, que terminará em desilusão, pois os atores ficam mudos, ou an-tes, como autômatos repetem que só falarão em juízo, certamente con-tando que esse juízo só aconteça daqui a sete anos ou mais, como no caso do mensalão, pois até lá teremos outros escândalos e outras CPI`s.Então cabe a nós monarquistas, mostrar ao povo brasileiro, que é tudo isso que nós buscamos destru-ir, 123 anos de espoliação do Brasil e do seu povo, e recuperar a res pública, que era a essência do Impé-rio do Brasil.

Wilson Dias/ABr CRÉDITO PARAPÓS-GRADUAÇÃO

Artigo

À Excelentíssima Senhora Presiden-ta da República Federativa do BrasilSenhora Dilma Vana Rousseff Gostaria de saber de Vossa Excelên-cia se existe algum projeto no sen-tido de se criar mecanismos para disponibilizar linha de crédito para financiamento de Pós Graduação, Mestrado e Doutorado. Digo isto porque acredito que o Brasil repre-senta o futuro do planeta, em espe-cial do ponto de vista da economia, um exemplo disto é que o nosso Produto Interno Bruto já ultrapassou o do Reino Unido. Presidente Dilma Vana Rousseff, eu tenho uma pergunta que não quer calar: Porque vamos continuar sen-do um país em que as nossas expor-tações em sua maior parte é com-posta de commodities, ou seja, de produtos que não geram valor agre-gado, como minérios, produtos agrí-colas entre outros, porque não inve-stir em Produção de Conhecimento e em Pesquisa e Desenvolvimento se temos em nosso país pessoas talentosas que poderiam ser olha-

das com o devido carinho no que se refere a oportunidades de faz-erem um Mestrado, um Doutorado, mas não reúne condições financei-ras para tal, além de residirem dis-tante dos grandes centros, inviabili-zando desta forma o sonho de dar prosseguimento aos seus estudos.Gostaria que Vossa Excelência ob-

servasse com todo o carinho as colocações acima citadas e olhasse a possibilidade concreta de implan-tação de um projeto que contem-plasse os talentos que temos do Oi-apoch ao Chuí e ao mesmo tempo promovesse um plano de reestrutur-ação das nossas universidades e centros de pesquisas. Certo da at-

enção de Vossa Excelência, antecipo agradecimentos. Atenciosamente.

Roni Aparecido LeonelDe Itabira – Minas Gerais (MG), Cap-ital do Minério de Ferro, Capital da Poesia, Terra do Poeta Maior Carlos Drummond de Andrade.

Roni Aparecido Leonel

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Prezado Sr. José Manuel Durão Bar-roso - Presidente da Comissão Euro-peia,Prezados Membros da Comissão Eu-ropeia,

Como cidadão europeu e igualmente cidadão brasileiro, tenho questio-nado o fato de a Comissão Europeia estar financiando a questão da “re-visão da anistia”, como é feito pela entidade “Tortura nunca mais”, uma das financiadas pela Comissão Euro-peia no Brasil. Na realidade a Lei da Anistia é uma legislação que veio ao encontro dos anseios da sociedade brasileira, para então sim seguir seu futuro. Mas o que se faz, inclusive com recursos europeus? Uma volta ao passado e incendiando o futuro. Mas o que faz a Comissão Europeia?

Política

O direito deDISCORDARGerhard Erich Böhme Financiar instituições que estão rea-

cendendo as chamas no Brasil e servir assim de combustível a uma divisão que poderá nos ser trágica. Solicito a leitura atenta de dois ar-tigos, um dos mais conceituados advogados constitucionalistas do Brasil, o Professor Dr. Ives Gandra da Silva Martins A “Comissão da Verdade e a verdade histórica” e outro de um diplomata de carreira, o qual durante aqueles tempos tomou parte da guerrilha e hoje dá sua versão dos fatos. Trata-se do Dr. Paulo Roberto de Almeida.Dou-me o direito de discordar (Co-missão da “Verdade”)De minha parte trata-se, em um momento crucial de nossa história, quando temos uma frágil democra-cia sendo desestabilizada por conta da perda de foco, quando sabemos que a violência que o brasileiro vive

hoje ser um dos principais desafios a serem superados. E não a questão de se rever a história de uma forma distorcida, que para tal o atual gov-erno faz uso de instituições públicas e estatais, com o agravante de se criar uma Secretaria com status min-isterial que visa tratar de “Direitos Humanos”, mas que faz vista grossa a violência que se faz presente no Brasil.Longe, portanto de uma revisão histórica daquele que foi um dos nos-sos períodos de exceção, mas que por conta de uma “ditadura”, souber-am impedir que o Brasil viesse a se dividir, entrar em uma convulsão so-cial, que era a característica daquele tempo, de um tempo em que nações eram divididas, povos empreendiam suas diásporas e milhões de mortes foi o resultado final.E não é sem razão que temos hoje

uma das sociedades mais violentas do mundo:

a) Por conta da violência domés-tica, a cada 5 minutos uma mulher é violentada no Brasil, muitas são mortas.b) 14 das 50 cidades mais violentas do mundo estão no Brasil e Curitiba é uma delas;c) Tivemos nos últimos 30 anos mais de 1 milhão de homicídios e o crescimento é exponencial;d) Em 2011 tivemos mais de 195 mil vitimas fatais devido à violência no Brasil;e) O custo da violência supera 5% de nosso PIB, isso segundo estudos desatualizados realizados pelo IPEA, o Banco Mundial fez suas estimati-vas para valores próximos a 7,5% eu estimo em mais de 10% e apresento as razões.

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Artigo publicado no Jornal O Estado de S.Paulo no dia 26 de maio de 2012:

Depois de muita expectativa e com grande exposição na mídia foi con-stituída Comissão para “resgatar a verdade histórica” de um período de 42 anos da vida politica nacional, ob-jetivando, fundamentalmente, detec-tar os casos de tortura na luta pelo poder.A historia e contada por historiadores, que tem postura imparcial ao examin-arem os fatos que a conformaram, vis-to serem cientistas dedicados a ana-lise do passado. Os que ambicionam o poder fazem a historia, mas, por dela participarem, não tem a imparciali-dade necessária para a reproduzir.A Comissão da Verdade não conta, em sua composição, com nenhum histori-ador capaz de apurar, com rigor cienti-fico, a verdade histórica da tortura no Brasil, de 1946 a 1988.O primeiro reparo, portanto, que faço a sua constituição e que “não historia-dores” foram encarregados de contar a historia daquele período. Conheço seis dos sete membros da Comis-são e tenho por eles grande respeito, além de amizade com alguns. Não possuem, no entanto, a qualificação cientifica para o trabalho que lhes foi atribuído.O segundo reparo e que estiveram envolvidos com os acontecimentos

A COMISSÃO DAArtigo

VERDADEIves Gandra Silva MartinsProfessor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do CIEE-SP, da ESG e da ECEME; fundador e presidente honorário do CEU/IICS; é autor de “Uma Breve Teoria do Poder” - O Estado de S.Paulo

E A VERDADE HISTÓRICA

daquele período. Em debate com o ex-deputado Ayrton Soares, em pro-grama de Monica Waldvogel, pergun-tou-me o amigo e colega que defen-dia a constituição de Comissão para essa finalidade, enquanto eu não via necessidade de sua criação se par-ticiparia dela, se eu fosse convidado. Disse-lhe que não, pois, apesar de ser membro da Academia Paulista de His-toria, estive envolvido nos aconteci-mentos.

Inicialmente, dando apoio ao movi-mento para evitar a ameaça de dita-dura e garantir as eleições de 1965, como, de resto, fizeram todos os jor-nais da época. No dia 2 de setembro de 1964, o jornal “O Globo”, em seu editorial, escrevia: “Vive a nação dias gloriosos. Porque souberam unirem-se todos os patriotas, independente-mente de vinculações politicas, sim-patias ou opinião sobre problemas isolados para salvar o que e essencial

à democracia, a lei, a ordem”.Apartar do Ato Institucional n. 2/65, que suprimiu as eleições daquele ano, opus-me a ele, ao ponto de, em 13 de fevereiro de 1969, ter sido pedido o confisco de meus bens e a abertura de um inquérito policial militar sobre minhas atividades de advogado, por defender empresa que não agradava ao regime. O mais curioso e que con-tinuei como advogado, tendo derru-bado a prisão de seus diretores, no

A historia e contada por historiadores, que tem postura imparcial ao examinarem os fatos que a conformaram, visto serem cientistas dedicados a analise do passado. Os que ambicionam o poder fazem a historia, mas, por dela participarem, não tem a imparcialidade necessária para a reproduzir

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STF, em 1971, por 5 x 3, a época em que os magistrados não se curvavam ao poder da mídia ou dos detentores do poder. Embora arquivados, os dois pedidos, o fato de ter sido anunciada a abertura do processo contra mim, pelos jornais, com grande sensacion-alismo, tive minha advocacia abalada por alguns anos. Nem por isto, pedi indenizações milionárias ao governo atual e nem pedirei. A época apoiei a Anistia Internacional, tendo entrado para seus quadros sob a presidência de Rodolfo Konder e fui conselheiro da OAB-SP por 6 anos, antes da re-democratização. A evidencia faltar-me-ia, por mais que quisesse ser im-parcial, a tranquilidade necessária para examinar os fatos com isenção. Envolvidos da época não podem ado-tar uma postura neutra,ao contar os fatos históricos de que participaram.O terceiro reparo e que alguns de

seus membros pretendem que a ver-dade seja seletiva. Tortura praticada por guerrilheiro não sera apurada, só a que tenha sido levada a efeito por militares e agentes públicos. O que vale dizer: lança-se a imparcialidade para o espaço, dando a impressão que guerrilheiro, quando tortura, pratica um ato sagrado; já os mili-tares, um ato demoníaco. Bem disse o vice-presidente da Republica, pro-fessor Michel Temer, em São Paulo, no dia 17/05/2012, que os trabalhos da Comissão devem ser abrangentes e devem procurar descobrir os tortura-dores dos dois lados.O quarto reparo e que muitos guerril-heiros foram treinados em Cuba, pela mais sangrenta ditadura das Américas no Século XX.Assassinou-se, sem direito a defesa, nos paredões de Fidel Castro, mais pessoas que na ditadura de Pinochet, onde também houve muitas mortes

sem julgamento adequado. Um bom numero de guerrilheiros não queria, pois, a democracia, mas uma dita-dura a moda cubana. Radicalizaram o processo de redemocratização a tal ponto, que a imprensa passou a ser permanentemente censurada.Estou convencido que, este radical-ismo e os ideais da ditadura cubana que os inspirou, apenas atrasaram o processo de redemocratização e difi-cultaram uma solução acordada e não sangrenta.O quinto aspecto, que me parece im-portante destacar, e que, a meu ver, a redemocratização deveu-se ao tra-balho da OAB, que se tornou a voz e os pulmões da sociedade. Liderada por um brasileiro da grandeza de Rai-mundo Faoro, conseguiu, inclusive, em pleno período de exceção, com apoio dos próprios guerrilheiros, aprovar a lei da Anistia (1979), permitindo, pois, que todos voltassem à atividade po-

litica. A OAB, substituindo as armas de fogo pela arma da palavra, deu inicio a verdadeira redemocratização dos pais.Por fim, num pais que deveria olhar para o futuro, em vez de remoer o pas-sado tese que levou guerrilheiros, ad-vogados e o próprio governo militar a acordarem a Lei de Anistia, colocando uma pedra sobre aqueles tempos con-turbados a Comissão e inoportuna.Parafraseando Vicente Rao: esta volta ao pretérito parece ser contra o “siste-ma da natureza, pois para o tempo que já se foi, fara reviver as nossas dores, sem nos restituir nossas esperanças” (O Direito e a vida dos direitos, Ed. Re-vista dos Tribunais, 2004, p. 389).Estou convencido que tudo o que ocorreu, no passado, sera, no futuro, contado com imparcialidade, mas não pela Comissão, mas por historia-dores, que saberão conformar para a posteridade a verdade histórica de uma época.

Assassinou-se, sem direito a defesa, nos paredões de Fidel Castro, mais pessoas que na ditadura de Pinochet, onde tam-bém houve muitas mortes sem julgamento adequado. Um bom numero de guerrilheiros não queria, pois, a democracia, mas uma ditadura a moda cubana. Radicalizaram o processo de redemocratização a tal ponto, que a imprensa passou a ser permanentemente censurada. Estou convencido que, este radicalismo e os ideais da ditadura cubana que os inspirou, apenas atrasaram o processo de redemocratização e dificultaram uma solução acordada e não sangrenta

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Casa de su Majestad el Rey

REI JUAN CARLOSNO BRASIL

As mais belas declarações de parceria eterna, não seriam o suficiente para reconhecer o quão importante você é para o Instituto Brasil Imperial. Nossa cumplicidade monárquica vai se tornando forte, e como Presidente do IBI me sinto comovido a homenagear os/as Confrades aniversariantes do mês. Feliz aniversário! E que você seja muito, muito feliz!

JUNHOAdenauer Melo de Oliveira 13 - Montréal Canadá -TOAdenilson Silva - 04 - Bezerros - PE Alessandro José Padin Ferreira - 01 - Praia Grande - SP Alexandre Maurano - 04 - São Paulo - SP Carlos Eduardo Ruiz Martins - 30 Bauru - SP Domingos Antonio Monteiro - 04 - Bom Jardi, de Goiás Dorival Bueno Jr. - 30 - Balneario CamburiúHenrique Hamester Pause - 24 - Cruz Alta - RS Ivanês Lopes- 31 - Natal - RN Jean Tamazato - 11 - São José dos Campos - SP Jomar Assan Benck Kunnapp - 29 - Juiz de Fora - MGJounalist M.F. Machado - 17 - Niagara Falls-Ontario, Canada - TO Lucas Gabriel Ribeiro Wagner - 07 - Petrópolis - RJNiels J. Petersen - 26 - Petropolis - RJ Raimundo Nonato - 12 - Taubaté - SP Riolando Fransolino Júnior - 04 - Curitiba - PRRobson José Côgo - 03 - Serra - ES Ronaldo Alves Baralle - 31 - Foz do Iguassú - PRSebastião de Souza Figueiredo - 23 - São Paulo - SP Sebastião de Souza Figueiredo - 23 - São Paulo - SP Txiliá Credidio - 13 - Jaboatão dos Guararapes - PE Wanderly Nunes de Lima - 01 - Recife - PE

Seu nome não consta como aniversariante, Atualize seu cadastro. Não te-mos a sua data, sinta-se homenageado também, e gostaríamos que você completasse o seu cadastro para podermos cumprimentá-lo. Se já tem a senha é só acessar e completar os dados no site www.brasilimperial.org.br

Aniversários

Sua Majestade o rei chegou em Bra-sília, na tarde de Domingo 3, acom-panhado pelo Ministro dos negócios estrangeiros e cooperação, José Manuel García-Margallo, para uma visita de trabalho envolvendo uma pontuação de negócios e serviços bancários grupos espanhóis, com o objectivo de consolidar e reforçar as relações comerciais e investimento.Na manhã de segunda-feira, Don Juan Carlos realizou uma reunião de negócios do Palácio do Planalto

com o Presidente da República Fed-erativa do Brasil, Dilma Rousseff, e representantes de empresas dos dois países, que também estavam presentes no almoço ofereceram pelo Presidente Rousseff em honra de sua Majestade o rei, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério dos negócios estrangeiros. Falou de Don Juan Carlos algumas palavras em que salientaram que “a economia espanhola tem fundações sólidas”. Nossa dívida pública é menor do que os outros países da União Eu-ropeia. Nossas contas no exterior e

nossas contas públicas são equili-bradas rapidamente, melhorando a nossa competitividade. “O governo também é empreender reformas de grande importância que em breve dará frutos”, e também “Espanha é trabalhar com os seus parceiros eu-ropeus para estabilizar os mercados financeiros, reduzir a dívida pública e reforçar o projecto do euro, o pro-jeto mais ambicioso do que os eu-ropeus trataram juntos”. Sublinhou também que “Brasil e Espanha podem contribuir muito para a superação da crise e trabal-har em conjunto para uma melhor governação económica global.” O mundo em que vivemos tornou-se em alta velocidade nas últimas dé-cadas e tem visto como yesteryear potências emergentes são hoje re-alidades muito sólidas. “Com razão reivindicam um maior papel nas in-stituições internacionais”. Sua Majestade salientou que “A Ci-meira Ibero-americana a ser realiza-da em Cádiz de Novembro próximo terá um significado histórico”. Em Cadiz, vamos discutir as oportuni-dades oferecidas por um mundo em mudança para a nossa Comuni-

dade das Nações. Seu título - “um relacionamento renovado no bicen-tenário da Constituição de Cádiz” - exprime bem o nosso desejo de resolver nossos encontros com um novo espírito. “Nós que satisfaça tanto encaminhar, Senhora Presi-dente, a sua presença na Cimeira”. Também salientou “que a introdução do espanhol no ensino secundário deu os seus frutos: Brasil pode tor-nar-se algumas décadas no primeiro país no mundo que tem o espanhol como segunda língua”. Don Juan Carlos terminou seu dis-curso sublinhando que “as relações com o Brasil têm de Espanha uma importância extraordinária.” Tão jun-tos que fizemos até agora tem sido muito importante e positivo. “Te-mos conseguido estabelecer uma ampla rede de interesses políticos, económicos, culturais e sociais que fizeram nossa relação realmente es-tratégico”, mas ele ainda é “tarefa muito e tanto pela frente o desafio de fazer avançar esse relaciona-mento”. À tarde, o rei viajou para a República do Chile para uma viagem de trabal-ho.

Monarquia

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Propaganda eleitoralemSALA DE AULA Quando o ex-presidente Lula com-pareceu ao programa do Ratinho para promover a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, os demais candidatos protestaram contra a violação es-cancarada ao calendário eleitoral. E com razão. Mas o fato é que episó-dios como esse são apenas a parte visível do imenso iceberg da propa-ganda eleitoral ilícita realizada pelo PT. O grosso dessa propaganda não aparece na tevê e não é captado pelo radar da Justiça Eleitoral.Refiro-me ao trabalho de formigu-inha gramsciana realizado todos os dias, ano após ano, à margem da lei, pelo exército de professores militantes ou simpatizantes dos partidos de esquerda – PT à frente – em milhares de salas de aula em todo o país. Para esses professores, não existe calendário eleitoral: toda hora é hora, todo dia é dia de falar de política e de enxovalhar os ad-versários do PT. No ambiente fecha-do das salas de aula, com o terreno devidamente preparado pela doutri-nação ideológica, a propaganda elei-toral corre solta.Os professores dizem que não se trata de doutrinação e propaganda, mas de “despertar a consciência crítica dos alunos”, visando à “con-strução de uma sociedade mais justa”. Mas isso é simplesmente mentira.O que fazem os “despertadores de consciência crítica” é martelar id-eias de esquerda na cabeça dos alu-nos. Como se sabe, a visão crítica dos estudantes é direcionada invari-avelmente para os mesmos alvos: a civilização e os valores judaico-cris-tãos, a Igreja Católica, a “burgue-sia”, a família tradicional, a proprie-dade privada, o capitalismo, o livre

mercado, o agronegócio, o regime militar, os Estados Unidos. “Pensar criticamente”, na concepção de tais professores – e, infelizmente, não se trata de uma minoria –, significa odiar tudo o que não se identifique com a mitologia, com os valores e com o discurso da esquerda.Logo, só é possível “construir uma sociedade mais justa” seguindo o receituário e votando nos candida-tos da esquerda.Ninguém ignora esses fatos. Além do enorme volume de provas reunidas no site www.escolasempartido.org, a rea lidade de que ora se cuida é conhecida por experiência direta de

todos os que passaram pelo sistema de ensino nos últimos 35 anos. A situação, entretanto, piorou formida-velmente na última década. Não só porque o petismo chegou ao poder (embora a máquina do ensino já es-tivesse aparelhada pela militância esquerdista muito antes do governo FHC), mas porque a doutrinação ideológica, como o vampirismo, se propaga por contágio: a vítima se transforma em agente-transmissor das mensagens que lhe foram in-culcadas. Resultado: o número de “despertadores de consciência críti-ca” determinados a ensinar seus alunos a votar nos “políticos certos”

aumenta a cada dia.De tão generalizadas, a doutrinação e a propaganda política nas escolas já não escandalizam: de acordo com uma pesquisa do Instituto Sensus, 61% dos pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em suas aulas. Resta saber se o Ministério Público – re-sponsável pela defesa dos interess-es das crianças e dos adolescentes e guardião do regime democrático – também acha “normal” essa prática que cerceia a liberdade de aprender dos estudantes e ameaça a liber-dade política de milhões de futuros eleitores.

Educação

Miguel NagibAdvogado, é coordenador do site Escola sem Partido - www.escolasempartido.org. Artigo publicado no site www.midiasemmascara.org

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Arqueologia no Porto

DO RIOTransformada em um grande canteiro de obras, a Zona Portuária do Rio se tornou um valioso campo de arqueologia urbana. Desde ja-neiro de 2011, pelo menos quatro equipes de especialistas vêm per-correndo cerca de 5 milhões de metros quadrados, em um trabalho de garimpagem que precede as con-struções do projeto Porto Maravilha, de revitalização e remodelação.Até agora foram recolhidos pedaços de cerâmica, cachimbo, ossos de animais, moedas, pulseiras, colares, resquícios de muralhas e outros vestígios que revelam um pouco da história da ocupação da cidade nos séculos 18 e 19. Só de canhões, já foram contabilizados sete. Uma lista que, segundo o último levantamen-to, totaliza 80 mil peças, somente na área que está sendo pesquisa-da pela equipe do Consórcio Porto Novo, responsável pelas escavações na maior parte da região.“É como montar um quebra-cabeças de milhares de peças que, aos poucos, vai revelando cenas, con-struções e costumes de diferentes épocas do passado do Rio. A partir do que estamos encontrando, diver-sas linhas de pesquisa vão aparec-er para tentar contar um pouco da história da cidade nos últimos 500 anos”, explica a chefe do programa de arqueologia do Consórcio Porto Novo, Erika Gonzales.

DivisãoO trabalho de arqueologia para monitoramento do solo foi divido em duas fases e está sendo feito por equipes diferentes. Na primeira, que integra o pacote de obras de

Educação

Agência Globo

infraestrutura feito pela Secretaria Municipal de Obras, o grupo é che-fiado pela doutora Tânia Andrade Lima, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esta fase, iniciada em janeiro de 2011 e prevista para acabar até junho, compreendeu 27 vias, em cinco quarteirões. Na fase dois, as sondagens arqueológicas começaram há sete meses, coorde-nadas pela equipe de Erika, a quem caberá a missão de vasculhar, pelos próximos quatro anos, 57 quilômet-

ros de vias. Todo o trabalho arque-ológico está sob a supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).Os arqueólogos da Con cessionária Porto Novo vão lançar em breve um museu virtual, onde o internauta poderá ver fotos e vídeos, além de um arqueoparque, que vai reproduz-ir em 3D alguns dos prédios e ruas dos séculos 18 e 19.

PatrimônioAcervos de negros escravos são os

mais ricos encontrados no paísNas escavações chefiadas pela equi-pe da arqueóloga Tânia Andrade Lima, foi encontrado um acervo pertencente a negros escravos que os especialistas classificam como um dos mais ricos já registrados até hoje no país. Ao todo, há seis contêi-neres repletos de chifres de porco, colares, pedras e objetos que eram usados em rituais religiosos ou como amuletos pelos negros que aporta-ram no Cais do Valongo entre 1811 e 1843. A peça considerada mais rara pela arqueóloga é uma caixinha

Estojo de joias: um dos objetos mais raros encontrados nas escavações. Dentro, 1,7 mil miçangas

Cecilia Acioli/ Agência O Globo

1409de joias, esculpida em antimônio, com desenhos de uma caravela e de figuras geométricas na tampa. Den-tro da caixa, algo ainda mais sur-preendente: 1,7 mil miçangas com cerca de 1 milímetro de diâmetro. Na falta de material melhor, os ne-gros usavam piaçava para trançar anéis e pulseiras. Dezenas desses adornos, nas mais diferentes etapas de fabricação, foram recolhidos pe-los arqueólogos.

“Esta camada do solo em que tra-balhamos é muito rica em piaçava, que no século 19 era muito comum em amarras de navio. Estes negros eram exímios artesãos e fizeram anéis e pulseiras com um material tão pouco maleável. Depois, conver-sando com integrantes de religiões afro, descobri que estes trançados e nós eram usados para proteção. Eles faziam os adornos para se pro-tegerem”, explicou Tânia.

No Valongo foram achados, ainda, 250 cachimbos, cerca de 2,5 mil contas coloridas, 300 búzios, ped-aços de cristal, peças em âmbar e cobre, além de miniaturas de vasos de cerâmica, pintadas de branco com pó de pemba, pedaços de cris-tal. “Achamos material relacionado aos rituais e amuletos de proteção para o corpo. É muito comovente se lembrarmos de que eram os escra-vos que tinham os corpos o tempo

todo violentados”, diz a arqueóloga, acrescentando que também achou objetos dos brancos, mas que, em sua linha de pesquisa, optou por estudar os achados relacionados aos negros. “Não se trata de privi-legiar um período. Apenas é porque a realeza se fez suficientemente lembrada. E os negros foram de-finitivamente esquecidos. É preci-so mostrar ao mundo a que ponto chegou o racismo no Brasil.”

Monarquista, anuncie o seu produto ou serviço neste espaço

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Dom Antônio João de Orléans e Bragança (24 de junho de 1950), príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança é o sétimo filho e sexto varão de D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança (1909-1981), É atualmente o terceiro na linha de sucessão ao trono brasileiro, como herdeiro imediato dos direitos dos irmãos D. Bertrand, atual príncipe imperial do Brasil, de jure, e D. Luís, atual chefe da casa imperial brasileira e, portanto, de jure, imperador do Brasil.

24 de junho - Aniversário de D. Antonio

8 de junho - Aniversário de Dona Maria Gabriela

Dona Maria Gabriela Josefa Fernanda Iolanda Miguela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança e Ligne (8 de junho de 1989), princesa do Brasil e princesa de Orléans e Bragança. É a quarta filha e segunda varoa de D. Antônio João de Orléans e Bra-gança, príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança, e de D. Cristina de Ligne, princesa de Ligne. É a sexta na linha de sucessão ao trono do Brasil.

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Dom Luís Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach (6 de junho de 1938), príncipe de Orléans e Bragança de 1938 a 1981, príncipe imperial do Brasil de 1938 a 1981 e atual chefe da Casa Imperial do Brasil, desde 5 de julho de 1981, após a morte do pai – título esse considerado legítimo pela maioria dos monarquistas e das casas dinásticas estrangeiras. Dom Luís seria, portanto, de jure, o imperador do Brasil. É formado em química pela Universidade de Munique. É o primogênito de D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança, e neto de D. Luís de Orléans e Bragança, bisneto de D. Isabel Leopoldina de Bragança e de D. Gastão de Orléans, conde d’Eu, e trineto do imperador D. Pedro II.Se fosse imperador, estaria reinando como Sua Majestade Imperial, Dom Luís I, Por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

6 de junho - Aniversário de D. Luiz